imagemrp DEZEMBRO/2013 | UNISINOS | SÃO LEOPOLDO/RS
CONECTADOS Comunicação interna em tempos de Internet O evento como estratégica de comunicação com colaboradores Entidades de classe e a comunicação com os associados
CARTA DA REDAÇÃO
ÍNDICE
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Comunicação interna O colaborador é tão importante quanto o cliente
Tânia Almeida Professora orientadora
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Intranet Colaborando com a comunicação organizacional
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Eventos internos Ferramenta eficaz de comunicação interna
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Clima organizacional Investir em qualidade não é luxo, é indispensável
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Experiências de sucesso Cases inspiram novos caminhos
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Entidades de classe Comunicação com associados é estratégica
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Motivação Mais qualidade no ambiente de trabalho
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Dicas de pesquisa Saiba onde pesquisar para o seu TCC
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ados do Monitor Evolution do Ibope, apontam que os investimentos em publicidade, no primeiro semestre deste ano, apenas em TV aberta, alcançaram o patamar de 27 bilhões de reais. Em último lugar na lista dos meios de comunicação, ficou o outdoor, com pouco mais de 45 milhões. Outros meios são analisados, como rádio, TV por assinatura, internet, comprovando que as empresas preocupam-se em diversificar a comunicação de sua marca e/ou produtos. O mercado competitivo, saturado de marcas a almejar a mente e o coração dos consumidores tem exigido pesquisa, planejamento e tiro certo. Mas consumidor que se preze sabe que a hora da verdade é quando chegamos no balcão e somos recebidos pelo vendedor. Postura, tom de voz, argumentos e cordialidade podem colocar em xeque todo o investimento feito em publicidade. Não precisamos ir tão longe. Quantos de nós não teve um familiar ou conhecido que compartilhou conosco as insatisfações com seu trabalho, com a forma como é tratado no ambiente da empresa? E, boa parte das vezes, empresas que anunciam e investem fortemente na comunicação com o consumidor, mas dão pouca ou nenhuma atenção a um de seus maiores patrimônios: o colaborador. Aquele que, mesmo não estando na linha de frente do balcão, participa da entrega de valor ao cliente. Imagem RP, deste segundo semestre de 2013, aborda o tema da Comunicação Interna e sua relação com o clima organizacional. Tão importante quanto falar para fora, é saber ouvir os funcionários e comunicar bem para dentro. Pesquisar o ambiente, identificar dificuldades de comunicação e preparar as lideranças para motivar e envolver o público interno são alguns dos pontos levantados nas matérias que preparamos para você. E, em tempos de redes sociais, não poderíamos deixar de lado o debate sobre se de fato gestores e colaboradores estão preparados para usá-las como ferramenta de comunicação e gestão de informação. A experiência de uma importante loja de calçados do Estado também é relatada aqui na matéria sobre cases de sucesso em comunicação interna. Já para os que se interessam sobre o tema e querem saber mais, não vão faltar dicas de leitura e fontes de pesquisa. Imagem RP agradece a todos que participaram desta edição: professores e egressos da Unisinos, profissionais e empresas que gentilmente cederam seu tempo para compartilhar conosco suas experiências e pontos de vista.
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Mihai Eustatiu / stock.xchng
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Comunicação interna
Falar para dentro é tão importante quanto falar para fora Camila Longaray Alencastro
zadas em projetos de comunicação interna. Segundo a ABRACOM (Associação das Agências de Comunicação), no Estado, existem 12 empresas cadastradas nesse ramo, atuando não só na área de CI e endomarketing, mas também com comunicação empresarial como um todo. Conhecimento organizacional Um fator importante é o envolvimento dos gestores com o público interno. Na opinião da professora Josefina, quando se analisa o envolvimento dos gestores nas ações voltadas para o público interno, percebe-se que, em grande parte das organizações, inexistem ações que efetivamente se configuram como de comunicação interna. É comum encontrarmos experiências de comunicação de caráter administrativo, com o objetivo emitir informações acerca de procedimentos técnicos. Portanto, cabe ao gestor incorporar, nos planos estratégicos da empresa, a disseminação do conhecimento organizacional por intermédio da comunicação interna. Para Ieda, a relação da gestão com as práticas de CI é referido ao modelo de empresas imediatistas, que querem simplificar o que é complexo, o ser humano e as relações de trabalho. A professora avalia que dificilmente elas investem suficientemente em pessoas e, menos ainda, em comunicação interna, direcionando seus esforços em ações de marketing dirigidas para seus clientes. Isso se deve ao pragmatismo e ao imediatismo que vão na contramão de uma gestão de pessoas com excelência. Para o pesquisador Gaudêncio Torquato, a missão básica da comunicação interna é contribuir para a construção de um clima positivo, voltado ao cumprimento das metas estratégicas da organização,
ao crescimento continuado de suas atividades e serviços e à expansão da sua linha de produtos. Já a pesquisadora Marlene Marchiori afirma que, para que se desenvolvam essas condições no ambiente organizacional, é importante entender que é por intermédio dos processos comunicacionais que as organizações estabelecem relações com seus públicos. A comunicação interna é um nicho das relações públicas que merece mais esclarecimento quanto a sua atuação, uma vez que não se trata somente da implantação de ferramentas comunicacionais, indo mais além. Ieda acredita que a CI requer que os profissionais de comunicação aprofundem seus conhecimentos sobre comportamento humano no trabalho, para ir além do senso comum. Para ela, não basta saber definir conteúdos, identificar a linguagem e os meios mais adequados para uma boa comunicação interna. É preciso compreender como os seres humanos percebem, o que sentem e prognosticar comportamentos reativos (em resposta ao que a organização comunica). E este conhecimento somente será possível se o profissional buscar complementar sua formação ou trabalhar em equipes multidisciplinares, incluindo necessariamente os psicólogos e, em alguns casos, até os antropólogos. Por se tratar se algo muito complexo, a comunicação interna envolve vasto conhecimento sobre pessoas e organizações, não esquecendo que a comunicação é feita por pessoas e para pessoas, e que delas partem os resultados almejados pelas empresas. A valorização do núcleo de CI depende de um longo processo de mudança cultural e que dependerá dos esforços da nova geração de gestores a qual fazemos parte e nos dedicamos a construir.
