Jornal Terra & Campo JUL-AGO/2014

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Especial:

Dia do Colono e Motorista ANO XI Edição 132 25 de Julho à 25 de Agosto de 2014 R$ 8,00

jornal.terraecampo@hotmail.com

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Foto: Keke Barcelos

50 anos

ABCCorriedale

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Editorial

Expediente

Charge

Estamos encerrando mais uma edição, esta dedicada ao Colono e Motorista, duas classes fundamentais para o desenvolvimento da nação Brasileira. Um produz e o outro transporta as riquezas deste país, garantindo o alimento na mesa de cada um. Por falar em produção, estamos a pouco mais de um mês da Expointer 2014, o maior evento do setor primário da América Latina.

Infelizmente estamos registrando a perca de dois grandes nomes do setor rural brasileiro: Ricardo Torres, produtor rural, crioulista, técnico da ABCCC e leiloeiro e Luiz Antônio Martins Bastos, criador símbolo da raça Crioula, integrante do Conselho Fiscal e o Conselho Deliberativo Técnico da ABCCC. Foi também vice-presidente da Associação na gestão de Elisabeth Amaral Lemos, entre 2003 e 2004. Dois grandes nomes que deixam o seu legado para as futuras gerações.

General Osório, 1400 Galeria Acosta sala 10 Fone: (53) 3252.2183 Diretor: Éverton Neves Depto. Comercial: Lindamar Neves Jornalista responsável: Éverton Neves DRT 13145 Projeto gráfico: Luiz Antônio Machado Jr. Diagramação : Matheus Ferreira da Silva

Silva Tavares 1187 - Canguçu/RS

Ricardo foi um grande amigo que tive oportunidade de seu convívio em charlas yegueras. Homem de personalidade que não dobrava a espinha para defender seu ponto de vista.

Oswaldo Dornelles Pons – Cabanha Tupambaé

Índice

Envio de materiais, fechamento redação: até o dia 23 Fechamento publicitário: até o dia 20.

Colaboradores: Dejalmo Prestes, Fernando Furtado Velloso, Gerson Pinto, Cristiano Costalunga Gotuzzo, João Bosco, Fabiana Gonçalves, Daniel Barros,Emerson Sabedra. Tiragem: 10.000 exemplares Abrangência: Regiões Sul e Campanha. Foto Capa: Keke Barcelos Conselho Editorial & Assessoria:

Frase destaque

Nosso veículo estará presente registrando os principais acontecimentos. Entre eles a programação comemorativa aos 50 anos da raça Corriedale e aos 80 anos do Ideal. Nesta edição estamos publicando as agendas do Gado Holandês e também do Devon e uma matéria especial dos 50 anos do Corriedale.

Fundado em outubro de 2002 Grafik Gráfica Expressa CNPJ: 05.038.806/0001-92

Agenda de Leilões/ Eventos......4

Especial

Mercado / Repórter Rural..........6

Especial Nutrição....................20

Raças - Corriedale ......................7

O Universo dos Vinhos.............21

Pecuária em destaque...............8

Perfil...........................24

Especial Indústria ................... 10

VIP Rural ................................ 27

Pecuaria de destaque ............12

Info Afubra...............................28

Especial Leilões ..................... 13

Informativo SEAPA ..................30

50 anos ABCCorriedale .............16

Especial Cavalo Crioulo............31

Leilão......................18

O Jornal Terra & Campo não se responsabiliza por conceitos emitidos em colunas e artigos assinados e não devolve originais, publicados ou não.


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Calendário de Leilões Cavalos: 26/07

Gado Geral: Remate Crioulos do Brasil Local: Brasília/DF Horário:21:00h

Remate Tropa de Elite 02/08 Local: casa NTX POA Horário:21:00h

27/08

Remate Cabanha do Barulho e Convidados Local: Pista J Esteio Horário:21:00h

30/08 Remate Especial Santa Angélica Local: Pista J Esteio Horário: 21:00h 01/09

Cotações Agropecuárias

Remate Cabanha Boa Vista e Maior Local: Pista G Esteio/RS Horário: 21:00h

02/09 Remate Especial Maufer Local: Pista J. Esteio/RS Horário: 21:00h

Remate Gado Geral 31/07 Local: Pelotas/RS Horário: 20:00 h

14/08 Remate Gado Geral Local: Pinheiro Machado/RS Horário: 20:00 h

Fonte: EMATER/RS ASCAR

Eventos 19/08 Remate Essência Prenhezes e cotas Local: Expointer Horário: 21:00h

03/09 Pavilhão de Gado Leiteiro Local: Expointer Horário: 18:00 h 04/09 Leilão Tipo Leite Gadolando Local: Expointer

13/08 VII Feira de Rústicos de Inverno Rosário do Sul/RS 19 a 23/08 IV Feira de Ventres São Borja/RS 30/08 A 07/09 XXXVII Expointer Esteio/RS 08 a 13/09 IV Feira de Ventres São Francisco de Assis /RS

ABHB divulga a Programação de Admissão e Julgamento dos Animais na Expointer 2014 O evento irá acontecer entre os dias 30 de agosto e 7 de setembro.

A 37ª Expointer, considerada a maior feira de agronegócios da América Latina e uma das maiores do mundo, está se apro-

Foto: Mark Sneed.

ximando e a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) já possui a sua programação de admissão e julgamento

dos animais para a edição 2014. O evento irá acontecer entre os dias 30 de agosto e 7 de setembro, no tradicional Parque de Exposi

ções Assis Brasil, em Esteio/RS. Acompanhe a Programação de Admissão e Julgamento dos Animais na Expointer 2014:

De 25/08 a 29/08/14 06h até 24h - entrada dos animais de galpão. 30/08/14 – (Sábado) Tarde Julgamento de admissão dos animais à galpão Hereford e Braford. 01/09/14 (Segunda-Feira) 14h - Julgamento de classificação, Campeonatos e Grandes Campeonatos Hereford e P.Hereford Fêmeas/Galpão (Pista 4). 02/09/2014 (Terça-Feira) 08h às 18h - entrada e julgamento de Admissão dos Rústicos. 09h- Julgamento de classificação – Grande Campeonato Fêmeas Braford Campeonato Hereford e P.Hereford Machos Galpão(Pista 4). 14h – Julgamento de classificação – Grande Campeonato Hereford e P. Hereford Machos – Braford Machos – Galpão (Pista 4). 03/09/2014 (Quarta-Feira) 08h30min – Julgamento de Rústicos Hereford e Braford. (Pista 20). 04/09/2014 (Quinta-Feira) 08h – Saída de Animais Rústicos. 05/09/2014 (Sexta-Feira) 10h Abertura da Expointer. Desfile dos Campeões. 07/09/2014 (Domingo) 20h Saída de Animais a Galpão.


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Marco Medronha mmedronha@hotmail.com

Perspectiva de safra recorde pressiona preços do trigo no Brasil Por Dylan Della Pasqua O mercado brasileiro de trigo encerrou a terceira semana de julho com retração nos referenciais de preços. No Paraná, a média das cotações nas regiões produtoras ficou em R$ 706,67 a tonelada, com queda de 2,3% em relação ao fechamento da semana anterior. No Rio Grande do Sul, a média foi de R$ 540,00, acumulando queda semana de 2,7%, conforme dados de SAFRAS & Mercado. “A trajetória de baixa verificada no mercado é acompanhada pelo reduzido volume de negócios e tem como motivadores a forte retração das cotações internacionais (potencializada internamente pela isenção da Tarifa Externa Comum) e pela expectativa de produção recorde no Brasil”, aponta o analista de SAFRAS, Elcio Bento. Na temporada 2013/14 a safra paranaense era inferior a necessidade de cereal nacional das indústrias do estado. Na atual, com 4,0 milhões de toneladas estimados de produção, os produtores do estado precisarão escoar um volume expressivo para outras unidades da federação. Com as condições meteorológicas favorecendo os produtores do Rio Grande do Sul nos últimos dias, o processo de plantio pode evoluir de forma satisfatória, fazendo com que o percentual da área plantada atingisse nesta semana 93% do total da área projetada inicialmente, aproximando-se da

média histórica dos últimos anos, segundo dados da Emater local. De maneira geral as lavouras estão em processo de emergência e estabelecimento inicial das plântulas que, com o retorno da boa luminosidade da última semana, além de temperaturas amenas durante o dia, retomaram o crescimento e melhora no padrão de coloração. Todavia, algumas lavouras ainda se ressentem das pesadas chuvas ocorridas em fins de junho que causaram problemas de germinação e mesmo de erosão, principalmente naquelas onde o manejo visando a conservação solo (plantio em nível, terraços, etc.) era deficiente. Em muitas destas lavouras as falhas não são concentradas, o que inviabiliza o replantio, fato que forçará os produtores a repor parte dos fertilizantes, ocasionando elevação dos custos de produção. Nesse sentido, levantamento realizado pela Emater/RS após as pesadas chuvas que se abateram principalmente no Norte do estado, indica que cerca de 174.500 hectares (aproximadamente 15% do total previsto para este ano) se encontram nessa situação. As consequências desse evento, em relação à produtividade esperada são difíceis de serem quantificadas, uma vez que a cultura está em estágio inicial, com muitas delas podendo se recuperar, desde que ocorra um manejo adequado durante seu ciclo. Nos casos em que ocorreu perda total os produtores estão solicitando amparo do Proagro (seguro).

REPÓRTER RURAL

O Brasil que a copa não mostra

As agências de turismo e os meios de comunicação mostram para o mundo, durante a Copa da Fifa no Brasil, a tradicional publicidade de um país tropical com belas praias, mulheres bonitas, a exuberante natureza da Amazônia, a miscigenação de um povo multicultural, o lado popular e alegre das favelas e principalmente o jeito alegre e hospitaleiro do povo brasileiro, certamente nossa marca registrada e maior riqueza.

Foto: Divulgação

MERCADO

Poucos terão a oportunidade de conhecer as riquezas produzidas pelo nosso meio rural, porque isso não foi mostrado na grande mídia. Uma pena, pois o Brasil juntamente com a China é os países de maior crescimento no mundo. Nossa produtividade na agricultura e pecuária têm puxado os índices para cima, muito se deve ao trabalho de nossos agricultores, a pesquisa agropecuária e aos serviços de extensão rural.

A organização da Copa do Mundo, em qualquer lugar sempre vai querer mostrar e oferecer aquilo que se tem de melhor, não convidamos ninguém a visitar a nossa casa para tratarmos mal ou de forma indiferente, isso é um comportamento não condiz com nossos costumes.

Segundo dados do próprio Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Brasil é um dos maiores produtores de carnes e grãos. Entre nossas maiores produtividades na pecuária está a carne de frango, carne bovina e a carne suína. Na agricultura destaque para as produções de soja, arroz e milho. No entanto sabemos que nem tudo Como não falar durante a Copa é maravilhoso e que nossa “roupa para as nações, que estamos ensuja” deve ser lavada por nós mes- tre ou que somos os maiores promos, sem envolver nossos visitantes. dutores de alimentos do mundo? Os turistas que vieram para Copa, além de assistir futebol e cantar o hino de sua nação com a mão no peito, provavelmente não irão conhecer o lado cruel e desumano e violento de uma nação que escancara suas desigualdades. Parece que neste momento, a poeira é rapidamente varrida para baixo do tapete, embora exista coisas que sejam impossíveis esconder. Basta o telespectador, ouvinte ou leitor buscar as notícias em outros meios que não sejam os oficiais.

