Seja bem-vindo a mais uma edição da Revista Missão Salvatoriana!
Que alegria levar até você essa nova edição da nossa revista!
Na vivência do tempo da Quaresma, tempo de esperança e preparação, que caminha com Cristo no deserto até a vida nova, abrimos nossos conteúdos com a Palavra do Provincial nos propondo a reflexão sobre o capítulo 3 de Eclesiastes: “Para tudo há um momento, e um tempo certo para cada coisa debaixo do céu” (Ecl 3, 1), sendo assim, somos convidados, logo de início, a praticar a confiança no Divino Salvador e aproveitar o nosso tempo com aquilo que verdadeiramente importa: Deus!
Na Matéria Central, a Campanha da Fraternidade entra em pauta, mostrando a sua relação com esse período litúrgico, onde a doação de si sacia os nossos irmãos com fome. Quando nossa caridade chega até o nosso próximo, principalmente aos mais vulneráveis, sem dúvidas, é sinal de que amamos o Salvador.
O Caderno da Espiritualidade, por sua vez, se aprofunda nos aspectos práticos para a vida interior nesse tempo quaresmal, em busca de conversão e crescimento espiritual. As ferramentas para isso já são conhecidas, mas sempre trazem um renovo ao nosso coração: a oração, o jejum e a esmola.
Confira esses e muitos outros conteúdos que preparamos.
/Sumário
/4 Pe. Jordan
/6 Aconteceu
/9 Educação
/9 Comunicação
/10 Comunicação
/11 Principal
/14 Espiritualidade
/16 Juventude
/17 Testemunho
/19 Infantil
/Expediente
Provincial: Pe. Francisco Sydney de Macêdo, SDS
Editor: Pe. Carlos Jobed Malaquias Saraiva, SDS As matérias não assinadas são de responsabilidade do editor.
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EDIÇÃO
Pamela Gambin
DIAGRAMAÇÃO
Letícia Sales
REVISÃO
Ana Luíza Sanches
Tempo de Deus
Caro leitor,
Todas as vezes que escuto a palavra “tempo”, me remeto ao texto bíblico de Eclesiastes 3, 3-8. Este livro sagrado foi escrito provavelmente por volta do séc. III antes de Cristo. Neste período, a Palestina sofria uma grande instabilidade em todos os sentidos. A região estava controlada pelo império grego, que por sua vez controlava a economia, a política e o comércio, sem falar dos altos impostos. Havia um grande número de necessitados.
O Capítulo 3 começa dizendo: “Para tudo há um momento, e um tempo certo para cada coisa debaixo do céu”, e depois continua no versículo 11: “tudo o que Deus fez é apropriado para cada tempo. Também pôs a eternidade no coração do ser humano, sem que o ser humano possa abarcar as obras que Deus faz desde o princípio até o fim”. Portanto, o autor nos recorda também que as riquezas, o poder e a glória são passageiros. Isto porque a vida neste mundo é passageira. E muitas pessoas se apoiam naquilo que é transitório.
O autor do Eclesiastes quer nos dizer que não há nada de novo debaixo do céu. A nossa grande alegria é crer que em tudo podemos contemplar a presença de Deus, o qual nos fez e deu o mundo para morarmos. O versículo 11 é muito claro quando nos apresenta a eternidade como algo a partir do qual podemos eternizar os fatos e acontecimentos, à medida que vamos nos deixando envolver por Deus. Em outras palavras, nunca vamos abarcar a totalidade do que Deus fez, faz e fará por nós.
Nos versículos 14 e 15 deste mesmo capítulo temos: “tudo o que Deus faz é para sempre; a isso nada se pode acrescentar, e disso nada se pode tirar. Deus fez assim para que o temam. O que existe, já existiu; o
que vai existir, já existe...”. Somos, portanto, agraciados por tudo o que Deus fez e nos presenteou. Cabe a cada um de nós valorizar, cuidar e preservar, para que outros também possam ter acesso ao que Deus nos deu. Voltando à questão do tempo, poderíamos fazer uma simples pergunta: o tempo cronos (este tempo que podemos quantificar como por exemplo, os segundos, minutos, dias, meses...) para todas as pessoas é igual? Claro que sim. Cabe a nós aproveitarmos o tempo da melhor forma.
Durante a pandemia da Covid-19, escutei muitas pessoas dizendo que se sentiam interpeladas a fazer uma revisão melhor de como estavam vivendo e o quanto era preciso rever as suas práticas, que muitas vezes tiravam o tempo para o que realmente deveria ser valorizado, como por exemplo, tempo maior para a família, para o lazer, para uma leitura, para Deus. Fui prestando atenção também no pós-pandemia, onde muitos quiseram “tirar o atraso” dos momentos que não “tiveram”. Ou melhor, tiveram e não foi como o programado. Com isto, estão ampliando o número de reuniões, inclusive com mais reuniões on-line, um desespero em querer viajar, agendas sempre cheias. Fico me perguntando se, de fato, aprendemos ou se estamos cumprindo o que havia sido planejado no tempo da pandemia.
