Jornal Mercosur - Síria

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Terrorismo contra Síria completa dois anos pesar de contar com intenso apoio externo, os bandos armados e mercenários que lutam para derrubar o governo de Bashar alAssad na Síria não têm muito a comemorar nesta sexta-feira, dia em que "festejam" dois anos do início das operações terroristas para por abaixo o governo do país, à semelhança do que foi feito na Líbia. O Exército Árabe Sírio mantém sob seu poder a capital do país, Damasco, e diferentes partes da Síria, apesar de mais de 70 mil mercenários terem penetrado o país e terem dominado algumas pequenas partes do território sírio. Para auxiliar os terroristas, o Reino Unido e a França pediram o fim do bloqueio do envio de armas à Síria, a fim de permitir que países da União Europeia possam fornecer mais armamentos aos terroristas que lutam contra a Síria. Já foi amplamente divulgado pela mídia anti-imperialista que esses dois países fornecem ajuda militar no terreno, com pessoal dedicado a auxiliar militarmente os bandos armados e mercenários. Os bandos armados recebem material bélico a partir de seus aliados regionais, Arábia Saudita e Catar, que repassam aos terroristas material estrangeiro enviado ilegalmente por outras nações, como Israel, Turquia, Estados Unidos e países europeus,

como provam diversas apreensões de armas feitas pelo Exército Árabe Sírio. A intenção destes países em derrubar o governo de Bashar al-Assad é abrir caminho para o cerco militar e diplomático do Irã e para o início uma nova intervenção contra o país persa, que já se veria isolado na região com a derrubada de seu aliado sírio. Abriria espaço também para uma ação ainda mais incisiva da rede terrorista Al-Qaida no Oriente Médio, criando mais uma base de apoio ao movimento salafista. Com a queda de Bashar alAssad, os Estados Unidos e seus satélites na região estariam livres para impor um governo títere e também ampliar a pressão contra o Irã e grupos anti-imperialistas da região, como o Hezbolá, no Líbano, que em conjunto com outras forças progressistas do país tenta evitar que Israel aprofunde ainda as ameaças que faz contra o Líbano. Dois anos de conflitos criados a partir de protestos civis, à semelhança do que aconteceu na Líbia, serviram para lançar a Síria em uma situação aguda de crise humanitária, com pelo menos 2 milhões de menores de 18 anos em situação de desabrigo e extrema necessidade, segundo relatos da Unicef. O conflito também fez com que milhares de pessoas deixassem suas cidades e procurassem refúgio em nações vizinhas. Vermelho com agências EXPEDIENTE O Jornal Mercosur é uma publicação do Movimento Democracia Direta do Paraná, Brasil. Coordenador: José Gil Editor: Fernando Marques Diagramação: Carla Regina Publicação: Jornal Água Verde. Rua Brasílio Itiberê, 3333 - Curitiba, Brasil. www.marchaverde.com.br jornalaguaverde@gmail.com

Entidades brasileiras manifestam solidariedade à Síria e ao presidente Bashar Al Assad Ao Exmo. Sr. Dr. Bashar Al Assad MD. Presidente da República Árabe da Síria As entidades abaixoassinadas vem a público manifestar total apoio e solidariedade à heroica luta do povo árabe sírio contra as potências ocidentais, aliadas às corruptas monarquias árabes, que desejam destituir um governo legítimo e soberano, através das forças das armas e da atuação de mercenários estrangeiros que promovem ataques terroristas e massacres contra a população civil síria. O que está em jogo nesta guerra de agressão à Síria é impedir a solidariedade do povo sírio à honrada resistência palestina; os esforços para a devolução das Colinas de Golã (ocupadas ilegalmente por Israel) e a tentativa imperialista e sionista de colocar no governo um fantoche,

como fizeram em diversos países, para defender a política criminosa e genocida de Israel e EUA no mundo árabe. Enviamos nossa saudação a todos os valorosos combatentes das Forças Armadas da Síria, heróis mundiais da liberdade, desejando que a paz volte a reinar no país e que os mercenários estrangeiros retornem a seus países de origem derrotados e humilhados. Respeitosamente, - Movimento Democracia Direta do Paraná - Brasil - Associação Cultural Sírio-Brasileira - Curitiba - Jornal Água Verde Curitiba - Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz - Associação Cultural José Martí-Paraná - União Paranaense dos Estudantes - Partido Comunista do Brasil - Curitiba

-Partido Comunista Brasileiro - Instituto Brasileiro de Estudos Islâmicos - Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná - Instituto Nacional de Formação Camponesa Adelino Ramos - Federação Democrática Internacional das Mulheres - Confederação das Mulheres do Brasil - União Brasileira de Mulheres - Al Nur Gazeta Árabe Brasileira - Federação de Entidades Americano-Árabes - Partido Pátria Livre Comitê Brasileiro de Solidariedade à Síria - Grupo de Trabalho Árabe-São Paulo - Comitê Árabe Brasileiro de Solidariedade-Paraná - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - União da Juventude Comunista - União da Juventude Socialista - União Paranaense dos Estudantes Secundaristas


Síria - Até quando? Abdo Dib Abage Cônsul Honorário – PR/SC Presidente Bashar Al Assad

Em maio de 2007, fui convocado pelo Ministério das Relações Exteriores da Síria, para realizar um plebiscito em Curitiba a fim de referendar a escolha do nome do Presidente Bashar Al Assad, que havia sido reeleito pelo Parlamento da República Árabe da Síria composto por 250 membros, para um novo mandato de sete (07) anos, conforme determina a constituição daquele país, que tenho a honra de representar perante os Estados do Paraná e Santa Catarina. A finalidade do plebiscito é saber se a nação aprova ou não a eleição realizada pelo Parlamento e essa consulta é feita a toda a população incluindo todos os países de imigração síria ao redor do mundo. Quanto ao resultado da consulta em Curitiba, dos 597 votantes, tivemos uma aprovação de 99,5% (noventa e nove e meio por cento) ao nome do Presidente Bashar Al Assad. E o mesmo ocorreu em praticamente todos os países, incluindo a Síria, que contabilizou 97,62% (noventa e sete, e sessenta e dois por cento) dos votos. É possível que de uma hora para outra a nação se volte contra o seu Presidente como aconteceu a partir de março de 2011, em episódio que o mundo rotulou hipocritamente

como uma extensão da Primavera Árabe? Descendente de sírios que sou, e tendo visitado a Síria por seis (06) vezes sendo a última em setembro de 2010, e como de costume percorrendo todos os seus quadrantes, mormente a cidade de Alepo - onde encontram-se meus parentes – posso afirmar que não conheci país em todas as minhas andanças pelo mundo, que me proporcionasse maior segurança e tanta fartura em riquezas históricas e culturais. O crime que algumas nações ocidentais estão cometendo em fornecer armamento a verdadeiras milícias formadas por mercenários, a exemplo do que ocorreu no Iraque – hoje um país esfacelado – não é somente um crime contra a Síria e seu povo, mas também um crime contra a Humanidade, tendo em vista situar-se esse país no berço da civilização e no coração da gloriosa Mesopotâmia. É possível que de um momento para o outro, o povo sírio, vivendo uma fase esplendorosa em sua economia, em suas conquistas sociais, em seu engajamento com o mundo contemporâneo mormente o Brasil, quisesse se envolver em uma aventura da qual ninguém sabe o desfecho, colocando em risco todas as

conquistas já realizadas até o presente? A Síria, é bom que se diga, não está em guerra civil. A Síria está sofrendo uma guerra de invasão estrangeira, com mercenários vindos de vários países, portando armamento de última geração, armamento esse que o povo sírio jamais possuiu e que com certeza não domina o seu manejo. A intromissão de países estrangeiros nos assuntos internos da Síria e seu povo é inaceitável e não se justifica em hipótese alguma. A Organização das Nações Unidas que foi criada para intermediar assuntos de tal relevância, mais uma vez se omite face ao que acontece na Síria, e quando o faz é para dizer amém as “ordens” dos países invasores que continuam fornecendo armamento aos “rebeldes”, no intuito de esmagar a Nação Síria e todo o seu povo. Lembremo-nos do Iraque e suas “armas de destruição em massa”. Ninguém foi capaz de impedir a bárbara invasão da coalizão dos países ocidentais. Muito menos a Organização das Nações Unidas, cada vez mais inoperante e desmoralizada nessa área. Que Deus proteja a Síria e seu povo, já que ninguém mais é capaz de fazê-lo.

