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LITERATURA
ONLINE 12 A 18 DE SETEMBRO WWW.FACEBOOK.COM/FESTIVALDEPOESIADELISBOA
VI FESTIVAL DE POESIA DA LISBOA
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“Terra: uma poética de nós” é o tema do VI Festival de Poesia da Lisboa, iniciativa sem fins lucrativos criada em 2016, que tem como principal objetivo a valorização da língua portuguesa e o incentivo à leitura. Trata-se de um festival aberto ao público e a todas as nacionalidades, mas apenas pessoas que tenham a língua portuguesa como língua materna podem participar da antologia comemorativa e concorrer aos prémios regulamentares. A edição de 2021 procura “amarrar as narrativas que estão pelos territórios da língua portuguesa”. Poetas de seis países diferentes participam nesta edição. Além do homenageado Mia Couto, estão presentes nomes como Boaventura de Sousa Santos, Heloísa Buarque de Hollanda, Luz Ribeiro, Ondjaki, Fado Bicha, TRANSarau e Judite Canha Fernandes. O evento conta com nove mesas, seis saraus, três oficinas e três espetáculos poéticos, além da Cerimónia de Premiação, que contempla o primeiro lugar com o troféu de participação, certificado e publicação de um livro de poesias com lançamento na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP de 2022). A programação é aberta ao público geral através das redes sociais do festival. Luís Almeida d´Eça
BIBLIOTECA DE BELÉM http://blx.cm-lisboa.pt LEAMOS EN ESPANOL
Seleção dos melhores autores de Espanha e América Latina lidos e discutidos em espanhol, com o objetivo de promover a leitura e a literatura em língua espanhola 30 SET: 18H EG / MP bib.belem@cm-lisboa.pt
BIBLIOTECA DAVID MOURÃO-FERREIRA http://blx.cm-lisboa.pt CLUBE DE LEITORES (ONLINE)
O Falcão de Malta, de Dashiell Hammett 30 SET: 18H EG / MP bib.dmferreira@jfparquedasnacoes.pt
BIBLIOTECA NACIONAL DE PORTUGAL www.bnportugal.gov.pt A DIÁSPORA DA PALAVRA
EXPOSIÇÃO Obras de autores portugueses impressas entre 1501 e 1600, fora das fronteiras territoriais lusitanas. ATÉ 16 SET SEARA NOVA, EDITORA DE LIVROS
MOSTRA No ano em que a Seara Nova completa 100 anos, esta exposição visa reconstituir os itinerários das centenas de cadernos e livros que ombrearam com a revista de doutrina e crítica. 15 SET A 31 DEZ UM ARQUIVO, DOZE DOCUMENTOS
Ao longo de um ano, estará em destaque o arquivo Almada e Lencastre Bastos (séc. XIV-XX), um dos maiores acervos de família depositados na BNP, com a exposição de um documento por mês. ATÉ ABR EG
CASA DA ACHADA – CENTRO MÁRIO DIONÍSIO www.centromariodionisio. org
AUDITÓRIO DO GOETHE-INSTITUT 30 DE SETEMBRO E 14 OUTUBRO, 19H CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA, 37 / 218 824 510 WWW.GOETHE.DE/INS/PT/PT/M/INDEX.HTML
AUTOMAT: LITERATURA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
O ciclo AUTOMAT - Literatura e Inteligência Artificial pretende centrar o olhar para uma revolução em curso. Num momento em que a nossa vida económica, política e social é já profundamente dominada pelo poder dos algoritmos, que transformações causará a inteligência artificial no mundo das letras? Esta é uma questão a abordar em dois eventos. Na sessão Tradutora Transparente: Woman vs. machine, a decorrer no dia 30 de setembro, a tradutora Helena Topa irá traduzir excertos do romance Malina, de Ingeborg Bachmann, em competição com uma plataforma de tradução automática. No debate Arte ou Algoritmo: Inteligência Artificial e Tradução, que tem lugar a 14 de outubro, o filósofo e tradutor alemão Hannes Bajohr conversa com a professora universitária portuguesa Ana Margarida Abrantes sobre o impacto das técnicas de inteligência artificial no mundo das palavras. Os dois eventos terão lugar no Goethe-Institut em Lisboa, com transmissão em direto no Facebook. LAE
A PALETA PERGUNTA E O MUNDO RESPONDE
Ciclo de perguntas suscitadas pela leitura de A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio JOÃO DIAS
Que é a vossa indiferença criadora e a vossa tagarelice sobre a intemporalidade senão uma especulação ridícula e inútil sobre a eternidade? 6 SET: 18H30 JOSÉ SMITH
“Como admitir então que o convívio com a arte não seja sempre fácil?” 13 SET: 18H30 CÉLIA CORREIA LOUREIRO
Acaso alguma descoberta ou alguma revolução poderia fazer o homem regressar aos bons tempos da Idade Média e do Renascimento?
