Edifício Multifuncional em Ribeirão Preto

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Afonso César de Almeida

EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL em Ribeirão Preto

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Afonso César de Almeida

E D I F Í C I O M U LT I F U N C I O N A L EM RIBEIRÃO PRETO

Trabalho final de graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda, para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de Arquiteto e Urbanista, em 2020, sob orientação do professor Onésimo de Carvalho.

Ribeirão Preto 2020 3


AGRADECIMENTOS

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Agradeço à José (in memoriam) e Angela, por sempre estarem ao meu lado e sempre me ajudarem a tomar as melhores decisões. Por me ensinarem a ser uma pessoa melhor e a sempre ir em busca dos meus sonhos. Sem eles, nada disso seria possível. À Filipe, meu irmão de sangue e de alma. Meu ídolo e meu herói que faz de tudo por mim. Esse trabalho é para você! À Mariangela, mulher que está sempre comigo e que me mostrou umas das mais lindas formas de amar. Você é incrível! Agradeço aos meus amigos de faculdade, Ingrid e Trícia, por todo o aprendizado de vida e por toda a alegria compartilhada nesses últimos anos e especialmente ao Victor, que me ensinou e me ajudou nos meus piores momentos. Vocês são incríveis! À Fábio Carlin e Thaísa Mossin por tantos ensinamentos, pela amizade e por todos os momentos íncriveis que passamos juntos. À Onésimo de Carvalho por me aceitar nessa caminhada. Por enriquecer este trabalho com seu saber e por toda a paciência durante o processo. Obrigado! À Tânia Bulhões por me auxiliar em todas as bancas e me esclarecer grandes dúvidas durante o processo. Obrigado! Por fim, à todos que acompanharam, direta ou indiretamente, essa trajetória linda e incrível.

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RESUMO

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O trablalho tem como propósito a elaboração de um edifício multifuncional no centro de Ribeirão Preto para auxiliar o meio urbano levando em consideração todas as premissas de uma cidade compacta. Com o crescimento espraiado das cidades e o aumento da infraestrutura urbana, esse espaço urbano fica cada vez mais desgastado e prejudica ainda mais a qualidade de vida dos usuários. Para isso, a implantação do edifício multifuncional visa diminuir os impactos na vida dos usuários oferecendo em uma única edificação usos relacionados à moradia, trabalho e lazer para que o deslocamento seja diminuído. Palavras chaves: Edifício multifuncional, cidade compacta, uso misto. 7


ABSTRACT

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The purpose of the work is to develop a multifunctional building in the center of RibeirĂŁo Preto that helps the urban environment taking into account all the premises of a compact city. Competing for the sprawling growth of cities and the increase of urban infrastructure, this urban space is increasingly worn out and further impairs the quality of life of users. To this end, the implementation of the multifunctional building aims to reduce the impacts on the lives of users by offering facet uses to housing, work and leisure in a single building so that commuting is reduced. Keywords: Multifunctional building, compact city, mixed use. 9


INTRODUÇÃO

As cidades se configuram cada vez mais dispersas, tomando diversas formas no seu território. Esse desenvolvimento descontrolado contribui de forma exponencial para o crescimento e o surgimento de problemas sócio espaciais, como por exemplo, o aumento da poluição e do congestionamento. O modelo de cidade compacta, estudado por alguns autores, como Richard Rogers em Cidades Para um Pequeno Planeta e Carlos Leite, com a obra Cidades Sustentáveis e Cidades Inteligentes, fazem uma abordagem a respeito dos problemas das grandes cidades atuais. Nota-se que práticas corriqueiras na rotina, que surtem efeitos expressivos na qualidade de vida de um indivíduo, tornam-se inviáveis devido ao expansionismo mal distribuído das cidades. Com base nisso, atribui-se a implementação de edifícios que possam abrigar diversos usos em um único espaço. Essa concepção projetual visa a materialização do pensamento sobre a cidade compacta e como a otimização de espaço, mobilidade e tempo pode vir a melhorar a qualidade de vida dos indivíduos por meio de ações como a conexão do edifício com o espaço urbano.

Supõe-se que um dos maiores desafios dos edifícios multifuncionais seja sua relação com os espaços públicos, sendo que, possuirão melhores qualidades espaciais, e sua intenção é ter menos conflitos urbanos podendo valorizar os espaços de coletividade. A implantação deste edifício multifuncional em Ribeirão Preto se dá através da óptica de que o centro da cidade, mas não só ele, se encontra em meio a uma realidade distante dos conceitos abordados até aqui, pois não apresenta características sólidas de inserção dos usuários, nem mesmo qualidade em seus espaços públicos e nem importância com a relação do usuário para com a cidade. O projeto então se constitui de um edifício de uso misto, que tem como peça-chave, a mescla de usos como habitação, trabalho e consumo/recreação, no centro de Ribeirão Preto, e tem como objetivo incluir o usuário e a cidade em seu meio, considerando as premissas apontadas e levantadas por Richard Rogers e Carlos Leite de cidade compacta e de sustentabilidade.

Os diversos itens já citados anteriormente nas atuais composições de urbanização, tais como, a má distribuição espacial das cidades, ocasionando segregação social; sistemas de meios de transporte sobrecarregados e ineficientes, gerando altos níveis de poluição; evidencia como a construção de edifícios multifuncionais na composição de cidade compacta está diretamente ligada à discussões sobre o meio ambiente e sua capacidade de aderir às ideias sobre sustentabilidade.

O capítulo I do presente trabalho trata-se da fundamentação teórica abordando a pesquisa sobre a criação e funcionamento das cidades atuais e as cidades compactas, e como a integração do edifício com o meio urbano qualifica o entorno e a vivência dos usuários de determinada área e também aborda como a sustentabilidade juntamente com os fatores acima, melhora a qualidade de vida das pessoas e contribui de forma direta para a melhoria do espaço urbano e relação entre usuários.

Com isso valorizam-se às discussões sobre as medidas emergenciais que as edificações necessitam atualmente. Com a difusão da construção de edifícios multifuncionais, como aponta Rogers, haveria um menor gasto de energia, como por exemplo com mobilidade urbana, uma vez que, agrupando usos em um mesmo edifício, os deslocamentos seriam menores e em quantidades reduzidas, deixando assim de sobrecarregar os sistemas de transporte, tornando-os mais eficientes.

O capítulo II apresenta as leituras projetuais que direcionarão o desenvolvimento do projeto. No capítulo III será apresentada a identificação e caracterização da área de intervenção, com levantamento morfológico produzido de maneira remota devido o atual cenário do país: a pandemia do Coronavírus, e mostrará, por fim, a análise de diretrizes tecnológicas para a implantação no projeto.

Outro ponto a ser observado é a tecnologia que essas cidades compactas e esses edifícios

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multifuncionais precisam apresentar, a fim de auxiliar no combate a questões climáticas, de acessibilidade e de conexão com o usuário frequentador desses espaços.

No capítulo IV e V, será mostrado todos os estudos preliminares de elaboração do projeto e consequentemente suas peças gráficas com explicações.


