pprefeitura do recife Prefeito do Recife Geraldo Júlio Vice-prefeito do Recife Luciano Siqueira Secretária de Cultura Leda Alves Fundação de Cultura Cidade do Recife Presidente Diego Rocha Gerente Geral de Administração e Finanças: Edelaine Britto Gerente Geral de Ações Culturais e Infraestrutura Sílvio Sérgio Dantas Gerente de Desenvolvimento e Descentralização Cultural Iana Cláudia Marques Agenda Cultural Editor Manoel Constantino Repórteres Anax Botelho, Erika Fraga e Jaciana Sobrinho Estagiário de jornalismo Franklin Almeida Equipe Gerencial Christina Simão e Jacqueline Moraes Versão online Jacqueline Moraes Revisão Norma Baracho Projeto Gráfico Estúdio Vivo | Fernanda Lisboa e Matheus Barbosa Diagramação Lúcia Rodrigues Capa CINE-PE | XIX edição Impressão São Mateus Gráfica Ltda Tiragem 10.000 exemplares Cais do Apolo, 925, 15º andar, Bairro do Recife Recife-PE CEP 50030 230 Telefone 81 3355 8065 Fax 81 3355 8810 agendaculturaldorecife@gmail.com www.recife.pe.gov.br/agendacultural www.agendaculturaldorecife.blogspot.com Twitter @agendaculturall Programação sujeita a alteração. Por favor, confirmar. Sugestões de pauta devem ser enviadas até o dia 15.
RECIFE DOS FESTIVAIS Com todas as turbulências que possam ocorrer na vida econômica do país, os altos e baixos da crise mundial, os produtores das várias expressões artísticas persistem e encontram formas para realizar os seus projetos, inclusive diante da falta de uma política cultural, nas várias esferas do poder, mais incisiva e voltada com afinco para um melhor desenvolvimento da economia da cultura, da economia criativa abrangendo, obviamente, as novas perspectivas e ferramentas para o impulso das cadeias produtivas das artes. No cinema, o barco tem sido remado com mais vigor e não é à toa que Pernambuco vem se destacando desde a década de noventa do século passado como um dos mais brilhantes momentos de criatividade e excelentes realizações com reconhecimento internacional. Daí dedicarmos a capa deste mês a 19ª edição do CINE PE, o nosso festival audiovisual que, para a alegria de inúmeros cinéfilos retorna ao Cinema São Luiz, uma das referências culturais da cidade. E o mais estimulante, é termos três produções pernambucanas concorrendo na Mostra Competitiva de longas, além da aplaudida mostra competitiva de curtas-metragens pernambucanos, com sete concorrentes. Maio também nos traz de volta o Festival Todos Verão Teatro, promovido pela Federação de Teatro de Pernambuco, que com esta iniciativa volta a atuar com fôlego renovado, depois de seis anos de ausência e que por isso mesmo aplaudimos de pé e com intensa alegria, principalmente por estar homenageando Arary Marrocos (uma das fundadoras da Feteape e do Tea, de Caruaru) e Zélia Sales (ex-presidente da entidade), com 17 espetáculos para serem apreciados. Já a música se faz presente com 20º Festival da Seresta, de seis a nove de maio, na Praça do Arsenal, no Recife, com início sempre às 20hs, com uma grade de programação que contempla as noites dos anos 70 e 60, do bolero e, finalmente a noite das Mães. Que os deuses das artes brilhem e tragam para cada um de nós, novos olhares, novas percepções através do cinema, do teatro e da música.
Manoel Constantino Editor
Conexão 2 Entrevista 8 Sabores do Recife 14 Por trás das cortinas 18 Artes Cênicas 23 Circo 35 Canto Daqui 39 Música 42 Circulando 49 Perfil do Artesão 52 Artes Visuais 54 Clic 60 Cinema e vídeo 61 Moda 68 Giro Literário 72 Cursos e Concursos 76 Ilustra 79 Serviços 80
CONEXÃO Cena do filme João Heleno dos Brito Foto Reprodução
Por Jaciana Sobrinho Fotos: Divulgação
Cinema pernambucano vive bom momento e colhe ótima safra O Novo Cinema Pernambucano – título dado por alguns críticos ao momento de intensa produção em Pernambuco – vem trazendo boas surpresas, renovando os ares da produção do audiovisual, não só no Estado, mas no país, e com um vigor comparado apenas às décadas de 1920 e 1970, dois momentos bastante efusivos para os cineastas locais. Pernambuco tem um histórico cinematográfico bastante rico e que acumula destaques e prêmios Brasil afora, como indica a Antologia do Cinema Pernambucano (organizada por Germana Pereira e Isabela Cribari), uma coleção com 212 filmes realizados no Estado, lançada recentemente, mas que traz apenas uma parte da trajetória do nosso cinema. Como se sabe, foi a obra de Lírio Ferreira e Paulo Caldas (O baile perfumado – 1997) a responsável pelo despertar de inúmeros projetos esquecidos nas gavetas dos direto-
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res, bem como o potencial de jovens cinéfilos ávidos por comandar um set de filmagem. “Era um momento em que a maioria das pessoas era descrente a respeito desse tipo de trabalho aqui no Estado, mas ao mesmo tempo começava a surgir um grupo que curtia os filmes e debatia o assunto. Isso foi fomentando a vontade de fazer filme, de colocar na tela a nossa visão de mundo”, lembra o roteirista e membro da curadoria do Festival Janela Internacional de Cinema do Recife, Luiz Otávio Pereira. Após esse “start” no final dos anos 1990, começamos a ouvir com maior frequência comentários e notícias positivas a respeito de Lírio Ferreira, Paulo Caldas, Cláudio Assis, Marcelo Gomes, Kleber Mendonça e suas obras aplaudidas e premiadas em inúmeros festivais dentro e fora do Brasil. Nossa cultura e nossos valores passaram, então, a receber um novo olhar dos que não são daqui. Um passo à frente na questão da visão estereotipada incluindo terra seca e pobreza.
Petrônio foto acervo pessoal
O Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco – Funcultura Independente – tem beneficiado a cadeia produtiva do setor e incentivado produções de todos os seguimentos: filmes, programas para TV, cineclubes, festivais, mostras, pesquisa e formação. Este ano, os recursos somam R$ 20.050.000,00 (vinte milhões e cinquenta mil reais) contando com um aporte (R$ 8.550.000,00) da Ancine – Agência Nacional de Cinema, o que representa uma injeção de ânimo para os produtores locais, ainda que isso não signifique total tranquilidade no processo de produção. Nesse cenário foram surgindo os nomes de Petrônio (Calma, Monga, calma, 2011); Neco Tabosa (A vida plural de Layka, 2012) e Sérgio Oliveira (Nação mulambo, 2007). Os três vêm construindo suas trajetórias por meio de parcerias e de editais e contam um pouco sobre o fazer cinema em Pernambuco. Mesmo com um suporte dos programas de incentivo, o que prevalece ainda é a força de vontade dos realizadores. “Já trabalhei tirando dinheiro do bolso para o filme ficar pronto. Já trabalhei com verba pública (após aprovação em edital) que quase deu pra pagar tudo e só aí eu tirei dinheiro do bolso pra completar o filme. E já
Neto Tabosa foto Costa Neto
Sergio Oliveira Foto_ Divulgação
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trabalhei como contratado para produzir ou finalizar o projeto de outras pessoas, quando o dinheiro não faltou. Sempre com muita liberdade criativa, o que hoje em dia – ou desde que o audiovisual nasceu – significa muita limitação orçamentária”, comenta Neco Tabosa.
Neco Tabosa recebendo prêmio pelo curta João Heleno dos Brito, na França foto Divulgação
O diretor do curta João Heleno dos Brito (que ganhou o prêmio Signis de melhor curta-metragem, na França, em março passado) conta que já participou de produções cujo pagamento eram as refeição no set. Finalizar um filme não é tarefa das mais simples, mas a satisfação da missão concluída não desanima Neco, que já está captando recursos para o curta de animação Despacho na Assembleia (codirigido por Raul Souza) e para um longa baseado nos contos do escritor baiano Hélio Pólvora. “Eu e a produtora estamos de olho em todo tipo de apoio: bolsas para terminar de escrever o roteiro, apoios diretos de empresas, editais públicos (nacionais ou internacionais), doações dos leitores da Agenda Cultural do Recife (risos). Enfim: tudo”, entrega. “De uns dez anos pra cá, quando alguém fala que vai filmar curta ou longa, já se subentende que o projeto foi contemplado em seleções de editais de incentivo à produção. Aquela dificuldade do passado diminuiu em parte”, analisa Petrônio, que atualmente está cuidando da distribuição de O gigantesco ímã (codireção de Tiago Scorza). “Concluí a fase de produção de outro longa documentário que pretendo terminar ano que vem chamado O silêncio da noite é que tem sido testemunha das minhas amarguras, filme sobre a poeticidade que existe nas regiões do Pajeú pernambucano e Cariri paraibano, cujo epicentro é a cidade de São José do Egito (PE). Para ambos os projetos, contei com recursos do edital do audiovisual, Funcultura. O gigantesco imã contou também com incentivo da Lei do Audiovisual, através da empresa JODIBE, de Serra Talhada”, comenta ele. O diretor Sérgio Oliveira lembra que cada roteiro tem suas variáveis e isso torna o processo de conclusão do fil-
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me mais ou menos complicado e caro. “Cada filme pede coisas distintas, desenhos diferentes, estratégias distintas. São sempre filhos únicos”, afirma, ressaltando também a facilidade de acesso às tecnologias como um ponto positivo. “Acho que se vive um bom momento do audiovisual no Brasil. Há uma política mais inclusiva e democrática que está trazendo resultados como uma maior produção de qualidade de filmes de vários gêneros”, diz Sérgio. Esse movimentado contexto tem colocado Pernambuco alguns degraus acima no ranking dos centros culturais importantes do circuito audiovisual do país. O já conhecido Festival do Audiovisual de Pernambuco – Cine PE (que acontece de 2 a 8 de maio) sente o reflexo disso e usufrui desse bom momento dando espaço maior para as produções pernambucanas – dos 27 filmes da programação, 12 são daqui. “Tivemos recorde de inscrições com mais de 720 títulos registrados e analisados. Mantivemos a preocupação com o destaque para as produções do Estado, mas nos eximimos do processo de escolha dos títulos inscritos para as mostras competitivas, inclusive a pernambucana, deixando a curadoria com total independência”, comenta Alfredo Bertini, organizador do Cine PE.
Cena do filme Amor, Plástico e Barulho, de Renata Pinheiro, que já está em cartaz foto Divulgação
Os festivais são destinados principalmente aos filmes independentes e nacionais com o objetivo de levar ao grande público produções diferentes das que encontramos nas grandes salas de cinema, bem como enaltecer os profissionais da área por meio das premiações. No entanto, as iniciativas ainda não superam o maior gargalo onde a grande maioria das obras esbarra: a distribuição. Os curtas-metragens são o maior exemplo disso. Existem poucos espaços de exibição desse tipo de filme, até mesmo por um preconceito que reduz essas produções a um simples experimento para aprendizes. “Um grande problema é como chegar ao público. Não é fácil. O Brasil tem dimensões continentais e geografias
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Cena do premiado filme Estradeiros, de Sérgio Oliveira e Renata Pinheiro
diversas, o que torna tudo mais complexo e custoso. Isso tudo com um circuito exibidor que vive à mercê da exibição de blockbusters (filmes mais populares) de diversas origens, inclusive nacional, que ocupam a maioria das salas e, claro, em seus melhores horários. Acredito que uma política cultural mais abrangente de exibição de produtos culturais no circuito exibidor, de títulos brasileiros e também de outras cinematografias, poderia de alguma forma romper essa barreira mercadológica”, analisa Sérgio. A dificuldade para exibição é senso comum entre os produtores. Outro complicador de todo o processo é a burocracia imposta nas inscrições dos editais – que requerem muitos papéis antes mesmo da aprovação do projeto – e a falta de conhecimento das leis de incentivo e redução de impostos por parte das empresas privadas. “Outra coisa que falta são cinematecas estaduais. Temos muito material ainda em película, se deteriorando. Se tivéssemos cinematecas em cada estado do Brasil, nossas obras poderiam ser disponibilizadas às pessoas. Portanto, há necessidade de uma melhor catalogação, conservação e preservação deste quase um século de cinema pernambucano”, sugere Petrônio.
