Agenda Cultural do Recife - Outubro 2015

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20º Festival Internacional de Dança do Recife ANO 21  Nº 242

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Prefeitura do Recife Secretaria de Cultura Fundação de Cultura


pprefeitura do recife Prefeito do Recife Geraldo Júlio Vice-prefeito do Recife Luciano Siqueira Secretária de Cultura Leda Alves Fundação de Cultura Cidade do Recife Presidente Diego Rocha Gerente Geral de Administração e Finanças: Edelaine Britto Gerente Geral de Ações Culturais e Infraestrutura Sílvio Sérgio Dantas Gerente de Desenvolvimento e Descentralização Cultural Iana Cláudia Marques Agenda Cultural Editor Manoel Constantino Repórteres Anax Botelho, Erika Fraga e Jaciana Sobrinho Estagiário de fotografia Italo Santana Equipe Gerencial Christina Simão e Jacqueline Moraes Versão online Jacqueline Moraes Projeto Gráfico Estúdio Vivo | Fernanda Lisboa e Matheus Barbosa Diagramação Lúcia Rodrigues Foto da Capa Debris Company - Eslovaquia | Foto Divulgação Impressão São Mateus Gráfica Ltda Tiragem 10.000 exemplares Cais do Apolo, 925, 15º andar, Bairro do Recife Recife-PE CEP 50030 230 Telefone 81 3355 8065 Fax 81 3355 8810 agendaculturaldorecife@gmail.com www.recife.pe.gov.br/agendacultural www.agendaculturaldorecife.blogspot.com Twitter @agendaculturall

Programação sujeita a alteração. Por favor, confirmar. Sugestões de pauta devem ser enviadas até o dia 15.


Os movimentos culturais deixam o Recife mais poético Conexão 2 Os movimentos culturais da cidade a cada dia buscam alternativas para que as expressões artísticas sejam acessadas de forma mais democrática, tanto que os produtores de teatro vem ocupando espaços em apartamentos, casas, ateliers, bares, de forma que a arte possa ser vivida, cada vez mais, por um maior número de pessoas, por todos os recantos da cidade. Tanto que o cinema de arte também vem se espalhando, através do diversos cineclubes e agora, em Casa Forte, a Fundação Joaquim Nabuco inaugura nova casa para os amantes da sétima arte e ainda a Universidade Católica recebe, numa lona, uma mostra de filmes de curta metragem neste mês de outubro. Enquanto isso a dança também toma conta da cidade quando acontece o XX Festival Internacional de Dança do Recife, data que nos faz apluadir de pé todas as nossas companhias e escolas de dança da cidade que certamente são as sementes desse movimento. Fica aqui o convite para que enchemos todos os espaços onde receberão os espetáculos do festival, no período de 17 a 25 deste mês. Já os artistas ávidos por novas criações podem já fazerem suas inscrições, por exemplo, no Concurso Literário da Academia Pernambucana de Letras ou no Concurso de Videoarte, promovido pela Fundação Joaquim Nabuco ou ainda, os que queiram se iniciar em alguma expressão artística, apresentamos nessa edição diversos cursos para quem deseja mergulhar, conhecer e se apaixonar em fotografia, teatro, dança afro, música e nas artes visuais. Enfim, convidamos a todos e todas a trazer para dentro de suas vidas um pouco de arte, seja como espectador ou como aprendiz, assim, talvez, possamos pintar/viver o Recife com mais poesia.

Manoel Constantino Editor

Especial 9 Sabores do Recife 12 Por trás das cortinas 17 Artes Cênicas 26 Canto Daqui 33 Música 37 Circulando 46 Perfil do Artesão 54 Artes Visuais 57 Clic 61 Cinema e vídeo 62 Moda 67 Giro Literário 70 Cursos e Concursos 77 Serviços 80


CONEXÃO Cada dia mais espaços abrem as portas para a música infantil

Por: Anax Botelho Fotos: Divulgação

Arte, educação e profissionalismo na música para o público infantil Na infância, as cantigas de roda são, geralmente, os primeiros contatos das crianças com a música. Estas canções populares, tão diretamente relacionadas com as brincadeiras de roda, enquanto pilares do folclore brasileiro, podem ser creditadas como a origem e a inspiração para as atuais produções musicais voltadas para as crianças. Agora, com as constantes transformações da sociedade, a realidade musical infantil ganhou outros elementos, devido à popularização do estilo e inserção de vários artistas na vida do público mirim. Com isso, a música, com todo seu poder estético, começou alcançar este público de forma profissional, trazendo valores artísticos bem definidos.

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Para as crianças, assim como para os adultos, a música dá ritmo aos dias e se torna a grande trilha sonora de momentos de suas vidas. Mas a produção hoje exige muito mais preparo e cuidado, desde a criação das músicas até as grandes apresentações, sendo o quesito que mais difere das tradicionais cantigas, em que a simplicidade das letras cheias de rimas, repetições e trocadilhos ditavam a regra. No Recife, conjuntos musicais voltados para as crianças estão surgindo, se profissionalizando e ganhando cada dia mais espaço, tanto em eventos exclusivos, como em shows, apresentações em livrarias, teatros, até em eventos privados como festas de aniversário, e outros. Tudo acompanhando de uma intensa produção artística de álbuns, DVDs, além de pesquisas, estudos e comprometimento com o crescimento desses pequenos ouvintes através de melodias trabalhadas e letras educativas, culturais e de um bom entretenimento. Enquanto destaques na Cidade, alguns nomes aparecem, tais como Cordelândia – que une música, poesia e contação de histórias em cordel nos ritmos pernambucanos como maracatu, coco, caboclinho, ciranda, forró e frevo; as Fadas Magrinhas – com sua música para “pular, dançar, sorrir, cantar, birrar”, como define a contadora de histórias, cantora e locutora, apaixonada por livros infantis Carol Levy; Tio Bruninho – que através da sua vivência como professor observou a necessidade de uma produção musical para o público mais novo; além de outros grupos como Mini Banda Rock Infantil, A Bandinha, etc. Os motivos para o surgimento dos grupos são bem diversos. “A Banda do Tio Bruninho surgiu dentro da sala de aula, dentro da própria escola. Sou formado em Licenciatura em Música e tenho especialização em Metodologia do Ensino da música e atuo há dez anos como professor de música da educação infantil”, diz o Tio Bruninho. Com uma história semelhante, as Fadas Magrinhas também passaram a produzir música infantil a partir das salas de aula. “Fui professora de músi-

Música e literatura nas apresentações do Cordelândia Foto Idi Oli

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Tio Bruninho

Foto Chico Barros

Foto Divulgação

ca durante 10 anos e em sala de aula comecei a sentir necessidade de apresentar um pouco da nossa cultura e dos nossos ritmos. Mas não encontrava material acessível. Então comecei a gravar coisas em casa e levar para as aulas. Foi quando me ocorreu de convidar Aninha para fazermos um trabalho voltado para a cultura e a infância. Ela topou na hora e entrou de cabeça no projeto. Desde então, nos deliciamos nesse universo especial e encantador e juntos com Hugo Linns, Publius lentúlus e Ricardo Fraga temos levado nossos sons e nossas músicas por onde passamos”, lembra Lulu, uma das fadas magrinhas. Tendo sempre em destaque a diversão e formação cultural das crianças, o grupo Cordelândia surgiu para criar uma alternativa mais ligada à cultural regional. “O projeto surgiu primeiramente pelo desejo de proporcionar a esse público tão especial, música e literatura de qualidade. Somos mães e tias e sentíamos falta de produções feitas especialmente para os pequenos. Como já atuávamos na música e na literatura, mergulhamos no universo infantil para mostrar ao grande público nossa cultura popular”, afirma o grupo.

Com todo cuidado natural que uma produção musical deve ter, neste cenário, o despreocupado universo infantil norteia a produção artística dos adultos. “O pensamento que está à frente de qualquer decisão é a reação das crianças: ‘será que isso vai funcionar? Eles vão mesmo gostar disso?’. Tudo gira em torno do universo delas”, diz Carol Levy ao refletir sobre sua produção, que vai desde pesquisas, experiências com o filho e o marido Carlinhos Borges, que é músico, até a sua equipe de músicos, figurinistas, artistas plásticos, atores-dançarinos, produtores, iluminadores, que realizam as apresentações com ela. “Temos esse critério, pois é assim que gostamos de fazer e sabemos que os nossos pequenos merecem e precisam conhecer conteúdo de qualidade desde cedo.”, completa Carol. Já as Fadas Magrinhas falam de outro ingrediente Carol Levy em apresentação Foto Tiago Calazans

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importante na música delas, a própria memória infantil da dupla. “Nosso ponto de partida é sempre o que temos na bagagem, o que fez e faz parte da nossa história. Algumas das coisas mais ricas de nossas vidas são as vivências que tivemos na infância. Nesse sentido, as festas populares e seus ritmos são lembranças que fazem parte de um lugar mágico, elas são o motor do nosso trabalho, e foi desse lugar que nasceu nossa paixão por música”, diz Lulu. Resultado de tantas vivências e da exploração de um universo tão plural e repleto de descobertas e aprendizados, as temáticas são pontos bastante valorizados e explorados na música infantil. “Além dos temas que retratem as alegrias, descobertas e delícias do universo infantil, buscamos apresentar de uma forma intensificada a importância da arte, da cultura popular com seus brinquedos, ritmos e brincadeiras, da sustentabilidade e amor à natureza, do respeito às diferenças, à cultura indígena e afro-brasileira”, aborda o grupo Cordelândia. Além da música e histórias, as crianças e suas singularidades são as grandes motivações para esses artistas e, de fato, educadores. Entre as principais características do público e do cotidiano do trabalho, os conjuntos sempre apontam a sinceridade como o grande destaque. “A criança é extremamente exigente, plural e inusitada. Muitos acham que fazer trabalho para o público infantil é tarefa simples. Mas ao contrário do que se imagina, as crianças possuem bastante senso crítico e são extremamente sinceras. Por isso, apresentar um trabalho voltado para os pequenos é tarefa que exige cuidado, respeito e pesquisa”, diz Lulu das Fadas Magrinhas. Para Tio Bruninho, este também é um dos destaques dos pequenos. “A maior delas, sem dúvidas é a sinceridade. Se o show não está interessante, elas viram de costas e vão embora. Por outro lado, se gostam do seu trabalho, querem ser você, se vestem como você e até mesmo colocam toda a família sentada no meio da sala para fazer um show igualzinho ao que ela viu”. Já Carol Levy reflete sobre a preparação no encontro com as crianças. “Quando vamos nos comu-

Fadas Magrinhas Foto Beto Fegueiroa

Fadas Magrinhas Foto Flora Pimentel

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nicar com uma criança, precisamos nos conectar a elas. As crianças funcionam noutro espectro, bem diferente e muito mais interessante que os adultos. Elas enxergam as coisas de forma muito mais simples e literal que a gente. Quando vamos desenvolver algo para elas, não podemos tirar isso da cabeça. Partindo desse pressuposto, a gente cria uma letra falando a língua delas, tentando enxergar a vida como elas”, diz. Sobre a qualidade e o profissionalismo desses artistas apaixonados pelas crianças, é certo afirmar que o trabalho desenvolvido segue todos os quesitos técnicos especializados e estéticos em sua construção. Até para os padrões de qualquer adulto nos dias atuais. “Temos o maior respeito e admiração pelas crianças e por isso nos esforçamos muito para apresentar um trabalho cuidadoso e musicalmente bem elaborado. Infelizmente, há situações em que a criança é um alvo fácil do Mercado. O que abre precedentes para trabalhos de cunho comerciais. Nesse sentido, tentamos nos distanciar dessa visão. Para a gente, criança não é mercado, é fonte de ensinamento e chave fundamental para um futuro melhor.”, reflete as Fadas Lulu e Aninha. No mesmo pensamento, Carol Levy segue baseando o seu trabalho. “Acho que o grande ponto é o seguinte: se não queremos nossos filhos nos alimentando mal para terem uma saúde ruim no futuro, se queremos que eles leiam bons livros para desenvolverem o senso crítico dignamente, também temos que ter o mesmo cuidado com o que nossos filhos ouvem, senão eles também se tornarão adultos ouvintes de tantas músicas de baixo calão que vêm sendo consumidas pelos jovens e adultos. Se não podemos ser displicentes com o que os nossos filhos comem, também não podemos ser displicentes com o que nossos filhos ouvem.”, diz. O Cordelândia consegue definir bem a dedicação desses tantos profissionais. “Trabalhar com arte já é algo mágico e quando a arte é uma forma de contribuir na formação de futuros cidadãos e nos permite uma comunicação com as crianças é ainda mais especial”. Os grupos garantem que não descansam. Estão sempre trabalhando em algo novo, seja um show, CD ou DVD. O Tio Bruninho lançou recentemente DVD Tio Bruninho – O Show e ainda conta com dois CDs no currículo – Canções do dia, que vendeu mais de oito mil cópias e Arraial do Tio Bruninho;

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as Fadas Magrinhas com um álbum que contém relevantes participações especiais, tais como: Naná Vasconcelos, Marcelo Jeneci, Chico César. Além de dois clipes lançados, já planeja o seu segundo álbum e primeiro DVD. Carol Levy também lançou recentemente o CD Cantabicho, que gerou um DVD ao vivo com lançamento previsto para o início de 2016. Já o Cordelândia, com um EP disponível para download na internet, está em estúdio gravando o primeiro álbum, além de diversas outras iniciativas. Em um dos espaços mais comuns e presentes na vida moderna, a televisão e a internet também têm produções recifenses de música infantil. Um exemplo disto é o Mundo Bita, que ocupa espaços em aplicativos, televisão e internet com sua música. “O conteúdo Mundo Bita é, acima de tudo, musical. Os nossos clipes são coloridos e visualmente bem trabalhados, mas se não houvesse a música, estariam incompletos. Para nós, a música é o alicerce de todo o trabalho“, diz o sócio do projeto João Henrique. O personagem mais ligado ao mundo virtual também se apresenta fisicamente por todo o Brasil. E como João Henrique faz questão de afirmar, sempre levando uma mensagem mais educativa. “As crianças captam tudo e assimilam conceitos e ideias com muita facilidade. Elas também costumam reproduzir o que observam. Por isso, o bom exemplo é tão importante. A educação precisa ser moderna, em harmonia com os conceitos sociais e culturais de hoje. Por exemplo, hoje a sociedade não pode admitir o machismo, nem a violência, nem a discriminação, nem o mau trato à natureza”, conclui. A importância desse trabalho desenvolvido se estende para além do entretenimento, contemplando a educação. Inclusive, a educação musical, como reflete a professora do Centro de Educação Musical de Olinda (Cemo), Fátima Marinho, a Palhaça Pipoquinha. “Como diz Paulo Freire,

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Cemo

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a aprendizagem é recíproca entre quem ensina e quem recebe o ensinamento. Faz-se preciso estimular a criatividade musical, fazer música, tocar, cantar, dançá-la, representá-la, analisar, avaliar... processos infinitos é o saber”. Sobre seus métodos de ensino e estimulo, Fátima é bem clara. “O meu objetivo é facilitar, é estimular a participação das crianças, é propiciar meios para que elas gostem... amem a música. E, para mim a aprendizagem deve ser holística, ou seja, tocar, cantar, identificar as notas... Não dá para fazer só teoria... ou só a prática. Precisamos conectar o que fazemos... com reflexões sobre os significados e conteúdos não perceptíveis da música”. Fátima também preside uma organização não governamental (ONG) com o mesmo nome artístico que adotou, Palhaça Pipoquinha. O primeiro trabalho musical realizado pela organização foi o Pipoquinha, Musical Infantil, que aborda temas sobre a natureza, o folclore brasileiro, as etnias indígena e a africana, além de explorar assuntos como a construção de amizade, o carinho e alegria dentro de sala de aula, entre os anos de 1975 a 1990 – atualmente material didático na cidade de Olinda. O trabalho desses profissionais, a dedicação desses artistas, a educação e arte na vida das crianças, torna a música infantil um espaço essencial no desenvolvimento da sociedade. O Recife a cada dia valoriza e produz e, com isso, crianças são inseridas no universo das artes e da cultura, tendo a oportunidade de usufruir de trilhas sonoras feitas especialmente para elas. Certamente, a contribuição destes artistas mágicos ficará marcada na formação destas pequenas pessoas, por muitos anos suas vidas. Sempre com lembranças felizes, melodia, cores e ótimas mensagens.


Espaço Cultural Bar Mamulengo

por Manoel Constantino Fotos: Ana Estela Braga

ESPECIAL

Dez anos de resistência cultural

Recife sempre conseguiu, através de seus artistas, produtores e empresários, dar vazão e abrir espaços alternativos para as expressões culturais. No Recife Antigo funciona, na Praça do Arsenal, o Espaço Cultural Bar Mamulengo que há dez anos abre espaços para os artistas da terra e assim, o bar se transforma num espaço de resitência cultural alternativo, reunindo gente de música, da literatura, do cinema, do teatro humano e mamulengo, além de ser berço de vários blocos no período carnavalesco. A iniciativa é de um amante da cultura, Carlos Moura que, ao abrir uma casa em pleno coração do Recife, percebeu que tinha uma missão: somar para o espaço

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e para as pessoas, valores culturais que mostrasse aos visitantes o quanto pulsa o coração pernambucano. Para ele, mesmo sendo difícil manter um bar que também é um espaço cultural, não é e nem tem sido tarefa fácil mas, diz ele “sinto-me feliz em trabalhar com o sentimento que pulsa no coração da nossa gente”. Neses dez anos, a ser comemorado durante todo o mês de outubro, Carlos Moura já contabiliza mais 80 lançamentos de livros, inúmeros recitais de poesia reundo poetas e cantores, exposições de artes plásticas, shows musicais semanais, além de trazer constantemente os mestres de mamulengo, uma das maiores tradições de Pernambuco, tais como Mestre Saúba, Mestre Zé Divina, Leila de Olinda, Sebastião Simão, Valdeck de Garanhuns e o Mestre Jurubeba, que está em cartaz todos os domingos à tarde. Além disso, promove, em parceria com o Cineclube Amoeda, desde 2014, sessões de cinema, agregando também parceiros, como a Página 21, que trouxe para o o espaço o espetáculo A Chegada da Prostituta no Céu, baseado no original do mestre J. Borges e, mais recentemente, recebu o projeto Café-Teatro, com a Cia de Teatro Omoiós, com apresentações da performance teatral O Diário Quase Ridículo de Aurora, que lotou a casa, nas sextas-feiras, por dois meses, o que

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demonstra o quanto é avido o público recifense em participar dos eventos. Como diz Carlos Moura: “ a luta é permanente e até mesmo no carnaval não paramos e daqui sai os blocos Peru do Poço, Bacia D’Água e diversos blocos do movimento sindical do Recife, além disso fiz questão de ambientar o nosso espaço com os bonecos de mamulengo e máscaras. E ainda teremos a inauguração, em novembro ou dezembro, do Museu de Mamulengo com obras do mestre Saúba, que ficará aberto para visitação no primeiro andar e assim, creio eu, que contribuo para que o bairro do Recife Antigo continue vivo e pulsando para todos.”

