TCC / TFG | MERCADO MUNICIPAL PEDRO LUDOVICO: Trocas e Convivência no Espaço Público

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MERCADO MUNICIPAL PEDRO LUDOVICO Trocas e Convivência no Espaço Público

Aira Fontenelle

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ARTES VISUAIS ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MERCADO.MUNICIPAL PEDRO.LUDOVICO Trocas e Convivência no Espaço Público Volume I

Aira Fontenelle

Goiânia 2019



MERCADO.MUNICIPAL PEDRO.LUDOVICO Trocas e Convivência no Espaço Público

Aira Fontenelle

Orientadores: Fernando Antônio Oliveira Mello

Goiânia 2019


ÍNDICE Apresentação Introdução

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O Tema A História do Mercado Popular em Goiânia

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O Mercado Pedro Ludovico

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O Lugar Diagnóstico

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Estudo de Caso Mercado Municipal de Pinheiros

51

Partido Prognóstico

61

Metodologia

64

Síntese

66

Projeto Escala Macro

75

Escala Meso

81

Escala Micro

89


5


INTRODUÇÃO O mercado como lugar de troca, transcorreu a história devido ao seu potencial sociocultural, muito além da compra, venda e entreposto de abastecimento. Configurou-se como um espaço que permeia o cotidiano e a vida em comunidade por meio da experiência cultural, do encontro e da sociabilidade. Se os mercados públicos se mantêm vivos e atrativos, muito se deve ao fato de adaptar-se às transformações da cidade, de se metamorfosear, como mostra Pintaudi (2006). As trocas comerciais começaram, muitas vezes, com as feiras e tinham caráter itinerante. No decorrer do desenvolvimento das cidades, com a necessidade de concentrar produtos, organizá-los por tipo e permitir o funcionamento diário das vendas foram construídos os mercados públicos. Locais que induziram, em alguns casos, a formação de regiões comerciais. Muito frequentado, o mercado passou a fazer parte do imaginário da população, do sentimento coletivo. Em Goiânia, a história desses lugares de trocas caminha junto com a da cidade, desde os anos de sua construção. Hoje, a cidade possui seis mercados: Mercado Municipal de Goiânia - Central (1941/1986), Mercado Bairro Popular (1952), Mercado Campinas (1954), Mercado Vila Nova (1957), Mercado Centro-Oeste (1958) e Mercado Pedro Ludovico (1963). Sobreviventes aos processos de transformações urbanas que acompanham a história da cidade, seguem como memória da mesma e com grande potencial para funcionar como catalisadores de pessoas e mecanismos de requalificação urbana Esse é o caso do Mercado Municipal Pedro Ludovico, nele a vitalidade do espaço de trocas e de encontros típicas dos mercados, acontece apenas em seu entorno, na parte externa. O corredor central do edifício permanece vazio, ainda que sua imagem seja um marco no contexto em que está inserido.


Prevendo o potencial do Mercado Municipal Pedro Ludovico como um dos usos capazes de estimular a apropriação da parte central do bairro, esse Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) traz como proposta a intervenção em tal edificação, no sentido de assumí-la como ponto de partida para uma proposta de requalificação dessa parte central. Parte-se do entendimento que o mercado pode exercer uma função social e comunitária que vá além de suas funções econômicas. Como discute Servilha e Doula (2009, p. 123), é ver o mercado “como um espaço público no qual relações de trocas não comerciais encontram-se associadas a produção de sentimentos de pertencimento comum, reciprocidade e identidade coletiva em seus frequentadores.” Trata-se de repensar o Mercado Pedro Ludovico e seu entorno como palco para o desenvolvimento de relações de sociabilidade e identidade coletiva.

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O TEMA



A HISTÓRIA DO MERCADO POPULAR EM GOIÂNIA

Para compreendermos a pertinência da intervenção no Mercado Municipal Pedro Ludovico é importante situarmos, tanto a sua trajetória quanto a do bairro, no contexto histórico de Goiânia. Ambos fazem parte de um outro lado da grande história da capital moderna. Mostram o lado do cotidiano dos operários que, ao edificarem a cidade nova, construíram também relações sociais e culturais. (BERNARDES, 2009) Goiânia nasceu com um objetivo claro, pelo ideal de progresso da época, de ser a nova capital moderna do estado. Para Borges (2013), ainda assim, eram nítidos o contraste da formação cultural marcada por hábitos e costumes tradicionais de seus pioneiros com o ideal de modernidade que era edificado. Dentre os pioneiros estavam os operários que vieram de diferentes localidades para trabalhar na construção da cidade. Bernardes (2009) pontua que além de trabalho, famílias inteiras buscavam também a oportunidade de uma vida melhor sem, contudo, existir ainda um lugar para abrigá-los e abastecê-los além do município de Campinas. A região escolhida, embora oferecesse requisitos topográficos indispensáveis para a construção da nova capital, apresentava dificuldades infraestruturais [...]; e a dificuldade de atendimento relativo a alimentação, moradia, saúde, lazer aos trabalhadores recém-chegados de outras regiões. Na época existia apenas um restrito comércio no município de Campinas, e a Cantina do Estado... (BERNARDES, 2009, p.38)

Sobre a habitação, ocupações além do planejamento da cidade começaram a surgir próximas à Campinas, ao córrego Botafogo (Botafogo de Baixo) e, ao sul, na região conhecida como “Bairro dos Macambiras”. Ocupações que originaram os bairros Vila dos Operários, Vila Nova e Pedro Ludovico. (COSTA, 2016) A questão do abastecimento, restrita ao comércio existente em Campinas, tiveram as feiras e mercados municipais como alternativa até o desenvolvimento comercial da cidade. Como mostra Borges (2013), tais locais de troca cumpriam a função de suprir as necessidades de abastecimento local, já que o quantitativo de moradores aumentara 11


significativamente com a vinda de trabalhadores para construção da cidade. Segundo relatos apresentados por Borges (2013), feiras como a da região de Campinas e da parte central da cidade nasceram de forma espontânea, sem interferência do poder público, antes mesmo da inauguração oficial da capital (1942). Nela produtores agrícolas do interior do estado comercializavam, de forma improvisada, produtos cultivados e colhidos em suas propriedades. Já sob iniciativa do poder público, no mandato do prefeito Oriovaldo Borges Leão, foi noticiado pelo Jornal O Popular, de 1946, que seria instituído o funcionamento das feiras “para tentar solucionar o problema de escassez no abastecimento de alimentos da população, principalmente, a residente em Campinas” (BORGES, 2013, p.33). Várias feiras foram criadas, por intermédio da prefeitura, para resolver o problema de abastecimento. A autora considera a presença delas como uma das “características culturais que se configuraram em Goiânia a unir o moderno e o tradicional.” (BORGES, 2013, p.32) A construção dos mercados municipais veio na mesma frente, por parte da administração pública. Borges (2013) relata que os mercados municipais fizeram parte de uma proposta higienista de ordenar as atividades das feiras, como mostra matéria do Jornal O Popular de 12 de janeiro de 1947: Promessas do candidato Jerônimo Coimbra Bueno: “Combaterei ativamente o cambio negro e a especulação, estabelecendo locais adequados para a instalação de feiras livres e produtos da zona rural, feiras de aves e de animais para funcionarem aos sábados e domingos em todas as cidades do Estado, visando contacto direto e convivência sistemática entre os criadores e lavradores e as populações urbanas e o barateamento dos produtos alimentícios mediante isenções de impostos, e concorrência livre, onde couber, promover a construção de mercados municipais com as mesmas finalidades”. (O POPULAR, nº 794, Ano IX, 2ª página, apud BORGES, 2013, p.38)


