Realização Projeto Cenáculo Coordenação Ministério Toque de Poder Editoração e Capa Cleber Romero
SEMANA DE ORAÇÃO PELA FAMÍLIA 10 a 17 de maio de 2008 Salmo 128
Apresentação Amados e amadas, Graça e Paz! Nas primeiras páginas da Bíblia Deus deixa transparecer regras para a humanidade sem pecado se relacionar: um com o outro, com a criação, e com o próprio Deus. Para cada um destes relacionamentos, o Criador estabeleceu regras às quais se dá o nome de mandatos. Um desses mandatos, portanto, tem a ver com normas quanto à convivência do ser humano em família e em sociedade. Vê-se, hoje, a necessidade de ajustar cada vez mais nosso foco quanto ao valor e papel de cada um na família. Deus disse a Adão e Eva: “Sede fecundos, multiplicai-vos…” (Gn 1.28). Quanto ao relacionamento entre marido e esposa, a Bíblia também se pronunciou: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” (Gn 2.24). Convictos de que há valores a serem resgatados e mandatos a serem cumpridos, vimos propor um tempo de pensar e orar pela família. A Campanha Regional da
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Família, cujo tema neste ano é: “Família Uma videira frutífera”- compõe-se de 2 movimentos: A Vigília Regional da Família, dia 9 de maio, e a Semana de Oração pela Família, de 10 a 17 de maio. Nosso desejo é contribuir na direção da revitalização e fortalecimento da vida devocional da família. Para isso, apresentamos um devocional elaborado, de forma carinhosa, com a participação de várias pessoas, representantes de famílias e líderes de nossa Região. Que seja esse um tempo de pensar e orar pela família de forma amorosa, a fim de que laços sejam restaurados e fortalecidos. Deus Pai nos abençoe como pais, mães, filhas e filhos. Paz! Orando, sempre,
Soraya, Junior Junker e filhos Ministério Toque de Poder
SALMO 128 1 BEM-AVENTURADO aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. 2 Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. 3 A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. 4 Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR. 5 O SENHOR te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida. 6 E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel
COMO USAR O DEVOCIONAL Foram pensados 7 dias de oração com um tema para cada dia. 1- A família deve reconhecer a necessidade de estabelecer um horário para vivenciar a devocional; 2- No horário programado, a família deve se reunir, lendo o texto bíblico, o texto tema, meditar como proposto e orar juntos. 3- Sugerimos que durante a semana seja mantido um espaço preparado com a figura de um cacho de uva, que pode ser feito a partir de balões e pregados na parede. Cada dia um balão será cheio com as orações escritas e colocados dentro dele, considerando o foco do dia. 4- A dinâmica do momento pode variar com inserção de cânticos e motivos específicos de oração da família. 5- Sejam breves e dinâmicos, a fim de estimular os pequeninos e/ou jovens a participarem. 6- Que haja unção renovada do Espírito sobre a família. Em todo tempo: ORE! 7- Prepare o momento reservando Bíblias, papéis, balões e canetas.
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MODELO DINÃMICA
1- Cada dia, escrever os pedidos/orações, enrolar o papelzinho colocando dentro do balão antes de encher; 2- Vai colando na parede com fita adesiva a partir da base; 3- No sétimo dia, encher o último balão, pegar os demais, estourando-os num momento de celebração.