Programação de Comemoração dos 10 Anos do Espaço Cultural Bar Mamulengo Todos os sábados de outubro, às 17h30 – Show do Voz do Capibaribe 04 – 16h  Afoxé Omô Nicê Ogunja 17h30  Espetáculo do Mamulengo Jurubeba 19h   Forró de um real 11  16h  Show da banda Trinkada 18 17h30  Espetáculo do Mamulengo Jurubeba 19h  Forró de um real 25  16h  Show do Maracatômico 17h30 – Espetáculo do Mamulengo Jurubeba 19h – Forró de Um Real

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SABORES DO RECIFE Praça do Derby

Derby Por: Anax Botelho Fotos: Ítalo Santana e Divulgação

Quem vive no Recife, ou já visitou, quase que certamente já passou pelo bairro do Derby. Localizado na Região Político-Administrativa 3 (RPA 3), o bairro está em uma área de extrema importância e de confluência da Cidade, além de ter ligações com avenidas movimentadas como a Caxangá, Conde da Boa Vista e Agamenon Magalhães. Entre as construções, a Praça do Derby, idealizada pelo arquiteto Burle Marx, é o grande ícone, além do Quartel da Polícia Militar, Memorial de Medicina e o Hospital da Restauração.

Drive-in, símbolo do Derby

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É neste ambiente que, desde 1954, o Drive-in Derby, situado na Rua Barão de Goiana, 115, se tornou um símbolo da Cidade e patrimônio


do bairro. Seu nome tem referência às corridas de carros que aconteciam ao redor da praça na sua origem, e também pelo atendimento que era realizado nos carros dos clientes. Hoje, o local ainda preserva a cultura de calçada, de rua, mantendo sua atmosfera como nos velhos tempos, sem perder o vínculo com a atual realidade e conjuntura. Para o proprietário Agostinho Oliveira, a descontração e interação do público no bar e com a rua são as características fundamentais do espaço. “Eu respiro o Drive-in. Minha vida”, diz Agostinho, ao se referir à rotina do local, que abre todos os dias da semana. Segundas a quintas-feiras e domingos das 10h às 01h, sextas-feiras e sábados durante as 24 horas. Sobre o cardápio, a comida regional faz o perfil da casa. Com 28 pratos e 30 petiscos, a carne de sol é o grande atrativo entre os clientes. “O público fez o cardápio. Comidas que o nordestino sempre gosta de comer é o que o Drive-in oferece”, fala o proprietário. Além dos pratos tradicionais, a clientela também pode usufruir de lanches mais despojados, e é comum ver bastante gente nas madrugadas lanchando sanduíches após as festas na cidade. Já a programação conta com samba no fim de semana para animar os frequentadores, e transmissão de jogos de futebol para os torcedores do esporte bretão.

Agostinho, do Drive-in

Galeto crocante do Drive-In Foto Divulgação

Com uma proposta diferencial no bairro, o Dalí Cocina, Rua Feliciano Gomes, 172, trouxe a tradicional culinária mediterrânea com elementos da gastronomia local para o Recife. Em funcionamento desde 2009, o

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Dalí Cocina especialista na culinária mediterrânea

sofisticado ambiente preza pela alta gastronomia e arte. O nome do local faz referência ao pintor espanhol Salvador Dalí, conhecido pelo seu trabalho surrealista. Mas não se trata apenas do nome, o local criou uma verdadeira atmosfera em referência ao artista plástico, trazendo reproduções das suas pinturas, fotos, livros em toda sua decoração. Localizado em uma casa da década de 1940, a proprietária Christina Nunes afirma que a intenção é proporcionar uma opção diferente no Derby. “Ninguém é concorrente de ninguém”, afirma ao falar sobre projetos que visam construir um roteiro gastronômico na região.

Paella do Dalí Cocina Foto Divulgação

Christina, do Dalí Cocina

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Com três espaços distintos, e paredes à disposição de exposições de quadros de artistas locais, entre as especialidades gastronômicas do Dalí está a tradicional paella - prato criado por camponeses que partiam para o campo com arroz, azeite e sal e agregavam ingredientes da caça, legumes da estação e as sobras que possuíam como, frango, coelho, pato, garrofó, tabella e ferraura. Com a difusão da paella pela costa, foram acrescentados frutos do mar: choco, camarões, lulas, lagostins, amêijoas (vongole), mexilhões e polvo – versão mais comum no Brasil. No Dalí, também são destaque no cardápio os diversos risotos, saladas e uma extensa carta de vinhos com mais de 50 opções, além de coquetéis.


Com os horários de terça-feira e quarta das 11h às 15h30, quinta-feira das 11h às 15h30 e 19h às 23h, sexta-feira e sábado de 11h às 15h 30 e 19h às 00h, e domingo das 11h às 16h, o local já recebeu indicações dos prêmios da Brasil Sabor, Veja e Recife Sabor Arte, e se tornou um ponto indispensável sobre a gastronomia espanhola. Outro espaço que atrai diversas pessoas pra o Derby é o Café Castigliani, localizado no cinema da Fundação Joaquim Nabuco, Rua Henrique Dias, 609. Com grãos da Unique Cafés Especiais, o local é endereço certo para as pessoas que gostam de café e cinéfilos do Recife. Com cafés tradicionais e criações em cappuccino, gelados e especiais quentes, o local tem uma grande variedade – algumas bem singulares – para quem busca um café para conversar, ler um livro e, é claro, esperar a hora do filme. Na prática, não tem como dissociar o Castigliani da 7ª arte, desde a decoração com fotos com cenas de filmes onde personagens tomam café, dos proprietários – a cinéfila Nara Oliveira e o cineasta Leonardo Lacca –, até o nome do espaço, em referência aos personagens do filme Cidade dos Sonhos, de 2001.

Café Castigliani

Para Nara, o café está presente desde a infância. O café é fruto da intuição e do conhecimento, já que são baristas - profissional especializado em cafés de alta qualidade e apaixonados pelo café. Entre os mais pedidos do local, estão: o Castigliani – cappuccino especial da casa com leite cremoso, chocolate quente aerado, café espresso e Nara, do Café Castigliani

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Café no Cinema

raspas de chocolate na cobertura; o Zenzero – cappuccino perfumado com gengibre e um suave toque de mel, coberto com fina camada de açúcar mascavo; o Cioccolato Crema – creme de chocolate preto ou branco unido ao sabor intenso do espresso; o Maline – mix de sorvete de creme, café gelado, ovomaltine, leite e um toque secreto especial; entre outros. O Café também tem opções de lanche, como croissants, quiches, doces, pães de queijo, tortas, bolos e sanduíches. O Derby é essencial para quem vive ou visita o Recife. Ponto de confluência e diversos serviços, na gastronomia não é diferente. Desde a comida e vida noturna do Drive-in, à culinária especialista do Dalí Cocina, ao Café Castigliani, entre outras opções, o bairro é indispensável para quem deseja viver a Cidade em sua essência e conhecer todas as faces da metrópole.

Café Mocha Foto Divulgação

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Fátima Marinho, a arte em todos os caminhos da vida

POR TRÁS DAS CORTINAS

Por Manoel Constantino Fotos Divulgação acervo da artista

Ainda menina viveu e participou de programas infantis na televisão pernambucana, nas festas de clubes e colégios, sempre acompanhada por sua mãe, grande incentivadora de toda a sua carreira. Assim, Fátima Marinho transformou a arte como primeira prioridade de sua vida, trançando caminhos que fez surgir o Palhaço Pipoquinha, além da Mestra em várias expressões artísticas, notadamente a música. Hoje, a atriz, educadora, mestra, cantora e compositora espalha seus conhecimentos por anda passa e ainda coordena um ponto de cultura, promovendo a inclusão social através da arte. Assim, a agenda convida a todos para comemorar os 40 anos de Palhaço Pipoquinha, fruto de sua paixão pelas crianças.

Palhaço pipoquina (Fátima Marinho) nas comunidades

POR TRÁS DAS CORTINAS

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Manoel Constantino – Na infância tudo é uma grande brincadeira, entretanto, ainda criança você já participava de programas televisivos da TV Jornal e TV Universitária, cantando e interpretando. Como tudo começou e quem teve a iniciativa de levar a pequena Fátima Marinho para o mundo artístico? Fátima Marinho – Acredito que cada ser humano nasce com muitos dons, talentos, “inteligências múltiplas” como afirma Howard Gardner. A criança aprende imitando o modelo do mundo adulto - pais, amigos, colegas da internet e meios de comunicação (rádio, televisão, jornal, revista...) e a natureza. Naquela época eu era Maria de Fátima Marinho, ou simplesmente Fátima. Amava os musicais de Elvis Presley e filmes espanhóis. Com uns 10 anos de idade fui com a amiga, Edjane (garota cantora) e sua mãe assistir o programa infantil produzido, ao vivo e apresentado pela Linda Maria, na TV Jornal do Comércio – “Mundo da Criança” ou “Pinguinho de Gente”. Fiquei encantada com as crianças cantando, recitando (...), eu também queria participar. Lembro-me que muitas vezes, ensaiava cantar uma canção, acompanhada por “Caruaru”, ótimo pianista e brincalhão, mas não era chamada para cantar, porque o programa tinha pouco tempo de duração e a concorrência era muito grande. Porém, eu não desistia, continuava ensaiando e quando tive a oportunidade de cantar, não parei mais. Graças aos programas de Linda Maria e Ivanise Palermo (em memória) eu comecei a aprender a ser profissional nas artes integradas – cantar com expressão corporal. Descobri, quando adulta, que os meus pais eram artistas. Minha mãe, Carmelita quando menina brincava pastoril no Rio Tinto da Paraíba e meu pai, Antônio era compositor amador. Mamãe sempre estimulou e ainda estimula à minha dedicação ao mundo das artes. Durante a minha infância e adolescência ela me levava aos ensaios, shows e apresentações artísticas de música, teatro e dança - clássica e popular que aconteciam nas escolas, onde estudava, nos encontros de jovens da igreja Católica de Nova Descoberta, próximo onde morava, nos teatros e televisões. Ela também costurava as minhas roupas que eram bastante exóticas e avançadas para a época. Após as atividades artísticas nós conversávamos analisando e avaliando sobre a minha

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atuação. Carmelita, também apoiou à construção da minha formação acadêmica ajudando-me na educação dos meus filhos, Marcelo e Roberto, enquanto cursava Especialização em Educação Musical e Mestrado em Música no Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro, em 1985-1997. Então o que eu sou é uma construção de interações de apoio familiar e de amigos. Por isso agradeço às pessoas visíveis e invisíveis que encontrei e encontro nesta vida. Todas contribuíram e contribuem para a minha formação humana artística. Eu sou elas em mim. MC – Como foi o início do caminho profissional, como escolha de vida? FM – Como cantora, usei o pseudônimo - Fátima Marinho, pouco tempo Fatmar. Tornei-me intérprete da música de protesto destacando-me no programa “Dimensão Jovem”, na TV Jornal do Comércio. Porém fui proibida de cantar esse estilo musical no período da Ditadura. Obtive algumas vitórias no Programa do Silvio Santos. Consegui premiações como Intérprete de Maracatu e Frevo no Frevança. Cantava na Orquestra de Mário Griz, na Frevioca com o maestro e arranjador Ademir Araújo. No Rio de Janeiro participei do “Pixingão”, “Palco sobre Rodas”, “Teatro é vida” e dos -“Forró Forrado”, “Forró 66” e no LP e show de lançamento do meu padrinho musical Luiz Vieira. Fui premiada como “Melhor Intérprete de Forró”, no programa “Chacrinha”, pela Rede Globo, Rio de Janeiro, transmitido nacionalmente, em 1985. Prêmio de “Melhor Caboclinho” no Concurso de Música Carnavalesca da Prefeitura do Recife, 2005.

Palhaço Pipoquinha em cena

Quanto à minha formação em Arte Cênica destaco a contribuição e a oportunidade de ter aprendido com os Mestres Valter Barros (...) e Maria José Campos Lima (em memória). De ter podido atuar sob a Direção do Dr. Valdemar de Oliveira (em memória) em algumas de suas operetas no Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP). No Teleteatro da TV Universitária, sinto orgulho de ter sido dirigida por Milton Bacarelli (em memória) na peça teatral “Salomé” de Oscar Wilde e “Noivinha do Golfinho” dirigido por José Maria de POR TRÁS DAS CORTINAS

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Austregésilo. Agradeço a minha iniciação no Teatro de Bonecos à Madre Escobar, através do “Teatroneco”, no Centro Educativo de Comunicação Social do Nordeste – CECOSNE, em 1975. Foi aí, que criei a personagem - Palhaço Pipoquinha com o objetivo de ser o prólogo, animador e avaliador do teatro de boneco com as crianças. Graças ao convite de uma mãe para eu ir animar a festa de aniversário da sua filha, iniciei uma carreira de animação com recreação lúdica, música (vocal e instrumental) e teatro de fantoches. Fundamos o “Grupo Pipoquinha” – eu e Osman Jordão, em 1978. Produzimos o espetáculo de teatro e música “Domingo Alegre”, no Teatro Santa Isabel, no horário inédito 10 horas da manhã, com grande sucesso, com os atores/músicos: Péricles Gouveia, eu, Osman Jordão, Ivanildo José e Iratangi de Lima. Com a repercussão positiva e bilheteria esgotada renovamos a temporada com a produção do “Domingo Alegre nº 2” com os atores: Washigton, Zezo de Oliveira, Maria e Graça Marques, em 1979. “Domingo Alegre nº 3” no Teatro Joaquim Cardozo. Culminamos com o “Teatro para o Povo de Graça” nos bairros do Recife através do apoio da Sociedade de Moagens do Recife Ltda. Participamos do Circo Popular do Recife com Péricles Gouveia e Maria de Oliveira nas palhaçadas para as crianças e para os adultos com o “Rádio do Brasil”, 1984. Através do Grupo Pipoquinha – Organização Artística à Cidadania, pesquisamos e produzimos espetáculos de teatro musical e livros com CD´s: “Quinta Estação” (edição esgotada); “A Chuva Chegou” (idem); “Festa Junina”; “As Etnias no Carnaval do Brasil”; “O Nosso Pastoril” (edição esgotada); “Música Tradicional Brasileira, do século XV ao XXI. Para baixo e bateria”, com apoio do FUNCULTURA/Governo do Estado de Pernambuco, em 2004. “A Pata e a Raposa, The Duck and the Fox” livro ilustrado, colorido, bilíngue (Português e Inglês) com CD e transcrição em Braille (edição esgotada), apoio do FUNCULTURA/Governo do Estado de Pernambuco, 2012. Fatima e o boi na rua

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Comecei a atuar como professora de Música, Teatro e Dança para as crian-


ças de escolas particulares no Recife – “Brasileirinho”, “Radier Júnior” e “Marista”. Estudava e adaptava o folclore brasileiro através das pesquisas de Mário de Andrade, Edson Carneiro, Câmera Cascudo; o desenvolvimento infantil com os psicólogos Rousseau, Piaget, Vigotsky (...). Educação Musical com Murray Schafer (...) para estimular à valorização artística na formação educativa das crianças. No Rio de Janeiro ensinei nas creches da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ, 1990-1996. As canções criadas com a participação dos pais, funcionários e crianças foram registradas através da produção do livro “Histórias Cantadas”, de minha autoria, colorido, ilustrado, com fita cassete e partitura, através da editora “Memórias Futuras”, em 1996. Realizei de volta a Recife, uma adaptação do referido livro e produzimos a opereta “Histórias Cantadas” sob a direção cênica de Romildo Moreira e produção executiva do Dr. em História Severino (Biu Vicente), no Teatro do Parque, em 1999.

Palahaço Pipoquinha em cena com boneco Homem

As aulas eram descobertas reflexivas sobre a presença da natureza na nossa vida que resultavam em composições sobre o vento, a água, o sol, a relação humana através do carinho e da amizade que resultou na produção do “Pipoquinha, Musical Infantil”, cuja primeira edição foi em forma de fita cassete com encarte em preto e branco, no Rio de Janeiro, 1990. Transformou-se em CD com encarte colorido e depois, em livro colorido, com CD, interativo e partituras, no Recife. “Pipoquinha” foi adotado como material didático pelas Secretarias de Educação das Prefeituras de Olinda e do Recife. Transformou-se em opereta graças ao apoio do Sistema de Incentivo Cultural – SIC da Prefeitura do Recife. “Pipoquinha, Musical Infantil o qual possibilitou a sua apresentação em oito bairros: Roda de Fogo, UR-5, Brasília Teimosa, Mustardinha, Joana Bezerra e Morro da Conceição, em 2008. Fez circuito através do projeto “Alô Planeta” – SESC/PE, graças ao apoio do artista e produtor José Manoel.

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Fátima Marinho em performance

Este livro “Pipoquinha, Musical Infantil” será relançado na Livraria Cultura, na Comemoração dos “40 ANOS PIPOQUINHA”, no dia 04.10.2015, às 16, com apresentação de algumas canções com os músicos/atores: Malou Marinho, Raminho Costa, Albérico e Carlos Alexandrino. Haverá uma sessão de autógrafo. MC - Doutoranda em Educação e Mestra em Música, além de atuar como atriz, mamulengueira, professora, compositora, pesquisadora, enfim, com extensa formação nas diversas expressões artísticas, qual a que mais a encanta e motiva? FM – Eu queria estudar Teatro, porque a Arte Cênica engloba todas as outras artes. Mas na década de 70 e início de 80 não havia, em Pernambuco, o curso de graduação em Arte Cênica, então fiz o curso de bacharelado em “Comunicação Social” – polivalente - produção em Rádio e Televisão. Depois, diplomada, cursei “Licenciatura em Música”, ambos pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Como não tinha e ainda não tem Mestrado em Música neste Estado fui realizar meu sonho no Rio de Janeiro. E, o mesmo ocorreu com o Doutorado, os empecilhos eram muitos: poucas vagas, poucos cursos de Doutorado em Música nas Universidades brasileiras, raros estímulos. Para realizar projetos é preciso acreditar e persistir. Atualmente eu sou Doutoranda em Educação pela “Universidad Católica de

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Santa Fe”, Argentina. Acredito que a pesquisa “Del Caos a la Creación Musical en Escuela Primaria” (Do Caos à Criação Musical no Ensino Fundamental), um estudo de caso, qualitativa, participativa – onde atuo como professora de música e pesquisadora, com avaliações coletivas reflexivas entre os estudantes (crianças com e sem deficiência visual) poderá contribuir, com uma proposta didática de ensino e aprendizagem na Educação Musical. O resultado da tese pretende mostrar a possibilidade de mudança dos valores negativos (tristeza, raiva, briga) da cultura de violência para os valores da cultura de paz (alegria, amizade, carinho), nas escolas do Ensino Regular, através da Educação Musical inclusiva e reflexiva. Sendo eu atriz, cantora, dançarina e professora posso: cantar, dançar, representar e ensinar: frevo, maracatu, pastoril, bumba-meu-boi, coco, ciranda, baião, xote, xaxado, forró, bolero, jazz, blues, rock (...). Mas o que mais me encanta é o poder da criação. Imitando o Criador, ser poetisa, escritora, compositora, teatróloga, artesão (...) tendo como objetivo aprender a amar os amigos de cima e os de baixo, os amigos de todos os lados. MC - Este ano você comemora 40 anos do Palhaço Pipoquinha, com inúmeros trabalhos realizados. Esse personagem é a matriz do seu trabalho para com as crianças? FM – “Pipoquinha” é uma metáfora sobre o alimento nativo indígena - o milho, que para ele se transformar em pipoca necessita de uma panela, azeite e calor. Para vivermos bem, com paz, alegria, amor e saúde, precisamos aprender com a natureza que se doa como alimento gratuito. Acredito que eu sou 61 anos de vida, construindo-me e ajudando na construção de outras pessoas, como matriz do meu trabalho para criança de toda idade. As minhas criações são as filiais: 50 anos de cantora/atriz e 40 anos de Pipoquinha/ professora. Precisamos ser como as pipocas, que dançam e cantam pulando enquanto se transformam em pipocas alegres - alimentos para o corpo e o pensamento do ser humano.

