Seu Co-Gestor Estratégico de Risco Destaques do
4ºTrimestre 2013 by
Índice 4
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Sumário Executivo Glossário Assumindo o risco de se confiar em um momento de transformação Arranjos de Pagamento
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Painel Executivo
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Crédito, a ferramenta social mais realista
Sumário Executivo 4º Trimestre no mundo de crédito Brasileiro
Encerramos o ano de 2013 com os seguintes patamares para os dados macroeconômicos: Taxa de desemprego atingiu seu menor patamar histórico encerrando o ano em 4,3%. Endividamento das famílias demonstra estabilidade no final do ano, quando descontado o crédito habitacional, observamos uma tendência de queda. Rendimento médio real das famílias manteve patamar do ano passado em média R$ 1.974,00. Inflação voltou a subir e fechou o ano no patamar de 5,91%, patamar esse maior que a expectativa do mercado, que era de 5,84%. PIB teve baixo crescimento no ano, de apenas 1,99%.
Apesar de observarmos o crescimento da representatividade do crédito no PIB, podemos também observar que esse crescimento se deve mais ao fraco desempenho do PIB. Isso porque o mercado de crédito, apesar de ainda crescente, vem diminuindo seu ritmo de crescimento. Comparando o resultado de dezembro 2012 com o
resultado de dezembro 2013, observamos crescimento de 14,6%; ao mesmo tempo, quando comparamos o crescimento de dezembro 2011 com o de dezembro 2012, observamos um crescimento de 16,4% - ou seja, no ano de 2013 o mercado de crédito sofreu uma desaceleração do seu ritmo de crescimento de 10,9%.
Crescimento do Mercado de Crédito
Diante deste cenário, vejamos como se comportou o mercado de crédito.
Mercado de Crédito Relação Crédito X PIB atingiu seu maior patamar histórico - em dezembro de 2013, chegou a 56,5% do PIB, conforme gráfico abaixo. Como podemos observar no gráfico acima, os meses de Outubro foi o que teve maior impacto na desaceleração do crescimento. Sabemos que o mercado é composto por dois segmentos: recursos livres (taxas livremente pactuados pelas instituições financeiras) e recursos direcionados
(taxas subsidiadas pelo governo com destinação específica), e cada um desses segmentos atende tanto a pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas. Observar o crescimento dessas quatro segmentações nos ajuda a entender um pouco melhor o porquê da desaceleração do crédito. Vejamos o gráfico abaixo:
Fonte: Bacen 4
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Sumário Executivo Podemos perceber o crescimento mais acentuado dos recursos direcionados em comparação aos recursos livres - ou seja, o crescimento seria ainda menor se não fossem os estímulos do governo por meio dos recursos direcionados. Comparado com o crescimento do ano passado, Pessoa Jurídica com recursos livres teve um crescimento 53% menor, Pessoa Física com recursos livres 24% menor, ao mesmo tempo que Pessoa Jurídica com recursos direcionados acelerou seu crescimento em 30% e Pessoa Física com recursos livres 4%. Já sabemos que os recursos livres são a causa da
desaceleração do crescimento do mercado, mas podemos aprofundar ainda mais a análise ao abrirmos quais produtos tiveram maior influência na desaceleração dos créditos PF e PJ. Para PF, temos os seguintes produtos: CDC, Crédito Pessoal consignado, Cartão, Crédito Pessoal não Consignado, Cheque especial, Desconto de Cheque e Veículos. Comparando o crescimento da carteira de cada um desses produtos entre os períodos de 2011x2012 e 2012x2013, temos o seguinte cenário:
4º Trimestre no mundo de crédito Brasileiro Agora faremos a mesma análise para os produtos PJ com recursos livres, que tem seu mercado composto por: Capital de Giro, Adiantamento sobre contratos de Câmbio (ACC), Conta Garantida, Financiamento a Importação e exportação, Veículos, CDC, Desconto de Duplicatas, Repasse, Cheque Especial, Vendor Compror, Desconto de Cheque, Antecipação de Faturas, Cartão
Evolução do crescimento dos produtos de crédito PF - RL O cenário de PJ tem um panorama diferente do PF: dos treze produtos observados, três produtos tiveram desaceleração do crescimento (Capital de Giro, CDC e Antecipação de Faturas); outros três tiveram decréscimo de sua carteira (ACC, Veículos e Desconto de Cheques); e o restante (sete) tiveram desempenho melhor que o ano passado (Conta garantida, Financiamento à exportação e importação, Desconto de Duplicatas, Repasse, Cheque Especial, Vendor Compror e Cartão). Levando em conta apenas esse gráfico, poderíamos
chegar à conclusão de que a parcela do mercado com recursos livres PJ não está tão ruim quanto o mostrado acima... Mas quando analisamos o mix da carteira, percebemos que os produtos que tiveram redução (ACC, Veículos e Desconto de Cheques) representam 25% da carteira. Se considerarmos também os produtos que reduziram seu crescimento, temos 45% da carteira. Ou seja, o crescimento de PJ com recursos livres foi o pior, pois produtos com boa parcela de representação em sua carteira tiveram decréscimo.