O PAPEL DO PAI NA FAMÍLIA Salmo 128
Creio ser a Família um Projeto do Coração de Deus. Como um Deus relacional, Ele nos criou para o relacionamento. A Família é o espaço mais importante para os relacionamentos humanos. A Palavra divina nos oferece orientação, princípios, valores e modo de ser que caracterizam uma família sob a Graça. Sabemos que, como pessoas e famílias, estamos sempre em "construção", havendo sempre áreas onde Cristo carece nos podar, quebrantar e aperfeiçoar. A Família, nos últimos tempos tem sofrido impactos da Sociedade, em especial dos "meios de comunicação" (mídia). Além disso, a ausência de valores éticos e de cuidado com a moral tem prejudicado a vida familiar. A situação econômico-social afeta diretamente os relacionamentos, em especial numa sociedade onde a competição e o consumo são destaques de importância. Tenho lido e avaliado o fato da "ausência do pai na família". Há muitos lares que contam apenas com a mãe e, alguns, com os avós. Os filhos ficam à mercê da Escola, do meio ambiente social e da Igreja, sendo que essa nem sempre cumpre o seu papel de orientadora e sustentadora da família. A ausência do referencial paterno ou a imagem de um pai ausente, injusto e indiferente têm prejudicado muito a formação das crianças, em especial dos meninos. Com as mudanças sociais, a emancipação da mulher, em especial economicamente, o pai tem deixado
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de ser o único provedor do lar. Ser provedor era uma de suas maiores responsabilidades, hoje repartida com a mulher e com os filhos. Nessa bi-participação orientadora do lar, muitas vezes, falta orientação, condução e definição de liderança, quando não contradições entre pais e mães, prejudicando grandemente os filhos. Vejo que Dons e Ministérios têm concedido "meios adequados" para a condução da família. A falta de liderança, de definição paternal e maternal, de uma disciplina orientadora, educadora e corretiva, tem concorrido para fragilizar a vida da criança e dos adolescentes, deixando-os sem referencial. A figura de Deus como Pai é indicativa para nos guiar em nossas atribuições paternais: • Ele nos ama... doa a Sua graça... • Orienta, educa, objetivando a dependência dÊle e a convivência com Cristo. • Dá sustento e amparo sempre, em especial nos momentos de dificuldade. • Não nos deixa sós. Acompanha-nos, qualquer que seja a situação em que nos encontramos. • Ouve, dialoga, anseia por comunhão e um relacionamento com intimidade. • O seu afeto é motivo de cativar-nos. Não é um cobrador, um jurista, mas um Pai que nos ama e se interessa pela nossa vida. • Dá de Si, de Seu tempo, de Sua vida, a ponto de perdê-la para nos alcançar. • Busca criar em nós a capacidade de termos uma liberdade com responsabilidade. Na Parábola do Filho Pródigo, ou melhor, do "Amor Paterno", mesmo
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discordando e prevendo o desastre da escolha do filho, aceita-a e, a partir daí, vive no anseio do seu retorno. • Vê em seus filhos, apesar do pecado, valores, potenciais, virtudes, aptidões que aprecia e os orienta no sentido de desenvolvê-los e aperfeiçoá-los, não apenas para o seu próprio bem, mas para uma vida relacional, comunitária e social. • Quando seus filhos o aceitam, acolhem a Cristo e vivem sob a ação do Espírito, expressa uma grande alegria. • É doador, abençoador prazeroso em conceder o necessário para uma vida digna para todos os seus filhos, o que não significa acomodar-se aos critérios de bens, abundância e lucro de nossa sociedade. É à luz da totalidade da Palavra divina, em especial na Imagem do Deus Pai, abundantemente ilustrada e afirmada por Cristo, que somos chamados a assumir a nossa responsabilidade paterna. Somos humanos, falíveis, com deficiências e, devido a isso, carecemos da graça divina e da presença de Cristo e do Seu Espírito para vivenciarmos o nosso papel de Pai. Nada mais significativo e importante do que "Orar a favor da Família", Orar em Família, fazendo do lar um Centro de Intimidade com o Pai. Com o nosso afeto e carinho, Nelson Luiz Campos Leite, Bispo
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Para meditar juntos: Quais as características mais marcantes de Deus que podemos enxergar em nossos pais? Foco de Oração: Os pais. Que sejam levantados como sacerdotes com unção renovada. Quem ora? Os filhos devem orar pelos pais.