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omunicação interna (CI) para os relações públicas é o feijão com arroz do seu dia a dia e, por mais corriqueiro que este tema seja ainda, é um tabu nas organizações brasileiras. Isso ocorre porque a maioria delas investem em estratégias voltadas para seu público externo, desconhecendo, na maioria das vezes, a efetividade da comunicação interna perante seus públicos. É comum as organizações reconhecerem como endomarketing ao invés de CI em virtude da falta de esclarecimento sobre o termo. A popularização do termo endomarketing nas empresas acaba por se tornar sinônimo de comunicação interna, mas, ao contrário, cada uma possui uma significação própria. O endomarketing surge nas organizações com a missão de ser um elemento de ligação entre o cliente, o produto e o empregado, com a finalidade de despertar no funcionário a ideia de comprar seus produtos. E, para simples entendimento, o autor e pesquisador do marketing Philip Kotler, se refere ao endomarketing traduzindo como marketing interno das organizações. Para a professora de Gestão de Recursos Humanos da Unisinos Josefina Coutinho, a justificativa pela qual existe essa falta de esclarecimento quanto a CI é que, na maioria das empresas, ela não está descrita no manual da organização. Portanto, não é claro para todos os envolvidos a quem cabe a responsabilidade sobre o tema. Isto porque a estrutura de comunicação das organizações é voltada para o público externo. Sendo assim, quando o profissional de relações públicas não conscientiza os gestores sobre a quem cabe tal competência, ela passa a ser exe-
cutada pelos profissionais de recursos humanos que, com freqüência, se restringem ao processo informacional, ou seja, gerenciam a informação da organização. O processo de comunicação interna envolve, na avaliação da professora da Unisinos, a psicóloga e doutora em psicologia social, Ieda Rhoden, um conhecimento sobre o comportamento humano e organizacional que os profissionais de recursos humanos se dedicam mais a estudar. Trata-se de uma relação de confiança entre os envolvidos e a confiança está relacionada ao grau de conhecimento do outro, o que estabelece um aprofundamento sobre aspectos psíquicos e neurológicos que são importantes no processo comunicacional. Para que se construa um núcleo forte de comunicação interna, é importante a integração junto ao setor de recursos humanos, pois as práticas de gestão de pessoas estão ligadas as estratégias de CI da organização. Na visão da professora e pesquisadora Margarida Kunsch, a comunicação interna é uma ferramenta estratégica para alinhar os interesses dos empregados e da empresa, estimulados pelo diálogo que possibilita trocas de conhecimento e vivências por meio da participação de todos os níveis. Com o amadurecimento da implantação da comunicação interna no planejamento estratégico das empresas, profissionais de comunicação observaram uma tendência de mercado para a criação de agências especializadas em endomarketing e CI, ganhando um novo espaço nesse ramo. No Rio Grande do Sul, esse mercado vem expandindo, tendo poucas empresas focadas na área de CI e endomarketing, destacando-se no mercado as agências Happy House e Santo de Casa, ambas de Porto Alegre e especiali-
Intranet
Colaborando com a com
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intranet é uma ferramenta importante no contexto da comunicação interna. E, assim como as empresas estão presentes na internet e participam de redes sociais, estão também mais atentas ao uso desta ferramenta com relação aos colaboradores, utilizando a intranet como meio para se alcançar uma melhor comunicação com eles. Mas você sabe o que é intranet? É um dos principais instrumentos de comunicação de uso das organizações, que só pode ser acessada por seus usuários ou colaboradores internos, e serve para firmar o relacionamento entre a empresa e o funcionário. Nela constam informações importantes, como notícias da empresa, formulários e documentos que poderão ser acessados, ou até mesmo programas de interação, de acordo com a disponibilidade de cada organização. Para que as empresas consigam dar suporte ao avanço e ao fortalecimento do uso destas ferramentas digitais, é necessária uma maior preparação dos funcionários. Isso implica o desenvolvimento de programas de inclusão digital, voltados à inserção na rede e ao domínio das ferramentas a serem utilizadas pelos colaboradores. Desta maneira, uma cultura organizacional com inovação e liberdade de expressão é fundamental. Ao investirem na intranet, as empresas estarão investindo nas suas relações interpessoais acima de tudo. Uma empresa com colaboradores incluídos consegue se comunicar com a equipe de forma mais eficiente e mais barata e pode tirar maior proveito de seus investimentos em tecnologia, mostrando que a eficiência destas redes está na ausência de hierarquias e na sua descentralização. Mas – para melhor avaliar os impactos da ferramenta – é ne-
cessário focar em pesquisa e monitoramento. Em 2010, por exemplo, o hotel Holiday Inn, de Porto Alegre, realizou pesquisa para saber o resultado da intranet no ambiente de trabalho. Verificou-se que, para alguns setores, tais como a recepção e a divisão de pessoal e almoxarifado, ela é imprescindível, já que, através desta ferramenta, é possível transmitir as informações de forma mais rápida e se comunicar com todos os públicos internos que compõem a organização. Sabemos o quão importante é esta inclusão da intranet e das demais ferramentas de interação para a boa comunicação e a horizontalidade dentro das corporações. Porém, não significa que este tipo de ferramenta seja item obrigatório do pacote de instrumentos e ações de comunicação interna nas organizações. Especialmente se, de antemão, já sabemos que será pouco utilizada, a exemplo de setores que não necessitam de computadores para a realização de seu trabalho. Entendemos também que não basta somente a implementação, mas também a gestão da intranet, o que leva a pensar em grupos ou comitês gestores com profissionais de várias áreas. A presença de um profissional de relações-públicas contribui para que sejam levadas em conta as implicações de uma intranet (ou rede social própria) sobre as relações internas, bem como a necessidade constante de disseminar uma política de conduta nesses ambientes virtuais, além de outros aspectos relacionados à gestão da comunicação interna. O uso das mídias sociais nas organizações É sabido que - com o crescimento e difusão das redes sociais - ferramentas como Facebook, Twitter e outras mídias sociais transformaram a maneira como as pessoas se relacionam tanto no ambiente familiar como profissional. Isso representa uma nova era no que diz respeito à comunica-
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
Amanda MARCOLIN Simon Débora Moschen Portz Renata Emanuelle Rauber
Mariela Portz Dorneles, relações públicas: “Difícil é gerenciar o posicionamento dos colaboradores no ambiente virtual”
ção e ao marketing corporativo. Os conteúdos postados em qualquer uma dessas ferramentas podem causar um impacto significativo na imagem das corporações. Ao mesmo tempo em que auxiliam no relacionamento com os públicos de interesse e na geração de negócios, o mau gerenciamento do volume de informação gerado pelos públicos de uma organização pode prejudicar a reputação de uma marca e provocar uma crise de imagem. Imagem RP entrevistou a relações públicas Mariela Portz, sócia da agência de Relações Públicas ‘Entre a Gente: Comunicação Estratégica’. A profissional teve
passagens também pela Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Prefeitura e Câmara de Vereadores de Lajeado. Ao ser questionada sobre como devemos combinar as ferramentas tradicionais de comunicação com as digitais, Mariela explica que se deve pensar na combinação de diversos meios de comunicação para atingir os públicos. Salienta ainda que - apesar das ferramentas digitais contribuírem para a eficácia na comunicação – aquelas ditas clássicas (murais, reuniões, newsletter, etc) devem ser usadas, pois também são eficazes na comunicação interna. Quanto a isso, Mônica Aparecida de Castro e Clenio Araujo, em artigo publicado na Intercom, compartilham do mesmo pensamento. “O grande desafio para as organizações, ou melhor, para as sociedades, é conquis-
municação organizacional Anayla Rizzi, analista de comunicação interna: “A intranet contribui para a construção de conhecimento”
De receptor a produtor de conteúdo Através do uso das mídias sociais na comunicação interna, o empregado poderá também ser um criador de informação. Além de participar do processo de leitura, interpretação e análise de conteúdo, ele poderá também criar e tecer comentários sobre o que foi veiculado e ser também um formador de opinião. Sendo assim, o uso das mídias sociais no relacionamento das organizações com os seus diferentes públicos é uma realidade que traz para os atores envolvidos alguns benefícios, mas também algumas dificuldades. Uma delas é o gerenciamento dos posicionamentos dos funcionários nestas mídias sociais, pois, como relata Mariela, é uma questão muito delicada de tratar. Ela acredita “Que nem os
A “Intra da Gente” A intranet não significa mais um canal através do qual uma empresa fará desaguar todo tipo de informação para seus colaboradores. Trata-se de uma oportunidade para os processos de construção do conhecimento. A Unimed Vale do Taquari Rio Pardo se conscientizou da importância e, em 2009, lançou a “Intra da Gente”. A plataforma reúne material para o dia a dia de trabalho do funcionário, além de informações que o ajudam a entender o contexto da Cooperativa e os acontecimentos recentes. Anayla Rizzi, analista de comuni-
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tar um equilíbrio nesse processo. Equilíbrio pelo qual tanto a comunicação mais tradicional e baseada na proximidade física, como a comunicação que tem no centro a tecnologia, possam coexistir e, mais, se complementar”, observam. No relacionamento entre os empregados, as tecnologias de informação e comunicação têm transformado os modos de interação e o acesso a informações e a conhecimentos. Na gestão do relacionamento com os empregados, é importante considerar as transformações mercadológicas, que demandam das organizações uma gestão mais eficiente da comunicação interna. O engajamento dos empregados com o negócio e com a missão, além do aumento da informação sobre os diversos processos, produtos e serviços da empresa, são cada vez mais imprescindíveis para a sustentabilidade das organizações.