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SUMÁRIO

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REFERENCIAL TEÓRICO

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1.1 - A cidade contemporânea e a cidade compacta - p. 16 1.2 - Sustentabilidade empregada ao projeto - p.19

LEVANTAMENTOS

03

3.1 - O lugar (entorno e levant. morfológico) - p. 34 3.2 - Diretrizes tecnológicas - p. 42

PROJETO

05

5.1 - Conceito e Partido - p. 52 5.2 - Memorial Descritivo e Justificativo - p. 56

LEITURAS PROJETUAIS

02

2.1 - Edifício Bosco Verticale - p. 24 2.2 - Edifício High Park - p. 28 2.3 - Edifício Artsy - p. 30

ESTUDO PRELIMINAR

04

4.1 - Programa de necessidades - p. 48

BIBLIOGRAFIA

06 Bibliografia - p. 72

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REFERENCIAL TEÓRICO

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1.1 - A CIDADE CONTEMPORÂNEA E A CIDADE COMPACTA Na década de 1950, o Brasil tem um grande aumento da população urbana em seus territórios devido ao processo de industrialização dos trabalhos rurais. Até então, apenas 31% dessa população vivia nas cidades. Esse aumento acelerado é chamado de êxodo rural e caracteriza a mudança de um modelo agrário-exportador para um modelo urbano-industrial. Atualmente, 80% da população brasileira vivem em territórios urbanos.

Figura 02: Gráfico com taxa de urbanização - Disponível em: educacao.globo.com/geofrafia/assunto/urbanizacao/ urbanizacao-brasileira.html. Acesso em: 06 nov. 2020

Consequentemente, com o crescimento das cidades, houve um processo de periferização não homogênea nesses centros urbanos, o que gerou um aumento de infraestrutura urbana e dos serviços públicos prestados a essas regiões. Essa distribuição dentro do território urbano, com o aumento de infraestrutura e priorização do transporte individual é o que se pode chamar de cidade dispersa. No livro Cidades Para um Pequeno Planeta, de Richard Rogers, o autor apresenta o ponto de vista de como nossas cidades são vistas atualmente. 16

Segundo Rogers (1997, pág. 8):

(...) As cidades cresceram e transformaramse em estruturas tão complexas e difíceis de administrar, que quase não nos lembramos que elas existiam em primeiro lugar, e acima de tudo, para satisfazer as necessidades humanas e sociais da comunidade (...)

A cidade dispersa é caracterizada pela distribuição e dispersão de infraestruturas urbanas e de espaços que servem para atender a população. Essa distribuição é o que o cientista político Michael Walzer classificou como espaço monofuncional. Segundo o pesquisador, esse espaço preenche apenas uma única função e é produzido como consequências de decisões tomadas por incorporadores ou planejadores antiquados.

Figura 03: Assentamento informal em Mumbai, Índia Disponível em: wribrasil.org.br/ muitas-cidades-estaocrescendo-para-os-lados-em-vez-de-para-cima. Acesso em: 08 agos. 2020

Esses espaços dispersos e que enfatizam o uso do transporte individual geram esses espaços monofuncionais. Na contramão disso, Michael Walzer propõe o espaço multifuncional, que prioriza o meio de transporte através das bicicletas e fortalece o caminhar do pedestre com espaços que qualifique a vida, que seja equitativo, sustentável e mais rico em troca de experiências de vida e de participação do usuário, os princípios de uma cidade compacta. A cidade compacta é caracterizada como um lugar


em que as viagens realizadas diariamente sejam curtas e que seu adensamento populacional seja maior e bem planejado, valorizando os espaços públicos e otimizando a infraestrutura do meio urbano, com a concentração de unidades na escala da vizinhança e a não expansão da cidade para os perímetros rurais.

Figura 04: Reforma do vale do Anhagabaú - Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/774982/prefeitura-de-spdivulga-estrategia-de-intervencao-no-vale-do-anhangabau. Acesso em: 08 nov. 2020

ambiental deve estar sempre ligada ao usuário, de maneira direta, em espaços vivos, verdes, que promovam o encontro e o uso desses espaços, isto é, cada núcleo de vizinhança possuir seu parque para o aumento dessa qualidade de vida.

Deslocamento que exige automóvel

A mobilidade urbana tem um papel importante na criação das cidades compactas, pois ela de forma clara e objetiva é a responsável pela qualidade de deslocamento dos usuários e diminuição do uso individual do automóvel. Carlos Leite em Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes; destaca essa importância da mobilidade urbana. Segundo Leite (2012, pág. 158):

(...) É baseado em um eficiente sistema de mobilidade urbana que conecte estes núcleos adensados e, além da eficiência de transportes públicos, tenha um traçado urbano que encoraje a caminhada e o ciclismo. Com isso, otimiza-se o uso de infraestruturas urbanas e promove-se maior sustentabilidade, eficiência energética, melhor uso das águas e redução da poluição (...) Atrelado à dinâmica do transporte coletivo, e a qualificação de espaços destinados aos pedestres, é importante enfatizar o aspecto ambiental dos centros urbanos. A qualidade

Deslocamento para bicicleta e pedestres Figura 05: Áreas mais próximas diminuem o deslocamento Disponível em: Rogers, 1997. Cap 2. Pág. 38. Acesso em: 11 set. 2020

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Falando de núcleo de vizinhança, o edifício multifuncional, que é objetivo principal deste trabalho, se constitui de uma edificação que abrange diferentes usuários e que é responsável por conectar o objeto físico construído com o entorno imediato do meio urbano. O edifício multifuncional é uma combinação de funções (habitação, trabalho, comércio, lazer, entre outros) em uma determinada dimensão espacial, cuja função é melhorar a convivência e relação dos usuários do entorno e diminuir os impactos causados pela dispersão de infraestrutura urbana. Além disso, sua premissa de estar conectado com espaços públicos e verdes relaciona direto com o aumento da vitalidade e qualidade de vida dos frequentadores desses edifícios. No projeto de lei de revisão do PDE de São Paulo (PL 688/13), foram definidas algumas estratégias e incentivos para fomentar o uso misto no mesmo lote:

(...) Fomentar o uso misto no mesmo lote, especialmente a convivência do uso habitacional com outros usos, como serviços, comércios, institucional e serviços públicos a fim de proporcionar a maximização e racionalinade na utilização dos serviços urbanos, especialmente o transporte público de passageiros.(...) (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2013)

Figura 06: PL 688/13 - USO MISTO - Disponível em: https:// gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/incentivo-ao-uso-misto/. Acesso em: 11 out. .2020

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1.2 - SUSTENTABILIDADE EMPREGADA AO PROJETO A arquitetura e o urbanismo devem caminhar juntos para que se possa compor um ambiente ideal para o usuário e a cidade. Um projeto sustentável busca reduzir ao máximo o gasto com recursos críticos como água, terra, etc, além de oferecer oportunidades sociais, econômicas e ambientais. Segundo Alberto W. Marcondes em Trilhas da Sustentabilidade, é exposto que há alguns anos as empresas eram responsáveis por garantir e equilibrar as ações causadas em escala global, entretanto, um dos parâmetros mais aceitos é o Triple Bottom Line, que estabelece a necessidade de equilíbrio entre as ações e resultados econômicos, ambientais e sociais das organizações, ou seja, uma organização sustentável precisa ser economicamente lucrativa, ambientalmente correta e socialmente responsável. Contudo, as ações de sustentabilidade precisam ser parte das estruturas de gestão das organizações e não apenas ações pontuais.

Figura 07: Triple Bottom Line ou Tripé da Sustentabilidade; Disponível em: <logisticareversa.org>. Acesso em: 18 abr. 2020.

