Alatur Magazine 17

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editorial

Treinar para crescer

O

s mercados de viagens corporativas e eventos voltaram a crescer e estão aquecidos. Isso exige que o gestor seja um profissional cada vez mais qualificado. De acordo com a CEO da empresa norte-americana Play Big Inc. que assina a seção Ponto de Vista dessa edição, Nancy Giordano, os viajantes têm expectativas cada vez maiores. Ela é especializada em avaliar o que o futuro espera dos profissionais de hoje. E para ela, se estivermos atentos, poderemos fornecer soluções que criam satisfação genuína. Mas como se preparar para o futuro? Empresas e colaboradores sabem o grau de exigência profissional. Por isso, e também para reter talentos, as corporações investem alto na qualificação, nos treinamentos. Leia em Viagens Corporativas o que as empresas que trabalham no segmento de viagens estão fazendo para formar equipes melhores e mais capacitadas. Essa mão de obra tem de estar preparada para atender o vaievem de executivos pelo mundo, entre eles os expatriados. Esse é o tema da reportagem da Mercado. Empresas cuidam para uma perfeita adaptação cultural, pessoal e profissional do executivo sem fronteiras, como Richard Klevenhusen. O diretor de desenvolvimento profissional da L’Oréal no Brasil reconheceu a necessidade de criar um centro de capacitação – Instituto L’Oréal Professionel –, hoje com três unidades no eixo Rio-São Paulo. Mesmo a maior empresa de cosméticos do mundo sabe o valor de investir no futuro. Inspirador. Não deixe de ler sobre a viagem do paraquedista Carlos Mello que escolheu Dubai, nos Emirados Árabes, como cenário do seu milésimo salto. E tem muito mais nesta edição. Boa leitura!

Criada em 1991, a Alatur se transformou em um dos maiores grupos do mercado de viagens corporativas do País. Conta com mais de 1.100 colaboradores distribuídos em escritórios localizados nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Joinville e Jaraguá do Sul. Tem uma carteira de clientes com 880 empresas, como Grupo Santander, Camargo Corrêa, Promon, L'Oréal e Bimbo. www.alatur.com A Alatur Magazine é uma publicação do Grupo Alatur, produzida pela Linhas Editora. Publishers: Fernanda Bulhões e Ederaldo Kosa Redação Editora-chefe Sonia Xavier Colaboraram nesta edição Texto: Felipe Mazorca, Jorge Santana, Kátia Simões, Klaus Gambarini, Matias Salse, Pedro Nuin, Roberto Kreitchmann, Tayane Scott e Wesley Souza Fotos: Biofoto Revisão: Valdinei Dias Batista Diagramação Livia Almeida, Luana Santana, Juliana Bessa, Philipe Aquino Projeto Gráfico Ricardo Viveiros Mathias Serviços administrativos Fabiana Steavnv

Expatriados: executivos sem fronteiras que levam para os países onde vão morar muito mais do que experiência. Com eles seguem também a família e a cultura.

Fale com a gente E-mail: revista@linhascomunicacao.com.br Cartas: Rua Diana, 701. São Paulo-SP. CEP: 05019-000. Fax: (11) 3873-5110

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sumário

biofoto

14 mercado As empresas que ajudam na adaptação dos profissionais mandados para trabalhar no exterior 08 Perfil Richard Klevenhusen, diretor de desenvolvimento profissional da L’Oréal no Brasil, fala de seus quase vinte anos na empresa e o prazer de trabalhar com o que gosta. 12 Última Chamada As novidades que movimentaram o setor de viagens corporativas. 22 eventos e incentivos Siga as dicas do diretor da MCI no Brasil, Oscar Cerezales, para fazer um evento de resultados positivos. 24 Internacional Saiba como funciona a HRG no Chile. 28 viagens corporativas Empresas do setor de viagens investem em treinamentos para qualificar seus profissionais.

divulgação

36 lazer Esse é o momento para conhecer o Canadá. País está no roteiro dos brasileiros

34 compras Itens que você precisa ter na mala. 40 embarque O que há para ver e fazer em um dos maiores aeroportos do mundo, o O’Hare, de Chicago. 46 4 horas em Um curto roteiro pela moderna Chicago, nos Estados Unidos. 48 sem mistério A opções para baratear o uso do telefone celular durante as viagens. 54 raridades Os cuidados para programar uma viagem de uma criança. 58 Ponto de vista Nancy Giordano, CEO da da Play Big Inc., fala sobre o que os viajantes querem.

divulgação

42 sonho O milésimo salto de Carlos Mello. Local escolhido para a aventura: o céu de Dubai


perfil

divulgação

“Treinamentos e eventos são o ‘combustível’ da nossa divisão”


O incentivador

de talentos

No mundo dos negócios, competência e prazer são sinônimos. Afinal, o profissional que se destaca tem algo além de qualificação. Ele é feliz com o que faz. Por Sonia Xavier

R

ichard Klevenhusen exibe um sorriso de um canto a outro da boca quando fala em trabalho. Ele acredita que as pessoas deveriam trabalhar com o que amam, assim, “o desempenho, a dedicação e o carinho” trariam melhores resultados. Essa pode ser a receita de sucesso do diretor de desenvolvimento profissional da L’Oréal no Brasil, que há quase duas décadas está na empresa. Mas, sem dúvida, Richard é um profissional sempre atento às necessidades do meio em que atua. Tanto que em 2009 foi até Paris defender a criação do Instituto L’Oréal Professionel em terras brasileiras. Sua ideia foi aceita e hoje existem três unidades em funcionamento, duas no Rio de Janeiro e uma em São Paulo (leia mais no box). Formado em administração de empresas, Richard sabe muito bem o valor de um evento. Segundo ele, na divisão que atende aos salões de beleza, eles são prioritários. “Precisamos regularmente treinar nossos clientes ou fazer grandes apresentações dos nossos lançamentos. Treinamentos e eventos são o combustível da nossa divisão”, explica o diretor de desenvolvimento profissional da marca no Brasil. Essa é a visão do executivo da empresa que é líder mundial no mercado de cosméticos, a L’Oréal.

noveMBRO/dezembro 2011 alatur 09


fotos: acervo pessoal

perfil

Richard, Renata e Duda na Alemanha

Quais foram os principais desafios que você encontrou em seu primeiro ano de trabalho na L’Oréal? Eu comecei a trabalhar na empresa em 1992, como gerente de produtos. Naquela época, o meu maior desafio foi assumir o marketing de Helena Rubinstein. Pois havia apenas seis meses que eu tinha entrado na L’Oréal. Como chegou ao seu cargo atual - diretor de desenvolvimento profissional da empresa? Após anos de trabalho na divisão, tendo sido responsável pelo lançamento das marcas Kerastase, em 1994, e Redken, 1998, conquistei o reconhecimento do mercado e dos clientes. Então, desenvolvi o projeto de franquias do Instituto L’Oréal Professionnel. Foi um caminho natural eu assumir esse cargo. Hoje, como você avalia sua satisfação profissional? Como um profissional deve se

10 alatur noveMBRO/dezembro 2011

planejar para ser feliz com o trabalho? Eu adoro o que faço. Acho que as pessoas devem trabalhar com o que realmente “amam”. Entendo que dessa forma o desempenho, a dedicação e o carinho com o trabalho será melhor e consequentemente trará excelentes resultados. Para você, foi complicado se especializar em um mercado cujo público é formado em sua maioria por mulheres? Quando entrei para trabalhar na L’Oréal, na divisão Helena Rubinstein, em minha primeira semana tive um treinamento nos produtos da marca: maquiagem e tratamento de beleza. Não posso negar que foi um “choque” (risos). Mas quando você começa a conhecer o mercado, o potencial e as pessoas, realmente acaba se envolvendo com o mundo dos cosméticos. E lá se vão 19 anos ...! Aliás, o mercado da beleza é bilionário. No

caso do Brasil, só perde para os Estados Unidos e o Japão. Esse mercado ainda tem espaço para crescer? Em qual direção? Com certeza vamos crescer ainda mais, principalmente se pensarmos na ascensão das classes C e D. Além disso, temos todos os anos novidades a serem lançadas no mercado. Qual a participação da L’Oréal no mercado de beleza brasileiro e no mundial? Não posso divulgar, mas a L’Oréal é líder mundial em cosméticos. E qual a importância da realização de eventos para a L’Oréal – a maior fabricante de cosméticos do mundo? Quais os objetivos da empresa quando promove eventos? Na nossa divisão, que atende os salões de beleza, os eventos são prioritários. Precisamos regularmente promover o treinamento dos nossos clientes ou fazer grandes apresentações dos nossos lançamen-


Richard é o idealizador do Instituto L’Oréal Professionel

INSTITUTO L’ORÉAL PROFESSIONEL A ideia de criar um centro de estudos para capacitar cabeleireiros e manicures partiu de Richard Klevenhusen. Ele queria criar uma escola que formasse profissionais qualificados, assim, em 2009 foi a Paris defender seu projeto. Com todos os argumentos no papel, a proposta foi aceita e a primeira unidade inaugurada em maio de 2010, no Rio de Janeiro. Hoje os planos de ampliação são ambiciosos: ter nos próximos dez anos cem franquias do Instituto espalhadas pelo Brasil. Para fazer o curso, o candidato que deve ter no mínimo 16 anos e já ter concluído o ensino médio, precisa se inscrever no site do Instituto (www.institutolp.com.br) e fazer uma pré-inscrição. Se classificado, ele passa para as outras fases de seleção.

tos. Treinamentos e eventos são o “combustível” da nossa divisão.

