Defes
Agropecuária
Boletim Informativo da Defesa Agropecuária do Paraná
Curitiba, abril 2012.
Edição nº 01- Curitiba, abril de 2012.
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O ENFISA, Encontro de Fiscalização e Seminário sobre Agrotóxicos, é o principal fórum de discussão técnica sobre agrotóxicos no Brasil. Tem como objetivo integrar ações em todo o território nacional, garantindo a qualidade e a segurança sanitária dos alimentos produzidos em nosso país. Através do compartilhamento de informações e experiências, são debatidas ações e práticas que contribuam para o desenvolvimento sustentável da agricultura do Brasil. Em 2012, o ENFISA realiza sua 10ª edição, mantendo o padrão de seriedade, com excelência ética e profissional. São quatro eventos, sendo três a nível regional, conduzidos no formato de grupos de trabalho e um a nível nacional: o evento Norte ocorreu em ManausAM, no mês de março. No evento Sul/Sudeste/ Sudoeste, estiveram reunidos representantes das três regiões em Brasília-DF, no mês de abril. O evento nordeste acontecerá em Teresina-PI, no início de maio. O nacional acontecerá em Curitiba-PR, entre os dias 18 e 21 de junho, quando serão consolidados os resultados dos eventos regionais, com cursos e seminários, abertos ao público, e o Encontro Nacional de Fiscalização. O evento será no Hotel Four Points
e são esperados cerca de 400 participantes de todas as unidades da Federação. O ENFISA é uma realização da Coordenação Geral de Agrotóxicos e Afins (MAPA), em parceria com a CODESAV, SEAGRI-DF, ADAPI e SEAB. Conta ainda com o apoio da ABIFINA, AENDA, ANDAV, ANDEF, INPEV, SINDAG e CONFEA/ CREAs e organização da AGROPEC Consultoria. Mais informações : www.enfisa.com.br, pelo telefone 31 3466 2161 ou e-mail comunicacao.agropec@gmail.com.
SUMÁRIO Febre aftosa........................................................................... pág. 3 Ferrugem asiática - Vazio da soja..................................... pág. 5 Vespa-da-galha - eucalipto................................................. pág. 7 Formigas cortadeiras - Campanha....................................pág. 8 Formigas cortadeiras - Controle preventivo.................. pág. 12 CONESA - Raiva e Doença da Vaca Louca......................pág. 14 Mudas frutíferas ilegais.......................................................pág. 17 BHC em Cornélio Procópio................................................ pág. 19 Tecnologia aplicação de agrotóxicos............................. pág. 21 EXPOBEL............................................................................... pág. 27 Implantação SUASA/SISBI..................................................pág. 28 Supervisão de redação: Jornalista Vânia Casado, Seab. Apoio de layout e diagramação: Jornalista Amarildo Alba e Roseli Rozalim, Emater. Organização e diagramação: Andréa Jankosz, e-mail: avjns@seab.pr.gov.br, fone 41 3313 4159. Curitiba, abril 2012.
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Seab inicia nova campanha de vacinação contra febre aftosa vacinando apenas animais até os 24 meses
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Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) inicia uma nova campanha de vacinação contra febre aftosa que vai de 1 a 31 de maio. Será a primeira etapa da campanha de 2012, quando deverão ser vacinados somente os animais bovinos e bubalinos até os 24 meses, inclusive os recém nascidos. A expectativa é que sejam vacinadas cerca de 4,3 milhões de cabeças, 45% do rebanho total de 9,5 milhões registrados em novembro de 2011. A Seab chama a atenção dos produtores que o ato de vacinação contra febre aftosa se reverte em benefícios deles mesmos. O Paraná tem um importante papel na agropecuária do país e é considerado área livre de febre aftosa com vacinação desde 2000, gerando bons negócios aos produtores. A manutenção desse status e de novas conquistas daqui para frente depende, entre outras medidas, de se manter altos índices de vacinação nas campanhas de maio e novembro. Para manter a doença afastada do rebanho paranaense, além da Curitiba, abril 2012.
imunização que é feita semestralmente, a Seab tem a preocupação de evitar a entrada do vírus da febre aftosa, cuja ameaça tornouse ainda maior com as recentes ocorrências da febre aftosa no Paraguai. Diante dessas ocorrências, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Seab, reforçou a vigilância nas fronteiras internacionais. Essa operação contou com o apoio do Exército, o que permitiu intensificar as fiscalizações nos pontos de ingresso do Paraguai, nos municípios de Foz do Iguaçu, Santa Helena e Guaíra, onde todos os carros e caminhões passavam por inspeção e desinfecção. Paralelamente foi ampliada e reforçada a fiscalização volante nos municípios localizados ao longo da fronteira com o Paraguai e com a Argentina por meio de operações conjuntas com o Exército, Política Federal e Política Militar. O Paraguai não registrou novos casos de febre aftosa nos últimos meses, mas continua sendo importante manter os cuidados para Página 3
evitar a introdução do vírus da febre aftosa no Brasil. A Seab alerta os produtores e a sociedade em geral que o ingresso clandestino de animais deve ser denunciado e combatido para proteção de seus rebanhos. A Seab se mantém atenta para a vigilância de animais suscetíveis que entram no Paraná, oriundos de outros estados, fazendo a vistoria e cadastro de cada animal. Os técnicos e veterinários da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Seab que atuam nos postos de fiscalização sanitária e nas Unidades Veterinárias estão envolvidos nessa vigilância. COMPROVANTE Além de vacinar os animais, os produtores precisam comprovar a vacinação, por meio da entrega da nota fiscal de compra da vacina e do formulário do comprovante nas Unidades Veterinárias da SEAB, até o dia 31 de maio. As notas fiscais e comprovantes
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são fornecidos nas revendas de vacinas. No comprovante de vacinação deve ser relacionada corretamente a quantidade de animais existentes na propriedade e de animais vacinados, por sexo e por idade. A quantidade de animais informada no comprovante será cadastrada na Seab e deve ser exatamente igual à quantidade existente. Se o produtor não possuir bovinos ou búfalos com até 24 meses de idade, mesmo assim deve ser comprovado o rebanho existente em uma Unidade Veterinária da Seab. Os produtores que têm poucas cabeças de gado na propriedade podem se associar aos vizinhos para compra conjunta da vacina, mas a comprovação deve ser individual, informou a Defesa Sanitária Animal da Seab.
)Contribuição: Médico veterinário Walter Ribeirete, chefe da Área de Aftosa - Defis/ DDSA.
