pprefeitura do recife Prefeito do Recife Geraldo Júlio Vice-prefeito do Recife Luciano Siqueira Secretária de Cultura Leda Alves Fundação de Cultura Cidade do Recife Presidente Diego Rocha Gerente Geral de Administração e Finanças: Edelaine Britto Gerente Geral de Ações Culturais e Infraestrutura Sílvio Sérgio Dantas Gerente de Desenvolvimento e Descentralização Cultural Iana Cláudia Marques Agenda Cultural Editor Manoel Constantino Repórteres Anax Botelho, Erika Fraga e Jaciana Sobrinho Equipe Gerencial Christina Simão e Jacqueline Moraes Versão online Jacqueline Moraes Projeto Gráfico Estúdio Vivo | Fernanda Lisboa e Matheus Barbosa Diagramação Lúcia Rodrigues
Impressão São Mateus Gráfica Ltda Tiragem 15.000 exemplares Cais do Apolo, 925, 15º andar, Bairro do Recife Recife-PE CEP 50030 230 Telefone 81 3355 8065 Fax 81 3355 8810 agendaculturaldorecife@gmail.com www.recife.pe.gov.br/agendacultural www.agendaculturaldorecife.blogspot.com Twitter @agendaculturall
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Dezembro. Nos quintais do Recife, as mangueiras prosperam em frutos e o sabor das mangas maduras provoca a alegria da meninada e nos traz a imagem daqueles rostinhos lambuzados de satisfação. Assim esperamos que neste mês de dezembro possamos abrir os nossos sorrisos para o encerramento de mais um ano, comemorando com nossas famílias e amigos o nascimento do Cristo, renovando esperanças para que possamos continuar a acreditar nos nossos sonhos de paz e amor. E para brindar o ano novo que se aproxima, a nossa capa traz guirlandas ou como são conhecidas, coroas de Natal. Um dos símbolos do ciclo natalino, a guirlanda tem origem ainda na época dos gregos pagãos quando essas coroas eram colocadas nas portas de entrada como um adorno de chamamento aos deuses, num sinal de boas-vindas. Já na Roma Antiga, um ramo de plantas enrolado no formato de coroa era um voto de saúde. Posicionando-a na porta de casa, significava saúde para todos os habitantes. Um pouco depois, na Idade Média, a sua relação com o Natal ainda não era muito forte. Também como símbolo de boas-vindas, era exposta na porta dos lares durante o ano inteiro com o brasão familiar. Além disso, ela servia de proteção contra bruxas, demônios e má-sorte. Enfim, as guirlandas carregam um significado bom e é por isso que desejamos para todos nós o que elas simbolizam: paz, prosperidade, evolução e recomeço. E que, dentro de cada um de nós, haja também esse desejo de decorar o espírito com ornamentos feitos de amor, fé, bondade, mansidão, misericórdia, coragem e alegria.
Manoel Constantino Editor
Conexão 2 Ciclo Natalino 9 Entrevista 14 Sabores do Recife 18 Por trás das cortinas 23 Artes Cênicas 25 Canto Daqui 33 Música 37 Circulando 46 Perfil do Artesão 53 Artes Visuais 56 Cinema e vídeo 62 Moda 67 Giro Literário 70 Cursos e Concursos 75 Serviços 80
CONEXÃO Cada dia mais espaços abrem as portas para a música infantil
Por: Anax Botelho Fotos: Divulgação
Arte, educação e profissionalismo na música para o público infantil Na infância, as cantigas de roda são, geralmente, os primeiros contatos das crianças com a música. Estas canções populares, tão diretamente relacionadas com as brincadeiras de roda, enquanto pilares do folclore brasileiro, podem ser creditadas como a origem e a inspiração para as atuais produções musicais voltadas para as crianças. Agora, com as constantes transformações da sociedade, a realidade musical infantil ganhou outros elementos, devido à popularização do estilo e inserção de vários artistas na vida do público mirim. Com isso, a música, com todo seu poder estético, começou alcançar este público de forma profissional, trazendo valores artísticos bem definidos.
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Para as crianças, assim como para os adultos, a música dá ritmo aos dias e se torna a grande trilha sonora de momentos de suas vidas. Mas a produção hoje exige muito mais preparo e cuidado, desde a criação das músicas até as grandes apresentações, sendo o quesito que mais difere das tradicionais cantigas, em que a simplicidade das letras cheias de rimas, repetições e trocadilhos ditavam a regra. No Recife, conjuntos musicais voltados para as crianças estão surgindo, se profissionalizando e ganhando cada dia mais espaço, tanto em eventos exclusivos, como em shows, apresentações em livrarias, teatros, até em eventos privados como festas de aniversário, e outros. Tudo acompanhando de uma intensa produção artística de álbuns, DVDs, além de pesquisas, estudos e comprometimento com o crescimento desses pequenos ouvintes através de melodias trabalhadas e letras educativas, culturais e de um bom entretenimento. Enquanto destaques na Cidade, alguns nomes aparecem, tais como Cordelândia – que une música, poesia e contação de histórias em cordel nos ritmos pernambucanos como maracatu, coco, caboclinho, ciranda, forró e frevo; as Fadas Magrinhas – com sua música para “pular, dançar, sorrir, cantar, birrar”, como define a contadora de histórias, cantora e locutora, apaixonada por livros infantis Carol Levy; Tio Bruninho – que através da sua vivência como professor observou a necessidade de uma produção musical para o público mais novo; além de outros grupos como Mini Banda Rock Infantil, A Bandinha, etc. Os motivos para o surgimento dos grupos são bem diversos. “A Banda do Tio Bruninho surgiu dentro da sala de aula, dentro da própria escola. Sou formado em Licenciatura em Música e tenho especialização em Metodologia do Ensino da música e atuo há dez anos como professor de música da educação infantil”, diz o Tio Bruninho. Com uma história semelhante, as Fadas Magrinhas também passaram a produzir música infantil a partir das salas de aula. “Fui professora de músi-
Música e literatura nas apresentações do Cordelândia Foto Idi Oli
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Tio Bruninho Foto Divulgação
ca durante 10 anos e em sala de aula comecei a sentir necessidade de apresentar um pouco da nossa cultura e dos nossos ritmos. Mas não encontrava material acessível. Então comecei a gravar coisas em casa e levar para as aulas. Foi quando me ocorreu de convidar Aninha para fazermos um trabalho voltado para a cultura e a infância. Ela topou na hora e entrou de cabeça no projeto. Desde então, nos deliciamos nesse universo especial e encantador e juntos com Hugo Linns, Publius lentúlus e Ricardo Fraga temos levado nossos sons e nossas músicas por onde passamos”, lembra Lulu, uma das fadas magrinhas. Tendo sempre em destaque a diversão e formação cultural das crianças, o grupo Cordelândia surgiu para criar uma alternativa mais ligada à cultural regional. “O projeto surgiu primeiramente pelo desejo de proporcionar a esse público tão especial, música e literatura de qualidade. Somos mães e tias e sentíamos falta de produções feitas especialmente para os pequenos. Como já atuávamos na música e na literatura, mergulhamos no universo infantil para mostrar ao grande público nossa cultura popular”, afirma o grupo.
Com todo cuidado natural que uma produção musical deve ter, neste cenário, o despreocupado universo infantil norteia a produção artística dos adultos. “O pensamento que está à frente de qualquer decisão é a reação das crianças: ‘será que isso vai funcionar? Eles vão mesmo gostar disso?’. Tudo gira em torno do universo delas”, diz Carol Levy ao refletir sobre sua produção, que vai desde pesquisas, experiências com o filho e o marido Carlinhos Borges, Foto Chico Barros que é músico, até a sua equipe de músicos, figurinistas, artistas plásticos, atores-dançarinos, produtores, iluminadores, que realizam as apresentações com ela. “Temos esse critério, pois é assim que gostamos de fazer e sabemos que os nossos pequenos merecem e precisam conhecer conteúdo de qualidade desde cedo.”, completa Carol. Já as Fadas Magrinhas falam de outro ingrediente Carol Levy em apresentação Foto Tiago Calazans
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importante na música delas, a própria memória infantil da dupla. “Nosso ponto de partida é sempre o que temos na bagagem, o que fez e faz parte da nossa história. Algumas das coisas mais ricas de nossas vidas são as vivências que tivemos na infância. Nesse sentido, as festas populares e seus ritmos são lembranças que fazem parte de um lugar mágico, elas são o motor do nosso trabalho, e foi desse lugar que nasceu nossa paixão por música”, diz Lulu. Resultado de tantas vivências e da exploração de um universo tão plural e repleto de descobertas e aprendizados, as temáticas são pontos bastante valorizados e explorados na música infantil. “Além dos temas que retratem as alegrias, descobertas e delícias do universo infantil, buscamos apresentar de uma forma intensificada a importância da arte, da cultura popular com seus brinquedos, ritmos e brincadeiras, da sustentabilidade e amor à natureza, do respeito às diferenças, à cultura indígena e afro-brasileira”, aborda o grupo Cordelândia. Além da música e histórias, as crianças e suas singularidades são as grandes motivações para esses artistas e, de fato, educadores. Entre as principais características do público e do cotidiano do trabalho, os conjuntos sempre apontam a sinceridade como o grande destaque. “A criança é extremamente exigente, plural e inusitada. Muitos acham que fazer trabalho para o público infantil é tarefa simples. Mas ao contrário do que se imagina, as crianças possuem bastante senso crítico e são extremamente sinceras. Por isso, apresentar um trabalho voltado para os pequenos é tarefa que exige cuidado, respeito e pesquisa”, diz Lulu das Fadas Magrinhas. Para Tio Bruninho, este também é um dos destaques dos pequenos. “A maior delas, sem dúvidas é a sinceridade. Se o show não está interessante, elas viram de costas e vão embora. Por outro lado, se gostam do seu trabalho, querem ser você, se vestem como você e até mesmo colocam toda a família sentada no meio da sala para fazer um show igualzinho ao que ela viu”. Já Carol Levy reflete sobre a preparação no encontro com as crianças. “Quando vamos nos comu-
Fadas Magrinhas Foto Beto Fegueiroa
Fadas Magrinhas Foto Flora Pimentel
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nicar com uma criança, precisamos nos conectar a elas. As crianças funcionam noutro espectro, bem diferente e muito mais interessante que os adultos. Elas enxergam as coisas de forma muito mais simples e literal que a gente. Quando vamos desenvolver algo para elas, não podemos tirar isso da cabeça. Partindo desse pressuposto, a gente cria uma letra falando a língua delas, tentando enxergar a vida como elas”, diz. Sobre a qualidade e o profissionalismo desses artistas apaixonados pelas crianças, é certo afirmar que o trabalho desenvolvido segue todos os quesitos técnicos especializados e estéticos em sua construção. Até para os padrões de qualquer adulto nos dias atuais. “Temos o maior respeito e admiração pelas crianças e por isso nos esforçamos muito para apresentar um trabalho cuidadoso e musicalmente bem elaborado. Infelizmente, há situações em que a criança é um alvo fácil do Mercado. O que abre precedentes para trabalhos de cunho comerciais. Nesse sentido, tentamos nos distanciar dessa visão. Para a gente, criança não é mercado, é fonte de ensinamento e chave fundamental para um futuro melhor.”, reflete as Fadas Lulu e Aninha. No mesmo pensamento, Carol Levy segue baseando o seu trabalho. “Acho que o grande ponto é o seguinte: se não queremos nossos filhos nos alimentando mal para terem uma saúde ruim no futuro, se queremos que eles leiam bons livros para desenvolverem o senso crítico dignamente, também temos que ter o mesmo cuidado com o que nossos filhos ouvem, senão eles também se tornarão adultos ouvintes de tantas músicas de baixo calão que vêm sendo consumidas pelos jovens e adultos. Se não podemos ser displicentes com o que os nossos filhos comem, também não podemos ser displicentes com o que nossos filhos ouvem.”, diz. O Cordelândia consegue definir bem a dedicação desses tantos profissionais. “Trabalhar com arte já é algo mágico e quando a arte é uma forma de contribuir na formação de futuros cidadãos e nos permite uma comunicação com as crianças é ainda mais especial”. Os grupos garantem que não descansam. Estão sempre trabalhando em algo novo, seja um show, CD ou DVD. O Tio Bruninho lançou recentemente DVD Tio Bruninho – O Show e ainda conta com dois CDs no currículo – Canções do dia, que vendeu mais de oito mil cópias e Arraial do Tio Bruninho;
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as Fadas Magrinhas com um álbum que contém relevantes participações especiais, tais como: Naná Vasconcelos, Marcelo Jeneci, Chico César. Além de dois clipes lançados, já planeja o seu segundo álbum e primeiro DVD. Carol Levy também lançou recentemente o CD Cantabicho, que gerou um DVD ao vivo com lançamento previsto para o início de 2016. Já o Cordelândia, com um EP disponível para download na internet, está em estúdio gravando o primeiro álbum, além de diversas outras iniciativas. Em um dos espaços mais comuns e presentes na vida moderna, a televisão e a internet também têm produções recifenses de música infantil. Um exemplo disto é o Mundo Bita, que ocupa espaços em aplicativos, televisão e internet com sua música. “O conteúdo Mundo Bita é, acima de tudo, musical. Os nossos clipes são coloridos e visualmente bem trabalhados, mas se não houvesse a música, estariam incompletos. Para nós, a música é o alicerce de todo o trabalho“, diz o sócio do projeto João Henrique. O personagem mais ligado ao mundo virtual também se apresenta fisicamente por todo o Brasil. E como João Henrique faz questão de afirmar, sempre levando uma mensagem mais educativa. “As crianças captam tudo e assimilam conceitos e ideias com muita facilidade. Elas também costumam reproduzir o que observam. Por isso, o bom exemplo é tão importante. A educação precisa ser moderna, em harmonia com os conceitos sociais e culturais de hoje. Por exemplo, hoje a sociedade não pode admitir o machismo, nem a violência, nem a discriminação, nem o mau trato à natureza”, conclui. A importância desse trabalho desenvolvido se estende para além do entretenimento, contemplando a educação. Inclusive, a educação musical, como reflete a professora do Centro de Educação Musical de Olinda (Cemo), Fátima Marinho, a Palhaça Pipoquinha. “Como diz Paulo Freire,
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Cemo
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a aprendizagem é recíproca entre quem ensina e quem recebe o ensinamento. Faz-se preciso estimular a criatividade musical, fazer música, tocar, cantar, dançá-la, representá-la, analisar, avaliar... processos infinitos é o saber”. Sobre seus métodos de ensino e estimulo, Fátima é bem clara. “O meu objetivo é facilitar, é estimular a participação das crianças, é propiciar meios para que elas gostem... amem a música. E, para mim a aprendizagem deve ser holística, ou seja, tocar, cantar, identificar as notas... Não dá para fazer só teoria... ou só a prática. Precisamos conectar o que fazemos... com reflexões sobre os significados e conteúdos não perceptíveis da música”. Fátima também preside uma organização não governamental (ONG) com o mesmo nome artístico que adotou, Palhaça Pipoquinha. O primeiro trabalho musical realizado pela organização foi o Pipoquinha, Musical Infantil, que aborda temas sobre a natureza, o folclore brasileiro, as etnias indígena e a africana, além de explorar assuntos como a construção de amizade, o carinho e alegria dentro de sala de aula, entre os anos de 1975 a 1990 – atualmente material didático na cidade de Olinda. O trabalho desses profissionais, a dedicação desses artistas, a educação e arte na vida das crianças, torna a música infantil um espaço essencial no desenvolvimento da sociedade. O Recife a cada dia valoriza e produz e, com isso, crianças são inseridas no universo das artes e da cultura, tendo a oportunidade de usufruir de trilhas sonoras feitas especialmente para elas. Certamente, a contribuição destes artistas mágicos ficará marcada na formação destas pequenas pessoas, por muitos anos suas vidas. Sempre com lembranças felizes, melodia, cores e ótimas mensagens.
CICLO NATALINO DO RECIFE Cena do Natal para sempre 2014
Foto Andrea Rego Barros
Ciclo Natalino do Recife terá cantatas, folguedos populares e espetáculos teatrais. As luzes do Natal anunciam as comemorações do Ciclo que celebra o nascimento do Menino Jesus e a Prefeitura do Recife, através das Secretarias de Cultura, Turismo e Lazer, e Fundação de Cultura Cidade do Recife, preparou uma programação especial para o mês de dezembro. Cantatas, pastoris, reisados e os espetáculos “Natal para Sempre”, “O Baile do Menino Deus” e fazem parte da agenda. Em 2015, a Prefeitura homenageia o Boi Matuto da família Salustiano e o Mestre Cirandeiro João da Guabiraba. As apresentações artísticas começam no dia 6 de dezembro com a Cantata Natalina da Praça da República, uma parceria entre o Governo do Estado, Poder Judiciário e Legislativo, e Prefeitura do Recife. Nos dias 18, 19 e 20, a
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Av. Rio Branco se transformará num terreiro para as tradicionais brincadeiras de Natal. Bandas, pastoris, mamulegos, cirandas e cavalos marinhos se revezarão em apresentações que privilegiarão os folguedos da Cultura Popular. No dia 19 de dezembro, começa a série de seis apresentações do espetáculo “Natal para sempre” no Parque Santana. Encerrando a programação natalina de 2015, o espetáculo “Baile do Menino Deus” que, este ano, chega a sua 12ª temporada no Marco Zero.
Decoração O natal visto sob o olhar de uma criança. Esta é a proposta da Prefeitura do Recife para a decoração natalina 2015. O projeto, idealizado pela equipe da Gerência Geral de Arquitetura e Engenharia da Fundação de Cultura Cidade do Recife, conta com um corredor composto por uma cortina de luz branca, montado sobre a alameda, se tornando num túnel por onde os pedestres poderão passear. Nas árvores que ficam ao longo da Av. Rio Branco, refletores de luz verde estarão instalados realçando a beleza das copas e fazendo o contraponto a luz branca dos leds. A árvore de natal com 14 metros de altura marca este ano a entrada da Avenida Rio Branco, próximo às margens do Rio Capibaribe. Decorada com luzes, ela traz esferas amarelas com luz pisca, numa alusão às árvores que são montadas nos lares. Na saída da Rio Branco para a Av. Alfredo Lisboa, próximo ao Marco Zero, o público encontrará um presépio montado, onde esculturas de cerâmica feitas em tamanho natural relembram a cena do nascimento de Jesus na manjedoura.