Precisamos viver bem cada momento que Deus nos concede, na certeza que Ele está conosco. Que o tempo seja um grande aliado para vivermos unidos a Ele. Lembremos o que nos falou o Bem-aventurado Francisco Jordan em 11 de junho de 1886: “A ajuda virá a seu tempo. Não desanimes, mas coloca toda a tua confiança em Deus!”.
Pe. Francisco Sydney de Macêdo Gonçalves, SDS Diretor-ProvincialO sonho do Bem-aventurado Francisco Jordan
O grande sonho que o Bem-aventurado Francisco Jordan, ou mais popularmente conhecido como “Padre Jordan”, trazia em seu coração tornou-se realidade. Ele fundou a Família Salvatoriana, a qual tem a missão de tornar Jesus Cristo conhecido e amado pelo mundo inteiro. Padre Jordan se perguntava: “Por que os cristãos diante do problema da fé abandonavam a Igreja, o próprio Deus se tornava simplesmente um mito e as pessoas abandonavam a sua crença?”. Padre Jordan era um padre comprometido com a Igreja e a queria, toda ela, ministerial, tendo como meta o anúncio do Divino Salvador. Este foi o grande presente que deixou como ideal para a Igreja.
Vamos agora ver como Igreja vivencia este presente:
A Missão Salvatoriana
Pretendo resumir, brevemente, o sentido da nossa missão salvatoriana. Somos chamados e enviados para anunciar, pelo nosso testemunho de vida e pela nossa ação apostólica, a mensagem do Evangelho. Como queria o Bem-aventurado Francisco Jordan, nosso fundador, procuramos fazer a experiência e tornar conhecido o Divino Salvador, nosso modelo inspirador. Empenhamo-nos para promover e defender a vida, isto é, anunciamos a Salvação trazida por Jesus Cristo, revelação do amor e da bondade de Deus que salva. Salvação esta, que é qualidade de vida já neste mundo e que tem sua plenitude na Vida Eterna (cf. Jo 17,3).
Do Salvador recebemos o mandato de sermos missionários e irmos ao encontro dos outros, para que eles também cheguem a uma consciência existencial sobre Deus e se envolvam na missão (Cf. Mt 28,19-20). Apoiamo-nos reciprocamente em nosso compromisso apostólico e inspiramo-nos na metodologia do Divino Salvador e dos Santos Apóstolos.
Sempre olhando para a inspiração fundante de Pe. Jordan, que desejava renovar a Igreja, tornando toda ela ministerial, como foi dito, enfatizando o papel e o envolvimento dos leigos. Proclamamos a Salvação a todos os povos, em todas as partes, em todos os tempos e por todos os meios que a caridade de Cristo nos inspira (Cf. Mc 16,15).
A ideia original de Pe. Jordan ao fundar a SAI (Sociedade Apostólica Instrutiva), dividida, inicialmente, em três graus, de acordo com a intensidade de envolvimento de cada um, era a de uma Igreja toda ministerial. Ele queria uma “sociedade”, e não simplesmente uma “congregação”. Ele estava convicto de que o valor máximo a buscar é a vida, vida com qualidade, vida eterna. Sonhou com uma Igreja participativa. Importava, assim, anunciar o Divino Salvador de modo que as pessoas assumissem a fé como apóstolos, dispostos a envolver outros. Era necessário envolver, formar, dar espaço e animar para a missão. O que ele se propunha era envolver todas as forças vivas: sacerdotes, religiosos, leigos, homens e mulheres para dinamizar a Igreja e transformar a sociedade. Todos deviam se unir, sem distinção, para se lançarem num grande empreendimento de renovação.
O Bem-aventurado Francisco Jordan foi um verdadeiro profeta de seu tempo, no envolvimento de todas as forças vivas da Igreja, particularmente dos leigos na Missão Salvatoriana. Graças a Deus, hoje, a Família Salvatoriana está redescobrindo a intuição fundante de Pe. Jordan. Como ele dizia: “Nosso tempo tem necessidade de apóstolos no mundo. O Sacerdote não basta. Precisamos de cristãos ativos, os quais, do grande púlpito do mundo, preguem e defendam o Evangelho com sua palavra, com sua vida e com sua maneira de agir” (CIS 48, p. 19).
O valor das palavras é proporcional à expressão da experiência que traduzem. Hoje, tempo da imagem, do símbolo, é preciso que a Missão Salvatoriana seja a expressão viva de nossa adesão pessoal e comunitária sempre maior a Cristo Salvador, centro da vida salvatoriana. À exemplo dos apóstolos que, mediante o envolvimento e compromisso com Cristo, abrasaram-se pelo anúncio do Reino, toda a nossa vida e missão precisam ter o seu fundamento a partir do Cristo.