“Eu adoro o que faço. Acho que as pessoas devem trabalhar com o que realmente amam”

Eles são feitos em território nacional ou fora do país? Quais os destinos mais utilizados e por quê? Os eventos são feitos prioritariamente no Brasil, mas também organizamos viagens dos nossos clientes para o exterior. Recentemente levamos quase 200 clientes para a Disney. Os dois países com maior destino são França e EUA. Em sua opinião quais os atributos que tornam um evento perfeito? São vários, mas eu destacaria: surpreender e atenção aos detalhes. O que o inspirou para a criação do Instituto L’Oréal? Detectamos que havia uma carência muito grande de mão de obra qualificada em todo o país.

Como é o trabalho do Instituto? Quantas unidades há no Brasil? Esse projeto foi criado no Brasil para o mundo. No momento contamos com duas unidades no Rio de Janeiro, uma no Centro e outra na Tijuca; e uma em São Paulo, no Tatuapé. Temos planos de, nos próximos dez anos, ter outras cem franquias do Instituto espalhadas pelo Brasil. Vamos falar um pouco sobre viagens. Você costuma viajar muito? Aonde vai com maior frequência? Viajo praticamente todos os meses. Quase sempre vou a São Paulo. Para onde viajou nas últimas férias? E o que mais gostou na viagem? Eu fui com minha esposa Renata e minha filha Maria Eduarda (Duda) a França e Alemanha. Foi incrível acompanhar a felicidade da Duda ao descobrir os lugares que visitamos. Isso foi o que mais gostei em toda a viagem.

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Por Wesley Souza

última chamada

Locação em qualquer lugar

Divulgação

Com a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos no Brasil, o crescimento do turismo tem movimentado as empresas. A Localiza, por exemplo, globalizou a origem de reservas de veículos da sua frota, antes limitadas à América Latina. Através do Sabre Travel Network, empresa especializada em soluções para o setor de turismo, as agências de viagens de qualquer parte do mundo podem reservar veículos em uma das 467 agências da Localiza distribuídas pelo Brasil e outros sete países da América do Sul. Mais comodidade impossível.

Interação na viagem

Divulgação

A GOL Linhas Aéreas habilitou um novo serviço de entretenimento móvel durante os voos. Os passageiros que utilizam tablets (Galaxy Tab, Motorola Xoom e Blackberry Playbook) ou smartphones equipados com o sistema Android 2.2, flash 10.1 (ou superiores), terão acesso a conteúdos variados, como notícias, programas de TV, jogos e canais de músicas durante os voos. O sistema foi implantado em 36 aeronaves, oferecendo o serviço em pouco mais que 200 voos diários. E deve aumentar para cerca de 380 até o final do ano.

Pesquisa inédita revela perfil do turista Este ano, na feira ABAV 2011 – Feira das Américas, realizada no Rio de Janeiro, foi divulgada uma pesquisa inédita, revelando o perfil do turista brasileiro. A análise mostrou que a beleza do local é o principal atributo na hora de escolher o destino turístico. O quesito está à frente de itens como hospitalidade, infraestrutura, segurança, compras e vida noturna. O Ibope foi responsável pela coleta de dados e pela tabulação de resultados.

Quem é esse Turista? 48%

19%

51 anos ou mais

22%

41 a 50 anos

24%

18 a 30 anos

Faixa etária

12 alatur novembro/dezembro 2011

47%

34%

31 a 40 anos

classe a

classe b

4%

1%

classe C

classe d / e

classe social



Por Wesley Souza

última chamada

Locação em qualquer lugar

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Com a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos no Brasil, o crescimento do turismo tem movimentado as empresas. A Localiza, por exemplo, globalizou a origem de reservas de veículos da sua frota, antes limitadas à América Latina. Através do Sabre Travel Network, empresa especializada em soluções para o setor de turismo, as agências de viagens de qualquer parte do mundo podem reservar veículos em uma das 467 agências da Localiza distribuídas pelo Brasil e outros sete países da América do Sul. Mais comodidade impossível.

Interação na viagem

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A GOL Linhas Aéreas habilitou um novo serviço de entretenimento móvel durante os voos. Os passageiros que utilizam tablets (Galaxy Tab, Motorola Xoom e Blackberry Playbook) ou smartphones equipados com o sistema Android 2.2, flash 10.1 (ou superiores), terão acesso a conteúdos variados, como notícias, programas de TV, jogos e canais de músicas durante os voos. O sistema foi implantado em 36 aeronaves, oferecendo o serviço em pouco mais que 200 voos diários. E deve aumentar para cerca de 380 até o final do ano.

Pesquisa inédita revela perfil do turista Este ano, na feira ABAV 2011 – Feira das Américas, realizada no Rio de Janeiro, foi divulgada uma pesquisa inédita, revelando o perfil do turista brasileiro. A análise mostrou que a beleza do local é o principal atributo na hora de escolher o destino turístico. O quesito está à frente de itens como hospitalidade, infraestrutura, segurança, compras e vida noturna. O Ibope foi responsável pela coleta de dados e pela tabulação de resultados.

Quem é esse Turista? 48%

19%

51 anos ou mais

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Faixa etária

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classe b

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Promoção à vista

Novidade em Cumbica

O Global Travel Card, cartão pré-pago da American Express para viagens internacionais, está com uma promoção para os brasileiros. De outubro até o final de janeiro de 2012, adquirindo ou recarregando o cartão com 500 dólares americanos ou com o mesmo valor em euros e libras, os clientes concorrem a cinco viagens para Orlando e Miami. Quem indicar os amigos por meio do site (americanexpress.com.br/globaltravel), tem ainda mais vantagens. Cada três indicações válidas garantem um cupom extra. O primeiro sorteio será realizado em 1° de fevereiro de 2012 pela Loteria Federal. O American Express GlobalTravel Card é vendido nas agências dos bancos Bradesco, Itaú e Safra.

A partir do próximo ano, os passageiros que desembarcarem no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (São Paulo), devem receber suas malas em até 12 minutos, em caso de voos domésticos e em 18 minutos nos internacionais. A meta foi definida pelo Comitê de Facilitação de Voos, órgão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e prevê sanções às empresas que descumprirem o prazo. O tempo determinado vale da parada do avião à chegada da bagagem na esteira.

Imunidade garantida Todos os turistas que estiverem com viagens marcadas para o Brasil devem estar em dia com a vacina contra a febre amarela. Obrigatória em outros países, agora a regra passa a valer por aqui. A imunização deve ser feita com dez dias de antecedência. A falta da vacina pode impedir o embarque ou até mesmo levar à deportação do viajante ao chegar ao destino.

divulgação

Resort africano A franquia Meliá Hotels & Resorts inaugurou, em outubro, na ilha de Zanzibar, na Tanzânia, o luxuoso resort Meliá Zanzibar. O hotel cinco estrelas tem uma praia particular de 40 hectares, cem quartos com vista para o mar e totalmente equipados, além de sete vilas com piscinas e jardins privativos. Na área de entretenimento, conta com diversas atrações como a prática de esportes aquáticos. O resort conta ainda com beach club, restaurantes, SPA, sauna e espaço para as crianças. A mesma franquia já está presente no continente africano no Cabo Verde e no Egito.