Figura 01 Setor Central - Rua 4 Vista AĂŠrea Mercado Municipal Central

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Segundo Borges (2013), o primeiro mercado municipal de Goiânia foi o Mercado Municipal Central, construído pelo prefeito Venerano de Freitas, em 1941, onde hoje está o edifício Parthenon Center. A princípio, a feira e o Mercado coexistiam um de frente para o outro, logo mais a feira passou ocupar o interior do Mercado, como relata Borges: Segundo informações coletadas pela cineasta goiana Alyne Fratari e que deram origem ao filme “Histórias que moram no Mercado” (2004), os feirantes que atuaram na Feira Livre da Rua 04 foram “incentivados” pelo governo municipal a se transferirem e exporem seus produtos no Mercado Municipal. O Mercado foi inaugurado em 1941. Este pode ser considerado o motivo que levou ao fim da feira da Rua 04. (BORGES, 2013, p.44)

O relato de outro morador, Bariani Ortêncio, também menciona a relação entre a feira e o surgimento do mercado: “A feira da Rua 04 acabou porque ali foi feito o Mercado. Então a feira já passou para dentro do Mercado. Os feirantes foram pra dentro do Mercado. Eles tinham o direito de requerer lá e pagava imposto, tinha umas pessoas que tinham isenção”. Alguns pesquisadores afirmam que a Feira da Rua 04, foi o princípio do Mercado Municipal. O primeiro Mercado Municipal de Goiânia foi inaugurado em 1941, a construção foi acompanhada pelo primeiro Prefeito, Venerando de Freitas Borges, que tomou medidas para incentivar o pequeno produtor. (BORGES, 2013, p.44)

Conforme esboça Borges, as feiras, desde seu surgimento na nova capital, mantêm viva práticas culturais importantes para a cidade. Como posto de abastecimento de alimentos ainda nas primeiras décadas de ocupação de Goiânia, podem ser consideradas o ponto de partida para o poder público constatar a necessidade de organizar essa forma de comércio popular em um edifício: os mercados municipais. Em mais um momento de transformações e de mudanças pelas quais a cidade passou, o mercado veio atender novas necessidades e exigências urbanas.


Figura 02 Produtores rurais em frente ao antigo Mercado Municipal de Goiânia (1960)

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Situação mencionada também pelo historiador Fernand Braudel ao traçar um estudo sobre as feiras e mercados como lugares de trocas: “Por toda a parte, o aumento das trocas levou as cidades a construir mercados (halles), isto é, feiras cobertas, muitas vezes rodeadas pelas feiras ao ar livre. São quase sempre mercados permanentes e especializados. Com o Mercado, as vendas que nas feiras ficam limitadas a alguns dias da semana, tornam-se diárias.” (BRAUDEL, 2009, p. 19 apud BORGES 2013, p. 46) Além do caso do Mercado Municipal e da feira da Rua 04, outro caso que mostra a transformação da feira de rua em mercado é o Mercado do Bairro Popular (situado na Rua 74), registros de jornais apontam que antes de haver o edifício, acontecia ali uma feira, que fora reivindicada pela população moradora dos novos bairros da capital e mais afastados do Setor Central, por isso pediam por um local de abastecimento mais próximo. (BORGES, 2013) Algumas das razões para a transferência de algumas feiras para os mercados estão nas rápidas transformações urbanas ocorridas na cidade, causadas, principalmente, pelo acelerado aumento populacional. Tais modificações trouxeram a necessidade de ter ruas mais livres, para comportar o aumento no tráfego de carros, e de novas construções para atender o comércio e os moradores. Assim como os primeiros bairros da capital foram também pioneiros em receberem nas suas ruas as tradicionais feiras livres, muitos alguns deles receberam também mercados municipais. Depois do Mercado Municipal Central (1941/1986) foram construídos o Mercado Bairro Popular (1952), Mercado Campinas (1954), Mercado Vila Nova (1957), Mercado Centro Oeste (1958), Mercado Pedro Ludovico (1963). Dentre os seis, três deles estão em áreas ocupadas, pelos moradores pioneiros vindos ainda na época da construção da cidade, além do previsto no plano urbanístico original: Vila Nova (Botafogo de Baixo), Centro-Oeste (Vila Operária) e Pedro Ludovico (Bairro dos Macambiras). Fato que pode estar relacionado à intenção do poder público de utilizar os mercados como edificações ordenadoras do espaço. Todo esse percurso histórico ilustra não apenas o surgimento do tipo mercado, mas revela as trocas comerciais que ainda ocorrem em feiras e mercados, relacionam-se com os primeiros habitantes da cidade, com seu desenvolvimento, estando fortemente ligados a construção da identidade cultural e da história local. Questão que será aprofundada sobre a relação entre o bairro e o mercado do Pedro Ludovico, objeto de estudo desse trabalho.

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1957 1958

1952

1954 Praça Santos Dumont

1986

Praça Universitária

Av . 85

Praça Cívica

Praça do Cruzeiro

1963 Av. T-63

Praça Isidória

Figura 03 Mapa Mercados Municipais de Goiânia segundo ano de inauguração

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O MERCADO PEDRO LUDOVICO

O Setor Pedro Ludovico, hoje um bairro nodal da região sul dada a presença do Terminal Isidória que conecta o sistema de transporte público de Goiânia, traz em sua trajetória a história de um bairro que surgiu às margens do planejamento inicial da cidade. Como já mencionado, muitos dos migrantes que vieram na época da construção da capital, não tinham condições de custear uma moradia na região central ou em Campinas. Com isso, se alojaram nas periferias, distante do projeto urbano em construção. Para Costa (2016, p.37), tais periferias constituíram bairros populares, entendidos como “aqueles construídos fora dos planos e decretos que regularizavam o espaço e que, por diferentes motivos, impuseram-se como parte da cidade, sendo posteriormente, incorporados e regularizados”. Condição considerada pelo autor como dois movimentos de urbanização: o primeiro da década de 40, com a ocupação do Setor Vila Nova; e o segundo da década de 50, com a formação do Setor Pedro Ludovico. Essas periferias ocupadas, na verdade, foram fazendas adquiridas pelo governo para construção da cidade. Algumas delas foram ocupadas de maneira irregular pelos migrantes, como o Setor Pedro Ludovico. Os moradores dessa região ficaram conhecidos como “Macambiras”. Apesar do nome, Costa explica: Contudo, a fazenda Macambira não é a região de origem da “terra dos Macambiras” do Setor Pedro Ludovico. Tal fazenda é o sítio do futuro Setor Sudoeste, de fato, região também da expansão urbana da década de 50. Mas a fazenda que dá origem ao Setor Pedro é a “fazenda Serrinha”, que consta das terras adquiridas para construção da capital e estava na zona suburbana da cidade. (COSTA, 2016, p.62)

Segundo informações obtidas na Rede Metropolitana de Transporte Coletivo de Goiânia (RMTC), apenas em 1957 começou o processo de urbanização, regularização e reassentamento das famílias, embora o desenvolvimento efetivo do Setor Pedro Ludovico só começou em 19