A experiência de Deus nos leva a envolver outros. Somos chamados a renovar a Igreja. Assim, a partir do amor a Cristo e à Igreja, procuramos valorizar e ajudar os outros, para que todos assumam e vivenciem a sua vocação batismal. Isto nos leva, necessariamente, a sermos e formarmos líderes.
Anunciar a salvação é, hoje, promover e defender a vida e a justiça para todos. O Salvatoriano, por fidelidade à Missão, não pode contemporizar com a injustiça, com a desigualdade, a violência, a corrupção e a pobreza.
O empenho missionário nos lança em direção ao outro, ao diferente, para além de qualquer tipo de fronteira, levando no coração um amor universal, envolvente, sem distinções.
Enfim, a Glória de Deus é toda a criatura liberta. Nossa Missão nos compele ao empenho pela ecologia profunda, no sentido de recuperar o respeito pela criação e considerar a pessoa humana o ponto convergente de toda a evolução cósmica, cuja vida é tecida sempre em respeitosa comunhão holística com o Universo.
Pe. Fernando Vitorino Rizzardo, SDSInício das atividades dos institutos
Instituto Mãe do Salvador
No dia 26 de janeiro de 2023, na parte da tarde, chegaram os jovens que no ano anterior foram acompanhados vocacionalmente, junto de seus familiares, amigos e conhecidos, para serem acolhidos para a etapa formativa do aspirantado. Após alguns momentos de descontração, a emoção tomou conta ao ver seus familiares retornarem para suas casas. Nos dias que se seguiram, iniciamos as atividades de planejamento, conhecimento dos espaços da casa e, assim, seguiu-se com a ambientação para esta nova experiência.
Nos dias 28 e 29 de janeiro realizou-se o retiro, tendo como eixo motivacional a vocação de Jeremias: “Antes mesmo de modelar no ventre materno, eu te conheci; antes que saísse do seio, eu te consagrei. Eu te constituí profeta das nações”. Para este momento oracional, utilizamos também as Alocuções do Bem-aventurado Francisco Jordan e um texto que nos proporcionou a reflexão sobre a riqueza dos dons que cada um traz consigo, e que nos enriquece ainda mais quando postos a serviço da comunidade.
Já no dia 01 de fevereiro, tiveram início as atividades na Faculdade Católica de Fortaleza, onde farão o curso Propedêutico. Neste mesmo dia chegou o Jn. Elivelton Gomes dos Santos, SDS, que fará o seu ano de estágio nesta casa formativa.
No dia 05 de fevereiro, na Paróquia Imaculada Conceição e São João XXIII, na celebração eucarística das 7h, deu-se a acolhida dos nossos formandos, sendo eles: Francisco Geovânio Lauriano Izaquiel, Paulo Henrique Lima do Nascimento, Rodrigo Otávio Freitas Maia e Natanael Justino de Souza. Nesta celebração contamos com a presença dos nossos formandos que já estão na etapa do juniorado (cursando teologia em São Paulo) e que na ocasião estavam em atividades nesta cidade.
Pedimos a Maria, Mãe do Salvador, que nos inspire nesta caminhada. Rogai por nós!
Instituto Padre Jordan
No dia 26 de fevereiro de 2023, na Igreja Matriz da Paróquia Santo Antônio em São José dos Pinhais – PR, deu-se início ao Ano Vocacional. Nesta ocasião, o Pároco Pe. Cesar Augusto Cordeiro de Barros, SDS recebeu solenemente o ícone vocacional enviado pela Diocese à Paróquia. Realizou-se também o Rito de início do ano de Postulantado Salvatoriano dos formandos que estão no Instituto Padre Jordan – IPJ em 2023: André Adão Costa, Antônio Ierandi Holanda Maciel de Lima, Gabriel Xavier de Freitas, Kaic Morais Gandra Oliveira e Nadson da Silva Mesquita. Também foi oportunidade para celebrar o Jubileu de Ouro de Vida Consagrada do Pe. Deolino Pedro Baldissera, SDS, rendendo graças a Deus por sua vocação nestes 50 anos como religioso salvatoriano.
Instituto São Paulo Apóstolo
O Instituto São Paulo Apóstolo - ISPA (Filosofia), da Região Missionária de Moçambique, já iniciou o seu ano formativo de 2023. Os formandos já se encontram nas instalações do seminário desde o último dia 15 de fevereiro. De lá para cá, estão se entrosando e pegando o ritmo da casa e da cidade de Maputo. As aulas no Instituto onde frequentam iniciaram no dia 20 de fevereiro para o 2º e 3º ano e, para o 1º ano, no dia 06 de março. Enquanto os estudantes do 2º e 3º ano iam à faculdade pela manhã, os do 1º ano estavam, inicialmente, fazendo um curso intensivo de informática no próprio seminário, a fim de adquirirem um pouco mais de conhecimento básico do assunto, dada às exigências mínimas da faculdade.