20 SET: 18H30 EDUARDO RUI ALVES
Por toda a parte, o artista viu-se a braços com perguntas incómodas: Para quem escreves? Porque pintas? Quem defendes? Para que serves? 27 SET: 18H30 ENCONTRO DE LEITORES ACHADOS
Para quem gosta de ler, falar ou trocar ideias sobre livros. 26 SET: 16H EG
C.E.M – CENTRO EM MOVIMENTO http://c-e-m.org ESCRITA NA RUA
QUA: 16H30-18H EG LER MARIA GABRIELA LLANSOL E OUTRAS MANUALIDADES
SEX: 18H-20H EG
CENTRO CULTURAL DE BELÉM www.ccb.pt GONÇALO M. TAVARES
Desde outubro de 2020, Gonçalo M. Tavares tem escrito pequenos textos, que foram sendo publicados online, semanalmente. A última publicação acontecerá em setembro, culminando com um debate com a presença do escritor e um convidado. 12 SET
ESCREVER ESCREVER www.escreverescrever.com CURSOS ONLINE
Português sem Dúvidas | Gramática Escrita Criativa Português sem Dúvidas | Ortografia Escrever Terror I
A Escrita | Expressão Gráfica Revisão de Textos I Escrever a Espreitar a Poesia I Microcontos I Publicar o meu Livro Escrever um Livro Infantil I Descomplicar a Escrita Escrever para a Web Escrever Letras de Canções Escrita na Assessoria de Imprensa I
VI FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA (ONLINE) www.facebook.com/ festivaldepoesiadelisboa TERRA: UMA POÉTICA DE NÓS
Evento que promove a valorização da língua portuguesa e o incentivo à leitura. Ver destaque 12 A 18 SET FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN http://gulbenkian.pt EXPOSIÇÃO DE LIVROS DE ARTISTA
No âmbito da exposição Tudo o que eu quero - Artistas portuguesas de 1900 a 2020, exibe-se um relevante conjunto de livros de Artistas Mulheres pertencentes ao acervo da Biblioteca de Arte da Fundação. ATÉ 14 SET EG
GOETHE-INSTITUT www.goethe.de/ins/pt/pt/m/ index.html AUTOMAT: LITERATURA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Tradutora Transparente: Woman vs. Machine Com tradutora Helena Topa 30 SET: 19H ARTE OU ALGORITMO: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E TRADUÇÃO
Com Hannes Bajohr e Ana Margarida Abrantes 14 OUT: 19H Ver destaque
JUNTA DE FREGUESIA DE SÃO DOMINGOS DE BENFICA http://jf-sdomingosbenfica.pt CLUBE DE LEITURA DA HEMEROTECA
28 SET: 16H30 EG / MP
MUSEU DE LISBOA – PALÁCIO PIMENTA www.museudelisboa.pt UMA HISTÓRIA CHAMADA LISBOA
Lisboa, minha primeira namorada Ana Sofia Paiva (atriz e narradora) e Marco Oliveira (cantor/compositor) promovem um passeio literário por Lisboa do século XIX até aos nossos dias, pela mão do fado e das palavras dos poetas por ela enamorados. 11, 12 SET: 16H30 MP
PARQUE EDUARDO VII 91ª FEIRA DO LIVRO DE LISBOA
http://feiradolivrodelisboa.pt ATÉ 12 SET
FEIRA DO LIVRO DE LISBOA (STAND BLX) CLUBE DE LEITURA DA BIBLIOTECA PALÁCIO GALVEIAS
Leituras dedicadas à pintura. Livros em que a pintura e a arte em geral têm uma predominância na história Conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos, de Olga Tokarczuk 6 SET: 18H30 CLUBE DE LEITURA DA BIBLIOTECA PENHA DE FRANÇA Crónicas de uma pequena ilha, de Bill Bryson 8 SET: 19H CLUBE DE LEITURA DAS MEDIADORAS BLX
9 SET: 17H EG
E ESCOLAS EG ENTRADA GRATUITA MP MARCAÇÃO PRÉVIA PG PÚBLICO GERAL
LISBON ART & ANTIQUES FAIR 11-19 SETEMBRO 2021
PREVIEW: 10 SETEMBRO
CORDOARIA NACIONAL
ENTRADA TORREÃO POENTE
SEGUNDA A QUARTA-FEIRA, 15H00-21H00 QUINTA-FEIRA A SÁBADO, 15H00-23H00 DOMINGOS, 12H00-20H00
T. +351 213 474 571 apa@apa.pt | www.apa.pt
VÁRIOS LOCAIS 10 A 12 SETEMBRO
ABECEDÁRIO FESTIVAL DA PALAVRA
Nascido da vontade de promover as livrarias de rua, o Abecedário_ Festival da Palavra tem este ano a sua 3ª edição. É organizado pela Cabine de Leitura, uma rede de micro bibliotecas em antigas cabines telefónicas instaladas na Praça de Londres, em colaboração com livrarias. Cada edição presta homenagem a uma palavra e, para 2021, foi escolhida PROXIMIDADE. A Livraria Barata, a Stolen Books e a Livraria Tinta nos Nervos, todas em Lisboa, e a Livraria Zaccara, em São Paulo (Brasil), são os espaços onde decorrem as tertúlias que terão transmissão online em direto. LAE PROGRAMA
