PREMATURIDADE EM CARAGUÁ/SP

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO

ELAINE MOREIRA DE AVELAR

ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO PARA A OCORRÊNCIA DE PREMATURIDADE NO MUNICÍPIO DE CARAGUATATUBA, LITORAL NORTE DE SÃO PAULO

Caraguatatuba 2012


CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO

ELAINE MOREIRA DE AVELAR

Título: Análise dos Fatores de Risco para a ocorrência de prematuridade no município de Caraguatatuba, Litoral Norte de São Paulo.

Trabalho apresentado como parte dos requisitos à obtenção do Título de Bacharel no Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Módulo. Orientadores: Profª Especialista Cristiane Rosa e Silva;

Valéria

Profª Mestre Ana Flora Fogaça Gobbo a partir do dia 20/09/2012


Caraguatatuba 2012 Aprovada em ____/____/_______.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________ Profª Mestre Ana Flora Fogaço Gobbo Centro Universitário Módulo

_______________________________________________________________ Profa Centro Universitário Módulo

_____________________________________________________________ Profa Centro Universitário Módulo


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais e meu marido, por todo apoio, incentivo e ajuda prestada, dedico também a meu amado filho Vinícius que mesmo tão pequeno contribuiu para o meu êxito.


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força nos momentos mais difíceis; Aos meus orientadores Profª Especialista Valéria Cristiane Rosa e Silva e Profª Mestre Ana Flora Fogaço Gobbo por todo apoio e dedicação para o desenvolvimento deste trabalho; A Irmã Sandra Marcondes gerente de enfermagem do Hospital Casa de Saúde Stella Maris por ter aberto a oportunidade do desenvolvimento do trabalho na instituição; A minha mãe Marta que sempre esteve pronta para me apoiar, dando suporte aos cuidados de minha casa e meu filho . A minha eterna gratidão.


Resumo

Introdução: O nascimento pré termo é o que ocorre com menos de 37 semanas e há fatores que facilitam a ocorrência da prematuridade como sociodemograficos, relacionado a saúde e a gestação e ao estilo de vida da mulher. Objetivo: Identificar as causas de prematuridade no município de Caraguatatuba. Métodos: Trata- se de um estudo de campo exploratório, transversal com delineamento quantitativo a coleta de dados foi realizada no Hospital Casa de Saúde Stella Maris utilizando como instrumento formulários com perguntas aberta e fechadas. Resultados: Foram estudadas 20 puérperas que tiveram bebês prematuros sendo que 45% eram primigesta, 50% das puérperas desenvolveu durante a gestação Doença Hipertensiva Específica da Gestação, sendo que 83% não participaram de nenhum grupo de gestantes e 75% não planejaram a gravidez, outro dado importante é que 65% passaram situação de stresse durante a gestação. Conclusão: Os fatores que mais acometeu as gestantes foram na questão da saúde e gestação, o que reforça a importância de um acompanhamento adequado do Pré-Natal e reforçar ações na prevenção da prematuridade. Palavra chave: Prematuridade, Gestação, fator de risco, Enfermagem, Prevenção.


Abstrat

Introduction: The preterm birth is what occurs with less than 37 weeks and there

are

factors

that

facilitate

the

occurrence

of

prematurity

as

sociodemographic, related health and pregnancy and the lifestyle of the woman. Objective: Identify the causes of prematurity in Caraguatatuba City. Methods: It is an exploratory field study, transverse with quantitative delineation the data collection was performed at the Casa de Saúde Stella Maris Hospital using as instrument forms with open and closed questions. Results: We studied 20 puerperae who have had premature babies being that and 45% were primigravida, 50% of the puerperae developed during pregnancy Specific Hypertension Disease of Pregnancy, being that 83% didn’t participate in any pregnat groups and 75% didn’t plan the pregnancy, another important fact is that 65% passed stress situation during the pregnancy. Conclusion: Factors that most impaired the pregnant women were on the issue of health and pregnancy, what reinforces the importance of appropriate monitoring of Prenatal and reinforce actions in preventing of the prematurity. Keyword: Prematurity, Pregnancy, risk factor, Nursing, Prevention


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LISTA DE TABELAS Tabela 1- Características Sócio Demográficas como idade, estado civil, reside com o companheiro, números de filhos anteriores a gestação e números de pessoas com quem reside de puérperas que deram a luz a bebês prematuros moradoras do município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012..........................................................32 Tabela 2- Características da renda familiar, número de pessoas que vivem da renda familiar, trabalho e atividade de trabalho, participação na vida econômica da família e escolaridade de puérperas que deram a luz a bebês prematuros moradoras do município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012..........................................................35 Tabela 3- Dados relacionados à saúde e a gestação como Peso (Kg), estatura (m) e índice de massa corporal de puérperas que deram a luz a bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012..........................................................37 Tabela 4- Dados relacionados à Saúde e a Gestação como categoria de atendimento médico, doença pré- existente, principais motivos e a frequência que procuravam o serviço de saúde antes da ultima gestação das puérperas que deram a luz a bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo..........................................................................................................................39 Tabela 5- Dados Relacionados à saúde e a gestação como números de gestações anteriores, problemas de saúde relacionado as gestações anteriores, números de filhos vivos e mortos incluindo o ultimo e números de abortos de puérperas que deram a luz à bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012...........................................................................................................................41 Tabela 6- Dados relacionados à saúde e a gestação como número de parto normal e cesáreo, números de internação durante a última gestação, doença relacionado a gestação atual e planejamento da gravidez de puérperas que deram a luz à bebês prematuros no munícipio de Caraguatatuba, São Paulo, 2012...........................................................................................................................44 Tabela 7- Dados relacionados à saúde e a gestação como números de consultas de Pré-Natal, participação de grupo de gestantes, stresse durante a gestação de puérperas que deram a luz a bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012................................................................................................................46 Tabela 8- Dados relacionados ao hábito de vidas como atividade de lazer, pratica de atividade física, uso de tabacos, drogas e bebidas alcoólicas das puérperas que deram a luz à bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012...........................................................................................................................49 Tabela 9- Dados relacionados ao hábito de vida como horas de sono, atividades nos dia de folga, estudo, atividade noturna de puérperas que deram a luz à bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012.................................52


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SUMÁRIO 1-Introdução............................................................................................................. 10 2- Objetivo ................................................................................................................ 13 3- Justificativa ......................................................................................................... 13 4- Revisão da literatura .......................................................................................... 14 4.1- Dados históricos de caraguatatuba................................................................ 14 4.2- Fatores de risco relacionado a condições sócio demográficas .................. 16 4.3- Fatores de risco relacionado à saúde e a gestação ...................................... 17 4.3.1 Gravidez na adolescência............................................................................. 17 4.3.2- Diabetes gestacional ................................................................................... 19 4.3.3- Doenças cardíacas ...................................................................................... 19 4.3.4- Doença Hipertensiva Especifica da Gestação ............................................. 20 4.3.5- Infecção genitourinária ................................................................................ 21 4.3.6- Depressão na gestação ............................................................................... 22 4.3.7- Ansiedade na gestação ............................................................................... 23 4.3.8- Obesidade na gestação ............................................................................... 24 4.3.9- Deficiência da assistência do pré-natal ....................................................... 24 4.3.10- Violência doméstica na gestação .............................................................. 25 4.4- Fatores de risco relacionado aos hábitos de vida ........................................ 25 4.4.1- Hábitos alimentares ..................................................................................... 25 4.4.2- Consumo de cafeína durante a gestação .................................................... 26 4.4.3- Atividades físicas ......................................................................................... 27 4.4.4- Consumo de drogas e álcool durante a gestação ....................................... 27 5- Materiais e Métodos ............................................................................................ 28 5.1-Tipo de estudo.....................................................................................................28 5.2- Coleta de dados ................................................................................................. 28 5.3- Aspecto ético..................................................................................................... 29 6- Resultados e discussão ..................................................................................... 30 7- Considerações finais .......................................................................................... 51 8 – Referências ........................................................................................................ 53


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Apêndice A- Termo de consentimento livre e esclarecido .................................. 63 Apêndice B – Autorização para coleta de dados .................................................. 66 Apêndice C- Instrumento de coleta de dados ....................................................... 68


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1-Introdução

Este estudo possibilita o conhecimento sobre o perfil das gestantes e puérperas, que deram a luz à bebês prematuros no município de Caraguatatuba, bem como as principais causas de prematuridade que acomete esta população, suas condições de vida, hábitos e o risco de adoecer. Também se fez necessário conhecer seus aspectos socioeconômicos e culturais, suas condições de saúde e estilo de vida, tendo em vista que estes são fatores que interferem diretamente nas causas da prematuridade das mesmas. A monitorização da prematuridade é muito importante, especialmente considerando que é primordial monitorar tendências e mudanças em indicadores de saúde, entre eles a prematuridade, ao longo do tempo, é essencial também para a avaliação do desempenho do sistema de saúde (SILVEIRA et al., 2009) Silva et al. ( 2009) descreve que segundo a Classificação Internacional de Doenças nascimento pré-termo é o que ocorre com menos de 37 semanas de gestação, sendo que esse recém nascido tem um

risco elevado de adoecer e

decorrer ao óbito pelo motivo de maior suscetibilidade às infecções graves devido a manipulação e grande período de permanência nas unidades neonatais. Muitos evoluem com sequelas neurológicas, oftalmológicas e/ou pulmonares por não ter um desenvolvimento fetal completo. Ramos e Cuman ( 2009) diz que ainda em outras classificações, o parto pré-termo é definido como aquele cuja gestação termina entre a 20ª e a 37ª semanas ou entre 140 e 257 dias após o primeiro dia da última menstruação. São maiores os riscos de mortalidade e a morbidade neonatal entre os neonatos que nascem pré-termo, outro problema observado é a carga econômica associada a esses nascimentos de parto prematuro, pois necessita de assistência adequada e cuidados de maior nível de complexidade, especialmente com relação ao neonato. De acordo com o Manual de Pré-Natal e Puerpério do Ministério da Saúde (2006) deve se calcular a idade gestacional na primeira consulta de Pré-Natal com o objetivo estimar o tempo de gravidez e a idade do feto. Os métodos para essa estimativa dependem da data da última menstruação (DUM), que corresponde ao


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primeiro dia de sangramento do último período menstrual referido pela mulher. Este método é eficaz quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e de certeza e a mulher tem ciclos menstruais regulares. Soma - se então o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete e o resultado se da em semanas. Também pode ser utilizado o disco (gestograma): colocando a seta sobre o dia e mês correspondente ao primeiro dia da última menstruação e observar o número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual. Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ela ocorreu como início, meio ou fim do mês, considera- se como data da última menstruação os dias 5, 15 e 25. A prematuridade constitui-se em um grande problema de Saúde Pública, pois como já citado anteriormente, por tratar-se de um determinante de morbimortalidade neonatal, principalmente em países em desenvolvimento. Crianças prematuras e com baixo peso ao nascer apresentam risco de mortalidade significativamente superior a crianças nascidas com peso maior ou igual a 2.500g e duração da gestação maior ou igual a 37 semanas (CASCAES et al., 2008). Os nascimentos pré-termo são classificados em dois tipos clínicos: espontâneos e por indicação médica. Os espontâneos são subdivididos em dois tipos: o primeiro denominado trabalho de parto prematuro de causa idiopática, caracteriza-se por contrações uterinas que progridem com ou sem ruptura das membranas amnióticas e o segundo quando a ruptura das membranas amnióticas antecede o trabalho de parto. O nascimento pré-termo por indicação médica ocorre quando por problemas da mãe ou do feto há contra-indicação da continuidade da gravidez ( SILVA et al., 2009) . No Brasil, vem se observando uma tendência de aumento da prematuridade. Estudos de coorte de nascimentos realizados em Ribeirão Preto (São Paulo) e Pelotas (Rio Grande do Sul) demonstraram claramente essa tendência.

Em Ribeirão Preto, num período de 15 anos, a prevalência de

prematuridade aumentou de 6% (1978 a 1979) para 13,3% (1994). Em Pelotas, o aumento foi de 6%, em 1982, para 7,5%, em 1993, e 15%, em 2004. O aumento dos nascimentos pré-termo vem sendo evidenciado também em outros países (SILVEIRA et al., 2009).


