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MARCI AI S
CHI NESAS
Ç E U Q S E , A R O G A R I R O H L E M S I A M A D N I A E , O R T U O A D S E R O L F S A E R T N E
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KUNGFU N E W S P A P E R
⼗⼆⽉
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年2019
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POESI A L I B A I V I V E U E N T R E 7 0 1 E 7 6 2 F O I U M P O E T A C H I N Ê S C O N S I D E R A D O O M A I O R P O E T A R O M Â N T I C O D A D A A N T I G A D I N A S T I A T A N G ,
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T R A D U Ç Ã O R E T I R A D A D O L I V R O : P O E M A S C L Á S S I C O S C H I N E S E S , E D I T O R A L & P M C O M T R A D U Ç Ã O D E S E R G I O C A P P A R E L L I E S U N Y U Q I .
AIRSON JUNIOR EDITOR E REDATOR
P A R A N Á K U N G F U E D I Ç Ã O 1 - A N O 2 0 1 9
COLABORADORES Prof. Jorge Jofremovas Prof. Aparecido Lira Prof. Aldebran Valentim Prof. Rodrigo Giovanella Prof. Sergio Tanoshi Prof. Danilo Brandenburg Prof. Rodrigo Giovanella Profa. Jamila Ithaia Prof. Rodrigo Apolloni Prof. Tiago Cavalheiro Prof. Adriano Lourenço Prof. Diego Albuquerque
ENTIDADES PARTICIPANTES DESTA EDIÇÃO IPCC - Instituto Paranaense de Cultura Chinesa Academia Senda de Kung Fu Instituto Fu Hok Centro de Cultura Marcial Chinesa Centro de Artes Corporais Chinesas Jiàn Zhōng Fú Lee Kung Fu Club Federação Paranaense de Kung Fu Dani's Kung Fu Academy Centro de Artes Corporais Chinesas Jiàn Zhōng Fú Centro Asia Associação Wing Chun Aplicado
EDITORIAL É com grande alegria e imenso prazer que inicio este projeto, hoje o Kung Fu Paranaense dá mais um importante passo neste processo de amadurecimento e profissionalização das artes marciais chinesas no estado. Este material foi idealizado por mim juntamente com meus grandes amigos Prof. Jorge Jofremovas e Prof. Aparecido lira, esta edição tratará deste momento que chamei de Primavera das Artes Marciais Chinesas em nosso estado e falaremos sobre os acontecimentos do ano (eventos, cursos, workshops etc).
SUMÁRIO
09
A Primavera das Artes Marciais Chinesas no Paraná
12
Oito Imortais Bebados
16
A Técnica dos Oito Imortais Bebâdos
18
Medicina Tradicional Chinesa - Alicerce das Artes Marciais Chinesas
21 25 29
Seminário Internacional de Wing Chun Kung Fu 2019 Magnífica entrevista com Prof. Dr. Marcelo Moreira Antunes Presidente da Confederação Brasileira de Shuai Jiao Defesa Pessoal
31
ChiKung - Ginástica Respiratória Chinesa e as Barreiras de Proteção
34
Curitiba Kung Fu Meeting
36
Periodização de Treinamento: Uma Prática para Melhora de Performance de Atletas de Kung Fu
38
Conhecendo á Escola! Academia Shen - CLF
39
“Jovem, Supremo, Velho”: Um Esquema Útil as Artes Marciais Chinesas
CONTATO Whatsapp: +55 41 996588085 https://www.facebook.com/Par anaKungFu
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
43
A Origem do Sanda
50
Sabedoria Kung Fu
51
Empresas Parceiras
Período Solar - Mês Gregoriano - Galho Terreno - Mês Lunar - Animal -
太阳节 公历⽉ 地⽀ 农历⽉ 动物
Neve leve/pesada - Nov/Dez - Hài - 10 Shíyuè - Porco / / - 10 -
⼩雪 ⼤雪 ⼗⼀⽉ ⼗⼆⽉ 亥
⼗⽉ 猪
Calendário NOV/DEZ - 2019
6/11
六
7/11
T
七
Final do Outono
8/12
⼋
24
⼆⼗四
T
初冬
W Shaolin TAO Curso para formação de Chicken em instrutores Beijing Shuai Jiao Enchiladas 14/12
CBKW - Seletiva
White Chili with Salad
22/12
1/12
⼀
⼗四岁
Kung Fu Meeting
M
⼆⼗三
Início do Inverno
秋末
M Shaolin TAO Curso para formação de instrutores em Beijing Shuai Jiao
23
15/12 CBKW - Seletiva
⼆⼗⼆ Festival do Solstício de Inverno -
冬⾄
FPrKW - Curso para formação de Arbitro em Sanda
⼗五岁
FILIE-SE A FEDERAÇÃO PARANAENSE DE KUNG FU WUSHU Federação Paranaense de KungFu Wushu. Diretor Departamento Wushu Moderno: Adriano Entidade Esportiva que visa difundir a cultura do KungFu. Lourenço Diretor Departamento Sanda: Danilo CONTATO: Brandemburg Diretor Departamento Cultural: Aparecido de Lira Diretor Departamento Shuai Jiao: Marcelo CEL/WHATSAPP: 43 -999186423 Ceranto Diretor Departamento Internos: Jorge Jefremovas E-MAIL: Secretária: Eliane Pontes Cardoso KUNGFUFEDERACAOPARANAENSE@GMAIL.COM Presidente: Aldebran Valentim
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Conheça Nossa Equipe!
PROF. AIRSON JR IPCC - Instituto Parananese de Cultura Chinesa
PROF. APARECIDO LIRA IInstituto Fu Hok de Cultura Marcial Chinesa Dir. Cultural da Federação Paranaense de Kung Fu Wushu FPrKW Prof. Kung Fu Fei Hok Phai
Business Mannager Prof. Kung Fu Fei Hok Phai Inst. Wing Chun Kung Fu Inst. Beijing Shuai Jiao Acupunturista
PROF. SERGIO TANOSHI Lee kung Fu Club
PROFA. JAMILA ITHAIA Centro de Artes Corporais Chinesas Jiàn Zhōng Fú
Empresário - Tanoshi Artigos Esportivos Prof. Kung Fu Bei Shao Lin Atleta da Seleção Brasileira de Kung Fu
Educadora Física Acupunturista Prof. Hung Gar
PROF. DIEGO ALBUQUERQUE Associação Wing Chun Aplicado Prof. Wing Chun Kung Fu Graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Servidor Publico
PROF. ALDEBRAN VALENTIM Presidente da Federação Paranaense De kung Fu Wushu - FPrKW Prof. Sanda
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PROF. RODRIGO GIOVANELLA Centro de Artes Corporais Chinesas Jiàn Zhōng Fú
PROF. ADRIANO LOURENÇO
Doutor e Mestre em Engenharia Florestal Graduado em Engenharia Industrial Madeireira Acupunturista Prof. Kung Fu Hung Gar
Dir. WushuModerno pela Federação Paranaense De Kung Fu Wushu - FPrKW Atleta da Seleção Brasileira de Kung Fu Wushu PROF.JORGE JEFREMOVAS Academia SENDA de Kung Fu
PROF. DANILO BRANDENBURG Dani's Kung Fu Academy
Educador Fisico Psicologo Dir. Estilos Internos pela Federação Paranaense de Kung Fu Wushu - FPrKW Prof. Kung Fu Bei Shao Lin
PROF. TIAGO CAVALHEIRO Academia SENDA de Kung Fu Policial Militar Prof. Kung Fu Bei Shao Lin
Dir. Sanda pela Federação Paranaense De kung Fu Wushu - FPrKW Prof. Kung Fu Choy Li Fut
PROF. RODRIGO WOLFF APOLLONI Centro Asia Doutor em Sociologia Mestre em Ciências da Religião Graduado em em Comunicação Social/Jornalismo Prof. Tai Chi Chuan
A PRIMAVERA DAS
ARTES MARCIAIS Chinesas no Paraná.
PROF. AIRSON JR IPCC - Instituto Parananese de Cultura Chinesa Business Mannager - WeON Omnichannel Prof. Kung Fu Fei Hok Phai Instrutor. Wing Chun Kung Fu Instrutor. Beijing Shuai Jiao Técnico em Medicina Chinesa
O Kung Fu Paranaense vive um momento de grande expansão e florescimento, este evento deve-se á uma série de fatores que juntos fomentaram a natureza deste processo. A abertura de novas academias fortalecendo o cenário local e sua diversificação marcial no meio têm agregado e elevado o padrão dos praticantes. Outro fator muito importante é a nova geração de instrutores que chegam com uma visão mais dinâmica, social e contribuitiva de Kung Fu, estes têm oxigenado o mercado, as competições e estão estimulando as academias a evoluir junto nos métodos de ensino, divulgação e organização. Um fato que têm impulsionado este florescer é a interação e proximidade da federação Paranaense que tem demonstrado uma visão moderna e dinâmica para com o andamento da arte no estado. Esta nova visão do órgão tem ajudado na qualificação dos atletas e eventos, trazendo destaque e segurança aos praticantes. Porém nenhuma destas ações de forma isolada causaria tamanho impacto em nosso cenário sem uma profunda mudança de visão das escolas e seus professores, esta visão de união e pluralidade são essenciais para que o florescer continue e continue dando frutos! Não podemos deixar de citar o papel de destaque que as escolas mais tradicionais e antigas de nosso estado têm, buscando somar, integrar e se esforçando para que esta UNIÃO, nossa grande força motriz deste momento, permaneça e cada vez mais se fortaleçam os laços entre as escolas e praticantes. Um dos momentos que ajudaram a alavancar este movimento foi a realização do campeonato brasileiro em Londrina, a magnitude deste evento forçou o espirito de "regionalismo marcial"....rsrs despertando o espirito de família kung fu em nossas es colas. Para o sucesso deste evento a cooperação foi importante e com esta realização veio o amadurecimento e confiança necessários para os próximos passos desta jornada. Com esta preparação as escolas come çaram a interagir mais e buscar uma me lhor preparação para os próximos eventos, elevando assim o nível de nossos atletas, professores e técnicos.
A PRIMAVERA DAS
ARTES MARCIAIS Chinesas no Paraná.
1° Treino Coletivo com atletas de Curitiba classificados para o Brasileiro
Algumas ações deixaram claro este florescer, e os encontros para treinos coletivos de alguns atletas da região de Curitiba, estes qualificados para competir no campeonato brasileiro, fortaleceram ainda mais este tronco, que a cada dia têm se mostrado mais vivo e forte. Esta é uma ação que deve ser estimulada ainda mais e perpetuada nos próximos anos, tentando sempre buscar uma profissionalização destes encontros, pois com toda certeza elevará a qualidade dos atletas paranaenses, preparando-os e fornecendo mais segurança aos próximos desafios que viram para todos.
Este florescer têm sido uma experiência muito gratificante para o Kung Fu Paranaense que já têm colhido os frutos deste momento, ficando muito claro nos resultados apresentados nas competições oficiais e nos eventos entre academias onde o número de adeptos e competidores têm aumentado muito, com atletas de destaque nas competições internacionais, marcando nosso espaço no cenário do Kung Fu nacional, Atletas do Paraná no 12th Pan American Wushu Championships. Buenos Aires - Argentina.
A "Primavera do Kung Fu Paranaense" está em plena acensão tendo conquistado a maior participação em número de atletas e de medalhas da história do estado, mais que isso conquistamos a segunda colocação geral no principal evento nacional das artes marciais chinesas o Campeonato Brasileiro de Kung Fu, com 25 Medalhas de Ouro, 11 Prata, 9 Bronze. Fechando este panorama de destaque, devemos lembrar o esforço dos atletas que foram ao mundial em Shanghai competindo em grande nível, conquistando uma medalha inédita no Sanda Feminino a atleta Paranaense Raine Martins!