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Ainda assim, o talento e o amor ao cinema predominam naqueles que se aventuram nessa vereda e o leque de possibilidades parece se abrir cada dia mais. “O que me chama a atenção aqui em Pernambuco é a vocação para o experimental e a ousadia. Os equipamentos digitais permitem experimentação, o que torna possível ver o resultado com maior rapidez, podendo assim refazê-lo, caso seja necessário. Em muitos casos, facilita a pesquisa de linguagem. Minha tentativa é colaborar para que haja uma estética audiovisual, de um cinema espontâneo, orgânico, vivo”, diz Petrônio. Confira a lista de produções em fase finalização e alguns já em exibição:
King Kong em Assunción - Camilo Cavalcante O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão - Paulo Caldas Aquarius - Kleber Mendonça Filho Bacurau - Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles
Steven esteve aqui - Fernando Weller Espumas ao vento - Taciano Valério Vernissage - Juliano Dornelles A transformação de Canuto - Ernesto de Carvalho e Ariel Ortega A história da eternidade - Camilo Cavalcante Prometo um dia deixar essa cidade - Daniel Aragão Te sigo - Cecília Araújo Piedade - Cláudio Assis Um certo Joaquim - Marcelo Gomes Amores de chumbo - Tuca Siqueira Propriedade privada - Daniel Bandeira Antonio e Piti - Vincent Carelli O silêncio da noite é que tem sido testemunha das minhas amarguras - Petrônio Recordações nordestinas - Deby Brennand
Isolar - Leonardo Sette Paterno - Marcelo Lordello Animal político - Tião Jackson e imagens - Cacá Texeira e Marcus Vilar Açúcar- Renata Pinheiro Todas as cores da noite - Pedro Severien Big jato - Cláudio Assis Beco - Camilo Cavalcante Mães do Pina - Leo Falcão Azougue - Tiago Melo O gigantesco ímã - Petrônio e Tiago Scorza Canavieiros - Andréa Ferraz Seu Cavalcanti - Leonardo Lacca Valeu boi! - Gabriel Mascaro Sangue azul - Lírio Ferreira Permanência - Leonardo Lacca Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos - Sergio Oliveira e Renata Pinheiro Amor, plástico e barulho - Renata Pinheiro Brasil S/A - Marcelo Pedroso Estradeiros - Sergio Oliveira e Renata Pinheiro A luneta do tempo - Alceu Valença
Mendes
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Valdir Oliveira
ENTREVISTA
Por: Anax Botelho Fotos: Divulgação - Acervo Pessoal
Inserido no universo das letras, da comunicação à literatura, Valdir Oliveira segue com total dedicação a textos infantis ou adultos, contos, poemas, romances, além de textos para teatro e televisão. É com essa paixão que Valdir, com lápis, caneta e/ou um teclado, busca quase que compulsivamente externar suas histórias e fantasias. Agenda Cultural: Como surgiu seu interesse pela literatura? Valdir Oliveira: Assim como as pessoas que nascem com tendência para música procuram um instrumento, começam a cantar e descobrem seu talento, há as que nascem para escrever logo e procuram um lápis, uma caneta ou um teclado. O que motiva essa busca é quase inexplicável, o fato é que somos levados a criar quase que compulsivamente. Claro que as leituras influenciam, sejam leituras de livros, revistas ou jornais, sejam as leituras e releituras que fazemos daquilo que nos circunda. O maior de todos os li-
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vros são a natureza e o cotidiano rural ou urbano. Essas leituras me levaram a escrever desde a adolescência e isso é o que faço com mais afinco e prazer. AC: Como você concilia sua profissão e formação acadêmica em comunicação com o universo literário? VO: Infelizmente não dá para viver só de literatura aqui em Pernambuco. Mesmo no Brasil isso é privilégio de poucos. Então temos que conciliar as atividades. Sou jornalista concursado na UFPE, lotado na TVU onde apresento o programa Opinião Pernambuco, faço reportagens e realizo documentários, a exemplo da série Camões dos Lusíadas e dos cordéis, produzida em 2013 em Portugal e exibida em 2014 em rede nacional pela TV Brasil. Agora estou finalizando uma série de programas realizados na Guiné Bissau. Também sou professor universitário, atualmente nos cursos de Cinema e Rádio TV e Internet da AESO. Mas onde quer que esteja, sempre vão nascendo novos textos, sejam infantis ou adultos, contos, poemas ou romances. Texto para teatro ou televisão... Além dessas brechas, vez por outra preciso me disciplinar e dedicar tempo específico para desenvolvimento de alguma obra. Em Cidade dos Karianthos, uma série infantojuvenil com mais de trezentas páginas, ainda inédita, passei dois anos acordando por volta das quatro da manhã e escrevendo até as seis. Uma ficção que me transportou, nesse período, para um universo cheio de aventuras, de perigos, de incertezas, de descobertas, de alentos, de conflitos, de prazer... Esses sentimentos que a ficção nos proporciona nos impele à entrega. Assim, acaba não sendo difícil contornar a dureza da rotina profissional e abrir alas para fazer aquilo que é puro prazer e catarse. AC: Quais são suas grandes influências literárias? VO: Toda leitura nos influencia. Alguns autores acabam deixando marcas muito fortes e abrindo nossos horizontes. Kafka, em seu universo fantasioso e na extrema contundência psicológica e emocional de seus personagens, é um autor que destaco. No universo infantil, Antoine Saint-Exupéry escreveu O pequeno príncipe, uma obra que acho indispensável a todo autor de textos para crianças. Mas em meu repertório já mergulhei em obras de Shakespeare, Machado de Assis, Graciliano Ramos, Ariano Suassuna, Raimundo Carrero, Goethe, Alexandre Dumas, Cervantes, Albert Camus,
ENTREVISTA
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Encontro com crianças em escola na Guiné Bissau Foto Dina Adão
Gustave Flaubert etc. Enfim, não sigo o estilo de um autor específico, minhas fontes são a diversidade e suas riquezas narrativas. AC: Qual gênero literário atrai mais você? E na sua produção? VO: O conto é um gênero que muito me atrai, seja adulto ou uma narrativa para o público infantojuvenil. Os contos permitem que o leitor encontre, não o final, mas desdobramentos para as histórias. No entanto, não posso relegar o fascínio pelo romance e pela poesia. Entrego-me às histórias sem lembrar que existem classificações, depois é que me dou conta de que escrevi um conto, um poema ou um romance. O gênero não é imperativo, o que é preponderante é a trama, são os personagens e seus mistérios, suas similitudes conosco, humanos, e com os conflitos que vivenciamos neste mundo que mais parece uma ficção. AC: Em seu trabalho, você dialoga com públicos distintos: adulto e infantil. Quais elementos diferem um do outro? VO: O público adulto me põe em xeque, mas ignoro suas expectativas. Prefiro seguir os objetivos de meus personagens que, nas narrativas, têm alma, desejos e propósitos. Depois de delineados minimamente, eles “criam asas” e parecem ter vida própria. Assim evoluem e eu pareço estar em suas mãos, apenas abrindo os caminhos para que deem seus passos. As histórias adultas podem tratar de questões diver-
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sas, entre elas, religiosas, políticas, filosóficas ou sexuais. Assim me desarmo e dou toda a liberdade para que os personagens considerem ou, se preferirem, passem por cima dos meus e dos nossos valores éticos e morais, de nossas convicções políticas e ideológicas, que ridicularizem os nossos tabus... O processo da escrita é tão avassalador que eles, os personagens, não dão margem para que o autor controle os atos deles. Meio louco, não é? Mas é isso, vejo o ato da criação como estado de loucura mesmo. AC: Seus livros para o público infantil, o que apresentam? VO: Simplesmente escrevo. Depois observo que tratei de questões que refletem o cotidiano de forma lúdica ou ideológica. Em Os olhos de Ilberon, o fio condutor da narrativa é o olhar, a percepção que se aguça com o acúmulo de experiências. Há uma negação do herói belo, substituído por um herói velho, feio, mas sábio e jovem na perseverança e na superação. O lápis apaixonado traz o ritual do envolvimento entre duas pessoas, a despeito das diferenças. E evoca também uma reflexão sobre as palavras e os seus significados. Mas isso de uma forma lúdica, conduzida por metáforas e metonímias, sem perder a perspectiva de que há fases cognitivas que precisam ser levadas em consideração. E minha referência nesse universo é Piaget e sua teoria das fases de desenvolvimento cognitivo. Procuro seguir esses princípios em outras obras que já publiquei e ainda serão publicadas para o público infantil. AC: E para o público adulto? VO: Em O rei do zodíaco faço uma sátira ao exercício do poder, de forma picaresca e hilária, marcada pela similitude entre o que é ficção e a realidade perversa que impera na relação governantes e governados neste planeta. Trata-se de uma obra atemporal e transterritorial, cujas situações podem acontecer em Caruaru ou no labirinto de Creta. Já os meus contos narram, muitas vezes, filigranas da alma huma-
ENTREVISTA
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Com alunos na escola José Ursulino, em Alagoas
na em situações limite entre o provável e o improvável. Assim acontece com os contos de Depois do desejo, a exemplo de Os seios de minha mãe, Por uma tecla, Ópera de Martino, entre outros. Além dos textos para publicação impressa, também escrevo para televisão e cinema. Os especiais que escrevi para a Rede Globo Nordeste, na década de 90, entre os quais A promessa de Jeremias e O santo cibernético, e as minisséries Santo por acaso e Cruzamentos urbanos, para o SBT Nordeste, em 2006, abordam situações que se passam em ambientes rurais ou ambientes urbanos. Nesse contexto, falam de conflitos de terra, amor, religião, sexualidade, inveja, drogas, criminalidade, entre outros temas. Já para o teatro, gostaria de destacar Andanças do tempo, texto de minha autoria, com direção de Manoel Constantino, apresentado no Barreto Júnior, em 2009, com incentivo do Funcultura. A peça destinava-se a públicos diversos, adolescentes, jovens e adultos, abordando temas como drogas, velhice, correria dos tempos modernos, solidariedade, entre outros. AC: Quais são seus projetos atuais e futuros? VO: Já está no prelo o novo livro, Namoradinha do Papai Noel, para o público infantojuvenil. Mas espero publicar também, o mais breve possível, os livros Bolha de fogo (de contos) e Cidade dos Karianthos (série infantojuvenil). Além desses, tenho escritos mais de dez textos, entre os quais, O pássaro que tinha medo, Jupterássico, Reino de Alquimeia, livros para adultos e crianças, além de séries para TV e roteiros para cinema. Se tiver vida, apoios e subsídios para publicar tudo, ótimo. Se não, fica para depois. Mas antes desse depois, espero que todos assistam à peça Os ovos da raposa, um projeto que estou montando com a Coreto Cia. de Teatro, em Olinda, com direção de Júlio Rocha. Estreia prevista para o segundo semestre deste ano. AC: Como você enxerga a atual conjuntura de apoio e valorização do universo literário em Pernambuco? VO: Padecemos de um problema muito sério, que é a falta de divulgação para nossos trabalhos. Alguns livros lança-
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dos por autores pernambucanos em Bienais e em feiras como a Fliporto não conseguem divulgação na mídia local. Que critério é esse? Será que se mensura a qualidade da obra ou apenas o fato de o autor ser uma figura midiática? Tive um livro publicado por uma editora de Portugal, lancei inclusive em Lisboa e é distribuído em várias cidades portuguesas e no Brasil, por grandes livrarias, inclusive a Cultura, mas aqui nunca tive espaço para divulgar, apesar de ter enviado releases. O rei do zodíaco foi aprovado pelo Funcultura com prefácio de Raimundo Carrero e orelhas de Xico Sá. Também padeci da falta de divulgação. A vítima da vez é O lápis apaixonado, lançado na Fliporto em novembro do ano passado. Mas não teve divulgação, somente citação na programação. Os olhos de Ilberon é adotado em várias escolas particulares e foi aprovado pela Secretaria de Educação do Estado depois de passar pelo crivo de uma comissão técnica e ganhar uma licitação para a compra de 2.300 exemplares. Já está em várias escolas e bibliotecas do Estado, podendo ser trabalhado em sala pelos professores. Esse livro também foi para a feira de Frankfurt, foi lançado na Guiné Bissau e tem resultados maravilhosos, com ilustrações de Ronaldo Câmara. Gostaria muito de aproveitar esse espaço para mandar um recado aos professores: vejam Os olhos de Ilberon e dividam a história com seus alunos. Talvez se surpreendam com essa narrativa, assim como me surpreendi e se surpreendem aqueles que já vivenciaram essa experiência. Fortalecer a literatura passa pela união de autores, editoras e demais segmentos dessa cadeia produtiva, mas é urgente que os critérios de seleção e agendamento na mídia sejam repensados, senão o trabalho de propagação fica muito mais lento e árduo. Perdemos todos com essa política e espero que as coisas mudem. Obrigado à Agenda Cultural por essa abertura de portas.
ENTREVISTA
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SABORES DO RECIFE
Bairro de São José Por: Anax Botelho Fotos: Anax Botelho
Na área central da capital pernambucana, o Bairro de São José é indispensável para se conhecer a história do Recife e seu crescimento urbano, além de possuir um variado centro comercial tradicional e popular. Situado na Região Político-Administrativa 1 (RPA 1), ele abriga centenárias igrejas, o Forte das Cinco Pontas, atualmente Museu da Cidade do Recife, e o histórico Mercado de São José, tornando-se, assim, um dos mais característicos cartões postais da Cidade.
A feira de alimentos toma a região do Mercado
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Famoso pela influência cultural e artística no restante da Cidade, o Bairro presenteou a população recifense com agremiações que vão do
Bloco Carnavalesco Misto Batutas de São José e da Escola de Samba Estudantes de São José até o maior bloco do mundo, o Clube de Máscaras Galo da Madrugada. Atualmente, a região também incorpora um dos debates políticos mais importantes do Recife, qual seja, a revitalização do Cais José Estelita. Empreiteiras projetaram a construção do que se pode denominar um novo bairro na região, com arquitetura contempoMercado de São José rânea e vertical. Setores espontâneos da sociedade civil e movimentos sociais questionam esse desenvolvimento urbano, pois julgam estar tal empreendimento ligado a interesses econômicos, que não dialogam com a identidade do Recife e ainda promovem uma ideia ultrapassada de progresso e modernização. Na efervescência do Centro, como é conhecida a região, as opções de restaurantes e bares são bastante variadas e geralmente ligadas à culinária regional, ao tempero caseiro e ao espírito boêmio de beber uma cerveja e degustar tira-gostos. É nessa vertente que atua o Bangüê, em funcionamento no Pátio de São Pedro, local que abriga uma série de espaços culturais. Esse ambiente rústico e inspirado nos antigos engenhos de açúcar de Pernambuco faz transbordar uma sensação de pertencimento histórico no bairro. Para a proprietária Eliana Lins e o garçom Jorge, todo o local busca valorizar a cultural regional. Para tanto, podem-se ver quadros talhados em madeira com a temática dos engenhos, fotografias e poesias e até uma prensa de farinha com mais de 100 anos servindo de balBangüê, referência na comida regional no cão. Dentre os 18 pratos de almoço
Pátio de São Pedro
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Bangüê, inspirado nos engenhos de açúcar
Eliana Lins, proprietária do Bangüê
e jantar disponíveis, os mais pedidos são a carne de sol, um prato típico nordestino que tem como método conservar a carne bovina salgando-a e secando-a, a costela de carneiro, o coxão de carneiro e a galinha cabidela, prato tradicional do norte de Portugal bastante presente na gastronomia da região nordestina. Já para desfrutar um petisco, o Bangüê disponibiliza 20 opções, além de diversas bebidas. Vencedor do Roda de Boteco em 2008, como melhor boteco, e o garçom Jorge sendo eleito o terceiro melhor da Cidade, o Bangüê é indispensável para quem deseja apreciar uma boa comida regional e vivenciar um espaço que carrega traços tão ligados à história de Pernambuco. Já no tradicional Mercado de São José, a Barraca do Miro é uma das maiores referências do mercado. Fundada em 1968, a Barraca é o restaurante mais antigo do mercado. Com um público bastante plural, formado por comerciantes, feirantes e turistas, o prato mais pedido
Jorge do Bangüê
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é o guisado de boi, preparado com a técnica de cozinhar a carne do boi com legumes, formando assim um refogado, de modo que os sabores se misturem. O proprietário Miro, figura singular do Mercado, também é uma atração à parte pela simpatia e conhecimento do local. Desde os 13 anos no Mercado de São José, já atuou em sindicatos e associações dos comerciantes do local sempre em busca de melhorias para todos na região. Atualmente ele se dedica apenas à Barraca e a dar entrevistas a estudantes de gastronomia, de jornalismo e a todos que buscam conhecer a culinária popular e de mercado. Para ele, o diferencial é a simplicidade, o preço acessível e o sabor. “É quase uma comida caseira”, define. Com pratos que continuam a ser preparados da mesma forma desde o início, como o bife e o charque, a Barraca está aberta para café da manhã e almoço “Sexta-feira e sábado são os melhores dias para curtir o mercado e sua comida”, segundo Miro.
Miro, desde 1968
O cardápio na Barraca do Miro
SABORES DO RECIFE
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Aurino Xavier, POR TRÁS DAS CORTINAS
um encontro de arte e vida
Por Manoel Constantino Fotos Divulgação acervo da artista
Aurino Xavier em Menopausa
Não é lugar comum no Brasil a arte fazer parte da vida de uma pessoa desde os primeiros anos da infância mesmo depois que passou a ser consenso entre os estudiosos da educação, da psicologia e de várias outras áreas que, de um modo geral, a convivência com as artes faz a diferença na vida de qualquer pessoa. Pois bem, Aurino Xavier, um dos nossos mais festejados comediantes, conviveu desde o jardim da infância com essa possibilidade: a brincadeira de fazer arte. E o resultado é que, tempo depois, o teatro passou a ser a sua respiração de vida. Nesta entrevista, a sua trajetória que revela persistência, talento e paixão pelo teatro.
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Manoel Constantino – Do jardim de Infância para a vida a vida. Como foi a descoberta da arte? Aurino Xavier - Minha descoberta e encontro com a arte de representar, se deu logo cedo aos seis anos de idade no jardim da infância, quando em uma festa do dia das mães, fui escolhido para cantar uma música que fala dos hábitos de um chinês, e nessa comemoração, ao abrir as cortinas do auditório, fiquei paralisado sem saber se deveria fazer, foi quando na primeira fila, avistei minha mãe, que falou diretamente para mim: vai meu filho, canta! Isso foi o suficiente para fazer o número, e sentir a partir daí que aquele era o meu lugar, o palco. Desde então estive sempre a frente de todas as comemorações escolares do primário até o segundo grau. Manoel Constantino – Os primeiros momentos da infância para muitos logo se perdem quando se chega à adolescência. Entretanto, com você, o teatro surgiu também no colégio. Aurino Xavier - Ainda no segundo grau aos 16 anos descobri, através de um festival de teatro na escola Almirante Soares Dutra, um professor do liceu de artes e ofício, o saudoso Carlos Varela, que ao assistir uma apresentação de uma música de Ivon Cury - O retrato de Maria - ele ficou maravilhado, e me disse: Aurino você já nasceu artista, venha conhecer o nosso trabalho no liceu, e assim o fiz, passei alguns meses indo aos encontros, e foi ali que nasceu de fato essa certeza, pois descobri tudo que o teatro pode proporcionar, conheci tudo relacionado a interpretação, iluminação, sonoplastia e produção. Mesmo jovem, desde então me dediquei com afinco em participar de eventos teatrais, virei um rato de teatro e via tudo que podia, pois minha condição de menino pobre não permitia acesso aos grandes espetáculos, onde sempre dava um Aurino Xavier em O truque da galinha morta POR TRÁS DAS CORTINAS
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Aurino Xavier em cena
jeito de entrar pela tangente, ou conseguir convites com amigos. Isso foi cada vez mais impulsionando minha vontade, foi quando conheci Odé Felix, que comandava o grupo Gambiarra, anos 70, tempo de efervescência dos grupos de teatro, e nos reuníamos em uma das salas do extinto DCE, na Rua do Hospício. Nesse grupo fiz minha primeira apresentação, dentro de um esquema de produção que almejava o profissionalismo, era uma peça infantil, chamada “O universo em fantasia” e eu representava o planeta terra, que estava sendo devastada pelo homem, e os astros, sol, cometa e estrelas se reuniram para dar um basta nessa devastação do planeta. Nos apresentamos no auditório da escola Almirante Soares Dutra, no Teatro Marrocos, quando era na Rua da Saudade (hoje é um cinema pornô) e no Teatro do Forte das Cindo Pontas. Manoel Constantino – A partir dessa época tudo então foi ininterrupto? Aurino Xavier - Aí começa a pausa cênica de minha vida, pois tive que servir ao exército, mas logo ao sair, voltei ao grupo, que já estava enfraquecido. Foi quando passei no vestibular para sociologia na Unicap, e ao mesmo tempo consegui um emprego como bancário. Esses fatos me afastaram da vida teatral para a sobrevivência e também pela dedicação ao ensino superior que consegui terminar em três anos e meio.