Claro que existem em terras gaúchas e brasileiras turistas visitando nossos imigrantes alemães, italianos, franceses, japoneses, portugueses e vários outros que ajudaram no crescimento agrícola do Estado e do País, mas isso a Copa pouco mostra. Uma pena, pois quando o jogo acabar e o mundo parar de nos olhar, os organizadores vão despertar e talvez percebam que todos precisam tomar café, almoçar e jantar.


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Foto: Arquivo

Tudo começou na Nova Zelândia, região denominada Corriedale, era o ano de 1866 e o Ovinocultor James Little preocupado em melhorar a qualidade do seu rebanho começa a fazer cruzamentos entre raças, com um único propósito: realizar um sonho; criar um ovino destinado a oferecer vantagens que as demais raças não conseguiram: produzir boa quantidade de carne e também lã: nascia o Corriedale. Utilizando o método de consangüinidade que é o cruzamento de diversas raças, James Little escolheu 4000 ovelhas puras Merinas e as acasalou com 100 carneiros puros Lincoln. Da produção destes

Corriedale

acasalamentos selecionou 1000 ovelhas fêmeas e 20 machos e acasalou-os. Da produção obtida James Little fez uma rigorosa seleção, separando os animais cujas características correspondiam plenamente a um ovino de dupla aptidão, num equilíbrio de 50% carne e 50% lã. Oito anos mais tarde em 1874, o criador Willian Soltau Davidson com os mesmos propósitos realizou cruzamentos da Raça Merino com Leicester e Border Leicester ajudando assim na formação da Raça. O verdadeiro Corriedale é formado de 50% Merino,30% Lincoln,15% Leicester e 5% Border Leicester,

como mostra esta figura da época. O Corriedale só foi oficialmente reconhecido como raça pura em 1911 quando foi criado o Flok Boock brasileiro, que é o livro de registros da raça. O Corriedale tem que ter bom porte e deve dar a impressão de um animal de grande vigor e ótima constituição,que se manifesta em sua formação própria para a produção de carne e lã. Possui quartos e paletas bem carnudos já que são os responsáveis pelas partes carniceiras da Raça. Deve ostentar um andar ágil e de grande vitalidade, o que lhe confere uma boa capacidade de deslocamento. Sendo um animal de duplo propósito

Fonte: www.abccorriedale.com.br

RAÇAS Foto: Arquivo

ele deve ser equilibrado, apresentando um esqueleto bem constituído e um velo pesado, extenso e de ótima qualidade. Com lã cobrindo bem todo o seu corpo com exceção das virilhas e axilas, o Corriedale possui mechas relativamente longas, bem definidas, carnudas, densas e com ondulações pronunciadas e proporcionais a finura das fibras. Lã branca, de bom toque e bem lubrificada, com diâmetro médio variando de 26,5 a 30,9 micrômetros. Com estas características a lã produzida por um Corriedale tem um alto valor industrial, bom rendimento no peso o que deixa qualquer produtor satisfeito com seu rebanho.z


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PECUÁRIA EM

DESTAQUE

Pode parecer pretensioso o título deste texto, mas creio que com os dados expostos a seguir muitos concordarão que não é exagero. A seleção das vacas em um rebanho (registrado ou comercial) é a base animal para se alcançar produtividade e eficiência. Existem diversas formas de selecionar boas matrizes e uma das mais completas é o programa “Pathfinder” da Associação Americana de Angus, identificando matrizes superiores desde 1978. O objetivo do Pathfinder é identificar matrizes superiores com ênfase em precocidade sexual (puberdade), reprodução e parição em idade jovem seguida de regularidade de parição com progênie acima da média da raça. O programa requer o mínimo de 3 filhos com índice 105 ou mais (que superam a média em 5% ou mais). Em 2014 foram identificadas o total de 8.842 matrizes qualificadas como Pathfinder de um grupo de mais

As melhores vacas do mundo de 2 milhões de matrizes candidatas e com mais de 7 milhões de produtos (dados de desmame). O foco do programa é identificar e amplificar as vantagens da raça. Para tanto são usados os seguintes critérios: a) Idade ao primeiro parto: a primeira parição deve ocorrer dentro da média do rebanho para esta característica. A idade máxima aceita para primeiro parto é a média do rebanho mais 30 dias; b) Intervalo entre partos: a vaca tem de manter regularidade de partos e animais com intervalo entre partos superior a media do rebanho não são qualificáveis; c) Desempenho dos produtos: os primeiros três produtos da matriz devem ter peso de desmame igual ou maior ao índice 105. Após este período, a matriz deve seguir reproduzindo regularmente e mantendo a média de seu índice de

peso ao desmame acima de 105; As matrizes que alcançam o status Pathfinder são identificadas no registro genealógico com o símbolo “#” e assim são facilmente reconhecidas em catálogos de leilões, catálogos de sêmen, exposições, etc. O status Pathfinder nunca é retirado de uma matriz, mas esta somente segue participando dos relatórios anuais se mantiver produção superior. Touros Pathfinder A identificação dos touros que mais produzem fêmeas eficientes é uma importante informação gerada por este programa. Um touro integra este relatório somente se ele possuir 5 ou mais filhas no relatório atual. Outra forma de ranquear estes reprodutores é através do % de filhas superiores. Confira a seguir os touros que foram mais eficientes em produzir filhas Pathfinder. A preocupação com a eficiência reprodutiva é um grande mérito deste programa, pois ele combina uma série de características buscadas em todos os rebanhos: novilhas precoces, matrizes que reproduzam com as condições normais de produção (alimentação) e produtos apropriados ao mercado. É sabido que existem diferenças no desempenho de genética importada em nosso país, pois ocorre a Interação Genótipo Ambiente, e logo os mesmos touros listados podem não produzirem filhas superiores no Brasil, porém o propósito deste texto é ressaltar as virtudes do método e da construção de valor para fêmeas verdadeiramente superiores. Creio que denominar estas matrizes como “as melhores do mundo” não é exagero então, pois são fêmeas que cumpri-

ARTIGO Foto: Divulgação

Fernando Furtado Velloso - Médico Veterinário (CRMV RS 7238) Inspetor Técnico – Associação Brasileira de Angus Sócio da Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha

ram a sua função e foram identificadas tecnicamente como tal. No Brasil não temos um programa similar, seja com raças europeias ou zebuínas, mas já tabulamos a eficiência reprodutiva e habilidade materna das matrizes em diferentes programas de melhoramento genético. Especificamente na raça Angus, o PROMEBO publica anualmente em seu Sumário a relação de “Vacas Líderes” (mães superiores) e também disponibiliza para os criadores o “Relatório de Ventres” onde estão indicadas as melhores matrizes de acordo com a avaliação genética de seus produtos. Ainda de forma mais simples, podemos consultar o desempenho reprodutivo das matrizes diretamente no Herd Book, e assim checar o intervalo entre partos e quantos produtos registrados uma matriz possui (pelo menos nos indica o potencial de produzir um produto registrável). O status Pathfinder# nos EUA e as outras fontes de informação citadas no Brasil são bons critérios para eleição de doadoras para programas de Transferência de Embriões, assim como o uso de touros provados para este fim também seja recomendável para formação de rebanhos puros. Saímos de uma seleção ainda muito baseada em visual e pedigree, para métodos bem mais técnicos e seguros. Neste momento, o Brasil usa muita genética Angus voltada para cruzamento e sem a preocupação com a eficiência da vaca, porém é compromisso do criador (plantel) estar atento a esta características e assim buscar continuamente a seleção de matrizes superiores.


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Americana julgará raça

Holandês na Expointer 2014 A raça Holandês já está com a programação fechada para a Expointer 2014. A Expointer, edição 2014, acontecerá de 30 de agosto a 7 de setembro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil , Esteio , RS. O julgamento da raça estará a cargo da criadora em Columbus, EUA, Molly Florent Sloan. Molly também será jurada da raça Holandês na edição 2014 da Expo de Madison, a maior do gênero nos Estados Unidos e que acontecerá no mês de outubro.

Os negócios ficam por conta do VII Leilão Tipo Leite, no dia 4 de setembro, quinta feira, às 19h, na pista D, de Remates, localizada no Pavilhão de Gado Leiteiro. Ainda é destaque na agenda o Concurso Leiteiro, prova de jovens e a definição da premiação da Exceleite 2013-2014. O proprietário da Suprema Exceleite, ganhará um carro 0 km. A Suprema reúne as melhores pontuações em Pista e Concurso Leiteiro das exposições integrantes do ranking.

27 a 29/08/2014 Entrada dos animais. 30/08 – sábado Identificação e admissão dos animais. 17h– Pré Lançamento EXPOLEITE/2015, Café com Leite, Stand Gadolando. 31/08 – domingo 14h – Fim das inscrições para o Concurso Leiteiro. 18h – Reunião com os participantes do Concurso Leiteiro. 01/09 – segunda-feira 06h – 1ª Ordenha Concurso Leiteiro. 14h – 2ª Ordenha Concurso Leiteiro. 22h – 3ª Ordenha Concurso Leiteiro. 02/09 – terça-feira 06h – 4ª Ordenha Concurso Leiteiro. 14h – 5ª Ordenha Concurso Leiteiro - Banho de Leite Campeãs Concurso Leiteiro. 03/09 – quarta-feira 14h – Inicio do Julgamento de Classificação, Machos e Fêmeas Jovens. 04/09– quinta-feira 14h – Continuação Julgamento de Classificação. Vacas, Conjuntos, Progênie, Grande Campeonato. 19h – 7º Leilão Tipo Leite – Pista de Remates Gado de Leite. 05/09– sexta-feira 15h – Entrega dos Prêmios aos vzencedores do Circuito Exceleite 2013/2014. 19h – Coquetel de Confraternização e Entrega de Prêmios aos Campeões e Participantes da Raça Holandesa – Stand da Raça Holandesa. 06/09 – sábado 11h – Gurizada Boa de Lida, O Jovem mostrando sua habilidade com a Raça Holandesa (Pista de Julgamento) 17h – Galeria das Grandes Campeãs, Inclusão do Quadro da Grande Campeã da Expoleite/2014 Café com Leite. 07/09 – Domingo 15:00 horas – Happy Hour de avaliação da Expointer/2014 Local: Stand da Gadolando. 20:00 horas – Encerramento e saída dos animais.

Foto: Marcelo Pereira de Carvalho.


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ESPECIAL

INDÚSTRIA A Indústria de Implementos Agrícolas Vence Tudo, de Ibirubá/RS recebeu no dia 09 de junho, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre/ RS, o Prêmio Exportação RS. Realizado há 42 anos, é considerado o maior evento do segmento no sul do país, distinguindo as empresas que obtiveram os melhores resultados mercadológicos e desenvolveram estratégias inovadoras para expor e comercializar seus produtos no mercado internacional.

