Capa: Vinicius T. Carvalho
Informativo da Igreja Metodista na 3a Região Eclesiástica * Ano XXIV * nº 236 * Março/Abril de 2017
“O evangelho de Cristo não conhece religião, que não seja religião social; não conhece santidade, que não seja santidade social.” John Wesley
Mulher Deficiente Páscoa
150 anos do metodismo no Brasil
Estatísticas 2016 Pela Região
Uma homenagem da Igreja Metodista na 3ª Região Eclesiástica pelo dia internacional da mulher!
EXPEDIENTE
ANO XXIV • nº 236 Março/Abril • 2017 Conexão é uma publicação da Igreja Metodista na 3ª Região Eclesiástica e tem por finalidade a evangelização e a edificação. Coordenação Regional de Ação Missionária Bispo José Carlos Peres, presidente Rev. Miguel Angelo Fiorini Revda. Helena Rezende Fiorini Rev. Lupércio de Souza Vieira Revda. Cristiane Capeleti Pereira (repres. Cogeam) Gerson Kuninari Paulo Damas de Souza Marcio de Moraes Sérgio Aparecido Zucoloto Luiz Roberto Saparolli (repres. Cogeam) Jornalista Responsável Camila Abreu Ramos MTB 30.075 Revisão Rev. Martin S. Barcala Capa, Arte e Editoração Vinicius Theodoro Carvalho Impressão Arvato Brazil – a Bertelsmann Company Tiragem 5.000 exemplares Atendimento ao leitor Telefone: (11) 5904.6060 Rua Dona Inácia Uchoa, 303, 04110-020 • Vila Mariana - São Paulo • SP conexao@3re.metodista.org.br http://3re.metodista.org.br
EDITORIAL
Imitação de Cristo “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5) Desde pequenos observamos, imitamos e aprendemos. Creio que também é assim com o discipulado de Cristo. Aprendemos ao imitarmos Jesus. O padrão de sua vida foi a vitória através da morte na cruz. Através do seu sofrimento ele aprendeu a obediência para cumprir seu chamado para ser o Salvador (Hebreus 5.8-9). Através do sacrifício, Jesus trouxe a graça de Deus para o mundo. Ressuscitou e venceu a “nossa morte” para nos dar vida plena. E é para falar disso que o Conexão mostra, nesta edição, sinais vivos do seu amor. Seja através da pastoral do Bispo Peres, passando por parte da história do metodismo que chega aos seus 150 Anos no Brasil, até o anuncio da realização da Celebração Regional do Coração Aquecido que acontece no mês de maio. Ações e testemunhos que nos levam a refletir sobre nossa conduta diante da vida e da liberdade recebida pelo Senhor...Veja também como o amor de Cristo está agindo nas igrejas de nossa região. Diante dos desafios e ações nossa região caminha para a plantação de novas igrejas (texto já abordado na edição anterior) num tempo de ver a fé triunfar sobre os impossíveis da vida. Tempo de esperar quando falham as esperanças humanas. Tempo de compartilhar os sofrimentos. Todas essas são formas pelas quais o amor de Jesus é conhecido. O padrão que é colocado na vida de todo crente sério é o padrão da vitória por meio da cruz. Jesus vive! Sejamos seus imitadores.
por Camila de Abreu
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Números para refletir: Dados sobre os cristãos de forma geral: Os números abaixo fazem parte de dados oficiais colhidos de várias organizações cristãs, revistas e de institutos de pesquisas. Os números foram publicados no livro “God Has a Wonderful Plan to your Life” de Ray Comfort. 74% dos jovens evangélicos trapaceiam em seus testes na escola; 93% dos jovens crentes são desobedientes aos seus pais; 88% dos filhos de casais evangélicos se desviam da igreja na adolescência ou juventude; 75% das pessoas que estão em uma “boa” igreja evangélica não participam de estudos bíblicos ou pequenos grupos. 61% dos jovens evangélicos acreditam que boas obras os levarão ao céu; 63% dos evangélicos acreditam que Budistas Islâmicos e Cristãos oram ao mesmo Deus.
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Janeiro/Fevereiro 2017 • CONEXÃO
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EPISCOPAL
E José Carlos Peres
Deus cuida de nós
Bispo e Pastor bispo.peres@ 3re.metodista.org.br
m tempos de incertezas e inseguranças, bom é confiar no Senhor, pois Ele é a fonte de nosso auxílio e salvação. Deus consola, ampara, socorre e ama aos que a Ele se achegam. Que coisa maravilhosa! Em Deus podemos confiar. Quando se observa o testemunho daqueles e daquelas que confiaram em sua proteção, percebe-se que estiveram na presença de um Deus que é tremendo e poderoso, que não abandona e nem desampara aos filhos e as filhas que nEle procuram abrigo.
deve ocorrer num tempo vindouro, em relação ao momento atual. Para à fé, o verbo colocado nesta conjugação é profético, expressa uma ação que Deus realizará e não que poderia realizar. Então meu irmão querido e minha irmã querida, pela fé que tenho em nosso Senhor, em se tratando de você que também é filho/a do amado Pai, afirmo que Deus o consolará e fará com que o tempo de bonança também chegue em sua vida.
Deste modo, explano meu entendimento quando à dimensão do seu cuidar.
“E chamou Moisés a Josué, e lhe disse aos olhos de todo o Israel: Esforça-te e anima-te; porque com este povo entrarás na terra que o SENHOR jurou a teus pais lhes dar; e tu os farás herdá-la. O SENHOR, pois, é aquele que vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te espantes” – Deuteronômio 31.7-8.
