Vozdaigreja abril2015

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PADRE ALEXSANDER CORDEIRO LOPES Coordenador da Ação Evangelizadora

Abr . 15

Ação Evangelizadora

Agenda Mensal dos Bispos

IGREJA RES SUSCIT AD A RESSUSCIT SUSCITAD ADA Era ainda de noite... As mulheres vão, nas trevas, ver um sepulcro! Ali jazia uma voz calada. Elas têm o desejo de perfumar aquele corpo cheirando a morte... Elas não têm esperança... Seu Mestre, que ressuscitara mortos, repousava morto na pedra fria! Elas também estão mortas por dentro. Seu brilho nos olhos, sua esperança se foi. Jesus está sepultado! A decepção é total. O Reino não aconteceu... “Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui. Ressuscitou, como havia dito!” (Mt 28,5) Essa é a voz que escutaram no túmulo! E não encontraram um cadáver, mas sim o seu Senhor vivo! Algo surpreendente aconteceu! Aquele que tinha sido derrotado venceu a derrota! Se nem a morte o prendeu, o que mais o poderia vencer? Nada! O Reino da Vida por Ele anunciado enfim nEle aconteceu! E os discípulos, que estavam mergulhados na morte, ressurgiram com nova esperança, que jamais poderia lhes ser tirada! Eles experimentaram a morte com o Cristo e com Ele foram sepultadas suas esperanças! Agora, uma vida nova surgia em seus corações! Uma vida resgatada, perdoada, plena!!! Jesus ressuscitou! Verdadeiramente Ele ressuscitou!!! Tendo vivenciado esses sentimentos no Tríduo Pascal, somos convidados a experimentar a esperança de sermos uma Igreja viva! Não somos discípulos de um morto, mas de um Senhor que venceu a morte! Nossas comunidades eclesiais, muitas vezes desanimadas por se depararem com um mundo marcado por morte e dor, são convocadas agora a renovar seu ardor, sair de si e anunciar, com alegria, aquilo que experimentaram nas celebrações pascais: Ele venceu, e nós com Ele! Nesta edição de nossa revista “Voz da Igreja”, seremos conduzidos a refletir e celebrar esse mistério de vida nova, que impulsiona nossa ação! Estamos em missão, e assim queremos permanecer, como “Igreja viva em caminhada, farol na escuridão”. Acolhemos pela primeira vez a voz de nosso pastor, Dom José Antônio Peruzzo, que há pouco assumiu com entusiasmo o pastoreio de nossa Igreja local! Com ele, renovamos nossa fé e a certeza de que Deus nos conduz para sermos uma Igreja em saída, levando a todos a alegria do Ressuscitado! Feliz Páscoa! ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Responsável: Stephany Bravos Fones / Fax: (41) 2105-6343 ou (41) 8700-4752 E-mail: vozdaigreja@arquidiocesecwb.org.br Site: www.arquidiocesedecuritiba.org.br Apoio e Colaboração: Fone: (41) 2105-6342 Responsável: Aline Tozo E-mail: aline@arquidiocesecwb.org.br

Expediente A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Bispos da Arquidiocese de Curitiba: Dom Rafael Biernaski e Dom José Mário Angonese . Chanceler: Élio José Dall'Agnol | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto. | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Marcos Honório da Silva | Assessora de Comunicação: Stephany Bravos | Jornalista responsável: Stephany Bravos | Revisão: Stephany Bravos - Ana Paula Mira |Colaboração voluntária: 12 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral Projeto gráfico e diagramação: Editora Exceuni - Aldemir Batista - exceuni@uol.com.br - (41) 3657-2864. Impressão: Monalisa - Tiragem: 10 mil exemplares.

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Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba 02

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Missa dos Santos Óleos, na Catedral Missa da Ceia do Senhor, na Catedral Liturgia da Paixão do Senhor, na Catedral Procissão do Senhor Morto, Catedral Vigília Pascal, na Catedral Missa da Páscoa, na Catedral Gravação na TV Evangelizar Expediente na Cúria Reunião da ARSEM Reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, na Cúria Missa na Comunidade Shalom Missa na Cúria Crisma na Paróquia São Pedro, no Umbará Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Butiatuvinha Crisma na Paróquia São Pedro, no Umbará Crisma na Catedral Crisma na Paróquia Santa Catarina de Labouré Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida- SP Crisma na Paróquia Imaculada Conceição, no Atuba Crisma no Santuário Santa Rita Missa na Paróquia Nossa Senhora da Salete Missa de encerramento do XI Encontro de Animadores Vocacionais, local a definir Local será no Seminário São José Posse de Pároco na Paróquia Nossa Senhora da Luz, no CIC Reunião Geral do Clero da Arquidiocese de Curitiba, Casa de Retiros do Mossunguê Expediente na Cúria Reunião Padres Jovens, na Casa do Clero Reunião dos Formadores Visita no Seminário Reunião dos Formadores

Bispo Dom Rafael Biernaski Administrador Arquidiocesano Região Episcopal Centro-Oeste 01 a 12 - Atividades fora da Arquidiocese 14 a 24 - Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida- SP 25 - Crisma na Paróquia Santo Antonio Maria Claret - Crisma na Paróquia São Grato 26 - Crisma na Paróquia Sagrada Família, no Novo Mundo - Crisma na Paróquia São José, em Santa Felicidade 27 - Missa no Seminário da Sagrada Família 28 - Reunião Geral do Clero da Arquidiocese de Curitiba, Casa de Retiros do Mossunguê 29 - Expediente na Cúria

Dom José Mário Angonese Bispo da Arquidiocese de Curitiba Região Episcopal Norte 01 01 02

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Missa na Cúria Missa na Casa Provincial dos Irmãos Maristas Missa dos Santos Óleos, na Catedral Missa da Ceia do Senhor, na Comunidade São Sebastião em Almirante Tamandaré Liturgia da Paixão do Senhor, na Comunidade São Sebastião em Almirante Tamandaré Rito com os Catecúmenos, na Paróquia Santa Terezinha de Lisieux, em Colombo Vigília Pascal, na Comunidade São Sebastião em Alm. Tamandaré Missa de Páscoa na Paróquia Nossa Senhora do Amparo, em Rio Branco do Sul Reunião da Equipe Missionária, na Cúria Reunião da Pastoral Familiar, na Cúria Crisma de Adultos na Paróquia Santíssima Trindade Reunião do Setor Cajuru, na Paróquia São Martinho de Lima Reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, na Cúria Crisma na Paróquia Santana, no Abranches Crisma na Paróquia Nossa Senhora das Vitórias Crisma na Paróquia Nossa Senhora das Graças Crisma na Paróquia Nossa Senhora das Graças Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Vila Fanny Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida- SP Formação Missionário na Região Centro-Oeste Crisma na Paróquia Nossa Senhora dos Sagrados Corações Crisma na Paróquia Nossa Senhora de Fátima Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Belém Crisma no Santuário Cristo Rei e São Judas Tadeu Reunião Geral do Clero da Arquidiocese de Curitiba, Casa de Retiros do Mossunguê Crisma na Paróquia Santa Luzia Expediente na Cúria Expediente na Cúria


DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Voz do Pastor

Início de

Missão

Na última quinta-feira, à noite, em celebração na Catedral de Curitiba comecei minha missão episcopal na Arquidiocese de Curitiba. Comoveu-me a presença de tantos amigos bispos, padres, autoridades, tantos irmãos e irmãs... Igualmente foi grande o esforço dos que prepararam todo o evento. Sei do trabalho ingente em tais situações. Aqui vai minha gratidão penhorada aos que foram colaboradores prestimosos, especialmente os que nem foram vistos. Agora se iniciou o tempo de ministério. As felicitações e cumprimentos já tiveram seu lugar. Chegou a hora de um olhar humilde e ousado para a frente, para o futuro. Porém com grande apreço a tudo quanto se fez e se evangelizou nesta Arquidiocese. Homens e mulheres de grande força interior deixaram por aqui seus traços de fidelidade, de entrega livre e obediente. Pessoalmente confesso meus sentimentos de pequenez ante a grande intelectual de Dom Manuel d’Elboux ou a humildade iluminadora de Dom Pedro Fedalto. Gostaria muito que esta “pequenez” não fosse insuficiência. Vou tentar convertê-la em predisposição para ouvir, para deixar-me ensinar por aqueles que alcançaram sabedoria a partir de sua fé. Quando recebi a comunicação telefônica vinda da Nunciatura Apostólica, no dia 15 de dezembro, informando e interpelando-me a aceitar o que decidira o Papa Francisco sobre esta Arquidiocese, recordo-me bem do temor que alcançou até as minhas fímbrias. Pedi alguns dias para reflexão. Afinal o episcopado não é apenas uma questão de liderança ou de administração. E a Igreja não é apenas organização. Muito mais, é uma grande família, aquela dos que querem se deixar configurar pela pessoa de Jesus Cristo. E, nesta perspectiva, o episcopado é menos funcionalidade. É, especialmente, um modo de ser, muito mais do que um modo de fazer. Ao final aceitei. Mas não por me considerar preparado; acolhi a decisão do Papa porque vi que a evangelização se verifica sobeja lá onde enviado se faz ouvinte da Palavra. Por se tratar de pastoreio e de evangelização em uma Arquidiocese do porte e características de Curitiba, metropolitana e cosmopolita, rica de cultura e de ciência, mas também com muitas carências e descompassos, parece-me que a experiência do apóstolo Paulo pode ser inspiradora. Reporto-me aqui ao texto de Atos 18,9-10. O Apóstolo Paulo, imerso em muitas adversidades, foi encorajado pelo Senhor: “Não temas... eu estou contigo... tenho um povo numeroso nesta cidade”. Vale aqui salientar dois pontos: a força interior de Paulo não provém dele próprio. Sua fonte é o Senhor (“Eu estou contigo”). E o motivo desta moção interior vem logo a seguir (“Tenho um povo numeroso nesta cidade”). Não tenho projetos prontos; não vim com planos definidos. Precisarei muito da palavra e da sabedoria de quem conhece bem a história e o ambiente o caldeamento cultural desta grande arquidiocese. Proponho-me a não buscar forças nas minhas próprias “coragens”. As razões são quase óbvias: também por aqui o Senhor tem “um povo numeroso nesta cidade”. Ademais, gosto muito do tema do discipulado. E muito me apraz poder ensinar. Daí o lema inspirado no evangelho de Mateus: “Fazei discípulos... ensinai”. Será para mim uma grande alegria ser nesta Arquidiocese um bispo que ensina. Arquidiocese de Curitiba | Abril.2015