Em 2012 na Conferência das Nações Unidas, no Rio de Janeiro, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que consiste em 17 objetivos; 17 ações para acabar com a pobreza, proteger o planeta a assegurar a paz e a prosperidade. Garantir essa qualidade de vida e bem estar aos usuários é um dos fatores mais desafiadores dentro da arquitetura atualmente, tendo em vista toda a demanda por maior qualidade nos espaços, sejam esses espaços para lazer, trabalho ou convivência. Produzir espaços de diálogo e compartilhamento de sensações e experiências, que permitam o prazer e a qualificação do entorno caminham na mão certa para um projeto mais sustentável. Segundo Rogers (1997, pág. 69):

(...) Os edifícios podem enriquecer o espaço público de nossas cidades, atender às diversas necessidades dos usuários e explorar tecnologias sustentáveis em lugar das poluentes. Os edifícios deveriam inspirar e compor cidades que celebrassem a sociedade e respeitassem a natureza (...) Um projeto sustentável atende às demandas de análise de entorno, levando em consideração a inserção, seja qual for a tipologia do projeto, do seu entorno imediato e as relações a partir das quais os dois coexistam. Outro fator é o uso inteligente do terreno, fazendo com que a edificação interfira de maneira moderada na permeabilidade do solo. Aqui, podemos incluir espaços destinados à vida pública, pois essa relação entre edificações, espaço público e usuário é criada. A adaptação climática ao local inserido é também outro fator muito importante a ser considerado, pois através dos estudos de insolação, ventilação, entre outros, é possível chegar a um ótimo aproveitamento dos recursos naturais. Além disso, a flexibilidade do espaço tem grande importância do ponto de vista da sustentabilidade, pois espaços flexíveis, que permitem a exploração de diversos usos, faz com que a vida útil da edificação aumente. 19


É claro que um projeto sustentável vai muito além dos itens citados acima, mas o ponto-chave do entendimento da sustentabilidade é entender que o usuário, a cidade e o meio ambiente devem permanecer como focos, e que uma edificação, projetada de forma isolada, só estará propícia a ser mais uma edificação no meio de tantas já existentes em nossa realidade. Em primeiro lugar, a arquitetura precisa ser bem definida e planejada para ser única junto ao seu entorno e, concomitantemente atender os requisitos básicos do conceito de projeto sustentável. A busca por lucro, debatida por Rogers, é ainda um atual problema enfrentado em nossas cidades e isso nos gera edificações sem identidade e sem relação com o usuário. É necessário encontrar um equilíbrio entre a busca por lucro, isto é, o projeto precisa ser economicamente viável e rentável, mas não deve ser o principal foco. Segundo Rogers (1997, pág. 67):

(...) Quase todas as construções são feitas exclusivamente em busca de lucro. Novos edifícios são vistos como pouco mais que meros produtos, como resultado financeiro no balanço patrimonial das empresas (...) Essa relação com a cidade e o usuário é dada através também, de fatores apontados por Carlos Leite, como ele chama de sistema de mobilidade urbana, que consiste em:

Desestímulo ao uso do automóvel; melhoria do sistema de transporte coletivo integrado; • Estímulo por soluções inovadoreas de transporte individual; • Integração do uso do solo e do sistema de transporte; •

A resposta para uma arquitetura de mais qualidade é promover a educação ambiental a todos os envolvidos nesse processo para que a construção de ambientes ecologicamente corretos, confortáveis e saudáveis, sejam cada vez mais presentes em nosso meio.

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Cidade Compacta e Cidade Sustentável Adensamento diversificado Adensamento uso misto

Sistema de mobilidade urbana eficiente Espaço público para pedestres

Revitalização patrimônio Espaço verde

Equipamento coletivo

Fachada Ativa

Ciclovia Prioridade ao pedestre

Figura 08: Cidades eficientes e equilibradas, por Carlos Leite. Disponível em: revistaprojeto.com.br/acervo/carlos-leiteinstrumentos-urbanos-inovadores/. Acesso em: 11 nov. 2020.

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LEITURAS PROJETUAIS Para auxiliar no entendimento e desenvolvimento do projeto de Edifício Multifuncional na cidade de Ribeirão Preto, foram escolhidos três projetos que servirão de leitura e análise, e também, como bagagem teórica para a construção do projeto. Os projetos selecionados foram: Edifício Bosco Verticale, do escritório Boeri Studio, Edifício High Park, do escritório Rojkind Arquitectos e o Edifício Artsy, do escritório brasileiro Smart Arquitetura. Esses três projetos fazem parte de uma leitura projetual direcionada, onde cada obra irá auxiliar de maneira específica, sendo: Edifício Bosco Verticale - vegetação inserida na edificação, Edifício High Park - multifuncionalidade dos espaços e Edifício Artsy - relação com o entorno. 22


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2.1 - EDIFÍCIO BOSCO VERTICALE

Arquitetos responsáveis: Boeri Studio Localização: Porta Nuova, Milão Ano do projeto: 2014 Função da Construção: Residencial/Sustentável Figura 09 - Edifício Bosco Verticale - Disponível em: www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio. Acesso em: 17 out. 2020

O EDIFÍCIO: O Edifício Bosco Verticale é o primeiro exemplo de floresta vertical inaugurado em Milão. O projeto do escritório Boeri Studio é parte de um projeto de reforma urbana de Hines Itália e conta com duas torres, uma de 112 metros e outra de 80 metros de altura, que abrigam 480 árvores de porte grande e outras 300 árvores de porte médio, além de 11.000 de porte pequeno e rasteiras. O projeto da floresta vertical utiliza um conceito que se baseia numa camada de vegetação, necessária para criar o microclima adequado e filtragem da luz solar, e rejeita a abordagem tecnológica e mecânica utilizada em outros edifícios. Essa floresta vertical aumenta a biodiversidade, promove a formação de um ecossistema urbano, no qual vários tipos de plantas criam um ambiente vertical separado, mas que funciona dentro da rede existente, capaz de ser habitada por pássaros e insetos. Desta forma, constitui um fator espontâneo para reprodução da flora e fauna. 24

Figura 10 - Edifício Bosco Verticale - Disponível em: www. archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeristudio. Acesso em: 17 out. 2020


CONCEITO CLIMÁTICO: As fachadas vegetativas do Edifício Bosco Verticale, visam reduzir os danos causados pelo meio urbano da cidade. Os edifícios ajudam a criar um microclima e filtrar as particulas contanimadas causadas pelo dia dia do meio urbano. A diversidade de plantas ajudam a desenvolver o microclima que produz umidade, absorve CO2 e outras partículas, produz oxigênio e protege da radiação solar e poluição sonora. O edifício conta com uma sequência de varandas de diferentes tamanhos, que variam com a disposição de cada planta. A seleção das plantas e a definição da distribuição e reutilização da água em relação às diferentes zonas microclimáticas baseiam-se na otimização de recursos naturais. A gestão das plataformas onde as plantas crescem é de responsabilidade do condomínio, como também a manutenção e substituição de toda a vegetação e o número de plantas estabelecidas para cada plataforma.