O ISPA conta, neste ano de 2023, com 12 formandos, do 1º ano ao 3º ano. A celebração Eucarística que abriu oficialmente o ano formativo de 2023 aconteceu no dia 11 de março.
Rezemos pela perseverança de cada um.
Instituto Doze Apóstolos
No dia 12 de fevereiro, com a celebração Eucarística presidida pelo Superior Provincial, Pe. Francisco Sydney de Macêdo Gonçalves, SDS, teve início as atividades na Casa Internacional de Teologia-Instituto Doze Apóstolos.
Para o ano de 2023, o IDA está formado por: Pe. Edgar Casallas, SDS (Reitor do Instituto), Pe. Maciel Osvaldo de Souza, SDS (Vice-reitor e Tesoureiro), Jn. Claudio Serralheiro, SDS (Brasil), Jn. Fabiano Maffi, SDS (Brasil), Jn. Paulo Genário Rodrigues de Queiroz, SDS (Brasil), Jn. Ermelindo Cassimo, SDS (Moçambique), Jn. Freddy Guerrero, SDS (Venezuela) e Jn. Daniel Garcia, SDS (Venezuela).
Contamos com a força do Espírito Santo e a oração de toda comunidade para que possamos progredir na fé.
Pré-Noviciado em Moçambique
A Região Missionária de Moçambique este ano tem três pré-noviços que estão se preparando para entrar no Noviciado em Julho, na República Democrática de Congo. Emanuel Mulaque, Gabriel Rodrigues e Izaque Artur já terminaram o 3º ano de Filosofia e, neste momento, estão fazendo a experiência do Pré-Noviciado em três lugares: Emanuel está em Machel, sendo acompanhado pelo Pe. Eric Ngoy, SDS; Gabriel está na residência paroquial de Chókwè, sob a responsabilidade do Pe. Alfredo Cumbi, SDS; e, por fim, Izaque está na casa paroquial de Vanduzi, na companhia do Pe. Celestino Madaba, SDS. O PréNoviciado teve início oficialmente no dia 02 de fevereiro e vai durar quatro meses.
Que os nossos pré-noviços sejam perseverantes e estejam certos das orações de todos os confrades.
Noviciado Internacional
No dia 15 de janeiro, teve início oficialmente mais um ano de noviciado na Casa Internacional de Manizales (Colômbia) para os três noviços: Iago Nascimento Silva e Lucas Fernando Zanela Mello, da província brasileira; e Jesús Guerra, da província colombiana. O mestre de noviços, Pe. Nelson Barbieri, SDS, não se encontrava presente na abertura do Noviciado 2023, por estar no Brasil em tratamento de saúde. Deste modo, os noviços receberam a bênção e acolhida do Pe. Gustavo Ruiz, SDS, Superior Provincial da província Salvatoriana da Colômbia, e do Pe. Paweł Radziejweski, SDS, vice-mestre de noviços.
As atividades dos noviços já tiveram início, e contam especialmente com o apoio do Pe. Mario Agudelo, SDS nos estudos e reflexões acerca do carisma salvatoriano e das Constituições da Sociedade do Divino Salvador.
Rezemos para que seja uma experiência formativa gratificante e decisiva na vida e vocação dos nossos irmãos que se preparam para os votos religiosos. A todos nós as bênçãos de Deus, sob a intercessão do Bem-aventurado Francisco Jordan.
Animação vocacional e projeto de vida
Como sabemos, a Igreja no Brasil intensificou suas orações e atenção para as vocações com o Ano Vocacional. Como afirma o Papa Francisco: “a animação vocacional é a alma da evangelização”, já que o animador vocacional tem como missão buscar forças para a messe que tanto precisa de trabalhadores. As vocações são muitas, e todas elas de extrema importância para Deus. Ele chama a todos, em todos os tempos e lugares. Mas responder este chamado é uma decisão que precisa ser tomada todos os dias de nossas vidas. Por isso, a necessidade de uma Pastoral Vocacional bem estruturada, para ajudar os jovens a responder, com seriedade, amor e entusiasmo à vocação que Deus colocou em seu coração. “Eis o meu servo, a quem escolhi, o meu Amado, em quem minha alma se compraz” (Mt 12,18).
Mas quem são os animadores vocacionais?