Inovação em Paris

divulgação

Paris já dispõe de um inovador serviço de aluguel de carros elétricos: o Autolib. A proposta da prefeitura da cidade é retirar de circulação mais de 22 mil veículos convencionais, melhorando o trânsito e diminuindo o impacto sobre meio ambiente. Apesar de ser direcionado para os parisienses, o programa pode ser utilizado pelos turistas. Até dezembro o Autolib será testado e implantado em 75 estações. A locação custa 15 euros por semana e 10, por dia. O Bluecar tem 3,65 metros de comprimento e pode chegar até a 130 quilômetros por hora.


mercado

vidas em

movime


Por Jorge Santana

biofoto

ento

Trabalhar em outro país não é fácil, mas há empresas especializadas em descomplicar o processo


Fotos: Biofoto

mercado

Da esquerda para a direita: Regina Assumpção, Sara Shahidi, Elisabeth Anna Luebke, Ana Carolina Toledo e Karina Jardim

“Aprendemos que entender o outro, o diferente de nós, faz toda a diferença neste processo”

(Ana Carolina Toledo)

16 alatur novembro/dezembro 2011

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m 1998, quando se mudou para o Brasil para ficar ao lado do marido, que havia sido extraditado pela empresa em que trabalhava, a iraniana Sara Shahidi sentiu na pele as dores e as delícias de estar em um país desconhecido. Apesar de ter uma vivência internacional (morou muitos anos na França e nos Estados Unidos), ela não conseguiu evitar o choque cultural tão comum nesse tipo de mudança. “Eu havia acabado de me casar na Argentina, não conhecia o Brasil e não falava uma palavra em português. Tudo era uma grande descoberta”, relembra. Nos últimos anos, muitos estrangeiros têm “descoberto” o Brasil a trabalho ou acompanhando seus cônjuges, como no caso de Sara. Alguns com a família inteira e todos na mesma situação: a de expatriados. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, somente no primeiro semestre deste ano a emissão de vistos de trabalho aumentou 19,4% em comparação a 2010. No total, foram mais de 26 mil contra pouco mais de 22 mil no ano passado. O levantamento deste ano também é 143% maior

do que o de igual período de 2006. Quase 80% dos profissionais estrangeiros têm nível superior e mestrado e a maioria são diretores e presidente de multinacionais. O campeão no envio de trabalhadores para o Brasil são os Estados Unidos, seguido das Filipinas e do Reino Unido. Apesar dos números expressivos, a expatriação de profissionais não é um processo fácil para as empresas. Entre os complicadores, estão os altos custos, como equiparação salarial, passagens aéreas, despesas com viagens, cursos de idiomas e encargos sociais. “A expatriação é um tema complexo que envolve políticas, vistos, bem como aspectos legais, trabalhistas, fiscais e previdenciários, pessoais e familiares do designado, além de fatores interculturais”, explica Antônio Issa, gerente administrativo da OHL Brasil S.A, uma das maiores companhias do setor de concessões rodoviárias do Brasil. Com 60% do seu controle detido pela OHL Concesiones, uma sociedade espanhola, a empresa já recebeu dez profissionais expatriados. Entretanto, a maior dificuldade enfren-


foto: divulgação

tada pelas empresas refere-se à adaptação dos profissionais. “O choque cultural é capaz de derrubar a produtividade e secar a criatividade de muitos executivos experientes”, afirma a consultora Alexa Miranda, proprietária da Vida Bem Organizada, empresa que oferece auxílio especializado a empresas e profissionais nesta situação. “Quando chegam ao Brasil, o executivo expatriado e sua família precisam reestruturar toda sua vida, e a adaptação a um novo país é uma exigência que se soma aos desafios profissionais”, acrescenta. Apesar dessas dificuldades, muitas empresas ainda não avaliam o processo de adaptação como um problema e boa parte delas desconhecem a existência de empresas especializadas no assunto. APOIO MAIS QUE OPORTUNO “Nosso objetivo é que o processo seja benéfico para os dois lados”, resume Karina Jardim, coordenadora de recursos humanos da Delphi Automotive Systems, que há mais de dez anos recebe profissionais expatriados. “Nós cuidamos de tudo: desde o embarque e a

documentação até a escolha do bairro para residir e da escola onde os filhos dele irão estudar”, explica. Ao longo dos anos, mais de sessenta famílias foram atendidas. A empresa oferece também aulas de português e dicas de especificidades da cultura local e, antes do embarque para o Brasil, o expatriado e a família são convidados a conhecer o local onde irão morar. Foram esses cuidados que faltaram a Sara quando ela se mudou para o Brasil há 13 anos. Mas ela não deixou por menos e lutou contra o prejuízo: aprendeu a falar português e buscou conhecer o país e a cultura daqui. “Tive como facilitadores o jeito caloroso de ser dos brasileiros e a possibilidade de negócios que o país oferece”, afirma. Sua experiência rendeu, alguns anos depois, a proposta para ingressar como sócia na Shagal, que desde 2007 ajuda empresas e profissionais expatriados. “Dentro da área intercultural oferecemos treinamento para adaptação de estrangeiros que chegam ao Brasil, para brasileiros que vão trabalhar no exterior e para grupos de pessoas que trabalham ou tem interface

com outras culturas. Desde a criação da empresa, nós atendemos a mais de mil pessoas”, explica Regina Assumpção, fundadora da empresa. Regina explica que os choques culturais também ocorrem dentro do mesmo país e, no caso do Brasil, devido à sua extensão, as diferenças ficam mais evidentes, principalmente em mudanças inter-regionais e entre cidades de porte muito diferente. “Embora o brasileiro seja flexível a adaptações, as diferenças regionais podem impactar o profissional. São particularidades que vão desde variações linguísticas até o modo de se vestir, a relação com o tempo e outras situações triviais que causam embaraços e constrangimentos.” PELO MUNDO “A gente tem um pouco de coração cigano.” É com essa frase que a consultora da Shagal, Ana Carolina Toledo, define as incursões de sua família pelo mundo. Tudo começou em 1996, quando o marido foi expatriado pela primeira vez. Pouco tempo depois, no fim de 1997, mais uma mudança, dessa vez para o Chile. novembro/dezembro 2011 alatur 17


Novas unidades da Alatur

Nessa época, no entanto, o marido foi sozinho, e Ana passou a viver na ponta aérea Brasil-Chile com os filhos. De 1999 a 2004, a família fixou residência na Argentina e, de 2004 a 2007, em Lima, no Peru. Desde 2007, a família está no Brasil. Mas esse período de estabilidade tem data certa para terminar: até dezembro; a família irá retornar para a Argentina – o marido foi novamente transferido. “Toda mudança é difícil porque mexe com uma série de questões pessoais e estruturais. Mas, percebi que, com o passar do tempo, eu, meus filhos e meu marido desenvolvemos uma certa habilidade para nos adaptarmos às mudanças”, afirma. “Aprendemos que entender o outro, o diferente de nós, faz toda a diferença nesse processo”, acrescenta. Esta é também a principal lição aprendida pela alemã Elisabeth Anna Luebke, também consultora da Shagal.

16 alatur novembro/dezembro 2011

Desde 2006 no Brasil, ela afirma que, mais desafiador do que entender é se encontrar nas diferenças culturais. “Tudo no início foi uma grande descoberta e as primeiras semanas foram como férias. Depois vieram a saudade de casa e os choques culturais. Aprendi, por exemplo, que não posso falar com as pessoas da mesma forma que falaria na Alemanha, porque aqui eu posso ser mal interpretada e magoar as pessoas. E que não é possível andar tranquilamente nas ruas, pois há o risco de assaltos”, diz. Apesar dos pontos negativos, ela adotou o Brasil como pátria-mãe e afirma não pensar em voltar tão cedo para a Alemanha. “Aqui é minha casa, meu trabalho, minha história. A empresa alemã para a qual trabalho já sugeriu o meu retorno ainda nesse ano, mas estou pensando seriamente em renegociar a volta”, afirma.

Focado em prover serviços de gestão de mobilidade corporativa o Grupo Alatur está estruturando cinco novas unidades, sendo: Consultoria, Eventos Virtuais, Expense Management, Gestão de Frotas e Gestão de Expatriados.No primeiro trimestre de 2012, esses serviçosdevem estar à disposição dos clientes. As novas unidades foram criadas porque a empresa identificou-as como necessidades dos clientes. “O Grupo está atento às demandas do mercado”, conta Rosana Grilli que, ao lado de Andrea Cachum, é líder da unidade de Expatriados. “Com o produto, o cliente terá mais controle e mais performance na gestão de suas frotas”, diz Mateus Passos, diretor de consultoria e gestão de projetos especiais. “É um serviço diferente e pouco explorado”, acrescenta Jean Carlos Lopes, um dos líderes de Expense Management, juntamente com Regiane Morozetti. Alberto Moane, diretor da Alatur Eventos e Incentivos, explica onascimento de Eventos Virtuais: “Existeuma demanda de empresas que procuram novos meios de conectar pessoas em reuniões não presenciais”, diz ele.

