Festas, filmes, eventos, workshops, artigos, brinquedos e demais sugestões pecaminosas de Portugal, de Norte a Sul, d’aquém e d’além Mar edição 7 Janeiro 2013
Agenda Kinky | Janeiro 2013
A NewSexology propõe um conceito novo relativo à sexualidade humana. Consideramos que o desenvolvimento da nossa sexualidade é um elemento chave em qualquer tipo de transformação humana. A Terapêutica Sexual a que recorremos é um processo activo que faz uso de todo o corpo para desconfigurar e desarmar todas as memórias, de qualquer natureza, que bloqueiam o fluir natural da nossa energia vital ou sexual (também chamada de chi, ki, prana, líbido…). O objectivo deste trabalho é ensinar a cada um novas estratégias para suster a energia, estimular a sensibilidade e percepção e melhorar a nossa capacidade de nos relacionarmos de uma forma frutuosa, com a nossa percepção alterada e continuamente expandida. Na NewSexology conduzimos sessões individuais, vivências e cursos no nosso método, trabalhando com pares, grupos ou com cada pessoa individualmente. Esta terapêutica é particularmente indicada para aqueles que sofrem de depressão, ansiedade, stress, baixa ou falta de libido ou desejo ou qualquer tipo de disfunção sexual. É uma ferramenta fundamental no desenvolvimento da nossa sexualidade. www.newsexology.com
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Agenda Kinky | Janeiro 2013 AGENDA KINKY Janeiro 2013/ edição 7 DIRETORA
Uma nova agenda kinky? Isabel Martins
Isabel Martins COLABORADORES Ana F., Miguel F., Rui C., Jorge P., Paula Q., Layla
Depois de um semestre inteirinho de Agendas Kinky, 2013 trouxe-nos um novo visual e uma nova coluna regular Sextimologia.E, como é da praxe, está na altura de fazer um balanço. Vamos a números.
Sameerah, Jade, Jane Good All CONTACTO agendakinky@gmail.com
Seis edições.Mais de 1000 novos fãs. Uma visita ao Alvinex, que recomendamos vivamente. 4 novas parcerias. Um passatempo com 3 vencedores no Facebook. Um post com um vídeo de Natal visto por 195 mil pessoas.
PARA SUBSCREVER: www.agendakinky.pt TIRAGEM É à vontade do freguês PERIODICIDADE Mensal, para começar...
A equipa cresceu, passámos a ser oito colaboradores regulares e muitos esporádicos, e queremos agradecer a todos eles pela paciência, pelas exigências (dos editores, entendase) e pela boa disposição. E queremos também saber o que querem vocês, que nos lêm. Que artigos preferem, que conteúdos gostavam de ver, que assuntos querem descobrir? Escrevam-nos. Este mês vamos dar-vos uma boa razão para isso. Fiquem atentos ao nosso Facebook.
Se tem segredos para partilhar, ou sugestões de marotice, escreva-nos, por favor. Serão ternamente acolhidos nestas páginas. 3
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A
no Novo!
Ainda antes de vos desejar um excelente 2013, cheio de boas entradas e saídas e entradas e saídas e entradas.... you get the point, tenho que partilhar convosco a mais importante descoberta da minha vida adulta desde o creme hidratante para as mãos: O PAI NATAL EXISTE!!! Verdade, não se deixem iludir, o homem das barbas não só existe como sabe mesmo quem foi naughty or nice. E como descobri? Bem, é fácil: a coisa mais digna de menção que me deram este Natal foi Clamídia entregue em mão por Foi na tarde seguinte, na sala de espera uma menina vestida de Pai Natal (vestida do médico, que a verdade me atingiu. é exagero e em bom rigor não foi entregue Nada é por acaso e aquela ‘prenda’ foi em mão, mas entendem). o que mereci por um ano de 2012 um bocadinho de nada mais Kinky e Naughty do que Nice. Desenganem-se no entanto se pensam que isto me leva a aconselharvos a mais reclusão e contenção por oposição a divertirem-se, aproveitarem a vida e o melhor que ela tem para vos dar. Não, nada disso. Decidi em vez disso incluir o velho senhor (diz-se que o Avô o conheceu nas campanhas da Argélia, ainda antes de ser um velho rebarbado e ter ido morar na Lapónia) na minha lista de Votos de Ano Novo. (Continua...) 5
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Mas ainda antes dos votos de 2013, quero desafiar-vos para um pequeno jogo com a duração exacta de 12 meses. É um conjunto de desafios que lançamos aqui na redação e que partilhamos convosco. Então os desafios para 2013 são: 1.Conseguir levar alguém para a cama com um SMS que contenha apenas um ponto de interrogação (?) 2 Conseguir ‘casar’ a idade com os parceiros sexuais (se tenho 25 anos, ter tido 25 parceiros e por aí fora) 3 Conseguir finalmente realizar aquela fantasia tão louca que nem aos melhores amigos(as) partilhamos. Se conseguirem durante este ano, por favor contem-nos como foi que teremos o maior prazer em divulgar. Por fim, partilho convosco os meus votos para um 2013 inesquecível: 1.Que a Agenda continue a mostrar-nos o que de mais Kinky se passa e ajude de vez a arrumar com o cinzentismo nacional; 2.Que sigam as sugestões da agenda, pelo menos de vez em quando. Vão ver que não dói nada (ou se doer, é só no princípio, juro); 3.Que o Natal venha rápido, para que quando o Senhor das Barbas se baixar para pousar as prendas, eu lhe possa devolver a Clamídia de que tanto gostei. R.C. 6
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Para Brincar Lousiana Lounger Os cadeirões lá de casa andam a parecer demasiado enfadonhos? Se calhar é mesmo disto que precisa!
Para ir Las Teagret Funkaret Convenhamos, o nome é estranho. Rebuscado, diriam alguns, e não dá para entender muito bem do que se trata.
Conforto e prazer numa embalagem facilmente arrumada fora do alcance de olhares curiosos. Segundo o mito urbano, se gritarem “arre cavalinho” no preciso momento do orgasmo alcançado neste senhor cadeirão, aparece um duende mulato que concede dois desejos e meio.