DO SENHOR NOS VEM O CONSOLO “Porque o SENHOR consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do SENHOR; gozo e alegria se acharão nela, ação de graças, e voz de melodia” – Is 51.3 Frente à adversidade, ao problema, à angustia, à tristeza e às situações que causam dor, podemos sentir o consolo de Deus sobre nós. Algumas pessoas cristãs, em momentos de felicidade, sequer se lembram do nosso amado Pai. Entretanto, Ele jamais nos abandonará (Deuteronômio 31.8; Hebreus 13.5). Isaías leciona que o Senhor consolará o seu povo em momentos de dores, sejam elas leves ou profundas. Quando Isaías fala ao seu povo que sofria imensamente por causa de suas perdas. Com certeza, questionando o infortúnio que se abateu sobre ele, a palavra é profética, Deus consolará e fará. O tradutor do texto bíblico para o português utilizou-se de dois verbos que e encontram no modo indicativo, futuro do presente simples: consolará e fará. Essa conjugação expressa um fato que
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DO SENHOR VEM O NOSSO AMPARO
Em meio ao nosso povo, conheço algumas pessoas que se julgam incapazes, que nunca deram um passo de coragem. Pensam de si mesmas coisas pequenas parecendo que são complexadas e se sentem inferiores em relação às outras. A Bíblia nos orienta, através do apóstolo Paulo, para que não pensemos a nosso respeito além do que convém, mas que pensemos conforme a fé que do Senhor recebemos (Romanos 12.3). Assim, meu amado irmão e irmã, que abandonem esse sentimento de incapacidade, pensem de si mesmo o justo e o correto, isso não é pecado, que sejam mais confiantes. Afinal, o Deus que estão servindo é um Deus que ampara. Vide o texto de Deuteronômio! Moisés anima a Josué e ao povo israelita, firmado na certeza de sua própria caminhada e também por crer na Palavra de Deus, em que o Senhor diz que não te deixará e nem te desamparará. Também digo a você não desista dos
seus sonhos e projetos, não desista das possibilidades que se abrem à sua frente, contentando-se com o bom quando Deus tem o melhor para você. Se tiver clamado e buscado do Senhor uma melhor oportunidade para sua vida e ela lhe apareceu, porque se amedrontar? Lembre-se, Deus não o deixará entregue a sua própria sorte, Ele caminhará com você, amparando-lhe em todo o seu caminho. Se a oportunidade não apareceu, do mesmo modo, Ele estará ao seu lado. Avante. Siga em frente. Não desista. Confie no Senhor. DO SENHOR VEM O NOSSO SOCORRO “Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra” – Salmos 121.1-2. Pessoas já me abordaram dizendo: “Pastor, eu já andei por todos os lugares à procura de socorro, não encontrei ninguém que pudesse me livrar do meu sofrimento, não sei mais o que fazer. Aqui, na Igreja, é o meu último lugar, Deus é a única coisa que não procurei ainda. Há alguma esperança para mim?” Imagino quantas outras pessoas têm andado por aí da mesma forma? Será que Deus deve ser sempre a última tentativa? Meu irmão e minha irmã, Deus deve estar em primeiro lugar sempre. Quem criou os céus, os mares e a terra, não será capaz de socorrer e ajudar a quem por Ele procura para vencer os obstáculos que a vida reserva? O salmista sabia que Deus era o seu socorro e que dEle vinha a sua salvação diante das adversidades. Problemas existirão, enquanto formos vivos, mas em Deus temos o socorro e o livramento. Nossa parte é confiar, agir com fé, descansando no Senhor e a dEle, por sua infinita graça e bondade, é fazer o que lhe é próprio: amparar, consolar e
socorrer. O Senhor faz muito bem a sua parte, precisamos fazer bem a nossa. DEUS NOS AMA “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” – João 15.13. Ao citar este versículo, já me daria por satisfeito e poderia encerrar o tópico. Entretanto, quero que ajudar você a pensar um pouco sobre o assunto. Lembre-se, Deus provou o seu amor por nós enviando o seu Filho para nossa salvação (João 3.16). Aprendemos a amar porque o Senhor nos amou primeiro (I João 4.19). O amor de Jesus Cristo, o nosso Senhor e Salvador, teve sua maior expressão em sua morte na cruz do Calvário para que pudéssemos ser redimidos e redimidas. A afirmação de que o maior amor é daquele que dá a sua vida foi cumprida em Jesus, pois Ele a deu para sermos reconciliados com o Pai. Somos muito amados e amadas por Deus. Que bênção! Obrigado Senhor. FINALIZANDO Sabendo que o nosso Deus consola, ampara, socorre e ama, somos desafiados e desafias a viver como Ele. Afinal, somos discípulos e discípulas do Senhor e o discípulo e a discípula deve fazer e viver como aprendeu com o seu Mestre. Que possamos exercer um ministério de consolo, amparo, socorro e amor, para que o nosso povo se pareça com o seu Senhor. Do Pastor e Bispo, companheiro de caminhada, José Carlos Peres, Pastor e Bispo
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METODISMO I
Junius Estaham Newman, pastor metodista e Superintendente Distrital, foi o pioneiro da obra metodista permanente no Brasil. “J. E. Newman, recomendado para a Junta de Missões para trabalhar na América Central ou Brasil”: essa foi a nomeação que ele recebeu em 1866, na Conferência Anual. Após ter servido durante a Guerra Civil Americana, como capelão às tropas do Sul, observou que muitos metodistas do Sul emigraram para as Américas do Sul e Central e acompanhou-os. A Guerra deixou endividada a Junta, sem possibilidade de enviar obreiros para qualquer local. Newman financiou sua própria vinda ao Brasil, com suas modestas economias. Chegou ao Rio de Janeiro em agosto de 1867, mas fixou residência em Saltinho, cidade próxima a Santa Bárbara do Oeste, província de São Paulo. Desde 1869, pregou aos colonos, mas, dois anos mais tarde, no terceiro domingo de agosto, organizou o “Circuito de Santa Bárbara”.
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O primeiro salão de culto - antes era uma venda - foi uma pequena casa, coberta de sapé e de chão batido. Newman trabalhava com os colonos norte-americanos e pregava em inglês. Um dos motivos da demora de Newman em organizar uma paróquia metodista, é que ele pregava, principalmente para metodistas, batistas, presbiterianos e a todos que desejassem ouvir sua mensagem, pensando ser mais sábio unir os “ouvintes” em uma única igreja, sem placa denominacional. Mas depois, todas as denominações organizaram-se em igrejas, de acordo com sua origem eclesiástica nos EUA. Newman insistiu, através de suas cartas, para que os metodistas norte-americanos abrissem uma missão em nosso país. Em 1876, a Junta de Missões da Igreja Metodista Episcopal Sul, despertada através da publicação das cartas nos jornais metodistas nos EUA, enviou seu primeiro obreiro oficial: John James Ranson. Dedicou-se ao aprendizado do português para proclamar a boa-nova aos brasileiros. Foto do Rev. Justus Nelson e esposa Fannie Nelson.Belém, 1920. Foto cedida ao GEMA, Grupo de Estudos da Amazônia, pelo seu bisneto Brian Holden
J. E. Newman e sua família mudaram-se para Piracicaba, SP, onde permaneceram entre 1879 e 1880, quando as filhas de Newman, Annie e Mary, organizaram um internato e externato. O “Colégio Newman” é considerado precursor do Colégio Piracicabano, hoje Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).