22 MAI 2015
Manoel Constantino – E como foi o seu retorno, considerando que o seu primeiro grupo já estava enfraquecido quando você iniciou sua carreira acadêmica? Aurino Xavier - Como os deuses do teatro nos preparam surpresas, em um dos encontros com os amigos do grupo Gambiarra, soube de inscrições para o Curso de formação do ator da UFPE, onde através de testes os candidatos seriam selecionados para fazer esse curso, na Escola de Belas Artes no Benfica, e fui aprovado com louvor pela banca examinadora, composta por Antonio Cadengue, Milton Bacarelli, Carlos Bartolomeu e Isaac Gondim Filho. Como eu já tinha curso superior, a minha entrada no CFA, foi considerado como uma extensão do curso de educação artística, e fui contemplado com mais uma formação superior em artes cênicas. Esse curso, o CFA, foi extinto pelo então presidente Fernando Collor, e a minha turma foi a última. No CFA, tive uma formação completa com tudo que se relacionava ao teatro, e fizemos espetáculos que ficaram na história do teatro pernambucano: Ubu rei - direção de Carlos Bartolomeu; O Despertar da primavera - direção Antônio Cadengue; Bodas de sangue - dir. Milton Bacarelli; O balcão - dir. Cadengue e o Lorenzaccio - dir. Fernando Bigi de Aquino Manoel Constantino – E de que forma você entrou no mercado das artes cênicas? Aurino Xavier - Terminado o curso, fui convidado para fazer parte da Aquárius Produções, de Bóris Trindade para fazer O Burgês Fidalgo, no Teatro Santa Isabel, com direção de Antônio Cadengue o que me firmou definitivamente no mercado profissional e ainda fiz com Bóris “A Aurora de minha vida” no Teatro da Fundaj. Paralelamente participava dos agitos culturais de Jomard Muniz de Brito na Galeria Metropolitana e em vários lugares com performances anarquistas ao lado de Vavá Paulino e Cristina Romeiro. Isso nos levou a fazer festas com performances em vários eventos na agitada zona do bairro do Recife. Essas eram festas temáticas promovidas por vários produtores nos cabarés da Rio Branco. POR TRÁS DAS CORTINAS
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Manoel Constantino – Sabemos que sobreviver do teatro não é uma tarefa fácil. Ser bancário e fazer teatro deu certo? Aurino Xavier - Nesse período, demitido do banco, fui contratado pelo Cecosne, pela Madre Escobar e fizemos vários agitos com os alunos do Cecosne, com montagens utilizando o teatro de bonecos e dando aulas As criadas mal criadas, com de teatro para a formação dos alunos, que durou cerca direção de Manoel de quatro anos. Logo em seguida, ao sair do Cecosne, fui Constantino convidado através de Luciano Rodrigues para fazer parte da Cia. do Sol, de Paulo André Guimarães, onde fizemos várias peças infantis para escolas: O mistério das outras cores; A energia de um polegar e Pinóquio. Manoel Constantino – E a Trupe do Barulho como surgiu na sua vida? Aurino Xavier – foi nesse período que conheci Jeison Wallace e Edilson Rygaard, que me convidaram para substituir, em apenas quatro ensaios, o papel de uma das irmãs da comédia Cinderela, e foi a partir daí que encontrei a Trupe do Barulho, e até hoje estamos na continuidade de um trabalho dedicado a comédia: Cinderela a história que sua mãe não contou; A casa de Bernarda e Alba; Deu a louca na história que sua mãe não contou; As filhas da p; As malditas; As três porquinhas; Chapeuzinho vermelho - a história que sua vó não contou; As criadas malcriadas; Chupa-chupa show; Apareceu a margarida; Menopausa conjugal e hoje estamos começando um nova fase com “No truque da galinha morta”, quando faremos temporada a partir de maio, no Teatro Valdemar de Oliveira, aos sábados.
24 MAI 2015
ARTES CÊNICAS
Foto Divulgação
As Três Porquinhas Teatro Alfredo de Oliveira Praça Oswaldo Cruz, 411 – Soledade Dom 10h30 R$ 40 e R$ 20
A montagem do grupo cênico Humantoche dá uma nova roupagem a essa superfábula do escritor Joseph Jacobs. Nessa montagem, os três porquinhos são três porquinhas superespertas, que recebem nomes de artistas tops nas paradas de sucesso: Beyoncé, Lady Gaga e Britney Spears, e o lobo-mau como Lobojackson homenageando Michael Jackson. Além disso, a peça conta com a presença de bonecos interagindo com atores, com pais e filhos.
foto Divulgação
A Bicharada Teatro Alfredo de Oliveira Praça Oswaldo Cruz, 411 – Soledade Dom 16h30
O espetáculo Infantil inspirado no clássico “Os Saltimbancos” narra a história de cinco animais (um jumento, um macaco, uma galinha, uma gata e um cachorro), que por não terem reconhecimento de seus talentos, decidem formar um grupo musical e ir à cidade de Jubilêu para começar a tão sonhada carreira artística. Texto e Direção: Carlos Mallcom
ARTES CÊNICAS
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Foto Divulgação
bulado cotidiano das grandes metrópoles? O espetáculo “AbraCASAbra!” mostra que sim. Com dez anos de experiência profissional, o jovem mágico Raphael Santa Cruz criou uma proposta interativa que mescla a arte do ilusionismo com as atividades do dia a dia, temperando todas as cenas com pitadas de humor. Ao misturar ficção e realidaQuem matou Astrogildo? de, Raphael aproxima o público da Teatro Valdemar de Oliveira magia e ajuda, de um jeito poético, Praça Oswaldo Cruz, 411 – Soledade a lançar reflexões acerca das atribuDom 19h lações da vida contemporânea que R$ 40 e R$ 20 acabam por afastar os indivíduos da 32221200 espontaneidade e da leveza. Direção: A comédia Quem matou Astrogildo?, Christianne Galdino. do Coletivo Beltane, conta a história de quatro travestis que tentam Palhaçadas – História de um desvendar a morte de um amor em circo sem lona comum. Teatro Arraial Ariano Suassuna
Foto Divulgação
Rua da Aurora, 457 – Boa Vista 31843057 R$ 20 e R$ 10 (meia) Dom 16h (Estreia dia 24 e vai até o dia 26 de julho)
O espetáculo conta a história da dupla cômica Risada e Risadinha que trabalha no Circo Brasil. O circo, além de passar por uma grande crise financeira, certo dia ainda pega AbraCASAbra fogo, deixando a dupla sem ter onde Teatro Arraial Ariano Suassuna morar e trabalhar. Os palhaços reRua da Aurora, 457 – Boa Vista solvem então juntar o que sobrou 31843057 do circo e passam a apresentar suas 3, 10 e 17 16h palhaçadas em ruas e praças, na tenR$ 20 e R$10 (meia) tativa de reerguer o circo. Direção: E se fosse possível colocar literalAlexsandro Silva. mente um toque de magia no atri-
26 MAI 2015
Foto Arthur Canavarro
Foto Camila Sergio
Sobre Mosaicos Azuis Teatro Arraial Ariano Suassuna Rua da Aurora, 457 – Boa Vista 31843057 1, 2, 8, 9, 15 e 16 20h R$ 20 e R$ 10 (meia)
A obra do escritor Rodrigo de Souza Leão é ponto de partida para essa pesquisa coreográfica de Januária Finizola. Quais os limites reais que separam as patologias psiquiátricas das loucuras cotidianas? Qual a distância e a diferença entre normalidade e lucidez? No seu primeiro trabalho autoral, a intérprete traduz em movimento esses universos paralelos sobrepostos que são ao mesmo tempo realidade e ficção. O solo foi contemplado na edição 2011 do projeto O Solo do Outro, do Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo-Hermilo, tendo orientação coreográfica de Ivaldo Mendonça. Em 2012, conquistou o Troféu Apacepe de Teatro e Dança de Melhor Figurino e também o de Melhor Bailarina, para Januária Finizola.
H(Eu)stória – O Tempo em Transe Teatro Arraial Ariano Suassuna Rua da Aurora, 457 – Boa Vista 31843057 R$ 30 e R$ 15 (meia) Sex e Sáb 20h
A peça narra as relações do cineasta baiano Glauber Rocha com Pernambuco através das cartas escritas para o Poeta e educador Jomard Muniz de Britto e o ex-governador Miguel Arraes. Aborda as questões essenciais que provocaram o golpe de 64, englobando todo o período da Ditadura Militar, que completou 50 anos, além de aspectos relevantes da vida do Cineasta e sua relação com o cinema e o Brasil. Dirigido por Júnior Aguiar, o primeiro espetáculo da Trilogia Vermelha promete impressionar pela atualidade do discurso, e dimensões estéticas alcançadas com a pesquisa do ator e das artes cênicas enquanto linguagem. Classificação: 16 anos.
ARTES CÊNICAS
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Teatro Boa Vista Rua Dom Bosco, 551 – Boa Vista 21295961 R$ 40 e R$ 20 (meia) Dom 10h
Com direção geral de Roberto Costa, o espetáculo conta com produção executiva do Palhaço Chocolate e coreografia de Clovis Bezer. A peça é encenada por 15 atores e bailarinos que se revezam em cerca de 40 personagens em quatro cenários e mais de 50 figurinos. Gelo seco, cenários em 3D e ilusionismo estão entre os efeitos especiais dessa superprodução. A bela e a fera é uma peça que conta a história do príncipe rico e arrogante, que é condenado a viver para sempre como fera até conhecer a bondosa Bela.
apresentado-se no Bairro do Recife. Trata-se de um mamulengo tradicional, no qual se apresentam o Mestre José Júlio manipulando 11 bonecos e o músico Doublas Donato, cantando músicas regionais, divertindo crianças e adultos.
foto Raul Kawamura
A bela e a fera
O Palhaço de Cara Limpa
Foto Divulgação
Rua da Imperatriz, 134, sala 14 – Boa Vista (ao lado do Banco Santander) Ter, Qui, Sex e Sáb 20h R$ 10 O espaço tem capacidade para dez pessoas, as reservas são realizadas por meio dos telefones 88707853 ou 95189843.
Mamulengo Jurubeba – O retorno Praça do Arsenal – Bairro do Recife 3, 10, 17 e 24 17h Gratuito
O Mamulengo Jurubeba tem 27 anos de atuação e vem há mais de 6 anos
28 MAI 2015
Criada por Flávio Renovatto, a récita apresenta um homem de meia idade que trabalha como palhaço num circo e mora num espaço pequeno, mas aconchegante. Diferentemente dos outros integrantes, ele não mora no trailer ao redor do circo, e sim em um cômodo próximo do lugar onde o circo está armado. O quarto tem uma
çar o destino de seis personagens que se cruzam no corredor de um hospital. A estrutura da peça propõe uma série de começos e a forma como os diferentes personagens ganham espessura dramática a cada história recontada. Os personagens parecem se perguntar: como se manter decente num mundo onde tudo pode ser relativizado ou quando a vida pode mudar radicalmente num piscar de olhos?
foto Divulgação
grade que está sempre fechada, por isso o homem o deixa sempre com a porta aberta. O Palhaço de Cara Limpa olha do quarto o movimento lá fora, o movimento na rua e mais adiante no próprio circo. Um sofá-cama, um violão, cafeteira elétrica, notebook, livros, geladeira e mais algumas outras coisas que deixam o quarto lotado, mas bem organizado. O personagem vive só, ele diz poemas, conta histórias e canta canções sobre a vida humana e seus sentimentos.
No Truque da Galinha Morta
Foto Divulgação
Teatro Valdemar de Oliveira Praça Oswaldo Cruz, 411 – Soledade 32221200 | 87784620 ou 95092626 Sáb 21h R$ 50 e R$ 25 (meia). (Promoção solidária – levando 1 kg de alimento, desconto de 50% no valor da inteira.)
O dia em que Sam morreu Teatro Luiz Mendonça Av. Boa Viagem, S/N - Boa Viagem 33559821 22 e 23 21h | 24 20h R$ 40 e R$ 20 (meia)
O espetáculo fala sobre as escolhas éticas e sobre como elas podem tra-
Narra a trajetória de quatro atrizes veteranas que estão ensaiando laboratórios e números musicais, com data marcada de estreia, porém recebem a notícia pelo Diretor que todos os patrocínios esperados não foram correspondidos, e por isso elas terão que improvisar números para poder preencher a data marcada da estreia, que não pode ser adiada, ARTES CÊNICAS
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foto Divulgação
e fazer assim o Truque da Galinha Morta, que vem do ditado popular. Escrita e dirigida por Aurino Xavier, No Truque da Galinha Morta mostra a realidade enfrentada pelos grupos de teatro que lutam por apoios culturais, renovação de elenco, contra a falta de patrocínios, além de exaltar a vontade de superar todas essas dificuldades para realizarem seus trabalhos. No elenco: Aurino Xavier (Chupingole, o diretor do grupo), Jô Ribeiro (Mafalda), Reyson Santos (Morgana), Ricardo Silva (Adalgisa), Thiago Ambriell (Abigail), Filipe Endrio (Xibiu) e Itacy Henrique (Célia, a camareira).
II Mostra Inclusiva do Dançabilita Teatro Luiz Mendonça Av. Boa Viagem, S/N - Boa Viagem 33559821 www.parquedonalindu.com 17 17h R$ 15 e R$ 7,50 (meia)
Na 2ª Mostra Inclusiva do Dançabilita, as diferenças se tornam semelhanças. Idealizado pela terapeuta ocu-
30 MAI 2015
pacional e professora de dança do ventre Renata Tarub, tem como proposta proporcionar a todos igualdade de condições e integração social. O evento acontece no Teatro Luiz Mendonça, localizado no Parque Dona Lindu, que oferece ao público acessibilidade com rampa e elevador, intérprete de libras e audiodescrição, além de cadeiras para pessoas obesas e espaço para cadeirantes. O neologismo “Dançabilita” foi proposto por Renata para indicar inclusão de pessoas com deficiência ou que desejem dançar. Pessoas que, por algum motivo, enfrentem obstáculos para iniciar ou praticar a dança, tais como, obesos, idosos, gestantes, pessoas no enfretamento do câncer, depressivas e até mesmo pessoas que não conseguiram se “adaptar” ao ritmo de aulas nas academias tradicionais. Entre as pessoas com deficiência (intelectual e física), estão também amputados, pessoas com Síndrome de Down, pessoas com sequelas de AVC, deficientes visuais e auditivos, mulheres mastectomizadas, entre outras.
foto Pedro Portugal
até invocam os poderes mágicos de Dona Zefinha, uma grande feiticeira da região. No entanto, o destino (sempre ele) lhes prega uma grande peça e só então Sebastiana e Severina descobrem o valor da verdadeira amizade. Classificação: 8 anos.
Sebastiana e Severina
Baseada no livro homônimo do pernambucano André Neves, escritor e ilustrador radicado há anos no Rio Grande do Sul, a peça conta com adaptação dramatúrgica e encenação de Claudio Lira, além da direção de arte de Marcondes Lima, iluminação de Játhyles Miranda e direção musical de Demétrio Rangel. No elenco, Célia Regina, Zuleika Ferreira, Luiz Manuel e o próprio Demétrio Rangel. O enredo narra a história de vida das rendeiras Sebastiana e Severina que, com o passar do tempo, perdem a beleza e a juventude, mas ainda acalentam o sonho, em meio à monotonia dos seus dias, de encon trar “um príncipe encantado” e se casarem. A chegada de Chico (um homem bonito, alto e inteligente) à cidade de Umbuzeiro desperta logo o interesse das moças que, para cativar o coração do visitante, cantam belas canções, fazem a renda mais bonita e
foto Divulgação
Teatro Hermilo Borba Filho Av. Cais do Apolo, s/n – Bairro do Recife 33553321 Sáb e Dom 16h R$ 20 e R$ 10 (meia)
Não Me Abuse Teatro Apolo Rua do Apolo, 121 - Recife 21 e 22 15h e 19h Gratuito
A montagem fala sobre as mais diversas situações de abuso e exploração sexual. As cenas são relatadas por um grupo de jovens que se reúne para pensar numa vivência melhor em comunidade e, no entanto, se depara com uma situação de dor pelo fato de serem vítimas de violência na família, na escola, entre outros. Realizada pelo grupo de Teatro A Gente Já Disse Tudo e pelo Projeto Fábrica de Criação, a peça tem como objetivo incluir socialmente, através da arte, adolescentes e jovens das ARTES CÊNICAS
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Foto Marcos Dias
periferias da capital pernambucana. O espetáculo conta com dramaturgia e coreografia de Genivaldo Francisco e Priscila Freitas.
Cinderela foto Guga Melgar
Teatro RioMar Av. República do Líbano, 251 – Pina 32071144 2 e 3 16h Plateia: R$ 45 (meia) e R$ 90 | Balcão: R$ 40 (meia) e R$ 80
100 Dicas para arranjar namorado Teatro Santa Isabel Praça da República, s/n – Santo Antônio 33553326 9 e 10 Classificação etária: 12 anos
A peça, que conta com Babi Xavier no elenco, é uma divertida brincadeira na qual Babi dá dicas claras e objetivas para as solteiras conseguirem um namorado. Baseado no livro homônimo de autoria da atriz Daniele Valente, o espetáculo tem direção de Eduardo Figueiredo. Em esquetes, a atriz mostra dicas, toques, caminhos para ajudar a mulherada a se dar bem nas relações afetivas. Os homens são representados pelo ator Edgar Benitez, que substitui, nessa nova temporada, Christiano Cochrane. Edgar dá vida a todos os papéis masculinos da peça.
32 MAI 2015
A história da gata borralheira que, por meio do amor, conquista o coração do príncipe e sua liberdade, ganha o palco nesta encenação de efeitos especiais, dança e figurinos que farão os olhos da criançada brilhar. Contada de geração em geração, Cinderela aposta, nessa versão teatral, em detalhes que enriquecem o conto de fadas. Um grande telão de LED corta o palco e faz o cenário virtual dialogar com o cenário físico. Os figurinos e adereços incluem vestido e par de sapatos cobertos de cristais Swarovski, além de caracterizações, como da madrasta, que utilizam próteses para dar mais realidade aos personagens. Coreografias proporcionam leveza e beleza às cenas, que trazem 13 atores no elenco. Classificação livre.
Teresinhas Teatro Luiz Mendonça Av. Boa Viagem, S/N - Boa Viagem 15 e 16 20h R$ 20 (desconto de 50% para estudantes, idosos e funcionários dos correios)
O espetáculo de dança contemporânea assinado pelo coreógrafo Paulo Guimarães apresenta a trajetória de uma mulher em diferentes etapas de sua vida. Em cena, sete bailarinas entre 30 e 70 anos interpretam a personagem principal, oferecendo ao espectador uma reflexão sobre a mulher e suas escolhas. Através do testemunho de sua mãe, Teresinha Jardim Machado, o diretor e coreógrafo leva ao palco diferentes faces de uma mesma mulher. No papel da mãe, da filha, da companheira e amiga, a protagonista se mostra como quem abre um antigo baú, despindo-se aos poucos para o espectador.