E ainda bem, porque assim não fechamos a porta a nenhum performer, nenhum show, nenhuma performance bizarra ou burlesca. Miss Tea e Fraulein Margret juntam-se no Impossibly Funky (LX Factory) todas as semanas, às sextas ou aos sábados à meia noite. Sim, ou num dia ou noutro, e nunca sabemos qual com muita antecedência. E depois brindam-nos com cabaret, burlesco, dança oriental, circo, shibari, e muito, muito mais. Vale a pena dar lá um salto. Tentem é acertar no dia.
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Para Ver Pedimos ao conceituado e ancião site de cinema C7nema que nos dissesse o que havia de Kinky na sétima arte...E Jorge Pereira respondeu-nos! “Shame”, 2011 Naquele que é um dos melhores filmes de 2012, Steve McQueen explora a prisão mental em que o seu protagonista, Brandon (Michael Fassbender), um viciado em sexo, se encontra. O seu dia a dia é passado entre o trabalho, onde acumula vídeos pornográficos no computador, idas ao WC para se masturbar, saídas nocturnas como meio de engate, e sexo, muito sexo. Mas apesar de todos estes elementos, muitos deles verdadeiramente kinky, há muito pouco de erótico neste filme. Na verdade, o sexo – e a dependência a ele – torna Brandon num verdadeiro escravo de si mesmo, fechando-o e tornando-o neutro a qualquer outro tipo de emoção, sensação ou desejo. E, tal como um toxicodependente, o nosso protagonista precisa de doses cada vez mais elevadas, chegando ao ponto em que a própria sexualidade dos parceiros se torna um mero detalhe, uma casualidade. As coisas complicam-se ainda mais quando ele tem como visita forçada a sua irmã (Carey Mulligan), também ela uma dependente, mas do ponto de vista fraternal e emocional, algo que contrasta por completo com o irmão. Esta personagem frágil mas absorvente vai quebrar a rotina de Brandon, levando-o facilmente a um abismo insuportável e do qual ele parece não conseguir escapar. Com tudo isto, McQueen – que já tinha dado grandes indicações com «Fome» - produz um dos mais arrojados projetos em largos anos, não só pela temática da depedência em relação ao sexo, mas indo mais além quando coloca a sua personagem numa prisão, afastando ao mesmo tempo qualquer tipo de moralismo básico, ou ato de condenação. A ajudar McQueen estão dois atores em grande forma, sendo invariável destacar Fassbender, que em duas ou três cenas leva-nos para além das telas de cinema. Imperdível… 8
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Excertos de “O Pauzinho do Matrimónio-Almanach Perpétuo” Autor desconhecido (...) Por fim, já não podia demorar mais a última consolação da lascívia; parecia um badalo de sino entre as minhas pernas a porra ardente e sequisoa. Introduzi-lha com um vigor enorme. Ela deu um grande grito, porque tinha o cono apertado, e abraçou-se mais a mim, estreitando muito as coxas contra as minhas pernas e unindo muito os seios ao meu peito. Parecia que os braços me queriam estalar, tanta era a fúria do seu prazer a abraçar-me. Gemia, chorava, dizia o meu nome em beijos, chamava-me filhinho, metia-me a língua na boca, e cada vez enterrava mais no cono a porra esbrazeada. Era um delírio impossível de dizer-se em palavras. Eu sentia chegar o último momento, e cada vez profundava mais naquele abismo de delícias, quando ela deu um longo gemido e ficou estatelada na cama, os olhos fechados, os lábios frementes, os braços pendidos, os seios túmidos, e o peito arquejante... - Filha - suspirei eu, - mais um bocadinho, ainda não me vim!”
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KinQuiz Entrevistas a pseudo-celebridades anónimas
Creusa, F, 30s
1. Uma coisa que o/a excita mesmo muito C:Partes do corpo: mãos, costas e coxas. Objecto: lenço/echarpe, pela versatilidade. Activities: Driving and speed; Coke & Mushrooms. Sweat. 2. Uma fantasia que nunca realizaria C: Menage com Brad & Angelina, my sex life would just be terrible after that... Then again, yeahhhh, I’d still do it. 3. Sexo “por favor” (o dito “sympathy fuck”), sim ou não? C: Não. No sex is always better than bad sex. 4. Sítio mais invulgar/divertido onde já fez brejeirices C: Grutas da Quinta da Regaleira, Fonte dos Golfinhos na Ericeira, Miradouro frente à igreja da Zambujeira do Mar. E vão 3... 5. Um sítio kinky onde nunca iria C: There’s no such thing as never, watching doesn’t hurt. 6. Que eventos kinky fazem falta a este país? C: Burlesco à séria. 7. Uma recomendação kinky aos nossos leitores C: Do more things just because. Life just fills you with amazing consequences. B. Don’t put all your eggs in one basketball. C. Read one twisted proverb every morning.-*
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Amrita - Água da Vida No Ocidente, cinco mil anos de tradição judaico-cristã causaram muitos danos. Um deles foi a total sujeição da mulher a uma condição de veículo de reprodução, anulando a sua sexualidade e erotismo, mas em simultâneo tornando-a objecto de cobiça e perversa incompreensão. Pela mão dos homens, as mulheres foram perdendo o seu poder, sacralidade, feminilidade. Mas também pela mão (ou pelos dedos ou falos) deles, foram-se reconquistando e assumindo na íntegra. Facto: a ejaculação feminina é tão real quanto a masculina. Facto: todas as mulheres têm a capacidade de ejacular. Facto: nem todas as mulheres sabem que isso lhes é possível. Facto: o número de mulheres que ejacula é maior em culturas que reconhecem a ejaculação feminina, a valorizam e ritualizam. Facto: ela é que é uma das expressões fisiológicas da intensidade do orgasmo de uma mulher. As implicações que esta descoberta – que é pessoal e vejo-a como uma espécie de