Alatur Magazine 18

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Embarque no mundo das viagens corporativas

ED. 18 – abril 2012 – www.alatur.com

R$ 9,90

paz no rio Favelas pacificadas tornam-se destinos para quem quer conhecer outro lado da cidade

Lazer Toda a beleza e fascínio das ilhas da Indonésia

américa latina Região vive bom momento e o setor de viagens e eventos agradece




editorial

Um momento especial

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s oscilações sofridas pelas economias norte-americana e europeia elevaram a importância da América Latina no globo. Claro, o mercado de viagens e eventos da região foi positivamente afetado. Os países latino-americanos estão sendo mais procurados pelos executivos do mundo inteiro e novos negócios têm sido fechados. Para os gestores de viagens, o momento é singular. Assim, chega a vez da América Latina e esse é o tema que discutimos na seção Mercado. Trazemos nessa edição também uma matéria sobre o trabalho desenvolvido pelo Grupo Alatur durante a Fórmula 1 e que marcou a volta da Pirelli como patrocinadora do maior evento automobilístico do mundo. Em Internacional mostramos o perfil do parceiro mexicano da HRG, a Villa Tours. Há cinco anos a empresa é a representante da gigante global no México e tem como meta para 2012 manter o crescimento. Expense management é o tema tratado na seção Viagens Corporativas, saiba como a ferramenta ajuda no controle de custos e ganho de produtividade. Boas práticas no setor, são temas de relevância na nossa revista. Por isso, temos uma matéria sobre Car sharing. Compartilhar carros é uma tendência global e o serviço já é oferecido no Brasil. Para quem viaja, é um parceiro a mais a favor da mobilidade. Sem contar, que medida diminui o número de veículos nas ruas, assim, o meio ambiente agradece. Não deixe de ler em Raridades matéria sobre a Soul Brasileiro, agência carioca que promove tour pelas favelas pacificadas da cidade. É a chance de lançar um novo olhar sobre a Cidade Maravilhosa. Boa leitura!

Criada em 1991, a Alatur se transformou em um dos maiores grupos do mercado de viagens corporativas do País. Conta com mais de 1.100 colaboradores distribuídos em escritórios localizados nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Joinville e Jaraguá do Sul. Tem uma carteira de clientes com 880 empresas, como Grupo Santander, Camargo Corrêa, Promon, L'Oréal e Bimbo. www.alatur.com A Alatur Magazine é uma publicação do Grupo Alatur, produzida pela Linhas Editora. Publishers: Fernanda Bulhões e Ederaldo Kosa

Redação Editora-chefe Sonia Xavier Colaboraram nesta edição Texto: Luiz Felipe Silva, Jorge Santana, Klaus Gambarini, Matias Salse e Wesley Souza Fotos: Biofoto Revisão: Valdinei Dias Batista Diagramação Lívia Almeida, Luana Santana, Philipe Aquino Serviços administrativos Fabiana Steavnv

Fale com a gente E-mail: revista@linhascomunicacao.com.br Cartas: Rua Diana, 701. São Paulo-SP. CEP: 05019-000. Fax: (11) 3873-5110 A América Latina sob as bençãos de uma economia em desenvolvimento é o tema de capa dessa edição www.linhascomunicacao.com.br


sumário

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48 raridades Uma viagem pelo Rio de Janeiro das favelas pacificadas 08 Última Chamada As novidades que movimentaram o setor de viagens corporativas.

24 Compras Itens que você precisa ter na mala para se um escritório móvel.

10 Mercado A vez da América Latina: com bom desempenho econômico, região torna-se importante player também no setor de viagens e eventos

32 Embarque O Hong Kong International Airport

14 Eventos e Incentivos Grupo Alatur operacionaliza no Brasil evento da F-1 que marcou a volta da Pirelli como patrocinadora da corrida

38 4 horas em Frankfurt, na Alemanha, é um dos mais interessantes destinos artísticos da Europa 40 Sem Mistério Car sharing, o movimento de compartilhamento de carros

18 Internacional Villa Tours, a HRG no México

44 Essencial Dicas de bem-estar

20 Viagens Corporativas Expense Management, a ferramenta que auxilia na gestão total das despesas

56 Ponto de Vista Marta Poggi e Borges fala das perspectivas para o setor de viagens em 2012

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26 lazer Muito além das belas praias. Indonésia – um arquipélago com mais de 17 mil ilhas e muita tradição

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34 sonho A deslumbrante volta ao mundo em 22 dias da rede Four Seasons


*Os valores das diárias podem ser reduzidos à medida que você ficar mais dias com o veículo locado. Isso significa que, quanto mais você usa, menos você vai pagar por cada diária, e não pelo valor total do contrato (que também inclui taxas extras).**Para locações a partir de 21 diárias, há um limite de 4.500 quilômetros rodados para todo o período. Será cobrado o valor de R$ 0,30 para cada quilômetro excedido.

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Por Luiz Felipe Silva

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última chamada

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Novidades em Cumbica

British Airways investe em gastronomia

Inovação em Paris A capital francesa já dispõe de um inovador serviço de aluguel de carros elétricos. É o Autolib. A proposta da prefeitura da cidade é retirar de circulação mais de 22 mil veículos convencionais, melhorando o trânsito e diminuindo o impacto sobre o meio ambiente. Os carros podem ser alugados em uma das estações espalhadas pela cidade e devolvidos em outras. Apesar de ser direcionado aos parisienses, o programa pode ser utilizado pelos turistas. Até dezembro o Autolib será testado e definitivamente implantado em 75 estações e com 250 carros disponibilizados para aluguel. O valor da locação é 15 euros por semana e 10 por dia. O Bluecar tem 3,65 metros de comprimento e pode chegar até a 130 quilômetros por hora. Por ser um veículo elétrico, é extremamente silencioso.

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A British Airways anunciou investimento em melhorias de estrutura dos seus voos, especialmente em sua oferta gastronômica. Para os próximos cinco anos, mais de 5 bilhões de libras serão aplicadas em novas aeronaves, cabines, lounges, novas tecnologias e serviços aos passageiros. Em relação à gastronomia, na classe executiva serão servidas carnes com certificado Herefor, frango alimentado com ração vegetal, chocolates da Artisan Du Chocolat, carta de champanhe e vinhos com bebidas Premium e o whisky escocês Drambuie 15.

A partir deste ano, os passageiros que desembarcarem no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (São Paulo), devem receber suas malas em até 12 minutos, em caso de voos domésticos e em 18 minutos, nos internacionais. A meta foi definida pelo Comitê de Facilitação de Voos, órgão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e prevê sanções às empresas que descumprirem o prazo. O tempo determinado vale da parada do avião à chegada da bagagem na esteira. Outra novidade no aeroporto é a ampliação do estacionamento para mais 316 vagas. Localizado no setor 4 do aeroporto, o bolsão é a primeira parte de um projeto que pretende abrir mais de 5.200 vagas para os usuários de Cumbica. A tarifa na nova área é diferenciada: veículos estacionados por até cinco horas pagam R$ 12; de cinco a oito horas, R$ 17; e a diária é de R$ 25,00. Há transporte gratuito para os terminais de embarque e desembarque.



mercado

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A vez da

América Latina O bom desempenho econômico da região impulsiona o mercado de viagens e eventos Por Sonia Xavier

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em Europa, nem Estados Unidos. Se um submerge em uma crise a ponto de analistas considerarem esta segunda década do século 21 como perdida, outro se reconstrói a passos lentos após a crise de 2008. Em oposição ao declínio econômico do Velho Continente e da América, a do Norte, os bons ventos da economia global parecem ter efetivamente atingido o Hemisfério Sul e, em especial, a América Latina e o Brasil - que no começo de 2012 superou o Reino Unido ao se tornar a 6ª maior economia do mundo.