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Cantata da Praça da República Numa iniciativa inédita e integrada, a Prefeitura do Recife, em parceria com o Governo do Estado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), vai celebrar, no dia 6 de dezembro, a união e o desejo de um final de ano feliz na Cantata Natalina, que vai ocorrer na Praça da República. O espetáculo vai proporcionar a apresentação de reisados e pastoris e, em seguida, a programação continua, distribuída em três palcos, iniciando as apresentações na frente do Palácio da Justiça de Pernambuco, depois em frente ao Teatro de Santa Isabel, e encerrando no Palácio do Governo. Entre as atrações estão a Orquestra e Coral Criança Cidadã, a Banda Sinfônica e Coral Cidade do Recife, além dos Corais e Orquestra de Câmara do Conservatório Pernambucano de Música e da Assembleia Legislativa. Para complementar a beleza da festa, a Praça da República estará iluminada de forma especial, e terá ainda um presépio, além da fonte em funcionamento. Todos os portões de acesso à praça estarão abertos, e todos os equipamentos que vão sediar o espetáculo, localizados no entorno da praça (o Palácio do Campo das Princesas, o Palácio da Justiça e o Teatro Santa Isabel) também estarão com iluminação temática, compondo a decoração geral da Cantata.
Cena do Natal para sempre 2014 Foto Andrea Rego Barros
Natal para Sempre O espetáculo será novamente encenado este ano no Parque Santana, entre os dias 19 e 27 de dezembro, sempre às 19h. O cenário será uma enorme caixa de presente enfeitada com fita. E o enredo tem como fio condutor a história da menina que encontra um livro mágico. Ao folheá-lo, ela dá vida a seres fantásticos: personagens de histórias infantis clássicas, como Pinóquio, Peter Pan, João do Pé de Feijão, bailarinas e soldados de chumbo, que resgatam o valor do Natal e lembram a importância dos sentimentos que a festa evoca, como o amor ao próximo e a solidariedade, valores que urgem em tempos de tanta violência no mundo. Gratuita e a céu aberto, a encenação dura, em média, 40 minutos. E será encenado nos dias 19, 20, 24, 25, 26 e 27. O musical, concebido pela bailarina Andréa Carvalho, será encenado por um corpo de 17 bailarinos. A coreografia é de Marcelo Pereira e Heloíza Duque; a direção artística e cênica, de Gabriel Gracindo; a produção geral e
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coordenação executiva são de Fabiana Maciel; a direção musical leva a assinatura de Antonio Mariano; a cenografia é de Fabiana Maciel e Vitor Barros; e os figurinos e maquiagens são de autoria de Flávio Hyeli.
Menino Jesus, com o consentimento de Maria e José, em meio à aparição de personagens fantásticos como o Anjo Bom, o Jaraguá, a Burrinha Zabilin e a Ciganinha. No elenco, Sóstenes Vidal, Arilson Lopes, Zé Barbosa, Isadora Melo, além dos cantores solistas Silvério Pessoa, Jadiel Gomes, Surama Ramos e Virgínia Cavalcanti. Um grupo de 11 bailarinos também participa, com destaque para Juliana Siqueira, Inaê Silva e Jáflis Nascimento. Toda a trilha sonora é executada ao vivo por orquestra (14 instrumentistas), coro adulto (13 cantores) e infantil (12 crianças, com supervisão de Célia Oliveira).
Brincadeiras de Natal Baile do Menino Deus 2014 foto Gianny Melo
12º Baile do Menino Deus – Uma Brincadeira de Natal 23, 24 e 25 20h Praça do Marco Zero Bairro do Recife Entrada franca. Mais informações: (81) 3226 2366 (Relicário Produções). Uma verdadeira ópera popular de rua, vista por mais de 60 mil pessoas a cada nova edição como principal atração cênica do Natal de milhares de famílias que frequentam a praça do Marco Zero, no Bairro do Recife. No enredo, dois Mateus, juntos a um grupo de crianças, tentam abrir uma porta para celebrar o nascimento do
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Av. Rio Branco 18 18h MESTRE DE CERIMONIA Orquestra (Cortejo) Cortejo de Pastoris (10) Banda Sinfônica do Recife Pastoril Giselly Andrade Cavalo Marinho Boi Matuto Ciranda Mimosa 19 17h MESTRE DE CERIMONIA Banda da Base Aérea Mamulengo do Mestre Zé Bel Pastoril Estrela Brilhante de Água Fria Balé Deveras Pastoril Campinas Alegres Reisado Imperial Cavalo Marinho Boi Pintado Guerreiro Sol Nascente
João Francisco de Almeida João Francisco de Almeida (João da Guabiraba) nasceu em Aliança, no interior de Pernambuco. Entre os anos de 60 e 70 conheceu várias pessoas, músicos, e danças, principalmente danças populares, apreciando então o ritmo e o balanço da ciranda. Em 1972 fundou a CIRANDA MIMOSA do João da Guabiraba, sendo ele o músico e compositor. Participou de vários festivais realizados em Pernambuco e em 2001 da novela “Vidas Cruzadas” da Rede Record.
Boi Matuto
Foto Daniel Tavares | PCR
O Boi Matuto é um dos brinquedos da Família Salustiano. Se estivesse vivo, Manoel Salustiano Soares, Mestre Salu, estaria fazendo 70 anos. Durante toda a sua vida esteve envolvido com diversas tradições. Foi um dos maiores dançadores de Cavalo Marinho, sua grande paixão. Em 1968 criou seu Boi Matuto, do qual participam seus filhos e familiares. Na movimentação cultural dos anos 90, tornou-se um dos principais ícones da cultura no Brasil. Recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal de Pernambuco e foi escolhido pelo Governo do Estado como Patrimônio Foto Andréa Rêgo Barros | PCR Vivo de Pernambuco.
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Maria Pagodinho
ENTREVISTA
Por: Anax Botelho Fotos: Ítalo Santana
Com 30 anos de carreira musical e 10 anos de sucesso com o Samba da Moeda, Maria Pagodinho conversa com a Agenda Cultural do Recife sobre sua história, projetos e sua paixão, o samba. Citando nomes importantes da cena musical da Cidade, a artista se torna uma aula viva sobre o ritmo mais popular e característico do Brasil. Agenda Cultural: Maria Pagodinho, como surgiu seu interesse pela música? Maria Pagodinho: Desde a adolescência na escola, onde os amigos pediam pra eu cantar. Nessa fase, eu cantava samba e música popular brasileira, como Maria Bethânia e Gal Costa. Em seguida fui chamada para conhecer o Pagode do Didi, onde tava acontecendo uma roda de samba que me deixou muito entusiasmada. Quando dei por mim, já estava cantando no Didi com o saudoso Mestre Gil – os dois me ensinaram muito que sei hoje. Daí, Mestre Gil me colocou para fazer apresentações
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com ele. Depois surgiu o Revolusamba, do pessoal do pagode do Didi, onde trabalhamos muito. Fui convidada para fazer um programa de televisão, onde o apresentador era o saudoso Geraldo Silva que quando ele me chamou, achou o nome Maria muito simples para uma artista e, com o sambista Zeca Pagodinho estourado na época, me batizou com o nome: Maria Pagodinho. AC: Seu nome é Maria Pagodinho, mas como você define a música que faz? MP: Eu faço samba em geral. Músicas de Beth Carvalho, artista que pessoas dizem que tenho uma voz muito parecida. Também faço Lecy Brandão, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Toninho Geraes e todos que puxam roda de samba. Até músicas que não são originalmente samba, mas eu trago para o ritmo.
30 anos de carreira e dedicação
AC: Quais são suas maiores realizações como intérprete? MP: Eu tive o prazer de dividir o palco com muitas pessoas. De participar do samba da aurora por dois anos com Ivone Lara, José Américo, Sombrinha, Rildo Hora, Dindon, Paulista do Pandeiro, Paulo Isidoro, grupos de samba que juntavam pessoas como Renato e Léo, Gracinha do Samba, entre outros. AC: São 30 anos de carreira, quais são os projetos futuros? MP: A produção do primeiro CD e, talvez, o DVD. Pretendo ir para outros lugares, outros Estados para apresentar meu trabalho fora de Pernambuco também.
ENTREVISTA
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Referência no samba pernambucano
AC: O que é o samba para você? MP: O samba é uma das razões de viver. Quando minha vida profissional está bem, o pessoal também fica bem. O samba corre nas veias. Fico aguardando o momento de chegar a uma roda de samba, a um palco, para passar a alegria. O maior cachê são os aplausos do público. AC: A Roda de Samba da Moeda, uma iniciativa sua, está completando 10 anos. Como surgiu esse projeto? MP: O Projeto Samba na Moeda, eu criei, mas o samba na Rua da Moeda começou com a Confraria do Samba. Eu me apresentava às 1h da madrugada lá e a gente foi conquistando público. A partir disso, outros artistas participaram dessa roda de samba, entre eles: Neguinho da Beija-flor, Nelson Sargento, Belo Xis, Ramos Silva, Wellington do Pandeiro, Helena Cristina, Jorge Riba, Leno Simpatia, além de muitos outros que passaram e deram uma canja. AC: Olhando esses 10 anos do Samba na Moeda, qual é sua relação afetiva com o projeto? MP: 10 anos não são 10 dias. Permanecer toda sexta-feira e sábado e trazer amigos para compartilhar aquele momento para mim é muito gratificante. Ficarei muito
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triste quando tiver que deixar, mas com alegria porque, com certeza, o que plantei foi uma coisa muito boa. Hoje no carnaval que faço, pessoas de outros estados do País procuram a Rua da Moeda todos os anos e isso é muito gratificante. AC: Quais são os planos para o mês de novembro da Rua da Moeda? MP: A reunião dos comerciantes para a volta do samba. A preferência é para que todos os comerciantes, como Nino, João, Reginaldo, participem da continuidade do Samba da Moeda.
Maria Pagodinho na Rua da Moeda
AC: Qual é a importância desse projeto para o Recife? MP: É um espaço para divulgar o samba que muitas vezes é recriminado. Mostrar que é possível fazer samba e qualquer outro tipo de música nas ruas da capital. AC: Como está o samba no Recife? MP: Existem artistas e espaços. Tem o pioneiro Pagode do Didi no centro, temos no Recife Antigo e na Zona Norte da Cidade. Sobre os artistas, têm muita gente boa que infelizmente não tem a valorização necessária ainda. AC: Quais são suas grandes referências e influências? Quem você agradece por tantos anos de carreira? MP: Primeiramente Deus por ter me dado essa voz para conquistar tanta gente boa. Como referência, tenho Didi, do pagode do Didi, um patrimônio vivo. Vanda, do Refúgio da Vanda, Mestre Gil, que me ensinou, a Velha Guarda do Samba, Belo Xis, Ana Galamba, presidente do bloco Confete e Serpentina, entre outros.
ENTREVISTA
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SABORES DO RECIFE Praça do Derby
Derby Por: Anax Botelho Fotos: Ítalo Santana e Divulgação
Quem vive no Recife, ou já visitou, quase que certamente já passou pelo bairro do Derby. Localizado na Região Político-Administrativa 3 (RPA 3), o bairro está em uma área de extrema importância e de confluência da Cidade, além de ter ligações com avenidas movimentadas como a Caxangá, Conde da Boa Vista e Agamenon Magalhães. Entre as construções, a Praça do Derby, idealizada pelo arquiteto Burle Marx, é o grande ícone, além do Quartel da Polícia Militar, Memorial de Medicina e o Hospital da Restauração.
Drive-in, símbolo do Derby
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É neste ambiente que, desde 1954, o Drive-in Derby, situado na Rua Barão de Goiana, 115, se tornou um símbolo da Cidade e patrimônio do
bairro. Seu nome tem referência às corridas de carros que aconteciam ao redor da praça na sua origem, e também pelo atendimento que era realizado nos carros dos clientes. Hoje, o local ainda preserva a cultura de calçada, de rua, mantendo sua atmosfera como nos velhos tempos, sem perder o vínculo com a atual realidade e conjuntura. Para o proprietário Agostinho Oliveira, a descontração e interação do público no bar e com a rua são as características fundamentais do espaço. “Eu respiro o Drive-in. Minha vida”, diz Agostinho, ao se referir à rotina do local, que abre todos os dias da semana. Segundas a quintas-feiras e domingos das 10h às 01h, sextas-feiras e sábados durante as 24 horas. Sobre o cardápio, a comida regional faz o perfil da casa. Com 28 pratos e 30 petiscos, a carne de sol é o grande atrativo entre os clientes. “O público fez o cardápio. Comidas que o nordestino sempre gosta de comer é o que o Drive-in oferece”, fala o proprietário. Além dos pratos tradicionais, a clientela também pode usufruir de lanches mais despojados, e é comum ver bastante gente nas madrugadas lanchando sanduíches após as festas na cidade. Já a programação conta com samba no fim de semana para animar os frequentadores, e transmissão de jogos de futebol para os torcedores do esporte bretão.
Agostinho, do Drive-in
Galeto crocante do Drive-In Foto Divulgação
Com uma proposta diferencial no bairro, o Dalí Cocina, Rua Feliciano Gomes, 172, trouxe a tradicional culinária mediterrânea com elementos da gastronomia local para o Recife. Em funcionamento desde 2009, o
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Dalí Cocina especialista na culinária mediterrânea
sofisticado ambiente preza pela alta gastronomia e arte. O nome do local faz referência ao pintor espanhol Salvador Dalí, conhecido pelo seu trabalho surrealista. Mas não se trata apenas do nome, o local criou uma verdadeira atmosfera em referência ao artista plástico, trazendo reproduções das suas pinturas, fotos, livros em toda sua decoração. Localizado em uma casa da década de 1940, a proprietária Christina Nunes afirma que a intenção é proporcionar uma opção diferente no Derby. “Ninguém é concorrente de ninguém”, afirma ao falar sobre projetos que visam construir um roteiro gastronômico na região.
Paella do Dalí Cocina Foto Divulgação
Christina, do Dalí Cocina
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Com três espaços distintos, e paredes à disposição de exposições de quadros de artistas locais, entre as especialidades gastronômicas do Dalí está a tradicional paella - prato criado por camponeses que partiam para o campo com arroz, azeite e sal e agregavam ingredientes da caça, legumes da estação e as sobras que possuíam como, frango, coelho, pato, garrofó, tabella e ferraura. Com a difusão da paella pela costa, foram acrescentados frutos do mar: choco, camarões, lulas, lagostins, amêijoas (vongole), mexilhões e polvo – versão mais comum no Brasil. No Dalí, também são destaque no cardápio os diversos risotos, saladas e uma extensa carta de vinhos com mais de 50 opções, além de coquetéis.
Com os horários de terça-feira e quarta das 11h às 15h30, quinta-feira das 11h às 15h30 e 19h às 23h, sexta-feira e sábado de 11h às 15h 30 e 19h às 00h, e domingo das 11h às 16h, o local já recebeu indicações dos prêmios da Brasil Sabor, Veja e Recife Sabor Arte, e se tornou um ponto indispensável sobre a gastronomia espanhola. Outro espaço que atrai diversas pessoas pra o Derby é o Café Castigliani, localizado no cinema da Fundação Joaquim Nabuco, Rua Henrique Dias, 609. Com grãos da Unique Cafés Especiais, o local é endereço certo para as pessoas que gostam de café e cinéfilos do Recife. Com cafés tradicionais e criações em cappuccino, gelados e especiais quentes, o local tem uma grande variedade – algumas bem singulares – para quem busca um café para conversar, ler um livro e, é claro, esperar a hora do filme. Na prática, não tem como dissociar o Castigliani da 7ª arte, desde a decoração com fotos com cenas de filmes onde personagens tomam café, dos proprietários – a cinéfila Nara Oliveira e o cineasta Leonardo Lacca –, até o nome do espaço, em referência aos personagens do filme Cidade dos Sonhos, de 2001.
Café Castigliani
Para Nara, o café está presente desde a infância. O café é fruto da intuição e do conhecimento, já que são baristas - profissional especializado em cafés de alta qualidade e apaixonados pelo café. Entre os mais pedidos do local, estão: o Castigliani – cappuccino especial da casa com leite cremoso, chocolate quente aerado, café espresso e raspas de chocolate na cobertura; Nara, do Café Castigliani
SABORES DO RECIFE
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Café no Cinema
Café Mocha Foto Divulgação
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o Zenzero – cappuccino perfumado com gengibre e um suave toque de mel, coberto com fina camada de açúcar mascavo; o Cioccolato Crema – creme de chocolate preto ou branco unido ao sabor intenso do espresso; o Maline – mix de sorvete de creme, café gelado, ovomaltine, leite e um toque secreto especial; entre outros. O Café também tem opções de lanche, como croissants, quiches, doces, pães de queijo, tortas, bolos e sanduíches. O Derby é essencial para quem vive ou visita o Recife. Ponto de confluência e diversos serviços, na gastronomia não é diferente. Desde a comida e vida noturna do Drive-in, à culinária especialista do Dalí Cocina, ao Café Castigliani, entre outras opções, o bairro é indispensável para quem deseja viver a Cidade em sua essência e conhecer todas as faces da metrópole.
Balé Devera comemora 35 Anos
POR TRÁS DAS CORTINAS
Por Manoel Constantino Fotos Divulgação acervo da artista
Para comemorar os 35 anos de carreira e muita luta, o Balé Deveras preparou uma programação que inclui a apresentação do espetáculo “Daqui não saio, Daqui ninguém me tira!”, que Conta através da dança/teatro, a história de ocupação na comunidade de Brasília Teimosa, utilizando movimentos da dança popular e técnicas do teatro de rua.”, com concepção e direção de Mika Silva, coreografias de William Sabatello e Mika Silva. Fundado na década de 70 o grupo Folclórico da escola Assis Chateaubriand oferecia aos adolescentes e jovens de Brasília teimosa a oportunidade de pesquisar, praticar e divulgar a cultura popular. Tomando como forma de divulgação de suas pesquisas, as danças populares. Na década de 80, recebeu o nome de grupo de danças populares Cleonice Veras, depois grupo Folclórico Cleonice Veras.