Os dez primeiros anos de trabalho com os brasileiros O período entre 1876 e 1886 é geralmente denominado de “Missão Ransom”, visto que ele organizou toda a estrutura. Ele não teve pressa para estabelecer o campo de trabalho: descartou Piracicaba, fez um reconhecimento do Rio Grande do Sul, mas escolheu o Rio de Janeiro como centro estratégico para propagar o metodismo. J. J. Ransom iniciou sua pregação mais tarde, a fim de dominar o português. Em janeiro de 1878, iniciou sua pregação em inglês e português, no Rio de Janeiro. Os primeiros brasileiros foram recebidos à comunhão da Igreja em março de 1879, sem serem rebatizados. No mês de julho seguinte, quatro pessoas da família Pacheco foram recebidas. Ransom casou-se com Annie Newman, no Natal de 1879, que veio a falecer em meados do ano seguinte. Ele regressou aos Estados Unidos em busca de mais pessoas dispostas a contribuir na tarefa missionária no Brasil. Voltou, dois anos depois, com James L. Kennedy, Marta Watts e o casal Koger. Todos contribuíram na expansão geográfica da missão e também para a educação. A educadora Marta Watts veio como missionária com a tarefa de educar crianças e moças brasileiras. O Colégio Piracicabano, primeiro educandário metodista no Brasil, foi fundado em 13 de setembro de 1881, com a matrícula de apenas uma aluna, Maria Escobar. Fatores como a capacidade e dedicação da diretora e o novo método do Colégio chamaram novas alunas, a partir do ano seguinte. O educandário foi a semente para a Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), criada em 1975. Frances S. Koger, ou simplesmente Fannie, fundou uma escola para crianças pobres em Piracicaba, demonstrando assim, o interesse pela educação de crianças pobres, um fato que não é tão conhecido. Além dos missionários fundadores das principais igrejas: Ransom, Rio de Janeiro, 1879; Koger, Piracicaba, 1881 e São Paulo, 1884; e Kennedy, Juiz de Fora, 1884 - destacam-se, por exemplo, três obrei-
ros leigos que precederam Kennedy na preparação do trabalho em Juiz de Fora e outros primeiros obreiros leigos. Bernardo de Miranda, Ludgero de Miranda, Felipe Relave de Carvalho e Justiniano de Carvalho receberam nomeação episcopal em 1886. Na Conferência Anual de 1887, com exceção de Ludgero, todos foram admitidos à Conferência, em caráter de experiência. Mas na Conferência Anual de 1890, o bispo J. C. Granbery admitiu os quatro obreiros, ordenando-os diáconos. Algum tempo depois, leigas foram chamadas de “Mulheres da Bíblia”, ocupando-se com visitações e leitura da Bíblia com outras mulheres. Em 1° de janeiro de 1886, foi publicada a primeira edição do Metodista Católico, atual Expositor Cristão.
A autonomia da Igreja Metodista no Brasil O movimento pela autonomia começou por volta de 1910. Diversas manifestações surgiram entre a liderança clerical e leiga, que buscavam um episcopado mais próximo do país, anteriormente os Bispos eram americanos e residiam fora do Brasil, uma constituição própria, regularização dos salários, anteriormente em dólares, e uma igreja mais nacional. A Igreja Metodista tornou-se independente da Igreja Americana em 2 de Setembro de 1930, em São Paulo, na Igreja Metodista Central de São Paulo, onde a Comissão Constituinte se encontrou em nove sessões, e onde a Constituição promulgada foi entregue às mãos de Guaracy Silveira. Elegeu-se o primeiro bispo da Igreja, chamado Willian Tarboux, que era americano. O primeiro bispo brasileiro metodista foi César Dacorso Filho, eleito em 1934.
O Crescimento da Igreja no Brasil
No Sul e Sudeste: A Igreja Metodista foi crescendo no Rio Grande do Sul, em São Paulo, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. No Norte e Nordeste: Metodismo na Amazônia faz 125 anos. Igreja Metodista Episcopal do Pará foi a primeira igreja protestante da Amazônia.
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METODISMO I
No dia 1º de julho de 2008 comemoramos 125 anos de fundação da Igreja Metodista Episcopal do Pará (1883), a primeira igreja protestante organizada na
Amazônia, localizada na cidade de Belém do Pará. É importante lembrar que a missão na Amazônia já estava no coração do metodismo desde 1835. Os primeiros passos do protestantismo na Amazônia foram dados pelo pastor Daniel Parrish Kidder. No entanto, a morte precoce de sua esposa o forçou a retornar aos EUA em 1839. Somente a partir de 1880 é que veremos um trabalho missionário metodista mais consubstanciado. Em 16 de junho daquele ano, o Rev. Justus Nelson, sua esposa Fannie Nelson e o missionário William Taylor chegam a bordo do Vapor Colorado no Porto de Belém.