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Seca favorece queda de focos de ferrugem asiática na soja, mas Seab alerta produtor para evitar a doença
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o Paraná, na safra de soja 2011/2012 as ocorrências de ferrugem asiática, caíram drasticamente em função da estiagem prolongada, nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. O clima seco, não favoreceu a proliferação do fungo causador da doença, que causa sérios prejuízos Curitiba, abril 2012.
econômicos aos produtores, pela queda de produção e produtividade da cultura. O número de casos registrados no Estado este ano, foram 20 somente. A informação esta disponível no site do Consórcio Antiferrugem, da Embrapa, que acompanha a evolução da ferrugem asiática nos estados produtores de soja. Página 5
Apesar da baixa incidência de focos re- com os grãos de soja perdidos na colheita, gistrados, os produtores não devem descui- que devem ser eliminados da propriedade dar das medidas preventivas recomendadas. para que não germinem, observa Maria CeA Secretaria da Agricultura e do Abasteci- leste. Todas as medidas técnicas cabíveis e mento - Seab, alerta para a importância de necessárias devem ser tomadas para que se cumprir o período do vazio sanitário da não existam plantas vivas de soja durante o soja, entre 15 de junho a 15 de setembro. período do vazio sanitário. “Essas plantas Nesse período não pode haver plantio de provavelmente serão hospedeiras do fungo soja no Estado e, as plantas que crescem da ferrugem”, alerta. de forma voluntária devem ser eliminadas, A ferrugem asiática é uma doença muito recomenda a engenheira agrônoma Maria agressiva e reduz drasticamente a produção. Celeste Marcondes, da Defesa Sanitária Além disso, o produtor perde renda com a Vegetal da Seab. elevação dos custos de A preocupação e alerta produção, em função do da Seab é que, em havenaumento do número de Seab alerta para a
do condições favoráveis à aplicações de fungicidas importância de se proliferação do fungo, com nas lavouras. É preciso cumprir o período o clima característico dos lembrar que o aumento da do vazio sanitário meses de verão, com altas aplicação de fungicidas da soja, entre 15 temperaturas e umidade, a causam prejuízos também de junho a 15 de doença pode se manifesao meio ambiente com o setembro. Nesse tar agressivamente, e prouso abusivo de produtos. período não pode vocar perdas econômicas Nos últimos dois anos, haver plantio de às lavouras de soja no Pao clima tem sido muito fasoja no Estado e raná, com prejuízos aos vorável a não proliferação as plantas que produtores, cooperativas e do fungo durante a safra crescem de forma indústrias que dependem normal de soja, e as ocorvoluntária devem do grão como matéria-prirências de focos registraser eliminadas. ma, caso os produtores dos tem sido bastante bainão estejam atentos. xas, o que tem sido muito De acordo com a técnica, o vazio sanitá- bom. Contudo, o problema da ferrugem é rio da soja é uma medida fitossanitária que ainda um grande fator de risco, portanto, semtem a finalidade de evitar a proliferação do pre é divulgado e salientado que os produtofungo da ferrugem asiática. Ela explica que res estejam alertas e conscientes do probleos produtores devem tomar consciência da ma. Não descuidem!!! importância desta medida a eles próprios, e eliminar toda e qualquer planta viva de soja Contribuição: Engenheira agrônoma Mano período estabelecido. ria Celeste Marcondes, chefe da Área de Outro cuidado que o produtor deve ter é Grandes Culturas, Defis/DDSV.
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Monitoramento e controle da Vespada-galha (Leptocibe invasa) em eucalipto no Paraná
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o dia 13 de março de 2012, estiveram reunidos no Centro Nacional de Pesquisas Florestais -CNPF – da EMBRAPA, em Colombo – PR, Pesquisadores do Centro, Fiscais Agropecuários Federais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e Fiscais Estaduais da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abascimento do Parana – SEAB-PR, para discutirem e abordarem sistemas de monitoramento da Praga Vespa-daGalha do Eucalipto, e de ações a serem tomadas nas detecções e comprovações da mesma. O Dr. Leonardo Barbosa apresentou e caracterizou a praga, mostrando a sua distribuição no mundo, e a provável chegada do inseto no Brasil, mostrando a provável distribuição e avanço da praga nos estados produtores de eucalipto. Dissertou sobre os Sintomas e Danos, e os possíveis prejuízos que podem advir do ataque da praga na eucaliptocultura nacional. Ressaltou que no momento não existe Agrotóxico Registrado para utilização no controle, e que a pesquisa esta estudando a ação de diferentes princípios ativos, sendo recomendada a destruição de mudas atacadas e queima do material infectado. Na região de origem da vespa-da-galha existem parasitóides que realizam o controle biológico e mantém o equilíbrio populacional da praga. A Engenheira Agrônoma Dirlene Aparecida Rinaldi, da SEAB, Núcleo Regional de Maringá discorreu sobre a interceptação da Praga em um Viveiro da Região, e as medidas adotadas visando a eliminação do foco junto ao viveiro. Curitiba, abril 2012.
Ficou definida a necessidade de adoção de medidas visando monitorar a ocorrência da praga e sua distribuição no estado, para avaliação da dimensão do problema e a real situação. Serão mapeados os viveiros de produção de mudas, e obrigando-os a realizar o monitoramento da praga com armadilhas adesivas amarelas, que serão monitoradas pelos fiscais da Seab, na diferentes regiões. O Engenheiro Agrônomo Marcilio Martins Araújo, da área de sanidade florestal da Secretaria da Agricultura, apresentou os diferentes projetos relacionados a sanidade florestal no estado do Paraná, e as ações que vem desenvolvendo em parceria com a Embrapa, no monitoramento do Percevejo Bronzeado do eucalipto, praga também recentemente introduzida no estado, e também da ações do monitoramento e controle da Vespa-da-madeira na cultura do Pinus. Na reunião apresentou-se as ações que serão demandadas principalmente na Página 7
capacitação dos agentes fiscais, e responsáveis técnicos, visando disseminar práticas de manejo silviculturais, e principalmente nas ações de monitoramento da ocorrência das pragas florestais, e buscar conhecimentos na identificação de possíveis epizootias nas populações das pragas, e dessa forma interagir com os pesquisadores na identificação de formas de controle menos impactante aos sistemas florestais. Contribução: Engenheiro agrônomo Marcílio Martins Araújo, ULSAV de Palmas, Defis/DDSV.
Foto: detalhe de mudas com galhas.
Seab promove campanha de prevenção, controle e combate a formigas cortadeiras
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Secretaria de Estado da Regional de Engenharia e Agronomia Agricultura e do Abastecimento (CREA-PR), regional de Apucarana, que foi (Seab), através do seu Núcleo direcionada a engenheiros agrônomos, Regional de Apucarana, o Instituto Emater e médicos veterinários e técnicos agrícolas da a Prefeitura do município de Apucarana SEAB, EMATER e iniciativa privada. Além da estão promovendo uma palestra houve visita a campanha cujo objetivo campo para a principal é a orientação verificação do de técnicos e produtores problema e orientação rurais quanto à prática de controle legislação e métodos de através do uso de prevenção e controle de iscas formicidas. formigas cortadeiras. Na primeira etapa da A segunda etapa campanha houve a Palestra do Engenheiro Agrônomo Antonio ocorreu no dia 01 de realização de uma de Padua Andrade Salvado (Emater). março de 2012. Nesse palestra sobre dia o Engenheiro morfologia, hábitos, identificação e métodos Agrônomo Amarildo Luiz Passarin, da SEAB de controle desses insetos. A palestra foi de Apucarana, proferiu uma palestra sobre proferida pelo Biólogo e Engenheiro legislação e métodos de prevenção e controle Agrônomo Antonio de Pádua Andrade de formigas cortadeiras aos produtores rurais Salvado, do Instituto Emater, no dia 25 de da comunidade do Barreiro, município de novembro de 2011, no auditório do Conselho Apucarana. Além dos agricultores, estiveram Curitiba, abril 2012.