Manutenção através de andaime

Manutenção interna

Figura 11 - Edifício Bosco Verticale - Disponível em: www. archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeristudio. Acesso em: 17 out. 2020

Figura 12 e 13 - Edifício Bosco Verticale - Manutenção da vegetação - Disponível em: www.archdaily.com.br/ br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio. Acesso em: 17 out. 2020

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SISTEMA DE IRRIGAÇÃO: De acordo com estudos micrometeorológicos, o cálculo das necessidades de irrigação foi realizado através da observação das características climáticas e foi diversificado de acordo com a exposição de cada fachada e a distribuição da vegetação em cada pavimento. Em cada floreira para vegetação existe um sistema de tubos/mangueiras para a irrigação das vegetações. ESTRUTURA: O edifício é todo em concreto armado e as vegetações ficam em recipientes já projetados para a colocação das plantas. Nesses recipientes contém toda a tubulação necessária para a irrigação das plantas e passa por um processo de impermeabilização para que a água não infiltre e dê problemas de fungo, mofo, etc.

Sist. de bombas

Figura 14 e 15 - Edifício Bosco Verticale - Sistema de irrigação e impermeabilização - Disponível em: www.archdaily.com.br/ br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio. Acesso em: 17 out. 2020

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Figura 16 e 17 - Edifício Bosco Verticale - Disponível em: www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio. Acesso em: 17 out. 2020


FACHADAS MUTÁVEIS: Além de alterar o microlima do local, o Edifício Bosco Verticale tem a missão de recriar a paisagem com a vegetação aparente. É o que o escritório chama de fachadas mutáveis. Suas cores mudam de acordo com a estação do ano e as diferentes naturezas de plantas utilizadas, o que oferece a cidade uma diversificação de paisagem.

Figura 18 e 19 - Edifício Bosco Verticale - Fachada mutável - Disponível em: www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio. Acesso em: 17 out. 2020

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2.2 - EDIFÍCIO HIGH PARK Arquitetos responsáveis: Rodjkind Arquitectos Localização: Monterrey, México Ano do projeto: 2015 Função da Construção: Uso misto O EDIFÍCIO: O Edifício High Park está localizado nos arredores da cidade de Monterrey, no norte do México. O projeto foi desenvolvido para aproveitar ao máximo sua localização geográfica e ajudar a aliviar as condições climáticas extremas características do local. É aberto para a cidade como meio de integração do interno para com o externo. O edifício recua como uma forma de integrar-se ao espaço dos pedestres. O térreo é composto por 13 unidades comerciais, no qual estão presentes lojas de roupas, acessórios e um café, o que traz vitalidade para o entorno.

Figura 20 - Edifício High Park - Disponível em: www.https:// www.archdaily.com.br/br/769299/high-park-rojkindarquitectos. Acesso em: 11 out. 2020

Figura 21 - Edifício High Park Disponível em: www.archdaily.com. br/br/769299/high-park-rojkindarquitectos. Acesso em: 17 out. 2020

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HABITAÇÃO

COMÉRCIO

ÁREA CONVÍVIO

DISTRIBUIÇÃO: O edifício High Park conta com dez pavimentos entre comércio, recreação e habitação e mais quatro pavimentos de estacionamentos. Nos dois primeiros pavimentos se encontram as lojas, bares e cafés. Logo em seguida existe a área habitacional integrada com a área de convívio mais coletiva e por último uma sacada mais privativa.

Figura 22, 23, 24, 25 e 26 - Plantas e corte Edifício High Park - Disponível em: www.archdaily.com. br/br/769299/high-park-rojkind-arquitectos. Acesso em: 17 out. 2020

VARANDA PRIVATIVA

CIRCULAÇÃO

32 apartamentos de 250 a 650 m 21 unidades comerciais Espaços de convívio e lazer Estacionamento

ESTACIONAMENTO

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2.3 - EDIFÍCIO ARTSY Arquitetos responsáveis: Smart Arquitetura Localização: Porto Alegre, Brasil Ano do projeto: 2018 Função da Construção: Uso misto O EDIFÍCIO: O objetivo do Edifício Artsy é revigorar o espírito de algo singular e cheio de vida para a cidade. É um edifício que resume o bairro Cidade Baixa ao reunir moradia, trabalho, serviços e integração com a cidade. Interferir potencializando a identidade do local. O edifício contém um recuo que consequentemente amplia a calçada para que tenha uma melhor apropriação das pessoas, e é como um convite para entrar na área social do prédio que está localizada no térreo, pois é utilizado o mesmo revestimento, dando uma sensação de continuidade, sem barreiras.

Figura 27 - Edifício Artsy - Disponível em: https://smart.arq. br/projetos/edificio-artsy/. Acesso em: 03 out. 2020

A área onde é hoje a Cidade Baixa ficava entre os dois primeiros povoados de Porto Alegre. Ela surgiu para, literalmente, formar uma nova cidade. Com o tempo, passou a reunir diferentes estilos arquitetônicos, os mais variados serviços, atender diversas demandas, acolher novos moradores. Desde seu início, a Cidade Baixa, aceitou o novo, o diferente, o inusitado. Tudo integrado.

EDIFÍCIO ARTSY

Figura 28 - Entorno do Edifício Artsy - Bairro Cidade Baixa - Disponível em: https://smart.arq.br/projetos/edificio-artsy/. Acesso em: 03 out. 2020

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A torre maior é destinada para as habitações com vista para o parque Farroupilha, e o volume horizontal é marcado por salas de cunho comercial e para trabalho. O espiríto de integrar/conectar está nítido ao olhar as imagens do térreo. A praça interna é voltada para lojas, bares e cafés e permite a vitalidade do lugar na parte da noite. O edifício funciona em torno de si mesmo, com usos destinados aos moradores e aos usuários de toda a cidade.

Pq. Farroupilha

Área Comercial

Torre habitacional Figura 30 - Edifício Artsy - Disponível em: https://smart.arq. br/projetos/edificio-artsy/. Acesso em: 03 out. 2020

O Edifício Artsy procura estabelecer através de sua disposição no lote a maior permeabilidade e segurança, além de sofisticação e praticidade para os moradores e frequentadores.

Figura 29 - Edifício Artsy - Disponível em: https://smart.arq. br/projetos/edificio-artsy/. Acesso em: 03 out. 2020

Figura 31 e 32 - Edifício Artsy - Disponível em: https://smart. arq.br/projetos/edificio-artsy/. Acesso em: 03 out. 2020

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LEVANTAMENTOS

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03

33


Quadrilátaro central

3.1 - O LUGAR A área de estudo está localizada dentro do quadrilátero central da cidade de Ribeirão Preto, no estado de São Paulo. O objetivo da proposta é inserir no local mais moradias, além de comércio, serviço/trabalho e lazer, tudo em um só lugar, por isso a proposta de um edifício multifuncional. O edifício multifuncional então, pretende revitalizar a área, tornando-a mais acessível para uso, tanto durante o dia, quanto à noite, além de fortalecer o fluxo naquela região, fazendo com que o deslocamento dos usuários seja reduzido. o ret P o

zona urbana

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zona expansão urbana zona rural

A área de intervenção está localizada entre as ruas Florêncio de Abreu e Álvares Cabral. A área escolhida é um terreno de esquina, a fim de proporcionar uma visão mais ampla, tanto para direita, quanto para a esquerda. O terreno conta com aproximadamente 2.166,97 m² e está localizado no centro de Ribeirão Preto. Tendo em vista a proposta de um edifício multifuncional, o local é um ponto estratégico para a intervenção, pois além de muitos outros usos estarem próximos, é um ponto que necessita de uma revitalização para os usuários que ali passam todos os dias. ÁREA DE INTERVENÇÃO 34

Álvares Cabral

Figura 33 - Mapa de Ribeirão Preto - Disponível em: ribeiraopreto.sp.gov.br/files/splan/planod/ 20-04-09-lpuos-mapa1.pdf. Acesso em: 20 nov. 2020

Florêncio de Abreu

Figura 34 - Mapa da área de intervenção - Disponível em: Google Maps. Acesso em: 15 abr. 2020


MAPA DE CONDICIONANTES

sol nascente

Praça XV de Novembro

sol poente

Praça Carlos Gomes

Praça das Bandeiras Área de Intervenção Igreja Catedral

Praça Luís de Camões

A área em estudo não apresenta grande quantidade de árvores. A maior concentração de árvores se encontram nas praças. Não existem muitas vegetação nas calçadas, diminuindo a presença de sombra. Com isso, o conforto térmico é comprometido, diminuindo a qualidade do ar e espaços de sombra para pedestres e motoristas. A leitura desse elemento abre discussão para a implantação de espaços arborizados dentro do projeto, que sirvam não só de ligação com o espaço público, mas do edifício com o seu usuário.