Nascido em Damasco, em 11/09/1965, casado com filha de sirios, pai de tres filhos. Bashar al-Assad veio de uma família muito envolvida com política, sendo seu pai o expresidente da Síria, Hafez Al Assad. Ele estudou medicina em sua cidade natal e depois foi para Londres concluir os estudos, especializando-se em oftalmologia. Bashar, homem de diálogo e diplomata nato, converteu-se no herdeiro político de seu pai, que viria a falecer em 10 de junho de 2000. Bashar al-Assad tornou-se então General do Estado Maior e Chefe Supremo das Forças Armadas Sírias. Nomeado candidato único pelo Partido Árabe Socialista Baath para a Presidência da República, foi eleito mediante referendo em 10 de julho de 2000, tomando posse em 17 de julho. Bashar al-Assad foi reeleito em um referendum convocado no dia 27 de maio de 2007 onde conseguiu 97% de aprovação. No dia 25 de junho de 2010, iniciou uma série de viagens pela América Latina, visitando Cuba, Venezuela, Brasil e Argentina para incrementar a integração comercial e cultural desses países com a Síria.


Síria agradece aos BRICS por impedir ataque do ocidente Alta funcionária do regime sírio agradeceu aos países do grupo BRICS, na 6ª-feira, pelo apoio que, segundo ela, impediu a intervenção militar ocidental e a destruição do país. Bouthaina Shaaban, conselheira do Gabinete de governo do presidente Bashar alAssad, disse a jornalistas em New Delhi que Damasco é muito grata ao Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. “Graças a Deus, há Rússia, China, Índia e Brasil, nos BRICS, que, pelo menos, têm conseguido introduzir racionalidade no que acontece hoje na comunidade internacional. Sem esses países, a Síria já teria tido o destino que teve a Líbia” – disse ela. Shabaan, que se reuniu com o ministro de Relações Exteriores da Índia Salman Khurshid, está viajando pelas capitais dos países do bloco BRICS, organizando o apoio

Presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, unidos no apoio à Síria ao governo do presidente Bashar al-Assad da Síria. “A Síria é extremamente grata à posição equilibrada dos países BRICS, e pelo apoio que tem dado ao povo e ao governo da Síria, mas parece-me que poderiam assumir posição mais proativa, na luta para en-

contrar uma solução para a crise na Síria,” disse ela. “Parece-nos necessário que esses grandes países falassem mais na direção de por fim à violência e à agressão em curso contra os sírios e a Síria. Por muito que já tenham feito, os países BRICS, creio, podem

fazer ainda mais.” Rússia e China — países que são membros permanentes e votam no Conselho de Segurança da ONU – têm-se oposto muito eloquentemente contra o uso da força e qualquer intervenção externa para superar a crise na Síria,

o que tem frustrado os EUA e seus aliados. Moscou absolutamente não aprova a decisão de Washington de fornecer armas e apoio logístico às gangues armadas da oposição ao regime sírio, e continua a resistir aos norte-americanos, que querem ‘mudança de regime’ antes de que se iniciem conversações entre o governo e a oposição política. A enviada do governo sírio ao ocidente atacou firmemente também os movimentos ‘diplomáticos’ e de propaganda ocidental que visam a forçar a derrubada do presidente Assad. Disse que “esses países que querem ‘mudança de regime’ à força, na Síria, são os mesmos que querem a destruição da Síria”. Fonte: Times of India (in AntI NATO) - Tradução: Vila Vudu

Armas e munições europeias são encontradas com mercenários que agem na Síria A revista austríaca de notícias Profil afirmou que foram encontradas nas mãos dos grupos armados - mercenários - na Síria diversas armas, munições e granadas de fabricação de vários países europeus. A revista publicou recentemente um relatório em que lista granadas de fabricação suíça, armas de assalto austríacas de munições ucranianas encontradas em posse dos insurgentes. Profil informou, ao recordar que países como a Arábia Saudita e o Catar geriram a compra de armas de distintos países para apoiar os rebeldes sírios, que a companhia austríaca Steyr Mannlicher também foi encontrada envolvida neste conflito, já que os insurgentes usam seu fuzil de assalto ‘Steyr AUG’. Na notícia, publicada nesta segunda-feira, mencionouse também que as munições haviam sido vendidas à Arábia Saudita, enquanto as granadas de fabricação suíça tinham sido entregues aos Emirados Árabes Unidos;

entretanto, não houve informes sobre os fuzis austríacos. Segundo a revista, os Estados Unidos, apesar de estar a par desses acontecimentos, preferiu permanecer em silêncio. Profil recordou também que o envio das armas aos grupos armados na Síria só deteriora a situação no país, já que entre os insurgentes encontram-se criminosos que estão assassinando e saqueando o povo, além de mercenários de diversas nacionalidades. Desde meados de março de

2011, a Síria vive fortes distúrbios e matanças indiscriminadas, planejadas desde o exterior; uma situação crítica que se agudiza com o correr dos dias, devido a incessantes atos de violência protagonizados pelos terroristas, que buscam uma intervenção militar estrangeira. A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que durante a crise síria, cerca de 70 mil pessoas já perderam a vida. Entretanto, o governo sírio, presidido por Bashar al-Assad, se-

gue declarando esforços por uma reconciliação nacional e propondo diálogo à oposição legítima, que já participa de programas de negociação política. Esta guerra de agressão à Síria é patrocinada por EUA e Israel, e conta com ajuda financeira do Qatar e Arábia Saudita. Governos colonialistas como os da França, Inglaterra e Canadá anunciam apoio aos mercenários que tentam derrubar um governo legítimo. Na verdade, os presidentes dos EUA, Israel, Qatar, Arábia Saudita, Inglaterra, França e Canadá estão financiando todos os atentados ter-

roristas que os mercenários promovem na Síria. São eles os responsáveis diretos pelo assassinato indiscriminado de civis inocentes e indefesos, e como tal deveriam ser levados aos tribunais internacionais para serem julgados por crime de lesa humanidade. Entretanto, os tribunais internacionais existentes são manipulados e controlados pelos maiores criminosos da humanidade, justamente os governantes das potências colonialistas e imperialista. Fonte: HispanTV


Assad: rebeldes sírios lutam pela sobrevivência EUA e Israel. Durante dois anos, outros países e potências ocidentais foram arrastados de forma covarde para apoiar e financiar atentados terroristas contra a população civil síria. O objetivo dos agressores é tentar destituir um governo honrado que defende a soberania da Síria, para colocar em seu lugar um presidente fantoche dos interesses imperialistas e sionistas na região, como Nuri al-Maliki do Iraque, Mohamed al-Magarief na Líbia e Hamid Karzai do Afeganistão, traidores de seus povos e marionetes do imperialismo e do sionismo.