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Rev. Justus Nelson e esposa Fannie Nelson.Belém, 1920 Foto cedida ao GEMA, Grupo de Estudos da Amazônia, pelo seu bisneto Brian Holden O Rev. Justus Nelson veio ao Brasil como missionário da Igreja Metodista Episcopal, norte dos EUA. A missão era de sustento próprio. Logo ele tratou de trabalhar ministrando aulas de inglês nos dias úteis e cultos aos domingos. No dia 27 de junho de 1880, num armazém subalugado, ele celebrou o primeiro culto, ainda em inglês. Já em janeiro de 1881, abriu uma escola metodista chamada “Colégio Americano”. Contudo, em dezembro de 1882, após a epidemia de febre amarela que matou seu irmão John Nelson, sua cunhada que era casada com o outro irmão e a professora Hattie Bacheldar, o Colégio foi fechado. Justus Nelson, então, foi trabalhar como empregado numa loja comercial. Mas estas dificuldades não apagaram a chama missionária da família Nelson. Ainda no final de 1882, o pastor Justus Nelson foi convidado para pregar o Evangelho em português na casa de Justiniano Rabelo Carvalho, na Rua do Rosário, nº 40. E como o espaço ficou pequeno, o culto semanal passou a ser realizado numa casa situada na Av. 29 de Agosto, nº 68, hoje, Av. Assis de Vasconcelos. Foi nesta casa que o povo chamado metodista da Amazônia fundou a Igreja Metodista Episcopal do Pará, testemunhando os desafios do Evangelho nas calorosas terras paraenses. Eleito superintendente do Distrito Brasil, que incluía as missões metodistas do Pará, Pernambuco e Amazonas, Justus Nelson lançou a semente do Evangelho nas cidades de Benevides/PA, Santarém/PA e Manaus/AM. Tudo independente financeiramente da Igreja norte-americana e da tesouraria da Igreja local. Em 1890, no dia 04 de janeiro, surge um dos maiores legados do pioneirismo metodista na Região: o jornal O Apologista Christão Brazileiro, “jornal religioso semanal para famílias, dedicado à propaganda da verdade evangélica”. Seu lema era: “saibamos e pratiquemos a verdade, custe o que custar”. O Apologista Christão Brazileiro começou com uma periodicidade semanal e assim permaneceu de janeiro de 1890 até julho de 1891, período de
maior fôlego do editorial, perfazendo em torno de setenta e seis edições. De agosto de 1891 até janeiro de 1892, o jornal passou a ser impresso quinzenalmente. A partir de fevereiro de 1892 até setembro de 1910, o jornal circulou mensalmente, sendo a cobertura de novembro a dezembro deste ano reunida num único número. Houve uma interrupção de sua publicação em 1910. Somente em 1925, ano de despedida da família Nelson de Belém, sairia a derradeira edição do Apologista, numa espécie de resumo de toda as obras empreendidas ao longo as mais de quatro décadas de missão na Amazônia. Até os dias de hoje, um dos poucos documentos que tínhamos sobre o Apologista era uma compilação da última edição do jornal, realizada pelo professor Duncan Reily, intitulada Metodismo na Amazônia. Esta obra é uma transcrição de um microfilme dos arquivos da Board of Global Ministries of the United Methodist Church, de Nova York. O GEMA obteve acesso aos originais do jornal que estão integralmente “microfilmados” na Biblioteca Pública Arthur Vianna e agora trabalha na divulgação desta riquíssima fonte da história do metodismo no Brasil, especificamente na Amazônia. No dia 02 de setembro de 2007 a Igreja Metodista celebrou 77 anos como igreja brasileira autônima. Mas a proclamação de sua autonomia, no ano de 1930, não impediu que continuasse a receber missionários e missionárias dos Estados Unidos. Nos anos seguintes, muitas pessoas oriundas da Igreja Metodista Unida dos Estados Unidos - e também da Alemanha e da Igreja Unida do Canadá - vieram para se unir em laços fraternos na missão com a Igreja Metodista no Brasil. Hoje, o número de missionários e missionárias estrangeiros diminuiu significativamente. A maioria dos que vivem aqui é de aposentados(as) que escolheram o país como sua casa. No contexto atual, é a Igreja Metodista brasileira que envia pessoas para fora... em número pequeno, é verdade, mas, ainda assim, invertendo a realidade do passado. Além disso, com a nomeação de pessoas formadas pelos seminários regionais para as funções de “missionários designados”, diminuiu a necessidade de ter gente de fora - See more at: http://www.metodista.org.br/historico-metodismo-no-brasil#sthash.it225ul5.dpuf
As regiões eclesiásticas no Brasil No Brasil, as Igrejas Metodistas estão organizadas em Regiões Eclesiásticas: 1ª Região: Rio de Janeiro (Catete, Cascadura, Penha, Jacarépaguá, Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Nova Iguaçu, Realengo, Bangu, Campo Grande, Santa Cruz, Valença, Volta Redonda, Barra Mansa, Resende e Itatiaia). 2ª Região: Rio Grande do Sul 3ª Região: São Paulo (Região Metropolitana, litoral, Vale do Paraíba e região de Sorocaba) 4ª Região: Minas Gerais e Espírito Santo 5ª Região: Mato Grosso do Sul, Interior de SP, Triângulo Mineiro mais duas cidades do Sul de Minas Gerais (Poços de Caldas e Campestre). 6ª Região: Santa Catarina e Paraná 7ª Região: Rio de Janeiro (Niterói, São Gonçalo, Itaocara, Pádua, Araruama. Cabo Frio, Macaé, Três Rios, Petrópolis e Teresópolis). 8ª Região: Distrito Federal ,Goias , Mato Grosso e Tocantins. REMA: Região Missionária da Amazônia REMNE: Região Missionária do Nordeste
Metodismo em números O Metodismo se faz presente em 130 países, somando 12 milhões de membros. Atualmente, a distribuição dos Membros, Igrejas, Congregações e Pontos Missionários no Brasil é: Aprox: 350.000 Membros; 630 Igrejas; 393 Congregações; 508 Pontos Missionários. (Fonte: Cânones da Igreja Metodista 2007, pp. 9; Cânones da Igreja Metodista 2007, pp. 9; Cânones da Igreja Metodista 2007, pp. 160-161; «Igreja Metodista - Quem somos; Helmut Renders, “A presença metodista no Brasil no século XIX”, em: (2005) “Caminhos do metodismo no Brasil”, São Bernardo do Campo: Editeo; Rui de Souza Josgrilberg, “O movimento da Autonomia”, em: (2005) “Caminhos do metodismo no Brasil”, São Bernardo do Campo: Editeo)
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REFLEXÃO I
A MULHER DEFICIÊNTE
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O
dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher. Mas, dia de quais mulheres estamos falando? Das, que seguem um determinado padrão de beleza e comportamentos predeterminados pela sociedade? Das bem afortunadas? Das ditas “normais? O que teriam para comemorar as que não fazem parte das esferas aqui mencionadas? Em especial as mulheres com deficiência de nossas comunidades e de nossa sociedade? Que embora tenham alcançado significativos avanços ainda permanecem vítimas de exclusão e discriminação. Sim, para as que estão a margem talvez não haja muito para festejar, Existem no mundo cerca de 300 milhões de mulheres com deficiência, e 80% delas vivem em países pobres. Elas são marginalizadas e invisíveis para as pessoas que criam as políticas públicas. Seus direitos humanos são massivamente violados, independentemente de sua idade, origem étnica, orientação sexual, religião e outras condições; Somam-se a isto: Um terço de todas as mulheres com deficiência são analfabetas ou têm menos de três anos de educação formal. Quando conseguem trabalho, seu salário é menor do que todas as demais classes de trabalhadores. No Livro teologia e deficiências de diversos autores, Iára Muller ao discorrer sobre a temática da teologia e gênero chama nossa atenção para uma gravíssima violência que afeta mulheres e crianças deficientes. “Existem muitas mulheres e meninas com deficiência (especialmente com deficiência mental) sendo abusadas em hospitais por alguém da equipe de atendimento (especialmente enfermeiros). O mesmo acontece em lares e instituições e em suas próprias casas. Uma das razões que torna as mulheres e meninas com
deficiência mais vulneráveis ao abuso é o fato de que há uma grande falta de informação e inadequada educação sexual. Casos de abuso contra mulheres e meninas com deficiência são raramente relatados à polícia, porque não se acredita no que elas contam”. É fato bastante recorrente o não acreditar no que as pessoas com deficiência falam porque os/as ditas “normais” acham que podem decidir, sentir, e escolher por elas; Neste sentido quando se apresenta o caos e as muitas injustiças também se conclama a igreja de Cristo a combate-las, pois nossa fé precisa ser missionária e cidadã mediante a uma prática que promova a vida em sua totalidade. Nesta direção temos muito por fazer, denunciando todo tipo de exclusão, segregação e escancarando as portas de nossas comunidades nas mais diferentes esferas para que as mulheres com deficiência possam escreverem uma nova página em suas vidas; Devemos viver a alteridade onde o outro me faz existir, entendendo como bem disse Frei Beto: “Quem, na cultura ocidental, melhor enfatizou a radical dignidade de cada ser humano, inclusive a sacralidade, foi Jesus. O sujeito pode ser paralítico, cego, imbecil, inútil, pecador, mas ele é templo vivo de Deus, é imagem e semelhança de Deus”. Feliz dia de todas as mulheres. Reverendo Enoque Rodrigo de Oliveira Leite e Gabriela Leite.