Espetáculo A FESTA
POR TRÁS DAS CORTINAS
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Deveras, um balé popular
Hoje CENDESCULDE - Centro de Desenvolvimento Social e Cultural Deveras, conhecido nacionalmente e internacionalmente como BALÉ DEVERAS, vem resgatando, divulgando e formando profissionais para atuar no mercado das artes cênicas. O CENDESCULDE/ Balé Deveras tem sua fundação registrada em 1980 quando um grupo de jovens artistas ligados a dança popular, decide ficar a frente do grupo da escola estadual Assis Chateaubriand. Cleonice Veras, fundadora do grupo, repassa todo material e organização para as mãos de uma diretora eleita na época (1980). Hoje o CENDESCULDE tem sua sede, na rua Ricardo Câmara, 9 - Brasília Teimosa - Recife. E mantém o trabalho através da venda dos espetáculos apresentados pelos profissionais envolvidos no projeto. É composto por profissionais, que realizam os espetáculos e desenvolvem um trabalho de formação, oferecendo aulas de iniciação a dança para crianças, adolescentes e jovens a a dança, com objetivo de formar novos profissionais. O Balé Deveras continua “acreditando na arte como instrumento transformador, utilizamos a dança popular como veículo principal para inclusão social”.
Programação de Celebração dos 35 anos do Deveras
Daqui Não Saio, Daqui Ninguém me Tira! Teatro Apolo 08 e 09 19h30 R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Daqui não Saio, Daqui ninguém me tira!
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ARTES CÊNICAS foto Pedro Portugal
Sebastiana e Severina Teatro Arraial Ariano Suassuna Rua da Aurora, 357, Boa Vista 06 16h R$ 20 e R$ 10 (meia)
Concebida a partir do livro homônimo do pernambucano André Neves, escritor e ilustrador radicado há anos no Rio Grande do Sul, a peça conta com adaptação dramatúrgica e encenação de Claudio Lira, além da direção de arte de Marcondes Lima, iluminação de Játhyles Miranda e direção musical de Demétrio Rangel. No elenco, Célia Regina, Zuleika Ferreira, Luiz Manuel e o próprio Demétrio Rangel. No enredo, o tempo passou para as duas rendeiras Sebastiana e Severina, pois ambas já não dispõem da beleza da juventude, mas ainda acalentam um sonho em meio à monotonia dos seus dias: encontrar “um príncipe encantado” para casar. A chegada de Chico (um homem bonito, alto e inteligente) à cidade de Umbuzeiro, desperta logo o interesse das
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moças que, para cativar o coração do visitante, valem-se de cantar belas canções, fazer a renda mais bonita e até invocar os poderes mágicos de Dona Zefinha, a grande feiticeira daquela terra. No entanto, o destino (sempre ele) lhes prega uma grande peça e só então é que Sebastiana e Severina descobrem o valor da verdadeira amizade.
La Fille Mal Gardée Teatro Luiz Mendonça 08 16h e 19h30 balletmaysa@hotmail.com R$ 20 (Preço único)
Marius Petipa em 1894. O espetáculo tem uma atmosfera onírica, que reúne deuses, ninfas e outros seres mitológicos e conta com um cenário confeccionado especialmente para o espetáculo, retratando uma floresta e algumas ruínas.
Academia Angela Botelho – Sim com prazer Teatro Luiz Mendonça 17 18h e 20h academiaangelabotelho@gmail.com R$ 40 e R$ 20 (Meia)
Sim, com prazer é dividido em duas partes; na parte1,”O Retorno da A Maysa Club apresenta uma Primavera”, a beleza da natureza é remontagem do Ballet de Repertório a grande inspiração: personagens La Fille Mal Gardée, com Direção como flores, borboletas, beija- floGeral de Simone Monteiro e bailarino res e esquilos dançarão lindas coconvidado Flávio Henrique. O espetá- reografias.Outros personagens do culo conta a alegre história de amor imaginário infantil também estarão entre jovens tem uma combinação atuando nesse belo cenário: fadas do contagiante de dança, cores vibrantes dia, fadas da noite, princesas. A parte e música expressiva. Engraçado e 2 , “Inspiração”, faz um link entre a comovente, La Fille Mal Gardée é o dança e as pinturas de grandes artistas como :Claude Monet, Degas, balé perfeito para todas as idades. Van Gogh, Salvador Dali, entre ouO Despertar da Primavera tros, projetando suas obras no teTeatro Luiz Mendonça lão durante a coreografia. A noite 10 19h30 ainda conta com o solo de Martha culturarte.contato@hotmail.com Penna representando a Monalisa de R$ 30 e R$ 15 (Meia) Leonardo da Vinci e solo de Renata O Espetáculo é baseado na obra “Le Botelho representando o auto retraRéveil de Flore” ou “O Despertar de to de Frida Kahlo. Flora”, com coreografia original de
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Espetáculo Autorretrato 10 e 11 20h e 12 17h e 20h Duração: 56 minutos R$ 10 e R$ 5 (meia) Foto Divulgação
Workshop 5 0h às 13h Inscrições: gentearteirape@gmail.com Vagas: 25
O projeto inclui a apresentação dos mais recentes espetáculos da companhia carioca Nós da Dança: Autorretrato (2013), que trata da construção da autoimagem da companhia, a partir dos sonhos, projeções e perspectivas de seus integrantes, e Tempo (2010), que reflete sobre o tempo da dança e suas variáveis. Os espetáculos são compostos por 10 bailarinos, todos integrantes fixos da Cia. Haverá ainda a realização de um workshop, ministrado pela diretora e coreógrafa da Cia, Regina Sauer, que vai trabalhar a técnica de Lester Horton, coreógrafo americano, na dança moderna. A aula inclui aquecimento, exercícios técnicos, alongamento e diagonais coreografadas com aprofundamento nos movimentos específicos da técnica. Confira a programação:
Espetáculo Tempo 3 e 4 20h e 5 17h e 20h R$ 10 e R$ 5 Duração: 50 minutos
Foto Vitor Zorzal
Nós da Dança: Circulação de Repertório
“Selfie” Teatro RioMar Av. República do Líbano, 251 - 4º piso do RioMar Shopping 12 21h e 13 19h Plateia: R$ 120 e R$ 60 (meia) Balcão: R$ 90 e R$ 45 (meia) Canais de venda oficiais: bilheteria do teatro, lojas Reserva dos shoppings Recife e Plaza, Livraria Jaqueira e site Ingresso Rápido (www.ingressorapido. com.br)
Com Mateus Solano e Miguel Thiré a comédia “Selfie” chega ao Recife em duas apresentações. A peça, uma idealização do produtor Carlos Grun com os dois atores, tem direção de Marcos Caruso e texto de Daniela Ocampo (roteirista do programa «Tá no Ar: a TV na TV», de Marcelo Adnet e Marcius Melhem, Globo). Reflexões e indagações sobre valores sociais e morais ARTES CÊNICAS
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redor do circo, e sim em um cômodo próximo do lugar onde o circo está armado. O quarto tem uma grade que está sempre fechada e por isso o homem costuma deixar a porta aberta. O Palhaço de Cara Limpa olha do quarto o movimento na rua e, mais adiante, o próprio circo. No ambiente, um sofá-cama, um violão, uma cafeteira elétrica, um notebook, livros, geladeira e mais algumas outras coisas que deixam o quarto lotado, mas bem organizado. O personagem vive só, ele diz poemas, conta histórias e canta canções sobre a vida e seus sentimentos. O espaço tem capacidade para dez pessoas. Reservas: 88707853 e 95189843.
Foto Divulgação
contidos nos meios de comunicação; as relações distorcidas entre pessoas e o que elas buscam com essas exposições; a interferência avassaladora da tecnologia na comunicação num tempo em que mais se tecla do que se fala; pessoas fotografando continuamente a si mesmas, registrando o passo a passo de suas rotinas. Estas observações do comportamento contemporâneo foi o ponto de partida para a criação de uma comédia ágil e dinâmica, em que Mateus Solano e Miguel Thiré interpretam personagens facilmente reconhecíveis por todos nós.
O palhaço de cara limpa Rua da Imperatriz, 134, sala 14 – Boa Vista (ao lado do Banco Santander) Ter, Qui, Sex e Sáb 20h R$ 10
Criada por Flávio Renovatto, a récita apresenta um homem de meia idade que trabalha como palhaço num circo e mora num espaço bem pequeno, porém aconchegante. Diferentemente dos outros integrantes, ele não mora no trailer ao
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Las Mariposas 4 19h30 - Bairro dos Coelhos - Praça dos coelhos 10 19h30 - Cidade Universitária - UFPE
O espetáculo é fruto do desejo dos atores Andrea Veruska e Wagner Montenegro de retratar a situação de violência contra as mulheres em Pernambuco. O nome do espetáculo
A interpretação operística será narrada ineditamente na linguagem do cordel, unindo dramaturgia, canto e música, sob o fio condutor de trilha musical pesquisada e produzida sob a influência da tradição popular, com perspectiva cênica no formato de Cortejo-lítero musical e elenco de 28 artistas entre músicos, atores e dançarinos, contando a vida e obra do “Rei do Baião”.
Foto Divulgação
faz referência às irmãs dominicanas Maria Tereza, Pátria e Minerva, conhecidas como Las Mariposas, que foram mortas em 25 de novembro de 1960 pelo regime ditatorial da República Dominicana, por buscarem uma vida com mais igualdade entre homens e mulheres.
Foto Divulgação
No truque da galinha morta
Ópera Cordelista Lua Alegria
Teatro Valdemar de Oliveira Praça Osvaldo Cruz, 412 – Soledade 32221200 | 87784620 e 95092626 Sáb 21h R$ 50 e R$ 25 (meia). (Promoção solidária: levando 1 kg de alimento, desconto de 50% no valor da inteira.)
O espetáculo narra a trajetória de quatro atrizes veteranas que estão ensaiando laboratórios e números musicais para exibição de uma peça, O roteiro dramatúrgico é baseado com data já marcada de estreia. no livro/cordel de Paulo Matricó, Durante os ensaios, elas recebem a intitulado Luiz Lua Alegria e conta notícia, pelo Diretor, de que todos os em Literatura de Cordel a história patrocínios esperados foram cancede Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, um lados e por isso terão de improvisar ícone da cultura regional nordestina. outros números, a fim de cumprir a Teatro de Santa Isabel 10, 11 e 12 20h e 13 19h R$ 20 e R$ 10 (meia)
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muitos, o texto busca ensinar aos pequenos, de forma divertida, a fazer uma boa higiene pessoal, a não falar com estranhos, a cuidar da natureza, entre outras questões básicas para a formação de uma criança.
Foto Divulgação
pauta. O resultado dessa artimanha explica a origem da expressão “truque da galinha morta”. Escrita e dirigida por Aurino Xavier, No truque da galinha morta mostra a realidade enfrentada pelos grupos de teatro que lutam por apoios culturais, renovação de elenco e contra a falta de patrocínios, além de exaltar a vontade dos artistas de superar todas essas dificuldades para realizar seus trabalhos.
Foto Divulgação
A bicharada Teatro Alfredo de Oliveira Praça Osvaldo Cruz, 412A – Soledade Dom 16h30 R$ 40 e R$ 20 (meia)
Chapeuzinho Vermelho Teatro Alfredo de Oliveira Praça Osvaldo Cruz, 412A – Soledade Dom 10h30 R$ 40 e R$ 20 (meia)
O musical é inspirado no clássico infantil Chapeuzinho Vermelho. Além de contar a história conhecida por
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O espetáculo, escrito e dirigido por Carlos Mallcom, é inspirado no clássico Os saltimbancos. E narra a história de cinco animais (um jumento, um macaco, uma galinha, uma gata e um cachorro) que por não serem reconhecidos por seus talentos, decidem se juntar para formar um grupo musical.
O Tempo está em outro lugar - Totem
A porta aberta
Foto Fred Nascimento
A Mostra de artes cênicas A Porta Aberta, da EMAJPE, chega em sua 16ª.2 edição, com espetáculos e performances dos cursos e oficinas da própria instituição e de grupos e artistas convidados. A homenageada desta edição será a atriz e presidente do SATED/PE Ivonete Melo, que receberá a referida homenagem será na sexta-feira 04 de dezembro, último dia do evento, às 19h. Em seguida será apresentado o espetáculo Viva La Vida, que servirá como prova pública dos alunos do 4º período do Curso Profissional, como parte do convênio firmado entre a EMAJPE e o SATED-PE. Escola Municipal de Arte João Pernambuco Av. Barão de Muribeca, 216 – Várzea 3355.4093 / 3355.4094 Até o dia 04
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PROGRAMAÇÃO
Ter 01 16h - Lilá – Exposição de Fotoperformances.
Performers: Angélica Costa e Simoni Lyro. Fotos Gustavo Túlio 19h - Cenas em Cena 3 e 4.
Oficina de Teatro Prof. Tatiana Pedrosa 19h20 - Estas São as Escadas que Você tem Que Vigiar
Dramaturgia Tennesse Williams 1º per. Curso Básico Teatro Dir. Tatiana Pedrosa 20h - Estação Vida
Criada partir do universo de Eduardo Galeano Dramaturgia Fred Nascimento 4º Per. Curso Básico Dir. Fred Nascimento 20h40 - O Casamento do Pequeno Burguês
Dramaturgia Bertold Brecht 3º per. Básico Teatro Dir. Júnior Foster
Qua 02 16h - Lilá - Exposição de
Fotoperformances. Performers: Angélica Costa e Simoni Lyro. Fotos Gustavo Túlio
15h - Jan de Contato Improvisção
Com Conrado Falbo (Coletivo Lugar Comum) 17 - Leste e Oeste
Criação e atuação dos estudantes do 4º período Curso Profisional/Coletivo Trapache Prof. Fred Nascimento 17h40 - Eu vim de Lá - Dança
Cia Shukura Criação Coletiva 19h - Cenas em Cena 5 e 6.
Oficina de Teatro Dir. Tatiana Pedrosa 19h30 - A Ópera dos Três Vinténs – (recorte)
Dramaturgia Bertold Brecht 2º per. Curso Básico Teatro Dir. Patrícia Barreto 20h20 - Persuasão
Dramaturgia direção e atuação Coletivo Filhos do Sol 20h40 - Obrigada, Bom Espírito
Dramaturgia Tennesse Williams 1º per. Curso Básico Teatro Dir. Tatiana Pedrosa
Qui 03 16h - Lilá - Exposição de Fotoperformances.
Performers: Angélica Costa e Simoni Lyro. Fotos Gustavo Túlio 19h - Cenas em Cena 7 e 8.
Oficina de Teatro Dir. Tatiana Pedrosa
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19h20 - Partes de Nós
Oficina de dança - EMAJPE Coreografia Diogo Lins 19h40 - Experimento Teatral
Recorte de textos de diversos autores. Dramaturgia coletiva. 3º per. Curso Básico Teatro Dir. Júnior Foster 20h30 - Homens de Pedra e Ossos
Grupo Arte em Movimento e Núcleo de Arte e Cultura do IFPE Dramaturgia e Direção Adilson Di Carvalho
04 (Sexta-feira) 16h - Lilá - Exposição de Fotoperformances.
Performers: Angélica Costa e Simoni Lyro. Fotos Gustavo Túlio 19h - Homenagem
SATED e Ivonete Melo – atriz, arte educadora, presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos no Estado de Pernambuco. 20h - Viva La Vida
Recorte de textos de Antonin Artaud, Eduardo Galeano, Pablo Neruda, Victoria Santa Cruz, Vladimir Maiakóvski e outros autores. Prova pública do 4° Per. Curso Profissional Dramaturgia e direção Fred Nascimento
Zeca Viana reúne psicodelia e memórias afetivas em uma Estância
CANTO DAQUI
Por Jaciana Sobrinho
Foto Adriano Sobral
O músico, videomaker e produtor independente, responsável pela já conhecida coletânea Lo-fi - que busca dar destaque às produções musicais pernambucanas - Zeca Viana, apresenta seu novo álbum: Estância. Este, que é o terceiro da carreira do artista (ex-integrante das bandas Asteróide B-612, Rádio de Outono e Volver) enfatiza o estilo Lo-fi e psicodélico dele, ao mesmo tempo em que evidencia o bairro onde cresceu e ainda vive, a Estância. Foi das gravações de fita k-7, que faziam parte das brincadeiras de “programa de rádio” que ele fazia com um amigo na infância, que surgiu o interesse de Zeca pela música. “Nós gravávamos as músicas que tocavam
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nas rádios e depois fingíamos que tínhamos um programa. Ele apresentava o programa e eu fazia as montagens com as músicas. Interessante é que hoje ele é realmente locutor de rádio”, lembra Zeca. Toda a prática com os instrumentos musicais e o conhecimento sobre os equipamentos e programas de gravação que utiliza, ele aprendeu sozinho, com muito ensaio e pesquisas. A bateria foi o primeiro instrumento que aprendeu a tocar e que o levou à formação de algumas bandas de garagem na adolescência. Até que em certo momento, mais experiente, passou a integrar a banda Volver. Ainda nessa época, começou a projetar a ideia do seu disco solo, no qual a psicodelia já era ingrediente certo. “Sempre ia para os estúdios nos anos 90 e era tolhido. Queria usar caixa de bateria na voz, usar textura na voz, tocar guitarra de uma forma não convencional e criar uma paisagem para as composições, deixando as músicas com cara de trilha sonora”, conta ele, que tem como referência artistas como Guilherme Arantes, Beto Guedes e Flávio Venturini, além do rock dos anos 80 de A-HA, Duran Duran e Alphaville, por exemplo. “Tenho interesse pela viagem que a música pode proporcionar a quem está ouvindo, essa característica imagética”, acrescenta.