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Testemunhas de

Cristo

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rusalém. Nada entenderam eles. Era um anúncio obscuro para eles e não compreendiam o que lhes disse (Lc. 18, 31 – 34). É verdade que o sepulcro vazio não é argumento maior, porque de fato podiam os sumos sacerdotes em conluio com os soldados tirar o corpo e escondê-lo. Foi necessário que Cristo aparecesse a Pedro, aos doze Apóstolos, inclusive um dia especialmente a Tomé, que acreditaria, se tocasse em suas chagas, aos discípulos de Emaús, a Maria Madalena e a mais de 500 irmãos de uma vez, a maioria ainda vive (I Cor. 16, 16). A aparição de Cristo Ressuscitado dissipou toda a dúvida sobre sua Ressurreição. Os Apóstolos, Maria Madalena, S. Paulo convertido foram testemunhas autênticas de Cristo Ressuscitado. A Ressurreição de Cristo é a garantia da verdade de sua divindade, o Verbo eterno, Filho de Deus Pai, encarnado no seio da Virgem Maria, feito homem, semelhante a qualquer homem, exceto no pecado. A Ressurreição de Cristo é efetivamente o testemunho de sua missão de salvador dos homens, agindo de acordo com a vontade do Pai. Por duas vezes, no Jardim das Oliveiras, Jesus disse: “Meu Pai, seja como tu queres, seja feita a tua vontade (Mt. 26. 39 – 42). A Ressurreição de Cristo é o selo da autenticidade divina de Cristo histórico, começando depois do batismo por João Batista, partindo da Galileia, fazendo o bem a todos, pelos seus ensinamentos, perdoando os pecadores para reconciliá-los com Deus Pai e curando todos os doentes que recorriam a Ele com fé. A Ressurreição de Cristo atesta o Cristo da fé vivo na Eucaristia e presente no mundo. “Estarei convosco até o fim do mundo” (Mt. 28, 20). Se não acreditamos em Cristo ressuscitado, “inútil é a nossa fé, vazia nossa pregação” (I Cor. 15, 14). Na festa da Páscoa, cada um de nós deve fazer uma profunda profissão de fé, testemunhando Jesus Cristo Ressuscitado. O Papa Francisco insiste, dizendo a todos que anunciem Cristo Ressuscitado às pessoas íntimas da família e até as de longe. Sejamos testemunhas vivas da Ressurreição de Cristo, corajosos como Pedro, cheios de amor como Maria Madalena, indo de madrugada, ao sepulcro, ainda escuro, ardorosos como os Discípulos de Emaús, que apressadamente voltaram a Jerusalém para anunciar que Cristo Ressuscitado lhes apareceu (Lc. 24, 33 – 35). Que cada um de nós assuma nesta Páscoa do Ano Missionário na Arquidiocese de Curitiba o compromisso de anunciá-lo às pessoas da família e aos de longe também.

Arcebispo Emérito de Curitiba

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO

Palavra de Dom Pedro

A Igreja Católica celebra no dia da Páscoa a maior festa litúrgica. O Natal, com o nascimento de Cristo, coloca-se entre as maiores festas da Igreja Católica, mas não é a maior. A Sexta-feira Santa é o dia em que os católicos ficam comovidos diante da Paixão e Morte de Cristo. As encenações da Paixão e Morte de Cristo atraem milhares de pessoas, assistindo com o maior silêncio, comoção, muitos chegando a chorar. Mas muitos ainda não entenderam que a Páscoa, que é a Ressurreição de Cristo, não é tão participada, como o Natal e Sexta-feira Santa. Aliás nem os Apóstolos, os Discípulos de Emaús, Maria Madalena no primeiro momento, com o sepulcro vazio, acreditaram que Cristo ressuscitou. Cristo tinha dito explicitamente três vezes que em Jerusalém iria sofrer muito. Morrer e ressuscitar ao terceiro dia (MT. 16, 21, 17, 22-23; 20, 17 – 19). No primeiro anúncio, Pedro reagiu, chegando a repreender a Jesus, dizendo: “Deus, não o permita, Senhor. Isso jamais acontecerá”. No segundo anúncio, foi na Galileia e não entenderam (Mc. 9, 30 – 32). Na terceira vez, Cristo anunciou só aos Apóstolos, enquanto caminhavam para Je-

Ressuscitado


Arquidiocese em Missão

ALEXSANDER CORDEIRO LOPES Coordenador da Ação Evangelizadora

PARÓQUIAS RES SUSCIT AD AS RESSUSCIT SUSCITAD ADAS – IGREJA EM SAÍDA Páscoa no Ano Missionário! Contemplando o que vivenciaram os apóstolos, vejo que não há muita diferença entre nós e eles! Nossa Igreja tem sido impulsionada a sair. E muitos têm medo! Os apóstolos também sentiam medo... No Cenáculo, mesmo que já se tivesse experimentado a presença do Ressuscitado, a Igreja nascente ainda não tinha se tornado ela mesma ressuscitada. Pedro e os demais seguidores de Jesus estavam morrendo de medo dos judeus e dos romanos que haviam crucificado o Senhor. Acredito que o Espírito Santo se cansou lá nos céus de ficar esperando que aqueles santos homens criassem alguma coragem por si mesmos e veio Ele em pessoa transformar aquela situação, arrebentando as portas e janelas do Cenáculo, expulsando todos lá de dentro daquelas paredes que já se emboloravam... Ele mesmo os obrigou a sair e a falar o que tinham visto e ouvido na intimidade daquela sala. E assim o fizeram. E, assim, a Igreja res-

suscitou da morte. Graças à coragem que o Espírito lhes deu, cá estamos nós, a mesma Igreja, dois mil anos depois. Dois milênios... e os cristãos continuam os mesmos... Ainda há muitos que, mesmo sabendo da Ressurreição de Jesus, mesmo tendo testemunhado sua presença e seu amor, parecem querer continuar no Cenáculo trancados... Temem os que estão do lado de fora. Mas o Espírito Santo também está se cansando em nossos dias! E tem descido dos céus para nos pôr para fora – em saída! Muitos têm sido os testemunhos de comunidades que estão experimentando a alegria de anunciar o Ressuscitado! Recordo dois testemunhos que ouvi em comunidades que estão se pondo em saída! Na Paróquia Santa Edwiges, do Caiuá, escutei com alegria o testemunho de uma família que resolveu começar um pequeno grupo de reflexão a partir do nosso livro “Caminhando”. Provocada pelo pároco, a mãe desta família (que não era lide-

rança na paróquia) decidiu realizar em sua casa a novena de natal. Convidou a vizinha da frente, que prontamente aceitou. Ao final das novenas, seis famílias estavam reunidas. E, com essa experiência, decidiram participar da formação do Ano Missionário na paróquia e contribuir para ser Igreja em saída, formando pequenas comunidades de fé. Trago também a experiência de uma catequista da Paróquia N. Sra do Rosário de Belém. Ela reuniu seus catequizandos e os levou para uma região bem empobrecida do bairro. As crianças batiam nas casas e, para aqueles que as acolhiam, elas liam um texto bíblico, rezavam e deixavam sua mensagem. As casas que se abriam recebiam adesivo verde no portão; as que não tinham ninguém, adesivo vermelho. No dia seguinte, as que estavam com adesivos vermelhos ficaram intrigadas e perguntaram o que era aquilo. As famílias que foram visitadas contavam o que havia acontecido! Os moradores procuraram a turma de catequese e a catequista precisou voltar com as crianças para levar a “bênção” aos que não haviam ainda recebido! Alguns exemplos de coragem de nossas paróquias ressuscitadas, que, impulsionadas pelo Espírito, põemse em saída, em estado permanente de missão! E você? Tem se colocado em saída? Que o Espírito de Deus o impulsione a ir e anunciar com alegria o que vimos e ouvimos do Senhor! Arquidiocese de Curitiba | Abril.2015

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Animação Bíblico-Catequética

PE. LUCIANO TOKARSKI Coordenador da Comissão Bíblico-Catequética E-mail: catequese@arquidiocesecwb.org.br

“F ormar -se para formar discípulos “Formar ormar-se missionários de Jesus Cristo” Os recentes documentos da Sé Apostólica e da reflexão bíblico-catequética no Brasil salientam a necessidade emergencial da formação dos féis leigos de nossas comunidades. Em tempos de mudanças e renovações, é imprescindível a formação básica e continuada de nossas lideranças. Todos os agentes de nossas pastorais devem ser motivados à busca da formação sólida de fé. Diante dessas necessidades, é triste perceber o despreparo de algumas lideranças e, ainda, o fato de haver paróquias que não investem na formação dos agentes da pastoral do batismo, catequistas, coordenações e demais lideranças. “Qualquer atividade pastoral que não conte, para a sua realização, com pessoas realmente formadas e preparadas coloca em risco a sua qualidade” (DGC 234). É doloroso perceber o mundanismo pastoral, a fraqueza espiritual e a concepção vazia de fé que invade algumas de nossas comunidades. O remédio para essas dores é a formação básica e continuada na fé de nossos leigos e também os ministros ordenados. A finalidade da formação de nossas lideranças é o aprofundamento do primeiro anúncio do Evangelho: levar o fiel leigo a conhecer, acolher, celebrar e vivenciar o mistério de Deus manifes-