Olhos de café quente Teatro Hermilo Borba Filho Av. Cais do Apolo, s/n – Bairro do Recife 1, 2, 3, 8, 9 e 10 20h R$ 30 e R$ 15 (meia)
Com direção de Quiercles Santana e produção de Renata Phaelante, o espetáculo aponta para a ferida das diferenças sociais e faz revelar uma heroína sobrevivente do povo, do alto do morro, aclamada na melhor das rimas e versos. A dramaturgia de relevância política, estética e social faz recordar histórias de meninas, mães, madrinhas e mulheres. É me-
mória que não se apaga, é defesa da raça, é voz ressoando rebelde e com beleza mulata através desses quentes olhos de café. Idealização e pesquisa: Soraya Silva.
A Noiva do Condutor Teatro de Santa Isabel Praça da República, s/n – Santo Antônio Gratuito
A obra de Adriano Pinheiro e Carlos Falat é inspirada no auge da era do rádio, mais precisamente na história de Noel Rosa. A adaptação apresenta um espetáculo multifacetado que ocorre simultaneamente em três ambientes: a cabine da rádio, a casa de uma rádio-ouvinte e o palco do teatro, servindo como enredo para a história de amor entre Joaquim e Helena. Nesse inusitado, mas bem humorado romance, a sociedade e alguns de seus preconceitos são apresentados com destreza por Noel Rosa, que descreve o sonho da moça suburbana carioca em desposar um homem rico e de posição, ao lado de um jovem milionário que deseja viver o ideal romântico da época, abandonando seus dotes financeiros em troca de sua amada. Alguns dos sambas mais conhecidos de Noel, como “Com que Roupa” e “Conversa de Botequim”, são apresentados ao lado de obras raras e pouco conhecidas como “Perdoa este Pecador” e “Boas Tensões”, que junto com vários comerciais da década de 1930 foram resgatados e rearranjados para essa adaptação. ARTES CÊNICAS
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Auto da Compadecida
Foto Divulgação
XVI Todos Verão Teatro Após seis anos fora de circulação, está de volta o mais antigo projeto de popularização do Teatro de Pernambuco o XVI Todos Verão Teatro. Para essa edição foram selecionadas 18 peças na categoria adulta e infantil e mais quatro peças convidadas, que completam a programação. O evento contará também com tradutor de libras em todos os espetáculos. Este ano as homenageadas são Arary Marrocos (uma das Fundadoras da Feteape e do TEA de Caruaru) e Zélia Sales (ex-presidente da Feteape), ambas incansáveis defensoras da arte de representar e de nossa cultura em geral. O evento é realizado pela Federação do Teatro de Pernambuco (Feteape).
34 MAI 2015
Solenidade de Abertura TEATRO LUIZ MENDONÇA 14 20h Auto da Compadecida (Espetáculo Convidado)
TEATRO HERMILO BORBA FILHO Espetáculos Adultos
22 20h A receita O Poste Soluções Luminosas (Recife)
Autor: Ariano Suassuna. Direção: José Carlos
Texto e Direção: Samuel Santos
Teatro Experimental de Arte – TEA (Caruaru)
Coletivo Beltane e JN Cênicas Produções (Recife)
ESPAÇO CULTURAL INSTITUTO DE CULTURA TÉCNICA (ICT)
Texto: Admilson Campos e Ednaldo Reys Leal. Direção: Ednaldo Reis
Espetáculo adulto
24 20h Madleia + ou – doida
15 20h (In)cômodos
Celibi e Cia. (Recife)
Baseado nos contos do escritor e jornalista Cícero Belmar. Direção e encenação: Cleyton Cabral, Hilda Torres e Luciana Pontual. Supervisão de encenação: Plínio Maciel.
Texto: Henrique Celibi. Direção: Carlos Bartolomeu
TEATRO HERMILO BORBA FILHO Espetáculos Adultos
16 20h Zumbá, da princesa e do rio Marcus Siqueira Produções e Luiz Marinho Companhia Teatral (São Benedito do Sul). Texto e Direção: Didha Pereira. (Espetáculo Convidado)
23 20h Quem matou Astrogildo?
29 20h Estrepolias de Pedro Malazart Já Produções Artísticas (Jaboatão) Texto: Adriano Marcena. Direção: J. Andrade
30 20h Senhora de engenho entre a cruz e a torá Cia. Popular de Camaragibe (Camaragibe) Texto: Mirian Halfim. Direção: David d’Lucard
17 20h Medea – O evangelho
31 20h Andança Popular
Haja Teatro (Recife)
Cia. de Eventos Lionarte (Limoeiro)
Texto: Albemar Araújo. Direção: Normando Roberto Santos
Texto: Waldésio Melo. Direção: Radaméis Moura
TEATRO ARRAIAL 21 20h Arlequim servidor de dois patrões
TEATRO HERMILO BORBA FILHO
Garagem Cia. de Teatro (Jaboatão) Texto: Carlos Goldoni. Direção: Altino Francisco
Espetáculos Infantis
16 16h30 A fuzarca, uma brincadeira de rua Grupo Risadinha (Camaragibe) Texto e Direção: Alexsandro Silva
ARTES CÊNICAS
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17 16h30 Baú Mágico da Emília
OFICINAS – ESPAÇO CULTURAL ICT
Vinicius Coutinho Produções (Paulista)
23 16h30 O menino detrás das nuvens
Inscrições e maiores Informações na sede da Feteape, situada na Casa da Cultura de Pernambuco, Raio Oeste, 2º andar – salas 306/307 – ou pelo telefones: 88902798 / 97520865 / 94270697 / 84743927.
Cia. Popular de Teatro (Camaragibe)
18 e 19 19h às 21h Dança para atores
Texto: Carlos Augusto Nazareth. Direção: Izaltino Caetano
Otacílio Júnior (ator, diretor e especialista em artes)
Texto: Vinicius Coutinho. Direção: Vinicius Coutinho e Eli Dias
24 16h30 Sonho. Sonhos de um palhaço 20 e 22 14h às 17h – Commedia dell’art e Cultura Popular (Infantojuvenil) Ciarte (Caruaru) Texto: Rafael Amâncio. Direção: Adeilson Santos
30 16h30 Flicts, a história de uma cor Grupo Arte em Movimento (Camaragibe)
Bernardo Contramestre (ator, diretor e criador do Maracatu Nação Pernambuco)
20 e 22 19h às 21h Dramaturgia Didha Pereira (ator, diretor, especialista em artes e dramaturgo premiado)
Adaptação: Aderbal Freire Filho Direção: Black Scobar
25, 27 e 29 10h às 12h Teatro para Dispositivo Móvel
31 16h30 As Sete Saias da Lua
Jorge de Souza (diretor e presidente da APPIA)
Cia. de Teatro Baú Encantado (Recife) Texto e direção: Adriano Cabral e Hilda Torres
ESPAÇO CULTURAL ICT 2/6 19h Debate – O Teatro de Grupo na Atualidade Mediador: Romildo Moreira
TEATRO DE SANTA ISABEL Solenidade de Encerramento
25 e 27 19h às 22h Interpretação Vavá Schön Paulino (ator, diretor e especialista em artes) Tradutor de Libras para Teatro
30 e 31 8h às 12h Bento Verissimo (ator, diretor, membro do Sindicato Nacional dos Intérpretes – Sintra).
3/6 19h Auto da via dolorosa (Espetáculo Convidado) Foto Divulgação
Coletivo Ditirambos (Jaboatão) Texto: Henry Ghêon. Tradução: Dom Marcos Barbosa Direção Geral e Adaptação: Thiago Ambriel
36 MAI 2015
Auto da via dolorosa
Giulia Cooper,
Por Manoel Constantino Foto Divulgação
um saxofone faz brilhar o circo que traz no corpo e na alma CIRCO
Com uma formação que teve início aos três anos de idade na lona da Escola de Circo Picadeiro, em São Paulo, Giulia Cooper além de celebrar o circo produzindo inúmeros projetos, fez filosofia e sai hoje pelo mundo com sua palhaça, seus malabares, trazendo também no seu colo/coração o som de um saxofone. Até que, em 2010, aportou no Recife criando logo em seguida, em 2011, o grupo de teatro, música e circo Caravana Tapioca. Aqui traçamos um pouco de sua trajetória como artista. Para muitos vida de artista é vida de glamour, mas se imaginarmos as estrelas de televisão e cinema que a indústria de entretenimento investe, mas ao focar o nosso olhar naqueles artistas que optaram, por exemplo, pelo circo, dança e teatro, o caminho é cheio de suor e muitas batalhas que exigem persistência, talento, disciplina paixão e atrevimento. Assim é a vida de Giulia Cooper. Graduada em filosofia, busca aliar o conhecimento acadêmico com o seu percurso artístico, tendo como foco “O riso”, apresentando sua pesquisa sobre Henri Bergson em vários encontros circenses. Também acaba de lançar, o livro “Baú Circo no Beco: histórias de um picadeiro a céu aberto”, no qual reuniu a história do Circo no Beco e do Encontro Paulista de Malabarismo. O projeto contou com apoio do Prêmio FUNARTE Carequinha de Estímulo ao Circo.
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Antes, em 2013, idealizou e realizou o 1º Festival Circo a Céu Aberto, em Recife e Olinda. Evento que objetiva fomentar e divulgar os espetáculos circenses de rua, promovendo acesso livre e irrestrito a arte, o que nos revela a sua faceta militante, apaixonada pelo que faz. E o antes? O processo de aprendizagem/formação se deu com mestres como Avner Eisenberg (EUA), Jeannick Dupont (FRA), La Mínima (BRA), Johnny Mellvile (ING), Andre Casaca (ITA), Adelvane Néia (SP), Helene Gustin (FRA), Ricardo Pucceti- LUME TEATRO (SP) e Julie Goell (EUA). Pratica malabarismo há 10anos, e fez workshops com: MaksimKomaro (FIN), Toto (ARG) e Du Circo (BRA). O que percebemos, na carreira trilhada por Giulia Cooper, é a sua incessante busca e assim, no Janeiro de Grandes Espetáculos/2014, foi agraciada com o prêmio de Melhor Atriz, por seu espetáculo “O Circo de Lampezão e Maria Botina”. Para finalizar, já que o nosso espaço é curto, buscamos saber sobre sua iniciação, a sua chegada no Recife e como ela vê o mercado das artes circenses na nossa cidade. MC - A partir de sua vivência no circo, quando a criança tem acesso contínuo com a arte, de um modo geral, faz a diferença na sua relação com o mundo e as pessoas que ela convive, quando adulta?
Cozinha de Nina
38 MAI 2015
GC - Eu não nasci no circo, mas desde pequena prático a arte em escolas. Porém acredito que sim, as crianças que nascem no circo, desde pequenas, brincam de circo, e assim já vão aprendendo técnicas para execução de números. Sabemos que a infância influência muito na vida adulta, então sem dúvida a criança de circo tem uma visão diferente, possivelmente será mais criativa, tanto na criação de números, quanto para resolver problemas diários. A minha relação com o circo está muito ligada à
minha mãe desde que nasci, ela era atriz e também havia trabalhado em circo como palhaça e foi partner de magico. Eu também fui influenciada por esse universo. MC - Como você percebe o mercado para os artistas circenses aqui no Recife e no nordeste? GC - Para os grupos que tem espetáculos que se adequam a diversos espaços físicos, como teatros, parques, ruas e escolas, o mercado possibilita diversos trabalhos. Nós apresentamos em diversos Estados do nordeste, em festivais, encontros, contratados por outras instâncias e também através de editais. No Recife temos poucos teatros e há diversas dificuldades em se conseguir pauta e fazer temporadas. Já os circenses de lona, enfrentam outras dificuldades, como liberação dos espaços. Porém, apresentando-se em espaços abertos, que também é o foco da Caravana Tapioca, sempre há público e pessoas muito interessadas em assistir a um espetáculo. Com certeza é possível viver somente de espetáculos realizados em espaços abertos no Recife, passando o chapéu ao final de cada apresentação, onde o público contribui voluntariamente. Infelizmente em alguns locais da cidade, os responsáveis ainda proíbem a arte de rua, mesmo que tenha uma lei federal (artigo V, inciso IX) na qual diz que é livre a expressão artística sem necessidade de licença. Diversas vezes, os responsáveis solicitam aos artistas que paguem taxas altas relacionadas ao uso do solo, o que dificulta mais as apresentações. Deve ser entendido que a arte de rua é benéfica para a cidade, muitas pessoas que nunca assistiram a um espetáculo, tem esse primeiro contato em espaços abertos, e assim,
CIRCO
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interessam-se e acabam indo em teatros e circos. Sem dúvida, espetáculos de rua também são uma importante maneira de formação de plateia, fomento, difusão e descentralização das artes. Em muitos locais da Europa há espetáculos de rua, festivais e apoio aos artistas, pois lá, já se compreende que a arte de rua é benéfica para a população e também formadora de platéia. MC – E sua chegada no Recife? GC - Eu vim para passar pouco tempo e acabei fundando a Caravana Tapioca em 2010, no mesmo ano em que cheguei. Juntei a pesquisa que já vinha desenvolvendo com Anderson Machado, que também é palhaço. Iniciamos apresentando somente em espaços abertos, passando o chapéu, e dessa forma, pudemos divulgar o grupo e formar parte de nosso repertório. Atualmente, apresentamos em palcos e picadeiros de todo o Brasil, e também realizamos diversas turnês pelo agreste e sertão pernambucano, pesquisando a fundo o circo-teatro de rua como forma de democratização da arte, quebrando com a rotina das cidades.
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Serrapilheira
CANTO DAQUI
Por: Jaciana SobrinhoF otos: Catarina Aragão/ Divulgação
Serrapilheira: camada de matéria orgânica em decomposição que recobre o solo – folhas secas, animais mortos, frutos que caem das árvores – alimentando a terra e gerando novas vidas. Com esse nome e esse conceito, Lucas do Amaral (voz, violão e poesia), Antônio Nogueira (teclados, escaleta e guitarra), Danilo Pires (baixo e cajón), Ivo Lage (bateria e voz) e Jorge van der Linden (guitarra e voz) criaram sua banda. “Esse nome remete ao ciclo. Ao eterno retorno. Foi com essa energia que nos reencontramos e criamos um novo som advindo de muitas outras estruturas anteriores. Esse ciclo está enraizado na poesia da banda. Tem um trecho de uma música nossa chamada Valentina que expressa bem isso: Vem beijar a pele fria deste mundo procriando um matagal”, explica Lucas. Juntos desde 2013, os rapazes dão forma às poesias de Lucas do Amaral, criando um rock leve e agradável. Com influências de artistas e bandas consagrados como Secos e Molhados, Tom Zé, Alceu Valença, Zé Ramalho, Ave
Capa do EP por Ayodê França
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Lucas do Amaral
Sangria, Casa das Máquinas, e com o gosto particular de cada um, as composições vão formando a identidade do grupo. “Penso que existem influências e formações musicais individuais e que cada um traz na sua forma de tocar e de criar no seu instrumento, algo que reflete no nosso processo de criação da banda. E tem aquelas influências que acabam sendo identificadas quando ouvem nossas músicas, influências que Lucas traz nas suas composições – ainda que algumas dessas sejam comuns entre outros membros da banda”, diz Danilo. O grupo já tem um EP gravado, O alimento da nova vida, que pode ser ouvido no site soundcloud, onde todas as músicas estão disponíveis para download. As cinco canções evidenciam a sensibilidade do compositor para trazer à tona questões sobre existência do ser, o onírico, a desconstrução do óbvio e do racional. Revelando assim, diversos efeitos extrassensoriais que se materializam a cada arranjo criado e executado pelos músicos.
Danilo Pires
A banda vem fazendo shows em diversos espaços e eventos importantes da cena musical pernambucana como o Expresso do Fim do Mundo junto com a banda Semente de Vulcão, na Praia do La Greca, e também dividiu palco com Marcelo Jeneci (num dos eventos do movimento Ocupe Estelita). Em 2015, a Serrapilheira ficou entre as seis finalistas do Festival Pré AMP, no qual conquistou a terceira colocação no voto do público. “O Festival Pré AMP traz uma visibilidade boa para as bandas que participam. Têm matérias que circulam por todos os jornais com os nomes das bandas e as nossas fotos. Isso com certeza dá um up para qualquer banda in-
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dependente que se encontra em início de carreira. Mas é preciso aproveitar o momento e trabalhar sempre, senão de nada adianta, essa visibilidade passa e você volta pra o lugar de onde começou”, comenta Lucas. Sobre fazer música, os meninos não hesitam em dizer que é uma paixão. “Acredito que tem dois aspectos que se completam. É de dentro pra fora e de fora pra dentro. Tem a realização pessoal. O prazer de fazer uma música que a gente gosta e acredita. E é por isso que nunca paramos, nunca deixamos de acreditar. E quando sentimos a energia, o apoio das pessoas que vão aos nossos shows e que curtem o nosso som, isso só confirma o sentimento de que temos que seguir acreditando na nossa música!”, conta. O primeiro disco já está em fase de produção, mas os fãs terão que esperar um pouco mais. “Estamos finalizando a edição do registro audiovisual de uma apresentação muito especial que fizemos no ano passado no Teatro Marco Camarotti. Como parte da estratégia de divulgação, vamos soltando esses vídeos aos poucos, ainda no primeiro semestre de 2015”, adianta Danilo. “Já a previsão de data para o lançamento do disco, ainda não temos. Temos os vídeos do show pra lançar nos próximos dias – e esse registro tá arretado!”, anima.