OI TO
I MORTAI S
⼋仙
BÊBADOS
PROF. APARECIDO LIRA IInstituto Fu Hok de Cultura Marcial Chinesa Dir. Cultural da Federação Paranaense de Kung Fu Wushu - FPrKW Prof. Kung Fu Fei Hok Phai
Na mitologia popular chinesa, encontramos uma lenda conhecida como “Os Oito Imortais”, ou BAXIAN, grupo de lendários XIAN (imortais); seres humanos que se tornaram imortais após muitos anos de meditação ou depois de comer pêssegos que cresciam no “Jardim da Imortalidade”. Cada um deles possuía sua história pessoal e seus poderes sobrenaturais, carregando consigo um instrumento ou uma ferramenta própria, conhecidos como seus oito tesouros. São reverenciados na China como protetores da humanidade. São eles:
LI TIE GUAI -
李铁拐
Li Tie Guai, considerado o líder do grupo, carrega nas costas um Fu-Lu, cabaça cheia de remédios milagrosos e anda sempre com uma muleta de ferro. É o santo protetor dos farmacêuticos e exorcistas, patrono dos feridos e doentes. Conta a lenda que Li Tie Guai possuía grandes poderes e podia fazer seu espírito sair do corpo, perambular por todo mundo adquirindo conhecimento e depois retornar a ele . Em certa ocasião, antes de iniciar suas viagens, instruiu um discípulo a cuidar de seu corpo e caso não retornasse no sétimo dia,deveria crema-lo. O aprendiz manteve-se fielmente como guardião de seu corpo até o sexto dia, quando recebeu a notícia que sua mãe estava morrendo em sua cidade natal. Encontrou-se em um dilema terrível: a lealdade ao seu mestre ou a piedade filial à sua moribunda mãe. Finalmente ele optou pela segunda alternativa e, como não podia deixar o corpo de seu mestre desacompanhado, cremou-o.
Huang Shen's painting of Li Tieguai (1757
No sétimo dia, Li Tie Guai voltou e se surpreendeu ao encontrar seu corpo reduzido a cinzas; tornando-se então, uma alma solitária. Felizmente, próximo havia o corpo de um mendigo recém-falecido e não tendo outra opção, emprestou o corpo do homem morto. Assim, o Imortal passou a existir como um mendigo manco. Ele, então, foi a procura de seu discípulo e quando encontrou-o, não o repreendeu, nem puniu. Deslizou de suas costas, uma cabaça, cujo conteúdo deu à mãe de seu aprendiz, que se recuperou da grave doença. Depois deste acontecido, Li Tie Guai, passou o resto da vida como um mendigo andarilho fazendo sempre o bem e pregando o Taoísmo, que estudou com Lao Tsé por quarenta anos. Passava longos períodos sem comer, nem dormir, com o objetivo de focar unicamente na prática da meditação. Após sua morte, tornou-se um XIAN.
OI TO
I MORTAI S
⼋仙
BÊBADOS ZHONG LI QUAN
锺离权
Zhong Li Quan, também conhecido como Han Zhong Li é considerado o líder oficial e mais antigo dos Oito Imortais, por ser o primeiro a alcançar a imortalidade. Ele carrega um leque mágico cujos ventos trazem os mortos de volta à vida e transformam ferro em ouro, como o Rei Midas nas Fábulas de Esopo. Sempre usou o ouro para ajudar vítimas de fome.
Apesar de suas precoces potencialidades espirituais, Zhong Li Quan seguiu o exemplo de seu pai e se tornou um oficial da corte da Dinastia Han, em seguida, tornou-se um general, participando de várias campanhas para proteger as fronteiras do país. Durante uma destas missões, seu exército foi derrotado, forçando-o a fugir. Sozinho e perdido no vale de uma montanha congelada, acreditava que sua morte era iminente. Neste instante, surge um velho à sua frente que lhe direcionou à residência de um eremita. Lá chegando, o eremita Dong Hua Di Jun concordou em instruir Zhong Li na alquimia, na filosofia taoísta e nas práticas mágicas. Desde então, dedicou-se às missões de aprimoramento pessoal e retidão moral.
LU DONG BIN -
吕洞宾
u Dong Bin é o mais famoso dentre os Oito Imortais. Acreditava-se ser um estudioso durante o século VIII. Quando pequeno era excepcionalmente inteligente e recitava facilmente os clássicos de Confúcio. Aos 64 anos passou nos exames imperiais, após várias tentativas, mas como ele não desejava ser um oficial do governo, tornou-se um sacerdote taoísta, e após sua morte, foi adorado como deidade, pois sempre ajudou pessoas que estavam angustiadas. Aprendeu o segredo da imortalidade com Han Zhong Li. É o patrono dos malabaristas e mágicos, embora seja conhecido por ser conquistador e propenso a crises de embriaguez. É considerado o santo protetor dos barbeiros que pedem a ele habilidades e sorte, pois acreditavam que ele havia curado o Imperador Ming, Chu Yuan Zhang, de uma doença no couro cabeludo. Ele é retratado com suas roupas de professor. Carrega uma espada nas costas que é usada para afugentar os maus espíritos.
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ZHANG GUO LAO -
张果⽼
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BÊBADOS
Considerado o mais excêntrico dos Oito Imortais. Ele foi uma figura real e histórica. Viveu em Zhongtiao Shan, na Província de Heng, durante a Dinastia Tang. Tornou-se famoso por ter se aprofundado nos segredos da longevidade e por suas infusões de ervas, que possuíam alto poder de cura. Considerado um sábio da alquimia chinesa e qigong. Costumava perambular É considerado como protetor montado em um asno, o qual das pessoas contra as forças do ele encolhia como se fosse uma mal. Carrega consigo uma faca folha de papel, dobrando-o e curva mágica com um cabo de guardando-o consigo; para penas. A faca era para cortar devolver ao animal seu demônios e duendes e as penas tamanho normal, ele o ungia tinham o poder de afugentar com saliva. Era conhecido maus espíritos. Segundo o Feng também por ser muito Shui taoísta, uma estátua de divertido, tornando-se invisível Zhang na casa de um parente ao beber água de pétalas de com idade avançada, traz flores venenosas, capturando longevidade. pássaros em pleno voo e murchando flores simplesmente ao apontar para elas.
CAO GUO JIU
Filho de um comandante militar e sobrinho da Imperatriz Cao Hou, da Dinastia Song. Ele teve um irmão que foi preso por feitos terríveis, o que levou Cao Guo Jiu a também cometer crime, visando de alguma forma ajudar seu irmão. A Imperatriz tomando conhecimento que seus parentes estavam na prisão, apelou ao Imperador e ambos foram liberados. Após sua libertação, Cao Guo Jiu, envergonhado, se arrependeu e desistiu de seu modo de vida confortável e luxuoso, retirando-se para as montanhas e tornando-se um sacerdote taoísta a prestar serviços à humanidade. Alcançou a iluminação durante suas andanças. Dois imortais, Lu Dong Bin e Zhong Li Quan lhe ensinaram técnicas para alcançar a perfeição. Tornou-se, então, imortal.
Ele é representado com uma tábua de jade capaz de purificar o ambiente em uma mão e um par de castanholas em outra. É considerado patrono dos atores.
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HAN XIANG ZI -
BÊBADOS
韩湘⼦
onsiderado o santo protetor dos músicos e patrono dos flautistas. Reconhecido como um excelente musicista, carrega uma flauta mágica, cujo som enche seus devotos de saúde e vitalidade. Era um estudante do confucionismo influenciado por seu tio, Han Yu, político importante da dinastia Tang. Quando tornou-se discípulo taoísta de Lu Dong Bin, converteu seu tio com um pequeno milagre: despejou litros e litros de vinho dentro de um recipiente minúsculo sem que ele se enchesse. Tornou-se imortal ao cair de um pessegueiro, com a morte de seu corpo.
LAN CAI HE -
蓝采和
The Daoist immortal Han Xiangzi, painted by Liu Jun, Ming dynasty
Lan Cai He era originalmente um ator e veio a tornar-se taoísta tardiamente. Considerado o mais misterioso dentre os Oito Imortais por ser retratado às vezes como um velho, outras vezes como uma jovem ou como um menino. Segundo algumas fontes, era um deus que, por atitudes errôneas e travessas, foi transformado em homem. Nesta época era conhecido por usar calças compridas e casacos grossos no verão, sendo que no inverno se vestia com camisas finas. Perambulava com um pé descalço e o outro sempre calçado. Tinha o estranho hábito de dormir na neve durante o inverno, quando um fluxo de nuvens se levantava do calor do seu corpo imortal. Pregava as virtudes do Taoísmo por letras de música e histórias. Sobre sua ascensão contam que um dia Lan Cai He estava bebendo vinho em uma taberna, quando a sala encheu-se dos sons emitidos por uma flauta e um órgão. Em seguida, subiu aos céus montado nas costas de um grou. Então, ele deixou cair seu único sapato, suas vestes, suas castanholas e lentamente foi sumindo de vista. É o santo protetor dos floristas, por amar plantas e a natureza. É retratado com uma cesta de flores. Exímio cantor, suas letras preveem o futuro. Por onde passava, deixava moedas.
Filha de Ho T’ai, um lojista de Hunan, nasceu na Província de Guangdon e viveu durante a Dinastia Tang. Aos 14 anos, teve um sonho com seus guias espirituais, que a instruíram a comer mica em pó a fim de transformar o seu corpo para que este jamais perecesse. Seguindo esta instrução, fez o voto de jamais se casar, vivendo como uma eremita nas montanhas. Com o tempo, sua necessidade de alimento gradativamente cessou. Suas atividades consistiam em passear nas montanhas, colhendo frutas e ervas para sua mãe, a qual afirmava que He Xian Gu locomovia-se com tanta leveza e graciosidade que parecia estar voando. Outra lenda diz que ao perder-se na floresta, foi ameaçada por um espírito maligno, mas Lu Dong Bin, um dos Oito Imortais apareceu de repente e a salvou, lhe dando um de seus pêssegos, que a transformou em imortal. Única representante feminina entre os Oito Imortais, possuía o dom da clarividência e era capaz de predizer eventos futuros. É representada carregando um instrumento de sopro sheng, uma flor de lótus como símbolo de sua retidão e virtude e um pássaro no ombro. A flor de lótus melhora a saúde mental e física dos devotos.
HE XIAN GU
何仙姑
PROF. APARECIDO LIRA IInstituto Fu Hok de Cultura Marcial Chinesa Dir. Cultural da Federação Paranaense de Kung Fu Wushu - FPrKW Prof. Kung Fu Fei Hok Phai
A Técnica dos Oito Imortais Bebâdos Os Oito Imortais da mitologia popular chinesa, estavam em constante meditação e aperfeiçoamento do corpo, mente e espírito, tornando-se peritos no Kung Fu e desenvolvendo técnicas muito avançadas. Cada um dos Imortais peregrinou pela Ásia, desenvolvendo suas técnicas e se aprofundando no conhecimento do universo. Eventualmente se encontravam para compartilharem entre si os segredos que absorveram em suas peregrinações. Em um desses encontros, decidiram unificar seus conhecimentos e técnicas em uma única arte marcial, e cada imortal contribuiu com o que havia de mais efetivo e poderoso em seu próprio estilo.
Este estilo foi batizado de ZUI QUAN, o qual foi levado aos mestres do Templo Shaolin com o intuito de ser ensinado aos alunos mais avançados e dedicados, pois demandava um poder interno para dominar o equilíbrio, habilidade para enganar o inimigo, utilizando o desequilíbrio, giros, saltos, esquivas, acrobacias e a força do seu oponente. A finalidade deste estilo é manter o corpo em bom estado fisicamente, com força na cintura, quadris e ombros, transformando e armazenando a energia chi e, com a prática, levar mudanças para a saúde dos órgãos internos e glândulas endócrinas, incrementando o fluxo de hormônios, fortalecendo o sistema imunológico
Com a destruição do Templo Shaolin, alguns monges que escaparam, esconderam-se em aldeias e para evitar serem reconhecidos, trocavam seus nomes e vestiam-se como mendigos. Em cada aldeia deixavam ensinamentos, os quais eram melhorados e adaptados aos costumes e estruturas físicas dos aldeões.
Fontes:
Com o passar do tempo, o estilo ZUI QUAN, ficou conhecido como o “Estilo do Mestre Bêbado” ou “Punhos Embriagados”. Não se sabe realmente se a ideia original dos Oito Imortais era criar um estilo de luta embriagado, mas, na ausência de uma resposta, até mesmo a lenda vem sendo alterada, chegando a ser chamada de “Oito Bêbados Imortais”.