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O resultado esperado de uma gestação é a obtenção de recém-nascido (RN) sadio com mínimo trauma para a mãe. Em algumas situações, isso não é possível, devido a complicações durante a gravidez ou parto, ou com o concepto. Essas intercorrências no processo do ciclo gravídico puerperal geram riscos à integridade da saúde tanto da mãe quanto do concepto e podem evoluir para a morte (RAMOS et al., 2009). A prematuridade é decorrente de circunstâncias diversas e imprevisíveis, em todos os lugares e classes sociais e acarreta às famílias e à sociedade em geral um custo social e financeiro de difícil mensuração. Exige da estrutura assistencial capacidade técnica e equipamentos nem sempre disponíveis. Afeta diretamente a estrutura

familiar

alterando

as

expectativas

e

anseios

que

permeiam

a

perinatalidade. De acordo com os autores é difícil avaliar os componentes que influenciam e são influenciados pelo complexo processo do nascimento prematuro (RAMOS e CUMAN, 2009). Algumas limitações para identificar as tendências na prevalência da prematuridade estão relacionadas à dificuldade de se estimar, de forma precisa, a idade gestacional. Adicionalmente, problemas nos sistemas de informação podem resultar em sub-registros, o que diminui a confiabilidade das informações. Apesar disso, o estímulo à utilização desses sistemas de informação poderia melhorar a compreensão das condições de saúde da população (CASCAES et al., 2009) . Esse limitado conhecimento da etiologia do trabalho de parto prematuro e da ruptura prematura de membranas juntamente com a não intervenção precoce nos problemas maternos e fetais é apontado como fatores que dificultam a redução da frequência de nascimentos pré-termo (SILVA et al., 2009). Porém estudos epidemiológicos têm identificado diversos fatores de risco para a prematuridade, tais como, tipo de parto, cor da pele, idade da mãe, condições sócio econômicas, fumo, estado civil, tipo de ocupação da mãe, estado nutricional e alteração de peso inadequados da mãe. Ainda citam também fatores de ordem genética; exposição a substâncias tóxicas e assistência pré-natal ausente ou tardia (CASCAES et al., 2009).


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Outros estudos mostram que a etiologia do nascimento pré-termo é complexa e envolve fatores ambientais; sócio econômicos; características biológicas da mãe ao engravidar; história reprodutiva materna; condições da gestação, abrangendo questões psicossociais, uso de fumo, álcool e outras drogas, trabalho, atividade

física

e

assistência

ao

pré-natal;

intercorrências

da

gestação;

características fetais; entre outros ( SILVA et al.,2009). O acompanhamento estatístico dos nascimentos foi um avanço significativo na área da epidemiologia: possibilitou conhecer e saber quem nasce como nasce, onde nasce e em que condições nascem. Isso foi possível a partir de 1990, quando o Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) foi implantado pelo Ministério da Saúde, por meio da Declaração de Nascido Vivo (DN), padronizada nacionalmente e preenchida nos hospitais e em outras instituições de saúde nos quais ocorrem partos, e nos Cartórios de Registro Civil para os partos domiciliares (RAMOS et al., 2009). 2- Objetivo

Este trabalho teve como objetivo identificar as causas de prematuridade em puérperas que deram a luz a bebês prematuros no município de Caraguatatuba, Litoral Norte de São Paulo. 3- Justificativa

O município de Caraguatatuba apresenta níveis elevados de Mortalidade Infantil de acordo com SEADE 2011 a taxa de mortalidade infantil por mil nascidos vivos foi de 11,87 em relação ao estado de São Paulo que apresentou 11,55 sendo a mortalidade perinatal responsável por esse índice e uma das causas principais é a prematuridade, apresentando em 2010 um índice de gestações Pré-Termo de 10,64% em comparação com o estado de São Paulo o número de gestações PréTermo foi 8.67%.

Entretanto existem vários estudos sobre prematuridade na

literatura de enfermagem, porém relacionada aos municípios do Litoral Norte, a escassez é incontestável, o que

motivou a realizar

este estudo. Apesar dos


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imensos avanços tecnológicos atualmente disponíveis no mercado, a prematuridade ainda representa uma das maiores causa de Morbi-mortalidade infantil, daí a importância da monitorização da prematuridade. 4- Revisão da Literatura

4.1- Dados históricos de Caraguatatuba

Caraguatatuba, assim como todo o Litoral Norte, em sua colonização foi ocupada pelos índios Guerumimis ou Maramomis, do grupo Tapuia. A região de Caraguatatuba, em carta geográfica do século XVII, era nomeada Enseada dos Guerumimis. A origem do povoado remonta aos anos de 1653 e 1654, – época em que João Blau era Capitão Governador da Capitania de Nossa Senhora de Itanhaém – e consta que, em 3 de janeiro de 1655, foi feita a doação de uma sesmaria situada na Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba. Em 1770, o Governador da Capitania de São Paulo determinou ao comandante do destacamento da Vila de São Sebastião que, na paragem chamada Caraguatatuba, fosse juntados os moradores e se procedesse ao arruamento, a construção da Casa de Câmara, da Cadeia e dos demais edifícios públicos necessários para seu desenvolvimento. A igreja já existente, construída sob a invocação de Santo Antônio, foi responsável pelo nome inicial do povoado, Santo Antônio de Caraguatatuba, fundado em 27 de outubro de 1770. O povoado desenvolveu-se por meio do comércio dos produtos do litoral com a região das minas e o Porto do Rio de Janeiro. Por isso, o Édito de Lorena, que proibia o comércio dos produtos das vilas do Litoral Norte com o Porto do Rio de Janeiro, causou-lhe grande estagnação. Com a abertura dos portos brasileiros em 1808 e o fim desse Édito, a Vila de Caraguatatuba voltou a crescer. Também contribuiu para seu desenvolvimento o fato de ser passagem obrigatória no escoamento do café do Vale do Paraíba para os portos exportadores. Em 16 de março de 1847, foi elevada a freguesia no município de São Sebastião, tornando-se vila em 20 de abril de 1857, com a designação reduzida para Caraguatatuba, cujo significado é “enseada com altos e baixos”. No início do século XX, sua principal atividade era a produção e exportação de frutas, especialmente bananas, para a Europa. Hoje sua economia baseia-se, principalmente, no turismo ( SEADE, 2011)


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Apesar da herança cultural indígena, onde a prática de partos naturais é uma atividade corriqueira e sem riscos, o que vem se observando no município de Caraguatatuba, é um crescente desordenado números de partos cesáreos, conforme pode se observar nos dados apresentados no ano de 2009, onde a taxa foi 62,22%, do total de partos 1. Outro dado de importância relativa, é o coeficiente de Mortalidade Infantil, no ano de 2010 foi de 18,40, segundo dados do SEADE, o que reforça a necessidade de se estudar as causas de prematuridade e seus dados associados, tendo em vista que no último ano Caraguatatuba, teve uma taxa de 7,94% de prematuridade (SEADE, 2011). Caraguatatuba, como já citado anteriormente é considerada como a capital do Litoral Norte de São Paulo, pela sua localização central, servindo como porta de entrada para todas as outras cidades do Litoral, situa-se ao Norte com o município de Ubatuba e ao Sul com o Município de São Sebastião e Ilhabela. Que por sua crescente demanda de crescimento e desenvolvimento populacional e urbano pretende efetivar a ampliação das ações e serviços de saúde, pelas suas características de múltiplas variáveis tais como fluxos de saúde, acesso aos serviços, concentração de mão de obra para o turismo, e perfil epidemiológico em saúde coletiva; e que são demandantes potenciais de atividades de extensão. A assistência hospitalar obstétrica do município é efetuada pela Casa de Saúde Stella Maris, mantida pela instituição Filantrópica – IPMM – Instituto de Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, e pelo Centro Médico São Camilo que atende toda a demanda hospitalar do município. O Hospital Casa de Saúde Stella Maris conta com uma UTI Neonatal que serve como referência para todo o Litoral, onde dispõe de recursos propedêuticos, terapêuticos e tecnológicos, para atender principalmente os casos de prematuridade. A assistência ambulatorial do município oferta elenco de procedimentos de baixa e média complexidade, através de suas 15 unidades básicas de saúde, 01 (hum) Centro de Especialidades e 01 (hum) AME, ambulatório Médico de Especialidades, mantido pelo governo do estado. Os cuidados necessários durante a gestação envolvem fatores não só de natureza biológica, mas também psicossocial, cultural e a assistência adequada com uma equipe multiprofissional e interdisciplinar.


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4.2- Fatores de Risco Relacionado a Condições Sócio demográficas

A gestação é um momento de fragilidade na vida de uma mulher, onde à transformações físicas e emocionais que ocorrem no corpo e na mente, então o apoio social pode representar um recurso de grande importância nesta fase. (GUIMARÃES e MELO, 2011) Guimarães e Melo, (2011) diz que: “A ausência de uma rede de apoio pode influenciar o desencadeamento de desfechos como prematuridade e baixo peso, a partir de sua associação com fatores biológicos e psíquicos”. Assim, condições sanitárias precárias e falta de acesso ou ausência de recursos de saúde para acompanhamento pré-natal podem contribuir para um acréscimo no risco reprodutivo, prejudicando tanto a mãe quanto a criança (VETORE et al., 2010). Estudos mostram que fatores sociodemográficos, biológicos e hábitos de vida respondem apenas por 30% dos nascimentos prematuros, mostrando que existem outros fatores que estão envolvidos no complexo causal, dentre os quais os fatores psicossociais. Gestantes com maior disponibilidade de apoio teriam comportamentos mais saudáveis com abandono de práticas prejudiciais à saúde, maior adesão ao pré-natal, incluindo o uso de serviços de saúde preventiva que auxiliam na detecção precoce de problemas relacionados à gestação ( GUIMARÃES e MELO, 2011). Foi realizado estudo com mulheres no pós-parto residentes no município do Rio de Janeiro, RJ, em 2003–2005, onde foi constatado que condições de moradia inadequadas foram associadas com baixo peso ao nascer e prematuridade (VETTORE et al., 2010). De acordo com o estudo realizado pelos autores Guimarães e Melo, (2011), concretiza-se que o índice de prematuridade é ainda maior quando a gestante não possuem condições sóciodemograficas favoráveis como uma atividade remunerada, o estudo realizado no município do Rio de Janeiro em 2009 mostrou


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que prevalece os casos de prematuridade em famílias com renda familiar com salário abaixo de um salário mínimo, que possuem casa própria, mas estão localizadas em aglomerados subnormais e sem um companheiro para o apoio durante a gestação dificuldade de acesso aos serviços assistenciais. Um fator que influencia a vida da mulher no período gestacional é o apoio do companheiro, num estudo de Ramos e Cuman, (2009) mostra que a maioria das mães estudadas não tem apoio de um companheiro e, portanto, não tem com quem dividir ou compartilhar suas dificuldades e responsabilidades. Essa realidade evidencia as mudanças estruturais que a família vem passando ao longo dos anos, motivada pelas condições sociais, econômicas e culturais, não apresentando na atualidade, em sua maioria, uma composição paternalista. Independentemente de sua estrutura e composição, deve-se considerar a importância do envolvimento da família na promoção à saúde e cuidado a seus membros. Então de acordo com a literatura a gestantes quando mães solteiras independente da etnia tem maior probabilidade de risco a parto prematuro (RAMOS e CUMAN, 2009). 4.3 Fatores de Risco Relacionado à Saúde e a Gestação

Como já citados nos estudos anteriores, a etiologia dos aspectos obstétricos da prematuridade é multifatorial.