O presidente sírio, Bashar Assad, declarou que o governo sírio está derrotando os rebeldes, relata esta terça-feira o jornal libanês pró-sírio Al-Akhbar. "A conspiração contra a Síria está chegando ao fim", cita o jornal, reproduzindo as palavras de Assad. De acordo com o presidente sírio, as forças governamentais estão fazendo progresso, e os rebeldes estão lutando pela sobrevivência. As manifestações anti-governamentais começaram na Síria em março de 2011, através de grupos financiados pelos governos dos

AGRESSÃO IMPERIALISTA À SÍRIA; CRIME QUE EXIGE CONDENAÇÃO ataque israelita nos arredores da capital, Damasco, foi "um acto de agressão ilegal e ilegítimo, contra um país soberano, que não pode ficar impune e deve ser prontamente condenado pelos governos e instituições internacionais", considera o Partido Comunista Português. Em nota à imprensa divulgada um dia depois da força aérea de Israel "violar o espaço aéreo e a integridade territorial da Síria" bombardeando um complexo de investigação militar sírio, o PCP lembrou, igualmente, "que à luz da Constituição da República", o "Governo português está obrigado a condenar" o ato, indissociável e revelador, acrescenta-se, "dos reais planos das principais potências imperialistas da NATO e das ditaduras monárquicas do Golfo Pérsico de desestabilização, ingerência externa e agressão contra a Síria", provocação que, "se não for imediatamente travada e cabalmente condenada", encerra "enormes perigos para a paz e para os povos da região", aduz-se ainda no texto. Reagindo igualmente ao

ataque israelita do dia 30 de janeiro passado, o Conselho Português para a Paz e a Cooperação notou que "esta atuação de Israel agrava e alarga ainda mais o conflito sírio, (...) gerado e alimentado por interesses e potências exteriores – à revelia do governo legítimo e das forças sociais e políticas sírias – que, com financiamento, equipamento, e orquestrada cobertura diplomática e mediática, são responsáveis pela atuação quotidiana das denominadas “forças da oposição”, sobre as quais todos os dias surgem evidên-

cias de responsabilidade de massacres de civis e inúmeros outros crimes". Travar a barbárie Já no domingo, o presidente sírio, Bashar AlAssad, acusou Israel de pretender desestabilizar e enfraquecer o país. De acordo com a agência estatal Sana, Assad também manifestou confiança de que a Síria, "apoiada pela lucidez do seu povo, o poder do seu exército e o seu compromisso com a política de resistência, será capaz de enfrentar qualquer agressão contra o seu

povo". Israel não confirmou oficialmente os bombardeamentos, mas nos dias que antecederam o ataque o governo sionista insistiu no risco que representava a transferência de armas para o movimento libanês Hezbollah. As mesmas suspeitas (a carecerem de provas, digase), foram, já depois do raide aéreo, usadas pelos EUA para justificarem a operação militar israelita. À AFP, o secretário da Defesa norteamericano, Leon Panetta, garantiu que Washington tra-

balha em estreita colaboração com a Jordânia, a Turquia e Israel com o objectivo de manter controlado o arsenal sírio. A internacionalização do conflito sírio é uma estratégia clara do imperialismo, que no final de janeiro comunicou com foguetório a conclusão da instalação das seis primeiras baterias de mísseis da NATO na Turquia. Envolver e instigar nações vizinhas numa guerra contra a Síria é um intuito tanto mais claro quanto é o próprio Conselho Nacional Sírio quem, esta semana, admitiu, uma vez mais, em entrevista difundida pela RT, que o conflito não se resolve no campo de batalha e em resultado da ação dos grupos armados, mesmo que estes, como sublinhou o enviado da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, "destruam o território perante os nossos olhos". Brahimi proferiu estas declarações horas depois de terem sido encontrados dezenas de cadáveres de homens executados numa zona da cidade de Aleppo, previamente ocupada pelos bandos terroristas. Fonte: Avante! Portugal


BARBÁRIE CONTRA A SÍRIA A Síria, berço de cultura, riqueza material e espiritual, é hoje alvo de ataques terroristas, de milícias e mercenários que, como sempre, estão sendo patrocinados pelos Estados Unidos, Israel, certos países da Europa e, o mais lamentável, por alguns países árabes. Não há nenhuma lógica política ou qualquer outro motivo moral para explicar o massacre que o povo sírio está sofrendo, a não ser o desejo expansionista do atual governo de Israel – não do povo judeu - de seus incondicionais aliados e, o mais receoso, o aniquilamento de uma das pouquíssimas vozes que ecoam a favor do infinitamente sofrido povo palestino. Este talvez seja o “pecado” do grande líder Bashar al-Assad: defender o povo palestino e o direito à sua natural e própria terra; além, é claro, de governar uma nação que quer continuar soberana e não subjugada a interesses imperialistas. Se isto se constitui em pecado, acabou, então, a dignidade humana e haverá lugar para uma crise de identidade. Poucos governantes se mostraram tão decididos a pagar um preço tão elevado para defender seus princípios políticos e escolher aliados. Não procede a alcunha de “ditador” que a grande mídia ocidental aplica ao presidente Bashar. Antes da invasão terrorista, a Síria era um lugar absolutamente seguro, havia fartura de alimentos, ensino de elevada qualidade, comércio internacionalmente reconhecido e o povo se caracterizava e, ainda se caracteriza, pela peculiar alteridade e hospitalidade. Os direitos sociais eram plenamente exercitados. Há uma inversão de valores e desconstrução de conceitos em se tratando da Síria por parte de alguns governos ocidentais e orientais. Há manobras para destruir este país! Nessa terra, as pessoas vivem pacificamente há séculos. A ONU está sendo tendenciosa e ineficiente no caso sírio. É necessário que a região seja protegida dos invasores para salvaguardar a soberania do povo e da Nação. É isso que o presidente Bashar al Assad está fazendo; não quer mercantilizar sua Nação. Jamil Ibrahim Iskandar Prof. Doutor em Filosofia na Universidade Federal de São Paulo