“Chinese Beliefs and Superstitions” Evelyn Lip
MEDICINA TRADICIONAL CHINESA Alicerce das Artes Marciais Chinesas
PROF. RODRIGO GIOVANELLA Centro de Artes Corporais Chinesas Jiàn Zhong Fú Doutor e Mestre em Engenharia Florestal Graduado em Engenharia Industrial Madeireira Acupunturista Prof. Kung Fu Hung Gar
A medicina tradicional chinesa (MTC), atualmente reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apresenta conceitos diferentes dos entendidos pela medicina ocidental. Sua lógica está intimamente relacionada com a forma em que o povo chinês interpreta as relações e interações de todas as coisas existentes. Assim, tem como base os aspectos da filosofia antiga e a própria percepção das energias do universo. Dentro desta ideia, o corpo humano apresenta-se como o microcosmo do universo (macrocosmo), tendo em si todas as características intrínsecas deste último. Este é o ponto mais importante para o desenvolvimento da MTC, onde, na antiguidade, os mestres observavam as interações das forças da natureza, como os 8 trigramas do Bagua (trovão, vento, céu, lago, água, fogo, montanha e terra) e traçavam paralelos com o corpo físico, emocional e espiritual do “Homem”.
⼋卦
A história do desenvolvimento da medicina chinesa não apresenta consenso em sua origem em termos de datas, mas o importante é a busca do conhecimento da relação “Homem” - Natureza que ocorreu de forma natural a partir da observação dos fenômenos do macro e microcosmo. Um grande marco na história foi a “busca pela imortalidade”, fato que ocorreu aproximadamente 200 a.C. a mando do imperador Qin Shi Huang. Neste momento, muitos especialistas em medicina chinesa foram “forçados” a encontrar o caminho para a imortalidade para, posteriormente, ensinar ao imperador. Neste momento a compreensão sobre os fenômenos foram expandidas e muito do que hoje se considera como MTC avançada vem deste conhecimento. Vale ressaltar que esta ideia de imortalidade está ligada a conceitos Daoistas profundos, que não cabem ao presente artigo. Em resumo, o universo teve um ponto de origem onde, anteriormente, tudo era perfeito e harmônico e, após uma perturbação desta harmonia, o universo se expandiu dividido em duas energias opostas e complementares, conhecidas como Yin e Yang. Estas energias buscam entre si o equilíbrio perfeito que existia anteriormente a perturbação e a sua dinâmica é o que cria e rege todas as coisas e leis (físicas) do universo. Estas energias em equilíbrio denomina-se Tai Ji. Entretanto, no mesmo momento em que o universo foi criado, surgimento do Yin e Yang, também se deu origem as Cinco Luzes Puras do Universo, que são as manifestações primordiais das energias da Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água (cinco elementos/movimentos chineses – Wu Xing). Ou seja, o macrocosmo tem em sua “composição” energias Yin e Yang e energias com manifestações de cinco movimentos diferentes. Os sábios antigos identificaram e mapearam estas energias no corpo humano e, a partir da interação destas energias, compreenderam o funcionamento fisiológico (energético) do organismo vivo (embriologia, crescimento, desenvolvimento e morte). O corpo humano é considerado parte do TAI JI, cuja essência é o Yin e Yang. A presença destas energias no corpo permitem a entrada do Wu Xing (cinco elementos/movimentos) e suas interações permitem a vida, desenvolvimento e morte. A vida do “Homem” ocorre graças ao Qi (“energia”) e o Xue (sangue). Se estiverem em harmonia à vida floresce, mas se em desarmonia ocorre doença e morte. De um modo geral, o Qi e o Xue (sangue) são a fonte da vida (Yin e Yang), e estão circulando pelo corpo de forma contínua por caminhos específicos (canais ou meridianos).
A partir deste momento iniciou-se a prática de exercícios com o objetivo de potencializar estas energias no corpo e denominaram-se estes movimentos de Dao Yin (atualmente conhecidos como Qigong). Cada exercício tem uma função específica e beneficia o praticante de forma pontual, fazendo com que várias técnicas tenham sido desenvolvidas. Na concepção Daoista, origem do exposto até o momento, a forma de compreender e desenvolver as energias do microcosmo passa por três técnicas “básicas”
A primeira é o Tai Chi, que tem o objetivo de fortalecer e elucidar os processos relacionados às energias Yin e Yang. A segunda é o Hsing-I, que tem a função de desenvolver e fortalecer os cinco movimentos no corpo. A terceira técnica é o Ba Gua, que desenvolve as energias representadas pelos oito trigamas. Por trabalharem o cultivo destas forças primordiais de micro e macrocosmos é que estas técnicas (marciais) são denominadas como estilos internos (nèi jīa). Entretanto, outras formas de treino também desenvolvem estas energias. É neste ponto da história que os praticantes de Wu Shu (arte de Guerra) iniciaram a prática do Qi Gong, inicialmente para fortalecer sua saúde, força e constituição e, posteriormente, elevar a habilidade marcial com conhecimento aplicado da MTC.
單鞭
DAN BIAN CHEN FAKE - TAIJIQUAN
三体式
SAN TI SHI - FUJIANQIU-XING YI QUAN
單換掌
DAN HUAN ZHANGFUZHENSONG-BAGAZHANG
Uma das primeiras técnicas a chamar a atenção dos praticantes de Wu Shu foi o Wu Qin Xi (Jogo dos Cinco Animais), desenvolvido a mais de 2000 anos, pelo famoso médico Hua Tuo. É uma técnica que usa o movimento e espirito animal para fortalecer os órgãos internos (origem do Qi e Xue) e toda a estrutura do corpo físico, assim, potencializando as habilidades de luta dos praticantes. Este tipo de prática, o Qigong, foi incorporado as diferentes linhas de treino marcial, trazendo um refinamento à prática. As pessoas que praticavam artes marciais sabiam que existia esse tipo de Wu Shu, mas a maioria não conheciam os métodos de treinamento que eram guardados em segredo. Hoje em dia, esse conhecimento é raro e passou por muitos momentos próximos ao desaparecimento.
Atualmente treinam-se os movimentos e aplicações, sendo possível alcançar um alto nível de prática marcial (foco em luta), mas considera-se o caminho como incompleto. Segundo os antigos, aqueles que podem apenas matar e não pode salvar, dominaram a "mão mortal" e isso é inaceitável. Estes antigos mestres colocam que é necessário primeiro aprender a salvar pessoas antes de adquirir a arte marcial. A essência do treino defendida por eles é fortalecer a saúde e o espírito, a fim de ser um “Homem” fisicamente forte e viver por muito tempo, sendo capaz de se proteger. Neste sentido o foco é o fortalecimento da moral e virtude, não o corpo físico. HTTP://ATINFINITUM.INFO/PORTFOLIO/HUA-TUO-WUQINXI/
“O homem que adquiriu perfeitamente esse Kung Fu precisa apenas levantar a mão e o inimigo imediatamente sente um perigo fatal. Mas, por outro lado, ele é capaz de reanimar um moribundo” (Jin Jing Zhong).
Este é o princípio por trás da famosa técnica “toque da morte” (Dian Xue Shu) e um guia dos antigos mestres para o resgate da essência da prática das Artes Marciais Chinesas. “Yuan Lu” (1241 – 1253) Ilustrações *
SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE WING CHUN KUNG FU 2019
SHI FU GORDEN LU SHI FU GORDEN LU É SOBRINHO NETO DO PATRIARCA YIP MAN E ESTEVE EM SÃO PAULO COMPARTILHANDO SEU CONHECIMENTO A CONVITE DO MESTRE MARCELO FLORENTINO SEU ATUAL REPRESENTANTE NO BRASIL. PROF. DIEGO ALBUQUERQUE Associação Wing Chun Aplicado Prof. Wing Chun Kung Fu Graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Servidor Publico
NO DIA 23 E 24 DE NOVEMBRO A ASSOCIAÇÃO WING CHUN APLICADO (AWCA) COM SEDE EM SÃO PAULO ORGANIZOU III SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE WING CHUN, MINISTRADO POR MESTRE GORDEN LU. SIFU GORDEN LU É NATURAL DE TAIWAN, CHINA. FILHO DE MESTRE LO MAN KAN SOBRINHO DE IP MAN, FAMOSO MESTRE DE WING CHUN QUE TEVE COMO UM DOS SEUS PRINCIPAIS DISCÍPULOS BRUCE LEE. MESTRE GORDEN INICIOU SEUS ESTUDOS DE WING CHUN COM SEU PAI, UM ESPECIALISTA NO SISTEMA, APÓS CONCLUIR TODO O SISTEMA, VIAJOU PARA OS EUA A PEDIDO DE SEU PAI E CONTINUOU SEU TREINAMENTO COM MESTRE DUNCAN LEUNG (FUNDADOR DA APPLIED WING CHUN), DISCÍPULO PRIVATIVO DE IP MAN E UM DOS MAIS PROFICIENTES LUTADORES DE WING CHUN. WING CHUN POSSUI DIFERENTES CONCEITOS QUE PODEM SER EXPLORADOS EM COMBATE. SIFU LO MAN KAN É UM ESPECIALISTA NO MÉTODO DE LUTA CHAMADO SHORT BRIDGE (PONTE CURTA, LUTA A CURTA DISTÂNCIA) E SIFU DUNCAN ESPECIALISTA EM LONG BRIDGE (PONTE LONGA, LUTA A LONGA DISTÂNCIA). TENDO TREINADO E REFINADO SUAS TÉCNICAS COM ESSES DOIS GRANDES MESTRES DE WING CHUN RECONHECIDOS INTERNACIONALMENTE POR SUAS PERICIAS, SIFU GORDEN LU POSSUI UMA VISÃO COMPLETA DO SISTEMA ORIGINAL DE IP MAN.
SHI FU GORDEN LU JUNTO A SEU MESTRE DUNCAN LEUNG ALUNO PRIVADO DE YIP MAN
SHI FU GORDEN LU COM SEU MESTRE E PAI LO MAN KAM SOBRINHO E ALUNO DE YIP MAN
MESTRE GORDEN TEM UMA VISÃO PROFUNDA DE COMO ENSINAR WING CHUN. COMO ELE MESMO COSTUMA DIZER, SEU DIFERENCIAL DIANTE DE OUTRO PROFESSORES DA ARTE É QUE DESDE O INICIO ELE FOI ORIENTADO A APRENDER COMO ENSINAR, TANTO SEU PAI LO MAN KAN COMO SEU SEGUNDO MESTRE DUNCAN LEUNG TIVERAM O CUIDADO DE PASSAR O SISTEMA A ELE COM OBJETIVO DE TORNA-LO UM EXCELENTE PROFESSOR DE WING CHUN KUNG FU. TRAZER UM MESTRE COM ESSE CONHECIMENTO E EXPERIÊNCIA NO SISTEMA, COM SUA PROXIMIDADE A RAIZ ORIGINAL DO SISTEMA DE IP MAN FAZ COM QUE O NÍVEL DO WING CHUN ESTEJA SEMPRE EM EVOLUÇÃO NO BRASIL. O FUTURO PARA ESSA GRANDE ARTE CHINESA NO BRASIL PARECE SER PROMISSOR, DESEJAMOS SORTE E DUROS TREINAMENTOS AOS PRATICANTES DE WING CHUN BRASILEIROS PARA QUE ESSA NOBRE ARTE SE FORTALEÇA E ALCANCE UM LUGAR DE DESTAQUE NO CENÁRIO NACIONAL E MUNDIAL QUE ELA TANTO MERECE.CONCEITOS DE WING CHUN.