Conclusão Dentre os produtos de crédito com recursos livres para pessoa física, apenas Cheque Especial e Cartão tiveram aceleração do crescimento de suas carteiras. CDC, Crédito Pessoal consignado e Crédito Pessoal não Consignado ficaram com crescimento menor do que no ano passado, e Desconto de Cheque e Veículos tiveram decréscimo de sua carteira. Como podemos observar quase todos os produtos contribuíram para a desaceleração do crescimento do crédito, mas o que teve maior impacto nessa 6
desaceleração foi o mercado de Veículos, quando observamos no mix a representatividade de Veículos podemos ter maior noção desse impacto. Só Veículos ocupa um percentual de 26,9% da carteira, é o segundo com maior representatividade, Crédito Pessoal, produto com maior parcela detém 29,8%, em seguida temos Cartão com 19,4%, depois Crédito Pessoal Consignado com 15,9%, Outros produtos 3,5%, Cheque 2,7%, CDC 1,6% e Desconto de Cheques com 0,2%.
Observamos queda no ritmo de crescimento do mercado de crédito, devido à própria desaceleração da economia como um todo e da preocupação dos empresários com relação ao crescimento da inflação e da inadimplência, o que causou, maiores restrições na concessão de crédito em quase todos os setores. Segmentando o mercado de crédito em PF e PJ, percebemos que o mercado de PF foi fortemente impactado pela redução da carteira de Veículos, mas manteve o crescimento da carteira dos demais produtos (mesmo que, para alguns deles, em ritmo abaixo do ano anterior). Já PJ, teve crescimento maior em sete produtos mas em compensação sofreu redução de carteira em três produtos com boa parcela do mercado (ACC, Veículos e Desconto de Cheques), além de queda no ritmo de crescimento em três produtos, também representativos. Com esse ambiente “instável” que vivemos a expectativa para 2014 não pode ser muito diferente do que já estamos encontrando hoje, crédito mais restritivo e atenção com situação econômica em ano de Copa e eleição. O mercado aguarda o retorno de uma política mais “real” e menos “controlada” com relação aos juros, ao mesmo tempo que têm consciência de que temos mecanismos para conter a inflação. Por isso não existe muito espaço para “crise” nem “euforia”. Crédito controlado, busca por inteligência na concessão, gestão e cobrança são os focos do momento. Além de novas estratégias e canais de venda que serão cruciais para direcionar melhor o lado comercial e de alavancagem das empresas.
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Glossário Carteira Concessões
Concessões consolidadas das operações de crédito com recursos livres referenciais para taxa de juros.
Prazo
Prazo médio consolidado das operações de crédito com recursos livres referenciais para taxa de juros.
Taxa Inadimplência
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Saldo consolidado no mês das operações de crédito com recursos livres referenciais para taxa de juros.
Taxa média consolidado das operações de crédito com recursos livres referenciais para taxa de juros. Inadimplência acima de 90 dias em relação ao total da modalidade (Visão Carteira).
Spread Bancário
é a diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles cobram ao conceder um empréstimo para uma pessoa física ou jurídica.
Taxa de Inflação
A inflação medida pelo índice de preços ao consumidor reflete a variação percentual anual no custo para o consumidor médio de aquisição de uma cesta de bens e serviços que podem ser fixados ou alterados em intervalos específicos, tais como anual.
Desemprego
Refere-se à parcela da força de trabalho que está sem trabalho, mas disponíveis e que procuram emprego.
Spread de Juros
Spread de taxa de juros é a taxa de juros cobrada pelos bancos em empréstimos aos clientes menos a taxa de juros paga pelos bancos comerciais ou similares.
Crédito % do PIB:
Refere-se a recursos financeiros privados para o setor privado, como empréstimos, títulos, créditos comerciais e outras contas a receber que estabelecem um pedido de reembolso. Para alguns países, estas reivindicações incluem crédito para empresas públicas.
Selic
Selic: É a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos
federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos.
Índice de Basiléia
É um conceito internacional definido pelo Comitê de Basiléia que recomenda uma relação mínima de 8% entre o Capital Base (Patrimônio de Referência -PR) e os riscos ponderados conforme a regulamentação em vigor (Patrimônio Líquido Exigido - PLE). No Brasil exige-se um índice mínimo de 11%, excetuando-se os Bancos Cooperativos cuja exigência mínima é de 13%.
GBD’s (Gestores de Bancos de dados)
São os responsáveis por gerir os bancos de dados que serão formados, receber as informações dos clientes que autorizam a abertura de cadastro nas várias fontes e fornecer a consulta destas informações às empresas e instituições financeiras que ofertam linhas de crédito aos clientes.
Opt-in Opt-out
Modelo no qual o cliente escolhe se quer participar ou não do cadastro positivo. Modelo no qual o cliente decide se quer sair ou não do cadastro positivo.
Resolução 2.682
Dispõe sobre critérios de classificação das operações de crédito e regras para constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa.
Provisão para Devedores Duvidosos (pdd)
Conceito contábil que mede a provisão feita para as contas de contas a receber com valores vencidos há mais de 90 dias.
Perda Esperada Over 90
Saldos que atingiram um determinado nível de atraso no tempo. Conta com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias.
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Atuar como “advisor” em gestão de riscos traz experiências únicas e muito desafiadoras.