ritual pelo qual cada uma de nós passa – tem na vida de uma fêmea são extraordinárias. Não só é feita uma ligação preciosa com aquilo que de mais incrível, revolucionário e poderoso ela pode sexualmente levar todo o seu corpo e todo o seu ser a registar e a compreender – que ela, como mulher, tem tanto direito ao prazer, por si só, como qualquer homem, não o circunscrevendo a uma necessidade reprodutiva -, como também ela assim se assume como criadora desse mesmo prazer. A Yoni (palavra sânscrita para vagina e que significa “templo sagrado”) encerra toda a nossa história como mulheres. Se a nossa experiência sexual e de vida foi de amor, aceitação, confiança, respeito e reconhecimento, mais facilmente nos identificamos com essas qualidades e estados de ser, conseguindo encontrá-los naturalmente em nós. Mas se, maioritariamente ou de uma forma mais intensa, conhecemos a vergonha, o medo, a crítica, o abuso, a rejeição e abandono, é também isso que vemos dentro de nós, vinculando-nos à ideia do não merecimento de amor, prazer, deleite… É uma ideia. Uma representação. Apenas. Mas com todas as implicações, mais ou menos imediatas e persistentes, que todas as ideias criam nas nossas vidas. Porque o corpo é o último reduto de tudo o que nos vai acontecendo, é nele que estas ideias se materializam e cristalizam, criando condições que passamos a integrar como características nossas. E se à nossa volta tudo nos confirma essas mesmas características, criam-se literalmente crenças que se transformam numa espécie de pandemia socio-cultural. 13
Agenda Kinky | Janeiro 2013 Isso foi o que aconteceu com o tema da ejaculação feminina: de algo que era honrado e ritualizado nos tempos antigos, nas sociedades tântricas da cultura harappeana, em cinco mil anos chegámos aos debates científicos sobre se ela é um mito ou uma realidade. O grau de leviandade e quase misoginia com que o tema tem sido tratado é tal que roça o absurdo. Mas felizmente também me tem sido possível encontrar muitas mulheres que me relatam histórias de puro encanto: como os seus parceiros sexuais, imbuídos dos seus conhecimentos centenares ou milenares, desafiam toda a lógica científica e se rendem ao amor, elevando a sua mulher à Shakti que ela é, com todo o desejo, carinho, atenção, dedicação, amor, tesão, luxúria que ela merece. E então a mulher, esplendorosa e sentindo-se tão verdadeiramente amada, confia e entrega-se, desarmando, também ela, todas as couraças que foi construindo. Todo o trabalho desenvolvido nesta área assenta na confiança. Só assim é possível produzir resultados, sejam eles quais forem. Uma das descobertas a que a mulher se poderá permitir é a experiência da sua própria ejaculação, que nada tem a ver com lubrificação vaginal tomada por muitos homens como suficiente para oferecer prazer à mulher. A estimulação correcta do ponto G – que, na verdade, não é um ponto específico, mas uma área do canal vaginal, a cerca de 2 a 5 centímetros da entrada da vagina e que varia em tamanho, espessura, textura e localização –, através de movimentos específicos de duração e intensidade variável, permite que a mulher passe por esta experiência transformadora e incrivelmente intensa. Relaxamento e entrega são as palavras-chave que lhe permitem ultrapassar os seus bloqueios mentais e emocionais. Para muitas mulheres a descoberta desta capacidade num contexto asséptico como é o de um atendimento terapêutico, em que o factor “relacionamento sexual” não está presente, é o suficiente para uma absoluta revolução sexual nas suas vidas. ---------------------------------------------------------------------------------------------Autoria: Jade (Ana Vahia Tiza) - licenciada em Psicologia (Psicoterapia e Aconselhamento) pela FPCEUL, hipnoterapeuta pela IACT, supervisora de desenvolvimento e coordenadora da Unidade de Lisboa da NewSexology. www.newsexology.com openyourwingstherapies.blogspot.pt/
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Diretório de kinkyness permanente Aveiro Motéis
Dunas d’Ovar (EN109, Arada, Ovar) Eclipse (Variante 109, 100, Angeja, Abergaria-a-Velha) Príncipe Encantado (EN1, km 204, Malaposta do Carq.) Sonho Azul (R. Pateira-Silveiro, Oiã, Oliveira do Bairro)
Thermas Pride (Av. Descobrimentos, 21, Albufeira) Vougue Bar (Trv. Sá Carneiro, Albufeira)
Motéis
Marsol (Av. Comunidades Portuguesas, Lagos) Parque Algarvio (EN125 - Km 52,9, Carmo, Lagoa)
Praias de naturismo
Adegas (Alzejur) O Pecado Mora Aqui (Av. Miseric., 219, S. João da Mad.) Bordeira (Aljezur) Barril (Tavira) Aveiro (Av. Dr. Lourenço Peixinho, Aveiro) Beliche (Vila do Bispo) Hot Tabu (R. Dr. Manuel Pinto, 19, Águeda) Cabanas Velhas (Vila do Bispo) Braga Canavial (Lagos) Motéis Furnas - Salema (Vila do Bispo) Bracancun (EN103, Chaves - São Bartolomeu, Braga) Ilha de Armona (Fuzeta) Vim (R. Alto, Guimarães) Pinheiros (Lagos) Horly (R. Carregal, 50 Palmeira, Braga) Quatro Águas (Tavira) Praias de naturismo Zavial (Vila do Bispo) Alteirinhos (Odemira) Sex shops Furnas - Sul (Odemira) Cupido’s Shop (EN 125 nº 205 R/C Esq., Olhão) Malhão (Odemira) XFlavour Smartshop (Est. Santa Eulália, Ed. Albernoa-lj
Sex shops
Sex shops
Afável Sedução (R. Irmãos Sousa, 32, Braga) Orgasmos (R. Santa Margarida, 107, Braga) Perereka (CC Avenida, 1º piso, loja 45, Braga) Vicious (R. Nv S Cruz 385, Braga)
H2, Albufeira)
Zablucha (Av. Sá Carneiro, Ed. Ocean Drive, Albufeira)
Smart shops
Magic Mushroom (Av. Tomás Cabreira, Ed. Algarve Mor, 5, Portimão)
Smart shops
XFlavour (Est. Sta. Eulália, Ed. Albernoa, Lj. H2, Albufeira)
Oita, Aveiro)
Guarda
Coimbra
Pombeira (EN16, Guarda)