SENDO HOJE UMA AUTORIDADE NO ESTILO, MESTRE GORDEN MINISTRA TREINAMENTOS AO REDOR DO MUNDO, PROPAGANDO SEU WING CHUN TANTO PARA CIVIS QUANTO PARA FORÇAS MILITARES. ATUALMENTE SIFU GORDEN LU E POLICIAL FEDERAL NOS EUA A CERCA DE 10 ANOS, TENDO ATUADO NA SEGURANÇA DOS TRÊS ÚLTIMOS PRESIDENTES AMERICANOS. SIFU GORDEN LU COMPARECE A BRASIL PARA REALIZAR SEMINÁRIO PELA TERCEIRA VEZ, SENDO A PRIMEIRA EM 2017 NA CIDADE DE SÃO PAULO E A SEGUNDA EM 2018 EM SALVADOR, BAHIA. O ANFITRIÃO DO EVENTO FOI SIFU MARCELO FLORENTINO (AWCA) E AINDA TEVE COMO ILUSTRE PRESENÇA SIFU MARCOS ABREU (BWCA) DE SALVADOR (BA). AMBOS AUXILIARAM SIFU GORDEN LU NOS EXERCÍCIOS, NAS APLICAÇÕES TÉCNICAS E TRADUÇÕES. NESTA TERCEIRA EDIÇÃO NOVAMENTE EM SÃO PAULO FORAM DOIS DIAS DE TREINAMENTO INTENSO, ONDE OS ALUNOS DE SIFU FLORENTINO VINDOS DE VARIAS PARTES DO PAÍS TIVERAM A OPORTUNIDADE DE ESTUDAR DIFERENTES COMBINAÇÕES TÉCNICAS DE SHORT E LONG BRIDGE, EXPLORANDO DISTANCIAS CURTAS E LONGAS DE LUTA, CHI SAO, TÉCNICAS DE DEFESA PESSOAL, TEORIAS E CONCEITOS DE WING CHUN.
MAGNÍFICA ENTREVISTA COM
PROF. DR. MARCELO MOREIRA ANTUNES
Presidente da Confederação Brasileira de Shuai Jiao!
1. O QUE CONSIDERARIA COMO AS PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS EM TERMOS DE ENSINO DE ARTES MARCIAIS CHINESAS (AMC) NO BRASIL HOJE? Penso que a formação de professores seja o maior problema. Ainda reproduzimos o modelo de escolas de ofício ou de artesãos. Aprendemos a fazer a técnicas, a demonstra-las, porém, não aprendemos a ensinar, a adaptar o conhecimento as demandas da atualidade. Ensina-se como os professores ensinaram, sem levar em conta o contexto e as pessoas envolvidas. Sem levar em conta que os objetivos são diferentes, que mudam de pessoa para pessoa. A formação de professor de AMC segue um modelo já ultrapassado, carregado de conhecimento superficial, pouco aprofundado e, predominantemente técnico. Porém, essa técnica é pensada no rendimento, na padronização, e não em diferentes possibilidades de ensino e de aprendizagem. Falta aprofundamento teórico sobre o que se ensina, sobre para quem se ensina, sobre os porquês se ensina. Essa reflexão, ou, essa maneira de pensar sobre o ensino deve ser ensinada durante a formação dos professores, seja na formação inicial, seja na formação continuada, após a formação regular.
2.
O QUE DIFERENCIA O SHUAI JIAO DO "KUNG FU TRADICIONAL"?
Em primeiro lugar devemos pensar o que é esse “kungfu tradicional”. Esse termo surge na literatura na década de 1960, e um dos primeiros livros a usar esse termo é uma obra de Bruce Lee (Chinese Gung Fu: The Philosophical Art of Self-Defense)[1]. Esse livro foi reeditado em 1987 com alguns itens adicionados. Desse modo, pensar em kungfu requer uma contextualização histórica que não remonta a antiguidade da China, mas sim, uma palavra lançada como ‘guarda-chuva’ para abarcar as técnicas de chutar e socar de origem chinesa, já na modernidade. Com a projeção midiática do Bruce Lee esse termo se espalhou pelo Ocidente como sinônimo de artes marciais chinesas, e daí, para se tornar senso comum foi fácil. Quando se consulta a literatura sobre artes marciais chinesas nenhum pesquisador chinês utiliza o termo kungfu (gongfu ), ao invés disso utilizam o termo wushu ( ) ou Arte Marcial (em portugês). Esse termo nasce na dinastia Han (206 a. C. – 220 d. C.) que descreve, segundo Henning (1981)[2], como “o método ou a técnica praticada com as mãos e os pés, facilitando também o uso de armas para a obtenção da vitória, tanto nas ações de defesa quanto de ataque”. Assim, wushu se caracterizava pelo uso das mãos, pés e armas em combate, e que nesse caso específico já se diferenciava pelo fato de que neste período, essas técnicas de combate eram chamadas de Bian (algo como atacar batendo com os pés, mãos ou armas) diferente das técnicas usadas pelo Jiaodi ( ), termo usado na época para designar as técnicas de agarrar e derrubar. Ou seja, já na dinastia Han havia uma diferença clara entre os métodos de combate corporal. Por outro lado, quando se observam as técnicas de movimentação e objetivos dos ataques e defesas, tanto o kungfu (wushu) quanto o shuaijiao tem configurações distintas. A linguagem corporal é um diferencial visível, facilmente percebido por aqueles que treinam o shuaijiao da China e conhecem um pouco das técnicas de socar e chutar da arte marcial chinesa. Quando se treinam ambos a diferença é mais nítida ainda, mesmo que essas modalidades sejam complementares. Pode-se estender esse assunto por muito tempo, pois, as evidências da literatura e da própria cultura chinesa colocam as duas modalidades em espaços distintos. Do ponto de vista institucional o shuaijiao está alocado em uma entidade diferente do wushu. O wushu é regido pela Associação Chinesa de Wushu, que tem sua representatividade internacional realizada pela International Wushu Federation (IWuF). Nessa entidade não existe um departamento de shuaijiao como existe um para o wushu tradicional ou sanda. Assim como na Associação Chinesa de Wushu não existe um departamento que cuide do shuaijiao. Essa junção do shuaijiao como o wushu foi um movimento do Ocidente, principalmente pelo grupo dos EUA, que trouxeram o shuaijiao de Taiwan para ser ensinado por aqui. Bom, de forma preliminar podemos entender, a partir das evidências listadas acima, que há uma clara diferença entre as modalidades, seja do ponto de vista histórico, técnico ou institucional.
武术
抵
[1] LEE, B. Chinese Gung Fu: The Philosophical Art of Self-Defense Revised and Updated. 3ed. Black Belt Comunications, 1987.
功夫
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PROF.MARCELO MOREIRA ANTUNES Confederação Brasileira de Shuai Jiao Presidente da Confederação Brasileira de Shuai Jiao - CBS Prof. Kung Fu Bei Shao Lin Pós-Doutorado em Educação Física Prof. Shuaijiao
3. CONTE-NOS UM POUCO COMO TEM SIDO SUA EXPERIÊNCIA DE TREINAMENTO NA CHINA? Treinar na China é um privilégio em todos os sentidos. Cultural, histórico, geográfico e social. É um aprendizado a cada esquina que se dobra. A cada pessoa que encontramos, em cada lugar que visitamos, tudo é novo e apresenta possibilidades de ampliação da percepção sobre o Oriente. No que tange as modalidades de combate a desmistificação da prática das artes marciais é o carro chefe. Obviamente, existem professores e professores. Lá também existem charlatães! Mas, se você buscar corretamente, procurar com paciência, há grandes chances de encontrar bons professores. Para mim esta sendo uma experiência indescritível, tenho aprendido muito. E depois de já ter treinado muitos anos sob a orientação do Mestre Chan Kwowk Wai aqui no Brasil, treinar lá com Mestres como o Ma Jianguo e o Li Baoru é uma experiência profunda de conhecimento. Recomendo a todos que desejem aprender profundamente e estudar na China. É uma jornada intensa!
ENTREVISTA PARTE 2
4. COMO FUNCIONA A GRADUAÇÃO DENTRO DO SHUAI JIAO? Na China ainda não há uma padronização de graduação para todas as escolas. A maioria delas não usa graduação. Ou você é aluno ou professor, mas, se o seu professor ainda é vivo, você é aluno e professor. Na verdade a graduação, ou o nível do seu Shuaijiao está escrito no seu nome. É um reconhecimento social, o seu nome precede o seu conhecimento e isso não precisa de uma faixa para dizer para as outras pessoas o seu nível de conhecimento. Isso é demonstrado na prática. Porém, para o Ocidente essa forma de apresentação do nível do praticante é amplamente aceita e isso está mobilizando alguns professores na China a pensar sobre o assunto. Fiz uma proposta de sistema de graduação alinhada a escola de Beijing e apresentei aos mestres Ma e Li, ambos gostaram muito e deram o aval apara a implantação aqui no Brasil. Então, estamos implantando esse sistema em nosso grupo com a autorização dos meus mestres chineses.
5. COMO DEVE SE POSICIONAR O SHUAI JIAO COM TANTAS ARTES DESTE SEGUIMENTO COMO WRESTLING, JUDO, SAMBO ETC Esse foi um ponto importante no planejamento do nosso trabalho. Não vemos como concorrência e sim parceria. Temos desenvolvido trabalhos conjunto com grupos e entidades do wrestling olímpico e do jiujitsu, principalmente. Isso faz com que melhoremos o nosso trabalho de organização, treinamento e formação técnica. Então, ao contrário de encarar essas modalidades como concorrentes, nos aliamos a elas para promover o intercâmbio. Ficar em uma caverna não ajuda ninguém.
6. PROF. MARCELO, NA ÁREA ACADÊMICA HÁ ESPAÇO PARA O ESTUDO CIENTÍFICO E O ENSINO DO SHUAIJIAO HOJE? O que já realizo aqui no Brasil vem de muito tempo. Desde quando trabalhei na CBKW já fazia interlocução com as universidades. Há muito espaço para pesquisa e projetos de extensão. O que é necessário é apenas a adequação a maneira de trabalhar na esfera acadêmica. Tem uma seriedade e profissionalismo que são necessários. Não há como trabalhar com uma universidade sem essa perspectiva. Na China o Shuaijiao vem ganhando cada vez mais espaço nas universidades. Foi fundada em 2009 uma federação nacional de Shuaijiao universitário. Quando estive na Mongólia Interior em 2016, estive em um campeonato nacional universitário. Nesse evento havia 48 universidades chinesas com mais de 300 atletas participando. Isso é o efeito de se aproximar da universidade e realizar em parceria um trabalho profissional. Então, há sim, muito espaço para o Shuaijiao nas universidades brasileiras, desde que se pense em trabalho sério, profissional e de qualidade.
7. O QUE DEVEMOS ESPERAR DA CBS PARA O PRÓXIMO ANO? Temo s muitos planos, não só para o próximo ano, mas, para a próxima década. Os grandes desafios da nossa entidade são a formação e capacitação de instrutores e professores de Shuaijiao para atuarem no Brasil. Sem eles a modalidade não avança. Não adianta organizar campeonatos se a quantidade e qualidade de professores ainda são baixas. Assim, a modalidade não cresce. Façamos um exercício: quantas matrículas foram feitas na sua escola ou academia em até um mês depois de sua participação em um campeonato? Muda significativamente quando comparado com outros períodos do ano? Com certeza não! E é esse o problema, se constroem carroças sem haver cavalos ou bois para tracioná-las. Nesse sentido, estamos investindo em formação, capacitação, intercâmbio com a China e produção de materiais didáticos para auxiliar os professores e instrutores a desenvolverem o seu trabalho de forma eficiente e de qualidade internacional.
PROF.MARCELO MOREIRA ANTUNES Confederação Brasileira de Shuai Jiao
ENTREVISTA PARTE 3
Presidente da Confederação Brasileira de Shuai Jiao - CBS Prof. Kung Fu Bei Shao Lin Pós-Doutorado em Educação Física Prof. Shuaijiao
8. HOJE VOCÊ ESTÁ VINCULADO Á ALGUM MESTRE E OU ORGANIZAÇÃO? Sim. Faço parte da escola do Mestre Li Baoru através do Mestre Ma Jianguo com quem treino diretamente. Eles são vinculados a Associação Chinesa de Shuaijiao e a Chinese Wrestling Association..
9.
NOS CONTE UM POUCO DE SUA HISTÓRIA DENTRO DAS ARTES MARCIAIS CHINESA?