1976, com a construção do Terminal Isidória e posterior asfaltamento das vias em 1980. No início da formação do bairro, seus moradores não possuíam infraestrutura básica como água encanada e energia elétrica. Deslocar-se para o centro da cidade era trabalhoso e, para abastecer os moradores locais, foi fundado, em 1963, o Mercado Municipal Pedro Ludovico. Assim como os demais mercados, a fundação partiu da iniciativa pública no sentido de minimizar os problemas de abastecimento da região. Esse mercado, construído com “tábuas”, foi a primeira sede do Mercado Municipal Pedro Ludovico: Fundado em 1963, na administração do prefeito Hélio Seixo de Brito, o Mercado Pedro Ludovico iniciou suas atividades, no Setor Pedro Ludovico, com hortifrutigranjeiros. A construção inicial era de tábua. Só em 1968 foi reconstruído em alvenaria, pela administração do então prefeito Iris Rezende Machado. A reforma veio em 1996, na administração de Darci Accorsi. Em 2004, na gestão do prefeito Pedro Wilson, foi efetuado uma pintura no mercado com reparos nos banheiros, telhado e madeiramento. O Mercado Pedro Ludovico possui 33 bancas, 22 salas. Em maio de 2007 o mercado foi fechado para reforma (de 01/06/2007 a 30/05/2008) e reinaugurado em 31 de maio de 2008, pelo então Prefeito Íris Rezende Machado. Depois da reforma, as bancas foram extintas e passaram a existir somente salas construídas em alvenaria e quase todas com mezanino. Com a reforma, a área interna do mercado foi reservada para eventos culturais. (Prefeitura Municipal de Goiânia, Portal Goiânia Online, 2019)

Figura 04 Projeto Urbanístico Setor Pedro Ludovico - em destaque o local do Merado Muncipal

Através dessas informações é possível perceber que o Mercado Pedro Ludovico, reconstruído em alvenaria em 1968, passou por uma série de reformas e, consequentemente, por transformações de usos. Transformações, ou “metamorfoses” como refere-se Pintaudi (2006), que parece caracterizar não somente a realidade local, mas de outros mercados do Brasil. Chaves e Gonçalves (2013), ao estudarem os casos de Belém, associam essas mudanças a uma obsolescência dos mercados frente a outras formas de abastecimento. Corroboram essas mudanças, segundo os autores, as necessidades de sistemas de higienização dos espaços e do acondicionamento dos alimentos — demandas por salubridade estabelecidas por parâmetros legais; aos novos hábitos e exigências dos consumidores; e às novas formas de organização e de logística típicas da dinâmica urbana. 21


Construção do Mercado como está hoje ao longo do tempo 1968-2004

2007

Planta Baixa 0 1

5

10

A organização espacial do Mercado Pedro Ludovico, com suas lojas periféricas dispostas em seus quatro lados, remete ao tipo de mercado com um pátio central, assim como os mercados de Campinas (hoje alterado), do Setor Vila Nova e da Rua 74. No entanto, com a extinção das bancas e construção de salas, feitas na reforma de 2007, o espaço foi reconfigurado seguindo a tipologia de uma galeria comercial, fechada e coberta, estruturada por um corredor central. Lojas maiores estão dispostas com as frentes voltadas para o exterior, abrindo-se para a Avenida Circular, para duas vielas laterais e para o interior da quadra que possui uma praça onde acontece uma feira no domingo. No átrio central foram construídos boxes — lojas menores — voltadas para o corredor central que interliga a Avenida Circular ao interior da quadra. Enquanto o exterior apresenta ainda algum movimento, o corredor central permanece vazio como um espaço subutilizado. Ainda que as transformações, em seus mais diferentes aspectos, tenham contribuído para as “metamorfoses” do Mercado Pedro Ludovico enquanto lugar de trocas, sua edificação sobrevive como marco 22


Figura 05 Ă trio central do mercado, vista pela entrada frontal

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AV. T-63 TERMINAL ISIDÓRIA (antes da reforma do BRT iniciada setembro 2019)

Implantação

Fachada Lateral

Fachada Frontal

simbólico do antigo mercado de hortifrutigranjeiros, responsável pela manutenção da memória do bairro, assim como, de parte do imaginário coletivo de quem vive ou transita pela região. Dentre as quadras ao redor do Terminal Isidória, ele está inserido na que apresenta maior movimento, sobretudo no dia da feira. Ainda que os mercados de Goiânia se defrontem com vários problemas comuns aos de outras capitais — novas exigências dos consumidores, novas formas de organização do espaço, novas demandas por salubridade, organização e logística, novas dinâmicas urbana — são espaços permanentes, de trocas comerciais e sociais, que podem garantir vida à um bairro, construir sua identidade e manter sua memória. Mostram-se como lugares potenciais para agregar pessoas e promover a convivência; espaço que potencialize a vida em comunidade e em diálogo com a cidade. Em sentido mais amplo, registram a importância que tiveram na construção histórica da cidade.

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O LUGAR



DIAGNÓSTICO

Vimos que o Mercado Municipal do Setor Pedro Ludovico surgiu num núcleo de povoamento isolado do centro, à medida que a cidade foi crescendo espacialmente e expandindo sua malha urbana, incorporou esses núcleos. Mesmo após a urbanização do bairro, o Setor Pedro apresenta forte caráter popular e sentimento de comunidade; com edificações de pequeno porte, baixo gabarito e densidade, como relata o projeto cultural Casa Fora de Casa: O bairro [Setor Pedro Ludovico] possui uma grande quantidade de casas térreas, onde habitam famílias inteiras, e é caracterizado por um numeroso e diversificado pequeno comércio. Tradicionalmente, as crianças brincavam nas ruas enquanto os adultos colocavam suas cadeiras na calçada. Mais recentemente, com a crescente insegurança e criminalidade e o aumento do fluxo e velocidade do trânsito, as ruas são cada vez menos ocupadas para essas atividades. A única praça desenhada para o bairro, que nunca foi usada com esse fim, está ocupada pelo Terminal Isidória. (Casa Fora de Casa, ed. 2, Viva Setor Pedro, 2018, p.13)

Em um movimento recente a região se tornou cada vez mais atrativa e valorizada, atualmente é alvo de especulação imobiliária, principalmente na região próxima ao Jardim Botânico, com a construção de edifícios de alto padrão no seu entorno. Esse fenômeno da especulação imobiliária tem por consequência o deslocamento de moradores que residiam há muitos anos no bairro, alguns deles seus pioneiros, junto com eles também deixa o local parte da identidade do bairro e parte de sua memória coletiva. Um dos marcos responsáveis por construir a memória do bairro e marcar o imaginário coletivo é o Mercado Municipal Pedro Ludovico, localizado na Av. Circular, de frente para Av. T-63. 29



Figura 06 Vista Satélite Praça Isidória e quadra adjcacentes

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Figura 07 Vista SatĂŠlite no momento da feira


A FEIRA

Figura 08 |

Figura 09 |

No centro da quadra onde está o Mercado Municipal, existe uma praça e um espaço aberto asfaltado, que funciona na maior parte do tempo como estacionamento, e aos domingos de manhã dá lugar a Feira Livre do Pedro Ludovico. Trata-se um evento popular de grande expressividade na região, atraindo moradores do Setor Pedro e outros bairros vizinhos. Nela são vendidos desde produtos hortifrutigranjeiros, comidas típicas de feira como pastel e caldo de cana; até roupas, brinquedos e acessórios diversos. São esses espaços itinerantes ou permanentes, de trocas comerciais e sociais, que garantem vida à um bairro, constroem sua identidade e memória.