Queremos destacar que dentro do

universo das causas de parto pré-termo, a desnutrição, a anemia ferropriva materna, as infecções vaginais e do trato urinário, a primiparidade jovem e a doença hipertensiva na gravidez são intercorrências que interferem no equilíbrio maternofetal, contribuindo para aumentar os percentuais de partos pré-termo e de recémnascidos de baixo peso (SILVEIRA et al.,2008). 4.3.1 Gravidez na adolescência

A adolescência é a fase do ser humano em que se faz a transição entre a infância para a idade adulta, caracterizado por transformações físicas e psicossociais, com mudança de valores e estilo de vida e a criação de sua própria


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identidade. O exercício de sua sexualidade em desenvolvimento exige maior atenção do profissional de saúde devido a suas repercussões, entre elas a gravidez precoce (SILVEIRA et al., 2009). Gravidez e maternidade são complementações do desenvolvimento humano racional, linear e com possibilidades de planejamento. Sendo assim, a gravidez na adolescência produz efeitos deletérios sobre o desenvolvimento biológico e psíquico, com possíveis efeitos prejudiciais à inserção na vida social (SILVEIRA et al., 2009). Gama et al.,(2001) enfatiza que apesar dos inúmeros avanços nos diagnósticos pré-natais, a prematuridade e o baixo peso ao nascer permanecem como as principais causas de morbidade e mortalidade no primeiro ano de vida. Esses agravos têm se manifestado mais intensamente nas jovens com menos de 20 anos de idade, particularmente naquelas com idade inferior a 15 anos. A gravidez na adolescência é considerada de alto risco, uma vez que ela está sujeita a maior incidência de complicações na gestação, parto e puerpério, intensificando-se ainda mais quando a mãe pertence a uma classe social menos favorecida,

consequências

estas

que

podem

aumentar

a

incidência

de

prematuridade e baixo peso ao nascer ( SILVEIRA et al., 2009). O parto pré-termo é a intercorrência obstétrica com maior frequência entre adolescentes, em comparação a gestantes de outras faixas etárias. Estudos sobre

adolescentes

primíparas

mostraram

percentuais

de

prevalência

de

prematuridade variando de 14,3 a 24,3%. Outras pesquisas apontaram incidências de 17% de parto pré-termo entre puérperas com idade inferior a 16 anos, contra 9% entre aquelas com idade igual ou superior a 16 anos10 ( ROCHA et al., 2006). Ramos e Cuman, 2009 diz que :

“A gravidez na adolescência é fator de maior concentração de agravos à saúde materna, bem como de complicações perinatais, tais como baixo ganho de peso materno, desproporção cefalopélvica, préeclampsia, prematuridade, baixo peso ao nascer e Apgar baixo no quinto minuto”.

Rocha et al.,( 2006) realizou um estudo no estado de Espírito Santo onde se observou que o maior número de prematuridade em gestante adolescentes eram caracterizada por gestantes primípara e com condições socioeconômicas precárias menor que dois salários mínimo, baixa escolaridade e haviam cursado somente o


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ensino fundamental e a maioria das adolescentes eram solteiras ou viviam em união estável. 4.3.2- Diabetes gestacional

De acordo com a literatura a Diabetes é uma afecção caracterizada por uma incapacidade do organismo para produzir ou utilizar de modo suficiente a insulina para metabolizar apropriadamente a glicose. Esta incapacidade induz a uma alteração do metabolismo geral. (GILBERT e HARMON, 2002). Gilbert e Harmon, 2002 visa que a etiologia do diabetes é inerente a incapacidade pancreática de produzir insulina insuficiente para transportar a glicose para dentro das células e que existem a classificação de Diabetes tipo 1 sendo um distúrbio auto- imune que formam anticorpos contra as células- beta em indivíduos portadores de um marcador genético identificado pelo cromossomo 6 e o Diabetes tipo 2 caracterizado por uma resistência á insulina e uma disfunção das células das ilhotas pancreáticas. Para Gilbert e Hamon, 2002 a Diabetes gestacional ocorrem geralmente na fase tardia da gravidez com sintomas de glicosúria verificada em duas visitas sucessivas ao consultório, monilíase vaginal recorrente, mocrossomia do feto na ultra- sonografia, polidrâmio. O sintomas de cetoacidose é hiperventilação, letargia mental, desidratação, hipotensão, dor abdominal, náuseas e vômitos, odor de frutas na respiração, níveis glicêmicos em excesso de 300 mg/dl. 4.3.3- Doenças Cardíacas

A gravidez complicada por uma doença cardíaca é potencialmente perigosa para o bem estar da gestante. E os efeitos podem ser significativamente relevantes quanto ao risco de ocorrer êmbolos sistêmicos em gestantes com fibrilação atrial e as cardiopatias cianóticas em geral (GILBERT E HARMON, 2OO2). Segundo Gilbert e Harmon, (2002) a etiologia da doença cardíaca na gravidez tem uma variedade de forma e severidade e que existem algumas formas especificas como: Febre reumática, Deformidades das válvulas, Cardiopatias


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Congênitas, Anomalias do desenvolvimento, Cardiomiopatias congestivas e Disritmias cardíacas. De acordo com Yamashita e Falcão, (2010) a doença cardíaca segue ainda como causa frequente de morte durante a gravidez, sendo que a mais frequente durante a gravidez é a reumática causando complicação cardíaca, seguida pela congênita. No Brasil, a cardiopatia chagásica é a terceira causa de doença cardíaca durante a gravidez. As alterações cardiovasculares da gravidez associadas às doenças cardíacas, resulta em comprometimento tanto para a mãe como para o feto. No qual essas alterações acentuam-se durante o trabalho de parto, parto e puerpério imediato, acarretando complicações importantes com a anestesia em casos de partos cesariano. E também para o parto normal onde a mulher necessita de exercer um esforço maior e existe uma expectativa maior (YAMASHITA e FALCÃO, 2010). Para Yamashita e Falcão, (2010): “O período de pós-parto imediato é o período de maior risco. As pacientes graves devem permanecer monitorizadas e sob vigilância, independentemente da via do parto e da técnica anestésica”. 4.3.4- Doença Hipertensiva Especifica da Gestação

A hipertensão é a complicação clínica mais comum da gestação, ocorrendo em 10 a 22% das gestações. O termo hipertensão induzida pela gestação refere-se ao aumento da pressão arterial que se manifesta apenas na gravidez. As Síndromes Hipertensivas na gestação diferem quanto à prevalência, gravidade e efeitos

sobre

o

feto.

A

hipertensão

gestacional/pré-eclâmpsia

grave

é

potencialmente a que apresenta pior prognóstico materno-fetal. Conceptos de mães com Pré - Eclampsia têm maiores riscos de prematuridade, ocorrência de partos de fetos pequenos para a idade gestacional (PIG), necessidade de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal, necessidade de suporte ventilatório e maior incidência de mortalidade perinatal, quando comparados aos conceptos de mães normotensas ( OLIVEIRA et al.,2006). A Doença Hipertensiva Específica Gestação (DHEG), de acordo com os autores é uma síndrome que acontece geralmente no final do 2º trimestre da


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gestação e persiste durante todo o período gestacional, necessitando de uma assistência pré-natal de qualidade, já que esta patologia pode apresentar gravidade de intensidade variável. É caracterizada pela tríade: edema, proteinúria e hipertensão arterial, ficando atento também no ganho de peso se estiverem acima dos padrões de normalidade. (GONÇALVES, FERNANDES e SOBRAL, 2005). Autores relatam que quando a mulher já é hipertensa anterior a gestação o risco de evoluir para a Pré- Eclâmpsia/ Eclâmpsia é ainda maior.” Apresenta- se com o nível de pressão arterial maior que 140/90mmhg e proteinúria > 300mg/ 24h” (FILHO et al., 2006). De acordo com os autores Azevedo et al., ( 2009) em um estudo sobre a percepção da gestante sobre a Pré–Eclampsia, mostrou que a maioria das gestantes não sabiam o que era a Pré- Eclampsia só sabiam que eram relacionada a pressão alta e prevalecia o sentimento de medo. O autor ressalta a importância de apoio emocional e maior atenção a transferência de informação quanto a gravidade do risco que a gestante está exposta. 4.3.5- Infecção genitourinária

A infecção do trato urinário pode causar complicações levando ao nascimento prematuro, ruptura prematura de membranas amnióticas, restrição de crescimento intra-útero, recém-nascidos de baixo peso e óbito perinatal, o autor ressalta que na gestação devido a mudança no organismo para a adequação do crescimento do feto fica- se mais exposto ao risco de infecção ( DUARTE et al., 2002). De acordo com a literatura essa infecção apresenta- se sintomática ou assintomática, e que nesta fase gestacional da mulher torna se difícil o processo de tratamento, pois a uma restrição de antimicrobiano visando evitar a toxicidade das drogas ao feto (DUARTE et al., 2002). O Departamento de Tocoginecologia, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em estudos, identificou que a vaginose bacteriana vem sendo apontada como fator de risco para prematuridade e outras complicações perinatais. Porém o tratamento da vaginose bacteriana reduziu significativamente os índices de


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prematuridade e outras complicações perinatais entre as gestantes de baixo risco, independentemente da história prévia de parto prematuro (CAMARGO et al., 2005). 4.3.6- Depressão na gestação

É sabido que os fenômenos depressivos são objeto de diferentes áreas do saber – as psicologias, as psiquiatrias, as psicanálises, as ciências sociais, além da genética, da neurologia e outras, cujos contornos são, por vezes, muito pouco definidos. Um dos fatores psicológicos que tem sido pesquisado em sua possível associação à prematuridade, especialmente na última década, é a depressão na gravidez ( ZUCCHI,1999). Camacho et al. ( 2006) fala que :

“Na gestação, os níveis de estrógeno e progesterona são superiores àqueles vistos nas mulheres fora do período gestacional e esse fator pode estar envolvido nas alterações do humor que ocorrem nessa fase. A queda brusca desses hormônios no pósparto estaria envolvida na etiologia da depressão puerperal.

Numa revisão da literatura nesse período, realizada por intermédio do sistema de pesquisa eletrônica Medline, encontramos estudos que poderiam ser subdivididos em dois grandes grupos: 1) Aqueles que pesquisam os fatores de risco para depressão na gravidez. 2) Os que buscam associar a depressão como fator de risco para certos desfechos obstétricos, tais como a prematuridade, o baixo peso ao nascer, a irritabilidade do bebê ou mesmo a mortalidade neonata. Em relação aos fatores de risco mais freqüentemente associados à depressão na gravidez, encontram-se as dificuldades econômicas e a falta de parceiro ou de suporte familiar e social. Nesse sentido, a prevalência da depressão na gravidez é maior em grupos de mulheres de baixa renda, negras, com baixos níveis de escolaridade ( ZUCCHI, 1999). Camacho et al.( 2006) fala que o período da gestação deve ser avaliados com maior atenção pelo motivo de inúmeras alterações físicas, hormonais, psíquicas reflete diretamente na saúde mental das gestantes e que apesar de a maternidade ser um momento jubiloso para a mulher não impede de apresentar episódios de transtorno do humor. Ainda, o estresse e a ansiedade em gestantes podem ter efeitos físicos e comportamentais nos filhos.


23

De acordo com a literatura a ansiedade presente nas fases tardias da gestação pode estar associada pode causar a hiperatividade e déficit de atenção em meninos e problemas emocionais e comportamentais em meninas na idade de quatro anos. Por outro lado a presença de sintomas de ansiedade pode carretar também sintomas depressivos durante a gestação pode levar à diminuição da ingesta alimentar pela mãe, não adesão ao pré-natal e risco de abuso de substâncias,

além

de

complicações

obstétricas

(PINHEIRO,

LAPREGA

e

FURTADO, 2003). 4.3.7- Ansiedade na gestação

Mais recentemente, alguns estudos vêm apontando a ansiedade como possível fator determinante tanto da prematuridade quanto do baixo peso ao nascer. A presença da ansiedade pode afetar negativamente a gestação por ser considerada mediadora de mudanças endócrinas como também de determinados comportamentos de risco, tais como o hábito de fumar, atraso e/ou inadequado acesso ao Pré-Natal, alimentação e ganho de peso gestacional inadequado. Os quadros de ansiedade são muito frequentes e deletérios à mulher em idade reprodutiva. Estima-se que 20% das mulheres apresentam sintomas de ansiedade durante a gravidez. Observa- se em estudos epidemiológicos que a ansiedade na gravidez é subdiagnosticada por vergonha das mulheres em apresentar suas queixas e por este sintoma ser muitas vezes confundido com problemas orgânicos (ARAUJO, PEREIRA e KAC, 2007). Gilbert e Harmon, (2002) fala que em uma gravidez de risco, a expectativa de uma evolução normal, culminando no nascimento de um bebê sadio, faz com que a força das necessidades não satisfeitas e o grau de conhecimento sobre elas são os que determinam a extensão da ansiedade. Assim, a elevação dos níveis de ansiedade para além de um limiar de risco tem claras implicações adversas na saúde e bem-estar da mãe, bem como, de forma preponderante, na saúde e desenvolvimento do bebé, desde a vida intrauterina, e ao longo de todas as etapas do ciclo de vida (CONDE e FIGUEIREDO, 2003).