Foto Adriano Sobral
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As letras de Zeca denunciam essa preferência, sempre contando uma história, sugerindo cenários que podem criar um roteiro na imaginação do ouvinte. “Busquei conhecer melhor os trabalhos dentro
desse contexto que foram produzidos aqui em Pernambuco e encontrei o Satwa (Lailson e Lula Côrtes), Paebiru (Lula Côrtes e Zé ramalho), além de referências internacionais como The Stones Roses e Edgard Vàrese”, afirma. Quando iniciou a gravação do Estância, Zeca já tinha uma vivência maior com a música e também um repertório mais definido. Após uma temporada em São Paulo, estudando sobre produção musical e trabalhando em diversas atividades relacionadas, o músico retornou ao Recife e dedicou-se à gravação do disco. “Depois de pesquisar o significado da palavra Estância e ver que existe até um significado poético, eu defini como seria o trabalho”, explica.
Foto Fernanda Mafra
Em faixas como Estância, Clínica de Brinquedos, Volitações na Rua André Vieira de Melo e Hotel Malibu, Zeca vai guiando o ouvinte pelas lembranças e locações do bairro em que cresceu e voltou a morar há pouco. “Essa Clínica de Brinquedos existiu mesmo e era onde aconteciam muitas das festinhas da turma da rua e onde eu tocava as fitas k-7 que gravava em casa”, diz. “E em Deuses de Aço eu faço referência a uma foto famosa de um disco voador, que foi feita aqui no bairro pelo tio de um amigo meu. Como sempre me interessei por ufologia, eu quis inserir o assunto no disco. A capa também representa isso com a foto do meu quintal e a sobreposição do disco voador”, explica.
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Foto Adriano Sobral
Além do processo demorado, por ter que gravar cada instrumento e criar cada um dos arranjos sozinho, Zeca fez questão de mixar as canções com ruídos que ele mesmo gravou nos arredores de sua casa como barulho de crianças saindo da escola (1986/ wormhole) e grilos (Volitações na Rua André Vieira de Melo). “Eu acho que a grande diferença disso tudo foi que eu me aprofundei na produção. Eu já tinha gravado muitas coisas, mas não tinha mergulhado no processo de mixagem e masterização como fiz dessa vez”, avalia. Para ouvir os trabalhos de Zeca Viana basta acessar os sites http://zecaviana.bandcamp.com/ e https:// soundcloud.com/zeca-viana/sets. E para conferir o som ao vivo, é só aguardar o dia 25 de outubro, quando haverá show na Rua da Moeda, às 17h. E tem show também no Capibaribe in Rock, no dia 14 de novembro, às 22h. Contato para shows: 9918.0858 zecaviana@gmail.com
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MÚSICA Foto Júlio Freitas
bandavoou lança o disco Nó no teatro de Santa Isabel A noite de 15 de dezembro de 2015 será um marco para bandavoou. É neste dia que o quinteto apresenta ao público seu primeiro disco de carreira: Nó. Três anos após o lançamento do seu EP de estreia, a banda mostra não só o repertório autoral construído desde o seu surgimento, mas também amadurecimento artístico no palco. O show de lançamento acontecerá no Teatro de Santa Isabel, às 20h30. Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia) e já estão à venda (vide serviço). São quatro anos de trajetória, um EP lançado, dezenas de shows e composições, participações e prêmios em diversos festivais de música do país. Essa é a bagagem que a bandavoou quer mais uma vez compartilhar MÚSICA
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com o público que a acompanha desde o primeiro vídeo despretensioso publicado na internet, em 2011, e que foi se tornando numeroso a cada show. O set list da noite inclui as faixas do novo álbum, os hits mais queridos e as conversas bem humoradas que sempre marcam as apresentações da banda. O repertório de Nó passeia por vários ritmos como samba, bolero e pop, com arranjos bem construídos que flertam com o rock, reafirmando que a banda não sente necessidade de se moldar a um único estilo musical. E como a poesia é a matéria prima que alicerça as canções, também está presente e registrada em declamações. Com maioria de inéditas, a produção inclui composições como “Peraí”, “Lá vem ela de novo”, “Perfume na pinta” e “Tempo Mãe”, já conhecidas e queridas do público, mas com nova roupagem. O álbum, lançado em outubro passado, traz participações do grupo Bongar, de Zé Manoel e ainda de Elomar Figueira Mello. O show terá a presença dos dois primeiros e, ainda, a participação do cantor e compositor Juliano Holanda. bandavoou Teatro de Santa Isabel Praça da República, s/n – Santo Antônio 15 20h30 R$30 (inteira) R$ 15(meia) – à venda na bilheteria do teatro 3355.3323 | 3355.3324
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LANÇAMENTOS CDS
Maria Wilma 9 9979 5959 “Eu” é o novo projeto da cantora Maria Wilma. Samba, frevo, marchinha, samba-canção, afoxé, xote e bossa nova estão entre os ritmos que compoem o disco. Com um repertório bem diversificado e direção musical de Nilson Lopes, o álbum traz faixas como “Eu e Tu”, “Você precisa saber”, “Faz de mim seu beija-flor”,”Você partiu”, “E pode, com seu amor, continuar”. São 14 faixas, incluindo a música de trabalho:“O canto do sabiá” (Maria Wilma / Landro Galiza). Mais informações sobre a artista no site www.mariawilma.com.
Camelô 9 8827 1449 | 9 8785 8631 A banda Camelô lança seu novo CD de carnaval de título “Camelô Carnaval do Brasil”, valorizando a música carnavalesca pernambucana. O disco com 19 faixas inclui releituras de sucesso como “Sonífera Ilha”, “País Tropical” e “Bicho maluco beleza”. Sempre presente nas festividades não só da cidade do Recife mas, do Estado, diversificando ritmos culturais, desde o romântico até o Frevo e Maracatu. Criada e fundada no ano de 1997, no bairro de Casa Amarela, por um grupo de cincos amigos, músicos profissionais com proposta de propagar a cultura pernambucana. O grupo ganhou notoriedade regional e nacional com os títulos, chegando à marca de 800 mil CDS vendidos ao longo dos anos.
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8º Encontro de Sanfoneiros do Recife Divulgar a música popular regional e a sanfona para várias gerações. É com esse propósito que o Encontro de Sanfoneiros do Recife realiza a sua 18ª edição. Esse ano, o evento presta homenagem em memória ao Mestre Camarão. Nosso Quintal Rua Leila Félix Karan, 15, Torrões (Ao lado da sede da Chesf) 3228 6846 / 9 9242 6231 Gratuito
4 18h - O Matuto - Show de Sanfoneiros - Rouxinol e Topogi - Show dos homenageados: Evandro dos 8 Baixos e Remanso do Forró
5 18h - Show de Sanfoneiros - Choro Sanfonado (Chorinho do Nosso Quintal) - Show do homenageado: Arlindo Moita Teatro Santa Isabel Praça da República, s/n, bairro de Santo Antônio - Recife 3355.3322 | 3355.3324
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22 20h - Irah Caldeira - Coral da UFRPE, sob a regência da professora Evani Barbosa - Vynicius Amorim - Choro Sanfonado (Chorinho do Nosso Quintal) - Orquestra sanfônica com os sanfoneiros Adriano, Manoelzinho e Ítalo Diógenes, com participação especial de Luizinho Calixto - Show do homenageado Beto Hortiz
Foto Divulgação
Foto Divulgação
PROGRAMAÇÃO
Blitz Baile Perfumado Rua Carlos Gomes, 390, Prado (ao lado do Jockey Club) 5 22h R$ 100 (inteira) / R$ 50 (meia) / R$ 70 (social) – Levar 1 Kg de alimento não perecível no dia | Mesa: R$ 125 (4 pessoas) / Cada mesa ganha um espumante Botticelli Indicado para maiores de 18 anos 3033.4747 A Blitz decola da Cidade Maravilhosa para o Recife prometendo sacudir o Baile Perfumado com show pra cima e dançante. A turma de Evandro & CIA traz toda a vibração no próximo dia 05 (sábado), a partir das 22h, colocando
Doctor Vôte Gota Serena Bar Rua Manoel Joaquim de Almeida, 380 Iputinga | 3272.0358 Sex 19h30 R$ 3,00 Influenciados pelo pop, música regional (forró, frevo, maracatu, brega...), Fossa, jazz, blues, pitadas de erudito e do multiculturalismo da música brasileira, a banda doctor vôte celebra a música através de sua sonoridade peculiar. Apresenta composições próprias e reciclando sucessos consagrados de variados estilos, sempre “costurando-os” de maneira criativa. A Doctor Vôte teve início em 2013 e é formada por Amauri Nascimento (vocal) Daniela Cabral (vocal), Athos Thiago (guitarra/violão), Jonas Nascimento (bateria), Gabriel Conolly no (cello) e João Vitor (baixo).
Orquestra Sinfônica do Recife
Foto Lu Streithorst
todo mundo pra cantar grandes sucessos como “Weekend”, “Você Não Soube Me Amar”, “Beth Frígida”, “Geme Geme” e “Dois Passos do Paraíso”. A formação atual do grupo que bombou nos anos 80 está reunida há cerca de oito anos e já gravou três CDs e dois DVDs. No vocal, Evandro Mesquita (guitarra e violão também), Billy Forghieri (teclados), Juba (bateria), Rogério Meanda (guitarra), Cláudia Niemeyer (baixo), Andrea Coutinho (backing vocal) e Nicole Cyrne (backing vocal) e Mafram do Maracanã (percussão). Garantia de noite de diversão e alto astral, a Blitz irá apresentar o CD e DVD MultiShow Registro BLITZ 30 anos Ipanema (Universal). Quem for conferir, também vai dançar muito ao som do DJ 440 e se jogar no samba-rock e nas baladas internacionais da Madeira Delay.
Teatro de Santa Isabel Praça da República, s/n – Santo Antônio 3355.3323 | 3355.3324 16 20h Gratuito – ingressos distribuidos a partir das 19h. Dando continuidade programação de concertos oficiais, a Orquestra Sinfônica do Recife apresenta neste mês de dezembro Sinfonia número 7, opus 92 em 4 movimentos) poco sostenuto-allegretto-presto-allegro com brio), de Beethoven. Ainda no programa, sob o comando do maestro Marlos Nobre, a OSR executa a Passacaglia para grande orquestra, de autoria do maestro.
Forró na Sala de Reboco Rua Gregório Júnior, 264 - Cordeiro 3228 7052 R$20 a R$30 Abertura da casa às 21h
4 Jorge de Altinho 7 Alcymar Monteiro 11 Maciel Melo 17 Encontros do Pé-de-Serra com Josildo Sá e Thais Nogueira (Juntos no palco) Homenageando João Silva 18 Novinho da Paraíba MÚSICA
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A Sala de Reboco é um reduto do autêntico forró na cpital pernambucana e funciona de quinta à sábado (eventualmente em vésperas de feriados). A casa abre às 21h e, impreterivelmente, às 22h o Quinteto Sala de Reboco inicia a noitada com muito forró pé-de-serra. Às quintas os shows começam à partir das 23h30.
Música ao vivo e boemia Sabor do Antigo Boteco Bar Rua da Guia, 89 – Recife Antigo Qui a Sáb 19h30 O Sabor do Antigo boteco bar é uma opção aconchegante e segura para aproveitar o Happy Hour. Situado na rua da Guia, 89, o bar traz uma alternativa para aqueles que gostam de curtir a noite sem abrir mão de um atendimento personalizado, de segurança e de boa música. A programação musical começa a partir das quartas-feiras, com a Quarta das Paixões, reunindo futebol, música e cerveja. Nas quinta-feiras, o local recebe nomes já conhecidos do cenário musical recifense, como Nira Santos, Gerlane Lops, Bianca Menezes, Rebekka Martins, Ganga Barreto, Xuxinha e Xote Marley. Além de Jaina Elne, Jana Figarella (atuou no musical “Cássia Eller”), Katti Alves, Marcelo Ferrari, Marta Santana, Swamy Matos, Diogo Santana, Fred Simões, Thiago Paiva, Isabela Moraes, Hed Maia, Cida Maria, Tiza Diniz, Juh De Paula, Bárbara Fagundes. Nas sextas e nos sábados, a programação musical inclui MPB, Pop Rock, Rocks Clássicos brasileiros e internacionais, Xote, Manguebeat e Coco. A casa abre sempre às 19h. Confira a programação semanal na FanPage no
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Facebook (sabordoantigo) e no Instagram (sabordoantigo).
Voz do Capibaribe Bar Teatro de Mamulengo Praça do Arsenal – Bairro do Recife Sáb 17h às 22h Tendo como proposta musical o resgate de autores e músicas do cancioneiro nacional e pernambucano presentes no imaginário popular, além de músicas autorais, por onde desfilam o samba, o frevo, a bossa nova, o baião, o forró, a ciranda e o coco, o grupo Voz do Capibaribe ao se apresentar abre o microfone para o público, interagindo assim com os “cantores anônimos” da plateia. A banda, formada por Almani Galdino (vocalista), Evane Sarmento (violonista e vocalista), Rosângela Ribeiro (vocalista), Bernardo Belmonte (pandeirista, flautista, pianista) e Gustavo Soares (percussionista), apresenta-se todos os sábados no Bar Teatro de Mamulengo, um reconhecido espaço de fomento à cultura.
Música brasileira ao vivo Cordel Botequim Rua da Hora 837 – Espinheiro | 3033 4126 Sex e Sáb a partir das 20h Couvert: R$ 20 www.cordelbotequim.com.br Os cantores Serginho, Marquinhos e Banda, Eran Rouche e As Nenas são os responsáveis pela animação do restaurante e bar Cordel Botequim, localizado no Espinheiro. Os artistas, que se apresentam em dias alternados, fazem a festa com um repertório diverso que passeia pelos estilos musicais de MPB, forró, samba e sertanejo.
Terça do Vinil Lisbela e Prisioneiros Bar Largo de Santa Cruz, Boa Vista Ter 19h a 23h Gratuito www.facebook.com/tercadovinil O DJ 440 anima a noite com o melhor da música brasileira. A Terça do Vinil já se tornou uma opção de happy hour muito querida pelos pernambucanos. Como de costume, o DJ 440 comanda as carrapetas com sua coleção de vinis, no bar Lisbela e Prisioneiros, no Pátio de Santa Cruz. Na vitrola, são tocados ritmos como samba, jazz, samba rock, tropicália, guitarrada, entre outros. O projeto de Juniani Marzani, ou popularmente conhecido por DJ 440, visa resgatar e proteger a boa música brasileira, através de discos de vinil.
Roupa Nova Chevrolet Hall Av. Agamenon Magalhães, s/n - Complexo de algadinho 11 21h R$ 40 (meia) R$ 80 (inteira) R$800 Mesa premium (4 lugares) R$1500 Camarote 1º piso R$1300 Camarote 2 piso R$1000 Camarote 3º piso Vendas na bilheteria do local. 3427.7500 Todo amor do mundo: em formato inédito de “áudio-book”, o novo projeto do Roupa Nova traz uma ficção escrita pelo Nando e incorporada por todo o grupo, que se passa no final dos anos 60 no Rio de Janeiro e retrata de forma muito criativa e quase documental, as aventuras e romances dos jovens ado-
lescentes que sonhavam viver o mundo da música naquela época. As surpresas serão muitas neste novo trabalho, começando pelo formato encontrado pelo Roupa Nova para levar esta história aos seus milhões de fãs. Além disso, o grupo ainda apresenta os seus grandes sucessos da carreira. A abertura da noite fica a cargo de Rick Vallen.
Pastoril Giselly Andrade lançamento de CD Av. Barão de Rio Branco – Bairro do Recife 18 19h15 Gratuito Uma das manifestações populares mais importantes do Ciclo Natalino do Nordeste, o pastoril religioso se perpetua na cidade do Recife através de grupos que representam essa tradição. Entre eles, o Pastoril Giselly Andrade que completa 15 anos de existência e celebra a data com o lançamento do CD ‘Pastoril Giselly Andrade – AO VIVO’. Tendo como mote inspirador a jornada das pastoras à cidade de Belém para celebrar o nascimento de Jesus, o folguedo carrega elementos trazidos com os colonizadores portugueses agregados aos costumes do povo de cada região em que se enraizou. Em Pernambuco, local que possui uma vasta possibilidade de elementos culturais, o Pastoril Giselly Andrade agrega, sutilmente, aos seus cânticos típicos do folguedo, variações de outras manifestações populares pernambucanas, como o maracatu de baque solto, o caboclinho, o xaxado, entre outros, deixando a tradição portuguesa com a cara de Pernambuco.
MÚSICA
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Foto Divulgação
Com canções autorais, algumas delas compostas pelas próprias pastoras, e jornadas tradicionais como Meu São José, Borboleta Bunitinha e Disputa das Cores, o novo CD traz o repertório do show registrado no DVD Pastoril Giselly Andrade, único registro desse tipo relacionado ao pastoril religioso, no estado de Pernambuco, gravado, em 2011, no Teatro Boa Vista. Acompanhadas pela banda do grupo, a Diana, a Contra-mestra e a Mestra cantam a tradição do folguedo, onde, além de apresentar os personagens, disputam a preferência do público entre os cordões Encarnado e Azul.
The Harlem Quartet
VIII Virtuosi 9 a 20 Gtatuito Neste ano, o festival ocorre não apenas no Nordeste brasileiro, mas ainda na Argentina e Uruguai com uma programação que se caracteriza pela excelência de seu repertório e de sua execução em peças clássicas e contemporâneas. Pelo sexto ano consecutivo, o VIRTUOSI acontece em diferentes localida-
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des além do Recife, indo neste ano a Buenos Aires, Montevidéu, Olinda, João Pessoa, Campina Grande e Fortaleza. Um outro destaque na programação é o primeiro concerto do evento no Alto José do Pinho no programa “A música clássica sobe o morro” no dia 19 de dezembro. De 09 a 11 de dezembro, o IV Virtuosi Século XXI antecede a programação do XVIII Vituosi, mantendo a tradição de trazer grandes nomes internacionais na música contemporânea para conversar com os instrumentistas locais apresentando novas peças ao vivo. Fortaleza –The Harlem Quartet será a atração da etapa cearense do festival Virtuosi em Fortaleza no dia 15 às 20h no Auditório do Centro Cultural Dragão do Mar. A vinda do Harlem Quartet ao Brasil está sendo possível através do apoio do Consulado Americano no Recife. Campina Grande - O VIRTUOSI apresenta também um concerto na cidade de Campina Grande com o apoio do Museu dos Três Pandeiros. O concerto do grupo francês Quatuor Calienteocorre no dia 16 de dezembro às 20h no Museu. João Pessoa - Durante a semana de concertos em Pernambuco, o VIRTUOSI vai para Paraíba e apresenta um concerto especial na cidade de João Pessoa. Com apoio da FUNJOP e UFPB, a Sala Radegundis Feitosa recebe a pianista Marianna Schrinyann no dia 17 de dezembro, às 20h.