Praça Sete de Setembro

SE

N 0

50

100

200 m

Figura 35 - Mapa de condicionantes - Fonte: Arquivo Pessoal

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MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA

Avenida Francisco Junqueira

Avenida Jerônimo Gonçalves

Área de Intervenção

Visconde do Rio Branco

Mariana Junqueira

Via local

Área Verde

São Sebastião Américo Brasiliense

Ponto de ônibus

Lafaiete Prudente de Morais Campos Salles

Ga

Área de Intervenção

Florêncio de Abreu

rib ald i Se Se te te de m M br a o De rec h od a or l o Fl o Pe ria ixo no to

Calçadão

General Osório

Vi sc In ond ha e úm de B a Am arã az o do on Ce as r Cé que Co i sa ra M man r ar d Sa con ant lga de e Sã do s o Jo sé

Via arterial

Sa M ldan Am arin ha h Bu ado o en r o Ál v Ca are br s al Ti bir iça

Via coletora

Duque de Caxias

Avenida Nove de Julho

Rui Barbosa Bernadino de Campos Quintino Bocaiuva

N 0

50

100

200 m

Figura 36 - Mapa de hierarquia viária - Fonte: Arquivo Pessoal

N

0

36

50

100

200 m

Na área de influência há uma via local e uma via coletora; em sentidos opostos, e as demais são vias locais, dando acesso à Av. Jerônimo Gonçalves (via arterial). Por conter uma via coletora em frente ao terreno escolhido, em determinados horários, o movimento de carros pode conturbar aquela via, o que serve de premissa para o projeto, tendo em vista a diminuição a aglomeração de usos em único edifício.


MAPA DE USO DO SOLO

Área de Intervenção

Comércio Prestação de Serviço Institucional Habitacional Área Verde Área de Intervenção

Figura 37 - Mapa de uso do solo - Fonte: Arquivo Pessoal N 0

N

0

50

100

200 m

50

100

200 m

No mapa do uso do solo as predominâncias das quadras são de usos heterogêneos, predominando quadras com lotes de diversos usos. Os lotes de habitações localizam-se em vias de fluxos menos intensos, já áreas comerciais e de serviço são em vias de mais fácil acesso - como avenidas. Há áreas que a quadra tem misturas de espaços habitacionais e comerciais sendo estas próximas à quadra do projeto. Porém, essa mesma quadra também é cercada de muito comércio, pois está muito próxima do calçadão. 37


MAPA DE EQUIPAMENTOS 4

4 3

3

1 1

3

1

4

4 1

4

Área de Intervenção

3

4

4 4

3 4

3

4

4 4 4

TIPO: SAÚDE LAZER EDUCAÇÃO

ESFERAS DE GOVERNO:

4

1 - MUNICIPAL 2 - FEDERAL

CULTURA RELIGIOSO

3 - ESTADUAL N

4 - PRIVADO 0

No mapa de Equipamentos foi localizado e identificado o tipo e o controle de cada equipamento da área. Próximo ao terreno escolhido para a intervenção, temos o Palacete Jorge Lobato, recém restaurado, e a Catedral Metropolitana, ponto importante e de grande visibilidade regional. O lote também conta com uma distância de aproximadamente 300 metros da Praça XV de Novembro, onde estão localizados a Choperia Pinguim e o Theatro Pedro II. 38

50

100

200 m

Figura 38 - Mapa de equipamentos - Fonte: Arquivo Pessoal


MAPA DE GABARITO

Área de Intervenção

1 - 3 pavimentos 3 - 5 pavimentos 5 ou mais pavimentos Área Verde Área de Intervenção

N 0

50

100

200 m

Figura 39 - Mapa de gabarito - Fonte: Arquivo Pessoal

O Gabarito mostra a predominância de edifícios de 1 a 3 pavimentos, considerado baixo, variando de 2,80 e 5,60 metros. As áreas mais verticais se tratam de prédios residenciais, e os vazios, em sua maioria, são estacionamentos. N

0

50

100

200 m

39


MAPA DE FIGURA FUNDO

Área de Intervenção

0 - 20% 30 - 40% 50 - 60% 70 - 80% 90 - 100%

Figura 40 - Mapa de figura fundo - Fonte: Arquivo Pessoal N 0

N

0

40

50

100

200 m

50

100

200 m

Analisando o mapa de figura fundo, foi possível observar que, na grande maioria das vezes, os edifícios ocupam a área total do lote, não havendo recuos laterais nem frontais, com o edifício fazendo limite diretamente com as calçadas. Os lotes vazios em sua maioria se tratam de estacionamentos privados. O terreno destacado para o projeto de um edifício multifuncional trata-se de dois estacionamentos. Estando na esquina, o edifício então terá duas faces voltadas para as ruas aumentando assim, sua ligação com a cidade.


O TERRENO: Tibiriçá

55,33 26,03

541

Área: 2166,97 m² 24,93

50,03

542

Lafaiete

543

Florêncio de Abreu

540

24

Com base na discussão levantada até o momento, a área de intervenção apresenta características propícias para a implantação de um edifício multifuncional. A área possui uma dinâmica de tipologias de usos e equipamentos. Possui também uma grande demanda de acesso a transporte público e possui um alto fluxo em suas vias. Os maiores problemas que podemos observar estão relacionados ao fluxo viário e ao baixo suporte aos pedestres, em termos de vias e calçadas. O conceito de cidade compacta prioriza o pedestre e diminui o uso de automóveis através da diversidade de usos presente em um edifício, além de ter um cuidado com os recursos naturais, como a arborização e doação de espaços verdes destinados à cidade.

30,4

Álvares Cabral 539

0

10

20 N

Figura 41 - Mapa do terreno de intervenção - Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 42, 43, 44 e 45 - Fotos do terreno e seu entorno mais próximo - Disponível em: Google Maps. Acesso em: 22 abr. 2020

41


RESTRIÇÕES URBANÍSTICAS Com base no Plano Diretor da cidade de Ribeirão Preto, no Mapa de Macrozoneamento Urbanístico, toda a área de estudo está localizada em uma Zona de Urbanização Preferencial - (ZUP), que é a região do município onde o uso e a

ocupação do solo urbano deverão ser incentivados considerando o potencial de sua infraestrutura urbana existente ou a implantar.