4ºTrimestre
Assumindo o risco de se confiar em um momento de transformação
As incertezas da economia, a evolução do mercado de crédito, os números que acompanhamos como referências no risktrends nos permitem olhar para um contexto ao longo do tempo, porém a base de tudo é o olhar para dentro de nossa própria situação e avaliarmos os riscos inerentes e específicos que temos dentro de casa. Começamos 2014 com uma preocupação de alavancagem de negócios generalizada, uma inadimplência “estável” e uma grande vontade de crescer, com moderação. Mas também um ano com certa apreensão com relação ao país, sua política econômica e a nossa exposição no mundo; devido à falta de infraestrutura que vivemos para dar conta de nossos sonhos ao longo desses últimos anos de crescimento. Diante disso, todo gestor de riscos se torna desafiado a exercer a confiança, pois sem ela, nós congelaríamos! não temos opção a não ser buscar as inteligências e técnicas necessárias para evoluir na arte e profissão de confiar. E confiança não está disponível nas prateleiras de supermercado para ser comprada, é um processo, de início, meio e fim. Para confiar precisamos saber com o que podemos contar, precisamos ver a realidade sem medo e sem máscaras, precisamos trazer à consciência o que está
inconsciente, seja em nossa empresa, seja em nossa atuação como executivos, empreendedores e seres humanos. Estamos na era da conscientização, onde todos aprendemos muito com nossos erros e isso afeta todos os aspectos da nossa vida e de nossos negócios. As pessoas mudam, portanto os consumidores estão mudando, e os profissionais também e todos buscam maior significado para seu dia a dia, resultados reais e não mais projetos “engavetados”. Não há “mais tempo a perder”! mas também não adianta sair correndo! há de se fazer um pit-stop para reflexão! As empresas buscam pelos seus valores em sua forma de atuar e de se comunicar. O mundo está mudando a passos largos – não temos saída! Mas temos muitas alternativas disponíveis que antes não tínhamos! Essa é a grande notícia. Temos muito conhecimento disponível para ser estudado e avaliado - se pode ser utilizado para cada caso. No mercado de crédito e cobrança as ofertas de serviços e novas tecnologias se multiplicam a cada ano, as inteligências de analytics são criadas e disponibilizadas para avaliação de negócios, estratégias e estudos de mercado, os dados e informações se multiplicam, mesmo que ainda caoticamente e técnicas são criadas para sua organização.
No mundo de produtos, o crédito se expande com possibilidades quase ilimitadas em diversos ramos e formatações, em termos de preparação dos profissionais o processo se acelera a cada dia, seja com relação às técnicas necessárias para gestão dos negócios, como em relação à inteligência emocional para decisões táticas e estratégicas. O “medo” de se tomar decisão pode ser fruto de ignorância, ou melhor, de inconsciência, para caracterizar melhor o significado.
Mas aqui vai o que considero o crucial em minha longa experiência no negócio de riscos: o primeiro e primordial conhecimento a ser buscado é o autoconhecimento, seu e de sua empresa! O processo de autoconhecimento é a base sólida para se medir o risco de se confiar. Confiar em nós mesmos é o ponto de partida para confiarmos nos outros, nos clientes, em nossa empresa, em nossa própria atuação. Quando olhamos para dentro começamos um processo de conhecermos os que estão fora também. E muitas ve10
zes atuamos olhando para as referências externas, verdadeiras ou virtuais, sem sabermos ao certo onde queremos chegar? e se não sabemos onde queremos chegar, qualquer caminho serve, certo? Se você aprende a confiar em você, em sua estratégia, em seus negócios, você imediatamente começa a saber em quem você também pode confiar e otimiza o risco – é um processo natural, realizado diariamente através de auto-observação profunda e análise do cenário externo ao mesmo tempo. 11
Por exemplo: quando realizamos um “diagnóstico” nas empresas, seja de crédito, cobrança ou riscos em geral, conseguimos olhar com profundidade para questões inconscientes do dia a dia, adquirimos uma percepção da situação atual (“as is”) extremamente acurada em cada pilar de riscos, o que nos permite um olhar concreto para onde queremos chegar (“to be”) e como chegar lá.
Através destas análises entendemos o caminho a seguir! Mas nosso diagnóstico vai além do olhar processual e do ferramental das empresas, nosso diagnóstico olha para as forças da equipe, para a cultura da empresa, para as ambições do negócio e em que nível de maturidade ele se encontra diante de onde ele deseja chegar. A partir deste nível de consciência uma parceria baseada na realidade e em trabalho conjunto se forma e vamos em frente com foco e disciplina criando laços de cumplicidade e confiança entre as empresas e as pessoas que nela trabalham. Esse é o processo em que acreditamos. Da mesma forma é um processo de coaching, minha mais nova paixão na vida. Com o mentor-coaching para profissionais de gestão de riscos (e seres humanos em geral… ), vamos além das questões técnicas e avaliamos juntos o que faz sentido para o profissional e para a empresa, onde ele deseja chegar e os recursos internos que ele precisa evoluir para ir atrás dos recursos externos para a realização de seu objetivo. E muitas vezes não percebemos os obstáculos inconscientes que temos, nossas crenças e paradigmas, nossos pensamentos na contramão, a parte de nós que sabota a
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conquista de resultados e sonhos de todos os tipos. Ás vezes temos “medo” de ver o que está por debaixo do pano, mas a verdade é que, se não vermos isso de frente, isso nunca irá embora. Nada some do caminho assim, do nada, tem que ser percebido e curado! O segredo para confiarmos em nossas forças e em nossas estratégias de negócios está na determinação de olhar para aquilo que ainda não vemos, mesmo que esteja à nossa frente! E para isso que a goon existe, para ser o parceiro de confiança das empresas e gestores de riscos, para darmos as mãos e olharmos para nossos negócios e para a nossa realidade, evoluindo juntos diante de um objetivo concreto e verdadeiro. Para passarmos pelo processo de auto-observação e sabermos o que fazer para chegar do outro lado da concretização de nossos sonhos e nossas metas, em medo de ser feliz, sem medo de merecer chegar lá, assumindo riscos de ver o que não necessariamente gostaríamos de ver e só assim realizar aquilo que realmente desejamos realizar!