Vence Tudo conquista prêmio Exportação RS instituições públicas e privadas ligadas ao mercado exportador, tem como objetivo legitimar a premiação, além de identificar, indicar e validar as empresas que apresentaram os melhores resultados qualitativos e quantitativos em suas exportações, a partir da análise dos dados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Para conseguir alcançar esse destaque no mercado das exportações, a equipe de Mercado Externo da Vence Tudo investiu no aperfeiçoamento técnicos e de idiomas, redistribui os profissionais por regiões e intensificou a participação em feiras internacionais (Ex: África do Sul, Colômbia, Rússia, Paraguai, etc.).

Além de valorizar as atividades exportadoras e a comunidade empresarial do Rio Grande do Sul, o Prêmio Exportação RS é o reconhecimento à competência mercadológica e à visão estratégica das empresas que buscam novas fronteiras e contribuem para o fortalecimento sócio- Outros fatores que resultaram em -econômico do Estado e do País. bons resultados foram as visitas de clientes produtores e revendas O Conselho do Prêmio Exporta- distribuidoras na fábrica local e a ção RS, composto pelas principais utilização de programas de apoio

como APEX e PROEX para fomentar ainda mais as vendas. Segundo Marcos Luís Lauxen, diretor presidente da Vence Tudo, essa importante premiação comprova o crescimento da indústria que investe constantemente em tecnologia para atender aos pequenos, médios e grandes produtores do Brasil e demais 35 países de atuação. Para a Vence Tudo a exportação é um mercado em expansão. Todos os anos abre novos mercados

foto: Divulgação.

e amplia os já existentes. A indústria acredita que existe uma grande oportunidade de crescimento no segmento de máquinas agrícolas, pois o mundo está buscando o aumento na produção de grãos. Através do plantio direto, das tecnologias de agricultura de precisão, e com o aumento no tamanho/porte das máquinas e implementos a empresa está apta a contribuir com a produção de alimentos para o mundo.


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PECUÁRIA EM

DESTAQUE

Programa Montana anuncia 1200 touros aptos para o trabalho a campo Ao todo, 1200 reprodutores Montana estão aptos para trabalhar em diversas regiões do País.

Foto: Divulgação

Pecuaristas de todo o Brasil e norte do Uruguai terminaram as últimas avaliações em seus plantéis e já disponibilizam de animais Montana safra 2012 para comercialização. Ao todo, 1200 reprodutores Montana estão aptos para trabalhar em diversas regiões do País agregando entre outros, carne de qualidade e produção uniforme aos mais variados rebanhos de raças. A cada safra, todos os animais Montana são avaliados no nascimento, passam por análises na desmama e novas avalia ções aos 14 meses de idade.

Após estas etapas, os dados colhidos são encaminhados para a USP/Pirassununga para avaliação genética. Com posse das avaliações genéticas, a equipe do Programa Montana vai a campo fazer as marcações dos touros atentando para as características morfológicas: aprumos, umbigo, músculos e padrão racial. Todo este procedimento tem como objetivo a seleção dos 26,5% melhores machos de toda a safra.

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Os animais selecionados e marcados são reprodutores Montana, e representam um trabalho de 20 anos em busca do animal ideal

para as condições de clima, pasto e rebanho brasileiro. Sem dúvidas são reprodutores que focam em ganho de peso, carne de qualidade e produção uniforme, sem falar da simplicidade no manejo”, comenta Gabriela Giacomini, gerente de operações do Programa Montana. Todos os touros possuem o CEIP – Certificado Especial de Identificação e Produção – concedido pelo Ministério da Agricultura. Para mais informações acesse www.compostomontana.com. br ou através do twitter @programamontana


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ESPECIAL

LEILÕES

No último dia 6 de julho, as Fazendas Irapuá participaram do Leilão Multi Raças realizado pelo escritório rural Pampa Remates no município de Dois Vizinhos, no Paraná, com a venda de 14 reprodutores Hereford, 6 Braford e 8 matrizes Hereford PC prenhes. Os reprodutores Hereford foram comercializados com média de R$ 7.080,00 e os Braford com média de R$ 6 mil, já as fêmeas Hereford PC tiveram média de R$ 3.080,00, obtendo um faturamento total de R$ 159.760,00. A Irapuá oferta animais no Paraná há oito anos e a busca pela genética selecionada na propriedade é crescente, conforme John Lennon, administrador do grupo. “Nós já possuímos uma clientela fiel no Paraná. Nossa genética é muito procurada por serem animais rústicos, com excelente adaptação e animais produtores

Irapuá atinge faturamento de R$ 160 mil em Leilão realizado no estado do Paraná Foto: Divulgação

de carne, para serem utilizados no cruzamento industrial com raças zebuínas, que somam uma grande parte do rebanho do estado”, disse. Ainda segundo ele, o remate superou as expectativas e se houvesse maior oferta por parte da Irapuá, também teria liquidez total. Este foi o primeiro ano em que a propriedade ofertou reprodutores da raça Braford, acreditando no mercado promissor para o sintético no Paraná, onde além de outras regiões brasileiras, como a central e a centro oeste, o Braford vem ganhando força pela sua rusticidade e produtividade, associadas com sua excelente capacidade de adaptação em diferentes ambientes. Pensando nisso, a Irapuá aposta no melhoramento genético e num rigoroso sistema de seleção, para satisfazer a demanda principalmente pela qualidade de

seu produto, que se reverte em maior lucratividade no campo. As Fazendas Irapuá, de olho no mercado internacional, integra o Projeto Setorial Brazilian Hereford & Braford (BHB). O projeto, fruto da parceria entre a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) e Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), tem o propósito de mostrar ao mundo a qualidade genética dos animais

das raças Hereford e Braford selecionados no Brasil, bem como serviços e produtos agropecuários. Atravéz do BHB a Irapuá recebeu em junho a visita de dois criadores australianos, que estavam no Brasil para a Copa do Mundo e também para conhecer a raça Hereford selecionada no país. Para conhecer mais a qualidade genética do criatório, acesse: www.fazendasirapua.com.br.


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25 DE JULHO À 25 DE AGOSTO DE 2014 Foto: Arquivo

Uso de tecnologia BT no controle de larvas de diabrotica SPP. na cultura do milho Por Lucas Bortolanza, Eng. Agrônomo, RC Agroeste Sementes O estudo das larvas D. speciosa (larva-alfinete) é mais desafiador do que o das pragas da parte aérea, pela dificuldade de visualização, quantificação, avaliações de dano e controle. Até hoje, para o Brasil, as estratégias de controle da larva-alfinete ficam restritas ao controle químico, mas possivelmente para a cultura do milho, os agricultores venham ter um forte aliado já para as próximas safras.Trata-se da chegada de genótipos de milho resistentes (milho Bt) a larvas do inseto, estratégia de controle conhecida nos EUA, e que leva o nome de tecnologia “rootworm”. Na raiz do milho, o dano decorre da redução do sistema radicular e da interferência na absorção de nutrientes e água reduzindo assim a produtividade da cultura. As larvas-alfinetes são, portanto, consideradas pragas principais da cultura do milho, principalmente em regi-

ões onde as temperaturas médias são mais elevadas, devido às grandes perdas que causam anualmente e se tornam fatores limitantes para se obter altas produtividades.

Foto: Divulgação

Além dos custos financeiros o controle químico também tem custos ambientais, porém, mesmo assim, ainda é o método mais utilizado para o controle das várias espécies de Diabrotica. Além da redução das perdas diretas causadas pelas injúrias nas raízes que refletirão na produtividade, outras vantagens do uso do milho Bt incluem a redução da aplicação de agrotóxicos, redução do uso de combustíveis, economia de água potável e comodidade para o produtor. Foto: Divulgação

A PEDIDO

Edital de Convocação

Assembléia de eleição da Nova Diretoria. O Clube Costa Doce de Vôo convida seus sócios para a votação para a eleição da nova diretoria a realizar-se em Pelotas/ RS na rua Luis de Camões 434, Bairro Três vendas no dia 10 de agosto, às 19:00h. ASS. A DIRETORIA.


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Raça Crioula perde o criador, ex-técnico da ABCCC e leiloeiro Ricardo Torres No final da tarde do dia 17/07, a triste notícia do falecimento do extécnico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e leiloeiro Rural Ricardo Torres, se propagava na internet. Amigos, colegas e criadores manifestavam o seu carinho e a última homenagem ao profissional do martelo. Dezenas de mensagens foram registradas no facebook. Torres havia sido hospitalizado há pouco menos de um mês, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Além de leiloeiro atuante na Mape Leilões, Torres, era criador de cavalos crioulos, chegando a trabalhar como supervisor técnico da ABCCC, tendo conquistado o reconhecimento dos demais criadores. “Ricardo foi um grande amigo que tive oportunidade de seu convívio em charlas yegueras. Homem de personalidade que não dobrava a espinha para defender seu ponto de vista. Que Deus o espere de braços abertos para sua última desinclina-

da”, comenta Oswaldo Dornelles Pons – Cabanha Tupambaé – um dos principais criatórios da raça. Já a equipe da Mape Leilões deixou registrada em sua página do facebook a sua última homenagem “É com uma enorme tristeza que recebemos a notícia do falecimento do nosso grande amigo, companheiro e leiloeiro Ricardo Pinto Torres. Se despede cedo um grande homem, que colaborou muito na Raça Crioula e que com certeza nos deixará muita saudade. Que o Patrão Velho te receba de braços abertos, dê força e conforto aos amigos e familiares. Fica o nosso eterno agradecimento e o sentimento por uma grande perda. Descanse em paz”. Várias mensagens retratavam um homem generoso, amigo e profundo conhecedor do cavalo e das lides campeiras. O velório e o enterro foram realizados no dia (18/7) na cidade de Dom Pedrito/RS.

Foto: Gabriel Oliveira


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Foto: Keke Barcelos.

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Luis Augusto Weber.


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50 anos ABCCorriedale Em 1957, o Corriedale tornou-se a raça mais importante do País. ”La Rabida”, de Pablo Santayana, foi a cabanha uruguaia que forneceu os primeiros Corriedales para o Brasil. A raça Corriedale foi introduzida no Brasil na década de 30. Até 1957 manteve-se estável no seu desenvolvimento. Porém, após este ano se expandiu, demonstrando que a nova raça havia se adaptado perfeitamente nos campos do Sul e já se iniciava uma seleção dos rebanhos. Segundo a ARCO - Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, os primeiros exemplares da raça Corriedale chegaram ao Brasil vindos do Uruguai e se destinaram ao Município de Herval, importação esta efetivada em 1927. Já com o Corriedale pisando os pampas gaúchos, em 1939, os Municípios de Bagé e São Gabriel trouxeram novos exemplares. Posteriormente, no ano de 1946, novas importações aconteceram consolidando definitivamente o Corriedale no rebanho do Rio Grande do Sul.

quatro (1964). O seu primeiro presidente foi João Francisco Tellechea, cujo mandato foi até 1973. Na sequência, vieram muitos colaboradores, que aceitaram o cargo e muito fizeram em prol da entidade. João Assis Canabarro – 1973 a 1979 / Jaime Silveira Ferreira – 1979 a 1983 / Jair Menezes – 1983 a 1986 / Renato Ávila Albornoz – 1986 a 1987 / João Degrazia Matas – 1987 a 1989 / José Inácio de Andrade Freitas - 1989 a 1991 Florício Silveira Soares -1991 a 1993 e 1995 a 2000 / José Roberto Pires Weber - 1993 a 1995 / José Antônio de Azeredo Lemos – 2000 a 2004 / Aluísio Roberto Rosas de Azevedo – 2004 a 2008 / Carlos Cléber Dias Leal – 2008 a 2012.