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4.3.8- Obesidade na gestação

A obesidade pré-gestacional e o ganho de peso excessivo aumentam de forma independente o risco de partos cesarianos e vários resultados adversos durante o parto vaginal, entre elas a prematuridade. Esses achados oferecem evidências adicionais aos efeitos negativos da obesidade pré-gravídica e do ganho de peso excessivo na gravidez e parto ( SELIGMAN et al., 2006). Andreto et al., (2006) diz que durante a gestação o aumento do aporte de energia materna é necessário para satisfazer as necessidades da mãe e do feto. Caso contrário, pode ocorrer um estado de competição biológica, comprometendo o bem-estar de ambos. Assim, as recomendações nutricionais durante o pré-natal devem ser direcionadas para dois focos: o consumo energético pelo organismo e o ganho de peso durante a gestação, de modo que uma adequada ingestão energética se traduza num ganho ponderal gestacional satisfatório. O autor ainda explica que ganho de peso durante a gestação expressa tanto o crescimento fetal quanto a expansão de tecidos maternos (placenta, tecido adiposo, útero e mamas), o aumento de líquido extracelular e do volume sanguíneo e a formação de líquido amniótico. Sussenbach, (2008) enfatiza que o excessivo de gordura durante a gestação coloca a gestante e o feto mais vulnerável ao adoecimento e complicações obstétrica. 4.3.9- Deficiência da assistência do Pré-Natal

O acompanhamento do Pré-Natal periódico é necessário para que a gravidez evolua com segurança. Deve incluir aspectos fundamentais como: receber com dignidade a gestante e seus familiares, fornecer informações para o entendimento das usuárias e, adotar condutas e procedimentos benéficos para o desenvolvimento saudável da gravidez, parto e nascimento.

Assim, a atenção

básica à mulher no ciclo gravídico e puerperal compreende medidas de prevenção e promoção da saúde, além de detectar e tratar precocemente intercorrências que propiciem evolução desfavorável para a mãe e ou para o feto. Dessa forma, o


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suporte emocional e psicológico deve fazer parte da assistência à mulher, especialmente àquelas propensas a adversidades na gravidez, em particular, neonatos prematuros e consequentes hospitalizações em unidade de terapia intensiva neonatal ( SOUZA et al., 2007). Sussenbach, (2008) complementa que quando não realizado Pré-Natal a mulher fica mais propensa a complicações obstétrica e aumenta a mortalidade perinatal. 4.3.10- Violência doméstica na gestação

A violência doméstica, durante a gestação tem sido considerada importante fator de risco para a saúde da gestante e do feto, assim como um grave problema de saúde pública. A relação entre baixo peso ao nascer e violência doméstica durante o período gestacional não é consensual na literatura especializada. Isso justifica o fato de que alguns estudos têm descrito associação positiva da violência doméstica durante o período gestacional com prematuridade. O impacto dessas violências ocorridas durante o período gestacional, as situações de estresse, provocam nas gestantes repercussões sobre o peso ao nascer e prematuridade dos bebês (AUDI et al.,2008) . Menezes et al.,(2003) reforça que a violência domestica pode causar diversos danos à saúde da mulher podendo resultar em queixas ginecológicas e da esfera sexual e até mesmo consequência obstétrica como retardo no inicio do PréNatal, abortamento e natimortalidade, baixo peso ao nascer, trabalho de parto prematuro e perdas fetais e muitas das situações as mulheres sofrem a violência e não procuram suporte para pedir ajuda no enfrentamento desta situação, com isto coloca se a extrema importância de um Pré-Natal eficiente para identificação e o abordagem desta situação de maneira correta e eficaz. 4.4- Fatores de risco relacionado aos hábitos de vida

4.4.1- Hábitos alimentares


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As gestantes são suscetíveis à inadequação nutricional, pelo aumento da demanda de energia, macro e micronutrientes, que ocorrem durante a gravidez, a fim de se garantir a saúde materno-fetal. A qualidade da alimentação e o estado nutricional da mulher, antes e durante a gravidez, afetam o crescimento e o desenvolvimento fetal, bem como a evolução da gestação (FAZIO et al., 2011). Durante a gestação, o desequilíbrio alimentar pode implicar não só no comprometimento do crescimento e desenvolvimento fetal, mas também no ganho de peso na gravidez, tornando de grande interesse o estudo da evolução ponderal da gestante e dos fatores relacionados à obesidade na gestação (FAZIO et al., 2011). Andreto et al., (2006) enfatiza que no extremo oposto à desnutrição situase a obesidade, distúrbio metabólico que tem como manifestação final o excesso de tecido adiposo na composição do organismo e de acordo com os estudos realizados têm demonstrado que o peso excessivo durante a gestação exerce um efeito significativo no aumento das taxas de partos operatórios, bem como na elevação do risco de resultados perinatais desfavoráveis, como trauma, asfixia e morte perinatal, contudo o ganho de peso excessivo durante a gestação pode aumentar a ocorrência de retenção de peso pós-parto, maior associação com diabetes mellitus gestacional e síndromes hipertensivas da gravidez. 4.4.2- Consumo de cafeína durante a gestação

A cafeína é um alcalóide farmacologicamente ativo que atua como estimulante do sistema nervoso central e está presente em uma grande quantidade de alimentos como café, guaraná, refrigerantes à base de cola, cacau, chocolate, chás e também nos remédios do tipo analgésicos, medicamentos contra gripe e inibidores de apetite. Esse alcalóide é o estimulante mais comum atualmente, é barato e facilmente encontrado, o que contribui para seu elevado consumo. No que diz respeito às gestantes, frequentemente, ocorre aversão aos produtos cafeinados, particularmente ao café, no primeiro trimestre de gestação, levando à interrupção ou redução do consumo de cafeína ao longo da gravidez. Porém desde os anos 70,


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alguns estudos têm sugerido associação entre o consumo materno de cafeína e desfechos fetais, tais como: redução do crescimento fetal, prematuridade, restrição de crescimento intra-uterino, baixo peso ao nascer, aborto espontâneo e malformações, levando à recomendação para diminuição do consumo de cafeína no período gestacional, pois a influência da cafeína sobre o crescimento fetal é vista como uma importante questão de Saúde Pública ( PACHECO et al., 2007). 4.4.3- Atividades físicas

De acordo com os autores relatam que a atividade física na vida da gestante pode contribuir com a prevenção de doenças como hipertensão arterial gestacional e diabetes gestacional e que alguns estudos associam a atividade física com alguns benefícios psicológicos como melhor bem-estar social, alterações positivas no humor, na imagem corporal e na autoestima ( TEIXEIRA, MATSUDO e ALMEIDA, 2008). Tavares et al., (2009) sugere-se que as gestantes sejam estimuladas a realizar atividade física, os profissionais responsáveis pela assistência pré-natal devem ter um treinamento adequado. O ideal é que a prática de atividade física ocorra de forma planejada, acompanhada e sistematizada no sentido de modificar o padrão de atividade física das gestantes, de forma a melhorar a qualidade de vida das mulheres durante a gestação. 4.4.4- Consumo de álcool e outras drogas durante a gestação

Gilbert e Harmon, (2002) fala que a prática e abuso de drogas e álcool aumenta o risco de complicações na própria gestante e o risco de resultados físicos e mentais adversos no feto como a infertilidade, aborto espontâneo e descolamento placentário. Pinheiro, Laprega e Furtado, (2003) fala que de acordo com um estudo realizado com mulheres gestantes jovens proporcionou evidências de que um número substancial de mulheres apresenta desordens emocionais e consumo de álcool no período gestacional e na comparação com dados da literatura


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internacional, os achados sugeriram uma prevalência mais acentuada nos países subdesenvolvidos do que aquela observada em países desenvolvidos. O autor ressalta que se deve considerar o impacto de tais problemas sobre a saúde materno-infantil e sua relevância do ponto de vista da prevenção, tanto no que se refere à oportunidade de prevenção de problemas relacionados ao uso de álcool na mulher quanto no feto e complicações do desenvolvimento infantil. 5- Materiais e métodos

5.1- Tipo de estudo

Trata-se de um estudo de campo, exploratório, transversal, com delineamento quantitativo, realizado com um grupo de puérperas que deram a luz no Hospital Casa de Saúde Stella Maris, no período de Abril a Junho de 2012 que deram anuência para serem entrevistadas, pós o conhecimento e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os critérios de inclusão utilizados para a participação foram ser moradores do município de Caraguatatuba e ter dado a luz a prematuros. Como critérios de exclusão ter dado a luz em Caraguatatuba, mas ser moradora de outro município, visto que o Hospital Casa de Saúde Stella Maris atende gestantes de risco das cidades vizinhas. 5.2- Coleta de dados

O estudo teve como instrumento de coleta de dados um formulário com questões abertas e fechadas, que foi aplicado durante a entrevista, para coleta de informações essenciais ao alcance do objetivo esperado como dados Sóciodemográficos (idade; origem; estado civil; reside com o companheiro; número de filhos; se trabalha; qual a atividade de trabalho; números de pessoas com que reside; renda familiar; quantas pessoas vivem com a renda familiar; participação na vida econômica da família, e escolaridade). Dados Relacionados à Saúde e a gestação: (categoria de atendimento médico; se possui alguma doença que relaciona à gestação atual; se informa doenças pré- existentes; principais queixas


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em relação à saúde; número de gestações anteriores; problemas de saúde relacionados à gestação anterior; número de filhos vivos; número de filhos mortos; número de abortos; número de partos naturais; número de cesáreas; número de consultas no Pré-Natal; frequência que procurava o serviço de saúde antes da gestação; internação durante a gestação; causas de internação durante a gestação; se a gravidez foi planejada ou não, se participou de algum grupo de gestante durante a gestação; com qual profissional realizou o pré-natal; foi submetida à fatores estressantes durante a gestação; obesidade ). Dados relacionados ao hábito de vida (se faz uso de tabaco; outras drogas e fármacos; se faz uso de bebidas alcoólicas; hábitos alimentares; se pratica atividade física; se estuda atualmente; atividade noturna, horas de sono; a atividade de lazer mais frequentemente praticada; sedentarismo). O procedimento de coletas de dados foi realizado em duas fases: primeira fase com verificação documental referente ao cliente, registrados na instituição; Segunda fase: Com acolhimento da puérpera oportunizado na própria instituição após a apresentação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido com a concordância por meio de sua assinatura. Em seguida aplicado o formulário com as perguntas de interesse para o objeto de estudo. 5.3- Aspecto ético

O termo de consentimento foi desenvolvido em observância aos preceitos da Resolução 196/96, com linguagem clara e acessível aos sujeitos da pesquisa; este Termo inclui as informações sobre os objetivos e finalidades do estudo, a garantia do anonimato, o sigilo e confidencialidade dos dados, a existência de riscos mínimos para os participantes, os benefícios esperados, a liberdade de participar ou não, bem como a possibilidade de recusar-se a participar a qualquer momento sem que ocorra nenhum prejuízo; informa ainda do não pagamento pela participação e a concordância da divulgação dos resultados da pesquisa em eventos científicos e publicação em revistas científicas.


