CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSSOA – UNIPÊ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – DET CURSO DE BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
ALANA DA SILVA SOARES
ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM MERCADO PÚBLICO INSERIDO NO MUNICÍPIO DE SÃO BENTO-PB
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
JOÃO PESSOA-PB 2017
ALANA DA SILVA SOARES
ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM MERCADO PÚBLICO INSERIDO NO MUNICÍPIO DE SÃO BENTO-PB
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas-DET para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. Orientadora: Arq. ª Isis Amaral Mero
JOÃO PESSOA-PB 2017
S676a
Soares, Alana da Silva. Anteprojeto Arquitetônico de um Mercado Público inserido no município de São Bento-PB / Alana da Silva Soares. – João Pessoa, 2017. 110f. Orientador (a): Isis Amaral Mero Monografia (Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ.
1. Mercado Público. 2. Acessibilidade. I. Título.
UNIPÊ / BC
Arquitetura.3.
Normas.4.
CDU – 725.1:339.37
ALANA DA SILVA SOARES
ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM MERCADO PÚBLICO INSERIDO NO MUNICIPIO DE SÃO BENTO-PB
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas-DET para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. Orientadora: Arq. ª Isis Amaral Mero
Aprovado em ___/___/_____
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________ Arq.ª Isis Amaral Mero Orientadora _________________________________________________________ Arq. ° Sebastião Cezar Examinador Interno _________________________________________________________ Arq. ° Francisco Cabral Examinador Externo
JOÃO PESSOA-PB 2017
‘’Para mim, enfim, a qualidade de uma boa arquitetura não depende tanto do talento, mas da formulação correta do problema a ser resolvido’’ Alejandro Aravena
AGRADECIMENTOS Gostaria de iniciar os agradecimentos, a Deus por me abençoar e conceder sabedoria e capacidade para realizar o sonho de ser Arquiteta e Urbanista.
Aos meus pais, Geraildo Ramos Soares e Vanuzia Maria da Silva, que me incentivaram a iniciar o curso e ajudaram a superar as dificuldades e obstáculos ao longo da trajetória acadêmica.
Aos amigos, colegas e ao meu grupo de faculdade, Dayana Silva Almeida e Gabriela
Andrande
Maranhão,
pela
compreensão,
força
e
troca
de
conhecimentos no transcorrer da jornada.
Em especial a minha orientadora, Isis Amaral Melo, pelo discernimento nos momentos necessários, bem como, o tempo e paciência dedicada nas orientações.
Ao grupo docente da faculdade, em que transmitiram ensinamentos sobre a real função do profissional em Arquitetura e Urbanismo, assim como, a responsabilidade técnica e ética com a sociedade.
RESUMO O presente estudo teve como propósito descrever informações para viabilizar a elaboração da proposta arquitetônica orientada ao mercado público de São Bento, então, por resumo a constituir o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Arquitetura e Urbanismo. Assim, para dar autenticidade ao tema foi disponibilizado uma revisão teórica, em que foram tratados conceitos chaves sobre o mercado público. De forma geral, o trabalho teve como finalidade o desenvolvimento de um Anteprojeto Arquitetônico de um Mercado Público localizado em São Bento PB, considerando a realidade e as necessidades do município, assim como, conciliado com análises, estudos, normas e legislações envolvendo o tema, em que trazemos estudos dos fatores complacentes sobre a qualidade de vida, salubridade, distribuição, identidade, mobilidade, flexibilidade e acessibilidade a todos.
Palavras chaves: Mercado Público. Arquitetura. Normas. Acessibilidade.
ABSTRACT
The present study aim to describe informations to make possible the elaboration of an architectonic proposal to a public market in SĂŁo Bento as a final thesis to the Architecture and Urbanism Course. Aiming authenticity to the theme, a theoretical review with key concepts about the public market was provided to this thesis. In summary, the study has as its main idea the development of a architectonic draft of a public market in SĂŁo Bento. Considering the reality and the needs of the city such as its rules and laws that involves the theme. Studies about complacent factors were made such as quality of life, health, distribution, identity, mobility and flexibility to ensure accessibility to all.
Key Words: Public Market. Architecture. Laws. Accessibility
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Localização do município de São Bento-PB no território do Brasil......04 Figura 02: Mercado público do município de São Paulo......................................13 Figura 03: Mercado público São José em Recife-PE...........................................13 Figura 04: Mercado público do município de Patos-PB.......................................14 Figura 05: Morfologia tipo 1, dos mercados da Europa........................................15 Figura 06: Morfologia tipo 2, dos mercados da Europa........................................16 Figura 07: Planta do pavimento térreo do Mercado São José em Recife-PE......17 Figura 08: Representação gráfica do Mercado Modelo de Salvador-BA..............18 Figura 09: Representação gráfica do mercado municipal de São Paulo- SP.......18 Figura 10: Foto de inauguração do ano de 1956 do Mercado Público de São Bento-PB............................................................................................................20 Figura 11: Morfologia atual do mercado público e do açougue de São BentoPB.......................................................................................................................21 Figura 12: Estado atual do Mercado Público de São Bento-PB.........................22 Figura 13: Recibo de taxa referente à feira livre do município de São Bento-PB no domingo.........................................................................................................22 Figura 14: Tipos, taxa e quantidade de mobiliário que ocupam a feira livre do município de São Bento-PB. ..............................................................................23 Figura 15: Diversidades climáticas nas regiões do Brasil. ..................................26 Figura 16: Técnicas construtivas para a região do Nordeste..............................27 Figura 17: Localização do município de Cuauhtémoc no território do Mexico.................................................................................................................29 Figura 18: Implantação do lote no contexto........................................................30 Figura 19: Fachada sul do Mercado Roma..........................................................30
Figura 20: Perspectiva parcial do Mercado Roma na Rua Calle Querétaro.........31 Figura 21: Fachada sul do Mercado Roma.........................................................32 Figura 22: Horta horizontal e vertical...................................................................32 Figura 23: Divisão dos quatros níveis do Mercado Roma...................................33 Figura 24: A implantação do lote responsável à categoria do estacionamento ............................................................................................................................34 Figura 25: Primeiro nível: Pavimento térreo........................................................34 Figura 26: Segundo nível: Mezanino...................................................................35 Figura 27: Terceiro nível: Restaurante................................................................36 Figura 28: Quarto nível: Área de vivencia............................................................37 Figura 29: Demonstração do layout orgânico dentro do Mercado Roma............38 Figura 30: Representação do layout tipo 01, 02,03 e 04.....................................38 Figura 31: Disposição acerca do modo de locação dos pilares...........................39 Figura 32: Localização da cidade de Foz do Iguaçu no território brasileiro.........40 Figura 33: Implantação do lote no entorno...........................................................41 Figura 34: Subdivisão dos dois níveis do terreno................................................42 Figura 35: Representação da temática guarani no mercado................................43 Figura 36: Representação dos acessos na planta do pavimento do térreo.........44 Figura 37: Representação da configuração planta do pavimento do térreo.........45 Figura 38: Representação da configuração planta do segundo pavimento..........46 Figura 39: Volumetria do Mercado Público de Foz do Iguaçu..............................47 Figura 40: Perspectiva do Mercado Público de Foz do Iguaçu com ênfase nos elementos estéticos............................................................................................48 Figura 41: Perspectiva do Mercado Público de Cabedelo-PB............................49 Figura 42: Localização do município de Cabedelo no território do Brasil...........49 Figura 43: Implantação do Mercado Público de Cabedelo-PB............................50
Figura 44: Volumetria do Mercado Público de Cabedelo-PB..............................50 Figura 45: Perspectiva do anexo e da edificação de valor histórico...................51 Figura 46: Planta do pavimento térreo do Mercado Público de Cabedelo-PB com distribuição de fluxos..........................................................................................52 Figura 47: Planta do pavimento térreo do Mercado Público de Cabedelo-PB....53 Figura 48: Planta do segundo pavimento............................................................54 Figura 49: Fachada do Mercado Público de Cabedelo - PB...............................55 Figura 50: Localização da área de intervenção no município de São BentoPB......................................................................................................................56 Figura 51: Mapa do centro de São Bento-PB com ampliação na área da feira livre....................................................................................................................57 Figura 52: 1° Ângulo feira livre de produtos hortifrúti no município de São BentoPB......................................................................................................................58 Figura 53: 2° Ângulo feira livre de produtos hortifrúti no município de São BentoPB......................................................................................................................58 Figura 54: Mapa de uso e ocupação do Bairro Dão Silveira.............................59 Figura 55: Mapa de ampliação do lote e do entorno..........................................60 Figura 56: 1° Ângulo do empresarial..................................................................61 Figura 57: 2° Ângulo do empresarial..................................................................61 Figura 58: Mapa do sistema viário do lote e do entorno....................................62 Figura 59: Mapa de pavimentação do lote e do entorno....................................63 Figura 60: Mapa do gabarito do lote e do entorno..............................................64 Figura 61: Angulo 1° modelagem pertinente ao gabarito do lote e do entorno...............................................................................................................65 Figura 62: Angulo 2° modelagem pertinente ao gabarito do lote e do entorno...............................................................................................................65
Figura 63: Levantamento solar nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril....................................................................................................................66 Figura 64: Levantamento solar nos meses de maio a outubro............................67 Figura 65: Levantamento solar nos meses de novembro e dezembro..............68 Figura 66: Rosa dos Ventos..............................................................................69 Figura 67: Organograma de setores..................................................................79 Figura 68: Organograma do pavimento térreo...................................................79 Figura 69: Organograma do primeiro pavimento................................................80 Figura 70: Estudo volumétrico do mercado público para construção do partido arquitetônico.......................................................................................................80 Figura 71: Implantação e acessos a edificação..................................................81 Figura 72: Zoneamento da planta do pavimento térreo.....................................82 Figura 73: Zoneamento da planta do primeiro pavimento..................................84 Figura 74: Sistematização do fluxo na planta do pavimento térreo....................84 Figura 75: Sistematização do fluxo na planta do primeiro pavimento................85 Figura 76: Pontos de acessibilidade no mercado público.................................86 Figura 77: Perspectiva Sudeste do Mercado Público de São Bento-PB..........88 Figura 78: Perspectiva Noroeste do Mercado Público de São Bento-PB.........88 Figura 79: Fachada Sudeste.............................................................................89 Figura 80: Perspectiva da fachada Sudeste......................................................89 Figura 81: Vista do agenciamento com jogo de paginação de piso e cores.......90 Figura 82: Perspectiva Nordeste do Mercado Público de São Bento-PB...........90 Figura 83: Agenciamento com valorização de arborização................................91
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Programa de necessidades...............................................................71 Tabela 02: PrĂŠ-dimensionamento........................................................................74
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURA
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ABIA- Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidente CONSEIA – Concelho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional DML - Deposito de Material de Limpeza IBGE - Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada LOM - Lei Orgânica do Município MPFI- Mercado Público de foz do Iguaçu PIB - Produto Interno Bruto PMSB - Prefeitura Municipal de São Bento PMC- Prefeitura Municipal de Cabedelo-PB RDC - Resolução da Diretoria Colegiada TCC - Trabalho de Conclusão de Curso ZEIS - Zonas de Interesse Social
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................01 1.1 OBJETIVOS................................................................................................06 1.1.1 Objetivo Geral........................................................................................06 1.1.2 Objetivos Específicos.............................................................................06 1.2 JUSTIFICATIVA..........................................................................................06 1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...................................................08 1.3.1 Pesquisa bibliográfica.............................................................................08 1.3.2 Normas e órgãos competentes................................................................09 1.3.3 Análises de projetos correlatos................................................................10 1.3.4 Estudo de caso.........................................................................................10 1.3.5 Análise de área de intervenção................................................................10 2. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................10 2.1
Breve histórico de Mercado Público........................................................10
2.2
Arquitetura de Mercado Público..............................................................14
2.3 Mercado Público de São Bento-PB.............................................................19 2.4 Normas e Legislações pertinentes à temática de Mercado Público............23 2.4.1 RDC ANVISA............................................................................................23 2.4.2 Normas Técnicas .....................................................................................25 2.4.1
Eficiência
energética
e
Conforto
Ambiental
na
Arquitetura
do
Nordeste............................................................................................................25 3. ANÁLISE DE PROJETOS CORRELATOS...................................................28 3.1 Mercado Roma............................................................................................29 3.1.1 Genius loci...............................................................................................29
3.1.2 Identidade.................................................................................................31 3.1.3 Cultura......................................................................................................31 3.1.4 Significado do uso....................................................................................32 3.1.5 Movimento................................................................................................37 3.1.6 Estrutura...................................................................................................39 3.1.7 Comentário...............................................................................................39 3.2 Mercado Público de Foz de Iguaçu.............................................................40 3.2.1 Genius loci................................................................................................40 3.2.2 Identidade.................................................................................................42 3.2.3 Cultura.......................................................................................................42 3.2.4 Significado do uso.....................................................................................43 3.2.5 Plástica......................................................................................................47 3.2.6 Comentários..............................................................................................48 4.ESTUDO DE CASO DO MERCADO PÚBLICO DE CABEDELO-PB.............48 4.1Comentários..................................................................................................55 DIRETRIZES PROJETUAIS...............................................................................56 ÁREA DE INTERVENÇÃO.................................................................................56 6.1 Localização...................................................................................................56 6.2 Configuração do lote e do entorno................................................................59 6.3. Condicionantes climáticas............................................................................65 6.4 Legislação.....................................................................................................68 6.4.1 Lei Orgânica Municipal...............................................................................69 6.4.2 Plano Diretor..............................................................................................69 7. PROPOSTA ARQUITETÔNICA......................................................................71 7.1 Programa de necessidades e pré-dimensionamento....................................71 7.1.2 Organograma.............................................................................................78
7.2 Conceito.......................................................................................................80 7.2.1 Partido Arquitetônico.................................................................................80 7.2.2 Implantação...............................................................................................80 7.2.3 Zoneamento..............................................................................................81 7.2.4 Fluxo.........................................................................................................84 7.2.5 Acessibilidade...........................................................................................86 7.2.6 Estudo volumétrico....................................................................................87 8. Considerações finais......................................................................................91 Referências........................................................................................................92 Apêndices..........................................................................................................99
1
1. INTRODUÇÃO
Segundo Vargas (2012), os princípios comerciais estão associados a um processo histórico e social de remanescência e civilidade, integrado a um conceito iminente material e intangível. A formação das atividades comerciais no espaço urbano está articulada ao fator econômico e social de divisão e troca, em que, a prática de consumo tange a necessidade de ocupar um espaço para a comércio, nesse sentido, o desenvolvimento do comércio nas cidades é resultado do fator de produção e consumo de uma sociedade, no qual reflete na expansão do espaço urbano (Fani, Volochko, Alvarez, 2015). Conforme Vargas (2000), a atividade comercial engloba o potencial econômico e o desenvolvimento social e urbano no qual está situado, nesse sentido, é necessário entender os fundamentos do comércio e o cenário geral. O comércio de alimentos incluso ao universo comercial, comporta um potencial de produção e consumo na economia. O Brasil abarca um cenário assertivo ao potencial econômico desse setor, com uma contribuição de nove por cento do Produto Interno Bruto (PIB) geral, do no ano de 2014, como assegura o artigo publicado de Edmundo Klotz no portal da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA)1. Conforme CONSEIA (2006)2, o conceito de segurança e insegurança alimentar são descritas da seguinte forma, a segurança alimentar tem a função de proporcionar a qualidade e conservação dos alimentos sem afetar a saúde pública, todavia, a insegurança alimentar é caracterizada através da deficiência imprópria do alimento de consumo, no entanto, está continuamente interligado no modo produção e distribuição de vendas.
