Jornal Terra & Campo JUN-JUL/2014

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Especial:

Aniversário de Canguçu ANO XI Edição 131 25 de Junho à 24 de Julho de 2014 R$ 8,00

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Foto: Alexandre Freitas

Cabanha do Ouriço

habilita pela primeira vez à final do Freio de Ouro


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25 DE JUNHO À 24 DE JULHO DE 2014

Editorial

Expediente

Charge

Estamos entrando no mês de Julho, e o inverno recém-chegado, já demonstra um pouco da sua aspereza. Dias frios muito frios! Campos brancos de geada, época de dormência para algumas plantas, mas também é época de campos verdes: Pastagens de Azevém, aveia e outras forrageiras de inverno, bordam os campos da serra a campanha gaúcha.

Fundado em outubro de 2002 Grafik Gráfica Expressa CNPJ: 05.038.806/0001-92 General Osório, 1400 Galeria Acosta sala 10 Fone: (53) 3252.2183 Diretor: Éverton Neves Depto. Comercial: Lindamar Neves Jornalista responsável: Éverton Neves DRT 13145 Projeto gráfico: Luiz Antônio Machado Jr. Diagramação : Matheus Ferreira da Silva

Época de invernar gado. E por falar em gado, a oferta é pouca e a procura é muita. Resultado: os preços estão subindo. Bom para o produtor.

Nesta edição, importantes leilões e a programação especial da Exporosul em Rosário do Sul, chamam a atenção, sem falar nos artigos técnicos, com reforço, falando do mercado da Ovinocultura e da carne com o gado Montana. Espero que gostem. Boa Leitura.

Silva Tavares 1187 - Canguçu/RS

Tiragem: 10.000 exemplares Abrangência: Regiões Sul e Campanha. Foto Capa: Alexandre Freitas Conselho Editorial & Assessoria:

Frase destaque

Se o boi é de primeira, não existe carne de segunda

No cenário dos eventos, parece que o inverno também é época de dormência, talvez um período para reabastecer as energias. Algo merecido para quem trabalha o ano todo. Aliás, parece que depois da Expointer, tudo começa a correr numa velocidade incontrolável e os negócios também.

Marcelo Bolinha

Índice

Envio de materiais, fechamento redação: até o dia 23 Fechamento publicitário: até o dia 20.

Agenda de Leilões/ Eventos......4

Especial Exporosul ...................16

Especial Canguçu 157 anos...........5

Especial

Mercado / Repórter Rural..........6

Especial Nutrição....................20

Raças - Nelore...........................7

O Universo dos Vinhos.............21

Pecuária em destaque...............8

Perfil...........................24

Dia de campo - Ovinocultura.....9

Info Afubra...............................28

Pecuaria

destaque.......12

Especial Mercado Ovinocultura...29

Planejamento da nova safra.....14

Especial Cavalo Crioulo............31

de

Colaboradores: Dejalmo Prestes, Fernando Furtado Velloso, Gerson Pinto, Cristiano Costalunga Gotuzzo, João Bosco, Fabiana Gonçalves, Daniel Barros,Emerson Sabedra.

Leilão......................18

O Jornal Terra & Campo não se responsabiliza por conceitos emitidos em colunas e artigos assinados e não devolve originais, publicados ou não.


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Calendário de Leilões Cavalos: 28/06

Cotações Agropecuárias Gado Geral:

Araranguá Prime Local: Canal Rural Horário: 21:00hs

Leilão Sem Reserva 29/06 Local: Canal Rural Horário: 21:00hs Cabanha Santa Luzia 10/07 do Inbuial Local: Esteio/RS Leilão Niazzi 11/07 Local: Esteio/RS Horário: 21:00hs Nova Querência 17/07 Local:Digital Horário: 20:00hs 02/08 Tropa de Elite Local Casa NTX Porto Alegre/RS Horario: 21:00hs

26/06

23/07

Gado Geral Local:Rural de Pelotas Horário: 20:00hs

Lance Rural Local: Canal Rural Fonte: EMATER/RS ASCAR

Eventos 03/09 Leilão Jersey

Local: Parque da Expointer Esteio/RS Horário:18:00h

04/09 Leilão Tipo Leite

Local: Parque da Expointer Esteio/RS

01 a 04/07 III Remate de Novilhas São Gabriel/RS 09/07 VIII Feira de Reposição Rosário do Sul/RS 13/08 VII Feira de Rústicos de Inverno Rosário do Sul/RS 19 a 23/08 IV Feira de Ventres São Borja/RS

Diretoria da Gadolando debate diretrizes A diretoria da Gadolando na reunião realizada nesta sexta feira, 13 de junho, as prioridades e diretrizes para o trabalho a ser

Foto: Raul Arthur Voorsluys

desenvolvido dentro do biênio 2014-2016. A partir deste encontro ficou definido que haverá reunião de diretoria em todas as

primeiras quintas feiras do mês. Entre as principais bandeiras desta gestão estão o aumento do número de sócios e registros de animais

ampliando desta forma os serviços prestados pela Gadolando. A Gadolando, a partir de agora terá sempre um integrante da diretoria representando a entidade nos principais eventos estaduais e nacionais. A área técnica tem uma relevância especial. Em breve será marcada reunião pra instalação do novo Conselho Técnico com representantes distribuídos geograficamente por todo o estado, integrantes de cooperativas e comprometidos com o segmento d raça. A programação da raça na Expointer 2014 foi aprovada. As inscrições estarão abertas até 18 de julho na Gadolando. O Concurso Leiteiro acontecerá nos dias 1º e 2 de setembro enquanto o julgamento será desenvolvido dias 3 e 4 de setembro. Na noite de 4 de setembro haverá o VII Leilão Tipo Leite .


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Investimento recorde: Plano Safra Estadual é lançado em Canguçu Crédito de R$ 2,74 bilhões deve beneficiar 250 mil famílias

Foto: Camila Faraco

ESPECIAL

CANGUÇU 157 ANOS

Foi lançado no dia 9 de junho em Canguçu, na Zona Sul do Estado, o Plano Safra Estadual 2014/2015. O crédito de R$ 2,74 bilhões, da terceira edição do projeto,beneficia 250 mil famílias e faz parte do investimento recorde do plano nacional, de R$ 24,1. Na última safra, o crédito rural no estado foi de R$ 4,8 bilhões. Acompanhado do governador Tarso Genro, o ministro do Desenvolvimento, Miguel Rosseto, afirmou que nenhum outro estado brasileiro tem um Plano Safra Estadual. “Isso muda a realidade rural gaúcha e nacional”, disse. Canguçu foi a cidade escolhida para receber o lançamento por ter a maior concentrações de minifúndio da América Latina, com mais de onze mil propriedades. Instituído pelas Nações Unidas, 2014 é o ano internacional da agricultura familiar. Crédito Ao ressaltar que o Brasil dobrou a produção no campo na última década, o secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, explicou que o Plano Safra gaúcho prioriza a produção com renda e inclusão social. Fioreze afirmou ainda que a quarta edição do programa consolida uma política de governo que visa atender às demandas do agricultor e das comunidades. Ele explicou as diferenças entre os Planos Safra estadual e nacional. “Enquanto o nacional é mais focado em crédito, políticas de garantia de preços, que são importantes, o

Ministro Miguel Rosseto participou do lançamento. safra estadual tem um conjunto de medidas que fazem com que esse crédito chegue [ao produtor] e seja aplicado com assistência técnica, buscando a orientação da pesquisa agropecuária, e vão se traduzindo em investimentos que dialogam com a qualidade de vida”. Plano Safra Nacional De acordo com o ministro Miguel Rosseto, 98% das cidades brasileiras já acessam recursos oriundos do Pronaf. O Plano Safra Nacional 2014/2015 vai destinar R$ 24,1 bilhões e manter o mesmo patamar das taxas de juros utilizadas nas linhas de crédito no ano anterior. Segundo o presidente da Emater/ RS-Ascar, Lino De David, o tema do crédito já está consolidado.

Em seu pronunciamento, o prefeito Gerson lembrou da importância dos Planos Safras anteriores e a satisfação de receber o evento em Canguçu. Ainda em sua fala, o prefeito anunciou que o município esta recebendo do Governo do Estado um Caminhão Caçamba, uma Retroescavadeira e uma Escavadeira Hidráulica, sendo que nos próximos dias o muni-

cípio ainda receberá um Trator Esteira, uma Motoniveladora e mais um Caminhão Caçamba. Esses novos equipamentos deverão servir para a manutenção de estradas dos assentamentos da reforma agrária e seus acessos.” Um presente para Canguçu e sua população às vésperas do município completar 157 anos”, diz Gerson.


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Preços da soja recuam no Brasil e negócios são escassos Por Dylan Della Pasqua O mercado brasileiro de soja teve uma semana de comercialização fraca, prejudicada pelo feriado da quinta-feira e pelo jogo da seleção brasileira na terça. Os preços, na maioria das praças, recuaram, acompanhando o comportamento da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). A saca de 60 quilos recuou de R$ 67,50 para R$ 67,00 em Passo Fundo (RS), entre os dias 12 e 19 de junho. No mesmo período, a cotação caiu de R$ 66,30 para R$ 65,50 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis (MT), o preço baixou de R$ 62,00 para R$ 61,50. Em Rio Verde (GO), a saca passou de R$ 64,00 para R$ 63,00, enquanto em Dourados (MS) o preço subiu de R$ 61,50 para R$ 63,00. Na Bolsa de Chicago, os contratos com entrega em julho tiveram uma leve retração no período, caindo de US$ 14,20 para US$ 14,15 por bushel. O bom desenvolvimento das lavouras norte-americanas vem pressionando o mercado. A área já plantada com soja nos Estados Unidos avançou para 92% do projetado, na semana encerrada em 15 de junho. O número foi divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, o total plantado chegava a 87%, enquanto em igual período do ano passado era de 83%. A média das cinco temporadas anteriores é de 90%. O relatório indicou que 73% das lavouras de soja norte-americanas se encontram em condições entre boas e excelentes. Segundo o

REPÓRTER RURAL

Marco Medronha mmedronha@hotmail.com

USDA, 23% das lavouras estão em situação regular e 4% entre condições ruins a muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 74%, 22% e 4%, respectivamente. Com a perspectiva de uma boa safra americana, os preços futuros só não caem mais devido ao aperto nos estoques americanos. Qualquer informação de aquecimento da demanda pela soja americana, em meio a este quadro de indisponibilidade, é suficiente para limitar as perdas na Bolsa de Mercadorias de Chicago. China: O apetite chinês por soja segue em alta nesta temporada e o volume de importações divulgado para maio voltou a registrar novo recorde mensal (comparado aos demais meses de maio). Segundo o Ministério do Comércio da China, as internalizações do grão no mês anterior ficaram em 5.970 mil t, 18% acima dos 5.060 mil t de maio de 2013 e o maior volume da história para o período. Se considerarmos os oito meses da temporada comercial mundial 2013/14, iniciada em outubro, já são sete meses de números recordes mensais. Desde janeiro o volume acumulado de compras está em 27.812 mil t, 35% superior aos 20.560 mil t do ano que passou. Desse volume, 19.170 mil, ou 69% do total foram originadas no Brasil. No ano anterior, o volume estava em 15.625 mil t, representando 76% do total. A expectativa é que esses volumes permaneçam expressivos nos próximos meses, notadamente se a safra se confirmar cheia nos EUA e os preços diminuírem de patamar a partir de setembro.