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6- Resultados e Discussão

Tabela 1- Características Sócio Demográficas: idade, estado civil, reside com o companheiro, números de filhos anteriores a gestação e números de pessoas com quem reside de puérperas que deram a luz a bebês prematuros moradoras do município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012. Variável

Frequência

%

Idade 15- 20 21- 25 26- 30 31- 35 36- 40 >40

5 5 5 5 4 1

25,00 25,00 25,00 25,00 20,00 5,00

Estado Civil Casada Solteira Amasiada Divorciada Separada Viúva

3 4 13 0 0 0

15,00 20,00 65,00 0,00 0,00 0,00

Reside com o Companheiro Sim Não

16 4

80,00 20,00

Números de filhos vivos anteriores a gestação Nenhum Um Dois Três Quatro ou mais

8 1 6 1 4

40,00 5,00 30,00 5,00 20,00

0 0 7 3 4 7

0,00 0,00 35,00 15,00 15,00 35,00

Números de pessoas com quem reside Nenhum Um Dois Três Quatro Cinco ou mais


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Total

20

100,00

Em relação a faixa etária das 20 puérperas que participaram do estudo 25% tinham idade entre 15 a 20 anos, 25% entre 21 a 25 anos, 25% entre 26 a 30 anos, 25% entre 31 a 35 anos, 20% entre 36 a 40 anos, 5% acima de 40 anos. Quanto ao estado civil foram diagnosticados que 15% eram casadas, 20% eram solteiras e 65% amasiada e que 80% moravam com companheiros e 20% não residiam com o companheiro. O presente estudo mostra também que 35% das puérperas entrevistadas residiam com no mínimo 2 pessoas, 15% com 3 pessoas, 15% com 4 pessoas e 35% residiam com 5 ou mais pessoas. O número de filhos vivos anteriores a gestação obteve que 80% das puérperas não tinham nenhum filho vivo anterior a gestação, 5% tinham somente 1 filho vivo, 30% tinham 2 filhos vivos, 5% tinham 3 filhos e 20% tinham de quatro ou mais filhos vivos anteriores a última gestação . De acordo com a literatura a gravidez na adolescência é o fator de maior concentração de agravos à saúde materna, bem como de complicações perinatais, tais como baixo ganho de peso materno, desproporção cefalopélvica, pré-eclampsia, prematuridade, baixo peso ao nascer e Apgar baixo no quinto minuto, principalmente quando a gestante adolescente não tem o apoio de seus familiares e companheiros, e não realiza o Pré-Natal de forma apropriada (GOLDENBER, FIGUEREDO E SILVA, 2005). Em um estudo realizado pelos autores Suzuki et al.,(2007) em São Paulo identificou que dos 132 recém- nascidos, 51 eram mães adolescentes e 81 eram filhos de adultas jovens. Em um estudo relacionado a situação marital da mãe, demonstraram que entre as mães solteiras e as casadas, independentemente da etnia, a taxa de mortalidade infantil é mais alta entre os filhos de mães solteiras ( CUMAN e RAMOS, 2009).


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Suzuki et al., (2007) fala que em mulheres que não possui um companheiro e passam a gestação sem o apoio de seu companheiro possui maior risco de obter um parto prematuro. Independente da estrutura e composição familiar é absolutamente importante o envolvimento da família na promoção à saúde e cuidados a gestantes (RAMOS E CUMAN, 2009). De acordo com um estudo realizado na cidade de Maringá, Rio grande do Sul, constatou que 50,1% das mulheres que teve parto prematuro e recém-nascidos com baixo peso ao nascer eram mulheres primíparas e apresentavam e um risco significativo a prematuridades em relação a outras mulheres que já tiveram outras gestações (UCHIMURA, PELISSAR, UCHIMURA, 2008). Suzuki et al., ( 2007) em um estudo comparativo entre mães adolescentes e mães adultas jovens um dos fatores para a prematuridade encontrados foi primariedade, juntamente associado a baixa renda. Neste estudo se confirma a literatura já citada visto que identificou maiores números de primíparas e nos faz identificar que a faixa etária das idades das puérperas entrevistadas teve uma quantitativa semelhante nas faixas etárias.

Tabela 2- Características da renda familiar, número de pessoas que vivem da renda familiar, trabalho e atividade de trabalho, participação na vida econômica da família e escolaridade de puérperas que deram a luz a bebês prematuros moradoras do município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012. Variável

Frequência

%

Renda Familiar 1 salario mínimo 2 salário mínimo 3 salário mínimo 4 salário mínimo ou mais

5 3 6 6

25,00 15,00 30,00 30,00

Números de pessoas que vivem da renda Dois 7 familiar Três 3 Quatro ou mais 10

35,00 15,00 50,00


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Trabalha Sim Não

11 9

55,00 45,00

Atividade de trabalho Braçal Intelectual Administrativa Comércio Empresarial Não tem

3 3 1 4 0 9

15,00 15,00 5,00 20,00 0,00 45,00

Participação na vida econômica da família Responsável pelo sustento da família Não contribui Contribui parcialmente Contribui esporadicamente

2 7 8 3

10,00 35,00 40,00 15,00

Escolaridade Nenhuma Ensino Fundamental Ensino Médio Curso Superior Pós Graduação Total

0 10 7 2 1 20

0,00 50,00 35,00 10,00 5,00 100,00

De acordo com os dados encontrados no estudo foram identificados que 25% tem renda salarial em 1 salário mínimo , 15% sobreviviam com 2 salários, 30% tinham 3 salários mínimos mensais e 60% tinham de 4 salários mínimo ou mais. Considerando que os números de pessoas que vivem com renda identificada, o estudou mostrou que 35% até 2 pessoas viviam da renda analisada, 15%

3 pessoas desfrutava da renda e 50% tinham 4 ou mais pessoas que

sobreviviam da renda analisada. Entre a puérperas que participaram do estudo 11 trabalhavam para ajudar no sustento da família, 9 não trabalhavam assalariadas cuidavam somente do lar. Em relação à atividade de trabalho 3 eram braçal , 3 intelectual , 1 administrativa , 4 comércio e 9 não tinham atividade de trabalho.


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Quanto a participação das puérperas na vida econômica da família obteve resultado de 10% ser responsável pelo sustento da família, 35% não contribui no sustento da família, 40% contribui parcialmente e 15% contribui esporadicamente. Em relação ao grau de escolaridades identificou- se que 50% das puérperas cursaram ou estão cursando o Ensino fundamental, 35% cursaram o Ensino Médio, 10% cursaram Curso Superior e 5% fizeram Pós-graduação. Guimarães e Melo, (2011) enfatiza que a situação sócioeconômica e o grau de instrução da gestante tem grande influencia para o fator de risco quanto ao parto prematuro, visto que tais fatores influenciam na qualidade do Pré-Natal. Melo et al.,(2011) em um estudo realizado na cidade de Maringá no estado de Paraná identificou que 87,3% das mães que tiveram bebês prematuros tinham baixa escolaridade enfatizou em sua pesquisa que a baixa escolaridade esta associada também na assistência ao Pré-Natal, Mostrou também que a menor proporção de mães de prematuros eram as desempregadas. Neste presente estudo constatou que o salário maior tem mais percentual, porém existem mais pessoas dependentes deste salário. Quanto a situação de atividade de trabalho confirma a literatura de Melo et al., (2011) que a menor proporção de foram a puérperas que não trabalhavam. O baixo nível de escolaridade também se predominou no estudo mostrando que na maioria somente tinha Ensino Fundamental.

Tabela 3- Dados relacionados à saúde e a gestação como Peso (Kg), estatura (m) e índice de massa corporal de puérperas que deram a luz a bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012. Variável

Frequência

%

Peso 50Kg- 60 Kg 61 Kg- 70 Kg 71 Kg- 80 Kg 81 Kg- 90 Kg >90 Kg

4 3 8 5 0

20,00 15,00 40,00 25,00 0,00


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Estatura 1,50m – 1,60m 1,61m – 1,70m 1,71m – 1,80m 1,81m – 1,90m >1,91m

3 15 2 0 0

15,00 75,00 10,00 0,00 0,00

Índice de Massa Corporal 20,0 – 25,0 25,1 – 30,0 30,1 – 35,0 >35.1 Total

7 13 0 0 20

35,00 65,00 0,00 0,00 100.00

O presente estudo identificou que dentre as puérperas que participaram da pesquisa, 20% tinham peso entre 50 a 60kg, 15% 61 a 70Kg e 40% 71 a 80 Kg e 25% com 81 a 90 Kg. Com relação à estatura foi identificado estaturas entre 1,50 e 1,60m 15%, 75% tinham estatura entre 1,61 a 1,70m, e 10% estatura entre 1,71 a 1,90m. O índice de massa corporal foi identificado que 35% tinham índice de massa corporal de 20,0 a 25,0, 65% tinham ente 25,1 a 30,0. Seligman et al., ( 2006) enfatiza que o índice de massa corporal e o ganho de peso durante a gravidez desempenham um papel importante para o aumento de partos cesarianos e riscos futuros ao feto, com a evidencia de ganho de peso em mulheres , Seligman relata que as mulheres devem ser encorajada a um ganho de peso de no máximo 11,kg durante toda gestação. O estudo de Nucci et al.,( 2001) sobre avaliação de ganho de peso na gestação em seis capitais brasileiras, encontrou aproximadamente 25% das mulheres iniciando a gestação em situação de sobrepeso, mas apenas 6% com baixo peso. Embora tenha sido constatada maior frequência de sobrepeso nas capitais mais industrializadas (Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro), as capitais situadas no Nordeste (Salvador e Fortaleza) também apresentaram maiores prevalências de sobrepeso/obesidade do que de baixo peso.


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No estudo realizado por Zambonato et al.,(2004) a baixa estatura materna esteve associada ao nascimento de crianças pequenas para idade gestacional. Uma vez que a associação foi observada mesmo após ajuste por nível socioeconômico e peso pré-gestacional, esta associação é provavelmente decorrente de um efeito genético ou adaptativo às condições ambientais do útero. Neste estudo apresentado foi diagnosticado que o percentual de puérperas de sobrepeso estão em evidencia de acordo com o índice de massa corporal, de acordo com o Manual de Pré-Natal do Ministério da Saúde, (2006) é classificado o ganho ponderal de acordo com a idade gestacional e deve se ficar atento quanto ao investigar obesidade pré-gestacional, edema, polidrâmnio, macrossomia, gravidez múltipla; é importante dar orientação nutricional, visando à promoção do peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis, ressaltando que, no período gestacional, não se deve perder peso. Quanto a altura identificada não teve dados relevantes vistos que as puérperas tinham estatura adequada.

Tabela 4- Dados relacionados à categoria de atendimento médico, doença pré- existente, principais motivos e a frequência que procuravam o serviço de saúde antes da ultima gestação das puérperas que deram a luz a bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo. Variável

Frequência

%

Categoria de atendimento médico SUS Particular Convênio

10 2 8

50,00 10,00 40,00

Doença pré- existente Sim Não

7 13

35,00 65,00

Tipo de Doença Hipertensão Diabetes Problemas renais Problemas psiquiatrico

1 1 1 1

5.00 5,00 5,00 5,00


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Problemas na coluna Problemas ginecológico/ obstétrico

1 2

5,00 10,00

4 1 3 3 1 1 1 4 2

20,00 5,00 15,00 15,00 5,00 5,00 5,00 20,00 10,00

0 5 11 4 20

0,00 25,00 55,00 20,00 100,00

Principais motivos/ queixas que levaram a procurar o serviço de saúde antes da ultima gestação Rotina Diabetes Sinusite Preventivo Infecção de urina Manchas na pele Pólipo endometrial Não procurou o serviço de saúde Virose Frequência da procura do serviço de saúde antes da ultima gestação Mensalmente Semestralmente Anualmente Outros Total

A categoria de atendimento utilizada pelas puérperas foram 50% do SUS, particular 10% e convênio 40%. Quanto a doença pré-existente anterior a gestação 35% relataram ter um tipo de doença e 65% relataram não ter qualquer tipo de doença anterior a gestação. Dentre a puérperas que tinham doença pré-existente 1 era Hipertensão Arterial Sistêmica, 1 Diabetes Mellitus, 1 Problemas Renais, 1 Problema Psiquiátrico, 1 Problema de coluna e 2 com problemas ginecológico/ obstétrico. Os motivos ou queixas que levaram a procurar os serviços de saúde anterior a gestação teve um percentual de que 20% procuraram o serviço de saúde por rotina, 5% Diabetes Mellitus, 15% Sinusite, 15% Preventivo, 5% Infecção urinária, 5% Manchas na pele, 5% Pólipo endometrial, 20% Virose

e 20% não

procuraram o serviço de saúde anterior a gestação. Quanto a frequência da procura do serviço de saúde anterior a gestação, o presente estudo mostrou que 25% das puérperas procuravam o serviço de saúde


38

semestralmente, 55% procuravam anualmente e 20% tinham outros tipo de frequência ao serviço de saúde. De acordo com a literatura as gestantes que possuem maior disponibilidade de apoio teriam comportamentos mais saudáveis como abandono de práticas prejudiciais à saúde, maior adesão ao Pré-Natal, incluindo o uso de serviços de saúde preventiva que auxiliam na detecção precoce de problemas relacionados à gestação (GUIMARÃES E MELO, 2011). Carvacho et al., (2008) fala que o acesso da população a serviços de saúde é pré-requisito fundamental para uma assistência eficaz e que o sistema institucional de saúde, na prática diária, apresenta dificuldades que impedem a assistência à saúde. Um dos fatores que contribui para essa situação é a inacessibilidade de alguns grupos populacionais a esses serviços. Observou que, excetuando pela condição específica de gravidez, as mulheres pouco utilizam os serviços de saúde, principalmente as adolescentes e quando o fazem, buscam apenas serviços curativos e não de preventivos. Este estudo concretiza a literatura, pois foi identificado que as puérperas procuravam o serviço de saúde em um espaço de tempo muito longo, e a manutenção da saúde mostrou que se destaca mais a curativa e não a preventiva.