Engenheiro com carreira dedicada à gestão de riscos, crédito e cobrança. Tem a função de contribuir para a aceleração da eficiência das corporações, para que seus colegas e clientes se tornem referência em inteligência em gestão de riscos no país em seus diversos mercados. Realizador do fórum goon para o mercado de riscos, crédito e cobrança, busca promover o encontro das pessoas e profissionais do ramo para a verdadeiro compartilhar de conteúdo, experiências e divergências em um ambiente humano, dinâmico e positivo! engenheiro formado pela usp e, de 2011 a 2013, se tornou “coach” profissional, pelo instituto ecosocial, credenciado pela icf ( international coach federation) e pela sbc ( sociedade brasileira de coach). é também autor do livro “o risco nosso de cada dia”.
Assuma o risco de confiar, em você primeiro! Acredite, sua empresa merece, você merece! Fernando Manfio Sócio presidente, GoOn
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4ºTrimestre
Principais pontos das regulamentações sobre arranjos de pagamento
No dia 4 de Novembro de 2013, o Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini anunciou a nova regulamentação referente a meios de pagamento móveis, o anuncio foi feito em Fortaleza (CE) onde aconteceu o 5° Fórum sobre inclusão Financeira. Nesse texto nos propomos a explicar o histórico e as resoluções 4282 e 4283 que estabelecem os objetivos a serem perseguidos e quais exigências as instituições reguladas tem que seguir.
Motivos para o estabelecimento dos arranjos de pagamento Tudo começa em 2002, terminada a reforma do sistema de pagamentos Brasileiro (foco Risco sistêmico), a diretoria toma a decisão de modernização dos sistemas de pagamento de varejo. Em 2005 é publicado o diagnóstico do sistema de pagamentos do varejo, onde a constatação foi de que o sistema de pagamentos era bastante fragmentado e com excessivo uso de boleto e cheque. Em 2006 o Banco Central lança a diretiva 2006/01 sobre a indústria de cartões de pagamento, onde coloca, sobre o seu ponto
de vista, quais as melhorias que o mercado deveria fazer. Ainda em 2006, o Bacen faz convênio com as autoridades de competição e com a secretaria de direito econômico do ministério da justiça e da Fazenda para estudar novamente a indústria de cartões de pagamento e suas práticas, surgindo assim, em 2009, o Relatório sobre a indústria de cartões de pagamento. Então em maio de 2013 é lançada a MP 615 que posteriormente foi convertida, em outubro, na Lei n° 12.865, dando assim mandato legal ao CMN e ao Bacen sobre todos os prestadores de serviços de pagamento.
A lei 12.865 e as resoluções 4282 e 4283 Existem dois grandes conceitos que a Lei n° 12.865 traz: Arranjos de pagamento e Instituições de pagamento. ARRANJOS DE PAGAMENTO (resolução 4282): “conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor (Os “Private Label” estão fora), mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores;” Art. 6° Em suma, é o conjunto de regras e procedimentos que disciplinam como um determinado serviço de pagamento é prestado para o público de uma forma geral.
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Os arranjos são compostos pelos seguintes personagens: Pagadores;
Objetivos da autorização e da vigilância A Autorização tem por objetivos o Gerenciamento dos riscos; Critérios e requisitos de participação; Prazos para a liquidação das transações e para a disponibilização de recursos ao usuário final; Estrutura de tarifas e de outras formas de remuneração; Delimitação de responsabilidade; e a Interoperabilidade.
Recebedores; Instituições de pagamento (serviço de pagamento); e Instituidor do arranjo (Responsável pelo conjunto de regras e procedimentos, orientando as instituições de pagamento sobre como prestar esse serviço aos pagadores e recebedores).
E a Vigilância, os objetivos de Monitoramento das informações quantitativas do arranjo; Acompanhamento das atividades desempenhadas pelo instituidor do arranjo; Inspeções; Persuasão Moral; Determinação de alteração em regras e procedimentos do arranjo; Sanções.
E as modalidades que o compõem: Propósito: Compra (exemplo cartão de crédito/débito), existe uma estrutura onde o pagamento está vinculado a uma liquidação de determinada obrigação e Transferência (exemplo DOC/TED) onde não existe necessariamente uma vinculação direta entre a transferência e um pagamento. Essa divisão existe por que a forma como o arranjo se estrutura está vinculada ao seu objetivo. Relacionamento: o tipo de conta que um usuário detém quando está no arranjo, pode ser: Pré-paga (moeda eletrônica), Pós-paga (cartão de crédito), Conta de depósito à vista (tradicional bancos) e o Relacionamento eventual (remessas de pagamento onde o usuário não tem conta no banco). Abrangência: Doméstico, quando o uso do instrumento do arranjo se limita ao Brasil; e o Transfronteiriço, onde o instrumento emitido no Brasil pode ser utilizado no exterior ou instrumento emitido no exterior pode ser utilizado no Brasil.