Meio rural: Eu curto Vivemos um momento na história das vaidades, em que onda é curtir nas redes sociais imagens, frases de efeito, passeios, momentos em família e com amigos. Nada de errado, pois hoje as modernas tecnologias propiciam maior aproximação entre as pessoas, mas também é um canal de especial para os aproveitadores, mal intencionados, espalharem o terror. Na pseudo segurança da internet, quanto mais expostos, mais vulneráveis estamos. O problema de uma ferramenta tão espetacular de comunicação é que começa a deslumbrar as pessoas de maneira tal, que estamos perdendo a noção daquilo que realmente é importante. “Todo mundo quer ser querido, quer ser notado. Ninguém escapa”. É o que diz o psicanalista Mário Corso, em seu livro A psicanálise na Terra do Nunca. Provavelmente, o autor teve como base a essência dos seres sociais que vivem para os olhos dos outros e hoje, mais do que nunca curtimos o instantâneo, o belo, a novidade e estranhamente a tragédia.

Foto: Divulgação

MERCADO

desde o amanhecer até o anoitecer. Naquela tarde ensolarada curti a propriedade bem cuidada, a produção de alface, couve, cenoura, brócolis, abóbora, feijão, mandioca e outros tipos de produtos que abastecem os mercados e também a alimentação escolar. Curti comer uma bergamota arrancada do pé, descascar uma laranja e degustar no calor sol gostoso do inverno. Curti a revoada de pássaros, o som do riacho, o trabalho de polinização das abelhas e o beija-flor voando rapidamente ao bicar as flores do jardim. Curti a atitude do agricultor, seu Teixeira, em dividir com o filho o trabalho e a renda na propriedade, num claro exemplo de como perpetuar a sucessão no campo.

Ao chegar a casa na cidade, me vi novamente conectado nas notícias que transbordam pelas redes de comunicação. Uma delas falava da morte de um menino, líder dos “rolezinhos”, famoso por gostar de funk, pegar geral, tomar umas, andar na moda, ter carrões “emprestados” e ser famoso. A ostentação do guri Nas frequentes saídas para o meio fazia muito sucesso, pois ele tinha rural tive o privilégio de fugir da 56 mil seguidores no Fecebook e modernidade, do sinal do celu- cada ação dele na rede social rendia lar e assim apreciar e curtir o valor no mínimo 200 curtidas. Tudo tem do trabalho no campo, principal- limite, buscar intensamente a fama mente dos agricultores familiares. e o reconhecimento público para saRecentemente fui à localidade de tisfação própria pode levar ao nada. Monte Bonito, em Pelotas para fazer uma reportagem sobre a diver- A felicidade. Certamente não está sificação na propriedade rural. Seu em buscar freneticamente nossos Teixeira, como é conhecido produz momentos de fama, ostentação de diversos tipos de alimentos para prazeres instantâneos e virtuais na uma cooperativa de pequenos agri- internet. Quem sabe, com muicultores. Nossa equipe encontrou to menos esforço possamos sair o agricultor na lavoura limpando da zona de conforto para curtir os canteiros de hortaliças manual- sabores do campo, sem pressa ao mente. Alheio à modernidade das conhecer as formas de produção curtidas na internet, o produtor fa- agrícola, desfrutar dos sons da natulou do seu trabalho com orgulho, reza e da serenidade do meio rural.


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Foto: Alta Genetics

A história da raça Ongole, ou Nelore, como é conhecida no Brasil, começa mil anos antes da era cristã, quando os arianos levaram os animais para o continente indiano.

Nelore

Fonte: www.nelore.org.br

RAÇAS Foto: Alta Genetics

tem o leite como única fonte de res locais e constituíam tipos ou Os troncos conhecidos e consideraproteína animal na dieta. A explo- raças com características próxi- dos puros que deram supostamenração dos animais é concentrada na mas dos troncos fixos existentes. te origem ao zebu brasileiro são: produção de leite e no transporte.

O rebanho indiano é constituNelore é o nome de um distrito da ído, na sua grande maioira, de antiga Província de Madras, Estado animais mestiços, de tipos variáde Andra, situada na costa oriental veis, em razão da falta de divisões da Índia, onde foram embarcados de pastos e das grandes distânos primeiros animais para o Brasil. cias que são obrigados a percorrer em busca de alimentos duOs indianos consideram o bovino rante certas épocas de escassez. um animal sagrado. Por isso, a maior Alguns poucos núcleos de animais parte da população é vegetariana e foram selecionados pelos criado-

Gado Branco do Norte ou Brahmane; O tipo Misore do Sul Hallikar, Kangavam, Khillari, Nimari; Gado Gir, das regiões de Kathiawar; Gado Pardo ou Vermelho Sahiwal, Sindhi; Gado Cinza de Madras: Norte ou escuro: Hissarr, kankrej, Malvi, Tharparkar; Sul ou Claro: Bhagnari, Hariana, Krishna, Nagori, Ongole, Gado de Dhanni do Punjab.


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PECUÁRIA EM

DESTAQUE

A apresentação dos touros para comercialização é basicamente composta de três características: o desenvolvimento (tamanho), peso e preparo (gordura). A combinação destas características tem alto impacto no valor de venda e na funcionalidade destes animais. No segundo semestre do ano concentram-se a maioria das vendas de reprodutores no Brasil e a revisão deste assunto é apropriada para quem compra ou vende touros. O sobrepeso e o excesso de gordura nos touros levam a uma série de prejuízos na funcionalidade e também em sua vida útil. Os problemas decorrentes desta situação são os mais diversos e os mais frequentes são os relacionados aos cascos, articulações, problemas digestivos e de qualidade seminal. O condicionamento físico (ou capacidade de percorrer longas distâncias em um dia) também é prejudicado pelo sobrepeso. Independente de qual dificuldade o touro enfrenta, o que ocorre invariavelmente é a menor taxa de prenhez ao final da estação de monta. Sendo a eficiência reprodutiva a característica de maior impacto econômico nos rebanhos de cria, não há como desconsiderarmos que o “nível de preparo” dos touros é um tema que merece nossa atenção. Se por um lado o excesso de gordura traz a possibilidade de uma série de problemas aos touros, esta também se justifica em parte como característica de “reserva de energia” para o período de serviço, pois os animais enfrentarão condições alimentares diferentes e normalmente inferiores às vividas até o momento, necessitarão energia extra para “trabalharem” no rebanho (caminhando na busca de vacas em cio e realizando as coberturas), e ainda estarão em período de crescimento para os touros de 2 anos ou menos. Entenda-se

Touros: lindo e gordo! então que a gordura nos reprodutores não é somente problema, mas também parte da solução. Assim como temos touros com sobrepeso e excesso de gordura no mercado na outra ponta também são oferecidos touros chamados de “comerciais” ou no “limite inferior” de apresentação. Estes animais são normalmente comercializados com pouco peso para sua idade por valores mais acessíveis, porém podem se tornar o famoso “barato que sai caro”, pois são touros com poucas reservas de energia para a estação de monta e com maior possibilidade de atingirem a exaustão ou fadiga durante o período reprodutivo e assim trabalharem menos ou não trabalharem por alguns dias. O crescimento destes touros até os 3 anos também é comprometido. Se formos agrupar os touros em relação à sua apresentação podemos chegar a três categorias bem definidas: a) Touros com sobrepeso e excesso de gordura (obesidade). animais que receberam elevados níveis de concentrado (ração) ao longo da vida ou no período prévio a comercialização. Ex: touros Angus com mais de 750-800 kgs aos 2 anos, ou mais de 900 kgs aos 3 anos. Além do peso elevado estes animais estão com altos níveis de deposição de gordura. b) Touros com bom desenvolvimento e peso, porém sem sobrepeso e sem excesso de gordura (equilíbrio) - animais com bons ganhos de peso até os 2 anos, porém com baixo uso de suplementação; Ex: touros Angus entre 600 a 700 kgs aos 2 anos, ou aprox. 800 kgs aos 3 anos; c) Touros com subdesenvolvimento e consequente falta de peso para idade (fome) - animais

com baixos ganhos de peso ou períodos de restrição alimentar importantes até os 2 anos. Ex: touros Angus com aproximadamente 500 kgs ou menos aos 2 anos. Os touros mais úteis estão na categoria “b” e “a” nesta ordem. Em raras situações os touros do grupo “c” são recomendáveis, pois além das questões de limitação nutricional na maioria das vezes são os animais com genética inferior. Alguns produtores que ofertam estes animais (grupo “c”) justificam que são animais com maior “rusticidade” e de mais fácil manejo, mas a realidade é que estes animais são um produto inferior no mercado de reprodutores. Mercado e Exposições: Indutores de mudança e de confusão. Os produtores de touros ou cabanheiros (como chamamos no sul do Brasil) entendem e conhecem bem esta situação, porém o mercado os direciona a oferecer cada vez touros mais pesados, pois estes animais são disputados e alcançam os maiores valores nos leilões. Já dizia o causo antigo que ao passar um cavalo por um cego alguém comentava “que cavalo lindo” e o ceguinho arrematava “e gordo!”. Desde sempre a beleza é relacionada a gordura nos animais. Em um setor cada vez mais competitivo e com muitas novas fazendas promovendo leilões de reprodutores a corrida é por ofertar touros com melhor “apresentação”. Porém, a lógica de que o mercado é soberano nesta situação leva a resultados de curto prazo, pois em muitas situações o comprador não terá satisfação com o produto adquirido e poderá migrar para outro fornecedor. Pode-se pensar que o comprador tem responsabilidade sobre a suas decisões de compra e tipo de touro que elege, porém está entre as funções

ARTIGO Foto: Divulgação

Fernando Furtado Velloso - Médico Veterinário (CRMV RS 7238) Inspetor Técnico – Associação Brasileira de Angus Sócio da Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha

de um bom plantel buscar bons resultados para seus clientes e também de orientar o mercado do que é mais ou menos produtivo. A situação exposta neste texto não é nova e vem se agravando a cada ano. Em um passado recente (menos de 15 anos), touros de raças Britânicas ou Sintéticos (Angus, Hereford, Brangus e Braford) eram ofertados com 500 kgs ao 2 anos, depois passaram para os 600, agora já superam os 700, e em não são incomuns leilões com animais com 800 kgs ou mais. Parece que o céu é o limite. As exposições não ajudam muito neste assunto, pois tem a mesma lógica de quanto mais pesado melhor. Na Argentina tornaram-se populares as exposições chamadas “Nacionais de Terneiros” onde competem somente animais jovens. Os tourinhos são muito exigidos para alcançarem altos ganhos de peso e assim surge mais uma modalidade que prejudica a funcionalidade e longevidade produtiva dos animais. O tema não é simples, pois o mercado remunera e valoriza, neste momento, o que não necessariamente é o melhor para o cliente. Entendo que cabe aos envolvidos com a produção e comercialização de reprodutores continuamente bem informar e orientar o mercado sobre as características de real impacto produtivo aos pecuaristas: rebanhos com programas de seleção sérios, animais com conformação superior, correção estrutural, índices técnicos, DEPs, Marcadores Molculares, Ultrassonografia de carcaça, etc. Mais uma vez a informação é grande parte do trabalho e da resolução de nossos problemas. Com a chegada dos leilões neste segundo semestre avalie os “gordinhos” com outro olhar.