Cogumelo Mágico (Av. Dr. Lourenço Peixinho, 146, CC
Clubes de swing
2a2 Bar (Coimbra) Sensualidades (Tocha)
Motéis
American (Moita Serra - EN17, Carapinha, Tábua) São Cristóvão (EN109-Cova de Serpe, Fig. da Foz)
Sex shops
Sweet love (R. Dr. Francisco Fernandes Costa 16, Lousã)
Motéis
Leiria Motéis
Pantanal (IC2, Tinto, Pombal) S. Jorge (IC2, Batalha)
Praias de naturismo Salgado (Nazaré)
Sex shops
Cova Gala (Figueira da Foz) Palheirão (Cantanhede)
Climax (Av. Dom João III, Shop. 2000, Lj. 55, Leiria) Cupido SexShop (C. Comercial D Dinis, Loja 603, Leiria) Desire (R. 1º Maio, Lote 22, 2º-E, Leiria) FeticheShop (R. Nazaré, L3, Almoinha Grande, Nv. Leiria) FeticheShop (R. Pr. Ab. Moniz Barreto, 1A, Caldas Rainha)
Faro
Blue Magic (R. Barão Viamonte, 52, Leiria)
Smart shops
Magic Mushroom (R. Antero de Quental, 242, Coimbra)
Praias de naturismo
Clubes de strip e que tais
Smart shops
Angels Club Algarve (Est. de Vale do Lobo, Almancil) Club Korpus (Vilamoura) Exotica (Av. V6, Ed. Vaumar, Lt. A, Portimão) Up Club (Fonte de Murta)
LGBT
Best of Bar (R. Vasco da Gama, Arc. Aveiros, Albufeira) Boémio Club (R. S. José, 28, Portimão) Pride Disco (R. Oura, Areias de S. João, Albufeira) The Meeting Room (R. Daniel Madeira, Tavira)
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Diretório de kinkyness permanente Lisboa
Clubes de strip e que tais
Bar Batucada (R. Drº João de Barros, 5, Lisboa) Body Club (R. Sousa Martins, 5.º D, Lisboa) Cabaret Fontoria (Pç. Alegria 66B, Lisboa) Champagne Club (Rocha Conde d´Óbidos, Arm. 115, Lisboa)
Elefante Branco (R. Luciano Cordeiro, 83-A, Lisboa) Elegance (R. Conde Redondo, n.º 14 A, Lisboa) Excalibur (Est. Magoito, Fachada, São João das Lampas) Fantasy (R. Passos Manuel, 116-B, Lisboa) Gallery (Av. Duque Loulé, 51-B, Lisboa) Hipopótamo (Av. Ant.º Aug. Aguiar, 3, c/v, Lisboa) Impossível (R. Beco Esconso, 11 Cv., Cascais) La Rocca Club (Trv. Alfarrobeira, 5, Cascais) Lusitania (Trv. da Gloria, 23, 1250 Lisboa) Passerelle 1 (Av. Óscar Monteiro Torres, Nº 8B, Lisboa) Passerele 2 (R. Passos Manuel, 116-B, Lisboa) Penthouse Club (R. Artilharia 1, 104, 9º, Lisboa) Photus (Av. Ant.º José de Almeida, n.º 7, Loja 101) Moinho II (Est. S. Julião, n.º 20, Baleia) Night and Day (Av. Duque de Loulé, 49B, Lisboa) San Payo (R. Rodrigues Sampaio 34-36, Lisboa) Show girls (Av. Cidade do Porto, Lisboa) Tamila (Av. Duque de Loulé, 69, Lisboa)
Clubes de swing
Lybidus (Alverca) Tantra Clube (Algueirão) X Clube (Lisboa)
LGBT
106 (R. S. Marçal, 106, Lisboa) 7.º Céu (Tv. Espera, 54, Lisboa) Alcântara Club (R. Cozinha Económica, 11, Lisboa) Bardot (Trv. Espera, 54, Lisboa) Chueca Bar (R. Atalaia, 97, Lisboa) Construction (R. Cecílio de Sousa, 82/84, Lisboa) Cru (R. S. Marçal, 170, Lisboa) Fantasy GLSBT Club (R. Passos Manuel, 116B, Lisboa) Favela Chic (R. Diário de Notícias, 66, Lisboa) Finalmente (R. Palmeira, 38, Lisboa) Frágil (R. Atalaia, 126, Lisboa) Labyrinto (R. Industriais, n.º 19/21, Lisboa) Le Marais (R. Sta. Catarina, 28, Lisboa) Majong (R. Atalaia, 3, Lisboa) Mania’s (R. Século, 127, Lisboa) Maria Caxuxa (R. Barroca, 6-12, Lisboa) Maria Lisboa (R. Fontaínhas, 86, Lisboa) Memorial (R. Gustavo Matos Sequeira, 42, Lisboa) Mix (R. Carvalho Araújo, 48, Lisboa) Portas Largas (R. Atalaia, 105, Lisboa) Primas (R. Atalaia, 154/156, Lisboa)
Lisboa (cont.)
Purex (R. Salgadeiras, 28, Lisboa) Sátiros (Clç. Patriarcal, 6/8, Lisboa) Saunapolo 56 (R. Luciano Cordeiro, 56A, Lisboa) Sauna Viriato (R. Telhal, 4B, Lisboa) S&S (Clç. Patriarcal, 38, Lisboa) Tr3s (R. Rúben A. Leitão, 2A, Lisboa) Trombeta Bath (R. Trombeta, 1C, Lisboa) Trumps (R. Imprensa Nacional, 104B, Lisboa) Woof Lx (R. Palmeira, 44B, Lisboa)
Motéis
A Ponderosa (Alcoentre, Azambuja) A Toca (Est. Sintra - km 249, Alto do Forte, Rio de Mouro) Classic (EN7, Ral, Sintra) Dilirius Azuis (R. Elias Garcia, 181, Rio de Mouro) Elite (Capa Rota, Albaraque, Sintra) H2ON (R. Fonte, B. Casalinho da Fonte, Frielas) Requinte (R. Cerreado do Metro, 11, Abrunheira, Sintra) Xroomz (R. Santo António da Glória, 90-A, Lisboa)
Praias de naturismo Ursa (Sintra)
Sex shops
1001 Noites (R. Bica do Marquês, 7, Lisboa) Amor 100 Tabus (Pç. República, 2-piso 2-lj 22/3, Ericeira) Audácia (R. Passos Manuel, 67, Lisboa) Contranatura (R. Correeiros, 163, Lisboa) Contranatura (R. Nova da Trindade, 26, Lisboa) Contranatura (C.C. Parede, Rua Latino Coelho, 36, Lisboa) Contranatura-Setúbal (R. Antão Girão, 52, Setúbal) CrazyShop (R do Chafariz 3, Paul)
Eroteca Sexto Sentido (Lisboa) Erótika (R. Quirino da Fonseca, 7B, Lisboa) Espaço Lúdico (R. Conde Redondo, 82, Lisboa) Flame (Lg Filinto Elísio 11A, Cova da Piedade) Fun Sexy Shop (Av. Fontes Per. Melo, C.C. Imaviz, Lisboa) Koisas Dadultos (Av. Duque de Loulé, 75 A, Lisboa) Koisas Dadultos (Av. Marginal, 4628A, S. Pedro do Estoril) Koisas Dadultos (R. Caniços, 16, Forte da Casa) Koisas Dadultos (R. Timor, 4, Lj. 1, Queluz) Lena & Gonçalves (Pç. Espanha, 56-710, Lisboa) Loucuras e Prazeres (R. Tibre, Lote 5.03.01-B, Sacavém) Loja do Sexo (Av. Rui Nogueira Simões, 3, Lisboa) Loja do Sexo (R. Sousa Martins, 9C, Lisboa) Megasex (Clç. Glória, 2, Lisboa) Megasex (Clç. Carmo, 45-47, Lisboa) Purple Rose (R. Norte, 67, Lisboa) Purple Rose (Pensão Amor, R. Alecrim, 19, Lisboa) Rapidinha (Av. Edm. Lima Bastos Lote 13-lj 8, Carnaxide) Rapidinha (Rt. Nuno R Santos, CC Portela,1º-lj 13, Loures) Sem Pecado (Av. Rep., 1289, Parede Plaza - Lj. 4, Parede) Sexilândia (R. dos Sapateiros, Lisboa) Stinka (Av. François Miterrand, 33A, Sintra) Tangerine (Av. Nações Unidas, 13A, Lisboa)
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Diretório de kinkyness permanente Lisboa (cont.)