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Palestra aos produtores rurais da comunidade do Barreiro, município de Apucarana.
presentes o Chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Claudomiro Rodrigues da Silva, o Gerente Regional da Emater, Geraldo Sincero Sobrinho, o Coordenador Regional da Área de Sustentabilidade da Emater, Eng. Agr. Adenir de Carvalho, o Diretor de Projeto de Meio Ambiente da Secretaria do Meio Ambiente e Turismo de Apucarana, Satio Kayukawa e o Eng. Agr. Rafael Broggi Gênero Atta (saúvas)
• 3 pares de espinhos dorsais; • coloração avermelhada; • operárias grandes (até 1,5 cm); • ninhos grandes com terra solta.
Domingues de Oliveira, da Secretaria Municipal da Agricultura, Indústria e Comércio de Apucarana. Estima-se que existam entre 15 e 20 mil espécies de formigas. No entanto, apenas algumas são cortadeiras, aproximadamente 250 espécies. As formigas cortadeiras são assim chamadas porque cortam folhas, flores e ramos tenros, além de coletarem cereais e levá-los para os seus ninhos. Porém, ao contrário do que comumente se pensa, elas não se alimentam desse material, mas utilizam-no para cultivar o fungo Leucoagaricus gongylophorus, e é esse fungo que serve de alimento para elas. As formigas cortadeiras compreendem 2 gêneros: Atta, do qual fazem parte as saúvas, e Acromyrmex, do qual fazem parte as quenquéns. Existem maneiras simples de diferenciar os dois gêneros, através de características morfológicas. Gênero Acromyrmex (quenquéns)
• 4 a 5 pares de espinhos dorsais; • coloração marrom clara a preta; • operárias pequenas (0,8 a 1,0 cm); • ninhos pequenos ou montículos
Estas formigas, que antes eram comuns apenas na região noroeste do Paraná, estão migrando para o norte e outras regiões do Estado e se tornando motivo de preocupação para os agricultores do Vale do Ivaí. Elas causam prejuízos às pastagens, hortas, pomares, jardins, áreas de reflorestamento e em culturas como cana-de-açúcar, milho, mandioca, algodão, etc. Além disso, seus ninhos podem provocar acidentes com animais e equipamentos e causar danos ao solo. Curitiba, abril 2012.
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Visita a um formigueiro na fazenda Valéria em Apucarana. Da esquerda para a direita: Eng. Agr. Rafael Broggi Domingues de Oliveira, da Secretaria Municipal da Agricultura, Indústria e Comércio de Apucarana; Eng. Agr. Adenir de Carvalho, Coordenador Regional da Área de Sustentabilidade da Emater e o Biólogo e Eng. Agr. Antonio de Padua Andrade Salvado, da Emater.
Em relação à legislação, a Lei no 11.200/ 95 estabelece que a Defesa Sanitária Vegetal é instrumento fundamental para a produção e produtividade agrícola e, por consequência, compete ao Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a definição e execução das normas para o Paraná. Esta lei estabelece ainda que a Defesa Sanitária Vegetal deverá ser efetuada através de programas, projetos e campanhas de prevenção, controle e combate de pragas, doenças de vegetais e partes de vegetais e de plantas invasoras, bem como pela imposição de regras e normas que estabeleçam procedimentos fitossanitários e práticas culturais. Neste sentido, a Resolução SEAB no 12/90 institui o Programa Estadual de Combate às Formigas Cortadeiras e a Resolução SEAB no 123/87 determina a obrigatoriedade da adoção de práticas de controle das formigas cortadeiras pelos responsáveis diretos e indiretos pelas propriedades rurais. Ressalte-se que o Decreto Estadual no 3287/ 97, que regulamenta a Lei no 11.200/95, estende as medidas de controle também às áreas urbanas. A Resolução SEAB no 123/87 determina também que o Departamento de Fiscalização - DEFIS - adote medidas punitivas aos seus infratores, que consistem em advertências, cobranças compulsórias dos serviços que tiverem que executar no combate às formigas cortadeiras, e inclusive, Curitiba, abril 2012.
formalização de denúncias às Delegacias de Polícia competentes, com base no disposto no artigo 259 do Código Penal que trata do crime de difusão de doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação ou animais de utilidade econômica. Além disso, de acordo com a Lei no 11.200/95 e o Decreto no 3287/97, o proprietário autuado estará sujeito a pena de multa, cujo valor pode variar de R$ 50,00 (cinquenta reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), proibição de comércio, interdição da propriedade agrícola e vedação ao crédito rural e acesso a programas oficiais do Estado. Quanto ao controle, é importante que seja feito de maneira integrada, pois as formigas não respeitam cercas nem divisas de municípios. Também é importante fazer o primeiro combate antes de iniciar qualquer atividade no local escolhido para plantio. Além disso, deve-se dar atenção a todos os formigueiros, pequenos e grandes, localizados dentro da área e também aqueles localizados nas divisas e nas áreas de reservas. Procure percorrer até 100 metros de distância ao redor das áreas de plantio. Embora existam outros métodos de controle, o uso de iscas formicidas granuladas à base de sulfluramida e fipronil tem sido o mais indicado por ser eficiente e o mais viável do ponto de vista operacional, econômico, social e ambiental. No caso das saúvas, a quantidade necessária de iscas é determinada em Página 10
função da espécie e da área de terra solta do sauveiro, que é obtida multiplicando-se o maior comprimento pela maior largura do formigueiro. Para as formigas quenquéns as doses podem variar de 5 a 20 gramas de iscas por quenquenzeiro. Porém, neste caso, recomenda-se fazer um cinturão de 6 metros nas bordaduras da área tratada, colocandose uma dose de 6 gramas de formicida a cada 4 metros.
Recomenda-se que as iscas sejam colocadas próximas aos olheiros de abastecimento e ao lado dos carreiros ou trilhas. Não se deve colocá-las dentro dos olheiros nem no meio das trilhas. Para proteger o produto e aumentar a segurança dos seres humanos e animais, pode-se colocá-lo em porta-isca apropriado ou cobrilo com algum tipo de material como telha ou bambu, por exemplo.