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Pipoquinha em frente do teatro Santa Isabel

Agradeço aos “invisíveis e aos visíveis, do passado, presente e futuro”, como diz meu Mestre de Capoeira Angola Jorge Ferreira. Os antepassados e os contemporâneos vivem em nós contribuindo para a realização dos nossos projetos. Assim, o “Pipoquinha” vai além do Palhaço ou da Palhaça. É uma Organização Artística à Cidadania, sem fins lucrativos. É um Pontinho de Cultura no Engenho do Meio. “Pipoquinha”, eu sou com vocês “pipocas”. Quero agradecer ao MINC, pela premiação de título de “Mestra da Cultura Popular” que recebi em 2013. Agradeço também a Manoel Constantino, editor da Agenda Cultural da Prefeitura do Recife, por oportunizar essa reflexão sobre a minha história de vida artística e compartilhá-la com você. MC - Nesse tempo de tanta transformação tecnológica e, por outro lado, do crescente isolamento das pessoas por conta dos índices da violência, como você vê o papel da arte? FM – A transformação tecnológica torna-nos mais conectados com o mundo inteiro no tempo real através de uma comunicação virtual, direta com audiovisual. No passado, uma carta levava meses, semana, dias para chegar ao destinatário, agora a comunicação é rápida, instantânea, direta através do celular e da internet. As Leis dos Direitos Humanos foram criadas para combater a violência e a impunidade. A Maria da Penha ajuda a Mulher ter coragem para lutar e aprender a se defender. A Educação e a Saúde para todas as pessoas, lentamente avança para a inclusão de crianças com deficiências nas Escolas de Ensino Regular na Prefeitura de Olinda e no Centro de Educação Musical de Olinda - CEMO, onde sou professora de Música, por exemplo, há profissionais qualificados – Braillistas, fonoaudiólogos e psicopedagogos. Os preconceitos étnicos, etários, gêneros, status estão sendo discutidos nas redes sociais. A cultura de violência, herança cultural milenar que recebemos desde criança com as palmadas, beliscões, tapas, surras, dentro da família e nas

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escolas estão sendo combatidas. A mobilidade dos cadeirantes e letra em Braille nos ônibus coletivos começa a ser visível. As transcrições em Braille nas capas dos produtos alimentícios, livros, CD´s e caixas de remédios estão sendo propagados. Para mim todo ser humano seria uma melhor pessoa se praticasse, desde a infância ou mesmo quando adulta, pelo menos uma das artes (pintura, dança, teatro, música ...) porque o fazer artístico estimula o desenvolvimento da autoestima, das inteligências, da expressão corporal e da fala. É uma terapia e ciência lúdica que pode contribuir para o equilíbrio entre a razão e a emoção e à transformação de seres humanos a serem mais comunicativos, amorosos, reflexivos, cônscios e criativos. MC – Para você, artista múltipla, quais seriam os caminhos para que houvesse uma maior valorização das artes e dos seus produtores, numa cidade como o Recife? Que sugestões você teria? FM – Mais apoio dos gestores governamentais da Prefeitura do Recife em parceria com os empresários, no sentido de permitir e estimular apresentações gratuitas: circenses, grupos teatrais (gente e bonecos), danças e música com orquestras - popular e erudita nas praças públicas, nas escolas, nos teatros, diariamente ao meio dia e no final da jornada de trabalho. Que o pagamento dos artistas seja efetuado imediatamente após a apresentação dos mesmos para que sejamos valorizados e tenhamos condições de aprimorar nossas produções. Que a Educação da Cultura Artística seja um direito da população que quer viver bem com saúde, paz, amor e alegria! Que as crianças, que estão nas ruas do Recife, cheirando cola, sejam alimentadas com água, comida e conhecimentos de sabedoria nas escolas. Que as escolas estimulem o fazer, o refletir e a criação de artes, coletivamente. Que as crianças possam cheirar a fragrância de banheiros limpos, salas com ventilação e iluminação adequadas. Que as crianças sejam amadas, abraçadas e beijadas por todas as pessoas com carinho, para que brote nelas e em nós uma espiga flor de amor, saúde, paz e alegria. Assim seja agora e sempre! Grata por tudo!

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ARTES CÊNICAS Dança Sinfônica Foto José Luiz Pederneiras

20º Festival Internacional de Dança do Recife No período de 17 a 25 de outubro a capital pernambucana estará recebendo grupos e companhias consagradas, a exemplo da Quasar Cia. de Danças, de Goiás e o Grupo Corpo, de Belo Horizonte (comemorando 40 anos de existência e sucesso no Brasil e no exterior), que respectivamente abrem e encerram a programação do FIDR, ambas no Teatro de Santa Isabel. A programação ainda conta com a participação da Debris Campany, da Eslováquia, que vem ao Brasil pela primeira vez. Além do Teatro de Santa Isabel, o festival também levará apresentações aos teatros Apolo, Hermilo Borba Filho e Luiz Mendonça, com preços acessiveis. 20º FIDR também oferecerá aos artistas/coreógrafos da dança local, gratuitamente, a oportunidade de fazer um residência artística com o professor, bailarino e coreógrafo mineiro Vanilton Lakka, o que ocorrerá uma semana antes do Festival, 13 a 17 de outubro, no Centro Apolo/Hermilo.

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Foto LayzaVasco

e consigo. Fantasias eróticas brincam com os enfrentamentos humanos em uma conversa de corpos e identidades. Desejos e erotismo invadem as sensações de quem aceita experimentar-se conosco entre as quatro paredes desse Dark Room. Esta criação é fruto da pesquisa contínua desenvolvida pela Cia. Etc. Duração: 60m. Espetáculo recomendado para maiores de 18 anos.

18 18h  Espetáculo: Enchente 17  20h30  Espetáculo: Sobre isto, meu corpo não se cansa Teatro de Santa Isabel

O amor em suas diferentes singularidades. As novas vozes da Música Popular Brasileira Clarice Falcão, Malu Magalhães e Tulipa Ruiz, abordam diferentes nuances e visualidades sobre o amor: o desajeitado e maluco; o doce e romântico; o passional e avassalador, elementos que dão expressão ao mais recente espetáculo da Quasar Cia. de Dança. Quasar Cia. de Dança (GO). Duração: 1:20h. Espetáculo recomendado para maiores de 12 anos.

Teatro Hermilo Borba Filho

O trabalho propõe a realização de um estudo transdisciplinar que articula o conto “A Enchente”, de Hermilo Borba Filho, a performance e o vídeo. A enchente é a metáfora para as catástrofes humanas atuais: migratórias e econômicas; a globalização da indiferença e o fracasso do mundo capitalista desenvolvido. A montagem se constrói em base a procedimentos de criação que envolvem restrições e obstruções de movimento. As relações entre os corpos questionam as hierarquias e ampliam suas possibilidades ao realizarem tarefas de improvisação. Solo do Outro – Projeto do Centro Apolo/Hermilo. Duração: 35m. Espetáculo indicado para maiores de 12 anos.

18  18h  Espetáculo: Dúbbio

Foto Breno

Teatro Hermilo Borba Filho

Em Dúbbio, há a proposta de se discutir a ambiguidade das relações humanas diante da solidão e da convivência com as marcas deixadas em nós. Uma questão é imposta: existe a possibilidade de ficarmos sós? – A questão tenta ser respondida a partir da utilização de um corpo repleto de informações diversas como Dança de Rua, Dança Clássica e Técnicas de Dança Contemporânea, 17 22h  Espetáculo: Dark Room além de todas as outras técnicas cotidianas que compõe um corpo, resultando em uma dança Teatro Hermilo Borba Filho O espetáculo circunda a temática da sexualidade híbrida. Vanilton Lakka (MG/BA). Duração: 14m. através da metáfora do ambiente íntimo, onde Espetáculo indicado para maiores de 12 anos. a privacidade permite o encontro com o outro

ARTES CÊNICAS

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Foto Clarissa Lambert

18  20h  Espetáculo: Nossos Sapatos

Foto Divulgação

Teatro de Santa Isabel

18 19h  Espetáculo: Nordeste, a dança do Brasil. Teatro Luiz Mendonça

O espetáculo retrata em movimento a riqueza cultural do Nordeste brasileiro, marcado por um intenso processo de hibridização. Com a metodologia Braílica instituída pelo Balé Popular do Recife, vemos um trabalho permeado de danças típicas do carnaval, do São João, do Natal e expressões de origens afroameríndia, ao som de ritmos como o frevo, maracatu, caboclinhos, ciranda, xaxado e guerreiro, evidenciando a força, a alegria e o espírito festivo do povo desta região. Balé Popular do Recife (PE). Duração: 60m. Espetáculo livre para todos os públicos

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Nossos Sapatos é um espetáculo que tem como temática de pesquisa a saudade. Como é a nossa relação com a ausência de uma pessoa querida? Como se relacionar com esse vazio? O que fica na memória? Um livro norteou grande parte da pesquisa: Sobre a morte e o morrer, de Elisabeth Kubler-Ross. Neste livro a autora desenvolve o que mais tarde ficou conhecido como as fases da morte: negação, ira, barganha, depressão e aceitação. Este trabalho, de certa forma inaugura a medicina paliativa, também serve de base para as relações do luto que inevitavelmente farão parte de nossas vidas. Mercearia de Ideias (SP). Duração: 60m. Espetáculo indicado para maiores de 12 anos.

19 e 20  19h  Espetáculo: Prece Teatro Apolo

O espetáculo propõe reflexões a respeito do comportamento do homem perante as suas crenças. O desejo de alcançar padrões e de depositar as próprias expectativas em terceiros, assim como o uso das religiões como fonte de pedidos termina desconectando o homem dele mesmo e da sua espiritualidade. “Eu quero” sempre à frente do “eu preciso”. A obra trata da consciência de que não estamos sós, da necessidade de respeitar o próprio tempo para perceber as energias que nos cercam.Grupo Acaso (PE). Espetáculo indicado para maiores de 14 anos. Duração: 40m


Foto Renato Mangolin

18 20h  Espetáculo: Vinil de Asfalto

João Cabral de Melo Neto. A bailaora, personagem de Karina Leiro, é uma mulher que passa por inúmeros dilemas em relação a suas escolhas, à sua dança. Durante sua jornada ela reencontra suas amigas e vive a momentos de encontros e desencontros, altos e baixos. Revive a energia da dança, percebe que sua alma está na dança e que não abrirá mão da sua identidade. Em meio a tudo isso, reencontra o amor do seu passado, um cigano, vivido pelo ator Adriano Cabral. Cia. Karina Leiro (PE). Duração: 53m. Espetáculo indicado para maiores de 12 anos.

Tendo como referência a arquitetura e o plano urbanístico de Brasília, o espetáculo é o resultado de uma pesquisa que se debruçou sobre a dança que a cidade executa diariamente. Sobre uma espacialidade única, cheia de curvas, linhas e grandes vãos, corpos são construídos nos rastros que são deixados pelos sons do vento e do silêncio. Em Vinil do Asfaltos os bailarinos se revezam numa orquestra regida pela escuta, pela memória e pela sutileza do encontro.Ossos do Ofício (DF). Duração: 45m. Espetáculo indicado para maiores 20 20h30  Espetáculo: Diafrágma de 12 anos.

Foto Martin Raabe

Teatro Hermilo Borba Filho

Foto Hans von Manteuffel

Teatro Hermilo Borba Filho

20 19h  Espetáculo: Bailaora

Diafragma é uma performance manifesto construída em relação aos dispositivos low tech e as tecnologias obsoletas. Pesquisa o diafragma como uma parte de um dispositivo motor utilizando alguns princípios de Gerald Raunig, Michael de Certeau, Vilém Flausser e Gilles Deleuze como eixe que organiza uma grande máquina que atua no tempo de forma nômade buscando (des) territorializar-se. Ao hackear o corpo, a performer Flávia Pinheiro interatua com diferentes objetos criados e reutilizados por Leandro Oliván. Exacerba a sua obsolescência programada ao trabalhar com a impossibilidade; a hipótese do movimento que AP funcionar já não serve mais. Coletivo Mazdita (PE). Duração: 42 minutos. Espetáculo indicado para maiores de 14 anos.

Teatro Luiz Mendonça

O espetáculo Bailaora é uma ficção inspirada no poema Estudos para uma Bailadora Andaluza de

ARTES CÊNICAS

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Foto Divulgação

Foto Patrícia Blasón

21 19h  Espetáculo: Menu de Danças Teatro Apolo

Composto por duas criações no formato solo, que são: Do it! Direções, conflitos, orientações, caminhos, mapas e cores. As marcas, referenciais estéticos e polaridades de uma juventude habitam o corpo do intérprete que tem no breaking sua principal fonte de vida. Também o princípio ativo de sua desistência em ser artista.Cia. Gente (RJ) Corpo, Esta obra dispõe de elementos que exibem na espacialidade, no tempo e propriamente no corpo que dança formas de habitat. Afetos, perguntas, vazios, imagens, símbolos, marcas, impactos, ruídos e sonoridades projetam certa noção de inacabamento ou memória, por assim afirmar. Um corpo cuja fraternidade entre os intérpretes sublinha a noção de afeto e convivência de longa data entre os mesmos, devolve a questão: “a ausência de significado ou o significado da ausência?”Cia. Gente (RJ)

22 19h  Espetáculo: Dorival Obá! Teatro Luiz Mendonça

Um espetáculo que traz em oferenda as memórias de Dorival. O mar. As mulheres de saia e as bênçãos de seu pai Xangô. Na presença da ausência de sua mãe, o amor. No impulso do pulso, a alegria suada da Bahia. A partida e o mergulho na imensidão do mar. Uma oferenda em gratidão pelo cantar. - Quiabo, pimenta e fubá. Um prato de Dorival Obá. Cia. Vias da Dança (PE). Duração: 45m. Espetáculo indicado para maiores de 12 anos.

22 20h30  Espetáculo: Fole Teatro Apolo

Pump it! “Fole” bombeia e depois bombardeia, vibra tímpanos de um e de mais de um. É uma prática de respirar, mover, fazer-se mover, permanecer em movimento porque o rythm is a dancer. Fole acha que invoca paisagens de angústia, dor, possessão, sexo, transe, de coisas densas e velhas 21 20h30  Espetáculo: Três mulheres mas na verdade Fole é a repetição insistnte de um e um bordado de sol mesmo estímulo que sofre derivações, alterações Teatro de Santa Isabel e transformações devido a permanência e a ação O espetáculo leva à cena as marcas no encontro do tempo. Michelle Moura (PR). Duração: 40m. dos integrantes da Compassos Cia. de Danças Espetáculo indicado para maiores de 12 anos durante três anos de pesquisas literárias, visuais e corporais com as obras e biografias de 23 e 24  16h às 21h  Mostra de Danças três artistas: Clarice Lispector, Edith Piaf e Frida Urbanas - Ginga B.boys e B.girls Kahlo. Trata-se de uma obra de dança teatro com e Batalha Hip Hop a presença constante e cortante das obras e biografias dessas três artistas que deixaram sua voz Teatro Luiz Mendonça ecoando em poesia para o mundo.Compassos Cia. A dança de rua enquanto parte integrante do de Danças (PE). Espetáculo indicado para maiores Movimento Cultura Hip Hop é uma das mais crescentes redes sociais que se expandiu e vem de 12 anos. Duração: 70m. agregando jovens e adolescentes, principalmen-

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Foto Rayza Oliveira

te das periferias brasileiras das grandes metrópoles do mundo. A Mostra de Danças Urbanas visa propiciar e fortalecer a cidadania ativa, a autoestima, a identidade e a sociabilidade através do protagonismo de jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social oriundos dos bairros da Região Metropolitana do Recife, assim como da Zona da Mata, Agreste e Sertão de Pernambuco, incluindo os estados da Paraíba e Bahia. Associação Metropolitana de Hip Hop em Pernambuco. Duração: 7 horas. Livre para todos 23  20h  Espetáculo: Cara da mãe os públicos Teatro Hermilo Borba Filho

Foto Divulgação

Numa experiência poética em dança, o espetáculo é inspirado em jornadas do feminino, especialmente na compreensão do universo da maternidade, com suas inquietudes e conquistas no mundo contemporâneo. Surgiu como fruto de ação coletiva de três bailarinas, que dão voz a sua inquietação pessoal e artística. Coletivo Cênico Tenda Vermelha (PE). Duração: 1:15h. Espetáculo indicado para maiores de 12 anos

23  19h  Espetáculo: Soliloquy Trata-se de um espetáculo solo, com expressão de dança dramática, baseado no último capítulo do clássico romance Ulisses, de James Joyce. O espetáculo está preenchido de sentimentos, pensamentos, fragmentos de memória e fantasia do estado antes de dormir, como se fora uma página em branco, ainda por ser escrita, no romance de Joyce. Debris Company (Eslováquia). Duração: 24  18h  Espetáculo: Átiman 40m. Espetáculo recomendado para maiores Teatro Hermilo Borba Filho de 12 anos Átman – Que dança meu corpo produz? - Quais são as motivações que me levam a dançar? De que lugar do meu corpo surge essa dança? Átman busca inspiração no universo ritualístico, eu te convido a ser testemunha do meu movimento e perceber o processo de construção do meu corpo no ato de dançar. A performance é criada a partir das sensações percebidas no dia, tensões corporais e dificuldades energéticas, assim, uso partes do corpo, conexões, segmentos, localizações no espaço, para criar um dinâmico jogo cênico com ARTES CÊNICAS

Foto Jubrainer

Teatro Apolo

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Foto Silvia Machado

a plateia e brincar com possibilidades de comu- Com uma obra memorialista (dança Sinfônica) e nicação. Daniela Santos (PE). Duração: 40m. outra que pontua para o futuro (Suite Branca), Espetáculo indicado para maiores de 12 anos a maior companhia particular de dança contemporânea do país celebra 40 anos de uma existência pautada pela excelência e artística e a busca incessante de renovação. Concebido por Paulo Pederneiras, diretor artístico e grande arquiteto das criações da companhia desde os primórdios, o programa comemorativo é marcado pelo contraste entre dois grandes veios que abastecem o processo artístico do Corpo – o erudito e o popular – e pela reafirmação da profunda conexão com a identidade cultural mineira que contribuiu para fazer de uma parte significativa de sua obra um patrimônio universal. Grupo Corpo 24  19h  Espetáculo: Albedo (MG). Duração: 60m. Espetáculo indicado para Teatro Apolo maiores de 12 anos

Foto José Luiz Pederneiras

Dia 24, às 19h

O espetáculo trabalha um território simultaneamente imaginário e real, onde o fazer artístico da dança se transforma pelo primado da presença em cena. O que tradicionalmente se chama dança e o que tradicionalmente se chama teatro perde a importância da sua distinção. O real de cada dia e o real de do sonho, que só percebemos quando estamos dormindo, se fundem e se multiplicam em imagens que nos resgatam e nos dão o sentido da transformação alquímica. As máscaras que nos aderem a elas, e que carregam a marca dos teatros de bonecos da tradição popular, aparecem para revelar o que escondemos, e para obscurecer aparências que acreditamos como realidades absolutas. Cia. Siameses (SP). Duração: 55m. Espetáculo indicado para maiores de 16 anos.