A VERDADE SOBRE O QUE ACONTECE NA SÍRIA s olhos do mundo estão, sem dúvida, voltados aos acontecimentos que vêm ocorrendo na República Árabe da Síria, país secular, berço da civilização, e que, repentinamente se vê mergulhado em uma situação dramática a que estamos assistindo como sendo um movimento que visa a derrubada de uma cruel ditadura em favor da democracia e que a mídia internacional tenta nos impingir como sendo uma revolta do próprio povo sírio. Ao vermos, diariamente, tais notícias elaboradas por interesses outros, é preciso que se busque tentar estabelecer a verdade dos fatos, o que, por certo, não é privilégio nosso, mas de qualquer um que faça uma análise mais detida sobre o que, efetivamente, vem ocorrendo na Síria. A Síria é um país peculiar, localizado num dos locais mais privilegiados, estratégicos e, claro, quentes do Oriente Médio e tem uma vasta e, hoje, extremamente perigosa fronteira: com Israel, poderoso aliado e protegido dos EUA; e com o Iraque, que neste momento é “propriedade” dos americanos depois de sua total destruição. Ao norte, tem a Turquia que pelos relatos históricos nunca manteve boas relações com a Síria que foi território turco pela ocupação otomana. A Síria tem, hoje, muitos problemas e um deles é que tem acesso ao Mar Mediterrâneo e tal situação estratégica, é ponto fundamental para os poderes oligárquicos com interesses na região. E tal acesso ao mar lhe dá um certo poder. Neste acesso existe até hoje uma base militar, antes da URSS, hoje da Rússia, no porto de Tartus. E, é claro, de grande interesse russo, pois que é sua intenção assim mantê-la, com Bashar El Assad, que lhes garante a permanência. A Síria sempre foi um grande polo turístico. Visitantes de todo mundo vinham à Síria pelos seus sítios arqueológicos e importantes lugares históricos. Muitas culturas ali passaram, dentre eles romanos, persas e lá deixaram suas marcas em épocas em que a Síria era uma importante ligação entre o Oriente e o Ocidente. Hoje se diz no Ocidente que o grande problema da Síria está na presença de Bashar El Assad, o atual presidente, eleito pelo povo. No entanto, a população Síria sempre esteve bem sob este governo, apresentando visíveis melhoras sociais e econômicas, vivendo satisfatoriamente. Mas o que “prejudica” a Bashar é que ele não se alinhou a outros interesses, tais como dos EUA ou da OTAN, nem lhe agrada o FMI e tal é um problema para Bashar e a Síria. O que ocorre há mais ou menos dois anos na Síria é que surgiu, de repente, um pequeno grupo insurgente que começou a praticar ações militares – do tipo terrorista – e a mídia internacional passou a vender tais atos como sendo de libertação e as ações do exército regular sírio, ao reprimir tais ações insurgentes, como ações terroristas, o que nunca ocorreu. E tais grupos, de imediato transformaram-se em centenas e depois num verdadeiro exercito com nada menos que 70.000 homens bem armados e equipados a enfrentar o exercito regular sírio. E de onde vieram esses grupos? Por óbvio não são sírios. São, na verdade mercenários recrutados das mais diversas partes do mundo como Ásia, África, e de outros lugares, armados, treinados e equipados por “estranhas forças” e financiados e supridos com armamentos pesados e de última geração.

E como iniciou tudo isso? Em princípios de 2011 começaram a perpetrar uma serie de manifestações e provocações em Damasco, que culminaram dramaticamente. Em seguida, a cidade de Homs transformou-se em um importante baluarte para esses grupos e o exercito sírio fez uma contra ofensiva, porém não conseguiu eliminar totalmente o que passou a ser chamado de “exército de libertação sírio” ou “exército livre da Síria”. Pouco a pouco se percebeu que esta força não regular passou a estabelecer certo controle na região noroeste da Síria - nas principais cidades, como Hama e Halab (Allepo), e não só isso, mas ao que parece estão a receber importante apoio, não só bélico, mas logístico e financeiro a partir do Iraque sob o controle americano. Além disto, também a partir da Turquia, todo tipo de suprimento tem entrado na zona controlada pelo dito exército livre da Síria, a partir do norte. Também há que se considerar as colinas de Golan, tomadas aos sírios por Israel na chamada guerra de Yom Kippur, portanto zona controlada por forças hostis à Síria e por onde, também, chegam suprimentos e armamentos para o dito exercito livre da Síria, que nada mais são que mercenários contratados a peso de ouro por todo o mundo, para tentar desestabilizar e derrubar o Governo Sírio de Bashar El Assad, da mesma forma que ocorreu com Kadhaffi na Líbia. A situação, hoje, em Damasco e na Síria, como um todo, é lamentável. Os ataques já se aproximam do Palácio Presidencial, e boa parte do staff Sírio já foi desmantelado. O que, então esperar para Bashar El Assad? Pode-se dizer que o que ocorreu na Líbia se repetiria na Síria, pois o quadro é exatamente igual. Também é bom lembrar que, a exemplo do Iraque, já se acusa a Síria de possuir e ameaçar usar armas químicas de destruição em massa, o que justificou a destruição daquele país, hoje mergulhado em uma situação de total destruição onde não se vê nem uma faísca da tão prometida democracia que lá se prometeu instalar. O problema da Síria apresenta-se como um dejavu. Estes mercenários financiados e apoiados em zonas garantidas por militares estrangeiros, sob os auspícios da OTAN, já falam em construir fortificações e postos avançados, com ajuda financeira e bélica de monta incalculável. Tais mercenários, que atuam sem qualquer escrúpulo, apoiados por forças estrangeiras com interesses diretos na região pensam que estão aptos à destruição total da Síria, como desejam e, em consequência, depois de tudo destruído, com a interferência de forças multinacionais, aliados dos EUA, poderão instalar seus Bancos e estratégicas bases militares americanas, ou da OTAN ou multinacionais aliadas e em consequência viria, para o povo sírio, a pobreza, a falta de recursos e de tudo o mais que hoje existe na Síria como o pungente progresso que vinha tendo e o bem estar do seu povo. Com isto, pensam tais invasores, que se estabelecerá a tão falada “Nova Ordem Mundial” que, se estabelecida, será, mais uma vez, construída sobre a invasão e a destruição de um povo e de uma Nação que não se curvou diante dos interesses das forças do imperialismo mundial. Que Deus proteja a Síria e a Humanidade!

Por Áli Haddad - advogado militante em Curitiba-PR. Membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/PR. Presidente da Comissão Eleitoral da OAB/PR nas Eleições de 2006-2009 e 2012


26 mortos e mais de 110 feridos por míssel com substância química lançado por terroristas em Alepo Terroristas dispararam na semana passada um míssel com substância química desconhecida sobre a região de Khan al-Asal nos campos de Alepo. O ataque causou a morte de 26 pessoas, na sua maioria civis, e feriram mais de 110. O disparo do míssel foi gravado por câmeras dos terroristas, revelando que trata-se de uma experiência com arma química, patrocinada pelo governo dos EUA ou um de seus aliados. Durante comunicado, os terroristas ameaçaram disparar novos mísseis contra a população síria, tentando semear medo na população. O Conselho de Segurança das Nações Unidas até agora não se manifestou sobre mais esse crime de guerra cometido contra a Síria, demonstrando que está a serviço do imperialismo e do sionismo que financiam essa agressão. A mídia ocidental, com raras exceções, divulgou nota do governo norte-americano segundo o qual "não é possível precisar de que lado partiu o míssel, se dos rebeldes ou do governo" (sic). O governo russo emitiu comunicado afirmando que o disparo do míssel com arma química partiu dos rebeldes e mercenários estrangeiros que fazem oposição do governo de Damasco. Diversos países pediram a apuração do ataque, obrigando o secretário geral da ONU a anunciar que fará uma investigação com entidades independentes para apurar a responsabilidade dos rebeldes em crime contra a humanidade. Os presidentes e primeiros ministros dos EUA, Israel, Inglaterra, Canadá, Turquia, Qatar e Arábia Saudita deveriam ser julgados por tribunais internacionais por crimes de responsabilidade em mais esta ação terrorista, uma vez que financiam os covardes mercenários que agem de forma criminosa na Síria.


Relatório sírio revela que terroristas destruíram 2 mil escolas Cerca de 2 mil escolas foram destruídas na Síria por ataques e atos de terror cometidos pelos bandos armados que pretendem derrubar o governo de Bashar al-Assad, relatou nesta quinta-feira o vice-ministro de Educação do país, Farah Suleiman al-Mutlak. O vice-ministro denunciou também o assassinato de professores efetuado pelos mercenários, a sabotagem contra a Imprensa Nacional, contra a Escola de Alunos Destacados, os armazéns e caminhões que trabalham com livros didáticos e outros materiais escolares.