IV Virtuosi Século XXI
IV Virtuosi Diálogos
RECIFE Instituto JCPM Av. República do Líbano, 251 Pina. (Rio Mar Recife) | 3878-0001 / 3878-0002
RECIFE Livraria Cultura Paço Alfândega
Palestras, debates, oficinas Qua 09 9h30 – 10h50 Palestra 1: Dániel Péter Biró (Hungria/Canadá) 11h00 – 12h20 Palestra 2: Flo Meneses (SP) 14h00 – 15h20 Palestra 3: José Orlando (PB) Qui 10 09h30 – 10h50 Palestra 4: Zaid Jabri (Síria/Polônia) 11h – 12h20 Palestra 5: Alfredo Barros (CE) 14h00 – 15h20 Palestra 6: Pauxy GentilNunes (RJ) Sex 11 09h30 – 12h20 Master Class: Dániel Péter Biró (Hungria/Canadá) 13h30 – 16h20 Master Class: Zaid Jabri (Síria/Polônia) Teatro Eva Herz Shopping RioMar - Av. República do Líbano - Pina
15, 16 e 17 10h Aprendendo a ouvir Música Talks com Irineu Franco Perpétuo Inscrição: www.virtuosi.com.br Ordem Terceira de São Francisco do Recife
Ter 15 19h Trio de Cordas Membros do Quarteto Carlos Gomes Qua 16 19h Priya Mitchell, Violino Orquestra Jovem de Pernambuco Teatro de Santa Isabel
Qui 17 20h The Harlem Quartet Sex 18 20h Orquestra Virtuosi Rafael Garcia, regente Sáb 19 20h Quatuor Caliente Dom 20 18h Marianna Schrinyan, Piano 19h Priya Mitchell, Violino Mariann Schrinyan, Piano Alto José do Pinho
Qua 09 19h30 Iamaká Eli-Eri Moura Stella Splendens - Oratório Profano [1963] Qui 10 19h30 Daniel Murray, violão Sex 11 19h30 Rafael Altino, viola Lançamento do CD Viola A Rafael
Sáb 19 19h Grande Concerto Bndes Orquestra Jovem de Pernambuco Rafael Garcia, regente Tour Nordeste
XVIII Virtuosi
Dom 13 18h The Harlem Quartet Fortaleza -CE | Auditorio Dragão do Mar Ter 15 20h The Harlem Quartet Campina Grande – PB | Museu dos 3 Pandeiros Qua 16 20h Quatuor Caliente
BUENOS AIRES | USINA DEL ARTE
Dom 13 11h30 Orquesta Virtuosi de Pernambuco Rafale Garcia, regente MONTEVIDEO | SALA NELLY GOITIÑO
Ter 15 19h30 - Orquesta Virtuosi de Pernambuco
OLINDA Convento de São Francisco
JOÃO PESSOA - PB Sala Radegundis Feitosa
Qui 17 20h Priya Mitchell, Violino Marianna Schrinyann, Piano
MÚSICA
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CIRCULANDO Foto Marcos Pastich
Restauração da Imagem da Santa e Elevação a Santuário marcam a Festa do Morro A 111ª edição da maior festa católica do Estado de Pernambuco, a tradicional Festa de Nossa Senhora da Conceição do Morro, está de cara nova. A imagem da Santa foi restaurada e reinaugurada numa missa de ação de graças que será celebrada pelo pároco da Igreja do Morro da Conceição, Padre José Roberto França. A imagem foi restaurada pela primeira vez no ano de 2001, e este ano passou pela segunda intervenção artística, com duração de três meses para ficar pronta. Este ano, a Festa terá outra grande celebração: a Paróquia do Morro será elevada a título de Santuário Arquidiocesano. O evento irá ocorrer no mesmo dia dedicado a Imaculada Conceição, 08 de dezembro, na
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missa de encerramento das festividades em honra a Santa. A Festa do Morro, como é popularmente conhecida, terá como tema em 2015 “Maria, Reflexo da Divina Misericórdia” e será celebrada com 56 missas durante 10 dias de festa, de 29 de novembro a 08 de dezembro. Dando continuidade ao projeto dos últimos anos, a programação cultural terá a participação apenas de shows religiosos, o que confirma o real cunho da Festa de Nossa Senhora da Conceição. Entre as atrações, Anjos de Resgate, que já vendeu mais de um milhão de discos e é considerado um fenômeno da música católica. O cantor Antonio Cardoso também marcará presença na festa este ano. Com mais de trinta anos de carreira, ele segue encantando o Brasil com lindas canções. Atrações católicas locais farão parte da programação cultural, entre eles o padre João Carlos e Frei Damião Silva. Os shows terão início logo após as missas de abertura, do novenário e do encerramento das festividades, ás 20h30. Este ano, as apresentações artísticas irão ocorrer todas as noites, nos dez dias da festa do Morro 2015. Programação:
1 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas 20h30 – Paulo Deére e banda 2 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas 20h30 – Luiza Cláudio e banda 3 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas 20h30 - Dudu do Acordeon 4 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas 20h30 - Poetas Violeiros e Declamadores de Afogados da Ingazeira 5 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas 20h30 – Viviane Arruda 6 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas 20h30 – Obra de Maria 7 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas
20h30 – Tributo a maria 8 00h, 2h, 4h, 6h, 8h e 10h Missas 12h às 16h – Louvor e adoração (comunidade católica Obra de Maria) 14h – Procissão de encerramento (Forte do Brum / Morro da Conceição) 16h – Lançamento do CD Divino amor (morro da Conceição) 18h – Solene Celebração Eucarística de Encerramento da Festa de Nsa. Sra. da Conceição (Dom Fernando Saburido, OSB - Acerbispo Metropolitano de Olinda e Recife) e Solenidade de elevação da paróquia à santuário 20h - Padre João Carlos e Frei Damião Silva e Banda CIRCULANDO
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Foto Divulgação
Foto Rodrigo Cavalcanti
que mantêm conservada a paisagem secular do Recife.
Show Folclórico Ter 21h Restaurante Catamaran Cais das Cinco Pontas, s/n | 34242845 / 999734077 R$ 40
Todas as terças, o restaurante Catamaran oferece um grande show com um balé que apresenta ao público a diversidade e beleza dos ritmos da cultura nordestina: xaxado, maracatu, coco, ciranda, caboclinho, frevo e forró. O espetáculo tem duração de aproximadamente duas horas.
Tour Recife e seus Bairros Restaurante Catamaran Cais das Cinco Pontas | 3424 2845 / 99973 4077 Dom 10h (reserva prévia) – Passeio com duração de aproximadamente duas horas. Adulto: R$ 55 6 a 10 anos: R$ 30 e 0 a 05 anos: gratuito
O passeio contempla as paisagens urbana e natural da cidade, passando por 14 bairros do Recife, entre eles, os contemporâneos e outros bem antigos que, erguidos durante o período colonial, mostram-se ainda belas edificações, hoje tombadas,
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Tour Rio Capibaribe e suas Pontes Restaurante Catamaran Cais das Cinco Pontas, s/n 34242845 / 999734077 Seg a Sex 16h e 20h (reserva prévia) Sáb 11h | 14h30 | 16h | 17h30 | 20h Dom 11h | 14h30 | 16h | 17h30
Adulto: R$ 45, 6 a 10 anos: R$ 25 e 0 a 05 anos: gratuito Nesse tour, a Cidade do Recife pode ser observada por um ângulo diferente, ou seja, das águas do rio Capibaribe, ao longo do qual o observador percorre as três ilhas do Centro do Recife (Santo Antônio, Bairro do Recife e Boa Vista) e passa por baixo de cinco pontes (Pontes 12 de Setembro, Maurício de Nassau, Manuel Buarque de Macedo, Princesa Isabel e Duarte Coelho). Durante o city tour aquático, os visitantes apreciam belas paisagens de vários pontos turísticos, tais como o Parque de Esculturas de Francisco Brennand, a Praça do Marco Zero, o Paço Alfândega, o Ginásio Pernam-
bucano, a Assembleia Legislativa, o Teatro de Santa Isabel e o casario da Rua da Aurora. A bordo, os visitantes contam com a presença de um guia que relata histórias e curiosidades sobre o Recife.
Feira Parque Dona Lindu Sáb e Dom 14h às 21h
Feira de Boa Viagem Seg a Dom 14h às 22h
Feira Prodarte na Rua Recife Antigo (Avenida Barbosa Lima)
Foto Inaldo Lins
foto Andréa Rêgo Barros
Dom 14h às 21h
Feiras do Prodarte 33558755
O Programa de Desenvolvimento do Artesanato (Prodarte) promove feiras de artesanato em diversos pontos da capital pernambucana. A iniciativa, realizada desde 1987, tem como objetivos de apoiar os artesãos cadastrados no programa; fortalecer a geração de renda e divulgar a cultura da cidade. Fibras, tecidos, madeira e couro são alguns dos materiais selecionados pelos artesãos que dão vida à grande diversidade de peças.
Feira Lagoa do Araçá 1º e 3º Sábados 15h às 21h
Feira Casa Forte 2º e 4º Sábados 15h às 21h
Feira do Capibaribe – Sede da Prefeitura do Recife Três últimos dias úteis do mês 8h às 15h
Visitas monitoradas ao Instituto Ricardo Brennand Engenho São João, s/n – Várzea (Alameda Antônio Brennand) Ter a Dom R$ 7 (para escolas agendadas) | R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) Crianças com até sete anos não pagam 21210352
O Instituto Ricardo Brennand oferece visitas monitoradas para grupos escolares de instituições privadas e públicas. O intercâmbio entre o museu e as instituições de ensino acontece de terça a domingo, mediante agendamento. Realizadas por monitores capacitados, o atendimento serve para prestar maior assistência aos visitantes. Escolas públicas têm entrada gratuita. Para escolas privadas, o bilhete custa R$7, ambas, porém, precisam de agendamento
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Foto Andréa Rêgo Barros
prévio. Além das instituições de ensino, grupos particulares, empresas e turistas também podem agendar a visitação. Com o mais completo acervo sobre o período Brasil-Holanda do mundo, o IRB, na Várzea, propõe-se a ser uma extensão da sala de aula. Lá os estudantes têm acesso ao castelo de armas, à biblioteca, à pinacoteca, entre outros espaços. O IRB abre semanalmente, de terça a domingo.
seio, gratuito, acontece das 14h às 17h e não precisa ser agendado. O último grupo de visitantes começa o passeio até meia hora antes do horário de encerramento das visitas. Já grupos que queiram conhecer de perto mais detalhes sobre a arquitetura e história do centenário Teatro, podem participar do Projeto de Educação Patrimonial. Escolas, ONGs, centros comunitários, grupos artísticos e outros do gênero devemse inscrever pelo e-mail: teatrodesantaisabel.educativo@gmail.com (para passeios a serem realizados às terças-feiras no turno da tarde).
Visitas guiadas ao Teatro de Santa Isabel Praça da República, s/n – Santo Antônio Ter e Dom 14h às 17h Gratuito 33553323 | 33553324
O projeto pretende apresentar o Teatro de Santa Isabel, tombado como Patrimônio Histórico e Artístico desde 1949, contando sua história e curiosidades, como forma de contribuir para a formação de cidadãos aptos a respeitar e cuidar do bem cultural. Ao final de cada visita, os participantes assistem a uma apresentação artística. O pas-
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Feira de Antiguidades do Museu do Estado Museu do Estado Av. Rui Barbosa, 960 – Graças | 3184 3170 Último domingo do mês 10h às 18h Gratuito
Sempre realizada no último domingo de cada mês na área externa do Museu, a feira acontece há mais de 20 anos. A participação como vendedor é exclusiva para os antiquários cadastrados, mas o evento é aberto ao público em geral. São
expostas e comercializadas peças de mobiliários, joias, relógios, peças decorativas de prata, porcelanas, cristais, moedas antigas, quadros e imagens sacras. Uma oportunidade para um dia de lazer, cultura e bons negócios.
City Tour Recife Malassombrado Travessa do Amorim, 66 – Bairro do Recife | 3039 0100 Sáb 18h R$45
Inspirado no passeio executado uma vez por mês pela Prefeitura da Cidade do Recife e nos city tours assombrados realizados em Edimburgo e Londres, o roteiro inclui visitas a teatro, praças, museus, antigas prisões, mansões e ruas que foram palcos de mistérios e lendas de assombros. Todos relatados em livros ou em contos. Durante o trajeto, o público assiste de perto a representação das histórias mencionadas no passeio. Todas encenadas por atores. Dentre os equipamentos que fazem parte dos nossos roteiros, estão: o Museu da Cidade do Recife, Teatro de Santa Isabel, Arquivo Público Estadual de Pernambuco. Os passeios acontecem aos sábados, começando às 18h, saindo da Praça do Arsenal. O roteiro é percorrido com pequenos trechos a pé e deslocamento em ônibus rodoviário.
Sarau da Frida Bar Sushi Digital Rua da Moeda, 122 - Bairro do Recife Ter 19h Gratuito
Várias atividades acontecem durante as noites do Sarau, como vendas de vinis, brechó e feira de antiguidades, além de palco aberto para o público cantar e declamar poemas durante a noite. Comandado pela empresária Irene Valença, conhecida como Frida, por se caracterizar como a pintora mexicana, o evento acontece na Rua da Moeda a partir das 20h e é gratuito. A noite ainda conta com música ao vivo, em show aberto ao público.
3ª edição do Bazar Prime 4, 5 e 6 10h às 22h Centro de Convenções de Pernambuco Olinda | 81 3326 7402 / 81 99657 016 Entrada Gratuita (aceita 1kg de alimento não perecível para ação social) Informações:www.bazarprime.com silvia@bazarprime.com
O Bazar Prime se prepara para terceira edição e promete reunir mais de 200 lojas com 70% de desconto no Centro de Convenções de Pernambuco (CECON-PE). O maior evento do varejo será realizado nos dias 4, 5 e 6 de dezembro com entrada gratuita, das 10h às 22h. Entre as marcas consolidadas no mercado da moda, estão no leque de opções a Coca Cola, Colcci, Bonnie Clyde, Máximo Bags, Milla, Opereta, Tu-
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cano, Vagamundo, Villa Valentina, Zappataria, Becorel Perfumes, Yzzy e muito mais. A abertura do evento vai contar com o show do Trio Yeah de São Paulo. Todos os itens estarão com 70% de desconto e são para todos os estilos, sexos e idades. Aceita todas as formas de pagamento; dinheiro, cheque e cartão. São mais de 200 stands espalhados em 3 mil metros de área. Responsabilidade Social - O Bazar Prime promove campanha solidária paralela ao evento e nesta edição reúne três instituições de caridade de uma só vez. Na entrada, os quilos de alimentos não perecíveis, entregues pelos visitantes, serão revertidos em doações para a Associação de Pais e Amigos dos ExcepcionaisAPAE e Movimento Pró Criança. Quem participar da boa ação con-
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correrá a uma passagem aérea para qualquer lugar do Brasil. Além disso, o Bazar firmou parceria com o Outlet Solidário da AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente do Recife. Programação:
4 Abertura: Orquestra dos meninos de rua do Movimento Pró Criança (MPC). Encerramento: Trio YEAH. 5 Abertura: Grupo de dança maracatu do MPC. Encerramento: Lançamento do clipe do cantor Lucas Costa. 6 Abertura: Lançamento do livro A Representação Social do Cangaço de Rosa Bezerra (filha de cangaceiro do bando de Lampião) e apresentação de dois repentistas. Encerramento: Palhaço Chocolate.
A arte indígena de Rico Baré
PERFIL DO ARTESÃO
Por Texto: Erika Fraga Fotos: Ítalo Santana
Sementes naturais, fibras, folhas e plumas... Elementos que muitas vezes não são tão valorizados, nas mãos do artesão Wanderlan da Silva viram lindos acessórios como pulseiras, colares e brincos. Wanderlan, mais conhecido por Rico Baré, índio natural da tribo Baré de Manaus, aprendeu desde cedo a valorizar a natureza e tirar dela o seu sustento. Radicado em Pernambuco, há mais de 20 anos, Rico mora em Águas Belas, Agreste Pernambucano, e é casado com uma índia Fulni-ô.