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II Dia de Campo do LAE – Ferramentas práticas de

manejo em Ovinocultura

Após o sucesso do I Dia de Campo do LAE, o Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (LAE/FMVZ/USP) promove o II Dia de Campo do LAE. O primeiro evento contou com a presença de produtores rurais, além de diversos alunos de graduação e profissionais da área. Esse segundo dia de campo tem como objetivo aperfeiçoar o conhecimento dos criadores de ovinos, técnicos e estudantes para algumas ferramentas práticas para gestão das criações, de forma a melhorar sua eficiência na atividade. Espera-se que tais informações contribuam para a satisfação dos produtores com a ovinocultura e, portanto, para seu desenvolvimento e sustentabilidade. O II Dia de Campo será realizado no dia 09 de agosto de 2014. A parte da manhã será nas dependências do Departamento de Nutrição e Produção Animal da FMVZ, campus da USP de Pirassununga/SP e dedicada a apresentações teóricas relativas a “Ovinocultura de leite”, “Preparação dos animais para estação de monta”, “Manejo de recém nascidos” e “Criação de ovinos em confinamento”. A parte da tarde será realizada na Fazenda Paraíso Ovino, localizada em Leme/SP, onde atividades

práticas serão conduzidas a fim de consolidar o conhecimento anteriormente apresentado. O evento terá início às 8h e com término previsto as 17h. Haverá ônibus fretado que irá fazer o transporte dos participantes. Inscrições deverão ser feitas pelo e-mail LAE.FMVZ@GMAIL. COM e o investimento é de R$ 60,00 (sessenta reais) – com o almoço incluso. Apenas 40 vagas disponíveis. Os participantes receberão certificado. Informações adicionais pelo e-mail LAE.FMVZ@GMAIL. COM ou (19) 3565-4224.

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Esse segundo dia de campo tem como objetivo aperfeiçoar o conhecimento dos criadores de ovinos, técnicos e estudantes para algumas ferramentas práticas para gestão das criações, de forma a melhorar sua eficiência na atividade.

Foto:Arquivo


Foto: Alexandre Freitas

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25 DE JUNHO À 24 DE JULHO DE 2014 Foto: Divulgação

ESPECIAL

EXPOROSUL Entre os dias 8 e 22 de outubro, o Parque de Exposições Ananias Vasconcellos, em Rosário do Sul, será palco da 65ª Exporosul, exposição/feira que contará com um leque de atrações artisticas regionais, estaduais, e um grande show do grupo SPC.

O show acontece em uma arena de 4200m² com cobertura e posicionamento em área central, bem localizada, do parque do Sindicato Rural, e deve contar com grande presença de público. Com previsão de duas horas de duração, o show será a despedida de Alexandre Pires do grupo, um evento de nível nacional na carreira do cantor e compositor. Segundo a assessoria do Sindicato Rural de Rosário do Sul, a

65ª Exporosul trará show do Só Pra Contrariar à Rosário do Sul feira vem crescendo constantemente e requer, também, a ampliação de sua programação artística. “Este show nacional de um dos artistas mais consagrados, com uma carreira internacional vem concretizar o ideais da Feira e do Sindicato Rural, que é apresentar ao publico e a comunidade negócios com credibilidade, assim como os grandes remates que estão previstos para acontecerem em outubro, e toda a parte comercial e industrial que esta sendo preparada para receber empresas em nivel municipal, estadual e nacional”, contou Marcos Paulo Silva, assessor de imprensa da entidade.

música gospel com show da Opus Day, uma seletiva da gauderiada, com show dos Fagundes e também um do grupo Tchê Barbaridade.

Quarta - 8/10 Noite de MMA/UFC Quinta - 9/10 Noite Gospel - Show Opus Day

Também acontecem ações recreativas para o público infantil, festivais de dança e capoeira, palestras, oficinas gastronômicas, motovelocidade, exposição literária, oficina de Artes Plásticas e provas de declamação.

Sexta - 10/10 Despedida Nacional de Alexandre Pires do SPC

Veja a agenda de algumas das atrações:

Domingo -12/10 Show com Tchê Barbaridade

Sábado- 11/10 Seletiva da Gauderiada Show com os Fagundes

Os ingressos para o espetáculo começam a ser vendidos em julho, com camarotes para 25 pessoas (open bar). Em agosto serão vendidos os front vip e os ingressos de pista. Os valores ainda não foram informados. Além do show do SPC, a Exporosul conta também com uma noite de MMA/UFC, uma noite de

Luis Augusto Weber.


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ARTIGO

Gilberto de Biasi

PECUÁRIA EM

DESTAQUE

Composto multiracial: o gado do século XXI pre padronizado e uniforme. O mais importante é que ele vai manter o rebanho adaptado porque sempre terá 50% ou mais de zebu + taurino adaptado, e o restante de britânicos e continentais para garantir a produtividade. Essa adaptação mantém o manejo simples na fazenda, sem problemas comuns de animais com muito sangue europeu, que ficam excessivamente peludos, doentes e cansados no calor tropical.

O Brasil caminha a passos lentos na evolução genética de seu rebanho bovino, mesmo sendo um dos atores principais desse setor na cena global. Há ainda um longo caminho a ser percorrido e, nessa questão, a bovinocultura de corte se apresenta bem defasada frente ao seus principais concorrentes, o frango e o suíno, onde já se usa heterose e maior complementaridade entre raças há mais de 40 anos. Se estimarmos esse atraso, já pode custar milhões em oportunidades desperdiçadas. Vejamos o caso dos Estados Unidos, que possui um rebanho de 88 milhões de cabeças e produz 11 milhões de toneladas de carne por ano. Enquanto o Brasil tem um rebanho de 208 milhões de cabeças e produz apenas nove milhões de toneladas de carne, um desfrute de 20%. Essa vantagem dos Estados Unidos se deve, entre outros fatores, a melhoria genética que vem sendo aplicada. Existe uma forma simples e fácil de aumentar bastante a produtividade do rebanho ao al-

cance do pecuarista brasileiro, que são os compostos multirraciais. O desenvolvimento do animal composto veio para dar rumo aos pecuaristas que estavam cruzando tudo com tudo, e obtendo sucesso e fracasso na mesma proporção. Os produtores conseguiam os benefícios desejados apenas na primeira geração (F1), não os mantendo nas gerações seguintes. A solução para isso veio através do desenvolvimento do animal composto multiracial, que recebeu esse nome por ser necessário ter a contribuição de, no mínimo, três raças em sua composição, sempre com o objetivo de manter um mínimo de 75% da heterose de um F1. Por que acredito no composto multirracial como o gado do século 21? Simples, ele traz a oportunidade de se obter o que mais é almejado na pecuária e em qualquer outro ramo: maior lucro, com simplicidade do manejo e padronização do rebanho. Mas, por que dá mais lucro? Por-

que produz mais por hectare. Índices de prenhez em torno de 90%, aproximadamente 8% a mais do que raças puras apresentaram em todos os nossos anos de atuação na pecuária. Aos 14 meses de idade, as novilhas apresentam prenhez acima de 70%, e taxa de reconcepção da primípara de dois anos acima de 80%. Desmamamos bezerros acima de 230 kg sem creep feeding (suplementação). Machos chegam ao ponto de abate antes dos 2 anos de idade. Além da alta qualidade da carne, que pode se encaixar em diversos programas de bonificação por qualidade. E por que é mais fácil de manejar? Basta colocar o touro composto em qualquer raça de vaca, e continuar usando daí em diante. Como citado, outros cruzamentos só conseguem as melhorias genéticas na F1, a partir do F2 perdem heterose e sofrem segregação. O Composto pode ser cruzado com qualquer vaca, conseguindo manter os níveis de produção na F1, F2, FX, sem-

Em suma, basta comprar um touro composto de um programa sério com avaliação cientifica, colocar sobre qualquer tipo de vaca para padronizar seus produtos. Recentemente, pecuaristas australianos em visita ao centro-oeste comentaram comigo o quanto de carne poderia ser produzida a mais se utilizássemos mais cruzamento sobre tantas vacas zebuínas. Entendo que os criadores dessas vacas ficam preocupados com as dificuldades do cruzamento, pois um touro europeu qualquer não cobre satisfatoriamente a campo, portanto, ele terá que inseminar. Há também a crença de que teria que abater machos e fêmeas produzidos, pois fica-se sem saber o que colocar nas fêmeas F1: Zebu perde precocidade e produtividade e europeu perde adaptação. O composto responde essas dúvidas, pois colocado sobre as F1, touros que não perdem nem em produtividade muito menos em adaptação e, pode continuar sendo usado ao longo das gerações. Não seja pego no século 21 com gado do século 20! *Gilberto de Biasi é diretor do Programa Montana, criador da raça desde 1994, maneja atualmente oito mil matrizes compostas nos Estados de São Paulo, Goiás e Pará.


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ESPECIAL

CANGUÇU 157 ANOS

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul através da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo e em parceria com a Prefeitura Municipal de Canguçu entregou na manhã de quarta-feira (18) um automóvel e uma patrulha agrícola às Comunidades Quilombolas de Canguçu. O Ato aconteceu em frente a Prefeitura Municipal e contou com a grande presença das comunidades quilombolas de Canguçu, dos presidentes de associações quilombolas, Ailton Prestes (Ass. Quilombo Potreiro Grande), Edimilson Leal (Ass. Quilombo Cerro da Boneca) e Ademar Mattos (Ass. Quilombo Potreiro Grane), representantes do governo do estado, Joel Souza (SDR/RS), Joice Timmer (SDR/ RS), prefeito Gerson Nunes, vice-prefeito José Alcides, Deputada Miriam Marroni, secretários

Município com maior número de comunidades quilombolas do RS, recebe automóvel e patrulha agrícola do Governo do Estado O automóvel Ford Fiesta e a Patrulha Agrícola equipada serão utilizados na prestação de serviços às comunidades.

municipais, vereadores Avacir e Erroldisnei, EMATER e do coordenador da Federação das Associações Quilombolas do RS, Antonio Leonel Soares, dentre outros. A Secretária Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do RS, Reginete Bispo, lembrou das importantes lutas movidas pelas comunidades negras e que agora colhem os frutos de tantos trabalhos não reconhecidos de suas trajetórias de vida. O prefeito Gerson salientou que Canguçu é o município gaúcho que possui o maior número de Comunidades Quilombolas do Estado do Rio Grande de Sul e que o município se sente horado em fazer parte deste governo que esta valorizando estas comunidades e relembrando sua história de lutas e conquistas. O recurso para aquisição dos equi-

pamentos é do Fundo Estadual de Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais/Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural e irá beneficiar as 15 comunidades quilombolas reconhecidas no município. O automóvel Ford Fiesta e a Patrulha Agrícola equipada serão utilizados na pres-

tação de serviços às comunidades. Segundo Joel Souza Santos, da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado, o investimento total foi de mais de 190 mil reais. Recurso das políticas públicas aplicadas ao setor pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul.