Atualmente é presidida pela Sra. Elisabeth Amaral Lemos, que Em 1957, o Corriedale tornou-se foi eleita durante a Expointer de a raça mais importante do País. 2012. A ABCCorriedale, por es”La Rabida”, de Pablo Santayana, colha de seus associados, elegeu foi a cabanha uruguaia que forne- ao longo de sua história, criadores ceu os primeiros Corriedales para de destaque como Presidente de o Brasil. A Cabanha ”La Rabida”, Honra, seja no seu criatório, bem tradicional na criação de ovinos do como por sua dedicação à raça. Uruguai, importava diretamente da Nova Zelândia e Austrália ven- Ao longo destes 50 anos, notres e reprodutores para seus reba- mes como João Canabarro, Álnhos. Quase que simultaneamente varo Azevedo, Irineu Soares, a Argentina também fazia impor- Floriano Kruel de Lemos, José tações de Corriedale. Os anos pas- Wetternick e, na atualidade a saram e somente em 1946 o Brasil Sra. Lidia Maria Azevedo Sodeu início à importação de Cor- ares, receberam esta distinção. riedale de origem neo-zelandeza. Na Expointer 2014, a ABC Com toda esta evolução, um gru- Corriedale comemorará seu po de criadores, liderados pelos cinquentenário, desenvolvenSrs. Nadir Boffill e João Fran- do a seguinte programação: cisco Tellechea, resolveram reunir os corriedalistas mais des- 1º de setembro (2ª feira): tacados do Estado, para tanto 10h – Julgamento de Fêmeas; fizeram uma convocação. O local 14h – Julgamento dos Machos do encontro seria o Hotel Gló- na sequência – Grandes Camperia da cidade de Uruguaiana e onatos, 19h – Confraternização. para lá se deslocaram um grande número de interessados na raça. Dia 2 de setembro (3ª feira): Nesta reunião a Associação Bra- 10h – Assembleia Geral Ordinásileira de Criadores de Corrieda- ria; 19h – Jantar Festivo, com Hole, com a sigla A.B.C. CORRIE- menagens, Entrega de Prêmios e DALE, então resultou fundada Remate Ouro Corriedale. em vinte e dois (22) de outubro Um projeto de Certificação da Carde mil novecentos e sessenta e ne Corriedale vem sendo desen-

volvido em parceria com o Marfrig Group, visando fixar a marca, aumentar o volume, a constância e a qualidade de oferta, que, em futuro próximo, trará benefícios aos criadores, agregando valor ao produto. Estamos agendando um lançamento desta carne, colocando o produto ao alcance de todos. Homenagens:Comemorando os 50 anos será prestada homenagem aos Ex-Presidentes, que tanto trabalharam, galgando degrau a degrau na história da ABCCorriedale. O reconhecimento dos corriedalistas para eles, que a seu modo levaram adiante a missão da entidade. O troféu “Um Bom Legado” será entregue à família de destacados corriedalistas, que não mais convivem entre nós, mas que deixaram um legado aos seus descendentes. José Pedro Escosteguy da Cunha e Gastão Bravo de Medeiros com seu filho Luiz Pedro fazem jus a esta homenagem. As Cabanhas Santa Úrsula e Nova Aurora continuam em suas trajetórias vitorosas. Teremos o troféu “Um Bom Legado Especial” será entregue à família de Mario Becco. Talvez os mais novos não se lembrem da figura simpática daquele que fez a ligação da pecuária gaúcha com o País irmão, o Uruguai. Seu Becco era um profissional competente, granjeou amigos e clientes para a revista La Propaganda Rural, deixando um legado a seu filho Gabriel, que hoje segue os passos do pai. Uma escolha, que já é tradicional em nossa entidade, é a do Jovem Corriedalista. Neste ano, serão dois os homenageados, os irmãos Fernando e Gustavo Arriada Petruzzi, que

Atualmente é presidida pela Sra. Elisabeth Amaral Lemos, que foi eleita durante a Expointer de 2012.

começaram sob a orientação de Olavo Oliveira, mas com seu entusiasmo e apoio dos pais, projetaram a Cabanha Pimenteira. Remate Ouro Corriedale: Este será o ponto alto da programação. Com a intenção de festejar os 50 anos, a ABCCorriedale planejou este remate, que visa contemplar os já tradicionais criadores e aos novos interessados na raça com o que há de melhor na genética racial. Serão ofertadas 18 borregas PO das mais importantes cabanhas do Estado. Como se isto não bastasse, os interessados poderão comprar pacotes de coberturas dos mais destacados carneiros, verdadeiros “Pais de Cabanha”, oportunizando o alcance destes sangues para todos. Também serão comercializados os machos que participarão do Julgamento Morfológico, qualidade sempre presente na vitrina da agropecuária gaúcha, a Expointer 2014.

Foto: Mickael Freitas


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25 DE JULHO À 25 DE AGOSTO DE 2014 Foto: Paulo Fonseca

ESPECIAL

DEVONz A Associação Brasileira de Criadores de Devon (ABCD) ajusta os últimos detalhes para a edição 2014 da Expointer, que acontece entre os dias 30 de agosto e 7 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Em 2014, a ABCD levará para a exposição 76 animais de argola de 32 expositores diferentes. Em comparação ao ano passado, o aumento no número de animais inscritos foi de 10%. O número de expositores também aumentou, chegando ao número de 34 participantes, vinculados a 18 cabanhas. “Os dados comprovam a presença cada vez maior do Devon na principal feira de agronegócio da América Latina. Isso é fruto do trabalho diário da Associação e dos criadores da raça”, afirma Gilson Hoffmann, presidente da ABCD. Um dos principais objetivos da Associação é valorizar a integração das famílias em torno do Devon na Expointer, através de diferentes ações. A ABCD mantém a fórmula de sucesso com a realização dos prêmios Chiripá, que busca reconhecer a participação direta das mulheres na criação do Devon no Brasil, e do Jovem Expositor, que

Número de animais inscritos da raça Devon na Expointer supera 2013 chega a sua quarta edição neste ano. “Um dos principais pilares da Associação sempre foi a forte presença das famílias na criação da raça. Com estas premiações, revitalizamos nosso trabalho através da participação de filhos, netos e sobrinhos e valorizamos a presença sempre marcante das mulheres na criação da raça”, diz Elizabeth Cirne Lima, vice-presidente da ABCD. Os julgamentos de machos e fêmeas de argola ocorrem em 3 de setembro, mesma data de realização do Troféu Chiripá e do Prêmio Jovem Expositor. Já o julgamento dos rústicos acontece no dia 4 de setembro. As avaliações novamente ficarão a cargo do jurado Luiz Fernando Cirne Lima, ex-ministro da Agricultura e grande criador e entusiasta da raça Devon. A ABCD também está pronta para participar da Vitrine da Carne Gaúcha, ação promovida pela Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), em parceria com os programas de carne de qualidade do RS. A Associação participa desde a primeira edição do evento, que tem como principal objetivo mostrar aos visitantes da feira as qualidades da raça em

termos de acabamento de carcaça, sabor, maciez e marmorização. Os novilhos que serão enviados para terminação pertencem à Fazenda Palmeira, propriedade de Cláudio Ribeiro. Uma novidade para este ano será o lançamento do 1º Anuário da Associação Brasileira de Criadores de Devon, reunindo fotos e informações de diversas cabanhas criadoras e de seus animais. O evento de lançamento acontecerá na própria Expointer, no estande da Associação. Leilão Top Devon: Após os resultados positivos do ano passado, quando obteve um faturamento total de R$ 108,86 mil com a venda de 21animais, a Associação está bastante otimista com o leilão Top Devon, que ocorre no dia 4 de setembro, às 14h, ofertando animais rústicos e de galpão. O leilão será realizado pela empresa Rédea Remates, com transmissão ao vivo pelo site www.C2Rural.com.br. Na edição deste ano, serão ofertados 85 animais selecionados por 10 diferentes expositores. “Conforme o planejado, nosso leilão cresceu em participação e manteve a qualidade da oferta”, afirma Henrique Ribas, vice-presidente Comercial da ABCD.

Confira a programação da ABCD para a Expointer 2014: Dia 29/08 (sexta-feira) - Entrada final dos animais de galpão (até às 18h) Dia 30/08 (sábado) - 14h: Julgamento de admissão e pesagem – Jurados: Conselho Técnico Dia 02/09 (terça-feira) - Vitrine da Carne Gaúcha – Pavilhão Internacional – com demonstração de cortes às 10h30min e 16h Dia 03/09 (quarta-feira) - 9h: Julgamento de fêmeas por Luiz Fernando Cirne Lima* - 14h: Julgamento de machos por Luiz Fernando Cirne Lima Paralelamente acontecerá o Campeonato Jovem Expositor e o Prêmio Chiripá - 17h: Julgamento de Progênie - 19h: Coquetel de entrega de Prêmios - 20h: Limite da entrada de Rústicos do Concurso de Carcaças Dia 04/09 (quinta-feira) - 10h: Julgamento de rústicos por Luiz Fernando Cirne Lima - 14h: Leilão Top Devon (rústicos e galpão) – pista J - 16h30min às 17h30min: Assembleia Geral (1ª/2ª convocação) Dia 05/09 (sexta-feira) -Abertura oficial com desfile dos campeões