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Há mais de duas décadas trabalhando com artesanato ele se inspira na natureza para fazer suas biojóias. “Exceto minha mãe, todos da minha família são artesões. Minha esposa, por exemplo, trabalha com cestaria feita a partir do trançado de fibras. Já nascemos com esse contato com a natureza, não tem como explicar.”, revela. Segundo Rico essa arte indígena se tornou conhecida há menos de 15 anos. O processo de produção é muito artesanal, começa lá na mata em busca das sementes. “Pego a semente bruta e faço todo o tratamento de limpeza, polimento, tingimento para só então começar a fazer o que a imaginação mandar.”, detalha. Rico vende os acessórios na Casa da Cultura de Pernambuco, ele reveza o box com um amigo também de Águas Belas. Os produtos possuem um valor acessível, é possível comprar uma pulseira a partir de dez reais, já os colares tem um preço médio de 30 reais. “Meu trabalho é bem variado é
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difícil alguém chegar não gostar de um modelo ou das cores, mas caso o cliente peça algo diferente eu faço na hora.”, afirma. O artesanato de Rico é divulgado boca a boca, ele não possui estratégia de divulgação, nem de redes sociais ele gosta, por isso, afirma que a melhor maneira de tornar a sua arte conhecida é por meio das feiras de artesanato. Ele viaja por quase todo o Brasil para participar desses eventos, aqui em Pernambuco, ele participou de quase todas as edições da Fenearte, agora em novembro ele irá ao Canadá para participar de um evento. “A minha ida ao Canadá é fruto de uma parceria com uma ONG não governamental, que está levando várias pessoas para mostrar o seu trabalho. De Pernambuco foram selecionados três índios, eu como artesão, um professor e um estudante de direito.”, conta. Segundo Rico seu público maior é formado por brasileiro, mas aos poucos ele está conquistando os turistas. Arte indígena Rico Baré 97910.2201 |98208.4002 | 99964.4099
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ARTES VISUAIS
Mulheres Negras: Expressões da Liberdade O artista plástico, grafiteiro e ilustrador, Adelson Boris, apresenta a sua primeira exposição individual. A mostra conta com 24 telas de mulheres negras do nosso cotidiano representadas através da técnica de pinturas em aquarela e uma intervenção de graffiti em uma das paredes do museu. Toda esta influência da mulher negra no trabalho do artista parte do seu histórico de vida. Vindo de uma família de base matriarcal de várias mulheres negras - avó, mãe, tias, irmã, primas e companheira – reportou ao artista uma convivência com os vários padrões reproduzidos por elas, resultando na valorização da estética e história da luta da mulher negra em suas pinturas e grafitti. Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro R. Mariz e Barros, 328 – Bairro do Recife Até 19 Ter a sex 12h às 18 Sáb, Dom e feriados 14h ás 17h
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Exposições na Fundação Joaquim Nabuco Campus Gilberto Freyre Av. Dezessete de Agosto, 2187 - Casa Forte Até 31/01 ter a sex 9h às 12h / 14h às 17h Sab, Dom e Feriados 13h às 17h
Embondo Do artista Paulo Nazareth nascido em Minas Gerais, licenciado em Desenho e Gravura. Suas obras percorrem o mundo através de suas caminhadas transformando seus passos e os lugares por onde caminha, em formas de expressões artísticas, onde a performance e as intervenções urbanas, são linguagens chaves, de suas criações.
Brasília Teimosa Da artista Clarissa Tossin, bacharel em Artes e mestre em Artes na Califórnia Institute of the Arts. Influenciada por sua infância em Brasília, cidade construída por sua utopia modernista, Clarissa Tossin centra sua prática artística na investigação de promessas, legados e falhas da modernidade e do idealismo utópico, através das artes plásticas, onde se utiliza do paisagismo, da geografia e da organicidade que brota da cidade e do seu imaginário, para compor suas obras.
21 Anos sem Zé de Barros Galeria Janete Costa Parque Dona Lindu – Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem Até 10/01 Ter a sex 12h às 20h Sáb e dom 14h às 20h A exposição contém 140 obras do artista pernambucano Zé de Barros que desde 1996 (dois anos depois do seu falecimento) não tem sua produção apresentada na cidade. Idealizada pelo artista Izidorio Cavalcanti e sob curadoria de Joana D´Arc Lima e Sebastião Pedrosa, a mostra aborda a obra do
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desenhista, pintor, gravador, além de ter atuado como professor na Universidade Federal de Pernambuco no curso de educação artística. A mostra foi divida em três blocos: A primeira apresenta gravuras e litogravuras, incluindo a série Impressões Amazônicas, que foi exposta em 1996, na UFPE, dois anos após a sua morte, no segundo módulo, estão reunidas as memória do artista: algumas de suas anotações, peças gráficas, esboços, transcrição de suas cartas endereçadas à família quando se encontrava em estudo em Paris, matrizes de gravura em metal ou xilogravura e o terceiro e último módulo vai apresentar pinturas, algumas em grandes formatos, e 43 desenhos em nanquim do artista
mados para 2016. Este ano 24 artistas participam da mostra Ayodê França, Arbos, Beto França, Bia Melo, Bozó, Caramurú Baumgartner, Daaniel Araújo, Demetrio Albuquerque, Greg, Ianah Maia, Jeims Duarte, Laurie Anderson, Luiz Ribeiro, Luiza Branco, Manu Purdia, Mascaro, Maurício Castro, Nando ZV, Nathalia Queiroz, Philipe Sidartha, Raoni Assis, Shiko, Tatiana Moss e Valeria Rey Soto – todos com técnicas e plataformas variadas, este ano tem escultura, telas, papel, madeira, em óleo, acrílica, aquarela, pastel, posca, nanquim e grafite.
“Inimigos” do artista Gil Vicente.
Pilhagem A Casa do Cachorro Preto Rua 13 de maio, 99, Carmo – Olinda Até 20 A mostra reúne artistas que expuseram na Casa durante o ano de 2015 e ainda apresenta outros que já estão progra-
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Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam) Rua da Aurora, 265 – Boa Vista Ter a Sex 12h às 18h Sáb e Dom 13h às 17h Gratuito O Mamam foi vencedor do Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça/ Funarte 2014 para acervos públicos do Brasil. O incentivo contemplou a série “Inimigos”, composta por 10 desenhos em carvão sobre papel. Antes de ser premiada, a série foi exibida no Recife,
Natal, Campina Grande, Porto Alegre e na “29ª Bienal de São Paulo”, em 2010.
Preservar Igarassu Sobrado do Imperador Rua Barbosa Lima, nº 122, Sítio Histórico, Igarassu | 3545.0537 | 3545.0307 Seg a sex 9h às 12h, e 13h às 17h Gratuito
Exposição Esporte e Movimento Caixa Cultural Recife Avenida Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife | 3425.1900 | 3425.1915 Ter a sáb 10h às 20h Dom 10h às 17h Gratuito
A exposição marca a inauguração oficial da Casa do Patrimônio/Iphan na cidade. E pretende promover o patrimônio histórico, cultural e paisagístico do município por meio de painéis expositivos, exibição de vídeo / documentário, peças representativas do seu patrimônio imaterial e apresentação de importantes expressões culturais da cidade. Durante a permanência da Exposição serão realizadas diversas atividades culturais e de cunho educativo a serem desenvolvidas em conjunto com a sociedade e a Rede de Parceiros da Casa do Patrimônio/Iphan em Igarassu.
A exposição é uma seleção de aproximadamente 2 mil itens da coleção de mais de 70 mil artefatos esportivos pertencentes a Roberto Gesta Melo. A mostra inclui selos, moedas, troféus, tochas, fotografias, vídeos, medalhas originais e outros objetos relacionados ao esporte. É a maior coleção privada de artefatos esportivos do mundo.
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O Tempo da Torre Torre Malakoff Praça do Arsenal, S/N – Bairro do Recife | 3184 3180
Chávez Siembra de Patria Cosecha de Revolución Consulado Geral da República Bolivariana da Venezuela em Recife Av. Conselheiro Aguiar, n° 597, Boa Viagem | 3131 8150 ( agendamentos para grupos e escolas) Seg a sex 9h às 12h e 14h às 16h Gratuito O Consulado da Venezuela em Recife, celebrando o intercâmbio cultural entre povos irmãos do Brasil e da Venezuela, apresenta a exposição Chávez Siembra de Patria, Cosecha de Revolución, com mostra fotográfica concebida pelo artista Oscar Aramendi. Serão vistos momentos impactantes da vida do líder Hugo Chávez, da história recente do país, sua cultura política e a luta pela integração latino-americana. O público também terá acesso ao livro Hugo Chávez, uma Biografia que é Como um Conto em linguagem infanto-juvenil traduzido à língua portuguesa.
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A mostra conta a história do monumento desde a sua construção como Arsenal da Marinha, em 1853, até passar a ser gerido pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. A exposição é formada por um acervo mostrado há 15 anos na exposição ‘Por que Malakoff?’, composta por fotografias do Museu do Estado, da Fundação Joaquim Nabuco e do Museu da Cidade do Recife, datados do final do século XIX e início do século XX, pesquisados por Betânia Correa de Araújo. Já o século XXI foi retratado por estudantes da rede estadual de ensino, durante a oficina de Foto e Vídeo Celular ‘Um Olhar Sobre Recife’, ministrada pela Malakoff em 2013.
Exposições no Instituto de Cultura Brasil-Itália Rua Marques Amorim, 46 – Boa Vista Ter a sex 9 às 21h e Sáb 9h às 13h Gratuito
ComeMorar Olinda Casa do Patrimônio – Iphan Rua do Amparo, 59, Carmo – Olinda 3429 2862 Ter a sex 09h às 12h / 14h às 17h Gratuito A exposição, sob a curadoria do museólogo e historiador Aluizio Câmara, é um convite à reflexão sobre as particularidades que transformaram a cidade em Patrimônio da Humanidade. Mas com um diferencial: voltar o olhar não às construções mais emblemáticas do Sítio Histórico, e sim à casa do cidadão comum, elemento central da expressão cultural olindense. Partindo da indagação “como é morar em Olinda?”, a exposição procura explorar o universo desconhecido da moradia olindense, buscando evidenciar as especificidades do modo de vida local, sua relação com o patrimônio, as virtudes e as dificuldades de se viver em Olinda. A mostra conta com vários formatos de mídia, entre fotografias, vídeos, textos, narrações de histórias e depoimentos sobre a vida em Olinda, a partir da visão dos moradores, proporcionando, assim, ao visitante, uma leitura dinâmica de como seria morar em Olinda.
Retratos, desenhos de Leonardo da Vinci A exposição é composta por diversos desenhos do famoso artista italiano Leonardo da Vinci. Durante a visita, é possível ver um documentário sobre o artista e sua produção e fazer consulta a livros e publicações a respeito do mestre renascentista.
Exposição de fotografias Italianas Originais de fotógrafos italianos sobre as paisagens do seu país. Participam da mostra os fotógrafos: Wanda Tucci Castelli, Lino Ghidoni, Renato Guidi, Bruno Baraccani, Carlo Florentini, Gianni Bracci, Enzo Guarguagli, Angelo Savoca, Claudio Marcozzi, Renato Pennuti, Angelo Movizzo e Nando Chiappetta.
Arquitetura de Veneza e de Florença A exposição contém imagens gráficas da arquitetura das cidades italianas.
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CINEMA E VÍDEO Festival de Curtas de Pernambuco A 17ª edição do FESTCINE - Festival de Curtas de Pernambuco, que acontece de 7 a 12 deste mês, no Cinema São Luiz, tem como finalidade apresentar as diversas realizações de curtas-metragens oriundas da produção independente de Pernambuco, mediante seleção e concessão de prêmios outorgados, respectivamente, pelo Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura de Pernambuco (SECULT) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) e o Município do Recife, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife – (FCCR), aos premiados objetivando incentivar a produção, a criatividade e a difusão da produção audiovisual pernambucana. SIMIÃO MARTINIANAO É HOMENAGEADO NO FESTCINE Para homenagear o cineasta camelô, será lançado, na noite de premiação do Festcine, a série de TV “Simião Remake”, produzida pela Página 21, composta por um documentário e releitura de três longas de Simião martiniano. Em entrevista a Manoel Constantino, um dos produtores e diretor da série,
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Rafael Coelho, nos conta que tudo começou quando Simião Martiniano teve o seu filme “Show Variado”, em 2009, produzido pela Página 21, juntamente com Antonio Carilho. Durante as filmagens surgiu a ideia de se fazer um remake das abras do cineasta, mas só um tempo depois é que Rafael Coelho e Eduardo Monteiro, ao lado de Claúdia Moraes, vislumbram, de fato, a possibilidade dessa produção, convocando de imediato o também cineasta Antonio Carrilho. Simião Remake é uma minissérie em quatro episódios, composta de documentário e três adaptações de filmes realizados por Simião Martiniano (19322015). Conhecido como o Cineasta Camelô, Simião fez o chamado cinema de bordas, aquele realizado com baixo orçamento, poucos recursos, muito improviso e camaradagem. Um tipo de produção naif, dotada de elementos rústicos, que fugia o academicismo e à estética padrão. Os três remakes foram escritos e dirigidos por realizadores de diferentes gerações, com gêneros variados (western spaguetti, noir e ação) e ambientados em cenários distintos: agreste, metrópole e zona da mata.
Diretores da série
QUATRO EPISÓDIOS O programa de abertura é um documentário, dirigido por Amaro Filho. Apresenta a obra de Simião com trechos dos filmes originais e depoimentos do cineasta, além de cenas das gravações dos remakes e entrevistas com os envolvidos no projeto, como diretores, atores e técnicos. O segundo episódio é A Mulher e o Mandacaru, original de 1996, adaptado por Rafael Coelho. A história reúne um homem em decadência econômica, uma prostituta cansada da profissão e irmãos malfeitores procurando confusão. “No meu caso, preferi dar ares de western contemporâneo ao filme, num cenário rural, repleto de personagens infelizes”, acentua Rafael. A valise foi trocada é o terceiro telefilme da série. Dirigido por Simião Martiniano em 2004, o original é descrito como “um filme policial com 60% de cenas de ação”. Na adaptação de Eduardo Monteiro o enredo ganha ares de produção noir envolvendo policiais corruptos, indústria da fé e agiotagem.
culos que inviabilizam os sonhos de jovens e velhos cineastas ao redor do mundo: falta de apoio financeiro para realização e divulgação dos filmes. Ele elevou sua figura como diretor de cinema para o hall dos que são referência estética e lingüística - driblando as desventuras da vida e deixando um legado que influencia não só o cinema e artes em geral num pequeno nicho, sua obra é universal nas suas sutilezas regionais”. Ainda indagado sobre a feitura do filme, Eduardo Monteiro nos disse que “Fazer uma releitura de uma obra de Simião foi algo aterrorizante de início. Desde as primeira reuniões para tratarmos da adaptação, já era consenso de que o formato final da obra deveria remeter ao modo de fazer e contar histórias de Simião. Jamais pensamos em dar uma estética acadêmica aos filmes, a pegada naïf sempre foi o que mais me atraiu na filmografia desse mestre e chegar perto de sua estética é algo que mesmo agora não sei se foi exitoso. Passado o terror inicial, vem a honra em ter na minha debutante filmografia não só a adaptação de uma obra Simeão Martiniano, o cineasta camelô, como também a realização de um sonho de ter feito parte de uma realização junto a um ídolo. Espero que “A valise...” transmita bem a idéia de que podemos fazer um filme uni-
“O tom das obras de Simião é a prova de que uma história bem bolada não precisa de parafernálias para cativar o público”, elogia Eduardo. E acrescenta: “Simião é um exemplo do realizador que sobrepôs com primazia obstáCláudia Moraes (produção)
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versal - mas feito pelo e para o povo; mostre a quem interessar possa que, assim como o cinema guerrilheiro de Simeão, a periferia (r)existe” O último episódio é A Moça e o Rapaz Valente, adaptação de Antonio Carrilho para o filme homônimo, lançado em 1998. O protagonista é um tipo popular ousado, uma espécie de Pedro Malasartes, que pretende provar sua valentia para conquistar a filha de um rico fazendeiro. “Fiz um filme aproveitando diversos diálogos do original”, adianta Carrilho, que havia dirigido Simião em O Homem da Mata (2004). E acrescenta, “acredito que a série “Simião Remake” segue o caminho rumo ao um cinema popular brasileiro. Procurei ao escrever o roteiro de “A Moça e o Rapaz Valente” seguir ao máximo, o espírito e as singularidades de Simião como realizador. Estão presentes suas referências de gêneros como: o western, as chanchadas e os filmes de kung-fu. Partindo dos personagens dele, adentrei num universo bem peculiar, inspirado, sem regras, livre. Os roteiros de Simião nunca foram escritos, eram criados na hora das gravações, no improviso, com efetiva participação dos atores. Foi um desafio gratificante dar forma a falas que foram improvisadas, espontâneas. Percebi durante o processo que ele trabalha com arquétipos presentes na literatura, no teatro e no cinema. O grande diferencial é que essa linguagem foi desenvolvida por um homem do povo, com uma formação acadêmica inexistente e uma situação absolutamente desfavorável para de-
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senvolver uma atividade artística. O resultado final é uma simbiose entre minha procura por um cinema popular, facilmente digerível pelo público comum e o universo desse camelô que ousou fazer cinema no Brasil apesar das dificuldades gigantescas”. Amaro Filho, diretor do documentário incluso na série Simião Remake, em seu depoimento para nós, comemora todo o trabalho realizado pelas equipes e ressalta que “nestes últimos anos tive a felicidade de ter trabalhado com ícones do cinema nacional, como por exemplo, fazer a assistência de direção do inesquecível Fernando Spencer, de dirigir documentário sobre a trajetória de João Sagattio, e mais recentemente a imensa satisfação de ter trabalhado com Simião Martiniano nesta séria histórica onde o próprio participou de toda a série atuando. Tivemos momentos de muito riso com os trejeitos de Simião interpretando. Ele estava feliz e curtindo muito as mudanças feitas nas suas obras.”Simião Remake é um projeto da Página 21, incentivado pelo Funcultura.