gestores, nem os colaboradores estão preparados integralmente para isso”. Lembra ainda que o colaborador não deva usar as mídias sociais para expor seus descontentamentos com seu ambiente de trabalho, embora tenha o direito de gostar ou não dos produtos de sua empesa e manifestar sua opinião a respeito. Para isso, é necessário haver um equilíbrio entre as partes, saber o que deve ou não ser divulgado, o que pode prejudicar a imagem pessoal e a imagem da empresa. “É tudo questão de bom senso”, finaliza Mariela. Para que isso dê certo é preciso que todo esse processo seja feito juntamente com o incentivo à comunicação tradicional dentro das organizações, além do uso da tecnologia, é claro. Dessa maneira, as empresas devem se organizar da melhor maneira para unir a prática da liberdade do uso das mídias sociais com a responsabilidade, e criar um bom relacionamento com o seu colaborador, fazendo com que ambas as partes obtenham mais benefícios.
cação interna, conta que a intranet mantém contato diário com os funcionários: “É um ambiente oficial da Cooperativa e leva conhecimento frequente, além de esclarecer questões polêmicas. Muitas vezes esta ferramenta também aproxima os colaboradores, por promover promoções ou publicar matérias que deem visibilidade a eles”, comenta. A “Intra da Gente” permite acesso aos materiais de suporte para o trabalho, como documentos, nomes e ramais dos colegas, instruções gerais e acesso a sistemas de uso comum. As matérias são publicadas diariamente e muitas são sugeridas pelos próprios colaboradores, que acabam sendo veiculadas para cerca de 540 pessoas que atuam na área administrativa e da saúde. As matérias são divididas em três categorias: Boletim da Gente, Unimed VTRP e Mix de Notícias. Entre elas, são divulgados novos processos criados na cooperativa, homenagens aos funcionários, eventos realizados, matérias que saem na mídia em geral falando sobre a Unimed e notícias veiculadas pelos portais de notícias do país, visto que a grande maioria dos funcionários não tem acesso à internet. “Como a ferramenta é aberta para comentários e interações com os colegas, a plataforma reúne muito do conhecimento empírico dos seus funcionários, se tornando uma ferramenta muito rica para a organização”, observa Anayla. Para que a intranet se torne uma ferramenta funcional e essencial para sua organização, a relações públicas diz que é preciso compreender o publico para qual ela é destinada: “É imprescindível que a linguagem esteja adequada ao público alvo e que eles vejam a real rotina da Cooperativa sendo retratada nesta ferramenta”, pondera. Transparência é peça central na construção de vínculo verdadeiro entre a Unimed VTRP e seus funcionários, acrescenta a profissional.
Eventos internos
Divulgação / Prefeitura Municipal de Sapucaia do Sul
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Ferramenta eficaz de
Procurador Aldivan Camargo participando do “Sarau Letras e Melodias: onde o talento está na sala ao lado”
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e que forma um evento pode ser utilizado como uma ferramenta de comunicação interna? O que é de fato um evento? Atividade, ação, instrumento? A expressão ‘evento’ vem do latim eventus, que significa “acontecimento”. Trata-se de um ato ou ação de comunicação direta, organizada por especialistas, com objetivos e estratégias pré-definidas junto a um público em específico. Sua preparação envolve várias etapas estruturais e de planejamento normalmente no intuito de mobilizar pessoas, vender produtos, passar mensagens, promover encontros ou até mesmo celebrar datas especiais. A identificação do público-alvo é parte fundamental no processo
de planejamento de um evento, determinando sua tipagem (interno ou externo) e orientando e direcionando as ações de maneira que a atividade alcance seu objetivo final. No âmbito organizacional, o evento assume diversas funções importantes, dentre elas, a de ferramenta de marketing, podendo ser classificado em institucional ou promocional. É bastante utilizado na comunicação interna para contribuir na inte-
Vilmar Ballin, prefeito do município de Sapucaia do Sul: “Eventos como esse valorizam e exaltam talentos”.
Divulgação / Prefeitura Municipal de Sapucaia do Sul
Bárbara Heck Suélen Pereira
comunicação interna gração e no engajamento de diferentes setores, na motivação de funcionários e no fortalecimento e elevação da imagem corporativa frente aos seus colaboradores. Especialistas na área da comunicação afirmam que pelo caráter positivo e estratégico de seus resultados, os eventos se tornam hoje cada vez mais indispensáveis nas organizações, quando se trata de ações voltadas ao público interno.
“Eventos como esse são fundamentais para promover a união do corpo de funcionários e estimulam a capacidade artística que cada um possui, valorizando e exaltando seus talentos”, afirma Ballin.
Motivando os funcionários e ajudando o planeta As empresas estão cada vez mais conscientes da importância de valorizar seus funcionários. A qualidade do atendimento com clientes, fornecedores e parceiros, depende muito do nível de bem-estar e satisfação dos colaboradores. Para isso, é fundamental que exista uma forte atenção em comunicação interna que garanta uma equipe unida, satisfeita com seu ambiente e relações de trabalho, e em harmonia com os objetivos da empresa. Uma ótima alternativa para fortalecer este público são os eventos internos. Além de auxiliar e promover a relação entre a empresa e funcionários, podem ser excelentes oportunidades para a promoção de aprendizado, troca de informações e habilidades, e criação de vínculos profissionais e pessoais. O primeiro passo para a organização de um evento interno é o planejamento. Ele deve ser feito com antecedência e aliado a pesquisas que ajudarão a determinar os temas a serem abordados, o local do evento, os palestrantes, a infraestrutura, entre outros fatores. O tema serve para promover sinergia entre os interesses dos funcionários e os da empresa, devendo ser escolhido com cuidado com vistas à motivação, interação
e integração entre todos. Outro fator que merece atenção é a consciência sustentável. Os eventos são momentos únicos para a organização mostrar sua preocupação com o planeta e estimular seus funcionários a fazerem o mesmo. Luiz Antônio Gaulia, professor da Universidade Estácio, Jornalista e Mestre em Comunicação e Sustentabilidade, acredita que cada detalhe pode ser pensado para transmitir questões inerentes à sustentabilidade. Não apenas no tema, nos discursos e apresentações, como em todo o seu desenvolvimento. “Se tivermos um stand construído em madeira, que ela seja certificada e após o evento ela seja reutilizada ou mesmo descartada de forma ambientalmente correta”, observa. ARQUIVO PESSOAL
Inovar, criar, reinventar são palavras que hoje em dia norteiam toda e qualquer ação comunicacional seja ela interna ou externa. Nos eventos internos, essas características são cada vez mais cobradas dos profissionais da área e utilizadas no intuito de chamar a atenção do funcionário por meio de um diferencial. Atualmente muitas organizações têm buscado na arte uma maneira de trazer novas linguagens no modo de informar e de desenvolver diferentes eventos e dinâmicas. Por intermédio da arte, elas buscam envolver o grupo estimulando a cultura, a participação, a motivação e o engajamento do funcionário para com a empresa. Esse foi o caso da prefeitura do município de Sapucaia do Sul, que promoveu, no dia do funcionário público, um sarau cultural onde os artistas eram os funcionários. O objetivo era oportunizar um espaço para que eles mostrassem sua arte. Essa foi a proposta do ‘Sarau Letras e Melodias: Onde o talento está na sala ao lado’ (edição de 2010) que buscava não apenas homenagear os servidores, mas também valorizar talentos e promover a integração entre os funcionários. Poesia, literatura, música e muito humor, fizeram parte da programação do sarau que teve como destaque a peça de stand up comedy “Eu preferia ter um filho...”, interpretada pelo pro-
co presente. Para o prefeito de Sapucaia do Sul, Vilmar Ballin, esse tipo de atividade, além de proporcionar momentos de descontração e integração entre os funcionários, incentiva o gosto pela arte.