1
Maiores informações estão disponíveis em: < http://www.abia.org.br/vsn/tmp_2.aspx?i d=23 >. Acesso em: 26 março de 2017. 2 Maiores informações estão disponíveis em: < http://www4.planalto.gov.br/consea/ publicacoes/ cartilha- losan – português >. Acesso em 26 março de 2017.
2
Assim, os principais exemplares voltados ao intercâmbio de alimentos em espaços públicos, constituem as feiras livres e mercados públicos, segundo Vargas (2000), a atividade atua na produção de consumo e instiga a inter-relação da sociedade. A feira livre como protagonista do comércio informal possui conceitos e valores bastante amplos, de acordo com Vargas (2000), essa atividade inflige normas, compromete a qualidade de vida e consumo da população, fomentando, mudanças na dinâmica do meio urbano. De acordo com Pintaudi (2006), alguns mercados nasceram do conceito promovido da feira, concretizando arquitetonicamente um espaço para promover as atividades mercadológicas, bem como configurando o abastecimento proporcional ao crescimento e expansão da cidade. O mercado público foi reeditado materialmente em função do tempo, necessidade e espacialidade do âmbito da troca, compreendendo, a forma dinâmica de um ponto fixo com disponibilidade e flexibilidade na venda, controle e abastecimento. Em concordância com Pintaudi (2006), o exercício do mercado subordinado ao controle na dinâmica de vendas foi disposto por intermédio das autoridades públicas e normas de regulamentação, quanto à inserção dos tipos e localização dos produtos, a fim de proporcionar o equilíbrio dos preços. Nesse sentido, o exemplar do espaço de mercado adota a diversidade ética e social de usuários e comerciantes a um ambiente construído, em que incentiva a figura de mercado a articular as relações interpessoais em um ambiente com uma infraestrutura multifuncional. Confome Murilha (2011), as tipologias arquitetônicas aplicadas aos mercados públicos são variações conceituais e formais de múltiplas tentativas históricas e sociais, em que atuavam os responsáveis técnicos. Na Europa, os primeiros exemplares de mercado público apresentavam uma morfologia simétrica, de base retangular ou quadrada, com a centralização de um átrio, interpretando o estilo clássico, entretanto, o destaque era composto pelos estilos neomorisco e neorromânico. Segundo Silva (1940) apud Murilha (2011), com a evolução das cidades e dos materiais foram adotados elementos construtivos em coberturas de ferro,
3
para proporcionar a capacidade de dominar maiores ambientes nos respectivos mercados. Diante do cenário disposto sobre evolução de práticas comerciais de subsistências em área informais será proposto o desenvolvimento do Anteprojeto Arquitetônico de um Mercado Público localizado no Município de São Bento-PB, para favorecer as questões de bem-estar, identidade, segurança, abastecimento e a história. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2002)3, sobre a análise da morfologia urbana no Brasil, descreve que incialmente a concentração urbana localizava-se nas extensões territoriais próximas as áreas litorâneas. Porém, com o desenvolvimento econômico em outras regiões esse panorama foi modificado, desta forma, os fatores que impulsionaram a urbanização e reurbanização para outras faixas territoriais e outras regiões estão associados a qualidade de vida e infraestrutura de cada lugar. Assim, na região do Nordeste a sua peculiaridade está disposta nas heterogeneidades das sub-regiões, ou seja, naturezas diferenciadas concentradas em um único local promovem conexões econômicas para as demais regiões, emergindo até a concentração do mercado interno (IPEA, 2002)³. O universo de estudo do presente trabalho corresponde ao o município de São Bento-PB (ver figura 01), onde está situado na região Nordeste, no estado da Paraíba (IBGE, 2017)4.
3
Maiores informações disponível em:< http://www.ipea.gov.br/ agencia/images/ stories/PDFs/livros/livros/ livro_caracterizacao_tendencias_v03.pdf>. Acesso 09 mar de 2017. 4 Maiores informações estão disponíveis em: <http://www.ibge.gov.br/home/>. Acesso 10 mar de 2017.
4 Figura 01: Localização do município de São Bento-PB no território do Brasil. Mapa do Brasil
Mapa do estado da Paraíba
Fonte: Disponível em: < http://www.mapasparacolorir.com.br/mapa-estado-paraiba.php >. Acesso em 10 de março 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
Conforme os dados técnicos do IBGE (2017)4, o município de São Bento-PB, está próximo as áreas urbanas de Brejo do Cruz, Riacho dos Cavalos e Paulista. Segundo a Lei Orgânica do Município de São Bento-PB (2002)5, é de jurisdição municipal planejar e servir as atividades de utilidade pública, entre elas, constam as feiras e mercados, assim como, preservar a ocupação do domínio irregular do espaço urbano. O município, atualmente, dispõe da feira livre como prática comercial informal no setor de alimentos, em que dispõe de vias no centro da cidade para operar provisoriamente nesse âmbito comercial, dessa forma, infligem as propriedades de salubridade, qualidade e conservação dos alimentos, defendidas através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC N°. 216 e RDC N° 218, a mobilidade, como consta na Lei de Mobilidade Urbana 12.587/12, o mobiliário urbano improvisado de uso inadequado conforme a
4
Maiores informações estão disponíveis em : <http://www.ibge.gov.br/home/>. Acesso 10 mar de 2017. 5 Maiores informações estão disponíveis em: <http:/ / www.saobento. pb.gov.br / wpcontent / uploads/2016/12/ LEI-ORGANICA -DO -MUNICIPIO.pdf >. Acesso em 10 março de 2017.
5
NBR 9050 (2015) e a falta de sinalização tátil visual como consta na NBR 16537(2016). Como cita Silva (2008), o desenvolvimento nas cidades é resultância de um processo simultâneo, com o espaço urbano e a classe social, a exemplo o município de Três Lagoas-MS, onde foi adotada uma nova infraestrutura, em que o crescimento demográfico fosse algo suportável as novas necessidades da localidade. Desta forma, a feira livre do município passou a dispor em espaços multifuncionais, comportados de uma infraestrutura adequada aos denominados mercados públicos. Assim, a evolução do espaço comercial da feira livre para o mercado público reflete na remodelagem da cidade, especificamente, no progresso da área e no sistema econômico. Conforme o Estatuto da Cidade (2008) 6 , para o processo de urbanização e reurbanização de uma área, a lei estabelece diretrizes e metodologias a serem adotadas por intermédio do Plano Diretor Municipal, para proporcionar a organização e regularização do solo urbano. O Plano Diretor do Município de São Bento-PB (2013)
7
, determina como
procedimento municipal de infraestrutura, todas as questões relacionadas às obras públicas ou particulares, no qual reflita espacialmente no cenário local, devem ser submetidas ao Plano Diretor. Assim, no seguimento de reurbanização e apropriação das zonas de interesse social, configura-se como diretriz a reurbanização para áreas próximas as características vigentes, desta forma, a proposta deverá considerar uma área compatível as necessidades e o público alvo da área. A área de estudo do presente trabalho esteve correlacionada com o conceito de integração social, espaço urbano, setor econômico, desenvolvimento das cidades e a qualidade de vida e consumo. Nesse sentido, é necessário a valorização no âmbito nutricional sobre a segurança alimentar, bem como um ambiente construído para corresponder a tais fatores. 6
Maiores informações estão disponíveis em:< https://www2 senado.leg.br/bdsf/bitstream /handle/ id/70317/000070317. pdf?sequence=6> .Acesso em 11 março de 2017. 7 Maiores informações estão disponíveis em: < http://transparenciaicone.com.br/ saobentopb/ pdf/ 69c89ef9bd7264124caa7bcd4769b425.pdf>. Acesso 15 de março de 2017.
6
Deste modo, a feira livre do município de São Bento-PB expondo os produtos alimentícios a uma área sem proteção adequada e inviabilizando as práticas legais e jurídicas, contextualizam a necessidade do desenvolvimento da proposta Arquitetônica de um Mercado Público inserido no Município de São Bento -PB, para honrar e atender as diretrizes imposta pela Lei Orgânica Municipal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Normas Técnicas, Estatuto da Cidade e o Plano Diretor Municipal.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral Desenvolver Anteprojeto Arquitetônico de um Mercado Público localizado no Município de São Bento-PB.
1.1.2 Objetivos Específicos •
Pesquisar arquitetura para Mercados Públicos;
•
Analisar as técnicas construtivas para a arquitetura no contexto do Nordeste;
•
Analisar Normas e Legislações Pertinentes à temática de Mercado Público;
•
Analisar estudo de caso compatível ao tema.
1.2 JUSTIFICATIVA
Em consonância Léfèbvre (2004) apud Araújo (2012), a evolução da cidade se caracteriza por suas transfigurações ao longo do tempo e a da produção da base social, ou seja, o que se faz distinguir e elevar o potencial econômico de cada cidade é o grau de produção comercial. Assim, o desenvolvimento do espaço está associado as relações sociais, comerciais e o modo de ocupação com o meio urbano, desta forma, a proposta deverá considerar para a comercialização as necessidades da área, bem como a qualificação da produção e a distribuição dos produtos.
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A feira livre se torna uma pratica inacessível no definido momento, em que a atividade da comercialização do setor alimentício, expõe a venda de produtos perecíveis a um espaço que não comporta os requisitos para um mercado, como uma infraestrutura com capacidade de expansão, flexibilidade no controle de abastecimento e distribuição, dentre outros fatores (Pintaudi, 2006). As práticas informais em feiras livres contextualizam uma inviável comercialização no espaço público, pois exerce um conceito primitivo sobre a imagem da cidade, sendo que, um espaço multifuncional caracterizado como mercado público qualifica e efetiva o panorama da cidade (Silva, 2008). Conforme Cambiaghi (2017), o desenho Universal descreve uma metodologia a ser aplicada a ambientes com o objetivo de atender aos diversos
tipos
e
necessidades
recorrentes
de
uma
sociedade,
proporcionado espaços multifuncionais de usos dissemelhantes para todos, através de ideias simples como o conceito do igual, adaptável, óbvio, conhecido, seguro, sem esforço e abrangente. Diante das Normas, legislações, Estatuto da Cidade (2008), Estudo de Mobilidade Urbana 12.587/12 e o Preceito do Desenho Universal é essencial propor um aporte arquitetônico multifuncional contextualizado com o município, associado às necessidades como a qualidade de vida, consumo e flexibilidade, sem comprometer a degradação da cidade. Para auxiliar na elaboração de um projeto arquitetônico Neufert (1900), descreve indicações e preceitos para favorecer as condições pertinentes de conforto térmico, acústico e luminotécnico para os usuários de um espaço. Com cita Panero e Zelnik (2002), um projeto de uso público revela um estudo de locomoção, assim como, ambientes para serviços e apoios, correlacionado com estudo antropológico do ser humano, para apresentar as melhores condições de conforto e segurança, bem como proporcionar circulações horizontais e verticais adequadas e acessíveis as dimensões máximas dos usuários. O espaço de uso público comercial e alimentício deve comensurar o abastecimento, estocagem e uma distribuição interna, na qual facilite o fluxo
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de serviço e social, assim como, proporcionar qualidade de conservação e exposição de venda plausível a categoria de consumo, conforme está especificado nas resoluções RDC N°. 216 e RDC N° 218. Diante do diagnóstico sobre o tema e a caracterização da área de estudo, foi desenvolvido um aporte arquitetônico em que promovesse a inclusão social e a comercialização, através de um ambiente que proporcionasse medidas de segurança, mobilidade, acessibilidade, qualidade e distribuição. Dessa maneira, será apresentado um Anteprojeto Arquitetônico de um Mercado Público para o Município de São Bento-PB.
1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para construir autenticidade ao tema proposto, assim como, viabilizar a proposta do anteprojeto arquitetônico, são deferidas cinco modalidades como procedimentos metodológicos, são elas, revisão bibliográfica, consulta à normas e órgãos competentes, análise de projetos correlatos, estudo de caso e análise da área de intervenção.
1.3.1
Pesquisa bibliográfica
As referências bibliográficas adotadas ao presente trabalho foram sistematizadas em artigos e livros relacionados ao tema de mercado público. Nesse sentindo, os autores como Heliana Comin Vargas (2000 e 2012), Silvana Maria Pintaudi (2006), Leisa Robles Borba da Silva (2008), James Amorim Araújo (2012), o livro A Cidade como negócio (2015), de Ana Fani Alessandri Carlos, Danilo Volochko e Isabel Pinto Alvarez, Neufert (1900), Panero e Zelnik (2008), dentre outros.