Tabela 5- Dados Relacionados à saúde e a gestação como números de gestações anteriores, problemas de saúde relacionado as gestações anteriores, números de filhos vivos e mortos incluindo o ultimo e números de abortos de puérperas que deram a luz à bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012. Variável

Frequência

%

Números de gestações anteriores Nenhuma Um Dois Três Quatro Cinco ou mais

9 2 4 3 1 1

45,00 10,00 20,00 15,00 5,00 5,00


39

Problemas de saúde relacionado as gestações anteriores Sim Não

9 11

45,00 55,00

Quais ? Hipertensão Arterial Sistêmica Placenta Prévia Infecção de urina Sangramento vaginal

3 1 2 3

15,00 5,00 10,00 15,00

Números de filhos vivos incluindo o último Nenhum Um Dois Três Quatro Cinco ou mais

1 8 3 4 2 2

5,00 40,00 15,00 20,00 10,00 10,00

Números de filhos mortos incluindo o último Nenhum Um Dois Mais de dois

18 1 1 0

90,00 5,00 5,00

16 3 1

80,00 15,00 5,00

20

100,00

Números de abortos anteriores Nenhum Um Dois Mais de dois Total

O números de gestações anteriores mostra que 45% das puérperas não tiveram nenhuma gestação anterior, 10% tiveram 1 gestação, 20% 2 gestação, 15% tiveram 3 gestações, 5% 4 gestações e 5% 5 gestações ou mais. Quanto aos problemas relacionados as gestações anteriores 45% das puérperas relataram ter tipo algum tipo de complicação, 55% relataram não ter qualquer tipo de problemas relacionado a gestações anteriores. Dentre as puérperas que tiveram algum tipo de problemas foi identificado que 3 tiveram Hipertensão Arterial Sistêmica, 1 Placenta prévia, 2 infecção de urina, 3 sangramento vaginal.


40

Em relação a números de filhos vivos incluindo o último a pesquisa mostrou que 5% não possuíam nenhum filho vivo, 40% possuíam 1 filho vivo, 15% 2 filhos vivos, 20% 3 filhos vivos, 10% 4 filhos vivos e 19% 5 ou mais filhos vivos. O número de filhos mortos incluindo o último teve resultado de 90% nenhum filho morto, 5% tiveram 1 filho morto, 5% tiveram 2 filhos mortos e os números de abortos se quantificaram em 80% não tiveram nenhum aborto, 15% tiveram 1 aborto e 5% 2 abortos. Andrade et al., (2009) em um estudo realizado em recife diagnosticou que as maiores causas de natimortalidade é o óbito fetal por causas indeterminadas, causas maternas ou placentárias, síndromes hipertensivas ou hemorrágicas. Bitterman e Pivatto, (2010) enfatiza que mulheres que tiveram complicações obstétricas ou perdas fetais, têm tendência à repetição desses mesmos problemas, ou outras consequências em gestações seguintes. Os índices mais baixos de mortalidade perinatal e complicações obstétricas surgem na segunda e terceira gravidez, porém os índices mais altos podem ser observados a partir da 5ª gestação. Neste estudo identifica o maior número quanto a complicação de saúde em gestações anteriores é a Hipertensão Arterial Sistêmica, visto que a minoria das puérperas estudadas tem históricos de abortos e filhos mortos.

Tabela 6- Dados relacionados à saúde e a gestação como número de parto normal e cesáreo, números de internação durante a última gestação, doença relacionado a gestação atual e planejamento da gravidez de puérperas que deram a luz à bebês prematuros no munícipio de Caraguatatuba, São Paulo, 2012. Variável

Frequência

%

Número de parto natural incluindo o último Nenhum Um Dois Mais de dois

8 5 3 4

40,00 25,00 15,00 20,00

Número de parto Cesário incluindo o último


41

Nenhum Um Dois Mais de dois

8 9 1 2

40,00 45,00 5,00 10,00

gestação Nenhum Um Dois Mais de dois

9 8 3 0

45,00 40,00 15,00 0,00

Causas ? Problemas ginecológico Hipertensão Hiperemese Gravídica Outros

3 5 1 3

15,00 25,00 5,00 15,00

12 8

60,00 40,00

1 10 1 1

5,00 50,00 5,00 5,00

7 13 20

35,00 75,00 100,00

Números de internações durante a última

Doença relacionada a gestação atual Sim Não Qual? Pinfigóide gestacional Hipertensão Arterial Sistêmica Diabetes Infecção urina Gravidez foi planejada Sim Não Total

O estudo nos mostrou que dentre as puerperas entrevistadas o numero de parto normal incluindo o ultimo teve um percentual de 40% para as puérperas que não tiveram nenhum parto normal, 25% tiveram 1 parto normal, 15% 2 partos normais e 20% mais de 2 partos normais. Em relação o numero de parto cesariano teve um percentual de 40% das puerperas não tiveram parto cesariano, 45% tiveram pelo menos 1 parto cesariano, 5% 2 partos cesariano e 10% tiveram mais de 2 partos cesarianos. O numero de internação hospitalar durante a gestação teve o resultado de que 45% não teve nenhuma internação, 40% ficaram 1 vez internada , 15% ficaram


42

2 vezes internada. Dentre as causas de internação destaca-se a Hipertensão Arterial Sistêmica com 5 puérperas, 1 puérpera com Hiperemese gravídica , 3 com problemas ginecológicos e 3 com outras causas. Quanto o percentual de doença relacionado a gestação atual, 60% tiveram algum tipo de doença , 40% não tiveram nenhum tipo de doença. Dentre a doenças relatadas pelas puerperas 1 puérpera teve Pinfigóide gestacional, 10 puerperas tiveram Hipertensão Arterial Sistêmica, 1 Diabetes Mellitus e Infecção de geniturinária. Em relação ao planejamento da gravidez 35% planejaram a gravidez e 75% não teve o planejamento. Giglio et al., (2005) enfatiza que os conhecimentos científicos acumulados ao longo de vários anos mostram que a cesariana aumenta a morbimortalidade materna e do recém-nascido, bem como os custos de saúde quando comparada ao parto normal. Por outro lado, o parto operatório, em gestações de alto risco, é procedimento importante que, em determinadas e precisas indicações, diminui consideravelmente a mortalidade materno-infantil. Almeida e Barros, (2005) em um estudo realizado em Campinas mostrou que na maioria dos partos prematuros as gestantes não tinham planejado a gravidez e que devido a Pré Natal tardio aumentava o números de internações hospitalares visto que se caracterizava em gestantes de baixa renda e gestantes adolescentes. De acordo com os autores nos países subdesenvolvidos, a relação de assistência médica precária e a atenção pré-natal representa, talvez, a única oportunidade para as mulheres receberem assistência médica. Constitui, portanto, um exercício de Medicina Preventiva, visando primordialmente a preservação da saúde física e mental da grávida e identificação das alterações próprias da gravidez que possam repercutir nocivamente sobre o feto (TREVISAN, LORENZI E ÉSBER, 2002). Gonçalves, Fernandes e Sobral, (2005) afirma que num estudo realizado num hospital publico em São Paulo em relação às complicações ocorridas na gestação atual, identificou-se que dentre as 22 mulheres do estudo, 12 (54,54%) tiveram complicações durante a internação, sendo: que 01 (4,54%) desenvolveu


43

eclâmpsia ,03 (13,63%) crise hipertensiva, 06 (27,27%) óbito fetal intrauterino, 01 (4,54%) óbito neonatal, 03 (13,63%) prematuridade, 01(4,54%) sofrimento fetal crônico em decorrência a Doença Hipertensiva Especifica da Gestação . Silva et al., (2009) fala que gestantes que tem episódios de internação hospitalar durante o período gestacional tem um maior risco de parto prematuro. O estudo realizado enfatiza que o números de partos cesariano predominou e que o desenvolvimento de doença relacionado a gestação também teve um destaque de maior percentual, sendo que a Doença Hipertensiva Especifica da Gestação se destacou e na maior parte do percentual não planejaram a gravidez.

Tabela 7- Dados relacionados à números de consultas de Pré-Natal, participação de grupo de gestantes, stresse durante a gestação de puérperas que deram a luz a bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012. Variável

Frequência

%

Números de consultas de Pré-Natal Nenhum Um Dois Três Quatro Cinco Seis Sete ou mais

0 0 0 0 4 0 12 4

0,00 0,00 0,00 0,00 20,00 0,00 60,00 20,00

Participação de grupo de gestantes Sim Não

3 17

15,00 85,00

Profissional que realizou o Pré Natal Médico obstétrico Médico do PSF Enfermeiro Com os dois

11 0 0 9

55,00

Fatores stressantes durante a gestação Sim Não

13 7

65,00 35,00

45,00


44

Total

20

100,00

Em relação aos números de consultas de Pré-Natal obteve o percentual de 20% com 4 consultas de Pré-Natal, 60% com 6 consultas e 20% com 7 ou mais consultas de Pré-Natal e dentre a puérperas que participaram do estudo somente 15% participaram de um grupo de gestantes e com destaque 85% não participou de qualquer tipo de grupo educativo. Quanto a categoria de profissional que realizou o Pré-Natal 55% realizaram as consultas com médicos obstétrico e 45% realizaram a assistência de Pré-Natal com Médico e Enfermeiros. Os fatores estressantes durante a gestação teve um percentual grande em gestantes que passaram estresse durante a gestação com 65% e 35% não passaram por nenhum tipo de estresse. Vários estudos demonstraram que a ausência de assistência pré-natal está associada a maior taxa de mortalidade perinatal. Trevisan et al., (2002) enfatiza em seu estudo um achado de elevado percentual de mulheres com no mínimo seis consultas de pré-natal realizadas, mas que até o momento do nascimento não fizeram todos os exames complementares considerados básicos da assistência pré-natal e coloca que as possíveis explicações para este achado estão o início tardio do acompanhamento pré-natal e a maior concentração de consultas próximo ao término da gravidez. Autores relatam que assistência pré-natal permite a identificação e tratamento de inúmeras complicações durante a gestação, assim como redução ou eliminação de fatores e comportamentos de risco passíveis de correção (GUIMARÃES e MELO, e2011). Figueiredo et al., (2009) fala que

período da gravidez é o melhor

momento para que as atividades preventivas de educação em saúde sejam assumidas e que também na expectativa do nascimento de um filho os pais estão mais motivados para obter informações e realizar cuidados com a saúde.


45

Araújo, Albertini e Guimarães, (2010) em seu estudo fala que quando a gestante se encontra nessa situação de estresse, acaba atingindo o feto e que desde o começo da gestação, os sentimentos e os humores maternos afetam o bebê, que está exposto aos mesmos hormônios que a mãe a angústia, ansiedade, depressão e nervosismo são transmitidos quimicamente por hormônios. Confirmouse em todas as coletas uma predominância do estresse psicológico; declarado como momentos e sensações de comportamentos estranhos, de mau humor, de sentimentos de solidão, vazio, arrependimento e incapacidade de ser mãe e cuidar do filho. As evidências dos índices de estresse durante o processo gestacional explicam, em parte, os índices elevados de partos operatórios. Autores colocam que a proposta de assistência integral à saúde da mulher objetiva a integralidade do atendimento, com ações educativas e clínicas, para o estabelecimento da promoção à saúde, envolvendo desta forma a enfermagem na saúde publica. Pois, cabe a enfermagem assim como a equipe multidisciplinar, incrementar tais ações educativas, a partir das necessidades básicas afetadas, a fim de perceber a mulher em sua globalidade (ARAUJO et al., 2007). De acordo com a literatura descrita confirma o achado no presente estudo realizado, que o maior percentual de consultas de Pré-Natal foram o de 6 consultas, um baixo números de gestantes participarão de grupos educativos e um grande número de puérperas passaram por estresse durante a gestação. A equipe multiprofissional é de grande valia neste período destacando a consulta de Pré-Natal com médicos obstétricos e quase na mesma proporção o atendimento de médicos e enfermeiros atuando em conjunto.