Gaulia cita ainda exemplos de cuidado na escolha por cardápios mais sustentáveis e naturais, e ressalta “Nossos comportamentos falam mais alto que nossas palavras e num evento as incoerências ficam expostas para todos”. E para quem pensa que sustentabilidade envolve alto investimento, pode começar a colocar este pensamento de lado. Não há mais desculpas para deixar de aplicar práticas sustentáveis nos eventos ou em qualquer outro tipo de comunicação interna, independente do porte da empresa. Gaulia ainda completa: “O olhar do comunicador deve ser estratégico e dessa forma trabalhar uma proposta de evento alinhada com valores da empresa, atributos da marca e objetivos de sustentabilidade. Se este trabalho conseguir traduzir de que forma um evento vai ser útil, prático e eficaz para os objetivos da marca e do negócio, a verba vai surgir com certeza!”.
Luiz Antônio Gaulia é professor da Universidade Estácio, jornalista e Mestre em Comunicação e Sustentabilidade
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Inovando nos eventos internos
curador do município, Aldivan de Camargo. A peça, de autoria própria, trouxe cenas do cotidiano dos funcionários da prefeitura com um toque de realidade e muito bom humor, arrancando gargalhadas e aplausos do públi-
Clima organizacional
Investir em qualidade nã linusb4’s / stock.xchng
Ana Paula Ferreira Cássio Ramiro
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nvestir na promoção da qualidade de vida dos colaboradores deixou de ser um tema acessório para se tornar algo essencial nas empresas que passaram a se preocupar com isso tanto no âmbito do trabalho, como no ambiente extra organizacional. Manter bons níveis de engajamento nas atividades do dia a dia e em programas voltados à qualidade de vida no trabalho implica investir na comunicação com os colaboradores. E isso vale para todos os níveis hierárquicos da empresa. Para entender melhor a importância da comunicação interna, vamos saber um pouco mais sobre clima organizacional. Ambiente, clima, atmosfera são termos relacionados aos aspectos que configuram os limites intramuros das organizações. Ações que priorizem a saúde física, emocional e mental dos colaboradores contribuem sensivelmente para o que chamamos de clima organizacional. E para os profissionais de relações públicas, pensar este tema é fundamental quando se trata de comunicação interna. O clima organizacional pode ser definido como os reflexos de um conjunto de valores, comportamentos e padrões formais e informais que existem em uma organização e representa a forma como cada colaborador percebe a empresa e sua cultura, e como ele reage a isso. Resumindo, clima organizacional é a percepção coletiva que as pessoas têm da empresa. Podemos usar como exemplo o clima no sentido meteorológico, que nada mais é do que uma série de elementos atmosféricos, como frentes frias, sol, nuvens, tempestades, furacões que ocorrem na terra e juntos são responsáveis pelas mudanças de tempo. No caso de uma organização, o clima envolve
o convívio com os superiores e colegas, a remuneração e plano de carreira, a cultura da empresa, processos internos, reuniões, conforto térmico e mobiliário adequado, etc. O clima organizacional de uma empresa já existe, não podendo, portanto, ser criado. Deve ser gerenciado estrategicamente de forma que ele possa ser alterado em caso de estar gerando resultados negativos para a organização. Roberto Costa, em seu livro ‘Estudo sobre clima organizacional’ (1993), traz importante contribuição para o aperfeiçoamento de pesquisa na área de Recursos Humanos. Para o autor, clima é “o indicador do grau de satisfação dos membros de uma empresa, em relação a diferentes aspectos da cultura ou realidade aparente da organização, tais como: política de Recursos Humanos, modelo de gestão, missão da empresa, processo de comunicação, valorização profissional e identificação com a empresa”. Fazendo o tema de casa Quer encantar seu cliente? Encante primeiro seu colaborador. Engajar os colaboradores no processo da empresa faz com que os funcionários se sintam motivados. Além disso, com um clima organizacional positivo, temos resultados financeiros impactantes. Conforme levantamento das revistas Exame e Você/SA com as melhores empresas para se trabalhar no Brasil, as que investiram na qualidade de clima obtiveram resultados altamente lucrativos. Em doze meses, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido dessas empresas cresceu 26,21%, uma prova total de que investir na qualidade do clima traz resultados rentáveis. Por isso, a preocupação dos gestores deve ser com o estudo do clima organizacional, pois o mesmo influencia direta e indiretamente nos comportamentos pessoais.
ão é luxo, é indispensável possibilita diagnosticar necessidades, desejos e fatores determinantes para que o engajamento dos colaboradores e a missão da organização sejam alcançados e desenvolvidos com sucesso por todos. Para Daniel Costa, diretor de planejamento e consultoria da Santo de Casa, empresa especializada em endomarketing, com as pesquisas de clima, é possível identificar se determinados problemas são resultantes de processos de comunicação interna mal conduzidos. As empresas lidam com grandes desafios para engajar e ter o comprometimento de seus colaboradores para com seus objetivos e metas, o que,
por vezes, acaba se tornando um problema com repercussões sobre o clima organizacional. Nesse sentido, trabalhar estrategicamente a comunicação interna torna-se fundamental. É através da comunicação interna que podemos ter condições mais amplas e efetivas para resolver problemas nas organizações. Conhecendo o clima e mapeando os perfis e interesses dos colaboradores, é possível definir com mais clareza quais os canais de informação presenciais, ou não, serão implementados e para quais conteúdos se destinarão. Só assim teremos êxito com os esforços de comunicação interna, pois o envolvimento dos colaboradores de-
pende também do quanto estão informados sobre os planos de suas empresas. O grande desafio da comunicação interna é fazer com que haja um comprometimento de todos os colaboradores que compõem a estrutura organizacional. O engajamento interno é fator indispensável para uma empresa que almeja resultados positivos e sucesso. Costa ressalta que isso acontece quando o colaborador se percebe inserido dentro de atividades que lhe proporcionem oportunidades; quando o que ele faz, tem e produz sentido. Trabalhando desta maneira, o profissional desempenha sua função, mais motivado, agregando valores e acrescentando conhecimentos indispensáveis à empresa. Quando perguntado sobre o papel dos líderes de comunicação, Costa afirma que eles exercem papel crucial nos processos de comunicação interna nas organizações. “É fundamental que a liderança, em todos os níveis, faça a comunicação acontecer: escute, oriente, estimule, forme, dê feedbacks e tenha atitudes comunicantes com sua equipe. Hoje o mercado está crítico neste aspecto”, observa. Contudo, ter profissionais motivados, engajados e comprometidos com a comunicação interna e com a missão da organização, trará bons resultados e um futuro promissor. A comunicação interna quando estabelecida de forma correta, além de resultados positivos, torna o ambiente de trabalho mais harmonioso e agradável para todos que constituem a empresa.