1.3.2 Normas e órgãos competentes Com a finalidade de atender os parâmetros técnicos abordados a proposta, assim como, associar a área de estudo dentro do contexto, são acolhidas as seguintes normas e órgãos:
RDC N°. 216 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação) e RDC N° 218 (Dispõe sobre o Regulamento
9
Técnico
de
Procedimentos
Higiênico-Sanitários
para
Manipulação de Alimentos e Bebidas Preparados com Vegetais);
NBR 9050:2015 Associação Brasileira de Normas Técnicas (Acessibilidade
a
edificações,
mobiliário,
espaços
e
equipamentos urbanos);
NBR16537:2016 Associação Brasileira de Norma Técnicas (Acessibilidade, sinalização tátil no piso, diretrizes para elaboração de projetos e instalação);
NBR 9077:2001 Associação Brasileira de Norma Técnicas (Saídas de emergência em edifícios);
Lei de Mobilidade Urbana 12.587/12;
Lei de Segurança Alimentar e Nutricional (2006);
Lei Orgânica do Município de São Bento-PB (2002);
Estatuto da Cidade (2008);
O Plano Diretor do município de São Bento-PB (2013).
Em virtude a interpretação e as exigências pertinentes a elaboração de um anteprojeto de mercado público, a proposta será desenvolvida e fundamentada segundo os padrões técnicos estabelecidos nas resoluções.
1.3.3 Análise de projetos correlatos O método de análise arquitetônica favorece a interpretação projetual, ou seja, a compreensão do conceito, técnicas, materiais, estilo, soluções e o contexto onde está inserido. Nesse sentido, foi adotado o método de Geoffrey H. Baker, para analisar dois projetos correlatos, correspondentes a temática da proposta.
1.3.4 Estudo de caso O estudo de caso é uma técnica de análise que tem a finalidade de interpretar e compreender as condicionantes e as diretrizes impostas a uma área de trabalho. Assim, como um dos objetivos específicos do presente trabalho, o mesmo está localizado dentro do contexto climático da região Nordeste, bem como, o da área da intervenção da proposta, na qual, foram
10
avaliadas e comentadas as decisões aplicadas, bem como, e o resultado rente ao contexto.
1.3.5 Análise de área de intervenção Para análise da área de intervenção foram desempenhadas atividades práticas, tais como, visitas ao terreno e a feira livre do município de São Bento-PB, onde no lote foram avaliadas as questões do contexto, como ventilação, insolação, fluxo e mobilidade, para comportar as funções comerciais da feira livre a proposta da área de intervenção foram alisados na feira livre as questões de acesso, contato,
distribuição, modo de
comercialização e ocupação, bem como uma visita a prefeitura municipal de São Bento-PB, para verificar a quantidade ocupada de cada mobiliário na feira livre.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Breve histórico de Mercado Público A origem e o desenvolvimento do mercado denotam a interdependência social e cultural associadas ao núcleo urbano, nesse sentido, para tal entendimento é necessário uma releitura e compreensão histórica (Filgueiras, 2006). A
origem
do
termo
caracterizado
como
mercado
está
correlacionado ao período pré-histórico Neolítico, em que a necessidade de sobrevivência
influenciou
a
comercialização
de
alimentos.
Nesse
segmento, com o progresso das atividades agrícolas o atributo de subsistência passou a ser aprimorado, progredindo do modo nômade para a ocupação sedentária de uma área, favorecendo o desenvolvimento das vilas. Diante disso, a troca de produtos nas vilas, transfigurou a ideia inicial de consumo e sobrevivência em figura comercial, assim como, ampliou as pequenas vilas em cidades, em decorrência a necessidade de abastecimento direto, associadas à expansão do meio urbano e o aumento no crescimento demográfico, são articulados espaços informais e temporários
para
a
comercialização
de
produtos
concretizando o termo de mercado (Oliveira, 2006).
alimentícios,
11
Conforme Vargas (2012), o conceito de comércio compartilha da função social, da venda de mercadorias, do contado, do diálogo para formalizar a comercialização. Na Mesopotâmia, a inter-relação disseminada através do intercâmbio de mercadorias era simbolizada graficamente com a letra ‘’ Y ’’, uma vez que, representava metaforicamente o eixo principal do cruzamento de fluxo dos envolvidos. De acordo com Filgueiras (2006), as atividades comerciais de mercado ao longo da história foram locadas e coordenadas de diversas formas, mediante o contexto espacial de cada lugar, a exemplo as cidades gregas, romanas e medievais onde protagonizam um cenário espacial de analogia do comércio e do meio urbano, assim como, representantes da correlação social e cultural, integrados a uma natureza de atividades divergentes. Segundo Pintaudi (2006), nas cidades medievais o espaço da comercialização moldava-se em ruas ou praças, ou seja, não conduzia de um local especifico, a vista disso, as funções comerciais eram postas de forma espontânea no decorrer da rua. Como cita Filgueiras (2006), a conexão do comércio adjunto ao meio urbano auxilia na integração, entretenimento e na composição de diversas sensações, sobrepondo, as questões e diretrizes inicialmente definidas a área, tais como, consumo, venda e lucro. A compressão do comércio, assim como, a integração, a civilidade, abastecimento, modo de ocupação e a postura da sociedade, favorecem a concepção do espaço urbano, sintetizando como estruturação a coordenação preexistente de uma área (Vargas, 2012) Como argumenta Vargas (2012), no século XVI a atividade comercial varejista ganha destaque através da valorização do nível econômico de alguns países do exterior, bem como o desenvolvimento político e social da classe burguesa, admissão do lucro comercial pela religião católica e a importância da qualidade de trabalho. No século XVII, em decorrência a concentração de riquezas na mão de poucos, bem como a recensão de produção, desemprego, dentre outros fatores, favoreceram a crise econômica nesse período (Beaud,1981). Garrefa (2002), descreve que no século XVIII a Inglaterra sediou a revolução industrial, posteriormente, a mesma desenvolve-se pelos países
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europeus, no entanto, essa mudança de técnica comercial ampliou as opções de consumo e os avanços das técnicas construtivas. Desta forma, o cenário da revolução industrial não aconteceu ao mesmo tempo em todos os países, sendo assim, cem anos depois o Brasil começou a adotar a produtividade industrial. No Brasil, o século de XIX foi marcado pela industrialização no município de São Paulo-SP, localizado região Sudeste o destaque era em razão do setor agrícola de café e cana de açúcar, onde, inicialmente, a comercialização projetava-se diretamente na fonte de produção, em áreas públicas e de formas espontânea, entretanto, na tentativa de uma manutenção mais rápida, o espaço de mercado foi articulado em áreas próximas ao Rio Tamanduateí para o abastecimento direto com a expansão do município de São Paulo, no ano 1933, o mercado público, foi reeditado para a área central da cidade (ver figura 02), onde, atualmente se encontra edificado, respondendo a novas atividades (Pindaudi, 2006). Figura 02: Mercado público do município de São Paulo.
Fonte: Rubies (2005) apud Oliveira (2006), p.57.
Na região do Nordeste, no estado de Pernambuco o município de Recife no século XIX, a prática da segurança higiênica era questionável, pois as atividades comerciais de abastecimento aconteciam na Ribeira de Peixe, a vista disso, se tornou fundamental a apropriação de um local construído para favorecer a comercialização. No ano de 1875 foi instaurado o Mercado São José (ver figura 03), onde é considerado uma das mais
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antigas edificações de ferro e vidro do Brasil, o projeto foi uma releitura do Mercado de Grenelle de Paris, no entanto, o projeto passou por diversas alterações físicas para adaptar-se ao clima local (Garrefa, 2002). Figura 03: Mercado público São José em Recife-PE.
Fonte: Silva (1986) apud Garrefa (2002), p,54.
Na região Nordeste, no estado da Paraíba, o município de Patos dispõe de um mercado público (ver figura 04), onde é responsável pela diversidade da comercialização de produtos. Nesse sentido, o mercado favorece a economia, a divulgação da história, cultura e gastronomia (Cavalcante, 2008). Figura 04: Foto do Mercado público do município de Patos-PB.
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares, (2017).
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O mercado simboliza o âmbito histórico e social de uma geração, assim como, um marco na referência, cultura e identidade de uma área. O espaço de mercado deve ser articulado de forma estratégica, em que o lugar da comercialização associe-se a pontos de concentração de pessoas, viabilizando o abastecimento e a manutenção. Entretanto, no definido momento, que tal procedimento não corresponder a essa conexão, a figura de mercado se torna indiferente (Filgueiras, 2006). Diante da sinopse sobre a trajetória histórica da origem e expansão do mercado, podemos interpretar a interface do nascimento do meio urbano correlacionado com a fonte de produção e consumo de uma área, assim como, a flexibilização e a manutenção dos fatores sociais, sensoriais, gastronômicos, culturais, históricos e comerciais presentes no espaço de mercado.
2.2 Arquitetura para Mercado Público Conforme Azevedo e Carvalho (2000), é necessário compreender a origem, a concepção da arquitetura, a forma, o estilo, o material e as características, ou seja, entender os fatores mediantes, em que impulsionaram as construções arquitetônicas. Segundo Garrefa (2002), no decorrer da trajetória histórica as construções arquitetônicas comerciais coordenavam e sistematizavam
conforme o contexto espacial e
socioeconômico de cada lugar. No século XVIII, em decorrência dos surtos epidêmicos na Europa, os órgãos públicos, juntamente, com os especialistas comprovaram o teor da associação direta dos espaços insalubres, instigando a proliferação de doenças. Durante o século XIX, a insalubridade foi resultado do período industrialização, do crescimento demográfico e das condições precárias de habitação e do comércio, diante disso, as construções arquitetônicas, intervenções ou reorganizações, eram consolidadas através de práticas e medidas que importassem o conceito da segurança higiênica para a sociedade (Murilha, 2011). Segundo Durand (1822) apud Murilha (2011), no decorrer do século XIX, os países da Europa abordaram uma morfologia de mercado semelhante ao átrio romano, em que eram espacialmente fechada,
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projetada de forma quadrada ou retangular, com simetria, centralizado com átrio aberto, para assessorar as demais áreas, e nas fachadas elementos arquitetônicos do estilo neorromânico (ver figura 05). Figura 05: Morfologia tipo 1, dos mercados da Europa. Fachada longitudinal
Fonte: Durand (1822) apud Murilha (2011), p.200.
Planta do pavimento térreo
Fonte: Durand (1822) apud Murilha (2011), p.200. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
Conforme Cloquet (1922) apud Murilha (2011), o segundo exemplar de mercado, durante o século XIX, foi o mais aplicado nas construções arquitetônicas, em que compartilhavam de morfologia fechada, com átrio central e lojas estrategicamente coordenadas. Diante disso, a releitura do estilo clássico nos mercados públicos desenvolve-se com a evolução das técnicas construtivas (ver figura 06).
16 Figura 06: Morfologia tipo 2, dos mercados da Europa.
Fonte: Cloquet (1922) apud Murilha (2011), p.203.
No século XIX, a revolução industrial possibilitou o avanço e a capacidade técnica dos materiais, como ferro e concreto armado, em que resultaram no desenvolvimento do cenário arquitetônico (Lamberts, Dutra, Oscar, 2004). A figura do ferro como técnica construtiva para os mercados, auxiliou na ampliação dos ambientes, bem como rasgos verticais ou horizontais para ventilação e iluminação, proporcionando o cruzamento da ventilação e, consequentemente, a circulação e limpeza do ar. No final do século XIX, a industrialização encontrava-se presente no cenário nacional do Brasil, assim como, a inserção de materiais construtivos de ferro e vidro de origem Europeia nos mercados públicos do Brasil (Garrefa, 2002). De acordo com Silva (1986) apud Oliveira (2006), através da importação das técnicas construtivas europeias para o Brasil, foi implantado na região do Nordeste, no município de Recife-PE, o primeiro mercado público em ferro, no ano 1875, conhecido como mercado São José, onde a sua conformação resulta em dois pavilhões retangulares adjacentes a uma rua central, em que no espaço interno, os boxes estão sistematizados conforme a proporção dominante do bloco retangular (ver figura 07).
17 Figura 07: Planta do pavimento térreo do Mercado São José em Recife-PE.
Fonte: Silva (1986) apud Oliveira (2006), p.42.
Segundo Garrefa (2002), para adaptação ao contexto da região, foi adotado no projeto soluções bioclimáticas, tais como, iluminações centrais, proporcionadas através da claraboia, troca de vedação em vidro por madeira, juntamente, com a inserção da telha cerâmica em vez da metálica, para possibilitar aos usuários um ambiente mais agradável. Na região Nordeste, no município de Salvador-BA, no ano 1912, para da manutenção das atividades de substância foi implantado um mercado público, denominado mercado Modelo, ao longo da história a edificação sofreu dois incêndios, nesse seguimento, no ano de 1984, a edificação foi restaurada conforme a tipologia arquitetônica inicial (ver figura 08), entretanto, com a adição de novos materiais construtivos disponíveis na época, tais como, o concreto pré-moldado e telhas cerâmicas. Atualmente, o espaço sedia novo usos, como a comercialização de artesanato (Zavagli, 2015).
18 Figura 08: Representação gráfica do Mercado Modelo de Salvador-BA Planta do pavimento térreo
Corte do Mercado Modelo Salvador-BA
Fonte: Zavagli, 2015, p.78 e 81.
Na região Sudeste, no município de São Paulo-SP foi instaurado no ano de 1933 o mercado municipal, onde foi implantado na área central do espaço urbano para o intercâmbio de atividades comerciais de varejo. Ao longo da história a edificação passou por algumas modificações para comportar novas atividades (ver figura 09), diante disso, o estilo arquitetônico adotado ao mercado caracteriza-se como eclético (Zavagli, 2015). Figura 09: Representação gráfica do mercado municipal de São Paulo- SP. Planta do pavimento térreo
Corte do mercado municipal de São Paulo-SP
Fonte: Zavagli, 2015, p.84 e 85.
De acordo Azevedo e Carvaho (2000) é primordial compreender, as necessidades, as diferenças, os elementos construtivos, as caraterísticas espaciais, ambientais, sociais e econômicas do contexto.