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ESTUDO DO LUGAR

Entre as quadras ao redor da Praça do Terminal Isidória, o Mercado está inserido na quadra mais movimentada, entre as avenidas 1ª e 4ª radial. Com quase 32.000 m2, é também a maior delas. O Mercado ocupa 4% dessa área, com aproximadamente 1.300 m2. Já o miolo da quadra representa mais de 30% de sua área, contando com uma praça interna. Essa praça é uma das áreas verdes presentes no entorno, apenas uma das outras três quadras ainda apresenta praça interna (prevista no projeto urbano do bairro), as demais sofreram invasão e hoje são loteadas. Os canteiros da Av. Circular são os mais arborizados, seguidos pelos da Av T-63. No geral o entorno direto ao Mercado apresenta baixo índice de área verde, marcado apenas por vegetação de pequeno porte. À norte e à sul do bairro há a presença de grandes parques, contudo não possuem conexão direta com a quadra. Segundo Plano Diretor de Goiânia, a região estudada classifica-se como área adensável, o que valida a construção de edifícios em altura na região. Isso porque, aos olhos da política urbana, trata-se como ideal adensar regiões próximas à serviço de transporte público, nesse caso, o Terminal Isidória.


PRINCIPAIS AVENIDAS

VEGETAÇÃO

ÁREA ADENSÁVEL - Mapa Urbano Digital de Goiânia

ÁREA ADENSÁVEL - vista aproximada

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O DESENHO URBANO

A região apresenta um desenho urbano característico: circular. Por isso sua malha viária se desenvolve em vias radiais, ou seja, várias vias culminam em um ponto central, maximizando as possibilidades de acesso à um mesmo local. Dessa forma, os acessos são distribuídos em direções distintas, o que possibilita a conexão com diversas regiões de forma equivalente.

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No caso em questão, o que acontece na prática é que o desenho urbano gerou seções, e essas seções não apresentam comunicação direta uma com a outra, isso porque os modais ativos foram comprometidos pelo fluxo intenso dos transportes motorizados nas vias arteriais que permeiam essas seções, gerando nelas um efeito de ‘’ilha’’.

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HIERARQUIA DAS VIAS

A quadra faz divisa apenas com vias arteriais, caracterizadas por comportar intenso fluxo e maior número de veículos, e conectar regiões mais distantes. Sendo que o Mercado está de frente para Avenida T-63, uma das principais avenidas da cidade, que ao encontrar com a Avenida Circular, culmina num cruzamento crítico que necessita de um semáfaro de três tempos. Essas vias que circundam a quadra, além do intenso fluxo de carros, são também largas, esses fatores somados dificultam o fluxo dos modais ativos, como pedestres e cilcistas. Isso nos mostra que o sistema viário da região, como está hoje, prioriza o transporte motorizado em detrimento do não-motorizado (modais ativos). É essa uma das razões da superlotação de veículos nas vias que culminam no congestionamento do trânsito e comprometem a mobilidade urbana.


Arrow Collection

Mercado Municipal

Quadra em estudo

Sentido da Via

Via Arterial

Via Coletora

Via Local

0 10

50

100

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CHEIOS E VAZIOS

O mapa de cheios e vazios ressalta o vazio do miolo de quadra, percebe-se como um local de "respiro" dentre tantas áreas edificadas. Contudo, as edificações que circundam os limites da quadra geram uma barreira com o entorno e comprimem os acessos ao seu interior. Especificamente a parcela de loteamento à leste da quadra não permite conexão com o Terminal Isidória. Trata-se de um equipamento que gera fluxo de pessoas diariamente, assim o miolo de quadra funcionaria para essas pessoas (caso houvesse um caminho direto) como espaço de permanência e/ou de passagem. Nota-se também, que duas das quatro quadras da Avenida Circular sofreram com invasões no seu miolo, extinguindo suas praças internas, gerando uma ocupação irregular e perdendo o local de "respiro", de descompressão do entorno edificado.


Mercado Municipal

Terminal Isidória

Edificações

0 10

50

100

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GABARITO E TIPOLOGIAS

O gabarito na região é baixo, com apenas alguns edifícios residenciais altos nas quadras 1 e 2. As quadras 4 e 1 são similares por possuírem miolo de quadra com praça central, a quadra 1 possui ainda uma quadra de esportes. As quadras 3 e 2 possuem ocupações irregulares que acabaram por extinguir seu espaço público interno. O comércio é muito forte na região, está presente em todas as quadras, principalmente na quadra 4, onde está situado o Mercado.


Comércio

Residencial

Comércio e Residencial

Quadra Esportiva

Serviço

Instituição

Vários Usos

Sem Uso

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ACESSOS

A quadra possui seis acessos, uma vantagem do seu desenho urbano. Isso permite o fluxo de pessoas vindo de diferentes direções e que essas possam seguir por mais de uma opção de caminho, possibilitando a quadra ser percorrida por toda sua dimensão e espaço interno. Contudo, os acessos são pouco convidativos, ou seja, não transmitem segurança ao pedestre e tão pouco o atrai para passar pelo miolo de quadra. Isso ocorre porque são espaços estreitos que possuem calçadas estreitas ou até inexistentes, com edificações altas sem fachada ativa (Figura 12), e que acabam por privilegiar o uso dos carros (Figura 13).


Figura 10 | Cruzamento em frente ao Mercado

Figura 11 | Canteiro Av. Circular

Figura 12 | Um dos acessos ao Mercado

Figura 13 | Acesso lateral ao Mercado

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Figura 14 Vista da quadra sentido Av. T-63

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ESTUDO DE CASO



MERCADO MUNICIPAL DE PINHEIROS

Figura 15 | Vista aérea, cobertura Mercado de Pinheiros com iluminação zenital, época da construção

O Mercado Municipal de Pinheiros está localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Sua história muito se assemelha com a do Mercado Municipal Pedro Ludovico, ambos surgiram em bairros que eram afastados do centro da cidade e era conhecido como o "Mercado dos Caipiras", termo que lembra o usado para denominar os pioneiros do bairro do Setor Pedro Ludovico, como os "Macambiras", ambos a fim de diferenciar aqueles que vieram do interior. Por muitos anos o Mercado de Pinheiros cumpriu apenas o papel de atender os moradores da região como um entreposto de abastecimento, onde produtores do interior do estado vendiam seus produtos. Mas em 2014 começou um processo de revitalização do mercado, começou a partir de eventos de comida de rua, logo virou endereço de restaurantes conhecidos regionalmente. 51


Figura 16 | Planta Pavimento Superior

Figura 17 | Planta Pavimento Inferior


Em entrevista à Gazeta de Pinheiros, urbanista da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), explica a importância do local para o bairro: “O Largo da Batata era historicamente um ponto de comércio, conhecido como Mercado Caipira. Dele, surgiu o Mercado de Pinheiros, que recebeu em 1968 um lindo projeto dos arquitetos Eurico Prado Lopes e Luiz Telles, os mesmos que depois fariam o projeto do Centro Cultural São Paulo. O mercado manteve a vocação do lugar, tornando-o um subcentro importante na cidade. Por isso, ele manteve sempre esse caráter popular. Nas redondezas do mercado, uma feira ao ar livre vendia de tudo um pouco” (Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais, 19 de junho de 2019 em 'Sociedade')