De acordo com a Organization for Economic Co-operation and Development (OECD), apesar da crise mundial, a economia da região cresceu 4,4% em 2011 e a previsão para este ano é de 3,2%. Ao contrário do que parece, a estagnação não impactará negativamente. Ótimo indicador para o setor de mercado e eventos. “O bom momento econômico reflete no aumento das viagens”, avaliou o CEO da HRG, David Radcliffe, durante o 4º Fórum Alatur. Para ele, mesmo quando a região cresce mais devagar, avança mais do que qual-

quer outra parte no mundo. “A HRG vê o mercado latino-americano como uma parte muito importante do plano de expansão”, acrescentou o executivo. O gerente de vendas globais da HRG Brasil, Pedro Wertheimer, reforça o coro: “Observamos um crescimento no Brasil, acompanhado de alguns países da América Latina. É provável que seja menor do que nos dois últimos anos, mas ocorrerá, com base nos planos de investimentos que temos detectado nos nossos clientes. Países como Argentina, Chile e Colômbia também deverão crescer”.

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“É aqui na América Latina que abrimos nosso sorriso. O Brasil detém 63% dos negócios da região” (David radcliffe)

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De fato, deve-se comemorar. De acordo com os dados publicados no Yearbook 2012, da OECD, hoje muitas das maiores economias estão perto da paralisação. Os países europeus, por exemplo, não se preocupam apenas com a dívida pública da Grécia, Irlanda e Portugal, mas também a de países maiores. Enquanto que no Japão a mesma dívida supera os 200% do PIB, em parte afetado pelo terremoto do início de 2011. Em outro estudo que avalia especificamente a América Latina, o Latin American Economic Outlook 2012, o secretário-geral da organização, Angel Gurría, recomendou aos países com crescimento econômico elevado aproveitar o momento para fazer reformas estruturais e sociais, garantindo o crescimento sustentável. “A América Latina e os governos do Caribe devem construir sobre conquistas recentes para enfrentar tanto os desafios de curto como os de longo prazo, tais como diversificar as suas economias, realizar uma reforma fiscal, dando os seus cidadãos melhores serviços públicos. Deve-se concentrar atenção em infraestrutura, educação e promoção da inovação”, disse. No capítulo dedicado à América Latina do relatório ITB World Trends Report – que analisa as tendências de viagens e oportunidades na indústria de viagens – as projeções são otimistas. De acordo com o estudo, os consumidores da região continuarão viajando muito enquanto a economia se mantiver aquecida. Por outro lado, também deve receber mais visitantes internacionais em 2012. No caso dos brasileiros, eles continuarão gastando pesadamente em viagens ao exterior. Nos oito primeiros meses do ano passado, suas despesas com viagens internacionais aumentaram 45%. A diretora de pesquisa do Conselho de Turismo do México, Gabriela Espinosa, apresentou uma análise das diferenças entres quatro mercados emergentes da América Latina – Brasil, Argentina, Chile e México. Segundo ela, os viajantes brasileiros costumam fazer viagens mais distantes e gastam mais, argentinos e chilenos tendem a viajar em sua maioria na América do Sul, enquanto os mexicanos têm foco nos EUA. Viagens e eventos em alta Tanto Radcliffe quanto o presidente do MCI Group, Roger Tondeur, concordam que o futuro próximo será bom para o setor em que atuam. “Em todo o mundo as despesas com viagens corporativas cresceram 9,2% em 2011, chegando à casa de US$ 1 trilhão. É aqui na Amé-


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-lo em função do número maior de viagens solicitadas pelos clientes. “Nunca recebi tanto e-mail e telefonema. Agora os clientes sabem o que querem e a quem procurar, estamos mais expostos”, destaca o diretor da HRG Brasil, Augusto Mori. De acordo com ele, hoje a global HRG está muito envolvida com clientes locais.

rica Latina que abrimos nosso sorriso. O Brasil detém 63% dos negócios da região. Há ainda o México e a Argentina, que também figuram como dois dos principais países”, disse Radcliffe. Já Tondeur afirma que no Brasil houve um aumento de 15% a 20% na realização de eventos e reuniões. “O setor cresceu. Afinal esse é o jeito de aproximar as pessoas e fazer novos negócios”, destaca o executivo. Para ele, o setor deve apostar em customização, contas globais, reuniões híbridas, novas tecnologias e mídias sociais. Quem trabalha na área percebe os bons ventos que sopram no setor no dia a dia. “Tanto em relação aos nossos clientes, como nas licitações em que participamos, verificamos que ao nos informarem seus volumes de viagem, recomendam estimarmos um crescimento no próximo exercício”, revela Wertheimer. Para ele, empresas de diversos setores, como energia, têm passado estimativas de aumento entre 20 e 30%, enquanto que os mais conservadores ficam entre 8 e 15%. Segundo Wertheimer, as contas ganhas entre agosto e dezembro do ano passado tiveram como base seus volumes de 2010, porém, ao começar o atendimento, foi necessário readaptá-

E os gestores? O aquecimento do mercado eleva o volume de negócios e requer um profissional com perfil diferenciado. “Os gestores devem estar preparados, uma dica é revisar as políticas de viagens e regionalizar os programas”, recomenda a gerente regional da HRG Brasil, Vanessa De Marco. Para a head de business management da HRG, Alessandra Morkazel, há uma mudança no perfil do gestor: “Hoje ele não é mais operacional. É alguém capaz de gerir orçamento do cliente e pessoas que se adaptam às diferenças culturais”. Na opinião de Wertheimer, os gestores vão procurar ainda mais um maior controle de suas políticas de viagem, bem como aumentar a adoção de ferramentas on-line. “As empresas deverão estudar melhor o mérito de cada viagem”.

America latina*

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* Em milhões de dólares Fonte: Vantage Strategy

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Gastos com viagens de negócios

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“O setor cresceu. afinal esse é o jeito de aproximar as pessoas e fazer novos negócios” (Roger Tondeur, MCI) abril 2012 alatur 13


eventos e incentivos

fora

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Grupo Alatur operacionaliza o evento que marcou a volta da Pirelli, após vinte anos, à Fórmula 1 no Brasil por Luiz Felipe Silva fotos: divulgação


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circuito da Fórmula-1 é um dos eventos que atingem quase todas as culturas. Tanto que a temporada 2011 rodou o mundo, com provas realizadas na América do Sul, na Europa, no Oriente Médio, no extremo leste da Ásia e até na Oceania. Esse ano, as competições marcaram a volta da Pirelli como única fornecedora de pneus para os veículos da categoria. No Grande Prêmio do Brasil foi a vez de mostrar aos torcedores brasileiros a mudança. Dias antes do Grande Prêmio São Paulo de F-1, no autódromo de Interlagos, a Pirelli promoveu diversas ações junto a clientes e parceiros. Para isso, a companhia italiana requisitou a expertise do Grupo Alatur. “Escolhemos a empresa devido ao seu conhecimento em coordenação logística, o que inclui todo o RSVP, receptivo de aeroporto, transfers, hospedagens entre outros”, destaca Ana Paula Szeles, brand and consumer marketing da fabricante de pneus. Os mais de 800 convidados se concen-