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Em resumo, o mercado foi sistematizado e reorganizado interna e esteticamente através de uma subsequência de fatores e releituras históricas e sociais, onde, os primeiros exemplares citados na Europa cogitam a interpretação dos estilos arquitetônicos da antiguidade clássica e, posteriormente, com o avanço das técnicas e materiais construtivos, a tipologia de mercado foi favorecida por ambientes mais amplos exportando essas tendências aos demais países, como exemplo o Brasil, no entanto, com adaptações ao contexto local.
2.3 Mercado Público de São Bento-PB. Segundo Silva (2010), a origem do município de São Bento-PB, sucedeu através da ocupação de uma área por uma família conhecida como Oliveira Leda, a mesma já havia ocupado diversas áreas do sertão paraibano, diante disso, os descendentes da família Oliveira Leda protagonizam os principais personagens para a formação do município, entre eles, Antonio José da Cruz ‘’ Cantonho’’, seu filho Manuel Viera dos Santos, dentre outros. A expansão dessa área foi favorecida através da agricultura e da criação de gado. No ano de 1891, o município de São Bento-PB, era anexado a Brejo do Cruz, posteriormente, em detrimento da lei estadual de emancipação política, ocorreu o desmembramento do município. Em virtude da doação de terras da família Oliveira Ledo para a igreja, o município sediou a construção de novas edificações na área. O nome do município foi resultado de dois fatores controversos, onde o primeiro faria referência ao nome da área ou fazenda em que desenvolveram-se as primeiras construções do município, que seria conhecido como ‘’ Cascavel’’, entretanto, não há nenhuma prova ou documento que comprove a veracidade dessa denominação a não ser fontes verbais, nesse sentido, o nome São Bento seria em detrimento a crenças religiosas da família fundadora, em homenagem ao santo São Bento, nome no qual permanece até hoje. Conforme Silva (2010), na região Nordeste no estado da Paraíba, o ano de 1907 era marcado pela comercialização de produtos alimentícios no município de São Bento, onde funcionavam através de feiras livres, em que protagonizaram um cenário positivo para fundação, comercialização,
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articulação social, abastecimento e desenvolvimento do município, que ocorria de forma espontânea nas ruas e em dias específicos da semana. No ano de 1927, foi instaurado um galpão público para dá apoio as atividades de comercialização, assim, o comércio da área expandiu-se de tal forma que atraiu moradores e comerciantes de outras regiões. Com o passar dos anos e o desenvolvimento no setor comercial, o galpão público passou a não comportar as funções preestabelecidas, desta forma, foi edificado um espaço, que comportasse a necessidade vigente da época, com isso foi construído um mercado público e inaugurado no dia 19 de janeiro de 1956 (ver figura 10). Figura 10: Foto de inauguração do ano de 1956 do Mercado Público de São Bento-PB
Fonte: Prefeitura Municipal de São Bento-PMSB.
O mercado público do município de São Bento-PB, no ano de 1956 era um espaço atrativo, confortável e organizado de acordo com a particularidade de cada produto. Nesse sentido, o mercado público era conhecido na região por abrigar e acolher diversos tipos de produtos e alimentos da culinária local, tais como, galinha de capoeira, quebra queixo, queijo, cereais, dentre outros. Próximo ao mercado público, foram construídas casas, farmácias, padarias, restaurantes e lanchonetes (Silva, 2010). Segundo Felipe (2014), o crescimento do meio urbano foi favorecido através da comercialização, da indústria têxtil e da geração de empregos.
21
Diante disso, o desenvolvimento na localidade aprimorou as condições sociais, culturais e econômicas. O mercado público localiza-se na região central do munícipio, entretanto, com o crescimento do meio urbano na área, a edificação foi perdendo espaços para outros tipos de atividades, bem como a falta de manutenção na área, impulsionaram a mudança no setor para a comercialização nas ruas (ver figura 11). Figura 11: Morfologia atual do Mercado Público e do açougue de São Bento.
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de São Bento-PMSB. Acesso em 19 de março 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
De acordo com a Prefeitura municipal de São Bento (2017), o mercado público do município, atualmente, encontrasse sem uso comercial, porém, as áreas internas e externas atuam como área de estocagem. Para tanto, as zonas de apropriação situadas nas fachadas sediam lojas de usos diversos. O mercado, apesar do mal estado de conservação, apresenta características arquitetônicas da época da inauguração (ver figura 12).
22 Figura 12: Estado atual do Mercado Público de São Bento-PB.
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares, (2017).
Conforme a pesquisa datada no dia 10 de julho de 2017 na Prefeitura Municipal de São Bento-PB (PMSB), sobre a quantidade de bancas para venda de produtos alimentícios da feira livre do município, foi constatado através de recibos que há cento e dezenove bancas (ver figura 13). Figura 13: Recibo de taxa referente à feira livre do município de São Bento-PB no domingo.
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de São Bento-PMSB. Acesso em 10 de julho 2017.
Segundo a Prefeitura Municipal de São Bento-PB (2017), o mobiliário dispõe de tamanhos variados compatíveis com a taxa de contribuição, entretanto, a predominância é composta por mobiliários do tipo 1 (ver figura 14).
23 Figura 14: Tipos, taxa e quantidade de mobiliário que ocupam a feira livre do município de São Bento-PB
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de São Bento-PMSB. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
Desta forma, a proposta arquitetônica apresentará a quantidade mínima de cento e dezenove bancas para a venda de produtos hortifrútis. 2.4 Normas e Legislações pertinentes à temática de Mercado Público Para o desenvolvimento da proposta do anteprojeto de mercado público, foram analisadas normas e legislações correlacionadas ao tema, com a finalidade de atender e introduzir os preceitos levantados nos regulamentos.
2.4.1 RDC ANVISA RDC ANVISA 216 (2004), tem como objetivo estabelecer um padrão técnico a segurança alimentar no pais, todavia, qualquer local onde desenvolva o manuseio de alimentos, devem adotar os seguintes termos: •
Espaços para resíduos de alimentos, próximos a área de manutenção de infraestrutura;
•
Doca para o descarregamento de produtos;
•
Controle de recepção de alimentos;
24
•
Espaços para serviços de higienização aos responsáveis a categoria de operação de alimentos;
•
É fundamental que as baterias de banheiros sejam separadas dos espaços de preparação e depósitos de alimentos;
•
Nos espaços de preparação de alimentos devem conter lavatórios, seguindo o percurso dos usuários;
•
As vedações devem se automáticas;
•
Técnicas construtivas nos espaços de preparação de alimentos para proporcionar a filtragem de iluminação sem danificar a qualidade dos produtos;
•
Coordenação no fluxo para evitar a interceptação de fases desnecessária das atividades de manuseio de alimentos;
•
Barreira física para espaço com risco de contaminação;
•
Área para refrigeração de alimentos perecíveis;
•
A edificação deve adotar de ventilação cruzada para a higienização do espaço, entretanto, deve ser evitada a convergência direta do ar com os alimentos;
•
Para o acabamento, deve ser considerado materiais lisos e de fácil manutenção;
•
O mobiliário deve responder as propriedades técnicas para suportar a corrosão, assim como, dispor de superfícies lisas;
•
Manutenção a mobiliário e ferramentas de trabalho. RDC ANVISA 218 (2005), tem a finalidade de promover preceitos a
proteção contra as enfermidades correlacionadas aos alimentos, desta forma, o regulamento descreve alguns pontos a serem seguidos: •
Local para carga e descarga de alimentos em espaços higiênicos;
•
Os expositores de alimentos devem evitar a convergência com piso;
•
Optar por materiais descartáveis;
•
É indispensável que as luminárias protejam o fluxo luminoso contra os insetos, assim como, respeite uma distância correta sobre a exposição de venda de alimentos;
•
É necessária a manutenção periódica nos espaços de resíduos.
25
Em virtude aos termos citados é fundamental que a proposta seja guiada conforme as diretrizes impostas nos regulamentos específicos da área de estudo.
2.4.2 Normas Técnicas A NBR 9050 (2015), descreve prescrições a serem condicionadas as edificações para promover a independência dos usuários no espaço, assim como, atender as necessidades de todos. Desta forma, o regulamento especifica questões como, a inserção de elementos de apoio a mobilidade de pessoas com necessidades especiais, a descrição da sinalização nacional tátil visual, mobiliários flexíveis, dentre outros. A NBR 16537 (2016), apresenta um adicional as normas de acessibilidade e aos preceitos do Desenho Universal, nesse sentido, a mesma aplica as seguintes diretrizes, a inclusão de materiais táteis para facilitar o percurso dos usuários (mapas sensoriais, piso tátil, balizador), equipamentos eletrônicos, para viabilizar ascensão de informações, dentre outros, para proporcionar a diversidade nas soluções. A NBR 9077 (2001), retrata definições para atender e dar segurança ao percurso dos usuários em caso incêndio, proporcionado uma saída de emergência, com antecâmara, espaços protegidos contra combustão, especificações de escadas (altura do espelho, bocel, dutos de ventilação), corrimão e altura correta a ser considerada para um guarda corpo.
2.4.1 Eficiência energética e Conforto Ambiental na Arquitetura do Nordeste No século XX, a temática voltada à eficiência energética como uma forma de aprimorar o conforto ambiental nas construções foi impulsionada através da influência dos estilos arquitetônicos pós-modernos, assim como, a compreensão da arquitetura contemporânea. Nesse sentido, alguns países que enfrentaram a crise energética, desenvolveram normas e medidas para articular a eficiência energética nas construções, bem como, a capacitação de especialistas no assunto, para atuar de forma satisfatória a esses preceitos (Lamberts, Dutra, Oscar, 2004).
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A eficiência energética na arquitetura pode ser caracterizada através do conforto ambiental no espaço, onde podem ser obtidos através de análises e técnicas construtivas que racionalizem a energia nas construções. Para a inclusão da eficiência energética na arquitetura deverão
ser
consideradas
as
constantes
climáticas
(macroclima,
mesoclima e microclima); constantes humanas (térmicas e visuais); e as constantes arquitetônicas (forma, função e vedação). Na fase inicial da elaboração arquitetônica, devem ser analisadas as condicionantes bioclimáticas, para tanto, o Brasil apresenta uma natureza de diversidades climáticas nas respectivas regiões (ver figura 15), são elas, Equatorial, Semiárido, Tropical, Subtropical, Tropical Atlântico e Tropical de Atitude (Lamberts, Dutra, Oscar, 2004). Figura 15: Diversidades climáticas nas regiões do Brasil
Fonte: Lamberts, Dutra, Oscar, 2004, p.112.
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Segundo Holanda (1976), a região Nordeste apresenta diversas variações climáticas, assim, para promover o conforto ambiental às construções são introduzidos diversos artifícios arquitetônicos, são eles, coberturas extensas para proteção a chuva, aberturas para favorecer a circulação do ar, a introdução de materiais vasados como cobogó ou muxarabis para a filtragem da iluminação e ventilação, e a inclusão de arborização para fornecer o sombreamento e favorecer o microclima (ver figura 16). Para tentar solucionar as questões relativas a incidência direta de iluminação nas fachadas é necessário analisar corretamente o percurso do sol, para desenvolver locais favoráveis ao conforto do usuário, bem como garantir espaços de vitalidade. Diante desse contexto, as fachadas em pele de vidro sem artifícios de proteção se tornam inviáveis. Figura 16: Técnicas construtivas para a região do Nordeste.
Fonte: Holanda, 1976, p. 11 e 21.
O autor Armando de Holanda descreve orientações arquitetônicas (ver figura 17) a serem seguidas na região do Nordeste: ‘’Trabalhemos no sentido de uma arquitetura livre e espontânea, que seja uma clara expressão de nossa cultura e revele uma sensível apropriação de nosso espaço; trabalhemos no sentido de uma arquitetura sombreada, aberta, continua, vigorosa, acolhedora e envolvente, que, ao nos colocar em harmonia com o ambiente tropical, nos incite a nele viver integralmente’’. (Holanda 1976, p. 43).
Figura 17: Arborização para integrar e melhorar o microclima local.
Fonte: Holanda, 1976, p. 39 e 43.
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Conforme Midori e Minto (2009), para a construção projetual da fase inicial até a fase final, é primordial o conhecimento, habilidade e domínio técnico construtivo, bem como a compreensão das informações especificas do material adotado. Assim, o projeto arquitetônico irá responder de forma favorável as particularidades impostas e harmonizará com o ambiente externo. Dessa maneira, é fundamental a inclusão de técnicas construtivas e elementos arquitetônicos que promovam a eficiência energética e o conforto ambiental na arquitetura, de tal modo que harmonize com o contexto, assim como, favoreça o microclima na área.
3. ANÁLISE DE PROJETOS CORRELATOS Para compreender a forma arquitetônica e as características elementares correlacionadas ao contexto de onde está inserido, torna-se necessário avaliar alguns fatores para proceder assertivamente nas decisões projetuais, diante disso, a metodologia a ser aplicada para analisar os projetos correlatos, será disposta em base nos princípios analíticos de Baker (1998), em que ressalta as subsequentes designações: •
Genius Loci: O termo refere-se à harmonização com o contexto natural ou construído, ou seja, a integração com as condicionantes locais, geográficas, climáticas ou topográficas, em que podem influenciar no conceito, partido ou técnicas construtivas para o projeto;
•
Identidade: Caracterização ou particularidade de uma área, seja através de estilos, tipologias ou da cultura;
•
Cultura: A definição a essa temática, envolvem tradições e características presentes de uma área, em que diferem de acordo com sua a locação. Nesse sentido, podem ser transmitidos e reeditados ao aspecto material da arquitetura;
29
•
Significado do uso: O termo define a funcionalidade do programa de necessidades.
•
Movimento: Pode ser definido como uma intenção dinâmica na arquitetura, em que podem ser representados através de elementos formais, construtivos ou estéticos.
•
Estrutura/Plástica: Designação construtiva de diversos atributos técnicos, com objetivos de promover à sustentação e estabilidade a obra, assim como, a persuadir na interpretação arquitetônica. De acordo com a análise do método de Baker (1998), a proposta
de natureza arquitetônica para o anteprojeto de mercado público, foi favorecida conforme as atribuições e soluções aplicadas aos projetos correlatos de especificidade comercial pública alimentícia.