O PAPEL DA MÃE NA FAMÍLIA “Tua esposa no interior de tua casa, será como a videira frutífera”. Salmo 128.3a
A videira é uma planta arbustiva, que se fixa nos suportes se enrolando através de uma estrutura especial denominada gavinha. Há duas estruturas que dão sustentação à videira: Raiz e gavinhas. Através da raiz ela se alimenta e alimenta os seus ramos; através das gavinhas ela se expande alongando seus ramos, permitindo seu crescimento. Li certa vez que em Hampton Court, em Londres, havia uma videira que algumas vezes produzia alguns milhares de cachos de uva, e as pessoas ficavam espantadas com seu enorme crescimento e rica frutificação. A causa foi descoberta. Não muito longe de lá passa o rio Thames, e a raiz da videira se esticou, centenas de jardas, até chegar à beira do rio, e, em seu rico lodo, encontrou nutrição e umidade. As raízes levavam a seiva por toda aquela distância para dentro da videira e, como resultado, havia uma abundante e rica colheita. Falar do efeito da raiz na videira diante da comparação sugerida pelo salmista é reconhecer a habilidade da mulher no papel de mãe, de buscar no
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interior, a força para alimentar. Da vida interior devem jorrar o conhecimento, a sabedoria dos conselhos, as instruções. A mãe que alimenta o seu fruto desde o ventre, depois o faz através da amamentação e, posteriormente, através do alimento produzido, deve ter sempre em mente que é parte de sua função alimentar os ramos/filhos espiritualmente, ensinando-os desde a mais tenra idade sobre Jesus, sua palavra, ensinando-os as práticas da vida cristã e do relacionarem-se com Deus. A busca contínua da mãe permite que os ramos sejam alimentados de forma apropriada. Sua segunda forma de sustentação e crescimento está nas gavinhas. Por mais simples e frágil que seja a aparência dessa estrutura, ela dá vazão ao avanço dos ramos agarrando-se a outros ramos, folhas, galhos, tendo que se curvar em volta deles. Falar de seu efeito na comparação sugerida é reconhecer a habilidade da mulher no papel de mãe, de agregar valores, de se expandir através da experiência dos que a cercam, deixando-se modelar pelo partilhar. A mulher no papel de mãe aprende a dar e a receber, e deve ter sempre em mente que sua função não lhe credita apenas o direito de falar, mas de fazendo, agindo, testemunhar. Isso trará aos seus filhos maior crescimento. O salmista compara a mulher dentro de casa a uma videira. Uma estrutura ligada à terra e outra ligada ao
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ar, assim é a mulher no papel de mãe. Uma pessoa antenada com as coisas do cotidiano, sem perder de vista as coisas do alto. Alguém que se exercita em dar atenção às coisas simples e necessárias do dia-a-dia, sem deixar de visualizar as coisas eternas, sem deixar de sonhar; disposta a alimentar e exercitar o corpo, a alma e o espírito. O salmista compara a mulher dentro de casa a uma videira frutífera. O seu fruto abundante é também símbolo de alegria. Uma mulher sábia, como mãe, edifica sua casa com fruto do espírito. Dá sabor aos relacionamentos, tornando-os produtivos e saudáveis. Soraya de Lima Junker Ministério Toque de Poder Para meditar juntos: Quais os ensinos mais marcantes deixados pela nossas mães? Foco de oração: As mães. Que elas sejam alimentadas e fortalecidas pelo Senhor no corpo, na alma e no espírito. Quem ora? Os filhos devem orar pelas mães.
O PAPEL DO/A FILHO/A NA FAMÍLIA “Portanto, como povo escolhido de Deus, santos e amados, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros, Perdoem como o Senhor lhes perdoou”. Cl 3.12-13. Leia também Salmo 128
Como filhos, devemos somar em nosso lar com atitudes que possam contribuir com a fluência do Espírito Santo, com ações que dão liberdade para o coração do Pai ser revelado a cada momento, principalmente diante das dificuldades. Ou seja, nossas ações e reações têm que ser baseadas na Palavra, pois ela é verdade; a Palavra é a instrução, é o guia para aqueles que verdadeiramente nasceram de novo de como viver e vencer o mundo e conquistar o Reino, assim como nosso amado Jesus! O versículo acima nos traz orientações de como os filhos devem agir dentro de suas casas: • Compaixão: como filhos, devemos reconhecer as falhas de nossos pais, nossos irmãos e nos mover em seu favor, auxiliadores para o crescimento de todos, como alguém que soma e não divide! Acusação não ajuda a mudar, é preciso mostrar o erro falando com amor e com a Palavra a atitude correta que se deve tomar.