Tabela 8- Dados relacionados ao hábito de vidas como atividade de lazer, pratica de atividade física, uso de tabacos, drogas e bebidas alcoólicas das puérperas que deram a luz à bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012. Variável

Frequência

%

Atividades de lazer mais praticadas Assistir televisão Ir ao cinema Ir a praia

6 2 2

30,00 10,00 10,00


46

Visitar familiares Viajar Ir a igreja Outro

6 1 3 0

30,00 5,00 15,00 0,00

4 16

20,00 80,00

1 2 1

5,00 10,00 5,00

Uso de tabaco Sim Não

8 12

40,00 60,00

Quantidade de cigarro por dia 1 até 10 Até 20

7 1

35,00 5,00

Uso de drogas Sim Não

2 18

10,00 90,00

1 1

5,00 5,00

2 14 4

10,00 70,00 20,00

1 1 4 20

5,00 5,00 20,00 100,00

Pratica de atividade física Sim Não Qual frequência? Diariamente 1 vez por semana Mais de 3 vezes por semana

Tipo Maconha Crack Uso de bebidas alcoólicas Sim Não Às vezes Frequência diariamente 2 vezes na semana Esporadicamente Total

Os dados relacionados ao estilo de vida e hábitos das puérperas em estudo obteve que nas atividades de laser 30% prefere assistir televisão, 10% gostam de ir ao cinema, 10% gostam de ir a praia, 30% preferem nos momentos de laser visitar os familiares, 5% viajar e 15% gostam de ir a igreja. Em relação a pratica de atividade física somente 20% praticam alguma atividade física e 80% não praticam atividades física, dentre as puérperas que


47

praticam atividades física 1 praticava diariamente, 2 praticava 1 vezes na semana e 1 mais de 3 vezes na semana. O uso do tabaco se quantificou em 40% fazem uso e 60% não fazem uso do tabaco e dentre as que consomem tabaco 7 fumam de 1 a 10 cigarros por dia e 1 consomem até 20 cigarros diários. Quanto ao uso de drogas 10% eram usuárias e 90% não faziam uso de drogas dentre as usuárias de drogas 1 consumia Maconha e 1 consumia Crack. O hábito de ingerir bebida alcoólica 10% das puérpera revelaram que ingeriam bebidas alcoólicas, 70% não faziam uso de álcool e 20% relataram que as vezes ingeriam bebidas alcoólica e dessas puérperas que ingerem bebidas alcoólicas 1 consumia diariamente, 1 2 vezes na semana e 4 consumiam esporadicamente. Como observado em estudos o tabagismo materno aumentou o risco de ter bebês pequenos para a idade gestacional, com uma relação direta a dose, o números de cigarros consumidos durantes a gestação aumentam o risco de parto prematuro e recém nascidos pequenos para a idades gestacional. O autor enfatiza ainda que o tabagismo pode afetar o crescimento intrauterino causando hipóxia fetal decorrente ao auto nível de carboxihemoglobina, vasoconstrição uterina e interferência no metabolismo fetal (ZAMBONATO et al., 2004). Silva et al., (2009) enfatiza que as condições da gestação quando tem uma atividade física materna existe um fator de proteção, então o autor sugere que essas atividades físicas podem ter efeitos positivos no controle de situações estressantes ou podem trazer benefícios diretos para o desenvolvimento da gestação. Takito, Neri e Benício, (2008) reforça que a importância da promoção da atividade física no período gestacional possibilita maior possibilidade de modificação para um estilo de vida mais ativo que implica melhores condições de saúde da população feminina. O consumo de álcool durante a gestação é prejudicial tanto para a mãe quanto para o feto, visto que o etanol atravessa facilmente a barreira placentária trazendo consequência séria para o feto do consumo de álcool durante a gravidez, sendo caracterizado por retardo do crescimento intrauterino, déficit mental, alterações musculoesqueléticas ( YAMAGUCHI etal.,2008). Yamaguchi et al., (2008) fala ainda que as drogas ilícitas atravessam a barreira placentária sem sofrer metabolização causando diminuição da perfusão


48

útero placentária, diminuição do crescimento fetal e aumenta o risco para o parto prematuro. O estudo possibilitou observar que as puérperas estudadas tem um grande número de mulheres tabagista e que tem hábitos sedentários sem a pratica de atividade física, uma minoria faz uso de drogas ilícitas porém o grupo estudado é um número pequeno.

Tabela 9- Dados relacionados ao hábito de vida como horas de sono, atividades nos dia de folga, estudo, atividade noturna de puérperas que deram a luz à bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012. Variável

Frequência

%

5 5 10

25,00 25,00 50,00

Atividades nos dias de folga Ficar em casa com a família Sair com amigos Ir a praia Outros

13 5 2 0

65,00 25,00 10,00 0,00

Estuda atualmente? Sim Não

4 16

20,00 80,00

Qual curso? Ensino médio Graduação de administração

3 1

15,00 5,00

Pratica de atividade noturna Sim Não As vezes

2 18 0

10,00 90,00

Qual ? Trabalho Total

2 20

10,00 100,00

Horas de Até 6h habitualmente Até 8h Mais de 8 horas

sono

dormidas

O estudo diagnosticou que as horas de sono dormidas das puérperas em questão foram que 25% tinham 6 horas de sono diárias, 25% até 8 horas de sono e


49

50% tinham mais de 8 horas de sono. E dentre destas puérperas 10% praticavam algum tipo de atividade noturna e 90% não tinham nenhum tipo de atividades realizadas no período noturno. Em relação aos estudos 80% não estudavam e 20% estudavam. Com atividades nos dias de folga de ficar em casa com a família 65% das puérperas tem essa preferencia, 25% preferem sair com os amigos e 10% gostam de ir a praia. No período da gravidez, ocorrem mudanças hormonais e metabólicas e os fatores inerentes a esta fase como, movimentos fetais, dor lombar, aumento do volume abdominal que dificulta o posicionamento no leito e o aumento da frequência urinária que induz a necessidade de ir ao banheiro constantemente, podem afetar o sono nestas mulheres (COSTA et al., 2011). Teixeira, Matsudo e Almeida, (2008) diz que a atividade de lazer e atividades físicas durante a gestação traz benefícios de aumento de autoestima já que o período gestacional causa modificações físicas e emocionais a mulher. O presente trabalho nos mostra que as puérperas participantes tem maior preferência de estar ao lado da família nos dias de folga e tem boas horas de sono, visto que a mulher quando gestante tem maior necessidade horas de descanso.

1- Pergunta aberta: Preferências alimentares das puérperas que dera a luz a bebês prematuros no município de Caraguatatuba, São Paulo, 2012. Sobre as preferências alimentares foi classificado que as puérperas tinham o hábito de consumir café, arroz, feijão, carnes, massas, batata frita, saladas, peixes, legumes, frutas e doces. Berlarmino et al., (2009) fala que a gravidez provoca modificações no organismo materno, que geram necessidade aumentada de nutrientes essenciais, incluindo as proteínas, os carboidratos e os lipídios, com a finalidade de manter a nutrição materna e garantir o adequado crescimento e desenvolvimento fetal. Visto que é essencial para identificar mulheres em risco gestacional realizar o monitoramento nutricional na gestante como um elemento fundamental na prevenção da morbidade e da mortalidade perinatal. Durante a gravidez, a questão da alimentação é muito importante, sendo previstas alterações na dieta como parte do protocolo da assistência pré-natal,


50

principalmente em razão das necessidades aumentada (BAIÃO e DESLANDES, 2010). Neste estudo verificou – se que uma grande parte das puérperas tem preferência de hábito alimentar de ingestão de café. Pacheco et al., (2007) fez um estudo sobre o consumo de cafeína na gestação e fala que uma vez que a prevalência de exposição à cafeína é relativamente presente durante a gestação e que o baixo peso ao nascer e a prematuridade estão associados à maior morbimortalidade infantis, a influência da cafeína sobre o crescimento fetal é vista como uma importante questão de Saúde Pública. Durante o estudo de revisão bibliográfica os autores falam que a cafeína pode não interferir na gestação dependendo da quantidade ingerida e que deve ser evitada no período gestacional (PACHECO et al., 2007).


51

7- Considerações finais Este estudo proporcionou o conhecimento das causas de prematuridade no município de Caraguatatuba, como já citado existe uma escassez em estudos que nos façam conhecer os fatores que mais acomete a causas de prematuridade no município. Caraguatatuba vem apresentando um elevado índice de prematuridade e baixo peso ao nascer. Sabe- se que a prematuridade é um desafio para os profissionais de saúde, pois não depende somente de cuidados médicos e de enfermagem, mas também na questão educativa e de cultura social. Este estudo possibilitou traçar o perfil característico das puérperas estudadas que tiveram bebês prematuros no município de Caraguatatuba, e que receberam assistência na maternidade do Hospital Casa de Saúde Stella Maris, houve momentos de dificuldades para a coleta de informações no prontuário devido à falta de informação documental e deficiência nas anotações nas carteiras de Pré-Natal, porém teve um bom acolhimento na instituição por parte dos profissionais e dos sujeitos da pesquisa. Foi identificado então que o maior percentual das puérperas eram adolescentes e adultas jovens, primigesta, residentes com companheiro e amasiada, baixa escolaridade, renda familiar baixa em relação aos números de pessoas com quem reside, com deficiência no auto cuidado da saúde, pois somente procura o serviço de saúde em casos de emergência, gravidez não planejada, usuária do SUS e o que mais chamou a atenção é que dentre os fatores de risco citados na literatura o maior percentual nestas puerperas foram a Doença Hipertensiva Específica da Gestação e também alto números de puérperas que passaram stresse durantes a gestação. Foi observado também que foi uma minoria que participaram de grupos educativos para gestantes. Com base nestes dados fica extremamente explicito a importância do envolvimento da comunidade e dos profissionais de saúde para a captação precoce das gestantes, que pode ser facilitado por meios de consultas domiciliares e atividades que visem a educação, para isto a equipe de saúde deve transmitir segurança e corresponder as expectativa da comunidade, trazendo assim uma parceria entre a comunidade e o serviço de saúde.


52

Também se vê a importância que a enfermagem tem relacionado a prematuridade, pois através de uma consulta de enfermagem no Pré-Natal pode se detectar risco para uma gestação de risco e através desta ferramenta que é a consulta de enfermagem, a equipe de saúde deve se trabalhar rigorosamente encima da prevenção da gravidez de risco e parto prematuro. Conclui-se que este trabalho pode contribuir para a saúde da comunidade possibilitando a identificação dos fatores de risco para o parto prematuro, e oportunizar o trabalho preventivo para a prematuridade, também se fez ver a necessidade de um programa de educação tanto para as mulheres grávidas como para os profissionais que prestam assistência à saúde podendo prevenir o parto prematuro, pois assim, instruir as grávidas para autodetecção de sinais precoces de trabalho de parto. Além disso, com um bom treinamento a equipe de saúde poderá fazer a triagem das gestantes visando determinar seus riscos para trabalho de parto prematuro e também tratar de forma precoce e agressiva na prevenção da gravidez de alto risco.


53

8 – Referências . 1-

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em:


63

APÊNDICE A- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

“Fatores de Risco para a ocorrência de prematuridade no município de Caraguatatuba, S.P”. Orientadora- Profª Msc Solange M. F. Vasconcelos Co-Orientadora- Profª Esp. Valéria Cristiane Rosa e Silva

As informações aqui contidas foram fornecidas por Elaine Moreira de Avelar, graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Módulo, e Professora Co-Orientadora Valéria Cristiane Rosa e Silva, objetivando firmar acordo por escrito, onde o leitor deste, firma e autoriza a sua participação nesta pesquisa, com pleno conhecimento da natureza do estudo, com livre arbítrio e sem coação. Em qualquer etapa do estudo, terá acesso aos profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. Não havendo despesas pessoais em qualquer fase do estudo e também sem compensação financeira relacionada à sua participação. Qualquer esclarecimento ou reclamação sobre os aspectos éticos dessa pesquisa, favor entrar em contato com: Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Módulo, pelo endereço: Av. Frei Pacífico Wagner, 686, Centro Caraguatatuba, tel: 12 38972000. 1.

Titulo: “Análise dos Fatores de Risco para a ocorrência de prematuridade no

município de Caraguatatuba, Litoral Norte de São Paulo”. 2.