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tado em Jesus Cristo que nos revela o Pai e nos envia o Espírito Santo. O agente de pastoral, neste itinerário de formação, torna-se assim sacramento de salvação para a vida da Igreja e do mundo. Eis, portanto, a necessidade de um novo jeito formativo, com novos métodos, novos símbolos e novas formas, isto é, formações mais querigmáticas, mais catecumenais, mais alicerçadas na Palavra de Deus, no celebrativo, no orante, no existencial, no vivencial e no espiritual. A Comissão da Animação BíblicoCatequética da arquidiocese de Curitiba, ancorada na atual reflexão teológica e na sua realidade pastoral, definiu um itinerário formativo em todos os níveis. A formação é pensada desde os rudimentos básicos para o exercício do ministério de catequista até a capacitação específica ao ministério de coordenação. Esse itinerário contempla escolas básicas de formação na fé - teológica, bíblica, litúrgica e catequética -, escolas específicas para coordenadores de catequese e agentes da pastoral do batismo e propõe um caminho de formação continuada. É fundamental que os agentes da iniciação à vida cristã conheçam e deem a conhecer esse itinerário em suas bases. Cada agente é chamado a participar dos encontros formativos promo-

vidos pela arquidiocese, pela região episcopal, pelo seu setor pastoral e pela paróquia. Constatamos que em algumas realidades a presença efetiva é pequena. Que a alegria da missão interpelenos a conhecer os conteúdos da fé cristã! Também lembramos que cada paróquia e demais locais de catequese deverão estabelecer o seu itinerário formativo paroquial. A equipe de coordenação paroquial e o pároco deverão estabelecer o caminho formativo para seu grupo de agentes da iniciação à vida cristã. É espantoso notar que as formações paroquiais se resumem em encontros esporádicos durante o ano. Não nos deixemos conduzir pela mesmice dos planos desatualizados de formação. É tempo de formar-se para renovar e para sair em missão: “É melhor sujar os pés na caminhada do que não caminhar” (Papa Francisco). Sejamos eloquentes, empolgados, corajosos, criativos, dinâmicos e místicos. Sejamos instrumentos vivos do Espírito de Deus. Que em nossos lábios habite a voz do Ressuscitado, que por nossos atos revele-se a misericórdia do Pai e com nossas mãos ofertemos o amor eterno da Igreja. Uma santa e abençoada Páscoa!


TIVID ADES A ALEGRIA DE INICIAR AS A ATIVID TIVIDADES NUMA IGREJA COM ARDOR MIS SIONÁRIO! MISSIONÁRIO! ENCONTRO COM AS COORDENAÇÕES SETORIAIS DE CATEQUESE

Um encontro marcado pela oração, pelas partilhas, pela alegria do “estar juntos” e pelos trabalhos concretos em preparação a esse ano missionário que se inicia. Foi na Casa Paz e Bem, no dia 21 de fevereiro, que membros das coordenações de todos os setores pastorais passaram todo o dia em atividades a fim de renovar o ardor e a motivação em suas bases. E desse Encontro surgiu o esboço para os Encontros Formativos nas Regiões Episcopais, que serão divulgados em breve!

IAFFE - FORMANDO LIDERANÇAS PARA A AÇÃO PASTORAL E MISSIONÁRIA! Foi no dia 15 de março na Faculdade Vicentina. Uma grande alegria ver mais de 500 lideranças buscando sua formação para melhor servir. D. José Antônio Peruzzo esteve presente, passando em cada uma das sete salas das Escolas, acolhendo e mostrando sua alegria em ver tantos leigos presentes! ESCOLA DE COORDENADORES DE CATEQUESE

ENCONTRO COM COORDENAÇÕES DO CATECUMENATO DE ADULTOS ENCONTRO COM COORDENAÇÕES DA CATEQUESE DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES

28 de fevereiro e 01 de março! Um fim de semana conduzido pelo Santo Espírito! Mais de 600 pessoas estiveram no Colégio Marista Santa Maria em ambos os dias, participando de momentos orantes vivenciais e bíblicos; atualizando sua formação teológica e a prática pastoral sobre a iniciação à vida cristã, com o Pe. Roberto Nentwig; ouvindo as palavras motivadoras e carinhosas de nosso bispo referencial, D. José Mario Angonese e do coordenador da Ação Evangelizadora, Pe. Alexsander Cordeiro Lopes; e, por fim, partilhando suas experiências, alegrias e desafios, em pequenos grupos. A bênção de Deus sobre esse povo querido que atende ao chamado e parte em missão!

Expediente

Aconteceu na Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê, a 1ª etapa da 9ª edição de uma Escola que vem formando coordenações para a pastoral catequética! Tivemos a alegria de receber a presença de nosso arcebispo, Dom José Antônio

Peruzzo que, de forma carinhosa, agradeceu a cada catequista-coordenador(a) pelo seu ministério.

E VEM AÍ A ESCOLA DE AGENTES DA PASTORAL DO BATISMO! Essa Escola vem com a missão de formar, com mistagogia, lideranças para o ministério de preparar pais e padrinhos para o batismo de crianças, tendo a inspiração catecumenal como eixo norteador. A 1ª etapa será em 09 de maio e a 2ª em 08 de agosto, ambas na Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê. Em breve, seguirá folder para as paróquias.

COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: Pastoral Catequética, Pastoral do Batismo e Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé (IAFFE) - catequese@arquidiocesecwb.org.br – fones: 2105-6318 / 2105-6356. Bispo referencial: D. José Mário Angonese / Coordenação: Pe. Luciano Tokarski / Assessoria: Regina Fátima Menon. Arquidiocese de Curitiba | Abril.2015

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Especial

SEMINARISTA ANDRÉ NOVAKI

Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Tríduo P ascal: Pascal:

O Tríduo Pascal, chamado por Santo Agostinho de “santíssimo tríduo do crucificado, do sepultado e do ressuscitado”, não possui o mesmo significado dos tríduos que estamos acostumados a celebrar antes das festas dos padroeiros ou das ordenações sacerdotais, por exemplo. O Tríduo Pascal é a própria celebração do Mistério Pascal de Nosso Senhor e, portanto, a celebração dos “grandes mistérios da redenção humana”1. Ele inicia com a Missa In Coena Domini (na Ceia do Senhor) e termina com as II Vésperas do Domingo de Páscoa, sendo que as três celebrações, na verdade, constituem uma só e mesma celebração do Mistério pascal. Na Quinta-feira Santa, já no cair da tarde, celebramos a Instituição da Eucaristia. Inseparavelmente, celebramos também a Instituição do Sacerdócio e o mandamento de Cristo sobre a caridade fraterna, expresso de maneira particular no ato do lava-pés – que não constitui a centralidade dessa celebração, mas que é consequência do Sacramento da Eucaristia, uma vez que toda caridade provém de Cristo. As hóstias para a comunhão dos fiéis (tanto para essa missa quanto para a celebração de sexta-feira) são consagradas nesta mesma missa. Por isso o sacrário já deve estar vazio, mesmo antes da celebração. No Glória, tocam-se os sinos, que permanecerão em silêncio até o Glória da Vigília Pascal; e a partir daqui os cantos adquirem caráter de maior sobriedade, já em sintonia com a Paixão de Nosso Senhor. No término da celebração, o Santíssimo Sacramento é levado em procissão até o lugar da reposição na teca ou nos cibórios, e não exposto no ostensório2. Diferentemente do que muitos afirmam, a Igreja vê com bons olhos a adoração ao Santíssimo feita até a celebração da Paixão do Senhor, tanto na quinta-feira, quanto na sextafeira. Todavia, ensina que após a meianoite da quinta-feira, essa adoração deve ser feita sem solenidade3. Terminada a missa, o altar é desnudado, manifestando-se o total despojamento de Cristo, e as cruzes da igreja, se não puderem ser retiradas, devem ser

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cobertas com um pano vermelho ou roxo. Na Sexta-feira Santa, celebramos a Paixão e Morte de Nosso Senhor, o maravilhoso dom Amor Divino, pois “entregando o seu Filho pelos nossos pecados, Deus manifesta que o seu plano sobre nós é um desígnio de amor benevolente, independente de qualquer mérito da nossa parte”4. Nesse dia, não se celebra a Santa Missa, e nenhum outro sacramento, excetuando-se os da Unção dos Enfermos e da Penitência; a abstinência de carne vermelha e o jejum são obrigatórios a todos os fiéis, a não ser que esteja impossibilitado por motivo de doença. Realizada sempre após o meio-dia, preferencialmente às quinze horas, a celebração litúrgica manifesta verdadeiramente a “tristeza e a dor da Igreja”5, seja na entrada feita em silêncio, na prostração do celebrante, na maior sobriedade dos cantos ou na ausência de ornamentação no altar. Ocupa um lugar especial dentro dessa celebração a solene Adoração da Cruz (na qual somente uma cruz é apresentada para a adoração). Ela é verdadeiramente ato de adoração à Santa Cruz de Nosso Senhor, pois, como explica São Tomás de Aquino, a Cruz de Cristo “deve ser adorada com a mesma adoração que Cristo, isto é, com adoração de latria”6, justamente pela sua união a Ele na obra da Redenção. As ações de piedade popular, como as vias sacras, encenações e procissões do Senhor Morto podem ser feitas fora da celebração litúrgica e não podem ser valorizadas

como equivalentes ou de importância maior que a celebração litúrgica, uma vez que a liturgia realiza a anamnese (memória) – isto é, torna presente o Mistério da Redenção – enquanto as outras formas de piedade são apenas mimese (imitação). No Sábado Santo, celebramos a Vigília Pascal, que no dizer de santo Agostinho é a “mãe de todas as vigílias”. Ela não é uma celebração do sábado propriamente, uma vez que neste dia não há nenhuma celebração litúrgica; mas ela é a celebração do próprio Domingo de Páscoa e, portanto, a própria celebração da Ressurreição do Senhor. Isso se manifesta claramente na obrigatoriedade de que essa celebração só pode ser iniciada após o anoitecer. Todos os símbolos presentes nessa celebração (fogo, Círio, água) manifestam a obra Redentora de Cristo e a sua vitória sobre o pecado e a morte. A procissão com o Círio Pascal, a Proclamação da Páscoa, as leituras e as diversas orações dessa celebração nos fazem compreender e celebrar a História da Salvação, que nesse dia atinge o seu ápice. Canta-se novamente o Glória, acompanhado do toque dos sinos, e acendem-se as velas do altar, indicando o início da missa. Muito significativa é a solene entoação do Aleluia, que fora omitido desde a Quarta-feira de Cinzas. A maior extensão dessa ação litúrgica, longe de ser vista como cansativa ou algo semelhante, manifesta a grandiosidade da Redenção que nesse dia nos é obtida. Portanto, ao celebrarmos o Tríduo Pascal, abramos os nossos corações à Graça de Deus que nos remiu pela sua Paixão e Morte de Cruz, como fora designado desde todos os tempos; e que pela sua Gloriosa Ressurreição nos dá uma vida nova e a certeza da ressurreição futura. 1

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Diretório sobre piedade popular e liturgia, n. 140. Cf. Paschalis Sollemnitatis, n. 55. Idem, n. 56. Catecismo da Igreja Católica, n. 604. Paschalis Sollemnitatis, n. 65 Suma Teológica, III parte, questão 25, art. 4.