LIVRARIA BARATA - LUGAR DE CULTURA
O FUTURO JÁ COMEÇOU
10 SET: 19H A NOVA VIDA
12 SET: 16H
STOLEN BOOKS
CIDADE ABERTA
11 SET: 11H
TINTA NOS NERVOS8H
A INFORMAÇÃO QUER-SE PRÓXIMA?
11 SET: 16H
LER AQUI TÃO PERTO EM SIMULTÂNEO NA LIVRARIA BRASILEIRA ZACCARA. CABINE DE LEITURA PRAÇA DE LONDRES 18H ARTE AO VIRAR DA ESQUINA
12 SET: 11H
MICHEL HOUELLEBECQ INTERVENÇÕES
ALFAGUARA
Intervenções mostra a mais completa seleção de textos dispersos e de entrevistas com Michel Houellebecq, pela primeira vez disponíveis em Portugal, mas que em França já tinham conhecido publicações em 1998 e em 2009 (aumentada). Na prática o livro poderia chamar-se Intervenções 3, mas seguiu-se a simplificação adotada pelos franceses, e ainda bem. A cada dez anos, o conteúdo cresceu cerca de 50%, para enorme satisfação dos leitores de Houellebecq, que caso não conheçam as brilhantes entrevistas que aqui se incluem, irão provavelmente considerá-las o material mais precioso do livro. E com razão. Conversas de fundo com Jean-Yves Jouannais e Christophe Duchatelet (por alturas do primeiro romance, Extensão do Domínio da Luta); com Christian Auchier (no tempo de Plataforma); com Frédéric Beigbeder (o mais temido e o melhor crítico literário francês, segundo Houellebecq); com Marin de Viry e Valérie Toranian (à época de Submissão); e com Agathe Novak-Lechevalier (a mais recente, feita para o online e nunca antes publicada). RG Boris Vian (1920-1959) foi escritor e músico, autor de Outono em Pequim, O Arranca Corações e A Espuma dos Dias, trompetista numa orquestra de jazz, compositor de canções. Os seus provocatórios romances surgem carregados de violência, erotismo e humor sardónico, num estilo pleno de trocadilhos, jogos de palavras e inovações linguísticas, que prenuncia os movimentos de contracultura dos anos 60. Tendo sofrido as consequências da vida entre as duas Guerras Mundiais, o antimilitarismo é um dos aspetos relevantes da sua obra que combina realismo com delírio onírico. Vercoquin e o Plâncton, de 1941, é o primeiro romance de Vian. O Major, personagem recorrente nas obras do autor, conhece a jovem e bela Zizanie e resolve pedi-la em casamento ao seu tio, vice-presidente do CNU (Consórcio Nacional da Unificação), deixando-se absorver pelos procedimentos burocráticos da organização. O romance evoca o ambiente efervescente que se vivia em Paris no final da ocupação nazi: a ação decorre entre duas loucas surprise parties, popularizadas nesta época, espécie de assalto carnavalesco espontâneo a uma casa particular, sem conhecimento do proprietário. No livro de poemas Meadowlands, publicado em 1997, Louise Glück, Prémio Nobel de Literatura 2020, registava o colapso do seu casamento, um ano depois do seu traumático divórcio (“E no centro do eu, / uma mágoa a que não pensei jamais sobreviver”). Vita Nova (1999), o livro subsequente, é dedicado ao tema do recomeço, ao início de uma nova vida (“Só porque / o passado é mais longo que o futuro / não quer dizer que não haja futuro”). Nesta obra austera, a grande poeta desnuda as feridas da alma através de um doloroso e incessante exercício de autoconhecimento, mantendo o habitual paralelismo com a mitologia clássica. Orfeu é, aqui, o mito referencial: como ele, Louise Glück perdeu o seu amor (“Diz-lhes que perdi o meu amor / que estou agora completamente só. / Diz-lhes que não há música assim / sem dor real.”) e atravessou o Inferno (“Não o fim da carência, mas carência / elevada ao máximo poder”). Finalmente, canta a “Vita Nova”, o “desejo de sobreviver / que é penso eu, o desejo humano mais profundo” e a capacidade “de olhar em frente” de “olhar para o mundo” e “de me mover até ele”. Tradução de Ana Luísa Amaral.