Recuo Restrição legal Recuo Restrição legal Gabarito Gabarito Índice indicadopela pelalegislação legislação Índice indicado Macrozoneamento Macrozoneamento ZUP - Zona urbanizaçãopreferencial preferencial ZUP - Zona dede urbanização -- recuo serser dispensado recuofrontal, frontal,lateral laterale efundo fundopodem podem dispensado -- caso um recuo dede 2m casohaja hajaaberturas aberturasaplica-se aplica-se um recuo 2m até 4 m até Zoneamento Industrial Zoneamento Industrial Área uso misto- II - II(índice (índice==1)1) Área dede uso misto -- caso umum recuo dede 3 m3 na fachada nãonão frontal casoseja sejade deesquina, esquina,aplica-se aplica-se recuo m na fachada frontal especial AQC = Área especialdodoquad. quad.central central ÁreaÁrea especial AQC = Área especial Densidade líquida básica 800hab/ha hab/ha Densidade líquida básica 800 -- recuo recuofrontal: frontal:5m 5m houver abertura) recuolateral: lateral:00mmou ou2 2mm(quando (quando houver abertura) básico (até (até 10m) -- recuo básico Densidade líquida máxima 2000hab/ha hab/ha Densidade líquida máxima 2000 -- recuo houver abertura) recuode defundo: fundo:00mmouou2 2mm(quando (quando houver abertura) Taxa de ocupação (TO) 70% 70% residenciale e80% 80%não nãoresidencial residencial Taxa de ocupação (TO) residencial natural 20% áreadodoterreno terreno SoloSolo natural 20% área -- recuo dada fórmula H=H= 3(L+R), sendo L a Llargura da da recuofrontal: frontal:mínimo mínimo5 5mm- através - através fórmula 3(L+R), sendo a largura rua rua ++calçadas calçadas áreadodoterreno terreno Coef. de aproveitamento atéaté 3x3x área Coef. de aproveitamento acima de 10m acima -- recuo 2m - através da da fórmula H/6H/6 recuode defundo/lateral: fundo/lateral:mínimo mínimo 2m - através fórmula metros Gabarito básico 1010metros Gabarito básico OBS: aa parte frontal é aémenor extensão do terreno OBS:Se Seoolote lotefor forde deesquina, esquina, parte frontal a menor extensão do terreno Altura máxima pode ultrapassar10 10metros metros Altura máxima pode ultrapassar

CÁLCULO DE ÁREAS: - Taxa de Ocupação: 80% da área do terreno: 2.166,97 m² - logo,TO é: 1.733,58 m² - Coeficiente de aproveitamento: 3x a área do terreno - logo, CA é: 6.500,91 m² - Solo natural: 20% da área do terreno - logo, Solo natural é: 433,40 m²

3.2 - DIRETRIZES TECNOLÓGICAS Em resposta a toda discussão levantada até o momento, as diretrizes tecnológicas nos proporcionam o entendimento de ações técnicas a serem aplicadas no projeto para a melhora da qualidade de vida dos usuários e também sua relação no meio urbano inserido. Questões de sustentabilidade, tecnologia de materiais, métodos rápidos e mais limpos de construção, tudo isso é importante para a concepção e viabilização do projeto. Para o Edifício Multifuncional em Ribeirão Preto foram escolhidos algumas técnicas e recursos para melhorar o funcionamento deste edifício, tais como: 42

FACHADAS VERDES CAPTAÇÃO DE ÁGUA CAPTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR fotovoltaica


FACHADAS VERDES

CAPTAÇÃO DE ÁGUA

Com o aumento constante do aquecimento global, uma das soluções sustentáveis para equilibrar a temperatura nos edifícios é a fachada verde, pois amenizam a radiação solar, além de diminuir a poluição em até 30% e reduzir o barulho externo. Esse sistema vegetativo de “pele” funciona como brise, mas de forma natural. A vegetação, ao contrário dos brises mecânicos, oferecem melhor qualidade, devido à sua vantagem de oferecer mais pureza no ar, além da eficiência energética e o baixo custo de manutenção.

A captação de águas pluviais é uma alternativa para economizar o uso da água encanada. O sistema de captação de água oferece ao portador desse sistema, uma reserva para se usar em casos de irrigação ou até mesmo limpeza. Para a elaboração do edifício multifuncional, esse sistema será de extrema importância, pois servirá para fazer a irrigação das vegetações presente nas fachadas e também para a limpeza, fazendo com que o edifício seja de certa forma, autosustentável.

Figura 46 - Tower Flower, Edouard François - Disponível em: https://www.archdaily.com/245014/tower-flower-edouardfrancois. Acesso em: 20 nov. 2020

Figura 47 - Sistema de captação de água da chuva - Disponível em: www.ejeciv.com.br/captação-agua-chuva. Acesso em: 05 abr. 2020

43


CAPTAÇÃO ENERGIA SOLAR fotovoltaica A captação de energia solar, assim como as outras diretrizes, irá auxiliar o edifício a atingir seu grau de sustentabilidade, pois a captação, através das placas solares, converte a luz solar em energia elétrica. O projeto terá essas placas em sua cobertura, convertendo essa captação em energia elétrica para que possa ter uma diminuição nos gastos de manutenção do edifício.

Figura 48 - Placas solares - Disponível em: https://www. archdaily.com.br/br/867542/portal-solar-disponibilizamanual-sobre-energia-solar-para-residencias. Acesso em: 20 nov. 2020

44


45


ESTUDO PRELIMINAR

46


04

47


4.1 - PROGRAMA DE NECESSIDADES O programa de necessidades do edifício será distribuído nos usos destinados à: moradia, trabalho e consumo/recreação. Com base no cálculo de áreas, temos uma quantia de 6.500,97 m² para a elaboração do projeto. Sendo assim, a divisão será feita da seguinte forma:

Habitação: Os apartamentos apresentam uma metragem de aproximadamente 40 m² com varanda. As unidades podem ser ampliadas conforme a necessidade do morador pois a divisória entre os apartamentos é de drywall. Apenas as paredes dos banheiros e da porta não podem ser tiradas de prumos (deslocamento). Dessa forma, as unidades habitacionais detém de uma flexibilidade que pode ser explorada conforme as necessidades dos usuários do edifício.

Circulação: A circulação se dá através de uma rampa que dá acesso a todos os pavimentos, e por elevadores e escada de incêndio. A rampa tem papel fundamental, pois ela permite que o passeio pelo edifício seja mais agradável e que o usuário contemple melhor o espaço edificado.

Habitação - 40 %

Cons. Rec. - 35 %

2.722,16 m²

2.102,84 m²

Trabalho - 10 %

Circulação - 40 %

690,55 m²

967,70 m²

Consumo e Recreação: As áreas para consumo e recreação estão localizadas no térreo, no mezanino e na entrada situada na rua Álvares Cabral, podendo ser utilizado por toda a cidade. Os espaços são amplos e conectados, permitindo assim que o usuários ocupem os ambientes de maneira livre. Esses espaços possuem cafés e bares para fortalecer o uso do espaço e garantir vitalidade e segurança por todos os períodos do dia. Além disso, esses espaços também contam com áreas arborizados para garantir sombras e experiências agradáveis. Trabalho: O uso destinado ao trabalho se dá com um coworking que está localizado no primeiro pavimento, assim, tem acesso de forma mais direta pois não atenderá apenas os moradores do edifício, mas também o entorno próximo. Esse espaço possui vários núcleos individuais de descanso e de trabalho, além de salas de reuniões mais íntimas e espaços de desafogo como cozinha, e algumas poltronas para descanso. 48

Figura 49 - Diagrama de setorização Arquivo pessoal.