Porto (cont.)
Smart shops
Alto de Valongo (Av. Descobrimentos, 95, Valongo) Bora Bora (Zona Ind. Fontiscos, Santo Tirso, Porto) Bruxelas (R. Seada, 239, Pedroso, VN Gaia) Flamingo (R. Joaquim Alves da Silva, 357, Matosinhos) Habana (EN107, Freixieiro - Perafita, Matosinhos) Havay (R. Barroco, 112, Leça do Balio) O Sonho (R. Central do Campo, 800, Valongo, Porto) Portofino (R. Tronco, 972, S. Mam. Inf., Matosinhos) Tropicana (Av. Ant.º Coelho Moreira, 1761, Valadares)
Via Intimidades (Av. Marquês Tomar 18-C, Lisboa)
Blue Magic (R. José Ed. César, 4, Lj. 4, Torres Vedras) Freemind (R. Esperança, 32, Lisboa) Happy Head (R. Oliveira ao Carmo, 77, Lisboa) Insomnia (Av. Infante Santo, 68, Lisboa) Magic Mushroom (R. Luz Soriano, 29, Lisboa) Magic Mushroom (R. Atalaia, 114, Lisboa) Magic Mushroom (R. Cais de Santarém, 26, Lisboa) Parafumágico (Prc. Padre Cruz, Lj. 3, Massamá) SkyHouse (R. José Dias Silva, 20, Vila Franca de Xira) Wonderland (R. Marcos Portugal, 6-A, Pç. Flores, Lisboa)
Outras moradas do pecado
Motéis
Praias de naturismo
Estela (Póvoa de Varzim) Monte Velho (Santiago do Cacém) Salto (Sines)
Cine Paraíso (Cinema adultos; Rua do Loreto, 15, Lisboa) Cinematógrafo do Rossio (Peep shows; R. Sapateiros, 225, Sex shops Lisboa) 100 Tabu (Av. Porta Fronhas, 286, Vila do Conde) Megasex (Peep shows; Clç. Glória, 2, Lisboa) Bellybutton (R. C. Castelo Branco, 51-lj 14, Águas Santas) Carícias (Av. 25 Abril, 47 B, Feira - Santa Maria da Feira) Madeira Casa d’Eros (R. Firmeza, 570, Porto) Sex shops Doce Tentação (R. Dr. Manuel Ramos, Grijó) João Pedro Barreto (Cam. Dom João 6-lj 23, Funchal) Erosfarma (EN209, 139, 1.º Esq., Porto) Sekside (R. D. João Nº 6, CC D. João, Loja 23, Funchal) Erosfarma (Pç. Mouz. Alb., CC Brasília - Lj. 215, Porto) Sensual-mente (Trv. Lagar do Carvalho, 11, Sta. Cruz) Erotlove (Av. Oliveira Zina, 740-lj 107, Valongo) Fruto Proibido (Est. Circunvalação 12598, Matosinhos) Portalegre Livre Essência (R. Bélgica, 2186-C, VN Gaia) Motéis Maison Rouge (R. Constituição, 82, Porto) Monforte (Lugar do Guloso, Assumar, Monforte) Malandrices (Av. Senhora da Hora, Lj. 73, Porto) Mestre’s (R. Gonçalo Cristóvão, 314, Porto) Porto Paulus Store (R. Heróis da Pátria, 58, Rio Tinto) Clubes de strip e que tais Pecado celestial (Av. Carvalha, 825, loja 12 BG, Fânzeres) Bagdad (Av. da Boavista, 1359, Loja 22, Porto) Sem Tabus (R. Nv. S. Crispim, 54, Porto) Escadas Para O Céu (Santa Maria da Feira) Life Club (R. Duarte Oliveira 556-A, Perosinho,VN Gaia) Sosexy (Av. Menéres, 566, Matosinhos) Tangerine (R. D. Af. Henr., 532, Rio Tinto, Gondomar) Love City (R. Madeira, 182, Porto) Xegamais (R. Dr. Adriano Fernandes Azevedo, 6, São Pérola Negra (R. Gonçalo Cristóvão, 288, Porto) Martinho Bougado, Porto) Playboy Club (R. Faria Guimarães, 264, Porto) Wet-Dreams (R. Formosa, 181, Porto) Clubes de swing Smart shops Chez Tolib (Porto) Euphoria (R. Mártires da Liberdade, 120, Porto) Intimidades (Porto) Magic Mushroom (R. José Falcão, 2, Porto) My Way Club (Vila Nova de Gaia) Magic Mushroom (R. 4, 653, Lj. H, Espinho) Private Swing Club (Porto) Outras moradas do pecado Tass Bem Swing (Porto) The Lingerie Restaurant (Carvalhos, VN Gaia) LGBT The Lingerie Restaurant (Póvoa de Varzim) Bears Cave (R. Alexandre Herculano, 183, Porto) Gare Club (R. Madeira, 182, Porto) Santarém Glamour Bar (R. Bonjardim, 836, Porto) Sex shops Lusitano (R. José Falcão, 137, Porto) Sentido de Humor (Pç. Mar Carmona, Lt. 5, Lj. 23, Pitch Club (R. Passos Manuel, 34, Porto) Entroncamento) Pride Bar (R. Bonjardim, 1121, Porto) Love Shop (R. Vale de Salmeirim, Santarém) Pride Coffee (Pç. Marquês de Pombal, 13/31, Porto) Sauna Thermas 205 (R. Guedes de Azevedo, 203, Porto) Smart shops Beemagic (R. 1.º Dezembro, 40, Almeirim) Spartakus (R. Guedes de Azevedo, 245, Porto) Triplex (Av. Boavista, 911, Porto) Zoom (Beco Passos Manuel, Porto)
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Páginas vermelhas
Agenda Kinky | Janeiro 2013
Diretório de kinkyness permanente Setúbal
Clubes de strip e que tais
Xcentriko Club (Tv. Anunciada, 10, Setúbal)
LGBT
Mister Gay (Quinta da Silveira, Via Rápida, Costa da Caparica)
Sauna Paradise Club (R. Aldeia Velha, 41A, Montijo)
Motéis
IC32 Montijo (R. Boa Esperança, Charqueirão, Montijo)
Praias de naturismo
Adiça (Almada) Belvista (Almada) Comporta (Alcácer do Sal) Meco (Sesimbra)
Sex shops