Reverendo Enoque Rodrigo de Oliveira e Gabriela Leite
Pastor na IM em Itapeva e Assessor de Inclusão da IM na 3ªRE enoque.leite@3remetodista.org.br inclusao.regional@3remetodista.org.br
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REFLEXÃO II
É
difícil encontrar uma coisa rara. Há muitos “comuns” na vida. Há coisas raras que têm grande valor; e as que, mesmo raras, não tem valor. Uma pessoa incorrupta está se tornado coisa rara. Ter equilíbrio no viver, também é raro. A fidelidade está em crise...quase se tornando coisa rara. Manter-se fiel aos valores básicos da fé cristã...também está se tornando raro. As novidades é que tem o seu espaço em nossa época. Elas não precisam ser necessariamente expressões de fé genuína. Ser pastor, nem sempre encontramos...está tornando-se raro. Ter na Igreja uma comunidade de fé, adoração, edificação, acolhimento e serviço solidário é raro.
Assim foi todo o seu ministério – deixou lugares, posições, privilégios para viver no meio dos frágeis, abandonados, marginalizados, preconceituosos da sociedade. Deixou a retribuição do mal pelo mal para amar e apegar-se ao bem. A “tudo renunciou” para perdoar – “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem...”. Renunciando a sua posição, o seu destaque, a sua Santidade, assumiu o risco de ser Filho do Homem, sujeito à tentação e ao pecado. Por isso não foi reconhecido pelos religiosos da época, que esperavam um outro tipo de Messias; não foi entendido como Filho de Deus e nem aceito como Cristo pela grande maioria.
É raro, muito raro, no mundo de hoje a abnegação e a renúncia. Somos estimulados a não renunciar nada. Temos, sim que acrescentar, acumular, crescer, ter posição e reconhecimento. Nos relacionamentos humanos, onde mais precisa-se de “renúncias”, não as encontramos. Devido a isso, a intimidade na vida familiar sofre dolorosamente a ausência de uma autêntica comunhão. Renunciar a força, a beleza o prazer, o lucro, a competitividade, o reconhecimento, os lugares de projeção, tornam-se “coisas raras”. Muito mais raro e escandaloso é ter-se um conceito de um Deus que “renuncia a si”. Esse tipo de Deus, para a sociedade de hoje, é fraco, não confiável e não devemos levar em consideração. Deus tem de ser forte, exigente, vingativo, justiceiro, cobrador, legalista; necessita distanciar-se do ser humano e esperar a procura por esses; espera sacrifícios, oferta e coisas tais (ou que tais). Estamos na Páscoa. O que ela pode nos representar? Uma coisa rara! Sim, a coisa mais rara dessa vida: “a renúncia”. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” – II Co. 5.19. Para realizar essa obra reconciliatória Ele teve que “renunciar” os seus direitos visando não “imputar os homens os seus pecados e transgressões”. A vida e o ministério de Cristo foi todo “Renúncia”. Fp. 2. 5-11 fala-nos da renúncia de Cristo em ser igual a Deus; a renúncia de ser Senhor para tornar-se Servo; a renúncia de viver para assumir a nossa morte – a “renúncia do esvaziamento”. Ele esvaziou-se da Sua glória.
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UMA COISA RARA...
A cruz, glória de Paulo e dos cristãos é sinal de vergonha e maldição. É uma autêntica renúncia. Ser crucificado entre ladrões, malfeitores, nem se diga. Mas mesmo ali, renunciou acolhendo um deles e concedendo-lhes a salvação (sem mérito, sem batismo, sem sacramento e nem Profissão de Fé): “Hoje estarás comigo no Paraíso” – um privilégio que tão pouco conseguiram. O que Ele nos fala a respeito: * Se não deixares pai e mãe, não és digno de Mim... * Se não consentires em perder a sua vida, não encontrarás... * Se não tomares a tua cruz e não me seguires... * Se não deixares de ser Senhor e não vos tornardes Servo não sois meus seguidores...
te serviço, solidária comunhão, amor perdoador, restauração com dignidade...justiça com direitos. Somos chamados a “aceitar” a renúncia e o esvaziamento de Cristo. Mais ainda: somos desafiados a consentir em “perder” no lugar de ganhar, de acrescentar, de ter sucesso. Somos enfaticamente convidados a “renunciar”, a assumir um estilo de vida de renúncia – como pessoa, no trabalho, na escola, na sociedade, nos relacionamentos familiares e, acima de tudo, na forma de ser e viver igreja.