Quadro de รกreas:

Figura 50 - Programa de necessidades - รกreas - Arquivo pessoal.

TOTAL: 6.414,95 49


O PROJETO

50


05

51


5.1 - CONCEITO E PARTIDO O Edifício Multifuncional em Ribeirão Preto tem como função principal revitalizar o entorno próximo e proporcionar qualidade de vida e bem estar aos usuários da cidade. O projeto pretende fortalecer o encontro e otimizar o deslocamento dos moradores oferecendo serviços de trabalho, consumo e lazer para que o deslocamento se dê apenas em ocasiões específicas. O edifício não apresenta estacionamento de veículos, pois a proposta é que haja um incentivo ao uso da bicicleta e do transporte coletivo, e para isso, foram implantados diversos bicicletários. Quanto ao uso do transporte coletivo, o entorno oferece um ponto de ônibus em frente ao edifício. Além disso, visa contribuir com o meio urbano

oferencendo grande arborização para ajudar na purificação do ar e qualificar a experiência de uso do espaço. Para isso, foi tirado o máximo de proveito do terreno, inserindo o edifício na cota mais alta (cota da rua Florêncio de Abreu) e estendendo todo o térreo para criar um espaço de contemplação e que tenha um amplo campo de visão para a cidade. Ao usar o térreo na altura da rua Florêncio de Abreu, deu-se um desnível na rua Álvares Cabral de 3,20 m, onde foi criado um espaço comercial com salas que servirão para a inserção de lojas, bares, etc. E para permitir essa permeabilidade de forma eficiente, foi colocada uma rampa no espaço de lojas que dá acesso ao terreo - e vice versa essa rampa tem a função de conectar e convidar o usuário

cota mais alta

Fl o

ci ên or

ci ên or

Fl u re

u re

Ab

Ab

de

de

o ral

ab

sC are Álv

Figura 51 e 52 - Diagrama de evolução da forma - Arquivo pessoal.

52

ral

ab

sC are Álv


ao edifício. Para contribuir com o meio urbano, o edifício possui varandas com floreiras verdes. A vegetação servirá como proteção natural e com isso é dispensado o uso de elementos mecânicos para o controle de iluminação e ventilação dentro dos espaços. Além disso, o edíficio possui um sistema de captação de água da chuva para reaproveitamento na limpeza e irrigação dessa vegetação. Possui também um sistema de captação de energia solar com placas fotovoltaicas que permitirá que o edifício se auto sustente e diminua o valor pago por energia elétrica.

cap. água chuva

circulação placas solares

o

ci ên or

Fl

o

ci ên or

Fl

de

de

u re

Ab

u re

Ab circulação

ponto de ônibus

ral

ab

sC are Álv

ral

ab

sC are Álv

acesso à lojas

Figura 53,54 e 55 - Diagrama de evolução da forma - Arquivo pessoal.

53


INFRAESTRUTURA: A estrutura do edifício é composta por um conjunto de vigas e pilotis. Esses elementos são afastados das extremidades fazendo com que os fechamentos, sejam eles de vidro, drywall ou alvenaria comum se tornem independentes. No espaço comercial (entrada da rua Àlvares Cabral), o sistema acompanha os pilotis do edifício, mas há um reforço no volume destinado à lojas, tendo em vista a grande dimensão da piso térreo. Como já citado, o edifício possui sistema de captação de água da chuva, essa captação é feita através da cobertura do edifício. Há um reservatório de armazenamento dessa água pluvial localizada no nível do espaço comercial, ao lado da circulação vertical das escadas para mais facilidade em possíveis manutenções.

Figura 56 - Perspectiva do projeto - Arquivo pessoal.

Caixa de escada também estrutural

Caixa d’água

Captação água pluvial

piscininha 90.000 m³ captação e armaz. água pluvial

Figura 57 - Diagrama de infraestrutura - Arquivo pessoal.

54

Figura 58 - Diagrama de infraestrutura - Arquivo pessoal.


MATERIALIDADE: O edifício possui como elemento principal o concreto armado. Esse material é visivelmente identificado e é o responsável também por dar identidade ao lugar. Os fechamentos do edifício se dão por planos de vidros onde o controle é facilmente adquirido pelo usuário. Esses planos de vidro permite que o usuário contemple e acesse diretamente as varandas verdes. A divisão dos apartamentos são feitas em drywall para permitir uma flexibilidade de aquisição por parte do usuário. As unidades habitacionais que possuem aproximadamente 40 m² podem ser alteradas para 80, 120, etc. Outro material empregado ao projeto é a madeira. O concreto é o responsável por dar identidade ao local e estruturar e a madeira complementa dando aconchego, sofisticação e auxilia na divisão dos espaços.

Pilotis em concreto armado

Madeira

Plano de vidro acesso à varanda

Figura 59 e 60 - Perspectiva do projeto - Arquivo pessoal.

55


5.2 - MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO O projeto é composto por um edifício que abriga apartamentos com cozinha e sala coletiva, além de um pavimento inteiro destinado à salas de coworking e de reuniões. Devido a discussão apresentada sobre cidade compacta, o edifício procura resolver essas questões e por isso apresenta essa união de usos em um mesmo espaço edificado. O edifício é suspenso por pilotis, liberando assim

56

todo o seu térreo para que haja uma dinâmica de ocupação e para isso foi inserido um Coffee para que o lugar fique sempre aberto e ocupado por pessoas. A entrada da rua Álvares Cabral dá acesso direto à espaços comerciais de lojas, bares, etc. Esse acesso tem conexão através de uma rampa para o térreo e permite assim o passeio contínuo e agradável.


PAVIMENTO TÉRREO:

+3,24

Florêncio de Abreu

bicicletário

Recepção +3,29

+3,24

W.C. +3,27

W.C. +3,27

Café Cozinha func. +3,27

proj. mezanino

+3,24

+3,24

Acesso e circ.térreo Acesso bicicletário Espaço convívio Circ. vertical

Figura 61 - Planta pavimento térreo - Arquivo pessoal.

Figura 62 - Perspectiva do projeto - Arquivo pessoal.

Álvares Cabral

0

2

5

10

Figura 63 - Perspectiva do projeto - Arquivo pessoal.

57


PAVIMENTO COMERCIAL:

Espaço Comercial +0,05

Espaço Comercial +0,05

Espaço Comercial

Espaço Comercial

+0,05

+0,05

Espaço Comercial

Espaço Comercial +0,05

Recepção +0,05

+0,05

W.C. +0,03

W.C. +0,03

Cozinha func. +0,03

Espaço Comercial +0,05

Espaço Comercial +0,05

Espaço Comercial +0,05

bicicletário

Espaço Comercial +0,05

proj. pav. térreo

Acesso e circulação Acesso bicicletário Espaço convívio

Carga e Descarga +0,01

Figura 64 - Planta pavimento comercial - Arquivo pessoal.

Circ. vertical

+0,00

0

O pavimento comercial conta com 11 lojas e espaço de convívio e lazer. Esse espaço aberto serve para convidar o usuário a entrar e permanecer ali consumindo, deixando o espaço com mais vitalidade. O espaços comerciais contém aproximadamente 35 m², mas podem ser aumentados dependendo da necessidade com mais um ou dois módulos.

70m 35 m

²

35 m

²

² União de unidades comerciais

Figura 65 - Perspectiva do projeto - Arquivo pessoal.