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• Bondade: quando nós conseguimos definir que uma pessoa é bondosa?! Quando nós vemos pureza no que ela faz, verdade em seus atos. Como filhos, devemos ser verdadeiros em nossos atos abençoar! Em tudo que fizermos, falarmos, temos que nos perguntar: “Isso abençoará?” “Este tipo de comentário vai abençoar?” Abençoar significa contribuir para resultado positivo com ações e palavras! • Humildade: um filho deve desejar ver o crescimento familiar em todos os sentidos: espiritual, intelectual, material e emocional. Por isso, deve reconhecer no que tem falhado, no que tem errado, no que é fraco e precisa ser fortalecido. • Mansidão e Paciência: ter zelo em como falar, em como agir, se expressar de uma forma que não acabe dando duplo sentido, e principalmente saber calar. Quando nos calamos e clamamos a Jesus, deixamos à justiça de Deus a incumbência de revelar o certo, o correto, a verdade, mas quando abrimos nossa boca, colocamos nosso dedo, trazemos esse juízo para os homens, e a justiça do homem é limitada! • Perdão: uma casa só prospera se há perdão! Sem perdão, feridas não são curadas e a distância entre filhos e pais , irmãos e irmãs, só aumenta. O perdão faz com que o rompimento termine, com que o abismo dentro da família se acabe. Nós filhos precisamos reconhecer no
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que temos errado e pedir perdão, ser um exemplo de perdão para os pais e para nossos irmãos, para que a família não tenha brechas por onde Satanás tenha acesso. O perdão no lar faz com que Jesus tenha livre acesso à casa! “Perdoem como O Senhor lhes perdoou”. O Senhor quer fazer do seu lar morada do Espírito Santo e, através de sua vida, um canal fluente do Seu Trono! Preste atenção nessas oientações e com certeza desfrutará de uma nova vida em família! Hygor Junker Ministério Toque de Poder Para meditar juntos: Como temos agido no papel de filhos? Temos abençoado nosso lar? Foco de oração: Os filhos. Que sejam como rebentos de oliveira. Quem ora? Os pais devem orar pelos filhos
O PAPEL DA FAMÍLIA NA IGREJA “Bem aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa no interior de tua casa será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor”. Salmo 128.1-4.
Desde a criação Gn 1.26-28, encontramos o propósito amoroso de Deus revelado na necessidade do homem e da mulher fazer parte da vida um do outro. A família faz parte do projeto de Deus! Assim, a família reflete uma das nossas maiores necessidades; li há um tempo atrás: “nós precisamos uns dos outros, diferente dos animais, precisamos de uma família”. Somos desafiados a buscar uma família que seja benção na vida da Igreja. Também aprendi ao longo destes anos de vida cristã: família forte igreja forte! Deus idealizou uma criação perfeita, se não fosse o pecado isto seria uma realidade! O Salmo 128 nos apresenta uma proposta de família ideal, e creio que este é o sonho de todos nós, uma família que vive em perfeita harmonia, em que o salário do
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mês é suficiente para todas as despesas, que não acontecerão imprevistos, e se eles acontecerem estarão sendo resolvidos, os filhos se darão super- bem, os pais, viverão numa eterna lua de mel... Este é sempre o nosso sonho, nosso desejo! De fato, desejamos uma família abençoada por Deus, onde tudo possa correr bem! Neste contexto ainda, destacamos que os filhos têm a facilidade do conhecimento, pois acessam através da internet, por exemplo, vários meios de comunicação, bibliotecas, porém, em muitas situações, apesar de tanto conhecimento, estão cada vez mais afastados dos pais, da família, enfim da própria sociedade que está em torno dele, falta-lhes muitas vezes a sabedoria. Outra questão, o mandamento de Deus como principio de vida, “honra pai e mãe”, parece que caiu em desuso. A família deve e precisa ser alicerçada na palavra do Senhor. A família deve viver os valores do evangelho na Igreja e através do testemunho da Igreja. O salmista oferece uma pista para este exercício, “o temor do Senhor” é o caminho para ser feliz, para ser bem aventurado. A igreja tem um papel fundamental para desenvolver aspectos da vida cristã, a partir do temor do Senhor.