Daniel Costa: a liderança em todos os níveis faz a comunicação acontecer DIVULGAÇÃO
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Embora o setor privado tenha desenvolvido maior expertise em comunicação interna, empresas e órgãos públicos são um terreno fértil para projetos voltados ao tema. Para a relações públicas, Mariela Portz, sócia da agência de Relações Públicas ‘Entre a Gente: Comunicação Estratégica’, a eficiência da gestão pública “está totalmente atrelada à existência de ferramentas e ações de comunicação interna”. A profissional teve passagens pela Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e pela Coordenação de Comunicação da Prefeitura de Lajeado, o que a faz crer que a comunicação interna contribui para a coesão interna, especialmente quando se trata de estruturas complexas como as que envolvem o setor público. “Precisamos urgentemente de práticas de comunicação interna pré-estabelecidas para a gestão pública”, acrescenta. A motivação, a produtividade e a satisfação dos funcionários são pontos cruciais para o bom desenvolvimento da organização e para isso é necessário que o gestor entenda a importância de fazer constantes avaliações sobre o clima organizacional para um diagnóstico assertivo da empresa. Pesquisas sobre o nível de satisfação no trabalho são importantes para que possamos mapear os aspectos que configuram o momento motivacional dos colaboradores. Através das pesquisas, criamos um canal de comunicação e essa atitude eleva bastante o índice de motivação. Afinal, a crença a respeito desta ação é de que a empresa “quer ouvir você”. Com o resultado da pesquisa de clima, temos condições de minimizar conflitos, apurar pontos fortes da organização, deficiências e ter conhecimento das aspirações e desejos do público interno. São, portanto, uma ferramenta que
Experiências de sucesso
Cases inspiram n Flavia Oliveira Raquel Reis
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ases são histórias de sucesso de uma empresa ou profissional e servem para mostrar o caminho percorrido para o alcance da vitória. Para um bom entendimento de como a comunicação interna funciona na prática, Imagem RP pesquisou cases de sucesso promovidos por empresas conhecidas no mercado: VIVO, AGCO e PAQUETÁ. VIVO - A marca VIVO foi lançada em 2003, e desde 2012 representa todos os produtos e serviços oferecidos pela Telefônica no Brasil. O objetivo da empresa é estimular diálogos, aproximar pessoas e mantê-las sempre conectadas. Com os funcionários não é diferente. Recentemente, para estimular ainda mais a integração e envolvimento interpessoal dos funcionários e potencializar os demais veículos de comunicação interna utilizados, a marca projetou o “Portal DayOff”. A ferramenta surgiu com o intuito de valorizar um be-
nefício chamado dayoff (dia de folga), que nada mais é do que um dia de folga dado no aniversário, ou dia de escolha do colaborador. Através do sistema, o empregado pode negociar diretamente com seu gestor a melhor data para tirar sua folga. Além disso, os funcionários podem parabenizar uns aos outros. Para facilitar o envio de mensagens, a página disponibiliza uma lista com nome e data dos aniversariantes da empresa. Na página inicial, ficam sempre evidentes os aniversariantes do mês vigente. Ao lado de cada nome, existe um botão que permite que as pessoas enviem um cartão de felicitação, enviado por e-mail. A ação foi bem aceita na avaliação dos gestores que observaram maior integração entre os colegas após o dia livre e as inúmeras mensagens recebidas. AGCO – A empresa, uma fabricante e distribuidora de equipamentos agrícolas, iniciou sua participação no mercado brasileiro em 1996. Oferece uma linha completa de produtos, incluindo tratores,
Comunicação interna, por onde começar? Os cases são exemplos de ações bem sucedidas e inspiram outros profissionais. Porém, cada empresa tem sua história. Assim, é fundamental o levantamento de informações que tenha por objetivo compreender os problemas da empresa, características culturais e os fatores que motivam seus colaboradores. A partir desse diagnóstico, começa o planejamento das ações que serão aplicadas. Imagem RP reuniu dicas que visam contribuir para a construção e gerenciamento de um bom clima organizacional, com impactos positivos na produtividade. Afinal, pessoas felizes determinam contextos felizes, segundo Analisa de Medeiros Brum, diretora da empresa Happy House e autora dos livros Endomarketing e Endomarketing como Estratégia de Gestão. Confira as dicas:
colheitadeiras, equipamentos para fenação e forragem, pulverizadores, equipamentos para preparo de solo, implementos e peças de reposição. O foco da AGCO é fornecer soluções de alta tecnologia para os produtores rurais que alimentam o mundo. Com base nisso, a empresa resolveu utilizar a tecnologia em ações de comunicação interna que têm por objetivo a inclusão social dos funcionários. O trabalho foi denominado “A Comunicação Interna como Estratégia de Inclusão Social” e venceu o prêmio SESI de Qualidade no Trabalho. Além disso, foi reconhecida como a segunda melhor cultura organizacional entre as empresas de grande porte atuantes no Brasil. O projeto buscou incluir os funcionários portadores de deficiência para que pudessem se interar das informações da empresa. Várias adaptações foram feitas nos canais de comunicação interna para torná-los acessíveis às diferentes limitações dos colaboradores. Por exemplo, a revista interna AGCO Terra passou a ter audiodescrição e foi en-
l Manter os funcionários atualizados sobre as mudanças da empresa, o progresso e os planos futuros, contribui para que se vejam desempenhando um papel relevante no caminho traçado pela empresa. Para isso, estimule a participação nas discussões, fazendo perguntas, comentários e mostrando que todas as ideias são bem-vindas.
tregue aos cegos. Já as reuniões de resultados começaram a ter tradução em Libras (Linguagem Brasileira dos Sinais). Segundo o Gerente de Recursos Humanos, Arno Duarte, a atitude é um reconhecimento à evolução do programa de inclusão de pessoas com deficiência na AGCO. “Além de incluir esses profissionais na empresa através da capacitação e contratação, agora estamos os envolvendo no dia a dia do negócio através da informação disponibilizada em canais de comunicação interna adaptados a cada deficiência”, diz ele em publicação no site da AGCO. Alinhamento Alinhar a comunicação interna com a estratégia organizacional é fator que contribui para experiências de sucesso. Para Shana Lima, graduada em Comunicação Social na Unisinos e coordenadora corporativa de comunicação interna na Paquetá, este é um requisito básico para um projeto de relacionamento com o público interno.
l Incentivar o compartilhamento de informações cria uma oportunidade ao funcionário de mostrar o que sabe, assim estará ansioso para se envolver nessa campanha, e o compartilhamento de informações será útil ao negócio. Pode ainda fornecer uma plataforma online para compartilhamento de conhecimento.
l Ferramentas online contribuem ainda para o acompanhamento do progresso de um projeto, a fim de que todos saibam o que resta a ser feito. Economiza tempo e ajuda a documentar o trabalho.
novos caminhos ARQUIVO PESSOAL
Shana Lima, coordenadora corporativa de comunicação interna da Paquetá
l Planejar eventos externos possibilita que os funcionários da empresa se conheçam verdadeiramente uns aos outros. Isso dá aos funcionários algo pelo qual ansiar, o que pode facilitar um melhor engajamento e uma comunicação mais forte. Planejar uma festa ou um happy hour depois do trabalho é uma boa opção.
l Evitar ruídos externos ou internos melhora a comunicação entre os colaboradores. Às vezes, o tom de voz tem de ser aumentado para poder escutar-se uns aos outros, trazendo muito estresse e desconforto. Não descarte a possibilidade de mudança de posição dos colaboradores, ou paredes com isolamento de som, por exemplo.
l Tornar criativo e atrativo o canal de premiação sobre metas, caso a empresa ofereça. Bônus estimulantes, como viagens, passeios, adequados às necessidades dos profissionais são atrativos e estimulam a participação.
l Adotar hábitos de responsabilidade social contribui para que o funcionário seja um agente de mudança dentro e fora da organização. Estimule a reduzir o gasto com folhas de papel, copos descartáveis, desperdício de água e outros materiais.