25  16h às 18h - Projeto Dançando na Rua Praça do Arsenal

O Projeto Dançando na Rua acontece mensalmente no último domingo de cada mês, na Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro de Recife, congregando espetáculos variados, com companhias profissionais e grupos amadores, assim como trabalhos de academia, fazendo um panorama das danças praticadas na capital pernambucana. Neste domingo 5 de outubro a programação do Dançando na Rua será toda dedicada ao 20º FIDR. Duração: 02h. Livre para todos os públicos. PROGRAMAÇÃO PEDAGÓGICA

13 a 17  Estratégias de Composição em Dança Centro Apolo/Hermilo

Residência com: Vanilton Lakka A residência visa expor ferramentas de composição em dança e gerar um ambiente de diálogo entre artistas de matrizes de danças variadas, com o objetivo de vislumbrar possibilidades de criação com materiais e históricos diversos.

24 e 25  20h30 - Espetáculo: Corpo 40 Anos - “Suite Branca” e “Dança Sinfônica” Teatro de Santa Isabel

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Zeca Viana reúne psicodelia e memórias afetivas em uma Estância

CANTO DAQUI

Por Jaciana Sobrinho

Foto Adriano Sobral

O músico, videomaker e produtor independente, responsável pela já conhecida coletânea Lo-fi - que busca dar destaque às produções musicais pernambucanas - Zeca Viana, apresenta seu novo álbum: Estância. Este, que é o terceiro da carreira do artista (ex-integrante das bandas Asteróide B-612, Rádio de Outono e Volver) enfatiza o estilo Lo-fi e psicodélico dele, ao mesmo tempo em que evidencia o bairro onde cresceu e ainda vive, a Estância. Foi das gravações de fita k-7, que faziam parte das brincadeiras de “programa de rádio” que ele fazia com um amigo na infância, que surgiu o interesse de Zeca pela música. “Nós gravávamos as músicas que tocavam

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nas rádios e depois fingíamos que tínhamos um programa. Ele apresentava o programa e eu fazia as montagens com as músicas. Interessante é que hoje ele é realmente locutor de rádio”, lembra Zeca. Toda a prática com os instrumentos musicais e o conhecimento sobre os equipamentos e programas de gravação que utiliza, ele aprendeu sozinho, com muito ensaio e pesquisas. A bateria foi o primeiro instrumento que aprendeu a tocar e que o levou à formação de algumas bandas de garagem na adolescência. Até que em certo momento, mais experiente, passou a integrar a banda Volver. Ainda nessa época, começou a projetar a ideia do seu disco solo, no qual a psicodelia já era ingrediente certo. “Sempre ia para os estúdios nos anos 90 e era tolhido. Queria usar caixa de bateria na voz, usar textura na voz, tocar guitarra de uma forma não convencional e criar uma paisagem para as composições, deixando as músicas com cara de trilha sonora”, conta ele, que tem como referência artistas como Guilherme Arantes, Beto Guedes e Flávio Venturini, além do rock dos anos 80 de A-HA, Duran Duran e Alphaville, por exemplo. “Tenho interesse pela viagem que a música pode proporcionar a quem está ouvindo, essa característica imagética”, acrescenta.

Foto Adriano Sobral

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As letras de Zeca denunciam essa preferência, sempre contando uma história, sugerindo cenários que podem criar um roteiro na imaginação do ouvinte. “Busquei conhecer melhor os trabalhos dentro


desse contexto que foram produzidos aqui em Pernambuco e encontrei o Satwa (Lailson e Lula Côrtes), Paebiru (Lula Côrtes e Zé ramalho), além de referências internacionais como The Stones Roses e Edgard Vàrese”, afirma. Quando iniciou a gravação do Estância, Zeca já tinha uma vivência maior com a música e também um repertório mais definido. Após uma temporada em São Paulo, estudando sobre produção musical e trabalhando em diversas atividades relacionadas, o músico retornou ao Recife e dedicou-se à gravação do disco. “Depois de pesquisar o significado da palavra Estância e ver que existe até um significado poético, eu defini como seria o trabalho”, explica.

Foto Fernanda Mafra

Em faixas como Estância, Clínica de Brinquedos, Volitações na Rua André Vieira de Melo e Hotel Malibu, Zeca vai guiando o ouvinte pelas lembranças e locações do bairro em que cresceu e voltou a morar há pouco. “Essa Clínica de Brinquedos existiu mesmo e era onde aconteciam muitas das festinhas da turma da rua e onde eu tocava as fitas k-7 que gravava em casa”, diz. “E em Deuses de Aço eu faço referência a uma foto famosa de um disco voador, que foi feita aqui no bairro pelo tio de um amigo meu. Como sempre me interessei por ufologia, eu quis inserir o assunto no disco. A capa também representa isso com a foto do meu quintal e a sobreposição do disco voador”, explica.

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Foto Adriano Sobral

Além do processo demorado, por ter que gravar cada instrumento e criar cada um dos arranjos sozinho, Zeca fez questão de mixar as canções com ruídos que ele mesmo gravou nos arredores de sua casa como barulho de crianças saindo da escola (1986/ wormhole) e grilos (Volitações na Rua André Vieira de Melo). “Eu acho que a grande diferença disso tudo foi que eu me aprofundei na produção. Eu já tinha gravado muitas coisas, mas não tinha mergulhado no processo de mixagem e masterização como fiz dessa vez”, avalia. Para ouvir os trabalhos de Zeca Viana basta acessar os sites http://zecaviana.bandcamp.com/ e https:// soundcloud.com/zeca-viana/sets. E para conferir o som ao vivo, é só aguardar o dia 25 de outubro, quando haverá show na Rua da Moeda, às 17h. E tem show também no Capibaribe in Rock, no dia 14 de novembro, às 22h. Contato para shows: 9918.0858 zecaviana@gmail.com

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MÚSICA Banda Tono será uma das atrações Foto Rogerio Von Kruger

12ª edição do Coquetel Molotov acontece no final de outubro O festival No Ar Coquetel Molotov traz uma programação de mais de 12h de shows com atrações como os grupos Carne Doce (GO), Omulu (RJ), Cosmo Grão (PE), Juveniles (França), Mahmundi (RJ), Sofia Freire (PE), The Raulis (PE), Thee Oh Sees (EUA) e Tono (RJ) com participação de Ney Matogrosso. O evento acontece na Coudelaria Souza Leão, com shows em dois palcos, uma feira cultural com diversos expositores, uma reunião de food trucks e interações artísticas com convidados especiais. Os portões abrem às 13h e mesmo antes da música rolar, quem chegar cedo poderá conferir as ofertas dos stands da Feira Cultural e circular pelo local que terá atividades diversas de entretenimento. Por ser realizado em uma área verde, o festival ainda realiza ações de compensação ambiental visando a sustentabilidaMÚSICA

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de, a exemplo da adoção do “Meu Copo Eco” que diminui a necessidade de copos descartáveis e resíduos. Atrações - Desde o lançamento de seu primeiro disco, “Tono auge”, no final de 2008, a banda carioca Tono, fez jus a seu nome e deu o tom da originalidade de seu trabalho. No show que acontece dentro do festival No Ar, Tono contará com a participação especial do cantor Ney Matogrosso. Marcela Vale, conhecida pelo nome artístico Mahmundi, é uma cantora e compositora carioca. Seu estilo flerta com a música eletrônica, indie, lo-fi e a poesia reflexiva brasileira, além de possuir muitas influências do pop oitentista. Outro artista está vindo para se apresentar pela primeira vez no Recife é o DJ e produtor Omulu. Antonio Antmaper é o cara por trás desse projeto com nome de uma divindade africana. Seu som, uma mistura de sonoridades underground embebidas pela cultura pop, também vem se destacando entre as experiências mais originais da música eletrônica brasileira. A banda Carne Doce lançou seu primeiro álbum em 2014. Suas canções críticas que abordam temas como sexo, infância, vida urbana e convivência, marcadas principalmente pela sonoridade de guitarras e sintetizadores. Internacionais - Uma das principais atrações é a Thee Oh Sees, banda de San Francisco, formada por John Dwyer, músico que foi integrante de diversos grupos, entre os quais, Coachwhips, Pink and Brown, Yikes e The Hospitals. O som do grupo é de rock garageiro, já tendo oito discos lançados e participações em festivais como South By Southwest e Primavera Sound. Outro convidado é o duo francês Juveniles, com sua linguagem eletro-pop em primeiro plano já foi ouvido em diversos países e idiomas diferentes. No Ar Coquetel Molotov 2015 Coudelaria Souza Leão - Várzea 31  14h Mais informações e programação completa: www.facebook.com/noarcm | www.coquetelmolotov.com.br

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LANÇAMENTOS CDS

Os Tangarás

Sandro Rogério

(81) 98801.3793

(81) 99610-3493

Os Tangarás foi idealizado pelo músico Arnaldo Francisco Neves, o Coruja, já falecido. Seus filhos, Jailson Neves e Arnaldo Neves, ambos percussionistas, deram continuidade ao trabalho. O nome vem de um pássaro de pequeno porte, com cores bem definidas e um belíssimo canto. O grupo teve início com o mestre Coruja e suas raízes são fincadas na essência do trabalho do Rei do Baião. Em 2015, os Tangarás celebram 65 anos de formação. O disco Tributo aos Tangarás tem 14 faixas do mais puro forró pé-de-serra e revisita grandes sucessos da trajetória do grupo.

Natural da cidade de Aroeiras (PB), o cantor e compositor Sandro Rogério representa o brega romântico por onde passa. Com mais de 20 anos de carreira musical, já tocou diversas cidades pelo Brasil e sempre participa de um dos maiores eventos de brega do país, chamado Bregareia, realizado em Areia (PB). No disco Amigos de Bar, Sandro faz um apanhado de diversas canções de sua autoria.

MÚSICA

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5º Tocando Pífanos Atividades de formação: MAC - Museu de Arte Contemporânea (Rua 13 de maio, Cidade Alta - Olinda) Shows: Praça Laura Nigro (Ribeira – Cidade Alta - Olinda) 2e3 Gratuito

Tocadores de pífano de todo o Brasil vão se reunir durante o 5° Tocando Pífanos, evento com atividades gratuitas e com o objetivo de promover a arte histórica do pífano e compartilhar conhecimento sobre as bandas. Durante o encontro, os realizadores do evento, os produtores Amaro Filho, Cláudia Moraes e Rafael Coelho, da Página 21, encaminharão ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) solicitação de reconhecimento das bandas de pífanos como Patrimônio Cultural do Brasil. Os documentos que embasam o pleito serão entregues ao representante do Iphan pelas mãos do consagrado pifeiro Sebastião Biano, de 96 anos, último remanescente da formação original da Banda de Pífanos de Caruaru, formada em 1924. A banda, que chegou a realizar apresentação para Lampião, destaca-se por ter sido uma das influências do movimento tropicalista da música popular brasileira. “Seu Sebastião é a memória viva do pífano e ninguém melhor do que ele para entregar ao Iphan este pedido”, afirma Amaro Filho, da Página 21. Sebastião Biano e seu Terno Esquenta Muié (SP) é, inclusive, uma das atrações do 5° Tocando Pífanos, que conta com extensa programação e envolve oficina prática de confecção de zabumbas, novenas como referência para salvaguarda das bandas de pífano e bate-papo com mestres do instrumento sobre suas trajetórias.

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Programação:

9h30  Abertura – Saudações aos pifeiros. 10h - 12h  Oficina prática de confecção de zabumbas, por José Feliciano e Basto da Zabumba 14h30 – 17h  As novenas como referência para salvaguarda das bandas de pífano, por Genaldo Barros e Eduardo Lima Neto 20h30 - 22h30  Banda de pífanos São Cristovão – Panelas/PE e Banda de Pífanos Alvorada – Caruaru/PE

3 9h30 -11h  Fala Mestre – mestres das bandas de pífanos convidadas conversam sobre suas trajetórias 11h - 12h  Lançamento de livros sobre o tema 14h30 -17h  Palestra: Patrimônio Imaterial pelo Iphan 17h10  Cortejo e entrega do documento para o reconhecimento das bandas de pífanos como patrimônio imaterial da cultura brasileira 21h  Homenagem a Manoel Ribeiro de Lima, o Mestre Lunga de Caruaru e ao maestro Egildo Vieira 22h  Grupo Musical Armorial de Piranhas – Piranhas/AL e Sebastião Biano e seu Terno Esquenta Muié – São Paulo/SP

Foto Washington Neto

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Alceu Valença – Vivo! Revivo! Teatro de Santa Isabel Praça da República, s/n – Santo Antônio 9  21h R$ 30 a R$ 60 http://www.compreingressos.com/ espetaculos/5094-alceu-valenca-vivo-revivo | 3355.3323

Alceu Valença repisa as ruas do passado com o show “Vivo! Revivo!”, que será realizado no, no teatro Santa Isabel. O espetáculo será filmado com a presença do público e lançado em DVD no próximo ano, com roteiro de Alceu Valença e direção de Lula Queiroga. No templo da música pernambucana, Alceu Valença e banda revisitam músicas que fizeram a ponte entre rock psicodélico e os gêneros agrestinos, o sertão e o underground. Em suas palavras, “um rock que não é rock”. O show reúne clássicos da trilogia essencial do cantor na década de 70 - além de Vivo!, há músicas dos álbuns Molhado de Suor (1974) e Espelho Cristalino (1977), entre elas, “Papagaio do Futuro”, “Sol e Chuva”,

MÚSICA

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“O Casamento da Raposa com o Rouxinol”, “Descida da Ladeira”, “Pontos Cardeais”, “Cabelos Longos”, “Agalopado”, “Anjo de Fogo”, “Espelho Cristalino”, “Dia Branco”. Em sua versão atual, o show foi apresentado em São Paulo, Recife e Santa Catarina (Festival Psicodália: (https://www.youtube. com/watch?v=7y2U4Yet3L0). A trupe de Vivo! Revivo! é integrada por Paulo Rafael (guitarra), Nando Barreto (baixo), Cássio Cunha (bateria), Jean Dumas (percussão), César Michiles (flauta) e Leo Stegman (viola).

Foto Lu Streithorst

bém chamada de Renana. Esta obra de Schumann é um marco, tanto em sua carreira pessoal quanto em sua concepção de música e temática. O ano que antecede sua composição é o mais produtivo de sua carreira, como ele mesmo declara em carta para o compositor, pianista e amigo Hiller. Em quase quarenta obras compostas em 1850, Schumann exploraria os mais diversos gêneros: poemas e novelas musicados dramaticamente (a exemplo do Fausto de Goethe), obras concertantes, peças para piano com objetivos didáticos (como o famoso ciclo Álbum para juventude, op.79), corais, baladas, ciclos de canções dramáticas, “poemas espirituais” para coro e orquestra e outras peças para piano solo. Ainda no programa, sob o comando do maestro Marlos Nobre, a OSR executa a ciranda de Sete notas para fagote e orquestra, de Villa-Lobos, Concerto da Orquestra sendo a primeira audição dessa obra Sinfônica do Recife no Recife. O solista desse concerto Teatro de Santa Isabel será Josias Felipe Bezerra, fagotista, Praça da República, s/n – Santo Antônio licenciado em música pela Universi28  20h dade Federal de Pernambuco. Autou Gratuito como chefe de naipe de fagote na 3355 3323 Dando continuidade ao Ciclo das Orquestra Sinfônica Jovem do Consinfonias ide Schumann, a Orquestra servatório Pernambucano de MúsiSinfônica do Recife apresenta neste ca. Atualmente é professor de fagote mês de outubro a Terceira Sinfonia no Conservatório Pernambucano de em mi bemol maior opus 97, tam- Música.

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Foto Wellington Dantas

conta com infraestrutura completa, com bar e restaurante com bebidas e comidas típicas. O espaço ainda conta com segurança e estacionamento privado.

Casa da Rabeca do Brasil Rua Curupira, 340, Cidade Tabajara Olinda 24  21h R$ 20 (Preço único) (81) 98842.2926 / 99938-1351/ 3371.8197

Conhecido como o Embaixador do Forró, o pernambucano de Floresta, Ivan Ferraz comemora este ano três décadas e meia de muito trabalho e dedicação à música nordestina. Para celebrar em grande estilo, a Casa da Rabeca foi escolhida para receber a festa. Um grande show do próprio Ivan junto com Novinho da Paraíba, Genival Lacerda, João Lacerda, Irah Caldeira, Nádia Maia, Diego Cabral e outros convidados ira marcar a data. Abertura será a partir das 21h com Iaponan Marins e Jaqueline Leite – Banda O Fino do Forró. Os ingressos estão à venda no Espaço Cultural Dominguinhos (Sábados), Pizzaria Nova Kiss (Cidade Universitária) e no local pelo valor de R$20 (Preço Único). Além dos shows, a Casa da Rabeca

Foto Divulgação

35 anos de carreira de Ivan Ferraz

Muta - Lançamento do disco “Chego Perto” Torre Malakoff Praça do Arsenal da Marinha – Bairro do Recife 23  20h Gratuito https://www.facebook.com/JulianoMuta

O recifense Muta lança seu álbum de estreia “Chego Perto”, na Torre Malakoff. O disco reúne onze das mais de cem canções compostas pelo artista nos últimos 15 anos. Uma semana antes do lançamento, o álbum será disponibilizado para download na página www.facebook.com/JulianoMuta. No dia do evento, que também contará com exposição de arte e outra atração local, o público poderá comprar o disco físico com o próprio artista.