Celebração

PE. EDUARDO BRAGA (DUDU) Arquidiocese de Niterói - RJ

Beata Elena Guerra (1835-1914): Apóstola do Espírito Santo e Precursora dos Movimentos Carismáticos do Século XX! Toda a história da salvação está marcada pela presença viva e operante do Deus fiel que é Amor (Cf. I Jo 4,16) e pelo Espírito derramado em nossos corações (Cf. Rm 5,5). Também a nossa vida cristã está cheia da presença de Cristo e do Espírito Santo! Santo Irineu dizia que onde está a Igreja estão o Espírito de Deus e todas as graças. E foi justamente nos momentos mais difíceis da história da Igreja que o Espírito Santo utilizou homens e mulheres concretos para que pudessem servir de fermentos de renovação diante dos desafios e crises. É nesse contexto profético que podemos falar de Elena Guerra, a “Apóstola do Espírito Santo dos tempos modernos”. Elena nasceu em Lucca, na Itália, no dia 23 de junho de 1835. Viveu e cresceu em um clima familiar profundamente religioso. Durante uma longa enfermidade, dedicou-se a meditar a Palavra de Deus e o estudo dos Padres da Igreja, o que determinaria seu discernimento na vida espiritual e no seu apostolado, primeiro na “Associação das Amigas Espirituais”, idealizada por ela mesma para promover entre as jovens a amizade cristã, e depois nas “Filhas de Maria”. Em abril de 1870, Elena vive um momento determinante em sua vida. Participa de uma Peregrinação pasqual em Roma, juntamente com seu pai, Antonio. Entre outros momentos marcantes, a visita às Catacumbas dos Mártires confirma nela o desejo pela vida consagrada. Em 24 de abril, assiste na Basílica de São Pedro à terceira sessão do Concílio Vaticano I, na qual vinha aprovada a Constituição “Dei Filius” sobre a Fé. A visita ao Papa Pio IX a comove de tal maneira que, depois de algumas semanas, já em Lucca, no dia 23 de junho, faz a oferta de toda a sua vida pelo Papa. No ano de 1871, depois de uma grande noite escura seguida de graças místicas particulares, Elena, com um grupo de Amigas Espirituais e Filhas de Maria, dá início a uma nova experiência de vida religiosa comunitária, que em 1882 culminará na fundação da “Congregação das Irmãs de Santa Zita”, dedicada à educação cultural e religiosa da juventude. É nesse período que

Santa Gemma Galgani se tornará “sua aluna dileta”. Em 1886, Elena sente o primeiro apelo interior a trabalhar de alguma forma para divulgar a Devoção ao Espírito Santo na Igreja. Para isso, escreve secretamente muitas vezes ao Papa Leão para exortá-lo a convidar “os cristãos modernos” a redescobrirem a vida segundo o Espírito; e o Papa, amavelmente, endereça à Igreja alguns documentos, que são como uma introdução à vida segundo o Espírito e que podem ser considerados também como o início do “retorno ao Espírito Santo” dos tempos atuais: A breve “Provida Matris Charitate”, de 1895, com o qual pedia que fosse celebrada a Novena de Pentecostes em toda Igreja; a Divinum Illud Munus em 1897, primeira Encíclica dedicada ao Espírito Santo na história da Igreja; e a carta aos bispos Ad fovendum in christiano populo, de 1902, pedindo que Bispos e Sacerdotes pregassem sobre o Espírito Santo e recordassem a obrigatoriedade da Novena do Espírito Santo. Em outubro de 1897, Elena é recebida em audiência por Leão XIII, que a encoraja a prosseguir o apostolado pela causa do Espírito Santo e autoriza também a sua Congregação a mudar de nome para melhor qualificar o carisma próprio na Igreja: As Oblatas do Espírito Santo! Para Elena, a exortação do Papa é uma ordem e se dedica ainda mais com maior empenho à causa do Espírito Santo, aprofundando, assim, para si e para os outros, o verdadeiro sentido do “retorno ao Espírito Santo”: será este o mandato da sua Congregação ao mundo! Elena, em suas meditações com a Palavra de Deus, é profundamente impressionada e comovida por tudo o que acontece no Cenáculo histórico da Igreja Nascente: ali, Jesus se oferece como vítima a Deus para a salvação dos homens; ali, institui o Sacramento de Amor, a Eucaristia; ali, aparece aos seus depois da ressurreição e ali, enfim, manda de junto do Pai o Espírito Santo sobre a Igreja Nascente. A Beata entende que a Igreja está endereçada a realizar os mistérios do Cenáculo, mistérios permanentes e, portanto, o Mistério Pascal. A Igreja é,

por isso, prolongamento do Cenáculo e, analogamente, é ela mesma como um Cenáculo Espiritual Permanente. É nesse Cenáculo do Mistério Pascal, no qual o Senhor Ressuscitado reúne a comunidade sacerdotal, real e profética, que também nós, e cada fiel em particular, fomos inseridos pelo Espírito mediante o Batismo e a Crisma, e capacitados a participar da Eucaristia, que é uma assembleia de confirmados e, portanto, semelhantes à primeira comunidade do Cenáculo depois da descida do Espírito Santo. É nessa prospectiva que Elena Guerra concebe e inicia o “Cenáculo Universal” como movimento de oração ao Espírito Santo, com uma estrutura muito similar aos nossos “Grupos de Oração”. Elena morreu no dia 11 de abril de 1914, Sábado Santo, com o grande desejo no coração de ver “os cristãos modernos” tomando consciência da presença e da ação do Espírito Santo em suas vidas, condição indispensável para a verdadeira “renovação da face da terra”. Faltando poucos dias para a convocação do Concílio Vaticano II, o verdadeiro Pentecostes dos nossos tempos, o Papa João XXIII eleva Elena Guerra à honra dos altares em 26 de abril de 1959, fazendo-a a primeira Beata do seu Pontificado, quando a definiu “Apóstola do Espírito Santo dos tempos modernos”. Naquele dia, em sua homilia, o Papa afirmou: “A mensagem de Elena Guerra é sempre atual. Todos sentimos a necessidade de uma contínua Efusão do Espírito Santo, como a de um Novo Pentecostes, que renove a Terra”. Nenhum outro santo deu tanto, orou tanto e sofreu tanto pela causa do Espírito Santo como Elena Guerra. Faltando poucos dias para celebrarmos o centésimo primeiro aniversário de sua morte, somos chamados a conhecê-la mais! Ela nos exorta: “Outrora, Jesus manifestou seu Sagrado Coração, agora quer manifestar o seu Espírito!”. Oremos como ela, para que, no nosso tempo, o Espírito Santo seja “mais conhecido, amado e invocado”. Beata Elena Guerra, Apóstola do Espírito Santo, Roga por nós pelo Novo Pentecostes que renove a Igreja, nossos corações e o mundo! Arquidiocese de Curitiba | Abril.2015

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Liturgia

OBJETIVOS NA O acólito e coroinha exercem uma função importantíssima dentro da celebração, auxiliando o celebrante durante toda a missa. Para que o trabalho seja bem realizado, é necessária uma formação efetiva, conforme nos orienta a Arquidiocese. Inicialmente, cumpre atentar-se ao fato de que coroinhas são crianças a partir de 06 (seis) anos, que desejam auxiliar no altar, e que as vestes oficiais da Igreja são a túnica vermelha e a cota branca (franzida). A comissão arquidiocesana indica ideias de assuntos para serem trabalhados com as crianças durante os encontros de formação de coroinhas: 1. Breve histórico da Igreja, desde a antiguidade até atualmente - para situar os valores e a história da nossa igreja. 2. Igreja antiga e São Tarcísio, padroeiro dos coroinhas – Demonstrar o seu exemplo em um momento em que a Igreja era perseguida. 3. Coroinha da Igreja Medieval e no Concílio Vaticano II – apresentar as grandes diferenças trazidas com esse documento da Igreja. 4. Coroinha na atualidade – suas funções e perseverança. 5. Postura e testemunho – mostrar o compromisso que terão. 6. Liturgia – introdução, cores litúrgicas, ano litúrgico. 7. Igreja e suas partes – a “Igreja física”. 8. Missa – Memorial de nossa salvação. 9. Partes da Missa – ritos iniciais, liturgia da palavra, liturgia eucarística e ritos finais. 10. Hierarquia da Igreja. 11. Ofícios a serem desempenhados nas celebrações – explicitar a função dos coroinhas, com escalas e tarefas. 12. Alfaias – vasos sagrados e panos, vestes, livros e demais objetos utilizados principalmente para os coroinhas desenvolverem sua função, na nave e na credência. 13. Parte prática, com ensaios na Igreja. 14. Espiritualidade com horas santas e orações diante do Santíssimo. 15. Assuntos gerais, como preconceito, discriminação, vícios, obediência a família, respeito. Esses são apenas os temas básicos que devem ser tratados na formação dos coroinhas, cabendo a cada coordenador buscar e desenvolver o tema indicado, conforme sua realidade, porém, com bastante criatividade. Todos os temas aqui indicados são trabalhados na Escola de Formação de lideranças, cabendo ao coordenador adaptar o tema para a realidade do grupo. É de fundamental importância que haja um planejamento para o grupo, pautado na caminhada missionária, de visitas às famílias, horas santas, reflexões e orações com base na Bíblia Sagrada, sempre buscando demonstrar o amor a Maria, como exemplo de serva e missionária. Buscar sempre que possível o contato com a família dos coroinhas, organizando reuniões periódicas. Nesses encontros, de-