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De olho no mercado: pecuaristas familiares do Alto Camaquã aprendem mais sobre eficiência produtiva de ovinos Graças à articulação e união, o grupo já conseguiu um caminhão para transporte dos ovinos e aguardam a chegada de um caminhão frigorífico, previsto para breve. Essas últimas conquistas prometem incrementar a comercialização dos cordeiros produzidos pelas mais de 420 famílias vinculadas às associações que formam a Rede de Produtores do Alto Camaquã (ReAC). No último dia 10, cerca de 130 produtores da rede estiveram reunidos na Embrapa Pecuária Sul para participar de um seminário técnico sobre parição ovina. O evento foi promovido pela Embrapa e a Associação para o Desenvolvimento Sustentável do Alto Camaquã (Adac), em parceria com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), o Sebrae, a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR/RS) e a Emater e objetivou oferecer mais conhecimentos sobre o manejo do rebanho de cria, já que o grande gargalo encontrado se refere à alta taxa de mortalidade perinatal que reduz a oferta de cordeiros. Durante o encontro, foram distribuídos 40 “kits parição”, contendo documentos técnicos explicativos, “cajado” com a extremidade curva para segurar os cordeiros recém-nascidos no campo, termômetro e sonda para administração de colostro. De acordo com o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Marcos Borba, coordenador do seminário, o evento cumpriu com os seus objetivos. “Acredito que conseguimos promover as capacidades dos produtores para a solução de problemas inerentes ao sistema de produção e nivelar os conhecimentos da Rede Alto Camaquã com respeito às ações de pesquisa relacionadas com a caracterização da carne e gordura dos cordeiros do Alto Camaquã”. O pesquisador da Embrapa Pecuária Sul José Carlos Ferrugem enfatizou, em sua palestra, a importância de realizar o controle das épocas de acasalamento, para que as parições não ocorram no rigor do inverno. Além do tempo des-

favorável, deixar que os cordeiros nasçam nesta estação proporciona pouca oferta de alimento para as ovelhas que estarão em fase de amamentação. Usar a época correta de acasalamento é uma importante ferramenta no manejo reprodutivo e deve ser empregada para que os nascimentos aconteçam em um ambiente mais propício, tanto do ponto de vista de condições climáticas, quanto nutricionais. Os nascimentos ocorridos mais próximos à primavera elevam a taxa de desmame, que varia de 60% a 80%. Ferrugem mostrou uma alternativa simples e barata de controlar os acasalamentos por monta natural dos ovinos por meio da marcação das fêmeas após a cobertura realizada pelos machos. Usando coletes com giz colorido, os machos vão marcando as fêmeas com cores diferentes de acordo com os períodos de cio. Desta forma, além de reconhecer as fêmeas mais férteis (que emprenham na primeira monta) das menos férteis (as que precisam de mais de uma monta), como também as falhadas, o produtor pode gerenciar e se preparar melhor para datas as parições. Após a conclusão dos acasalamentos, o produtor estará com as ovelhas identificadas pela quinzena de acasalamento e poderá organizar os grupos para controlar as parições por quinzenas também. Todos esses dados, de acasalamento, parição e desmame podem ser controlados por meio de uma planilha gerencial em excel, oferecida gratuitamente no site da Embrapa Pecuária Sul. O pesquisador abordou também os principais cuidados que o produtor deve ter com a ovelha prenhe e seu cordeiro, como limpeza de úbere no pré-parto, vacinação contra clostridiose e dosificação. Após o parto, Ferrugem frisou a necessidade de revisões diárias nos recém-nascidos, desinfecção do umbigo, identificação e pesagem. Já para os cordeirinhos encarangados, recomendou-se a aplicação de glicose de 20 a 25% intraperitoneal e introdução de colostro por meio de sonda 20 introduzida diretamente no estômago do cordeiro.

Foto: Arquivo.


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25 DE JULHO À 25 DE AGOSTO DE 2014 Foto: Braford e Hereford

ESPECIAL

NUTRIÇÃO Por Conrado P. Kunert Médico Veterinário CRMV-RS 9961 No Rio Grande do Sul as estações climáticas são muito bem definidas e apresentam uma variação térmica muito ampla, fazendo com que a oferta de forragens sejam da mesma forma variada, tanto em sua quantidade como em sua qualidade. Nossos campos nativo são formados basicamente por gramíneas de crescimento estival. Com isso durante a primavera e verão temos um bom crescimento das pastagens, quando da presença de chuvas regulares, já durante o outono e o inverno, temos uma queda acentuada no crescimento das mesmas. Nesse período mesmo com reserva de massa seca, essa apresenta um baixo teor de proteína e um alto índice de lignificação e consequente diminuição da digestibilidade das pastagens nativa.

Manutenção de escore das vacas de cria durante o inverno Os animais lotados em campo nativo no nosso estado, historicamente perdem algo em torno de 10% do peso vivo durante o período de inverno, fazendo com que a estação da primavera seja apenas para repor o peso perdido no período frio. Os bovinos para manter o escore corporal devem ingerir 2,5% de peso vivo de matéria seca por dia, para que isso aconteça o campo tem que ter uma oferta de 2000 kg de matéria seca por hectare. Com o lento crescimento no período de inverno, rapidamente essa oferta passa a ser inferior a necessidade dos animais, causando uma queda nos índices zootécnicos. As vacas de primeira cria (primíparas ), são as que mais prejuízo tem nesse período, pois além de de estarem amamentando ainda tem que terminar seu crescimento, consequentemente nos índices de repetição de prenhes dessa categoria fica a baixo de 10% em nosso estado. Várias são as alternativas que os produtores tem, para evitar essas perdas, causadas pelas variações

climáticas, mais comuns são reserva de área durante o verão, chamadas de capineiras, suplementação de volumoso, como silagens e fenos, utilização de sal proteinado quando existe oferta de matéria seca abundante e a suplementação com grãos e ração concentrada. Afim de atender essa demanda a IRGOVEL desenvolveu esse ano a ração BOVINOS CAMPO, destinada para suplementação de animais a campo, essa ração vem a atender os animais nesse período de baixa disponibilidade de pasto, evitando perdas econômicas consideráveis aos produtores. Nesse produto foi adicionado 3 importantes aditivos, com Monensina Sódica ( Rumensin® ), que permite um melhor aproveitamento do volumos ingerido aumentando a digestibidade da fibra que está apresentando uma qualidade muito baixa nessa época do ano e ajudando a controlar o pH ruminal. Nessa ração tamponamos com mais dois aditivos: Bicarbonato de Sódio e Orgalac, com o intuito de prevenir a acidose ruminal.

A indicação de uso da Bovinos Campo é de 1% do peso vivo do animal por dia, dividido em duas refeições com isso se consegue uma ganho de peso de até 600 gramas dia em campo nativo, no período de escassez de pasto, época que o gado geralmente perde algo em torno de 300 gramas/dia. Atualmente com o preço do gado isso representa um ganho de mais de 400% sobre o valor investido na suplementação, permitindo que os animais entrem na primavera com um bom escorre corporal e consigam atingir o peso desejado para reprodução ou venda, mais rapidamente. A IRGOVEL desenvolveu a Bovinos Campo para atender as necessidades de manutenção dos bovinos nesse período e coloca a disposição dos criadores seu corpo técnico e seus representantes comerciais, para indicar e acompanhar o uso de seus produtos, mais do que vender rações a empresa busca resultado a campo, acompanhando o uso de seus produtos.


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25 DE JULHO À 25 DE AGOSTO DE 2014 Fernando Zamboni - Sommelier e Juiz Internacional para a qualificação de vinhos E-mail: fernando.zamboni@winelands.com.br Site: www.winelands.com.br

O vinho e seus aromas Talvez você não saiba, mas os aromas dos vinhos são divididos em Primário, Secundário e Terciário. Os aromas Primários dos vinhos são os aromas preexistentes na uva, ou seja, antes de qualquer transformação. São os aromas da própria uva, um exemplo claro é o vinho feito de uva Moscato (Moscatel), pois ao cheirar o vinho sente-se o aroma dessa casta, trata-se de uma classe de uvas muito perfumada e de aroma característico. Os aromas Secundários são os que a bebida adquiriu durante a elaboração, fermentação, pela ação das leveduras e bactérias e amadurecimento em barris de carvalho. Os aromas terciários ’’bouquet’’ são os perfumes que o líquido ganhou ao longo de seu envelhecimento em garrafa, a ‘’guarda’’. A palavra bouquet se refere apenas a aromas terciários, ou seja, este termo se aplica somente a exemplares envelhecidos em garrafa. Certamente você já viu alguém descrevendo um vinho, falando que ali se encontram frutas vermelhas, baunilha, manteiga e por aí vai... Então você pode se perguntar: Mas o que estão fazendo baunilha, manteiga, café, chocolate, trufas, rosa e canela no aroma de um vinho? Como estes aromas foram parar no vinho? Eles são adicionados artificialmente ou são simplesmente deva-

O UNIVERSO DOS VINHOS Foto: Arquivo

neios de quem está degustando? A primeira coisa a deixar claro é que estes aromas não são devaneios do degustador. Estes tipos de aroma realmente aparecem nos vinhos fino de mesa, às vezes de forma muito nítida, às vezes de forma mais tímida. A segunda afirmação importante é: estes aromas não são adicionados artificialmente ao vinho. Eles são aromas naturais resultantes das reações químicas que ocorrem no processo de fermentação, maturação em carvalho e envelhecimento em garrafa. Estudos comprovam que, devido à quantidade de papilas gustativas, a percepção varia de uma pessoa para outra. Assim, há quem seja mais sensível às características descritas acima. Esses são chamados de superdegustadores, não pela experiência, mas porque percebem as sensações de forma mais precisa. Podemos agrupar os aromas dos vinhos conforme as características: Florais: perfumes, rosa, violeta, flor de laranjeira, flores do campo, jasmim, lírio... Frutados: Frutas Cítricas: limão, laranja, maçã verde, tangerina, lima, grapefruit...; Frutas vermelhas: amora, cassis, morango, framboesa, groselha, cereja, ameixa...;Frutas brancas ou de caroço: pêssego, damasco, pêra, maçã...; Frutas tropicais: banana, abacaxi, lichia, manga, melão, ma-

racujá... ; Frutas secas: amêndoa, avelã, nozes...; Frutas cristalizadas, em calda, confitadas (cozidas) e geléias: ameixa seca, figo seco, uva passa, panetone/bolo de frutas secas, geléias em geral. Especiarias: pimenta do reino, pimenta branca, anis, cravo, canela, baunilha, gengibre, noz-noscada, alcaçuz, cedro, caixa de charutos, anis, tabaco, chocolate, café, mel, manteiga, caramelo, pão torrado, leveduras, casca de pão, madeira/ carvalho. Vegetais: aspargos, champignon, feno, musgo, capim, grama cortada, pimentão verde, azeitonas pretas, eucalipto, menta, folhas mo-

lhadas, resina, côco, trufas, chás. Animais: couro, pelica, carne fresca, xixi de gato, suor de cavalo, carne de caça, defumados, bacon, boeiro, estrebaria... Herbáceos: hortelã, sálvia, orégano, manjericão, alecrim, pinho, manjerona... Minerais: pedra de isqueiro, petróleo, querosene, cera, asfalto, terra molhada... Químicos: medicamentos... Agora, na próxima vez em que você for degustar um vinho, procure descobrir que característica de aroma ele possui e tente achar alguns aromas. Saúde!


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Circuito ExpoCorte estará em Ji-Paraná(RO) em setembro para discutir a eficiência das propriedades pecuárias Na noite do dia, 10 de julho, ocorreu o lançamento oficial da etapa de Ji-Paraná (RO) do Circuito Expocorte, que será realizado nos dias 17 e 18 de setembro.

Produtores rurais da região de Ji-Paraná (RO) se reuniram no dia 10 de julho, no Parque de Exposições Hermínio Victorelli, onde ocorre a Expojipa, para participarem do lançamento oficial da etapa Ji-Paraná do Circuito ExpoCorte 2014. O lançamento reuniu, além dos produtores, autoridades estaduais e federais, presidentes de entidades e organizadores.

em Ji-Paraná, juntamente com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) e a Associação Rural de Rondônia (ARR).