MÚSICA

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Foto Divulgação

Música ao vivo e boemia

Juh De Paula, Bárbara Fagundes. Nas sextas e nos sábados, a programação musical inclui MPB, Pop Rock, Rocks Clássicos brasileiros e internacionais, Xote, Manguebeat e Coco. A casa abre sempre às 19h. Confira a programação semanal na FanPage no Facebook (sabordoantigo) e no Instagram (sabordoantigo).

O Sabor do Antigo boteco bar é uma opção aconchegante e segura para aproveitar o Happy Hour. Situado na rua da Guia, 89, o bar traz uma alternativa para aqueles que gostam de curtir a noite sem abrir mão de um atendimento personalizado, de segurança e de boa música. A programação musical começa a partir das quartas-feiras, com a Quarta das Paixões, reunindo futebol, música e cerveja. Nas quinta-feiras, o local recebe nomes já conhecidos do cenário musical recifense, como Nira Santos, Gerlane Lops, Bianca Menezes, Rebekka Martins, Ganga Barreto, Xuxinha e Xote Marley. Além de Jaina Elne, Jana Figarella (atuou no musical “Cássia Eller”), Katti Alves, Marcelo Ferrari, Marta Santana, Swamy Matos, Diogo Santana, Fred Simões, Thiago Paiva, Isabela Moraes, Hed Maia, Cida Maria, Tiza Diniz,

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Foto Allisson Lima

Sabor do Antigo Boteco Bar Rua da Guia, 89 – Recife Antigo Qui a Sáb  19h30

Casa Prima Livraria Cultura – Paço Alfândega Rua da Alfândega, 35 – Bairro do Recife 23  19h Gratuito 2101.4033

Show de lançamento do disco da banda caruaruense Capa Prima. Formada em 2010, pelo selo pernambucano Ipojuke Records, seu 2º álbum “Andarilho”, gravado em Caruaru/PE e masterizado em Berlim/Alemanha, com produção de Joanatan Richard. Nos cinco anos de estrada, já dividiu os palcos com grandes artistas como Arnaldo Antunes, Devotos, Nazareth e Lobão.


Foto Divulgação

Foto Divulgação

Coca-Cola Festival 3  15h Estacionamento do Shopping Recife – Boa Viagem R$ 25,00 (meia entrada) e R$ 50,00 (inteira) www.bilheteriavirtual.com.br ou lojas Chilli Beans

O evento voltado para o público teen vai contar com a presença de astros da música pop nacional. Estão confirmadas as presenças do ONZE:20, NX ZERO e FLY. A apresentação dos shows ficará por conta do Mika, ex-integrante da Banda Rebeldes, super querido do público teenager. Dentro do festival, os adolescentes poderão se divertir praticando escalada, rapel, slackline, e diversas outras atividades interativas.

Show Gospel – Deyvson Cavalcanti Teatro Apolo R. do Apólo, 121 – Bairro do Recife 3  19h30 R$5 +1Kg de alimento (81) 3355-3320

O cantor gospel Deyvson Cavalcanti apresenta o show “Pra Te Adorar”, no qual lança seu ministério, que traz o nome do artista. O evento será no Teatro Apolo, no bairro do Recife. A apresentação começa às 19h30, mas os portões estarão abertos meia hora antes. A entrada é de R$ 5 mais 1kg de alimento. Os ingressos podem ser adquiridos através da assessoria de imprensa do cantor, na bilheteria do Teatro no dia do evento ou por meio do site www.sympla.com.br.

MÚSICA

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CIRCULANDO

Cena CumpliCidades 29/10 a 30/11 Recife e Olinda www.cenacumplicidades.com.br

O festival traz em 2015 um programa de ações artísticas com foco na dança, realizado em teatros de Buenos Aires, Recife e João Pessoa, bem como nas ruas, praças e mercados do Sítio Histórico de Olinda. Sua programação, compartilhada entre as cidades, apresenta-se também como uma plataforma de estímulo ao estabelecimento de uma rede de difusão, voltada para o desenvolvimento da produção artística nessas cidades, e seu intercâmbio. Na sua programação além da produção local também integra trabalhos da França, Suíça, Espanha, Coréia e Argentina.

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RECIFE R$ 20 inteira e R$ 10 meia Vendas antecipadas no Eventick e na bilheteria dos teatros 2h antes dos espetáculos 29/10  20h Teatro Marco Camarotti Tordre Rachid Ouramdane (França) Dois solos, duas presenças solitárias que nunca se encontram, mas coexistem no mesmo espaço-tempo. Numa imersão íntima e modesta, o coreógrafo quer apreender o invisível, o que o gesto conta por si mesmo sobre o que nós somos, com o desejo de nos deixar vislumbrar o que é a realidade que expressa o dançarino, que se torna o próprio autor de sua dança. Duração:1h10| Classificação: Livre 30  20h Teatro de Santa Isabel

Immersion

Cia Carolyn Carlson (França) Carolyn Carlson, a eterna “senhora água”, mergulha na fluidez, presença intensa de profundezas insondáveis da água. Ela oferece ao público uma visão fascinante da dança dirigida pela força da vida deste elemento natural. + Burning Carolyn Carlson (França) e Won Myeong Won (Coreia) Para Carolyn Carlson a criação de um solo é antes de tudo um diálogo íntimo, sem explicação, sem palavras, em busca da nota final do gesto único e puro. Assim, Carolyn criou Burning para esse excepcional bailarino coreano. Duração: 44 min | Classificação: a partir de 8 anos. 31  20h Teatro Marco Camaroti ApersonA Cia Ioannis Mandafounis/Mamaza (Suíça) Ioannis Mandafounis se inspira no “recitativo”, que geralmente significa a parte de uma obra instrumental descritiva ou dramática; e, na música dra-

mática, o canto é entoado livremente, e a melodia e o ritmo seguem as inflexões naturais da frase falada. Transposto ao campo da dança, o recitativo constitui o quadro de ApersonA como um princípio fundamental. Duração: 55 min | Classificação: Livre 01/11  20h Teatro de Santa Isabel N(own)ow Blue Poet D.T.(Coreia) Criado pelo coreógrafo coreano Hyoseung YE, N(own) ow mostra homens trancados em uma sala. Homens objeto, homens sujeitos, homens simplesmente, com suas fraquezas, mas não sem forças, com pudor, mas não sem libido. Alternando entre o sexy e o divertido, o viril e a desilusão em um espetáculo reconfortante de amor aos homens. Duração:1h | Classificação: 14 anos 04/11  20h Teatro Marco Camarotti La Wagner Pablo Rotemberg (Argentina) Em La Wagner, quatro mulheres, como quatro Valquírias, montam-se sob a música de Richard Wagner para denunciar estereótipos e preconceitos associados à feminilidade, violência, sexualidade, erotismo e pornografia. E por que unir o seu propósito com música e figura de Wagner? Porque não há existido outro compositor mais polêmico. Sua música é das mais prodigiosas (e sensuais) que já se escreveu. Mas o seu antissemitismo feroz o condenou e a apreciação de sua música sofreu as consequências. O espetáculo coloca para rodar juntos estes dois universos, onde a provocação entrará em contato com o sublime, o irreverente com o consagrado. Duração: 1h | Classificação: 18 anos 05/11  20h Teatro Marco Camaroti Kyria Fernanda Lisboa (Pernambuco-Brasil) Inspirado em técnica de respiração voltada para limpeza do corpo e mente, o solo KRIYA, mostra a metamofose de um corpo inerte e sem autonomia, em um corpo livre e cheio de possibilidades.

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Duração:15 a 20 min | Classificação:Livre

Je te haime

Cia HURyCAN (Espanha) Je Te Haime é baseado na expressão física. É um trabalho que questiona os limites da comunicação fundamental através do movimento. Propicia uma relação com o espectador e a própria existência dos artistas em um espaço comunicativo, aberto à imaginação e às emoções.

OLINDA 31/10 e 30/11  16h às 19h Programação gratuita Praça do Carmo

Exposição Bichos Fantásticos 31  10h às 12h Praça do Carmo

Oficina Papelão de Poesia e Pipa Avoada

-rock, ska, trip-hop e guaracha. A iniciativa difundi trabalhos autorais musicais e artísticos, além de abrir espaço também para as diversas expressões da arte urbana ao utilizar plataformas inusitadas e irreverentes para exposições de graffiti, apresentações circenses, teatrais, danças, saraus e exibições audiovisuais. 08/11  15h às 17h Praça do Carmo Cena Aberta Caravana Tapioca e artistas convidados (Pernambuco - Brasil) Um palco aberto na praça e dois apresentadores excêntricos que convidam o público a se apresentar naquele momento. Circenses, músicos, poetas, atores, dançarinos e até mesmo pessoas que nunca se apresentaram em público, todos estão convidados a fazer sua performance nesse dia. O palco aberto premiará os preferidos da plateia distribuindo prêmios do fabricante de materiais circenses DYM.

31  14h às 17h Praça do Carmo

17h30

Oficina Para a Palavra e Imagin(Ar)

Cia Hurycan (Espanha)

Te Odiero

01/11  15h às 20h Praça do Carmo

18h

Passarinhando Cumplicidades / Maratona de Histórias + Exposição Bichos Fantásticos

Caravana Tapioca (Pernambuco - Brasil)

07/11  15h às 18h Alto da Sé

Conexão com o Show das Fadas Magrinhas + Exposição Bichos Fantásticos 07/11  14h às 22h Praça do Carmo Sasquaravana “Projeto Independente de Circulação e Difusão de Música Autoral” Sasquat Man (Olinda - Brasil). Apresenta na Sasquaravana músicas autorais com sonoridades elaboradas que transitam pelo afro-beat, samba-

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Cavaco e sua Pulga Adestrada 07/10  15h Alto da Sé

Matraquinhas em Ação - Um Batepapo radiofônico!

Mariane Bigio e Cláudia Bettini (Pernambuco - Brasil) 16h

As Fadas Magrinhas (Pernambuco - Brasil) 18h

João Paulo Albertim - Toca Pernambuco (Pernambuco-Brasil) 19h


Orquestra Contemporânea de Olinda (Pernambuco- Brasil) 8/11  15h Alto da Sé

Te Odiero - Cia Hurycan (Espanha) 16h:30

Luzia no caminho das águas -Grupo Engenho de Teatro (Pernambuco – Brasil) 18h

Samba de uma vida só-Carlo Gill e banda (Pernambuco- Brasil) 8/11  16h às 18h Escadaria da Igreja da Misericórdia Canto Aberto Encontro de Corais 8/11  15h Saída: Praça do Carmo

Caminhada Cultural Atrelando atividade física à cultura, história e arquitetura, a ação conta com a participação da equipe de personal trainer da Nteam e monitores de turismo. 31/10 e 01,07,08/11  15h às 19h Saída das vans: Biblioteca Pública de Olinda – Praça do Carmo Circuito Cumplicidades de Ateliers

Bazar Copi Pop da Madame Garbo Casa da Encruzilhada Rua Dr. José de Sá Carneiro, nº60 Encruzilhada 3  11h às 20h Entrada gratuita 99735.4241

A segunda edição do evento, reali-

zada pelo Coletivo Angu de Teatro, continua com o objetivo de levantar fundos para a montagem do espetáculo “O Homossexual ou a Dificuldade de expressar-se”, do autor Copi. No bazar haverá novas peças à venda – entre roupas, sapatos, acessórios, CDs, DVDs – e, ainda, os drinks especiais do cubano Marcos Livan, cerveja geladíssima e refrigerante para as crianças. As comidas ficam por conta de André Brasileiro, que inclui no cardápio: sarapatel, bobó de bacalhau e sanduíche de pernil com mostarda de dijon. O dia festivo terá um pocket show do cantor Gonzaga Leal, com participação de Ceronha Pontes e os DJs Cláude Marmottáge e Marcondes Lima serão os responsáveis pela playlist musical durante o evento.

X Semana Municipal de Ciência e Tecnologia (SMCT) 19 a 25

Espaço Ciência, Econúcleo Jaqueira Jardim Botânico do Recife, Museu de Ciências Nucleares, JCPM Recife, ETE – Escola Técnica Miguel Batista (Parque Macaxeira). *Até o fechamento desta edição, a programação ainda não havia sido definida. Informações: 3355.8176

Evento que já faz parte do calendário fixo da Prefeitura do Recife, está em sua décima edição e acontece de 19 a 25 de outubro. Em referência ao Ano Internacional da Luz, em 2015 o tema

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Show Folclórico Ter  21H Restaurante Catamaran Cais das Cinco Pontas, s/n 34242845 / 999734077 R$ 40

Todas as terças, o restaurante Catamaran oferece um grande show com um balé que apresenta ao público a diversidade e beleza dos ritmos da cultura nordestina: xaxado, maracatu, coco, ciranda, caboclinho, frevo e forró. O espetáculo tem duração de aproximadamente duas horas.

Foto Divulgação

é “Luz, Ciência e Vida”. A semana visa promover o debate de temas ligados às atividades científicas, culturais, históricas e tecnológicas valorizando a criatividade, inovação, entre outros. Não apenas jovens e crianças, mas a comunidade como um todo despertam para conhecimentos através de gincanas e experimentos com robótica e campeonatos de matemática. O trabalho é realizado em parceria com Secretarias e órgãos da Prefeitura e este ano a discussão será levada às academias e empresas privadas. A semana conta com palestras, oficinas, atrações musicais, mostras científica e fotográfica, trilhas ecológicas. A abertura será no Parque Jiquiá (19/10) e encerramento no Recife Antigo (25/10), aproveitando o Recife Antigo de Coração.

Sarau da Frida Bar Sushi Digital

Rua da Moeda, 122 - Bairro do Recife Ter  19h Gratuito Várias atividades acontecem durante as noites do Sarau, como vendas de vinis, brechó e feira de antiguidades, além de palco aberto para o público cantar e declamar poemas durante a noite. Comandado pela empresária Irene Valença, conhecida como Frida, por se caracterizar como a pintora mexicana, o evento acontece na Rua da Moeda a partir das 20h e é gratuito. A noite ainda conta com música ao vivo, em show aberto ao público.

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Tour Rio Capibaribe e suas Pontes Restaurante Catamaran

Cais das Cinco Pontas, s/n | 34242845 / 999734077 Seg a Sex  16h e 20h (reserva prévia) Sáb  11h, 14h30, 16h, 17h30 e 20h Dom  11h, 14h30, 16h e 17h30 Adulto: R$ 40 Criança 6 a 10 anos: R$ 25 e 0 a 05 anos: gratuito Nesse tour, a Cidade do Recife pode ser observada por um ângulo dife-


Foto Inaldo Lins

rente, ou seja, das águas do rio Capibaribe, ao longo do qual o observador percorre as três ilhas do Centro do Recife (Santo Antônio, Bairro do Recife e Boa Vista) e passa por baixo de cinco pontes (Pontes 12 de Setembro, Maurício de Nassau, Manuel Buarque de Macedo, Princesa Isabel e Duarte Coelho). Durante o city tour aquático, os visitantes apreciam belas paisagens de vários pontos turísticos, tais como o Parque de Esculturas de Francisco Brennand, a Praça do Marco Zero, o Paço Alfândega, o Ginásio Pernambucano, a Assembleia Legislativa, o Teatro de Santa Isabel e o casario da Rua da Aurora. A bordo, os visitantes contam com a presença de um guia que relata histórias e curiosidades sobre o Recife.

Feiras do Prodarte 33558755

O Programa de Desenvolvimento do Artesanato (Prodarte) promove feiras de artesanato em diversos pontos da capital pernambucana. A iniciativa, realizada desde 1987, tem como objetivos de apoiar os artesãos cadastrados no programa; fortalecer a geração de renda e divulgar Tour Recife e seus Bairros a cultura da cidade. Fibras, tecidos, Restaurante Catamaran Cais das Cinco Pontas madeira e couro são alguns dos maDomingos  10h (reserva prévia) teriais selecionados pelos artesãos – Passeio com duração de que dão vida à grande diversidade aproximadamente duas horas. de peças. Adulto: R$ 55 Feira Lagoa do Araçá Criança 6 a 10 anos: R$ 30 | 0 a 05 anos: 1º e 3º Sábados  15h às 21h gratuito Feira Casa Forte 34242845 / 999734077 O passeio contempla as paisagens 2º e 4º Sábados  15h às 21h urbana e natural da cidade, passan- Feira do Capibaribe – Sede da do por 14 bairros do Recife, entre Prefeitura do Recife eles, os contemporâneos e outros Três últimos dias úteis do mês  8h às bem antigos que, erguidos durante 15h o período colonial, mostram-se ain- Feira Parque Dona Lindu da belas edificações, hoje tombadas, Sáb e Dom  14h às 21h que mantêm conservada a paisagem secular do Recife. CIRCULANDO

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prévio. Além das instituições de ensino, grupos particulares, empresas e turistas também podem agendar a visitação. Com o mais completo acervo sobre o período Brasil-Holanda do mundo, o IRB, na Várzea, propõe-se a ser uma extensão da sala de aula. Lá os estudantes têm acesso ao castelo de armas, à biblioteca, à pinacoteca, entre outros espaços. O IRB abre semanalmente, de terça a domingo.

Foto Andréa Rêgo Barros

foto Andréa Rêgo Barros

Feira de Boa Viagem Seg a Dom   14h às 22h Feira Prodarte na Rua - Recife Antigo (Avenida Barbosa Lima) Dom  14h às 21h

Visitas monitoradas ao Instituto Ricardo Brennand Engenho São João, s/n – Várzea (Alameda Antônio Brennand) Ter a Dom R$ 7 (para escolas agendadas) | R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) Crianças com até sete anos não pagam 21210352

O Instituto Ricardo Brennand oferece visitas monitoradas para grupos escolares de instituições privadas e públicas. O intercâmbio entre o museu e as instituições de ensino acontece de terça a domingo, mediante agendamento. Realizadas por monitores capacitados, o atendimento serve para prestar maior assistência aos visitantes. Escolas públicas têm entrada gratuita. Para escolas privadas, o bilhete custa R$7, ambas, porém, precisam de agendamento

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Visitas guiadas ao Teatro de Santa Isabel Praça da República, s/n – Santo Antônio Ter e Dom  14h às 17h Gratuito 33553323 | 33553324

O projeto pretende apresentar o Teatro de Santa Isabel, tombado como Patrimônio Histórico e Artístico desde 1949, contando sua história e curiosidades, como forma de contribuir para a formação de cidadãos aptos a respeitar e cuidar do bem cultural. Ao final de cada visita, os participantes assistem a uma apresentação artística. O passeio, gratuito, acontece das 14h às


17h e não precisa ser agendado. O último grupo de visitantes começa o passeio até meia hora antes do horário de encerramento das visitas. Já grupos que queiram conhecer de perto mais detalhes sobre a arquitetura e história do centenário Teatro, podem participar do Projeto de Educação Patrimonial. Escolas, ONGs, centros comunitários, grupos artísticos e outros do gênero devem-se inscrever pelo e-mail: teatrodesantaisabel.educativo@gmail.com (para passeios a serem realizados às terças-feiras no turno da tarde).