Atrevida (Av. 1º Maio, 35-A-lj 225, Paivas-Amora) JCP Sex Shop (Almada) Naturamais (R. Diogo Botelho, Lote 117, Lj. A, Azeitão) Pérola do Prazer (R. Dr. Ant.º Elvas, 3-A, Almada)
Smart shops
Freemind (Av. 1.º Maio, 34B, Costa da Caparica)
Smart shops
Freemind (Av. 1º Maio, 34B, Costa da Caparica) Insomnia (R. João de Deus, 5, Setúbal) Magic Mushroom (R. Capitão Leitão, 34B, Almada) Magic Mushroom (R. Miguel Pais, 32, Montijo)
Viana do Castelo Motéis
Afrodite (Zona Ind., 1ª F., Lt. 2-L, Neiva, V.C.) Postilhão (EN13, Darque, V.C.)
Sex shops
Sexshopinlove (CC Stª Luzia, Av. Rocha Páris, 26, V.C.)
Vila Real Motéis
Casa da Campeã (Vale Campeã - Sardoeira Campeã, V.R.) São Cristóvão (Barragem da Venda Nova, Montalegre) Suite Caprice (Portela, VN Veiga, Chaves)
Smart shops
Delirium (Rua do Carmo, Lj. 2, Vila Real)
Viseu Motéis
Turriseara (Compl. Tur. Turisserra, Serra das Meadas,
Lamego)
Smart shops
Magic Mushroom (R. Dr. Joaquim G. O. Alfaia, Lt. 112, Lj. A, Viseu)
Sabe de outros locais a acrescentar às Páginas Vermelhas? Envie o nome, tipo e morada para agendakinky@gmail.com
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Agenda Kinky | Janeiro 2012
Sextimologia
Vagina e cona A 1ª coluna de sextimologia da Agenda Kinky tem por missão convencer todos os nossos leitores que "cona" é lindo e "vagina" é fatela. Senão, vejamos... "Vagina" vem do latim para bainha ou invólucro. Mas é uma dupla fraude! Primeiro, é um "neologismo". Só começou a ser usado nos tempos modernos, como uma tentativa de ser snob e politicamente correto para descrever as partes íntimas das senhoras. Ou seja, foi uma palavra inventada por alguém com uma atitude completamente cocó. Segundo, a suposta metáfora da bainha em que entra a espada viril é incompleta, porque ninguém chama punhal ao pénis, exceto autores de péssimos best-sellers porno-eróticos. "Cona", por sua vez, tem estado na ponta das línguas latinas marotas há mais de 2000 anos! O "cunnus" latino passou para a "cona" portuguesa (resolvemos, e bem!, mudar-lhe o género para o feminino), para o "coño" espanhol, para o "con" francês, e por aí adentro. Mas a raiz é muito mais velha que isso! O persa "kos" e o grego "kusthos" mostram-nos que as grossas raizes morenas desta palavra estão bem enterradas no longínquo Indo-Europeu. Pode-se dizer a palavra "vagina" numa conferência de altos dignatários sem causar embaraço. Que tédio! Já "cona" tem trazido o rubro à face desde antes dos tempos de Cícero, que nos sugeria estranhas deformações da forma normal de uma expressão para evitar soar próximo da palavra que poderia causar tantos risinhos impróprios. Agora, a escolha é vossa: o peso da autenticidade de uma tradição milenar v. a cocózice de um lirismo foleiro. 19
Agenda Kinky | Janeiro 2013 Suba para o colinho do Avô e coloque-lhe as suas dúvidas mais inconfessáveis aocolinhodoavo@gmail.com
“Avô, como é que eu digo à minha namorada que gostava que me metesse o dedo no cu, durante...?” E assim fui indigitado para iniciar 2013 a responder a uma das mais tenebrosas dúvidas que pode assolar um homem. Para começar, devo ser honesto: nunca fui grande fã de que me acariciassem o ânus, nem de que me esticassem o reto. Já experimentei várias vezes, por curiosidade, ou porque uma russa irresistível insistia em fazê-lo e nunca tive coragem de lhe pedir que parasse. Mas não tenho nada contra. Aliás, alguns dos meus melhores amigos gostam e recomendam. É muito comum gostar-se de um dedo, ou de objetos ainda maiores, no rabo durante o sexo. Nos meus tempos da Legião Francesa, contava-se que o General De Gaulle tinha ido parar ao hospital de campanha durante a batalha do Gabão, com a bainha da baioneta irremediavelmente presa no seu perfumado traseiro. O difícil é falar sobre isso... mas só no início. Se gostaria de experimentar e receia que a sua parceira pense que isso é coisa de larilas, desengane-se. As mulheres são muito menos preconceituosas que nós, com essas coisas. Aqui ficam, portanto, três recomendações. Primeiro, confie que a sua parceira vai querer experimentar novas maneiras de lhe dar prazer. Segundo, sugira que experimentem sem fazer disso uma grande encenação: afinal de conta, há que experimentar tudo, pelo menos uma ou dez vezes! Terceiro, lave-se bem antes de tentar: é cordial e fá-lo-á sentir-se mais à vontade. Boas descobertas! P.S.: E se nunca tentou, se calhar ainda não conhece as alegrias da estimulação da próstata. Prepare-se para sorrir!