“senti o envolvimento da equipe junto aos convidados, o que tornou a experiência ainda mais emocionante” (Ana Paula Szeles, Pirelli) traram nos hotéis Hilton e Golden Tower, onde foram instalados meeting points. “O conceito do ponto de encontro acertou em cheio, desde a decoração até as ações de ativação”, destaca o gerente comercial de eventos e incentivos da Alatur, André Webber. “O evento foi importante, pois conseguimos reunir nossos principais stakeholders: investidores, clientes, frotas, parceiros, além de todo o top management corporativo da Pirelli Itália, Brasil e Latam”, diz Ana Paula. A empresa desenvolveu pneus diferentes para cada etapa da temporada 2011, com desgaste distintos. E foi a borracha o mote do evento, usada na decoração

e como temática para as ações. Entre elas vinte voltas em Interlagos a bordo de um superesportivo Ferrari, Maseratti ou Audi. Para ter direito ao passeio, os convidados escolhiam chaves e testavam em um totem de pneus P Zero; a sirene disparava anunciando os vencedores. Andreia Oliveira, gerente de relacionamento, conta que o projeto, mais ousado e inovador, foi determinante para ganhar a concorrência da Pirelli e, também, para agradar o público final. “O cliente já nos conhecia pelo know-how logístico, mas ficou surpreso com o trabalho que realizamos ao apresentar um briefing criativo”, revela. Já a supervisora de eventos, Paloma Moura, destaca a execução do programa planejado. abril 2012 alatur 15


“E houve aqui, de fato, uma experiência mais rica com o produto e a marca” (andre weber, grupo alatur) “Trabalhamos com a ideia de fazer os participantes se sentirem especiais. A proposta era que eles tivessem uma experiência inesquecível – destacando o produto”, explica. Além da cenografia e do entretenimento, a tarefa contemplou também toda a operação logística, que incluía hospedagem, transfers, RSVP (veja o box abaixo) e a preparação pré-autódromo. O processo inteiro envolveu 34 profissionais da Alatur: promotoras, criação, logística, coordenação, segurança, entre outros, em quase dois meses de trabalho. O custo foi superior a R$ 1,5 milhão.

Com a participação de clientes e parceiros vindos de todas as partes do mundo, o evento marcou o final de uma temporada de grande sucesso. Ana Paula elogia o trabalho realizado pela equipe da Alatur: “Tivemos uma dedicação do grupo em cada detalhe do evento, senti o envolvimento da equipe junto aos convidados, o que tornou a experiência ainda mais emocionante”. De acordo com Ana Paula, alguns clientes chegaram a agradecer por ter sido convidado e por viver uma alto tão exclusivo. “E houve aqui, de fato, uma experiência mais rica com o produto e a marca”, completa Andre.

RSVP a mais de mil quilômetros por hora A lista de convidados para os eventos superavam a barreira dos três dígitos. Foram 1.200 nomes que deveriam ser controlados via sistema RSVP, operação que ficou a cargo da Alatur. Um sistema on-line enviou todos os convites de forma customizada a todos os convidados. Os e-mails foram desenvolvidos para fornecerem informações importantes e a confirmação da participação. “O processo foi concebido para ser ativo. Primeiro por via eletrônica, que facilita o acesso às pessoas e, depois, por telefone e àqueles que não se registraram on-line”, relata Malu Campos Salles. Ela explica que, ao informatizar o sistema, agiliza-se o processo e rastreiam-se as informações com mais qualidade. “Além de utilizá-lo como base de dados para o próprio evento, pode ajudar o CRM das empresas e a atrair mais patrocinadores, gerando para eles visibilidade e informações”, afirma.


Mobilidade Corporativa

O Instituto Alatur não para de estimular e difundir as melhores práticas.

aprimorar as práticas de mobilidade Corporativa é fundamental para o controle de processos, economia de recursos e para a ampliação do papel e funções do gestor de viagens. O Instituto alatur é pioneiro na difusão destas práticas nas áreas de Logísica de treinamento, Gestão de Expatriados, Gestão de Frotas, Expense management, Eventos Virtuais e Híbridos e Consultoria.

o que veM aí eM 2012 Fórum HRG Latam - 16 de abril 5o Fórum alatur - 21 de setembro Projetos de pesquisa: Regionalização, Logística de treinamento, Eventos e mobilidade Corporativa.

www.alatur.com/instituto i n s t i t u t o @ a l a t u r. c o m


internacional

México para o mundo

Do

Parceria entre HRG e Villa Tours consolida agência como uma das maiores do mercado mexicano. Para 2012 a expectativa é de manter o crescimento

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Por Luiz Felipe silva


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az cinco anos que a companhia de viagem Villa Tours representa a HRG no México. Fundada em outubro de 1979 em Monterrey, estado de Nuevo Leon, a empresa despontava no cenário mexicano com rápido crescimento nos anos 2000. Influente em âmbito nacional, a Villa Tours foi procurada pela HRG no fim de 2005 para fortalecer sua entrada em um dos principais mercados da América Latina. O interesse foi compartilhado pela TMC mexicana, que buscava caminhos para alcançar presença global para seus clientes. “Quando nos procurou, a HRG queria soluções de negócio seguras, corretas e financeiramente equilibradas. Nós queríamos soluções globais”, conta o diretor-geral da agência, Antonio Cantú. O processo de união das duas empresas foi articulado entre os setores de vendas, operações, administração, contabilidade, tecnologia e marketing. Finalizada a fusão, o know-how multinacional da companhia inglesa deu o tom no escopo das relações tanto globais quanto regionais da empresa. “Quanto

“Volume de receitas não é a forma como medimos o sucesso” mais oportunidades aparecem para a melhoria na qualidade do serviço que prestamos, mais vantagens surgem para nós e clientes nos programas de viagens corporativas”, explica Victor Hernandez, gerente comercial. Atualmente, a HRG Villa Tours é formada por três grandes unidades de negócio. A principal delas é a Corporate Travel Division, que representa 89% do total de vendas e conta com 133 funcionários. As divisões de eventos e viagens de lazer têm dez funcionários cada e representam, respectivamente, 5% e 6% do total de vendas. Essa estrutura corporativa tem rendido à companhia progressivo crescimento em suas receitas anuais. Em 2010, foram US$ 44 milhões e a estimativa para 2011 foi de US$ 52 milhões – aumento de mais de 15%. Nos últimos quatro anos, a empresa ficou com o sétimo posto no ranking da BSP México (braço mexicano da IATA –

Associação Internacional de Transporte Aéreo) para agência de viagens, a segunda dentro do segmento corporativo. Hernandez explica que o momento é de consolidação como uma das grandes agências do país. Hoje, a carteira de clientes conta com companhias globais e regionais, e abrange os setores de mídia e entretenimento, automotivo, financeiro, bancário, industrial, farmacêutico, telecomunições e de óleo e gás. A expectativa é terminar 2012 na sexta colocação no ranking BSP e seguir o cálculo anual de 15% de incremento na receita bruta. Hernandez, contudo, minimiza as projeções. “Volume de receitas não é a forma como medimos o sucesso da empresa”, afirma. “O sucesso para nós é trabalhar com clientes que valorizem nossa expertise e trabalhem em parceria para reduzir custos, controlá-los e fazê-los eficientes, além de otimizar os programas e experiências”, conclui.

Contribuição direta de viagens e turismo para o PIB mexicano Negócios e lazer (2011):

Doméstico e internacional (2011):

Mercado mexicano O mercado de turismo é um dos mais aquecidos da economia mexicana. Se os números já foram altos em 2011, a previsão para os próximos dez anos é ambiciosa. Hoje, o total gasto em viagens no país é de 1.291,3 bilhão de pesos mexicanos (o equivalente a R$ 172 milhões), e a expectativa é que, em 2021, chegue a 2.005,4 bilhões (cerca de R$ 268 milhões). Desse total, apenas 9,5% é relacionado às despesas do segmento viagens de negócio. Ou seja, há um espaço considerável para o crescimento do setor.