Rosana Grilli, da unidade de Expatriados do Grupo Alatur divulgação

Fotos: Biofoto

Da esquerda para a direita: Juan Carlos Herrero, Luis Manuel Eusébio, Antonio Issa e Eduardo Vigo



eventos e incentivos

DETALHES Atenção aos

Cuidados que se deve ter ao planejar um evento com foco no resultado por sonia xavier

O

biofoto

s números anunciados pelo presidente do MCI Group, Roger Tondeur, durante o 4º Fórum Alatur são animadores: em 2011 o Brasil terá um crescimento de 15% a 20% na realização de reuniões e eventos. “Esse índice representa a força do país diante do desenvolvimento dos BRICs”, destacou Tondeur. Com a crescente necessidade de realização de eventos e a busca de resultados efetivos, como preparar um evento mais próximo possível da perfeição? Não há receita, mas o cuidado com os detalhes é vital para ter bons resultados. O diretor da MCI no Brasil, Oscar Cerezales, recomenda que o gestor comece a elaboração pelo gerenciamento do processo. “Há três chaves para organizar um evento: processo, processo e processo”, explica o executivo.

O próximo passo é decidir o formato. A base do êxito ou fracasso do evento é ter formato que promova networking entre os participantes. Com processos definidos e equipes engajadas, escolha o local. “Não é fácil conseguir preço bom, salas cômodas, boa interação com o audiovisual e alimentação de nível”, explica Cerezales. Paralelamente, será preciso definir a programação e os palestrantes. “Atenção, pois o marketing tem o poder de atrair delegados e patrocinadores”, comenta. E por fim, cuidado com a programação social. “A maioria dos participantes de um evento recordam de toda a programação social, jantar, coquetéis, etc., que participaram. Por isso, o local, a música, o entretenimento, a alimentação devem ser excelentes”, orienta Cerezales. De acordo com ele, há muito mais complexidade, mas atenção às fases acima já é um ótimo começo para um evento de resultados.



internacional

Fortaleza

chilena

24 alatur noveMBRO/dezembro 2011


Uma das mais tradicionais agências de turismo do Chile, Turavion foca na personalização do atendimento para fidelizar seus clientes HRG

shutterstock

por Felipe Mazorca

noveMBRO/dezembro 2011 alatur 25


internacional

L

A parceria completa quatro anos esse ano e já conta com 15 clientes, todos entre os que representam a maior fatia do faturamento da agência. “O primeiro cliente em conjunto foi o McDonald’s, em 2007, e que se mantém até hoje”, conta Sacchetti. Outros de destaque são Novartis (famacêutica), Rockwell (automação) e Orica Mining (mineração). Fundada em 1935, a Turavion é a agência de viagens mais antiga do Chile, ocupando o quinto lugar no mercado emissivo do país, em volumes de vendas. Assim como no Brasil, a chave encontrada pela HRG para fidelizar os atuais clientes e prospectar novos trabalhos no Chile é a personalização do atendimento. “Para a Orica, um dos clientes mais importantes, desenvol-

vemos um sistema de solicitações e aprovações de viagens adequadas às necessidades específicas da empresa”, afirma Sacchetti. A iniciativa deu tão certo que o mesmo software agora é usado com sucesso com outras empresas da carteira da agência. A busca constante por certificações, por melhorias técnicas e especializações foi um fator determinante para o sucesso em território chileno. As recentes ações realizadas pela empresa, que resultaram em melhorias dos serviços aos clientes, renderam três certificações à agência. “Atualmente estamos em processo de certificação ISO 9001-2008 e das Normas Chilenas de Turismo para operadora de turismo receptivo e emissivo”, afirma o gerente da HRG/Turavion.

“O primeiro cliente em conjunto foi o McDonald’s, em 2007, e que se mantém até hoje” divulgação

ogística eficiente, preços adequados, respostas rápidas e personalização de serviços. Tudo isso é fundamental para que uma TMC obtenha destaque no Brasil ou em qualquer outro lugar em todo o mundo. Afinal de contas, no século XXI, o sucesso empresarial está atrelado a uma gestão inteligente das viagens corporativas. É isso que a HRG – uma das líderes mundiais no segmento – faz no Chile, um dos países onde o turismo de negócios é mais movimentado na América Latina. O primeiro passo tomado pela HRG para aperfeiçoar o trabalho com seus clientes no país andino foi se associar à Turavion, uma das maiores agências do lugar. “Contamos com 165 colaboradores, todos de alguma forma dedicados aos clientes em parceria com a HRG. Assim conseguimos melhorar suas políticas de viagem a ponto de proporcionar economias substanciais em seus orçamentos anuais”, afirma o gerentegeral Enrique Sacchetti. O atendimento está dividido entre receptivo, com 45 colaboradores; emissivo, 72; e administrativo, 48 funcionários.

Mercado em recuperação O Chile passou, em 2010, por um dos maiores desastres de sua história. Em fevereiro daquele ano, o país foi atingido por um terremoto de pontuação 8,8 na escala de magnitude de movimento, o oitavo mais forte já medido pela humanidade. Quase oitocentos mortes foram contabilizadas após o abalo. E seus efeitos foram sentidos em muitos setores da economia. Apesar de o PIB chileno ter crescido 5,3%, este resultado foi impulsionado pelos investimentos na reconstrução do país. O mercado de turismo de negócios não seguiu a mesma toada. Entretanto, um ano depois o setor demonstra sinais de recuperação. A Turavion, por exemplo, registrou em 2010 um faturamento de US$ 45 milhões. Este ano, a expectativa é de que cresça ainda mais. “Em setembro, registramos um aumento de 19% no setor emissivo e 25% no receptivo. Pudemos detectar que os executivos estão viajando mais”, afirma Enrique Sacchetti (foto ao lado).

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Viagens Corporativas

ESCOLA Rumo à

Mercado de turismo vê a necessidade de qualificar mão de obra, com ações de treinamento internas ou em parceria com instituições e universidades por Katia Simões

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shutterstock

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stimativas da Embratur sinalizam que o Brasil precisará de mais 100 mil novos profissionais da área de turismo durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Um sinal pra lá de positivo para um país que há pouco menos de uma década sofria com a falta de oferta de novos postos de trabalho. O difícil, porém, é encontrar mão de obra qualificada no setor para atender à demanda. Os obstáculos em qualificar a mão de obra não é, contudo, uma exclusividade do setor, ao contrário. De acordo com a pesquisa Tendências e Práticas de Treinamentos, encomendada pelo Instituto Alatur – realizada pela Fran6 com base nas 1.000 Maiores e Melhores Empresas do país segundo Guia da Editora Abril – 47% das grandes empresas nacionais vêem a capacitação como um dos seus maiores desafios e 37% se preocupam com a retenção dos colaboradores. Entretanto, 70% das companhias não têm informações suficientes para contratar serviços de logística para treinamento e suprir as próprias necessidades.