Ivo Lage e Antônio Nogueira
Jorge van der Linden
Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho da Serrapilheira, pode acessar as redes sociais: soundcloud.com/serrapilheiraoficial, facebook.com/serrapilheiraoficial e youtube.com/serrapilheiraoficial Contato para shows Danilo Pires (81) 96356207 serrapilheiraoficial@gmail.com
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MÚSICA Grupo Pau Brasil
Foto Divulgação
Virtuosi Brasil chega a sua décima primeira edição
Teatro Luiz Mendonça Av. Boa Viagem, s/n – Boa Viagem 33630138 www.virtuosi.com 7, 8, 9 e 10 19h Gratuito
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O festival Virtuosi Brasil, que chega a sua décima primeira edição, vem investindo na divulgação do trabalho de intérpretes e compositores da música nacional de concerto. Este ano o evento acontece entre os dias 07 e 10 de maio no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu. Os destaques do festival são o pianista Cristian Budu (vencedor do Concurso Clara Haskil na Suíça – 2013), o Grupo Pau Brasil, o Quarteto de Cordas Carlos Gomes e o Duo Flauta & Violão de Rogério Wolf e Paulo Porto Alegre. Todos os concertos são gratuitos e começam às 19h. Os ingressos estarão disponíveis para o público duas horas antes do espetáculo na bilheteria do teatro. O Virtuosi oferece ao público pernambucano uma variedade de obras de compositores brasileiros tais como Villa-Lobos, Nepomuceno, Gnatalli, Villani-Côrtes, Paulo Porto Alegre, Nelson Ayres, Ary Barroso e Antonio Carlos Jobim, além de compositores estrangeiros como Piazzolla, Chopin, Scriabin e Debussy.
Concerto-Aula O festival oferece dois concertos-aula nos dias 07 e 08 de maio respectivamente com o Grupo Pau Brasil e o Duo Flauta & Violão. As atividades acontecem no Teatro Luiz Mendonça, durante o ensaio geral dos grupos às 16h. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (81) 33630138 e no site www.virtuosi.com.br. O XI Virtuosi BRASIL conta com o patrocínio dos Correios e do Governo Federal através da Lei Rouanet e apoio da Prefeitura do Recife.
7 19h
8 19h
25 17h
PAU BRASIL
DUO FLAUTA & VIOLÃO
CRISTIAN BUDU
Heitor Villa-Lobos [18871959]
Edmundo Villani Côrtes [1930]
Heitor Villa-Lobos [18871959]
Ária das Bachianas Brasileiras nº 4 A Lenda do Caboclo
5 Miniaturas
Impressões Seresteiras Festa no Sertão
Nelson Ayres [1947]
Sonatina
Claude Debussy [18621918]
Paulo Porto Alegre [1953]
Estampes
Alexander Scriabin [18711915]
Teco Cardoso [1960]
Encontro das Águas Sonatina Sonata
Sarapuindo
9 19h
Paulo Bellinati [1950]
Frederic Chopin [18101849)
O Pulo do Gato
QUARTETO CARLOS GOMES
Antonio Carlos Jobim [1927-1994]
Alberto Nepomuceno [1864-1920]
Saudades do Brasil
Quarteto de Cordas nº 3 em ré menor
Caixote
Ary Barroso [1930-1964] Rancho Fundo
Nelson Ayres [1947] Fogo no Baile
Radamés Gnatalli [19061988]
4 Estudos
24 Prelúdios, Op. 28
Astor Piazzolla [19211992] La Muerte del Angel Tres Minutos con la Realidad Inverno Porteño Fuga y Misterio Adios Nonino
MÚSICA
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Cylene Araújo 96159175 | 96065190 Cylene Araújo é cantora, compositora, radialista e jornalista, poetisa, pesquisadora musical e dançarina de ritmos folclóricos. O CD traz uma seleção musical com grandes sucessos de forró, xotes, baiões e machinhas juninas, entre eles, cinco músicas autorais, com destaque para “Sofrência de amor” e “Pintura de amor”. Autores consagrados também fazem parte do disco com 20 sucessos de forró, entre eles: Luiz Gonzaga, Flávio José, Accioly Netto, Petrúcio Amorim, Rogério Rangel e João Paulo Jr.
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Arlindo – O Guia do Forró 86994504 | 94635565 soundcloud.com/arlindoguiadoforro O cantor e compositor Arlindo Ferreira, mais conhecido profissionalmente por Arlindo o Guia do Forró (por ser guia de turismo), está lançando seu segundo CD da carreira, intitulado Vivendo com Alegria. O álbum conta com 15 faixas sendo três frevos, o “Girimundo” e “Come queto” – de sua autoria – e “De onde se avista Olinda”, composição de Leninho de Bodocó e Zé Maria. Além de músicas próprias, o artista gravou composições de Jorge Silva, Xico Bizerra, Nerilson Buscapé, Ronaldo Aboiador, Jô Silva, Leonardo Luna, Arlindo Moita e Petrúcio Amorim.
Toinho Vanderlei 87967983 “O melhor pro São João” é um cd com 17 faixas, dividido em três blocos: baião, xote e forró, repleto de clássicos do nosso cancioneiro nordestino, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Pinto do Acordeon, entre outros. O álbum traz ainda 3 músicas autorais regravadas especialmente para esse disco. Toinho já soma quase 20 anos de carreira e mais de 400 músicas de sua autoria. Participou de festivais de música importantes como o Canta Nordeste, da Rede Globo (1995 e 1996), MusiSesc Tribuna (1997), Festival da Unicap (1998), e foi atração em eventos tradicionais da capital como a Fenearte e o São João do Recife.
Manassés Moura
Roda de Sanfona
Forró de 1 Real
92836810 | 97239754 Com mais de 30 anos de carreira o saxofonista Manassés já lançou 14 discos. O músico, já conhecido por se apresentar na Casa da Cultura do Recife e diversos programas de tv, já tocou com Nelson Gonçalves, Adilson Ramos, Agnaldo Rayol, Reginaldo Rossi e Waldick Soriano. Seu mais recente disco é Homenagem a Roberto Carlos - 50 anos de carreira. O álbum tem 18 faixas de grandes sucessos do rei, incluindo canções como Detalhes, Eu sou terrível e Além do Horizonte.
Nosso Quintal Rua Leila Félix Caran, 15 – Torrões (ao lado da sede da Chesf) 32286846 | 92426231 Sex 19h R$ 10 O projeto, que faz a pré-produção do Encontro de Sanfoneiros do Recife, este ano completa 18 anos e tem como objetivo divulgar a obra de Gonzaga e o instrumento que o imortalizou. Diversos sanfoneiros participam da roda.
Bar do Mamulengo Praça do Arsenal da Marinha – Bairro do Recife Dom 19h Gratuito 86406887 Grupo folclórico que faz o Forró de 1 Real. Com um repertório diversificado, o trio faz a alegria de quem busca animação nas noites de domingo no Recife antigo. As apresentações são gratuitas, mas quem quiser, pode gratificar com qualquer valor.
MÚSICA
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Teatro RioMar Av. República do Líbano, 251 – Pina 31828020 9 21h R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia) À venda na bilheteria do teatro, loja Maria Filó do Shopping Recife, loja Reserva do Shopping Plaza e site Ingresso Rápido. Dono de um imenso fã-clube no Recife, o cantor e compositor Vander Lee vem à cidade com “Loa”, seu oitavo disco. O mineiro leva para o palco do Teatro RioMar o repertório de composições inéditas autorais, caso de “Tu” e “Siga em paz”, e também releituras de suas consagradas canções, a exemplo de “Românticos”, “Contra o tempo”, “Eu e ela” e “Esperando aviões”. No show intimista, Vander Lee estará acompanha-
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Foto Marcelo Soares
Foto Bianca Tatamiya
Show de Vander Lee
do por Eneias Xavier no baixo, violão e piano. O olhar poético e original de Vander Lee, sempre voltado para o cotidiano e temas relacionados – como o amor, futebol e recortes urbanos –, coloca o artista como um dos compositores mais inspirados da atual cena musical brasileira. Com 15 anos de carreira, suas músicas já foram gravadas por cantores como Elza Soares, Fábio Jr., Gal Costa, Leila Pinheiro, Alcione, Maria Bethânia, Elza Soares, Emilinha Borba, Elba Ramalho, Regina Souza, Rita Ribeiro e Luiza Possi.
Show de André Maria Saraiva Shopping RioMar Av. República do Líbano, 251 – Pina 34649365 3 20h R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) Com uma carreira que já passou por trilhas cinematográficas, um
elogiado projeto com inspiração mineira (Idílio Moderno) e centenas de composições, o pernambucano André Maria continua sua jornada em carreira solo. Ao lado de inúmeras participações nas gravações, como o guitarrista Fred Lyra (Mojav Duo), o pianista Glauco Segundo (Glauco e o Trem), o violonista Rodrigo Padrão (Dunas do Barato) e o acordeonista Júlio César Mendes (Areia e Grupo de Música Aberta), André deu forma ao disco Doze horas que apresenta ao público agora. Ouça as músicas do CD no link: https://soundcloud.com/ andremariaoficial/sets/ doze-horas
Forró de Poeta Terraço de Olinda Rua 7 de Setembro, 109 – Carmo 99495147| 87571061 Sex 21h R$ 10 O Forró de Poeta é um Grupo Musical formado por violão, viola sertaneja, acordeom e percussão. Apresenta um vasto repertório (inclusive instrumental) de artistas como: Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Sivuca, Chi-
Foto Divulgação
Show de Lorena Chaves Teatro de Santa Isabel Praça da República, s/n – Santo Antônio 33553323 7 20h30 R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia entrada). Vendas na SYmpla e bilheteria do Teatro Lorena Chaves é o nome do CD com 12 canções que passeiam pelo folk e MPB. O CD tem influência de estilos musicais
como Los Hermanos, porém com o toque feminino de uma voz rouca e timbre suave. É seu primeiro disco, mas já exibe traços de uma cantora veterana. A cantora e compositora mineira Lorena Chaves nasceu em Belo Horizonte e viveu um momento especial de exposição de seu trabalho no programa Ídolos, na Rede Record, em 2008. Em 2009, Lorena foi convidada por Rogério Gomes, o Papinha (diretor de núcleo da Rede Globo), a compor e interpretar uma música para a novela “Escrito nas estrelas” que ganhou o título de “Nossa História”. Em 2012, Lorena recebeu o convite para assinar um contrato com a Som Livre – Organizações Globo, sendo a nova aposta da gravadora.
Show de Tiganá Santana Teatro de Santa Isabel 8 21h Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$10 (meia) Lançamento do disco Tempo & Magma, terceiro álbum da carreira de Tiganá, que traz músicas cantadas em idiomas
africanos e composições em português e inglês. O disco conta também com a participação de outros artistas como a cantora Céu e a nonagenária sacerdotisa Mãe Stella de Oxóssi.
Foto Andrea Rego Barros
co Buarque, Jackson do Pandeiro, Alceu Valença e Geraldo Azevedo, além de músicas autorais do músico e poeta cordelista Allan Sales e de Diviol Lira, ambos vocalistas do grupo. Apresentam também inserções de versos de literatura de cordel de autoria própria e poesia matuta, além de poemas de cordel musical autoral dos integrantes do grupo.
Concerto da Orquestra Sinfônica do Recife Gratuito – ingressos retirados na bilheteria uma hora antes A Orquestra Sinfônica do Recife, sob o comando de Marlos Nobre, faz excepcionalmente dois concertos neste mês de maio. Como sempre, os espetáculos são gratuitos e acontecem às 20 horas, no Teatro de Santa Isabel. 13 20h O programa traz o Ciclo Brahms, com a Segunda Sinfonia, o Concerto para Violino e Cordas de Bach, com solo de Andressa d’Ávila, e o Concerto para 2 Violinos e Cordas
MÚSICA
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Foto Divulgação
de Vivaldi, com solos de Andressa d’Ávila e Viviane Pimentel. 26 20h Continuação do Ciclo Brahms, com a Terceira Sinfonia, cujo arrebatador terceiro movimento, foi mundialmente popularizado. Foto Andrea Rego Barros
Lançamento do disco de Márcio Oliveira
Concerto da Banda Sinfônica do Recife. 27 20h O terceiro Concerto Oficial da Banda Sinfônica do Recife da temporada 2015.
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7 22h Estelita – Av. Saturnino de Brito, 385 – Cabanga R$ 20 e R$ 10 (meia entrada) à venda no local http://www.estelitarecife. com/ A festa começa às 22h com a discotecagem de Vinicius Nunes (DJ Leso); às 23h, Márcio apresenta o show Encabeçando, acompanhado de sua banda. Fechando a noite à 1h, a banda Malícia Champion – capitaneada pelo percussionista/ vocalista Alexandre Urêa e seus amigos, Marconi Modas (guitarra), André Mucuim (baixo), Antônio Carlos Papito (teclados), Charles Bronçu (bateria) e Naguê Dibalê (percussão) – promete agitar a festa com muito swingue e o melhor da música romântica.
20° Festival Nacional da Seresta Praça do Arsenal – Bairro do Recife Gratuito
6 Noite dos anos 10 20h Augusto César 21h Fernando Mendes 22h Gilliard 23h30 The Fevers
7 Noite dos anos 60 20h Mozart 21h Roberto Carlos Cover 22h Jerry Adriani 23h30 Renato e seus Blue Caps
8 Noite do Bolero 20h Mevinha Queiroga 21h Walesca (canta Maysa) 22h Altemar Dutra Jr. 23h30 Adilson Ramos
9 Noite das Mães 20h Cláudio Almeida e Fernando Azevedo 21h Conjunto Pernambucano de Choro 22h Leonardo Sullivan 23h30 Agnaldo Timóteo
CIRCULANDO
participa do evento no dia 31 de maio. Além dessa superatração, o evento conta também com diversos ambientes temáticos onde acontecem oficinas de quadrinhos e mangá, culinária japonesa, concurso de kpop, apresentação de taikô (tambores japoneses), estandes de vendas de produtos temáticos, Festival Novos Animes e Balada Anime Party. O público vai curtir também o 5º Festival do Videogame, oficina de dublagem, show do cantor japonês Diogo Miyahara (importante nome da música japonesa).
Power-kon: O Retorno 30 e 31 10h às 20h Universidade Católica de Pernambuco – Unicap R$ 40 e R$ 20 meia ou ingresso social 87045450 Power-kon: O Retorno é um evento diferente, que visa atender o público fã de super-heróis, entre outros, inseridos no universo da cultura pop, sejam estes de histórias em quadrinhos ou de desenhos animados, videogames, filmes, seriados, jogos e cultura Otaku. Este ano o evento conta com a participação de convidados como o dublador Guilherme Briggs, famoso por fazer as vozes de Freakazoid, Buzz Lightyear (Toy Story), Superman, Gollum (O Hobbit), Spock (Star Trek), Han Solo/Star Wars (nova dublagem), Optimus Prime (Transformers), Jim Carrey (O Grinch), O Vilão Bane (Batman Resurge), Thranduil (O Hobbit), Rei Julian (Madagascar) e Mickey Mouse. Guilherme
Foto Divulgação
Festival Power-Kon promete muita diversão para os fãs de super-heróis
Visitas monitoradas no Instituto Ricardo Brennand Engenho São João, s/n – Várzea (Alameda Antônio Brennand) | 21210352 Ter a Dom O Instituto Ricardo Brennand oferece visitas monitoradas para grupos escolares de instituições privadas e públicas. O intercâmbio entre o museu e as instituições de ensino acontece de terça a domingo, mediante agendamento. Realizadas por monitores capacitados, o atendimento serve para prestar maior assistência aos visitantes. Escolas públicas têm entrada gratuita. Para escolas privadas, o valor do bilhete custa R$ 7, ambas, porém, precisam CIRCULANDO
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centros comunitários e grupos artísticos podem se inscrever pelo e-mail: teatrodesantaisabel.educativo@gmail. com, para passeios às terças-feiras no turno da tarde.
Foto Andrea Rego Barros
de agendamento prévio. Além de instituições de ensino, grupos particulares, empresas e turistas também podem agendar a visitação. Com o mais completo acervo sobre Brasil-Holanda do mundo, o IRB, na Várzea, tem como proposta ser a extensão de uma sala de aula. Lá os estudantes têm acesso ao castelo de armas, à biblioteca, à pinacoteca, entre outros espaços. O IRB abre semanalmente, de terça a domingo. As entradas custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Crianças com até sete anos não pagam.
Foto Andrea Rego Barros
Tour Rio Capibaribe e suas Pontes
Visitas guiadas no Teatro de Santa Isabel O projeto pretende apresentar o Teatro de Santa Isabel, Patrimônio Histórico e Artístico desde 1949, no que tange a sua história e curiosidades, como forma de contribuir para a formação de cidadãos aptos a respeitar e cuidar do bem cultural. Ao final de cada visita, os participantes ainda assistem a uma apresentação artística. O passeio, gratuito, acontece das 14h às 17h e não precisa ser agendado. Já grupos que queiram conhecer de perto mais detalhes sobre a arquitetura e história do centenário Teatro, podem participar do Projeto de Educação Patrimonial. Escolas, ONGs,
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Embarque: Restaurante Catamaran – Cais das Cinco Pontas, s/n Diariamente 16h e 20h (reserva prévia) Adulto: R$ 40 | 6 a 10 anos: R$ 20 | 0 a 05 anos: gratuito Nesse tour, a Cidade do Recife pode ser observada por um ângulo diferente, em um passeio pelas águas do rio Capibaribe. O barco percorre as três ilhas do Centro de Recife (Santo Antônio, Bairro do Recife e Boa Vista), passando por baixo de cinco pontes (12 de Setembro, Maurício de Nassau, Manuel Buarque de Macedo, Princesa Isabel e Duarte Coelho). Durante o city tour aquático, os visitantes apreciam belas paisagens de vários pontos turísticos, tais como o Parque de Esculturas de Francisco Brennand, a Praça do Marco Zero, o Paço Alfândega, o Ginásio Pernambucano, a Assembleia Legislativa, o Teatro de Santa Isabel e o casario da Rua da Aurora. A bordo, um guia que relata histórias e curiosidades do Recife.