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GENICE XIMENDES DA SILVA Coordenadora Arquidiocesana

FORMAÇÃO DE UM COROINHA vem ser trabalhados a formação da família cristã, valores do cristão e a importância do trabalho do coroinha. Após todo esse período de formação, antes de agendamento da delegação, é de fundamental importância a organização de retiro para preparação dos coroinhas. Com a delegação agendada, isso deve ser informado à Coordenação Arquidiocesana de Acólitos e Coroinhas, que, se possível, se fará presente no ato ou autorizará a realização com a condução do rito pelo próprio coordenador. Importante, também, a elaboração de “lembrança” da delegação, para entrega a cada uma das crianças. OBJETIVOS NA FORMAÇÃO DE UM ACÓLITO Acólitos são adolescentes/jovens com idade a partir de 12 (doze) anos, que desejam auxiliar no altar, os quais utilizam as vestes oficiais da Igreja, que são a túnica vermelha e a cota branca (com pregas e renda simples). A comissão arquidiocesana indica ideias de assuntos para serem trabalhados durante os encontros de formação de acólitos: 1. O que é o acólito ad hoc – funções que podem desenvolver na igreja. 2. Sacrosanctum Conciluim – Constituição Apostólica. 3. Teologia Fundamental – Justificação na fé – explicação do “Creio”. 4. Sagradas Escrituras – Antigo e novo testamento. 5. Catecismo da Igreja. 6. Aprofundamento do ano litúrgico – advento, Natal, Quaresma, Semana Santa, Tríduo Pascal, Páscoa, Tempo Comum e Solenidades, festas e memórias. 7. Organização dos livros litúrgicos – principalmente a ordem e o manuseio do Missal Romano. 8. Organização das leituras da celebração – Lecionário 9. Objetos litúrgicos. 10. Cerimonial dos bispos – missas solenes com padre, missas solenes com o Bispo, missa comum, culto e demais celebrações. 11. Distribuição de funções - Acólito deve ser atento às palavras do Papa – cartas, encíclicas. 12. Assuntos gerais – realidade humana – namoro, drogas, vícios, preconceito, relacionamento familiar, cultivo da espiritualidade, a condição da pessoa – meio onde vive, obediência, humildade. Que sejam utilizadas atividades práticas e concretas. Institua-se a imagem de São Tarcísio na capelinha, fazendo com que visite as famílias. Importante é deixar claro ao acólito que ele não deixou de ser coroinha, podendo em determinadas ocasiões fazer as funções do coroinha. É mito dizer que acólito trabalha só em dia de Missa festiva, tendo muitas funções dentro do altar. É ele o primeiro a auxiliar o padre, devendo estar disponível para as mais diversas funções que a ele cabem. É de fundamental importância que haja um planejamento para o grupo, pautado na caminhada missionária, sempre à frente das visitas às famílias, horas

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santas, reflexões e orações com base na Bíblia Sagrada, buscando demonstrar o amor a Maria, como exemplo de serva e missionária. Após todo esse período de formação, antes do agendamento da delegação, é de fundamental importância a organização de retiro para preparação dos acólitos. Com a delegação agendada, isso deve ser informado à Coordenação Arquidiocesana de Acólitos e Coroinhas, que, se possível, se fará presente no ato ou autorizará a realização com a condução do rito pelo próprio coordenador. Importante, também, a elaboração de “lembrança” da delegação, para entrega a cada uma das crianças. PONTOS FUNDAMENTAIS PARA FORMAÇÃO DE CERIMONIÁRIO

Cerimoniários são os próprios acólitos que destacam-se na sua função e são designados para organização da celebração e do cerimonial. Devem ter idade acima de 16 anos, conhecimento litúrgico e certa habilidade para condução do grupo, baseado no cerimonial dos bispos. As vestes utilizadas são as mesmas do acólito, não cabendo a utilização de túnica ou batina preta ou qualquer outro aparato. Assuntos para formação do cerimoniário: 1. Cerimonial dos Bispos; 2. Introdução aos livros sagrados; 3. Missal Romano, do qual deve possuir domínio; 4. Formação humana; 5. Catecismo da Igreja Católica. Não existe qualquer tipo de delegação para cerimoniário. Trata-se de uma das funções do acólito. Importante é que a indicação do cerimoniário seja feita pelo pároco, em conversa com o coordenador do grupo. Para identificação dentro dos diversos grupos da paróquia, bem como em encontros que envolvam grupos da arquidiocese, é importante a confecção de um estandarte com o brasão do grupo ou algo que os identifique. Camisetas também são de grande importância para identificação. Os coordenadores e as paróquias devem estar sempre atentos aos avisos da Arquidiocese, por meio das cartas enviadas às paróquias e dos informativos dados pela internet. Qualquer dúvida deve ser tirada com a equipe Arquidiocesana de Acólitos e Coroinhas. COMISSÃO LITÚRGICA: mauricioanjos@hotmail.com (41) 2105-6363. Bispo referencial: Dom Rafael Biernaski / Coordenação: Pe. Maurício Gomes dos Anjos.


Dízimo

CLOVIS VENÂNCIO Membro da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo

Mensagem da Equipe Arquidiocesana da P astoral do Dízimo Pastoral ABRIL: TEMPO PASCAL Encerrado o Tempo da Quaresma, em 29 de março, no Domingo de Ramos, teve início a Semana Santa, cujo transcurso, em sua maior parte, já se deu no corrente mês, culminando com o Domingo de Páscoa, dia 05 de abril. Lembremos que Quaresma é um período em que a Igreja Católica que, na verdade somos todos nós que nela fomos batizados, realiza de forma especial um grande esforço para exercer a sua principal Missão, que é a Evangelização, a qual, além de transmitir os ensinamentos de Jesus Cristo, consiste, também, em conscientizar os cristãos sobre qual é a sua própria Missão neste mundo. No Brasil, há já muitos anos que durante o tempo quaresmal realiza-se, também, a Campanha da Fraternidade, que consiste numa ampla atividade de evangelização a qual, a cada ano, contempla um tema urgente e necessário. Assim, para este ano, conforme as palavras do Arcebispo de Londrina, Dom Orlando Brandes, publicada em jornal daquela cidade, “a Campanha da Fraternidade enfoca a dimensão social da fé. Toca num tema muito sensível e nem sempre acatado. É mais cômodo o cristianismo sacramentalizador e devocional que o profético e social. Jesus, porém, pede que busquemos em primeiro lugar o Reino de Deus. Portanto, a “Campanha” quer ser mais um avanço na compreensão e aplicação do tesouro social da fé e do Evangelho. Do contrário, corremos o risco de desfigurar o próprio Evangelho e a missão evangelizadora da Igreja. A fé não é cômoda nem individualista, comporta sempre o desejo de mudar o mundo. ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’ (MT 6, 37)”. É fundamental doravante, e não só durante o tempo Pascal, mas, perma-

nentemente, o ano todo e por todos os anos que se seguirão, que adotemos efetivamente os ensinamentos de Cristo, assumindo o propósito de partilharmos um pouco de tudo o que temos ou recebemos em nossas vidas, em prol dos irmãos mais carentes. Com efeito, tendo isso em mente, cabe ao Cristão católico consciente colaborar espontânea e generosamente, todos os meses com seu DÍZIMO, bem como com suas “Ofertas” dominicais para que a Igreja realize, de fato, a obra de evangelização que, concretamente, inclui as atividades correspondentes ao seu projeto social de promoção humana das pessoas carentes de nossas comunidades, e não de mero assistencialismo que, embora importante, geralmente não implica efetivação da verdadeira justiça social. Com efeito, é nesse aspecto da evangelização que tanto as equipes da Pastoral do Dízimo como as das Pasto-

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rais Sociais, nas paróquias, devem exercer o seu papel, a sua missão, inclusive, cobrando das lideranças dos CAEPs, CPPs e dos próprios párocos etc., que promovam a destinação de uma parte significativa da arrecadação dizimal para a realização das obras sociais paroquiais.