3.1 Mercado Roma Arquitetos: Rojkind Arquitectos Equipe auxiliar: Cadena Associado Concept design Fotografia: Jaime Navarro e Rojkind Arquitectos Localização: Cidade do México, México. Área construída: 1750.00 m² Ano do projeto: 2013 Modalidade: Comercial
3.1.1 Genius loci A edificação conhecida como Mercado Roma, está localizada no território Mexicano, no Distrito Federal do México, no município Cuauhtémoc (ver figura 17).
30 Figura 17: Localização do município de Cuauhtémoc no território do Mexico. Mapa do México
Mapa do Distrito Federal
Fonte:www.mapasparacolorear.com/mexico/mapa-mexico.php. Acesso em 09 de abril 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
O mercado está inserido no bairro Roma Norte, na Rua Calle Querétaro, onde o contorno demarcado faz referência ao modo de implantação da edificação no lote (ver figura 18). Assim, pode-se observar um formato retangular e adjacente aos demais lotes da quadra. Figura 18: Implantação do lote no contexto
Fonte: Google Earth, acesso em 09 de abril 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
A edificação está disposta sem recuos, abrangendo totalmente o terreno, assim como, as demais edificações do contexto. Em relação às condicionantes geográficas do terreno, o Mercado Roma dispõe de um lote plano (ver figura 19).
31 Figura 19: Fachada sul do Mercado Roma
Fonte: Rojkind Arquitectos, 2013.
Assim, no quesito relativo à influência do contexto concedente a forma arquitetônica é notável o respeito e harmonização ao cenário local.
3.1.2 Identidade A nomenclatura elegida ao Mercado Roma, remete ao universo de estudo e implantação local do bairro em questão, denominado como Roma Norte. O Mercado Roma é composto por quatro níveis, térreo mais três pavimentos, em que atende e respeita o gabarito presente em diversas edificações do bairro (ver figura 20). Figura 20: Perspectiva parcial do Mercado Roma na Rua Calle Querétaro.
Fonte: Google Earth, acesso em 09 de abril 2017.
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3.1.3 Cultura O conceito cultural articulado ao Mercado Roma está associado a valorização da cultura gastronômica do México, onde o mercado adota diversos espaços como o restaurante para degustação da culinária.
3.1.4 Significado do uso A valorização do espaço público da parte frontal do Mercado Roma, com a inclusão de mobiliários urbanos, favoreceu as questões de lazer, contato e a sociabilidade com entorno (ver figura 21). Figura 21: Fachada sul do Mercado Roma
Fonte: Rojkind Arquitectos, 2013.
A edificação possui uma tipologia arquitetônica de base retangular, com ambientações de propriedades atrativas e especificas compactadas em uma área reduzida, tais como, um espaço reservado para produção com hortas horizontais e verticais agregando um valor de uso ao local (ver figura 22).
33 Figura 22: Horta horizontal e vertical.
Fonte: Rojkind Arquitectos, 2013.
A disposição do programa de necessidades foi induzido aos padrões de um projeto de readaptação, nesse sentido, a organização espacial foi estruturada em quatro níveis para tentar atender e comportar os atributos da antiga malha comercial. Por se tratar de projeto introduzido em uma área compacta e não havendo espaço para concessionar um estacionamento no mesmo lote da edificação foi implantado em um terreno próximo ao mercado, uma área para estacionamento (ver figura 24). Figura 24: A implantação do lote responsável à categoria do estacionamento. Vista do topo
Fachada do estacionamento público
Fonte: Google Earth, acesso em 10 de abril 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
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O primeiro nível compreende o térreo (ver figura 25), onde dispõe de um único acesso na fachada frontal para clientes, funcionários e recebimento. Entretanto, o espaço interno é composto de atividades multifuncionais, como, áreas de vivência e produção, para da manutenção ao recinto, são introduzidos espaços de refrigeração, banheiro e área para resíduos. Figura 25: Primeiro nível: Pavimento térreo
Fonte: Rojkind Arquitectos, 2013. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
Para comportar a demanda da circulação vertical foram adotados dois acessos, onde o primeiro se dá através do core centralizado e o segundo mediante a escada disposta no mezanino (ver figura 26). O Segundo nível compreende mezanino em que é ordenado de um acesso independe, através de escadas, o nível compõe áreas para venda e compra, bar, bateria de banheiros e depósito de material de limpeza (DML).
35 Figura 26: Segundo nível: Mezanino
Fonte: Rojkind Arquitectos, 2013. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
O Terceiro nível é favorecido por um restaurante (ver figura 27), onde o acesso a esse nível pode acontecer através de duas formas, mediante ao core centralizado ou através do acesso secundário disposto no mezanino. Assim, o terceiro nível dispõe de uma área de alimentação com restaurante, bar, terraços, banheiros e áreas para serviço. Figura 27: Terceiro nível: Restaurante.
Fonte: Rojkind Arquitectos, 2013. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
36
O quarto nível destina-se a uma área de vivência (ver figura 28), composto por duas formas de acesso, o pavimento acomoda bar, terraços, banheiros e depósitos. Figura 28: Quarto nível: Área de vivência.
Fonte: Rojkind Arquitectos 2013. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
O programa de necessidades projetado ao Mercado Roma, não atende aos seguimentos de serviços, tais como, acessos independentes para produtos, funcionários ou carga e descarga.
3.1.5 Movimento Os elementos que caracterizam os efeitos simbólicos e dinâmicos na edificação
são
transmitidos
através
do
layout
(ver
figura
29),
proporcionados por diversos estudos na área de design e compatibilizados com projetos de natureza arquitetônica, o layout demarca e incentiva a circulação espontânea interna dentro do ambiente.
37 Figura 29: Demonstração do layout dentro do Mercado Roma.
Fonte: Rojkind Arquitectos, 2013. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
Com a finalidade de atender as diversas características dos usuários, bem como comportar as atividades gastronômicas e de exposições, os responsáveis técnicos adotaram vários tipos de layouts, são eles, o layout tipo 01, tipo 02, tipo 03 e tipo 04 (ver figura 30). Figura 30: Representação do layout tipo 01, 02,03 e 04. Layout tipo: 01
Layout tipo: 03
Fonte: Rojkind Arquitectos, 2013.
Layout tipo: 02
Layout tipo: 04
Layout tipo: 05
38
Os designs diferenciados redigidos ao layout incluem diversos tipos, tamanhos, formas e alturas, fazendo alusão a um cenário contemporâneo e acessível.
3.1.6 Estrutura A arquitetura inerente à estrutura condiciona e coordena a locação dos pilares em planta baixa de forma regular, assimilando a uma estrutura modular (ver figura 31). Figura 31: Disposição acerca do modo de locação dos pilares. Planta do pavimento térreo
Planta do pavimento do térreo com locação dos pilares
Fonte: Rojkind Arquitectos, 2013.
3.1.7
Comentário
Diante da referência projetual do Mercado Roma, os principais exemplares projetuais a serem reeditados a proposta do Anteprojeto Arquitetônico de um Mercado Público inserido no Município de São BentoPB, dispõe da diversidade implantada a categoria de mobiliário e layout, a inserção de espaços de degustação para atividades alimentícias e a coordenação da estrutura modular.
39
3.2 Mercado Público de Foz de Iguaçu Arquitetos: 3C Arquitetura e Urbanismo Equipe auxiliar: Aline Taís Comiran, Pawel Pruszkowski, Cassiana Salvati Pizzatto e Miguel Hache. Localização: Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil. Área construída: 7350.00 m² Ano do projeto: 2011-2012 Modalidade: Comercial
3.2.1 Genius loci O mercado público analisado está inserido no cenário Brasileiro, no estado do Paraná, no município de Foz do Iguaçu (ver figura 32). Figura 32: Localização da cidade de Foz do Iguaçu no território brasileiro Mapa do Brasil
Mapa do estado do Paraná
Fonte: Disponível em: < http://www.mapasparacolorir.com.br/mapa-estado-parana.php >. Acesso em 26 de abril 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
O presente correlato compreende um projeto de intervenção, nesse sentido, a área para a implantação da proposta está situada em lote com uma edificação pré-existente, localizada no bairro de Villa Portes, entre as ruas Monteiro Lobato, José Alencar, Portinari e Di Cavalcante (ver figura 33).
40 Figura 33: Implantação do lote no entorno
Fonte: Google Earth, acesso em 26 de abril 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
A topografia presente no lote dispõe de uma delineação irregular, onde, o nível 01 dispõe da área reservada para estacionamento e o nível 02 para a implantação da edificação, em que estão amparados e adaptados por rampas e escadas para atender os dois níveis presentes no lote (ver figura 34). Figura 34: Subdivisão dos dois níveis do terreno
Fonte: 3C Arquitetura e Urbanismo 2011-2012. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
41
3.2.2 Cultura O Mercado Público de Foz do Iguaçu introduz ao anteprojeto o universo cultural do povo guarani, em que são cogitadas diversas propriedades presentes nesse contexto, como a música, arte e artesanato. Assim, são reeditados materialmente e simbolicamente a plataforma conceitual do mercado público, na qual são encenadas no mercado algumas obras complacentes a esse estilo (ver figura 35). Figura 35: Representação da temática guarani no mercado Perspectiva do Mercado Público de Foz do Iguaçu
Obra de Miguel Hachen
Fonte: 3C Arquitetura e Urbanismo 2011-2012. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
3.2.3
Significado do uso
A configuração do programa de necessidades está zoneada, conforme o modo e a execução das atividades a serem desenvolvidas (clientes, funcionários, manutenção e veículos). Instalados em dois níveis, o anteprojeto de readaptação enquadra ao plano de trabalho, espaços para comportar e atender o roteiro presente de um mercado, como também, adiciona novas atividades, entre elas a inclusão de espaços de exibição. O nível 2 do terreno comporta o térreo da edificação (ver figura 36), em que o acesso a esse seguimento pode variar conforme as atividades. Nesse sentido, o acesso ao público pode acontecer através de três formas, mediante as fachadas norte e sul ou transversalmente via veículos na fachada leste, o acesso para funcionários está disposto na fachada oeste, e os de produtos e manutenção dispõe das fachadas norte e oeste, em que o setor de serviço está resguardados por guarita e doca.
42 Figura 36: Representação dos acessos na planta do pavimento do térreo.
Fonte: 3C Arquitetura e Urbanismo 2011-2012. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
A organização espacial acolhe diversos ambientes (ver figura 37), entre eles, espaços gourmet, próximos a ele, encontram-se áreas de vivência externa e as lojas são distribuídas nas fachadas principais com variação de tamanho e forma. Para favorecer manutenção e a comercialização de carnes e peixes os boxes foram implantados em áreas próximas as de serviço, com entradas independentes para a manutenção. As áreas centralizadas comportam a exposição de produtos hortifrutigranjeiros. Além do mais, o mercado também dispõe de duas baterias de banheiros, distribuídos em lados opostos dentro da edificação. As áreas técnicas e de serviços foram locadas na fachada oeste, onde são menos favorecidos do ponto de vista
43
de conforto e ventilação, e por fim, o estacionamento onde foi implantado no nível 1 do lote. Figura 37: Representação da configuração planta do pavimento do térreo.
Fonte: 3C Arquitetura e Urbanismo 2011-2012. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
A edificação dispõe de circulações verticais e horizontais, onde a horizontal dá acesso a todos os ambientes sociais ou serviços e a circulação vertical estão divididos em quatro para o público e um para serviço. O segundo nível da edificação compreende o mezanino (ver figura 38), onde o mesmo compartilha de uma visão parcial do térreo. Compostos por diferentes usos, o nível hospeda lojas, lotérica, academia, farmácia, revistaria e salão de beleza. Centralizadas entre as áreas de contemplação externa e de serviço, encontram-se os espaços gourmet. Para a importação
44
do conceito da cultura guarani, são adicionados espaços de exposição, próximos a ele, e são implantadas salas multifuncionais e as baterias de banheiros que partilham da mesma locação do primeiro nível, favorecendo os preceitos de instalações prediais. Para dar auxílio a esse pavimento foi coordenado sala de som e administração. Figura 38: Representação da configuração planta do segundo pavimento.
Fonte: 3C Arquitetura e Urbanismo 2011-2012. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
3.2.4 Plástica A volumetria do Mercado Público de Foz do Iguaçu assemelha a um bloco retangular sobreposto por uma cobertura desvinculada a camada
45
superior, em que proporciona um ar de leveza ao anteprojeto, bem como, favorece as condições de conforto e iluminação. Figura 39: Volumetria do Mercado Público de Foz do Iguaçu. Perspectiva externa
Destaque da cobertura no cenário interno
Fonte: 3C Arquitetura e Urbanismo, 2011-2012.
Para a valorização da volumetria, foram adotados alguns elementos estéticos, são eles, pérgolas, imagens de obra de arte da cultura guarani, dentre outros (ver figura 40). Figura 40: Perspectiva do Mercado Público de Foz do Iguaçu com ênfase nos elementos estéticos.
Fonte: 3C Arquitetura e Urbanismo 2011-2012.
46
3.2.6 Comentários De acordo com análise do anteprojeto do Mercado Público de Foz do Iguaçu, se faz fundamental a releitura de três diretrizes projetuais, são elas, o modo de organização do zoneamento, no qual foi zoneado segundo o conforto ambiental das áreas e grau de inter-relação, os preceitos de acessibilidade e as técnicas construtivas adotadas a volumetria.
4. ESTUDO DE CASO DO MERCADO PÚBLICO DE CABEDELO-PB Arquitetos: Paulo Peregrino, Janine Holmes e Tones Marques Localização: Cabedelo, Paraíba, Brasil Área construída: 6,862,37 m² Ano do projeto: 2007 Modalidade: Comercial Figura 41: Perspectiva do Mercado Público de Cabedelo-PB
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
As fotos para o estudo de caso a ser apresentado foram tiradas no dia 5 maio de 2017, o mercado público está localizado no Brasil, no estado da Paraíba, no munícipio de Cabedelo (ver figura 42).
47 Figura 42: Localização do município de Cabedelo no território do Brasil. Mapa do Brasil
Mapa do estado da Paraíba
Fonte: Disponível em: < http://www.mapasparacolorir.com.br/mapa-estado-paraiba.php >. Acesso em 05 de maio 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
Localizado no centro da cidade de Cabedelo, entre as ruas Elizabete Galvão, Dr. João Mata, Aderbal Pirangibe e Heitor Gusman (ver figura 43). Figura 43: Implantação do Mercado Público de Cabedelo-PB.