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Agenda Kinky | Janeiro 2013
Fetichisses Este mês, com tantas festas do mês passado, e ainda a recuperar da entrada em 2013, a coluna das Fetichisses da vossa revista marota favorita decidiu fazer uma pausa nas palavras sobre eventos, para recordar algumas das regras básicas sobre a forma de estar neste tipo de ambientes. Concerteza que o leitor poderá dizer que tudo não passa de uma questão de bom senso e educação, no entanto, a sabedoria popular diz que há certas (e não poucas) coisas que mais vale fazer a mais do que a menos, portanto vamos apresentar-vos um caso prático sobre a etiqueta fetichista, este mês orientado para Dominadores e Dominadoras. O cenário é o seguinte: Marília, uma Dominadora, está numa das festas que já referimos noutros números. No decorrer da festa depara-se com diferentes situações, e a Agenda Kinky surge como simpática consciência que recorda o que é de evitar e o que se aconselha para cada uma delas. Ao chegar à festa é recebida pelo organizador, que é submisso. Hesitação sobre como o cumprimentar? Como qualquer outra pessoa. Não existem cumprimentos sofisticados como em certas tribos urbanas, que eventualmente adaptadas aqui poderiam terminar com uma chibatada. É importante distinguir quando é que alguém está em modo play e quando é que não está. Que tal simplesmente dizer boa noite, agradecer o convite e seguir o caminho? Circulando pela sala, há um escravo que está à frente de uma mesa a tomar o lugar de outra peça de mobiliário. Os saltos altíssimos já moem, e a nossa Dominadora pergunta-se se se pode sentar de imediato em cima dele. Será importante tentar perceber quem é que é o Dominador ou Dono daquele banco humano, para saber se o lugar está disponível. Não é de bom tom utilizar algo que não é nosso, sem perguntar se o pode fazer! Caso o submisso esteja ali por sua própria conta, perguntar-lhe directamente se o lugar está livre. Na situação levada ao extremo, pode também aguardar que o lugar lhe seja oferecido, e ainda queixar-se graciosamente sobre como os sapatos novos lhe estão a moer os pés, e, quem sabe, receber uma massagem gratuita.
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Agenda Kinky | Janeiro 2013 Na casa de banho das senhoras está um escravo para livre utilização por parte das convidadas. Quer isso dizer que a Marília pode fazer o gostinho ao chicote que estava danadinho por ser usado? Antes de qualquer tipo de brincadeira, deve ser questionado a um dos elementos da organização quais os limites para a utilização do escravo. Certamente que coisas ligeiras não levantam problemas, no entanto, convém ter presente até onde é que se pode ir. O facto de ele se oferecer para poder ser usado por qualquer uma das convidadas é merecedor de respeito, e não fica mal a uma Dominadora agradecer ao escravo o serviço prestado. De contrário. No decorrer da festa, a Marília é abordada por um submisso que lhe pergunta se precisa de um brinquedo (ele mesmo) para a noite. Ela não está interessada. Como responder? Não de forma autoritária e grosseira, certamente. Da mesma forma que alguém nos pode oferecer uma cigarrilha ou uma bebida e de ter o infortúnio de não se estar com vontade para tal, o gesto não deixa de ser simpático. É sempre possível declinar cordialmente, e seguir caminho. Esperamos com estas pequenas ilustrações ter ajudado a Marília a comportar-se adequadamente na festa. Para o próximo mês, quem sabe, poderemos continuar a ajudá-la, ou ainda fazer o mesmo para a Josefina, uma submissa perdida. Mas para isso, terão que ler as Fetichisses do próximo mês;) Até lá, votos de que 2013 seja um ano de muitos acessos de calor. Porque já sabem que daqui se recomenda que… be naughty and have some fun*wink* Layla Sameerah
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Jane Good All
Agenda Kinky | Janeiro 2013
Qual antropóloga dedicada nesta selva sexual urbana e rural portuguesa, com toques atropibacanalizados nas lides nocturnas, esta Jane substitui os chimpanzés por homens e mulheres em provas de valor. Capítulo II - Jane e os guitarristas A queda para os artistas era fácil de explicar... Numa época de crise monetária e explosão de criatividade, qualquer rapariga com queda para a boémia e alguma sensibilidade encontraria no longo rol dos seus amantes enlistados, pintores, músicos, fotógrafos ou até designers com aspirações a artistas digitais. Havia então nos músicos um encanto especial e nos guitarristas um comprovado encaixe. Talvez fosse vingança de adolescente em mulher feita, quando o era nunca tinha andado atrás das bandas e agora conquistava corações com um olhar ao palco e dois dedos de conversa. As recordações reprimidas dos meninos de violinha e muita lábia tonta que aos dezasseis tinham ficado por conquistar. Talvez fosse a boquinha caída com que pegavam na guitarra entusiasmados, e as carinhas de esforço que inevitavelmente se repetiam na cama. Ou talvez saber que um dos melhores amantes que por entre as suas pernas tinha andado era do ofício profissional.Um homem de guitarra na mão deixava-a cheia de ideias, e em menos ou mais tempo, avançava a tirar as provas. E se em bandas são muitas as mãos era aquele par capaz dos mais intensos riffs de guitarra que queria a brincar no seu rabo, costas, clitoris e coxas. E embora nas essenciais palmadas não se mostrassem especialista, uma arte todos dominavam... masturbação. E era em uma ou duas frases ensaiadas na vulva que se vinha descontroladamente. Aí, consoante o estilo, o manejo... De jazz, dedos ensaiados em ritmos descompassados, encaixada de coxas expostas, costas no peito dele, até um dos primeiros suspiros da noite. O rapaz que cantava de boquinha semiaberta, empenhado na conquista do público pouco emocional, com a guitarra nas mãos enquanto saltava, a por o mesmo empenho entre as pernas abertas