“Somos chamados a “aceitar” a renúncia e o esvaziamento de Cristo”
Nada podemos por nós mesmos. Somente nEle e com Ele poderemos seguir o Seu caminho. Ele veio para nos dar vida em abundância...Isso inclui “reQuanta renúncia! Quantos desafios! Quantos sig- núncia, perda, esvaziamento”. nificados raros! É renunciando a nossa confiança em nós mesmos... Poderíamos continuar com citações e mais nossos valores, que alcançaremos a verdadeira citações, mas isso nos basta. vida em Jesus e por Cristo. Para a sociedade moderna isso é lou- Todos somos chamados a nos avaliar, a curvar-nos cura, fraqueza, tontice...ser o “bobo diante do Senhorio e da Glória de Deus, quebranda corte”. tando-nos, tomando o significa“Caminhar duas “A Igreja é chamada a do da cruz de Cristo, assumindo milhas...dar a vitória de Sua Ressurreição, seguir o caminho da avivenciando outra face...reo estar no Espírito “Renúncia” e não do e o viver no Espírito. Dessa fornunciar direitos...lucros... reconhecimento e da ma teremos a graça de consentir posições...reem “perder a vida” e “encontráprópria exaltação” conhecimen-la” nEle e em nosso próximo. to...lugares...” é desprezar a A Igreja é chamada a seguir o caminho da “Renúnvida e ser desprestigiado. cia” e não do reconhecimento e da própria exaltaO que Cristo nos diz? ção. Um chamado a esvaziar-se de sua “idolatria Como nós temos encarado a institucional” e de sua “burocracia formal” para “renúncia”? Como a Igreja ser autenticamente o Corpo Vivo do Senhor Jesus Cristã tem vivido a sua presente na História. fé e Missão? O que a A “renúncia” é uma coisa rara. Rara para a minha História da Igreja vida...a nossa vida...e a vida em sociedade. retrata a respeito “Se o sal não tiver sabor...está pronto para ser jodo presumí- gado fora...” vel Corpo de O que fazer no contexto de uma Sociedade cujos Cristo? valores contrariam aos valores de Cristo e do Seu Tudo me- Reino? nos “re- O mínimo que se requer é coerência. Isso tem um núncia”, alto preço, talvez uma cruz, uma maldição, um ser “ e s v a - abandonado junto com Cristo. z i a - Senhor, tenha piedade de nós! m e n - Uma boa Páscoa para você! to”, coeNelson Luiz Campos Leite renBispo Honorário da Igreja Metodista
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Março/Abril 2017 • CONEXÃO
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PELA REGIÃO
Crescimento saudável por Joyce Plaça Pastora na IM em Butantã
à T N A T BU
Foto cedida pela igreja local
A IM no Butantã tem buscado um crescimento saudável por meio da implantação dos grupos pequenos nas casas há alguns anos. Deus tem gerado frutos abençoados e surpreendentes nesse processo de discipulado como estilo de vida. Nos primeiros anos, o caminho lento fortaleceu a liderança e despertou novos líderes. E a organização dos grupos foi alterada conforme a necessidade e os desafios do contexto urbano. O resultado começou a aparecer nos últimos anos, com acréscimo do número e da qualidade na comunhão entre os irmãos. A cada semestre - tempo de duração da classe para novos membros, cerca de quinze pessoas são recebidas por batismo e transferência. Mas Deus nos abençoou dobrando esse número recentemente. Em outubro, foram recebidas 35 pessoas, sendo 15 por profissão de fé e batismo, 2 por confirmação de batismo, e 18 por transferência de outras igrejas. Uma festa foi celebrada com a presença de mais de cento e cinquenta pessoas, uma nova classe de catecúmenos se iniciou, e “todos os dias acrescentava o Senhor à igreja os que iam sendo salvos” - Atos 2.47. Que seja assim na vida das igrejas na 3ª região, que Deus nos abençoe!
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Março/Abril 2017 • CONEXÃO
à SÃO STIÃO A B SE
Após inauguração do templo São Sebastião já forma líderes por Julio Hora Pastor na IM em São Sebastião
Fotos cedidas pela igreja local
Além do Culto de Posse pastoral realizado no primeiro domingo de fevereiro, a IM em São Sebastião também realizou a entrega de certificados do primeiro módulo da nossa ESCOLA DE LÍDERES - FUNDAMENTOS DA FÉ. Foi um momento de muita alegria, para honra e gloria do Senhor! Além de ser também um passo significativo rumo a implantação do discipulado, capacitando líderes rumo a nova etapa, o trabalho com células.
Março/Abril 2017 • CONEXÃO
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PELA REGIÃO
Crianças nos passos de Jesus por Elaine Rosendal Coordenadora do Departamento Regional de Trabalho com Crianças
Temos que cuidar de nossas crianças! Faço essa afirmação diante do mundo em que vivemos, afinal percebo que está cada vez mais difícil vivermos nele... - temos por ai muitas ofertas às nossas crianças: televisão, internet, Whatsapp, redes sociais, e muito mais... O SENHOR nos deu como herança nossos filhos e filhas. Também coloca sob nossos cuidados, diversas crianças (na igreja, na vizinhança, em família, etc) – situações que devemos nos colocar como mordomos do SENHOR e cuidarmos muito bem de cada um e cada uma delas, ensinando o que é de bom. Conforme a Bispa Hideide Torres Brito (8ª RE) citou em carta no livro “Os horizontes espirituais da criança”, a autora, Cheri Fuller (Editora Vida) nos ensina que a experiência com Deus é algo estimulável aos pequeninos e pequeninas. Ela fala de atividades simples, como a observação da natureza, para gerar um espírito de admiração e maravilhamento das crianças para com Deus, estimulando sua curiosidade natural para buscá-Lo e conhecê-Lo. “As crianças estão em uma fase de vida na qual mais abertamente os seres humanos procuram modelos. Elas imitam nossas palavras, nossos gestos, seguem nosso modo de pensar e procuram, como um espelho, reflexos do que serão. Até que desenvolvam plenamente suas habilidades e capacidades, a imitação é um poderoso meio de aprendizado.”
Fotos cedidas pelo DRTC
Temos que levar nossos pequeninos e pequeninas à busca dos passos de Jesus, com nossos testemunhos, culto doméstico em família e também através das diversas atividades da igreja, como Escola Dominical, culto feito com as crianças, discipulados, células e muito mais. A palavra de DEUS é muito clara quando diz a nós “Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar.” Provérbios 22:6
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Março/Abril 2017 • CONEXÃO
Novembro/Dezembro Março/Abril 2017 2015 • CONEXÃO
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PELA REGIÃO
Novo Assessor Regional
Fotos extraídas do facebook
por Camila de Abreu
O reverendo Renato Saidel Coelho, 44 anos foi nomeado como novo Assessor Episcopal pelo Bispo José Carlos Peres. Além de já ter pastoreado as igrejas no Aeroporto, Santo Amaro, Vila Nova Cachoeirinha e atualmente de tempo parcial, na Água Fria – também já atuou como representante da Igreja Metodista no Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS; gerenciou a Comunidade Metodista do Povo de Rua e a representou junto ao Conselho Estadual de Assistência Social – CONSEAS. Na 3ª Região foi Secretário Regional de Ação Social por 2 mandatos e integrou a Comissão Regional de Justiça. Atualmente, além do novo desafio como novo Assessor Episcopal, o reverendo Renato Saidel, como é mais conhecido, também continuará atuando na Comissão de Relações Ministeriais e Assessor Ministerial (função antigamente conhecida como Gestão Ministerial). O reverendo Renato é casado com Denise Brisac Coelho e pai da Rebeca,14 anos e Ana Luiza, 9 anos. Perguntado sobre suas expectativas em meio ao novo desafio, o pastor declara: “desejo apenas ser usado pelo Senhor, em tudo o que eu fizer”.