PROGRAMAÇÃO GERAL DO FESTCINE
Qua 09 19h
CINEMA SÃO LUIZ
Classificação: 18 anos Mães de Fé (Documentário, 9 minutos, 2015), de Henrique Ferreira e Mauro Lira
Entrada Gratuita
Seg 07 19h Classificação: 14 anos Bajado (Documentário, 21 minutos, 2015), de Marcelo Pinheiro A cena e a cana (Animação, 2014, 2 minutos), de Bruno Cabús, Paulo Leonardo e participantes da oficina O Botãozinho Vermelho (Ficção, 14 minutos, 2013), de Erickson Marinho Extraterritorial (Experimental, 3 minutos, 2015) Ponto de Remendo (Ficção, 13 minutos, 2015), e Adriano Portela Wandenkolk (Documentário, 18 minutos, 2015), de Bruno Firmino Dale lôko (Videoclipe, 6 minutos, 2015), de Buguinha Dub Os filmes que moram em mim (Ficção, 13 minutos, 2015), de Caio Sales
Ter 08 19h Classificação: 14 anos Olinda Patrimônio Cotidiano (Documentário, 23 minutos, 2015), de Mateus Sá Vazio (Ficção, 10 minutos, 2015), de Linda Nogueira Milagres (Documentário, 20 minutos, 2015), de Adalberto Oliveira Diva (Ficção, 15 minutos, 2015), de Luiz Rodrigues Jr. S3TART Palaffiti (Documentário, 15 minutos, 2014), de Francisco Eduardo Alves Crispim Minha geladeira pensa que é um freezer (Ficção, 10 minutos, 2015), de Pablo Polo
Vertigo Lomba (Experimental, 4 minutos, 2015), de Almir Guilhermino A clave dos pregões (Documentário, 15 minutos, 2015), de Pablo Nóbrega Turvalina 666 – SpaceSugars (Videoclipe, 3 minutos, 2015), de Grilo Exilia (Documentário, 24 minutos, 2015), de Renata Claus A Rede (Videoclipe, 2 minutos, 2015), de Negobando Homorragia (Experimental, 7 minutos, 2015), de Lorena Arouche O cheiro de Zattar (Documentário, 14 minutos, 2015), de Zeca Miranda A Quitinete (Ficção, 15minutos, 2015), de David Sobel
Qui 10 MOSTRA COMPETITIVA DE FORMAÇÃO 19h, Classificação: 14 anos Fragmentos de uma cronologia inerte (Documentário, 8 minutos, 2013), de Lucas Simões Habitat (Ficção, 8 minutos, 2014), de Roberto França Mulher(es)pelhos (Ficção, 7 minutos, 2015), de Rayza Oliveira Mercúrio (Ficção, 12 minutos, 2015), de Wellington Bravo Rez (Ficção, 15 minutos, 2015), de Luciano Bresdem
MOSTRA COMPETITIVA GERAL 20h, Classificação: 16 anos Lá vem a AeroMonga (Animação, 1 minuto, 2015), de Chia Beloto, Marila Cantuária, Rui Mendonça,
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Guma Farias e Paulo Sano La ursa psicodélica (Experimental, 12 minutos, 2015), de Grilo Arsenal (Videoclipe, 3 minutos, 2014), de Chico Amorim João Heleno dos Brito (Ficção, 20 minutos, 2014), de Neco Tabosa Brados bardos (Videoclipe, 5 minutos, 2015), de Guilherme Patriota e Eric Gomes Súbito (Animação, 3 minutos, 2015), de Ayodê França Virgindade (Documentário, 13 minutos, 2015), de Chico Lacerda Dia de folga (Videoclipe, 3 minutos, 2015), de Jean Santos Soledad (Ficção, 22 minutos, 2015), de Joana Gatis, Flávia Vilela e Daniel Bandeira Homenagem à cineasta Adelina Pontual
Sex 11 MOSTRA COMPETITIVA DE FORMAÇÃO
Papo amarelo – o primeiro tiro (Ficção, 15 minutos, 2015), de Anildomá Willans de Souza Máscara de Papel (Experimental, 1 minuto, 2015), de Isabela Fernandes e Nina Gomes Festa Popular (Animação, 2014, 2 minutos), Direção Coletiva Olhos de Botão (Ficção, 18 minutos, 2015), de Marlom Meirelles Me? (Animação, 1 minuto, 2015), de Rafael Dayon Zeomi (Experimental, 18 minutos, 2015), Direção Coletiva Veludosas Vozes Veladas (Animação, 13 minutos, 2015), de João Paulo Soares e Neidjane Tenório
Sáb 12 17h – Sessão Especial Festival VerOuvindo Exibição de curtas com acessibilidade comunicacional 19h – Cerimônia de Premiação
19h, Classificação: 16 anos
Lançamento da série de TV “Simião Remake” Homenagem à Simião Martiniano
Anunciada (Documentário, 20 minutos, 2015), de Saulo Lima e Walter Andrade
ENCONTROS DE CINEMA
Oficina do Filme Pintado (Ficção, 2 minutos, 2015), de Direção Coletiva
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Vidas sobre rodas (Documentário, 6 minutos, 2015), de Adelvando Souza, Juliana Nascimento, Keheryne Mariz e Maria Beatriz Falcão A bailarina e a moça (Ficção, 19 minutos, 2015), Direção Coletiva
16h30 – Lançamento do e-book: Autobiografias do Outro - Camadas de Selfies em Documentários Pernambucanos, de Márcio Almeida Auditório do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM)
MOSTRA COMPETITIVA GERAL
Sex 11
20h, Classificação Indicativa: 16 anos
16h30 – Políticas Públicas para o Audiovisual Participantes: Alfredo Manevy (SP Cine), Paulo Linhares (Centro de Cultura e Arte Dragão do Mar (CE), Milena Evangelista ( Secult/PE ) Auditório do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) Aberto ao público
Ihiato – Narrativas dos Anciãos Fulni-ô (Documentário, 15 minutos, 2015), de Elvis Ferreira Spirit (Animação, 1 minuto, 2015),de Elvis Leandro de Lima
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Gigolé
Por: Erika Fraga Fotos: Ana Estela Braga
Criada há dois anos, a marca de acessórios femininos, Gigolé desenvolve produtos de forma artesanal, dando um ar de exclusividade a cada peça. Furto de uma parceria entre as irmãs Cibele e Priscila Duarte, a marca que surgiu despretensiosamente hoje coleciona uma grande clientela. As irmãs, naturias do Crato/CE, escolheram um nome bem regional para a marca, Gigolé na realidade significa tiara de cabelo. “Moramos no Recife há mais de dez anos e quando chegamos todo mundo achava estranho quando falávamos gigolé, até tiravam onda. Então achamos legal colocar esse o nome na marca.”, lembra Cibele. Para as meninas foi tudo uma grande surpresa, não imaginavam que o simples hobby de fazer bijuterias tomaria essa proporção e teria uma aceitação
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tão grande. “Desde pequena criávamos acessórios e foi uma surpresa quando as pessoas começaram a producar as nossas peças, foi tudo inesperado, então estamos em busca de qualificação agregando novos conhecimentos para produzir cada vez melhor as peças e até mesmo para administrar melhor o negócio.”, conta Priscila. As atividades são bem distribuídas entre elas, Priscila cuida de toda parte administrativa e também da produção, já Cibele é responsável pela criação dos acessórios. Como tudo é muito artesanal as meninas se preocupam com o bem estar das clientes, cada modelo passa por um período de teste, no qual é verificada a funcionalidade do produto, por exemplo: se o peso é ideal, se é confortável, se os fechos são resistentes e se as pessoas irão gostar. “Buscamos conhecer novos matérias e trabalhar com produtos diferenciados. Usamos muito metal e miçanga, mas já trabalhamos com acrílico, corda e torçal. A tecelagem artesanal está presente nessa atual coleção, chamada de Entre Tramas, procuramos resgatar e reviver a história da nossa marca que também é a nossa história de vida”, destaca Cibele. A marca apresenta duas propostas, uma conceitual e outra tradicional, e não segue um padrão de moda massificada, os acessórios possuem uma identidade singular que é inspirada no Sertão do Cariri. “O Sertão do Cariri é uma região muito rica de cultura, artesanato e beleza natural. Lá a cultura religiosa e popular está atrelada se tornando ainda mais forte.”, destaca Priscila.
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A coleção Entre Tramas, por exemplo, traz referências do Cariri a cartela de cores foi toda inspirada nas belezas naturais da região, como o verde dos cactos, os tons terrosos do solo e das telhas e o azul da água, pois não podemos esquecer que o Cariri é conhecido como Oasis do Sertão. Atualmente elas estão elaborando uma coleção que será lançada até o final deste ano, novamente usando como referência a identidade cultural do Cariri, esse novo trabalho será inspirado na renda e prometer ser bem diferente. Por hora a Gigolé não possui loja física, mas os são encontrados em algumas lojas colaborativas espalhada pela cidade, como o Quintal Criativo no Recife, a Zoco e o Café 4 Estações em Olinda, além de lojas no Crato e em Fortaleza. Também é possível adquirir os produtos por meio da loja virtual ou pelas mídias sociais.
Mais informações: Cibele – (81) 99737.8980 Priscila – (81) 99772.3356 E-mail: acessoriosgigole@gmail.com Instagram: gigole_acessorios www.facebook.com/GigoleAcessorios
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POESIA VIVA DO RECIFE Homenagem aos 478 anos da Cidade
PEQUENO COMENTÁRIO SOBRE O MEU RECIFE José Terra Teu poema debaixo da ponte É uma fisgada minha, Veneza Brasileira Teus poetas malditos Com vinhos de quinta Latejando liricamente São minha guerra e minha paz, Florença dos Trópicos Teus casebres de Josué e Chico São cicatrizes minhas, Manguetown Tua mulher romântica e solitária É minha amputação, Cidade Maurícia Teu mar em comunhão com tua canção É o meu principal exílio, Capital do Nordeste E teus políticos (sem Deus!) São revistos e refeitos no meu espírito Como um revés e um parto, Capital Brasileira dos Naufrágios (Da antologia POESIA VIVA DO RECIFE, organizada por Juareiz Correya) JOSÉ TERRA - Nasceu em Palmares (PE) e vive no Recife desde o ano de 1996. Poeta, editor e produtor cultural. Organizou (2003/2004), com José Jorge Ferreira e Aldo Lins, o recital de poesia “Hospício Poético” (Restaurante Viena, Rua do Hospício, Recife). Incluído na antologia Poetas dos Palmares (2002). Publicou 21 Poemas (2005), em parceria com Joel Marcos, Poesia do mesmo sangue (2007),em parceria com Juareiz Correya, e o ebook Música de Rua (2015). É produtor cultural do projeto “Poesia Viva nas Escolas da Mata Sul” (Funcultura / Fundarpe/ Secretaria de Cultura/ Governo de Pernambuco, 2014/2015).
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da descaracterização da paisagem urbana. Publicado pelo Sesc, possui 80 páginas.
Ascenso – A poesia de Ascenso Ferreira transcriada para os quadrinhos A obra é o primeiro produto do Laboratório de Autoria Ascenso Ferreira do Sesc Cais de Santa Rita. O livro reúne 12 histórias em quadrinhos criadas a partir de poemas de diversas fases do poeta Ascenso Ferreira. Os artistas do livro, Ana Blue, Christiano Mascaro, Flavão, Laerte Silvino, Eloar Guazzelli, João Lin, Liz França, Luciano Félix, Rafael Anderson, Raoni Assis e Tiago Acioli passaram por diversos temas, tais como: nostalgia, provincianismo, moralismo, diálogo expressões da cultura popular, a fase modernista do poeta e do problema
Ariano Suassuna em quadrinhos
Adeus A obra do reconhecido poeta recifense, Miró da Muribeca, reúne trinta e três poemas. O livro traz uma temática existencial acentuada, passando pela relação com o sagrado e a solidão, sem abandonar a característica de cronista e crítico da sociedade, marcas do poeta Miró, que decidiu mudar-se da Muribeca onde morou durante anos, o que dá uma pista das múltiplas interpretações que o título pode sugerir. Na primeira edição as capas levam a assinatura do autor. Publicado pela Editora Mariposa Cartonera, custa R$ 20.
A obra de história em quadrinhos (HQ) aborda a história da vida de Ariano Suassuna que nasceu no palácio do Governo da Paraíba e foi proclamado, pelos seus admiradores, Imperador da Pedra do Reino. Romancista, poeta, dramaturgo, homem público e criador do Movimento Armorial do Nordeste, Suassuna é um personagem singular nas artes, na cultura e na valorização das tradições do Nordeste Brasileiro. Com o roteiro de Bruno Gaudêncio e ilustrações de Megaron Xavier, o livro foi publicado pela Patmos Editora e possui 40 páginas.
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200 crônicas publicadas pelo escritor na página Opinião do Jornal do Commercio. Publicado pela Cepe Editora, possui 410 páginas e custa R$ 25.
Primeiro Ato Poético O livro é a estreia da atriz e jornalista pernambucana Daniela Câmara. A obra reúne 60 poemas que aludem a filmes feitos pela atriz, além de espetáculos, teatros pelos quais ela tem maior afetividade, diretores, encenadores, atores e profissionais que circulam no meio teatral e cinematográfico da localidade, com os quais ela tem forte ligação. “Meu livro trata das alegrias e agonias vivenciadas a cada construção de personagens, além do caos biológico o qual somos acometidos, dentro do processo de construção de cada trabalho vivenciado”, afirma a autora. O livro custa R$ 20.
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A Menina e o Gavião www.cepe.com.br/ lojacepe O escritor Arthur Carvalho, membro da Academia Pernambucana de Letras, Academia Pernambucana de Letras Jurídicas e Academia de Artes e Letras de Pernambuco, conversa com o leitor, de múltiplas maneiras, através de suas crônicas, dominadas pela oralidade e imagens sutis da vida com seus imprevistos. Desde as partidas domingueiras de futebol, passando por aspectos da culinária, as peculiares radiolas de ficha, grandes e improváveis amizades, tudo é tema para suas reflexões que aliam o gosto pelas coisas populares e a literatura mais erudita. A obra contém
A Última Noite de Kafka e Outros Dramas O livro é uma reunião das peças teatrais: A última noite de Kafka; Suplício de Frei Caneca; A Emparedada; Brincantes do Belo Monte; Dragão do Mar; Antes que a Guerra Acabe; Concerto Concreto; A flauta de Pã; As Aventuras de Pinóquio; Somba, o Menino que não Devia Chorar e Flor Destruída do membro da Academia Pernambucana de Letras Cláudio Aguiar. Como celebração dos
seus 70 anos, a obra é dedicada a Ariano Suassuna, traz artigos de Sergio Fonta, Julio Peñate Rivero e introdução do próprio Autor, além de opiniões sobre as obras, notícia biobibliográfica, álbum de fotografias e capa de Romildo Gomes. A obra é uma publicação da Editora Ibis Libris e da Academia Brasileira de Letras (ABL) e possui 948 páginas.
nheiros vão comemorar dançando, e vive se debruçando nas praias e nas ladeiras da Sé. A crença nos orixás se confunde com a idolatria a Marx, entre comparações constantes. Do escritor e militante político de esquerda Marco Albertim, a obra de militantes socialistas e notívagos boêmios fala de amor, sexo e paixão na histórica cidade de Olinda com bastante maestria literária em cima de endereços e realidades políticas reais da história brasileira. Publicado pela Cepe Editora, possui 193 páginas e custa R$ 30.
naturezas, como a fome e o tédio, o escritor João Paulo Parisio utiliza seu olhar criador em poemas que transmitem as diversas proporções das coisas. Cada poema é carregado com seus sentimentos específicos que invadem o leitor. Os versos uma hora expandem e em outra introjetam, são esculturas fluidas carregadas da essência do autor – que já é considerado indispensável para a literatura contemporânea e destaque na cena pernambucana. Publicado pela Cepe Editora, possui 93 páginas e custa R$ 30.
Conspiração no Guadalupe www.cepe.com.br/ lojacepe A história acompanha um grupo de revolucionários guiados pelos pensamentos marxistas. As reuniões acontecem em Olinda. Misturando religião e romance o livro traz lugares pitorescos como o Maconhão, bar em que os compa-
Esculturas Fluídas www.cepe.com.br/ lojacepe Tomando como inspiração temas de variadas
Fernanflor www.editorailuminuras. com.br O mais novo romance GIRO LITERÁRIO
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do escritor Sidney Rocha, Fernanflor é primeiro volume da trilogia Gerônimo. A obra aborda a saga do marcante personagem Jeroni Fernanflor. Na obra, a movimentada vida do artista plástico é marcada pelo talento, obsessão, estética e vaidade do personagem. Publicado pela Editora Iluminuras, possui 112 páginas e custa R$ 38.
Do Escrevivendo aos Atentados Poéticos: Os abismos da poeticidade em Jomard Muniz de Britto Livraria Jaqueira A obra aborda os sete livros do poeta Jormard Muniz de Britto (JMB). Baseado nas ideias libertadoras que questionam o status quo do poeta, o escritor Moisés Monteiro de Melo Neto divide o livro em três partes:1) Anos 70 e 89; 2) Anos 90; 3) De 2001 em diante. Fruto da tese de doutorado do autor no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco,
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o livro discute sexo, política, pedagogia, filosofia, poesia, entre outros temas. O relato ainda contém depoimentos de personalidades da cultura brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Anco Márcio Tenório Vieira e outros intelectuais que fazem parte do círculo de JMB.
Ruas sobre as águas www.cepe.com.br/ lojacepe No livro com bastantes fotos históricas, as pontes recifenses estão em foco pela sua importância. Para o escritor José Luiz Mota Menezes, a construção de pontes sempre esteve presente quando era preciso expandir a cidade, conectar lugares ou urbanizar, tanto para antigos engenhos e povoados. O Recife cresceu com as pontes. Por ser formada por arrecifes a presença delas é essencial para o surgimento e fortalecimento da vila que se tornaria a capital do Estado na época até os dias atuais. Em Rua sobre as águas encontram-se histórias sobre esse íco-
ne da capital. Publicado pela Cepe Editora, possui 86 páginas e custa R$ 25.
Sarau da Boa Vista Restaurante Maremoto Rua do Hospício, 68 – Boa Vista 997933659 19 19h O Sarau da Boa Vista reúne poetas e músicos de diferentes gerações para que possam compartilhar experiências e conhecimento. Na 25ª edição, o evento homenageia o poeta autor do “Pequeno Príncipe em Cordel”, Josué Limeira, na companhia dos poetas Aldo Lins, Chicão, Sérgio Leandro, Carlos Maia, Tamires Driely, Thaynnara Queiroz, Adriana Barbosa, Jetro rocha, entre outras presenças confirmadas. Nomes como Jomard Muniz de Britto, Almir Castro Barros, Fátima Ferreira, Cida Pedrosa, Jorge Lopes, Juareiz Correya, Antonio de Campos, Marcelo Mário Melo e Manoel Constantino já participaram do encontro. Em Dezembro, a música fica por conta de Gilmar Serra e Walgrene Agra.