Crianças sírias assassinadas por mercenários financiados pelos EUA, Israel, Qatar e Arábia Saudita.

Durante uma conferência no Centro Cultural Sírio em Tee-

rã, no Irã, al-Mutlak expôs os danos causados pela violência

no meio escolar do país, segundo informou a agência de notícias síria, SANA. O funcionário se referiu também à manutenção e ao desenvolvimento de vários projetos do Ministério da Educação que devem modernizar os programas de estudo e a educação pública. Citou entre eles o plano de desenvolvimento do ensino e formação profissional e técnico, assim como o de expansão dos centros infantis, destacou a fonte. Fonte: Prensa Latina

Rússia condena versão da CNN sobre massacre em faculdade síria O chanceler russo, Serguei Lavrov, classificou, nesta quintafeira, de blasfêmias os comentários do canal estadunidense CNN em referência a uma suposta responsabilidade das forças governamentais da Síria no atentado à universidade de Alepo, que deixou 82 mortos. Durante uma coletiva de imprensa em Dushambe, onde chegou em visita oficial, Lavrov comentou que não podia imaginar maiores blasfêmias do que as que ele viu na CNN, dizendo que o ataque foi organizado pelas próprias forças armadas sírias. Explicou que de nenhum modo pode existir diferença de interpretação sobre o que aconteceu em Alepo, em menção à posição da Rússia e dos Estados Unidos. “Não entendo como o atentado terrorista possa ser motivo para discrepâncias”, sublinhou o chanceler russo. Recordou que os fatos ocorridos na terça-feira (15) em Alepo foram caracterizados como atentado por chefes de governos de numerosos países e pela ONU. A Chancelaria russa condenou o

ato e a morte de pessoas inocentes. Considerou que o ocorrido requer uma posição implacável de condenação da comunidade internacional em relação ao terrorismo. Uma ação desse tipo não pode ser justificada, sentenciou em comunicado o Ministério de Assuntos Exteriores da Rússia. Por outro lado, Lavrov qualificou de “apressada a intenção de enviar à Corte Penal Internacional o chamado dossiê sírio, pois o mais importante para nós [em referência a Moscou] é o fim da violência”, afirmou. Quando lhe perguntaram sobre a iniciativa anunciada pela Suíça, enfatizou que deveriam se concentrar nos esforços, especificamente para conseguir um cassar fogo e o fim da violência. “A justiça deve prevalecer em relação a todos os que violem no mundo o direito internacional e o direito humanitário”, afirmou o chefe da diplomacia russa à emissora de rádio A Voz da Rússia. Desde março de 2011, a Síria vive um violento conflito armado que já causou, segundo dados da ONU, pelo menos 60 mil mortos e mais de 600 mil refugiados. Fonte: Prensa Latina

Serguei Lavrov, chanceler russo


A infindável barbárie na Palestina! Relatos de um testemunho Já se vão três anos acompanhando as notícias, lendo e escrevendo sobre a Palestina. Neste ano, finalmente, a conheci pessoalmente. As páginas vorazmente devoradas já haviam mostrado em detalhes as nuances da ocupação. Porém, o contato direto com essa realidade trouxe à tona aspectos sequer imaginados. Não testemunhei passeatas, protestos e nem cenas fortes da violência diária. Fiquei à sombra das catástrofes, mas vi seus vestígios e conversei com protagonistas e testemunhos de ambos os lados, na maior parte do tempo em inglês. Estive dividido entre sublimes santuários do cristianismo e palcos de momentos decrépitos da história da humanidade. Nada disso teria sido possível se eu tivesse me deixado intimidar já pelo duro interrogatório ao qual fui submetido na entrada do país, onde fui “aconselhado” a me manter afastado da Cisjordânia e “tomar cuidado com a história que tinha ido procurar!”. Percorri trechos do “Muro da Vergonha”, cuja construção sabia ter sido condenada pela Corte Internacional de Justiça, mas até então não entendia como sua elevada estatura afetava a vida de milhares de palestinos. Toquei suas frias paredes, li as mensagens de dor e esperança, senti o medo de estar sendo vigiado ou mesmo estar na mira de um possível soldado, oculto por detrás dos vidros espelhados de suas torres. Espiei por uma de suas poucas frestas, mas tudo que vi foram mais militares israelenses. Ouvi lamúrias e casos melancólicos em primeira mão. Chamou-me a atenção um museu ao ar livre feito no próprio Muro com cartazes relatando diversas experiências, o que me desvelou a dimensão humana da tragédia. Crianças palestinas sem acesso à escola e a saúde, mulheres parindo no sopé do gigante de concreto, e por aí afora. Ainda em Belém, visitei um campo de refugiados palestinos, cujos ancestrais ali chegaram em 1948, fugindo com medo

de um novo massacre ou simplesmente expulsos de suas vilas e cidades. Também senti a dor de parentes e amigos que tinham acabado de perder um jovem de quinze anos no campo, morto com um tiro na cabeça por não ter obedecido ao toque de recolher.

“Cinema Jenin”). Por outro lado, o jovem Ahmad, de apenas 16 anos, conduziu-me pelo lúgubre palco do massacre ocorrido em 2002, tão bem representado pelo filme “Jenin, Jenin”. Aprendi como para aqueles que sabem a história do local pequenos buracos redondos nas paredes significam

Hebron, ou a “Cidade Fantasma”, compõe esses cenários tão inimagináveis para brasileiros e brasileiras. Talvez ela seja a única cidade grande palestina onde a ocupação é vivida diária e intensamente, visto haver em seu coração uma colônia israelense. Muros, câmeras de segurança, soldados, grades e checkpoints. Enfim, a violência é a fronteira que separa colonos e palestinos. Vi meninas israelenses muito jovens sendo instruídas por seus superiores enquanto empunhavam imensas metralhadoras no pátio da mesquita/sinagoga de Abraão ou Ibrahim. Ao lado, uma procissão de colonos subia as ruas centrais da cidade escoltada pelas forças da ocupação. No antiquíssimo mercado central, os palestinos tiveram que construir um telhado, para evitar que mais pedras e dejetos sejam atirados pelos colonos. De lá saindo, poucas horas após minha chegada a Ramallah, seu caos urbano e a relativa prosperidade ali vivida me impeliram para Jenin. Lá, mais um campo de refugiados, porém não como os outros. Ali descobri como voluntários alimentam com a arte a esperança daqueles quase alquebrados (“Freedom Theater” e

rios de sangue e imensos vazios feitos na alma pelos fuzis dos soldados israelenses. Ahmad, cujos olhos careciam de qualquer brilho típico de nossos jovens, enfatizava o ódio que sentia da guerra e implorava para trazê-lo comigo ao Brasil. Não almejava ver a bandeira Palestina hasteada em lugar algum, mas apenas seguir sua reconfortante fé e ter uma vida normal! No Vale do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado, a insensatez humana me aguardava para mostrar sua face mais atroz! Sem acesso à água, a agricultura foi praticamente inviabilizada para os palestinos. Suas terras cada vez mais áridas são abandonadas e griladas por colonos, que em pouco tempo fazem o “deserto florescer”. Milagre sionista? Não! Apenas para os últimos o Estado de Israel distribui água, até mais do que necessitam! Ao lado das verdejantes colônias, algumas até com piscinas, milhares de palestinos estão reduzidos em barracas montadas em pequenos acampamentos no meio de suas próprias terras, sem poder