Objetivos: Essas informações estão sendo fornecidas para sua participação

voluntária neste estudo que visa Conhecer as principais causas para a ocorrência da prematuridade; Associar a prematuridade, com as características culturais, socioeconômicas e estilo de vida das gestantes, Analisando os fatores associados as causas da prematuridade. 3.

Justificativa: Discutir as causas de prematuridade em puérperas de

Caraguatatuba, Litoral Norte de São Paulo, bem como associar com os fatores de risco existentes para tal se faz necessário, devido o município de Caraguatatuba


64

sempre apresentar níveis elevados de Mortalidade Infantil, sendo a mortalidade perinatal ser responsável por esse alto índice, onde uma das causas principais é a prematuridade. Entretanto existem vários estudos sobre prematuridade na literatura de enfermagem, porém relacionada aos municípios do Litoral Norte, a escassez é incontestável, o que nos motiva a realizar este estudo. 4.

Procedimento: Será realizada uma entrevista pela graduanda Elaine Moreira

de Avelar, através de um formulário, solicitando informações sobre Dados Sóciodemográficos (idade; origem; estado civil; reside com o companheiro; número de filhos; se trabalha; qual a atividade de trabalho; números de pessoas com que reside; renda familiar; quantas pessoas vivem com a renda familiar; participação na vida econômica da família e escolaridade). Dados Relacionados à Saúde e a gestação: (categoria de atendimento a saúde; se possui alguma doença que relaciona à gestação atual; se informa doenças pré- existentes; principais queixas em relação à saúde; número de gestações anteriores; problemas de saúde relacionados a gestação anterior; número de filhos vivos; número de filhos mortos; número de abortos; número de partos naturais; número de cesáreas; número de consultas no pré natal; freqüência que procurava o serviço de saúde antes da gestação; internação durante a gestação; causas de internação durante a gestação; se a gravidez foi planejada ou não; se participou de algum grupo de gestante durante a gestação; com qual profissional realizou o pré-natal; foi submetida à fatores stressantes durante a gestação; obesidade ). Dados relacionados ao Estilo de vida (se faz uso de tabaco; outras drogas e fármacos; se faz uso de bebidas alcoólicas; hábitos alimentares; se pratica atividade física; se estuda atualmente; atividade noturna; horas de sono; a atividade de lazer mais frequentemente praticada; sedentarismo). 5.

Riscos esperados: Embora não ocorram procedimentos invasivos, considera-

se pesquisa de risco mínimo, relacionada a possíveis alterações emocionas durante a entrevista. 6.

Benefícios: Dados sobre a Análise dos Fatores de Risco para a ocorrência de

prematuridade no município de Caraguatatuba, Litoral Norte de São Paulo poderão ser fundamentais para subsidiar futuras avaliações e ações de prevenção da prematuridade.


65

7.

Informações adicionais: Estes dados servirão para estudo, podendo

caracterizar novas descobertas no que diz respeito a causas de prematuridade do município de Caraguatatuba. 8.

Retirada do consentimento: O entrevistado pode deixar de participar do

estudo a qualquer momento, sem prejuízo de natureza alguma. 9.

Publicação dos dados: Os resultados encontrados ao final da pesquisa

poderão ser publicados. Eu,________________________________________________________________, certifico que após a leitura deste documento e de outras explicações deste estudo dadas pela aluna responsável, estou de acordo com a minha participação voluntária na pesquisa, ficando claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.

_______________________________, ___/___/____.

_____________________________________________________________ Assinatura do entrevistado e RG _________________________________ Elaine Moreira de Avelar RGM: 185892 (graduanda) Elaborado com base na resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, publicada no Diário Oficial n° 201.16.


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APÊNDICE B – Autorização para Coleta de Dados

Caraguatatuba, __________________de 2012. Ilmo. Srº____________________________________________________________ Diretor Clínico________________________________________________________ Prezado Senhor

A aluna Elaine Moreira de Avelar, é aluna do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Módulo, e está desenvolvendo o projeto com o tema “ Análise dos Fatores de Risco para a ocorrência de prematuridade no município de Caraguatatuba, Litoral Norte de São Paulo”, sob minha Co-orientação. O estudo tem como objetivos “Conhecer as principais causas para a ocorrência da prematuridade; Associar a prematuridade, com as características culturais, socioeconômicas e estilo de vida das gestantes, Analisando os fatores associados as causas da prematuridade”. Para viabilidade deste estudo, solicitamos a V.S.ª autorização para coletar os dados por meio de entrevista com todas as puérperas que deram a luz a prematuros no período de Abril de 2012 a junho de 2012, neste estabelecimento de saúde, que concordarem em participar do estudo, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados serão obtidos por meio de um questionário com questões relativas aos dados sócio-demográficos, dados relacionados à saúde e a gestação, e dados relacionados ao estilo de vida. A coleta de dados será realizada pela própria aluna, em dias e horários prédeterminados de comum acordo com a instituição e puérpera, de forma a não interferir em suas atividades de rotina. Todas as dúvidas relacionadas à pesquisa serão prontamente esclarecidas, e não haverá ônus financeiro à instituição. Serão assegurados o sigilo e o caráter confidencial das informações coletadas.


67

Agradecendo antecipadamente a valiosa colaboração de V.S.ª colocamo-nos a disposição para quaisquer esclarecimentos, nos telefones e endereço eletrônico abaixo.

Atenciosamente, ___________________________________ Profª Esp. Valéria Cristiane Rosa e Silva Co-Orientadora Telefone: 012 97690668 Email: valeria.silva@modulo.edu.br ____________________________________ Elaine Moreira de Avelar Graduanda em Enfermagem Telefone: 012 97318354 Email: naneavelar@hotmail.com


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APÊNDICE C- Instrumento de Coleta de Dados

“ Fatores de Risco para a ocorrência de prematuridade no município de Caraguatatuba, S.P”

Dados Sócio-Demográficos 1. Data de Nascimento: _____/_____/______ 2. Origem: _______________________________________________________ 3. Estado Civil: [ ]1-solteiro [ ]2-casado [ ]3- amasiado [ ]4- divorciado [ ]5-separado [ ]6-viúvo

4. Reside com o companheiro: [ ]1-sim

[ ]2-não

5. Número de filhos vivos anteriores a gestação: [ ]1-nenhum [ ]2- um [ ]3-dois [ ]4-três [ ]5-quatro ou mais

6. Números de pessoas com que reside: [ ]1-nenhum

[ ]2- um

[ ]3-dois

[ ]5-quatro

[ ] 6- cinco ou mais

[ ]4-três


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7. Renda Familiar em R$: ________________

8. Quantas pessoas vivem com a renda familiar: [ ]1-dois [ ]2-três [ ]3-quatro ou mais

9. Trabalha: [ ]1-sim

[ ]2-não

10. Qual a atividade de trabalho: [ ]1-braçal [ ]2- intelectual [ ]3- administrativa [ ]4-comércio [ ]5- empresarial

11. Participação na Vida Econômica da Família: [ ] 1- É responsável pelo sustento da família [ ] 2- Não contribui [ ] 3- Contribui

parcialmente

[ ] 4- Contribui esporadicamente

12. Escolaridade: [ ]1-nenhum

[ ]2- Ensino fundamental

[ ]3-Ensino Médio

[ ]4- Curso Superior [ ]5- Pós Graduação

Dados Relacionados à Saúde e a Gestação 1.Categoria de atendimento Médico: [ ]1-SUS

[ ]2- Convênio

[ ]3-Particular


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2. Possui alguma doença relacionada a gestação atual: [ ]1- Sim

3. Possui alguma doença pré-existente: [ ]1- Sim

[ ]2- Não

[ ]2- Não

4. Qual doença: [ ]1- Hipertensão [ ]2- Diabetes [ ]3- Algum tipo de Câncer [ ]4- Problemas renais [ ]5- Problemas Neurológicos [ ]6- Problemas psiquiátricos [ ]7- Problemas de coluna [ ]8- Problema de pele [ ]9- Respiratórios [ ]10- Problemas ginecológicos e/ou obstétricos [ ]11- Outras

5. Quais os principais motivos/queixas que levaram a procurar o serviço de saúde antes da última gestação?________________________________________________________

6. Com que frequência procura o serviço de saúde ates da última gestação ? [ ]1- mensalmente [ ]2- semestralmente [ ]3- anualmente [ ]4- Outros

7. Número de gestações anteriores: [ ]1-nenhum


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[ ]2- um [ ]3-dois [ ]4-três [ ]5-quatro [ ]6- cinco ou mais

8. Problemas de saúde relacionados com as gestações anteriores: [ ]1- Sim

[ ]2- Não

9. Quais:___________________________________________________________

10. Número de filhos vivos incluindo o último:

[ ]1-nenhum [ ]2- um [ ]3-dois [ ]4-três [ ]5-quatro [ ]6- cinco ou mais

11. Número de filhos mortos incluindo o último:

[ ]1-nenhum [ ]2- um [ ]3-dois [ ]4-mais de dois


72

12. Número de abortos anteriores:

[ ]1-nenhum [ ]2- um [ ]3-dois [ ]4-mais de dois

13. Número de partos naturais incluindo o último:

[ ]1-nenhum [ ]2- um [ ]3-dois [ ]4-mais de dois

14. Número de partos cesáreos incluindo o último:

[ ]1-nenhum [ ]2- um [ ]3-dois [ ]4-mais de dois

15. Número de consultas ao pré-natal na última gestação:

[ ]1-nenhum


73

[ ]2- um [ ]3-dois [ ]4-três [ ]5-quatro [ ]6- cinco [ ]7- seis [ ]8- sete ou mais

16. Número de internações durante a última gestação: [ ]1-nenhum [ ]2- um [ ]3-dois [ ]4-mais de dois

17. Causas de internação durante a gestação? [ ]1-Problemas obstétricos/ginecológicos [ ]2- Diabetes [ ]3-Hipertensão [ ]4-Hiperemese gravídica [ ]5- Problemas cardíacos [ ]6- Problemas respiratórios [ ]7-Outros

18. Gravidez foi planejada:

[ ]1- Sim

[ ]2- Não

19. Participou de algum grupo de gestante durante a gestação: [ ]1- Sim [ ]2- Não

20. Com qual profissional realizou o pré-natal?


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[ ]1- Médico Obstétrico [ ]2- Médico do PSF [ ]3- Enfermeiro [ ]4- Com os dois

21.Foi submetida à fatores stressantes durante a gestação? [ ]1- Sim

22.

Peso referido: ________________

23.

Altura referida: ________________

24.

IMC: ___________________________

Dados relacionados ao Estilo de vida 1.Atividade de lazer mais freqüentemente praticada: [ ] 1-assistir televisão [ ]2-ir ao cinema [ ]3-ir a praia [ ]4-visitar familiares [ ]5-viajar [ ]6-Igreja [ ]7-outro

2. Pratica atividade física: [ ] 1-Sim

3. Qual a frequência? [ ]1- 1 x por semana [ ]2- 2 x por semana [ ]3- 3 x por semana [ ]4- + de 3 x por semana

[ ]2-Não

[ ]2- Não


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[ ]5-Esporadicamente

4. Estuda atualmente? [ ]1- Sim

[ ]2- Não

5. Qual o curso? _________________________________________________

6. Pratica alguma atividade noturna? [ ]1- Sim [ ]2- Não [ ]3- Às vezes

7. Qual? _________________________________________________________

8. Fuma: [ ]1- Sim [ ]2- Não [ ]3- Às vezes

9. Quantos cigarro por dia? [ ]1- até 10 [ ]2- até 20 [ ]3- + de 20

10. Faz uso de outras drogas? [ ]1- Sim [ ]2- Não [ ]3- Às vezes

11. Qual tipo: [ ]1- Maconha [ ]2- Cocaína [ ]3- Medicamentos


76

[ ]4-Crack [ ]5- Outros

12.Faz uso de bebidas alcoólicas? [ ]1- Sim [ ]2- Não [ ]3- Às vezes

13. Com qual frequência? [

]1- Diariamente

[ ]2- 2 x por semana [ ]3- 3 x por semana [ ]4- 4 x por semana [ ]5- 5 x por semana

14.Preferências alimentares:______________________________________

15. Horas de sono dormidas habitualmente: [ ]1- até 6h [ ]2- até 8h [ ]3- + de 8 horas

16. O que gosta de fazer nos dias de folga: [ ]1- Ficar em casa com a família [ ]2- Sair com amigos [ ]3- Ir à praia [ ] 4 - Outros


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