Princípios da atuação do Bacen Solidez e eficiência dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento; Acesso não discriminatório; Promoção da competição; Interoperabilidade; Inovação e diversidade de modelos de negócios; Atendimento às necessidades dos usuários finais; Confiabilidade, qualidade e segurança dos serviços de pagamento; e a Inclusão Financeira.
Os arranjos de pagamento podem ajudar a inclusão financeira pois, a regulamentação traz maior segurança jurídica acarretando maior competição, seja pela presença de novos atores no mercado, de maiores investimentos, da maior oferta de produtos e serviços, de mais qualidade na prestação de serviços de pagamento e do barateamento nos preços praticados.
”A interoperabilidade de pagamento móvel é uma meta ousada em um país onde a simples interoperabilidade de telefone não funciona muito bem. Um colega no Brasil levou cinco horas para que seus SMS fossem recebidos pelo destinatário, de outra operadora. Há também muitos casos em que as pessoas têm vários telefones celulares ou cartões SIM, de diferentes operadoras para minimizar os custos. Isso explica por que existem mais assinantes móveis do que brasileiros” Elizabeth McQuerry
INSTITUIÇÕES DE PAGAMENTO (resolução 4283) “pessoa jurídica que, aderindo a um ou mais arranjos de pagamento, tenha como atividade principal ou acessória, alternativa ou cumulativamente: a) disponibilizar serviço de aporte ou saque de recursos e) credenciar a aceitação de instrumento de pagamento; mantidos em conta de pagamento; f ) executar remessa de fundos; b) executar ou facilitar a instrução de pagamento relacionada a determinado serviço de pagamento, inclusive g) converter moeda física ou escritural em moeda eletrônitransferência originada de ou destinada a conta de paga- ca, ou vice-versa, credenciar a aceitação ou gerir o uso de moeda eletrônica; e mento; c) gerir conta de pagamento;
A Lei n° 12.865 estabelece três categorias de arranjos
d) emitir instrumento de pagamento;
Arranjos não integrantes do SPB: (não oferecem risco ao bom funcionamento dos serviços de pagamento): De propósito limitado, De valores inferiores a: Giro < 20MM/ano; Transações <1MM/ano; Depósitos < 2MM/330 dias em 1 ano; Usuários < 100M/330 dias em 1 ano. Aspecto: Não estão sujeitos à vigilância, salvo que prestam um mínimo de informações anualmente.
Autorização para funcionamento
Arranjos integrantes do SPB dispensados de autorização: Instituídos por entes governamentais, Que só envolvem instituições financeiras, De valores inferiores a: Giro < 100M/ano; e Transações < 5M/ano Aspecto: Integram o SPB, estão sujeitos a vigilância, mas são dispensados de autorização.
h) outras atividades relacionadas à prestação de serviço de pagamento, designadas pelo Banco Central do Brasil.”
O processo de autorização para funcionamento das instituições de pagamento trata-se de uma avaliação do grupo organizador e do plano de operação da instituição, que deve demonstrar a capacidade de o empreendimento tornar-se rentável e seguro. As regras para essa autorização são análogas àquelas previstas para instituições financeiras e demais integrantes do SFN, resguardando a sua proporcionalidade.
Arranjos integrantes do SPB que requerem autorização: Demais arranjos. Aspectos: Integram o SPB, são autorizados, estão sujeitos a vigilância, e precisam de autorização para alterar pontos críticos do regulamento, e o encerramento das atividades desses arranjos. 16
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Modalidades de IPs (Instituições de pagamentos) sujeitas a autorização Emissor de moeda eletrônica: ente que disponibiliza uma forma de custodiar recursos de terceiros com o único propósito de fazer transação de pagamento (exemplos saque, resgate, transferência).
Gerenciamento de Risco Exigida a criação de uma estrutura de gerenciamento de risco proporcional a complexidade do negócio e segregada da unidade responsável pela auditoria interna, onde esta estrutura será responsável por analisar, principalmente, o risco operacional (principal risco inerente desta atividade), risco de liquidez e o risco de crédito Em termos quantitativos existem duas formas de abordagem:
Emissor de instrumento de pagamento pós-pago: qualquer arranjo que tenha por trás o pagamento com base em uma fatura que será recebida após a transação ter sido aceita (exemplo cartão de crédito).
Requerimento de capital prudencial: de 2% sobre o valor das transações médias mensais ou do saldo acolhido em conta pré-paga (o que for maior) terá que estar em patrimônio da IP.
Credenciador: ente que não gerencia conta de pagamento mas realiza o relacionamento com os recebedores para aceitar aquela forma de pagamento.
Emissoras de moeda eletrônica: a alocação dos recursos acolhidos de terceiros só podem ser destinadas a dois ativos. Moeda do banco central, ou seja, trazer os recursos para o BACEN e/ou Títulos públicos federais.