trabalha-las e ter acesso à água, eletricidade ou qualquer outro serviço. Ademais, convivem com o medo de serem expulsos a qualquer momento ou terem suas tendas destruídas pelos tratores israelenses, acompanhados de colonos ciosos para desterrar esses condenados e se apropriar de suas terras. Entretanto, aqui também a esperança desfilava nos gestos e palavras de voluntários do mundo inteiro, ali presentes para amainar tamanho sofrimento.A t o r m e n t a d o , levado às lágrimas, de testemunho me tornei voluntário e ajudei a plantar oliveiras e fabricar tijolos de adobe para edificar escolas, a única construção que o exército de Israel e os colonos não têm permissão para destruir. No regresso ao Brasil, senti o medo justificável de um novo interrogatório e de ter minhas fotos apagadas e pertences vasculhados. Afinal, fui fichado em um checkpoint, pois na lógica dos ocupantes eu não deveria ter visto o que vi. As ilusões que levei ficaram por lá e trouxe na bagagem um pouco da dor e das marcas deletérias dessa terrível ocupação, que já dura quase cinquenta anos! Mas, recusando a barbárie, até como forma de resistir a ela, o que de mais significativo alimento na memória é uma mensagem de esperança contida nas paredes do “monumento da segregação”: “O muro não é grande o suficiente para esconder o céu”. Fábio Bacila Sahd

Líbano movimenta exército contra possível invasão israelense O Exército do Líbano colocou-se a postos, nesta terça-feira, para defender o território nacional de uma invasão de Israel, após detectar a travessia ilegal da fronteira por soldados daquele país. Nesta quarta-feira, já somavam-se também cinco violações do espaço aéreo libanês por caças israelenses em dois dias. As ações israelenses conformam clara violação do direito internacional e das resoluções da ONU a respeito da guerra entre os dois países. O governo do Líbano, o movimento de resistência islâmica e partido político Hezbollah e a Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (Unifil, na sigla em inglês) condenaram em repetidas ocasiões as violações aéreas israelenses, classificadas de contravenções à Resolução 1701 do Conselho de Segurança (de 2006, com os pontos principais do cessar-fogo

acordado) e à soberania israelense. Segundo informações da agência iraniana para América Latina, HispanTV, um comunicado do Exército libanês denunciou o ingresso de um veículo aéreo não tripulado (drone) de Israel, nesta terça-feira, em seu espaço aéreo, às 7h15, horário local, pela vila Kfar Kila, no sul. O drone realizou voos de vigilância sobre várias zonas da região antes de abandonar o espaço às 15h50, horário local. Horas antes, dois aviões militares israelenses também tinham sobrevoado várias zonas do país, desde o sul libanês, e na última segunda-feira o exército publicou informes sobre a presença de drones israelenses em espaço aéreo libanês. Segundo relatórios com dados estatísticos, apresentados em 2009 pelo Líbano à ONU, até aquela época, o regime de Tel Aviv havia violado mais de 7.000 vezes a

soberania libanesa, ressalta a HispanTV. Ainda, um correspondente da agência libanesa Al-Manar, no sul do Líbano, re-

latou a movimentação do exército após detectar a violação terrestre da fronteira por soldados das Forças Armadas de Israel (FDI), nesta terça-feira (26). A região de Al-Wazzani teria sido invadida “por 30 soldados em 3 tanques Merkeva”, segundo

o correspondente, que também forneceu imagens. Em janeiro, o exército libanês denunciou a instalação de um posto de controle israelense para vigiar a região de Wazzani, desde o território palestino ocupado, uma fronteira não reconhecida pelo Líbano. O governo classificou o evento de mais uma violação da Resolução 1701. A Unifil supervisiona o cessar-fogo entre Israel e Líbano desde 1978 (quando a missão foi estabelecida para monitorar a retirada do exército israelense do sul libanês, após a guerra iniciada em 1975), com mandatos ajustados duas vezes, em 1998 e em 2000. Depois de outra guerra entre os dois países, em 2006, a força interina foi fortalecida. Entretanto, ainda não houve declarações a respeito das violações israelenses. Da Redação do Vermelho


A FARSA PREPARADA PELO GOVERNO INGLÊS PARA JUSTIFICAR UM ATAQUE À SÍRIA FOI DESVENDADA POR UM HACKER. É UM ESCÂNDALO MUNDIAL, ESCONDIDO PELA MÍDIA OCIDENTAL. m 22 de Janeiro um vazamento revelador caiu na Internet. O servidor da empresa Britam, trabalhando sob contrato para o ministério Britânico da Defesa foi “hackeado”e megas arquivos classificados internos da firma foram tornados públicos. Agora o caso adquiriu a escala de um “Britamgate” devido à sua publicação no Prison Planet. Qual é a história por detrás da fuga informativa? Porque é que este escândalo pode dar a volta à situação na Síria? Tratemos de resumir os arquivos. O achado principal é um correio eletrônico (mail) datado de 24 de Dezembro de 2012, enviado pelo Diretor de Departamento de Promoção de Negócios de Defesa da empresa Britam David Goulding ao dinâmico Diretor da firma Phillip Doughty, um antigo oficial da SAS ( sigla em Inglês para um ramo das forças especiais do exército inglês NdT) : Phil Temos uma nova proposta. É outra vez a propósito da Síria. Os Cataris propõem um acordo muito interessante e juram que a ideia é aprovada por Washington. Nós teríamos que fornecer uma CW em Homs, uma munição-g de tipo Soviético com origem na Líbia similar às que o Assad deverá ter. Eles querem que nós desloquemos o nosso pessoal Ucraniano que deverá falar em Russo e fazer uma gravação de vídeo. Sinceramente, penso que não é grande ideia mas as somas propostas são enormes. Qual é a tua opinião? Saudações cordiais David Para clarificar as coisas, CW é a abreviatura standard de Chemical Weapons (Armas Químicas em inglês - NdT); ‘g-shell’ é uma bomba que consiste num projétil explosivo com uma cabeça cheia de gás venenoso. Tomando em consideração o memorável aviso de Barack Obama que o "uso ou mesmo o translado de armas químicas pelo regime de Assad representaria uma “linha vermelha” que precipitaria uma intervenção militar", uma mensagem que ele reiterou no último mês após a eleição para o segundo mandato, a orquestrada operação,se consumada, teria

providenciado um pretexto ideal para uma intervenção estrangeira na Síria. Israel propalou os mesmos avisos na última semana. Quem perpetraria a gravação vídeo do ataque com Armas Químicas em Homs? O texto do mail indica de forma clara que iriam usar pessoal Ucraniano da Britam para forjar os vídeos. Visualizando para baixo no ecrã um dos ficheiros hackeados encontramos dados pessoais de 58 cidadãos Ucranianos trabalhando para a firma Britam Defence Ltd no Iraque. Vários empregados podiam não estar listados já que a pasta /Iraq/People/ continha as fotocópias de passaportes de vários outros Ucranianos. Havia também alguns Sérvios/Croatas e Georgianos na listagem que poderiam ser ainda filmados como ‘Russos’.. Desde o final de Dezembro de 2012 fontes Ocidentais, Israelitas e do Golfo tem desenvolvido "rumores" acerca de ‘ tropas Russas lutan-