Nossa, isso faz muito tempo que começou. Antes de treinar artes marciais chinesas comecei a treinei karatê com 13 anos de idade. Depois, com 17 anos, comecei a treinar Hungar aqui no Rio de Janeiro. Mas, só durou uns seis meses. Daí, com 18 anos encontrei uma academia de Shaolin Norte perto da minha casa e sempre treinava lá antes de ir para a faculdade, depois do trabalho. Eu trabalhava de dia, estudava a noite e treinava entre as duas coisas. Três anos depois fui treinar em São Paulo com o Mestre Chan Kowk Wai de Shaolin Norte. Ia treinar sempre que dava, sempre nos fins de semana. Saia do Rio na sexta a noite, pegava o ônibus RJ/SP e treinava no sábado e no domingo. Às vezes de 15 em 15 dias, as vezes todo fim de semana e, quando a grana estava curta ia uma vez por mês. Treinei Shaolin Norte desde 1983. Atualmente não treino mais. Com o mestre Chan também aprendi Taijiquan Yang estilo que ainda treino e ensino aqui no Rio de Janeiro. Comecei a treinar o Shuaijiao em 1993 a partir de um seminário dado pelo Mestre Nereu Graballos assim que retornou de Taiwan. Depois não parei mais. Aprendi o Shuaijiao de Taiwan com o professor Roberto Baptista, que foi aluno do mestre John Wang da linhagem do Mestre Chang Dong Sheng. Esse período durou de 1994 até 1999 quando me formei 9° deng dessa escola. Continuei treinando o Shuaijiao de Taiwan até 2008 quando fui para Beijing pela primeira vez e iniciei meus estudos do Shuaijiao de Beijing com o mestre Ma Jianguo. Desde então retorno regularmente à Beijing para continuar meu aprendizado, e, com certeza continuarei a retornar à China enquanto eu tiver saúde.
...A FORMAÇÃO DE PROFESSOR DE AMC SEGUE UM MODELO JÁ ULTRAPASSADO..! 10.
GOSTARIA QUE DEIXA-SE UMA MENSAGEM AOS PRATICANTES DE AMC DO PARANÁ!
Conheço muitos professores de artes marciais chinesas no Sul do país, e agora, mais alguns que não conhecia no Paraná. Sempre reconheci o protagonismo do Sul no que se refere ao desenvolvimento do wushu, e agora vejo esse mesmo potencial no Paraná, pois, tive um contato mais estreito. Assim, espero que o pessoal do Paraná continue se esforçando no desenvolvimento das artes marciais chinesas e em especial no Shuaijiao. E nesse aspecto me disponibilizo a trabalhar junto para esse desenvolvimento, que, com certeza vai inspirar o Sul como um todo.
ÙNICA ENTIDADE BRASILEIRA TOTALMENTE DEDICADA AO SHUAIJIAO
Filie-se você também!
Núcleo Rio de Janeiro Professor Marcelo Antunes - (21) 981829736 antunesmm@gmail.com
Núcleo São Paulo Professor Agnaldo Almeida - (11) 973048985 agnaldoalmeida@hotmail.com
Núcleo Fortaleza Professor Marcelino Mendes (85) 34831159 marcelinomendes2012@gmail.com Núcleo Paraná Instrutora Grasiele Canalli (41) 98801-0430 grasiele@taoshaolin.com.br
Núcleo Limeira Professor Júlio Mafra - (19) 30387631 mafrawudang@gmail.com
Núcleo Belo Horizonte Professor André Lins - (31)85235775 andrelmcoelho@hotmail.com
DEFESA PESSOAL PROF. TIAGO CAVALHEIRO Academia SENDA de Kung Fu Policial Militar Prof. Kung Fu Bei Shao Lin
1°PONTO
Considero-me um entusiasta pelas artes marciais e suas aplicações práticas, a qual o vejo como seu pilar mais básico, ou seja, o fundamento de origem das artes marciais que são as situações de conflitos e combates em todos os seus âmbitos.Devido à natureza do meu serviço adquiri alguma experiência em situações de risco, ou seja, situações onde necessitei aplicar efetivamente o meu conhecimento adquirido dentro da arte marcial chinesa.Hoje gostaria de compartilhar quatro pontos básicos, onde se deve ter atenção, e não é interessante negligenciarmos como forma de estudo.
Primeiro ponto a ser abordado é a visualização da situação de conflito, ou seja, planejamento mental de como agir diante da situação. Atentando-nos a este ponto e a iminente situação aonde possa ocorrer um combate real utilizaremos desta ferramenta para podermos planejar a nossa reação. Este planejamento mental pode ser decisivo em obter o êxito diante de uma ameaça.Lembro-me de quando comecei a treinar e devora revistas sobre artes marciais, me recordo de um artigo aonde o autor atribuía ao Bruce Lee à tática de se imaginar em situações de conflito em diversos lugares, tal como estando sentado na lanchonete, estando em um terreno íngreme e molhado etc. como aplicaria nossa técnica e reagiríamos a tais situações. As variáveis são inúmeras bem como as reações que se pode ter. Mas uma boa visualização da situação, e a preparação mental prévia são de suma importância para a vitória. Sabe-se que o conflito pode vir de uma forma inesperada e não há tempo para se planejar mentalmente. Por isso considero que imaginar-se em situações de combate sem efetivamente estar, e de grande valia para o treinamento mental.
“Procure bons conselhos e você terá sucesso, não entre na batalha sem antes fazer planos”.
2° PONTO
Provérbios 20:18
Segundo ponto é o lado psicológico, este por muitas vezes ignorado e de suma importância dentro de um conflito, pois não se trata somente de confiança, mas de um estado mental aonde se consegue adaptar sua técnica ao combate real que se difere de uma competição aonde há regras. Ocasionando assim a falta de controle durante a luta e levando a pessoa a fazer algo precipitado, e na maioria das vezes se colocando em situação de risco. Uma forma bem interessante de se trabalhar a autoconfiança e o autocontrole e o próprio treino de arte marcial. Aonde o artista marcial se põe a prova dia após dia galgando um a um os degraus do conhecimento e da auto compreensão.
3°PONTO 4° PONTO
Terceiro ponto a ser abordado e o da técnica, este ponto aliado com a mentalização da situação, e o estado psicológico da pessoa ira agregar substancialmente o leque de opções e de adaptações que se pode fazer em um combate. Vamos falar sobre a técnica do Kung Fu em um combate real, que a meu ver é perfeitamente aplicável, pois já precisei utiliza-la e funcionou muito bem. Algo que precisamos ter em mente e que a técnica que estamos treinando seja ela qual for funciona ou não. Basta fazermos alguns testes para ver se a técnica e aplicável, inviável ou se é de difícil aplicação. Ao treinarmos colocando variáveis durante o treinamento podemos ter ciência de qual maneira poderíamos utilizar aquela técnica ou não, pois como diz a frase, “Saco de pancada não revida” e reitero dizendo que em uma situação de combate dificilmente vai ser como treinamos, por isso a importância da adaptação da técnica.
Quarto ponto seria o terreno aonde esta acontecendo o combate. Devemos nos atentar literalmente ao ambiente que estamos se tem moveis que podem limitar nossos movimentos, se o chão está molhado e podemos escorregar se é em aclive ou declive etc. isto abrange uma vasta possibilidade que deve ser analisado pelo combatente.
Atentando-nos para esses fatores temos uma noção de que o combate real em uma situação de defesa pessoal depende de diferentes variáveis, pois não é um combate controlado como em uma competição onde há regras. Pensando nessas dicas; visualização da situação, trabalho psicológico, treino da técnica e o estudo do terreno foram fatores que sempre me ajudaram a neutralizar a ameaça, seja ela qual estivesse passando. Gostaria de agradecer os leitores e incentivar a pensa-los, pois dentro de cada um destes fatores a diversos itens não pontuados e que podemos descobrir por nos mesmos ou agrega-los. Um grande abraço a todos.
“Conhecer a si mesmo é o começo de toda sabedoria”. Aristóteles.
CHIKUNG – GINÁSTICA RESPIRATÓRIA CHINESA E AS BARREIRAS DE PROTEÇÃO
A prática regular do Chi Kung harmoniza a energia
do
nosso
corpo,
criando
as
chamadas Barreiras Energéticas, também, denominadas de Wei Chi. Esses campos energéticos são diferenciados pelas suas densidades; frequência vibratória; luz e temperatura.
Quando
nossos
órgãos
internos estão desequilibrados, geralmente manifestam-se nessas camadas antes de haver alteração física propriamente dita. Isto equivale a dizer que quando não temos um
estilo
acometidos
de de
vida
saudável,
resfriados
somos
constantes,
insônia, problemas estomacais, ansiedade, depressão e outras doenças decorrentes do desequilíbrio do sistema energético do nosso corpo. PROF.JORGE JEFREMOVAS Academia SENDA de Kung Fu Dir. Estilos Internos pela Federação Paranaense de Kung Fu Wushu - FPrKW Prof. Kung Fu Bei Shao Lin Educador Físico Psicologo
A Primeira Barreira Energética está relacionada ao Dan Tien Inferior que fica localizada a 3 centímetros abaixo da região do umbigo. Este campo de energia vai além da nossa pele, 5 centímetros. A energia chi não se limita nem é contida dentro do corpo e o contorno do ser humano não é delineado pela superfície do corpo. As pesquisas têm demonstrado que existem frequências e campos energéticos que envolvem e penetram o organismo humano, incluindo campos magnéticos e radiação infravermelha.
O WEI CHI EXERCE AS SEGUINTES FUNÇÕES: PROTEÇÃO (VENTO, FRIO, CALOR E UMIDADE); HIDRATA A PELE E MÚSCULOS; REGULA A SUDORESE E A TEMPERATURA CORPÓREA.
O Segundo Campo Energético está ligado ao Dan Tien Médio (Coração -Mente) e se estende 30 centímetros além da superfície do corpo. Relaciona-se ao Sistema Límbico e Sistema Nervoso Autônomo. Esse é o campo da nossa esfera de influência emocional. "A lei da ressonância afirma que somente podemos entrar em contato com aquilo que nós mesmos vibramos".Essa Barreira atua no sentido de proteção contra as emoções negativas e sentimentos destrutivos. A prática do Chi Kung visa fortalecer e curar o sistema nervoso, os pensamentos, as emoções, as atitudes, condicionamentos e as crenças arraigadas. Ao desintoxicar e purificar o Chi em excesso ou bloqueado, os praticantes sentem menos tensão uma vez que o sistema nervoso é limpo. Esta camada tem como função proteger o corpo das emoções negativas, sentimentos destrutivos e críticas advindas de terceiros. É automaticamente ativada quando identifica um ambiente hostil. É uma camada mais sutil e, se manifesta independente de nossa vontade consciente. São pessoas que sentimos aversão ou sentimos um certo desconforto sem mesmo saber. Nessa fase, trabalha-se mais a intenção mental (Yi). Assim, evitamos que o Chi se disperse. Manter a calma e a tranquilidade em meio às agitações da vida, são sinais de que a prática do chi kung está sendo feita corretamente. Referência Bibliográfica Johnson,J.A.2002.Chinese Medical Qigong Therapy.Pacific Grove.CA :IIMQ
Curitiba Kung Fu Meeting Em uma conversa informal entre Sergio Tanoshi, Vitor Nakaba e Luciane Figueiredo, nasceu a idéia de reunir nossos amigos praticantes de KungFu para um treino geral, como forma de confraternização e para encerrar o ano. A intenção original era convidar apenas alunos da nossa academia, porém a idéia se propagou e várias escolas de vários estilos também aderiram à nossa causa.Já no início, a professora Grasiele Canalli participou ativamente com idéias, sugestões, design.. decidimos então convidá-la a participar da organização. 1° E 2° REUNIÃO KUNG FU MEETING Tao Shaolin Kung Fu e Cultura Chinesa Prof. Airson Jr - IPCC Instituto Paranaense de Cultura Chinesa Prof. Grasiele canalli - Tao Shaolin Kung Fu Prof. Aparecido Lira - Instituto Fu Hok Prof. Romildo - Instituto Fu Hok (Colombo) Prof. Claudinei Siqueira - Instituto Equilibrium Representante - Academia Plum Blossom Brasil Prof. Wiliam Souza - Peng Lai Kung Fu Profa. Jamila Ithaia - entro de Artes Corporais Chinesas Jiàn Zhōng Fú Profa. Keitty Oliveira - Academia Senda de Kung Fu Profa. Selma Vatrim - Centro Asia
Atualmente temos 161 participantes de 13 academias. Agradecemos ao empenho de todos, apesar do tempo curto, o encontro está tomando forma e com o engajamento dos professores tornou-se um um evento nosso, de todos.Batizamos o evento de (Niánzhōng jùhuì Comemoração de Encerramento do Ano). Teremos as apresentações dos alunos das escolas e professores convidados, sorteio dos brindes gentilmente doados e entrega de certificados. Será o primeiro evento desse tipo, sem a finalidade de lucro ou competição, toda a renda arrecadada será doada e nosso trabalho é voluntário.Apesar do pouco tempo e dificuldades envolvidas, nosso objetivo principal já foi alcançado: unir os praticantes do KungFu/Wushu do Paraná para confraternização, divulgação e fortalecimento.