Outro ponto em comum entre os mercados em comparação é o caráter popular do mercado e do bairro, e a existência de uma feira em sua proximidade. O Mercado de Pinheiros já foi um local negligenciado, como é o Mercado do Setor Pedro hoje, mas a partir de iniciativas para revitalização do edifício e do entorno, hoje aproximadamente 400 pessoas passam pelo Mercado Municipal de Pinheiros diariamente, número que aumenta consideravelmente nas datas comemorativas, principalmente em dezembro, quando cerca de 1000 pessoas passam por dia no local, segundo informação da Prefeitura de São Paulo. Sua arquitetura é marcada por um átrio central com iluminação zenital, nas suas extremidades duas rampas em espiral conectam os seus dois pavimentos e marcam o espaço. No segundo pavimento possui uma passarela que interliga os dois lados, próximo à elas estão as escadas em espiral, outro marco no seu espaço é seu guarda corpo de ferro pintado de amarelo que tem continuidade nas rampas e escadas. Seus boxes se dispõem perifericamente e no segundo pavimento foi acrescentado um deck de madeira externo numa reforma em 2006. Seu espaço interno garante a sensação de espaço único e integrado, podendo identificar com facilidade áras de mercadoria exposta, lojas, restaurantes, açougues, peixaria. 53


Figura 18 | Ă rea externa com deck de madeira

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DADOS: • • •

Área: 4.196 m² Estacionamento gratuito de 1.742 m², com capacidade para 60 veículos 40 boxes divididos em: empório (venda de cereais, grãos, condimentos e especiarias, enlatados em geral, etc.), mercearia, frios e laticínios, charutaria, quitanda (venda de frutas, verduras e legumes), açougue, lanchonete, peixaria, avícola, cereais e floricultura.

DIFERENCIAL: •

Atendimento em domicílio, mediante pedidos por telefone, com o serviço de delivery oferecido a bares, restaurantes, hotéis, lanchonetes e residências de toda a região de Pinheiros e bairros adjacentes, como Morumbi e Jardins. Atualmente, existem 1020 clientes cadastrados. 55



Figura 19 à trio central e cobertura que integra o espaço interno vistos da passarela

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PARTIDO



PROGNÓSTICO

O objetivo desse trabalho é, com base nos estudos apresentados, buscar meios, estratégias, arquitetônicas e urbanas, de transformar o Mercado Municipal Pedro Ludovico em instrumento de revitalização urbana da quadra em que está inserido (escala meso) e consequentemente servir de modelo para revitalização das demais quadras da Avenida Circular (escala macro). Esse trabalho não vai aprofundar em propor projetos de revitalização para as demais quadras, mas vai pontuar diretrizes gerais pertinentes para cada uma, a fim de demonstrar a importância de não tratar a revitalização de forma isolada de seu contexto e entorno, compondo portanto a escala macro de intervenção. A proposta de projeto será focada em uma escala micro que tem viés arquitetônico; e uma escala meso tem viés urbano. O propósito é explorar o potencial do Mercado em agregar pessoas e promover a convivência, fator que impacta diretamente na tradição, cultura, desenvolvimento, economia e convivência da comunidade em que faz parte. São nos espaços públicos que os cidadãos dão vida a uma cidade, a um bairro, são neles que todos os cidadãos são iguais, independente de classe social, credo ou religião. E a finalidade desse projeto é possibilitar que esses espaços sejam palco da vida em comunidade. 61


ESCALA DE ATUAÇÃO O ponto de partida desse trabalho é o Mercado Municipal Pedro Ludovico. Ele é um dos seis mercados municipais de Goiânia, dentre eles o mais novo e afastado da região central, situado na região sul da cidade. Seu entorno é marcado pelo intenso movimento de veículos e de pessoas, compõe um marco na paisagem e está em meio a um desenho urbano característico: que compreende as quadras dispostas em anéis — subproduto de um desenho circular repartido — e parceladas pelas avenidas radiais, essas culminam na praça central, onde está o Terminal Isidória (Figura 19). O objetivo é trabalhar o Mercado como instrumento de revitalização urbana no contexto em que está inserido. Dessa forma este trabalho abrange três escalas de intervenção: micro (projeto arquitetônico), meso e macro (propostas de intervenção urbana). O estudo do tema parte de uma tipologia (o Mercado) para sua inserção num contexto geral, enquanto abordagem do tema em termos de partido parte do contexto geral até o foco no ponto de partida da intervenção. Ou seja, em termos de estudo segue a escala: micro-meso-macro; em termos de diretrizes e projeto: maso-meso-micro. A escala macro engloba a Av. Circular, suas quadras internas até a Praça Isidória. A escala meso foca na quadra do Mercado Municipal e sua relação com entorno. A escala micro é o Mercado Municipal em si, somado a proposta de cobertura e o novo edifício de educação em artes. Até o momento este trabalho focou em desenvolver os estudos a cerca do tema; deste ponto em diante abordará o desenvolvimento das diretrizes e propostas projetuais embasados nos estudos já elaborados. Em suma, consiste em: revitalizar o Mercado do Setor Pedro, requalificar o seu entorno e propor novos usos para região.

62

Figura 20 Vista Satélite Praça Isidória e quadras adjcacentes


63


METODOLOGIA O partido visa propor intervenções nos marcos urbanos baseadas nos princípios de projeto adotados abaixo. Sua elaboração foi embasada nas características latentes do objeto em estudo — Mercado Municipal do Setor Pedro Ludovico e entorno — e visa potencializá-las a fim de um impacto sociocultural na região. Para que o impacto seja efetivo, espaços como os potenciais marcos urbanos em estudo são determinantes na aplicação dos princípios. Esses marcos urbanos, se qualificados, funcionam como catalisadores de pessoas para a vivência da cidade; esse fator somado a aplicação dos princípios tem como consequência a autoexpressão dos indivíduos no contexto urbano.


As propostas de atuação serão organizadas de acordo com a escala de atuação e divididas em eixos específicos para facilitar a compreensão do objetivo proposto. Na elaboração dessas propostas foi levado em consideração o nível de prioridade ilustrado abaixo, que prioriza o pedestre e transporte não-motorizado em detrimento do motorizado. Acrescido disso está a diretriz projetual que foca primeiro na cidade ao nível dos olhos, logo o espaço comum e depois as construções propriamente ditas.

65


SÍNTESE

Figura 21 |


Legenda eixos de atuação: Mobilidade Espaço Público

67


SÍNTESE

Figura 22 |


Legenda eixos de atuação: Mobilidade Espaço Público

Sociocultural

69


SÍNTESE

Figura 23 |


Legenda eixos de atuação: Mercado Municipal

Espaço Público

Sociocultural

71



PROJETO

73



ESCALA MACRO

RETOMADA DAS PROPOSTAS EIXO MOBILIDADE 1. Reduzir a capacidade da via para veículos motorizados, transformando a Av. Circular em via de mão única; 2. Implantar via compartilhada onde era via exclusiva para veículos motorizados; 3. Cruzamentos com travessia elevada para pedestre e ciclista; 4. Limitar o acesso de automóveis à Praça Isidória; 5. Redução da oferta de vagas a fim de desestimular o uso do automóvel e promover o uso dos modos coletivos e ativos de transporte.

