COMO AUTOMATIZAR – UMA PUBLICAÇÃO AFRAC
Ano II - Nº 5 Julho/Dezembro 2011
Associação Brasileira deAutomação Comercial
Cloud Computing Sua expansão deverá transformar o mercado de softwares e ampliar a oferta de serviços
ENTREVISTA
O consultor Dagoberto Hajjar fala sobre a importância do planejamento no crescimento das empresas
ARTIGO TÉCNICO
Tiaraju Pires, superintendente da Abras, analisa o papel da tecnologia e as novas demandas do consumidor
ESPECIAL: cobertura completa da Autocom 2011
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Palavra do Presidente Divulgação/Afrac
O Autocom 2012 já começou
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feira e o congresso reunidos no Autocom 2011 e apresentados no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte podem ser considerados como o início de uma nova fase para este que é o maior evento de automação comercial da América Latina, promovido pela Associação Brasileira de Automação Comercial (Afrac), conforme pudemos constatar por meio do enorme sucesso alcançado. Alguns fatores permitiram o êxito do Autocom 2011. Primeiramente, houve um expressivo crescimento do evento, que teve um aumento em sua área de exposição na ordem de 140% em relação ao ano passado. Isso mostra que o setor de automação comercial, destinado ao varejo brasileiro, está maduro e pronto para enfrentar novos desafios. O novo espaço nos permite fácil expansão, pois o Autocom ocorre paralelamente a outros dois grandes eventos do varejo, a Fispal e a ABF Franchising Expo, concentrando em áreas próximas grande parte do público-alvo do nosso setor. Dessa forma, o Autocom 2012 estará com o seu sucesso garantido. Outro fator percebido foram as mudanças na quantidade e nas características do público visitante. Por ocorrer na mesma data desses eventos, o perfil do Autocom 2011 foi modificado e ampliado. Tomadores de decisão estavam em maior número e o volume de visitantes cresceu – tanto no que tange os provenientes do próprio setor, quanto aos consumidores finais –, bem como o total de inscritos no congresso, que dobrou em relação a 2010. Destacamos também que a Afrac já iniciou os esforços para internacionalizar a edição 2012. Esperamos que para o próximo ano, o Autocom seja o fórum de discussão de legislação fiscal para a América Latina. A Afrac vem trabalhando neste sentido para que em nosso congresso estes temas estejam na mesa de discussão, reunindo para o debate representantes governamentais e empresários de outros países. Isso agregará enorme valor ao segmento do varejo da América Latina. Consequentemente, essas discussões abrirão espaço para a participação de outras empresas estrangeiras em nosso evento. No novo portal que a entidade lançará em breve teremos uma seção específica para o Autocom 2012, em que os temas e as sugestões para discussão em nosso congresso serão destinadas ao grupo que já está trabalhando para o sucesso de 2012. Isso enriquecerá ainda mais a grade de temas do evento e a divulgação das tendências de mercado. Podemos afirmar que a Afrac é um importante canal do setor de automação comercial para o varejo do país. Um verdadeiro fórum no qual as legislações são debatidas, tendências e tecnologia são lançadas, fluindo de forma vigorosa para o varejo por meio deste grande evento que é o Autocom.
Zenon Leite Neto Presidente da Afrac
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Sumário
Diretoria
Ano II - Nº5
Julho/Dezembro 2011
Presidente Zenon Leite Neto Vice-Presidente Geral Edgard de Castro Vice-Presidente de Relações Institucionais Marcelo Coppla Vice-Presidente de Fabricantes Gerson Gavazzi Vice-Presidente de Software Houses Luis Garbelini Vice-Presidente de Suprimentos Fernando A. Martins Vice-Presidente de Revendas/Interventores Eduardo Santos Vice-Presidente AIDC Cássio Pedrão Vice-Presidente de Marketing Gerson Pasquali Diretor de Relações Internacionais Paulo E. Guimarães Conselho Fiscal Múcio Álvaro Dória Wagner V. Oliveira
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Palavra do Presidente
Diretora Executiva Valéria Dias Beu
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Espaço Afrac
Endereço: Rua Silvia, 110 – 10º andar, Bela Vista São Paulo – SP / CEP: 01331-010 Tels: (11) 3284-7080 / 3284-8281 Site: www.afrac.com.br / administração@afrac.com.br
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Entrevista
Para Dagoberto Hajjar, da Advance Consulting, planejar é essencial para aproveitar a boa fase econômica e as novas oportunidades de negócios
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Especial
A 13ª edição da Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio (Autocom 2011), ocorrida em São Paulo (SP), foi muito além das mais otimistas previsões
Conselho Editorial: Gerson Pasquali e Valéria Dias Beu PRODUÇÃO EDITORIAL
Uma empresa do Grupo ZP Rua Bela Cintra, 178, Cerqueira César São Paulo/SP - CEP 01415-000 Tel.: 55 11 2978-6686 www.zeppelini.com.br
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Jornalista Responsável: Cristiane Collich Sampaio (MTb. 14 225) – collichc@uol.com.br – 55 11 2306-6883 Reportagem e Redação: Cristiane Collich Sampaio, Fernanda Urbano Bomfim e Silvana Coelho Publicidade (Zeppelini Editorial): publicidade@zeppelini.com.br – 2 AUTOCOM magazine Tel.: 55 11 2978-6686 Imagem da capa: Dreamstime®
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A democracia no acesso a programas e o crescimento da oferta de serviços são algumas das promessas da rede virtual, representada pelo cloud computing
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Artigo Técnico
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Legislação
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Espaço AFRAC Fotos: Cristiane C. Sampaio
(Da esq. para a dir.) Enrico Castellano, Zenon Leite Neto, atual presidente; Múcio Álvaro Dória, que presidiu a entidade nas gestões 2000/2001 e 2002/2003; e Antônio Di Gianni, que ocupou a presidência entre 2006/2007 e entre 2008/2009.
Afrac comemora 24 anos de existência Entidade acompanhou as principais mudanças do setor de automação e se consolidou como porta-voz nacional das empresas
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a noite de 28 de setembro, a Afrac promoveu em sua sede, em São Paulo (SP), um coquetel para celebrar seus 24 anos de existência. Estiveram presentes diversos associados, ex-presidentes da entidade e parceiros, além de representantes de órgãos governamentais do estado de São Paulo. Na abertura do evento, o atual presidente, Zenon Leite Netto, destacou não só a evolução do mercado de automação
comercial no Brasil nos últimos anos, mas também a participação da entidade nesse processo. Segundo ele, “a Afrac reúne as maiores empresas do segmento – são 400 associados –, que convivem harmoniosamente, mantendo um pensamento único na busca de soluções. A entidade hoje está muito madura e conseguiu conquistar uma relação muito boa com diversos órgãos governamentais, especialmente o fisco, espaço em que podemos
defender os interesses não apenas do setor, mas, principalmente, do consumidor final”. O primeiro presidente da entidade, Enrico Castellano, destacou a importância da Afrac no acompanhamento do rápido desenvolvimento da tecnologia da informação, especialmente no âmbito comercial, e na popularização de seu uso. “Nós participamos das principais mudanças; no passado existiam apenas máquinas mecânicas que sofriam
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Afrac reúne convidados em sua sede, para comemorar seu 24º aniversário.
Nós participamos das principais mudanças; no passado existiam apenas máquinas mecânicas que sofriam mudanças a cada 15 anos, diferentemente do que ocorre agora. Enrico Catellano foi presidente da Afrac por duas gestões (1987/1989 e 1990/1991).
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mudanças a cada 15 anos, diferentemente do que ocorre agora. Assim que o Governo iniciou a importação de equipamentos eletrônicos, começamos a participar das discussões para que houvesse uma legislação única para seu uso no país, defendendo a posição dos associados e ajudando na elaboração das regras”, declara Castellano.
Para o também ex-presidente, Mucio Álvaro Dória, para o setor “é importante o associativismo e a efetiva participação dos diretores, que realizaram um trabalho que traz credibilidade à entidade junto a todos os atores desse setor. A expectativa é de que a Afrac mantenha o ritmo de crescimento do número de associados nos próximos anos”, completa. Por sua vez, Antonio Di Gianni, que igualmente ocupou a presidência da associação, ressaltou o trabalho de aprimoramento, crescimento em número de associados e representatividade junto ao Governo e demais entidades e instituições. “Nossa tarefa na defesa dos interesses do segmento é bastante difícil, mas é um trabalho gratificante a partir do momento em que atingimos nossos objetivos”, assinala. (Silvana Coelho)
Afrac no Sindipan Presidente da Afrac apresenta palestra para empresários de panificação e sela parceria com o sindicato do setor
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ecentemente, foi formalizada uma parceria entre a Afrac e o Sindicato dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan). Para selar esse acordo de cooperação entre as duas entidades, o presidente da Afrac, Zenon Leite Neto, apresentou uma palestra para os empresários do setor de panificação, abordando os benefícios da automação comercial para a adequada gestão das empresas. Segundo ele, “hoje não existe a possibilidade de uma empresa existir no país, se esta não tiver gestão, e a automação comercial é ferramenta essencial nesse processo, capaz de fazer o negócio crescer com rentabilidade”. Para os panificadores que ainda não automatizaram suas empresas, Zenon recomendou que, primeiramente, procurem se informar sobre equipamentos, softwares, acessórios e suprimentos disponíveis no mercado, visitando feiras de panificação e também de automação, como a Autocom, promovida anualmente pela Afrac. “O ideal é conhecer as opções, conversar com outros panificadores
e estudar, com calma, quais os produtos mais adequados à empresa”, pondera. O presidente da Afrac destacou os inúmeros benefícios da automação comercial para o setor, referindo-se também à evolução da legislação fiscal e contábil, que prevê a automatização das empresas: “Se a empresa não fizer os controles necessários, atendendo às exigências fiscais, poderá ter de fechar as portas, por causa de multas, por exemplo.” Ele ainda acrescentou que os sistemas de gestão, que envolvem automação, são importantes para evitar roubos, entre outros motivos, por possibilitar controle mais apurado dos estoques e das vendas, entre outros. Presente no evento, o presidente do Sindipan, Antero José Pereira, enfatizou os benefícios da parceria para o setor: “Sabemos que hoje grande parte das padarias ainda não está automatizada e essa parceria é muito importante para conhecermos as novas tendências e o que há de mais moderno em termos de automação comercial no país.” (Cristiane Collich Sampaio)
Agenda de Cursos
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Afrac promove regularmente uma série de cursos, visando à atualização e o desenvolvimento das empresas associadas. Apresentamos aqui a programação referente ao segundo semestre de 2011. Os cursos – que têm duração de um dia, com início às 9h30 e término às 17h30 – são oferecidos no auditório da associação (Rua Silvia, 110 – 10º andar – Bela Vista – São Paulo/SP). O conteúdo dos cursos já se encontra disponível no site da Afrac – www.afrac.com.br. Para obter informações adicionais, os interessados devem entrar em contato com a entidade pelo e-mail: contato@afrac. com.br ou nos telefones (11) 3284-7080 e (11) 3284-8281.