Engenheiro agrônomo Amarildo Passarin. Outras recomendações que devem ser observadas: ü Fazer primeiro o controle de saúvas e depois das quenquéns; ü Fazer o controle somente em formigueiros ativos; ü Não aplicar produtos em dias chuvosos; ü Colocar a isca protegida da umidade; ü Não tocar a isca com as mãos ou com material que exale cheiro; ü Usar luvas de PVC e colher dosadora para manusear o formicida; ü Lavar as mãos e o rosto sempre que utilizar isca formicida; ü Não fumar, comer ou beber durante a aplicação da isca formicida; ü Antes de usar o produto leia atentamente o rótulo, a bula e a receita e conserveos em seu poder; ü É obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual; ü É obrigatória a devolução de embalagem vazia. O Departamento de Fiscalização (Defis) da Seab coloca-se à disposição da assistência técnica e dos produtores rurais para orientações que se façam necessárias e para o acolhimento e atendimento a denúncias. Contribuição: Engenheiro agrônomo Amarildo Passarin, NR Seab Apucarana. Curitiba, abril 2012.
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CONTROLE PREVENTIVO DE FORMIGAS CORTADEIRAS
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fundação de novos ninhos de
saúvas e quenquéns ocorre por revoada de reprodutores
produzidos durante o verão, a partir do mês de outubro. De acordo com o engenheiro agrônomo Wilson Reis, da Embrapa Florestas, em Colombo, os ninhos iniciais das saúvas são identificados por “cachimbinhos” ou “chaminezinhos” de terra,
Foto do “Cachimbinho” do ninho de saúvas
construídos pelas formigas até cerca de três meses após a fundação do ninho. Nesta época do ano é possível encontrar este tipo de ninho e eliminá-lo com auxílio de uma pá ou uma enxada, pois se eliminando a rainha o ninho não seguirá seu desenvolvimento. Em áreas maiores, pode-se optar pela utilização
da aração e gradagem, o que expõe os ninhos aos predadores e também elimina boa quantidade de ninhos por ação mecânica dessas práticas agrícolas, pois ainda estão a uma profundidade de apenas 15 a 20 cm. No caso das quenquéns, os ninhos novos também estarão muito pequenos e superficiais, cobertos por um monte de cisco, sendo mais facilmente eliminados nesta época do ano. Quando os ninhos de saúvas crescem, podem alcançar uma profundidade de mais de 8 metros, tornando-se de difícil controle. O mesmo se pode dizer das quenquéns, que
Foto Ninho de monte de cisco construído pelas quenquéns.
Curitiba, abril 2012.
os ninhos quando mais velhos, podem atingir até 1,80 metro de diâmetro. Depois da fase
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Foto de Rainha de saúva.
do “cachimbinho” o controle desse ninho fica muito difícil, restando apenas o controle com isca formicida granulada, aplicando-se uma quantidade de 5 gramas para cada trilha localizada. Lembramos que não se deve colocar isca sobre a trilha das formigas e sim ao lado da trilha, o que aumenta a chance da isca ser carregada mais rapidamente pelas formigas.
Foto de ninho inicial de saúvas a uma profundidade de 25 cm. Contribuição: Engenheiro agrônomo Wilson Reis, Embrapa Florestas - Colombo Curitiba, abril 2012.
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Reunião do CONESA Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária
Marco Antonio Teixeira Pinto, Chefe do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária; Norbeto Ortigara, Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento; Aurelino Menarin, Secretário Executivo do CONESA e Daniel Gonçalves Filho, Superintendente do MAPA.
O Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), presidido pelo secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, reuniu-se na segunda-feira (12), em Curitiba, para discutir a nova resolução sobre o cadastro de agrotóxicos – em vigor no Paraná desde o dia 26 de dezembro de 2011. Durante o encontro, também foram apresentadas avaliações sobre a situação da raiva em bovinos no Estado e a posição do Brasil em relação às doenças da vaca louca e scrapie (que atinge ovinos e caprinos). A resolução sobre o cadastro de agrotóxicos permite que as indústrias de agrotóxicos que têm produtos já liberados para o mercado pelo governo federal possam comercializá-los no Paraná. Apesar da simplificação dos procedimentos, a engenheira agrônoma Celia Regina Nascimento, do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis), disse que as indústrias deverão atender as normas da Agência Nacional de Curitiba, abril 2012.
Vigilância Sanitária (Anvisa), que exige testes detalhados para verificação de resíduos de agrotóxicos nos alimentos. Segundo Ortigara, a iniciativa de revisar a lei de agrotóxicos buscou atender a carência de agricultores sem acesso a produtos mais novos e eficientes lançados pela indústria, vendidos normalmente em outros estados. Segundo o secretário, os bons agricultores vinham sendo penalizados com a perda de competitividade diante de outros que recorriam ao contrabando. Havia restrições excessivas para o registro de novos agrotóxicos, principalmente os indicados para as lavouras de mandioca, arroz e frutas. Consequentemente, as empresas não investiam para registrar os produtos no Paraná. A medida foi bem recebida pelos membros do Conesa. Para o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Gustavo Lopes, o produtor rural se via impedido de trabalhar com produtos de qualidade por falta de registro. Página 14
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egundo Ortigara, a nova resolução busca atrair o investimento de empresas que querem registrar produtos mais seguros dos que existem atualmente, com menos toxicidade e que provocam menos danos ao meio ambiente. Ele destacou que a secretaria está se esforçando no sentido de fazer valer as boas praticas de produção em sintonia com o governo federal, para estimular as empresas interessadas em investir no registro de novos produtos. “A Secretaria vai continuar trabalhando para que as dosagens, misturas e carências dos produtos atendam as normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura”, disse o secretário. “Essa é a nossa preocupação, e vamos seguir fiscalizando o uso excessivo de agrotóxicos”, acrescentou. Outra linha de trabalho adotada pela secretaria é orientar o produtor para que faça o Manejo Integrado de Pragas (MIP), em que o agrotóxico só deve ser aplicado quando for verificada a infestação de pragas e doenças e na medida que estejam provocando danos econômicos. “É mais racional e reduz o custo de produção”, explicou o secretário.
Curitiba, abril 2012.
Raiva em bovinos A médica veterinária Elzira Jorge Pierre (foto), responsável pela área de raiva do Defis, apresentou um relato sobre a situação da raiva em bovinos no Paraná – doença transmitida por mordidas de morcegos hematófagos contaminados. Segundo ela, a Secretaria da Agricultura constatou uma situação atípica na incidência da doença na região Norte do Estado, que neste ano registrou o maior número de casos, enquanto em anos anteriores não registrou circulação viral. Em todo o Estado, foram notificados 50 casos de raiva bovina em 44 focos detectados. Apenas na região de Londrina foram registrados 21 casos. Em Ponta Grossa, onde a incidência era maior nos anos anteriores, foram notificados somente quatro casos nos dois primeiros meses deste ano. Em 2011, foram 45. De acordo com a médica veterinária, para que o Defis possa acompanhar os casos e adotar as medidas profiláticas que a situação exige, é necessário que as ocorrências sejam registradas nos Núcleos Regionais da Secretaria de Agricultura (são 21 em todo o Estado) ou nas Unidades Locais de Sanidade Animal e Vegetal (ULSAV). “É responsabilidade do produtor comunicar à secretaria a presença de abrigos de morcegos em suas propriedades ou nas de seus vizinhos para que possamos controlar a evolução dos casos”, alertou. Estão cadastrados na secretaria 919 abrigos de morcegos em 164 municípios. A maioria fica nas regiões Sul e Central. Esses abrigos podem ser bueiros, casas Página 15
abandonadas, ocos de árvores, e cavernas, entre outros.