do por Assad’’ e ‘‘ forças Russas tomando armas C&B Sírias sob controlo’’. O jornal do Koweit AlSeyassah publicou recentemente um par de ‘relatórios de inteligência Ocidentais’ afirmando que ‘Assad tinha já transferido armas químicas para os terroristas’. Em 15 de Janeiro o jornal US Foreign Policy tornou público um ‘telegrama secreto do Departamento de Estado’ ( dos E.U. -NdT) concluindo que ‘os militares Sírios muito provavelmente usaram armas químicas contra o seu próprio povo num ataque mortífero no último mês’. É quase certo estar a opinião pública a ser preparada para ‘espetaculares vídeos’ mostrando “soldados” uniformizados-à-Russa ou falando-Russo alegadamente cometendo atrocidades contra civis nas cidades Sírias ou lá espalhando gases venenosos. Neste contexto não deveremos esquecer os relatos circulando desde o ano passado que os combatentes rebeldes na Síria tinham sido equipados com máscaras de gás e estavam decididos a encenar um ataque por armas químicas que depois seria atribuído ao regime de Assad, lubrificando as rodas, dos patins de uma intervenção militar da OTAN. As informações a cerca do recrutamento pelos serviços especiais Ocidentais e do Médio-Oriente de militantes com características eslavas para teatralizar o papel de "mercenários" Russos alegadamente

capturados pelos combatentes da oposição Síria foram divulgados pelos media Russos no meio do mês de Janeiro. Eles citaram uma fonte bem informada como tendo dito que ‘atores’ estavam a ser selecionados na Rússia, Bielorrúsia e Ucrânia. Todos deviam saber manejar armas e ser capazes de operar sistemas anti-aéreos. De acordo com o guião ( para o vídeo - NdT), eles deveriam admitir em frente às câmeras que tinham sido recrutados pelos serviços secretos da Rússia com o propósito de apoiar o exército de Bashar Assad. Também, deveriam testemunhar que tinham sido desembarcados na Síria por barcos de guerra da Rússia. De acordo com esta fonte, tudo isto seria filmado na Turquia ou Jordânia, onde falsos cenários de cidades Sírias em ruínas tinham já sido construídos numa montagem em larga escala. O mesmo tipo de cenários foram alegadamente usados no Catar durante a guerra de desinformação conduzida contra a Líbia em 2011. Resumindo estes dados, podemos concluir que a provocação na Síria é a única opção que resta aos fabricantes de guerras . Tendo uma informação precisa sobre a real situação na Síria e estando cientes da incapacidade do corrupto grupo rebelde conseguir qualquer mudança significativa em Damasco, nada mais podem fazer do que contratar uma companhia Britânica PSC de 2a classe para outro round de manobras sujas. Não temos qualquer dúvida que as numerosas‘ revelações’ de trágicas atrocidades cometidas pelas “ forças pró-Assad “ repetidamente colocadas no YouTube nos dois últimos anos, foram também ‘encomendadas’ pelo enorme pagamento aos antigos ‘boinas especiais’ Britânicos. O recento vazamento para a Internet merece uma investigação aprofundada e atenção ao nível mais elevado da política internacional. Está na altura ideal para BRITAMGATE ser devidamente emoldurado. Fonte: Voltaire.org


CIA assassinou autor do livro 9/11 e seus dois filhos

20 militares que participaram da caçada a Bin Laden estão mortos O ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos EUA – CIA – Wayne Madsen, descartou a tese de suicídio de Philip Marshall e seus dois filhos. Ele foi um dos investigadores dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque. Durante solenidade organizada recentemente pelo fundador da “Aliança de Muçulmanos, Cristão e Judeus”, Kevin Barret, Wayne Madsen manifestou publicamente que havia concluído investigações que provavam o assassinato de Philip Marshall e seus dois filhos durante uma operação secreta da CIA. Marshall, sua filha Micalia de 14 anos e seu filho Alex de 17 anos foram encontrados mortos em sua residência no dia 6 de fevereiro deste ano. Madsen manifestou que o próprio Marshall anunciou que revelaria “certos mistérios” de ope-

rações encobertas da CIA, incluindo os atentados de 11 de setembro. Na qualidade de investigador, ele estava convencido que o presidente dos EUA, George W. Bush, aprovou o programa para realização dos atentados de 11 de setembro de 2001 para fortalecer sua posição perante a cúpula política e econômica dos EUA, diante da possibilidade de derrota eleitoral. Em recente entrevista à PressTV, Barrett declarou que “com certeza, nos Estados Unidos da América, a segurança dos norte-americanos foi colocada de lado em favor da comunidade israelense”. Barrett agregou: “Tudo indica que Philip Marshall tinha em mãos algumas informações explosivas, e tinha intenção de publicá-las em seu próximo livro, mas foi assassinado e os documentos e partes do livro desapareceram”.

Ejército sirio descubre aparatos de espionaje israelí El Ejército de Siria ha detectado dispositivos israelíes de espionaje en sus costas, ha informado este jueves la agencia estatal siria, SANA. Los signos existentes en este aparato revelan que son israelíes, de acuerdo con la fuente. Estos dispositivos de alta tecnología fueron dejados alrededor de la costa para grabar audio y video. El diario israelí, Yediot Aharaonot, ha confesado la incautación de aparatos de espionaje de este régimen en las costas de Siria.

Los terroristas en Siria gozan del apoyo financiero, armamentístico y mediático de las partes extranjeras, incluido Catar, Turquía, Arabia Saudí, el régimen de Israel, EE.UU. y algunos de sus aliados europeos, países que desde hace dos años se esfuerzan por derrocar el Gobierno del presidente sirio, Bashar al-Asad.

Por Charles Nisz Um mistério ronda o destino dos homens envolvidos na caçada ao terrorista mais procurado pelos EUA. Mais de 20 soldados dos SEAL (unidade de operações especiais da Marinha dos EUA) que participaram da missão se suicidaram ou morreram em combate em outras missões no Afeganistão. As mortes cobrem mais da metade da equipe que encontrou e matou o terrorista saudita em Abbottabad, no Paquistão, em 2 de maio de 2011. Entre os mortos está Job Price (foto), de 42 anos, comandante da missão. Ele teria cometido suicídio em 22 de dezembro de 2012. Antes disso, em 6 de agosto de 2011, um acidente de helicóptero matou 20 dos soldados participantes da missão. O portal MSNBC trocou o texto da notícia sobre o acidente, negando que os soldados tenham participado da captura e morte de Bin Laden. O jornal britânico Guardian e alguns blogs americanos noticiaram as mortes e notaram que elas aconteceram justamente com os soldados da unidade 6 dos SEAL. As Forças Armadas americanas abriram uma investigação para apurar a circunstância das mortes. Será apenas acidente ou queima de arquivo? Informante da CIA diz que Bin Laden morreu na Chechênia Osama Bin Laden enganou seus inimigos e morreu cinco anos antes das forças de segurança dos EUA anunciarem oficialmente que ele foi morto, diz um antigo agen-

te da CIA, que atualmente vive na Turquia. "Eu sabia que guardas chechenos protegiam Bin Laden muito bem", Berkan Yashar, ele próprio um checheno, disse à emissora de TV russa, Channel One. "Samy, Ayub e Mahmud foram com ele até o fim. Lembrome bem esta data porque haviam três números seis nela - 26 de junho de 2006. Aqueles três homens, bem como dois muçulmanos de Londres e dois dos EUA viram Bin Laden morto. Ele estava seriamente doente antes de sua morte. Ele era só pele e osso. Os três chechenos lavaram o corpo antes de enterrá-lo". Yashar também disse que na véspera do 02 de maio, quando o presidente Obama anunciou que Bin Laden tinha sido morto, os americanos encontraram apenas o túmulo de Bin Laden, perto da fronteira afegã-paquistanesa e encenaram uma operação militar. De acordo com Yashar, forças especiais dos EUA começaram a caçar os guardas chechenos de Bin Laden após a morte de Bin Laden ser anunciada pela primeira vez em uma conferência em Washington em novembro de 2008. O último deles, Samy, foi sequestrado pelas forças especiais americanas poucos dias antes de Bin Laden ser oficialmente declarado como morto. Berkan Yashar acredita Samy poderia ter dito a eles o local exato do enterro. Respondendo por que ele tinha decidido falar com o canal russo, Berkan Yashar disse que depois de todos os acontecimentos recentes ele corria risco de morte.