Embarque: Restaurante Catamaran – Cais das Cinco Pontas, s/n Domingo (reserva prévia) Adulto: R$ 50 | 6 a 10 anos: R$ 25 | 0 a 05 anos: gratuito O passeio contempla as paisagens urbana e natural da cidade, passando por 14 bairros do Recife, entre eles, alguns nascidos no período colonial, hoje com edificações tombadas que mantêm conservada a paisagem antiga do Recife, e outros mais contemporâneos.
Feira Boa Viagem Foto Inaldo Lins
Foto Inaldo Lins
Tour Recife e seus Bairros
Feiras do Prodarte 33558755 | 3355833 O Programa de Desenvolvimento do Artesanato (Prodarte) promove feiras de artesanato em diversos pontos da capital pernambucana. A iniciativa, realizada desde 1987, tem o objetivo de: apoiar os artesãos cadastrados no programa, fortalecer a geração de renda e divulgar a cultura da cidade. Fibras, tecidos, madeira e couro são alguns dos materiais selecionados pelos artesãos que dão vida à grande diversidade de peças. Feira Lagoa do Araçá 2 e 17 15h às 21h Feira Casa Forte 9 e 23 15h às 21h Feira do Capibaribe 25 a 27 8h às 14h Feira da Universidade Católica Qua a Sex 8h às 18h Feira Parque Dona Lindu Sab e Dom 14h às 21h
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PERFIL DO ARTESÃO
Rosamaria Cordeiro
Por Erika Fraga Fotos Divulgação - Acervo Pessoal
“Pintar é minha atividade favorita, nem lembro quando tudo começou, pois desde pequena eu vivia com pincéis e papéis em mãos. Desenhar era a minha brincadeira predileta”, declara Rosamaria Cordeiro, que mesmo com a vida tão corrida faz questão de parar tudo e ir para o seu atelier, onde solta a imaginação e deixa fluir seu verdadeiro eu. Formada em belas artes, a carreira de Rosa teve como grande incentivador o pai. “Lembro que quando eu tinha uns sete anos meu pai trazia do trabalho retalhos de papéis, no qual eu desenhava e mostrava para ele, que era bem exigente com os meus desenhos, e sempre cobrava o melhor de mim”, relembra. Sua carreira profissional começou um pouco tarde, só depois de casada e com filhos ela passou a enxergar a pintura como profissão. Fez várias exposições individuais dentro e fora do país e participou de algumas mostras como convidada. “Hoje estou em uma pegada mais leve, vendo pouco, faço por encomenda e atendo a amigos, no entanto já cheguei a produzir de 30 a 40 telas para uma única exposição individual”, comenta. Para criar suas telas, a artesã se refugia em sua fazenda, localizada no município de Amaraji, onde funciona seu atelier. No entanto, não é só quadro que ela pinta, qualquer material pode servir de suporte para expressar sua arte, desde uma caixa de madeira, uma janela, uma porta, até mesmo uma parede. Rosa é bastante criativa, para ela, nada se perde, tudo
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se reaproveita, com um pincel em mãos ela está sempre pronta para colorir o mundo. Apaixonada pela natureza, suas obras não poderiam deixar transparecer algo diferente. Com sua pintura, ela consegue retratar nas telas os vários tons que um cenário possui. Outro segmento com o qual ela gosta de trabalhar é o figurativo. “Gosto de retratar os detalhes que muitas vezes passam despercebidos. Por exemplo, em uma novela, o ângulo em que uma atriz se encontra ou até mesmo a luz que incide sobre ela pode chamar minha atenção de uma forma tal que, daí, já idealizo um cenário que certamente pode ser transformado em uma tela”, revela. Foi uma longa estrada até que Rosa chegasse a ter o traço que tem hoje, segundo a pintora, ela fez diversas oficinas para ir aprimorando a sua técnica. “Fiz diversos cursos, inclusive fui aluna do artista plástico Gil Vicente, com quem aprendi técnicas de sombreados e traços que me ajudaram muito”, diz. Como não possui um suporte específico, ela não tem como prever o tempo de produção de uma obra, que tanto pode levar minutos como dias para ser concluída.
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ARTES VISUAIS
Exposição Patrimônio Imaterial Brasileiro Caixa Cultural Recife Av. Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero – Bairro do Recife 34251900 Até 31 Ter a Sáb 10h às 20h Dom 10h às 17h
Desobediência Tecnológica Caixa Cultural Recife Avenida Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero – Bairro do Recife Até 28/6 Ter a Sáb 10h às 20h Dom 10h às 17h A mostra inédita traz as mais recentes coletâneas do artista plástico cubano Ernesto Oroza, que tem como principal foco artístico a investigação plástica de objetos híbridos. A exposição apresenta fotos do projeto Arquitetura da Necessidade, que mostra fachadas de casas cubanas transformadas por seus habitantes, e do projeto Ujamaa, que são cadeiras e bancos improvisados com pedaços de madeira. Além disso, haverá exibição do vídeo Desobediência Tecnológica e dos livros “Com nosso próprio esforço” e “Livro da família”, que são manuais cubanos de como refazer objetos reaproveitando materiais diversos. Para Oroza, o ato de reparar, reinventar e ressignificar objetos faz surgir novas oportunidades de usos, criando um salto imaginativo e criativo que vai muito além da passividade imposta pela indústria e pelos sistemas, mesclando a necessidade com o ideal de liberdade.
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A mostra revela riquezas culturais de Norte a Sul do país, caracterizadas como imateriais e registradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), ao longo de 14 anos. A mostra conta com 36 peças algumas cedidas por vários museus do país, além de textos, fotos, vídeos, músicas e sons. O projeto está dividido em três partes. Primeiro, a reverência aos povos que construíram a identidade do brasileiro, imagens de índios, portugueses, italianos, africanos, japoneses e alemães, cujos traços estão miscigenados na população brasileira, que cria e recria suas manifestações culturais. Depois as paisagens, compostas por imagens de cidades, aldeias, sítios históricos, cachoeiras e praias que formam o rico patrimônio natural do país. E, por fim, os ofícios, ou seja, saberes e fazeres do povo brasileiro, representados na pintura, no tear, na dança, na gastronomia. Pernambuco terá cinco bens imateriais em exposição: a Feira de Caruaru, o Frevo, Os Maracatus Nação e de Baque Solto e o Cavalo-Marinho. O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste, o mais recente bem cultural registrado pelo IPHAN (março 2015), também marca presença, ao lado de patrimônios nacionais, regionais e estaduais. “O patrimônio
não é o bolinho, mas tudo o que está envolvido na preparação, é essa imaterialidade que queremos passar para as pessoas”, explica o historiador e curador do projeto, Luciano Figueiredo
primeira exposição individual de Beto França, embora ele já tenha participado da coletiva Pilhagem e seja autor das Tirinhas da Gata Ágata do projeto FOFAS SHOP. Além disso, Galeano é ilustrador profissional e mestre de oficinas em aquarela.
Capibaribe meu rio Museu da Cidade do Recife Praça das Cinco Pontas – São José 33553107 17h Gratuito
Exposição de Beto França Casa do Cachorro Preto Rua 13 de Maio, 99, Cidade Alta – Olinda 34932443 Até 3 A exposição conta com 35 obras, a maior parte inédita, de uma ode ao corpo feminino inspirado na frase de Eduardo Galeano: “o corpo é uma festa”. A exposição tem como curador Beto França, que utiliza a mostra da beleza das curvas da mulher real com diversos coloridos, o preto e o branco e em sépia, sendo umas mais estilizadas outras um pouco mais acadêmicas. Todas as ilustrações da exposição foram feitas na técnica de Aquarela. Essa é a
O público que for visitar o museu vai poder apreciar fotografias do rio desde a década de 1940 até os dias atuais; trabalhos como áudio de poetas que citam o Capibaribe em suas obras; imagens cartográficas e curtas-metragens feitos sobre o rio, que é de grande importância não só para o Recife, como para diversas cidades do interior do Estado. Os visitantes logo na entrada terão o primeiro contato com o rio. Foram instaladas boias gigantes com os nomes dos afluentes do Capibaribe, fazendo uma volta no tempo, quando as águas do rio eram utilizadas para banhos públicos e veraneio, em locais como o Poço da Panela, a Ponte d’Uchoa e o Monteiro. Na primeira sala ARTES VISUAIS
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do museu, os visitantes vão conhecer esse rio, que inspirou poetas como Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Renato Carneiro Campos, Josué de Castro e Cida Pedrosa. Por fim, o visitante assistirá a curtas sobre o rio, no Cine Canoa.
Ladrão de Purezas Sesc Casa Amarela Av. Professor José dos Anjos, 1190 – Casa Amarela | 32674400 Até 15 Seg a Sex 9h às 19h A Galeria de Artes abre a exposição Ladrão de Purezas com cerca de 30 serigrafias produzidas entre as décadas de 1960 e 1990 pelo Rei da Embolada, Manezinho Araújo Pintor, gravador, cantor e compositor. Um tom de azul forte como alguns dos que aparecem nas obras de Manezinho foi escolhido para colorir uma das paredes da galeria. O amarelo e o vermelho também são bastante presentes. A delicadeza das imagens se dá por meio de uma primorosa e sofisticada produção da técnica da serigrafia.
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Diversidade Criativa Shopping RioMar Avenida República do Líbano, 251 – Pina 34688799 / 85355640 / 94078932 curadoriasebastiao@hotmail.com Até 30/7 10h às 22h Os artistas Adriana Alliz, Bruno Lyra, Cláudia Alves Oliveira, Dulce Campelo, Germano, Hellio Mangueira, João Luiz Mascarenhas, Josinete Magali, Lindolfo Nicéas, Selma Di Medeiros e Sérgio Birukoff. Eles possibilitam construir um domínio sobre o convencionalismo criando o uso das cores. Nessa mostra, com curadoria de Sebastião Barbosa, pode-se observar a concepção técni-
ca e estética de várias escolas. O expressionismo e sua técnica de pintura são revelados em jogos de cores, luz e sombras.
um grande painel de 2,5m de largura por 1,3m de altura. Para completar, ele também expõe um políptico de 15 telas com questionamentos sobre a simbologia cristã com o mesmo fundo memorialista. Já Christina Machado, expõe cinco séries diferentes, todas guiadas pela energia da transformação da vida e da morte. As peças são marcadas por um conteúdo fortemente inconsciente, de difícil explicação. “Tenho muita dificuldade para racionalizar esses trabalhos porque vieram de experiências muito singulares”, diz a artista.
Visões do Outro Arte Plural Galeria Rua da Moeda, 140 – Bairro do Recife 34244431 Até 20/7 Ter a Sex 13h às 19h Sáb 16h às 20h Gratuito A Arte Plural Galeria completa dez anos em maio e celebra o seu intenso trabalho em favor das artes visuais com a Exposição Visões do Outro, sob a curadoria de Renato Valle e Christina Machado. Composta por desenhos, pinturas e cerâmicas, a exposição exibe a memória e a transformação de temas próprios dos ciclos etários tais como os vividos hoje pela Arte Plural. Renato Valle traz em seus trabalhos o fio da memória dos desenhos feitos com uma agulha de crochê que pertenceu à mãe do artista, já falecida. “São minhas memórias da infância, do Recife, de minha relação com a religiosidade, a família, a política”, detalha Valle. Ao todo serão 392 desenhos 8cmx8cm que formam
Xilográfico Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães Rua da Aurora, 265 – Boa Vista 33556870 / 33556871 Até 3 Ter e Sex 12h às 18h Sáb e Dom 13h às 15h Com curadoria de Rubem Grilo, um dos mais importantes xilogravadores brasileiros vivos, a exposição traz um passeio pelos trabalhos realizados nos últimos 27 anos, com foco na produção realizada desde 2005. A amostra apresenta 168 obras: 132 xilogravuras em diferentes formatos, 6 matrizes e 30 trabalhos realizados com colagens e desenhos. Como explica o próprio
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Rubem Grilo, o componente temporal da mostra reforça a ideia de um processo que inclui a busca de afirmação de identidade e, ao mesmo tempo, transformações em aberto: “Escolhi a xilogravura pelo fato de ela ser simples, direta, quase rudimentar e me permitir o envolvimento com duas experiências básicas e complementares: o desenho e a gravação. Não se trata de uma escolha nostálgica, tem a ver com uma visão de mundo.”
Microcosmo por Carol de Andrade Bike Fit Café Ladeira da Misericórdia, 46 – Olinda Até 16/6 19h A fotógrafa Carol de Andrade retrata através das suas lentes fotos na sua ótica sobre o mundo de forma peculiar, poético e lúdico no seu inconsciente cheio de sonhos e fantasias. Com curadoria de Tiago Calazans, a exposição vai mostrar um verdadeiro passeio pela fotografia analógica e digital. “Microcosmo é uma espécie de bolha, um registro de um mundo que criei pra mim”, revela a fotógrafa. Além da exposição, o público poderá aproveitar o ambiente para trocar figurinhas, tomar um café, brindar ou apreciar os saborosos quitutes da casa.
60 MAI 2015
Menino Quem Foi Teu Mestre Galeria Janete Costa Av. Boa Viagem,- Boa viagem 33559832 A amostra, com curadoria de Joana d’Arc de Sousa Lima, é composta pela exibição de fotografias de Roberta Guimarães, que explora a transmissão dos fundamentos culturais da Capoeira, dos jovens da comunidade de Nova Divinéia, em Jaboatão, e do Coque, do Bode e da Várzea no Recife, no Nordeste do Brasil, junto com oito Mestres representantes da Capoeira de Pernambuco. O projeto Caxinguelês Jovem aproveita a Capoeira pelo seu caráter multifacetado, como uma importante tradição para a construção do afeto, da luta, do jogo, da brincadeira, da arte, da afetividade, das alegrias, dos rituais e da amizade. A exposição tem como proposta possibilitar a construção de um mundo de tolerância e solidariedade como fazem os capoeiristas em suas investidas na roda.
Figurativismo e Expressionismo Marante Plaza Hotel Avenida Boa Viagem, 1070 – Boa Viagem Até 13 34688799 Gratuito O curador Sebastião Barbosatraz ao Recife obras de artistas como Germano, Lindolfo Nicéas, Marluce Siqueira. Na exposição, os artistas plásticos Germano e Marluce Siqueira apresentam com esmerado talento e criatividade os seus trabalhos figurativos. Marluce foca os engenhos de cana-de-açúcar de Pernambuco, e Germano se inspirou em diversos aspectos: praias, pescadores, igrejas, capelas e conventos. O expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática e subjetiva, utilizando cores irreais e também podendo deformar o classicismo das figuras humanas.
Recife em Cyan Instituto de Arte Contemporânea (IAC) Até 17/7 Seg a Sex 9h às 12h / 14h às 17h Gratuito A exposição é composta por fotografias de Rafael Maia, com curadoria de Mário Sette, e tem como objetivo utilizar a cena atual de sua cidade através do processo fotográfico histórico chamado Cianótipo, conferindo às imagens uma aura nostálgica. O trabalho é todo desenvolvido pessoalmente desde a tomada das imagens até a obtenção das cópias em papel. O modo de expor as fotos representa um modelo artesanal e predominantemente baseado em materiais tradicionais. As soluções químicas utilizadas são preparadas no próprio laboratório onde o artista desenvolve suas pesquisas. Atualmente, Rafael Maia trabalha com filmes de formatos 35mm em laboratório próprio, tecnicamente avançado, e produz cópias fotográficas com qualidade de arquivo, obedecendo padrões internacionais que visam a longa permanência e o mercado de arte.
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Kobra no Capibaribe por Pedro Paz
CLIC
Fontainhas procura o seu Ventura que se perdeu no bosque.
CINEMA SÃO LUIZ 2a8 Rua da Aurora, 175 – Boa Vista | 31843157 Ingressos: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)
Mostra competitiva de longas-metragens O gigantesco ímã (Brasil-PE) Documentário Dir.: Petrônio e Tiago Scorza Fios, 72 min. Bobinas, Pólvora, Máquinas de Voar e outras armações rondam o sertão pernambucano, o cotidiano criativo de Evangelista Ignácio de Oliveira é a matéria-prima para o documentário “O gigantesco ímã”.
Cavalo dinheiro (Portugal) - Ficção Dir.: Pedro Costa, 75 min. Enquanto os jovens capitães fazem a revolução nas ruas, o povo das
O vendedor de passado Dir.: Lula Buarque de Hollanda, 85 min. Vicente (Lázaro Ramos) é um carioca que tem um jeito inusitado de ganhar a vida: vender passados. Para isso se utiliza de documentos, fotos e vídeos, para recriar a vida pregressa de seus clientes, de acordo com suas demandas. Um dia, é procurado por uma mulher misteriosa (Alinne Moraes), que sem dizer nada sobre sua vida, encomenda-lhe um passado. Ele só não imagina as surpresas que essa cliente lhe reserva.
Aqui deste lugar (Brasil SP) - Documentário Dir.: Direção: Sérgio Machado e Fernando Coim-
bra 87min. Nos últimos dez anos, milhões de famílias brasileiras cruzaram a linha da pobreza extrema. Dessa grande história, conheceremos pequenas histórias de famílias espalhadas pelo nosso país-continente que compõem o retrato da transformação do Brasil e da forma como ela afeta cada indivíduo.