Gasto com lazer: 90,5%

Gasto doméstico: 83,5%

Gasto com negócios: 9,5%

Gasto de visitantes internacionais: 16,5%

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Viagens Corporativas

total Controle

Expense Management oferece total gestĂŁo de despesas: economia e produtividade podem crescer atĂŠ 80% por Luiz Felipe Silva

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endência entre as empresas norte-americanas, o mercado brasileiro de viagens corporativas se rende à ferramenta Expense Management. Desenvolvida para a gestão integrada de despesas de viagens, a tecnologia atinge 90% das grandes empresas e 60% de companhias de médio porte nos EUA. No Brasil até 50% dos gastos com viagens corporativas não são gerenciados. Como os dois mercados têm características distintas, é impossível equiparar os sistemas de gestão de viagens corporativas nos dois países.

Em uma das reuniões do Comitê de Viagens e Mobilidade Corporativa da Câmara de Comércio Americana (Amcham), o consultor americano David Kaufman falou sobre como o sistema pode economizar tempo e esforço em inputs de informação – a produtividade pode subir em até 80%. “É possível mensurar números com facilidade e ampliar a capacidade de planejamento e negociação com fornecedores. Em empresas com mais de 200 funcionários é praticamente inviável registrar contas e despesas específicas”, explicou. E os gestores? De olho no ganho de produtividade e no controle de custos, as empresas brasileiras estão usando mais o serviço. O diretor de desenvolvimento de novos produtos, Jean Carlos Lopes, explica que, embora muitas empresas utilizem algumas ferramentas de selfbooking para gerenciar despesas, isso ainda não é o bastante, pois não conseguem agrupar e conhecer todos os gastos – desperdiçando milhões de reais. “Foca-se nas despesas de passagem, mas esquecem que, dependendo do segmento, isso pode representar apenas 40% do volume”, diz. Os serviços tradicionais de Expense Management se adaptam aos clientes, geralmente controlam e planejam os

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Viagens Corporativas

David Kaufman

“É possível mensurar números com facilidade e ampliar a capacidade de planejamento e negociação com fornecedores” gastos não só de passagens, hotéis e seguros de viagem. E também gerenciam a prestação de contas, adiantamentos, reembolsos, despesas com táxi, alimentação, contas de celular, entre outros. Há, portanto, a necessidade de customizar os modelos de automação para os diversos tipos de negócio e de volumes de transação. “Na Alatur, por exemplo, há um planejamento para empresas que

realizam o expressivo número de 80 mil transações por ano e para aquelas com números bem menores”, comenta o vie-presidente da Alatur Ricardo Ferreira. Se a indústria de viagens corporativas tende a se desenvolver a passos galopantes, o segmento do Expense Management deve ser peça fundamental na engrenagem de organização de custos de todos os tipos de empresas.

Quanto é possível economizar? Atualmente, as ferramentas mais usadas no mercado mundial são: SAP, Oracle, Excel, Infor, Concur, KDS e Spendvision. De acordo com dados de uma pesquisa feita nos Estados Unidos, 27% das empresas têm uma automação full, 21% têm alguma automação, 42% presta contas manualmente (utilizando para isso o programa Excel) e o restante planeja implantar algum controle nos próximos seis meses. Uma empresa que tem mil reportes por mês com gasto geral aéreo, hotel, carro e despesas gerais de R$ 600 mil teria uma economia financeira anual direta de aproximadamente R$ 180 mil, isso sem contar a gestão do processo e a inibição de abuso por falta de controle.



Por Luiz Felipe Silva

compras

Valem a pena No lazer ou nos negócios, confira aqui os itens indispensáveis para a sua viagem O ultrabook O X-Note Z330 é novidade da LG na linha dos notebooks de altíssimo desempenho. Leve (1,2 kg) e fino (15 mm), vem nas opções de processadores Core i5 ou i7, com 4 GB RAM e até 256 GB, que fazem dele um dos mais rápidos do mercado: tempo de desligamento de 9.9 segundos. Tela de 13.3”. US$ 1.300

O celular tablet O Galaxy Note é o único touchscreen que possibilita escrever com a caneta como se fosse papel e tem as funções S Planner, S Note e S Choice. O processador de 1,4 GHz é mais rápido que a média do mercado e sua tela de 5.3” é a maior entre os smartphones. Vem com câmera de 8 MP que grava em HD. R$ 1.700

Fotos profissionais A Cannon 7D conta com a tecnologia CMOS de 18 megapixels, ISO de até 12800 e grava vídeo em Full HD. Indicada para profissionais e semiprofissionais, tem diversas opções para otimizar as imagens: sistema autofoco, mira inteligente e velocidade de oito fotos por segundo. Vem com kit de lente EF-S18-135. R$ 8.200

Elegância A capa de iPhone pode ser um elegante item para seu gadget. Feita de couro puro polido e escurecido, o produto da J. Crew protege por completo o instrumento e dá a ele um ar de sofisticação. US$ 38

Pra correr A Motorola lançou o Motoactv, relógio de pulso desenvolvido com o poderoso processador 600 MHz. Criado para atender os apaixonados por corrida, tem tecnologia semelhante a de computadores: sistema gerenciador de som, Bluetooth 4.0, conexão wireless ANT+ e dispositivo Android. R$ 999

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Teclado e touchscreen A partir de seu lançamento, o modelo Bold 9790 vem se tornando o smartphone favorito dos fãs do Blackberry. Com 1 GHz de processador e tela de 2.44”, o Bold 9790 oferece, além do tradicional teclado em versão qwerty, tela com tecnologia touch. R$ 1.390

Bolsa argentina A linha Capybara briefcase foi desenvolvida para ser o produto mundial da marca argentina Arandu. Feita de couro argentino de alta qualidade, é discreta e compacta, pode carregar pastas, documento, tablet e notebook. US$ 245

Tecnologia alemã A Loewe, uma das mais luxuosas marcas de eletrônicos alemã, lançou recentemente seu sistema de som SoundVision. Composto de alumínio polido, tem design fino com seis speakers e dois subwoofers. É portátil e trabalha com web, rádio, CDs, WiFi, cabo Ethernet e tem tela touch de 7.5”. US$ 2.000

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Som retrô Inspirada nos relógios dos anos 20, a fabricante suíça Geneva disponibiliza seu primeiro sistema de som portátil de alta qualidade. O Model XS pode ser compactado em forma de estojo e cabe em qualquer espaço nas malas. Vem com speakers, woofer, amplifier, rádio e Bluetooth. US$ 250

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Lazer

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Ilhas por todos os


Mais de 17 mil ilhas compõem o arquipélago da Indonésia, destino com praias exuberantes, belezas naturais e tradição hindu e budista

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Por Luiz Felipe Silva

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a divisa entre a Ásia e a Oceania, ao oriente do planeta Terra, está um dos maiores arquipélagos já explorados pelo homem. Limitada pelos oceanos Índico e Pacífico, a Indonésia é composta de 17.508 ilhas – delas, apenas cerca de 6 mil são habitadas – e quase 2 milhões de quilômetros quadrados. O turismo corresponde a 3% do PIB do país, estimado em pouco mais de US$ 1 trilhão, e não é difícil entender o motivo. As belezas naturais e a arquitetura histórica são reconhecidas por todo o mundo, tornando o lugar destino certo de mais de 4 milhões de turistas por ano. Como não poderia deixar de ser, as praias são as atrações mais óbvias do país. E o destino mais famoso, a ilha de Bali. Sua geografia é montanhosa, variando de picos de mais de 3 mil metros a planícies a nível do mar. O ponto mais alto o vulcão Gunung Agung, de 3.140 metros, que teve sua última erupção em 1963. Aliás, os desastres naturais constantemente afligem o arquipélago, como a tsunami de 2004, no qual cerca de 170 mil pessoas morreram. A última grande tragédia foi em 2010, quando o vulcão Merapi entrou em erupção, na ilha de Java, e matou mais de 300 pessoas. Contudo, o que deveria ser razão para afastar os viajantes das ilhas indonésias se tornou atrativo. A região do Círculo de Fogo Pacífico, onde o país se localiza, registra em média 7 mil tremores de terra por ano e abriga mais de 400 vulcões, sendo 129 ativos – nos últimos dez anos, foram 19 erupções de médio ou grande porte. Os rastros da destruição provocada por fenômenos naturais são, hoje, pontos turísticos.