A T E N ÇÃ O! Vem aí o 14º Seminário Arquidiocesano da Pastoral do Dízimo Data: 26 de Abril de 2015 – (Domingo) - Inscrições até 20/04/15 Tema: O Dízimo na Missão. Local: Casa de Retiros N.Sra. do Mossunguê. Número de Vagas: 180 pessoas. Assessor: Padre Anderson Bonin. Informações e Inscrições: Centro de Pastoral da Arquidiocese Av. Jaime Reis, 369 – Alto de São Francisco - Tel.: 2105-6353 COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho; Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon. Arquidiocese de Curitiba | Abril.2015

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Juventude

ISABELLA PIMENTA DA SILVA Voluntária do Setor Juventude

SIONÁRIO: RUMO JUVENTUDE E ANO MIS MISSIONÁRIO AO DIA NACIONAL DA JUVENTUDE 2015 Iniciamos o Ano Missionário, cuja proposta é sermos uma Igreja “em saída” e irmos ao encontro das pessoas que estão nas periferias existenciais e empobrecidas, colocando-nos em estado permanente de missão e testemunhando a alegria de sermos missionários. É claro que a juventude não podia ficar de fora dessa. Começamos pela Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), que é celebrada todo Domingo de Ramos em função da Jornada Mundial da Juventude, mas em âmbito Diocesano. Este ano trouxe como tema “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8), pelo qual os jovens são impulsionados a criar um novo modelo de sociedade baseada no evangelho e nos valores éticos que nos vêm do Evangelho de Jesus Cristo. Essa nova construção da sociedade vem fundamentada na Campanha da Fraternidade 2015, com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, e com o lema: “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45). Começamos a construir nossa nova sociedade na Paróquia Nossa Senhora

do Rosário de Belém com a celebração da JDJ, que foi o pontapé inicial para o Dia Nacional da Juventude (DNJ). Os jovens se reuniram, se formaram sobre a realidade da comunidade em preparação para DNJ e celebraram a Eucaristia juntamente com Dom José Mario Angonese que enviou todos para essa missão. O DNJ deste ano vai acontecer de 4 a 8 de setembro, no mesmo local onde foi a JDJ, para que possamos sair em missão para lugares necessitados, seja levando a palavra, seja fazendo ações de solidariedade. Essa região é um campo onde queremos semear a

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Palavra de Cristo, construir o Reino de Deus e assim estaremos agindo de acordo com o que nosso querido Papa Francisco vem nos pedindo. “Prefiro uma Igreja ferida e enlameada por ter saído pelos caminhos, a uma Igreja doente de tão fechada sobre si mesma, acomodada e agarrada às suas próprias seguranças. (Evangelii Gaudium 49)” Assim, a Juventude se mostra animada e encantada com a missão proposta, preparando-se e formando-se

para se doarem aos próximos inspirados pelo Espírito. “Saiam pelas ruas para evangelizar, anunciando o Evangelho. Recordem que a Igreja nasceu “em saída”, naquela manhã de Pentecostes. Aproximemse dos pobres e toquem neles, nas feridas de Jesus. Deixai-vos guiar pelo Espírito Santo, com iberdade; e, por favor, não engaiolem o Espírito Santo! Com liberdade!” Papa Francisco. SETOR JUVENTUDE: juventude@arquidiocesecwb.org.br, waldirzanon@gmail.com (41) 2105-6364 / 2105-6368 / Bispo referencial: Dom José Mário Angonese / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior / Secretário: João Guilherme de Mello Simão.


Comunicação

53ª

DOM JOSÉ MÁRIO S. ANGONESE Bispo de Curitiba

Assembleia Geral da CNBB

Os bispos do Brasil se preparam para a 53ª Assembleia Geral, que acontecerá de 15 a 24 de abril 2015, em Aparecida do Norte – SP. A Assembleia é a maior instância da CNBB, “é a expressão e a realização maiores do afeto colegial, da comunhão e corresponsabilidade dos Pastores da Igreja no Brasil”. Trata de “assuntos pastorais de ordem espiritual e de ordem temporal e dos problemas emergentes da vida das pessoas e da sociedade, na perspectiva da evangelização” (Cf. art. 27 e 29 do Estatuto Canônico da CNBB). Essa Assembleia será eletiva. Serão eleitos Presidente, Vice-presidente e Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Serão eleitos, ainda, os Presidentes das Comissões Episcopais Pastorais (CONSEP), para o quadriênio de 2015 a 2019. Também haverá eleição dos Delegados e Suplentes para a 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos e dos representantes no Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).

Conforme a proposta de pauta aprovada pelo Conselho Permanente, além das eleições, o tema principal dessa Assembleia será a aprovação das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, de 2015 a 2019. As Diretrizes estão sendo atualizadas à luz dos documentos pontifícios, sobretudo da Exortação Apostólica Evangelli Gaudium (A Alegria do Evangelho) e com base nos discursos do papa Francisco aos bispos do Brasil e do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), por ocasião da Jornada Mundial da Juventude. Também terá grande relevância a aprovação do Documento de Estudos nº 107, que se refere aos “cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade”. Temas considerados prioritários: o Relatório de atividades dos quatro anos da atual Presidência; Assuntos de Liturgia e Doutrina da Fé. Outros temas: Análise de conjuntura político-social e eclesial; 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos; Dízimo e Pensando o Brasil: a desigualdade.

Temas breves: Projeto: Comunhão e partilha entre as Dioceses; Informe sobre a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos; Juventude: “300 anos de bênção – com a Mãe Aparecida – Juventude em Missão”; 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida; Reforma Política; entre outros. Haverá um dia de Retiro, que será pregado por Dom Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo de Mariana/MG, com o tema “O Múnus Episcopal à luz do Vaticano II”. Temas para as Celebrações Eucarísticas: A Assembleia do Sínodo sobre a Família; Igreja na Amazônia; 50 anos da Lumen Gentium e da Gaudium et Spes; 50 anos da restauração do Diaconato Permanente; e Ano da Vida Consagrada. Pedimos as orações de todos pelo êxito desta 53ª Assembleia Geral da CNBB e, por intercessão de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, imploramos as bênçãos de Deus.

52ª Assembleia dos Bispos Arquidiocese de Curitiba | Abril.2015

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Comidi

SEMENTINHA DO O grupo SEMENTINHA DO AMOR, da Paróquia Nossa Senhora da Visitação no Bairro Boqueirão, atua hoje com 30 crianças, que participam ativamente da IAM. Nosso grupo participa de algumas atividades da Paróquia, como participação da Via Sacra na Semana Santa com a encenação nas ruas, visitas missionárias, Expocatequese, Gincana Bíblica, auxílio na confecção do tapete de Corpus Christi, participação do Show Missionário, e no final do ano fazemos uma apresentação para os pais de um tema que retrata a realidade da época. Além disso, estamos nas novenas de Natal nas casas. A criança que começa desde cedo aprender sobre Jesus com certeza saberá dar grande valor nas coisas de

AMOR

Grupo da IAM - Sementinhas do Amor - Paróquia Nossa Senhora da Visitação

Deus e da Igreja, e assim poderá dizer sem medo a nossa saudação: DE TODAS

FORMIGUEIROS

AS CRIANÇAS DO MUNDO, SEMPRE AMIGAS.

DE NAZARÉ

te (um formigão de pelúcia), Em 2005, a religiosa Ir. Joaque a criança leva para casa e na da Congregação das Clavedepois traz novamente com rianas recomeçou em 2005 na uma oração para ser compartiParóquia Nossa Senhora de Nalhada com os missionários. Cozaré a obra da Infância Adoleslocamos em prática o que cência Missionária. Com o pasaprendemos: oração, cofrinho sar dos anos, a freira acabou e sacrifício. partindo e deixando as semenO compromisso missiotinhas plantadas no coração de nário é rezar uma Ave Maria cada um. Até hoje, alguns conpara todas as crianças do muntinuam cultivando e agora têm do. Também estamos fazendo o nome “Formigueiro de NazaGrupo da IAM - Formigueiros de Nazaré - Paróquia Nossa Senhora de Nazaré como compromisso projetos de ré”. ajudar alguém a conseguir uma cadeira isso, à espiritualidade missionária, oraEvangelizamos usando o lema “Cride rodas por meio de lacres, e um proção aprofundada, oração espontânea, ança evangeliza criança”, tendo como jeto de meio ambiente nas festas da agradecimento da semana, pedido esrealidade missionária metodologia igreja, juntando latinhas em que as paspontâneo e oração final. Também teoral, lúdica, de brincadeiras, desenhos, torais já têm conhecimento de que são mos um caderno de casa, o qual, no pinturas, visualizações, vídeos, imapara a IAM, para serem vendidas com próximo encontro, deve conter uma gens, teatros, músicas, poesia e jogral. o objetivo de serem enviadas para a oração que rezou com os pais durante Também agregado o terço missionário, cúria e serem direcionadas para as misa semana para que possa compartilhar símbolos, Bíblia, os padroeiros, cofrisões. com o grupo. Temos, ainda, um masconho e caixa de sugestões. Visa-se, com

MIS SIONÁRIOS DE MISSIONÁRIOS Nosso grupo da IAM se chama Missionários de Jesus, e nasceu no dia 08/11/2008 com um total de 12 crianças. Em nossos encontros, trabalhamos a história da IAM, compromissos, realidades dos cinco continentes, espiritualidades das crianças e ações práticas de missão, como a participação nas Celebrações Eucarísticas, coroinhas, confecção do tapete Corpus Christi, visitas missionárias, arrecadação de alimentos para o Bocado do Pobre, ajuda nas festas de nosso padroeiro, teatros de natal e festa juninas. Os pais de nossas crianças estão sempre presentes em nossas atividades e de nossa comunidade. Todo 3º domingo realizamos a liturgia na missa das 10h, com a participa-

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JESUS

Grupo da IAM - Missionários de Jesus - Paróquia São Marcos

ção das crianças como coroinhas e seus pais dinamizando a liturgia. Temos três assessores que trabalham com nosso grupo na matriz e temos um sonho de criar grupos em nossas capelas, pois estamos

colhendo muitos frutos com a IAM. Podemos citar como um belo fruto o despertar da vocação para o seminário de um jovem. São os MISSIONÁRIOS DE JESUS assumindo seu posto entre a humanidade!


PARÓQUIA

SÃO FRANCISCO DE AS SIS ASSIS

Somos da Paróquia São Francisco de Assis, no bairro Xaxim, que possui quatro capelas com grupos da IAM: São José Operário, Perpétuo Socorro, Nossa Senhora Aparecida e Sagrada Família. No início de 2014, fomos desafiados a alavancar a Infância Missionária. Foi então que começamos a mostrar o rosto da IAM na paróquia por meio das cinco cores que usamos demonstrando os cinco continentes (amarela, azul, vermelha, branca e verde). Aos poucos, a comunidade foi percebendo que existia algo diferente quando se deparavam com nossas crianças durante as missas, ou visitando um asilo, realizando missões nos colégios, e participando de grandes encontros para a IAM como o nosso Congresso e Show Missionário. Atividades bem expressivas tomam

conta dos grupos todos os anos, como a participação nas formações, a união das capelas em que uma visita a outra, adolescentes se unindo ao grupo de crianças com Auto de Natal, teatro, Carnaval para Jesus, enfim, a comunidade está desempenhando o simples ato de união pela fé em Jesus Cristo, o servir. Alguns atos concretos que desempenhamos no ano de 2014: Missa de

Envio com bênção e entrega de bolsas; III Congresso Missionário/Paróquia Sto. Antônio de Orleans Missão, no Colégio Estadual Jayme Canet; missão no Colégio São Pedro Apóstolo; Feira de Ciência com foco na IAM; tarde de visita; confraternização; doação de alimentos e cantos na Casa de Repouso Adonai; doação de alimentos às famílias carentes, creches e pastoral da solidariedade da Paróquia.