Museu da Cidade do Recife Forte das Cinco Pontas Bairro de São José 12 10h Com patrocínio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), a 5ª edição da Mesa7 discute a arte, especificamente o papel da imagem, da fotografia e do artista no contexto contemporâneo do Brasil. Com o tema “Política do Sensível”, o evento reúne no Museu da Cidade do Recife o fotógrafo mineiro Eustáquio Neves, o professor e fotógrafo Miguel Chikaoka e o coletivo mineiro Erro99. O objetivo é pensar a relação entre a política e a sensibilidade, o papel do sensível na nossa compreensão de mundo e a força política dessa compreensão, dessa articulação dos múltiplos afetos que nos orientam na nossa vida social. O evento contará com roda de conversa com os três convidados, projeção fotográfica, três oficinas de fotografia e leitura de portfólio coletiva. Leitura de Portfolio – Também está aberta até 02 de dezembro, a chamada de trabalhos para realizar a segunda série de leituras de portfólio coletivas com o 7. Em 2015, a novidade é que a leitura de Portfólio coletiva contará com a presença de Miguel Chikaoka e Eustáquio Neves. A ideia é testar o formato coletivo adotado em 2014 desta vez aproveitando a presença de Chikaoka e Eustáquio que, além de serem uma inspiração importante, também influenciam muito da produção fotográfica no País. A leitura se realizará
no sábado (12/12), a partir das 10h também no Museu da Cidade do Recife.
12 17h às 21h Mesa 7 2015 – “Política do Sensível” com Eustáquio Neves, Miguel Chikaoka e Erro99
Instituto de Cultura Técnica Rua Duque de Caxias, 356 Pavimentos 1/2/3 – Sto Antônio | 3424 2625 e-mail: contato@ictnet.com.br www.ictnet.com.br Informações das 9h às 18h
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Política do sensível
12º CONCURSO DE ARTES PLASTICAS CAMPINA DO TABORDA O tema é a “Insurreição Pernambucana” (1645/1654), período em que se justifica a nacionalidade brasileira, os interessados podem participar nas modalidades de pintura e desenho. Inscrições gratuitas no site www.ictnet.com.br, especificamente no link: http://www.ictnet.com.br/ eventos-culturais-2/concurso-de-artes-plasticas/, que dá acesso ás informações oficiais do concurso com regulamento e ficha para preenchimento, outras informações pelo número (81)3424.2625.
Curso de Desenho de Caricatura Ministrado pelo Artista plástico Ricardo Melo é dirigido a jovens e adultos que procuram técnicas de expressão artística, através do desenvolvimento da percepção visual dominando técnicas básicas do desenho e principalmente a anamorfose (estuda da distorção das formas). A distorção é que vai guiar a estrutura da caricatura. Dias/Horário: À escolha do(a) aluno(a), ver disponibilidade de vagas. http://www.ictnet.com.br/cursos/artes-plasticas/ desenho-de-caricatura/
Atelier de Desenho Artístico e Pintura As aulas são individuais para um melhor aproveitamento, os alunos(as) irão aprender numa sequência de estudos e atividades referentes às dimensões imaginativas, expressivas, representacionais e comunicacionais onde se possa pensar e praticar
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a formação artística e estética dos participantes. Oferecer subsídios voltados para a formação artística e estética dos alunos. Na parte avançada o aluno será envolvido em uma técnica de pintura para aprofundamento. Aos sábados pela manhã das 9h30 às 12h30. Informações no site do ICT: www. ictnet.com.br. Para outros Dias/Horário: À escolha do(a) aluno(a), a ver disponibilidade de vagas. http://www.ictnet.com. br/cursos/artes-plasticas/desenho-artistico-e-pintura/
paço Cultural ICT, localizado no centro do Recife. As oficinas tem por objetivo proporcionar ao público interessado o conhecimento das linguagens teatrais, despertar o senso crítico e sensibilizar para a importância do teatro no desenvolvimento humano. Os interessados poderão visitar o local das 9h às 17h. Informações e reservas diretamente no site do ICT ou pelos fones: Fixo: (81) 3424.2625 ou ainda pelo e-mail: contato@ictnet.com.br
Teatro Infantil
Dança Popular, Dança de Salão, Dança do Ventre e Oficina de Frevo são modalidades de programas da área que estarão sendo ministradas a partir de dezembro no Espaço Cultural ICT, localizado no centro do Recife, o espaço atende, por meio de três atividades diferentes: aulas de sensibilização artística, ateliês específicos e shows em praças públicas. Os interessados devem visitar o local das 9h às 17h. Informações e reservas diretamente no site do ICT ou pelos fones: Fixo: (81) 3424.2625 ou ainda pelo e-mail: contato@ictnet.com.br
O curso objetiva nas fases fundamentais da formação dos participantes para desenvolver a sensibilidade artística e comunicativa da criança para assim, torná-la mais sensível para a percepção do mundo através da arte e também, mais comunicativa nas suas atividades coletivas e sociais. Com a professora e atriz Francis Souza, de muita experiência na área o programa é aplicado a partir dos 5 anos, através de estímulos cognitivos, trabalhando uma introdução ao universo teatral e também na comunicação de forma geral. Com Duração de 6 meses - Dias/Horário: Sábados pela manhã a partir das 9h45 às 12h15. http://www. ictnet.com.br/teatro/curso-de-teatro-infantil/
Teatro para Iniciantes Este curso é destinado a qualquer pessoa que tenha mais de 13 anos e queira ter um contato inicial com o teatro. Proporcionará aos alunos vivências com o universo teatral através de exercícios realizados em aula. Será trabalhada a desinibição, o jogo dramático, a improvisação, a expressão corporal e vocal, a interpretação e a criatividade. Com apresentação prática. Com Duração de 6 meses - Dias/Horário: Sábados à tarde das 13h50 às 16h30. Informações no site www.ictnet.com.br
Oficinas de Teatro Expressão Corporal, Expressão Verbal, Preparação do Ator para Cinema, e Oficina de Teatro são modalidades de programas da área de Teatro que estarão sendo disponibilizados a partir de Dezembro no Es-
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Oficinas de Dança
Aulas de teatro Rua da imperatriz 134 sala 14 boa vista 88707853 | 95189843 Uma vez por semana | R$60 Ministrado por Flávio Renovato, o curso irá abordar os fundamentos básicos do teatro, como se ter uma boa respiração, controlar a saída e entrada de ar. Condensar e expandi as energias. Saber usar “O motor do movimento”. As aulas são inspiradas em alguns mestres do teatro como: Meierhold,. Grotovissk, YoshiOida, Eugênio Barba. Cinco alunos por turma.
Curso de Teatro Avançado Espaço Cultural João Teimoso Rua do Aragão, 27 – sala 04 – Boa Vista 88971513 Duração: 04 meses Ter e Qui 19h às 21h
Centrado no trabalho do ator e o seu corpo, o curso visa aperfeiçoar a arte do ator em cena (haverá testes para alunos novos). O curso é ministrado pelo ator e diretor Vavá Schön-Paulino.
Oficina de iniciação a confecção de bonecos de papel marché Teatro de Bonecos Lobatinho Rua Canapi, 132 - Vasco da Gama, 3268 400 O espaço Ponto de Cultura Bonecos de Pernambuco abre inscrições para oficina que integra o curso básico de formação de bonequeiros com total de 20 horas. Com a facilitação da professora e arte-educadora Maria Oliveira, ao começaro curso os alunos vão receber todo o material pedagógico. Além da iniciação em papel marché o espaço oferece interpretação, manipulação, montagem e encenação prática com boneco. No final dos módulos os alunos podem receber um certificado de conclusão do curso, caso cumpram mínimo de 80% da carga horária.
Projeto Arte para Todos Espaço Cultural Terraço de Olinda Rua 7 de Setembro, 109 (após a Matriz de São Pedro, 109), Carmo - Olinda http://ateliedabarbearia.blogspot.com.br ateliedabarbearia@gmail.com www.facebook.com/marisa.reis.9085 81 –9 99495147 / 987571061 O Espaço Cultural Terraço de Olinda, há 15 anos, desenvolve projetos com o objetivo de identificar, incentivar e divulgar o potencial artístico local, criando oportunidades que fomentam a formação artística. O Projeto é oferecido para pessoas de todas as idades,
da criança ao idoso, principiantes ou profissionais que desejem aprofundar seu conhecimento e prática. As aulas são ministradas ao ar livre, em contato com a natureza. Os participantes vivenciam momentos de interação entre as diversas linguagens e formas de expressão artísticas trabalhadas e exibidas no Espaço, a partir de práticas coletivas.
Canto Popular com Ceci Medeiros Espaço Cultural Terraço de Olinda Todas as quintas-feiras 10h30 às 11h30 R$ 170,00/mês R$ 200,00/mês Cantar é uma habilidade e a voz é um instrumento. Prática vocal, trabalhando a respiração, articulação, expressão, percepção tonal, melódica entre outras.
Violão e C/baixo Elétrico com Lucas Marinho Espaço Cultural Terraço de Olinda Prática e Teoria por Cifras ou Partituras. Abordagem: Formação e Acorde; Arpejo; Escalas; Levadas c/ ênfase em MPB (Samba, Bossa Nova, Chorinho, Forró, Xote, Baião e Frevo).
Pandeiro – Projeto Poesia de Ritmos com Linaldo Batista Espaço Cultural Terraço de Olinda Todas as quartas 19h às 20h30 R$130,00 /mês Com orientação individual e/ou em grupo, trabalha corpo, mente e percussão.
Violino com Júlio Conde Espaço Cultural Terraço de Olinda Aprenda a Ler e Escrever Música! Seg, Qua ou Sáb (uma aula por semana) Manhã ou Tarde
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6º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 2º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias 7 e 8 7h às 19h Universidade Federal de Pernambuco Centro de Artes e Comunicação – CAC Cidade Universitária – Várzea www.simposiohipertexto.com.br Instagram: @simposiohipertexto Facebook: simposiohipertexto Twitter: @hipertexto2015
Educação e Tecnologia em foco no Simpósio Hipertexto O Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação chega a sua 6ª edição trazendo o tema "Aprendizagem Aberta e Invertida". O evento, que também agrega o "2º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias", tem uma programação intensa que reúne professores, pesquisadores, estudantes e profissionais de diversas áreas do conhecimento. Atividades como: conferências, mesas-redondas, oficinas, sessões de comunicação coordenada, sessões de comunicação individual, cine hipertexto, apresentação de pôsteres digitais, exposição, feira de livros e o prêmio Hipertexto marcam o evento. Será uma oportunidade imperdível de debater novas tecnologias digitais aplicadas às ações pedagógicas. Especialistas brasileiros e do exterior participam do evento já consolidado no calendário nacional. Entre os professores confirmados estão John Keller (Universidade da Flórida – EUA), Bruno Campagnolo (PUC-PR), o Dr. Nelson Pretto (UFBA) e o Dr. Marco Silva (UERJ). O evento é organizado conjuntamente entre o Núcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (Nehte) e o PROFLETRAS, Mestrado Profissional em Letras da UFPE, ambos vinculados à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
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Debate no Megafone A novidade para esta edição é o „Debate no Megafone“ que será conduzido pelo professor Nelson Pretto. Este será um espaço aberto à discussão de temas do Simpósio de forma espontânea e democrática. O professor ficará encarregado de lançar questões instigadoras. Os participantes, que responderão através do megafone, terão um minuto e meio para expor seu ponto de vista. A intervenção discursiva acontecerá na hora do almoço, entre das 12h30 às 13h30, no Hall do CAC.
Cine Hipertexto Nesta edição, o auditório Evaldo Coutinho, no 2ª andar do CAC, recebe as sessões do Cine. Nos dois dias, entre as 12h30 às 13h30, serão exibidos filmes que possuem ligação com os temas trabalhados no evento. Um dos títulos será o Citizenfour, um documentário dirigido por Laura Poitras que trata do escândalo de espionagem pela NSA e como se deram os encontros com Edward Snowden antes e depois de sua identidade ser revelada ao público.
Prêmio Hipertexto Durante o evento, será montado o Espaço Artes Digitais e Tecnologias Educacionais onde ficam expostos os projetos selecionados pelo Prêmio Hipertexto. Julgados por uma Comissão formada pelos professores, Dra. Virgínia Leal – UFPE (Curadora do Prêmio), Dr. Leonardo Castillo (UFPE) e pelo Dr. Leonardo Falcão (Unicap), os projetos selecionadosjá foram divulgados no site do Simpósio. O primeiro lugar ficou com o trabalho „Jovem detetive“ com autoria de Gabriel Araújo, Breno Gomes, Julianne Holanda e Hiago Rabelo (Fortaleza/CE). O segundo ficou com o „Fazgame – O game para criar games educacionais“ de Carla Zeltzer e Antonio Ramos (Rio de Janeiro/RJ). O terceiro lugar na premiação ficou com o projeto „Geografia Visual“ de Adriano Rangel Liziero (Santos/SP).
Sessões de Comunicação Durante o Simpósio serão apresentados trabalhos em áreas de pesquisas como linguagem, tecnologia e aprendizagem. Entre os eixos temáticos estão: 1. Ensino e aprendizagem mediados por tecnologia: sala de aula invertida, ensino híbrido, gamificação, aprendizagem móvel e afins; 2. Educação Aberta: teoria e prática; 3. E-Learning e Educação a Distância; 4. Inclusão Digital e Práticas de Letramento; 5. Arte, Literatura e Comunicação em Ambiente Digital; 6. Hipertexto, Gêneros e outros Recursos Digitais Educativos: objetos de aprendizagem, redes sociais, blog e afins; 7. Tendências de tecnologias inovadoras para a construção de conhecimento da próxima geração; 8. Ensino de línguas com tecnologia; 9. Thinking outside the box: docência, formação e novas tecnologias; 10. Linguagem de programação, Webdesign e Usabilidade de tecnologias aplicadas à educação.
CONFERENCISTAS John M. Keller é Ph.D. em Sistemas de Tecnologias Instrucionais e Comportamento Organizacional pela Universidade de Indiana. Professor emérito de Sistemas Educacionais e Psicologia da Educação da Universidade Estadual da Flórida. Nelson Pretto é físico, mestre em Educação, doutor em Comunicação e Professor Titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, também é secretário regional da SBPC e membro da Academia de Ciências da Bahia.
Bruno Campagnolo, graduado em Engenharia de Computação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2002), Especialização em Jogos de Computador (UNICENP) e Mestrado em Informática (PUCPR). Atualmente, é professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e Engenheiro de Pesquisa e Desenvolvimento no Instituto de Tecnologia do Paraná., Marco Silva é sociólogo, doutor em Educação e Professor associado da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde coordena o Laboratório de Educação Online. Membro fundador da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber).
Escolinha de Arte do Recife Rua do Cupim, 124, Graças | 3222 0050 escolinhadearte.recife@gmail.com Facebook: escolinhadeartedorecife Manhã 8h às 11h Tarde 14h às 17h Aulas seg a qui Uma das mais importantes escolas de artes visuais da cidade, A Escolinha de Arte do Recife, fundada em 1953, com 62 anos dedicados ao ensino das artes para crianças, já está com as inscrições abertas para os cursos regulares neste mês de agosto, oferecendo aulas de desenho, pintura, modelagem com argila e ainda o curso de pintura em tela para adultos. A mensalidade é de R$ 100, com direito a três horas de aula por semana, numa carga horária mensal de 12 h/aulas.
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TELEFONES ÚTEIS
POSTOS DE DISTRIBUIÇÃO
3322 4188
Aeroporto
3322 4180 102
Auxílio à lista
Hospital da Restauração 3181 5400
3355 0128 190 3183 1949
Porto do Recife
3181 7000
Procon Estadual
/ 0800 280 21 512 3452 1211
Rodoviária
192
Samu Grande
Recife
de Transporte
Consórcio
0800 081 0158
3182 5552 / 3182 5554
EMPRESAS DE TÁXI Coopetáxi
3424 8944
Copseta
3462 1584
DiskTáxi
3419 9595
Ourotáxi
3423 7777
Teletáxi
Centro Cultural Correios 3224 5739
2126 8090
/ 3424 1935
Biblioteca da Universidade Católica
Empetur - Casa da Cultura
de Pernambuco 2119 4122
3182 8296
/ 2119 4252
Espaço IPHAN 3228 3011
Biblioteca da Faculdade de Filosofia do Recife – FAFIRE
Informações Turísticas 24h
Polícia Militar
Biblioteca Central da UFPE
3493 8383 2121 4242
2122 3500
Biblioteca da Faculdade Maurício de Nassau
3413 4611
Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco
3181 2647 / 3181 2642
3228 3496 Espaço Pasárgada – Casa Manuel Bandeira
3184 3165
Escola Profissional de Artes João Pernambuco 3355 4092/ 3355 4093 Fundação Joaquim Nabuco 3073 6363
Biblioteca da Faculdade
– Casa Forte
Metropolitana da Grande Recife
Fundação Joaquim Nabuco – Derby
2128 0500
3073 6767
Biblioteca Popular de Afogados
Instituto Cervantes de Recife
3355 3122 / 3355 3123
3334 0450
Biblioteca Popular de Casa Amarela
Mercado da Boa Vista 3355 3042
3355 3130
Mercado da Madalena 3445 1170
Casa da Cultura Luiz Gonzaga
Museu da Abolição
3184 3151 / 3184 3152
Museu da Cidade do Recife
Casa do Carnaval (Pátio de São
- Forte das 5 pontas
Pedro) 3355 3302 / 3355 3303
/ 3355 3108
Centro Apolo – Hermilo (Cine e
Museu de Arte Aloísio Magalhães
Teatro) 3355 3311 / 33554331
(MAMAM)
Centro de Atendimento Turístico
3355 6871 / 3355 6872
3182 8299
do Aeroporto
3228 3248 3355 3107
3355 6870
Museu do Estado de Pernambuco
Centro de Atendimento Turístico do
3184 3170 / 3184 3174
Arsenal – PCR 3355 3402
Museu Murillo La Greca 3355 3126
Centro de Atendimento Turístico do Mercado São José
3355 3022
Centro de Atendimento Turístico do Pátio de São Pedro
3355 3310
Centro de Atendimento Turístico do TIP – PCR
3182 8298
/ 3355 3127 / 3355 3129 Teatro Barreto Júnior 3355 6398 / 3355 6399 Teatro de Santa Isabel 3355 3322 / 3355 3323 / 3355 3324 Centro de Atendimento Turístico do 33559844
Centro de Atendimento Turístico da
Parque Dona Lindu
Praça de Boa Viagem 3182 8297
Centro de Atendimento Turístico do
Centro de Artesanato de Pernambuco
Shopping Center Recife 34677486
3181 3451
Centro de Atendimento Turístico do Shopping Rio Mar 31828293
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POR VOCÊ TRABALHANDO SEM PARAR