de Jane, lambendo -a, mordendo-a, suando e fazendo a vibrar como as meninas da audiência deveriam ter feito. De mãos a segurar-lhe tão bem as nádegas quanto a guitarra personalizada, com ocasionais tremolos de dedos no cu, aumentando o pitch das notas gemidas pela boca dela. E o rockeiro, slides infinitos, encostada à parede e entremeados com beijos meigos no pescoço, suor, dois corpos, o braço entre o peito dos dois e Jane a vir-se infindávelmente, tão alternadamente quanto a troca de dedos dentro dela. Um bom fingering, um leve fingerpicking, um dedilhar subtil e constante onde o centro do seu corpo se torna instrumento.Com um contrabaixista já tinha sentido isso, o envolver dos braços, talvez o que lhe agradasse fosse a instrumentalização. E, embora violência rítmica de um bom baterista fosse deliciosamente incansável, aquele curvar de corpo sobre si de um guitarrista, e o jeito inominável de mãos, dávam-lhe esse atractivo. Pensava agora.... faltava-lhe tornar-se em instrumento de sopro... Onde andam os bons trompetistas ou saxofonistas de encantar? 23
Agenda Kinky | Janeiro 2013
Entrevista a Daniel Cardoso sobre Poliamor
Daniel Cardoso, 26 anos, natural de Lisboa, é professor universitário e fez uma tese de mestrado sobre poliamor. Faz parte do grupo PolyPortugal há vários anos e tem participado em várias acções de activismo, divulgação e reflexão sobre intimidades alternativas. Podes explicar-nos, tão resumidamente quanto possível, o que é o Poliamor? A definição académica mais corrente, e que é bastante simples, é a de que o poliamor é “a suposição [assumption] de que é possível, válido e valioso [worthwhile] manter relações íntimas, sexuais e/ou amorosas com mais do que uma pessoa”. Ou seja, poliamor tem que ver com a possibilidade de estabelecer relações de intimidade não-exclusivas com várias pessoas, ou querer fazê-lo. Como é que surgiu o Poliamor para ti? Para mim, a ideia de não-monogamia (antes sequer de saber que a palavra “poliamor” existia, ou que existiam comunidades de pessoas organizadas a falar sobre isso) surgiu com a leitura do livro “Um Estranho Numa Terra Estranha” de Robert Heinlein. O autor apresenta algumas personagens como sendo não-monogâmicas, e oferece uma crítica a alguns pressupostos da monogamia normativa, que achei interessantes, e adoptei para mim uma parte da visão aí apresentada. Só mais tarde, através da internet e puramente por acaso, descobri a palavra, os livros e sites sobre o assunto, etc. Quais os preconceitos mais comuns sobre o Poliamor em Portugal? Ainda existe muito a ideia de que o poliamor é, na verdade, algo machista mas disfarçado, o que não podia estar mais longe da verdade. A maior parte das pessoas envolvidas são do sexo feminino, e muitas delas consideram-se feministas e activistas; da mesma forma, poliamor não quer dizer “um homem e várias mulheres”, na medida em que existem também mulheres com várixs parceirxs, relações só entre pessoas do mesmo sexo, etc. Na mesma linha de ideias, surge a ideia de que o poliamor tem principalmente que ver com sexo o que, mais uma vez, não é o caso – tem acima de tudo a ver com possibilidades de intimidade diferentes (e nem toda a intimidade tem que ser sexual) e diferentes formas de viver sentimentos (de amor, amizade, desejo, etc).
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Agenda Kinky | Janeiro 2013 Quem quiser saber mais sobre o Poliamor tem onde se dirigir? Recomendas algum livro, website, organização? Em Português existe o www.polyportugal.blogspot.pt e o www.poliamor.pt.to ; em inglês existem imensos sites, mas um dos meus favoritos é o www.morethantwo.com . Quanto a livros, existem cada vez mais, também, mas sem dúvida que um dos mais famosos é o “The Ethical Slut” Fala-nos sobre a Slutwalk. Vimos que está, de alguma forma ligada ao poliamor. Podes explicar-nos o que é? O movimento SlutWalk surgiu como resposta à tendência de a sociedade culpar as vítimas de violência sexual e de género (nomeadamente, e principalmente, as mulheres), ao invés de responsabilizar os agressores. Isto pode atingir proporções mediáticas e trágicas, como ainda recentemente se tem assistido nas notícias (tanto nacionais como internacionais), mas também se vê no dia-a-dia: quando se considera que, por exemplo, uma mulher com mais do que um parceiro é algo de moralmente reprovável (mas o mesmo já não se aplica a um homem). A SlutWalk e o poliamor têm em comum essa luta pelo fim das discriminações sexistas e de género que procuram negar às mulheres a sua autonomia sexual, erótica, emocional, financeira e física. Tens alguma recomendação para os nossos leitores? A melhor recomendação que posso fazer é a de que não considerem nenhuma forma de relacionamento como sendo intrinsecamente superior ou melhor (e isto vale para a monogamia, para o poliamor e para tudo o resto), e que criem espaço para que toda a gente possa viver as suas diferenças com respeito e autonomia. Em seguida, sugiro o mesmo que eu próprio tento fazer constantemente: questionar-me sobre o porquê de fazer o que faço. Nada há de errado em ser-se monogâmico, poliamoroso ou outra coisa qualquer – o importante é saber porque o fazemos, e não o fazermos simplesmente “porque sim”, ou por “tradição”; é transformar cada aspecto da nossa vida numa operação de auto-reflexão e de constante mudança. Links www.poliamor.pt polyportugal.blogspot.pt
“Kinky” (palavra inglesa, adj.) 1. (Calão) dado a práticas sexuais invulgares, anormais ou desviantes 2. (Informal) que revela idiossincracias invulgares de personalidade, excêntrico 3. (Informal) atrativo ou provocante de maneira bizarra (e.g. roupas “kinky”) 4. entrelaçado ou enleado justamente (e.g. corda ou arame) 5. muito encaracolado (cabelo) 6. banda de rock eletrónico da cidade de Monterrei, México
Veja a nossa entrevista sobre Poliamor e o artigo sobre Ejaculação Feminina 26