年终聚会
PROF. SERGIO TANOSHI Lee kung Fu Club Empresário - Tanoshi Artigos Esportivos Prof. Kung Fu Bei Shao Lin Atleta da Seleção Brasileira de Kung Fu
Ilustrações de Maycon Prasniewski
PERIODIZAÇÃO DE TREINAMENTO:
UMA PRÁTICA PARA A MELHORA DA PERFORMANCE DE ATLETAS DE KUNG FU
PROFA. JAMILA ITHAIA Centro de Artes Corporais Chinesas Jiàn Zhōng Fú Educadora Física Acupunturista Profa. Hung Gar
Há um tempo, ter um treino em que acolhesse numa mesma sessão de treinamento as mais diferentes pessoas era uma propaganda bastante interessante para a maioria das escolas de artes marciais, das mais variadas origens e estilos, em especial nas de kung fu. Foi o que proporcionou hoje uma população bastante diversificada em nossas salas de aula e treinos. Onde encontramos artistas marciais, praticantes que buscam unicamente a saúde e/ou estética, atletas, pessoas com as mais variadas potencialidades e limitações, com diferentes faixas etárias, sexo e composições corporais, entre outros. No entanto, não se pode propor o mesmo plano de ações para objetivos e necessidades tão diversas, desta maneira exige-se do professor flexibilidade para realizar inúmeras adequações.
Com a chegada de um foco esportivo para com o kung fu, tanto nas práticas de luta quanto de performance, essas questões passam a vir à tona com maior força. E, quando falamos de atletas as questões se dificultam um pouco, uma vez que, quando focamos um treino que vise alto rendimento existe a necessidade de um planejamento mais sistemático, controlado e direcionado aos atletas e muitas vezes a prática com um grupo com foco heterogêneo inviabiliza a conquista do propósito do atleta, a melhora do desempenho.
PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO É O PLANEJAMENTO ANUAL SISTEMÁTICO COMPOSTO EM VÁRIOS CICLOS COM O INTUITO DE ATINGIR ALTO RENDIMENTO, NO QUAL SÃO INCORPORADOS ELEMENTOS METODOLÓGICOS E CIENTÍFICOS PARA SUA ELABORAÇÃO. A PERIODIZAÇÃO, SEGUNDO BOMPA, “É A FERRAMENTA MAIS IMPORTANTE NA CONDUÇÃO DE UM PROGRAMA DE TREINO ORGANIZADO, POIS FORNECE DIREÇÃO, SENTIDO E ALVO PARA O QUE SE PRETENDE ALCANÇAR”,” É A ARTE DE EMPREGAR A CIÊNCIA NA ESTRUTURAÇÃO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO”.
Temos atualmente, com um olhar generalizado, organizações de treinamentos por vezes aleatórias e desorganizadas.Sabemos que no meio esportivo a maioria dos atletas, em diversos esportes, que seguem um planejamento, uma periodização de treinamento bem elaborada tende a obter significativamente um aproveitamento melhor em competições.
PARA A ESTRUTURAÇÃO DA PERIODIZAÇÃO CONSIDERA-SE PONTOS FRACOS E FORTES, AS REAÇÕES DO ORGANISMO DO ATLETA AO QUE SE PLANEJOU, OFERECENDO ESTÍMULOS DIFERENTES EM MICROCICLOS E MESOCICLOS DENTRO DO SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO, PROGRAMANDO ATIVIDADE E RECUPERAÇÃO, E TRAÇANDO-SE OBJETIVOS CLAROS, AVALIANDO-SE O PROCESSO, E SÃO CONTEMPLADAS AS MAIS DIVERSAS VARIÁVEIS QUE ENVOLVEM O TREINAMENTO. TODO ESTE PLANEJAMENTO DEVE SER FLEXÍVEL E PERMITIR ADAPTAÇÕES. EXISTEM DIVERSOS MODELOS DE PERIODIZAÇÃO, ASSIM COMO MÉTODOS PARA SE TRABALHAR OS MAIS VARIADOS OBJETIVOS PRETENDIDOS. PORÉM EXISTEM ALGUNS ITENS DE DIRECIONAMENTO BÁSICOS, OS QUAIS CITO ABAIXO:
MACROCICLO - MESOCICLO O calendário competitivo é um elemento fundamental para tal elaboração, pois, devem-se contemplar as competições alvo e competições secundárias, e , as competições devem estar no cronograma de forma progressiva e crescente em dificuldade.Alves (2010) ao citar Matveiev (1990) observa que “a periodização tem como objectivo proporcionar a um atleta em competições a forma desportiva, ou seja o estado no qual ele está preparado para a obtenção de resultados desportivos.” E para tal sugere a divisão do ano de treinamento em preparação, competição e transição. Na fase de preparação atribui-se um período de 6 meses, divididos em preparação geral cujo foco será em aumentar as capacidades funcionais do organismo, propondo exercícios mais amplos e variados, com uma maior proporção para desenvolver a resistência e aperfeiçoamento geral da força, e, preparação específica direcionada aos exercícios especializados da modalidade esportiva e que se assemelham aos exercícios realizados nas competiçõesNo período competitivo, sugere-se de quatro a cinco meses, em que o foco do treinamento físico deve ser a manutenção do que foi obtido até então, e direciona-se a potencializar progressivamente as habilidades competitiva, e dessa forma os exercícios são realizados de modo a simular situações que serão vivenciadas nas competições. Neste momento é fundamental observar a preparação e adaptações psicológicas.
Período de transição é uma espécie de descanso ativo, um tempo de recuperação em que devem ser criadas condições de manutenção de um determinado nível de treino, para o início de um novo ciclo com posições de partida mais elevadas que as anteriores. Toda esta elaboração levanta uma série de questões, dentre elas, como fazer uma elaboração como está numa modalidade em que, em nosso país, se comporta e tem estruturas amadoras? Uma vez que as datas de competições não são estabelecida com a antecedência devida, que o atleta normalmente não tem sua atividade esportiva como foco de subsistência, as demandas de infraestruturas dos espaços de treino não conseguem adequação ao que é necessário para um atleta que visa o alto rendimento, em que o atleta subsidia todos os custos de sua prática e muitas vezes o técnico/treinador doa o seu trabalho e arca com os custos para acompanhar este atleta em competições, além de assumir diversos papéis.
Sem dúvida, existem grandes desafios, mas devemos ter este processo de desenvolvimento em perspectiva, para assim , proporcionarmos altos níveis de rendimento e qualidade de treinamento às necessidades específicas dos envolvidos no Kung Fu.
CONHECENDO A ESCOLA!
Academia Shen - CLF
Nesta edição conheceremos um pouco do Sifu Alex Lopez
Sou Sifu Alex López, meu primeiro contato com as Artes Marciais foi aos quatro anos no Judô, mais tarde pratiquei Tae Kwon Do perto de minha casa. Meu início nas Artes Marciais Chinesas ocorreu pela influência dos filmes de Bruce Lee que assistia na casa de meu padrinho, ficava admirado como aquele homem pequeno conseguia derrotar pessoas maiores na busca de justiça.
discipulo de TaiSiFu Jason Wong e sua escola!
TAI-SIFU JASON WONG
Os Anos e a vida passaram, e a vontade de conhecer aquela arte permaneceu. Após mudar para Barcelona, visitei uma loja de equipamentos para artes marciais e pedi uma indicação de academia de Kung Fu onde forneceram o endereço da escola do Sifu Sebastian Gonzales de Choy Li Fut Kung Fu (aluno do GM Doc Fai Wong), á qual estou ligado a 20 anos. Obtive formação em 2008 e em 2013 mudei para o Brasil, a partir de 2015 passei a fazer parte da escola do GM Doc Fai Wong diretamente. Já em 2016 passo a fazer parte da Confederação Latino Americana Hung Sing Choy Li Fut & Taijiquan, sendo designado seu presidente para o Brasil.
TAI SIFU JASON WONG EM CURITIBA Em 2018 fui aconselhado por GM Doc Fai Wong a ficar sob a tutela de Tai Sifu Jason Wong sendo um grande privilégio, visto ele ser herdeiro de uma grande tradição marcial, a escola Plum Blossom possui um currículo extenso e com muitas técnicas pouco conhecidas do Choy Li Fut. Este ano (2019) o Tai Sifu Jason Wong esteve pela primeira vez no Brasil para um seminário a convite de nossa escola. Treinamos muito durante sua visita, sendo este dias de muito aprendizado, estudamos formas (kuens) e aplicações dos cinco pequenos animais e do leque. O Leque é uma arma avançada dentro de nosso sistema e nos inicia nas técnicas do “Din Mak”, Os cinco pequenos animais do Choy Li Fut vem da linhagem do GGm Hu Yuen Chow que foi o segundo mestre de GM Doc Fai Wong, esta técnica é conhecida como SIU MUI FA de King Mui. Os pequenos 5 animais do CLF da linhagem do GGM Hu Yuen Chow segundo mestre do GM Doc Fai Wong assim como o Tai Chi da nossa escola.
Também e conhecida como o Siu Mui Fa de King Mui, esta técnica é rápida com jogo de pés e utiliza técnicas diretas contra partes moles do corpo. Algas das técnicas trabalhadas nesta forma são: Fu-Jau-sot-sao Tigre Chin-nau Dragão Hok-Jui Garça Jin-ji Cobra Cheong-ngan-chui Leopardo
Aproveitamos também para aprender a forma 24 do Yang Tai Chi Chuan, tui shou, chin na e chi kung, mas falaremos em uma próxima oportunidade destes assuntos por necessitar de um espaço maior. Com o passar dos anos é muito difícil me surpreender com algo nas artes marciais, porém o mestre conseguiu me surpreender e superar todas as nossas expectativas. Muito treino, diversão e aprendizagem, todos os alunos e alunas ficaram entusiasmados com a visita de Tai Sifu Jason Wong a Curitiba A PLUM BLOSSOM BRASIL- Shen Academia e situada no bairro de Portão: Rua Amadeu Do Amaral 1623 sala 6 Shen Academia: 41- 3082 3825
“ J OVE M, S UP RE MO, UM
VE L HO” :
E S QUE MA
ÚT I L
ÀS ART E S
MARCI AI S
CHI NE S AS
PROF. RODRIGO WOLFF APOLLONI Centro Asia Doutor em Sociologia Mestre em Ciências da Religião Graduado em em Comunicação Social/Jornalismo Prof. Tai Chi Chuan e Esgrima Chinesa
“Quando você chega ao topo de uma
essa lógica é pensar em um cabo-de-
montanha, só resta um caminho.” Esse
guerra. De um lado está o “concorrente”
antigo ditado chinês, aparentemente tão
Yin, associado ao feminino; do outro está
singelo, guarda uma importante chave de
Yang, associado ao masculino. Se o Yin
leitura.
ao
puxa a corda com mais força, levando Yang
marcial
a ceder terreno, teríamos uma elevação de
Uma
pensamento
chave
chinês
e
associada à
arte
chinesa, que, neste caso, pode ser aplicada
Yin e uma redução do Yang; se Yang puxa
tanto às chamadas “escolas internas” (
com mais força, levando Yin a ceder
內家, nèi jīa) quanto às “escolas externas” ( 外家 ,
terreno, teríamos uma elevação de Yang e
wài jiā). A chave é a dos tempos ou
uma redução de Yin. Se ambos puxam
momentos de uma ação, lidos a partir da
com a mesma força, teríamos um impasse,
lógica da dinâmica do Tai-Chi ou dos
solucionado no momento em que um dos
opostos complementares Yin e Yang (
contendores, cansado, reduzisse o próprio
陰陽,
yīn yáng). Um modo simples de imaginar
esforço, cedendo espaço ao componente oposto.
“Em
sua
cosmogonia,
chineses
E, no contexto da dinâmica dos opostos,
perceberam o universo não exatamente
aos polos Yin e Yang. Assim, é possível
como um cabo de guerra, mas como um
pensar em termos de “Shao Yin”, “Tai Yin” e
ambiente dinâmico em que infinitos “Yins”
“Lao Yin” (
e
lǎo yīn – “Yin Jovem”, “Yin Supremo”, “Yin
“Yangs”
interagem
puxando,
os
incessantemente,
pressionando,
transformando-se.