CINEMA E VÍDEO
19º Cine PE – Festival do Audiovisual
Permanência (Brasil PE) - Ficção Dir.: Leonardo Lacca, 84min. Um fotógrafo pernambucano viaja a São Paulo para sua primeira exposição individual e decide se hospedar na casa da ex-namorada, hoje casada.
O amuleto (Brasil SCSP) - Ficção Dir.: Jeferson De, 85 min. Diana e seus amigos vão a uma festa na floresta, mas não sabem que o lugar guarda segredos. Em poucas horas, todos desaparecem, exceto Diana, que não se lembra de nada. O mistério
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aumenta quando o delegado encontra os celulares com os últimos momentos da turma, revelando uma trama cheia de suspense.
Mães do Pina (Brasil PE) - Documentário Dir.: Leo Falcão, 86 min. A memória e força das mulheres que constroem a identidade cultural e religiosa do bairro do Pina, Recife. As cerimônias, os terreiros, os maracatus e os trabalhos sociais são as molas desse mergulho no cotidiano e imaginário de uma das comunidades.
Mostra competitiva de curtas-metragens nacionais Bajado (PE) - Documentário Dir.: Marcelo Pinheiro, 19 min. Bajado. Traz diversas abordagens e interpretações da vida e obra do genial pintor popular, Euclides Francisco Amâncio, que se autointitula “Bajado, um artista de Olinda”.
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O segredo da Família Urso (SC) - Ficção Dir.: Cíntia Domit Bittar, 20 min. O ano é 1970, ditadura militar brasileira. Geórgia, 8 anos, é proibida de entrar no porão da casa, onde costumava brincar. Longe dos olhos dos pais e da velha babá, a menina encontra a porta destrancada: há alguém lá dentro.
Até a China (RJ) Animação Dir.: Marão, 15 min. Foi pra China só com bagagem de mão. Na China, os motociclistas usam casaco ao contrário e os restaurantes servem cabeças de peixe, lagostins e enguias. A funcionária do evento estuda cinema e gosta de filmes de Kung Fu.
Vestibular (SP) - Ficção Dir.: Toti Loureiro e Ruy Prado, 22 min. Diante
de sua última chance de entrar no curso de medicina, Márcio submerge em um universo de competição, paranoia e violência.
Como são cruéis os pássaros da alvorada (SP) - Ficção Dir.: João Toledo, 22 min. Ele não estava lá. Tampouco conseguia sair do lugar.
Alegria (PR) - Ficção Dir.: Hsu ChienHsin, 22 min. Uma família humilde do interior ganhou de um programa de TV a realização de um sonho: um final de semana na cidade do Rio de Janeiro. Passaram por várias dificuldades e, ao retornar, concluíram que a felicidade está nas coisas simples da vida.
Simulacro (RJ) - Ficção Dir.: Miguel Moura, 10 min.
Palace Hotel (MG) - Documentário Dir.: José Oncinha, Zé Bão, Sancinho, 5 min.
Fim de semana (CE) - Documentário Dir.: Pedro Diógenes e Ivo Lopes Araújo, 25 min. Um fim de semana acompanhando o trabalho de uma banda de forró, viajando pelo interior do Nordeste entre asfalto, guitarras e painéis de led.
Mostra de Cinema Infantil 5e6
Amazônia Dir.: Thierry Ragobert, 1h26 min, 2014. Uma aventura em 3D no interior da maior floresta tropical do planeta: a Floresta Amazônica. Castanha é um macaco-prego domesticado que sobrevive a um acidente de avião e se vê sozinho na mata fechada. O macaquinho precisa apren-
der a viver em liberdade, num novo mundo onde há animais de todos os tipos: onças, jacarés, cobras, antas, gaviões. Aos poucos, Castanha aprende a viver na floresta, fazendo novos amigos, em especial com a macaquinha Gaia, sua companheira de espécie.
Wig (Daniel Boaventura), um tatu-bola que deseja transformar as minhocas em escravos.
Mostra longas especiais metragens Hors Concurs 2
Minhocas Dir.: Paolo Conti, Artur Nunes, 2013, 1h22, Júnior (Cadu Paschoal) é uma jovem minhoca que não consegue fazer amigos, já que todos os que o conhecem o consideram mimado pela mãe. Disposto a provar o contrário, ele desafia um dos que o provocam para um desafio envolvendo um arriscado salto de um penhasco. Entretanto, antes mesmo de a disputa começar, Júnior e Nico (Yago Machado) são levados para a superfície por uma escavadeira. Longe de casa e em um ambiente hostil, eles acabam encontrando o vilão Big
O Exótico Hotel Marigold 2 - Ficção Dir.: John Madden, 122 min, 2015. Sonny Kappor (Dev Patel) tenta encontrar tempo para expandir os negócios enquanto se prepara para o casamento com Sunaina (Tena Desae). O Hotel Marigoldtem está com lotação praticamente esgotada e ela precisa de uma nova propriedade para receber novos hóspedes.
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Mostra competitiva de curtas-metragens pernambucanos
A luneta do tempo (Brasil/ RJ) - Ficção
Xirê (PE) - Ficção
Dir.: Alceu Valença, 100 min, 2014. Lampião (Irandhir Santos), sempre acompanhado por sua amada Maria Bonita (Hermila Guedes), lidera seu bando pelo sertão de Pernambuco, enfrentando a polícia local. Seu principal antagonista é Antero Tenente, que foi abandonado preso e de cabeça pra baixo pelo bando de Lampião. Essa disputa permanece com o passar dos anos. Quando o filho de Antero se torna adulto não aceita qualquer provocação à imagem do pai ou a simples menção a algo que lembre Lampião e seus cangaceiros.
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Dir.: Marcelo Pinheiro, 16 min. Uma viagem sensorial que evoca o ancestral do homem africano. Pisando o continente sul-americano, imprime seu ritual religioso, espiritual e corporal. “Xirê” acompanha a trajetória do protagonista em sua preparação espiritual.
Brócolis (PE - Ficção Dir.: Valentina Homem, 13 min. Noa é uma bailarina brasileira que acaba de mudar para os Estados Unidos para integrar uma companhia de dança. O filme transcorre em apenas
algumas horas, tempo em que Noalida lida com as implicações da decisão que tomou. Passado, presente e futuro se confundem na intercessão entre sonho e realidade.
O Gaivota (PE) - Animação Dir.: Raoni Assis, 7 min. O Gaivota é uma história de ascensão e decadência de um carro antigo de luxo e pertencente a uma família de mecânicos que tem sua vida atravessada por ele.
História Natural (PE) - Ficção Dir.: Júlio Cavani, 12 min. Um homem encontra um misterioso objeto orgânico no topo da árvore mais alta de uma floresta.
CINEFORUM DO INSTITUTO CERVANTES
Salu e o cavalomarinho (PE) Animação Dir.: Cecília da Fonte, 13 min. O filme conta a história de Mestre Salustiano. Um dos artistas populares mais famosos do Brasil. Filho do rabequeiro João Salustiano, Salu logo cedo sonha em participar de um grupo de cavalo-marinho, folquedo típico da região onde mora.
O poeta americano (PE) Documentário Dir.: Lírio, 10 min. Sinopse: O poeta recebe a palavra bola, dá um traço literal e faz um gol imaginário nesse filme sobre futebol, paixão e poesia. O América de João Cabral vai além das quatro linhas do campo ou do papel, transcende o tempo e o campo; refresca a memória para o fato de que o amor pelo futebol não é volátil, nem efêmero, nem na derrota, nem na vitória.
Encantada (PE)- Ficção Dir.: Lia Letícia, 11 min. A rainha encantada vai retomar sua Ilha.
Livraria Cultura – Paço Alfândega Rua Madre de Deus 33340450 Gratuito
O que os homens falam
colega de trabalho. A. (Alberto San Juan) e M. (Jordi Mollà) têm seus segredos íntimos revelados.
Mostra Cinema & Feminino na Aliança Francesa Aliança Francesa do Derby Rua Amaro Bezerra, 466 – Boa Vista | 32026262 Gratuito
23 17h Dir. Cesc Gay, 1h35 min, 2012. Oito homens enfrentam a crise de meia-idade. (Eduardo Fernandez), que perde tudo o que tem e volta a morar na casa da mãe, encontra-se casualmente com um amigo de longa data, J. (Eduardo Sbaraglia), que conquista tudo o que deseja, mas fica deprimido. S. (Javier Camara) tenta retomar o casamento dois anos após o divórcio. G. (Ricardo Darín) confessa a L. (Luis Tosar) que desconfia que sua esposa o traia. P. (Eduardo Noriega) tenta seduzir uma
Índia Song 19 19h30 Dir.: Marguerite Duras, 120 min, 1975. Anne-Marie Stretter (Delphine Seyrig), esposa do vice-cônsul francês (Michel Lonsdale), cansada da opressão do país estrangeiro, entra em colapso por angústia e aborrecimento. Isolada dentro da embaixada, ela acumula encontros sexuais e rejeita apenas o marido, que parece não se importar.
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Chocolat 20 19h30 Dir.: Claire Denis, 105 min, 1988. Aimée Dalens (Giulia Boschi) é uma jovem francesa que retorna à África a fim de contemplar o lugar onde passou sua infância: um posto colonial no Camarões. Suas memórias mais fortes estão ligadas a Protee (Isaach de Bankolé), à época um garoto faz-tudo da família e no presente um homem nobre, inteligente e bonito. Aimée ainda irá enfrentar e tentar entender a natureza do racismo tão presente nos relacionamentos daquela sociedade.
Vênus Negra 21 19h30 Dir.: Abdellatif Kechiche, 162 min, 2010. Paris, 1817.
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Diante do corpo de Saartjie Baartman (Yahima Torres), o anatomista Georges Cuvier (François Marthouret) diz que jamais tinha visto uma cabeça humana tão parecida com a dos macacos. Uma plateia composta por cientistas aplaude a constatação. Sete anos antes, Saartjie deixava a África do Sul como escrava de Hendrick Caezar (Andre Jacobs), sendo obrigada a se exibir em feiras de aberrações de Londres.
Sarah prefere correr 22 19h30 Dir.: Chloé Robichaud, 97 min, 2013. A atleta Sarah tem sua vida alterada com uma oferta para treinar no melhor clube de atletismo universitário. Ao lado de Antony, ela deixa sua cidade natal e precisa encontrar um meio de se sustentar sem a ajuda
da mãe. Para ganhar um auxílio melhor do governo, a jovem decide se casar com o amigo, mas logo percebe que um casamento aos vinte anos não era exatamente o que esperava.
Cléo das 5 ás 7 23 19h30 Dir.: Agnès Varda, 90 min, 1962. Cléo (Corinne Marchand) é uma cantora francesa que vive um momento de angústia, enquanto espera o resultado de um exame. O teste pode apontar se ela tem ou não um câncer de estômago. Sem saber o que fazer, Cléo perambula pela cidade de Paris. Ela passa uma hora e meia fazendo coisas banais, à procura de distração, até que conhece um soldado que está prestes a ir para a guerra na Argélia.
CINE CLUBE BRASILITÁLIA Rua Marquês Amorim, 46 – Boa Vista 32214112 Gratuito
O casamento 15 15h
O crocodilo 8 9h Dir.: Nanni Moretti, 1h12 min, 2006. Completamente falido e enfrentando uma crise no casamento, o produtor de filmes B Bruno Bonomo (Silvio Orlando) decide apostar em um roteiro entregue a ele por Teresa (Jasmine Trinca), uma cineasta iniciante. Ele não se dá conta, a princípio, de que a história é baseada na figura do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, o que vai tornar sua busca por recursos para completar a produção uma tarefa muito difícil.
Dir.: Marco Bellocchio, 1h30 min, 2006. Franco Elica é um cineasta preocupado com o casamento de sua filha com um católico extremista. Quando começa a filmar na Sicília, conhece um homem que leva a vida a filmar e dirigir filmes de casamento.
tivera com uma sofrida camareira de hotel chamada Itália (Penélope Cruz). Por causa dessa moça, Timóteo põe em risco seu casamento com Elsa (Claudia Gerini).A esposa se faz de desentendida e permite que o marido leve uma vida dupla. É assim até o momento em que Elsa engravida e Timóteo é obrigado a tomar uma decisão.
Desculpa, quero casar contigo 29 19h
Não se mova 22 17h Dir.: Sergio Castellitto, 1h25 min, 2004. O médico Timoteo Rossi (Sergio Castellitto) é forçado a confrontar-se com seu passado quando Ângela (Elena Perino), sua filha adolescente, fica entre a vida e a morte após um acidente de trânsito. Ele se recorda do caso que
Dir.: Federico Moccia, 1h6 min, 2010. Alex e Niki continuam perdidamente apaixonados um ano depois de voltarem de uma viagem à ilha Blu, onde, entre juras de amor eterno, vivem dias inesquecíveis. Ao voltar, Alex começa a pensar sobre a possibilidade de pedir Niki em casamento, só que ele não faz a menor ideia de como vai fazer isso.
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Por Erika Fraga Fotos Divulgação
Foto Eli Rocha
Dona Rosa O mês de maio é tradicionalmente conhecido como o mês das noivas, e as explicações são várias. Para uns, o período tem a ver com a forte influência da Igreja Católica, já que maio é o mês consagrado a Maria, mãe de Jesus. É também o mês em que se comemora o dia das mães. Outra versão vem do Hemisfério Norte, onde se assinala o início da primavera, época propícia para as noivas organizarem seus casamentos. Mas, independentemente do mês ou do hemisfério, uma peça muito importante para qualquer noiva é o sapato. E foi pensando nesse acessório indispensável que a loja Dona Rosa se especializou no assunto, tornando-se unanimidade em sapatos para noivas. Comandada por Roberta Martins e família, a loja foi criada para atender as mulheres mais exigentes, que buscam se destacar. A grife Dona Rosa agrega conforto, beleza e qualidade às peças, mas seu grande diferencial é a produção sob encomenda. Lá é possível escolher o salto ideal, a cor, o modelo, a numeração e tudo isso aliado ao conforto e à qualidade. “Somos uma empresa familiar, trabalhamos juntos, somos quatro irmãos além dos meus pais, começamos a trabalhar com sapatos por causa do meu pai, Roberto, ele é gaucho e sempre trabalhou com calçados, foi representante de sapatos e componentes de peças para fazer calçados. Certo dia, comprou uma loja de sapatos, na qual eu e minha irmã Renata, decidimos entrar de cabeça. Os primeiros sapatos por encomenda foram feitos para nossas amigas,
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que sempre desejavam algo exclusivo, tanto pela cor quanto pelo modelo”, relembra Roberta. Segundo Roberta, o nome da loja é uma homenagem a sua Mãe, Rosa. “As pessoas pensam que ela é a sapateira que faz tudo, mas não, temos uma fábrica com vários funcionários e uma fábrica de calçados precisa ter cortador, modelista, almoxarife, etc. São várias etapas, várias funções e tudo para que o produto final saia com qualidade”, revela Roberta. As atividades na empresa são bem divididas. Roberta cuida da área comercial, escolhe e aprova os modelos e a matéria-prima para a produção dos calçados. Sempre que pode, fica dentro da loja, além de fazer toda a divulgação e cuidar do relacionamento com clientes pelas redes sociais. Já o pai, Roberto, e o irmão Rafael, cuidam da área administrativa e o outro irmão Rubem comanda o operacional e a produção da fábrica. Renata fica dentro da loja. O primeiro sapato de noiva surgiu há sete anos quando Renata resolveu se casar. “Tivemos muita dificuldade de encontrar seu sapato... O vestido dela era bem leve, sequinho, então optamos por algo compatível com o tipo de vestido, mas só encontrávamos aqueles tradicionais, fechados, com cara de botinha de gesso
Foto Rozianne Araujo
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(risos). Resolvemos, então, fazer os sapatos dela e nunca mais paramos.” Aos poucos, a loja conseguiu quebrar o paradigma de que as noivas só podiam casar com sapato fechado e peep toe. Então criamos um modelo de sandália que virou o clássico da marca. “Quando o assunto é casamento, temos tudo, desde os modelos miniweddings das noivas que vão casar em outros países, aos das instagram.com/lojadonarosa noivas que se casam em jardins, pisando na grama... Para elas, desenvolvemos um modelo Anabela para não afundar na grama, e tem também as peças para noivas que se casam na praia. São sandálias para todas as ocasiões”, afirma. Muitas vezes, a escolha do salto importa muito, especialmente para noivas que são mais altas que o noivo. Na Dona Rosa, ela pode optar por algo mais baixo, fazendo o contraponto. Outro problema frequente são as clientes com joanete, nesse caso são apresentados modelos com uma anatomia que se adéque melhor ao pé. a fôrma é mais larga para não apertar, proporcionando um conforto maior.