EIXO ESPAÇO PÚBLICO 1. Devolver para a cidade o espaço público ocupado de forma irregular, recuperando o miolo de quadra; 2. Praça de ligação entre quadras, maximizando o uso do miolo de quadra e associando tipologias complementares; 3. Novos caminhos/travessias — como o percurso entre quadras — com qualidade e segurança para o pedestre e ciclista; 4. Diversificar usos no espaço público — novos equipamentos/ mobiliário urbano — a fim de garantir a presença de pessoas ao longo do dia; 5. Densificar quadras que tiveram lotes desapropiados, propondo edifício multifuncional com térreo ativo; 6. Limitar o gabarito na construção de novos edifícios; 7. Preservar vegetação de grande porte existente e aumentar área permeável. 75


ESCALA MACRO EIXO MOBILIDADE ATUALIDADE

OBJETIVOS ESPAÇO PARA VEÍCULO

PEDESTRE CICLISTA

MERCADO MUNICIPAL

VEÍCULO

Proposta de cruzamento elevado que prioriza a travessia do pedestre e do ciclista

ESPAÇO PARA VEÍCULOS MOTORIZADOS

Arrow Collection PEDESTRE

Arrow Collection

CICLISTA

SENTIDO DA VIA

ÔNIBUS BRT MERCADO MUNICIPAL

MODAIS ATIVOS

VIA DE USO MISTO

SENTIDO DA VIA NO CORREDOR BRT

Transformar o anel interior da Av. Circular em via compartilhada de uso misto

- CARROS + PESSOAS O objetivo global dessa proposta é a redução do tráfego motorizado em prol do incentivo ao uso dos modais ativos, aliados a políticas públicas de melhoria do transporte coletivo, como por exemplo a implantação do BRT. A fim de reviver as funções tradicionais do espaço urbano, como ponto de encontro, local de comércio e espaço de conexão. O equilíbrio dessas funções proporcionam no aumento da segurança, das possibilidades de autoexpressão e da qualidade de vida para a população local e frequentadores. Torna, portanto, o espaço público mais convidativo.


PROPOSTA

1 3

1

2

2

1

2

3 1

1

Figura 24 |

LEGENDA Ciclovia Corredor BRT Trajeto linhas de ônibus Balizadores para controle de entrada automóveis Acesso e saída exclusivos para moradores ou próprietários de comércio local Retorno de automóveis

1. Cinco bolsões de estacionamento na Av. Circular com capacidade para 10 automóveis (ou 7 veículos de carga e descarga), totalizando oferta de 50 vagas para automóveis ao longo da avenida. Cada bolsão está localizado a aproximadamente 250m de distância um do outro. 2. Faixa de pedestre humanizada que favorece uma travessia em trajetos diagonais e enfatiza a prioridade do pedestre no meio urbano afim de garantir maior segurança. (Figura 23)

Figura 25 |

3. Pintura artística no piso ao longo da travessia que conecta as quadras para tornar o caminho interessante para o pedestre e reafirmar sua travessia em detrimento da passagem de automóveis. (Figura 24)

77


ESCALA MACRO EIXO ESPAÇO PÚBLICO ATUALIDADE

OBJETIVOS CULTURAL

+

ESPORTIVO

RESIDENCIAL COMERCIAL

IDENTIDADE PREDOMINANTE DAS QUADRAS

+

MERCADO MUNICIPAL

Praça de ligação entre quadras associando tipologias complementares e favorecendo o uso do miolo de quadra

LOTES IRREGULARES LOTES SUBUTILIZADOS MERCADO MUNICIPAL

LOTES DESAPROPRIADOS

Com base no projeto urbano original da região recuperar o miolo de quadra como espaço publico

+ INTEGRAÇÃO +IDENTIDADE A proposta de integrar as quadras com características semelhantes favorece a conexão dos espaços e suas funções, proporcionando uma menor distância entre os usos do miolo de quadra, além de uma massa crítica de pessoas e eventos. Para densificar a região que está próxima a um eixo de transporte público e abrigar os moradores que foram desapropriados, a proposta é a criação de um edifício multifuncional, com térreo ativo e forma escalonada, para um espaço público de qualidade; e seu gabarito de no máximo sete pavimentos, para uma paisagem que garanta a permeabilidade visual da quadra.


PROPOSTA

MULTIPLICIDADE DE USOS

79



ESCALA MESO

RETOMADA DAS PROPOSTAS EIXO MOBILIDADE 1. Travessia elevada na frente do mercado para maior conforto e segurança do pedestre e ciclista; 2. Criação de bolsões de estacionamento com limitada oferta de vagas.

EIXO ESPAÇO PÚBLICO 1. Requalificação do Mercado Municipal; 2. Criação de uma cobertura que estabeleça uma conexão do mercado com o terminal, proporcionando sombra e uma ligação direta que transpasse a quadra; 3. Requalificação dos pisos, acessos e caminhos da quadra; 4. Implantação de mobiliário urbano.

EIXO SOCIOCULTURAL 1. Criação do Centro de Educação em Artes; 81


ESCALA MESO EIXO MOBILIDADE

Av. C

ircula

r

1

2

0 10

50

100

A proposta do eixo de mobilidade visa implantar medidas que garantam maior segurança para os pedestres e ciclistas, permitindo a apropriação do espaço urbano pelas pessoas. Por isso a implantação da via compartilhada no mesmo nível da calçada com piso de concreto intertravado para diminuição da velocidade dos veículos que passarem por ela. A via compartilhada possui um corredor verde que faz a divisa com as faixas de rolamento dos automóveis. Essa medida ressignifica o espaço hoje muito ocupado por carros, e convida as pessoas a permanecerem e transitarem na região, favorecendo inclusive o acesso ao comércio bastante presente no local.


ATUALIDADE PERFIL AV. CIRCULAR

PROPOSTA PERFIL AV. CIRCULAR

1. Sem bolsão de estacionamento

2. Com bolsão de estacionamento

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ESCALA MESO EIXO ESPAÇO PÚBLICO PROCESSO DE PROJETO CONEXÃO

Mercado Municipal

RADIALIDADE

Eixo radial

PERCURSO

Percurso rápido

Terminal Isidória

Percurso lento

Permeabilidade

Caminho das artes Possibilidades de permanência

Consiste em estabelecer uma conexão dire- O princípio da radialidade se desenvolve Transversal às radiais, se estabelece o perta entre os principais módulos de atração: em conformidade com o próprio desenho curso entre quadras, para isso é proposto duas formais de caminhar: uma rápida e o Mercado Municipal e o Terminal Isidória. urbano da região. As linhas principais da direta, outra mais lenta com convites a perPara isso, caminhos foram abertos e uma proposta de radialidade para o miolo de manecer no espaço. Esse segundo caminho cobertura é proposta como elemento físiatravessa o percurso das artes, são vários quadra seguem o alinhamento da implan- ambientes com intervenções artísticas em co conector desses espaços. Garantido a paredões que seguem no eixo radial e se permeabilidade da quadra em um local es- tação do edifício pré-existente: o Mercado organizam em um percurso fluído e acessítratégico, que favorece e facilita o fluxo de Municipal, e dos novos propostos: Centro vel com convites para as pessoas pararem, pessoas no dia-a-dia. de Educação em Artes e Auditório. apreciar e habitar o espaço público.