Fonte: Google Earth, acesso em 06 de maio 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
48
O mercado está instalado em uma superfície plana e assentado de forma fragmentada entre os lotes, em que adota uma forma que assimila a um ‘’L‘’, resultado de uma configuração do entorno (ver figura 44). Figura 44: Volumetria do Mercado Público de Cabedelo-PB.
Fonte: Paulo Peregrino, Janine Holmes e Tones Marques,
2007.
O Mercado Público de Cabedelo-PB, compreende um projeto de revitalização, onde está anexado a antiga edificação de valor histórico do Mercado Público de Francisco Figueiredo de Lima (ver figura 45). Figura 45: Perspectiva do anexo e da edificação de valor histórico.
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
49
De acordo com as definições apresentadas na Carta de Veneza (1964) 8 , na qual, declara a reponsabilidade em preservar e manter a identidade histórica e cultural para as futuras descendências, sem danificar os valores e históricos ou estéticos. Assim, a Carta de Veneza (1964) 9 exemplifica preceitos a serem seguidos e reordenados conforme o contexto de cada lugar. No estudo de caso a proposta integra o patrimônio referente Mercado Público de Francisco Figueiredo de Lima, bem como a adição de um espaço para comportar e sediar os novos usos, a proposta dispõe de tons claros. Entretanto, não há manutenção regular para conservação do patrimônio histórico, bem como do anexo. O acesso ao pavimento térreo está organizado de acordo com o zoneamento proposto (ver figura 46), assim, o acesso ao público no primeiro bloco do lado esquerdo, acontece nas fachadas norte, sul e oeste, no segundo bloco do lado direito o permeio acontece nas fachadas sul e leste,
para
tanto, a
proposta da
edificação
prevê
vagas
para
estacionamentos públicos em quase todas as fachadas, no entanto, a proposta para o estacionamento na área demarcada não foi implantada, por fim o acesso de funcionário e manutenção ocorrem na fachada norte.
8
Fonte: Disponível em :<http://portal. iphan.gov.br/uploads/ ckfinder/arquivos/Carta% 20de%20Veneza% 201964.pdf>. Acesso em 06 de maio de 2017. 9 Fonte: Disponível em :<http://portal. iphan.gov.br/uploads/ ckfinder/arquivos/Carta% 20de%20Veneza% 201964.pdf>. Acesso em 06 de maio de 2017.
50
Figura 46: Planta do pavimento térreo do Mercado Público de Cabedelo-PB com distribuição de fluxos.
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de Cabedelo-PB. Acesso em 07 maio de 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
O mercado está organizado em dois pavimentos, assim, a composição formal adotada no primeiro nível, compreende, o setor comercial, onde as lojas estão organizadas de forma linear, centralizado encontra-se o Procon e o posto policial. Para dar apoio ao público foram adicionadas três baterias de banheiros, duas próximas às lojas e uma próxima ao setor de serviço. Para tentar atender a circulação vertical foi adotado uma escada em cada bloco e uma rampa no bloco do lado esquerdo. Na área externa a proposta arquitetônica sugere a implantação de estacionamentos públicos e de quiosques, no entanto, o espaço externo reservado aos quiosques, agenciamento com pisos diferenciados e arborização, não foi instaurado (ver figura 47).
51
Figura 47: Planta do pavimento térreo do Mercado Público de Cabedelo-PB.
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de Cabedelo-PB. Acesso em 07 maio de 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
A proposta para o segundo nível dispõe de espaços para praça de alimentação, lojas, posto de atendimento, baterias de banheiros sobrepostos nas mesmas áreas do pavimento térreo. Assim como, o
52
mesmo prevê a ocupação para o segundo nível da edificação de valor histórico, entretanto, não foi executado (ver figura 48). Figura 48: Planta do segundo pavimento.
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de Cabedelo-PB. Acesso em 07 maio de 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
A representação volumétrica do Mercado Público de Cabedelo - PB, corresponde, a intercepção perpendicular entre dois blocos, divididos em dois níveis. Para tanto, o destaque peculiar à plástica na edificação, revelase na cobertura (ver figura 49), com uma conformação fluída, favorecendo a circulação cruzada, a proteção e o conforto ambiental.
53 Figura 49: Fachada do Mercado Público de Cabedelo - PB.
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
4.1 Comentários A proposta arquitetônica desenvolvida para o Mercado Público de Cabedelo-PB, sugere um anexo a antiga obra de valor histórico, em que compartilhe do mesmo uso, no entanto, a obra não foi executada conforme o projeto arquitetônico, bem como, não atende à demanda necessária aos comerciantes e usuários.
5. DIRETRIZES PROJETUAIS Para o desenvolvimento da proposta Arquitetônica de um Mercado Público inserido no Município de São Bento-PB, serão adotadas algumas diretrizes
projetuais
determinadas
através
de
fontes
de
revisão
bibliográficas, análise projetual, estudo de caso e legislações pertinentes ao tema, no qual, estão sistematizados nos seguintes tópicos, harmonização com o contexto urbano, acessibilidade e conforto ambiental.
Harmonização com o contexto urbano: •
Elementos que dinamizem a cultura local;
•
Espaços para venda e degustação da gastronomia regional;
•
Áreas externas que favorecem o percurso do pedestre;
•
Espaços que promovam a interligação com o entorno.
54
Acessibilidade: •
Ergonomia na arquitetura;
•
Espaços multifuncionais e flexíveis;
•
Diversidades de mobiliários;
•
Mobilidade acessível vertical e horizontal:
•
Sinalização tátil visual;
•
Escadas com dutos de ventilação;
•
Rotas acessíveis em caso de saída de emergência.
Conforto Ambiental: •
Eficiência energética na edificação;
•
Conforto térmico (ventilação cruzada);
•
Conforto acústico;
•
Conforto luminotécnico;
•
Técnicas construtivas para a região do Nordeste;
•
Inserção de elementos que favorecem o microclima (áreas verdes e arborização).
6. ÁREA DE INTERVENÇÃO 6.1
Localização
A área para proposta do desenvolvimento do Anteprojeto Arquitetônico de um Mercado Público será inserido no estado da Paraíba no município de São Bento (ver figura 50).
55 Figura 50: Localização da área de intervenção no município de São Bento-PB. Mapa do Brasil
Município de São Bento-PB
Mapa do estado da Paraíba
Lote para área de intervenção
Fonte: Disponível em: < http://www.mapasparacolorir.com.br/mapa-estado-paraiba.php >. Google Earth, Acesso em 18 de março 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
O município de São Bento-PB foi escolhido por caracterizar um cenário em que há necessidade de uma infraestrutura para sediar a comercialização da feira livre de produtos alimentícios, onde ocupa de forma irregular as ruas no centro do município, comprometendo o fluxo, a insalubridade entre outras questões (ver figura 51).
56 Figura 51: Mapa do centro de São Bento-PB com ampliação na área da feira livre Mapa do centro
Mapa de ampliação na área da feira livre
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de São Bento-PMSB. Acesso em 15 de agosto 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
57 Figura 52: 1° Ângulo feira livre de produtos hortifrúti no município de São Bento-PB
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Figura 53: 2° Ângulo feira livre de produtos hortifrúti no município de São Bento-PB
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Para tanto, o bairro do centro não apresenta lotes disponíveis para abrigar uma infraestrutura em que atenda a demanda existente, sendo assim, será proposto no bairro Dão Silveira.
6.2 Configuração do lote e do entorno O bairro Dão Silveira (ver figura 54) está localizado em uma área próxima ao centro do município, onde, conta com um espaço de comercialização para produtos têxteis, conhecido como Shopping das Redes 10 ,
a edificação foi inaugurada pela Prefeitura Municipal de São Bento
(PMSB) no governo de Jaci Severino de Souza, como aporte arquitetônico a feira livre têxtil que acontecia no bairro do centro. 10
Rede: Utensilio utilizado para dormir ou descansar, feito em tecido de linho ou algodão.
58 Figura 54: Mapa de uso e ocupação do Bairro Dão Silveira
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de São Bento-PMSB. Acesso em 15 de agosto 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
O levantamento do uso e ocupação do solo apresenta unanimidade de usos residências unifamiliares, um uso residencial multifamiliar, comercial, uso misto (residencial mais comercial), institucional como espaço religioso e serviços públicos como escolas, posto médico, Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA) e Shopping das Redes (ver figura 55). Diante das informações citadas foi avaliado que o bairro Dão Silveira
59
abriga um supermercado e duas lanchonetes voltados ao setor comercial alimentício. Figura 55: Mapa de ampliação do lote e do entorno
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de São Bento-PMSB. Acesso em 15 de agosto 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
60 Figura 56: 1° Ângulo do shopping das redes
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Figura 57: 2° Ângulo do empresarial
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Deste modo, a implantação será proposta em uma área onde predomina o público alvo presente do centro, assim como, respeita a diretriz de reurbanização estabelecida no Plano Diretor do Municipal de São BentoPB (2013) 11. O município de São Bento-PB não dispõe de um Código de Urbanismo local, em detrimento disso, será adotado o código de urbanismo do município mais próximo, assim, foi acolhido o do município de Patos-PB.
11
Maiores informações estão disponíveis em: < http:// transparenciaicone.com.br/ saobentopb/ pdf/ 69c89ef9bd7264124caa7bcd4769b425.pdf>. Acesso 15 de setembro 2017.
61
Em face ao Código de Urbanismo de Patos-PB12, o mesmo descreve características a serem respeitadas para uniformidade do espaço urbano, a exemplo o sistema viário, no qual é necessário entender as funções e limitações da vias públicas (ver figura 58), para tanto, podem ser classificadas da seguinte forma:
Via Radial: É a principal rodovia que direciona o fluxo
automobilístico do ponto inicial a saída do município.
Via Coletora: Interliga o fluxo automobilístico da via radial para
conectar outras áreas.
Via Local: É via com menor incidência de fluxo que dá apoio e
acesso as áreas internas do município. Figura 58: Mapa do sistema viário do lote e do entorno
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de São Bento-PMSB. Acesso em 15 de agosto 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
12
Maiores informações estão disponíveis em: < http://sindarqpb.org.br/arq_transparencia/ 01102015101738.pdf>. Acesso em 03 de setembro de 2017.
62
Figura 59: Mapa de pavimentação do lote e do entorno
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de São Bento-PMSB. Acesso em 15 de agosto 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
De acordo com a análise do sistema viário e de pavimentação das vias do município de São Bento-PB, é possível afirmar que a área de configuração do lote e do entorno dispõe de vias pavimentadas, asfaltadas, e sem pavimentação, e que a via coletora Lucente Borges da Silva encontrase sem pavimentação.
63
O gabarito da área está mesclado em um pavimento, dois pavimentos e três pavimentos, com predominância no nível de um pavimento (ver figura 60). Figura 60: Mapa do gabarito do lote e do entorno
Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de São Bento-PMSB. Acesso em 15 de agosto 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
Para tanto, há um crescimento vertical na área, conforme está ilustrado na modelagem do gabarito da área na cor amarela e laranja (ver figuras 61 e 62).
64 Figura 61: Angulo 1° modelagem pertinente ao gabarito do lote e do entorno
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Figura 62: Angulo 2° modelagem pertinente ao gabarito do lote e do entorno
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Conforme a Prefeitura Municipal de São Bento-PMSB (2017), e a secretaria de infraestrutura do município, ambas relatam que não foi elaborado uma legislação ou desenvolvido no estudo preliminar do plano diretor as zonas referentes ao índice limite de gabarito. Portanto, em respeito ao gabarito presente na área de estudo, será adotado no projeto o limite de dois pavimentos.
6.3. Condicionantes climáticas Para a elaboração do zoneamento arquitetônico, se fez necessário à inclusão de estratégicas biocliamáticas, nesse sentido, foi realizado um estudo da carta solar no terreno. Sendo assim, para a racionalização da energia na edificação é essencial o levantamento da incidência solar e da
65
ventilação natural em todos os meses do ano, para responder através de técnicas arquitetônicas de proteção as fachadas com maior concentração de calor, bem como, proporcionar a ventilação cruzada (ver figura 63). Figura 63: Levantamento solar nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril Janeiro
Março
Fevereiro
Abril
Fonte: Disponível em: < https://www.sunearthtools.com/pt/tools/coordinates-latlongsunpath-map.php >. Acesso em 04 de setembro 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
No mês de janeiro, fevereiro e março o sol vai incidir nas fachadas sudeste e sudoeste, do mês de abril a outubro a trajetória será nas faces noroeste e nordeste (ver figura 64).
66 Figura 64: Levantamento solar nos meses de maio a outubro Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Fonte: DisponĂvel em: < https://www.sunearthtools.com/pt/tools/coordinates-latlongsunpath-map.php >. Acesso em 04 de setembro 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
67
O percuso solar no mês de novembro e dezembro dispõe das faces sudeste e sudoeste (ver figura 65). Figura 65: Levantamento solar nos meses de novembro e dezembro. Novembro
Dezembro
Fonte: Disponível em: < https://www.sunearthtools.com/pt/tools/coordinates-latlongsunpath-map.php >. Acesso em 04 de setembro 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
Deste modo, a trajetória solar em sete meses do ano predomina nas faces noroeste e nordeste e cinco meses nas faces sudoeste e sudeste. Para entender a ventilação do local foi aplicada a Rosa dos Ventos, onde foi considerada a latitude geográfica da área para estabelecer as velocidades e frequências de acordo com a direção e as estações do ano (ver figura 66).
68 Figura 66: Rosa dos Ventos Velocidades predominantes
Ventos frequentes
Fonte: Disponível em: < http://www.labeee.ufsc.br/downloads/softwares/analysis-sol-ar>. Acesso em 04 de setembro 2017. Editado por Alana da Silva Soares (2017).
Portanto, se torna promissor a inserção elementos arquitetônicos que minimizem os raios solares nas faces mais afetadas e um zoneamento que promova a racionalização de energia e o conforto ambiental aos usuários.