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hindus, no século VII, para depois de alguns séculos ser adaptado ao budismo. É a atração turística mais procurada na Indonésia. Praias deslumbrantes Há praias de todos os tipos no arquipélago. Lombok é um exemplo de balneário ideal para curtir e descansar. Um paraíso isolado pelo vulcão Rinjani. Em Bali, destacam-se as praias de Sanur, de características selvagens, e Lovin, também reservada e pouco populosa. Kuta e Pasir Putih são dois dos destinos mais populares por conta das belezas naturais, que misturam montanhas, mata virgem e praia. E é em Seminyak onde há agito, com restaurantes, bares e discotecas.

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Cultura hindu e budista A ilha de Bali é, também, centro cultural e histórico das tradições hindus na Indonésia, hoje um país predominantemente muçulmano – 87% da população é fiel ao Corão. Concentra-se na ilha a maior parte dos templos hindus, símbolos de uma arquitetura milenar. Na região, há até uma variação da religião chamada bali-hinduísmo, que cultua espíritos da natureza. Além do hinduísmo, o budismo é parte da rica cultura indonésia. Seu principal ícone é o templo Borobodur, o maior do mundo na religião ocidental. Situa-se na ilha de Java – província onde se localiza a antiga capital, Yogyakarta – e foi construído originalmente para contemplar deuses

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O multipremiado Hong Kong International Airport, conhecido localmente como Chek Lap Kok Airport, é um dos mais modernos e eficientes do mundo – 2º lugar no ranking do The Guide Sleeping in Airports e campeão no prêmio Srytrax World Airport of the Year em 2011. Pudera, no último ano ele recebeu mais de 50 milhões de passageiros.

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Por Luiz Felipe Oliveira

embarque

Entrada para o Oriente

Atleta por um dia Um simulador de esportes mais populares, como futebol, basquete, boxe, automobilismo, golfe entre outros. O i-Sports permite que amadores simulem partidas contra profissionais. Fica no nível 6.

Cultura aeroviária O Aviation Discovery Centre proporciona ao viajante integração e informação sobre o desenvolvimento aeroviário de Hong Kong. Tem decoração temática e atrações como o Cockpit Simulator. Mainland Coach Station O Mainland Coach Station é um terminal com lounge de 230 metros quadrados para quem deseja ir a alguma cidade chinesa. De suas 36 baías para vagões saem 320 viagens por dia.

32 alatur abril 2012

Cine 4D Com cerca de 360 assentos, a sessão de cinema 4D é equipada com sistema 3D de projeção e somada a sete diferentes efeitos sensoriais especiais. É a maior tela 4D da Ásia.

Plaza Shower and Relaxation Lounge Há quatro unidades espalhadas pelo aeroporto (duas no nível 6, uma no 7 e outra no 3) e que funcionam 24 horas por dia para garantir descanso e relaxamento ao viajante.



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A luxuosa

volta ao

Hualalai, Hawaii


N mundo em 22 dias Viagem planejada pela rede de hotéis de alto padrão Four Seasons leva a dez destinos ao redor do planeta

Kyle Rothenborg

Por Luiz Felipe Silva

o século 19, quando Julio Verne revolucionou a literatura moderna com a aventura de Phileas Fogg com o livro A Volta ao Mundo em 80 Dias, era inimaginável que uma jornada igualmente excitante e recheada de belezas naturais pudesse ser realizada, muito menos em apenas 22 dias. De Los Angeles, nos Estados Unidos, a Londres, na Inglaterra, a Luxury World Jet Travel, criação da luxuosa rede de hotéis Four Seasons, passa por dez destinos incríveis ao redor do planeta. Assim como na obra de Julio Verne, contudo, o viajante global tem de estar com as economias em alta: são exatos US$ 66.950,00 pelo roteiro. “A viagem inclui passeios qualidade, restaurantes excepcionais e uma equipe de especialistas”, esclarece a vice-presidente de marketing da companhia, Susan J. Helstab. A proposta é de uma experiência totalmente livre de preocupações. Todos os cuidados necessários, desde passagens aéreas, alimentação e hospedagem nos hotéis da rede, são providenciados no momento em que a viagem é adquirida. Os voos são feitos em um Boeing 757 privado e apenas para pequenos grupos de até 78 viajantes. Duas turmas foram abertas, uma em setembro e outra em outubro desse ano. Apesar do valor, restam apenas 25% das vagas. No custo da viagem estão incluídas verbas destinadas ao apoio de serviços sociais de cada local visitado. Um grupo de expedição irá providenciar suprimentos médicos ou escolares, colaborar com programas sociais de serviços básicos e comprar lembrancinhas artesanais produzidas pelos artistas locais.

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sonho sonho

Moeava Rosemont

bora bora

Sydney

as mais belas Três destinos do roteiro de volta ao mundo são famosos pela tríade: sol, mar e belezas naturais. São ilhas que possuem as praias mais bonitas e que encabeçam as listas como sonho de consumo dos mais variados tipos de viajante de todo. O Havaí é um deles. Composto por 132 ilhas que se estendem por mais 2,4 mil quilômetros, tem oito de origem vulcânica e principais pontos de visita. Ao todo, são 6 milhões de turistas por ano que procuram o destino. O outro é Bora-Bora, que figura na lista de principal destino para lua de mel. Fama que garante à Ilha, na Polinésia Francesa, um produto Premium no turismo mundial. Enquanto que Bali, na Indonésia, é destino para quem gosta de paisagens exuberantes e farta oferta de elementos culturais. Recebe anualmente 2,1 milhões de pessoas que buscam, entre outras coisas, para conhecer a arquitetura dos templos religiosos.

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Dez destinos O ponto de partida é a cidade norte-americana de Los Angeles. Sendo o primeiro destino, a ilha de Kona, a maior do arquipélago do Havaí. Ela é famosa por abrigar dois dos maiores vulcões ativos do mundo, Kilaeua e Mauna Loa, que podem ser visitados de helicóptero. Do topo das formações rochosas, avista-se uma das mais belas paisagens do planeta. A segunda parada é também no Oceano Pacífico: o arquipélago de Bora-Bora, na Polinésia Francesa. Famosa por seus mares cristalinos, grandes quedas d’água e campos esverdeados, proporciona aos visitantes inesquecíveis mergulhos. Entre os corais encontra-se enorme diversidade de vida marinha. Com sorte, dá até para acompanhar a alimentação das raias. Na sequência, a viagem cruza o Pacífico e desembarca em Sydney, na Austrália. A maior cidade da Oceania tem

quase 5 milhões de habitantes e se destaca por sua arquitetura moderna e aspecto cosmopolita. Suas principais atrações turísticas são a icônica Opera House, o Jardim Botânico Real e a ponte Harbour. Ainda na Austrália está o quarto destino dessa volta ao mundo. São as Ayers Rock, localizadas no mais profundo deserto central australiano. Espaço sagrado dos povos pré-colonização, é chamado ainda de Uluru pela civilização indígena. A visita é amparada por um guia aborígene. O circuito deixa a Austrália para entrar em seu trecho mais exótico e espiritualizado. Há, aqui, duas opções de destino em Bali, na Indonésia: a ilha ao sul, em Jimbaram Bay, e a ilha ao centro, em Sayam. Ao sul, a exuberante vista é acompanhada por aulas de culinária típica balinense. Ao centro, localiza-se em um paraíso entre selvas; sua