OURDES PARÓQUIA NOS SA SENHORA DE L LOURDES NOSSA Nossa caminhada iniciou no dia 29 de março de 2014. Com o tempo, o Santuário Nossa Senhora de Lourdes tornou-se nosso segundo lar e, a cada domingo, o grupo ganhava um novo missionário. Com o tempo, fomos crescendo e ganhando mais assessores, sendo hoje oito assessores e 18 crianças. Nosso grupo é muito animado e alegre, sempre terminamos nossos encontros com danças e cantos. Os compromissos sociais com instituições pertinho do Santuário ajudam as crianças para um despertar da realidade das pessoas fora das quatro paredes de nossa sala que precisam de muito amor e carinho.

GRUPO

Um dos nossos mais felizes frutos é o apoio e auxílio dos pais em nossas atividades e do fortalecimento das famílias, hoje missionárias, na comunidade. Também gostamos muito, muito mesmo, de tecnologia e comunicação.

Você pode conferir todas as demais informações sobre nosso grupo e acompanhar tudo o que aprontamos em nossa página no facebook: https://www.facebook.com/ infanciamissionariacampocomprido?fref=ts

MENSAGEIROS DO AMOR

Em 06 de maio de 2006, iniciaramse as atividades da IAM na nossa paróquia. No primeiro encontro, havia seis crianças, a maioria delas hoje frequenta o grupo de adolescentes da paróquia. Nosso grupo hoje se reúne nas tardes de sábado com uma média de 15 pequenos missionários e quatro adolescentes coordenadores. Trabalhamos a realidade missionária com as crianças, criando, na verdade, um estilo de vida missionária que faz com que eles realizem gestos concretos dentro e fora do grupo. Nas atividades dos nossos encontros, nas nossas missas mensais com as leituras, encenações, coleta, acolhida, nas festas da paróquia, visitas missionárias, em seu dia a dia, elas vivem a missão de servir, amar e espa-

lhar o amor de Deus ao próximo. Recentemente duas de nossas pequenas missionárias doaram seus cabelos para confecção de perucas para crianças que sofrem com o câncer. São fatos como esse que nos fazem ver que o trabalho desses quase nove anos plantou uma semente e que ela deu e dá frutos, e que esses frutos espalham mais sementes, num ciclo de amor infinito, como o amor de nosso Deus.

Expediente

COMISSÃO DIMENSÃO MISSIONÁRIA: comidi@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6375 – Ir. Partícia (41) 2105-6376 - Jeferson Arquidiocese de Curitiba | Abril.2015

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O assunto é...

JOÃO SANTIAGO Teólogo, Poeta e Militante. Coordenador da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Curitiba

Fé-P olítica, a Fé que Fé-Política,

move Montanhas:

a Igreja e a Reforma P olítica Política Neste texto vamos continuar o tema do artigo anterior, mas daremos um passo adiante, com um assunto tão caro à Igreja pós-conciliar, tão necessário neste momento e que ainda assusta muita gente, que é a relação Fé-Política. São Tiago nos diz que “a fé sem as obras é morta”1. Ora, a política é a obra da fé. Poderíamos até parafrasear o texto bíblico dizendo que a fé, sem uma ação política que lhe dê concretude e corporeidade, é morta. A Reforma Política é objeto de grande preocupação da Igreja, que diz: “A participação dos discípulos e missionários no bem comum pelo processo político é um direito e um dever, como cidadãos e do exercício da missão2”. É por isso que uma das principais ações propostas pela Igreja para este ano é engajar-se na campanha pela Reforma política. Para aqueles/as que ainda têm medo, que acham difícil, ou mesmo impossível, sentem-se pequenos, tenham coragem! Jesus mesmo é quem nos pede para ter uma fé do tamanho de um grão de mostarda3. A política precisa reencontrar seu lugar dentro do nosso sagrado, pois, somente assim, faremos de nossas celebrações, de nossa evangelização e de nossa religião, práticas libertadoras. Somente com uma Fé-Politica, que não divida o ser humano em duas partes - a espiritual, que a Igreja cuida, e o corpo, que é entregue à prefeitura, mas que, “Desenvolva todos os seres humanos e os seres todos4” - é que seremos discípulos/as e missionários/as de Jesus. Precisamos, portanto, por meio de nossa evan-

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gelização, fazer com que nossas crianças, nossos Arquidiocese de Curitiba | Abril.2015


jovens e adolescentes, mas, sobretudo, nossos padres e nossas lideranças na Igreja aprendam a gos-

gra, nos confirma e nos envia para servir. “Da instrução e educação, deve-se passar a ação5”. Essa ação,

tar de ciência, de religião e de política.

que é um ato político, é o fruto de uma fé-política,

Precisamos urgentemente de uma fé-política que,

pois somos seguidores/as de um prisioneiro políti-

a partir do testemunho e do martírio - por que não ensine-nos mais a pensar, sentir e a agir, do que a obedecer. Temos todas as razões possíveis para des-

co, morto pela arrogância e pelos fundamentalismos dos líderes políticos e religiosos de seu tempo. Mas que Deus o ressuscitou6. Quando a Igreja nos desa-

confiar de uma Igreja que recebe aplausos e confe-

fia a sairmos de nossas zonas de conforto, nos envi-

tes vindos de um sistema opressor. É como mãe e educadora na fé que a Igreja nos batiza, nos consa-

ando a anunciar, a testemunhar, a dialogar e a servir, ela está também nos provocando, como batizados/as, a ir ao encontro com Jesus Ressuscitado. Ele não está mais no túmulo7, conforme nos testemunha Maria Madalena. Não é refém e nem propriedade de ninguém, mas está nas “Galileias8” do mundo, nos esperando de braços aberto, tal qual se encontra no alto do corcovado. O encontro pessoal e indispensável com Jesus é o que nos torna discípulos e missionário, pois “há muitos batizados e até agentes de pastoral que não fizeram um encontro pessoal com Jesus Cristo, capaz de mudar para se configurar cada vez mais ao Senhor9”. É esse encontro que nos faz militantes do Reino. “Uma opção de vida, que nos defina o sentido da vida daqueles que aderiram a ela”10. Concluindo essa reflexão, vale lembrar que buscamos as respostas, às nossas perguntas, com os dois meios que temos, “a fé e a razão”11. Não podemos, portanto, separar nem uma da outra, tampouco a fé da política.

1

Carta de Tiago, 2, 26. Texto Base da CF-2015, p. 78. 3 Mateus, 17,20. 4 Carta Encíclica do Papa Paulo VI. Encíclica Populorum Progressio. (O progresso das nações), nº 42. 5 Carta Encíclica do Papa João XXIII. Mater et Magistra (Mãe e Mestra). Nº 236. 6 Atos, 2,24. 7 João 20, 1-2. 8 Mateus, 28,16. 9 CNBB. Documento 100. Comunidade de Comunidades - Uma nova paróquia - A conversão pastoral da paróquia, nº 52. 10 Emir Sader. A Nova Toupeira. São Paulo: Boitempo, 2009, p. 20. 11 Marcelo Gleiser. Criação Imperfeita – Cosmo, Vida e o Código Oculto da Natureza. São Paulo: Record, 2010, p. 295. 2

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Reflexão

*PADRE REGINALDO MANZOTTI

O significado da Em hebraico, a palavra “páscoa” significa passagem. Para o povo hebreu, foi a passagem da escravidão para a liberdade; para nós, a Páscoa é celebrada como a passagem da morte para vida. A Páscoa é celebrada em data móvel, comemorada no primeiro domingo após a lua cheia do equinócio de março. Para muitos, a Páscoa não passa de um “feriadão”, e as propagandas, a mídia, dão à versão secular desta data um significado apenas comercial e não religioso. Para os cristãos católicos, a Páscoa é a festa mais importante do calendário litúrgico, até mesmo que o Natal, porque a ressurreição de Cristo é o fundamento, a fonte, o sentido da fé cristã. Como nos diz São Paulo, “se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (ICor 15, 14). Efetivamente, Cristo se entregou por nós e com sua morte na cruz, nos livrou do pecado e nos reconciliou com Deus. Por sua ressurreição, as portas do céu nos foram abertas. Cristo ressuscitou para que todo aquele que n’Ele crê tenha a vida eterna. A vitória de Cristo sobre o pecado e a morte está totalmente explicitada na sua ressurreição. Com muita solenidade, a Igreja se prepara para a celebração da Páscoa com o Tríduo Pascal que é a celebração do sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo, em uma única celebração que inicia-se na Quintafeira Santa com a Missa da Ceia do Senhor, que faz memória da Instituição da Eucaristia. Segue na Sexta-feira Santa com a Paixão do Senhor, e termina no sábado com a Vigília Pascal. No domingo, como o ponto alto da realização de nossa redenção, ce-