Campanha “Quinta-Feira uso preto” A campanha “Quinta-feira uso Preto”, consiste em mobilizar pessoas a se vestirem com roupas pretas em protesto contra a violência sofrida por mulheres ao redor do mundo. A iniciativa tem origem na campanha mundial “Thursdays In Black” (#ThusrsdayInBlack), iniciada na África do Sul, que tomou proporções internacionais com o apoio do Concílio Mundial de Igrejas (CMI). A Igreja Metodista no Brasil escolheu dedicar o mês de março para promover a campanha “Quinta-feira uso preto“, como forma de apoiar essa grande mobilização pelo fim da violência contra a mulher. Acompanhe durante o mês de março a campanha completa em nossas redes sociais! Originalmente, a data representa a luta da mulher por melhores condições de trabalho e por direito ao voto. Esse ano, o 8 de março tem convidado mulheres ao redor do mundo para se posicionar contra a violência e desigualdade. Nos últimos anos, a Igreja Metodista já se posicionou diversas vezes sobre o combate à violência, especialmente através da Confederação Metodista de Mulheres (CMM), que pode falar com propriedade sobre o assunto tendo em vista o esclarecimento que tem oferecido em suas capacitações. A cada encontro de mulheres é debatido a importância de se olhar para os números sobre a violência, principalmente no contexto brasileiro. Com um trabalho que vem sendo realizado desde fevereiro de 2016, diversas frentes de trabalho da igreja já marcaram encontros locais, passeatas e até mobilizações por meio das redes sociais para apoiar a campanha internacional promovida oficialmente pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI). A hashtag #QuintaFeiraUsoPreto é publicada semanalmente pela área nacional da Igreja Metodista brasileira, e apoiada por pessoas que publicam suas próprias fotos usando roupas pretas. - See more at: http://www.metodista.org.br/campanha-quintafeirausopreto-e-promovida-durante-o-mes-demarco#sthash.caT1Nodt.dpuf Extraído do Portal Metodista Nacional)
NOMEAÇÕES
Alterações nas Nomeações Pastorais O Bispo José Carlos Peres, no uso de suas atribuições canônicas, faz a seguinte adequação Área Nacional e alteração no quadro das Nomeações Pastorais – 2017 da Terceira Região Eclesiástica. DISTRITO SUL Campo Belo/Pto.Mis.Dona Catarina Marcio Miguel de Oliveira Arbex, Presbítero, Titular, c/ônus, tempo integral (07) Henrique Camargo dos Santos, Pastor Acadêmico, Ajudante, s/ônus, tempo parcial (01) Entra: Eduardo Moraes Sepulveda, Designado Missionário, s/ ônus, tempo parcial (01) a partir de 01/02/2017 DISTRITO LITORAL Central - Cubatão Jânio César Fernandes Barbosa, Presbítero, Titular, c/ônus, tempo integral (11) Luciene de Oliveira Martins, Designada Missionária, s/ônus, tempo parcial (03) p/ Congr. Cota 200 (Passa a Congr.) Regivania Maria Silva Fernandes Barbosa, Designada Missionária, s/ônus, tempo parcial (02) Praia Grande Israel Alcantara da Rocha, Presbítero, Titular, c/ônus, tempo integral (04) Tays Rodrigues Rocha, Presbítera, Coadjutora, c/ônus, tempo parcial (04) p/ Pto.Mis.Balneário Esmeralda Entra: Vagner Francisco Santana, Designado Missionário, s/ônus, tempo parcial (01) (a partir de 02/02/2017) DISTRITO GRANDE ABC Santo André – Central e Pto.Mis. de Ribeirão Pires Daniel Rocha,Presbítero, Titular, c/ônus, tempo integral (07) Carlos Guilherme F. da Silva Magajewski, Presbítero, Coadjutor, c/ônus, tempo integral (04) Sai: Andreia Fernandes Oliveira, Presbítera, Comissionada 1ªRE, Coadjutora, s/ônus, tempo parcial (02) Angélica Moreira Costa, Pastora Acadêmica, Ajudante, s/ônus, tempo parcial (01) LICENÇA Entra: Andreia Fernandes Oliveira, Presbítera, Comissionada 1ªRE, para estudos. DISTRITO OESTE Itaberaba Tiago de Almeida Valentin, Presbítero, Titular, c/ônus, tempo integral (07) Laura Rocha Costa Valentin, Presbítera, Coadjutora, c/ônus, tempo integral (07) São Paulo, 01 de fevereiro de 2017. José Carlos Peres Bispo-Presidente da 3ª RE 20
Março/Abril 2017 • CONEXÃO
Programa Metodista “UM TEMPO COM DEUS” tem nova direção na RÁDIO TRANSMUNDIAL da Redação
O reverendo Marcos Antonio Garcia, pastor na IM em Santo Amaro, assumiu a programação metodista na Rádio Transmundial, apresentada pelo Bispo Nelson Campos Leite nos últimos 15 anos. O programa conta com o apoio do devocionário no Cenáculo. Ao vivo Quintas-feiras às 10h. Acesse: http://bit.ly/umtempocomdeus_aovivo Reprises Quartas-feiras às 3h (madrugada) Sábados às 18h30. Acesse: http://bit.ly/umtempocomdeus_programas Visite o site e saiba mais: http://www.transmundial.com.br/
EDITAL
EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA OS CONCÍLIOS LOCAIS DAS IGREJAS METODISTAS DA TERCEIRA REGIÃO ECLESIÁSTICA A COREAM da Terceira Região Eclesiástica, reunida em 16 de fevereiro de 2017, aprovou e o Bispo Presidente da 3ª Região Eclesiástica CONVOCA os pastores e pastoras de todas as Igrejas da Região para reunirem o Concílio Local até o dia 30 de abril de 2017 para: 1º) Eleição de Delegados/as Leigos/as ao 43º Concílio Regional, a ser realizado de 01 a 05/11/2017. As eleições são processadas conforme os Cânones de 2017, a saber: – Art. 56. Compete ao Concílio Local: VI - eleger, dentre os inscritos no Livro de Rol de Membros da igreja local: d) os/as delegados/as ao Concílio Regional, dentre os membros leigos da Igreja local, conforme o Art. 84, V, destes Cânones; – Art. 84. O Concílio Regional compõe-se de: V – Delegados e delegadas eleitos/as pelas igrejas locais e campos missionários regionais, na proporção de um/a para até quinhentos (500) membros, e, no máximo, dois (2) para igrejas locais com número de membros superior a esse; § 1º. Só podem ser eleitos/as delegados/as maiores de 16 (dezesseis) anos que estejam arrolados/as há mais de 2 (dois) anos como membros da Igreja Metodista. § 2º. Nas votações de matéria regulada pelo Direito Civil, só podem votar os/as civilmente capazes e os/as emancipados/as, de acordo com a lei vigente. 2º) Das inscrições dos Delegados Leigos/as ao Concílio Regional: As inscrições ocorrerão entre os dias 10 de abril a 10 de maio de 2017, através do site Regional, no mesmo molde das Estatísticas. Os/As Pastores/as titulares receberão o link para acesso ao site, através do seu e-mail institucional, com as devidas instruções para o preenchimento dos dados. Contamos com a colaboração e presteza nas informações solicitadas. Do pastor e amigo, Revmo. Bispo José Carlos Peres Bispo Presidente da 3ªRE