NOVEMBRO Dia 11 Técnicas de Melhoria no Atendimento e Vendas – Módulo I Instrutoras: Anna Lúcia Castellano e Regiane Rocha Dia 17 Técnicas de Melhoria no Atendimento e Vendas – Módulo II Instrutoras: Anna Lúcia Castellano e Regiane Rocha Dia 23 Curso Básico de Automação Comercial Instrutora: Valéria Dias Beu Dia 24 Gestão de Processos Aplicada aos Negócios / BPM Instrutor: Paschoal Francisco Fideli
Cartas à Redação Se você, leitor, deseja fazer críticas ou sugestões quanto à forma e ao conteúdo das edições, não se omita, mande uma mensagem para a redação da Autocom Magazine: collichc@uol.com.br Aguardamos sua contribuição.
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Entrevista Divulgação/Advance Consulting
Dagoberto Hajjar, presidente da Advance Consulting
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perspectiva para os próximos anos é de que a economia brasileira continue em ritmo acelerado de crescimento, a despeito da eventual ameaça inflacionária. Ao lado da Índia e da China, segundo analistas, o Brasil continuará a estar entre os países mais atraentes para os investidores mundiais. E essa tendência também deverá se manifestar, de forma ainda mais acentuada, no setor de tecnologia da informação, alimentada pelo interessante, e relativamente novo, pacote de produtos, cujo potencial apenas começa a ser explorado por aqui. Porém, para aproveitar a boa maré econômica e as oportunidades de negócios que estão surgindo, é fundamental que as empresas apostem em planejamento, definindo as estratégias necessárias à sua expansão e ao aumento de sua lucratividade, e seguindo-o à risca. Essa é a recomendação do consultor Dagoberto Hajjar, presidente da Advance Consulting, que apresentou palestra sobre planejamento estratégico para canais durante o Congresso de Automação 2011, realizado em junho, em São Paulo (SP), junto com a Autocom 2011. Nesta entrevista, além de aprofundar pontos apresentados na conferência, o consultor explora outros aspectos da questão, como o importante papel a ser desempenhado pela TI no sucesso empresarial do varejo.
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Planejar para crescer Para o consultor Dagoberto Hajjar, o Brasil está e continuará num círculo virtuoso de crescimento econômico e as empresas têm de estar preparadas para aproveitar as boas oportunidades de negócios que estão surgindo. Autocom Magazine – Quais motivos o levam a apostar num ciclo virtuoso de crescimento econômico no Brasil e, também, de acelerada expansão do setor de automação comercial? Dagoberto Hajjar – A economia no resto do mundo continua andando de lado, enquanto no Brasil segue de vento em popa. Nossa crise financeira de 2008 foi realmente uma marolinha, quando comparada a do resto do mundo. O crescimento do PIB do Brasil em 2010, de 7.5%, foi exuberante. Além disso, nos próximos anos, teremos a Copa do Mundo de futebol e as Olimpíadas, o que representará a vinda de grandes investimentos para o país e a geração de riqueza para todas as cadeias de valor. Em janeiro de 2010, em Nova Iorque (EUA), estive no evento da National Retail Federation (NRF), o qual é o maior do mundo nas áreas de varejo e tecnologia. Na ocasião, falei com aproximadamente 250 expositores, dos cerca de 400 presentes, e 90% deles se mostraram interessados em vir para o Brasil, ou em aumentar sua presença aqui. Quanto à expansão da automação comercial, os números falam por si. De 1980 a 2000, o mercado brasileiro cresceu muito, impulsionado por projetos de automação de escritórios, bancos, indústrias e empresas
de serviços. Em 2000, passou a ocorrer a massificação da automação comercial, com a aplicação de legislação de impressoras fiscais, apesar de isso representar apenas o ‘básico’ em termos de automação. Hoje, comparando setor a setor da automação no Brasil e nos EUA, o varejo é o que está mais defasado por aqui. Talvez por esse motivo, de acordo com estimativas da Gartner, será o segmento de tecnologia da informação (TI) que mais crescerá nos próximos anos. Não podemos esquecer de que há um interessante pacote de novas tecnologias no mercado o qual, aliado à expansão do uso das redes sociais, deverá impulsionar esse movimento.
“Às empresas de TI, falta um bom planejamento estratégico, ou seja, entender o cenário econômico futuro (...) e saber como tirar proveito disso, também por meio da execução adequada desse planejamento.”
Autocom – Quais as condições necessárias para que as empresas de TI possam tirar proveito dessa fase? Dagoberto Hajjar – Antes de tudo, as empresas de TI deveriam conhecer o ‘idioma’ do mundo dos negócios, pois, atualmente, é como se os homens de negócios morassem em Vênus e os de TI em Marte. Não falam a mesma língua. As áreas de negócios têm necessidades que não são compreendidas pelo pessoal de TI e que, por isso, não consegue agregar valor aos negócios. Mas acho que, como a tecnologia está cada vez mais simples, esse gap diminuirá naturalmente. A meu ver, às empresas de TI, falta um bom planejamento estratégico, ou seja, entender o cenário econômico futuro, o que inclui tendências, oportunidades e ameaças, e saber como tirar proveito disso, também por meio da execução adequada desse planejamento. Faltam planos de expansão capazes de atrair o investimento internacional para as empresas brasileiras de TI. Conforme apuramos, 50% investem em planejamento estratégico, 25% dizem que têm um plano, mas este está apenas ‘na cabeça do dono’, e 25% admitem não ter um plano.
Autocom – A seu ver, em termos de planejamento estratégico, quais as origens das
diferenças existentes entre o Brasil e países desenvolvidos? Isso se manifesta em todas as empresas independentemente de área de atuação e tamanho? Dagoberto Hajjar – As diferen-
ças culturais entre o Brasil e os EUA, nesse aspecto, são nítidas. Prova disso é que, em qualquer filme norte-americano da Sessão da Tarde, até mesmo os meninos sempre perguntam: “você tem um plano?”. Eles crescem acreditando nessa pergunta. Nos EUA, todos são treinados para serem empreendedores, desde criancinhas. Eu brinco e digo que lá um bebê nasce e, ao mesmo tempo, logo aprende o que é mamadeira e o que é business planning; aqui, ficamos quatro ou cinco anos na universidade para aprendermos a ser executivos, ou seja, funcionários de multinacionais. No Brasil, os empresários ainda não estão acostumados a planejar e a executar o que foi estabelecido e quem teve êxito aprendeu da pior forma possível: por tentativa e erro.
Autocom – Quais as bases do planejamento estratégico, seus pilares de sustentação? Dagoberto Hajjar – Desenvolvemos um modelo em que maximizar o valor da empresa para o acionista (ou sócios) é a meta do planejamento e no qual o impulso para o aumento dos lucros deve ser orientado pela articulação de dois elementos: a otimização das receitas, cujo foco está na estratégia utilizada, e a racionalização dos custos, centrada no campo operacional da empresa. Neste último, estão a busca por eficiência operacional e de procedimentos de negócios, assim como a adoção do modelo de governança corporativa mais adequado e, ainda, a relação equilibrada entre o investimento em bens de capital e a introdução de melhorias na empresa (Capex) e o custo com sua manutenção (Opex). Já o foco estratégico deve considerar a inovação em produtos e serviços, a diferenciação da empresa e de seus produtos perante a concorrência, a oferta de valor agregado ao cliente e a fidelização destes.
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No modelo, o vetor de corte de custos é o mais óbvio e o mais fácil de ser trabalhando por “técnicos”. Já o de ampliação dos ganhos é o mais complicado para os empresários. A diferenciação é fundamental nesse processo, já que, sem isso, ocorrerá apenas guerra de preços, na qual as empresas maiores levam vantagem.
Autocom – Qual o papel da automação comercial nesse cenário? Dagoberto Hajjar – Cada vez mais o software será componente essencial para o sucesso das empresas, principalmente de varejo. Até agora, a TI era considerada como uma despesa que tinha como finalidade a redução dos custos, não era vista como fator de agregação de valor aos negócios. Mas, justamente esse campo, o estratégico, será o grande foco da tecnologia para o varejo nos próximos anos. Daqui, sairão sistemas de apoio a decisões com modelos preditivos capazes de analisar o desempenho do comércio, perfil e hábitos dos consumidores e recomendar preços, promoções, campanhas, alocação de funcionários, posição de produtos na loja (ou gôndolas). O software será um grande aliado para os negócios, desempenhando papel equivalente ao de um grupo de excelentes especialistas. Na área estratégica, os sistemas de apoio a decisão podem ser classificados em níveis, começando com relatórios e indo para pesquisas, alertas e análises estatísticas, até chegar a patamares mais sofisticados, em que oferecem previsões e recomendações de ações e melhorias em processos. O software também ajudará a dar sustentação às decisões que, antes, seriam tomadas de maneira intuitiva. Uma das metodologias prevê que uma empresa será bem-sucedida se tiver dados, a integração destes (e não ilhas de informação), líderes que valorizem análise de dados, foco e profissionais capazes de avaliar todos os dados coletados e, junto com os líderes, desenharem novos modelos de negócios e diferenciais competitivos.