58

2

5

10


MEZANINO:

Academia +6,50

bicicletário Área de convívio +6,48

W.C. +6,45

Café

W.C. +6,45

W.C. +6,45

0

proj. pav. superior

2

5

Figura 66 - Planta mezanino Arquivo pessoal.

O mezanino é caracterizado como um espaço semi-público. Ele contém uma academia que poderá aos moradores e trabalhadores do prédio e aos usuários dependendo de sua lotação. Como o pavimento de trabalho se encontra logo acima do mezanino, foi proposto

um Coffee para servir aos usuários desse pavimento e dos outros. O mezanino conta também com um bicicletário que auxiliará os moradores e usuários do pavimento de trabalho e do próprio mezanino.

Figura 67 - Perspectiva do projeto - Arquivo pessoal.

Figura 68 - Perspectiva do projeto - Arquivo pessoal.

59


PAVIMENTO TRABALHO:

Cozinha Coworking

W.C.

W.C. Circulação +9,72

Reunião

Reunião

Reunião

Reunião

Reunião Reunião

Reunião

Reunião

Recepção

Reunião

0

Figura 69 - Planta pavimento trabalho - Arquivo pessoal.

O pavimento de trabalho é composto por um coworking administrado pelo próprio edifício. São distribuídos mesas e alguns espaços individuais de trabalho e descanso para que se possa ter uma maior liberdade ao realizar as tarefas do dia-a-dia. Conta também com salas para reuniões mais reservadas. Todo o espaço é bem iluminado e tem acesso direto as varandas verdes.

Figura 70, 71 e 72 - Perspectiva do projeto - Arquivo pessoal.

60

2

5


PAVIMENTO HABITAÇÃO - COZINHA COLETIVA:

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Corredor apart.

Circulação

Cozinha coletiva +12,96

Lav. coletiva +12,93

0

2

5

Figura 73 - Planta pavimento coz. coletiva - Arquivo pessoal.

O pavimento de nível 12,96 é o primeiro destinado à habitação. Ele contém uma cozinha coletiva responsável por atender os moradores do edifício, tendo em vista que o morador pode optar por não ter um espaço de preparo de alimentos em seu apartamento. As unidades habitacionais podem ter seu tamanho alterado dependendo também da necessidade do usuário em precisar de uma metragem maior. Todos os pavimentos destinados a habitação possuem uma lavanderia coletiva equipada com tanques, máquinas de lavar e secadoras para atender os moradores.

Figura 74, 75 e 76 - Perspectiva do projeto - Arquivo pessoal.

61


PAVIMENTO HABITAÇÃO - SALA ESTAR COLETIVA:

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Corredor apart.

Circulação Sala de estar coletiva +16,20

Lav. coletiva +16,17

0

Figura 77 - Planta pavimento sala coletiva - Arquivo pessoal.

O pavimento superior é o espaço destinado à encontros e descanso. Este pavimento possui uma sala de estar com TV, sistema de som e grandes sofás para o encontro e troca de experiências. Esse espaço pode ser usado por todos os moradores. Como já citado, esse pavimento também contém uma lavanderia coletiva equipada com tanques, máquinas de lavar e secadoras para atender os moradores.

Figura 78, 79 e 80- Perspectiva do projeto - Arquivo pessoal.

62

2

5


PAVIMENTO HABITAÇÃO - NÍVEL 19,44 e 22,68m:

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Circulação +19,44

Apart.

Apart.

Apart.

Lav. coletiva

Apart.

+19,41

0

2

5

2

5

Figura 81 - Planta pavimento habitação - Arquivo pessoal.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Circulação +22,68

Apart.

Apart.

Apart.

Apart.

Lav. coletiva +22,65

0

Figura 82 - Planta pavimento habitação - Arquivo pessoal.

Os dois últimos pavimentos são destinados apenas a habitação e possuem apenas um espaço amplo de circulação. Apresentam também lavanderia coletivas como nos outros pavimentos habitacionais. 63


UNIDADES HABITACIONAIS:

1.75

As unidades habitacionais possuem inicialmente o mesmo tamanho: 30 m². Porém, dependendo da necessidade do usuário, poderá ser feito a união de duas ou mais unidades. Ao lado, há algumas perspectivas de como seria a distribuição desses dois layouts iniciais, onde um conta com um espaço de preparo de alimentos e outro apenas com camas, onde o usuário usará a cozinha coletiva. 6.70 1.75

6.70 2.00 2.65 2.00 2.65 4.40

4.70

4.40

4.70

4.40

4.70

4.40

4.70

2.65 2.00 2.65 2.00 1.75

6.70

1.75

6.70

Figura 83, 84, 85 e 86- Perspectiva do projeto - Arquivo pessoal.

64


CORTE AA:

+ 25,92

+ 22,68

+ 19,44

+ 16,20

+ 12,96

+ 9,72

+ 6,48

+ 3,24

+ 0,00

Figura 87- Corte AA - Arquivo pessoal.

65


CORTE BB:

DETALHE S/ ESCALA

Figura 87- Corte BB - Arquivo pessoal.

66


+ 25,92

+ 22,68

+ 19,44

+ 16,20

+ 12,96

+ 9,72

+ 6,48

+ 3,24

+ 0,00

67


68


69


BIBLIOGRAFIA

70


06

71


ROGERS, Richard George et al. Cidades para um pequeno planeta. 2º. ed. Barcelona, Espanha: Gustavo Gili, 2005. 180 p. ISBN 84-252-1889-6. LEITE, Carlos et al. Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NUM PLANETA URBANO. 1. ed. BRASIL: BOOKMAN COMPANHIA ED, 2012. 278 p. ISBN 857780965X. LlNARDI, M.C.N. Pensando sobre a cidade contemporânea. Semina: Cio Soc.lHum., Londrina, v. 15, n. 3, p. 239-245, seta 1994. MESTRINER, Gustavo. A Cidade Compacta e os Projetos Urbanos Contemporâneos. Inventário Analítico de Estudos de Casos em Vazios Urbanos em Áreas Centrais/ Gustavo Luiz Mestriner. São Paulo, 2008. Legislação Municipal de Ribeirão Preto. Disponível em: <https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/legislacao-municipal/pesquisa.xhtml?lei=2137> Documentos eletrônicos: Como retornar à vida em comunidade no mundo pós-pandemia? Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/ br/938922/como-retornar-a-vida-em-comunidade-no-mundo-pos-pandemia?ad_source=search&ad_medium=search_result_all> A cidade compacta de madeira: como o uso da madeira pode ajudar a combater as mudanças climáticas. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/789322/the-compact-wooden-city-a-life-cycle-analysis-of-how-timber-could-help-combat-climate-change?ad_source=search&ad_medium=search_result_all> Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes, Parte 2. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-65182/cidades-sustentaveis-cidades-inteligentes-parte-2-carlos-leite?ad_source=search&ad_medium=search_result_all> Criando jardins verticais e fachadas verdes com cabos de aço. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/933380/criando-jardins-verticais-e-fachadas-verdes-com-cabos-de-aco> FACHADAS VERDES: UMA SOLUÇÃO SUSTENTÁVEL. Disponível em: <https://superfluonecessario.com.br/fachadas-verdes-uma-solucao-sustentavel/> Uso das Fachadas Verdes na Arquitetura. Disponível em: <http://construindodecor.com.br/fachadas-verdes-na-arquitetura/>

72


73


EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL EM RIBEIRÃO PRETO

AFONSO CÉSAR DE ALMEIDA

2020

74


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