são classificadas em: institucional, que reforçam a filosofia organizacional; negócio, que trazem conteúdo de mercado, clientes, tendências, produtos e comerciais; gestão, onde circulam as comunicações relacionadas à eficiência dos processos internos; pessoas, por onde comunicamos assuntos de reconhecimento e motivação dos colaboradores. As organizações estão compreendendo a relevância de uma área que conheça profundamente o público interno e trabalhe focada no relacionamento entre a empresa e o colaborador. Como dica para os profissionais de relações públicas que desejam trabalhar com comunicação interna, Shana recomenda: “É preciso conhecer o público interno e a organização, além de pensar de forma estratégica com relação ao negócio. Isso tudo exige um profissional que conheça as características do mercado, que tenha intensa identificação com relacionamentos, goste de pessoas, de se relacionar e estabelecer vínculos”, observa.
l Informar sobre novos processos diminui a ansiedade dos colaboradores com relação a mudanças, como por exemplo, um novo sistema que tenha sido implantado na empresa, e que talvez gere certa resistência aos colaboradores.
l Valorizar a cultura organizacional mantém o funcionário integrado com os objetivos da empresa. Exponha isso através de textos, murais, palestras, auxílio visual, como fotos que reforçam a visão, a missão, valores, regras, benefícios, projetos bem-sucedidos e projetos voluntários da organização.
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Os colaboradores precisam conhecer onde a empresa quer chegar, quais são seus objetivos e assim entenderem o seu papel na organização, gerando um senso de pertencimento ao todo. “A comunicação interna é essencial para promover esta convergência, através de ações estratégicas e motivacionais que apoiem a gestão na geração de engajamento e, por consequência, gerem melhores resultados”, destaca a profissional. A estratégia de comunicação interna da Paquetá, por exemplo, parte de uma classificação das informações que circulam dentro da empresa e do nível de alcance que elas podem ter. As informações
Entidades de classe
Comunicação com ass
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T
odas as empresas hoje em dia têm um objetivo em comum: conquistar seus clientes. Porém, as organizações são muito mais do que simples geradoras de produtos ou empregos. Uma empresa abrange todo um contexto social, além de questões como sustentabilidade, legitimidade e credibilidade. Tratando-se de organizações, existem as entidades de classe, que são formadas por uma sociedade de empresas ou indivíduos sem fins lucrativos e que sobrevivem da prestação de serviços para seus associados. Alguns exemplos de entidades são: associações, cooperativas, sindicatos , federações e confederações. Para estas, legitimidade e credibilidade também são estratégicas, uma vez que representam os interesses de determinados segmentos da sociedade. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a representante maior das entidades de classe empresariais é a Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) que disponibiliza uma série de produtos e serviços que podem ser incorporados pelas entidades filiadas e oferecidos aos seus associados, agregando valor à relação. Estes benefícios são, por exemplo, descontos em cursos oferecidos pela Federasul, convênios com instituições médicas e odontológicas, cursos de inglês e missões empresariais para outros países. Isso fortalece as filiadas na busca da sua sustentabilidade e representatividade, além de contribuírem para o desenvolvimento econômico de cada região. Na avaliação da direção da entidade, as empresas que utilizam as ferramentas oferecidas pela Federasul potencializam seus negócios e geram conhecimento para seus empreendimentos. As entidades de classe se constituem dentro do espírito
do associativismo que nada mais é do que uma forma de afirmar valores e lutar pela melhoria dos interesses dos associados, defender o meio ambiente e promover a cidadania. As entidades desenvolvem um importante papel na sociedade, pois, através de suas ações, criam-se espaços que zelam pela ética profissional e pelo bem estar dos indivíduos. Daí a importância de um profissional de relações públicas dentro de uma entidade, visando apresentar aos seus associados os serviços e ações disponíveis, sua missão e valores. Este é o profissional focado na imagem e reputação das organizações, atuando na comunicação interna e externa. A ele, cabe planejar e divulgar eventos, desenvolver ações para apresentar os valores e visões da entidade, agindo ainda como um mediador entre ela, seus colaboradores e associados. Três entidades do Rio Grande do Sul, localizadas na Região Metropolitana de Porto Alegre, destacam-se pelo trabalho focado na comunicação com seus associados. São elas a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/ CB/EV), a Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul (AICSul) e o Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e Eletroeletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita (Simecan). As duas primeiras são associações, cuja filiação das empresas é feita de forma espontânea. Já o Simecan é um sindicato patronal que trabalha para fins de defesa e coordenação dos interesses profissionais dos empresários. O presidente do Simecan, Roberto Machemer, que atua na entidade há mais de vinte anos, explica que o papel de um Relações Públicas dentro da empresa é coordenar a melhor forma de comunicação com os diversos públicos. Para ele, este profissional agrega conhecimento, objetivando a realização das tare-
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Carolina De Zotti
Janete Regina Maino Diretora Executiva da AICSul fas propostas. Exemplo disso são os eventos vistos como oportunidade de comunicação e relacionamento. “A partir de um planejamento estratégico estabelecido pela entidade, alguns eventos foram agregados ao calendário anual, como o Happy Hour empresarial, que acontece todos os meses, a missão empresarial à Feira Industrial de Hannover, na Alemanha e a Ilha Simecan, na Mercopar, que acontece em Caxias do Sul”, destaca. Os demais eventos ocorrem de acordo com a necessidade apontada pelas empresas associadas, como foi o caso recente da palestra feita por um economista, que abordou a situação econômica no país e no mundo. A estrutura do Simecan é enxuta e conta com quatro colaboradores. Além destes, há a contratação de profissionais terceirizados na função de consultores. O Simecan representa cerca de 300 empresas na região onde atua e a comunicação é feita, basicamente, por e-mail e correspondência. O sindicato divide as atividades em dois tipos
de eventos. Os internos, onde somente participam a diretoria do sindicato e os representantes das empresas associadas, e os externos, abertos à participação de todos os interessados, sejam eles representantes de outras entidades, políticos, etc. Para isso, a entidade trabalha com um site, onde são postadas as principais informações de interesse das empresas associadas. Semanalmente é produzida uma newsletter encaminhada a todos os associados e também para um mailing formado por empresários, entidades de classe, políticos e jornalistas. Machemer enfatiza que, no caso da comunicação, por vezes, a entidade se depara com alguma dificuldade para obter determinado tipo de informação, sobretudo pela “falta de tempo dos entrevistados”, observa. Além disso, mesmo que este material seja produzido, existe uma certa dificuldade em criar o hábito da leitura por parte dos destinatários. “Para tanto, estas ferramentas de comunicação devem ser realmente atraentes.