EDUARDO MARCHESAN

Viagens Corporativas

“Há muito a ser trabalhado no setor. As lacunas apresentadas pelo segmento são grandes...” (luiz Gustavo Barbosa - FGV)

Luiz Gustavo Barbosa, coordenador do núcleo de Turismo da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

30 alatur noveMBRO/dezembro 2011

O levantamento destacou que 25% das empresas questionadas estão distantes do modelo ideal de qualificação. O dado positivo é que 80% das organizações dizem manter programas de melhoria de mão de obra, com uma média de três realizações por tema ao ano. E mais: 90% revelam querer aumentar as atividades em um curto espaço de tempo. Com cerca de 1.200 colaboradores e 20 anos de mercado, o Grupo Alatur lançou no final de 2010 o Instituto Alatur com a proposta de disseminar e fomentar conhecimento, além de difundir as melhores práticas mundiais do setor para clientes e prospects. “O desafio começa dentro de casa”, diz Renata Carpinelli, diretora de gestão de pessoas do Grupo. “Entre janeiro e outubro de 2011, a Alatur investiu mais de R$ 151 mil em treinamento para seus profissionais, tendo realizado em torno de 29 cursos por mês. Entre eles estãos os de sistemas, como o Regente, Sabre, Starbridge, ARB e Reserva Hotel. E os de integração de novos colaboradores; Encantando clientes, parceiros e colegas; Excel; workshops com fornecedores; alta performance; cursos para líderes de inglês e espanhol ministrados por empresas parceiras. O Grupo mantém também convênio com a Universidade Mackenzie, com 25% de descontos nos cursos de pós-graduação e o mesmo percentual para os filhos dos colaboradores que cursam ensino fundamental e médio. Segundo a executiva, o Grupo realiza, ainda, um

Programa de Consultores de Viagem e Eventos, com dois meses de duração, para recém-formados, que aborda desde etiqueta corporativa até redação e programas de informática. “Em 2012, a meta é iniciar um programa de e-learning, ampliar os multiplicadores e pareceiros para melhor atender as filiais em outros estados”, revela Renata. Até 2009 o e-learning também foi o caminho encontrado pela Atlântica Hotels International para qualificar seus colaboradores. Há um ano, porém, a cadeia passou a apostar em cursos presenciais em sua universidade corporativa ou transmitidos pelo canal de TV privado. “São 94 cursos de treinamento distribuídos em dez áreas temáticas, que abrangem as competências requeridas por cada função”, afirma Paulo de Abreu Lima, gerente de treinamento. No ano passado, a Universidade Atlântica realizou mais de 58 mil horas de qualificação, totalizando 10.938 participações. O executivo destaca que integrado à universidade corporativa, a rede mantém o Plano de Adequação e Sucessão para a gestão de seus talentos internos permitindo orientação e evolução de carreira e o Programa de Trainee. Parcerias de qualidade Ainda de acordo com a pesquisa Tendências e Práticas de Treinamentos, poucas são as empresas que conseguem desenvolver internamente 100% de seus programas de treinamento e qualificação de mão de obra. A maioria acaba


terceirizando serviços como: conteúdo e logística (20%); alimentação (45%), hospedagem (42%); espaços e salas (39%), transporte (36%); organização logística (16%); organização de turmas (9%) e controle de presença (7%). Só o Grupo Alatur organiza em média por ano a logística para mais de 300 mil participantes, incluindo sistema de gestão, avaliações, controle de presença, convocação, material gráfico e de apoio. Há quem, contudo, terceirize o conteúdo dos cursos para empresas especializadas ou universidades. O Núcleo de Turismo da Fundação Getúlio Vargas, por exemplo, tem uma série de soluções na área de treinamento, desde pós-graduação até MBAs feitos de acordo com as necessidades dos clientes. “São cursos de 431 horas in company que, na maioria das vezes, atendem às demandas pontuais das organizações”, afirma Luiz Gustavo

Barbosa, coordenador do Núcleo de Turismo da FGV. A novidade agora é o lançamento de um programa, de dois anos, para formação de tecnólogos em turismo. Para Barbosa, tanto a Copa do Mundo como as Olimpíadas, aproximarão o Brasil de uma realidade forte no exterior: a necessidade de formar e reter talentos. Entre os incentivos propostos nessa linha os cursos despontam como um dos atrativos, pois qualificam os profissionais, uma exigência do mercado. “Há muito a ser trabalhado no setor. As lacunas apresentadas pelo segmento são grandes, desde o profissional de nível mais baixo até os mais experientes”, avalia Barbosa. De olho no futuro e disposta a formar sua própria mão de obra de qualidade, a Azul Linhas Aéreas firmou um convênio com o Banco Santander e a PUC-RS para financiar a formação prática dos pilotos. Trata-se de um parcelamento em

até 60 vezes do valor total do curso, com juros de 1,89% a.m., para os alunos de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS, selecionados pela Azul. Segundo dados do Santander Universidades, cada hora de vôo custa cerca de R$ 1,5 mil, o que leva muitos estudantes a não concluir o processo. Hoje, de cada 500 alunos, apenas 50 conseguem se formar no país. Na PUC-RS 30 alunos deverão ser diplomados nesse ano, número que deverá saltar em 2012 para 120 em decorrência do convênio. De acordo com Álvaro Neto, diretor de Operações de Vôo da companhia aérea, os selecionados poderão se tornar um piloto da Azul ao se formar. Vagas não faltam. Até o final de 2011 a Azul precisará de mais 140 pilotos e em 2012, nada menos do que 180. O mercado mundial também está à espera de novos profissionais, que nos próximos 15 anos demandará a atuação de cerca de 570 mil pilotos.

Treinamento multidisciplinaR

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Por julia corradi

compras

imperdíveis A proximidade com o fim do ano enche o mercado de itens úteis para levar na mala

Com estilo Além de proteger o iPad, a bolsa de couro produzida pela conceituada J. W. Hulme permite que o aparelho seja usado em duas posições. R$ 540

Longo alcance A FinePix HS20, da Fujifilm, vem com um superzoom de 30 vezes e maior velocidade no registro de imagens. Poderosa, ela é capaz de capturar até oito fotos por segundo, na resolução máxima de 16 megapixels. R$ 2.499

Pode amassar Fabricado pela italiana Palomar e projetado pelo designer Emanuele Pizzolorusso, o Crumpled City é um mapa estampado em tyvek, um material resistente e macio. Ou seja, não danifica. Há de 23 destinos disponíveis, entre eles, Roma, Londres, Nova York, Barcelona, Paris e Lisboa. R$ 30 cada

Som na mala Apesar de parecer um pequeno porta-joias, o Bijoué Compact Speaker é uma charmosa caixa de som capaz de reproduzir o som com ótima qualidade. Disponível em seis cores, é perfeito para viagens. R$ 120

Adaptável Essencial para viagens internacionais, o adaptador de tomadas da Clone é compatível com o padrão americano, europeu, australiano, inglês e brasileiro. Aliás, por aqui é útil para proteger o equipamento de queda de pressão. R$ 45

34 alatur noveMBRO/dezembro 2011


Peso certo Para facilitar a vida dos viajantes, a fabricante de malas italiana Roncatto lançou a RV Roncato, uma pequena balança digital que pesa quase todo tipo de bagagem, dos 100 gramas aos 50 quilos. R$ 20 Joia útil O pen-drive da MyLife Colletion alia beleza e funcionalidade. Além de joia feita em cerâmica, tem dois gigas de capacidade. Disponível em vários formatos e nas cores verde, pink, amarelo, branco e azul. R$ 120

Bike dobrável Para aqueles que não dispensam a prática esportiva entre uma viagem e outra, a dica é a Caloi Urbe, a primeira bicicleta é dobrável da marca. Feita de alumínio, pesa 11,90 quilos e pode ser transportada facilmente. R$ 1.399

Obra de arte Desenvolvido pela empresa holandesa Intelligent Design o mouse de titânio é anatômico e lindo. Funciona com pilhas. R$ 980

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Inovador O LG Optimus 3D extrapola as funcionalidades de um smartphone. Ele grava, converte, exibe e compartilha conteúdos em três dimensões. A tela, com 4,3 polegadas, permite visualizar imagens em 3D sem uso de óculos. R$ 1.999

Anotações A desejada Moleskine acaba de lançar uma série limitada de cadernetas em homenagem ao filme Star Wars, de George Lucas. As contracapas são ilustradas com a imagem do poster original do filme, de 1977, e na capa, o logo do filme impresso nas cores prata e dourado. R$ 22

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Lazer

O gigante da

shutterstock

AmĂŠrica do norte


O

Um dos principais destinos de intercâmbio, o Canadá mescla estrutura para receber visitantes com um dos melhores índices de qualidade de vida do mundo. Por Klaus Gambarini

Canadá é um país limpo, organizado e dividido em uma porção francesa e outra inglesa. A maior cidade do país a ter o inglês como idioma oficial é Toronto, na província de Ontário. Com altos índices de qualidade de vida, ela é também o principal centro comercial do país. Mas antes de conhecer a cidade, a primeira parada da maioria dos visitantes são as Cataratas do Niágara. A força da água batendo na pedra impressiona. Os cinéfilos devem conhecer a Casa Loma, mansão locada por muitos estúdios de cinema dos EUA para gravar cenas internas de casarões. A sensação de passear por esse palácio antigo com intermináveis escadas é de estar em um local romântico ou mal assombrado. Sua arquitetura é um contraponto entre o antigo e o moderno, considerando o principal cartão postal da cidade, CN Tower e seus 553 metros de altura. Um gigante de ferro, concreto e vidro. Quem não acha o Canadá um grande pólo cultural deve dar uma olhada no Royal Museum Ontario. De fora, a construção impressiona por ser uma moderna pirâmide de ponta cabeça cravada no chão. No interior, há exposições desde história natural até arte contemporânea. Ottawa, capital do país, também fica em Ontário. A cidade tem esculturas pelos quatro cantos e muitos museus, como o Canadian War Museum. O palácio da Rainha Elizabeth II é um dos mais chamativos pontos, com sua incrível largura e janelas a perder de vista. Do outro lado do país, fica a cidade mais moderna do Canadá, Vancouver, localizado na província British Columbia. Ela foi planejada para ter muita área verde e ruas largas. Além de tudo, existem pequenas praias e muitos parques, dentre eles o Stanley Park, considerado um dos melhores do mundo pelo Projeto de Espaços Públicos. Começar a manhã tomando um café é reconfortante. Em geral, os baristas canadenses sabem fazer ótimas bebidas matinais e deixam qualquer um pronto para enfrentar o dia. Conhecer a população a fundo é quase impossível fora de seu ambiente de torcida.