Queremos reunir pecuaristas, empresários e técnicos de todo o estado para debater, com os palestrantes que traremos para a etapa, o mercado da carne e como se pode tirar mais proveito das proprieEste ano o Circuito ExpoCorte, dades compartilhando técnicas e evento que percorre alguns dos conhecimentos”, explicou Tucciprincipais polos de produção pe- lio. Para o Diretor da Associação cuária do País para disseminar Rural de Rondônia, Sérgio Fertecnologia e informação aos pecu- reira, o desempenho da propriearistas, será realizado nos dias 17 dade rural depende da utilização e 18 de setembro em Ji-Paraná, e correta da tecnologia disponível. terá como tema “Como conseguir Esta orientação é obtida atrao máximo de minha propriedade”, vés dos temas das palestras duanunciou durante o lançamento a rante a ExpoCorte”, completou. diretora da Verum Eventos, Carla O Senador da República pelo esTuccilio, que promove o circuito, tado de Rondônia, Valdir Rau-

pp (PMDB), prestigiou o lançamento do Circuito ExpoCorte e salientou a importância de ter um evento deste porte no estado. “A informação é o bem mais valioso que existe, e as vezes é isso que falta ao produtor para adquirir mais qualidade, mais rentabilidade na sua propriedade. Por isso é tão importante o Circuito ExpoCorte aqui na região”, comentou Raupp. “O grande desafio é mostrar para o produtor que sua propriedade é um negócio viável, então, com certeza, um evento desta natureza o criador tem a oportunidade de colocar suas dificuldades e também poder perceber que o agronegócio é viável”, comentou Adilson Júlio Pereira, assessor especial da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) Além de participar das discussões

no workshop, os participantes do evento poderão conferir as últimas novidades tecnológicas apresentadas pelas empresas na feira de negócios que compõe o evento. As inscrições para participar do workshop estão abertas após o termino da etapa de Campo Grande e podem ser feitas pelo site www.circuitoexpocorte.com.br. Sobre o Circuito: O Circuito ExpoCorte foi criado com a finalidade de levar tecnologia e discussão para os principais polos de produção pecuária do Brasil. Em sua terceira edição em 2014, o evento passou por Cuiabá (MT), em março, onde reuniu 900 participantes, passará por Campo Grande, em julho e será realizado em Ji-Paraná(RO) em 17 e 18 de setembro, Araguaína (TO) em 15 e 16 de outubro e Uberlândia (MG) nos dias 11 e 12 de novembro.


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Conheça a ovinocultura cearense Produtores já recebem duas vezes mais pela carne de cordeiro.

Em parceria com seus representantes regionais, a Associação Brasileira de Criadores de Dorper (ABCDorper) quer mostrar para todo o País as peculiaridades e exemplos que estão dando certo na ovinocultura nacional. Sua proposta é estimular a organização da cadeia produtiva e atrair investidores para um segmento em franca expansão no agronegócio brasileiro. Depois do Mato Grosso do Sul, onde uma iniciativa inédita ajuda na formação de escalas para abate, e do Pernambuco, que comemora a queda das barreiras sanitárias, chegou a vez do Ceará demostrar que tem tradição na criação de ovinos e pode vir a ser um grande fornecedor nacional de carne de cordeiro. Na verdade, é neste cantinho do Brasil onde está o terceiro maior rebanho de ovinos. Com pouco mais de 2,3 milhões de cabeças, perde apenas para os estados do Rio Grande do Sul e Bahia em volume de cabeças. “Mas não se enganem. Se o clima permanecesse regular, poderíamos aumentar nosso rebanho cinco vezes ou mais”, exalta o criador Manoel Carlos Fontenele, dono da Dorper Cauipe, no município de Caucaia (CE) e representante da ABCDorper. Conhecida popularmente por “miúnça”, a ovinocultura regional caracteriza-se pelo sertanejo, que não tem grandes dimensões de terras para criar gado e mantém alguns ovinos para o sustento da família. Boa parte do rebanho está pulverizado em pequenas propriedades rurais. Os volumes mais significativos se concentram no Sertão de Inhamuns, em cidades como Tauá e Santa Quitéria, e no Sertão Central, com destaque a Quixadá e Quixeramobim. O manejo do plantel ocorre em regime extensivo de caatinga, mas é comum produtores administrarem ração para promover um acabamento de carcaça antes do abate. Mesmo em meio a uma seca atípica que já dura cinco anos, os produtores ressentem menos as dificuldades, especialmente quem trabalha com raças mais rústicas e adaptadas, como é o caso do Dorper e do White Dorper, de origem sul-africana. Fontenele enxerga como erro grave a falta de interesse por parte dos produtores em usar carneiros registrados nas ovelhas

comerciais. Preferem usar mestiços, que são mais baratos, mas de produtividade duvidosa. “Muitos me procuram querendo comprar meio-sangue Dorper ou White Dorper, mas não vendo. Entendo que a missão destas raças é servir o consumidor com uma carne de cordeiro de primeiríssima qualidade, nada mais que isso”, defende. Uma cultura que pode mudar, quando mais desses produtores perceberem que os custos adicionais com reprodutores puros são amortizados facilmente pelos ganhos gerados na heterose e pelo rendimento extra de carcaça do rebanho. E isso ocorre de forma quase imperceptível. “Mesmo assim, relutam um pouco em pagar cerca de R$ 2 .000,00 num bom reprodutor”, brinca Fontenele. Os abates de ovinos costumam ser realizados em um frigorífico credenciado no Serviço de Inspeção Estadual (SIE), que pertence a um grande grupo empresarial. Os produtores recebem, em média, entre R$ 7,00 e R$ 8,00 por quilo vivo, nada menos que o dobro do que recebiam em um passado não muito distante. A explicação está na qualidade conferida na produção nacional e no sabor da carne que surpreende cada vez mais o paladar dos brasileiros. Até mesmo aquelas donas de casa que resistiam ao consumo dessa carne por experiências negativas no passado. Algo que acontecia porque os animais eram abatidos velhos e por isso tinham gosto e cheiro fortes, o que não ocorre quando ainda cordeiros. “Se carneiros registrados são fundamentais nesse processo, melhor seria se os produtores unissem forças para comprar animais suficientes para fazer repasse em todas as cabanhas envolvidas”, sugere Fontenele. Enquanto a cadeia não se organizar e promover um envolvimento mais atuante por parte dos frigoríficos e abatedouros, a “carne de moita” (clandestina) continuará imperando. “Isso acontece porque aqui no Ceará é comum famílias manterem três ou quatro animais no fundo no quintal para vender nas feiras quando precisam de dinheiro”, explica o empresário Victor Sampaio, proprietário da Campomar, empreendimento que envolve a criação de ovinos Dorper e Whi-

te Dorper, além de um empório de ta na costela”, informa Fontenele. cortes especiais de cordeiro e um Uma grande fornecedora é a restaurante no sul de Fortaleza. CIALNE (Companhia de Alimentos do Nordeste), que detém Para suprir a carência de bons pro- nada menos que 8.000 fêmeas, dutos, o empresário formalizou entre matrizes e ovelhas que ainparcerias com outros produtores. A da não atingiram idade reprodupreferência é por cordeiros de cru- tiva. Para fornecer alimentos de zamento industrial entre o Dor- eximia qualidade e reduzir custos, per ou White Dorper com Santa trabalham apenas com inseminaInês. “Em troca, remunero acima ção artificial, alcançando taxas de dos preços de mercado e estou dis- fertilidade acima de 75%. As doses posto a negociar com novos for- de sêmen são das raças Dorper e necedores, desde que sigam nosso White Dorper, que resultam em modelo. Dentro do programa, os índices de mortalidade menores, cordeiros obrigatoriamente são mais peso ao desmame e melhor abatidos aos seis meses de vida ou conversão alimentar. “Os cordeiros até menos” esclarece o empresário. são abatidos aos 4,5 meses para satisfazer os consumidores mais exiProdução – No Ceará, a carne de gentes. Produzimos aproximadaorigem conhecida tem destino cer- mente 200 toneladas de carne por to: a Capital, onde a matéria-prima ano.Nossos produtos abastecem é a vedete de restaurantes e chega a restaurantes em todo o Estado”, custar mais que a lagosta. A prefe- afirma Rafael Carneiro, Diretor rência é por cordeiros com menos de Operações Logísticas e Agrode cinco meses. “A carne do carré pecuária da CIALNE, ressaltando de um cordeiro com idade superior que apenas o abate é terceirizado. é mole demais e não se susten-


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Vinicius Gularte Scaglioni Engenheiro Agrônomo - Cooplantio

Defensivos agrícolas: Contrabando e Falsificação Um assunto que preocupa a indústria de defensivos agrícolas, a Receita federal, a Polícia Federal e os agricultores honestos é contrabando e falsificação, até pouco tempo um tema desconhecido da maioria da população. Mas a prática ilegal cresceu tanto que começa a aparecer nos noticiários. As polícias brasileiras, as autoridades fronteiriças e a Receita tiraram de circulação em torno de 500 toneladas de produtos ilegais desde 2002, quando o combate foi intensificado. é um crime que prejudica a indústria, a arrecadação de impostos e os próprios produtores, pois tais produtos não contém os princípios ativos necessários ao combate às pragas e, ao contrário, muitas vezes, têm elementos que destroem as lavouras. Se isso acontece, e o produto foi ilegalmente adquirido, o agricultor não tem a quem se queixar. E, se fizer a reclamação para quem lhe vendeu, pode ser morto. As informações são de Fernando Marini, gerente de produtos do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola, que nos falou sobre a entrada ilegal de herbicidas, inseticidas, fungicidas e acaricidas não registrados no País, vindos, principalmente, através do Uruguai e do Paraguai. Somente de janeiro a julho de 2012, foram apreendidas 10 toneladas em operações realizadas no Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás.

adotado pelo crime organizado. Há produtos que custam R$ 4.600,00 o quilo ou R$ 600,00 o litro. A produção é feita, geralmente, na China e na Índia, mas, no caso das falsificações, já foram descobertas ‘fábricas’ no Brasil, no Uruguai e no Paraguai. Uma das maiores operações de fiscalização e apreensão foi feita em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, com o uso até de dois helicópteros pela polícia. Em Alegrete, um agricultor pego aplicando produto ilegal, levou multa de R$ 4,2 milhões, ficou sem crédito oficial e a Justiça está analisando se manda destruir ou não sua lavoura. Foi apreendido um avião Ipanema. Em São Borja, na Operação Boqueirão, foi preso o maior contrabandista de defensivos agrícolas. Produtos contrabandeados do Uruguai foram encontrados dentro de caixões de defunto trazidos por uma funerária. Em Santana do Livramento, uma ambulância foi apreendida com o produto sobre as macas de transportar doentes, verdadeiro crime hediondo, porque o paciente poderia ser intoxicado. Outras apreensões foram feitas em caminhões que transportavam arroz, podendo contaminar o alimento. Na Grande Porto Alegre, uma ‘indústria’ usava embalagens de produtos de limpeza para acondicionar o defensivo agrícola falsificado.