sociados é estratégica
Caso contrário, corre-se o risco de não cumprir com sua finalidade”, avalia. Os eventos compõem também as ações de comunicação da entidade. A própria equipe do sindicato, sob coordenação do gerente executivo, está encarregada de formalizar os eventos. Uma secretária é responsável pelo envio dos convites, confirmações, contato com os palestrantes e preparação dos detalhes. No caso de eventos maiores, é acionado o assessor de comunicação do sindicato, que colabora com a formatação de textos e também fica responsável pela divulgação. Na avaliação do presidente do Simecan, em algumas situações seria interessante a presença de um profissional de RP, especialmente quando se tem a participação de autoridades, onde é preciso seguir um protocolo apropriado. Além disso, “a comunicação interna e externa certamente poderia ser beneficiada com a presença deste profissional”, reconhece. A diretora Administrativa e
Karin Schwartzhaupt Diretora Administrativa e Financeira da ACI-NH/CB/EV Financeira da ACI-NH/CB/EV, Karin Melita Wide Schwartzhaupt, que atua no cargo há 33 anos, enfatiza a importância do detalhe em cada evento realizado. Na entidade, que atende mais de 1.200 associados, há eventos fixos e com públicos bem definidos, bastando buscar o tema e o respectivo palestrante. Outros eventos surgem por demandas do público externo e dos próprios comitês da casa. Karin observa que os eventos realizados são de cunho empresarial e, eventualmente, cultural e social. Os eventos na ACI são separados e organizados por equipes. As reuniões são realizadas pela diretoria e pelos comitês, sob responsabilidade da secretária executiva. Já os eventos maiores são de ordem institucional, sendo organizados pela área do Marketing. Para Karin, a dificuldade maior é a de trazer o público quando os assuntos não são conhecidos. A Associação Comercial possui, hoje, 39 funcionários. Porém, uma boa parte da equipe é terceirizada. A comunicação
com seus associados é realizada pela área de Marketing e pela Assessoria de Imprensa. De acordo com Karin, são usados diversos meios de comunicação como o e-mail, site, revista, boletim técnico, folders, reuniões, murais e eventos. Com relação ao papel de um relações públicas numa entidade, Karin considera que o profissional é importante em razão da área ser bastante ampla e estratégica para as organizações. “O RP busca, trata e leva as informações do e para o mercado. Também é responsável pela comunicação interna. Toda a empresa precisa de um profissional desta área”, completa. A entidade conta com dois profissionais, sendo um para a área do marketing, e outro para a área comercial. Já a diretora executiva da AICSul, Janete Regina Maino, que trabalha no cargo há 29 anos, explica que a entidade possui um planejamento anual, com calendário de reuniões especificas. “A AICSul tem uma tradição de pioneirismo. Em 1976, já realizamos o Seminário do Se-
tor Coureiro na cidade de Gramado/RS. Atualmente, temos reuniões mensais, assembleias e outros eventos específicos com as entidades co-irmãs do setor”, observa. Com quatro funcionários, a AICSul atende 75 empresas ligadas ao setor de couro e curtumes. A comunicação da entidade com seus associados é através do Boletim Informativo, e-mails e contatos diretos. Para Janete, a maior dificuldade está no convencimento com empresas que têm hoje no corpo diretivo pessoas que não têm o espírito do associativismo. Ela mesma, formada em Relações Públicas, é responsável pela organização dos eventos, reuniões e encontros da entidade. Janete acredita que o relações públicas seja fundamental para todo tipo de entidade, uma vez que funciona como “um elo entre a entidade e seus públicos interno e externo. O RP filtra e trabalha com as informações da organização de uma maneira sensível e atuante para obter os bons resultados”,destaca.
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Roberto Machemer Presidente do Simecan
Motivação
Mais qualidade no ambiente de trabalho Cassiano Portalete
processos motivacionais, de forma que a motivação não se perca entre seus funcionários e que se sintam parte do processo de cumprimento da missão empresarial. Por isso, é importante a presença de profissionais especializados nessa questão, somado a uma política por parte da organização para lidar com fatores que levem à desmotivação dos colaboradores, inclusive daqueles situados em postos elevados do organograma. Neste sentido, programas de comunicação interna são estratégicos para socializar informação em todos os níveis, respeitando diferenças, mas buscando, ao mesmo tempo, sinergia de interesses. Afinal, os objetivos de ambos (organização e colaboradores) devem se encontrar para haver o rendimento esperado. A motivação é o que sustenta essa DIVULGAÇÃO
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otivação é incentivo, mais psicológico que físico. É aquele ideal perseguido por uma pessoa na busca por resultados que a satisfaçam. É como procurar algo que proporcione realização tanto pessoal, como financeiramente. Esse ponto depende do próprio funcionário que decide os objetivos que seguirá na sua carreira profissional. Comunicação e motivação caminham juntas. Quando a primeira é realizada eficientemente, a segunda naturalmente acontecerá sem maiores esforços. Motivação diz respeito a toda ação praticada pelo homem com satisfação, especialmente se ele vê nela uma finalidade a ser alcançada. Significa deste modo, agir por motivos ou razões que o estimulem a fazer melhor, mesmo perante as dificuldades. Para a professora Janine Kieling Monteiro, que atua no programa de pós-graduação em Psicologia da Unisinos, definir motivação é complexo, porque - dependendo da perspectiva teórica ou situação - as explicações serão no mínimo diferentes umas das outras. Ela entende, baseada também noutros autores como Dejours, que a motivação do funcionário virá se ele notar que seu trabalho está sendo reconhecido e tendo algum sentido para os resultados da empresa para a qual atua. Desta forma, motivar seria toda atitude desencadeada de dentro para fora numa pessoa, sendo uma reação interna do próprio individuo. É um processo que faz uma pessoa colocar-se em movimento para que uma determinada situação seja mudada. Seguindo essa prática, as relações públicas têm como uma de suas missões, transformarem a comunicação interna de modo
que ela faça dos empregados motivadores de si e de seus colegas. Outro fator importante é o grau de liberdade e confiança que a empresa deposita em seu funcionário e que refletirá diretamente no trabalho que realiza. Para o comunicador, a percepção positiva que o público interno tem sobre a empresa, é algo extremamente importante. Este tema é complexo porque lida com diversas variáveis que nem sempre são fáceis de identificar e estudar. Toda pessoa é capaz de ser motivada (estímulo externo) ou motivar-se por algo, mas nem por isso poderá chegar a um objetivo pretendido. Para Bergamini, autor do livro ‘Motivação nas Organizações’, tanto nas empresas como fora delas, qualquer pessoa carrega consigo suas próprias motivações. Este é o papel da organização: gerir
sintonia de interesses onde todos saem ganhando. Na opinião da professora Janine, um dos principais pontos que os gestores devem cuidar se desejam motivar seus empregados, é saber ouvi-los. Assim poderão entender o que os motiva, pois saberão o que os seus colegas e subordinados valorizam numa relação de trabalho. É uma rotina que deve acompanhar empregados e chefes sempre, uma vez que sua importância estratégica não deve ser esquecida. A conversação e a troca diária de informações são fundamentais no processo de motivação. Para a professora Janine, diálogo e feedback são de extrema relevância, pois têm, na boa comunicação, uma relação direta de causa e efeito. Quando as relações entre colegas, sejam eles superiores ou não, é transparente, aberta e coesa, as chances de se desenvolverem trabalhos ineficientes ou improdutivos reduzem sensivelmente. Ela ainda destaca que os canais de comunicação são importantes aliados, visto que possibilitam ao empregado a chance de dar sugestões e participar do processo de decisão, juntamente com seus superiores. Desta maneira cada um é motivado por razões diferentes, sejam elas relacionadas a ganhos, benefícios ou oportunidades de crescimento. A motivação não vai resolver todos os problemas da organização, mas sem dúvida garantirá a resolução da maioria deles, completa.