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Planejamento da nova safra

A cultura do milho é uma das que mais responde a adubação principalmente a nitrogenada. Por Roberto Fossa Barcelos Engenheiro Agrônomo RC Agroeste Sementes Nos próximos meses iremos fazer o plantio de milho em nossa região de acordo com o zoneamento agrícola alguns locais podem fazer o plantio na última semana de agosto e vamos plantando até final de janeiro, onde alguns produtores arriscam até um pouco mais tarde a semeadura. Para que tenhamos sucesso na cultura é fundamental que seja feito o planejamento deste processo, para que possamos evitar perdas e contratempos no início do plantio. Alguns itens devemos ter atenção e já podemos ir organizando desde agora. Amostragem e calagem de solo: fazer amostragem de solo para que possamos saber o que precisamos corrigir de nutriente e correção de pH. Com o laudo iremos fazer a recomendação certa do que o plantio irá necessitar, e com isso, não vamos gastar dinheiro com aplica-

ção de produtos errados fazendo com que a produtividade aumente. Regulagem e manutenção da plantadeira: isto é fundamental para que possamos ter o melhor aproveitamento na hora de plantar, fazendo com que as perdas por falta de regulação e manutenção tanto de reparo como preventiva ocasione a parada do maquinário e principalmente a perda de eficiência de plantio, mantendo o melhor stand de plantas, números de plantas por hectare e uniformidade. Peças com folgas ou dosadores do adubo desgastados podem ocasionar desuniformidade e até mesmo danos a semente, fazendo com que tenhamos grandes perdas. Pré-plantio: preparar a área antecipadamente, se for plantio convencional, preparar o solo antecipadamente para que seja feita a decomposição da cultura anterior e não ocorra a perda de adubação por este processo. Se for plantio direto fazer a dessecação antecipada e utilizar inseticida para controlar lagartas que já estejam com tamanhos maiores, o tempo mí-

nimo seria recomendado 20 dias. Adubação e semeadura: A cultura do milho é uma das que mais responde a adubação principalmente a nitrogenada, por isso, a recomendação é que seja feito o plantio com 30 kg/ha de nitrogênio na base para termos um bom arranque inicial. Para se chegar neste volume de N o ideal é que fosse usado adubos com formulações 08 ou 10 (primeiro número da fórmula do adubo, este corresponde a quantidade de N). A relação que é utilizada seria para cada 2 kg de uréia

que é aplicado na cultura é produzido 1 saco de milho, esta relação leva em consideração que o solo esta corrigido e os demais nutrientes estão com as suas necessidades supridas. Sobre a semente o mais importante é que seja feita o plantio com a população recomendada do híbrido que iremos plantar, por isso veja o quadro com o espaçamento que será usado e a quantidade de semente a ser colocada por metro, lembrando que se aumentar a população temos que aumentar a adubação, teremos mais plantas retirando esse adubo da terra.


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ESPECIAL

CANGUÇU 157 ANOS

A Prefeitura Municipal de Canguçu e o Governo do Estado do Rio Grande do Sul assinaram no dia 17 de junho, o Convênio nº 1589/2014, que firma a parceria, através da Secretaria Estadual de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, para a recuperação e a manutenção de estradas municipais e vicinais. De acordo com o plano de trabalho do Convênio, a proposta visa a recuperação da malha viária no interior do Município de Canguçu visto que as ações de alargamento, recuperação e manutenção são de fundamental importância para a economia local e para a manutenção de serviços básicos como o escoamento da produção agrícola primária, transporte escolar dentre outros.

Parceria entre governos do Estado e Municipal ajudará na recuperação das estradas da zona rural de Canguçu Serão disponibilizadas ao município de Canguçu 600h máquinas de motoniveladora.

O prazo para a execução dos serviços será de 180 dias, podendo ser prorrogado, à contar da data da publicação no Diário Oficial do Estado.

Foto: Divulgação

Serão disponibilizadas ao município de Canguçu 600h máquinas de motoniveladora que em contrapartida utilizará de máquinas da Prefeitura para viabilizar os trabalhos além do material como tubos para drenagem, britas e saibro. A Prefeitura Municipal caberá fiscalizar a execução dos serviços. Nos próximos dias, o presente convênio deverá ser publicado no Diário Oficial, após a publicação será realizado ato de entrega oficial ao município pelo Governo do Estado.

A esq. diretor do Departamento de Desenvolvimento Urbano, Guido Bamberg, Prefeito Gerson Nunes e Secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Cleider Menegoni.


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Foto: Adilson Roccini

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Luis Augusto Weber.


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Cabanha do Ouriço

habilita pela primeira vez à final do Freio de Ouro Os jurados das fêmeas na prova foram os criadores Douglas Gonçalves, Eduardo Móglia Suñe e Luiz Martins Bastos Neto. Já nos machos, o julgamento ficou a cargo do trio Eduardo Neto de Azevedo, Jean Carlo Santos Mendes e José Francisco Pereira de Moura. Entre os dias 19 e 22 de junho, aconteceu mais uma seletiva do Freio de Ouro 2014, em Vacaria/ RS, onde a Cabanha do Ouriço conquistou o terceiro lugar nas fêmeas, com Caratuva Alvorada, garantindo pela primeira vez sua vaga na grande final. Filha de Viragro Rio Tinto e Conselheira do Strass, Caratuva Alvorada, com o ginete Charles Fagundes, teve nota final de 19,627.

Os jurados das fêmeas na prova foram os criadores Douglas Gonçalves, Eduardo Móglia Suñe e Luiz Martins Bastos Neto.

rim Teixeira. Nota final: 19,974. 2º lugar: Curandeira 711 Maufer, filha de Muchacho de Santa Angélica e SR Geada; criador e expositor Maurício e Fernando Lampert Weiand, Cabanha Maufer, Cruzeiro do Sul/RS, Ginete: Nei Eduardo Rodrigues Lima. Nota final: 19,737.

Móglia Suñe, Cabanha Quilero, Bagé/RS, Ginete: Fábio Teixeira da Silveira. Nota final: 20,156.

Esta é uma grande conquista para a Cabanha do Ouriço no Freio de Ouro, pois estará pela primei- Segundo ele, o surgimento de nora vez em pista na grande final, vos profissionais na área é muito em Esteio, durante a Expointer. importante para a raça, pois quanto mais ginetes aparecem, mais qualificado fica o circuito. A próxima fase acontece em Santa Catarina, no município de Araranguá. O proprietário da Cabanha, Luis Augusto Weber, Veja os resultados: Fêmeas comentou que a alegria e 1º lugar: Faceira II do Elebê, fia emoção de estar com a vaga garantida para a final lho de Butiá Olodum e Butiá são enormes, e agradeceu Ninfa; criador e expositor Leônidas Burtet e filhos, Agropecuáa todos que trabalharam ria Burtet, Cachoeira do Sul/RS, para que este sonho se Ginete: Daniel Waihrich Matornasse realidade.

2º lugar: Índio da Escondida, filho de Festeiro do Itapororó e Cancorosa da Escondida; criador José Inácio e Vinícius Freitas e expositor Irmãos Bastos e José e 3º lugar: Caratuva Alvorada, fi- Vinícius Freitas, Estância Itapilha de Viragro Rio Tinto e Con- tocai e Cabanha Escondida, Uruselheira do Strass; criador Eli- guaiana e Alegrete/RS, Ginete: seu da Silva Taborda Ribas e Gabriel Marty. Nota final: 19,350. expositor Luis Augusto Weber e filhos, Cabanha do Ouriço, 3º lugar: Operário do Itaó, filho Carazinho/RS, Ginete: Char- de Butiá Leopardo e Dançarina do les Fagundes. Nota final: 19,627. Xiniquá; criador Cássio Souza Bonotto e expositor Isoel Gotardo An4º lugar: Xiba da 3J, filha da drighetti, Cabanha Del Candieiro, Herói do Basalto e JA Xiba; Caxias do Sul/RS, Ginete: Fernancriador e expositor Agropecuá- do Andrighetti. Nota final: 19,313. ria Andrade Lima Ltda., Cabanha 3J, Pelotas/RS, Ginete: Ga- 4º lugar: Discutido do Capão Rebriel Marty. Nota final: 19,574. dondo, filho de Chamaico Provinciano e Vanera do Capão RedonMachos do; criador Luiz Carlos e Antonio Carlos A. Py e expositor Antonio 1º lugar: Quilero Tero Real, fi- Carlos Albuquerque Py, Cabanha lho de São João do Juncal Pan- Capão Redondo, Barra do Ridemônio e Quilero Meta y Pon- beiro/RS, Ginete: Fábio Teixeiga; criador e expositor Eduardo ra da Silveira. Nota final: 19,311.

Foto: Alexandre Freitas

Foto: C.A

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Já nos machos, o julgamento ficou a cargo do trio Eduardo Neto de Azevedo, Jean Carlo Santos Mendes e José Francisco Pereira de Moura. Luiz Martins Bastos Neto contou que além dos animais, um dos pontos de destaque do evento foi a renovação no rol de ginetes da modalidade.


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ESPECIAL

LEILÃO

Fazendas Irapuá ofertam genética Hereford e Braford no Paraná

As Fazendas Irapuá, de Cachoeira do Sul, oferta no dia 06 de julho, em Dois Vizinhos/PR, genética Hereford e Braford de alta qualidade durante o Leilão Multi Raças, a cargo do escritório rural Pampa Remates. Evento que acontece no Parque de Exposições do município a partir das 14 horas, será a ÚNICA oportunidade de adquirir genética Irapuá no estado do Paraná durante o ano de 2014.

braford em nivel nacional estar crescendo muito, sempre buscando melhorar cada vez mais a qualidade de seu produto para satisfazer o mercado paranaense que procura por animais geneticamente superiores. “No Paraná eles tem um grande rebanho Nelore, e utilizam a nossa genética para o cruzamento industrial. Nossa expectativa é de ótimos negócios, repetindo as edições anteriores”, comenta.

Segundo o administrador das Fazendas Irapuá, John Lennon, a Irapuá oferta animais no Paraná desde 2006, esse ano em especial está começando com a venda de reprodutores braford, que acredita ser o inicio de um mercado promissor devido a expansão da raça

Este ano, a oferta Irapuá será de 14 touros Hereford e 6 touros Braford, ambos de 2 anos, reprodutores extremamente rústicos, superiores e comprovados geneticamente, através de um rigoroso sistema de seleção. Também sera ofertado 8 matrizes Hereford prenhes, sendo

ambas de 3 a 4 anos de idade, vacas com excelente padrão racial e com prenhes da melhor genética existente dentro das Fazendas Irapuá. Com certeza uma oportunidade impar de adquirir uma genética de qualidade, produtora de campeões. Australianos visitam a Irapuá No dia 14 de junho, as Fazendas Irapuá receberam dois criadores australianos interessados na genética selecionada na propriedade. Peter e Robert Hall vieram ao Brasil para a Copa do Mundo e aproveitaram a visita para conhecer a genética Hereford produzida no país. Os dois australianos, pai e filho, são originários do condado de Hereford, na Inglaterra

e pertencem a uma das mais antigas famílias criadoras da raça. A visita aconteceu através do Projeto Setorial Brazilian Hereford & Braford (BHB), da ABHB e Apex-Brasil, que visa, entre outros objetivos, mostrar internacionalmente a qualidade genética das raças Hereford e Braford selecionadas no Brasil. Mais informações sobre a oferta, entre em contato com a Irapuá: Telefones: 51-3247-1110 (escritório) 51-9915-2265 (administrador) Email: lennon@fazendasirapua.com.br pecuaria@fazendasirapua.com.br


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As perspectivas e oportunidades do agronegócio é tema de seminário promovido pela INTL FCStone em Sorriso-MT Foto: Divulgação

No dia 22 de julho, a INTL FCStone, consultoria de gerenciamento de risco com foco em commodities, irá promover um seminário em Sorriso-MT para apresentar um panorama dos mercados de soja, milho, algodão e fertilizantes. O objetivo é apontar os fatores que norteiam o mercado e mostrar como este conhecimento pode trazer bons resultados. O evento terá início às 17h, é gratuito e aberto ao público, porém é preciso realizar a inscrição previamente. A agenda de palestras previstas será: 17h45: Perspectivas sobre os mercados de soja e milho. 18h45: Fundamentos do mercado de algodão. 19h30: Mercado brasileiro e internacional de fertilizantes. 20h: Economia mundial e demanda por commodities . Serviço Seminário: Agronegócio 2014/2015: fundamentos, perspectivas e oportunidades Local: Hotel Odara – Avenida Perimetral, 9675, Jardim América - Sorriso-MT Data: 22/07/2014 Inscrições: com Cristiane Bonomi Diaz Fone: (19) 2102 1334 Email: Cristiane.bonomi@intlfcstone. com Sobre a INTL FCStone A INTL FCStone Inc. e suas subsidiárias oferecem serviços de execução e consultoria em commodities, moedas e securities internacionais. Com raízes no setor de commodities que remontam a 1924, a INTL FCStone é especializada em auxi-

liar toda a cadeia do mundo das commodities - produtores, processadores e consumidores – a gerir seu negócio e a crescer no ambiente volátil das commodities agrícolas. No Brasil, a INTL FCStone está sediada em Campinas (SP) e conta com escritórios em São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Maringá (PR), Cuiabá (MT), Goiânia (GO) e Recife (PE). Mais informações: www.intlfcstone.com.br

Evento que irá ocorrer no dia 22 de julho de 2014 abordará os mercados de milho, soja, algodão e fertilizantes.