Autocom – O que pode ser feito para maximizar as vendas numa empresa, mesmo que pequena e de estrutura muito enxuta? Dagoberto Hajjar – Ter uma estrutura mais orientada às vendas, propiciada pelo trabalho de equipe, de
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forma a liberar o vendedor para desempenhar, com excelência, sua função essencial. Esse profissional precisa conhecer cada cliente e agir por antecipação, com base em planejamento, para detectar o melhor momento para concretizar uma venda.
Autocom – Como a tecnologia da mobilidade pode ser utilizada para impulsionar as vendas no varejo? Dagoberto Hajjar – Este ano, na feira de tecnologia e varejo realizada em Nova Iorque, ficou patente a importância do uso da mobilidade para o incremento das vendas. Lá, cerca de 50% dos acessos à Internet já são feitos atualmente por meio de equipamentos móveis. O consumidor está mudando e os varejistas terão de acompanhar essa mudança. Estima-se que, em 2012, entre 60% e 80% do varejo estará trabalhando com o conceito de multicanal, no qual o celular (smartphone) será uma das opções mais importantes. Só para se ter uma ideia do potencial desse canal, basta dizer que no Brasil, em apenas duas semanas, foram comercializados nada mais nada menos que 20 mil iPads. Como já ocorre nos EUA, o consumidor pode entrar num supermercado e receber, pelo celular, informações sobre promoções e produtos, de acordo com seu perfil e histórico de compras. Mas esse é apenas um exemplo das infinitas possibilidades de uso dessa tecnologia pelo varejo, algo a ser levado em conta no planejamento estratégico.
Autocom – Diante da perspectiva de aumento das oportunidades de negócios, favorecida pelo crescimento econômico do país e do amadurecimento de novas tecnologias, o que levará ao enxugamento do número de empresas de TI? Dagoberto Hajjar – A consolidação de mercado. Em 2000, no pico da expansão desse setor, tínhamos, no Brasil, aproximadamente 24,5 mil empresas dedicadas à venda de produtos e serviços de TI. Em 2008, esse número havia caído para, aproximadamente, 16 mil. Para 2012, a perspectiva é de que se reduza para algo próximo de 12 mil, por conta de fusões e aquisições e, também, da depuração do mercado.
Especial Fotos: Gregory Grigoragi/Ideti
Recebendo 10 mil visitantes, a feira propiciou a consolidação de negócios no montante de R$ 140 milhões para os próximos 12 meses, segundo estimativas
Autocom 2011 supera todas as expectativas Em um espaço quase duas vezes maior do que o ocupado na edição anterior e registrando recorde no número de visitantes, a Autocom 2011 refletiu de forma fiel o aquecimento do setor, o qual, segundo projeções do mercado, deve crescer 9% este ano
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13ª edição da Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio (Autocom 2011), realizada entre 7 e 9 de junho em São Paulo (SP), foi muito além das mais otimistas previsões, a começar pelo número de visitantes. O frio intenso e a chuva, que castigaram a cidade naqueles três dias, não intimidaram as mais de 10 mil pessoas – entre profissionais do setor
e representantes do varejo, oriundos de todos os estados brasileiros e de países como Argentina, Chile, México, Estados Unidos e Canadá – que visitaram a feira, representando número recorde para o evento. A nova área escolhida para abrigar a Autocom – o Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte – assegurou espaço suficiente a todos os que desejaram expor sua empresa e seus produtos. Mais de 200 marcas, dos
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“O evento e sua organização estão evoluindo, acompanhando o crescimento do mercado de automação no Brasil. Recebemos a visita de revendas e clientes de todo o país, principalmente de algumas regiões específicas. Os resultados foram satisfatórios e atenderam nossas expectativas. Nossos objetivos, de reforçar nossa marca no mercado e validar nosso crescimento profissional junto a clientes, parceiros e concorrentes, foram alcançados. Para 2012 já está certa nossa participação.” Flávia Zanatta, da GZ Sistemas
Otimismo marca a abertura da Autocom 2011
Zenon Leite Neto, presidente da Afrac
Fábio Lazzarini, presidente do Ideti
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Na tarde do dia 7, no amplo auditório reservado ao congresso, foi realizada a abertura oficial do evento. Inicialmente o presidente da Afrac, Zenon Leite Neto, apresentou rapidamente a entidade, o histórico e os objetivos da Autocom. “Realizada anualmente, agora em sua 13ª edição, a Autocom se consagrou como maior evento do setor na América Latina, por apresentar inovações voltadas ao varejo e, por meio do fórum de debates, representado pelo congresso, propiciar intensa troca de informações entre o setor e o comércio”, enfatizou.
Na oportunidade, Zenon anunciou o convênio que está sendo formalizado com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), voltada à promoção das exportações de produtos e serviços brasileiros, que poderá transformar o Brasil em referência internacional no campo da automação fiscal. Dando sequência à cerimônia, Fábio Lazzarini, presidente do Ideti, disse que a Autocom transformouse numa “vitrine de tecnologias de vanguarda de automação comercial”. Ele lembrou da primeira edição do evento, realizada em 1999, no Colégio
“O público da feira é bem específico. É exatamente o que queríamos para ampliar nossa base de clientes.” Marcia Júlio, da Brazil Market diferentes segmentos ligados à automação comercial, ocuparam cerca de 3,3 mil m2 da área de exposições contra os 1,8 mil m2 utilizados na edição 2010. O espaço praticamente dobrou em um ano, assim como o número de expositores. E tudo indica que a participação valeu a pena. De acordo com levantamento realizado pelos organizadores junto aos expositores, o volume de negócios viabilizados no evento soma R$ 140 milhões para os próximos 12 meses, o equivalente a cerca de 10% do total movimentado anualmente pelo setor. Esses números deram ainda mais visibilidade ao evento, considerado o maior e mais completo do setor de automação comercial na América Latina.
Evento de 2012 já tem adesões A mudança de local da Autocom 2011 – uma realização da Associação Brasileira de Automação Comercial (Afrac), organizada pela Ideti - Eventos em Tecnologia da Informação – foi fator decisivo nesses resultados.
São Luiz, e o salto que representou sua transferência para o Centro de Convenções Frei Caneca, em sua quarta edição, e o início dessa nova etapa, no Expo Center Norte. O diretor de fiscalização do Procon-SP, Renan Bueno Ferraciolli, que também integrou a mesa de abertura, referiuse à Afrac como parceira do órgão na defesa do consumidor, colaborando na definição dos direitos e dos deveres das empresas e na melhoria das relações de consumo, dentro de sua área de atuação. Encerrando a solenidade, o coordenador adjunto da
Fábio Lazzarini, presidente do Ideti
De acordo com declarações de Gerson A. Pasquali, vice-presidente de marketing da Afrac e peça-chave na organização do evento, “há alguns anos, começamos a cogitar a transferência da Autocom para um espaço maior, o que, a nosso ver, levaria ao aumento de público e do número de expositores. Como visto, pelos resultados, nossa avaliação estava correta”. Segundo ele, no seu tempo, o Centro de Convenções Frei Caneca cumpriu seu papel, mas não oferecia condições para garantir a expansão do evento. “Eu me empenhei muito para que este ano fosse realizado no Expo Center Norte, que oferece área mais ampla
Coordenadoria de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda do estado de São Paulo (Sefaz-SP), Edson Kondo, representando o coordenador Clóvis Cabreira, disse reconhecer os esforços da Afrac em prol do setor de automação comercial. “Em alguns momentos a Sefaz discorda dos pontos de vista da entidade, mas isso faz parte do dia-a-dia e observamos que a Afrac está aberta ao diálogo, assim como a secretaria, especialmente no que toca à consolidação da Nota Fiscal Paulista (NFP), cuja implantação considero um estímulo à cidadania”, comentou.
Renan Ferraciolli, do Procon-SP Cristiane C. Sampaio
Edson Kondo, da Sefaz-SP
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e facilidade de acesso”, afirmou, considerando ainda que o Pavilhão Amarelo de cerca de 7 mil m2, com até 4 mil m2 destinados a estandes, possibilitará a ampliação da feira no futuro próximo. “Foi sorte termos conseguido data no Expo Center este ano, mas já reservamos o espaço para 2012”, revela. Segundo ele, ao lado da satisfação expressa por diversos expositores, por meio de comentários como “agora, a Autocom pode, de fato, ser considerada uma feira”, a maior certeza sobre o sucesso do evento vem da confirmação da presença de muitos expositores na feira de 2012, ainda durante o evento deste ano. A mudança também favoreceu a participação das micro e pequenas empresas. Nesta edição foi criado o Pavilhão do Software, composto de estandes menores, de custo mais reduzido, dedicado a essas empresas, que puderam se mostrar ao mercado. O espaço, de 114 m², atraiu muitos visitantes interessados em conhecer as soluções das oito pequenas e médias empresas expositoras. “Pela quantidade de profissionais que passaram nos estandes e pelos relatos desses expositores, o pavilhão foi um sucesso. Estamos planejando repeti-lo em 2012”, revela o diretor do Ideti, Fábio Lazzarini.