A tonelagem, à primeira vista, parece pequena, mas o leitor tem de atentar que apenas gramas destes produtos são necessários numa lavoura. Nos últimos 10 anos, quase mil pessoas foram detidas, houve 50 condenações judiciais em caráter definitivo.

Como diz Marini, ‘quem abre a porteira para agrotóxico ilegal está convidando o bandido a entrar’, pois o contrabando e a falsificação se transformaram em empresa de logística, ponto de fortalecimento financeiro do crime organizado.

O negócio é tão bom que foi

Fonte: Jornal do Comércio/RS

ARTIGO

Dejalmo Prestes Engenheiro Agrônomo e Consultor

Meio ambiente e o licenciamento ambiental A Constituição Federal previu, em seu art. 225, que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Com isso, o meio ambiente tornou-se direito fundamental do cidadão, cabendo tanto ao governo quanto a cada indivíduo o dever de resguardá-lo. Meio ambiente é conjunto de condições, leis, influencias , interações de ordem química e biológicas que permite, abriga e rege a vida em todas suas formas. Esse conceito nos diz muitas coisas, entre tantas, a relação de nossas atitudes todos os dias em cada passo ou decisão a tomar. Onde estivermos tudo que nos rodeia, onde pisamos, o ar que respiramos e toda nossa interação com os seres e coisas poderá ser mais ou menos afetado, modificado ou melhorado. É nossa relação biótica ou abiótica. Para regulamentar essa relação existe leis e o licenciamento ambiental é um Instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, que foi estabelecida pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. A principal função desse instrumento é conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação do meio ambiente. Uma série de processos fazem parte do licenciamento ambiental, que envolve tanto aspectos jurídicos, como técnicos, administrativos, sociais e econômicos dos empreendimentos que serão licenciados. Para saber como licenciar um empreendimento é necessário consultar a Resolução normativa (CONAMA 237/97). O que são impactos ambientais? O que causa esses impactos e consequências? Tudo que é causado por efeitos estranhos a natureza, por exemplo, jogar produtos químicos

Foto: Divulgação

PERFIL

em um determinado rio. Jogar plásticos e lixos nas ruas e nos acampamentos. A ação das queimadas, referente aos danos causados no solo. Quem causa esses impactos?- Ouve-se que normalmente é o “bixo homem” com sua ganância de querer sempre mais e a disputa de espaço com a natureza e outros seres. Porem pode-se dizer que a teoria de Crescimento Populacional que Matheus Thomas publicou suas idéias sobre o efeito da população na oferta de alimento. Argumento está baseado em dois princípios: A população cresce a uma taxa geométrica(1, 2, 4, 16, 32, ...).A produção de alimentos cresce a uma taxa aritmética (1, 2, 3, 4,...). O impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades física, química e biológicas, causadas por qualquer forma de matéria ou energia, resultantes das atividades humanas que direta ou indiretamente afetam: Saúde, segurança e bem estar da população, atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e ambientais do meio ambiente, a qualidade dos recursos ambientais. Que atividades devem ter Licenciamento ambiental? Todas aquelas que têm a pontenciabilidade, possibilidade ou aptidão de lesar meio ambiente, que altere meio ambiente para pior. Uma série de processos fazem parte do licenciamento ambiental, que envolve tanto aspectos jurídicos, como técnicos, administrativos, sociais e econômicos dos empreendimentos que serão licenciados. Para saber como licenciar um empreendimento é necessário consultar a Resolução normativa CONAMA 237/97. Quatro verbos servem para lidar com meio ambiente: Preservar é manter meio ambiente intocável, Conservar é compatibilizar atividade antrópicas, melhorar é manejo ao meio ambiente, recuperar retornar ao estágio anterior.


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ESPECIAL

OVINOS A ovinocultura retomou papel de destaque nos últimos anos na pecuária gaúcha, principalmente devido à valorização da carne de cordeiro. Entretanto a cultura de produção baseada na lã como produto principal, continua enraizada nos ovinocultores gaúchos e restringindo o crescimento econômico da atividade. Na criação de ovinos, independente da raça que estejamos trabalhando, animais de produção mista (carne e lã) ou raças carniceiras, o maior percentual de contribuição financeira do negócio é oriundo da produção de carne. Por exemplo, a raça Merino Australiano, principal produtora de lã de alta qualidade, com cotações atuais ao redor de R$ 12,00 o kg de lã, possui como sua principal fonte de renda a carne de cordeiro. Uma boa matriz desta raça produz 4 kg de lã e concomitantemente produz um cordeiro por ano. A receita obtida pela produção de lã é de R$ 48,00 e na venda do cordeiro para

Importância da prolificidade sobre o resultado econômico da ovinocultura abate de R$ 150,00 (cordeiro 15 kg de carcaça). Nesta simulação, a lã possui menos de 25% de contribuição na receita e a produção de carne de cordeiro cerca 75%. Neste cenário, é importante identificar alguns indicadores de desempenho, que possam sinalizar claramente o andamento técnico e econômico do negócio. Neste artigo, vamos comentar sobre um indicador técnico que possui alta correlação com o desempenho econômico do negócio, A PROLIFICIDADE. A prolificidade, é um indicador que mede a quantidade de cordeiros nascidos por ovelha parida, pode ser utilizada valores decimais ou em percentual para expressar o seu resultado, Ex.: (1,3 cordeiro por matriz ou 130%). A importância vital deste indicador é a capacidade que ele possui de ampliar o faturamento da empresa, sem alterar praticamente em nada os custos de produção. Ocorre um aumento no

número de cordeiros produzidos por ovelha, sem grandes alterações nos custos de mão de obra, sanidade e alimentação e reprodução. Existem alguns fatores que impactam de forma muito direta no resultado da prolificidade: 1- A seleção de borregas filhas de partos gemelares é uma atitude simples de ser implantada e que possui bons resultados no longo prazo. 2- Estação de monta durante o período de maior fertilidade do rebanho aumenta o número de partos gemelares. No RS, alguns trabalhos demonstram que a estação de cobertura de 15 de março a fins de abril, apresenta maiores índices de partos gemelares. 3- Realizar a técnica de FLUSHING, que significa oferecer uma maior quantidade de proteína e energia na dieta das ovelhas por um período restrito ( 15 dias antes do início da estação até a retirada dos reprodutores).

Foto: Divulgação

ARTIGO

Daniel Barros Médico Veterinário e Consultor do SEBRAE/RS - Empresa Guarda Nova.

4- Utilizar genética selecionada para produção de partos gemelares. A genética booroola é um grande exemplo, foi selecionada para produzir ao redor de 170-200% de cordeiros por matriz encarneirada. Creio que os técnicos, produtores e principalmente os selecionadores de genética, deveriam destinar mais atenção para indicador. A seleção desta característica é muito mais importante do que simplesmente aumentar 1 kg de carne ou de lã da progênie, pois pode praticamente duplicar o faturamento da ovinocultura na empresa rural.


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VIP RURAL Foto:Divulgação

Foto:Divulgação

Foto: Edison Larronda

Kátia Ribeiro e Cláudio Ribeiro, da diretoria da ABCD Pobre Juan.

Foto:Divulgação

Foto: Divulgação

João Batista, gerente do Pobre Juan, e Gilson Hoffmann, presidente da ABCD.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Gerrit e Wilko Laurens receberam troféu Vaca Vitalícia em Castro/PR durante o Memorial da Imigração Holandesa.

A raça Jersey na 37ª Expoleite A esq. Presidente do Jersey/RS, Claudio Nery Martins.

Foto: Luciene Gazeta

Foto: Berrante Comunicação

Richard Xavier (marketing) e Walt Yamazaki (Sócio-Diretor) da empresa Bioembryo Biotecnologia, durante o Leilão 100 anos VR, que ocorreu em 19 de julho na fazenda VR, cidade de Valparaiso/SP.

Comemorações durante a Megaleite 2014.


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INFO AFUBRA

Carolina Soil: substratos para produção de mudas nas mais diversas culturas

Foto:Divulgação

A empresa: A Carolina Soil é uma empresa americana que possui mais de 30 anos de atuação, tendo iniciado suas atividades na Carolina do Norte-EUA. No Brasil iniciou suas atividades em 2001, tendo hoje duas filiais, uma em Vera Cruz-RS e outra em Pardinho-SP. A empresa produz substratos para produção de mudas nas mais diversas culturas tais como, fumo, hortaliças, florestal, flores, cacau, café, citrus, dentre outros. Por um bom começo: Para se ter a produtividade esperada, é preciso um bom começo. Independente da cultura, as mudas necessitam de um bom substrato para nascer e se desenvolver

fortes e com a qualidade exigida. A produção das mudas é uma das principais etapas de todas as culturas. Tendo mudas fortes e padronizadas, consequentemente se terá um padrão na lavoura, facilitando todas as outras etapas de produção.

de contaminantes, como fungos, insetos ou plantas indesejáveis. Vermiculita expandida: É um minério bruto (rocha) que quando elevado a altas temperaturas (em torno de 700 °C) aumenta seu tamanho em torno de dez vezes (estoura como pipoca). No substrato é comumente visto como “isopor”. Matéria prima estável, leve, uniforme e isenta de contaminantes, como fungos, insetos ou plantas indesejáveis.

no Ministério da Agricultura; Realmente é necessário adicionar 5 litros d’água por saco? Não. A recomendação da adição de 5 litros d’água é somente em função do rendimento e também auxilia na germinação mais rápida da semente, ganhando alguns dias.

Casca de arroz torrefada: A casca de arroz passa por um processo de altas temperaturas onde ela sai torrada. Matéria prima estável, leve, uniforme e isenta de contaminantes, como fungos, insetos ou plantas indesejáveis.

OBS.: o procedimento é instantâneo, ou seja, logo após a mistura o substrato já esta pronto para o uso.

Outros: Calcário Dolomítico, gesso agrícola, NPK + micros.

Principais benefícios com o uso do Carolina: - Matérias primas estáveis e uniformes, consequentemente o substrato será totalmente UNIFORME, proporcionanA Carolina Soil do Brasil trabalha do as mudas total uniformidade; no desenvolvimento de substratos - Material leve. Facilita o mapara plantas que ajudam o agri- nejo (transporte para pocultor a começar bem a plantação. das, plantio, dentre outros); - Menor incidência de limo e doComposição do substrato: Turfa enças. Devido o substrato ser leve de Sphagnum: Conhecida tam- a bandeja afunda menos na água; bém como turfa canadense, Peat - Proporciona mudas com alto Moss. A turfa é uma matéria pri- vigor e excelente enraizamento; ma importada do Canadá, decom- - Rigoroso controle de qualiposta há milhões de anos a uma dade em laboratórios próprios temperatura de -40°C. Matéria e de universidades, seguinprima estável, uniforme e isenta do as especificações registradas

O processo de adição de água é bem simples: abra um saco em cima de uma lona limpa, adicione os 5 litros d’água e misture bem.