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ESPECIAL

NUTRIÇÃO Por Conrado P. Kunert Médico Veterinário CRMV-RS 9961 O confinamento é uma forma de terminação de bovinos, amplamente utilizado por grandes criadores, principalmente no centro oeste e sudeste do nosso país, porém necessita de uma grande área para a produção do volumoso. Hoje em dia, temos a opção de confinar animais com dietas “puro-grão”, sem a necessidade da produção de volumoso, isso faz com que pequenos produtores também procurem essa técnica de confinamento, onde rapidamente se consegue um grande ganho de peso, acabamento e rendimento de carcaças excelentes. No confinamento

Confinamento Puro Grão puro grão, o produtor não está sujeito à sazonalidade de clima para a produção do volumoso, nem a de preço dos animais no mercado. Os animais são terminados em 60 dias, ou menos, utilizando apenas milho em grão (grão inteiro) e concentrado peletizado. Faz-se uma mistura de 15% de concentrado peletizado e 85% de milho (grão inteiro), na proporção de 2% do peso vivo, podendo essa quantidade ser adaptada de acordo com a categoria do animal a ser confinado. A IRGOVEL em parceria com o FRIGORÍFICO ESPINILHO, localizado na cidade de São Lourenço do Sul, desenvolveu um concentrado para atender as exigências nutricionais dos animais neste tipo de confinamento, considerando o acabamento e o rendimento da carcaça.

O Concentrado Bovino produzido pela IRGOVEL foi utilizado no confinamento do FRIGORÍFICO ESPINILHO por um período de 60 dias, este teste foi supervisionado pelo Sr. Adriano Schuch, sócio proprietário do frigorífico, acompanhado do coordenador técnico da IRGOVEL, Sr. Conrado Kunert, onde foi observado um ganho de peso médio diário dos 12 animais selecionados, os resultados foram satisfatórios para ambas as partes.

A IRGOVEL, em sua nova metodologia de trabalho, está sempre empenhada em desenvolver novos produtos que venham a atender as necessidades dos produtores.

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Hoje em dia, temos a opção de confinar animais com dietas “puro-grão”, sem a necessidade da produção de volumoso


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25 DE JUNHO À 24 DE JULHO DE 2014 Fernando Zamboni - Sommelier e Juiz Internacional para a qualificação de vinhos E-mail: fernando.zamboni@winelands.com.br Site: www.winelands.com.br

Clube de Vinhos: Quais as vantagens e qual devo me associar? Você, que já é um enófilo ou um iniciante, mas quer se lançar no mundo do vinhos, já pensou em fazer parte de um Clube de Vinhos? Nos últimos anos a venda de vinho por intermédio de sites na internet obteve um aumento considerável e segue em ascensão. Com a correria do dia a dia e a falta de tempo, as pessoas buscam cada vez mais, comodidade nas suas compras. Uma modalidade de venda presente na internet e que cresce muito a cada ano gerando bastante curiosidade dos enófilos de plantão, são os ‘’Clubes de Vinhos’’. Em resumo os Clubes de Vinhos enviam aos seus associados, mensalmente, para endereços indicados pelos mesmos, um kit de vinhos selecionados por especialistas. Para tanto, os associados pagam um valor mensal por uma assinatura que dura o tempo que desejarem. A primeira pergunta que vem a cabeça é a seguinte: Vale a pena me associar a um Clube de Vinhos? Em minha opinião sim, vale muito a pena, sendo uma ótima opção não só para os enófilos iniciantes, como também para os mais experientes, pois cria a possibilidade de provar rótulos variados com condições de compra diferenciadas. Os melhores clubes do país oferecem vários serviços e vantagens, podendo se destacar: A primeira e mais importante vantagem é uma compra segura, afinal, normalmente um sommelier (profissional com experiência em vinho) avalia e aprova a amostra, eliminando aquela situação em que você com-

Foto: Arquivo

pra e se decepciona. Lógico que o vinho é gosto pessoal, porém o risco diminui consideravelmente. Oportunidade de conhecer na taça, vinhos de várias uvas e provenientes de diversos países, alguns exclusivos, ampliando horizontes, melhorando o seu conhecimento e ajudando você a formar o seu próprio paladar entendendo o que realmente gosta. Auxilia no encontro das melhores harmonizações. Em alguns clubes, você tem a possibilidade de até escolher o que quer receber em sua remessa mensal entre tintos, brancos, roses, espumantes ou uma mescla de vários tipos de vinho evitando assim que venha a receber algo que não gosta. Interação entre associados, canal de debates e troca de conhecimentos enológicos. Acesso a artigos, notícias, vídeos, curiosidades, dicas e sugestões do mundo do vinho. Outra grande vantagem é a relação de preço. Normalmente, os clubes de vinhos comercializam os vinhos com preços de 20% a 40% em relação aos praticados no mercado. Descontos em cursos e degustações. Alguns sites de venda que tem clube oferecem descontos nos demais produtos do site. Entrega programada. Há flexibilidade nas quantidades a serem entregues ao associado que em geral são compostas por 2, 4 ou 6 garrafas mensais. Valor fixo mensal, adequado ao seu orçamento. Pagamento facilitado em cartão de crédito ou boleto bancário. O envio de seus exemplares é feito com

O UNIVERSO DOS VINHOS

segurança, em uma embalagem homologada, especialmente desenvolvida para este fim, pois protege bem as garrafas para resistir ao transporte rodoviário e aéreo. Não é fantástico receber ótimos rótulos no conforto de seu lar? Eu acho que é e por isso faço parte de alguns Clubes e estou bem satisfeito, indico a vocês para que façam o mesmo. Segue abaixo a lista de alguns dos Clubes disponíveis no Brasil com seus respectivos endereços eletrônicos e um breve resumo sobre cada um deles: Vinos: www.clubedevinhos.com. br, Tem como principal compromisso a valorização do bom vinho nacional. Assumiram o desafio de garimpar pelo país os melhores resultados enológicos, de produtores que estão optando pela qualidade como prioridade. Winelands Clube do Vinho: www.winelands.com.br, Oferece ao associado os serviços do Sommelier Winelands. É o único Clube do Brasil que permite que o associado escolha os tipos de vinhos

que quer receber, tem importação própria e só trabalha com rótulos premiados e acima de 90 pontos. Um belo diferencial é uma etiqueta que acompanha cada garrafa informando tudo sobre aquele vinho e ensinando a melhor forma de apreciá-lo, isso faz com que uma pessoa leiga no assunto possa degustar como a um profissional. Wine: www.wine.com.br, A equipe de Winehunters percorre o mundo em busca dos melhores vinhos para serem levados até você. Sócios ClubeW têm 15% de desconto em todas as compras no site, além de participarem regularmente de promoções exclusivas. Enfim, não há como negar que há vantagens em se associar aos bons Clubes de Vinhos, estando o mercado com boas opções nesse sentido. Importante, no entanto, é que os interessados observem, dentro do seu perfil pessoal, o clube que mais encaixe às suas necessidades, pois como demonstrado acima, ainda que em breve resenha, alguns clubes têm algumas peculiaridades, não sendo, assim, todos iguais.


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Fraque da Bela, Top 0,1%, terá sêmen em promoção dia 25 de junho

O Programa Pecuária em Alta, no Canal Terra Viva, ofertará sêmen do 5º melhor touro avaliado no Sumário ANCP 2014. Foto: Divulgação

O reprodutor Fraque da Bela, na comprovadamente ganhos de proveniente da seleção Bela Al- produtividade , encurtando o ciclo vorada - Nelore Zan, proporcio- da pecuária de corte. Com Méri-

to Genético Total de 21,85 (TOP 0,1%), ele é líder para habilidade materna (TOP 0,5%) e para fertilidade (TOP 0,1%), Fraque é indicado para se obter animais mais musculosos e de carcaça mais precoce, além de transmitir muita fertilidade e leite para suas filhas. Flávio Aranha, proprietário do animal, complementa que as progênies de Fraque se sobressaem muito no plantel da Bela Alvorada – Nelore Zan. “O Fraque representa bem o progresso genético da Bela Alvorada. Sua liderança nos sumários da ANCP, no Nelore Qualitas e PMGZ mostra bem sua prevalência genética. Comprovando seus números, Fraque tem um excelente apro-

veitamento de suas progênies, destacando-se o fato de ser pai de dois touros da Bela Alvorada contratados por Centrais (Interior e Invite) e ser ainda um excelente produtor de tourinhos com muitos filhos já vendidos em nossos leilões”, ele frisou arrematando que esta ocasião “será uma ótima oportunidade de adquirir sêmen antes da elevação de preço prevista para o próximo mês, agora que já se tornou um touro provado!”, dica ressaltada por Flávio Aranha O preço de venda para pacotes de 100 doses, será de R$ 18,00 por dose, com 50% de bonificação em sêmen. Informações adicionais sobre Fraque da Bela no site: www.belaalvorada.com.br.


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Foto: Divulgação

Carne Angus tem grande aceitação em curso de cortes especiais Entrecote, T-Bone, Porterhouse, Prime Rib, Shoulder Steak, os cortes foram muitos, mas a carne de maior sucesso no curso de cortes especiais Marcelo Bolinha foi uma só: a carne Angus. Realizado nos dias 27 e 28 de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), o evento reuniu 17 profissionais de áreas distintas, mas com conceito único sobre a matéria prima utilizada.

fissionais envolvidos dentro da cadeia produtiva de carnes. Bolinha destaca que o aluno aprendeu a correta retirada dos ossos e o desperdício zero nos cortes para uma boa preparação da carne. Marcelo Bolinha é um importante entusiasta de cortes de carne. Foi proprietário do Açougue do Bola e viaja o Brasil como consultor empresarial em cortes de carne, com 25 anos de experiência no ramo.

E a aceitação do público, segundo o anfitrião, o consultor empresarial em cortes de carne Marcelo Bolinha, retrata a boa imagem da carne Angus não só com quem é do ramo, mas também com o público consumidor em geral. Todos elogiaram muito o curso, os cortes e a carne Angus utilizada, que teve sua maciez, sabor e facilidade de corte evidenciadas, conta Bolinha.