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Março/Abril 2017 • CONEXÃO
PELA REGIÃO
IM informa por Roberto Machado Secretário Executivo Regional da AIM
Como continuam surgindo dúvidas a respeito da contratação de zeladores/as e faxineiros/as, por falta de comunicação entre responsáveis que deixam seus cargos e os que os assumem, voltamos ao assunto para esclarecer e chamar à atenção para o assunto que é importantíssimo. Desde o ano de 2007, está em vigor uma Circular enviada a todas as igrejas a pastores/as, administradores/as e tesoureiros/as que são os responsáveis pelas contratações e respectivos pagamentos. Dita Circular foi reeditada em abril de 2012, porém temos conhecimento de que algumas igrejas/congregações/ pontos missionários, continuam utilizando serviços de zeladoras/es acumulando outras funções, muitas vezes até sem registro e, também, de “diaristas”, que não podem trabalhar para pessoas jurídicas, a não ser quando registradas/ os como “faxineira/o”, “Auxiliar de Serviços Gerais”, “Encarregada/o de Limpeza”, ou, ainda, “Auxiliar de Serviços Gerais”, mesmo quando trabalhe um só dia por semana. Nunca registrar como “diarista” e, muito menos, contratar sem registro. Esta Secretaria, ou o Departamento Pessoal da AW Contabilidade, estão ao dispor para orientar e oferecer maiores detalhes a respeito. Mais uma vez recomendamos que todas as circulares recebidas devem ser arquivadas em pastas próprias, na igreja local e, quando da mudança de administradores/as e tesoureiros/as, sejam repassadas aos sucessores, considerando que devem conhecer e atender as instruções e orientações emanadas da Sede Regional. Outra questão que sempre preocupa é quanto aos documentos que devem ficar expostos em quadro de avisos, em local visível, à disposição da fiscalização. Esses documentos são: cópia do CNPJ; cópia do CCM – Cadastro de Contribuintes Mobiliários (em São Paulo), ou cadastro municipal em outras cidades, e Quadro de Horário de Trabalho dos funcionários registrados. Ainda, em todos os locais em que se reúnem pessoas, deve conter o aviso padrão “Proibido Fumar”. Por vezes, por se tratar de igreja, há certo descuido dessas obrigações legais, que devem ser atendidas pelos/as administradores/as.
Federação Metodista de Homens
por Mauricio Paiva Secretário de Comunicação
“E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros...”. Hebreus 10: 24-25 Começamos esse ano colocando em prática nossas atividades já na primeira reunião da mesa da Diretoria, realizada em janeiro, 17, na IM em Vila Planalto – SBC onde alinhamos o planejamento para realização do 41º Congresso Regional da Federação, que ocorrerá entre os dias 20 e 22 de outubro, no Acampamento Jovens da Verdade na cidade de Arujá –SP. Todas as informações inerentes ao 41º Congresso Regional da Federação serão participadas a todos/as no decorrer dos meses seguintes pelas redes sociais e outros meios de comunicações, para você se programar junto a sua sociedade de homens da sua igreja, para a participação de todos no Congresso. Caminhamos também, com algumas ações, entre elas auxiliamos os irmãos/as que passaram por momentos de muita dificuldade na calamidade das chuvas que aconteceram na cidade de São Roque, também em janeiro. A Federação abraçou esse momento de tanta dificuldade, dor e perda, junto às igrejas da região, promovendo doações para amenizar um pouco dessas perdas e necessidades junto os irmãos/as de São Roque, e na certeza que permeados pela graças do bondoso Deus, conseguimos arrecadar parte dessas
doações, com isso aproveitamos para expressarmos nossa gratidão as Igrejas da Região e demais irmãos/as que de alguma forma, nos ajudaram a com essas doações aos irmãos/as da cidade de São Roque-SP. Deus seja louvado em todo o tempo e os abençoe infinitamente mais a vida de cada um de vocês! A extensão de nossas atividades alcançou também, no dia 28/01/17 a Vigília de Oração nos Montes Menonitas, oportunidade em que homens e mulheres separaram um tempo para agradecer! Interceder! Falar com Deus sobre nossas igrejas, familiares, nossas petições, e a presença Dele em nossa caminhada cada vez mais. Um tempo muito especial, onde todos os irmãos/as estiveram sua intimidade com Deus, multiplicada pela ação do Espírito Santo, fortalecendo a fé mais um pouco para a sua Igreja como um único Corpo em Cristo. Convidamos a todos os leitores/as a acompanharem nossas atividades neste ano tão significativo para a Federação, um ano que certamente será de mudanças na nova eleição no Congresso Regional nos dias 20 e 22/10/17, vão se organizando da sua Representação, participe sua CLAM, sobre o envio de um pelo menos um Homem ao Congresso. “Homens Metodistas em Missões, alcançam e Influenciam as cidades a partir da sua família”, esse será o tema no 41º Congresso Regional, você quer isso para sua Cidade, Igreja e Família? Então venha fazer parte desse Congresso, esperamos por você! Deus nos abençoe!
Fotos cedidas pela federação
Março/Abril 2017 • CONEXÃO
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Uma homenagem da Igreja Metodista na 3ª Região Eclesiástica à juventudo metodista! “Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, pela vista dos teus olhos; abe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.” Eclesiastes 11.9