Rendimento mínimo: 15 bandejas de 200 células; Dicas importantes para produção das mudas: Para o enchimento de bandejas, o substrato Carolina não é necessário compactar, pois suas partículas são uniformes. O recomendado é apenas espalhar o substrato na bandeja e com uma régua retirar o excesso; - Células secas: isso acontece geralmente em bandejas novas. Para evitar isso, é recomendado dar um “banho nas bandejas” antes do enchimento. Se persistir as células secas, dar um jato de água limpa com pulverizador limpo por cima das bandejas no float; - Os tratamentos fitossanitários devem ser feito preventivamente, de acordo com a orientação técnica pois depois que a doença se instalar o seu controle é mais dificil;


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Abertura das reuniões técnicas do milho e sorgo ocorre na próxima segunda-feira: A abertura da 59ª Reunião Técnica Anual do Milho e da 42ª Reunião Técnica Anual do Sorgo ocorrerá na próxima segunda-feira (21), em Três de Maio, no noroeste do Estado A solenidade será realizada no campus da Sociedade Educacional Três de Maio (Setrem). A abertura oficial com autoridades está prevista para as 19h, seguida da palestra sobre culturas do milho e sorgo para o desenvolvimento regional. “A importância do milho em todas as propriedades familiares é estratégica, pois se estende ao fato de que quem tem milho, tem como produzir comida de qualidade para sua família”, acrescenta o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo Ivar Kreutz, integrante da Comissão Organizadora. O evento terá a participação do diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), Rogério Kerber, que destaca a produção de milho na região para sustentar as cadeias de suínos e leite. O milho, segundo ele, também é estratégico para a rotação de culturas, conservação de solos e ciclagem de nutrientes. O grão é aliado ainda para aumentar os níveis de matéria orgânica e devolver a vida ao solo. Logo após a palestra de Kerber haverá uma breve exposição sobre a importância do milho de polinização aberta para a agricultura familiar e entrega de sementes de milho a agricultores familiares, em uma iniciativa da Embrapa Milho e Sorgo, Emater/ RS-Ascar, Cotrimaio e Setrem. As atrações dos eventos estaduais sobre milho e sorgo – que contemplam palestras, Dia de Campo, oficinas, mostra de saberes tradicionais e apresentações de trabalhos científicos – seguem até a manhã da quinta-feira (24). A programação completa do evento pode ser conferida no site milhoesorgo.setrem.com.br. A 59ª Reunião Técnica Anual do Milho e a 42ª Reunião Técnica Anual do Sorgo são promovidas pela Emater/RS-Ascar,

ARTIGO

Cristiano Costalunga Gotuzzo Engº Agrônomo CREA/RS 131395

Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e Sociedade Educacional Três de Maio.. Secretaria da Agricultura debate inserção da produção excedente no Programa Mundial de Alimentos: O secretário adjunto da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Aureo Mesquita, recebeu, em seu gabinete, o coordenador-geral de Ações Internacionais de Combate à Fome, Milton Rondó Filho, nesta terça-feira (15). A cooperação humanitária por meio de doação de alimentos para atendimento emergencial em situações de insegurança alimentar e nutricional pautou a reunião. O Brasil realiza doações por meio do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), considerada a maior agência humanitária do mundo, conforme relatou Rondó Filho. Desde 2011, foram doadas 320 mil toneladas de alimentos, beneficiando sete milhões de refugiados e pessoas em situação de vulnerabilidade, em 41 países. Aureo Mesquita ressaltou que existem cadeias produtivas que apresentam excedentes. E, nesse cenário, é necessário construir uma estratégia de cooperação entre a Seapa e a Coordenação Internacional de Combate à Fome. A iniciativa, além de humanitária, contribui com o produtor ao apontar um caminho para o consumo total da safra. “Criar políticas para aproveitamento do excedente da produção reforça nosso compromisso em combater desigualdades e promover o desenvolvimento igualitário. Ao mesmo tempo, garantimos segurança ao produtor, que terá alternativa para a produção”, afirmou Aureo. Como encaminhamento, o secretário adjunto da Agricultura propôs o monitoramento do estoque de safra ainda não comercializado e a realização de seminários de capacitação sobre o processo de exportação de alimentos para o PMA. A ideia é realizar reuniões conjuntas e iniciar o ciclo de preparação durante a Expointer, que ocorre entre os dia 30 de agosto e 7 de setembro.

A correção da acidez do solo e o aumento da disponibilidade de nutrientes para as plantas De um modo geral, os solos do Rio Grande do Sul apresentam teores de acidez expresso pelo pH do solo ao redor de 4,5 – 5,0. No gráfico abaixo podemos ver que com esses níveis de pH ocorre uma menor disponibilidade de nutrientes (NPK) e a presença de elementos tóxicos para as plantas como, por exemplo, o alumínio.

Para corrigir a acidez do solo o mais comum é utilizarmos o calcário, o qual é classificado conforme o poder reativo de neutralização total (PRNT) que varia conforme a sua pureza e sua granulometria. Quanto mais fino e mais puro, maior o PRNT, com isso, maior a eficiência de neutralização do mesmo.

A quantidade de calcário que é preciso colocar no solo para elevar o pH, ao contrário do que a maioria dos produtores pensam, não está diretamente relacionada ao nível de pH do solo, e sim ao teor de matéria orgânica que este solo possui, ou seja, quanto maior o teor de matéria orgânica do solo, maior a quantidade de calcário que devemos utilizar para elevar o nível de pH do solo. Isso ocorre porque a matéria orgânica é rica em íons H+, os quais são responsáveis por acidificar o solo, essa acidez é chamada de acidez potencial.

Foto: Divulgação

INFORMATIVO SEAPA

O alumínio, que foi mencionado como um elemento tóxico para as plantas no início deste artigo, possui duas ações no solo que reduzem a produtividade das plantas. A primeira, é que ele possui uma atração pelo fósforo se ligando ao mesmo. Assim, muitas vezes, quando não corrigimos a acidez, parte da adubação fosfatada que estamos adicionzando ao solo acaba ficando indisponível para as plantas. A segunda, é que a maioria das plantas são sensíveis a presença de alumínio causando a redução do crescimento e o engrossamento das raízes reduzindo a capacidade de absorção de nutrientes pelas plantas. Um estudo publicado pela EMBRAPA em 1980 (tabela 1) demonstrou a relação entre o nível de pH e a disponibilidade de nutrientes para as plantas, mostrando o quanto é importante a correção da acidez

para alcançarmos a máxima eficiência na fertilização dos solos. A partir desses resultados podemos concluir que a correção da acidez é de extrema importância para aumentarmos os níveis de fertilidade dos solos e, consequentemente, buscarmos uma maior produtividade seja ela em lavouras, em pastagens cultivadas ou em campos nativos.


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Raça Crioula perde o criador Luiz Antônio Martins Bastos ESPECIAL

CAVALO CRIOULO Dedico este espaço sempre para assuntos sobre o cavalo crioulo, hoje não será de maneira diferente, mas com certeza a coluna mais difícil de escrever nesta trajetória, pois vou falar da perca de um amigo, gostaria de ter feito uma reportagem com ele em vida, mas não posso deixar de Homenageá-lo. Falo do Dr. Luiz Antônio Martins Bastos, figura querida por todos no meio Crioulista. Criador símbolo da raça Crioula, Luiz Antônio Martins Bastos nasceu no dia 16 de abril de 1943 no município da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, onde criou suas raízes. Em Uruguaiana deu sequência ao trabalho da família no campo, atuando na pecuária com gado Devon e Aberdeen, entre outros. Além do cavalo Crioulo, uma de suas grandes paixões, tinha como hobbie colecionar bengalas e facas. Participou ativamente da diretoria da ABCCC durante muitos anos, tendo integrado o Conselho Fiscal e o Conselho Deliberativo Técnico da entidade. Foi também vice-presidente da Associação na gestão de Elisabeth Amaral Lemos, entre 2003 e 2004. Foi um dos primeiros jurados do Freio de Ouro, onde o princípio era que só poderia

Julgar quem montava a cavalo. Jurado Destacado em outras raças como Normando e Aberdeen, tendo Julgado por todo território nacional e também na conceituada exposição de Palermo no País Vizinho.

Foto: Arquivo

Formado em medicina veterinária em Santa Maria, Luiz Antônio era o mais velho de cinco irmãos: Paulo Martins Bastos, Carlos Alberto Martins Bastos, Jorge Martins Bastos e Maria Cristina Bastos Fernandes. Filho de Luiz Martins Bastos e Niora Ulrich Bastos, o criador deixa a esposa Mirta Soccal Bastos, os quatro filhos Luiz Martins Bastos Neto, Claudio Martins Bastos, Francisco Martins Bastos Sobrinho e Maria Eduarda Bastos Gigena, e ainda quatro netos. A manhã de terça-feira, 24 de Junho de 2014, foi cinza e triste. Perdi um conselheiro e amigo que admirava e tinha como Ícone, o qual me deu privilégio de seu convívio, que me regalou com o direito de escolher dentre o seu lote de potrancas de dois anos uma para me presentear. Fui e escolhi por Gosto Pessoal e por coincidência se chama AMIGA 547 de Nazareth. Mais uma Expointer se aproxima, e nesta não contaremos com a presença física desta figura expoente. Ficam seu legado e ensinamentos, os quais seus filhos e netos vão levar a diante, e guardarão sempre viva a memória deste Centauro da Tradição.

Foto: Arquivo


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EMPRESA DESTAQUE

ESPECIAL ABCI

Atividades estarão voltadas aos 80 anos da raça A presidente da ABCI, Cleusa Piegas, divulgou oficialmente a programação da Associação na Expointer deste ano. Todas as atividades propostas pela entidade serão alusivas aos 80 anos de inserção da raça no Brasil.

Foto: Divugação

O primeiro evento previsto é o lançamento de um livro, de autoria de Elma Santa’Ana e fotos de José Carlos Longhi, que acontece no dia 1° de setembro, às 19h, na Casa Rural. Já no dia 02, entram em pista para o tradicional julgamento de classificação os 42 animais inscritos, que serão avaliados por João Degrazia Matas Solés. Neste mesmo dia, à noite, a ABCI recebe criadores e convidados para o coquetel de entrega de prêmios, no estande da Associação. mate Rosetas de Ouro e Naturalmente Ideal, que culminará com o lançamento da Grife Na quarta-feira, dia 03 de setembro, a Ideal, e show do cantor Elton Saldanha. partir das 10h, uma assembleia geral ordinária está prevista entre os associa- A programação da raça na exposição terdos, e, na parte da tarde, o público vai mina dia 04, com a degustação de trigo, ao prestigiar a 11ª edição do Ideal Moda meio dia, feito pelo Presidente de Honra Fashion, evento de sucesso garantido. da entidade, José Ovídio Gomes da CosDurante a noite do dia 03, logo após o tér- ta, e, à noite, o grande churrasco de conmino do Ideal Moda Fashion, acontece o re- fraternização dos criadores associados.


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