Rússia não deixa o Ocidente derrubar Assad Uma onda de desinformação em torno da Síria tem sido aumentada com o objetivo de elevar a tensão e inserir atmosfera depressiva no governo de Bashar al-Assad para fazêlo realizar um passo precipitado e inadequado. A posição da liderança russa é criticada, mas é ela que não deixa o Ocidente derrubar Assad. Além disso, a Rússia está cumprindo seus contratos militares. Na semana passada, primeiro, um tal "Observatório Sírio de Direitos Humanos", publicou rumores de uso de armas químicas na cidade de Homs. Em seguida, apareceu a desinformação o Ministério da Defesa russo ter enviado forças especiais para a Síria em navios da Marinha. O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov foi forçado mais uma vez desmentir evidências de Bashar Assad ter pedido asilo na Rússia. Finalmente, informações sobre a criação de um centro de crise no ministério referido foram apresentadas como mais um passo do Kremlin para render Bashar al-Assad e para preparação da sua fuga da Síria. Entretanto, como é evidente, ninguém está fugido para qualquer lugar. E mais ainda, com o governo legítimo de Assad a Rússia tem mantido uma "relação de trabalho normal", como a descreveu primeiro-ministro Dmitry Medvedev, durante uma visita oficial na França. E não consiste em "prestação de serviços jurídicos", pois, Bashar alAssad não precisa deles, como já disse preferir morrer na sua terra — mas em assistência militar. Os navios da Marinha russa, um após o outro, estão de serviço no Mediterrâneo Oriental, com a escala obrigatória na base militar russa em Tartus. Na segunda-feira (24), o Ministério da Defesa informou grandes navios anfíbios da Frota do Mar Negro "Nicholai Filchenkov" e "Azov" terem rumado para o Bósforo. ubstituem navios "Novocherkassk" e "Saratov", cuja missão na região terminou. Apesar do Ministério das Relações Exteriores ligar o fato com uma possível evacuação dos russos da Síria (por 50 mil pessoas), é um forte fator de impedimento a qualquer agressor estrangeiro. Além disso, a Rússia cumpre

seus contratos militares, sem revelar o conteúdo deles. De acordo com Jeremy Binnie, editor do portal Terrorismo de Jane e Monitor de Segurança, a Rússia forneceu recentemente à Síria os sistemas de mísseis "Buk-M2" e " Pantsir -C1", equipados com sistemas de radar. O autor acrescenta que os S-300 também podem ter sido entregues, mas ainda não estão em serviço. Em qualquer caso, se trata, é do fornecimento de modernos sistemas de defesa

aérea, que é o principal fator de impedimento da Síria. Sabe-se que as guerras na Jugoslávia e na Líbia o Ocidente ganhou com bombardeios aéreos. O sistema da defesa antiaérea síria é um pouco mais de 900 lançadores de mísseis antiaéreos, dos quais a grande maioria é os sistemas S-75 e S-125 (os últimos há por 600). Às portas longínquas o céu da Síria protegem os sistemas S200M com um alcance de até 200 quilômetros. Para protege-los há 60 lança-mísseis "Wasp", resumidas em 14 baterias e cerca de 4 mil peças de artilharia. O país está dividido em zonas norte e sul zona de defesa antiaérea, que são controladas a partir de três centros de comando, equipados com computadores. Nas Forças da Defesa Antiaérea servem cerca de 60 mil militares, segundo o site russo " Notícias militares". Todo esse potencial é duas vezes mais poderoso do que tinha Gaddafi. O chefe da Força de Defesa do Exército, o major-general Alexander Leonov disse esta semana á rádio

"Eco de Moscou", que "a defesa na Síria é uma grande força." "E como um indicador é que ainda contra ela ninguém usou seriamente um ataque aéreo," — acrescentou. Se a Síria não repitir a triste história da Líbia, onde os rebeldes invadiram quatro divisões de defesa antiaérea e um quinto Gaddafi ficou assustado de usar, o Ocidente não se atreverá a iniciar uma guerra em grande escala. E vice-versa, o fato do governo sírio atrever usar a sua defesa antia-

érea, é confirmado pela intercepção em junho da aeronave de reconhecimento turco F-4 a ter violado as fronteiras sírias. A única desvantagem de um poderoso complexo de defesa aérea de Assad, de acordo com os analistas militares, é o pessoal mal treinado para trabalhar com tecnologia complexa. E neste contexto a Rússia também ajuda. O jornal britânico Guardian dia 23 de dezembro publicou um artigo intitulado "A presença militar da Rússia na Síria é um problema para a intervenção encabeçada pelos EUA." De acordo com os dados confidenciais do jornal, para a Síria vieram os conselheiros militares russos, que iriam aconselhar as tropas sírias para instalar e implementar os novos mísseis "terra-ar". Um funcionário do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, Guy Ben-Ari confirma esta informação. "Eles (Rússia — Red.) não se limitam por vender equipamentos. Eles também ajudam a cri-

ar as tripulações e treiná-las", o cita Guardian. A profundidade e complexidade da defesa aérea síria significa que qualquer campanha ocidental reta em apoio a uma zona de exclusão aérea ou ataques aéreos diretos seria cara, demorada e arriscada por possíveis perdas militares russas, o que possa levar a imprevisíveis consequências geopolíticas, opina o jornal. Com isso, descobre-se o que ainda assusta o Ocidente — é a possibilidade da Rússia ficar envolvida na guerra. Também é um forte elemento de impedimento, e o Ocidente sabe que Putin pode responder adequadamente. O autor do Guardian a seguir analisa a capacidade e o equipamento do potencial agressor a levar uma guerra para a vitória. Segundo ele, a "campanha síria" precisava dos estoques de armas guiadas (mísseis), que quase todos foram usados em operações militares na Líbia. Além disso, de aviões "Stealth", imagens de satélite e reconhecimento aéreo. Todos os itens acima indicados estão em posse apenas dos EUA, por isso, desta vez, Washington não poderá "desempenhar o papel de um observador," como foi na Líbia. Acrescentamos que a guerra nova em grande escala o Ocidente com orçamentos apertados simplesmente não poderá pagar. Tudo isso, segundo o ministro russo do MNE Serguei Lavrov, "não apetece ao Ocidente" atacar a Síria. Além disso, Obama substituiu os "falcões" por pessoas propensas a um compromisso. Departamento de Estado será chefiado pelo veterano da Guerra do Vietnã, John Kerry, e da CIA foi demitido David Petraeus — o advogado mais poderoso de intervenção na Síria. A defesa aérea síria, em conjunto com o apoio militar de Moscou para Damasco, bem como a natureza fragmentada da oposição e a crise econômica mundial explicam por que ainda sendo prevista há um ano, quase por todos os analistas ocidentais, a intervenção militar à Síria não foi realizada. Parece, mesmo, que não vai acontecer, apesar da provocação de alguns meios de comunicação, promovidos pelo complexo militar industrial norte-americano. Lyuba Lulko - Pravda.Ru


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