Consolidação e mudanças Segundo ele, “o evento representa o principal impulso aos negócios no calendário dos expositores”. “A Autocom está consolidada como a principal vitrine para o setor de automação comercial no Brasil. A edição deste ano superou todas as expectativas”, destaca. Conforme avaliação do Ideti, ocorreram alterações na composição do público em relação a 2010. Até a edição passada, 80% dos visitantes eram do estado de São Paulo. Este ano, o índice caiu para 70%, possibilitando aos expositores maior oportunidade para realizar negócios com empresas de todas as regiões. Também o perfil dos visitantes mudou. Ocorreu sensível aumento na presença de tomadores de decisão, bem como maior participação de usuários finais – como lojistas, comerciantes, gerentes e empresários – interessados em modernizar seus sistemas e elevar os lucros, além da participação de distribuidores e revendedores. Lazzarini ainda aponta outra mudança relevante: o uso da feira como base de lançamentos por parte dos expositores. O evento tornou possível o acesso, em um só local, a mais de uma centena de novidades, em
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Público atento
“Para a Intelidata, a Autocom 2011 foi um sucesso. O número de parceiros/visitantes que estiveram em nosso estande superou as expectativas. Conseguimos alcançar nosso principal objetivo: estreitar os laços com nossos parceiros, fortalecendo assim nosso software como um dos principais nomes do segmento em que atua.” Jairo Maes, coordenador comercial da Intelidata softwares, equipamentos e suprimentos, e, também, a soluções tecnológicas completas. “A automação da gestão do negócio, por meio de novas tecnologias, possibilita melhor atendimento ao cliente e por consequência maior produtividade e geração de lucro para a empresa”, lembra, e esse conceito, como se vê, também está sendo rapidamente assimilado pelos empresários brasileiros, de todos os ramos de negócios.
Apoios importantes “Para mim, o êxito da Autocom 2011 é uma realização pessoal, pois pude contribuir para que a Afrac e o evento não passassem em branco no cenário da automação comercial do Brasil”, confessa o vice-presidente da Afrac. Pasquali faz questão de agradecer “ao pessoal da Afrac, do Ideti e a todos os que colaboraram para que o
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A criação do Pavilhão do Software facilitou o acesso dos pequenos expositores à feira. Com isso, empresas de menor porte também puderam mostrar seus produtos ao mercado
evento tivesse o sucesso que teve”, assim como a todas as entidades e os veículos de comunicação que apoiaram a Autocom 2011: Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma), Associação Brasileira da Indústria de Formulários, Documentos e Gerenciamento da Informação (Abraform), Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional), Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Associação dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Aipan), Associação Maranhense de Distribuidores e Atacadistas (AMDA), Federação
“O evento está crescendo e se mostra um fórum importante no contato com clientes e potenciais parceiros de negócio. Para a Itautec, é um evento importante para que possamos atualizar nossos clientes sobre os avanços em nossa plataforma de automação comercial, bem como se mostra uma valiosa oportunidade de estabelecer contatos e parcerias com revendas e integradores.” Flavio Montezuma, diretor comercial de automação comercial da Itautec
das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLSP), Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan), Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP), Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo (SincopeçasSP) e Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP). Além dessas empresas, o evento também contou com o apoio especial do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Editora Lamonica, da São Paulo Turismo e de diversos veículos de comunicação, como as revistas Autocom Magazine, Empreendedor, Gestão & Negócios, Partner Sales e Varejo & Oportunidades (Editora Lamonica), além da CRN (IT Mídia) e do Portal Varejo, e, ainda da ONG Pró Verde.
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Feira registra recorde de lançamentos Maior investimento em tecnologia, por parte das pequenas e médias empresas, fez com que o setor de automação comercial desenvolvesse produtos que também permitem mais agilidade e segurança nas operações do pequeno varejo
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urante a Autocom 2011 foram apresentadas ao mercado as últimas novidades de mais de 200 marcas nacionais e internacionais, que visam dar mais agilidade especialmente às pequenas e médias empresas. Na ocasião foram lançados desde pontos de vendas (PDVs), móveis que reduzem filas em estabelecimentos comerciais, até impressoras térmicas que economizam em 30% o uso de papel – além de bobina de papel térmico que dura até 12 anos, bobinas maiores para relógio de ponto eletrônico e sistemas para aplicação da tecnologia de identificação por rádio-frequência (RFID) para contagem de inúmeros produtos de uma só vez, entre outros itens. Um dos destaques é um bip que cabe na palma da mão e pode ser utilizado para diversas aplicações, como viabilizar transações e abertura de contas em cidades onde o acesso às agências bancárias é mais
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difícil, criar pontos de venda móveis nas lojas e oferecer pontos de pagamento alternativos para os clientes, aumentando a rapidez no atendimento. Aliás, nesta edição da feira, os expositores focaram seus lançamentos no varejo de pequeno porte. Foram apresentadas caixas registradoras que permitem relatórios diários de venda por produto ou valor da mercadoria, além de permitir o cadastro de até 10 mil itens e 30 departamentos. Já os softwares de automação comercial lançados durante a Autocom permitem o controle de clientes, vendedores, fornecedores e estoque, garantindo segurança e eficiência em toda a rotina de um estabelecimento comercial.
Tendências Também foram apresentadas soluções para gestão empresarial, especialmente no que diz respeito à escrituração digital dos livros de entradas e
de 5 a 12 anos, desde que respeitadas as condições de armazenamento. Outra novidade nesse campo é a bobina para registrador de ponto eletrônico (REP), que pode ter entre 30 e 500 metros e ser utilizada por todos os mais de 100 tipos de REP credenciados no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Por fim, os visitantes da Autocom 2011 tiveram ainda a oportunidade de conhecer as inovações com relação aos leitores de etiquetas eletrônicas. Nos estandes puderam verificar as diferentes possibilidades de uso da tecnologia RFID e o funcionamento do método de identificação saídas e geração de dados para o “Este ano, o evento automática por meio de sinais de Sistema Público de Escrituração foi muito melhor rádio. O RFID recupera e armazeDigital (Sped). Com a utilização de organizado que nos na dados remotamente por meio software integrado, as pequenas e anos anteriores. O de dispositivos chamados de médias empresas podem alcançar melhores índices de produtividalocal é mais adequado. transponder ou coletor, pequeno objeto que pode ser colocade, pois as ferramentas de gestão Registramos público do em embalagens ou produto. foram desenvolvidas para faciliconforme o esperado Ele contém chips e antenas que tar processos, garantir a segurane alcançamos lhe permite responder aos sinais ça dos dados e a capacidade de de rádio enviados por uma base atender aos órgãos fiscalizadores. nosso objetivo de transmissora. Também foram O setor de automação também prospectar novos mostradas modelos de leitores de se mostrou preocupado em reforclientes, mostrando a códigos de barras que permitem çar a experiência de consumo, marca Maxprint neste 270 leituras por segundo, proporespecialmente por meio da mobilimercado.” cionando maior conforto ao dade. Para isso foi desenvolvido aplicativo que, quando inserido Claudia C. Galli, gerente operador no caso de uso contínuo em um smartphone, possibilita ao de produtos da Maxprint e excessivo, e a possibilidade de identificação de códigos de barras consumidor consultar os preços com baixa qualidade, com rasuras dos produtos, selecionando ou até mesmo danificados. aqueles que ele deseja levar. Ao chegar ao caixa, esse Isso sem contar que a Autocom 2011 se consticliente transfere, com apenas um clique, as informatuiu numa verdadeira vitrine tecnológica, em que ções de sua compra para o PDV e efetua o pagamenpuderam ser conhecidos e comparados diversos to, tudo de forma rápida e simples. produtos voltados a uma mesma finalidade, em Com a entrada em vigor do ato Cotepe nº 4/2010, modelos tradicionais e inovadores, como linhas que determina o uso de bobina de papel térmico nos de impressoras fiscais e não fiscais, computadores, emissores de cupons fiscais a partir de 1º de outubro, portfólio de soluções para transferência eletrônica de os fabricantes aproveitaram o evento para mostrar fundos, voltados para o varejo, entre uma infinidade o novo suprimento que possibilitará que os dados de itens. (Silvana Coelho) impressos permaneçam inalterados por um período
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Congresso se expande Com maior número de palestrantes e de volume de público, o congresso de 2011 procurou atualizar o mercado debatendo temas de grande interesse, como novas tecnologias, tendências e a evolução dos controles eletrônicos no campo fiscal e contábil
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irecionado aos integrantes do setor de automação comercial, aos novos e aos tradicionais players desse mercado, o Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio deste ano também registrou crescimento, tanto no número de palestrantes quanto de público, que teve aumento de cerca de 50%, segundo Gerson Pasquali. “Mas nosso objetivo é continuar melhorando cada vez mais”, declara. “À medida que o evento cresce, a Afrac tem mais condições de investir em maior número de palestrantes de peso, que possam contribuir para a evolução das empresas de automação e o do setor como um todo. Nosso público, especialmente de outras regiões do país, está interessado em novidades e essas são as premissas para a organização do congresso em 2012 também”. Segundo ele, este ano, durante os três dias do evento, foram abordados pelos palestrantes diversos aspectos relacionadas à implantação no varejo, pelos órgãos públicos, dos controles eletrônicos fiscais e contábeis. Também foram discutidas
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Cristiane C. Sampaio
Gerson Pasquali, vice-presidente de marketing da Afrac
estratégias empresariais, destinadas a preparar as empresas de tecnologia da informação (TI) para aproveitar as grandes oportunidades de negócio que deverão se apresentar nos próximos anos, fomentadas pela expansão econômica do país e pelos grandes eventos esportivos que serão realizados em 2014 e 2016. Ainda figuraram na programação conferências sobre novas tecnologias, assim como sobre as tendências relacionadas à sustentabilidade e também ao maior uso do cloud computing e das redes sociais no meio empresarial. (Veja adiante a relação de temas e respectivos apresentadores). O vice-presidente da associação afirma que, assim como a feira, a programação do congresso atingiu sua meta: “procuramos oferecer um evento impecável em todos os sentidos para os expositores e o público e, pela satisfação demonstrada por eles, por meio dos muitos elogios, obtivemos resultados maciçamente positivos”. Organizado pela Afrac, o congresso foi patrocinado pela Epson, Itautec, Premium e Urmet Daruma.