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Lazer

divulgação

curiosidades 1

Whistler foi sede da Olimpíada de Inverno junto com Vancouver. Ela é composta por montanhas e picos. Lá existe uma reserva com lobos e ursos, nativos da região.

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Nas placas de carro, é estampado o lema da província. Na Columbia Britânica fica escrito “O melhor lugar da Terra”. Pretensão? Não é.

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Em Ottawa guarda real toca músicas altas nas trocas de turnos usando seus clássicos chapéus. De noite, no palácio da rainha, a casa é um show à parte, com espetáculo de luzes.

Para os moradores de Vancouver, o local de extravasar é a Rogers Arena, lar do time local de hockey, os Canucks. O lado francês A principal diferença entre os franco e anglo-canadenses é o orgulho. Isso pode ser melhor percebido quando se chega a Quebéc. Andar na mais européia cidade da América causa uma sensação de conforto e ao mesmo tempo de estar em um lugar de muita história. Canhões cercam a cidade, guardas reais também. Ao seguir o caminho que trilham, chega-se à fortaleza de Citadelle. Dentro, é possível ver o orgulho do franco-

-canadense. Um pequeno cemitério, lar de muitos heróis do país, com os dizeres “Je me soviens”, que significa “Eu me lembro”. Na mesma província fica Montreal, a segunda maior cidade francófona do mundo, só perde para Paris. Exuberante tem igrejas enormes, sendo a Basílica de Notre-Dame a de maior destaque. Por dentro, vermelha, dourada e azul, com esculturas góticas de madeira e pinturas que narram cenas bíblicas. A cidade é um dos maiores centros culturais da América. Ela abriga espetáculos como o Juste Pour Rire, de comédia, e o Festival internacional de Jazz de Montreal, um dos maiores do planeta.

Para mais informações, fale com: lazer@alatur.com


agosto/setembro 2011 alatur 35


Erguido no terreno onde no período da Segunda Guerra Mundial ficava uma fábrica de aviões, o O’Hare International Airport, de Chicago, é um dos mais movimentados aeroportos dos Estados Unidos. Ele recebe investimentos contínuos, principalmente em sua área de lazer. Pela infraestrutura oferecida aos passageiros, costuma receber muitos votos nas eleições de melhor aeroporto do mundo.

shutterstock

Por pedro nuin

embarque

Diversão garantida

Casa de câmbio: Essencial para viajantes desprevenidos, há várias casas de câmbio espalhadas pelo aeroporto.

Children’s Museum: Divertida exposição interativa sobre a aviação. As visitas duram de trinta minutos a uma hora, e as crianças adoram.

Praça de Alimentação: Em todo o aeroporto há 13 praças com as mais variadas opções de restaurantes e lanchonetes.

Charging Station: São áreas onde os aparelhos eletrônicos podem ser recarregados. Além de útil, espaço é confortável, com mesas e cadeiras disponíveis.

Animal Relief Área: Depois de horas de voo, os bichinhos de estimação merecem um descanso. Para isso, o aeroporto disponibiliza áreas para eles relaxarem se divertirem um pouco.

Capela: Como é comum nos aeroportos de todo o mundo, o espaço é reservado aos mais religiosos. Um ambiente calmo, próprio para suas orações.

40 alatur novembro/dezembro 2011


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sonho

d

adrenalina em


ubai Paraquedista escolhe Emirados Árabes para comemorar o seu milésimo salto Por Tayane scott

fotos: arquivo pessooal

A

costumado a viajar pelo mundo, o executivo Carlos Mello queria algo diferente e inesquecível para marcar um dos momentos mais especiais de sua vida. A comemoração do seu milésimo salto de paraquedas pedia uma aventura em grande estilo. Nada comparado a saltar no meio do deserto do Arizona ou a sensação de pisar nos hemisférios Norte e Sul ao mesmo tempo, no Equador. O momento pedia algo majestoso. O palco escolhido, então, foi Dubai, paraíso dos Emirados Árabes e centro da diversidade da cultura mulçumana. Mas engana-se quem pensa que a escolha teve algo a ver com os edifícios gigantes, os luxuosos hotéis ou as opções de diversão que a capital oferece. “Eles criaram a melhor área de saltos do planeta, com tudo o que há de mais moderno no mundo e contrataram campeões de paraquedismo dos EUA, Alemanha e Rússia para serem instrutores. A área fica ainda ao lado da Palmeira de Jumeirah, com um dos visuais mais belos que eu já vi”, explica Carlos. Dubai remete mesmo a um cenário de sonho. O arquipélago faz parte de um plano para desenvolver o turismo e diversificar a economia dos Emirados. A intenção da cidade é se tornar o maior centro turístico do mundo nos próximos cinco anos. E pelo que Carlos pôde ver, está no caminho certo. “É limpa, segura e o serviço é excepcional. Em qualquer lugar, você é recebido com um sorriso no rosto e muita gentileza”, afirma. Em Dubai, aliás, não faltam roteiros incríveis para fazer da viagem uma experiência única. “É um parque de diversões para adulto. Eu fiquei sete dias e ainda deixei muita coisa sem fazer”, conta. Nas aventuras que Carlos trouxe na mala, destaque para a experiência de esquiar

noveMBRO/dezembro 2011 alatur 43


sonho sonho

Uma visita à Rainha Durante a viagem a Dubai, Carlos aproveitou para dar uma volta por um dos destinos que é sua paixão: Londres, onde viveu por cinco anos. Por lá, aproveitou para caminhar pela cidade, visitar a feirinha de Portobello Road, em Notting Hill, e o castelo da Rainha, no Hyde Park, pontos turísticos obrigatórios. Além disso, usou a visita para relembrar os sabores da Inglaterra. “Fui tomar café da manhã no SoHo, em dois lugares bem bacanas: o primeiro chama-se Breakfast Club, com o tradicional café da manhã londrino. O outro, foi uma boulangerie Belga, Le Pain Quotidien. Excelente ambiente e comida belgafrancesa. Vale a pena experimentar o brunch no Domingo”.

“É um parque de diversões para adulto. Eu fiquei sete dias e ainda faltou coisa para fazer” 44 alatur novembro/dezembro 2011

na neve em um local onde predomina o clima quente e árido, com temperatura média de 40ºC. “Existe uma pista artificial no meio do Emirates Mall. Foi muito louco saber que lá fora estava 43oC e lá dentro -5o C. A neve é perfeita”. Outro passeio que o impressionou foi a visita ao Burj Khalifa, considerado o edifício mais alto do mundo. “Lá, tive a oportunidade de ver o pôr do sol do 124º andar do arranha-céu. Foi incrível.” Carlos aproveitou a viagem para conhecer outros pontos turísticos da cidade, como o primeiro hotel sete-estrelas do mundo, o “Burj El Arab” e se deliciou com o chamado the 7-Tea-Experience, onde o visitante tem a oportunidade de escolher entre 15 tipos de chá do mundo inteiro. “O atendimento foi majestoso. Fui recebido com uma taça de Taittinger e, durante o evento, me senti como uma realeza. A experiência foi realmente uma festa”, lembra. Mas aproveita para deixar uma dica. “Atenção com a roupa para esse evento, pois o hotel pede traje social. Não se pode entrar de bermuda, jeans, tênis ou camisa de manga curta.” A cidade é uma profusão de religiões, nacionalidades e idiomas. A popula-

ção em Dubai é estimada em 1,8 milhão de pessoas. Desse número, 20% são emiratis (locais) e 80% expatriados. Portanto, quase todo mundo fala inglês, ficando muito mais fácil se comunicar e andar por ela. Para comer e relaxar Quem gosta de conhecer as acomodações de outras localidades vai se encantar com o passeio de quatro horas pelos hotéis mais singulares de Dubai. Destaque para The Address, Armani e Dusit Thani no centro financeiro. Na região da marina, Hyatt, Hilton, Four Seasons, Atlantis e o Burj Al Arab encantam os visitantes. Outro capítulo são as iguarias da cidade, como conta Carlos. “No Gold Souk de Dubai (o mercado de joias e especiarias do Creek), a chefe de cozinha preparou o tabule na minha frente, com ingredientes frescos, e ficou fantástico, o melhor que comi”. Já quando o assunto são os valores, o executivo explica que não há muita diferença em relação aos preços de grandes cidades brasileiras, como São Paulo. A exceção fica para os táxis e o metrô, que são bem mais baratos.