6.4 Legislação Para elaboração do Anteprojeto Arquitetônico de um Mercado Público localizado no Município de São Bento-PB é necessário o conhecimento na legislação local, sendo assim, foram adotadas as seguintes resoluções: Lei Orgânica do Município de São Bento-PB (2002) e as disposições preliminares do Plano Diretor de São Bento-PB (2013). Em virtude a área municipal não compor de uma legislação especifica a natureza do projeto, será consultado o Código de Urbanismo de Patos-PB (1979).
69
6.4.1 Lei Orgânica Municipal A Lei Orgânica Municipal de São Bento-PB (2002)13, estabelece os seguintes itens:
Preservação do meio ambiente do constituinte e das tradições locais;
Os responsáveis técnicos deverão considerar as necessidades vigentes e propor medidas para tentar solucionar;
Dispor de práticas que sejam acessíveis a todos para promover a integração social;
Nitidez nos processos financeiros;
Elaboração de projetos de planejamento municipal com possiblidade construtiva e econômica;
Considerar as condicionantes locais, bem como conciliar com programas do governo;
Propostas de planejamento municipal integradas com programas sociais.
6.4.2 Plano Diretor O Plano Diretor Municipal de São Bento-PB (2013)14, determina os subsequentes termos:
As propostas arquitetônicas e urbanísticas devem respeitar as zonas de uso e sistema viário preexistente;
Para as zonas de interesse social (ZEIS), como é o caso do bairro Dão Silveira, as propostas de reurbanização deverão considerar ambientes ou espaços que reflitam as características de uso e ocupação solo vigente, assim como, dispor de requisitos como salubridade, flexibilidade e mobilidade ao sistema viário.
13
Maiores informações estão disponíveis em: < http://www.saobento.pb.gov.br/wpcontent/uploads/2016/12/LEI-ORGANICA-DO-MUNICIPIO.pdf>. Acesso em 03 de setembro de 2017. 14 Maiores informações estão disponíveis em: < http://sindarqpb.org.br/arq_transparencia/ 01102015101738.pdf >. Acesso em 03 de setembro de 2017.
70
7.4.3 Código de Urbanismo de Patos-PB O código de urbanismo de Patos-PB (1979)15, define os seguintes itens para mercados:
O lote de implantação do mercado deve ter frente com dimensão mínima de vinte metros e área mínima total construída de seiscentos metros quadrados;
Dispor de um pé-direito mínimo de quatro metros;
Dispor de pisos revestidos em placas cerâmicas ou de natureza parecida, bem como, considerar a quantidade mínima para ralos de escoamentos;
Considerar recuo mínimo de seis metros;
Dispor de áreas para estacionamento;
Estabelecer no mínimo vinte por cento da área interna para a entrada de iluminação e ventilação de maneira a possibilitar a uniformidade na edificação;
Dispor de uma circulação horizontal de no mínimo três metros e para a mobilidade aos transportes considerar no mínimo quatro metros de largura;
Não dispor de uma área menor do que oito metros quadrados e considerar uma dimensão mínima de dois metros e cinquenta centímetros;
Não dispor de altura de parede menor do que dois metros e cinquenta centímetros;
Para as baterias de banheiro serão consideradas as seguintes proporções, o banheiro masculino deve adotar uma bacia sanitária e um chuveiro para cada vinte pessoas e um lavatório e um mictório para cada dez pessoas, o banheiro feminino é proporcional ao masculino, entretanto, é necessário dispor de dois chuveiros no mínimo;
Respeitar a medida mínima de um metro e quarenta para portas, bem como, a cada duzentos metros dispor de uma saída;
15
Maiores informações estão disponíveis em: < http://sindarqpb.org.br/arq_transparencia/ 01102015101738.pdf>. Acesso em 03 de setembro de 2017.
71
Considerar no mínimo duas vagas para o controle de recebimento;
7. PROPOSTA ARQUITETÔNICA
7.1.1 Programa de necessidades e pré-dimensionamento Para a construção do programa de necessidades foram analisadas as diretrizes impostas no referencial teórico, resoluções, legislações, análise de projetos correlatos e estudo de caso (ver tabela 01). Tabela 01: Programa de necessidades
SETOR PÚBLICO Estacionamentos SETOR COMERCIAL Lojas Espaços para produtos hortifrútis Açougue/Peixaria ÁREA DE VIVÊNCIA Espaço para exibição da cultura local Bateria de banheiro feminino e masculino ÁREA GOURMET Praça de alimentação Cafeteria/Serviço Restaurante/Serviço ADMINISTRAÇÃO Recepção Sala de administração Sala de reunião Banheiro feminino PCD Banheiro masculino PCD Área técnica DML ÁREA DE APOIO Inspeção sanitária
72
Limpeza/Triagem/Pesagem Depósito de alimento Área frigorifica CONFORTO DOS FUNCIONARIOS Estar dos funcionários Bateria de banheiro feminino e masculino ÁREA PARA CARGA E DESCARGA Guarita serviço Doca Recebimento INFRAESTRUTURA Central de gás Casa de bomba ÁREA DE LIMPEZA Depósito de lixo seco Depósito de lixo orgânico Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Para a construção do partido arquitetônico é fundamental adotar medidas
de
referências,
sendo
assim,
a
elaboração
do
pré-
dimensionamento será orientada conforme o programa de necessidade estabelecido, bem como o parâmetro para as dimensões dos ambientes e objetos, a quantidade relativa a população fixa e flutuante, a área adotada nos projetos correlatos, estudo de caso e fontes de revisão bibliográficas (ver tabela 02).
73 Tabela 02: Pré-dimensionamento AMBIENTES SETOR PÚBLICO Estacionamento
DESCRIÇÃO
QUANTIDADE
ÁREA
FONTE
Para moto 0,7090x2,0-2,5= 2.07 m² Para carro 2,30x 5,00=. 11,5 m²
A cada 20 pessoas considerar 1 vaga. Nesse sentido, será adotado uma população flutuante de 800 pessoas, totalizando 40 vagas para carro, para moto 20 vagas.
40x11,5m= 460 m² 20x2.07m= 41,4 m²
Neufert (1900) STTRANS
SUBTOTAL SETOR COMERCIAL Lojas Espaços para produtos hortifrútis Açougue/ Peixaria
777,4
_____ Cada box no estudo de caso foi considerado 8,30 m². Cada box no projeto correlato foi considerado 38,3 m².
_____ Mínimo de 119 boxes pela PMSB.
8,30 x 119 = 987,7m²
Minimo de 20 boxes pela PMSB.
38,30x22= 842,60m²
SUBTOTAL ÁREA DE VIVÊNCIA Espaços para exibição da cultura local
1150
Correlato MPFI Estudo de caso / (PMSB) Correlato / (PMSB)
2.980,3
No espaço memoria do correlato, o ambiente ficou divido em duas salas.
Séra considerado 2 áreas abertas
655,00m²
Correlato MPFI
74 Banheiro feminino
Banheiro masculino
PCD feminino
PCD masculino
No correleto foi considerado 8 lavatorios, 8 bacias. No correleto foi considerado 8 lavatorios, 4 bacias e 4 mictorios. Uma bacia sanitaria, barras de apoio e um lavatório de quina . Uma bacia sanitaria, barras de apoio e um lavatório de quina .
21,25x 2= 42,50m ²
Correlato MPFI
21,25x 2= 42,50m ²
Correlato MPFI
Será adotado as dimensões minimas de 1,50x170.
1,50 x 1,70 = 2,55m²
NBR 9050 (2015)
Será adotado as dimensões minimas de 1,50x170.
1,50 x 1,70 = 2,55m²
NBR 9050 (2015)
SUBTOTAL
745,1
ÁREA GOURMET Praça de alimentação Cafeteria
Serviço cafeteria
da
Restaurante
Serviço restaurante
do
____
____
Dipor de um área minima por pessoa de 0,60 - 0,70 m² Considerar 15-25% da área total Considerar 1,48-2,15 por pessoa
01
Adotar de 2550% da área total
253,4m ² 40,00m ²
01
10,00m ²
01
60,00m ²
01
30,00m ²
SUBTOTAL
Estudo de caso Neufert (1900) / Correlato MPFI Neufert (1900) Neufert (1900) / Correlato MPF Neufert (1900)
393,4
ADMINISTRAÇÃO Recepção
As dimensões antorpometricas para comportar uma recepionista e dois usuarios mais as zonas
01
16,00m ²
Paneiro e Zelnik ( 2002)
75 de circulação e cadeiras. ____
Administração Sala de reunião
Com capacidade para 8 pessoas e considerando as dimensões maximas para os usuarios de 0,762 m ², mais zonas de circulação e cadeiras. Uma bacia sanitaria, barras de apoio e um lavatório de quina . Uma bacia sanitaria, barras de apoio e um lavatório de quina .
PCD feminino
PCD masculino
Área técnica ( Som, deposito) SUBTOTAL
01
16,24m ² 20 m²
Estudo de caso Paneiro e Zelnik ( 2002) Correlato MPFI
Será adotado as dimensões minimas de 1,50x170.
1,50 x 1,70 = 2,55m²
NBR 9050 (2015)
Será adotado as dimensões minimas de 1,50x170.
1,50 x 1,70 = 2,55m²
NBR 9050 (2015)
01
80,00m ² 137,34
Correlato MPFI
Estudo de caso / RDC ANVISA 216 (2004) Estudo de caso / RDC ANVISA 216 (2004) Estudo de caso / RDC ANVISA 216 (2004)
01
ÁREA DE APOIO Inspeção sanitária
____
01
18,00 m²
Controle produtos
de
____
01
18,00m ²
Triagem/Pesagem/ Limpeza
____
01
35,15m ²
Depósito alimento Área frigorifica
____
01
37,5m²
No estudo de caso a area frigorifica ficou dividida em 4
02
36 X 02 = 72,00m ²
de
Estudo de caso / RDC
76
Depósito bancas
para
compartiment os ____
01
SUBTOTAL CONFORTO DOS FUNCIONÁRIOS Estar dos funcionários Banheiro feminino
247,85
No correleto foi considerado 8 lavatorios, 8 bacias.
Banheiro masculino
No correleto foi considerado 8 lavatorios, 4 bacias e 4 mictorios.
PCD feminino
Uma bacia sanitaria, barras de apoio e um lavatório de quina . Uma bacia sanitaria, barras de apoio e um lavatório de quina . ____
PCD masculino
DML
01
16,24
Será considerado conforme a legislação 8 lavatorios, 8 bacias, 2 chuveiros e 1 banco de apoio. Será considerado conforme a legislação 4 lavatorios, 4 bacias, 4 mictorios, 2 chuveiros e 1 banco de apoio. Será adotado as dimensões minimas de 1,50x170.
21,25x 2= 42,50m ²
Doca
Estudo de caso Correlato MPFI
21,25x 2= 42,50m ²
Correlato MPFI
1,50 x 1,70 = 2,55m²
NBR 9050 (2015)
Será adotado as dimensões minimas de 1,50x170.
1,50 x 1,70 = 2,55
NBR 9050 (2015)
01
81,5m²
Estudo de caso
SUBTOTAL ÁREA PARA CARGA E DESCARGA Guarita
67,2m²
ANVISA 216 (2004) Estudo de caso/ Correlato MPFI
187,84
____
01
Um caminhão mede 8,35x 2,48
Será adotado espaço para 2 vagas mais zonas de circulação.
10,00m ² 108,00 m²
Neufert (1900) Neufert (1900)
77 SUBTOTAL
128,00
INFRAESTRUTURA Central de gás Casa de bomba / Reservatório
____
____
18m²
CD (cosumo diario), P (população fixa) e q (consumo geral por dia), será adotado para o mercado q=5 litros por m² de área
CD= P x q CD =200x 1.141=228,200l 228,200l x 3= 684,6l
____
Correlato MPFI Carvalho (2014)
RS 40%=273,84 RI 60%=410,76l
SUBTOTAL ÁREA DE LIMPEZA Depósito de lixo seco/ Coleta seletiva Depósito orgânico
de
lixo
____
____
64,6m²
____
____
25,2m²
SUBTOTAL TOTAL
Correlato / RDC ANVISA 216 (2004) Correlato / RDC ANVISA 216 (2004)
89,8 5705.03
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
7.1.2 Organograma O organograma é uma metodologia gráfica adotada no processo projetual para representar a correlação de funções, sendo assim, foi desenvolvido para a proposta um organograma de acordo com programa de necessidades citado, em que será disposto a inter-relação dos setores sociais e de serviços, bem como, os respectivos acessos e fluxos predominante em cada zona de circulação (ver figura 67).
78 Figura 67: Organograma de setores
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Para articular o organograma de forma mais detalhada, foi analisado de forma individual cada ambiente da setorização e a zonas de interesse comum, assim, o planejamento dos setores comerciais e de serviços foram coordenados de maneira a evitar o cruzamento das circulações horizontais e verticais, bem como, a valorização da correlação existente entre os ambientes (ver figura 68).
79 Figura 68: Organograma do pavimento térreo
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Para tanto, o organograma foi divido em dois níveis, onde o primeiro dispõe do setor comercial, área de limpeza, área de apoio, área para carga, descarga e conforto dos funcionários e o segundo nível em área gourmet, administração e áreas de exibição (ver figura 69).
80 Figura 69: Organograma do primeiro pavimento
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
7.2 Conceito O conceito idealizado para proposta envolve o objetivo inicial da figura de mercado, em promover o contato, a civilidade e a inclusão social, através de um espaço flexível e acessível. 7.2.1 Partido Arquitetônico A definição do partido arquitetônico para o mercado público considerou a união de diversos fatores, são eles, área de estudo, o lote, o gabarito, o sistema viário, mapa de pavimentação, condicionantes climáticas, técnicas construtivas, programa de necessidades, legislação e flexibilidade. Desta forma, foi desenvolvido um estudo volumétrico com
81
elementos que favoreçam uma arquitetura bioclimática, ou seja, uma ventilação cruzada, iluminação natural e a proteção contra a incidência direta de raios solares. Sendo assim, foi proposto a utlização de cobogó, marquise e uma estrutura como uma coberta sacando para facilitar a saida de calor na edificação (ver figura 70). Figura 70: Estudo volumétrico do mercado público para construção do partido arquitetônico
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
7.2.2 Implantação A implantação foi resultado do zoneamento dos ambientes, onde foi distribuído, considerando a melhor possibilidade de conforto ambiental, deste modo, o acesso para o público dispõe das fachadas noroeste e sudeste, o acesso de manutenção como carga e descarga, assim como, dos funcionários dispõem da fachada sudoeste (ver figura 71).