Programação do Congresso Nos três dias do evento, foram apresentados e debatidos os seguintes temas: Mauro Deserto Braga, da Sefaz-ES
• Perspectivas de crescimento do setor de franquias nos próximos anos, por Ricardo Camargo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF); • Cenário atual da implantação do PAF-ECF – Próximos passos, por Mauro Deserto Braga, da Secretaria da Fazenda do Espírito Santo (Sefaz-ES), e Rogério de Mello Macedo Silva, auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina (Sefaz-SC);
Vicente Fernando Silveira, auditor fiscal da Receita Federal
• Implantação do novo papel térmico para ECF, por José Antonio Magalhães da Costa, coordenador da Gerência de Automação Fiscal da Secretaria da Fazenda da Bahia (Geafi/Sefaz-BA), e Renan Bueno Ferraciolli, diretor de fiscalização do Procon-SP; • Sustentabilidade, a certificação para o sucesso empresarial, por Fernando Brigidio, diretor-executivo do Instituto Pró-Verde; • Cloud computing: revolução na Informática?, por Jorge Moukarzel, sócio-consultor da Advance Consulting;
Jorge Moukarzel, da Advance Consulting
• Sped – Sistema Público de Escrituração Digital, por Vicente Fernando Silveira, auditor fiscal da Receita Federal; • Obrigatoriedade do uso do ECF pelos pedágios, por Vicente Fernando Silveira, auditor fiscal da Receita Federal; • Emissor de Cupom Fiscal (ECF) – Convênio ICMS 09/09, por Paulo Glicério S. Fontes, auditor fiscal da Receita Estadual da Secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro (Sefaz-RJ);
Dagoberto Hajjar, presidente da Advance Consulting
• Mobilidade na automação, por Vicente Gouvêa, diretor de marketing da Esys Colibri; • Planejamento estratégico para canais, por Dagoberto Hajjar, presidente da Advance Consulting; • Tecnologia e aplicação do RFID, por Ricardo Blancas, territory manager da Datamax-Oneil; • Negócios e oportunidades para canais, por Marco Antonio Pereira, diretor de marketing da Phillips; • Registro Eletrônico de Ponto (REP), por Paulo Kolling, diretor comercial da ZPM; e
Ricardo Blancas, territory manager da Datamax-Oneil
• O uso das redes sociais na automação comercial, por Laércio Cosentino, presidente da Totvs.
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Uma nova revolução em curso O uso do cloud computing, a computação na nuvem, que já é uma onda mundial, tem sua entrada franqueada no Brasil pelo incremento da banda larga. O sistema promete democratizar os recursos da rede, tornando os aplicativos mais acessíveis
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metáfora da nuvem – de algo flexível, ágil e ilimitado, em constante transformação – vem sendo frequentemente empregada como sinônimo da internet. A rede propiciou o surgimento do sistema que passou a ser conhecido pelo termo inglês cloud computing. A computação na nuvem, que a cada dia vem tendo número cada vez maior de adeptos, pode ser considerada como a nova revolução no mundo digital. Com sua expansão, desktops e notebooks tendem a se tornar meras ferramentas de comunicação com a nuvem, perdendo a função de estocar programas e dados, já que estes passam a ser acondicionados em data centers – depósitos gigantescos de computadores, com centenas de metros quadrados, mantidos em temperatura constante, num ambiente de assepsia total, também conhecidos como usinas da nuvem –, acessíveis por meio da internet.
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Divulgação/Advance Consulting
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“As expectativas são de que a oferta de aplicativos em nuvem, no mundo, quadruplique nos próximos quatro anos.” Jorge Luís Moukarzel, da Advance Consulting
Como explica Ronie Tortorella, gerente de hospedagem de site (do inglês, hosting manager) da Netpoint, não será mais necessário adquirir equipamentos sofisticados (e caros). As licenças serão adquiridas online. Os usuários, sejam pessoas físicas ou empresas, passarão a contratar os recursos de acordo com suas necessidades específicas. Processamento, memória e espaço para armazenamento serão contratados sob demanda. Em vez de adquirir e instalar licenças em seus micros, os usuários terão login e senha para usar o programa desejado na nuvem. “Pode ser o fim da pirataria de softwares”, arrisca. Tablets, smartphones, netbooks, TVs e web mídias são apenas alguns instrumentos disponíveis para acesso à internet em qualquer parte do mundo. Por meio deles qualquer pessoa pode se conectar com sua rede social, fazer compras, executar trabalhos, acessar aplicativos, sua caixa de mensagens etc., na rede. IBM,
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Microsoft, HP, Google e a loja virtual Amazon, são as maiores centrais de dados que se tem notícia. O funcionamento desse mecanismo é similar ao da rede elétrica; o consumidor apenas aciona o interruptor, que é a ferramenta de acesso, e a energia que foi gerada em usinas, situadas a grandes distâncias, chega até ele, em forma de luz, por meio da rede. E paga somente os quilowatts que usou.
Crescimento e concentração “As expectativas são de que a oferta de aplicativos em nuvem, no mundo, quadruplique nos próximos quatro anos”, revela Jorge Luís Moukarzel, da área de tecnologia e negócios da Advance Consulting. Ele avalia que, no Brasil, o crescimento deve ser ainda maior, não somente porque nesse campo o país ainda está em fase mais embrionária, mas também graças a maior oferta de banda larga, o que impulsiona o uso da nuvem.
Também Antonio Carlos Santana, da área de projetos e infraestrutura da Info SW Tecnologia, mostra-se otimista quanto a esse crescimento no Brasil, porém assinala que este ainda é propiciado por recursos que estão no exterior. Mas, contrariamente à expansão prevista quanto ao número de serviços oferecidos e aos usuários da nuvem, o número de empresas desse mercado tende a diminuir. O movimento de fusões e aquisições já se verifica nesse contexto, tanto no Brasil quanto no exterior. Os altos investimentos para a instalação e manutenção de um data center e a necessidade de atualizações constantes de softwares e hardwares contribuem para esse fato. São poucas as empresas que suportam esse ritmo de investimentos. No Brasil, essa tendência já vem se manifestando. A UOL tem adquirido outras empresas e ligou-se com a multinacional Diveo para ampliar sua carteira e infraestrutura. Movimento semelhante
Divulgação/Netpoint
“A chance de uma aplicação ficar fora do ar é praticamente nula, mesmo em caso de falha física de um servidor.” Ronie Tortorella, da Netpoint
também envolve outras grandes centrais de dados que atuam no mercado nacional, entre elas, Telefonica, Embratel, Tivit e Alog. Para o gerente de hosting da Netpoint, esse enxugamento do setor pode trazer vantagens aos consumidores, “que terão serviços cada vez melhores, em razão do ganho de escala, com custos médios decrescentes”. Porém, destaca que há o risco gerado pela eventual formação de oligopólio, que reduz a concorrência, fazendo com que os preços oferecidos ao mercado subam. Já Jorge Luís Moukarzel aposta numa dinâmica diferente: “toda vez que há um ciclo de concentração de fornecedores, esse é seguido pelo surgimento de novas empresas, focadas em nichos de mercado, em novas modalidades de negócios ou em novos produtos.”
Vantagens em profusão A redução de custos para o usuário aparece como uma das razões desse fenômeno. Para o
consultor Jorge Moukarzel, a principal vantagem do uso da nuvem está em permitir a um maior número de empresas utilizarem programas que antes estavam restritos às de grande porte financeiro: “é a possibilidade de se utilizar aplicativos sofisticados sem arcar com os custos de licenças, instalação, manutenção, atualização de versão etc.”. Ele explica que no mercado cloud de aplicativos, além de o cliente poder contratar o programa na modalidade software as a service (SaaS) de comercialização, no qual o custo é proporcional à utilização e não há a necessidade de pagar pela licença de uso, ele nem mesmo precisa ter o aplicativo instalado em seu micro, bastando acessá-lo pela internet. “Por exemplo, se a empresa contrata um aplicativo para emissão de nota fiscal eletrônica, no modelo tradicional ela terá de pagar pela licença de instalação desse aplicativo em seu sistema, além da taxa de manutenção e
do custo do suporte. No modelo SaaS, o cliente poderá pagar apenas um valor por nota fiscal emitida”, ilustra. Antonio Santana acrescenta que com a aplicação dessa tecnologia “os investimentos em máquinas, que só ficam obsoletas e lentas a cada ano, passam a ser zero”. E, diante do crescente uso de aparelhos móveis, ele afirma que outro trunfo diz respeito justamente à mobilidade, pois os dados e programas estão na rede, acessíveis por meio de qualquer computador. Ronie Tortorella, da Netpoint, acrescenta que outro grande benefício da nuvem digital é a alta disponibilidade. Segundo ele, “a chance de uma aplicação ficar fora do ar é praticamente nula, pois o sistema é configurado de forma redundante, de modo a se reorganizar em questões de milissegundos, mesmo em caso de falha física de um servidor”. Para ele, o uso da nuvem é uma escolha estratégica. “Seja
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Divulgação/Info SW Tecnologia
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“(Com o uso da nuvem) os investimentos em máquinas, que só ficam obsoletas e lentas a cada ano, passam a ser zero.” Antonio Carlos Santana, da Info SW Tecnologia
uma empresa da área de TI ou de qualquer outro segmento, ela pode decidir focar seus esforços em seu negócio principal e deixar as rotinas de manutenção de servidores, disponibilidade dos sistemas e segurança com empresas especializadas. Se colocar no papel, perceberá que é mais barato contratar esses serviços do que alocar recursos próprios.” Porém, quanto a custos, avalia que para pequenos sites, que utilizam hospedagens compartilhadas tradicionais, o valor ainda é alto.