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Na igreja existe um espaço para que a família possa reencontrar o caminho da comunhão, do temor do Senhor e encontrar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador! Por isso faça esta pergunta: “Como vai a minha família”? O propósito de Deus não mudou! Ao contrário, a família continua no coração de Deus. O que você pode fazer? Investir na sua família! Se precisar dizer eu te amo! Diga agora! Se precisar pedir perdão faça agora! Se precisar perdoar libere o perdão! Resgate a importância do culto doméstico, tempo de oração como casal, tempo de oração com os filhos. Precisamos ser criativos, vencer as barreiras do tempo e dos compromissos familiares e vivermos um tempo de comunhão espiritual no sentido de fazer a vontade de Deus em nossa família. Rev. Marcos Antonio Garcia Pastor Catedral Metodista SP Recomendo a leitura do texto do Bispo Josué Adam Lazier, “Quando a família acolhe a graça”, 2004.
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Para meditar juntos: Qual a nossa contribuição na Igreja? Quais os frutos? Foco de oração: A Família. Que haja saúde física, emocional e espiritual. Quem ora? Todos devem orar
O PAPEL DA FAMÍLIA NA SOCIEDADE “Agora, pois, temei ao SENHOR, e servi-o com sinceridade e com verdade; e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais além do rio e no Egito, e servi ao SENHOR. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.” Josué 24.14-15. Leia Salmo 128
Sem dúvida nenhuma família é um projeto de Deus e, sendo um projeto do criador e sustentador de nossas vidas, tem um propósito e sua garantia de sucesso; não é um projeto falido como muitos estão falando por aí. Família nasceu no coração de Deus. Vivemos em uma sociedade onde tudo está relativizado, onde o certo depende de quem fala, onde família não é mais referência, onde os princípios da vida estão esquecidos. Mas nós somos uma comunidade de discípulos e discípulas de Jesus, com a missão de testemunhar a graça de Deus e de fazer outros discípulos/as. Para que consigamos frutificar em nosso tempo não podemos negociar princípios espirituais. Deus
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estabeleceu para nós como seu povo um maravilhoso manual para o sucesso familiar não um sucesso como do cinema ou da televisão, que não passa de aparência, mas a prosperidade do Senhor, que está em cumprir a sua vontade, expressa em sua Palavra. A Bíblia é mais do que um livro de orientações; é regra de conduta e fé. Temos sobre nós a promessa feita a Abraão: “sê tu uma bênção; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra; te abençoarei e te multiplicarei”. Como família nosso papel é fundamental, pois a família continua sendo a base da sociedade. Para termos uma sociedade abençoada é preciso que tenhamos famílias firmadas no Senhor e na sua vontade, vivendo os princípios de amor, respeito, fidelidade e obediência. No salmo destacado percebemos que tem família frutífera quem anda nos caminhos do Senhor. Outro exemplo é o de Josué: não podemos ser levados pelos ventos dos costumes ou das modas ao nosso redor; temos que tomar posição e romper com tudo que não é aceito por Deus. Temos, como povo metodista, uma herança muito forte: somos desafiados a viver em santidade, no meio de nossa gente, sem negociar princípios espirituais, mas sendo sal da terra e luz do mundo. Meu querido e minha querida, sua família é o alvo da bênção de Deus. Busque ao Senhor e clame por sua
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visitação; Ele desatará os céus sobre sua casa que, então, ao invés de ser influenciada pela sociedade, será referência da presença de Deus. No amor de Cristo e em oração, Rev. Marcos Antonio Julião IM Central em Santos Para meditar juntos: Como os outros vêem nossa família. Qual nosso testemunho? Foco de oração: Oremos pelos relacionamentos familiares. Que haja conserto, amor renovado e PAZ nos lares. Quem ora? Todos devem orar
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O PAPEL DA IGRELA • FAMÍLIA MAIOR • NA SOCIEDADE A família, como uma das mais importantes ordens da criação divina, deverá ser sempre um destaque em nosso dia-a-dia. A família está presente em todas as sociedades conhecidas. As raízes da família encontram-se no mais profundo da natureza biológica do homem e da mulher. Pode-se dizer, com muito acerto, que ela é um verdadeiro berçário da humanidade. E, por isso mesmo, ela é indispensável para formação total da pessoa humana e da sociedade. Porém, esta face iluminada da família parece um tanto ofuscada, pois ela encontra-se hoje envolvida por uma séria situação de crise, especialmente, dentro do contexto de uma sociedade marcada pela chamada pósmodernidade dentro de seus paradigmas conhecidos: individualismo, competição e sedução pelo mercado. Entretanto, deve-se levar em conta o seguinte: quando se afirma que a família está em crise, quer-se dizer exatamente que ela acha-se perplexa, sem saber muito bem o que quer, diante das rápidas transformações que se sucedem hoje na ordem social. Uma situação de crise não