Professora Janine Kieling Monteiro/Unisinos: “ouvir é o primeiro passo para saber como motivar as pessoas”
Dicas de pesquisa
Saiba onde pesquisar para o seu TCC GIOVANA BORBA TALITA FRACALOSSI
N
l INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estu-
dos Interdisciplinares da Comunicação. A INTERCOM é um portal completo que você, estudante de Comunicação, precisa acompanhar. Além de divulgação de palestras e realização de Congressos, Seminários, lançamento de livros e revistas, você encontra produção científica de mestres, doutores, alunos e recém-formados em Comunicação. www.portalintercom.org.br/ l COMPÓS - Associação Nacional dos Progra-
mas de Pós-Graduação em Comunicação. A COMPÓS busca o fortalecimento dos cursos de pró-graduação em Comunicação. Organizando seminários, congressos, entre outras reuniões, a associação promove a cooperação entre diferentes instituições de ensino com o objetivo de estimular a produção científica da área. www.compos.org.br l ABRAPCORP - Associação Brasileira de Pes-
quisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas. Com apenas sete anos de existência, a Abrapcorp já apresentou importantes contribuições para o desenvolvimento teórico da área. Entre as atividades da associação, está a realização anual do Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e Relações Públicas. Cada edição do
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Comunicação Organizacional e Relações Públicas. A Revista Organicom tem sua publicação realizada semestralmente. Em cada edição aborda com profundidade um tema específico, organizado em forma de dossiê. A edição n° 10/11, publicada em 2009, apresenta o tema “Comunicação Organizacional e Relações Públicas: pesquisa, reprodução, aplicação”. A revista busca tratar da Comunicação Organizacional como um todo. Pesquisa, comunicação, conhecimento, informação e experiência em artigos muito bem escritos. www.revistaorganicom.org.br
l Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas - Margarida M. Krolling Kunsch (Difusão Editora). Essa obra busca atingir um amplo contingente de profissionais que precisam de suporte conceitual para sua atuação e se inserir no mercado de Comunicação Organizacional.
l BLOG COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL.
l Comunicação e Organização - reflexões,
O Blog Comunicação Organizacional foi criado com o intuito de contribuir e trocar ideias para a área de Comunicação Organizacional. Nele, estão disponíveis artigos de alunos da graduação em Comunicação Social, informações sobre áreas de interesse, referenciais bibliográficos, comentários de profissionais da área, colaboradores que disponibilizaram seu trabalho. http://comunicacaoorganizada.wordpress.com.
processos e práticas – Marlene Marchiori (Editora: Difusão Editora). Aborda a comunicação em diferentes processos e práticas. Trabalha a comunicação na construção e desenvolvimento da organização. Tema relevante também para os estudos sobre Comunicação Interna.
l SITE ABERJE – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. O site trabalha com Informação, Comunicação e Relacionamento. Consegue através de seu trabalho fomentar a aproximação e o relacionamento de empresas, instituições, gestores e pesquisadores que exerçam atividades relativas à Comunicação Empresarial e Organizacional. www.aberje.com.br.
LIVROS l Relações Públicas - História, teorias e estratégias nas organizações contemporâneas - Margarida M. Krohling Kunsch (Editora Saraiva). O livro de Margarida Kunsch reúne artigos sobre a Comunicação Organizacional e Relações Públicas no Brasil. O conteúdo está dividido em cinco partes, com textos elaborados por 19 autores diferentes, entre eles Roberto Porto Simões, Cicilia M. Krohling Peruzzo e a própria Margarida Kunsch. Destacamos a terceira e a quarta parte do livro que abordam na obra conceitos da área, estratégias, valores, cultura e aplicação nas organizações contemporâneas. Além de questões
l Endomarketing Inteligente – Daniel Costa
(Editora: Dublinense). O livro faz uma análise da evolução do conceito de endomarketing antes de propor um novo, sendo muito útil a acadêmicos e profissionais. Através de uma proposta dinâmica de autoconhecimento organizacional, Endomarketing Inteligente propõe à empresa pensar a si mesma de dentro para fora, reconhecendo suas potencialidades e forças interiores como diferenciais competitivos. Bibliotecas Digitais – Um campo de pesquisa com trabalhos acadêmicos e estudo de casos. Ideal para entender como é a construção da pesquisa acadêmica. Confira alguns endereços: l UNISINOS - www.unisinos.br/biblioteca l UFRGS - www.lume.ufrgs.br l UFSM - http://cascavel.cpd.ufsm.br/tede l PUC-RS - http://tede.pucrs.br l ULBRA - www.ulbra.br/bibliotecas/ Outra dica importante é estar atento e guardar a ementa da disciplina entregue pelo professor no início do semestre. As referências bibliográficas indicadas sempre serão uma contribuição de estudo, principalmente quando for hora de iniciar o trabalho de conclusão de curso.
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os últimos semestres da faculdade, quando se começa a sonhar com a toga, o diploma e a festa, só uma coisa consegue tirar o sono dos formandos: o Trabalho de Conclusão do Curso, o TCC. Além de ser uma avaliação do aluno, o TCC serve para promover a produção do conhecimento científico. A pesquisa realizada em Comunicação ajuda a ampliar e desenvolver a área, encorajando a troca de experiências e procurando responder a diversos questionamentos. Mas a vida não se resume ao TCC. Afinal manter-se atualizado é um desafio para alunos e profissionais da área. Pensando nisso, a Revista Imagem RP resolveu te dar uma mão. Reunimos as melhores dicas de pesquisa para agregar ao seu trabalho e deixá-lo a par do que o mercado e a academia estão discutindo. São sites, livros e revistas que podem ser utilizados como referência. Confira agora o que está sendo produzido na área.
evento foi consolidada com a organização de um livro, com trabalhos e discussões dos participantes. www.abrapcorp.org.br/site
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) ENDEREÇO: Avenida Unisinos, 950. São Leopoldo, RS CEP: 93022-000 Telefone: (51) 3591.1122 INTERNET: www.unisinos.br E-mail: unisinos@unisinos.br
ADMINISTRAÇÃO REITOR: VICE-REITOR: PRÓ-REITOR ACADÊMICO: PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO: DIRETOR UNIDADE DE GRADUAÇÃO: COORD. CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS:
Marcelo Fernandes de Aquino José Ivo Follmann Pedro Gilberto Gomes João Zani Gustavo Borba Erica Hiwatashi
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imagemrp A revista Imagem RP é uma produção dos alunos das disciplinas de Redação em Relações Públicas IV do Curso de Relações Públicas da Unisinos
TEXTOS ORIENTAÇÃO: profa Ms Tânia Almeida (taniasi@unisinos.br) Textos: alunos Amanda Marcolin Simon, Ana Paula Siqueira Ferreira, Bárbara Heck, Camila Longaray Alencastro, Carolina Klein de Zotti, Cassiano Josué da Silva Portalete, Cássio Ramiro Gradaschi da Silva, Débora Moschen Portz, Flávia Guimarães Oliveira, Giovana Catarina de Almeida Borba, Raquel Malaquias Reis, Renata Emanuelle Rauber, Suélen da Silva Pereira e Talita Santana Fracalossi
PROJETO GRÁFICO REALIZAÇÃO: turma 2010/2 da disciplina de Projeto Experimental em Planejamento Gráfico ORIENTAÇÃO: professor Everton Cardoso (evertontc@unisinos.br) PROJETO: aluna Gabriela Schuch
DIAGRAMAÇÃO REALIZAÇÃO: Agência Experimental de Comunicação (AgexCOM) DIAGRAMAÇÃO: jornalista Marcelo Garcia (marcelog@unisinos.br)
FOTO DE CAPA PRODUÇÃO: aluno Leonardo Savaris ORIENTAÇÃO: professora Beatriz Sallet (bsallet@unisinos.br)
PUBLICIDADE REALIZAÇÃO: ORIENTAÇÃO: SUPERVISÃO: PÁGINA 2:
Agência Experimental de Comunicação (AgexCOM) professoras Letícia Rosa (letirosa@unisnos.br) e Luciana Reis (lbraunr@unisinos.br) publicitário Robert Thieme (robertt@unisinos.br) Thaís Baracarolo (atendimento); Pedro Henriques dos Santos (direção de arte e arte-finalização); Morgana Morás e Adriano Andrade (redação) PÁGINA 19: Jessie Bühler (atendimento); Guilherme Vargas (direção de Arte); Gabriel Machado (redação) CONTRA-CAPA: Renata Saraiva (atendimento); Carlos Pivetta (direção de arte e arte-finalização); Vinícius Candaten (redação)