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De acordo com Roberta, o sapato é um dos itens principais do vestuário das noivas. Se é charmoso, sexy e elegante, proporciona postura e elegância à mulher. Também deve ser harmônico com o vestido, não é uma boa opção usar um tipo de renda no vestido e outro tipo no sapato. A tiara, por exemplo, tem que combinar com o brinco, com o vestido e com
o sapato, a noiva tem que estar harmônica e em equilíbrio. Os brancos ainda sobressaem, e existe também a procura pelos saltos com renda, com aplicação de pedras e pérolas. Já os coloridos, são mais usados nos casamentos diurnos, quando muitas noivas combinam a cor dos sapatos com a cor do buquê. Os saltos mais usados são os de números 10 e 12, muitas vezes com muito brilho e cravejados com pérolas. A loja não só vende calçado para noivas, lá também é possível encomendar os sapatos das daminhas e das demoiselles. As senhorinhas também não ficam de fora, existem vários modelos de sapatos que se adéquam ao perfil de cada um. Lá as noivas também podem encomendar as rasteirinhas para dar de brinde aos convidados, outro item que vem se tornando quase indispensável em qualquer casamento. Dona Rosa Av. Conselheiro Aguiar, 1555, Boa Viagem – loja 04 – Galeria Shop’s Show 34634374 | 92567252 Estrada das Ubaias, n. 276 – Casa Forte 33040709 | 86492183 instagram.com/lojadonarosa | www.facebook.com/lojadonarosa
Foto Entreolhares
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GIRO LITERÁRIO
Só Recife possui... (Lúcia Alves) Deslizando em rios importantes As águas recifenses se afloram Vêm desde sua nascente E desfilam na Rua da Aurora Seus manguezais robustos Revelam com certeza Todo cuidado distribuídos Aos encantos dessa Veneza Em suas lindas igrejas Ressalta-se grande arquitetura Em suas pontes repousa O que o poeta procura Em Recife o folclore se destaca São variedades encantadoras e puras A dança, artesanato e culinária Revelam sua rica cultura Recife, tens um povo alegre Dispostos a festejar sempre Pra homenagear são tão céleres Pois são sábios e inteligentes De manhã suas marés me encantam À tarde vários pontos vou visitar E à noite de catamarã contemplo A rara beleza desse lugar Para retratar minha cidade Falo o que os meus olhos conduz Estou falando das coisas QUE SÓ O RECIFE POSSUI...
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Caçador de mariposas www.mariposacartonera.com / mariposacartonera@ gmail.com | 9278 0618 O livro do escritor, editor e tradutor Wellington de Melo ganha sua 8ª edição em 2015. Publicado pela Editora Mariposa Cartonera, editora sustentável que publica livros com capas pintadas à mão com papelão reutilizado, a obra carrega uma carga emocional já na sua apresentação. Escrito para o filho autista, Aleph, o poema é uma conversa imaginável entre autor e filho. Dividido em três partes: Compreensão, Sabedoria e Coroa, o autor leva o leitor para essa troca de relações afetivas tão concretas e vivas na sua literatura e vida. Com 40 páginas, o exemplar custa R$ 12.
Atlântico www.mariposacartonera.com / mariposacartonera@ gmail.com | 92780618 A obra ambientada no Recife contemporâneo do médico, escritor e dramaturgo, radicado no Recife, Ronaldo Correia de Brito, soma-se a sua vasta produção. Autor de Baile do Menino Deus, no teatro, e do álbum de música Lua Cambará, entre contos e romances como Faca, Galiléia, Retratos imorais e Estive lá fora. Nessa última obra, o autor utiliza o curso do Rio Capibaribe para intercalar narrativas que expõem as tensões sociais, a luta por espaços nas cidades e a violência contra a mulher. Editado pela Mariposa Cartonera, possui 41 páginas e custa R$ 15.
Recortes de Hannah www.mariposacartonera. com Na 2ª edição, a obra do escritor, crítico literário e professor Cristhiano Aguiar apresenta dois contos: Recortes de Hannah – uma arquiteta goiana e um ex-funcionário público paraibano que acabam presos dentro do elevador do edifício Hannah, no centro de São Paulo; e O laboratório do senhor Mosch Terpin, no qual o personagem Natanael herda a biblioteca do seu tio. Enquanto desencaixota os volumes da biblioteca, recorda as histórias do tio que passou a vida toda supostamente lembrando das suas aventuras como herói em outras eras e dimensões. Editado pela Mariposa Cartonera, possui 29 páginas e custa R$ 15. GIRO LITERÁRIO
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Associação Robert Walser para sósias e anônimos Disponível em diversas livrarias e sítios na internet Vencedor da categoria romance do Prêmio Pernambuco de Literatura. Na obra, referências históricas e a inúmeros filósofos são ferramentas do autor Tadeu Sarmento para o seu primeiro romance publicado. A abordagem gira em torno da literatura e do anonimato, da memória e do esquecimento, da história e da imaginação, tudo em torno de uma associação surreal formada por sósias e de uma cidade paraguaia criada sob os princípios da filosofia kantiana, cidade esta que se vê ameaçada por uma visita inesperada. Editado pela Cepe, o livro tem 226 páginas e custa R$ 25.
76 MAI 2015
Dois nós na gravata Disponível em diversas livrarias e sítios na internet Obra vencedora do Prêmio Pernambuco de Literatura, organizado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, Fundarpe e Cepe Editora, na categoria contos. Na obra, o poeta e escritor Rômulo César Melo insere o leitor nos universos particulares dos contos, que tratam de costumes sociais. Os textos dialogam com a história e flertam com a psicologia, passeando por cenários que vão do calor do Recife ao frio da Rússia. São 17 contos, com histórias de personagens que saltam dos livros para cobrar direitos de imagem. A obra apresenta uma gama de histórias para o leitor. Editado pela Cepe, o livro tem 148 páginas e custa R$ 25.
Rinoceronte dromedário Disponível em diversas livrarias e sítios na internet Livro vencedor na categoria poesia do Prêmio Pernambuco de Literatura, realizado pelo Governo do Estado, via Secretaria de Cultura, Fundarpe e Cepe Editora. Escrito pelo poeta Helder Herik, a obra busca recuperar uma linguagem infantil, quase recriação, com neologismos e experimentos discursivos em quatro partes: Bichos que dão na poesia, Humanizamento, Dislexia e Malouco. A volta ao poder da infância está impregnada nas palavras do autor, como em: “O poder da infância/ era que pra morrer/ bastava apenas fechar os olhos/ para ressuscitar/ somente abri-los”. Editado pela Cepe, o livro tem 82 páginas e custa R$ 25.
Meu ambiente eu cuido! Fundação Gilberto Freyre Rua 2 Irmãos – Apipucos | 34411733 18 a 20/6 Programação integrada à agenda pedagógica da Fundação, aborda questões ambientais na obra de Gilberto Freyre por meio de contação de histórias, jogos e oficinas.
Sarau da Boa Vista Restaurante Maremoto Rua do Hospício, 68 | 97933659 25 19h O Sarau da Boa Vista reúne poetas e músicos de diferentes gerações para que possam compartilhar experiências e conhecimento. Na 18ª edição, já passaram pelo local nomes como os
dos poetas Almir Castro Barros, Jomard Muniz de Britto, Fátima Ferreira, Manoel Constantino, Jorge Lopes, Antonio de Campos, músicos como Gilmar Serra e Ivinho do Ave Sangria, entre novos talentos; Cibelle Nascimento (voz e violão) e a poesia de Thaynnara Queiroz.
SESSÃO DE AUTÓGRAFOS
A era Chávez e a Venezuela no Tempo Presente Livraria Cultura Paço Alfândega 07 19h O organizador do livro, Karl Schurster, pós-Doutor em História, participa da sessão de autógrafos do livro sobre o carismático político venezuelano que liderou um processo de rupturas nos campos político, social e em relações
internacionais e que influenciou os demais países sul-americanos. Com Chávez, a democracia participativa e “protagônica”, a integração da América Latina, o Socialismo do século XXI, o antineoliberalismo e o anti-imperialismo passaram a fazer parte do vocabulário político da região no início deste século. A obra também é organizada por Rafael Araujo.
Philia: Derrote a depressão, a ansiedade, o medo Livraria Cultura Paço Alfândega 26 14h O Padre Marcelo Rossi participa da sessão de autógrafos do seu livro, o qual aborda o amor dos pais por seus filhos, o amor entre irmãos e entre amigos em 14 capítulos que buscam curar os males da alma – depressão, ansiedade, tristeza, pessimismo, medo, remorso, vício, desemprego, maledicência, inveja, ciúme, ira, ingratidão e autoimanem na perspectiva católica.
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CURSOS E CONCURSOS
Oficinas de Circo Uninassau Sala de Ginástica do Centro Superior de Tecnologia (CST) Rua João Fernandes Vieira, 110– Boa Vista | 34134611 Qua e Sex 14h às 17h Gratuito O espaço Uninassau realiza a segunda edição do projeto Circo Social Uninassau com o objetivo de transmitir aprendizagem e fazer inclusão em forma de arte circense. A ação é uma iniciativa do Instituto Ser Educacional que, nessa edição, foi contemplado com o Prêmio Funarte Caixa Carequinha de Estímulo ao Circo 2013. Ao todo serão 30 alunos que, durante quatro meses, participam de oficinas de malabares, acrobacias, equilíbrio e balé clássico ministradas por Ivo Amaral L. da Silva.
Curso de Dança de Salão Sesc São Lorenço da Mata Avenida das Peras, 56, Tiúma – São Lorenço da Mata R$ 12 (comerciantes e dependentes) R$ 24 (público em geral) Salsa, samba, bolero e forró com duração de três meses. Aulas às segundas e quintas ou às terças e sextas. Inscrições abertas na Unidade.
Laboratório de Experimentação Artística Teatro Joaquim Cardozo Rua Benfica, 157 – Madalena 32270627 / 32265424 15h R$ 25 O Laboratório de Experimentação Artística é um espaço permanente de
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experimentação para crianças com 8 anos ou mais. A cada fim de semana, é promovida uma oficina diferente, como de maquiagem, pintura, serigrafia e impressionismo com massinha.
Teatro para iniciantes e iniciados Instituto de Cultura Técnica Duque de Caxias, 356, Pavimentos 1, 2, 3– Santo Antônio contato@ictnet.com.br Sáb 13h50 ás 17h Dom as manhã estão reservadas para ensaios R$ 150 Estudo do teatro desde as suas origens, as técnicas de interpretação, a preparação corporal e vocal, aprofundando conhecimentos através de uma didática estruturada com o objetivo de despertar o talento, vencer a inibição, excitar a criatividade, desenvolver trabalhos em grupos, estimular a iniciativa, desenvolver a autoestima. Ministrado pelo ator Alfredo Borba e outros profissionais da área, a duração do curso é de 10 meses com uma montagem profissional no final.
Projeto Capoeira Angola Estudos Práticos Espaço Cultural Educativo Pipoquinha Ter e Qui 19h às 22h 88670587 As aulas são ministradas pelo Mestre Jorge Ferreira. O Projeto acontece desde 2007 e já neste primeiro ano recebeu a premiação do Capoeira Viva. Os participantes contribuem voluntariamente com o que podem, pelas aulas ministradas, para manutenção do local.
Curso de Música Sonata Av. Dezessete de Agosto, 2527 – Casa Forte | 41012158 Seg a Sex 9h às 21h (Aulas com uma hora de duração, uma vez por semana) Sáb 9h às 19h Aulas em grupo – Mensalidades: R$ 135 Individual – Mensalidades: R$ 200 Aulas de violão, guitarra, baixo elétrico, teclado, flauta transversa, saxofone, cavaquinho, violino, canto, técnica vocal, musicalização para bebês, iniciação musical. É possível marcar uma aula especial por R$15 pelo e-mail do curso musicasonata@hotmail.com.
Curso de introdução em Aromaterapia Poisis Ateliê de Arteterapia e Cultura Rua da União, 61 sala 3 – Boa Vista | 96177752 8h às 18h A facilitadora Maíra Darlen aborda no curso o desenvolvimento de estudos e práticas alquímicas, baseada na Aromaterapia. É direcionado para todos que tenham interesse em utilizar as essências na prática profissional ou no autocuidado corporal, emocional e mental.
História do Cinema de Horror Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães Rua da Aurora 265, Boa Vista Recife Auditório do MAMAM 15 a 17 19h às 22h 18 16h às 19h Inscrições: R$ 50 pelo site www.tocaoterror.com (garantindo presença em 75% das aulas, o valor é devolvido integralmente) Com mais de 50 programas gravados sobre diversos temas, o Cineclube
Toca oferece ao público o curso História do Cinema de Horror, ministrado pelo jornalista e pesquisador paulista Carlos Primati. As aulas apresentam a trajetória de horror nas telas, desde sua origem, nos primórdios do cinema mudo, até os dias de hoje, com a constante transformação do gênero e o reflexo dos medos e angústias em diferentes épocas. Os interessados têm a oportunidade de traçar um panorama do cenário mundial do gênero horror com suas temáticas, tendências, técnicas de como atuar, estúdios e diretores que fizeram parte da história. Primati analisa a importância da produção industrial de filmes de horror e sua popularidade, sendo esse o gênero mais prolífico das últimas décadas.
Workshop Engenho de Criação Rua Vigário Tenório 199, 3º andar, Ed. Álvaro Silva Oliveira – Bairro do Recife 87361109 21 e 22 18h30 às 21h30 Dom 9h às 13h Inscrições: engenhodecriacao@gmail.com Mensalidades: R$: 100 Vagas limitadas Estão abertas as inscrições do workshop com formação em dramaturgia do corpo e história pessoal através de práticas corporais para o público iniciante e iniciado que pretenda se aperfeiçoar ou conhecer a linguagem do teatro, a começar por suas bases corporais. As aulas têm como objetivo socializar o processo criativo do teatro dialogando com o treinamento físico e a dramaturgia pessoal.
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Oficina de Comunicação Popular ONG Missão Educar Av. Vereador Otacílio Azevedo – Nova Descoberta | 88036405 Seg e Sex 14h às 17h Gratuita Ministrado pelo radialista Paulo Xavier, a oficina aborda temas como rádio, vídeo, internet, fotografia e texto, com direito a material e certificado de participação. Aberto para jovens e adultos, com 15 anos ou mais, que gostem de comunicação comunitária e querem ter mais conhecimentos nessa área. Duração de cinco meses e estágio prático voluntário com produção de conteúdo audiovisual.
Aulas de Frevo Guerreiros do passo Praça do Hipódromo – Campo Grande 88903463 guerreirosdopasso@hotmail.com Qua 19h Sáb 15h Gratuito Os Guerreiros do Passo retomam suas atividades de dança com a implantação de uma academia no local. A praça está mais iluminada e em melhores condições para receber os interessados em praticar o frevo.
Aulas de teatro Espaço Cultura Produção Paralelas R. Imperatriz Tereza Cristina, 134, Sala 14 Boa Vista | 88707853 R$ 60 Uma vez por semana (dias e horários a combinar) Ministrado por Flávio Renovato, o curso aborda os fundamentos básicos
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do teatro, envolvendo corpo, voz, interpretação e improvisação. No final do curso, os alunos fazem uma prova pública e recebem o certificado.
Curso de Gaiata R. Bispo Cardoso Aires, 354, 1º andar – Boa Vista | 30885419 gutosantana@gmail.com O gaitista Guto Santana ministra curso com uma metodologia simples que enfatiza a prática, especialmente para os iniciantes que nunca tiveram contato com a música. Além das aulas de gaita, o curso inclui teoria musical e conhecimentos para se fazer a manutenção do instrumento. O curso funciona na Boa Vista, próximo à Unicap.
Workshop Histórias do corpo Teatro Luiz Mendonça Av. Boa Viagem, s/n – Boa Viagem 16 9h às 12h Inscrições: www.centromeme.com.br Estão abertas as inscrições para o workshop de dança contemporânea que tem como objetivo incorporar o tema proposto pelo espetáculo Teresinhas. Assinado pelo coreógrafo Paulo Guimarães que possui formação em balé clássico, jazz, dança afra. Serão feitas provocações com intuito de trazer à tona estados corporais pertinentes ao tema apresentado como, por exemplo, casamento, infância, separações, maternidade. A proposta é resgatar a memória corporal e emocional de cada corpo, formando a composição de cenas. Além da dança contemporânea, serão utilizadas outras técnicas como contato, improvisação, ações cênicas, uso da voz falada e cantada, improvisação.
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3184 3165
Escola Profissional de Artes João Pernambuco 3355 4092/ 3355 4093 Fundação Joaquim Nabuco 3073 6363
Biblioteca da Faculdade
– Casa Forte
Metropolitana da Grande Recife
Fundação Joaquim Nabuco – Derby
2128 0500
3073 6767
Biblioteca Popular de Afogados
Instituto Cervantes de Recife
3355 3122 / 3355 3123
3334 0450
Biblioteca Popular de Casa Amarela
Mercado da Boa Vista 3355 3042
3355 3130
Mercado da Madalena 3445 1170
Casa da Cultura Luiz Gonzaga
Museu da Abolição
3184 3151 / 3184 3152
Museu da Cidade do Recife
Casa do Carnaval (Pátio de São
- Forte das 5 pontas
Pedro) 3355 3302 / 3355 3303
/ 3355 3108
Centro Apolo – Hermilo (Cine e
Museu de Arte Aloísio Magalhães
Teatro) 3355 3319 / 3355 3321
(MAMAM)
Centro de Atendimento Turístico
3355 6871 / 3355 6872
3182 8299
do Aeroporto
3228 3248 3355 3107
3355 6870
Museu do Estado de Pernambuco
Centro de Atendimento Turístico do
3184 3170 / 3184 3174
Arsenal – PCR 3355 3402
Museu Murillo La Greca 3355 3126
Centro de Atendimento Turístico do Mercado São José
3355 3022
Centro de Atendimento Turístico do Pátio de São Pedro
3355 3310
Centro de Atendimento Turístico do TIP – PCR
3182 8298
/ 3355 3127 / 3355 3129 Teatro Barreto Júnior 3355 6398 / 3355 6399 Teatro de Santa Isabel 3355 3322 / 3355 3323 / 3355 3324 Centro de Atendimento Turístico do 33559844
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Parque Dona Lindu
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Centro de Artesanato de Pernambuco
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