A tendência é que o Brasil, que nunca registrou casos da doença da vaca louca,
Para evitar a doença nos animais, a
seja alçado a país de risco insignificante,
secretaria recomenda a vacinação contra a
situação que melhora o cenário para as
raiva bovina. Segundo a médica veterinária,
exportações de carne bovina. “Atualmente,
a doença não tem cura e, uma vez
a doença da vaca louca é a segunda barreira
contaminado, o animal morre. E pode se
sanitária que mais prejudica as exportações
transmitida dos animais para os homens,
de carne de um país”, disse a veterinária.
levando-os também à morte. “A vacina é
A técnica alertou o Conesa para que se
eficaz e barata, custa menos de R$ 1 por
envolva na conscientização dos produtores,
cabeça e funciona muito bem”, esclareceu
que devem evitar o uso de cama de aviário
Elzira.
como alimentação para animais – pois os
Nos animais de criação, a vacinação é
resíduos de animais são agentes causadores
feita a partir dos três meses de idade, com
das doenças priônicas que afetam o cérebro
reforço após 30 dias e depois uma vez por
dos animais ruminantes.
ano. Proprietários das áreas em que tenham
No Paraná, o uso de cama de aviário
sido identificados os casos de raiva bovina
como alimentação de animais está proibido,
devem vacinar seus rebanhos e também os
e o produtor que infringir a legislação pode
animais domésticos. “Embora não haja
sofrer multas pesadas e abate de seus
campanha de vacinação contra a raiva, ela
animais. Segundo Elzira, os Conselhos
é recomendada nas regiões endêmicas”,
Municipais de Sanidade Agropecuária
disse a veterinária.
(CSAs) devem alertar os produtores para que evitem essa prática. Para ela, somente a fiscalização, educação e a informação vão ajudar o Estado e o País a alcançar uma
Doença da Vaca Louca De acordo com Elzira Pierre, a
classificação melhor, que ajude os produtores a exportarem mais seus produtos e subprodutos de origem animal.
Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) deverá fazer, em maio deste ano, uma nova avaliação de risco do Brasil para a incidência da Encefalopatia Espongiforme Bovina (mais conhecida como doença da vaca louca) e do scrapie (outra doença priônica que afeta os animais ruminantes).
Curitiba, abril 2012.
Contribuição: Vânia Casado, jornalista SEAB.
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Fiscais da Seab apreendem e destroem mudas frutíferas ilegais no sudoeste do Paraná
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Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná destruiu na última semana cerca de mil mudas clandestinas que estavam sendo comercializadas no município de Verê, no oeste do Estado. As mudas vinham de Sapiranga, no Rio Grande do Sul e eram oferecidas diretamente nas propriedades dos agricultores. Os vendedores ambulantes passavam pela manhã, ofereciam a mercadoria, quando havia interesse anotavam o pedido e depois retornavam à tarde para fazer a entrega. Esta é uma forma de burlar a fiscalização, uma vez que eles não apresentavam a documentação necessária que deve acompanhar a carga. Sem origem de procedência, mudas e sementes não podem ser vendidas. Para esse tipo de comércio é preciso ter cadastro no Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM), documento obrigatório obtido junto ao Ministério da Agricultura; apresentação de nota fiscal; Termo de Conformidade de Mudas; Certificado Fitossanitário de Origem e a Permissão de Trânsito de Vegetais. Curitiba, abril 2012.
A apreensão foi feita pelos engenheiros agrônomos Eduardo Martins Portelinha e João Fernando Guarienti, da DFI (Divisão de Fiscalização de Insumos) da Secretaria da Agricultura, Núcleo de Franciscol Beltrão. Eles chegaram até os vendedores por meio de denúncia anônima. De acordo com os fiscais, a falta dos documentos é uma evidência de que as mudas foram introduzidas de forma clandestina e ilegal em território paranaense. “Essas mudas provavelmente são descarte de viveiros sem registros e podem trazer pragas e doenças de difícil controle, ou mesmo pragas que não existem no Paraná”, esclareceu Eduardo Portelinha. Os ambulantes de Sapiranga vendiam mudas florestais, ornamentais e frutíferas (principalmente cítricas e rosáceas, como pêssego, nectarina e maçã).Depois de conversarem com vários agricultores os técnicos estimam que mais de 20 mil mudas clandestinas foram comercializadas só no município de Verê, nas últimas semanas. Eduardo Portelinha destaca que o objetivo da fiscalização da Secretaria da AgriculPágina 17
tura é evitar que a população adquira mudas de qualidade duvidosa , pois elas podem disseminar uma série de doenças. Para conquistar a clientela alguns vendedores agiam de má-fé, aproveitando inclusive da ingenuidade das pessoas. “ Um agricultor nos relatou que esses vendedores fizeram propaganda enganosa dizendo que tinham mudas de "morango em árvore" ou "eucalipto para plantar no banhado", disse o agrônomo da Seab. Os técnicos da DFI fazem um alerta aos consumidores. Quando desejarem adquirir mudas, procurem comerciantes registrados no Ministério da Agricultura e fiscalizados pela Secretaria da Agricultura, pois nesses estabelecimentos eles terão garantias e poderão voltar para reclamar seus direitos caso
Curitiba, abril 2012.
as mudas não estejam a contento. Já quando a compra é feita na comunidade, na propriedade rural ou na porta de casa, como aconteceu no município de Verê, dificilmente isso poderá ser feito. Eduardo Portelinha lembra ainda que muitos agricultores pagam por essa mudas clandestinas preços superiores aos praticados num viveiro legalizado. “Quem compra de clandestino só tem prejuizo. Alguns vendedores cobram até R$ 30 por muda, enquanto que no mercado legalizado essa mesma muda pode custar R$ 8. Mas nesse momento não estamos nem questionando o valor das mudas e sim a qualidade dela”, acrescentou o técnico da Seab. Contribução: Jornalista Vânia Casado, Seab.