São aqueles que se disponibilizam a ajudar que Jesus seja conhecido, amado, proclamado e seguido por todos. Aqueles que têm como projeto de vida a evangelização, tendo a Jesus Cristo como verdadeiro modelo de servo e discípulo, disposto a doar sua vida pelo irmão e preocupado com a salvação completa do ser humano. É o Senhor quem chama, “Jesus chamou e enviou os que ele mesmo quis” (cf. Mc 3, 13-19).
O papa Bento XVI afirma que: “É tarefa da pastoral vocacional oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso”.
Sendo assim, além de um acompanhamento espiritual, vivência do amor e da espiritualidade, é muito importante ajudar o jovem a desenvolver um projeto de vida que vá orientando-o neste processo de discernimento e a tomar atitudes compatíveis com a resposta que pretende dar a Deus. Lembremo-nos que a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si mesma cada vocação.
O Bem-aventurado Francisco Jordan, fundador da Família Salvatoriana enfatiza que “todos nós somos responsáveis pelas vocações”; não podemos esquecer também da Santíssima Mãe de Deus, que através do seu corajoso e verdadeiro “sim”, se fez instrumento de salvação, abrindo-se inteiramente ao projeto salvífico. Que através de seu exemplo de bondade e fé, nossos corações estejam ardentes e com os pés a caminho da evangelização.
Redes sociais e missão: um elo possível!
Hoje as redes sociais têm feito parte de nosso cotidiano, nos colocando em contato com um mundo virtual de fotos, vídeos, notícias e tantas outras informações. Há neste espaço uma busca constante de um maior número de informações num menor tempo possível. Antes, tínhamos informações delongadas; hoje, descobrimos a possibilidade de nos comunicarmos em um minuto ou menos. Mas o que nós podemos fazer neste meio?
O Concílio Vaticano II, no decreto Inter Mirifica, nos convida a utilizar os meios de comunicação, pois “estes meios, retamente utilizados, prestam ajuda valiosa ao gênero humano, enquanto contribuem eficazmente para recrear e cultivar os espíritos e para propagar e firmar o reino de Deus”.
É interessante observar este último aspecto, afirmando que devemos propagar e firmar o Reino de Deus; este é, indubitavelmente, um chamado atual para cada um de nós. Se por um lado somos alcançados por diversas informações, por outro, tais meios ajudam na evangelização, reunindo “homens de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Cf. Ap 7,9) e podendo se tornar expressão ilimitada do Amor de Deus. Assim, a evangelização assume um novo modo, explorando nova linguagem e novo ambiente. O Apóstolo Paulo evangelizou no antigo areópago, talvez este seja o nosso.
Dom Antônio de Assis Ribeiro, em seu artigo sobre a evangelização nos meios sociais, nos recorda que “a eficácia da evangelização acontece quando se atinge a totalidade da pessoa em si mesma e se consolida quando ela se insere numa comunidade concreta e se engaja pastoralmente”.
Enfim, lembremo-nos da inspiração do Bem-aventurado Francisco Jordan de utilizar meios e modos que a caridade do Cristo inspira e façamos das redes sociais um objeto evangelizador. Reconheçamos como campo de missão a ser explorado, vivificando, como recorda o decreto conciliar, “com espírito humano e cristão estes meios, a fim de que correspondam à grande esperança do gênero humano e aos desígnios divinos”.
Quaresma: tempo de renúncias e doação
A Bíblia é o chão de onde brota o carisma Salvatoriano. Fonte de toda inspiração, foi a partir da palavra: “Que todos Te conheçam” (Jo 17,3), que Pe. Jordan iniciou sua incansável missão de fazer Cristo conhecido, apresentando a todos a salvação através do amor de Deus.
Surge em seu coração o chamado de fundar a Sociedade do Divino Salvador para proporcionar a experiência transformadora de levar o Espírito Santo aos corações dos Filhos de Deus. Assim, podemos afirmar que Pe. Jordan inspirou (e inspira) diversas almas a encontrar a salvação nas mãos do nosso Deus único e verdadeiro.
“Instruir e salvar a todos”. É também esse o mesmo princípio que queremos viver na Quaresma, um tempo de renúncias e mudanças, onde nos preparamos para viver os 40 dias no caminho de conversão, assim como o caminho que Jesus trilhou em toda sua doação e penitência.
A Quaresma é um tempo de conversão, propício para refletirmos sobre nossas atitudes e pensamentos como seres humanos e como Filhos de Deus. Através da prática da oração, jejum e penitência, relembramos o sacrifício de Jesus Cristo, que se recolheu no deserto, submetendose à tentação. Purificamos a alma dos pecados, unindo-nos cada vez mais ao Divino Salvador.
Pe. Jordan, como fiel homem de Deus, costumava registrar seus pensamentos em diários, cultivando o hábito de refletir sobre os princípios espirituais que nortearam e animaram a sua vida e missão.