A carne Angus é a mais valorizada pelos consumidores devido às suas qualidades indiscutíveis, como a maciez e o sabor, conferidos pelos índices de marmoreio. A Associação Brasileira de Angus tem parceria firmada com a indústria frigorífica, visando à produção de carnes de alta qualidade: o Programa Carne Angus Certificada.

Dividido entre módulos teórico e prático, o curso teve duração total de 16 horas, e nessa 4ª edição recebeu veterinários, empresários, chefes de cozinha e outros pro-

No Programa Carne Angus Certificada, todo o processo industrial – desde o abate e a tipificação das carcaças até a embalagem final do produto – é acompanhado pelos técnicos da Associação Brasileira de Angus e auditado pela Certifi-

cadora Ausmeat, que confere reconhecimento e credibilidade internacional com a outorga do selo de

Certificação Ausqual. Para mais informações sobre o Programa, acesse www.carneangus.org.br.


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Paulo de Castro Marques Presidente da Associação Brasileira de Angus

Sem avermectinas, produtividade da pecuária recua três décadas

Não deveria, mas pelo jeito é pra valer a decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de proibir o uso das avermectinas para animais no Brasil. Passadas mais de duas semanas da publicação da Instrução Normativa 13, que oficializou a decisão, eu esperava que tudo não passasse de um equívoco do MAPA e um pedido de desculpas à pecuária brasileira bastaria para voltar à normalidade. Afinal, há exatos 31 anos, chegava ao mercado brasileiro a primeira ivermectina de longa ação para combater endo e ectoparasitas em bovinos. Iniciava-se uma era de ganhos impressionantes em sanidade. Os especialistas dizem que os parasitas são responsáveis por prejuízos de até 40% na produção de carne e de leite. Trazendo para números, podemos imaginar que sem as avermectinas a produtividade da pecuária despencaria consistentemente. Levando os números ao rigor, a oferta de carne bovina cairia de 9,5 milhões de toneladas/ ano para 5,7 milhões/t e a produção anual de leite sairia do patamar de 35 bilhões de litros/ano para 21 bilhões de litros. É quase voltar atrás as três décadas do uso de endectocidas de longa ação. Obviamente que essa matemática é utópica, mas dá uma ideia de quanto as cadeias da car-

ne bovina e do leite devem aos antiparasitários internos e externos à base de avermectinas. No entanto, aparentemente essa conta não foi feita pelos responsáveis pela defesa agropecuária no momento em que assinaram a IN 13, em 29.05.2014. Pelo contrário, preferiram satisfazer uma exigência sem sentido dos Estados Unidos, que compram uma ínfima parcela das 1,5 milhão de toneladas de carne bovina que o Brasil exporta por ano. Ah, claro, pesou – e muito – o fato de os EUA estarem ‘analisando’ a abertura do seu mercado para a carne brasileira in natura. Claro que esse cenário seria positivo, pois motivaria outros mercados importantes, como Japão, México, Canadá e Coreia do Sul, a também considerarem a compra da carne brasileira. Mas, por favor, basta de ingenuidade.

ARTIGO

Dejalmo Prestes Engenheiro Agrônomo e Consultor

As frutas e hortaliças na saúde do homem

As frutas e hortaliças têm passado por uma evolução tecnológica em seu processo de beneficiamento nos últimos anos, notadamente devido ao aumento significativo na exportação de frutas e também com uma maior preocupação do consumidor com a qualidade do produto disponível no mercado. Estes dois fatores influenciam nos processos de beneficiamento e classificação do produto “in natura”. Uma maior preocupação e exigência quanto à classificação final obtida e a sanidade das frutas e hortaliças, com influência direta nos sistemas de beneficiamento e classificação. Recebimento, seleção, limpeza (Lavagem e Secagem), aplicação de cera (Polimento), classificação, embalagem, resfriamento, carregamento e transporte. O consumidor faz parte deste processo, devido à participação cada vez maior deste influenciando as decisões tanto em campo, como na pós-colheita.

Não se pode abrir mão de uma realidade e apostar em um projeto (ou sonho) de longo prazo. Senhores dirigentes do MAPA, sejamos realistas. A pecuária brasileira é o que é hoje por conta do trabalho sério dos produtores, dos técnicos e da indústria.

O crescimento do plantio na área da fruticultura tem sido devido o bom momento de preços, a melhoras da tecnologia, fazendo com que o produtor busque mais qualidade com profissionalismo. Tem aumentado, em nossa região, o cultivo de figo, uva de mesa, citros e caqui. A produtividade e qualidade tem atendido a expectativa dos agricultores, gerando mais lucratividade e mais disponibilidade de um alimento saudável aos consumidores.

Comprometendo a existência da indústria de saúde animal o governo brasileiro está comprometendo toda a atividade produtiva.

Na horticultura os avanços em produtividade e qualidade são grandes nos últimos anos, pois os consumidores buscam uma die-

Foto: Divulgação

PERFIL

ta equilibrada nas frutas e hortaliças, a mudança do hábito alimentar pode proporcionar muito mais que o prazer da degustação. A relação entre uma boa alimentação e saúde encontra cada vez mais respaldada em trabalhos científicos e indicação médica. Nos últimos anos, essas pesquisas estão descobrindo que alguns alimentos, denominados de funcionais, possuem substâncias capazes de melhorar as funções do mecanismo de defesa do corpo e de controlar o ritmo corporal, além de prevenir e auxiliar na recuperação de doenças. Uma dieta rica em hortaliças e frutas e pobre em gorduras e carnes animais podem proporcionar a saúde do coração e evitar algumas doenças. Segundo a pesquisadora Patrícia Carvalho, da Embrapa Hortaliças, pesquisas realizadas em todo o mundo apontam que o consumo de uma ampla variedade de produtos vegetais é fator comum na dieta de pessoas com baixo risco de desenvolver câncer. No caso da diabetes, o consumo de hortaliças ajuda a regular o nível de glicose no sangue, evitando que a doença se agrave. A Embrapa juntamente com outros órgãos de pesquisa e Universidades cada vez mais colocam em seus programas novos estudos e desenvolvimento de cultivares, não bastando isso, a divulgação e o incentivo para população consumir alimentos saudáveis. Sendo as frutas e hortaliças os propulsores de uma dieta saudável e uma expectativa de vida longa.


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ESPECIAL

OVINOS Neste verão as altas temperaturas e as chuvas no geral acima da média fizeram do “foot-rot” o grande vilão da estação. Em diversas propriedades são encontrados animais flagelados, que apresentam além da perda de peso, perdas reprodutivas, e produtores calculando os prejuízos com tratamento ineficientes. Neste texto vamos comentar um pouco sobre o “foot-rot”, podridão dos cascos ou ainda “pietin”, todos sinônimos de uma doença crônica que causa graves lesões nos cascos e espaço interdigital. O primeiro indício da ocorrência da doença em um rebanho é a presença de animais claudicando cronicamente (mancando). Quando se observa o casco destes ovinos o que se identifica são: podridão no casco (tecido necrosado), lesões no espaço entre os dois cascos, odor forte, presença de pus, deformação do casco, miíases (bicheiras), como pode se observar na figura 1. A principal queixa do produtor é que estas lesões não cicatrizam e que a cada dia há mais animais doentes. Então como a

Foot-Rot doença ocorre? Como estes animais se infectam? Como uma propriedade que antes não apresentava casos passa a tê-los?Quais tratamentos apresentam melhores resultados? O “foot-rot” é causado pela ação de duas bactérias, o Fusobacterium necrophorum, que está presente no ambiente através das fezes dos animais (mangueiras, piquetes, paradouros). Esta bactéria causa uma frieira inicial na pele entre os cascos, que permite a infecção pelo agente determinante da doença que é a bactéria Dichelobacter nodosus. Esta bactéria está presente no casco e nele sobrevive por longos períodos. No ambiente o D. nodosus sobrevive por pouco tempo, sendo uma bactéria anaeróbica, ou seja, casco com tecido morto é o ambiente ideal para este agente. A infecção ocorre através do contato entre animais, a aglomeração do rebanho em locais úmidos e contaminados favorece os surtos. O próprio homem pode ser disseminador da doença no rebanho quando uti-

liza o aparador de cascos sem nenhum cuidado com a limpeza. A compra de animais portadores é a maneira mais comum de entrada da doença. A quarentena é uma prática recomendada, mas no dia a dia da propriedade é de difícil execução. Então para evitar este transtorno é importante revisar os animais antes da compra, buscar o histórico da propriedade de origem e não introduzir novos indivíduos no rebanho sem antes casqueá-los e de passá-los em pedilúvio com solução antisséptica, como a solução de formol a 5% (existe restrições de compra no comércio), solução de sulfato de cobre ou solução de sulfato de zinco a 10%. O tratamento do “foot-rot” é baseado em alguns pontos: isolamento de animais doentes, casqueamento para eliminar todo tecido morto (fazer desinfecção do alicate cortador de casco durante o casqueamento), utilização de pedilúvio (pode ser realizado semanalmente), antibioticoterapia e tratamento tópico. Os animais com problemas crônicos devem ser eliminados do rebanho.

ARTIGO Foto: Divulgação

Thais Escobar Antunes Médica Veterinária e Engenheira Agrônoma - Empresa Guarda Nova.

Então como prevenir a ocorrência dessa doença? Associação de ações é o método mais eficiente. Utilização de pedilúvio em períodos secos, previamente a ocorrência de surtos, utilização de vacina comercial no rebanho, revisão de animais pré compra, casqueamento preventivo do rebanho para eliminar tecido morto e seleção de animais resistentes. E para o futuro? Busca de bons exemplos! No país vizinho Uruguai existem propriedades que eliminaram a doença do seu rebanho e são certificadas como livres de pietin. Um pouco mais longe das nossas fronteiras, Nova Zelândia e Austrália, trabalham com a seleção genética de animais resistentes a enfermidade.


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VIP RURAL Foto:Norberto Cândido

Foto:Luciene Gazeta

A Esq. Anibal Camps, Claudio Zambrano, Ayrton Marçal, Brasil Zamberlam, Roberto Salles e Fernando Domingues.

A Esq. Arilton Amaral, Daniel Pietro, Renan, Derly Girard e Jorge.

Foto: Edison Larronda

Foto: Divulgação

Copa Campos do Jordão: Beatriz Biagi (Beabisa), Luciene Gazeta (Matriz da Comunicação) e Josiane Vidotti (Haras Araxá).

Copa Mangalarga em Campos do Jordão, mulheres e familiares se reúnem para foto oficial durante o evento.

Foto:Edisson Larronda

Foto:Edisson Larronda

Foto: Divulgação

Christiano Lisboa - Presidente do Centro Empresarial de Rosário do Sul.

Fabiana Gonçalves e Juliano Costa - Laruê Agência, durante o lançamento comercial da 65ª Exporosul.

Foto: Alexandre Freitas

Foto: Divulgação

Luis Augusto Weber e Família Cabanha do Ouriço, Carazinho-RS.

Abertura oficial da semana de 157 da cidade de Canguçu.