A
cedendo partir
e
少陰 , shǎo yīn; 太陰 , tài yīn; e ⽼陰 ,
Velho”), e de “Shao Yang”, “Tai Yang” e “Lao
dessa
Yang” (
少陽, shǎo yáng; 太陽, tài yáng; e ⽼陽,
percepção, eles tentaram “mapear” essa
lǎo yáng – “Yang Jovem”, “Yang Supremo”,
dinâmica,
pontos
“Yang Velho”). A coisa cresce em interesse
essenciais que estão em todas as coisas,
quando, sabendo que Yin e Yang sempre
inclusive
aparecem associados (isto porque não há
estabelecendo no
Potencial” –
“Vazio
com
três
Cheio
em
無極 , Wú jí (literalmente, “sem
cumeeira”)[1]
–
que
dá
origem
polaridade
às
de
um
sistema
de
polaridades), concluímos que para cada
少陰 n ⽼ 陽), para cada “Tai Yin”, um “Tai Yang” (太陰n 太陽 )e, para cada “Lao Yin”, um “Shao Yang” ( ⽼ 陰 n 少 陽 ).Vale observar que um estado
polaridades e ao eterno movimento. Esses
“Shao Yin” haverá um “Lao Yang” (
pontos essenciais são “Shao”, “Tai” e “Lao” (
fora
少 太 ⽼ , shǎo tài lǎo), termos traduzidos,
respectivamente, como “Jovem”, “Supremo” (ou “Pleno”) e “Velho”. Eles dizem respeito,
conduz ao seguinte, até que se dê a
como podemos concluir facilmente, ao
mutação: Shao gera Tai, Tai gera Lao, Lao
início, ao meio e ao fim de uma jornada ou
gera Shao na polaridade oposta (e assim
fenômeno.
por diante)..
Uma dinâmica que foi muito bem representada no chamado “Taijitu” ou “diagrama do Tai-Chi” (
太極圖, Tàijí tú), que é um dos símbolos mais
conhecidos da cultura chinesa (Figura 01).
Figura 01 – “Taijitu” (Diagrama do Tai-Chi).
A esse respeito, ver APOLLONI, R., “Wuji, Tai-Chi e as dez mil coisas: a cosmogonia chinesa nos textos clássicos do Tai-Chi-Chuan”, disponível em https://www.academia.edu/33326775/WUJI_TAICHI_E_AS_DEZ_MIL_COISAS_A_COSMOGONIA_CHINESA_NOS_TEXTOS_CL%C3%81SSICOS_DO_TAI-CHI-CHUAN.
“Aplicações marciais – No contexto da arte marcial chinesa, a ideia dos três momentos ou ciclos pode aparecer tanto associada a uma “geografia” quanto em relação à percepção da força (
⼒ ,Lì) em combate. No
primeiro caso, ela é usada, por exemplo, para descrever e localizar diferentes empunhaduras de espada reta, tomando como ponto focal o eixo de giro do pulso (Figura 02)[1].
Figura 02 – Uma “geografia” das empunhaduras segundo o esquema “Shao, Tai, Lao”. “No segundo caso, que nos interessa mais especialmente neste artigo, ela é usada para descrever os momentos de um processo de ataque e, o mais importante, como caminho para superação e derrota de um oponente. Tomemos como exemplo um soco: “. Quando o lutador inicia o movimento de giro do pulso e expansão do braço, estaria em “Shao Yang”; . Ao chegar no ponto ótimo – ou seja, no ponto ideal de força, foco e distância para causar o máximo dano a um oponente -, estaria em “Tai Yang”; . E, ao passar deste ponto – quando o golpe não acerta o alvo, perdendo então força, foco e distância -, estaria em “Lao Yang”. “O desafio de todo defensor – o elemento “Yin” que interage com o “Yang” do soco, por exemplo – é fazer com que um golpe recebido “Tai” se converta em um golpe “Lao”, para, em seguida, ser transformado em seu oposto. Quem soca, ao “perder” o soco, passa a ter que se defender. Para que isso ocorra da forma mais perfeita (e este é um mandamento fundamental do Tai-Chi-Chuan), o ideal não é sobrepor Yang a Yang, como em uma defesa rígida para segurar um soco, mas responder Yang com Yin (o que é o natural). Em outras palavras: permitir a total expansão do movimento de ataque de um oponente, até que ele passe de seu ponto de maior impacto, foco e distância. Algo que, evidentemente, demanda muito treinamento e habilidade “intuitiva” (o tal “Kung-Fu”). É isso que o Mestre Cheng Man Ching (
郑曼⻘, 1902-1975) chamava de
“perder”: 1) - receber o golpe e “envolvê-lo no vazio” usando agilidade, suavidade, mobilidade e distância; 2) aderir ao oponente, controlá-lo e submetê-lo à própria vontade. Pela lógica do Tao, nenhuma luta estaria ganha ou perdida, na medida em que sua dinâmica das coisas é permanente. Porém, em termos de marcialidade, haveria possibilidade de vitória dentro de um processo em que os Yins e Yangs de um lutador são capazes de interromper em definitivo a ação dos Yins e Yangs de seu oponente. O que, por certo, funciona com maior eficácia dentro do processo descrito no parágrafo anterior. Voltamos ao ditado que abre este texto. O “topo da montanha”, como você já percebeu, é “Tai” – o momento perfeito de assentamento de um golpe; o “descer a montanha” é o que vem logo em seguida, seja como transformação/inversão, seja como a tranquilidade que se segue ao golpe definitivo.
孫劍雲
Seguimos, aqui, um esquema referido pela mestra Sun Jian Yun ( ; 1913-2003), filha do mestre Sun Lutang ( 1933) e matriarca do estilo Sun de Tai-Chi-Chuan na segunda metade do século XX. As fotos são de nossa autoria.
孫祿堂 , 1860-
A Origem do SANDA
PROF. DANILO BRANDENBURG Dani's Kung Fu Academy Dir. Sanda pela Federação Paranaense De kung Fu Wushu - FPrKW Prof. Kung Fu Choy Li Fut
FONTE: http://uniaonacionaldekungfu.com.br/sanda-boxe-chines/historia-do-boxe-chines/ Mestre Kao Chian Tou autor do texto
CHUTE...
Sanshou literalmente significa “mãos avulsas” em chinês, que pode ser melhor entendido com o significado estendido de “golpes desferidos com mãos livres e sem roteiro predeterminado”.Hoje é considerada uma modalidade desportiva marcial, com regras definidas, que atualmente é conhecida como Sanda que é uma abreviação de Sanshou Dui Da (mão livres para bater). O torneio, por ser na maioria das vezes realizado sobre um ringue alto, sem cordas, também se chama pelo nome deste, de Leitai.Certamente a forma primitiva de Sanshou surgiu com as necessidades do ser humano em se defender das caças. Mais tarde os conhecimentos assim acumulados passaram a ser aplicadas também e principalmente contra adversários humanos. Os registros históricos sobre esta modalidade são bem antigos, embora a chamassem por outros nomes. Segue uma lista de alguns registros mais relevantes ao longo da história da China: 1. “Os Versos”, atribuídos à autoria datada em dinastias Shang (séculos XIV a XI a.C.) ou Zhou (séculos XI a III a.C.) mencionam “mãos que combatem animais”, onde mãos tem o significado de “pessoa”. 2. “As Bibliografías Zuo” do Período da Primavera e Outono (770 a 476 a.C.) cita “combater arremessando o adversário”. 3. No Período da Primavera e Outono e no Período das Nações Combatentes (475 a 221 a.C.) havia registros de artes marciais populares, com armas ou a mão livre. 4. Autores posteriores fazem referencia a “História da Dinastia Am”, uma obra já extinta, dando pista de que esta possuía seis capítulos sobre “combate a mão livre”. 5. “Edição ‘Jia’ das Varetas com Inscrições Descobertas em Juyan” menciona “combatendo em Sanshou e luta livre”. Estas varetas se datam da dinastia Han (206 a.C. a 260 AD); aqui se trata de uma das primeiras aparições do termo “Sanshou” num registro de importância. Nesta dinastia, as técnicas de luta com e sem quedas eram consideradas modalidades distintas, no entanto era comum um mesmo lutador as dominar simultaneamente. 6. Nas dinastias Sui (581 a 618) e Tang (618 a 907), muito provavelmente como consequência da influencia dos povos nômades do norte e do oeste da China, com os quais a região central da China mantinha contatos frequentes, a modalidade com quedas se destacou; no entanto a modalidade sem quedas também continuou com vigor. Um fenômeno semelhante havia ocorrido na dinastia Han, e posteriormente voltou a ocorrer nas dinastias Song e Yuan (1297 a 1368). 7. Da dinastia Song (960 a 1297), a obra “Da Luta Livre” menciona que, na dinastia Tang, a luta livre e as técnicas sem quedas eram frequentemente usadas num mesmo torneio. Da mesma dinastia Song, as obras militares “Resumo Principal dos Versos Militares” e “Novo Livro da Eficácia” continham extensa descrição sobre arte marcial popular. Há relatos de que golpes com cotovelo eram permitidos em torneios desta época. Pode-se concluir que a forma de combate a mãos livres em arte marcial sempre esteve presente e vinha sendo documentada ao longo da história deste país. Em épocas mais recentes, ela passou por fases diferentes, bastante relacionadas à realidade em que vivia a China, sob governos impotentes diante de invasões estrangeiras; posteriormente, com a globalização, junto com as demais modalidades de Wushu, ganhou forças para se tornar uma modalidade desportiva dentro dos conceitos atuais.Na segunda metade do século XIX e no início do século XX, várias revoltas populares na China se utilizavam das habilidades marciais, inclusive a mãos livres, que se tornaram uma das principais características aparentes destas revoltas. Nesta fase, o Wushu como um todo adquiriu características místicas. Com a Revolução de 1911 foi fundada a república, no entanto a China continuava a sofrer das mesmas dificuldades da época do império. No período da república, o Wushu passou a ser associado fortemente ao espírito de patriotismo na China e a sua manifestação prática, o combate, passou a ter um significado especialmente relevante. Várias tentativas de modernização ou inovação foram empreendidas.
SOCO...
Em 1908, a “bravura a mão livre” foi incluída no currículo do Liceu de Educação Física de Chongqing. Em 1909 foi fundada em Shanghai a ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA JINGWU, por iniciativa privada. Nela se incentivou a incorporação dos conhecimentos modernos sobre o esporte e a padronização e sistematização tanto das formas (rotinas) como dos métodos de treino e extenso material didático foi publicado. Também se incentivou a prática de mais de uma modalidade desportiva por uma mesma pessoa, assim como a utilização de fotografias como ferramenta de arquivo técnico. Em 1911 foi lançada a versão “Wushu Moderno” (“Xin Wushu”), incorporando vários conhecimentos da educação física militar da época e possuía uma subdivisão chamada de “Quanjiao” (literalmente “socos e chutes”) em que se permitiam ataques com cotovelo e joelho. No entanto esta versão não durou mais que vinte anos. Em 1928, a Academia Central de Guoshu da China promoveu a Primeira Prova Nacional de Guoshu, incluindo o torneio de “Quanjiao Leitai” (“chutes e socos no tablado”). Outras provas foram promovidas subsequentemente. Com o desenrolar da guerra de resistência contra a invasão japonesa, esta academia perdeu força, vindo a se fechar às vésperas da Libertação (Revolução de 1949). Os maiores méritos da Academia Central foram as tentativas de enquadrar o Wushu/Kung Fu (inclusive o combate) em moldes modernos, com regras de competição e protetores, promover o desenvolvimento e a difusão do Wushu/Kung Fu através do apelo de patriotismos e a participação maciça dos militares que trouxe muita vitalidade e objetividade à parte aplicada. Várias academias oficiais também foram fundadas nos anos de 1930 e 1940 nas províncias, tendo algumas delas desempenhado papel de importância na história do Wushu, sempre com ênfase em combate.