84


IMPLANTAÇÃO 1. Mercado Municipal 2. Anexo 3. Espaço para feira livre e/ou outros eventos sociais 4. Terminal Isidória 5. Escola de Educação em Artes / NAS 6. Auditório 7. Auditório da praça 8. Caminho das artes 9. Quiosques 10. Cobertura da praça

9

7

8 6

5

8

2

5

9

5

10

4

1

3

0

10

50

100

85


ESCALA MESO EIXO SOCIOCULTURAL CENTROS DE EDUCAÇÃO EM ARTES GOIÂNIA 3

1

Praça Santos Dumont

4 5 Praça Universitária

Av . 85

2

Av. T-63

Praça Cívica

Praça do Cruzeiro

Praça Isidória

1. Instituto De Educação Em Artes Professor Gustav Ritter 2. Centro Livre de Artes 3. Vila Ciranda-Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte 4. Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte 5. Teatro Escola Basileu França

Goiânia possui importantes centros de educação em artes, contudo estão localizados na parcela central da cidade, na região sul onde está localizada a quadra em estudo, carece dessa tipologia. O objetivo é trazer novos e diversificados usos para região, a fim de garantir versatilidade, riqueza social e uma sensação de segurança no bairro. A criação de um centro de educação em artes na quadra do mercado, reafirma seu caráter sociocultural, além de conferir identidade e noção pertencimento local por parte dos usuários e moradores.


NAS PEDRO LUDOVICO NAS (Núcleo de Assistência Social) é uma unidade responsável pela oferta de serviços de proteção básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, nas áreas de vulnerabilidade e risco social. Onde os trabalhos são realizados através de uma equipe formada por diversos profissionais, entre eles, assistentes sociais e psicólogos. Usuários: Indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade e risco pessoal, que habitam o território de abrangência da unidade. Missão: Incentivar o desenvolvimento da auto-estima e da autossustentação da família como núcleo de formação de valores e virtudes. Visão: Ser referência no atendimento de família. Fonte: Portal Prefeitura de Goiânia

A proposta é aliar o centro de educação em artes ao NAS Pedro Ludovico, já existente no local da quadra, fazendo uso da educação e cultura como instrumentos também de assistência social na transformação da qualidade de vida dos indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade. 87



ESCALA MICRO

RETOMADA DAS PROPOSTAS EIXO MERCADO MUNICIPAL 1. Eliminar lojas internas de baixo aproveitamento e qualidade espacial; 2. Estabelecer conexão direta das lojas externas com o interior do mercado; 3. Boxes internos evidenciando o percurso e aproveitamento do interior do mercado; 4. Estabelecer conexão direta das lojas externas com o interior do mercado; 5. Tornar todo espaço físico do mercado exclusivo pra lojas; 6. Remodular espaço das lojas; 7. Criar novo edifício anexo para abrigar administração e banheiro público; 8. Anexo como ambiente de permanência, acesso à informação, apoio, guarda-volume, wi-fi.

EIXO ESPAÇO PÚBLICO 1. Instalações/mobiliário urbano interativo; 2. Criar módulo externo para quiosque no miolo de quadra; 3. Nova cobertura para o mercado que dialogue com a quadra, atravesse a praça e conecte com o terminal (passarela sombreada).

EIXO SOCIOCULTURAL 1. Implantação do novo edifício voltado para educação em artes, que permita uma conexão fluída com o espaço urbano; 2. Edifício de educação em artes, programa: abrigar NAS; aulas de: dança, música e artes; auditório integrado ao espaço público. 89


ESCALA MICRO EIXO MERCADO MUNICIPAL TÉRREO 1:500

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

1. Paraciclos ANEXO | ADMINISTRAÇÃO 2. Recepção e espaço de permanência 3. DML 4. Banheiro 5. Arquivo 6. Administração 7. Sala de reunião 8. Copa ANEXO | PÚBLICO 9. Banheiro público 10. Painéis informativos 11. Caixa eletrônico e guarda-volume MERCADO MUNICIPAL 12. Lojas 13. Boxes internos

1

A

6 4

5 9

3 8

10

2

7

11

12

12

12

12

12

12

12

13 13

13

13 13

12

12

12

13

12

12

A

13

12

12

12

ERSION

13

13


PROCESSO DE PROJETO ATUALIDADE

OBJETIVO

PROPOSTA

Acessos pouco atrativos. As lojas internas funcionam como uma barreira que impede o acesso direto das lojas externas para o corredor central do mercado.

Eliminar as lojas internas e remodular as lojas externas. Estabelecer um conexão mais fluida e direta do meio interno com o externo.

Criação de boxes internos que favoreça o percurso, o caminhar pelo corredor central do mercado. Fluxos mais convidativos associado a nova proposta de cobertura.

Interrupção

CORTE A

91


ESCALA MICRO EIXO ESPAÇO PÚBLICO PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

A COBERTURA A cobertura metálica em grid, parte de uma malha estabelecida pelo vão central do mercado, obtendo um grid de 5,0x6,25m. Para se adequar melhor ao espaço e direcionar o caminho proposto, a cobertura faz uso dos eixos radiais e afunila de forma sutil em direção ao terminal; além de possuir uma variação de altura em três níveis.

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Além de delinear o caminho, a cobertura também proporciona sombra para um andar mais confortável do pedestre e possui elementos dinâmicos para um trajeto mais convidativo e interessante. Materializa um conexão do interior do mercado com o meio externo, se apropriando também do seu anexo e trasnpondo a quadra; por consequência se afirma como elemento que traz identidade para o local.

DETALHE DA COBERTURA

1:75 CALHA METÁLICA RUFO ESTRUTURA METÁLICA POLICARBONATO ALVEOLAR TRANSLÚCIDO (i=5%) TERÇAS METÁLICAS CHAPA METÁLICA MICROPERFURADA COM PINTURA ELETROSTÁTICA (VARIAÇÃO DE 4 CORES) PILAR SEÇÃO CIRCULAR DE CONCRETO RIPADO MOLDADO IN LOCO COM TUBULAÇÃO INTERNA PARA ESCOAMENTO HIDRÁULICO

VISTA LONGITUDINAL

92


AS CORES

0

10

50

100

93


ESCALA MICRO EIXO ESPAÇO PÚBLICO O QUIOSQUE FECHADO

ABERTO

SISTEMA DE FECHAMENTO

OSB RECICLADO LIGHT STEEL FRAME ISOLAMENTO ACÚSTICO MANTA HIDRÓFUGA ALUMÍNIO COMPOSTO

CORTE Sistema de abertura como proteção solar

O quiosque é uma iniciativa de trazer os tradicionais "pitdogs" da Av. Circular para o interior da quadra. Seu projeto consiste em um sólido puro repartido em quatro módulos internos. Trabalhado em estrutura steel frame, acabamento interno em osb reciclado e externo em alumínio composto com variação das quatros cores existentes na cobertura da quadra. O uso do quiosque pode variar dentre bancas de jornal e revista, banca de flores, venda de alimentos, guarda-volumes, espaço de leitura, núcleo de atividade cultural, dentre outros. Essa diversidade de funções é importante para trazer atividade e fluxo de pessoas para a quadra ao longo de todas as horas no dia, mantendo um espaço público ativo e saudável.