Para mais informações, fale com: clubplus@alatur.com

Paul Torello

Barbara Kraft

bora bora


Londres

Robert Miller

Chiang Mai

Mumbai

Robert Miller

Kevin Orpin

Bali

paisagem é composta por jardins aquáticos e pelo rio sagrado Ayung. Da Indonésia, a viagem segue para a vizinha Tailândia. Chiang Mai, segunda maior cidade do país e localizada no nordeste tailandês, é um destino marcado pela diversidade e beleza arquitetônica e pela culinária única. Há a opção de fazer um adventure tour pela selva tailandesa. Há mais de trezentos templos budistas na cidade. Próximo destino: Índia. A cidade de Agra, capital indiana nos séculos 16 e 17, ostenta uma das mais belas obras arquitetônicas do planeta, o Taj-Mahal. Considerado uma das sete maravilhas do mundo, foi finalizado em 1652 como homenagem do então imperador indiano à sua falecida esposa. O imponente monumento foi construído com mármore branco, pedras semipreciosas e muito ouro. Seu jardim tem 96 mil metros quadrados.

“A viagem inclui passeios de qualidade, restaurantes excepcionais e uma equipe de especialistas” (Susan j. helstab)

Ainda na Índia, a viagem passa por Mumbai, centro cultural indiano, onde pode-se visitar o Mani Bhawan, museu em memória a Gandhi, e Dhobi Ghats, a maior lavanderia a céu aberto do mundo. A viagem a monumentos históricos dá um salto de cinco mil anos no tempo. O complexo da Necrópole de Gizé (as famosas pirâmides do Egito), também uma das sete maravilhas do mundo, é a parada seguinte. Localizado a cerca de 25 quilômetros de Cairo e a nove quilômetros do rio Nilo, o complexo consiste nas pirâmides de Quéops e Quéfren e no complexo de pirâmides de Miquerinos. À margem, está a icônica escultura gigante da esfinge de Gizé. A volta ao mundo se encerra após 480 horas, em Londres, capital inglesa. Na cidade, um dos centros culturais mais efervescentes do mundo ocidental.

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Por luiz felipe silva

4 horas em...

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fotos: GNTB Jochen keute

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Frankfurt A cidade do maior aeroporto da Alemanha é repleta de monumentos religiosos e arquitetônicos. É, também, um grande pólo artístico da Europa. 1

Catedral de São Bartolomeu (Dom)

Principal igreja da cidade, a catedral de São Bartolomeu, ou catedral de Frankfurt, foi finalizada entre os séculos14 e 15 – relatos apontam que o início da construção se deu em meados dos anos 800 – e durante quatrocentos anos serviu de cenário para coroação dos imperadores do território onde hoje é a Alemanha. Durante o processo de unificação alemão, no século 19, a catedral foi um dos principais símbolos de integração nacional. Destruída em 1867 por um incêndio, passou por reconstrução obedecendo o projeto inicial. A catedral de São Bartolomeu tem 95 metros de altura e fica na Domplatz, 14.

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Jardim Arqueológico

Próximo à catedral está o Jardim Arqueológico de Frankfurt, o estágio final da caminhada que os imperadores faziam após a coroação. O local foi descoberto apenas em 1953, durante escavações pós-Segunda Guerra Mundial. Os jardins são ruínas de um acampamento militar romano e de um castelo do Império Carolíngio que ficaram embaixo de escombros. No local, há maquetes que reproduzem a paisagem real do Jardim e como ele era séculos atrás. Fica na Römerberger, sem número.

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Museu do Cinema

Fica em Frankfurt o maior museu de cinema da Alemanha, um dos mais relevantes do mundo, com duas mostras permanentes sobre o cinema no século 20, réplicas de estúdios e exibições de efeitos especiais e técnicas artísticas. Entre as atrações, estão trechos de filmes históricos e materiais raros sobre cinema europeu, assim como uma biblioteca com mais de mil obras no catálogo. O German Film Museum de Frankfurt (há filiais em Berlim, Düsseldorf e Potsdam) fica em Schaumainkai, 41.

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Römer O conjunto de prédios é a Câmara Municipal da cidade há mais de 600 anos. O complexo de três edifícios tem mais de 10 mil metros quadrados. Boa parte das salas internas conserva a arquitetura original. A sala de jantar do antigo império romano. O Römer fica na Römerberg, 27.


A


sem mistĂŠrio


Movimento

Urbano Car sharing é tendência para mobilidade sustentável e opção de economia para empresas e cidadãos por Luiz Felipe Silva

E

cologicamente correto e economicamente viável, o serviço do car sharing é um exemplo de negócio de mobilidade urbana responsável. O conceito nasceu na Suíça, em 1987, com a gênese da empresa Mobility, que com apenas dois carros fez da ideia de compartilhamento de veículos automotivos um sucesso que se espalhou pelo mundo – especialmente na era da responsabilidade sustentável. Conhecido também como car pooling ou car clubs, o sistema é simples. Cada associado (ou usuário) cadastrado recebe um cartão que permite acesso a qualquer carro nos estacionamentos da empresa de car sharing espalhados pela cidade que oferecem o serviço. Os veículos podem ser alugados por algumas horas ou dias e devem ser devolvidos tanto no mesmo lugar quanto em estacionamentos credenciados. Vale a regra de cada empresa fornecedora do serviço. São muitas vantagens para o consumidor. O usuário não é onerado por nenhum custo básico do carro, como impostos, seguros, garagem e até combustível – a maioria das empresas pelo mundo reembolsam o valor no caso de abastecimento. Outro ganho é que utilizar o serviço costuma ter um custo menor que táxis e, para uso de curto período, menor que aluguéis de carro regulares – e também com muito menos burocracia. Por fim, no tripé de benefícios, estão comodidade e conveniência, pois evita intermináveis buscas por vagas de estacionamento. Os sistemas de pagamento costumam funcionar da seguinte forma: taxa mensal ou anual fixas e mais o número de minutos ou horas que os carros foram utilizados, seguindo uma tabela de preços. De acordo com dados da Zipcar, a maior empresa de car sharing do mundo, cada associado chega a economizar US$ 500 por

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sem mistério

“fomos bem aceitos pelo paulistano e temos certeza que, à medida que o serviço amadurecer e a nossa rede se expandir, mais comum se tornará”

ano se usar o modelo ao invés de ter carro próprio – a conta não inclui o valor da compra de um automóvel. A Zipcar atua em cidades dos Estados Unidos, Canadá e em Londres, com mais de 650 mil associados, 9 mil veículos e saiu na Nasdaq em maio de 2011 com IPO de US$ 174 milhões. Entre os diversos públicos que o serviço atende, um dos que aparece com destaque é o de profissionais que viajam a negócios por pequenos períodos de tempo. Enquanto isso, representa boa parte do mercado consumidor em outros países. No Brasil, mais especificamente em São Paulo, a maior empresa do segmento, a Zazcar, quase não trabalha com turistas. “Cerca de 90% dos nossos clientes são moradores da cidade”, conta Felipe Barroso, sócio-diretor da empresa. A Zazcar nasceu em 2009 como pioneira na América Latina. Hoje, conta com quase 700 usuários cadastrados e 33 pontos de estacionamento nas

regiões central, sul, leste e oeste da capital paulista. De acordo com Barroso, está programado um plano de expansão para a empresa a curto prazo para São Paulo e, depois, para outras cidades no país. Ainda recente por aqui, o público brasileiro está se acostumando com o serviço. “Fomos bem aceitos pelo paulistano e temos certeza que, à medida que o serviço amadurecer e a nossa rede se expandir, mais comum se tornará”, analisa. Eficiente para o indivíduo comum e para empresas, o car sharing é uma ideia que tende a crescer, especialmente em regiões onde o ideal sustentável está em desenvolvimento e deve mudar o comportamento do cidadão quanto à mobilidade urbana. Em pesquisa realizada nos Estados Unidos, cerca de 20% dos usuários do sistema andam mais a pé, 15% andam mais de bicicleta e 72% afirmam que pensarão duas vezes antes de comprar um carro só seu. O futuro, portanto, será compartilhado.