Para mais informações, fale com: clubplus@alatur.com



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chicago Arranha-céus, museus e alta gastronomia estão no curto roteiro por uma das mais modernas cidades norte-americanas 1

Michigan Avenue (Avenida Michigan)

Ao longo da enorme avenida Michigan, na parte central da cidade, estão inúmeras atrações. Vale a pena conferir a fachada do museu Art Institute of Chicago, a ponte levadiça sobre o rio Chicago e o John Hancock Center, o quarto maior arranha-céu dos Estados Unidos, com elevadores que chegam ao topo do prédio em menos de 40 segundos. Neste caso, vale fazer uma pausa no passeio para subir até o observatório do prédio e aproveitar a deslumbrante vista, incluindo do lago Michigan.

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Willis Tower

Até julho de 2009 era conhecido como Sears Tower, hoje a Willis Tower é considerado o prédio mais alto dos Estados Unidos e o nono do mundo, com 442 metros de altura e 108 andares. O arranha-céu tem dois observatórios, um no 99º andar e outro no 103º andar, este último, o Sears Tower Skydeck, é o mais utilizado. Dele, dá para sentir o prédio balançando levemente, além da bela vista das planícies de Illinois e do lago Michigan. Utilize a entrada no lado sul do edifício, junto ao Jackson Boulevard.

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Hyde Park

Aproveite a passagem por Chicago para admirar a arquitetura local. Em Hyde Park fica a Robie House (5757 South Woodlawn Avenue, www.gowright.org), construída entre os 1908 e 1909 por Frank Lloyd Wright. Aberta para visitação pública, ela é considerada o melhor exemplo do que foi o primeiro estilo arquitetônico norte-americano, tanto que a casa é tombada pelo patrimônio histórico do país. Do outro lado da rua, está o campus da Universidade de Chicago.

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Navy Pier Localizado à beira do lago Michigan, o Navy Píer recebe mais de 8 milhões de pessoas por ano. O playground tem como ponto central a roda gigante que equivale ao tamanho de um prédio de 15 andares. O lugar tem outras atrações como o cinema 3D Imax, restaurantes, lojinhas e barcos onde é possível dar uma volta no lago Michigan.

fotos: shutterstock

Por Matias Salse

4 horas em...

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A

Rio de Janeiro

Buenos Aires

Hotéis Caesar Park em: Buenos Aires, Rio de Janeiro, Guarulhos e São Paulo. www.caesar-park.com

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Três destinos unidos pelo estilo e sensibilidade Caesar Park.

São Paulo


sem mistério

alerta de

chamada Essencial em viagens de negócios, o uso do telefone gera um custo alto na fatura. É possível pagar menos para falar de qualquer lugar do mundo? por Pedro Nuin


shutterstock

U

ma indústria que movimenta bilhões de dólares em todo o mundo, as viagens de negócios estão entre os custos mais altos das empresas, podendo ser o segundo depois dos salários. Por conta disso, conseguir gerir uma viagem com gasto menor é a meta da maioria das corporações. Diante de um mundo que exige autonomia e mobilidade, o valor gasto com telefonia tem preocupado os gestores. Para viajantes a negócio, driblar o gasto com a conta telefônica não é fácil. Por estar fora do país, o usuário paga pelo roaming, multiplicando em segundos as ligações. “O agente complicador são os valores. Hoje em dia não existem grandes problemas técnicos de telefonia no exterior desde que o celular esteja habilitado para receber e fazer ligações. A não ser alguns probleminhas de configuração dos aparelhos, caso não sejam compatíveis com a frequência do local”, afirma o diretor de desenvolvimento de novos produtos do grupo Alatur, Jean Carlos Lopes. Helyana Malheiro, do Club+ Alatur, concorda: “O preço das ligações e as funcionalidades são os principais pontos discutidos. As empresas não querem investir em programas caros de telefonia para todos os funcionários que viajam”. Ainda que a cobertura das operadoras aumente no exterior, alguns passageiros costumam fazer reclamações na volta para casa. “Além das altas contas, a dificuldade para completar ligações em determinados destinos também é alvo de críticas”, afirma Helyana. Como forma de resolver a questão do preço das ligações, o Club+ oferece o SIM Card, provedor de telefonia global que chega a reduzir os preços das chamadas internacionais em 75%. “São dois números de telefone, um europeu e um americano, com baixos custos de ligação a partir de diversos países”, diz

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sem mistério

Helyana. Ao adquiri-lo, o usuário cria um login, por onde pode acompanhar todo seu histórico de ligações. Além disso, seu cartão de crédito pode ficar cadastrado e assim que seus bônus estiverem chegando ao fim a renovação é feita automaticamente. O rádio é uma alternativa barata de comunicação. Em viagens para a América do Norte e países da América do Sul, por exemplo, ele se mostra uma ferramenta muito útil e ilimitada. No entanto, deve-se ter atenção em viagens para a Europa, local fora de alcance da cobertura. Outras ferramentas de conexão via internet apresentam suas utilidades, mas são geralmente usadas de maneira mais pessoal, como explica Jean Carlos: “O rádio é uma opção barata para quem já tem contrato. Já o Skype ou o MSN são mais utilizados como pessoa física e não empresarial, a não ser que a empresa tenha um sistema interno de troca de mensagens”. Para Helyana, o problema

Operadora

dessas ferramentas é outro. “Tanto o rádio como o Skype costumam funcionar muito bem. O problema do Skype é que muitas empresas não querem instalá-lo porque o sistema fica mais vulnerável, é o caso da Alatur, por exemplo”, revela. Com diversos planos no mercado, algumas empresas acabam se perdendo na organização dos dados, como conta Jean. “A grande dificuldade encontrada pela Alatur e empresas que têm con-

tratos corporativos, é a gestão das várias contas, gerenciando limites de minutos e valores. Algumas empresas estão começando a ver que não basta apenas economizar em hotel e passagem, mais sim em toda a mobilidade corporativa. Temos exemplos de passageiros que pagam 1,2 mil reais em uma passagem e só de telefonia três mil reais. Esse tipo de despesas está saindo de debaixo do tapete”, afirma.

Valor mensal

Extras

TIM

TIM Empresa Múndi 100

R$ 50

Minuto Local Extra Pacote – R$ 0,50 Minuto LDN Extra Pacote – R$ 0,50 Minuto LDI Extra Pacote – O mesmo dos demais planos corporativos

Claro

Voz 100 minutos

EUA e América Móvil R$ 249,90

-

Nextel

CDI Mensal

R$ 29 – Argentina, Canadá,Chile, EUA, México, El Salvador e Peru

-

Oi

Roaming Internacional

Vivo

Voz Mundo

R$ 79,90

40 minutos

SIM Card

US$ 47 (cartão + ativação)

Ganha bônus de US$ 15 Receber chamadas – Gratuito Realizar chamadas – Europa e América US$ 0,65

Wireless Traveler

Plano

“Além das altas contas, a dificuldade para completar ligações em determinados destinos também é alvo de críticas”

50 alatur noveMBRO/dezembro 2011

EUA + Portugal – Local R$ 3 e Brasil R$ 6,50 Américas – Local R$ 4,50 e Brasil R$ 8 Demais Continentes – Local R$ 5,50 e Brasil R$11,90



Instalado no topo da montanha, o restaurante terá mais de 1200 metros quadrados e capacidade para receber confortavelmente cerca de 240 pessoas. Além da excelente gastronomia os visitantes poderão acompanhar o belíssimo pôr do sol de Vail. “A oportunidade de reservar uma mesa e desfrutar de um jantar desse calibre é algo que nós estivemos ansiosos para oferecer aos nossos clientes há algum tempo”, disse o vice-presidente sênior e diretor de operações da Vail Mountain, Chris Jarnot.