Em muitos dos seus escritos, o beato reflete sobre a cruz que nosso Divino Salvador carregou durante sua vida inteira. Ele se manteve abraçado a ela até que, sob o mais cruel sofrimento, entregouse nas mãos do Pai celeste. Foi assim que ele venceu o mundo! Na Quaresma, ao nos entregar para as mãos do Pai, nós também venceremos pela cruz e pelo sofrimento das renúncias. Quanto maior a cruz, maior o sucesso!
“Dirijam-se ao bom Deus para que Ele os torne fortes, de modo que se possa dizer de cada um de vocês: ele foi obediente até a morte, e sua memória permanecerá em paz”.
Quando a penitência parecer difícil, que possamos voltar nossos olhos a Cristo. Em seu exemplo, vemos a força de um homem apostólico e o amor inabalável de um Filho de Deus, que sacrificou-se na cruz para salvar os seus irmãos. Quando a nossa própria cruz pesar, que possamos lembrar de cultivar e aprofundar o próprio relacionamento com Deus na intimidade da oração, encontrando conforto em Sua Palavra.
É na conversão que encontramos a nossa salvação, já diria o beato Pe. Jordan: “Não pensem que vocês possam conduzir as almas para o céu, seguindo outro caminho que não aquele seguido por Jesus, a Verdade eterna.”
A Campanha da Fraternidade todos os anos têm proposto temas que, durante a Quaresma, nos fazem refletir sobre algum problema que a sociedade está sofrendo e que necessita ser meditado para que possíveis soluções possam ser colocadas em prática. Este ano o tema escolhido foi “Fraternidade e Fome”. É importante destacar que este tema da fome já foi trabalhado outras duas vezes em campanhas anteriores. É fato que tanto se tem falado sobre tal tema, porém ainda não nos abrimos para que a fome tenha números menores em nosso país.
O texto vai tratar de um assunto alarmante. O Brasil, como vai citar o documento, é um país que produz quantidades enormes de alimento, sendo um dos que mais exporta comida para outros países. Chega a ser inimaginável pensar que um país que tanto produz deixe que muitas pessoas passem fome ou não tenham o suficiente para ter ao menos três refeições diárias.
O saciar a fome do próximo deveria ser uma inclinação própria daquele que ama, porém, existem aqueles que voltam seu amor para o dinheiro e, ao fazer isso, já não pensam mais no irmão que está passando fome. Na 1ª carta de João, capítulo 4, versículo 20, ele nos fala: “Se alguém disser ‘amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso: pois quem não ama seu irmão, a quem vê, a Deus, a quem não vê, não poderá amar”. Como cristãos não podemos encarar esta realidade com indiferença, pois como posso dizer que amo a Deus, e fechar os olhos para a miséria que tanto assola milhares de famílias em todo o Brasil?
Recentemente vivenciamos uma pandemia que deixou muitos mortos. Além das mortes, que já é um fato triste de ser comentado, a pandemia praticamente dobrou o número de pessoas que passam fome no Brasil. O que já não era bom, conseguiu ficar ainda pior. Nos dias de hoje, a partilha se tornou ainda mais essencial. Diante de números que assustam, a bondade de doar aquilo que eu consigo é uma forma de dizer que eu também posso fazer a diferença na vida daquele que quer saciar sua fome.
A caridade é uma virtude que está enraizada na fé da nossa Igreja. Muitos foram os santos que a vivenciaram e colocaram esta virtude a serviço dos pobres e daqueles que estavam famintos de Deus e do pão de cada dia. Temos exemplos como São Francisco de Assis, Santa Dulce dos Pobres, Santa Teresa de Calcutá, entre outros. O importante é saber que ajudar aquele que tem fome é um serviço humanitário, e o mais essencial, é um pedido de Jesus a todo aquele que decide amar a Deus.
Portanto, a Campanha da Fraternidade deste ano é um chamado para que estejamos atentos às tantas famílias que passam fome e que não têm o que colocar em sua mesa. Que a luz do Evangelho faça brotar em nós a virtude da caridade, e que a partilha seja o nosso testemunho para aqueles que muito têm, mas não dividem com o próximo.
Genário
Jn. Paulo Rodrigues de Queiroz, SDS2,14)
A importância dos exercícios espirituais da Quaresma - oração, jejum e esmola
Todos os anos repetimos uma experiência antiga e sempre nova: a Quaresma. Antiga, porque faz parte da Tradição Litúrgica da Igreja; e sempre nova, pois o Espírito Santo nos conduz ao deserto e nos fala ao coração de maneira sempre diferente, atualizando em nós o processo de conversão e a vontade de Deus. Assim, a Quaresma é para todo cristão um caminho bíblico, litúrgico, pastoral e existencial que nos convida a revisar a vida, avaliando sinceramente o seguimento a Jesus e nos preparando para celebrar a Páscoa.