ONDE ENCONTRAR? ALEMANHA Hamburgo, Düsseldorf, ULM: Car2go www.car2go.com AUSTRÁLIA Sydney, Melbourne, Adelaide, Brisbane: GoGet Carshare www.goget.com.au BRASIL São Paulo: Zazcar www.zazcar.com.br CANADÁ Otawa: Vrtucar, ww.vrtucar.com - Montreal, Quebec, Gatineau e Sherbrooke: Communauto, www.communauto.com - Toronto: AutoShare, www.autoshare.com - Nova Escócia: CarShareHFX, www.carsharehfx.ca - Vancouver: Modo, www.modo.coop

ESTADOS UNIDOS Nova York: Buffalo Carshare, www.buffalocarshare.org - Burlington: CarShare Vermont, www.carsharevt.org - Denver e Boulder: eGo CarShare, www.carshare.org - Minnesota: Hourcar, www.carsharing.org - Ithaca: Ithaca Carshare, www.ithacacarshare.org - São Francisco, Oakland, Berkly e Alameda: City CarShare, www.citycarshare.org - Madison: Community Car, www.communitycar.com - Chicago: I-GO Car Sharing, www.igocars.org ESPANHA - Barcelona: Avancar Carsharing, www.avancar.es

FRANÇA Paris:Caisse Commune, www.caissecommune.com ITÁLIA Roma: Roma Car Sharing, www. carsharing.roma.it HOLANDA Amsterdã: Car2go, www.car2go.com PORTUGAL Lisboa: Mob Carsharing www.mobcarsharing.pt REINO UNIDO Londres, Cambridge, Oxford: Zipcar*, www.zipcar.com * presente em mais de 180 cidades pelo mundo


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Chão, teto, paredes e até camas de gelo. Água – com a ajuda do frio no rigoroso inverno canadense – é a única matéria-prima do Ice Hotel Quebec Experience, o primeiro das Américas do gênero e que promete aos hóspedes uma experiência singular e rara, uma vez que ao fim da estação irá derreter. Três vezes ao ano, designers e escultores usam o gelo para construir ambientes e cômodos artisticamente, com detalhes temáticos. Não há, contudo, preocupação com o frio excessivo: sobre as camas há sacos de dormir do Ártico, cobertores de pele e lareiras. Nesta temporada, a novidade é o N’Ice Club Bar, que serve bebidas em copos de gelo em um salão decorado com luzes que refletem nas paredes congeladas.

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Por Sonia Xavier

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Hotel de gelo em Quebec

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Igreja de sal abaixo da terra A 180 metros abaixo da terra está localizada uma das mais belas igrejas do mundo: a catedral de Sal de Zipaquirá, cidade a 50 quilômetros de Bogotá, a capital colombiana. Com mais de 400 anos de história – historiadores dizem que, se considerarmos o período pré-colombiano, são 12 mil anos – a catedral recebe 500 mil turistas por ano, 40% deles estrangeiros. A construção subterrânea foi talhada pelos próprios mineradores como culto à Virgem de Guasá, padroeira dos mineradores colombianos. Há, no trajeto, uma via-sacra de dois quilômetros onde foram esculpidas 14 estações que simbolizam o calvário de Cristo. Dentro do santuário, há uma cruz de 16 metros de altura e um curioso jogo de luzes que tenciona reproduzir a batida do coração de Jesus. A mina é resultado da evaporação de água do mar que havia na região há cerca 70 milhões de anos, que cristalizou sal em uma cavidade terrestre. Um projeto de restauração executado pela prefeitura de Zipaquirá, ao custo de 4,1 bilhões de pesos (cerca de R$ 3,5 milhões), prevê aumento de visitantes até 800 mil anuais.

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Há dois anos a British Airways começou a restauração de todas as cabines de seus aviões para adequá-las a um novo conceito de primeira classe. Agora as aeronaves da companhia têm 14 assentos remodelados, que entre os confortos oferecem aos usuários assentos em couro com acabamento feito à mão, tapetes felpudos e iluminação personalizada. “Em alguns aeroportos conta também com o serviço de fast track e, na hora do embarque, em Londres, os lounges no Terminal 5, desenhados para receber os passageiros da companhia em alto estilo, com bares, poltronas, serviço de SPA e ambientes que propiciam o relaxamento”, explica o diretor comercial da British Airways no Brasil, José Antonio Coimbra. Os brasileiros já podem experimentar as novas cabines da primeira classe em todos os voos entre São Paulo – Londres.

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Mimos entre São Paulo e Londres

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O publicitário que comeu de quase tudo \Washington Olivetto acaba de lançar seu sétimo livro. Só os patetas jantam mal na Disney reúne em suas 128 páginas alguns artigos escritos pelo publicitário para a revista Gosto, onde ele conta saborosas histórias gastronômicas vividas em suas viagens pelo mundo entre 2009 e 2011. Com seu característico texto leve e bem-humorado, Olivetto narra suas aventuras por restaurantes dos Estados Unidos, França, Itália, Espanha, Tailândia, Suíça e, claro, Brasil. Na leitura é possível descobrir que ele tem um paladar exigente e eclético, tendo já experimentado quase tudo. E para não deixar o leitor passando vontade, reservou as últimas páginas para indicar os endereços dos restaurantes mencionados.

Os maiores do mundo Em mais uma lista de fim de ano, a CNN divulgou os 20 arranha-céus mais bonitos do mundo. O campeão da lista é o nova-iorquino Empire State Building, de 437 metros de altura. Os Estados Unidos tiveram apenas mais um edifício no ranking: Transamerica Pyramid, em San Francisco. O país campeão da lista é a China, com cinco prédios, dois em Hong Kong, um em Pequim, um em Xangai e um em Macau. A Ásia, aliás, domina o ranking: além das cinco construções chinesas, Tailândia, Vietnã, Malásia, Japão, Taiwan e países do Oriente Médio como Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos (com dois) foram selecionados. Nenhum arranha-céu brasileiro foi escolhido entre os 20 mais belos.