Feira de Antiguidades do Museu do Estado Museu do Estado Av. Rui Barbosa, 960 – Graças Último domingo do mês  10h às 18h Gratuito 31843170

Sempre realizada no último domingo de cada mês na área externa do Museu, a feira acontece há mais de 20 anos. A participação como vendedor é exclusiva para os antiquários

cadastrados, mas o evento é aberto ao público em geral. São expostas e comercializadas peças de mobiliários, joias, relógios, peças decorativas de prata, porcelanas, cristais, moedas antigas, quadros e imagens sacras. Uma oportunidade para um dia de lazer, cultura e bons negócios.

City Tour Recife Mal-assombrado Travessa do Amorim, 66 – Bairro do Recife Sáb  18h R$ 45 3039.0100

Inspirado no passeio executado uma vez por mês pela Prefeitura da Cidade do Recife e nos city tours assombrados realizados em Edimburgo e Londres, o roteiro inclui visitas a teatro, praças, museus, antigas prisões, mansões e ruas que foram palcos de mistérios e lendas de assombros. Todos relatados em livros ou em contos. Durante o trajeto, o público assiste de perto a representação das histórias mencionadas no passeio. Todas encenadas por atores. Dentre os equipamentos que fazem parte dos nossos roteiros, estão: o Museu da Cidade do Recife, Teatro de Santa Isabel, Arquivo Público Estadual de Pernambuco. Os passeios acontecem aos sábados, começando às 18h, saindo da Praça do Arsenal. O roteiro é percorrido com pequenos trechos a pé e deslocamento em ônibus rodoviário.

CIRCULANDO

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A arte indígena de Rico Baré

PERFIL DO ARTESÃO

Por Texto: Erika Fraga Fotos: Ítalo Santana

Sementes naturais, fibras, folhas e plumas... Elementos que muitas vezes não são tão valorizados, nas mãos do artesão Wanderlan da Silva viram lindos acessórios como pulseiras, colares e brincos. Wanderlan, mais conhecido por Rico Baré, índio natural da tribo Baré de Manaus, aprendeu desde cedo a valorizar a natureza e tirar dela o seu sustento. Radicado em Pernambuco, há mais de 20 anos, Rico mora em Águas Belas, Agreste Pernambucano, e é casado com uma índia Fulni-ô.

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Há mais de duas décadas trabalhando com artesanato ele se inspira na natureza para fazer suas biojóias. “Exceto minha mãe, todos da minha família são artesões. Minha esposa, por exemplo, trabalha com cestaria feita a partir do trançado de fibras. Já nascemos com esse contato com a natureza, não tem como explicar.”, revela. Segundo Rico essa arte indígena se tornou conhecida há menos de 15 anos. O processo de produção é muito artesanal, começa lá na mata em busca das sementes. “Pego a semente bruta e faço todo o tratamento de limpeza, polimento, tingimento para só então começar a fazer o que a imaginação mandar.”, detalha. Rico vende os acessórios na Casa da Cultura de Pernambuco, ele reveza o box com um amigo também de Águas Belas. Os produtos possuem um valor acessível, é possível comprar uma pulseira a partir de dez reais, já os colares tem um preço médio de 30 reais. “Meu trabalho é bem variado é

PERFIL DO ARTESÃO

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difícil alguém chegar não gostar de um modelo ou das cores, mas caso o cliente peça algo diferente eu faço na hora.”, afirma. O artesanato de Rico é divulgado boca a boca, ele não possui estratégia de divulgação, nem de redes sociais ele gosta, por isso, afirma que a melhor maneira de tornar a sua arte conhecida é por meio das feiras de artesanato. Ele viaja por quase todo o Brasil para participar desses eventos, aqui em Pernambuco, ele participou de quase todas as edições da Fenearte, agora em novembro ele irá ao Canadá para participar de um evento. “A minha ida ao Canadá é fruto de uma parceria com uma ONG não governamental, que está levando várias pessoas para mostrar o seu trabalho. De Pernambuco foram selecionados três índios, eu como artesão, um professor e um estudante de direito.”, conta. Segundo Rico seu público maior é formado por brasileiro, mas aos poucos ele está conquistando os turistas. Arte indígena Rico Baré 97910.2201 |98208.4002 | 99964.4099

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Galeria Janete Costa Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem 3355-9832 | galeriajanetecosta@gmail. com Ter a sex  12h às 20h Sáb e dom  14h às 20h Até 04 A mostra do artista plástico Demetrio Albuquerque é um convite para uma viagem simbólica pela arte da escultura através do conhecimento de uma de suas matérias básicas, a pedra, que é forjada pela natureza, se desfaz em sedimento, através das intempéries, se transforma em argila e renasce pela ação seletiva do homem. Dentro do programa do Núcleo de Formação da Galeria Janete Costa, a coordenadora Carol Chaves Madureira traz a Fala do Artista, com Demetrio Albuquerque, fazendo um bate-papo com o público sobre o processo de criação da Exposição. Durante os finais de semana será oferecida a oficina Gente de fio colorido. A oficina é gratuita e livre para todos os públicos, tem a proposta de modelagem a partir dos arames coloridos. Oficina e projeto Fala do Artista - Sábados e Domingos das 17h às 18h.

Profanações

ARTES VISUAIS

O Caminho da Pedra

Fundaj Casa Forte Galeria Massangana / Edf. Francisco Ribeiro Até 11 A exposição reúne três vídeos do artista mineiro Pablo Lobato: Bronze revirado (2011), Folia (2012/2015) e Corda (2014). Embora os trabalhos sejam diferentes se bastando na individualidade, quando aproximados no espaço expositivo eles ressaltam algo que atravessa e informa essas e outras produções do artista: o gosto pelo ordinário e por operações vernaculares que traduzem, a seu modo, aquilo que, por tanto tempo, teve seus sentidos controlados pela esfera do sagrado.

Pajelança Ateliê Esquina 40, Rua Bernadete Barreto, n° 160, Piedade 8h às 12h e das 13h às 17h Até 16 Gratuito A mostra une artistas gráficos que transferem para o papel impressões de gravuras em suporte como litografia na pedra, xilogravura na madeira e gravura em matriz de metal e água forte. O objetivo é reconhecer uma das primeiras formas de registro da comunicação do homem. As obras são

ARTES VISUAIS

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assinadas por Maraçane de França, Rinaldo Tinha Cunha, Daniel Samico, Catarina Bivar, Yara Tenório, Fernando Kehrle, Nicola, Marcos Medeiros. Os artistas plásticos são moradores do Recife, de Olinda e da cidade de Ipojuca. Eles recebem como convidado o professor Sebastião Pedrosa, que possui participação em várias exposições de gravuras no Brasil e na Europa e tem se dedicado à produção de arte e à pesquisa na área de arte-educação e processos criativos em arte.

um conjunto de 130 obras de 29 artistas, que remontam aos anos de 1940 a 1970, quando, na esteira do modernismo europeu e americano, fotógrafos brasileiros entraram na discussão sobre os limites da arte fotográfica. Instalada em dois andares do museu Moderna para Sempre tem obras consideradas raras, como a Bailarina do Balé da Juventude UNE, Rio de Janeiro- RJ realizada por Thomaz Farkas em 1947, exposta pela primeira vez fora do instituto. Entre outras obras que atestam este acervo como o mais importante em registro modernista brasileiro, estão um conjunto de dez fotografias abstrato-geométricas de Ademar Manarini, a obra Arabescos em Branco (1960) e A Folha Morta (1953), de Gertrudes Altschul, rara representante do gênero feminino no fotoclubismo da década de 1940.

Talento e Criatividade Moderna Para Sempre Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam) Rua da Aurora, 265 – Boa Vista 3355.6870 /3355. 6871 Ter a sex 12h às 18h |Sáb e dom13h às 17h Até 18 A exposição tem curadoria de Iatã Cannabrava, e mergulha no movimento fotoclubista brasileiro, lançado no final da década de 1930. Ela é composta por

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Marante Plaza Hotel Av. Boa Viagem, 1070 - Pina 3468 8799 Até 20 Gratuito Com curadoria de Sebastião barbosa a exposição trará obras de vários artistas plásticos, entre eles, dos artistas plásticos: Claudia Alves, Eliane Arraes, Fabiana Moraes, Germano, Iracema Buarque, João Luiz Mascarenhas, Lindolfo Nicéas, Marco Santos, Natalia Gil, Sérgio Birukoff.


“Inimigos” do artista Gil Vicente. Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam) Rua da Aurora, 265 – Boa Vista Ter a sex  12h às 18h Sáb e dom  13h às 17h Gratuito O Mamam foi vencedor do Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça/ Funarte 2014 para acervos públicos do Brasil. O incentivo contemplou a série “Inimigos”, composta por 10 desenhos em carvão sobre papel. Antes de ser premiada, a série foi exibida no Recife, Natal, Campina Grande, Porto Alegre e na “29ª Bienal de São Paulo”, em 2010.

Exposição Esporte e Movimento Caixa Cultural Recife Avenida Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife 3425 1900 | 3425 1915 Início14 Ter a sáb 10h às 20h. | Dom 10h às 17h Gratuito A exposição é uma seleção de aproximadamente 2 mil itens da coleção de mais de 70 mil artefatos esportivos pertencentes a Roberto Gesta Melo. A mostra inclui selos, moedas, troféus, tochas, fotografias, vídeos, medalhas originais e outros objetos relacionados ao esporte. É a maior coleção privada de artefatos esportivos do mundo.

Preservar Igarassu Sobrado do Imperador Rua Barbosa Lima, 122, Sítio Histórico, Igarassu 3545 0537 | 3545 0307 Seg a sex  9h às 12h, e 13h às 17h Gratuito A exposição marca a inauguração oficial da Casa do Patrimônio/Iphan na cidade. E pretende promover o patrimônio histórico, cultural e paisagístico do município por meio de painéis expositivos, exibição de vídeo / documentário, peças representativas do seu patrimônio imaterial e apresentação de importantes expressões culturais da cidade. Durante a permanência da Exposição serão realizadas diversas atividades culturais e de cunho educativo a serem desenvolvidas em conjunto com a sociedade e a Rede de Parceiros da Casa do Patrimônio/Iphan em Igarassu.

ARTES VISUAIS

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Chávez Siembra de Patria Cosecha de Revolución

Exposição de fotografias Italianas

Consulado Geral da República Bolivariana da Venezuela em Recife Av. Conselheiro Aguiar, 597, Boa Viagem 3131 8150 ( agendamentos para grupos e escolas) Seg a sex  9h às 12h e 14h às 16h Gratuito O Consulado da Venezuela em Recife, celebrando o intercâmbio cultural entre povos irmãos do Brasil e da Venezuela, apresenta a exposição Chávez Siembra de Patria, Cosecha de Revolución, com mostra fotográfica concebida pelo artista Oscar Aramendi. Serão vistos momentos impactantes da vida do líder Hugo Chávez, da história recente do país, sua cultura política e a luta pela integração latino-americana. O público também terá acesso ao livro Hugo Chávez, uma Biografia que é Como um Conto em linguagem infanto-juvenil traduzido à língua portuguesa.

nstituto de Cultura Brasil-Itália Rua Marques Amorim, 46 – Boa Vista Ter a sex  9 às 21h Sáb  9h às 13h Gratuito

Retratos, desenhos de Leonardo da Vinci nstituto de Cultura Brasil-Itália Rua Marques Amorim, 46 – Boa Vista Ter a sex  9 às 21h Sáb  9h às 13h Gratuito A exposição é composta por diversos desenhos do famoso artista italiano Leonardo da Vinci. Durante a visita, é possível ver um documentário sobre o artista e sua produção e fazer consulta a livros e publicações a respeito do mestre renascentista.

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Originais de fotógrafos italianos sobre as paisagens do seu país. Participam da mostra os fotógrafos: Wanda Tucci Castelli, Lino Ghidoni, Renato Guidi, Bruno Baraccani, Carlo Florentini, Gianni Bracci, Enzo Guarguagli, Angelo Savoca, Claudio Marcozzi, Renato Pennuti, Angelo Movizzo e Nando Chiappetta.

Imigração italiana no Brasil nstituto de Cultura Brasil-Itália Rua Marques Amorim, 46 – Boa Vista Ter a sex  9 às 21h Sáb  9h às 13h Gratuito Quadros com gravuras, cópias de documentos e imagens que exibem um bom acervo sobre a presença dos imigrantes italianos no Brasil e sua contribuição para a nossa cultura. É possível consultar livros, revistas e jornais sobre a presença italiana no nosso país e no mundo.

Arquitetura de Veneza e de Florença nstituto de Cultura Brasil-Itália Rua Marques Amorim, 46 – Boa Vista Ter a sex  9 às 21h Sáb  9h às 13h Gratuito A exposição contém imagens gráficas da arquitetura das cidades italianas.


CLIC 63

Recife Concreto por Ă?talo Santana


CINEMA E VÍDEO

Nua por dentro do couro Direção: Lucas Sá. Ficção / Cor / 21’ / 2014 / MA. Ela protege sua carne, mas seu couro começa a cair. Caradecaballo

Itinerância da Mostra Curta Vazantes: Cinema em Comunidade 20 a 23  19h Lona de Circo armada no Campus da Universidade Católica de Pernambuco

Direção: Marc Martínez Jordán. Ficção / Cor / 8’ / 2014 / Espanha. Thriller, horror, comédia, ficção científica e drama animal. Orçamento de € 20 e protagonizado por minha avó e eu. Usuário Desconhecido

Classificação 12 anos

Direção: Sandro Azevedo. Ficção / 18’ / 2014 / MG. Julia expõe sua vida em uma rede social. Após se mudar para um apartamento, ela comemora com alguns amigos em sua casa. Quando todos vão embora, um estranho ataca seu perfil virtual. Mais tarde, a ameaça tornase real: mascarados invadem sua casa.

Timothy

Dia Estranho

Direção: Marc Martínez Jordán. Ficção / Cor / 9’53” / 2013 / Espanha. Simon é um garotinho que tem de lidar com sua babá, Sônia, completamente chata. Mas naquela mesma noite ele receberá a visita de um visitante inesperado, Timothy, o personagem principal do programa favorito de Simon, uma visita que ele jamais esquecerá.

Direção: Flávio Ross. Ficção / Cor / 12’30” / 2014 / SP. O filme conta um dia na vida de Rafael, que vive de entregar coisas. Ele é contratado por Arnaldo um cara estranho e excêntrico, para um serviço inusitado: levar, preso em seu pescoço, um colar, e pegar uma caixa preta com uma mulher e trazê-la de volta para o seu contratante. Dois serviços para uma única pessoa, num único local. Lucro em dobro. Mal sabia Rafael que iria começar a viver um dia estranho. E com ele a urgência daqueles que contam com pouco tempo de vida. O curta é construído por elipses e flashbacks gerando uma espécie de looping na história com um final surpreendente. Pode haver uma escolha que mudará o destino de Rafael? O Segredo da Família Urso

20  19h – SESSÃO NA CALADA DA NOITE

Tuck Me In Direção: Ignacio F. Rodó. Ficção / 1’ / 2014 / Espanha. Alex pede a seu pai para cobri-lo, mas isso não é a única coisa que ele pede. Pedaços

Direção: Athanasios Kalogiannis. Ficção / Cor / 17’ / 2013 / SP. Pedaços de um pesadelo invadem a mente de uma mulher e ela não Direção: Cíntia Domit Bittar. Ficção / Cor consegue mais distinguir o que é realidade e / 20’17” / 2014 / SC. 1970, ditadura militar o que é sonho. brasileira. Geórgia, uma menina de 8 anos, está intrigada: um dia, seu quartinho de 64  SET 2015


brinquedos aparece trancado. Longe dos olhos dos pais e de sua velha babá, Geórgia consegue abrir a porta: há alguém lá dentro. 21   19h – SESSÃO FRIDA DE GÊNERO E DIVERSIDADE

as personagens da infância de Paula Lice. Atriz, dramaturga e mulher, Paula conta com o apoio das madrinhas para resgatar Jéssica e realizer o desejo de ser transformista.

Classificação 12 anos

Direção: Lindebergue Vieira. Ficção / Cor / 20’ / 2013 / RJ. Quebra de contrato é a história da rota percorrida por Laura e seu marido Nestor em busca da tão sonhada maternidade. Apresentada por seu filho e seu neto, essa trajetória ,ou comédia da vida real, no fundo é uma versão livre das opções e decisões, por vezes esdrúxulas, tomadas por aqueles que têm na infertilidade um obstáculo para realização do seu sonho.

Cancha - antigamente era mais moderno

Quebra de contrato

Direção: Luciano Mariz. Documentário / Cor / 18’ / 2014 / PB. Pedro Souto Guimarães, conhecido também como “Pedro Cancha” se permite viver realisticamente até suas fantasias mais ficcionais, tão reais, quanto seus passeios em plena década de 1970, no centro de Campina Grande-PB, com sua saia que se fazia discreta ao se comparar com sua presença 22  19h – Sessão Dia Estrelado performática. Classificação Livre A Visita

Dia Estrelado

Direção: Leandro Corinto. Ficção / Cor / 7’48” / 2014 / RJ. Matheus vive com seu tio Theo, a quem chama de pai. Seu verdadeiro pai foi morar no exterior quando ele era muito pequeno, então ele sequer tem lembranças dele. Hoje, Matheus finalmente receberá a visita de seu verdadeiro pai.

Direção: Nara Normande. Animação /17’ / 2011 / PE. Em um lugar inóspito, um menino e sua família lutam por sobrevivência. Gadanthara

Direção: Larissa Fernandes. Ficção / 15’17”/ 2014 / GO. Após a descoberta de uma caixa com o passado dos pais, Beatriz fica em dúvida e sai em busca de uma resposta.

Direção: Filipe Dilly. Animação / Cor / 7’ / 2014 / MG. Gadanthara é um simpático funcionário da Biblioteca de Pormenores. Sua Função é divulgar os editais desta instituição secular. Porém, a Biblioteca de Pormenores está encerrando suas atividades e o manda para pregar um último edital, uma última chance para a humanidade inscrever seus pormenores. O filme mostrará a noite em que Gadanthara tenta pregar os cartazes deste último edital, e não ia ser fácil. A cidade de San Corisco, para onde ele é enviado, está completamente tomada por outros cartazes e a poluição publicitária deixou a região inteira um pouco agressiva.