Oportunidades Para muitas empresas, especialmente de médio e pequeno porte, a cloud computing representa uma excelente oportunidade de crescimento. E isso inclui as empresas de TI. “Uma empresa pode desenvolver uma versão do seu aplicativo
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para ser ofertada ao mercado na modalidade cloud computing e, com isso, pode ampliar a sua carteira de clientes para uma área geográfica virtualmente ilimitada”, revela Jorge Moukarzel. Como outras vantagens apontadas estão a redução dos custos de manutenção e atualização do sistema e de suporte aos clientes. Além disso, embora os aplicativos fiscais e contábeis do Governo – como nota fiscal eletrônica (NF-e), sistema público de escrituração digital (Sped) etc. – não estejam disponíveis na nuvem, empresas podem desenvolver seus aplicativos, formatados de acordo com os padrões e interfaces exigidos, na versão cloud computing. Vale lembrar que há diferentes modalidades de contrato para o uso da computação na nuvem. Eles podem propiciar excelentes
ferramentas de marketing para as empresas, abrindo mercados ilimitados, também por acenar para os consumidores desses produtos com grandes vantagens, no tocante a segurança; redução de custos; facilidades de acesso; compartilhamento de um único software ou arquivo entre diversas filiais, como de centralização de estoques e de administração financeira; oferta de suporte e administração de clientes 24 horas, sete dias por semana; entre outras. “Vejo que a contratação de espaço deve ser uma nova demanda no Brasil”, afirma, pois isso significa colocar os arquivos na nuvem para acessá-los de qualquer parte do mundo, compartilhar seu conteúdo etc. Os problemas com a banda larga, que já estão sendo resolvidos, retardaram esse processo. (Cristiane Collich Sampaio)
Segurança e legislação Para quem teme pelo vazamento de seus dados, especialistas asseguram que os data centers são muito mais confiáveis do que um micro de empresa ou doméstico e que as garantias estão previstas em contrato
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questão da segurança para o usuário deve ser tratada com cautela, embora haja uma série de exigências para o funcionamento de data centers, além de certificações internacionais, que podem ser exigidas do prestador antes da contratação dos serviços. Os arquivos armazenados na internet são protegidos por eficientes dispositivos de segurança, como antivírus atualizados constantemente e sistemas desenvolvidos por especialistas, e contam com
cópias de segurança. Isso torna a rede mais segura do que o disco rígido de um computador. Ronie Tortorella, da Netpoint, informa que “é pré-requisito para os data centers que ofereçam garantias de disponibilidade, serviços de backup e redundância e, independentemente do fato de operarem na nuvem ou não, os sistemas devem ser configurados para serem restabelecidos no menor tempo possível, em caso de falha física de hardware, queda de links ou energização”.
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O executivo da Advance, Jorge Moukarzel, refere-se aos cuidados necessários na contratação dos serviços, orientando os usuários a analisar os contratos, em especial os pontos referentes à segurança dos dados e à disponibilidade do aplicativo e da internet. Antonio Santana, da Info SW, concorda com essa opinião, mas vai adiante ao salientar a necessidade de conexão redundante e que a escolha do fornecedor se dê com base na apresentação de certificações de governança e segurança. Entre elas, ele cita: Information Technology Infrastructure Library (Itil), conjunto de boas práticas aplicadas na infraestrutura, operação e manutenção de serviços de tecnologia da informação (TI); a gerada pelo Sarbanes-Oxley Act (lei Sarbanes-Oxley, conhecida por Sarbox ou SOX), que visa a garantir segurança e governança corporativas; PCI Security Standards Council, fórum internacional sobre segurança de dados, fundado pelas principais bandeiras internacionais de cartões de crédito; e Statement on Auditing Standards nº 70 (SAS 70), relacionada a padrões para normas e auditorias que dizem respeito à terceirização de serviços. Ele acrescenta que nos serviços que se encontram integralmente na nuvem, como ocorre com o Google e a Microsoft, “as certificações e criptografias nos métodos de acesso garantem em contrato a segurança, mas sempre há ressalvas, pois um simples descuido como uma senha privilegiada pode tornar o sistema vulnerável”. Os data centers geram e armazenam arquivos de segurança adicionais, redundantes, em outra ou na mesma unidade, mas, segundo Santana, existe um vasto portfólio de dispositivos, como os virtual private networks (VPN) e autenticações por tokens, destinados a aumentar a segurança do acesso externo, de onde vêm as maiores e principais ameaças.
Direitos e alguns obstáculos Por ser relativamente novo no Brasil, o uso da nuvem pode apresentar algumas dificuldades para os usuários. Como o conceito de nuvem não traz limites geográficos, a infraestrutura ou as unidades de redundância, em sua maioria, permanecem fora do país, em diferentes partes do mundo. Em razão disso, “o processo de faturamento de muitas soluções ainda está ‘virado’ para fora, o que implica em dificuldades legais e tributárias”, adverte Santana. Do ponto de vista legal, no Brasil, as relações comerciais entre fornecedores e clientes desse serviço são tratadas na esfera cível, que rege os contratos, e também no âmbito do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Mas uma empresa ou pessoa física que se sentir lesada pelo provedor ou data center contratado poderá, ainda, recorrer a outras instâncias para fazer valer seus direitos. Tortorella, da Netpoint, diz que o consumidor poderá buscar orientação junto à Anatel e ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Este último, criado em 1995, é composto por membros do Governo, do setor empresarial, do terceiro setor e da comunidade acadêmica e, segundo ele, “representa um modelo de governança na internet pioneiro no que diz respeito à efetivação da participação da sociedade nas decisões envolvendo a implantação, administração e uso da rede”. Além desses, há a Associação Brasileira de Internet (Abranet), entidade de representação, cujo principal objetivo é dar apoio às empresas brasileiras provedoras de acesso, serviços, informações, pesquisa, desenvolvimento e demais atividades profissionais relacionadas com internet e tecnologia da informação (TI), incluindo acadêmicos que atuam como pesquisadores nessas áreas no país. (CCS)
A escolha do fornecedor deve se pautar pela garantia de conexão redundante e apresentação de certificações de governança, entre outros pontos que, como os referentes à segurança dos dados e à disponibilidade do aplicativo e da internet, devem constar do contrato
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Artigo Técnico Divulgação/Abras
Tecnologia, investimento certo para o varejo A dinâmica do setor exige que o varejista acompanhe as tendências do mercado e do público, cada vez mais exigente quanto a conforto, qualidade, agilidade dos processos entre outros quesitos. Nesse cenário, a tecnologia passa a ter papel fundamental
O
varejo é um dos segmentos de negócio mais dinâmicos do mundo. Para garantir sua permanência e crescimento no mercado, o varejista precisa estar atento a comportamentos e tendências – a fim de atender todo tipo de público, com gostos, idades e preferências variados. O aquecimento da economia e a crescente demanda têm obrigado os players do setor a se adequarem de forma a agradar esses públicos, que estão cada vez mais exigentes. Com isso, cresce a diversificação de produtos e marcas nas prateleiras, aumenta a variedade de serviços prestados, surgem novas reformas e mudanças estéticas são feitas. Tudo isso para oferecer o melhor serviço e maior conforto aos clientes. Porém, todo esse empenho exige também uma remodelagem no processo que se passa por trás das gôndolas. Afinal, mais produtos, maior variedade de marcas e mais clientes representam um salto no número de operações realizadas nas lojas. A experiência já mostrou que agilidade e assertividade nos processos são aspectos importantes nessa equação. Não há cliente satisfeito onde há demora ou enganos no atendimento e o supermercadista está convencido de que a tecnologia se apresenta como um terreno fértil em soluções para essa demanda.
Tiaraju Pires*
Cadastro único Para contribuir nesse processo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) criou, em agosto de 2009, o Comitê Abras Inovação e Tecnologia com a missão de pesquisar, desenvolver e divulgar novas e melhores práticas, tendências e tecnologias do varejo nacional e internacional – visando contribuir para o aprimoramento do setor supermercadista brasileiro. Composto por executivos do varejo e acadêmicos especializados em tecnologia, os membros realizam estudos sobre inovações tecnológicas e identificam fatores que interferem no aprimoramento das ferramentas. Um dos resultados desse esforço pode ser conferido no mês de março passado com o lançamento do GDSN, sigla que em português significa sincronização global de dados. Uma ferramenta mundial com padrões internacionais desenvolvidos pela GS1 – organização multissetorial, cujo objetivo é disseminar o padrão GS1 na identificação, codificação e soluções para aumentar a eficiência da cadeia de suprimentos –, que cria um cadastro único de produtos para a redução de custos e melhoria dos serviços dos setores envolvidos. Em parceria com a Abras, essa solução foi adaptada à realidade brasileira, respeitando as peculiaridades do mercado. A * superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
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Brasil e do mundo estarão reunidos em um único local para apresentar as novidades e soluções disponíveis, destinadas a aprimorar a performance do setor. O espaço também será palco para os resultados dos estudos que o Comitê Abras Inovação e Tecnologia realiza.