Após a Revolução de 1949, o regime nacionalista da China se refugiou na a província insular de Taiwan, onde, como tradição herdada da Academia Central e suas filiadas, a aplicação prática do Wushu sempre foi muito valorizada. Em 1956 se realizou o primeiro campeonato da pós-revolução na região sob administração nacionalista e o torneio de combate sempre foi parte principal destes campeonatos que duram até os dias de hoje. No entanto, em função de considerações técnicas e estratégicas adotadas, os regulamentos sempre tiveram preocupações excessivas, e por isso inadequadas de acordo com a opinião de uma boa parcela de pessoas, com a saúde dos atletas, limitando o desenvolvimento pleno desta modalidade.No Sudeste Asiático, também como influencia da Academia Central da China, de Taiwan e de Hong Kong, houve uma tentativa de se promover a modalidade de combate através de torneios internacionais sob o nome de Leitai. O primeiro evento aconteceu em 1969 e o esforço seguiu ao longo dos anos de 1970. Também o receio de acidentes limitou bastante seu desenvolvimento duradouro. Outros fatores limitaram o sucesso desta iniciativa; eles teriam sido a ausência de apoio e reconhecimento oficiais, custo relativamente alto das despesas de viagens internacionais comparado ao poder aquisitivo da época e o fato do evento ter sido promovido entre países e regiões com uma população total relativamente pequena. Na parte continental da China, após a Revolução de 1949, se realizou o Primeiro Campeonato Nacional de Wushu em 1953, do qual a prova de sanshou fez parte. No entanto, na segunda metade dos anos de 1950, em consequência de um acidente mortal num torneio de boxe, se decidiu que os torneios das modalidades de contato fossem suspensos temporariamente. Logo a seguir esta região da China se envolveu em conturbações políticas que duraram até 1976 e as atividades desportivas praticamente foram paralisadas.
QUEDA...
Em 1978, o Comitê Desportivo Nacional da China decidiu retomar as atividades de sanshou e, no ano seguinte, três entidades de ensino superior reiniciaram os trabalhos de pesquisa e ensino de sanshou. Em 1979 houve um campeonato com caráter de demonstração. Em 1981 se iniciou o trabalho de elaboração do regulamento de Sanshou, cuja primeira versão foi adotada oficialmente em 1983. Em 1985 se realizou o Primeiro Campeonato de Sanshou da Polícia Militar da China, que se desdobrou em eventos anuais. Em 1987 Sanshou se tornou modalidade reconhecido pelo Comitê Desportivo da China. Fora da China, principalmente nos países do Ocidente e do Sudeste Asiático e desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o Wushu sempre esteve presente como esporte amador, tendo sido introduzido pelos imigrantes de origem chinesa. A aplicação prática, neste caso, permaneceu dentro dos conceitos populares da época em que seus introdutores saíram da China e era fortemente influenciada pelo regionalismo que predominava em cada caso. Estes conceitos não necessariamente eram objetivos ou científicos e vieram a sofrer mudanças mais significativas somente no fim da década de 1980 quando a China retomou a iniciativa de promover o Wushu a nível internacional; mesmo assim a mudança não foi genérica. Em 1988, se realizou o Primeiro Festival de Wushu da China e o Terceiro Campeonato Internacional de Wushu em Hangzhou, China, durante o qual a prova de Sanshou contou com a participação de atletas provenientes de 15 países. Em 1989 realizou-se o Primeiro Campeonato Nacional de Sanshou na China. Em 1991 Sanshou foi modalidade de demonstração no primeiro Campeonato Internacional de Wushu em Beijing e, em 1993 prova de Sanshou passou a ser modalidade oficial no Segundo Campeonato Internacional de Wushu, em Kuala Lumpur. A primeira Copa Mundial de Sanshou se realizou em 2002, em Shanghai. Desde 2001 a China realiza rodadas anuais de Kung Fu Super King, um evento profissionalizante, no qual muitos atletas estrangeiros de outras artes marciais lutam sob convite.
Capa da revista Shaolin and Taiji n. 46 com a foto do nocaute
Na primeira metade do século XX, vários praticantes de Wushu se destacaram como exímios lutadores, entre eles: Wang Ziping, Gu Ruzhang, Zhu Guozheng e Wan Laisheng, a maioria deles era vinculada à Academia Central da China. Da geração seguinte, alunos das academias oficiais tiveram o maior destaque. Desde o fim dos anos 70, várias gerações de atletas chineses e de outros países contribuíram com suas participações em respectivas épocas. Dos melhores lutadores chineses estão os seguintes nomes: Tong Qinghui (segunda metade dos anos 70 até meado dos anos 80), Zhuang Hai (ao longo dos anos 80), Chen Chao (anos 90) e vários de uma safra recente: Geri Letu, Li Jie, Zhao Zilong, Xue Fengqiang, Qiao Xiaojun, Baoligao e Liu Hailong. Atualmente Liu Hailong é considerado o melhor do mundo. Do Brasil devemos salientar os seguintes nomes: James Ayres (primeiro campeão mundial brasileiro/1991), Luiz Carlos Peçanha (vice-campeão mundial/1991) e Eduardo Fujihira (único detentor de títulos de campeão mundial de Wushu e de Kuoshu). O maior título mundial de Sanshou é o World Kung Fu King de peso pesado, que foi disputado em dezembro de 2.003 entre o chinês Li Hailong e o brasileiro Eduardo Fujihira em Beijing. Atualmente os países com melhor nível de Sanda são China, Rússia, Vietnã, Irã, Egito e Brasil.
Eduardo Fujihira
SANDA!!!
Ao combate de Wushu sempre se atribuíam quatro tipos de ataque, a saber: socar, chutar, projetar e imobilizar. Apesar de ênfase mais ou menos acentuada de parte delas em períodos diferentes e da formação de uma modalidade separada somente de quedas, estas técnicas permanecem como a essência de Sanshou, complementadas por esquivas e pelo resultado de treinos para o aumento de fôlego e resistência a golpes. Atualmente a imobilização não é permitida na maioria das versões de torneio de Sanshou. Além das técnicas, há ingredientes considerados primordiais: velocidade, precisão e potência.Desde a retomada das iniciativas referentes à Sanshou na China, nas décadas de 1970 e 1980, muita gente, em nome da tradição, criticava o Sanshou da época, considerando o mesmo como sendo mistura de boxe com chutes e eventualmente com outras artes marciais orientais. Isso não poderia ter fundamento, pois o conhecimento da China sobre o boxe e outras artes marciais era tão limitado que não permitia uma influencia tão significativa destas. A questão era que a objetividade necessária para uma modalidade de contato dentro dos moldes contemporâneos exigiu naturalmente que os golpes mais rebuscados, entendidos erroneamente por alguns como sendo os únicos representativos da tradição, cedessem lugar a golpes mais diretos e simples, dando a impressão, aos olhos leigos, de semelhança com boxe ou outras artes marciais. Esta tese foi reforçada pelo fato de muitos atletas procurarem se especializar, num período relativamente curto, em alguns pouco golpes mais simples e eficientes. Entretanto, pessoas que possuem certo conhecimento são capazes de distinguir facilmente as diferenças entre o Sanshou e as demais artes marciais.
Se estiver longe CHUTE! Se estiver perto SOQUE! Se chegar mais perto ainda DERRUBE!!!
Hoje há um esforço grande para recuperar as características mais marcantes do Wushu tradicional em Sanshou, conferindo pontuação mais elevada a golpes e técnicas mais típicos. Desde cedo se discutiu muito a adoção ou não de protetores e o tipo a ser adotado. Na Primeira Prova Nacional, não se usava protetores no torneio de “Leitai”, no entanto na Segunda Prova Nacional os protetores já haviam sido adotados. Os eventos promovidos em Taiwan e no Sudeste Asiático usavam e usam uma grande variedade de protetores, inclusive o capacete com grades que protegem o rosto. O maior destaque dos protetores usados em Taiwan é a luva com dedos expostos, que permite agarrar e facilita a imobilização, no entanto a prática demonstra que o dinamismo dos torneios raramente propicia as técnicas de imobilização, enquanto em outras versões as luvas inteiras nunca trouxeram dificuldade para agarrar, dentro das necessidades do torneio. O capacete com grades tem sido de grande utilidade na fase inicial, mas atualmente tornou-se redundante.
Nas versões de torneios em que se usam o capacete aberto ou mesmo quando se aboliu o capacete, raramente ocorre um caso de ferimento mais grave no rosto ou na cabeça em consequência do tipo do protetor ou da ausência deste; as técnicas se evoluíram de tal maneira que os atletas se protegem muito bem. Pode-se afirmar que a versão mais difundida de Sanshou, em vários aspectos (organizacional, técnica, de regulamento, participação e difusão etc.) é a da International Wushu Federation-IWUF e da Copa Mundial de Sanshou, no campo amador, enquanto a versão adotada pelo Kung Fu Super King na China, um evento profissionalizante, é a mais evoluída. A primeira usa ringue aberto, capacete aberto, colete, luvas inteiras, protetor de dentes, coquilha e caneleiras. A segunda usa ringue cercado, luvas inteiras, coquilha e protetor de dentes. Um estudo para adotar luvas com dedos expostos e permitir técnicas de imobilização está em andamento para ambas as versões. Acredita-se que, dentro do que é permito pelo esporte amador, e principalmente no futuro pelos regulamentos dos Jogos Olímpicos, as tendências do Kung Fu Super King devem orientar a evolução das regras e protetores a serem adotados pela IWUF (International Wushu Federation).
Com o esforço contínuo para aperfeiçoamento empenhado pela corrente principal liderada pela IWUF e suas filiadas, com a interação cada vez maior do Sanshou com outras modalidades de contato e com a inclusão de conhecimentos modernos de ciências tais como biomecânica, medicina desportiva e administração, o Sanshou busca um caminho de evolução saudável e duradouro que o transforme numa combinação racional de arte milenar chinesa e modalidade desportiva moderna. Este esforço só terá sucesso se audácia, criatividade, bom senso, respeito à tradição, senso de responsabilidade e conhecimento acadêmico desempenharem seu devido papel.
Zabit Magomedsharipov
Muslim Salikhov
Cung Le
Zhang Weili
KUNG FU - BOXE CHINÊS (SANDA) - MMA
Discíplina, Respeito, Saúde, Ambiente Familiar
Rua Estanislau Szyczypior, 3713 Contenda - (41) 98700-8801 daniskungfu@gmail.com
SABEDORI A
KUNG
FU
DICA DE MESTRE!!! A Dica desta vez será o Livro "O MOSTEIRO SHAOLIN por Meir Shahar". O que terá levado um centro de difusão do budismo – religião que tem a não violência o primeiro de seus preceitos -, com ampla influência sobre gerações de governantes chineses, a se colocar no âmago de uma das mais famosas tradições guerreiras do mundo? É o fulcro das perguntas que ‘O Mosteiro de Shaolin: História, Religião e as Artes Marciais Chinesas’, de Meir Shahar, publicado pela coleção Estudos da editora Perspectiva, procura responder, investigando e esclarecendo questões determinantes da relação focalizada, como sejam: de que forma esses monges lidaram com a contradição entre o pacifismo e a prática marcial? Como as autoridades religiosas budistas e os governantes chineses encararam essas personagens? Que influência tiveram na história, na mentalidade, na tradição e na cultura chinesa as artes marciais criadas e adestradas pelos seus praticantes?
MEI SHAHAR O professor Meir Shahar, da Universidade de Tel Aviv (The Lester and Sally Entin Faculty of Humanities), Formado em Estudos Asiáticos pela Universidade de Harvard, Shahar é um dos maiores especialistas do mundo em Literatura e Religiões Chinesas.
Em 22/08/19 o Professor Meir Shahar esteve em Curitiba para a aula inaugural do Departamento de Pós-Graduação em Teologia da PUC-PR, oportunidade valiosíssima para os praticantes de Kung Fu de Curitiba.
CURIOSIDADE O Livro Monasterio Shaolin teve sua edição em português traduzida pelo grande Professor Rodrigo Wolff Apolloni de Curitiba. Prof. Rodrigo é um dos maiores estudiosos do Brasil sobre o Taijiquan e Shaolin, com um currículo notável: Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR, 2011), Mestrado em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP, 2004), graduação em Direito (Faculdade de Direito de Curitiba, 1996) e em Comunicação Social/Jornalismo (UFPR, 1994). Atualmente ensina Taijiquan e Esgrima Chinesa no CENTRO ASIA escola localizada na Rua Marechal Deodoro,1418.
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