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raridades

RIO DE JA O outro lado do

Pacificadas, as favelas do Rio de Janeiro se abrem para o turismo sustentĂĄvel e revelam o outro (e tambĂŠm maravilhoso) lado da cidade

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por sonia xavier

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NEIRO

C

antadas em verso e prosa, as belezas do Rio de Janeiro sempre fascinaram os visitantes. As praias do Leme ao Pontal, os bairros boêmios da Lapa e Santa Tereza, o Centro, a Floresta da Tijuca, enfim, um sem número de atrativos que agradam a todos os gostos. Entretanto, outro lado da cidade ficava marginalizado e entregue ao controle do tráfico de drogas: as favelas. Hoje, a pacificação dessas comunidades mudou o roteiro do visitante e o levou a subir o morro. Assim, outras rotas foram incorporadas às opções de passeio na cidade. Elas mostram a rotina de seus moradores, sua arte, sua gastronomia e a natureza que os cerca. E melhor, a integração cultural entre o turista e a comunidade criou de novas fontes de renda para os moradores. “Não se trata de passeios para ver apenas pobreza e, sim, as origens e o cotidiano da população. Os roteiros promovem a integração entre as pessoas e retratam a história por meio dos moradores”, explica Caroline Neutzling idealizadora da Soul Brasileiro. Com três anos de atuação, a agência leva os visitantes a cinco comunidades cariocas pacificadas. O Favela Tour inclui as comunidades da Babilônia, no Leme; do Cantagalo, entre Ipanema e Copacabana; de Santa Marta, em Botafogo; do Vale Encantado, no Alto da Boa Vista; e do Tabajaras, perto de Copacabana. Gaúcha de São Leopoldo, Caroline viveu um período em Londres, na Inglaterra, e não raramente ouvia elogios feitos pelos estrangeiros ao Brasil e ao Rio de Janeiro. Assim que retornou, ela se mudou para a cidade maravilhosa, onde além de preparar projetos sociais criou a agência. “Descobri que o turismo estava sendo realizado de forma exploratória e não sustentável. A Soul Brasileiro foi lançada com a proposta de levar as pessoas a viver novas experiências pela cidade”, conta. Os tours são feitos sempre com guias


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Favela Cantagalo e os murais grafitados nas casas

locais, ou seja, moradores, que além do português falam outro idioma. Com essa oportunidade, os moradores dessas regiões, de acordo com Caroline, ganham autoestima e espírito de comunidade, e consequentemente todo o ciclo é mudado, e abrindo-se novos mercados, alterando suas fontes de renda. “Querendo ou não, até bem pouco tempo, a atividade era o tráfico de drogas. Depois das UPPs o turismo passou a ser a opção natural de trabalho”, afirma Caroline. Parecidas, mas diferentes Por viverem realidades semelhantes, as cinco comunidades têm pontos em comum, mas características distintas visíveis apenas a quem se entrega à experiência de conhecê-las. A favela da Babilônia expandiu sua área de cima para baixo, levando ao desmatamento do morro. Só restou uma porção de floresta onde ficava um posto de observação dos militares. “Quando eles saíram, a comunidade entendeu que precisava manter a floresta”, explica Caroline. Hoje há mais de 200 mil mudas plantadas, e na área é possível percorrer uma trilha com dois quilômetros de extensão e ver o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor. Entre Ipanema e Copacabana fica o

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Cantagalo. Ali há varios projetos sociais sendo tocados, mas a maior atração é a arte. “Os moradores fizeram um museu a céu aberto formado por 26 casas cujas fachadas foram transformadas em telas que contam a história da comunidade”, diz. É um passeio de casa em casa, em que conhecemos seus moradores e suas histórias distintas. Santa Marta foi a primeira comunidade a ser pacificada e a receber uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), em 2008, por isso, é considerada a mais avançada. Está integrada ao bairro de Botafogo e já recebeu artistas internacionais, como Michael Jackson e Madonna. Nela há um belo painel de Romero Brito. “Aqui os moradores estão mais acostumados a receber. O visitante pode acompanhar um jogo de futebol no campinho, utilizar o bondinho que circula dentro da favela ou participar de festas e feijoadas”, explica. O Vale Encantado, no Alto da Boa Vista, tem apenas 200 habitantes que não viveram os problemas das comunidades controladas pelo tráfico de drogas. Colada à Floresta da Tijuca, tem área para trilha e moradoras cuidam do lanche dos visitantes. Aliás, a gastronomia criativa é ponto forte da comunidade. O carro-chefe é o

Jacalhau – espécie de bacalhoada feita com jaca. “Os moradores trabalham na comunidade mesmo e se reinventaram por meio do turismo”, explica. Nas favelas Cantagalo e Pavão e Pavãozinho as fachadas de 26 casas foram grafitadas com desenhos acompanhados por textos de cordel que contam a história do lugar. São cerca de dois quilômetros de caminhada para ver as casas-telas que deram origem ao inusitado Museu Favela. “Essa é a mais nova comunidade no rol de passeios da Soul Brasileiro”, destaca Caroline. Considerando as cinco favelas que recebem visitantes, há passeios para todos os gostos. E se o medo da violência pairar, Caroline é enfática: “Não tem perigo nenhum, elas são pacificadas mesmo e os moradores estão integrados às UPPs. Na Babilônia, por exemplo, os policiais dão aula de violão para as crianças. Hoje os policiais veem os moradores, que por sua vez, enxergam o processo de forma diferente”. Com a iniciativa engajada e inovadora, a Soul Brasileiro emprega diretamente cerca de 30 pessoas e indiretamente atuam em todos os mercados das comunidades. Cada passeio dura entre 4 e 5 horas. Conheça os roteiros no site da empresa: www.soulbrasileiro.com.br





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ponto de vista

PERSPECTIVAS PARA

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Nova classe C brasileira é ávida por consumir, entre outros bens, viagens Por Marta Poggi e Borges*

O

crescimento econômico dos últimos anos colaborou para a formação de uma nova classe média. Ela tornou-se protagonista do mercado interno, responsável pelo consumo de diversos produtos e serviços, refletindo positivamente nos mais variados setores econômicos. A nova classe C representa cerca de 50% da população brasileira, segundo o Instituto Data Popular, e dispunha de um trilhão de reais para gastar em 2011. Em 2014 será representada por 58,4% dos brasileiros, um contingente expressivo de consumidores, ávidos por adquirir viagens, dentre outros produtos. Hoje, a nova classe média responde por 45% da ocupação dos cruzeiros, mais de 50% do transporte aéreo e aos poucos aumenta sua participação nos hotéis e resorts. Entre 2002 e 2010 os gastos com viagens da classe C cresceram 245%, acima da média do setor, que aumentou 82% no mesmo período (Instituto Data Popular). Ao contrário do que alguns imaginam, esses consumidores têm mais escolaridade e são mais exigentes. Buscam produtos que valorizem sua origem e seu modo de vida, querem gastar pouco e serem

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bem atendidos. O principal desafio para os gestores reside, portanto, no planejamento, promoção e comercialização de produtos adequados aos gostos e aos bolsos dos novos consumidores. Tudo isso demanda um novo modelo de negócios. A entrada de novos consumidores e a realização dos eventos esportivos garante excelentes oportunidades para o mercado turístico nos próximos anos. As medidas econômicas para impulsionar o consumo interno, frente à crise internacional, que afeta principalmente a Europa e os Estados Unidos, devem produzir efeito positivo na economia brasileira a partir do segundo trimestre de 2012. Esse aquecimento influenciará, via efeito multiplicador, as viagens corporativas e de lazer. Boa notícia para os consumidores, excelente notícia para os profissionais. Agora cabe aos executivos do turismo aproveitar as oportunidades dos próximos anos, de forma a incrementar seus negócios, não apenas em faturamento, mas principalmente em termos de competitividade. * Economista e sócia-diretora da Strategia Consultoria Turística (www.strategiaconsult.com.br)


Satisfação é ter a solução exata para o seu negócio.

A CEP Transportes é uma empresa especializada na Logística em Eventos, Transporte Executivo e Locação de Veículos. Presta serviço 24h, sete dias da semana e atende em todo território Nacional. Consultores internos gerenciam cada detalhe de um evento, realizando montagem de malha aérea, suporte operacional e atendimento personalizado. Esses serviços trazem a você a tranquilidade do transporte integral e coordenação logística completa de pequenos encontros corporativos até grandes eventos. A CEP busca o aprimoramento contínuo de seus serviços, aliados à presteza e comunicação eficaz. A satisfação de cada cliente e a imagem que conquistou ao longo de sua história são garantia de conforto e satisfação. Comprove a qualidade de quem há 18 anos liga pessoas e destinos.

São Paulo 11 3214 5566

Curitiba 41 3209 8266

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