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significa derrota e fracasso. Pois, a crise não é nem negativa e nem positiva, mas sim um perigo que está à vista, mas também uma oportunidade para superá-la. A crise incomoda porque derruba posições ultrapassadas, apontando para o novo que surge, A família está realmente em crise, dentro de uma crise global. A crise aponta para mudanças. A situação de mudança exige, sem dúvida, uma apurada reflexão por parte da família e da Igreja. Elas são aceleradas e têm seus motivos na tecnologia, ciência, progresso e, especialmente, nos meios de comunicação social. Estes, por excelência, em suas notícias, programas variados, atingem as pessoas, modelando sua maneira de ser e querer, inoculando-lhes um novo estilo de vida quase sempre competitivo e consumista. Essas e outras influências estão desmotivando a família no verdadeiro cumprimento de sua missão no projeto de Deus e, especialmente, no que concerne à sua função como transmissora de valores fundamentais para a sociedade e para as novas gerações que dizem respeito à cidadania, valores éticos que se referem às diversas formas de comportamentos e valores religiosos ou espirituais, que lembram nosso amor a Deus e ao próximo, ensinando nosso dever quanto ao cultivo de nossa vida espiritual. Portanto, a crise familiar também é profundamente espiritual.
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Dentro desse cenário de crise e oportunidade, na verdade, entra o papel importantíssimo da Igreja. Biblicamente, Igreja, família ou a Casa de Deus (1 Tm 3. 15; Hb 3.6). Nessa perspectiva, amplia a nossa visão de família, levando-se em consideração que ela vai além do conceito consangüíneo, ou seja, a Igreja é família de todas as pessoas transformadas pelo poder do Senhor Jesus Cristo. Por isso, dentro da visão social a nossa Igreja Metodista reafirma: “Deus criou os povos para constituírem uma família universal. Seu amor reconciliador em Jesus Cristo vence barreiras entre irmãos e irmãs e destrói toda forma de discriminação entre os homens e mulheres. A Igreja é chamada a conduzir todos a se receberem e se afirmarem uns com os outros como pessoas em todas as suas relações: na família, na vizinhança, no trabalho, na educação, no lazer, a religião e no exercício dos direitos políticos (Citação do Credo Social da igreja Metodista). A Igreja dentro de sua responsabilidade junto à comunidade interna e externa tem muitos desafios que podem ser trabalhados de forma séria e prática. Por exemplo, a) destacar a família com uma pequena igreja doméstica; b) estimular o cultivo de um ambiente de oração, de comunhão, unidade e serviço mútuo;
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c) insistir na necessidade de um processo educativo maduro, envolvendo todos os membros da família, de tal modo que todos se tornem agentes e responsáveis para atuar na missão cristã, na comunidade; d) a família não deve viver só para si mesma, mas tornar-se uma verdadeira agência missionária na vizinhança, especialmente, um processo educativo do amor, uma orientação sexual que deverá ser oportuna e integral, deixando bem clara as forças saudáveis, o valor e o alcance do amor, do afeto, da compreensão, da aceitação e da sexualidade humana; e) acompanhar e ajudar ao casal mostrando-lhe o nível sacerdotal da paternidade e maternidade, bem como ajudando o casal a crescer em seu amor a Deus, em sua fé, aprofundando-se no ministério do matrimônio cristão; f) por fim, a Igreja tem uma grande atribuição de ser comunidade de apoio, acolhimento, reconciliação, partilha da graça do Senhor numa sociedade marcada pelos sinais da exclusão. Nesse sentido, desejamos que o tema da Igreja “Testemunhar a Graça e fazer discípulos e discípulas” possa alcançar a totalidade da família e, conseqüentemente, a Igreja possa ser sinal de vida para a família humana. Adriel de Souza Maia, Bispo.
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Para meditar juntos: De que forma nossa Igreja tem contribuído para melhoria de nossa cidade/sociedade? Foco de oração: As igrejas. Que sejam verdadeiras agencias missionárias. Quem ora? Todos devem orar
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