Sendo que outras modalidades poderão ser inseridas num futuro indefinido, conforme evolução do sistema. Para todas essas instituições é exigido na autorização, que o objeto social principal seja a atividade de pagamento (se houver atividade secundária, esta deve ser subjacente ao serviço de pagamento). O BC adota critérios diferenciados para os processos de autorização das Instituições Financeiras e das Instituições de pagamento. As IFs (bancos múltiplos com carteira comercial, bancos comerciais e caixas econômicas) já são autorizadas a aderir ao arranjo de pagamento por já possuírem todas as informações necessária e serem os tradicionais prestadores de serviços de pagamento. Das IPs é exigido uma integralização de capital inicial mínimo de R$ 2MM para cada modalidade que esta se encaixar, com um prazo de 90 dias após a vigência da norma.
Conta de pagamento e Prevenção a Lavagem de Dinheiro/Financiamento do Terrorismo (PLD/CFT) PLD/CFT: Equilíbrio entre política eficiente de PLD/CFT e promoção da inclusão financeira; proposta em conformidade com recomendações do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI); Adoção de requisitos simplificados de identificação do usuário final para contas pré-pagas com limite de movimentação.
A Governança de Risco deve ser aprovada pela diretoria/conselho de administração (quando houver); o diretor deve ser indicado ao BCB; A estrutura de gerenciamento do risco de liquidez deve ser evidenciada em relatório de aceso ao público anualmente. Ainda no gerenciamento de risco há a exigência de demonstrações contábeis consubstanciadas no Cosif; aplicam-se as resoluções de controle interno (2.554/98), ouvidoria (3.489/10) e tarifas (3.919/10) com intuito de alcançar a simetria regulatória independente do ente que oferece o serviço (instituição financeira ou não); e a obrigatoriedade de remessa das informações de crédito perante os consumidores (limite de crédito) pelos emissores de instrumento de pagamento pós-pago.
Conclusão sobre as instituições de pagamento Trata-se de uma regulamentação mínima (inicial) com oportunidade de regulamentação complementar. O BCB manterá um processo contínuo de monitoramento e supervisão sobre arranjos e IP, com vistas a garantir a segurança e eficiência do sistema. Desafio de acompanhar e aprimorar o processo de políticas de inclusão financeira por meio dos novos instrumentos de pagamentos.
Conta de pagamento: Divididas em duas modalidades, contas pré-pagas (saldos/aportes mensais são limitados a R$ 1.500,00) e pós-pagas. Para ambas é aplicada a circular que trata de Lavagem de Dinheiro do BACEN, com requisitos diferenciados para se ter um tratamento proporcional. As contas pré-pagas sofrem exigência de remessas de informações de encaminha o saldo dos clientes que utilizam esta conta (Cadastro de Clientes do SFN – CCS) em até 360 dias após publicação da norma.
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3ºTrimestre
Painel Executivo
Drivers Macroconômicos Mercado de Crédito
Evolução Trimestral Dessazonalizada do Consumo das Famílias (Base 100 = 1º Trim. 2007)
Após queda do consumo no segundo trimestre, terceiro trimestre volta a subir ficando 1% maior que semestre passado e 2,3% maior que mesmo trimestre do ano anterior
Volume de Vendas no Varejo (Base 100 = Jan-08)
Em Novembro Volume de vendas no varejo são 7% maiores que no ano passado. Das oito atividades pesquisadas Hipermercados, supermercados... Tiveram maior impacto no crescimento
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> Varejo oscila bastante no ano mas demonstra fechar o ano com resultado positivo. Consumo tem bom resultado no terceiro trimestre
Séries Dessazonalizadas Fonte: IBGE * Informação indisponível na fonte de dados até a data de envio deste material
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Taxa de Desemprego Aberto*
> Desemprego encerra 2013 em patamar positivo, já inflação tem alta no último mês e fica acima de expectativas do mercado
Desemprego tem queda sazonal do final do ano. Na comparação doze meses é 6% menor que o ano passado
Taxa Composta nos Últimos 12 meses
IPCA termina o ano 9% menor que o topo da meta mas ainda é 31,3% maior que a meta
Painel Executivo Drivers Macroeconômicos 22 22
* Taxa de desemprego » Obtida da relação entre o número de pessoas que estavam procurando emprego ou aguardando o resultado de proposta para ingresso no trabalho à época da pesquisa e o número de pessoas economicamente ativas, com idade igual ou superior a dez anos. IPCA » Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Fonte: FGV, FIPE e IBGE
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4ºTrimestre
Painel Executivo
Total das Operações de Crédito do Sistema Financeiro* Mercado de crédito cresce 11% menos que no ano passado. Comparação entre Dez11 x Dez12 mostra alta de 16,4% enquanto que Dez12 x Dez13 teve crescimento de 14,6%
Mercado de Crédito Total das Operações de Crédito do Sistema Financeiro* (Crédito Referencial para Taxa de Juros e Demais Operações)
> Mercado de crédito continua desacelerando seu crescimento, relação crédito x PIB só aumento devido ao baixo crescimento da economia 24
Mês de Dezembro tem bons resultados para RD e PJ que elevaram a relação crédito x PIB para 56,5%. Maior patamar da série histórica desde Mar/07
PF = Pessoa Física PJ = Pessoa Jurídica RD = Recursos Direcionados * Estimativa do Banco Central do Brasil para o PIB dos doze últimos meses a preços do mês assinalado, a partir de dados anuais do IBGE, com base no IGP-DI centrado. Fonte: Bacen