Etiquetas eletrônicas
primeira etapa do projeto está em fase de teste desde fevereiro em uma loja de uma grande rede varejista envolvendo um número reduzido de fornecedores e produtos, para que se possa comprovar sua eficácia sem atrapalhar a operação do negócio. Hoje, a empresa já estima ganhos com os novos procedimentos e redução de 25% no tempo gasto com cadastro e queda de 80% no tempo de tratamento dos pedidos no México, por exemplo. No futuro, a ideia é envolver todas as empresas fabricantes na criação de um banco de dados repleto de informações sobre os produtos que fabricam, vendem ou compram. Dessa forma, as mesmas informações geradas pelo fornecedor serão consideradas pelo comércio. Uma solução que permitirá a todo varejo nacional eliminar distorções de códigos e das informações que identificam o produto. Para jogar luz sobre a importância que a tecnologia representa para o desenvolvimento do setor, a Convenção da Abras, este ano em sua 45ª edição, pela primeira vez vai comportar em sua programação a Exposição Tecnológica. De 20 a 23 de setembro, os principais fornecedores de tecnologia do
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Entre as soluções que estarão expostas na feira, destaca-se a etiqueta eletrônica. Uma tecnologia extremamente eficiente, conhecida pelo mercado brasileiro há alguns anos, mas cujo alto custo inviabilizava sua implantação. A Abras, por meio do comitê de inovação e tecnologia, atuou no sentido de proporcionar o acesso a essa solução para uma maior parcela do setor, buscando alternativas que reduzissem seu custo de implantação. Foram meses e meses de pesquisa, conversas e visitas a possíveis fornecedores do Brasil e do exterior para entendermos as dificuldades e os motivos pelos quais essa tecnologia chegava até o supermercadista com valores tão dispendiosos. Hoje a realidade é outra e vamos poder mostrar isso aos nossos associados. De acordo com nossos estudos, para implantar um sistema de etiquetas eletrônicas em uma loja de 2 mil metros quadrados com 12 mil itens o empresário gastaria, cerca de dois anos atrás, R$ 1,2 milhão, investimento inviável para um negócio desse porte. Agora, esse mesmo empresário pode implantar o sistema a um custo em torno de R$ 200 mil, ou seja, uma redução de mais de 80%. O resultado é impressionante, mas ainda há possibilidade de mais reduções de custos se conseguirmos a nacionalização de componentes como trilhos, cabos e transmissores. Assim, o mercado brasileiro passa a ter condições de absorver essa tecnologia, amplamente utilizada no varejo europeu e americano – cuja principal vantagem é otimizar o processo de precificação. A etiqueta eletrônica agiliza a atualização de preços dos produtos e elimina as diferenças de valor entre o que está informado na prateleira e no caixa, fato apontado pela maioria dos clientes como motivo de desagrado na hora da compra. O preço para instalação de um projeto dessa natureza é definido caso a caso, considerando a quantidade necessária de transmissores e etiquetas de acordo com a metragem do local, altura do pé-direito e disposição das prateleiras. Os transmissores são
“A Abras e a GS1 se preparam para implantar um projeto piloto (...), para mostrar aos fornecedores como solucionar os problemas de leitura de suas etiquetas.”
fixados no teto e as etiquetas, que não têm fio, são instaladas junto aos produtos. O funcionamento pode ser por radiofrequência, infravermelho ou wireless, sendo que o processo de integração do software ao sistema de retaguarda do supermercado é bastante simples. É o sistema de retaguarda já existente no supermercado que gera a atualização de preço para o caixa e para o transmissor ao mesmo tempo. O transmissor, por sua vez, envia os dados para as etiquetas que informam ao cliente o preço exato do produto. Além desses benefícios, essa tecnologia proporciona economia de papel e de suprimentos utilizados pela empresa; visual sofisticado, conforto e segurança para o cliente. Sendo assim, há um ganho imensurável na imagem da organização como inovadora e responsável, que oferece soluções tecnológicas ao consumidor. Outra solução que o comitê levará para a convenção é a tecnologia de radio-frequency identification (RFID) – ou identificação por radiofrequência – para etiquetas dos produtos. Um método de identificação automática feita por meio de sinais de rádio, que recupera e armazena dados remotamente através de dispositivos denominados etiquetas RFID. Essa tecnologia facilita a localização do produto no estoque para reposição na loja, previne perdas, melhora a gestão de preços e agiliza a contagem dos produtos, entre outros benefícios. A exemplo do que foi feito no caso das etiquetas eletrônicas, o comitê está em fase de apuração para entender como tem se difundido essa tecnologia em nível mundial, ouvindo as empresas instaladas no Brasil, que têm unidades no exterior. Um esforço para garantir ao setor uma solução eficiente a custos acessíveis.
Certificação Outro trabalho importante realizado pelos pesquisadores do comitê, que vai proporcionar agilidade e segurança nas operações de precificação, é a certificação do código de barras. Ainda hoje, a incidência de códigos que não aceitam leitura no checkout é elevada. Isso ocorre porque as indústrias criam embalagens fora
do padrão internacional estabelecido pela GS1. Para minimizar esse descompasso, que atrasa a operação nas lojas e causa desconforto ao cliente, a Abras realizou um amplo levantamento para identificar os produtos mais problemáticos nesse sentido – a fim de propor que sejam submetidos à certificação da empresa. A Abras e a GS1 se preparam agora para implantar um projeto piloto em uma grande loja supermercadista, para mostrar aos fornecedores como solucionar os problemas de leitura de suas etiquetas. O objetivo é acabar de uma vez por todas com esse problema, evitando erros de leitura e agilizando as filas nos caixas dos supermercados. Sempre visando acompanhar as tendências do mercado, o comitê já tem uma nova missão: investigar uma nova modalidade de operação, presente no cotidiano das pessoas, que é o sistema de pagamento móvel ou operações de pagamento via celular. Uma tecnologia que já faz parte do dia a dia da clientela, mas que se mostra bastante complicada quando transferida ao universo do varejo. O estudo tem por base identificar se a solução é adequada, se tem preço acessível e se vai efetivamente trazer benefícios ao consumidor. Por enquanto, os pesquisadores estão em fase de estudo sobre as tecnologias disponíveis para essa operação. Já se sabe, por exemplo, que a tecnologia SMS, considerada a mais popular, não é a ideal, pois apesar de precisa não garante a agilidade que o mercado exige nas respostas. Tem-se aí, portanto, o desafio de encontrar ou combinar as tecnologias disponíveis que ofereçam a solução adequada ao setor para garantir conforto e comodidade ao cliente. Daí a importância do trabalho do Comitê Abras Inovação e Tecnologia em identificar as soluções mais eficientes a melhores custos, evitando que o supermercadista sozinho tenha de arcar com o ônus da experimentação. São soluções destinadas a promover agilidade e confiança nos processos que conferem maior eficiência e melhor performance a quem as adota. Mas, que, por outro lado, contam com atitudes corajosas de empresários que acreditam na inovação como diferencial competitivo para despontar no mercado.
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Legislação
Ato Cotepe 45/2011 e o novo papel térmico A medida permite que o papel sem as especificações exigidas pelo Ato Cotepe nº 4/2010 seja comercializado até o final dos estoques
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elo ato nº 45 da Comissão Técnica Permanente do ICMS do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) – ou, simplesmente ato Cotepe nº 45/2011 –, de 1º de novembro de 2011, a obrigatoriedade do uso do novo papel térmico no emissor de cupom fiscal (ECF), poderá ser prorrogada a critério dos estados. Inicialmente, conforme no Ato Cotepe 4/2010, o uso desse novo suprimento – que foi desenvolvido pela Associação Brasileira de Automação Comercial (Afrac) a pedido do Governo –, deveria começar a vigorar em outubro de 2010. Porém, a data foi prorrogada, primeiro, para 1º de janeiro de 2011 e depois para 1º de outubro. Já a medida publicada em novembro último permite nova prorrogação. Esses adiamentos sucessivos foram motivados pela necessidade de prazo maior para que tanto os fabricantes e fornecedores quanto os usuários tivessem tempo para se adaptar às novas determinações e, também, para que os estoques de papel térmico antigo pudessem ser consumidos. Pouco antes do prazo anterior, outubro passado, o segmento de papel térmico ainda apresentava estoque de aproximadamente quatro mil toneladas do produto antigo, o equivalente a R$ 28 milhões. Assim, diante
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do risco desse prejuízo ao setor e preocupada com o meio ambiente, uma vez que esse grande volume teria de ser descartado, a Afrac encaminhou ofício às secretarias estaduais de Fazenda, que são as responsáveis pela fiscalização, e também à Cotepe, solicitando autorização para o convívio dos dois tipos de papel por mais 90 dias, para que o mercado tivesse tempo de absorver o estoque. Por meio da legislação mais recente, os estados signatários do ato Cotepe 4/2010 podem estipular novo prazo para a obrigatoriedade da comercialização e da utilização do novo suprimento, por meio de publicação no diário oficial local. Até o fechamento desta edição, Acre, Pará, Paraná, Pernambuco, Rondônia e Santa Catarina haviam se pronunciado favoravelmente à prorrogação do prazo até 1º de janeiro de 2012, enquanto que Rio de Janeiro e Espírito Santo não estenderam o prazo para o escoamento dos estoques do papel antigo, passando a exigir o uso no novo suprimento em 1° de outubro. A Afrac ainda não havia obtido resposta formal dos demais estados.