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INFO AFUBRA

Turfa Fértil FG4

Foto: Divulgação

O Substrato para Plantas FG4 Max Fumo CA Turfa Fértil é um produto a base de turfa recomendado para a germinação de sementes e produção de mudas de fumo em bandejas no sistema “float”. Pode ser utilizado para qualquer cultivar de fumo a ser produzida, sendo esterilizado a vapor, o que o torna isento de fitopatógenos, de sementes de ervas daninhas e ambientalmente correto.

ingerido por pessoas e animais. Boas mudas começam com um bom substrato: O termo substrato aplica-se em Horticultura a todo material sólido, distinto de solo, natural, residual, mineral ou orgânico que colocado em um recipiente, em forma pura ou em mistura, permite a fixação do sistema radicular, desempenhando, portanto, papel de suporte para a planta (Cadahia, 1998).

Recomendações de uso: Substrato para Plantas recomendado para a germinação de sementes e produção de fumo em bandejas, sendo indicado para o sistema “float”; Umedecer o Substrato para Plantas Fumo FG4 Turfa Fértil, se necessário, pois pode haver perda de umidade devido ao período de estocagem. Preencher as bandejas com o produto tomando o cuidado para não compactar em excesso; Necessárias adubações complementares durante o ciclo de produção da muda; Produto pronto para uso; Produto não tóxico; Não deve ser

Os substratos devem ser isentos de doenças e sementes de ervas daninhas, devem ter propriedades físicas ótimas e equilíbrio adequado de nutrientes um bom substrato deve facilitar a retirada das mudas prontas com o torrão inteiro e sem danificar as raízes. Um substrato é muito mais do que isso, porque ele é a parte mais delicada na produção de mudas, pois um substrato ruim pode trazer desde falta de germinação das sementes quanto crescimento irregular e principalmente um sistema radicular ruim e com isso vai trazer

mudas ruins que afetarão dire- no ano anterior, usando para tamente a produtividade final. isso água sanitária, mantendo as bandejas na sombra por um Cuidados básicos para com os dia e enxaguando com bastancanteiros de mudas, recomen- te água limpa antes de semear. dações gerais: - Use água de - Nunca utilize o substrato para boa qualidade no float; - Ins- mais ou menos bandejas do que tale o float em local próximo o recomendado pelo fabricante, a casa ou galpão para facilitar isso vai diminuir muitos proseu manejo; - Mantenha a área blemas as mudas. Se o substrado float limpa e livre de inva- to estiver muito seco, umedeça soras; - Nunca amontoe terra com água limpa usando de 3 a nas bordas dos canteiros - Faça 4 litros conforme necessário. uma boa ventilação dos can- Sempre utilize adubo especial teiros, pois evita muitas doen- para float, pois somente estes ças; - Nunca retire totalmente são recomendados e seguros o lençol de cobertura, abra so- para as mudas, com isso evitamente uns 30 cm de cada, lado mos sérios problemas que podesta maneira dificultamos a dem levar a perder as mudas. entrada de muitos insetos que podem ser vetores de doenças; - Tome cuidado com o excesso de defensivos use a quantidade recomendada, e evite fazer aplicações com intervalos menores que cinco dias; - Sempre pode suas mudas no mínimo uma vez o ideal são duas, pois fortalece as mudas propiciando mudas melhores para serem transplantadas; - Faça sempre a devida desinfecção das bandejas usadas


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ARTIGO

Paulo Augusto Franzine Presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Dorper (ABCDorper)

Organização da ovinocultura é caminho sem volta

MERCADO

OVINOCULTURA

Na última década, presenciamos uma reviravolta na ovinocultura, com a queda da lã e as demandas fortíssimas para a carne de cordeiro. Nesta transição, o produtor brasileiro mais uma vez demonstrou sua vocação de produzir alimento, fazendo emergir um mercado que há tempos permanecia adormecido. Agora é preciso arregaçar as mangas e trabalhar mais que nunca para atender as demandas que construímos, além daquelas por qualidade que ainda estão por vir. Sabor, maciez e suculência já são caraterísticas marcantes do produto nacional, graças ao investimento realizado dentro da porteira, no melhoramento genético do plantel e com o uso de novas tecnologias. O resultado não poderia ser melhor e surpreende mesmo aqueles que resistiam ao consumo por experiências negativas no passado, quando a carne que chegava ao consumidor era de qualidade duvidosa e oriunda de animais abatidos em idade avançada.

ros. A resposta aparece nos preços pagos ao produtor, nunca antes tão atraentes. Em praças i-mportantes como São José do Rio Preto e Marília, no Estado de São Paulo, o quilo de carcaça ovina está cotado a R$ 12,22 ou R$ 184,00/@ (cotação Aspaco), quase o dobro do que ganha um pecuarista que trabalha com bovinos de corte.

Hoje, podemos afirmar com convicção que nossa matéria-prima já é superior à boa parte daquela que vem sendo importada de outros países que fazem os ovinocultores brasileiros experimentar amarga concorrência. Claro, não podemos generalizar. A qualidade do que entra depende diretamente do bolso de quem compra. Vivenciamos um momento especial e que há muitos anos esperávamos. O consumo cresceu, forçando importação do produto num primeiro instante, e agora alavanca a organização de nossa cadeia produtiva.

Sou empresário, aposto nesse mercado há poucos anos, e para mim não faria sentido permanecer nele se não gerasse lucro. Com um rebanho de 17 milhões de cabeças, que não cresce nem 2% ano (dado do IBGE/FAO), a oferta de cordeiros é e continuará sendo o grande gargalo no Brasil por algum tempo. Traduzindo para o bom português, é o cenário perfeito para quem busca faturar mais ou para o criador de bovinos diversificar a renda, especialmente considerando o ciclo produtivo da espécie, muito inferior ao do boi.

Para que isso aconteça de fato, como produtores temos de garantir à indústria escalas constantes para que consigam, ao menos, honrar os contratos firmados. Este elo importante está encontrando muita dificuldade para conseguir cordei-

Enquanto, uma fazenda tecnificada abate gado de corte com 24 meses de idade, um cordeiro é terminado com até 150 dias de vida. Propriedades que investem um pouco mais em genética reduzem este intervalo um pouco

mais, gerando borregos superprecoces em menos de 120 dias. A qualidade suprema conferida nesses produtos, inclusive, trouxe para cordeiros cruza Dorper e White Dorper um certificado de qualidade inédito na ovinocultura. Boi e ovino é um casamento perfeito e duradouro, e que faz grande sucesso nos países onde a ovinocultura é consolidada. Viabiliza o total aproveitamento da terra, hoje uma regra no Brasil. Outro benefício desta integração é a possibilidade de contar com renda extra para enfrentar as oscilações de mercado. Os insumos utilizados são praticamente os mesmos nas duas atividades, com cuidado maior apenas em relação ao controle sanitário do rebanho ovino, que são mais sensíveis a verminoses. Problema facilmente resolvido com vermifugação adequada e adoção do pastejo rotacionado. O boi come a parte de cima do pasto, ovelha, a de baixo. Falando nisso, o mundo produz em regime extensivo e conosco não deve ser diferente. E não se preocupe se está ingressando agora na criação e conhece pouco sobre o manejo. Existem

núcleos de produtores espalhados pelo território brasileiro, além das associações, entidades ligadas ao governo e até mesmo os grandes criadores, que estão empenhados em abrir suas propriedades para mostrar de que forma trabalham. Algumas, inclusive, oferecem assistência técnica, consultoria ou mesmo acesso à genética em troca da exclusividade na compra dos cordeiros, inclusive remunerando acima dos preços de mercado por qualidade. Caso deseje investir numa atividade de rápido retorno econômico, a ovinocultura é uma excelente opção. O mercado é promissor, mas é preciso atentar ao manejo para que o negócio não vá por água abaixo. Reserve as matrizes saudáveis e férteis e selecione reprodutores funcionais. Controle custos na ponta do lápis e, se não tem condições de formar um lote com número suficiente de animais para abate, una forças com seu vizinho. E que fique a lição mais importante: o consumo só cresce no Brasil por causa da qualidade da carne que produzimos. Agora, é nossa obrigação abastecer o mercado com um produto à altura.


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Governo do Estado começa na Fronteira Oeste regionalização do Plano Safra: O Governo do Estado deu início nesta quarta-feira (18), em Alegrete, na Fronteira Oeste, à regionalização do Plano Safra Estadual 2014/2015. Depois do lançamento oficial em Canguçu, no último dia (09), feito pelo governador Tarso Genro, as secretarias da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) e Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) vão percorrer quatro regiões. Com cerca de R$ 2,74 bilhões entre recursos do tesouro e do sistema financeiro, o quarto plano tem meta de atingir 300 mil famílias no campo. Ele complementa as ações federais tanto do Plano Agrícola e Pecuário, do Ministério da Agricultura (Mapa), quanto do Plano Safra da Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Assim como em edições passadas, as medidas – 66 nesta edição - reforçam o combate às desigualdades regionais, a melhoria da infraestrutura rural, o fortalecimento da agropecuária e recuperação da capacidade de investimento e gestão do Estado. Dão ênfase ao aumento da renda, da produtividade e à permanência do jovem na zona rural. De 2011 até agora, o acumulado de recursos chega a cerca de R$ 9 bilhões. Segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, o Rio Grande do Sul vive momento de crescimento e estabilização da economia no meio rural, o que acaba impulsionando outros setores como o de serviços nas áreas urbanas. “O Produto Interno Bruto (PIB) de 6,4% registrado em 2013 tem muito a ver com a produção primária”. “Nos últimos quatro anos, colhemos as três maiores safras da história, sendo a última de mais de 30 milhões de toneladas”, afirmou Fioreze, ao se dirigir a alunos da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). “Uma conquista do Estado junto ao Governo Federal”, reforçou. Na Fronteira Oeste, por exemplo, são mais de R$ 30 milhões de investimentos da Seapa, fruto de programas como Mais Ovinos no Campo e Mais Água, Mais Renda. “Mais de 1,7 mil projetos para irrigar 7,5 mil hectares e 142 operações de retenção ou aquisição de ovinos, dois dos principais programas do Estado”, afirmou. Só com o Mais Água, Mais Renda, exemplificou, a área ir-

ARTIGO

Cristiano Costalunga Gotuzzo Engº Agrônomo CREA/RS 131395

rigada de culturas de sequeiro será mais do que duplicada. “Levamos 30 anos para irrigar 75 mil hectares no Estado. Até o final do ano, vamos chegar a 200 mil hectares, aumentando as rendas privada e pública”. Duas áreas fundamentais também recuperadas desde 2011 são a pesquisa e a extensão rural. Sucateadas, a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e Emater voltaram a ser protagonistas, acrescentou o secretário. “Enquanto a Emater contratou mais de 1,1 mil servidores no período, a Fepagro também fez concurso público e voltou a fazer pesquisa em seus 23 centros regionais. Temos agora 48 pesquisadores com mestrado e doutorado distribuídos por todos os cantos. Fechamos 2013 com mais de R$ 50 milhões em projetos de pesquisa”. Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Elton Scapini, o Plano Safra Estadual não só aumenta a incidência das políticas federais como se traduz num instrumento econômico e social. Programa Mais Ovinos no Campo duplica plantel de produtor na Fronteira Oeste: Em apenas três anos, a família Chaves, criadora de ovinos da raça Corriedale, duplicou o número de animais na propriedade de 128 hectares em Santa Margarida do Sul, próximo a São Gabriel, na Fronteira Oeste do Estado. Em 2011, José Chaves, o pai, e Ciro Chaves, o filho, conheceram o Programa Mais Ovinos no Campo, criado pelo Governo do Estado e coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio. Fizeram financiamento pelo Banrisul, adquiram 60 ovelhas (entre retenção e matrizes) e hoje saltaram de 200 para 400 animais. Que nem eles, outros 3284 produtores gaúchos estão na mesma situação. Aos 66 anos – 50 dedicados ao campo – seu Zé por alguns instantes pensou que a herança de mais de um século estava comprometida. “Estamos aos poucos retomando a nossa principal atividade. Trabalhamos com ovinos desde que meu bisavô, há mais de 120 anos, veio pra cá (São Gabriel). Estávamos desamparados no setor. Agora penso em financiar equipamento de irrigação para pastagem”, conta ele, segurando um cordeirinho nascido havia um dia.