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Mercado de Crédito – Pessoa Física x Jurídica
> PF cresce 1,8% no mês e PJ 3%. Em doze meses PF tem crescimento de 16,3% e PJ 13,3%
RL = Recursos Livres RD = Recursos Direcionados Fonte: BACEN
Painel Executivo Mercado de Crédito 26 26
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3ºTrimestre
Mercado de Crédito Pessoa Física (Recursos Livres)
Painel Total Mercado Pessoa Física (Comparativo Trimestral)
> Inflação fica no mesmo patamar do ano passado. Inadimplência tem redução positiva no ano
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Painel de Indicadores dos Produtos de Crédito Pessoa Física (Mensal)
> Concessões se recuperam no mês, apenas Crédito pessoal consignado e Desconto de cheques ficaram negativos
Mercado de Crédito Pessoa Física (Recursos Livres) 30 30
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> Taxas tem aumento generalizado no último trimestre. E no ano destaque fica para Inadimplência com redução para quase todos os produtos
Painel de Indicadores dos Produtos de Crédito Pessoa Física (Trimestral)
Mercado de Crédito Pessoa Física (Recursos Livres) 32 32
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Crédito Total Carteira
> Concessões tem bom resultado no ano, comparado a dez/12 são 18% maiores. Prazos são 4% maiores e Taxas 12% mais altas
Carteira no mês cresce 1% mas em doze meses demonstra desaceleração no crescimento de 25,7%
Inadimplência
Inadimplência fica próxima de seu patamar histórico, em doze meses redução foi de 15,7%
Mercado de Crédito Pessoa Física (Recursos Livres) 34 34
Carteira = Saldo em final de período das operações de crédito contratadas com taxas de juros livremente pactuadas entre mutuários e instituições financeiras. Inadimplência 90+= Percentual da carteira de crédito livre do Sistema Financeiro Nacional com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias. Fonte : Bacen
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Crédito Pessoal Consignado Carteira
> Mesmo com queda no fim do ano Concessões são 27% maiores que no ano passado. Taxas ficam praticamente estáveis e Prazos são 3,3% maiores em doze meses
Mercado de Crédito Pessoa Física (Recursos Livres) 36 36
Carteira tem bom crescimento, 17,5% em doze meses, mas crescimento ainda é 5,8% menor que no ano passado
Inadimplência Inadimplência não teve forte queda igual a outros produtos mas, reduziu 4,3% em comparação ao ano passado
Carteira = Saldo em final de período das operações de crédito contratadas com taxas de juros livremente pactuadas entre mutuários e instituições financeiras. Inadimplência 90+= Percentual da carteira de crédito livre do Sistema Financeiro Nacional com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias. Fonte: BACEN
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Crédito Pessoal não consignado Carteira Mesmo com queda de 1,7% no mês de dezembro, Carteira ainda é 6,4% maior que no ano passado
> Concessões encerram o ano em mesmo patamar do ano passado. Taxas tem forte alta em doze meses e ficam 24,7% maiores
Inadimplência Inadimplência tem sua única alta em dez/13 que foi de 2%. Comparada ao ano passado é 17,8% menor
Mercado de Crédito Pessoa Física (Recursos Livres) 38 38
Carteira = Saldo em final de período das operações de crédito contratadas com taxas de juros livremente pactuadas entre mutuários e instituições financeiras. Inadimplência 90+= Percentual da carteira de crédito livre do Sistema Financeiro Nacional com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias. Fonte : Bacen
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Veículos Carteira
> Concessões oscilam durante todo o ano e terminam em mesmo patamar de 2011. Alta de 7,6% nas taxas e redução de 1,6% nos prazos
Carteira encolheu durante o ano todo, em doze meses redução foi de 4,9%
Inadimplência Veículos foi o produto com maior redução na inadimplência, 2013 teve queda de 19,4%
Mercado de Crédito Pessoa Física (Recursos Livres) 40 40
Carteira = Saldo em final de período das operações de crédito contratadas com taxas de juros livremente pactuadas entre mutuários e instituições financeiras. Inadimplência 90+= Percentual da carteira de crédito livre do Sistema Financeiro Nacional com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias. Fonte : Bacen
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Cartão Carteira Carteira cresce 14,3% em doze meses, demonstrando uma aceleração em seu crescimento de 29,5%
> Concessões fecham o ano 20% maiores que no ano passado
Inadimplência Inadimplência também tem bons resultados, em doze meses redução foi de 10,9%
Mercado de Crédito Pessoa Física (Recursos Livres) 42 42
Carteira = Saldo em final de período das operações de crédito contratadas com taxas de juros livremente pactuadas entre mutuários e instituições financeiras. Inadimplência 90+= Percentual da carteira de crédito livre do Sistema Financeiro Nacional com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias. Fonte : Bacen
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CDC Carteira
> Concessões tem alta modesta no ano apenas 1% maiores. Taxas são 5,7% maiores e Prazos 6,1% menores
Mercado de Crédito Pessoa Física (Recursos Livres) 44 44
Carteira cresce 12,1% a menos que no ano passado, crescimento de dez/12 x dez/11 foi de 10,4% e agora dez/13 x dez/12 ficou em 9,1%
Inadimplência Inadimplência tem bons resultados, com uma das maiores reduções acumula queda de 15,2%
Carteira = Saldo em final de período das operações de crédito contratadas com taxas de juros livremente pactuadas entre mutuários e instituições financeiras. Inadimplência 90+= Percentual da carteira de crédito livre do Sistema Financeiro Nacional com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias. Fonte : Bacen