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Eliminação do BHC inicia na região de Cornélio Procópio Propriedade rural em Assaí mantinha 2,5 toneladas de produtos estocados há mais de 20 anos
N
a última sexta-feira (23), no município de Assaí, foi realizado o primeiro recolhimento na região de Cornélio Procópio de BHC e/ou outros agrotóxicos proibidos por lei, autodeclarados ao Governo em 2009. A ação faz parte de uma iniciativa do Governo do Paraná por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, IAP (Instituto Ambiental do Paraná), SEAB (Secretaria da Agricultura e do Abastecimento) e Emater, além de representantes do setor privado InpEV, Sistema Ocepar e Sistema FAEP, que se reuniram para viabilizar o cadastramento, recebimento, transporte e destinação desses produtos. O presidente do Sindirural (Sindicato dos Produtores Rurais de Cornélio Procópio), Floriano Leite Ribeiro e o vice-presidente, Marcos Geraix, marcaram presença na ação. O Projeto teve início em 2009, quando os agricultores tiveram a oportunidade de declarar a existência desses produtos em suas propriedades rurais com respaldo de uma Lei Estadual que os isentou de quaisquer sanções cíveis, penais ou administrativas, relacionadas à posse desses agrotóxicos. Os produtores rurais ou instituições paranaenses que declararam a posse do produto deverão devolvê-los a 20 armazéns espalhados pelas regiões do Curitiba, abril 2012.
Produtos sao ancodicionados, primeiramente, em sacos plásticos
Estado que foram licenciados para receber temporariamente os produtos. Segundo Carla Paiva, coordenadora do projeto na região, a ação visa retirar do campo agrotóxicos obsoletos, em especial os organoclorados, cuja fabricação, comercialização e utilização estão proibidas por lei no Brasil. “Só na região de Cornélio, que compreende 23 municípios, temos em torno de 100 toneladas de produtos estocados. Estes produtos são extremamente persistentes e não se degradam facilmente no ambiente. Eles contaminam solo, água, plantas, animais e o próprio homem e ainda, se acumulam nas camadas gordurosas do organismo e ao longo de toda a cadeia alimentar”, salientou. Página 19
O recolhimento de 2,5 toneladas de produtos agrotóxicos ocorreu na propriedade do Sr.Fernandes Koguishi, que mantinha o material estocado desde 1985, quando o uso foi proibido por Lei nacional. “Na década de 60 usávamos este produto sem nenhuma proteção, inclusive, com as próprias mãos. Não sabíamos dos riscos que estávamos correndo”, explica o agricultor. Ele se mostrou satisfeito com a ação e aliviado ao se desfazer, depois de vários anos, destes produtos altamente tóxicos. “Sem a parceria, a união e colaboração de todos, com certeza não conseguiríamos solucionar este problema e o maior responsável e beneficiado por esta ação é o próprio produtor rural que armazenou com zelo, por vários anos, este produto e fez a auto-declaração ao Governo Estadual”, completou Carla. Para o acondicionamento e transporte dos produtos aos armazéns temporários, foram distribuídos diretamente aos produtores rurais, kits de segurança personalizados contendo sacos de acondicionamento, EPIs completos, folhetos explicativos sobre os procedimentos da operação, com os locais para devolução e cópia de uma licença especial emitida pelo IAP (Instituto Ambiental
Produtos sendo carregados no veículo. Curitiba, abril 2012.
Kit de segurança para manipulação dos produtos. do Paraná) para transporte do material, que deverá ser apresentada na devolução juntamente com a via da auto-declaração feita em 2009. Será fornecida ao agricultor, no ato da devolução, uma certidão atestando que os produtos foram devidamente entregues ao Governo do Estado e que os envolvidos estão isentos de responsabilidades. Entre os meses de março e julho, cerca de 2 mil agricultores e instituições paranaenses, que declararam a posse de mais de 600 toneladas de produtos em diversas regiões do Estado. Após a devolução aos armazéns temporários, os produtos serão encaminhados para a incineração, um processo de destruição térmica realizado sob alta temperatura e utilizado para o tratamento de resíduos de alta periculosidade, ou que necessitam de destruição completa e segura. “Sem dúvida nenhuma, o destino final adequado para estes produtos será um bem enorme para o ambiente”, concluiu Carla Paiva, coordenadora do projeto na região de Cornélio Procópio. Contribuição: Enga Agrônoma Carla Paiva, NR SEAB Cornélio Procópio. Matéria da jornalista Laiz Auriglietti. Página 20
Treinamento em tecnologia de aplicação de agrotóxicos na cultura de cana-de-açúcar
Fig. 1 - Treinamento realizado pelos Engeheiros Agrônomos Ralph Rabello Andrade (DEFIS/DFI), Amarildo Luiz Passarin (DEFIS/DDSV) e Nelson Harger (EMATER).
A SEAB/DEFIS e o Instituto EMATER realizou 2 treinamentos na empresa Renuka Vale do Ivaí S/A, no município de São Pedro do Ivaí, atendendo a 53 funcionários, entre Engenheiros Agrônomos, técnicos e operadores de pulverizadores, nos dias 22 e 23 de março de 2012 (Fig. 1). Em função de alguns problemas associados à deriva de agrotóxicos aplicados na cultura da cana-de-açúcar e que atingiram culturas vizinhas, houve Curitiba, abril 2012.
necessidade de se elaborar um treinamento específico para os aplicadores de agrotóxicos nessa cultura. O uso de agrotóxicos na cultura da canade-açúcar está restrita, principalmente, às equipes de trabalho das usinas de açúcar e álcool, o que facilita o acesso a treinamentos em tecnologia de aplicação de agrotóxicos pelos órgãos oficiais de fiscalização e assistência técnica.
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No treinamento, além dos aspectos legais referentes à aplicação de agrotóxicos, foram avaliadas as condições dos equipamentos de pulverização da empresa tais como distribuição da calda ao longo da barra da pulverização (Fig. 2.a) e as consequências do uso de pressão de pulverização distinta daquela recomendada em receita agronômica (Fig. 2.b). O aumento da pressão provoca gotas mais finas que as recomendadas, aumentando o risco de deriva. Após regular o pulverizador foi feita avaliação do tamanho das gotas ao longo da barra de pulverização, mostrando a efetividade das técnicas apresentadas (Fig. 3). a) Distribuição da pulverização
b) Tamanho de gotas
Figura 2. Avaliação da distribuição do volume distribuído ao longo da barra de pulverização (a) e tamanho das gotas quando submetidas sob pressões diferentes (b).
Figura 3. Avaliação do tamanho das gotas em 4 pontos da barra de pulverização após calibração do equipamento.
Em 2011, o Estado do Paraná produziu 52 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em uma área aproximada de 650 mil hectares. Mesmo considerando-se a taxa de expansão da área da cultura ocorrida nas últimas 5 safras, sua área ocupada tende a estabilizarCuritiba, abril 2012.
se em níveis abaixo de 750 mil hectares na próxima década. No ano de 2011 foram emitidas 17.409 receitas de produtos agrotóxicos para uso na cultura da cana-de-açúcar no Estado do Paraná, de acordo com o Sistema de Página 22
Eng. Agr. Amarildo Passarin, NR SEAB de Apucarana. Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Estado do Paraná (SIAGRO). Relativamente à classe do produto, houve maior recomendação do uso de herbicidas
que, juntamente com espalhantes adesivos e adjuvantes, representou mais de 90% das recomendações de agrotóxicos para a cultura, conforme figura 4.