Neste deserto quaresmal somos provocados à conversão, um verdadeiro caminho de desenvolvimento humano, de autoconhecimento e configuração a Cristo, “haja entre vós o mesmo sentir e pensar que há no Cristo Jesus” (Fl 2,5). E aqui é importante destacar os exercícios espirituais quaresmais, que funcionam como uma ferramenta para nos aproximarmos de de Deus e do próximo, experimentando relações verdadeiramente paternais e fraternais. A Igreja nos propõe reforçar este tempo com a oração, o jejum e a esmola.
“Te levarei ao deserto e te falarei ao coração.”
(Os
Oração
A oração nos leva a um relacionamento mais íntimo com Deus, que nos ajuda a abrir o coração, a conhecer melhor nossos afetos e sentimentos e, através da familiaridade com o Senhor, purificarmos a imagem que temos de Deus e a construirmos uma relação paternal onde o amor e a confiança formam a base. A leitura e a escuta da Palavra de Deus, pessoal e comunitária, são as fontes por excelência, que nos ajudam a crescer nesta relação e a descobrir a misericórdia que transforma nossa vida e nos impulsiona a sermos mais de Deus e a abrir-nos ao próximo.
Jejum
O jejum, apesar de ser a privação de um pouco de alimento, é uma prática mais interior que exterior. Deve levar a reconhecer os excessos que se interpõem à vontade de Deus, ou seja, é mais que deixar de comer, é fazer um esforço para conhecer e dominar nossas inclinações e corresponder melhor à conversão que nos leva a amar a Deus e aos irmãos. Nos ajuda a ampliar a consciência, a nos libertarmos do supérfluo e dos próprios interesses mesquinhos, abrindo espaço para a graça de Deus atuar.
Esmola
A esmola é a figura da gratuidade empática, do dar sem interesse em receber de volta. Por isso, não deve ser o que sobra, não é resto, mas é algo material ou imaterial carregado de sentido, de significado, de amor ao próximo e de reconhecimento da generosidade de Deus. Essa maneira de pensar a esmola muda completamente o sentido da nossa relação com o próximo, pois passa a ser uma relação fraternal que nos tira do egoísmo e nos aproxima do modo de ser de Deus: gratuito, generoso, compassivo e misericordioso.
Querido leitor, que estes exercícios quaresmais revelem nosso desejo e busca de conversão pessoal e comunitária, a fim de crescermos na perfeição do amor.
Pe. Fernando Sartori, SDSA presença da Igreja na formação da juventude >>
Vivemos em um mundo em constante busca por Deus. As pessoas estão cada vez mais necessitadas de uma experiência de encontro com Jesus Cristo que seja autêntica, profunda e transformadora. Nas casas de formação isto não é diferente, pois os jovens que iniciam o processo formativo buscam, dentro do processo de formação, clarear e amadurecer a sua experiência de Deus à luz da realidade que cada um vive e traz.
É esta experiência que faz com que o jovem se sinta convidado por Deus para uma missão concreta na Igreja. O Papa Francisco se dirige aos seminaristas com essas palavras: “Há um mundo à espera do Evangelho, e o Senhor quer que seus pastores se conformem a Ele, levando em seus corações e em seus ombros as expectativas e os fardos do rebanho” (Pontifício Seminário Lombardo, 07/02/2022).
Assim, a formação inicial deve ajudar os jovens a refletirem, à luz do Evangelho e com ajuda do Espírito Santo, a situação eclesial dos tempos hodiernos. É preciso repensar, com caridade profética, como deve ser a ação evangelizadora num contexto imediatista, pouco reflexivo e que faz uso frequente da lei do menor esforço. “Seja quente, ou seja frio, não seja morno que eu te vomito” (Ap 3, 16). Assim, vamos caminhando para uma Igreja livre e libertadora, que não concentre suas energias em garantir um poder excludente, mas que se preocupe com a salvação integral do ser humano, como apresentada por Cristo.
Por isso a necessidade de uma formação adequada para os jovens, que contribua na formação de lideranças, fomente uma vida de serviço e nos lembre da permanente necessidade de estarmos em comunhão. Francisco nos lembra que “Jesus não é uma ideia, ou uma regra moral… Jesus é uma pessoa, um amigo, um companheiro de viagem”. Somos chamados a percorrer o caminho vivendo dentro de uma Igreja aberta, em saída, disposta a tornar Cristo conhecido e amado por todos, sendo tecelões de unidade de comunhão e contra qualquer tipo de desigualdade.
O Bem-aventurado Francisco Jordan, fundador da Família Salvatoriana, afirma: “Seja esta a divisa de vocês: devo tornar-me semelhante ao meu Divino Modelo”. Que possamos percorrer este caminho com a certeza de sabermos que Cristo caminha conosco, e que é por este caminho que formaremos autênticos pastores dedicados ao cuidado de suas ovelhas.