Suplementação:

uma alternativa econômica em pastagens de inverno

Animais que vão para o abate nos meses de inverno normalmente possuem o fígado comprometido devido ao excesso de nitrogênio na composição sanguínea. Este fato ocorre quando a base da alimentação desses animais nesse período é composta por pastagens de alta qualidade, que possuem na sua composição uma alta concentração de proteína (acima de 20%) e baixa percentagem de fibra, causando um desbalanceamento na dieta total do animal. Os sintomas que os animais apresentam na pastagem são a diarreia e a redução no ganho de peso individual, pois, mesmo que a pastagem tenha qualidade, ela possui um desbalanceamento proteína/fibra, principalmente, no início do ciclo da mesma. Existem diversas atitudes que podemos tomar para diminuir o impacto dessa dieta desbalanceada no desempenho dos animais, entre elas estão a suplementação com feno de gramíneas, a suplementação com grãos e o pastejo horário. Um das alternativas mais comuns é suplementar os animais com feno de gramíneas, que são ricas em fibras, onde o animal tem acesso à vontade e acaba consumindo uma quantidade expressiva do mesmo para balancear a dieta. Nos últimos anos utilizamos a suplementação com grãos de milho quebrado na proporção de 0,5% do peso vivo por dia e os resultados foram um ganho médio diário de

Foto: Divulgação

INFORMATIVO SEAPA

1,28 kg/cab/dia com novilhas de sobreano em pastagem de azevém, contra 0,78 kg/cab/dia onde a dieta era apenas a pastagem de azevém. Outro resultado interessante foi o pastejo horário com terneiros desmamados e colocados em pastagem de azevém durante quatro horas na parte da tarde, e o restante do dia ficavam em um potreiro de campo nativo com carga ajustada. O objetivo foi o de aumentar a carga animal na pastagem, restringir o consumo dos animais na pastagem de azevém e ao mesmo tempo obter uma boa recria dos animais, uma vez que em pastejo contínuo não teríamos pastagem suficiente para comportar todos os terneiros. Com isso, num período de 90 dias de inverno, obtivemos ganhos na ordem 1,2 kg/ cab/dia neste pastejo. Neste caso o azevém supriu a necessidade de proteína da dieta uma vez que neste período o campo nativo possui um excesso de fibra reduzindo o ganho de peso dos animais. A suplementação em pastagens de qualidade é uma alternativa bastante interessante para melhorar o desempenho dos animais e aumentar a receita em pastagens que possuem um grau de investimento relativamente elevado e que muitas vezes tem resultados aquém do esperado.


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Cabanha Passo da Lage ESPECIAL

CAVALO CRIOULO Nos idos de 1995, na cidade de Tupanciretã no estado do Rio Grande do Sul, foi iniciada uma criação de cavalos crioulos com o apoio do amigo Rodrigo Bastos da Silva doador do primeiro exemplar da Cabanha Passo da Lage de propriedade de Diego Courtes Lutzky, ainda hoje titular da Cabanha Passo da Lage. No inicio, sem grandes recursos porém impulsionado por uma paixão de criança e com o entusiasmo de um apaixonado pela raça, os animais puros adquiridos serviam em sua maior parte para o trabalho na fazenda Coxilha Grande e Jaguari de propriedade da família, além disso as poucas éguas crioulas puras na cria, não eram dignas de grandes pretensões morfológicas e funcionais porém eram tratadas da melhor maneira possível e já então logravam prêmios nas exposições do interior. O desejo pela criação foi crescendo e o aprimoramento também, então os recursos destinados a criação eram investidos em coberturas de cavalos expoentes na raça pois esta era a maneira mais barata para melhora genética já que as éguas da manada não eram expressivas. Com isso grandes pais da raça começaram a deixar na Cabanha Passo da Lage seus filhos e filhas então já com uma melhora genética e morfológica continuou-se a seleção racial e participação nas exposições ainda do interior. A manada foi aumentando e o tempo passando, pois a criação de cavalos é lenta e exige exercícios de paciência e expectativa e a cada primavera que chegava novos produtos iam nascendo e o volume de animais tornando-se expressivo. Neste meio tempo, uma mudança de planos fez com que a cabanha tivesse um desaceleramento, o titular da cabanha passara a residir em Porto Alegre para cursar a faculdade de medicina e posteriormente a especialização em traumatologia. Neste período,as éguas continuaram produzindo com pais renomados e

Foto: Divulgação

a manada crescendo e crescendo. Após então uma maior estabilização financeira e com grande número de animais, aproximadamente 150 exemplares, chegou a hora de grandes investimentos e da continuidade do sonho de concorrer em grandes exposições de igual para igual com grandes e tradicionais criadores. Desde o início da criação a procura pela melhora genética e morfológica era a meta, com muito estudo e pesquisa sobre linhagens nacionais e importadas e sobretudo no desempenho dos animais em evidência. Nestes estudos começou-se a evidenciar a importância da linha materna na criação e na produção de animais de exceção e de posse destas informações os investimentos tiveram um direcionamento. Começou a partir daí a formação da manada que hoje representa a Cabanha Passo da Lage, selecionando dentre as éguas existentes na manada as que teriam chance de produzir animais diferenciados e adquirindo outras fêmeas de genética e morfologia diferenciada nunca descuidando as linhagens maternas e a carga genética destes exemplares pois estes investimentos eram e são exclusivamente de genética comprovada funcional e morfologicamente. Como a manada crescia e o desejo de competir também, juntamente com o amigo Rodrigo, foi arrendado em Santiago uma outra propriedade para a continuidade da criação dos cavalos e a busca pelo conhecimento e material genético de grandes criadores foram incorporados à Cabanha Passo da Lage. Já neste tempo possuíamos alguns garanhões de performance e genética comprovada como Mananero Es Asi (importado da Argentina, finalista do freio de ouro e ganhador da prova de rédeas ), Rz Tango da Carapuça, filho do grande campeão da expointer Bt Lamgorguini e Caratuva Big Ben filho também do campeão do freio de ouro e grande campeão da FICCC Viragro Rio Tinto, porém a busca continuava e também novas fêmeas foram incorporadas na manada. Algumas parcerias importantes foram concretizadas, dentre elas salienta-se a Cabanha Cala Bassa de proprie-

dade do amigo Marcelo Rezende Moglia que contribuiu e contribui para o direcionamento dos investimentos e do sonho de competição da cabanha. Ali começamos a utilizar os serviços do médico veterinário especialista em reprodução equina Henrique Kurtz lof que realizava as temporadas de monta e então uma outra grande amizade se formou e outra parceria também pois a partir de então foi arrendada uma outra propriedade em Uruguaiana onde o Dr. Henrique é o responsável pelo gerenciamento e reprodução da Cabanha Passo da Lage, onde reside e possui o centro reprodutivo. Novos garanhões de ainda mais performace e genética foram adquiridos, dentre eles: As Malke Tormento - TE (terceiro melhor macho da expointer filho da grande campeã da expointer e irmão inteiro de As Malke Sedutor; Comandante II do Puruna - TE (potranco de excelentes linhas e filho da grande campeã da expointer Naia do Puruna, filha também da reservada de grande campeã da expointer BT Baronesa e seu pai o grande campeão de Palermo (argentina ) Del Oeste Mutante; Cheiro Verde Cala Basa – filho do grande Pirai 1569 do Brazão, grande campeão da expointer em inbreeding materno da grande Firmeza 1211 mãe de 1569; Pirai Retinto – o milionário e sucessor filho de Pirai 1569 do Brazão em mãe da comprovada criação da cabanha Santa Edwiges, filha de Tanido Redoblado. Algumas fêmeas que hoje compõe a manada são filhas diretas de: La Invernada Hornero, Chi-

cao de Santa Odessa, El Aromo de Pichedegua Campero, Santa Elba Senuelo, Santa Elba Comediante, Bt Inteiro do Junco, Bt Faceiro do Junco, Campana Farrapo, Ok Juruna, Bt Lucero, El Trapiche T Maqui, Las Hortencias Rigolemu, Tanido Redoblado, Piraí 1569 do Brazão, Viragro Rio Bravo, La invernada Pascuero, Bt Hospedeiro, Bt Lamborguini, Macanudo do Itapororó entre outras e várias chilenas puras. Estamos agora preparando animais para competição na morfologia da expointer e exposições de maior peso do interior e temos certeza de que o rumo da criação está correto, pois a aquisição dos animais e os cruzamentos são estudados isoladamente e o resultado está acontecendo. Não posso deixar de salientar a importância de minha esposa Márcia, que sempre presente ao meu lado incentiva e também compartilha dos investimentos da cabanha, mostrando que o cavalo crioulo proporciona a união da família e o relacionamento saudável entre todos os outros membros da família crioulista, por isso meu agradecimento especial a esta incrível mulher que acreditou e acredita na realização dos nossos sonhos. Já estamos presente nas grandes exposições da raça com resultados importantes como quarta melhor potranca menor na expointer, grande campeã e reservada de grande campeã de exposições fortes no interior e machos também igualmente premiados em fortes exposições.


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EMPRESA DESTAQUE

CANGUÇU 157 ANOS

Câmara realiza homenagens na semana do munícipio A câmara municipal de vereadores, orgulha-se de ter participado na construção da história de canguçu, cumprimentando o município pela passagem dos 157 anos e os canguçuenses pela sua pujança e dinamismo, responsáveis pelo seu crescimento e desenvolvimento, convidando a comunidade para as sessões solenes em homenagem ao município:

02 –Ilisete Luiza Huning autor Carlos Alberto - Bigico 03 – Irene Balz Dittgen autor Vereador Vinicius Pegoraro 04 – José Maria Bernardino da Cruz autor Carlos Rodnei Jacondino 05 – Paulo Cesar da Silva autor Erroldisnei Borges 06 – Paulo Ricardo Santos Sampaio autor rubens vargas Dia 25 de junho às 14:00hs - posse da mini 07 – Siegfrid Retzlaff câmara – na sala de sessões Joaquim de autor Wendel Vilela Deus Nunes. Dia 26 de junho – às 14:00 hs – entrega de Relação das entidades homenageados títulos de cidadãos canguçuense e brasões com brasão do município: do município – no cine teatro municipal 27 01 – Comunidade Evangélica Manoel do de junho professor Antônio Joaquim Ben- Rego da Solidez – 1º distrito to. autor – Avacir prestes – formiga. 02 – Escola Municipal de Ensino FunRelação dos homenageados que recebe- damental São João Batista de La Salle – rão o título de cidadão canguçuense na Chácara do paraíso - autor Avacir Prestes sessão solene no cine teatro dia 26 de ju- – Formiga. nho: 03 – Escola Estadual de Ensino Médio 01 - Alexandre Moraes Dielo – autor Vere- João de Deus Nunes – autor Cledemir ador Carlos Alberto – Bigico Gonçalves - Fininho.


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