BORIS VIAN VERCOQUIN E O PLÂNCTON
E-PRIMATUR
LOUISE GLÜCK VITA NOVA
RELÓGIO D’ÁGUA
MUHAMMAD CHUKRI PÃO SECO
ANTÍGONA
Pão seco é como refere o tradutor desta obra, Hugo Maia, pão “sem conduto, em especial o pão dos pobres. Chukri via no pão seco a imagem por excelência da pobreza extrema”. De facto, a fome marca presença nesta narrativa desde a sua primeira página: “É a fome no Rife. A seca e a guerra. Uma tarde, não consigo parar de chorar. A fome dá-me dores. Chupo os dedos sem parar.” Relato autobiográfico do escritor Muhammad Chukri (19352003) dos seis anos de idade até aos 21, quando decide aprender a ler, descreve a sua errância de vagabundo e a sua vida de pequeno criminoso, revela a sua revolta contra a tirania do pai e de Deus, que aos seus olhos assumem a mesma prepotência (“O meu pai assemelha-se a Deus, aos profetas e aos santos.”) e aborda, de forma explícita e amoral, assuntos tabus no mundo árabe: álcool, drogas e sexo (incluindo prostituição e homossexualidade). Fá-lo com um desalinho narrativo, uma crueza de linguagem e uma indisciplina gramatical que desafiaram a tradição. Publicado originalmente em 1973, na tradução inglesa de Paul Bowles, só em 1982 conheceu uma primeira edição em árabe. Entretanto, tornou-se uma obra de culto e um pilar da literatura marroquina e árabe contemporânea. LAE
Opera fest LÁGRIMAS, MISTÉRIO E UTOPIA FILIPA SANTOS ´ Arrancou, no mês passado, a segunda edição do Operafest Lisboa, o festival que aproxima a ópera do público. O jardim do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) foi o palco escolhido para os vários concertos que integram o programa, marcado pela conjugação entre tradição e vanguarda. O festival é dirigido pela soprano Catarina Molder e tem produção da Ópera do Castelo, em parceria com o MNAA. Na página ao lado destacamos dois dos espetáculos que decorrem este mês, mas há mais para ver: Mahagonny Songspiel (Kurt Weil) e Até que a Morte nos Separe (criação de Ana Seara), nos dias 3 e 4 de setembro; Máquina Lírica (aulas de canto para curiosos), também dias 3 e 4 deste mês, e ainda o concurso Novas Árias – Maratona Ópera XXI, no dia 9 de setembro. Conheça o programa completo em www.operafestlisboa.com.
Museu Nacional de Arte Antiga Rua das Janelas Verdes / 213 912 800 / www.museudearteantiga.pt
ALMA EM FOGO
7 SET, ÀS 21H30
Alma em Fogo é uma gala de ópera encenada, com direção e espaço cénico de Otelo Lapa. O espetáculo tem de tudo um pouco: heróis e anti-heróis, desde rainhas e reis a diabos vários, damas desesperadas e cavalheiros em queda. Há personagens bons, que lamentam o seu infortúnio, e outros que regozijam com a desgraça alheia. Todos têm a alma em fogo e cantam árias grandiosas. O evento marca a estreia, no nosso país, do tenor norueguês Mads Wighus. Bilhetes entre os 15€ e os 30€.
MOSTRA-ME O CAMINHO PARA O PRÓXIMO BAR
11 SET, ÀS 21H30
A segunda edição do Operafest Lisboa encerra em grande, com a rave operática Mostra-me o Caminho para o Próximo Bar. No dia 11 deste mês, o jardim do MNAA será palco de uma noite de fusão entre vários estilos: pop, cabaret, disco e ópera. Antevê-se um serão repleto de muita cor, alguma loucura operática, grandes misturas sonoras e - quem sabe? - oportunidade para dar um pezinho de dança. Os bilhetes variam entre os 7,50€ e os 15€.