82 Figura 71: Implantação e acessos a edificação
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
7.2.3 Zoneamento A organização do zoneamento foi sistematizada conforme as condicionantes climáticas e a análise do organograma, na qual, ilustra a inter-relação dos ambientes e a demarcação dos fluxos sociais e de serviços. Assim, as áreas sociais como as lojas e os espaços destinados a vendas de hortifrútis ficaram estrategicamente centralizados próximos as entradas principais, bem como, dispondo da fachada sudeste, a área adotada para o açougue ordena de um espaço, em que a ventilação predominante elimina os odores do ambiente para fora da edificação, a bateria de banheiro social dispõe da fachada noroeste, sendo composta por wc feminino, masculino, PCD, fraldário e ambulatório, as áreas técnicas planeiam a fachada sudoeste com entradas específicas as necessidades. Para atender a circulação vertical foi necessário separar o fluxo social e de
83
serviço, desta forma, foi adotado duas escadas e dois elevadores sociais. Para comportar o setor de serviço foi fundamental adicionar dois cores, um para funcionário, outro para carga de distribuição do primeiro pavimento e de forma separada com antecâmara um elevador de descarga. Por conseguinte, a área externa é favorecida com agenciamento que planeia uma paginação de piso diferenciado com formas e cores, bem como, espaços de contemplação, estacionamento, equipamentos de ginástica, playground, arborização e espelhos de água para valorizar o microclima (ver figura 72). Figura 72: Zoneamento da planta do pavimento térreo
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
84
O primeiro pavimento é composto por uma praça de alimentação, onde atende a um restaurante e a dois cafés, dois espaços destinados a exposição da cultura local, sala de som, área de administração com salas e banheiros PCD, DMl serviço e DML geral, bateria de banheiros da mesma composição do térreo, onde está sobreposta na mesma área de implantação, favorecendo as instalações hidrossanitárias. Para assessorar as atividades de preservação e proteção a edificação foi implementado sala de monitoramento, CIPA e ANVISA (ver figura 73). Figura 73: Zoneamento da planta do primeiro pavimento
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
85
7.2.4 Fluxo O fluxo do pavimento térreo está organizado de forma linear, onde o fluxo social pode circular na maior parte da edificação, já o fluxo de serviço predomina nas áreas técnicas, vestiários, conforto de funcionário, carga e descarga, concentrando nas áreas de serviço, bem como, minimizando o cruzamento do fluxo social e de serviço (ver figura 74). Figura 74: Sistematização do fluxo na planta do pavimento térreo
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
O fluxo social do primeiro pavimento está demarcado com uma paginação de piso diferenciado na praça de alimentação e nas áreas de exposição, as demais zonas de circulação social direcionam para sala de monitoramento, ANVISA, CIPA, e a bateria de banheiros. Para tanto, o fluxo
86
de serviço coordena as áreas de administração, DML serviço e geral, sala de som, restaurante e antecâmara para descarga (ver figura 75). Figura 75: Sistematização do fluxo na planta do primeiro pavimento
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Desta maneira, a proposta conduz a circulação nas respectivas áreas de atuação evitando o cruzamento inadequado, assim como, atendendo a legislação pertinente ao mercado de considerar três metros de circulação horizontal para o público e no mínimo um metro e cinquenta na circulação interna de serviços conforme determina a NBR 9050 (2015).
87
7.2.5 Acessibilidade Para proporcionar uma edificação, na qual concedesse a inclusão social foram analisadas as normas NBR 9050 (2015) e NBR 16537 (2016), em que expõe os requisitos mínimos para tal procedimento, desta maneira, o projeto fornece estacionamentos com vagas e faixas de transição para pessoas com mobilidade reduzida, rampas com inclinação máxima de 8,33%, mapas táteis para facilitar o percurso, banheiros com dimensões mínimas, corrimãos conforme as especificações, portas com altura e acabamentos resistentes a impacto, dentre outras exigências (ver figura 76). Figura 76: Pontos de acessibilidade no mercado público
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
88
7.2.6 Plástica do Mercado Público de São Bento-PB A plástica correspondente a proposta dispõe de um bloco retangular com subtração nas fachadas Noroeste e Sudeste, bem como, dispõe de recortes para a inclusão de vedações nas fachadas Sudoeste e Nordeste, e uma sobreposição através de cobertura retilínea com um design que proporciona a entrada de iluminação natural (ver figura 77 e 78). Figura 77: Perspectiva Sudeste do Mercado Público de São Bento-PB
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017). Figura 78: Perspectiva Noroeste do Mercado Público de São Bento-PB
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
89
A utilização de elementos vazados (cobogó), proporcionou a edificação um jogo de subtração e adição as fachadas, bem como, favoreceram as questões de conforto ambiental (ver figura 79 e 80). Figura 79: Fachada Sudeste
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Figura 80: Perspectiva da fachada Sudeste
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Para proporcionar a edificação questões como o contato, a sociabilidade e harmonização foi proposto um ambiente amplo e flexível, assim como, um agenciamento que possibilitasse fluidez e diálogo com o entorno (ver figura 81 e 82).
90 Figura 81: Vista do agenciamento com jogo de paginação de piso e cores
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Figura 82: Perspectiva Nordeste do Mercado Público de São Bento-PB
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
Para valorizar o microclima e o conforto nas áreas externas foram adotados elementos como vegetação e espelho d’ água. Para amparar as áreas de estacionamentos e mobiliários urbanos foi adicionada arborização de tipos diferenciados (ver figura 83).
91 Figura 83: Agenciamento com valorização de arborização
Fonte: Acervo pessoal de Alana da Silva Soares (2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com as pesquisas, estudos e análises desenvolvidas, conclui-se que a proposta do anteprojeto Arquitetônico de um Mercado Público para o Município de São Bento –PB, tem vitalidade e se implantado favorecerá a sociabilidade, o conforto, o bem-estar, lazer, qualidade de vida e cultura da área.
92
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APÃ&#x160;NDICES
100
Pré-dimensionamento dos pilares As: Área da seção transversal Nd: Força aplicada ao centro da peça; Fyd: Capacidade de resistência do aço; Fyk: Variação do perfil laminado do aço, no qual pode ser considerando de 25 kn/cm² a 34,5 kn/cm²; Nk: Força estimada no pilar; 8 a 10 Kn/m²: Carga vertical adotada para pilares em aço; Y= Coeficientes para o cálculo da área de influência dos pilares; Para pilares internos:1.8 Para pilares de borda: 2.2 Para pilares de extremidade: 2.8 P: Taxa da armadura, em que pode variar de 1 a 3%.
P1. As= Nd/ Fyd As=3.435,52/21.75= 157.95 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (97.60m² x 8 kn/m²) x 2 Nk=780.8x2=1.561.6 Nd= y x Nk Nd=2.2 x 1.561.6= 3.435,52
P2. As= Nd/ Fyd As= 5.496,832/21.75= 252.7 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (156,16 m² x 8) x 2 Nk= 1.249,28 x 2= 2.498,56
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Nd= y x Nk Nd=2.2 x 2.498,56= 5.496,832
P3. As= Nd/ Fyd As= 3.041,28/21.75= 139,82 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (86,4 m²x8 kn/m²) x 2 Nk= 691,2 x 2=1.382,4 Nd= y x Nk Nd= 2,2 x1.382,4=3.041,28
P4. = P3 P5. = P3
P6. As= Nd/ Fyd As= 4.055,04/21.75 =186,43 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (115,20 m² x 8 Kn/m²) x 2 Nk= 921,6 x 2= 1.843,2 Nd= y x Nk Nd= 2,2 x 1.843,2= 4.055,04
P7. As= Nd/ Fyd As=2.344,32/21.75=107,8 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75
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Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (66,6 m² x 8) x 2 Nk=532,8 x 2 = 1.065,6 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 1.065,6= 2.344,32
P8.= P7
P9. As= Nd/ Fyd As= 1.219,68/21.75= 56,07 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (34.65 m² x 8 kn/m²) x 2 Nk= 277, 2 x 2= 554,40 Nd= y x Nk Nd = 2.2 x 554,40= 1.219,68
P10. As= Nd/ Fyd As=2.417,81/ 21.75= 111,16 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (68,68 m²x 8 kn/m²) x 2 Nk= 549.50 x 2= 1.099,008 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 1.099,008= 2.417,81
P11. = P7
P12. = P7
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P13. As= Nd/ Fyd As= 3.225,6/21.75=150 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (72m² x 8 Knm²) x 2 Nk= 576 x 2= 1.152 Nd= y x Nk Nd= 2.8 x 1.152= 3.225,6
P14. As= Nd/ Fyd As= 5.969,92/21.75= 274,9 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (169,6 m² x 8 kn/ m²) x 2 Nk= 1.356,8 x 2= 2.713,6 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 2.713,6=5.969,92
P15. As= Nd/ Fyd As=7.815,68/21.75= 359,31 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (271,36 m² x 8 kn/m²) x 2 Nk= 2.170,88 x 2 = 4.341,76 Nd= y x Nk Nd= 1.8 x 4.341,76 = 7.815,68
104
P16. As= Nd/ Fyd As=5.102,59/21.75 = 234,60 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (144,96m² x 8 Kn/m²) x 2 Nk=1.156,68 x 2 = 2.319,36 Nd= y x Nk Nd= 2.2 X 2.319,36= 5.102,59
P17. As= Nd/ Fyd As=3.041,28/ 21.75 = 139,8 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk=( 86,40 m² x 8) x 2 Nk=691,2 x 2= 1.382,4 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 1.382,4= 3.041,28
P18. = P17.
P19. As= Nd/ Fyd As=3.941,62/21.75=181,22 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (111,978 m² x 8 Kn/ m²) x 2 Nk= 895,824 x 2= 1.791,648 Nd= y x Nk
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Nd= 2.2 x 1.791,648= 3.941,62 P20. As= Nd/ Fyd As= 3.200,10/21.75=147,15 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (90.912 x 8 kn/m²) x 2 Nk=727.296 x 2= 1.454,592 Nd= y x Nk Nd = 2.2 x 1.454,592=3.200,10
P21. As= Nd/ Fyd As= 4.787,2/21.75=220 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (136m² x 8 kn/m²) x Pav. Nk= 1.088 x 2 = 2.176 Nd= y x Nk Nd=2.2 x 2.176= 4.787,2
P22. As= Nd/ Fyd As=4.787,2/21.75= 220 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (217.72m² x 8 kn/m²) x 2 Nk=1.088 x 2 =2.176 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 2.176= 4.787,2
106
P23. As= Nd/ Fyd As=3.683,32/21.75=169,34 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (104,64 m² x 8 kn/m²) x 2 Nk= 837,12 x 2= 1.674,24 Nd= y x Nk Nd=2.2 x 1.674,24=3.683,32
P24. As= Nd/ Fyd As=1.622,016/21.75= 74,60 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (46m² x 8 kn/m²) x2 Nk= 368,64 x 2 = 737,28 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 737,28= 1.622,016
P25. = P24.
P26. As= Nd/ Fyd As= 2.749,92/21.75= 126,43 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk =(78,12m² x 8 kn/m²)x2 Nk=624,96 x 2= 1.249,92 Nd= y x Nk
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Nd= 2.2 x 1.249,92= 2.749,92 P27. As= Nd/ Fyd As=2.493,568/ 21.75=114,64 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk=(70.84m² x 8 kn/m²) x2 Nk= 566,7 x 2 = 1.133,44 Nd= y x Nk Nd=2.2 x 1.133,44= 2.493,568
P28. As= Nd/ Fyd As=1.941,096/21.75=89,24 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (55,15m² x 8 kn/m²) x 2 Nk=441.1584 x 2= 882,31 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 882,31=1.941,096
P29. As= Nd/ Fyd As= 946,176/21.75= 43.50 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (26,80 m² x 8 Kn/ m²) x 2 Nk = 215.04 x 2 = 430.08 Nd= y x Nk Nd=2.2 x 430.08= 946,176
108
P30. As= Nd/ Fyd As= 2.252,8/21.75= 103,57 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (64m² x 8Kn/m²) x 2 Nk=512 x 2= 1.024 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 1.024= 2.252,8
P31. As= Nd/ Fyd As= 3.604,48/21.75 = 165,72 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (102,4 m² x 8 kn/m²) x 2 Nk= 819,2 x 2= 1.638,4 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 1.638,4= 3.604,48
P32. As= Nd/ Fyd As=1.622,016/ 21.75=74,57 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk=(46,08 m² x 8 kn/ m²) x 2 Nk =368,64 x 2= 737,28 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 737,28= 1.622,016
109
P33. = P32. P34. = P32.
P35. = P32.
P36. As= Nd/ Fyd As=2.703,36/ 21.75=124,30 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (76,8 m² x 8 Kn/m²) x 2 Nk 614,4 x 2 = 1.228,8 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 1.228,8 = 2.703,36
P37. As= Nd/ As As=1.953,17/21.75= 89,80 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75 Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk= (55.48m² x 8 kn/m²) x 2 Nk= 443.904 x 2 =887.808 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 887.808=1.953,17
P38. = P37.
P39. As= Nd/ As As= 1.351,68/21.75= 62,14 Fyd= Fyk/p Fyd= 25 kn/cm²/1.15= 21.75
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Nk= (Área m² x Carga Kn/m²) x Pav. Nk=(38,4 m²x 8 kn/m²) x 2 Nk =307,2 x 2= 614,4 Nd= y x Nk Nd= 2.2 x 614,4=1.351,68
P39=P40
Após pré-dimensionar os pilares com o material escolhido (Aço), com a ajuda do professor Marcelo Pellegrini Tasmo, foi encontrado o valor da área da seção transversal de todos os pilares, entretanto, será considerado o valor da maior área, ou seja, o pilar de número 15 dispõe de uma área de 359,31m², desta forma, os pilares irão compor as dimensões de 15 x 30= 450 cm.
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