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Cheque Especial Carteira Um dos poucos produtos que tiveram aceleração em seu crescimento, Carteira cresceu 10,2% em 2013
> Concessões são 12,4% maiores no ano e Taxas 7,2% maiores
Inadimplência
Ao contrário dos outros produtos, Inadimplência encerrou o ano com alta de 2%
Mercado de Crédito Pessoa Física (Recursos Livres) 46 46
Carteira = Saldo em final de período das operações de crédito contratadas com taxas de juros livremente pactuadas entre mutuários e instituições financeiras. Inadimplência 90+= Percentual da carteira de crédito livre do Sistema Financeiro Nacional com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias. Fonte : Bacen
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Desconto de Cheque Carteira Carteira oscila durante o ano e encerra 2013 com redução de 7,4% se comparada ao ano passado
> Concessões ficam 15,3% menores que no ano passado e Taxas são 21,7% maiores
Inadimplência
Inadimplência tem redução de 8% em doze meses
Mercado de Crédito Pessoa Física (Recursos Livres) 48
Carteira = Saldo em final de período das operações de crédito contratadas com taxas de juros livremente pactuadas entre mutuários e instituições financeiras. Inadimplência 90+= Percentual da carteira de crédito livre do Sistema Financeiro Nacional com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias. Fonte : Bacen
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Crédito, a ferramenta social mais realista Ele motiva as pessoas a crescerem, a buscarem aquilo que elas sabem fazer Seja qual for o regime ou partido político, sejam quais forem as convicções do governo, o crédito é absolutamente “enquadrável” em qualquer sociedade. É a ferramenta socioeconômica mais prática que existe, além de poder deixar lucros consideráveis às instituições que o oferecem e à comunidade que a cerca! Com o crédito consciente e “adequado” os sonhos se antecipam, mas mais do que isso as necessidades são preenchidas, crédito aproxima as classes sociais e diminui a distância entre o rico e o pobre... Crédito motiva! Não deixa pendências desnecessárias. Crédito bem ofertado vale mais que doações, mais que esmola, mais que presente recebido! Crédito é saudável, é real e não abre espaço para dívidas “emocionais”. Crédito motiva as pessoas a crescer, a buscarem aquilo que eles realmente sabem fazer e achar a forma de ganhar dinheiro, até porque tem que ser pago ao longo do tempo. Crédito não humilha, não discrimina e une profundamente quem oferece e quem é oferecido. Não, crédito não é usura, crédito é confiança, acordo, combinado e na medida certa de “juros” é a grande tábua de salvação para os menos capacitados naquele momento. Crédito são bens adquiridos, roupas, sapatos, aparelhos eletrodomésticos, moveis, é moradia, reforma, alimento, saúde, seguro, beleza, viagens, diversão, cultura, educação, estudo, evolução profissional. Possibilita, abre, permite, expande! É ousadia, vida, continuidade, busca, crescimento, evolução! Até generosidade, se bem aplicado na sociedade!
olho! Transparência, verdade, confiança! É incentivo à competência, a estudos de comportamento, MBA, pós, primeiro grau, faculdade... tudo ao mesmo tempo. Crédito é profissão! É carreira das mais interessantes, é promotor de empregos em todos os níveis. Está na operação e na gestão. É humano, matemático, intelectual, reflexivo, completo e cíclico. Crédito é atendimento, proximidade, números e gestão a distância. É manual, tecnológico, imediato, programado, imprevisto. No crédito a gente se ajuda, se dá a mão, não deixa o outro cair. Ganha-se força juntos e buscamos ser o suporte em momentos difíceis. Crédito é grana, dinheiro, sonhos, planejamentos, tropeços e vitórias, mais tropeços e mais vitórias, no final todo mundo é maior! Faz ricos, ajuda pobres, mantém os médios, no curto, médio e longo prazo! Crédito é tudo isso e mais um pouco. O que você imaginar você consegue. Se tiver crédito! Mas, para tê-lo, você tem que merecê-lo e, depois, mantê-lo saudável. Crédito é criança esperança, jovem no estudo, adulto no trabalho, é suporte, cuidado, útil! No crédito, como tudo o que você deseja, você pode realizar, se tiver confiança e disciplina! Crédito é tudo, é apaixonante para quem concede, para quem consome e para quem trabalha entre os dois. Crédito é passaporte social, alavanca econômica, saúde de um país e de sua população! Crédito é confiança, e confiança é responsabilidade, de ambas as partes. Crédito saudável é para todos, não tem preconceitos, nem bons, nem ruins. É pragmático, real, prático. Não favorece, nem prejudica. É a ferramenta que une, que humaniza! Crédito bem utilizado é crescimento consciente, é sustentabilidade. Faz parte de nosso dia a dia, de nossa vida. Em todas suas formas, todos já utilizamos. Confie no crédito, com inteligência e humanidade!
Crédito saudável, ninguém deve depois que acaba, ninguém tem se não se merece! Ninguém dá sem responsabilidade, ninguém recebe sem consciência. É ganha-ganha! Saber conceder = saber emprestar, confiança mútua e recíproca. Acordo firmado, olho no
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Sumário Executivo do 4° Trimestre do Mercado de Crédito Brasileiro em 2013 Entendendo os arranjos de pagamento
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Uma análise do cenário de Fraude no mercado de crédito Coluna Trimestral
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