Figura 4. Quantidade recomendada de agrotóxicos para a cultura da cana-deaçúcar, no Estado do Paraná, durante o ano de 2011, conforme classe de produto. Fonte: Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Estado do Paraná (SIAGRO).
Em relação à sazonalidade da comercialização de agrotóxicos e herbicidas para a cultura da cana-de-açúcar, verifica-se que houve sazonalidade tanto de agrotóxicos em geral quanto de herbicidas em particular no período compreendido entre agosto e janeiro, conforme fig.5. Curitiba, abril 2012.
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a) Total
b) Herbicidas
Figura 5. Sazonalidade da comercialização de agrotóxicos (total) e herbicidas na cultura da cana-de-açúcar no Estado do Paraná no ano de 2011. Fonte: Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Estado do Paraná (SIAGRO).
É importante salientar que grande parte dos princípios ativos herbicidas utilizados na cana-de-açúcar são altamente persistentes e móveis no solo e, devido à forte correlação entre a época de maior aplicação e o período de maior intensidade de chuvas, um adequado Planejamento Conservacionista, considerando um eficiente controle do escorrimento superficial de água e da erosão do solo, é essencial para a
necessária proteção do ambiente, sobretudo relativamente à contaminação das águas superficiais e lençóis freáticos. Dos herbicidas mais utilizados na cultura da cana-de-açúcar, destacam-se os ingredientes ativos Glifosato, Diurom, Hexazinona, MSMA, Ametrina, Thebuthiuron, 2,4-D e Clomazone, representando mais de 92% do volume recomendado para essa cultura, conforme tabelas 1 e 2.
Tabela 1. Quantidade de herbicidas recomendados para a cultura da cana-de-açúcar, no Estado do Paraná, durante o ano de 2011, conforme ingrediente ativo. Ingrediente Ativo Glifosato Diurom + Hexazinona MSMA Ametrina Tebuthiuron 2,4-D Hexazinona Clomazone Diurom Clomazone + Hexazinona Clomazone + Ametrina Outros Total
Quantidade 307.875 31,70% 205.366 21,10% 134.479 13,80% 65.579 6,70% 52.315 5,40% 39.750 4,10% 34.332 3,50% 24.643 2,50% 19.673 2,00% 7.385 0,80% 3.860 0,40% 76.433 7,90% 971.691 100,00%
(Kg/L) 120.208 90.938 58.296 12.342 26.987 28.208 30.238 16.602 6.078 3.779 762 59.962 454.400
Área (ha) 26,50% 20,00% 12,80% 2,70% 5,90% 6,20% 6,70% 3,70% 1,30% 0,80% 0,20% 13,20% 100,00%
Fonte: Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Estado do Paraná (SIAGRO).
As tabelas 1 e 2 mostram a baixa variedade de produtos utilizados na cultura da canade-açúcar, o que torna mais simples a tecnologia de aplicação, por não haver necessidade de grande variabilidade nas recomendações de aplicação (pressão de pulverização, tipos de pontas de pulverização, volume de calda, etc.). Curitiba, abril 2012.
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Tabela 2. Principais ingredientes ativos recomendados para a cultura da cana-de-açúcar no Estado do Paraná no ano de 2011, as principais marcas comercializadas e observações pertinentes para cada ingrediente ativo. Ingrediente Ativo
Marca Comercial
Observações importantes para aplicação
Glifosato
Trop Roundup
O uso de água barrenta diminui a ação do produto.
Diurom
Velpar
A pulverização deverá produzir um tamanho médio de gotas de 420 a 520 µm; Intervalo de Segurança de 150 dias.
Hexaron Hexazinona
Velpar
A pulverização deverá produzir um tamanho médio de gotas de 420 a 520 µm;
Discover
Uma única aplicação durante a safra; Cana objeto de aplicação deste herbicida não poderá ser ut ilizada para aliment ação animal.
MSMA
Volcane
Apenas 1 (uma) aplicação por safra; Não aplicar em dias nublados.
Ametrina
Tebuthiuron
Clomazone
Gesapax
Não aplicar nas rebrotas de touceiras de braquiária e capim-colonião;
Sinerge
tamanho médio de gotas de 200 a 300 µm.
Combine
Tamanho médio de gotas de 200 a 300 µm;
Butiron
Para a rotação de culturas deve-se aguardar um período de 24 meses após a última aplicação.
Gamit
O diâmetro médio das gotas deve ser de 450 µm;
Discover
Uma única aplicação durante a safra; Não aplicar a menos de 800 m de girassol, milho, hort as, pomares, ...
2,4-D
Aminol
Tamanho médio de gotas: acima de 200 µm;
DMA
O produto não pode ser misturado com óleo.
Fonte: Bulas dos produtos.
Uso de agrotóxicos A aplicação de agrotóxicos que atinge área e cultura distinta daquelas recomendadas em receita agronômica chama-se deriva. Todo agrotóxico que não atinge seu alvo (determinada planta daninha, inseto, doença, etc.) sofre do fenômeno da deriva. Quando a deriva ocorre com agrotóxico que causa efeito tóxico em lavoura vizinha, o agricultor prejudicado pode realizar reclamação junto ao Departamento de Fiscalização da SEAB. Se houver identificação da deriva e relação entre causa (aplicação) e efeito (fitotoxicidade), o responsável pela má aplicação será autuado. Curitiba, abril 2012.
Palestra do Eng. Agr. Ralph R. Andrade, Seab/DEFIS/DFI, Apucarana Deriva por agrotóxicos sempre é resultado de uma aplicação ineficiente e as principais causas dessa ineficiência são: a) o desrespeito às recomendações da bula e da Receita Agronômica; Página 25
b) a falta de manutenção dos equipamentos de pulverização; c) a falta de treinamento ao aplicador,e são exatamente essas causas que deseja-se eliminar no treinamento elaborado por Seab/Defis e Emater. Uma prescrição adequada, através de Receita Agronômica, sempre deve preceder uma correta aplicação de agrotóxicos. Informações detalhadas relativas à tecnologia de aplicação como dosagem, pressão de pulverização, tipo de ponta (bico) de pulverização, tamanho de gota e condições climáticas (temperatura, umidade relativa e velocidade do vento) devem constar na Receita Agronômica e devem ser seguidas pelo usuário. Porém, de nada adianta seguir as orientações da receita se os equipamentos para pulverização não passarem por manutenção periódica ou se o aplicador não for capaz de entender as recomendações da receita.
Conclusões São poucos os princípios ativos utilizados em grandes quantidades na cultura da canade-açúcar no Estado do Paraná, o que torna o trabalho de uma prescrição técnica correta (receita agronômica) uma atividade menos trabalhosa e difícil. Grande parte desses ingredientes ativos são muito persistentes e móveis, o que é importante quando se compara com a qualidade do manejo do solo agrícola onde essa cultura está instalada e a área total que a cultura da cana-de-açúcar ocupa no Paraná. Sob essas circunstâncias não se pode trabalhar a fiscalização sobre o uso de agrotóxicos de forma dissociada da fiscalização sobre o uso do solo agrícola e da fiscalização sobre a qualidade da água superficial das microbacias onde a cultura da cana-de-açúcar predomina.