Testemunho com Maria
A Missão das Irmãs Salvatorianas
“Qual águia veloz, vai por todo o orbe terrestre e anuncia a Palavra de Deus” (Bem-aventurado Francisco Jordan).
Ao longo da história, Deus se manifestou de diversas formas para se aproximar do ser humano, que no mais profundo do seu ser necessita de vida.
Foi em resposta a este apelo de que todos tivessem Vida, que o Bem-aventurado Francisco Jordan fez uma profunda experiência de conhecer o Deus Trindade: “A vida eterna é esta: que eles conheçam a ti, o Deus Único e Verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo” (Jo 17,3). Sendo tocado por Deus, o Bem-aventurado Francisco Jordan, cheio de ardor missionário, deseja que todas as pessoas, em todas as partes do mundo, também pudessem conhecer, amar e servir a Jesus Cristo.
Esta missão foi confiada à família Salvatoriana (Padres, Irmãos, Irmãs e Leigos), a qual é um dom que tem se prolongado na história. A missão das Irmãs Salvatorianas teve início no dia 08 de dezembro de 1888, em Roma. O Bem-aventurado Francisco Jordan, fundador, teve a valiosa colaboração da Bem-aventurada Maria dos Apóstolos, mulher firme, corajosa e de um profundo espírito missionário.
“Quando ouço falar em missões, sinto em mim um forte impulso! Sinto-me impelida por tudo o que é apostólico” (Bem-aventurada Maria dos Apóstolos).
Nesta ocasião, o Bem-aventurado Francisco Jordan deu às Irmãs o claro objetivo de tornar Jesus Cristo conhecido e amado por todos, em todos os lugares. “Nenhuma nação, nenhum povo, nenhuma classe pode ser excluída. É, pois, muito importante que vocês encarem isto com seriedade” (Alocuções 92.5).
Este espírito de universalidade é um elemento fundamental do carisma salvatoriano. Nos primeiros anos de fundação, as Irmãs Salvatorianas foram preparadas e enviadas para Índia e Equador e, com o passar do tempo, se expandiram para quatro continentes: Europa, América do Norte e Sul, Ásia e África.
Atualmente, nossa presença apostólico-missionária está em 31 países. “Em tudo o que somos e fazemos, visamos tornar Cristo conhecido como Salvador” (cf. RV 28). Nossa atuação missionária se desenvolve em todos os lugares onde a vida está ameaçada, sempre em comunhão com a Igreja, em resposta aos clamores e desafios do nosso tempo, sendo Igreja em saída, como nos convoca o Papa Francisco, à luz do Evangelho.
Desenvolvemos nossa ação missionária nas áreas da saúde, educação, inserção nas pastorais sociais, na pastoral paroquial, formação de lideranças, junto às juventudes, aos idosos e às famílias, pastoral da criança, nos movimentos que lutam pela justiça, paz e integridade da criação, trabalhos em parceria na prevenção, conscientização e contra o tráfico humano. Estamos também inseridas nas diversas profissões que promovem e valorizam a vida na área da administração, psicologia, terapia ocupacional, enfermagem, etc. Sentimos que a dimensão da escuta e acolhimento é essencial na vivência da missão salvatoriana.
Atentas aos apelos da Igreja e aos clamores da realidade do nosso povo amazônico, no dia 26 de fevereiro de 2023, iniciamos uma nova comunidade missionária Interprovincial em Humaitá-AM. Somando forças e mantendo a fidelidade ao nosso carisma, as duas províncias do Brasil (Província São Paulo e Província Santa Catarina) assumiram essa missão de ser presença que fortaleça a esperança do povo, ajudando a reconstruir os sonhos e a desenvolver novos projetos que restabeleçam a vida em todas as dimensões.
E quando não é possível estar mais nas atividades externas, continuamos sendo missionárias pela oração. Nossa missionariedade é uma chama acesa que nos faz solidárias com todas as pessoas que nos pedem oração. Enfim, nós salvatorianas, buscamos utilizar todos os meios e modos que a caridade de Cristo nos inspira para anunciar o Cristo, ajudar a construir o Reino de Deus, este é um legado que o Bem-aventurado Francisco Jordan nos deixou.
Inspirando-nos no exemplo de Maria, discípula missionária de Jesus de Nazaré e cooperadora com o projeto de salvação, vivemos um estilo de vida simples, sendo uma presença que ajuda a fortalecer a fé e esperança do povo ao qual servimos, especialmente os mais vulneráveis.
Seguimos o Salvador, nas pegadas dos Apóstolos, que anunciaram destemidamente a Salvação até os confins da terra.
“Não sosseguem até que todos conheçam, amem e sirvam a Jesus o Salvador” (Bem-aventurado Francisco Jordan).