divulgação

Começou em novembro a temporada de esqui nos Estados Unidos e entre as novidades previstas está a inauguração do restaurante The 10h, na charmosa estação de Vail, localizada nas montanhas do Colorado. O nome do estabelecimento é uma homenagem aos veteranos de guerra fundadores do lugar e que durante a Segunda Guerra Mundial participaram da 10a Divisão de Montanha. Eles contribuíram para o desenvolvimento do esqui norte-americano.

divulgação

Por Sonia Xavier

essencial

Neve & boa gastronomia

52 alatur novemBRO/dezembro 2011

Para eventos especiais A rede hoteleira francesa Sofitel acaba de lançar um novo conceito para eventos corporativos e sociais em algumas de suas unidades. É o inspired meeting. Com ele, cada evento é planejado por um profissional que irá acompanhar todos os passos de produção, da concepção a detalhes da execução. Na América do Sul, o serviço estará disponível em cinco unidades da rede: Sofitel São Paulo Ibirapuera, Sofitel Guarujá Jequitimar e Sofitel Rio de Janeiro Copacabana, no Brasil; e no Sofitel Buenos Aires Arroyo e Sofitel La Reserva Cardales, na Argentina. Como cada hotel tem sua peculiaridade, como localização e estrutura, o conceito contempla melhorar o que é oferecido. Na unidade de São Paulo, há uma sala para reuniões e videoconferências, conhecida como inspired meeting board room. Bem-equipado, o espaço atende pequenos encontros e almoços privativos para até noventa pessoas. Outro diferencial é o menu temático, que possibilita coffee breaks personalizados. Assim, cada evento será único e inesquecível para os participantes.


divulgação divulgação

Da Amazônia ao Caribe Sonho de meninos Dirigir uma Ferrari F-360 Modena, um Corvette C6 ou um Porsche Boxster é o desejo nada secreto da maioria dos homens. A novidade é que agora ele pode ser realizado aqui mesmo, no Brasil. Uma das mais novas atrações da estrada das Hortênsias, via que liga Gramado à Canela, é o Super Carros. Além de expor os carrões, a Dream Cars – empressa que idealizou o lugar – oferece passeios nos carrões, como carona ou até mesmo dirigindo. Os preços são definidos pela quilometragem percorrida e se o turista quer pilotar a máquina. Uma volta de 8,2 quilômetros na Ferrari sai em torno de 570 reais. Mas afinal, quanto custa um sonho?

divulgação

A região amazônica entrou para o roteiro de cruzeiros da Silversea. Em novembro o Silver Cloud, um dos três navios da empresa que vem a costa brasileira, partirá de Manaus em direção ao Caribe. A rota inclui a passagem pelo conjunto de ilhas do arquipélago de Anavilhanas, cruzando o rio Amazonas em direção a Santarém, Belém e ao destino final, Barbados. A viagem dura 14 dias. Segundo a gerente de marketing da empresa para o Brasil, será puro luxo passar pelo coração da Amazônia. “É um dos visuais mais privilegiados da Floresta Amazônica, especialmente próximo às margens e do alto do 8º andar do navio”, comemora ela. Além desse navio a companhia trará outras duas embarcações, o Silver Whisper e o Silver Spirit. Ao todo, eles devem fazer seis viagens que incluem a nossa costa.

Aos melhores amigos Com 52 hotéis espalhados pelos Estados Unidos, a Kimpton Hotels & Restaurants criou uma política Pet Friendly que extrapola o tradicional ato de aceitar animais de estimação em suas dependências. Com o programa Hospetality os hóspedes podem viajar tranquilos com seus bichinhos, pois eles serão bem-vindos nas unidades da rede que contam com andares exclusivos para recebê-los. Além disso, os animais de estimação terão cuidados especiais, como amenities exclusivos, refeições, brinquedos e massagem. Tudo isso sem nenhum acréscimo na diária. Aqueles que estão acostumados a conviver com um animal de estimação, mas que não puderam levar seu amiguinho, contam com o Guppy Love. O serviço leva um simpático peixinho Beta para o apartamento.

novemBRO/dezembro 2011 alatur 53


raridades

Crianças

a bordo Antes de fechar o roteiro de viagem das crianças, fique atento à documentação necessária

O

rganizar uma viagem para crianças não é fácil. Pior ainda se elas viajarem sozinhas. Tanto em destinos domésticos como nos internacionais, há procedimentos que devem ser seguidos quando for embarcar menores de 18 anos. Para destinos nacionais, passageiros com mais de 12 anos podem embarcar desacompanhados, portando apenas o RG, isso se a cidade de destino for na região metropolitana ou no mesmo estado. Porém, é preciso que um dos seus pais escreva uma carta autorizando a viagem e a reconheça em cartório. Esse documento precisa ser apresentado no embarque. Quando a viagem for para um estado diferente da residência dos menores de 18 anos, eles só podem viajar desacompanhados mediante a autorização dos pais. No documento, reconhecido em cartório, deve constar o destino, o nome completo, os números do RG e do CPF e o endereço de residência da criança e de seus pais. E, neste caso, ter também a foto do passageiro.

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Bem acompanhados Se a viagem for com os pais, leve documentos que comprovem o parentesco. Para as internacionais, isso é essencial, pois os passaportes atuais não têm dados de filiação. Agora, se for menor de 12 anos e estiver viajando com amigos ou familiares acima do terceiro grau, os pais precisam ir até a Vara da Infância e da Juventude e solicitar uma autorização judicial liberando a criança para viajar. No documento deverá constar: destino, duração e motivo da viagem, além dos dados do acompanhante e dos responsáveis pela criança durante a sua estadia no exterior e de uma foto atual. A Polícia Federal anexa o documento ao passaporte. Se a criança for viajar apenas com um dos pais é necessário ter a permissão do outro. O documento deve ser reconhecido em cartório. Em caso de um dos pais ser falecido, o atestado de óbito será solicitado. A autorização de viagem deve ser impressa em duas vias, com cópias dos documentos listados. Uma via fica na Polícia Federal e outra em posse do menor.

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por Roberto Kreitchmann



ponto de vista

Decodificando o

futuro divulgação

O que os viajantes vão querer? É preciso antecipar os seus desejos Por Nancy Giordano *

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anto a vida quanto os negócios estão se movendo cada vez mais rápido. Tecnologia e cultura estão mudando, as informações estão aumentando. Com todas essas transições tão rápidas, como podemos nos preparar para o que vem pela frente? Como disse o escritor William Gibson: “O futuro já existe, ele só não é distribuído de forma igualitária.” Quando consideramos as necessidades do viajante do futuro, o que notamos? Primeiro, todos estamos buscando MAIS: informação, transparência, valor, personalização, inovação e a capacidade de termos o que desejamos agora! E, segundo, cada vez mais esperamos tudo isso por MENOS: tempo, dinheiro, energia. Cada decisão está se tornando mais complexa, fazendo-nos sentir cada vez mais oprimidos e incertos em relação a quem confiar ou que escolha fazer. À medida que passamos por tudo isso, queremos apenas que nossa vida funcione melhor e desejamos que ela seja também um pouco mais divertida. Imagine por um momento que você está em pé do lado de fora de um círculo com quatro portas diferentes para entrar. Essas são as metanecessi-

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dades” que os clientes (e, neste caso, os viajantes) irão usar para tomar uma decisão sobre quais produtos e serviços irão agregar valor a suas vidas. Inicialmente, irão desejar bem-estar. Nós nos perguntamos se fazer essa escolha nos ajudará a nos sentirmos melhor – fisica, mental e até espiritualmente? Em seguida vem facilidade. Como essa escolha facilita a minha vida; ela economiza dinheiro? A próxima porta é expressão. Fazer essa escolha parece particularmente certo para mim? Posso personalizá-la? E por fim, conexão: esse artigo me permite alavancar a sabedoria de outros através das minhas redes? Como todas as pessoas, os viajantes têm expectativas cada vez maiores. Felizmente, é possível antecipar o que eles irão querer e precisar. Estarmos atentos nos permite fornecer soluções que criam apreciação e satisfação genuínas – o que, por sua vez, permite que os viajantes felizes compartilhem seu entusiasmo com outros. Sim, essa é outra tendência crescente e muito importante! *CEO e brand futurista da Play Big Inc. (www.playbiginc.com)




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