94


95



97


ESCALA MICRO EIXO SOCIOCULTURAL TÉRREO 1:500

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

BLOCO ACESSO | ADMINISTRAÇÃO 1. Hall de entrada / Estar 2. Recepção 3. Secretaria 4. Administração 5. Copa 6. Sala dos professores e reunião 7. Banheiro BLOCO ACESSO | NAS 8. Coordenação 9. Arquivo 10. Sala assistente social 11. Sala psicóloga BLOCO ARTES | NAS 12. Lojas 13. Sala de música 14. Vestiário masculino 15. Vestiário feminino 16. Sala artes plásticas 17. Sala multiuso 18. Convivência 19. Sala de dança

VERSION


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VE AUDITÓRIO | TÉRREO 20. Foyer / Exposição 21. Banheiro 22. Recepção / Bilheteria 23. Copa 24. DML 25. Secretaria 26. Acesso auditório 27. Auditório 28. Palco 29. Coxia

29 28 29

27 26

24

19

26

19

21

25

23

22

PRODUCED

19 19

18

17

17

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

20

AUDITÓRIO | PAV. SUPERIOR 30. Sala técnica 31. Banheiro 32. Administração AUDITÓRIO | PAV. INFERIOR 33. DML 34. Copa BY AN AUTODESK STUDENT 35. Roupeiro 36. Banheiro 37. Vestiário 38. Ensaio

15

12

AUDITÓRIO

12

14

PAV. SUPERIOR

12

13

16 13 16

12

12

13

12

11

9

11

7

10

6 8

2

1

3

27

32 31 30

5

4

PAV. INFERIOR 38 37 37

36

34 35 33

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V

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDEN ED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


B

TECTÔNICA Os edifícios são estruturados por paredes laterais de concreto ripado moldado in loco e vigas metálicas transversais a elas. Essas empenas de concreto seguem os eixos radiais abordados no desenho do espaço púbico da quadra, além disso possuem uma variação de altura crescente, de acordo com o uso do espaço interno. São elas que delimitam o tempo e a pausa no desdobramento em leque do edifício pela quadra. O tempo é marcado pelo edifício; e a pausa, que compreende o espaço entre os edifícios, pela permeabilidade visual que integra o meio interno e externo: a escola e a quadra como um espaço em conexão. Espaço esse de convivência e aprendizado, rico em trocas socioculturais e possibilidades de autoexpressão.

CORTE B

CORTE C

100

C

B

C


101


ÍNDICE DE IMAGENS Imagem da capa (editado pela autora) | Desenhado por Macrovector_Official / Disponível em: Freepik Imagem de abertura - Capítulo O Tema | Foto da autora Figura 01 | Imagem / Disponível em: BORGES, Larissy Barbosa. As feiras em Goiânia: história, referência cultural e hibridação entre o moderno e o tradicional. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural, Rio de Janeiro, 2013. Figura 02 | Imagem / Disponível em: BORGES, Larissy Barbosa. As feiras em Goiânia: história, referência cultural e hibridação entre o moderno e o tradicional. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural, Rio de Janeiro, 2013. Figura 03 | Produzido pela autora Figura 04 | Fonte: Joao Paulo Pires / Disponível em: Passei Direto / https://www.passeidireto.com/ arquivo/41337798/planta-urbanistica-parcial-1 Figura 05 | Foto da autora Imagem de abertura - Capítulo O Lugar | Foto da autora Figura 06 | Google Earth Figura 07 | Google Earth Figura 08 | Foto da autora Figura 09 | Foto da autora Figura 10 | Foto da autora Figura 11 | Foto da autora Figura 12 | Foto da autora Figura 13 | Foto da autora Figura 14 | Google Earth Imagem de abertura - Capítulo Estudo de Caso | Foto de Gervyn Louis / Disponível em: Unsplash Figura

15

|

Fonte:

https://static.wixstatic.com/media/aa5f6d_7c4ddd79825b4ffd9e883f-

f674a8e011.jpg/v1/fill/w_939,h_680,al_c,q_90,usm_0.66_1.00_0.01/aa5f6d_7c4ddd79825b4ffd9e883ff674a8e011.webp


Figura

16

|

Fonte:

https://static.wixstatic.com/media/aa5f6d_43ac20453cca4c5793a-

5664229c2b2c7.jpg/v1/fill/w_1033,h_680,al_c,q_90,usm_0.66_1.00_0.01/aa5f6d_43ac20453cca4c5793a5664229c2b2c7.webp Figura 17 | Fonte: https://static.wixstatic.com/media/aa5f6d_f4912996d12640bba093871c8fdd465a.jpg/v1/fill/w_1033,h_680,al_c,q_90,usm_0.66_1.00_0.01/aa5f6d_f4912996d12640bba093871c8fdd465a.webp Figura 18 | Foto da autora Figura 19 | Foto da autora Imagem de abertura - CapĂ­tulo Partido | Foto da autora Figura 20 | Google Earth (editado pela autora) Figura 21 | Foto da autora Figura 22 | Foto da autora Figura 23 | Foto da autora Figura 24 | Fonte: http://www.plataformaurbana.cl/archive/2015/05/17/ergo-crosswalk-cruce-disenado-con-la-ruta-real-de-los-peatones/?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br Figura 25 | Fonte: https://followthecolours.com.br/follow-decora/urbanismo-tatico/

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BIBLIOGRAFIA PINTAUDI, Silvana Maria. Os Mercados Públicos: Metamorfoses De Um Espaço Na História Urbana. Departamento de Planejamento Universidade Estadual Paulista, 2006. SERVILHA, Mateus de Moraes; DOULA, Sheila Maria. O mercado como um lugar social: as contribuições de Braudel e Geertz para o estudo socioespacial de mercados municipais e feiras. Revista Faz Ciência, v.11, n.13 Jan./Jun. 2009, pp. 123-142 BORGES, Larissy Barbosa. As feiras em Goiânia: história, referência cultural e hibridação entre o moderno e o tradicional. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural, Rio de Janeiro, 2013. BERNARDES, Genilda d’Arc. O cotidiano dos trabalhadores da construção de Goiânia: O mundo do trabalho e extratrabalho. Revista UFG, Dossiê Cidades Planejadas Na Hinterlândia, 2009. COSTA, Fernando Viana. Um Ornitorrinco No Cerrado: Bairros Populares E Outros Pioneiros Na Formação E Expansão Urbana De Goiânia. UFG, Goiânia, 2016 SOBRE URBANA. Projeto Cultural: Casa Fora de Casa - Táticas Urbanas / Edição 2 - Viva Setor Pedro, Goiânia, 2018. CHAVES, C; GONÇALVES, A. P. C. O mercado público em Belém: arquitetura e inserção urbanística. In: IV Colóquio Internacional sobre o comércio e cidade: uma relação de origem, 2013, Uberlândia. Disponível em: http://www.labcom.fau.usp.br/wp-content/uploads/2015/05/4_cincci/028-chaves. pdf. GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas. 3. ed. São Paulo, 2015


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