Jessy

Fuga animada

O Melhor Amigo Direção: Allan Deberton. Ficção / Cor / 18’ / 2013 / CE. Sábado, primeiro dia de férias. Lucas e Felipe decidem ir a praia. Uma carta para Heitor

Direção: Rodrigo Luna. Doc / 15’ / 2013 / BA. direção: Augusto Bicalho Roque. Animação Jéssica Cristopherry. Assim se chamavam todas / Cor / 4’ / 2013 / SP. Um animador de 2D CINEMA E VÍDEO

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tradicional e seu personagem entram em um conflito travado através de exercícios de animação quando a criatura é maltratada e foge para fora do papel. Porém, seu criador o persegue, enquanto passa por diferentes técnicas de animação até assumir sua forma em massinha e ser encurralado pelo animador, que consegue capturá-lo e devolvê-lo ao papel.

Elmando

Joana

Direção: Henrique Faria. Ficção / Cor / 11’ / 2014 / PR. Lalá (Ariane Gomes), não consegue dormir durante uma noite de tempestade. De forma lúdica e carinhosa, sua mãe Eugênia (Letícia Sabatella) lhe ensina a não temer o fenômeno da natureza, ao mesmo tempo em que conversa com a filha sobre a perda do pai.

Direção: Anton Octavian. Animação / Cor / 3’ / 2014 / Romênia. Conta a história de uma jovem criança congolesa, nascida perto da floresta de Kivu. O balé da chuva

Direção: Daniel Pinheiro Lima. Animação / Cor / 6’ / 2013 / MG. Joana é uma criança solitária, não sabemos se vive nas ruas por abandono ou por vontade própria, talvez ela tenha fugido de casa. Ela acredita ter o poder de controlar a chuva, mesmo quando pega de surpresa. Joana passa os dias entre pequenos furtos e jogando 23  19h – SESSÃO A ÚLTIMA água fria para os lados. REUNIÃO DANÇANTE A pequena vendedora de fósforos Classificação livre

Direção: Kyoko Yamashita. Animação / Cor / 9’13” / 2014 / RS. O filme é uma versão sub- A Última Reunião Dançante tropical moderna do conto clássico de Hans Direção: Lisandro Santos. Animação / 12’45”/ Christian Andersen. 2012 / RS. Jonas ficou em recuperação na escola e suas maiores preocupações são pasMenino Lua, Menina Lua sar de ano e ficar com a menina que ele gosta. Direção: Almir Correia. Animação / Cor / 4’33” Faltam poucos dias antes que todos saiam de / 2013 / PR. Uma menina lua. Um menino lua. férias e sua grande chance de se dar bem Dois guarda-roupas. Várias tentativas de se co- está na última reunião dançante do ano. Uma municar. E nossa homenagem a George Méliès. história com dilemas típicos da puberdade, medos, o primeiro amor e o verdadeiro valor da amizade. O menino que sabia voar Direção: Douglas Alves Ferreira. Animação / Cor / 11’ / 2013 / SP. Um menino de apenas sete anos de idade está em coma. Apesar da tristeza de sua situação, a natureza de seu espírito infantil não é afetada e ele voa livre e vive grandes aventuras!

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A Fábula da Corrupção Direção: Lisandro Santos. Animação / 8’15” / 2010 / RS. Em um armazém de beira de estrada, um homem vive em paz com seus animais de estimação: o cão, o gato e o jumento. Mas ele não suspeita que há outros moradores no porão...


Cabeça de Papelão

CINE CLUBE BRASIL-ITÁLIA

Direção: Quiá Rodrigues. Animação/20’/2012/ Entrada gratuita RJ. Antenor é absolutamente sem importância Toda sexta-feira  9h, 15h, 17h, 19h social e diferente dos demais. Percebendo que a razão de seus problemas é sua cabeça, ele decide trocá-la por uma de papelão. La Valse Mécanique Direção: Julien Dy Kmans. Animação / 5’ / 2015 / França. Numa manhã escura e chuvosa, as pessoas fantoche caminham para o trabalho. Como todos os dias a rotina nunca muda, os gestos são repetidos e os olhares nunca se cruzam. Estão eles conscientes de que todos os seus movimentos são controlados e cuidadosamente observados? Vida Maria Direção: Márcio Ramos. Animação / 8’35” / 2008 / CE. inopse: Maria José, uma menina de 5 anos de idade, é levada a largar os estudos para trabalhar. Enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos, envelhece. Sophia Direção: Kennel Rogis. Ficção / 15’ / 2013 / PB. Na busca por entender melhor o universo de Sophia, Joana, mãe dedicada, passa por belíssimas experiências sensoriais. Uma singela história de amor cercada de poesia visual e sonora. FACING OFF Direção: Maria di Razza. Animação / 8’ / 2014 / Itália. Uma mulher decide entrar no circuito de cirurgia plástica para mudar sua vida. Após passar por diversas cirurgias continua mais insatisfeita.

Irmão Sol, Irmão Lua 02 Diretor: Franco Zeffirelli. Ano: 1972. Duração: 2.15m. A trajetória da vida de São Francisco de Assis (Graham Faulkner), que quando jovem era filho de comerciantes ricos e desfrutava de vinho, mulheres e canções sem ter nenhuma preocupação. Quando a guerra e a doença assolam a região onde vive, ele sofre uma grande transformação. Ao aparecer diante do bispo local e tirar suas roupas renuncia sua vida prévia para se dedicar a Deus.

CINEMA E VÍDEO

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Ano da fúria 23

Desculpas se te chamo amor 09 Niki é uma bela garota, é divertida, é inteligente. Tem 17 anos. Alex é um “garoto” de quase 37. Separou-se há pouco, e sem uma razão clara, de sua noiva. Publicitário com grandes responsabilidades vê-se em crise no trabalho. Os dois se cruzam casualmente num pequeno acidente de trânsito. Niki gosta de Alex, Alex acha Niki divertida..

Em janeiro de 1978 o jornalista David retorna a Roma para mais uma vez colaborar com o jornal American News, dirigido por Pierre com grande economia de recursos. Naquele momento Roma é tomada por atentados terroristas organizados pelas Brigadas Vermelhas, sendo que a situação caótica também é vivenciada por Alison, uma fotógrafa free lancer que está no local. Diretor: John Frankenheimer Ano: 1991. Duração: 1.51m

O último beijo 16

Diretor: Gabriele Muccino. Ano: 2003. Duração: 1.58m Após vários anos de namoro, Carlo enfim resolve se casar com Giulia,, após ela engravidar. Às vésperas do casamento, Carlo percebe que uma jovem de apenas 18 anos com quem flertou na festa de um amigo pode ser sua última chance de liberdade antes de assumir as responsabilides de marido e pai.

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O Mercador de Veneza 30 Diretor: Michael Radford. Ano: 2004. Duração: 2.18m Na cidade de Veneza, no século XVI, pede a Antonio o empréstimo de três mil ducados para que possa cortejar Portia, herdeira do rico Belmont. Antonio é rico, mas todo seu dinheiro está comprometido em empreendimentos no exterior. Assim ele recorre ao judeu Shylock , que vinha esperando uma oportunidade para se vingar de Antonio.


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Gigolé

Por: Erika Fraga Fotos: Ana Estela Braga

Criada há dois anos, a marca de acessórios femininos, Gigolé desenvolve produtos de forma artesanal, dando um ar de exclusividade a cada peça. Furto de uma parceria entre as irmãs Cibele e Priscila Duarte, a marca que surgiu despretensiosamente hoje coleciona uma grande clientela. As irmãs, naturias do Crato/CE, escolheram um nome bem regional para a marca, Gigolé na realidade significa tiara de cabelo. “Moramos no Recife há mais de dez anos e quando chegamos todo mundo achava estranho quando falávamos gigolé, até tiravam onda. Então achamos legal colocar esse o nome na marca.”, lembra Cibele. Para as meninas foi tudo uma grande surpresa, não imaginavam que o simples hobby de fazer bijuterias tomaria essa proporção e teria uma aceitação

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tão grande. “Desde pequena criávamos acessórios e foi uma surpresa quando as pessoas começaram a producar as nossas peças, foi tudo inesperado, então estamos em busca de qualificação agregando novos conhecimentos para produzir cada vez melhor as peças e até mesmo para administrar melhor o negócio.”, conta Priscila. As atividades são bem distribuídas entre elas, Priscila cuida de toda parte administrativa e também da produção, já Cibele é responsável pela criação dos acessórios. Como tudo é muito artesanal as meninas se preocupam com o bem estar das clientes, cada modelo passa por um período de teste, no qual é verificada a funcionalidade do produto, por exemplo: se o peso é ideal, se é confortável, se os fechos são resistentes e se as pessoas irão gostar. “Buscamos conhecer novos matérias e trabalhar com produtos diferenciados. Usamos muito metal e miçanga, mas já trabalhamos com acrílico, corda e torçal. A tecelagem artesanal está presente nessa atual coleção, chamada de Entre Tramas, procuramos resgatar e reviver a história da nossa marca que também é a nossa história de vida”, destaca Cibele. A marca apresenta duas propostas, uma conceitual e outra tradicional, e não segue um padrão de moda massificada, os acessórios possuem uma identidade singular que é inspirada no Sertão do Cariri. “O Sertão do Cariri é uma região muito rica de cultura, artesanato e beleza natural. Lá a cultura religiosa e popular está atrelada se tornando ainda mais forte.”, destaca Priscila.

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A coleção Entre Tramas, por exemplo, traz referências do Cariri a cartela de cores foi toda inspirada nas belezas naturais da região, como o verde dos cactos, os tons terrosos do solo e das telhas e o azul da água, pois não podemos esquecer que o Cariri é conhecido como Oasis do Sertão. Atualmente elas estão elaborando uma coleção que será lançada até o final deste ano, novamente usando como referência a identidade cultural do Cariri, esse novo trabalho será inspirado na renda e prometer ser bem diferente. Por hora a Gigolé não possui loja física, mas os são encontrados em algumas lojas colaborativas espalhada pela cidade, como o Quintal Criativo no Recife, a Zoco e o Café 4 Estações em Olinda, além de lojas no Crato e em Fortaleza. Também é possível adquirir os produtos por meio da loja virtual ou pelas mídias sociais.

Mais informações: Cibele – (81) 99737.8980 Priscila – (81) 99772.3356 E-mail: acessoriosgigole@gmail.com Instagram: gigole_acessorios www.facebook.com/GigoleAcessorios

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GIRO LITERÁRIO

POESIA VIVA DO RECIFE Homenagem aos 478 anos da Cidade MERCADO DA BOA VISTA (fragmentos) Aldo Lins Levanto-me neste dia que amanhece E atravesso o Portal de ferro E as Pilastras : “maçãs portuguesas” Símbolos dos leilões de sombras. Onde já foi mercado de escravos Hoje vendem-se cravos e canelas, Cereais, legumes, frutas, carnes e ervas Para Eva ou Maria : “maçãs brasileiras”. ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, Os mal tratados pela vida Boêmios, mobílias e dinossauros Desenham as diversas cores dos pratos Em pileques homéricos repletos de luz. Na Ribeira da Boa Vista Meu coração poema inacabado Solve os acordes de um pinho Entre pombos na praça de alimentação. (Da antologia POESIA VIVA DO RECIFE, organizada por Juareiz Correya) ALDO LINS -   Nasceu em Cajazeiras(PB). Cursou a Faculdade de Direito / Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, onde iniciou sua trajetória literária. Em 2002, já residindo no Recife, lançou a primeira edição do livro de poesia “Alma de Vidro” (Editora Universitária/ UFPE). Organizou, com José Terra, o recital “Hospício Poético” (Recife, 2004) e organiza, mensalmente, o “Sarau da Boa Vista” (Bar Maremoto / Rua do Hospício, Recife). Publica o blog “O Grito” (http://poetaaldolins.blogspot.com.br)

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pela Cepe Editora, possui 410 páginas e custa R$ 25.

A Menina e o Gavião www.cepe.com.br/lojacepe O escritor Arthur Carvalho, membro da Academia Pernambucana de Letras, Academia Pernambucana de Letras Jurídicas e Academia de Artes e Letras de Pernambuco, conversa com o leitor, de múltiplas maneiras, através de suas crônicas, dominadas pela oralidade e imagens sutis da vida com seus imprevistos. Desde as partidas domingueiras de futebol, passando por aspectos da culinária, as peculiares radiolas de ficha, grandes e improváveis amizades, tudo é tema para suas reflexões que aliam o gosto pelas coisas populares e a literatura mais erudita. A obra contém 200 crônicas publicadas pelo escritor na página Opinião do Jornal do Commercio. Publicado

A Recriação do Paraíso www.cepe.com.br/lojacepe Com um conhecimento e interesse singular sobre a história arquitetônica do Recife, o membro da Academia Pernambucana de Letras, José Luiz Mota Menezes, apresenta este estudo sobre povo judeu que construiu uma história em Pernambuco, notadamente em Olinda e Recife. Trazidos pelos portugueses como cristãos-novos, durante a colonização, tinham conhecimentos básicos de difícil acesso na época, como astronomia, economia e finanças, que contribuíram para o sucesso da expansão da Península Ibérica. Publicado pela Cepe Editora, possui 155 páginas e custa R$ 25..

A Última Noite de Kafka e Outros Dramas O livro é uma reunião das peças teatrais: A última noite de Kafka; Suplício de Frei Caneca; A Emparedada; Brincantes do Belo Monte; Dragão do Mar; Antes que a Guerra Acabe; Concerto Concreto; A flauta de Pã; As Aventuras de Pinóquio; Somba, o Menino que não Devia Chorar e Flor Destruída do membro da Academia Pernambucana de Letras Cláudio Aguiar. Como celebração dos seus 70 anos, a obra é dedicada a Ariano Suassuna, traz artigos de Sergio Fonta, Julio Peñate Rivero e introdução do próprio Autor, além de opiniões sobre as obras, notícia biobibliográfica, álbum de fotografias e capa de Romildo Gomes. A obra é uma publicação GIRO LITERÁRIO

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da Editora Ibis Libris e da Academia Brasileira de Letras (ABL) e possui 948 páginas.

de amor, sexo e paixão na histórica cidade de Olinda com bastante maestria literária em cima de endereços e realidades políticas da história brasileira. Publicado pela Cepe Editora, possui 193 páginas e custa R$ 30.

de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco, o livro discute sexo, política, pedagogia, filosofia, poesia, entre outros temas. O relato ainda contém depoimentos de personalidades da cultura brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Anco Márcio Tenório Vieira e outros intelectuais que fazem parte do círculo de JMB.

Conspiração no Guadalupe www.cepe.com.br/lojacepe A história acompanha um grupo de revolucionários guiados pelos pensamentos marxistas. As reuniões acontecem em Olinda. Misturando religião e romance, o livro traz lugares pitorescos como o Maconhão, bar em que os companheiros vão comemorar dançando, e vive se debruçando nas praias e nas ladeiras da Sé. A crença nos orixás se confunde com a idolatria a Marx, entre comparações constantes. Do escritor e militante político de esquerda Marco Albertim, a obra de militantes socialistas e notívagos boêmios fala

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Do Escrevivendo aos Atentados Poéticos: Os abismos da poeticidade em Jomard Muniz de Britto Livraria Jaqueira A obra aborda os sete livros do poeta Jormard Muniz de Britto (JMB). Baseado nas ideias libertadoras que questionam o status quo do poeta, o escritor Moisés Monteiro de Melo Neto divide o livro em três partes:1) Anos 70 e 89; 2) Anos 90; 3) De 2001 em diante. Fruto da tese de doutorado do autor no Programa

Esculturas Fluídas www.cepe.com.br/lojacepe Tomando como inspiração temas de variadas naturezas, como a fome e o tédio, o escritor João Paulo Parisio utiliza seu olhar criador em poemas que transmitem as diversas proporções das coisas. Cada poema é carregado com seus sentimentos específicos que invadem o leitor. Os versos uma hora expandem


e em outra introjetam, são esculturas fluidas carregadas da essência do autor – que já é considerado indispensável para a literatura contemporânea e destaque na cena pernambucana. Publicado pela Cepe Editora, possui 93 páginas e custa R$ 30.

O protagonista é um bon vivant capaz de grandes feitos, graças à inteligência acima da média e ao poder de sedução que se torna um homem da alta sociedade, cuja a vida é registrada nos mínimos detalhes. Publicado pela Editora Iluminuras, possui 112 páginas e custa R$ 38.

transporte que surgiram, as ruas que se alargaram, os prédios que começaram a ser erguidos e, consequentemente, o novo cenário dos dias atuais. Resgatando o passado, Mobilidade Urbana no Recife e seus arredores busca solucionar os problemas atuais presentes na região central. Publicado pela Cepe Editora, possui 195 páginas e custa R$ 25.

Mobilidade urbana no Recife e seus arredores

www.cepe.com.br/lojacepe

Fernanflor www.editorailuminuras.com.br O mais novo romance do escritor cearense, radicado em Pernambuco, Sidney Rocha, Fernanflor é primeiro volume da trilogia Gerônimo. A obra aborda a saga do marcante personagem Jeroni Fernanflor. No livro, a movimentada vida do artista plástico é marcada pelo talento, obsessão, estética e vaidade do personagem em sua vida – vivida e/ou imaginada.

Defensor de um modelo de cidade voltado para as pessoas, com uma boa critica sobre a falta de mobilidade urbana, o escritor José Luiz Mota Menezes aborda as transformações que ocorreram a partir do aumento populacional no Recife e o modelo de desenvolvimento no qual a maioria da população ficou esquecida, sendo priorizado o transporte privado. A obra aborda a história das novas formas de

Ruas sobre as águas

www.cepe.com.br/lojacepe No livro com bastantes fotos históricas, as pontes recifenses estão em foco pela sua importância. Para o escritor José Luiz Mota Menezes, a construção de pontes sempre esteve presente quando era preciso expandir a cidade, conectar lugares ou urbanizar antigos engenhos e povoados. O Recife cresceu com as pontes. Por ser formada por arrecifes, GIRO LITERÁRIO

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a presença delas é essencial para o surgimento e fortalecimento da vila que se tornaria a capital do Estado. Em Rua sobre as águas, encontram-se histórias sobre estes ícones marcantes da capital pernambucana. Publicado pela Cepe Editora, possui 86 páginas e custa R$ 25.

Conte outra vez IV

conhecimento. Na 24ª edição, o evento homenageia Menestrel Allan Sales. Nomes como Jomard Muniz de Britto, Almir Castro Barros, Fátima Ferreira, Cida Pedrosa, Jorge Lopes, Juareiz Correia, Antonio de Campos, Marcelo Mário Melo, Manoel Constantino, os músicos Gilmar Serra e Dudé Levino, entre outros já participaram do encontro.