Curitiba, abril 2012.
Nota-se um problema generalizado da qualidade das prescrições técnicas, através de receitas agronômicas com falta de informações referentes à(s) tecnologia(s) de aplicação correta(s) dos agrotóxicos recomendados, assim como sua falta de clareza, dificultando o entendimento daqueles que, em tese, deveriam lê-las e aplicá-las à risca. Também há um problema generalizado de falta de manutenção adequada dos equipamentos de pulverização, notadamente dos filtros de linha e pontas gastas, normalmente causados pela má qualidade da água utilizada na pulverização e pela baixa frequência de substituição das pontas. Recomenda-se um programa de treinamento sobre legislação de agrotóxicos, com foco na receita agronômica, para os profissionais que as prescrevem para a cultura da cana-de-açúcar, sobretudo aqueles que trabalham para usinas de açúcar e álcool. Também se recomenda um programa de treinamento sobre tecnologia de aplicação para os profissionais que realizam prescrições agronômicas e para aqueles que executam as aplicações.
Engenheiro agrônomo Nelson Harger, Emater, no treinamento com produtores.
Contribuição: Engenheiro Agrônomo Ralph Rabelo Andrade, fiscal DFI, NR SEAB de Apucarana.
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SECRETÁRIO NORBERTO ORTIGARA NA EXPOBEL 2012
A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná SEAB-PR esteve representada junto com a Claspar e o Iapar, no módulo (tenda) do programa Avança Paraná (Secretaria de Assuntos Estratégicos) na 25º EXPOBEL realizada de 09 à 18 de março de 2012 no Parque de Exposições do município de Francisco Beltrão, evento que ocorre a cada dois anos e que reúne segmentos industriais, comerciais e principalmente agropecuários. Foram 503 expositores no total, sendo considerada uma das maiores exposições do Estado do Paraná, neste ano houve um novo recorde de público com 271.514 visitantes (55.412 visitantes num único dia). O espaço da SEAB foi visitado por agropecuaristas, estudantes, autoridades municipais e estaduais alem do público em geral, na ocasião os funcionários da SEAB, Claspar e Iapar deram explicações ao público sobre atividades desenvolvidas pelos órgãos, bem como distribuíram folhetos informativos dos respectivos órgãos. Curitiba, abril 2012.
Na foto, o Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento Norberto Ortigara, o Chefe do Núcleo Regional da Seab de Francisco, Beltrão Neri Munaro e funcionários da Seab, Claspar e Iapar, prestigiando o evento.
Equipe Seab que atendeu ao evento. Contribuição: Eng. Agrônomo DDSV Núcleo Regional de Francisco Beltrão Edson Marcos Maurício. Página 27
CARTA DA REGIÃO SUDOESTE PARA A AGROINDUSTRIALIZAÇÃO A Região Sudoeste do Estado do Estado do Paraná, tradicional produtora de matéria prima agropecuária, sofreu ao longo do tempo com a falta de investimentos no setor, exportando esta mesma matéria prima, permitindo que outros locais agregassem valor. Recentemente, com o crescimento da cadeia da Bovinocultura de Leite houve um efeito positivo na agroindustrialização resultando na criação de um número expressivo de pequenas e médias indústrias. O setor da carne também se solidificou com as grandes indústrias, principalmente na avicultura, necessitando de apoio para as pequenas e médias indústrias, ligadas às cadeias produtivas da suinocultura, bovinocultura, caprino/ovino e piscicultura. As cadeias de Olericultura e Fruticultura também estão em fase de ampliação e com um número expressivo de produtores de suco de uva e vinho. Em encontro realizado em 27 de outubro de 2011 em Francisco Beltrão, na Região Sudoeste do Paraná, cujos focos principais são as cadeias produtivas do leite e da carne, e posteriormente os outros sistemas, houve a tomada de decisão de iniciar o processo de implantação do Sistema SISBI/SUASA. Esta disposição envolve os compromissos de definir encaminhamentos regionais na área de abrangência da AMSOP, uma vez que os municípios individualmente têm dificuldade de implementar um sistema de inspeção. Para que o processo chegue a bom termo, há necessidade de apoio das entidades envolvidas no processo. Reunidos nesse evento, consideraram que: 1 – O futuro de muitas comunidades rurais depende do desenvolvimento de iniciativas na agroindustrialização; Curitiba, abril 2012.
2 - As pequenas e médias agroindústrias encontram dificuldades em avançar, pela falta de política de investimentos, pela tributação injusta e pelo sistema de inspeção inadequado a sua realidade; 3 – Há um número expressivo de agroindústrias, constituídas, legalizadas que precisam evoluir; 4 – Há um grande número de agroindústrias na informalidade que necessitam emergir desta condição; 5 – Há a necessidade de estimular a inovação nestas agroindústrias para produzir com diversidade e qualidade, condição essencial para sua evolução; 6 - Estas pequenas indústrias têm alto retorno social, dinamizam a economia, e permitem que os municípios menores sejam incluídos no processo; 7 – A região tem alto potencial turístico e estas iniciativas preparam as condições para que esta atividade altamente agregadora de valor, e de baixo impacto ambiental, se desenvolva.
Médico veterinário Horácio Slongo, chefe do SIP/POA da Seab/Defis. Página 28
8 – A região destaca-se pela produção de alimentos de origem animal e vegetal. Na área vegetal é expressivo o número de produtores de sucos de uva e vinho que necessitam apoio. Tendo em vista estas considerações, solicitaram apoio para: 1 - Desenvolver ações visando a implantação do SISBI/SUASA no âmbito dos 42 municípios da área abrangida pela AMSOP – Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná. 2 - Destinar recursos financeiros para estruturar o serviço de inspeção na região; 3 - Destinar recursos para a adequação, consolidação e melhoria das agroindústrias que decidirem entrar no processo; 4 - Privilegiar o apoio às formas cooperativas de atuação; 5 - O apoio e recursos para equipamentos adequados e adaptados à realidade das pequenas e médias agroindústrias, tais como resfriadores, fábricas de gelo, pasteurizadores e outros para serem disponibilizados em forma de comodato a estas formas associativas, com contra-partida dos beneficiários; 6 - Destinar recursos para capacitação dos profissionais para trabalharem na inspeção, agroindustrialização e organização; 7 - Apoio ao intercâmbio com outras regiões e paises para buscar informações e alternativas para as nossas agroindústrias; 8 - Capacitação dos produtores rurais e agroindústrias; 9- Gestionar junto ao MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que delegue aos estados e municípios a inspeção e controle de sucos e vinho.
Contribução: Medicos veterinários Aurelino Menarin, secretário executivo do Conesa e Horácio Slongo, chefe do SIP/POA da Seab/Defis. Curitiba, abril 2012.
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