Benefício ao consumidor Os cupons fiscais que os consumidores recebem toda vez que compram algo são o principal
comprovante para fazer valer seus direitos, em casos de troca, reparo no produto ou diante de um serviço malfeito. É comum os consumidores se depararem com algum comprovante fiscal amarelado, com as informações impressas quase apagadas. Não é raro que, com o tempo, esses dados desapareçam do cupom, em virtude do uso de papel impróprio ou de qualidade inferior ou da conservação inadequada do comprovante, com exposição à luz, umidade e variação de temperatura. O novo suprimento tem por objetivo resguardar a integridade das informações impressas no cupom por, no mínimo, cinco anos, período em que os dados deverão permanecer visíveis, atendendo à legislação vigente. A exigência do uso desse novo papel foi elogiada pelo diretor de fiscalização do Procon de São Paulo, Renan Bueno Ferraciolli. “Essa exigência é muito importante para o consumidor brasileiro, que passa a ter um documento com mais qualidade e durabilidade”, atendendo à legislação. O supervisor de Varejo da Gerência Fiscal da Secretaria da Fazenda do Espírito Santo (Sefaz-ES), Mauro Deserto Braga, destaca que “a maior beneficiada com as mudanças será a população, pois os cupons fiscais, desde que devidamente armazenados conforme as condições informadas no verso da bobina, deverão se manter preservados por, pelo menos, cinco anos”, comenta. Dessa forma os varejistas devem estar preparados para atender a essas novas exigências tributárias, especialmente no que diz respeito ao fornecedor, que deve estar devidamente credenciado junto ao Confaz. Para as novas aquisições, os comerciantes devem exigir o ato de credenciamento da Cotepe/ ICMS, conferido ao fabricante da bobina de papel térmico. (Silvana Coelho/Cristiane Collich Sampaio)
Cristiane C. Sampaio
Renan Bueno Ferraciolli, diretor do Procon-SP
Divulgação
Mauro Deserto Braga, da Sefaz-ES
Ponto Eletrônico é prorrogado para janeiro Mais uma vez, o Governo prorrogou o prazo para a utilização obrigatória do Registrador de Ponto Eletrônico (REP). De acordo com a Portaria nº 1.979 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 30 de setembro de 2011, a nova data para entrada em vigor passou de 3 de outubro de 2011 para o dia 1º de janeiro de 2012. O REP deve ser implantado nas empresas com mais de dez empregados, que já utilizem meio eletrônico de controle, e deve ser feito por equipamento que emite comprovantes de entrada e de saída dos funcionários. (SC)
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Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF, durante palestra apresentada no Autocom 2011.
Franquias crescem e ampliam oportunidades para a automação comercial O setor está em franca expansão e encontra apoio na evolução da automação comercial. Diversas marcas já contam com ajuda de sistemas de gestão para a melhoria dos processos em suas redes
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balanço realizado anualmente pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) revela que o setor de franquias cresceu 20,4% em 2010, registrando faturamento em torno de R$ 76 bilhões. Entre os fatores que contribuíram para essa expansão estão as microfranquias, além da entrada
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dos bancos de investimento no segmento e da maior facilidade de acesso às linhas de crédito. O número de redes em operação no país cresceu 12,9% e o número de unidades (franqueadas e próprias) chegou a 86.365, o que significa incremento de 8% em relação ao ano anterior. Essa expansão
resultou na abertura de mais de 57 mil novos postos de trabalho. O setor é responsável, hoje, por mais de 777 mil empregos diretos. A previsão da ABF é que essa tendência se mantenha; para 2011, o setor acredita num crescimento de 15%. “Continuamos crescendo na casa dos dois dígitos ao ano. O aumento do poder de consumo da classe C, o número de redes e a expansão das marcas já existentes demonstram o grande potencial do setor”, afirma Ricardo Camargo, diretor executivo da associação, que apresentou palestra no congresso do Autocom, em junho passado. Segundo ele, esse resultado foi impulsionado pelo próprio desempenho da economia brasileira, pela oferta de crédito e o aumento do poder de compra da população. “O surgimento das microfranquias (franquias cujo investimento inicial não passa de R$ 50 mil) é o reflexo dessa nova realidade do mercado”, comenta. A pesquisa da ABF mostra que, em faturamento, o segmento que mais cresceu em 2010 foi o de alimentação (39,9%), seguido pelos de acessórios pessoais e calçados (29,9%), vestuário (29,0%), móveis, decoração e presentes (27,4%) e esporte, saúde, beleza e lazer (20,%). As franquias que atuam no ramo da construção civil também foram beneficiadas.
assegurando aos franqueados a expansão de seus negócios, facilitando o relacionamento com os clientes, a identificação das tendências do consumidor, o controle de estoque e assim por diante”, complementa Camargo. Segundo Ana Angélica Vianna, suporte de sistema da Rede Pello Menos Instituto de Depilação, foi desenvolvido um sistema de acordo com a necessidade das lojas e dos setores administrativos da empresa. “A automação simplificou a administração das unidades franqueadas. Atualmente, temos o controle da movimentação das lojas em tempo real, acesso aos serviços realizados, à entrada e saída de clientes, ao faturamento específico de cada loja, dentre outros itens”, destaca. Ao adotar a automação comercial, a rede teve como objetivo viabilizar a proposta da marca de se diferenciar dentro do segmento de depilação, de oferecer aos clientes um atendimento ágil e eficaz. “O crescimento da empresa está diretamente ligado à eficiência da tecnologia. Podemos citar a capacidade de detectar erros e resolvê-los imediatamente como um dos principais pontos fortes. Observamos as necessidades da loja e, à medida que vão surgindo as questões, vamos atualizando o sistema e oferecendo o melhor suporte possível com essa tecnologia”, destaca Ana Angélica. A rede 5àSec, que oferece serviços de lavanderia, e a 5àfil, destinada a serviços de costura, também transformaram a tecnologia em aliado. Suas lojas possuem programa dedicado que visa a melhorar o controle da gestão, o Alegronet. Trata-se de um programa que funciona de maneira integrada com toda a rede, pois é instalado no computador do PDV e também nos computadores da franqueadora. Por meio dele, é feito o cadastro de todas as peças que dão entrada nas lojas. A partir daí, é possível mensurar, em tempo real, a movimentação da loja em número de peças e faturamento. Com isso, a franqueadora, que também tem acesso a esses dados, pode detectar a loja que, eventualmente, não
“O aumento do poder de consumo da classe C, o número de redes e a expansão das marcas já existentes demonstram o grande potencial do setor.”
Franquia e automação O franchising brasileiro, com 25 anos de existência, tem sido importante para a economia nacional e espera gerar 890 mil empregos diretos e dois milhões de empregos indiretos em 2011, além de alcançar a marca de 100 mil pontos de venda, segundo a entidade. Os números são muito positivos e indicam que outros setores também podem ser favorecidos por esses resultados, como é o caso da automação comercial. Cada novo ponto de venda necessita de equipamentos e softwares específicos que ajudam na gestão das empresas. “O uso de recursos de automação nos processos facilita muito o cotidiano desse tipo de atividade,
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está com um bom faturamento e incluí-la, por exemplo, no projeto de gestão assistida, no qual é feito o prognóstico e o diagnóstico da unidade, para possíveis ações no intuito de reverter a situação. Já o outro software utilizado na rede, o Central de Compras, pode ser considerado como um e-commerce interno. Por meio dele, os franqueados podem solicitar todo o material necessário para o trabalho no cotidiano das lojas. Por meio de senha, é feito o pedido, que é imediatamente remetido para o terminal na franqueadora, a qual envia o material solicitado ao respectivo franqueado.
E no ramo imobiliário...
“Os franqueados brasileiros estão muito entusiasmados com as possibilidades de gestão eficaz e produtiva dos seus negócios.”
Até o ramo imobiliário tem se beneficiado da tecnologia. Com o objetivo de promover o crescimento dos negócios e aumentar a receita por meio do networking entre os franqueados, a RE/MAX – que está entre as redes de franquias imobiliárias que mais vendem imóveis no mundo – possui o iConnect, um software destinado ao mercado imobiliário, em uso no Brasil e no exterior. O iConnect engloba ferramentas de gestão para os masters regionais da rede, os franqueados e os corretores. “Nos países emergentes, por exemplo, não existe uma plataforma parecida, o que é um enorme diferencial competitivo para a RE/MAX Brasil, que já está muito à frente. Os franqueados brasileiros estão muito entusiasmados com as possibilidades de gestão eficaz e produtiva dos seus negócios”, ressalta Renato Teixeira, presidente da empresa no Brasil. Duas ferramentas se destacam no gerenciamento do negócio: o iList e o iBroker. O primeiro auxilia os corretores a gerir contatos, agendas, imóveis e ações de marketing. O segundo, direcionado aos franqueados, ajuda a criar um plano financeiro e de negócios para as imobiliárias e gera relatórios de desempenho – o que é importante
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para alcançar metas e objetivos. O recrutamento de novos corretores também é realizado por meio do iBroker. O cliente, por sua vez, utiliza o iConnect para consultar qualquer uma das imobiliárias da rede e acessar o cadastro nacional e internacional de compra e venda de imóveis, obtendo variedade e qualidade únicas de atendimento. “Para ver as opções disponíveis, basta informar a região que deseja pesquisar um imóvel, telefone para contato e valor pretendido e fotos aparecerão na tela do computador”, explica Teixeira.
Especial para franquias
A Websoftware, empresa associada a ABF, que desenvolve sistemas gerenciais, criou o Solutto, tido como o primeiro software de gestão especializado em franquias, com foco em relacionamento e comunicação entre franqueador e franqueados. O Solutto foi especialmente desenvolvido para atender as necessidades dos empreendedores nos processos de administração de redes e nos processos financeiros e operacionais tradicionais das empresas. Por ser um sistema totalmente web, é considerado como uma solução ágil, moderna, completa e de baixo custo para franqueadores e franqueados. Segundo o diretor executivo da empresa, Erick Vils, trata-se de um sistema integrado modular, ou seja, a empresa pode alugar ou licenciar apenas um, alguns, ou todos os módulos disponíveis. Ao efetuar login no software, automaticamente seu comportamento e sua aparência se adaptam ao perfil do usuário, exibindo apenas o que é pertinente. Como as máquinas que acessam o software necessitam apenas de um navegador de Internet, sua instalação é flexível e tem baixo custo, sendo compatível com a maioria dos sistemas operacionais em uso atualmente. (Silvana Coelho)