Pracinha do Shopping Recife Boa Viagem 3093-1038 / www.festivalconte.com.br 9  14h às 16h Gratuito O festival realiza uma maratona de contação voltado para alunos de escolas públicas da cidade onde participarão artistas contadores: Vinícius Viramundo, Adélia Flô; Flavioleta, Fada Cacholinha, com intervenções poéticas PUBLIQUE-­SE! Festival de com Suzana Morais (Cordelândia, PE). Publicação Independente 11  14h às 18h Museu da Cidade do Recife R$ 10 Praça das Cinco Pontas, s/n, São José Participação da banda Cordelândia se- 9 9173 8073 guindo sequencia com os contadores www.festivalpubliquese.com.br pernambucanos: Jojoba; Adélia Olivei- 27 a 1/11 ra; Mariane Bígio, com lançamento do O mote principal do PUBLIQUE-SE! é Filme “Pedrinho e a Chuteira da Sorte” a autopublicação, ou publicação indedo jornalista Marcelo Cavalcante e in- pendente, desde a criação ao escoatervenções poéticas de Suzana Morais mento da produção. A programação (Cordelândia, PE). Os ingressos, para está organizada em quatro eixos: este evento, serão vendidos nas lojas Formação da livraria Vila 7. Séries de oficinas, debates e palestras, com te-

Sarau da Boa Vista

Restaurante Maremoto Rua do Hospício, 68 – Boa Vista 997933659 31  19h

mas definidos a partir de lacunas percebidas na formação das pessoas envolvidas no mercado editorial independente. As atividades têm o objetivo de propiciar o compartilhamento de experiências entre publicadores e equalizar saberes.

O Sarau da Boa Vista reúne poetas e Exposição músicos de diferentes gerações para Um ambiente preparado para se refletir sobre que possam compartilhar experiênias e as possibilidades do livro em estreito diálogo

76  SET 2015


com as artes gráficas e visuais. A curadoria de Betânia Corrêa de Araújo se guia pela ideia de “Cadernos que viram livros que viram cadernos”. Dois prêmios serão oferecidos, sendo o primeiro para livros que vão estar fisicamente expostos e liberados para manuseio pelo público. Cerca de quarenta artistas foram convidados a participar do módulo presencial. A premiação será fruto de voto popular. O segundo se destina a fotografias de livros, que por qualquer razão não poderiam estar expostos e à disposição dos leitores. Neste caso, tanto a seleção dos livros a serem expostos, quanto a premiação, estão a cargo da curadoria do Festival. A convocatória para participação neste módulo está disponível no site. Ateliê PUBLIQUE-SE! Publicação na hora!

Consiste em um ateliê editorial montado com todo o equipamento básico para publicação de livros: computadores, máquinas impressoras/ fotocopiadoras, papel e material de montagem artesanal. Os textos apresentados podem ser poemas, crônicas, minicontos e ilustrações. O autor pode acompanhar e participar ativamente de todo o processo editorial independente, ou seja, da edição, editoração, impressão e montagem de livros. No final do evento, serão lançados livretos com esses conteúdos. Feira

Feira com espaços destinados a trinta (30) expositores, editoras e autores independentes, com foco na produção brasileira contemporânea. O objetivo é reunir e apresentar a Pernambuco a crescente produção de escritores, fanzineiros, ilustradores e artistas visuais que já circulam em feiras independentes de todo o Brasil (como a Feira Plana, Feira Tijuana e a Feira Estampa).

Lançamento do livro Clóvis Pereira - No Reino da Pedra Verde Igreja da Madre de Deus – Bairro do Recife 19 20h O evento conta com o concerto promovido pelo Conservatório Pernambucano de Música, do qual Clóvis foi diretor nos anos 1980, e a Orquestra de Câmara de Pernambuco, sob regência de José Renato Accioly, executando obras de compositores armoriais: Jarbas Maciel (suíte A Pedra do Reino), Cussy de Almeida (Aboio), Capiba (suíte Sem lei nem rei) e Clóvis (Grande Missa Nordestina, ocupando a segunda parte do programa), além do Mourão de Guerra-Peixe e Clóvis.

GIRO LITERÁRIO

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ESPAÇO PAULO FREIRE

02  18h  Sessão Solene de abertura 04  15h  Maciel Salú e Isaar França Reincorporam Ascenso Intervenção musical e poética em homenagem a Ascenso Ferreira. 17h Sentidos da Literatura A homenageada da Bienal do Livro, Luzilá Gonçalves Ferreira, conversa com o crítico literário Alexandre Furtado sobre sua obra e a criação em sua vida. 07  18h  Ruídos, interferências e dissonâncias: o que resiste na literatura contemporânea Nessa sua fala, a professora titular de literatura brasileira da UNB, Regina Dalcastagnè, retrata os pontos tensos e marginalizados na literatura do País. A fala faz parte da homenagem ao poeta Miró. Centro de Convenções 19h  Miró em aDeus: 02 a 12  10h às 22h O homenageado da Bienal do Livro de 3231 5196 Pernambuco recita e autografa seu mais Gratuito Com o tema “Literatura, Resistência e recente livro.

X Bienal Internacional do Livro de Pernambuco

Transformação”, a X Bienal Internacional do Livro de Pernambuco homenageia os poetas pernambucanos Ascenso Ferreira (in memoriam), Miró da Muribeca e a escritora Luzilá Gonçalves. O evento conta com diversos debates e nomes expressivos cujos trabalhos e trajetórias no mundo das letras têm relação direta com o mote desta edição. São centenas de atividades entre mesas redondas, palestras, lançamentos minicursos, aulas espetáculos, oficinas e ações artísticas e culturais.

ASCENSO CAFÉ

05  16h  Maciel Salú e Isaar França Reincorporam Ascenso Intervenção musical e poética em homenagem a Ascenso Ferreira. 06  17h  O making of de Contraditório O produtor Helder Aragão, o DJ Dolores, conversa com o curador Schneider Carpeggiani sobre o processo de criação de um dos discos mais comentados da música pernambucana, Contraditório - DJ Dolores e Orchestra Santa Massa, seu potencial estético e a repercussão da música autoral como pauta Confira a presença dos homenageados da arte contemporânea nordestina, que teve no evento logo abaixo e a programação Gilberto Freyre e Ascenso Ferreira como bases completa no sítio eletrônico: www.bie- ideológicas. A fala faz parte da homenagem da nalpernambuco.com Bienal para Ascenso Ferreira.

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Data limite para envio de propostas: 27 de outubro de 2015. Informações e Inscrições: Coordenação de Artes Visuais Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte - MECA Fundação Joaquim Nabuco Av. 17 de Agosto, 2187 – Casa Forte – Recife – PE – 52.061-540 3073 6260 Seg a Sex   9h às 12h e 14h às 18h artes@fundaj.gov.br Com a finalidade de incentivar a produção audiovisual de caráter experimental, a 9ª edição do Concurso de Videoarte selecionará duas propostas para realização de obras de videoarte, concedendo a cada projeto selecionado prêmio no valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). As inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas, pelos proponentes ou seus procuradores, na Coordenação de Artes Visuais da Fundação Joaquim Nabuco ou via correios pelo sedex, no período de 10 de setembro a 27 de outubro de 2015, das 9h às 12h e das 14h às 18h, no endereço abaixo. Também será admitido o envio de inscrições pelos correios, via sedex, com data de postagem até o dia 27 de outubro de 2015. A divulgação dos projetos vencedores será feita no site da Fundação Joaquim Nabuco e no Diário Oficial da União. O Edital contendo todas as informações necessárias à participação no Concurso de Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco está disponível no site: www.fundaj.gov.br

Academia Pernambucana de Letras lança concurso literário

Já estão abertas as inscrições para o cuncurso literário da Academia Pernambucana de Letras/2015, com os seguintes prêmios:

Prêmio ANTÔNIO DE BRITO ALVES – Ensaio (O número mínimo de páginas do ESCRITO INÉDITO é de 50 páginas) Patrocinado pela Sra. Lia de Brito Alves.

Prêmio EDMIR DOMINGUES – Poesia

CURSOS E CONCURSOS

Lançamento do IX Concurso de Videoarte – 2015

(O número mínimo de páginas do ESCRITO INÉDITO é de 30 páginas) Patrocinado pelos filhos do Escritor Edmir Domingues.

Prêmio ELITA FERREIRA – Literatura Infantil (ESCRITO INÉDITO – livre quanto ao número de páginas) Patrocinado pela Editora Bagaço.

Prêmio VÂNIA SOUTO CARVALHO – Ficção

(O número mínimo de páginas do ESCRITO INÉDITO é de 50 páginas) Patrocinado pela família Souto Carvalho.

Prêmio LEONOR CAROLINA CORRÊA DE OLIVEIRA

– Municípios Pernambucanos (O número mínimo de páginas do ESCRITO INÉDITO é de 50 páginas) Patrocinado pelo Acadêmico Antônio Corrêa de Oliveira.

Prêmio WALDEMAR LOPES – Soneto

(A avaliação será feita pelo conjunto de 10 sonetos) Patrocinado pelo Acadêmico Amaury de Medeiros.

Prêmio AMARO SOARES QUINTAS - História do Estado de Pernambuco (O número mínimo de páginas do ESCRITO INÉDITO é de 50 páginas) Patrocinado pela Acadêmica Fátima Quintas. Para a inscrição são necessários os seguintes documentos: Três copias – usar pseudônimo – encadernadas em espiral do trabalho a ser inscrito; Xerox do documento de identidade; Ficha de inscrição (nome CURSOS E CONCURSOS

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completo, endereço, telefone, nome do prêmio, título do trabalho);Oficio encaminhado à Presidente da APL, Acadêmica Fátima Quintas, solicitando a inscrição; Pagamento de taxa de inscrição: o pagamento deverá ser efetuado na secretaria; e, para os que residem fora, fazer depósito no Banco ITAÚ, Agência 1247, Conta Corrente 07321-4. R$ 50 (profissionais) e R$ 30 (estudantes) Prazo das inscrições: de 18 de agosto de 2015 até o dia 30 de outubro de 2015 e a divulgação dos resultados da premiação será em janeiro de 2016. Maiores informações: (81) 3268-2211

Curso de gaita em Recife com Guto Santana

Rua do José de Alencar 44, bloco B Ed. Ambassador | 3088 5419 (fixo) 99827 7803 (Tim/Whatsapp) O gaitista e licenciando em música pela UFPE Guto Santana, ministra em Recife um curso de gaita com uma metodologia simples que enfatiza a prática, especialmente para os iniciantes que nunca tiveram contato com a música. Além das aulas de gaita, o curso inclui teoria musical e conhecimentos para se fazer a manutenção do instrumento. As turmas são reduzidas e os horários semi-flexíveis. O curso funciona na Boa Vista ao lado do Shopping Boa Vista em local de fácil acesso. Os interessados podem agendar uma aula experimental.

Escolinha de Arte do Recife

Rua do Cupim, 124, Graças | 3222 0050 escolinhadearte.recife@gmail.com Facebook: escolinhadeartedorecife Aulas seg a qui Manhã  08 às 11h e Tarde  14 às 17h Uma das mais importantes escolas de artes visuais da cidade, a Escolinha de

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Arte do Recife, fundada em 1953, com 62 anos dedicados ao ensino das artes para crianças, já está com as inscrições abertas para os cursos regulares neste mês de agosto, oferecendo aulas de desenho, pintura, modelagem com argila e ainda o curso de pintura em tela para adultos. A mensalidade é de R$ 100, com direito a três horas de aula por semana, numa carga horária mensal de 12 h/aulas.

Aulas de teatro

Rua da imperatriz 134 sala 14 88707853 | 95189843 Uma vez por semana R$60 Ministrado por Flávio Renovato, o curso irá abordar os fundamentos básicos do teatro, como se ter uma boa respiração, controlar a saída e entrada de ar. Condensar e expandi as energias. Saber usar “O motor do movimento”. As aulas são inspiradas em alguns mestres do teatro como: Meierhold,. Grotovissk, YoshiOida, Eugênio Barba. Cinco alunos por turma.

Curso de Teatro Avançado

Espaço Cultural João Teimoso Rua do Aragão, 27 – sala 04 – Boa Vista | 88971513. Duração: 04 meses Ter e Qui  19h às 21h Centrado no trabalho do ator e o seu corpo, o curso visa aperfeiçoar a arte do ator em cena (haverá testes para alunos novos). O curso é ministrado pelo ator e diretor Vavá Schön-Paulino.

Oficina de iniciação a confecção de bonecos de papel marché

Teatro de Bonecos Lobatinho R. Canapi, 132, Vasco da Gama,3268 4000 O espaço Ponto de Cultura Bonecos de Pernambuco abre inscrições para oficina que integra o curso básico de formação de bonequeiros com total


de 20 horas. Com a facilitação da professora e arte-educadora Maria Oliveira, ao começaro curso os alunos vão receber todo o material pedagógico. Além da iniciação em papel marché o espaço oferece interpretação, manipulação, montagem e encenação prática com boneco. No final dos módulos os alunos podem receber um certificado de conclusão do curso, caso cumpram mínimo de 80% da carga horária.

Oficina de Dança Afro

Museu de Artes Afro brasil Rolando Toro Rua Matriz e Brarros, 328 – Recife Antigo 99970.8970/ 3038.2094 museudearteafrobrasil@hotmail.com

Já está com as inscrições abertas a Oficina de Dança Afro, com a bailarina e coreógrafa Joana D’Arc, integrante do Afoxé Oxum Pandá. As aulas serão ministradas nos meses de outubro e novembro, sempre aos sábados, das 17 às 19h.

Moenda Cultural

Elaboração e Gestão de Projetos Culturais + Negócios Criativos (Recife) A Catavento Criativo, que atua na formação e elaboração de projetos culturais - através de uma equipe multidisciplinar e um olhar atento às constantes mudanças do cenário cultura, abre inscrições para o Moenda Cultural com cursos de Elaboração e Gestão de Projetos Culturais + Negócios Criativos na área da cultura popular e artesanato. As inscrições já estão abertas. Caso sobrem vagas outras áreas serão contempladas. Então produtores culturais e artistas aproveitem e participem. Maiores informações na página da Catavento Criativo https://www.facebook.com/pages/ Catavento-Criativo/952750998083948 ?sk=timeline

Cursos do Instituto de Cultura Técnica

Rua Duque de Caxias, 356 Pavimentos 1/2/3 Santo Antônio | 3424.2625

Curso de Teatro Infantil

Sáb 9h45 Valor: R$150 Estão abertas as inscrições para o curdo de teatro infantil com o objetivo de desenvolver o pensamento estrutural teatral, a sensibilidade artística e a comunicação da criança para assim, torná-la mais sensível. O curso trabalha uma introdução ao universo teatral e também na comunicação de forma geral.

Curso de Libras

Sáb ou Dom  8h45 às 12h45 Valor: R$120 Ministrado pelo professor Bento Veríssimo, o curso tem como objetivo ampliar as possibilidades de comunicação, interação profissional e social com surdos de forma natural utilizando Libras o segundo idioma oficial do Brasil dando formação do cidadão.

Curso Avançado de Teatro

Sáb ou Dom  8h45 às 12h45 Valor: 150 Estão abertas as inscrições para o curso avançado de teatro destinado a quem já tem experiência com teatro. Ministrado pelo professor Edson Aranha, o curso tem como objetivo desenvolver aplicações técnicas utilizando conexões com a dança, artes visuais, música, e literaturas em seus variados gêneros.

Curso de Desenho Artístico e Pintura

Ter ou Sáb  (Pela manhã) R$ 150 Estão abertas as inscrições para o curso de desenho artístico e pintura os alunos aprende toda a base de criação do desenho, desenvolve o pensamento estrutural, conhece o padrão que o induz ao erro. O curso tem como objetivo ampliar uma sequência de estudos e atividades referentes às dimensões imaginativas, onde se possa pensar e praticar a formação artística e estética dos participantes.

CURSOS E CONCURSOS

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TELEFONES ÚTEIS

POSTOS DE DISTRIBUIÇÃO

3322 4188

Aeroporto

3322 4180 102

Auxílio à lista

Hospital da Restauração 3181 5400

3355 0128 190 3183 1949

Porto do Recife

3181 7000

Procon Estadual

/ 0800 280 21 512 3452 1211

Rodoviária

192

Samu Grande

Recife

de Transporte

Consórcio

0800 081 0158

3182 5552 / 3182 5554

EMPRESAS DE TÁXI Coopetáxi

3424 8944

Copseta

3462 1584

DiskTáxi

3419 9595

Ourotáxi

3423 7777

Teletáxi

Centro Cultural Correios 3224 5739

2126 8090

/ 3424 1935

Biblioteca da Universidade Católica

Empetur - Casa da Cultura

de Pernambuco 2119 4122

3182 8296

/ 2119 4252

Espaço IPHAN 3228 3011

Biblioteca da Faculdade de Filosofia do Recife – FAFIRE

Informações Turísticas 24h

Polícia Militar

Biblioteca Central da UFPE

3493 8383 2121 4242

2122 3500

Biblioteca da Faculdade Maurício de Nassau

3413 4611

Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco

3181 2647 / 3181 2642

3228 3496 Espaço Pasárgada – Casa Manuel Bandeira

3184 3165

Escola Profissional de Artes João Pernambuco 3355 4092/ 3355 4093 Fundação Joaquim Nabuco 3073 6363

Biblioteca da Faculdade

– Casa Forte

Metropolitana da Grande Recife

Fundação Joaquim Nabuco – Derby

2128 0500

3073 6767

Biblioteca Popular de Afogados

Instituto Cervantes de Recife

3355 3122 / 3355 3123

3334 0450

Biblioteca Popular de Casa Amarela

Mercado da Boa Vista 3355 3042

3355 3130

Mercado da Madalena 3445 1170

Casa da Cultura Luiz Gonzaga

Museu da Abolição

3184 3151 / 3184 3152

Museu da Cidade do Recife

Casa do Carnaval (Pátio de São

- Forte das 5 pontas

Pedro) 3355 3302 / 3355 3303

/ 3355 3108

Centro Apolo – Hermilo (Cine e

Museu de Arte Aloísio Magalhães

Teatro) 3355 3311 / 33554331

(MAMAM)

Centro de Atendimento Turístico

3355 6871 / 3355 6872

3182 8299

do Aeroporto

3228 3248 3355 3107

3355 6870

Museu do Estado de Pernambuco

Centro de Atendimento Turístico do

3184 3170 / 3184 3174

Arsenal – PCR 3355 3402

Museu Murillo La Greca 3355 3126

Centro de Atendimento Turístico do Mercado São José

3355 3022

Centro de Atendimento Turístico do Pátio de São Pedro

3355 3310

Centro de Atendimento Turístico do TIP – PCR

3182 8298

/ 3355 3127 / 3355 3129 Teatro Barreto Júnior 3355 6398 / 3355 6399 Teatro de Santa Isabel 3355 3322 / 3355 3323 / 3355 3324 Centro de Atendimento Turístico do 33559844

Centro de Atendimento Turístico da

Parque Dona Lindu

Praça de Boa Viagem 3182 8297

Centro de Atendimento Turístico do

Centro de Artesanato de Pernambuco

Shopping Center Recife 34677486

3181 3451

Centro de Atendimento Turístico do Shopping Rio Mar 31828293

82  SET 2015




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