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Páscoa

lebramos a Páscoa da Ressurreição. Jesus Cristo ressuscitou no “primeiro dia da semana”, e a partir de sua ressurreição tudo muda de sentido, por isso a Igreja católica tem o Domingo como o dia do Senhor. O sepulcro vazio é o maior símbolo da ressurreição, também temos outros símbolos pascais que nos remetem à mensagem da vida nova. Alguns são ainda mais antigos, como: O peixe - estilizado, foi um símbolo muito importante para os primeiros cristãos, por causa das iniciais da expressão grega: Iesus Christus Theou Yicus Soter - “Jesus Cristo Filho de Deus Salvador”, formam a palavra “ichthys”, que significa “peixe” em grego. Em tempos de perseguição, os cristãos usavam como sinal secreto da fé. A borboleta - surge depois que a lagarta se transforma e sai do casulo para uma nova vida. O pelicano - simboliza o sacrifício de Cristo na Cruz, pois conta-se que, se preciso, esse pássaro dilacera o próprio peito para alimentar os filhotes com sua carne e sangue. OUTROS SÃO MAIS CONHECIDOS, COMO: O cordeiro, que simboliza Cristo, o Cordeiro de Deus, sacrificado em favor da humanidade. O trigo e uva: Mesmo depois de triturado, e as uvas, mesmo depois de esmagadas, não são destruídos, são transformados em pão e vinho, e se tornam alimentos. São símbolos eucarísticos; Cristo usou o pão e o vinho na Última Ceia para ficar em alimento com os seus até o fim, na Eucaristia. O girassol. Está sempre voltado para o sol, como nós também devemos nos voltar para Jesus, sol de nossa vida. Ovos de páscoa Simbolizam uma nova vida. Vida que está para nascer. A ressurreição de Jesus também indica o princípio de uma nova vida. Na cultura

ucraniana, é costume dar pessenkas, ovos de galinha pintados, cujos desenhos têm um simbolismo. Com o passar do tempo, os ovos de galinha pintados foram sendo substituídos por ovos de chocolate. Porém, ainda existem regiões onde esta tradição persiste. Coelho. A escolha desse animal como símbolo da Páscoa tem várias explicações. Uma delas é pela fertilidade, já que são animais que reproduzem com facilidade e em quantidade. Simboliza, portanto, a Igreja que, pelo poder de Cristo, é fecunda em sua missão de propagar pelo mundo a mensagem de Cristo. Outra explicação deve-se ao fato de ser o coelho o primeiro animal a sair da toca e aparecer quando a neve deixa de cair, simbolizando uma nova fase, o início do tempo da primavera, onde a vida brota mais alegre e generosa. O coelho se tornou o símbolo da passagem do inverno para a primavera. A ressurreição é a passagem da morte para a vida. O Círio Pascal é o símbolo de Cristo Luz do mundo. É preparado, abençoado e aceso na celebração da Vigília Pascal. A cruz. Não como símbolo de sofrimento, mas como símbolo de salvação. A cruz, na Páscoa, relembra que Jesus venceu a morte, glorioso. Ela não é só o símbolo da Páscoa, mas do cristianismo e da fé católica. Procuremos viver o real significado dessa festa, na força ressuscitadora do Cristo que vive para sempre, na alegria de uma vida plena e sem fim. *Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso – Obra considerada benfeitora nacional que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação – e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos em parceria com milhares de emissoras no país e algumas no exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br. Facebook: www.facebook.com/padrereginaldomanzotti. Twitter: @padremanzotti Instagram: @padremanzotti


Ecumenismo

PE. VOLNEI CARLOS DE CAMPOS Coordenador do Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso volneiccampos@hotmail.com

Comissão da Campanha da F raternidade Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016 se reúne

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

Reuniram-se em São Paulo, entre os dias 23 e 25 de fevereiro, membros da Comissão que organiza a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016. Entre os presentes, estavam membros da diretoria do CONIC, Aliança de Batistas, Misereor (entidade ligada à Igreja Católica da Alemanha), Visão Mundial (organização humanitária) e CESEEP (Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular). A Campanha da Fraternidade de 2016 será ecumênica, ou seja, reunirá outras igrejas cristãs além da católica. Tal como nas três versões anteriores, a ação será coordenada pelo CONIC. Uma das maiores novidades para esta IV edição é de que ela deverá transpor fronteiras nacionais, já que contará com a participação da Misereor entidade episcopal da Igreja Católica da Alema-

nha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina. O objetivo principal da iniciativa será chamar atenção para a questão do saneamento básico que, no Brasil, caminha a passos lentos – apesar de sua importância para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos. “Casa comum, nossa responsabilidade” será o tema da Campanha. O lema bíblico para apoiar essa escolha baseia-se em Amós 5:24, que diz: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. Ambos, tema e lema, foram definidos em uma reunião realizada em São Paulo, entre os dias 4 e 6 de novembro, reunindo membros da Comissão da Campanha e representantes da Misereor.

O Movimento Ecumênico de Curitiba –MOVEC, juntamente com a Comissão de Ecumenismo da Arquidiocese de Curitiba, está organizando a “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”. Na próxima edição desta Revista, contará com a programação completa apresentando os locais onde acontecerão as celebrações de 17 a 23 de maio.

Fonte: CONIC

Expediente

COMISSÃO DO ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO: Pe. Volnei Carlos de Campos Animação Ecumênica e MOVEC – (41) 3045-0432 Bispo referencial – Dom Rafael Biernaski. Arquidiocese de Curitiba | Abril.2015

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Educação

MARILENA ARNS DE OLIVEIRA Assessora da Pastoral da Educação da Arquidiocese de Curitiba.

AP ASTORAL D A EDUCAÇÃO E A PASTORAL DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA “A Encíclica Caritas in Veritate, escrita pelo então Papa Bento XVI, mostra a necessária concretização da fé pelas obras.” A caridade é a base da verdade, do amor, da justiça, fé e esperança. Essas movem o nosso agir cristão e consequentemente movem a Doutrina Social da Igreja, sendo Jesus Cristo o centro de todo o DSI. Nós, pastoralistas, trabalhamos com gente, pessoas humanas criadas por Deus à sua imagem e semelhança. Necessitamos atendê-las em todos os princípios acima nominados para chegarmos a Deus que é a própria caridade, verdade e justiça. Amar a Deus é amar ao próximo. Citando Sto. Agostinho: “Como vamos falar de Deus para pessoas que estão com a barriga vazia?” “Que Deus Pai, Deus Perdão, Deus Misericórdia é esse se estão morrendo de fome? Se não tem assistência médica, escolar, nem o direito de serem gente dentro dos princípios éticos, morais, cristãos, humanos?” Encontramos o próprio Deus no rosto daqueles que se encontram em dificuldades. Precisamos atender as pessoas dentro da justiça e do bem comum. A caridade supera a justiça, porque amar é dar, é dar ao outro o que é dele, o que é dele por justiça. Amar alguém é querer o bem comum do outro, e isso é

praticar a justiça e a caridade. Em nosso trabalho pastoral, precisamos olhar o outro com o nosso coração, isto é, com os olhos da caridade na verdade, na justiça, no bem-estar social. É possível? Se não fizermos desse modo para que servirá o nosso trabalho pastoral, que é o agir da Igreja na nossa missão ao próximo dentro dos princípios da Doutrina Social da Igreja? Quanta riqueza para aplicação nos nossos serviços pastorais, na missão

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Comissão Conselho de Leigos

Leigos e Leigas Nós, leigos, quando nos colocamos em estado permanente de missão, é para sermos fiéis a tudo. É para vermos e ouvirmos no evangelho que se transforma em alegria, e assim transforma o nosso trabalho missionário. Missionários junto às comunidades,

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que recebemos por Deus de atendermos e melhorarmos a vida do nosso próximo. Dos mais até os menos necessitados, todos precisam de Deus, que é o centro de todo o nosso serviço, de toda a nossa missão pastoral. Se as pessoas conseguirem viver nesses princípios cristãos, o mundo com certeza será muito melhor. “Comece fazendo o necessário, depois o que é possível e de repente estarás fazendo o impossível!” São Francisco de Assis PASTORAL DA EDUCAÇÃO: isabeljulio@ig.com.br (41) 3029-0973. Bispo referencial: Dom José Mário Angonese Coordenador: Isabel Cristina Piccinelli Dissenha.

GENI TEREZINHA CORDONI Leiga, missionária e Legionária

a serviço da missão!

trabalhando em uma igreja sempre atenta à disponibilidade de nossos carismas como leigos e leigas a serviço. Vamos nos preparar, pois é o momento de uma grande animação a essa missionariedade, vamos escutar e nos preparar para nosso trabalho de missão permanente.

Somos forças vivas e convictas da necessidade e urgência como igreja viva. Devemos seguir o exemplo de nossa Mãe Maria discípula missionária, dizendo sim e realizando o projeto de Deus. Tornou-se, portanto, a mãe de todos os discípulos missionários.

CONSELHO NACIONAL DO LAICATO DO BRASIL (CNLB) de Curitiba: cnlbcuritiba@gmail.com, ativacontabilidade@ativacon.com.br / (41) 3206-0982 (41) 8421-0028. Bispo referencial: Dom Moacyr José Vitti / Coordenadora: Marcia Regina Cordoni Savi.


Dimensão Social

ROBERTA KISY Assistente Social da Arquidiocese de Curitiba

PREST AÇÃO DE PRESTAÇÃO

CONTAS FDS

É com imensa alegria que o Conselho Gestor do Fundo Diocesano de Solidariedade - FDS vem, nesta edição de abril da Revista Voz da Igreja, prestar contas dos projetos contemplados pelo EDITAL FDS 2014. Ao todo foram 13 projetos contemplados, totalizando R$ 250.000,00. Os projetos atenderam vários segmentos da sociedade correspondendo à missão de combater o tráfico humano por meio de suas ações. Seguem as fotos das ações desenvolvidas nas diversas unidades e paróquias.

Acolhida e F raternidade Fraternidade O projeto Acolhida e Fraternidade tem como principal objetivo qualificar o atendimento aos imigrantes e melhorar as estruturas do espaço utilizado para as atividades da pastoral do migrante. Por meio do acolhimento e atendimento, oportunizam o combate ao tráfico humano e a prevenção do trabalho escravo a que muitas vezes estão sujeitos os imigrantes.

Compromisso com a dignidade humana O projeto Compromisso com a dignidade humana da CRB – CONFERÊNCIA DOS RELIGIOSOS DO BRASIL tem como objetivo identificar as práticas de tráfico em suas várias formas e denunciá-las. Desenvolveu cerca de 30 ações de sensibilização em espaços públicos para denunciar e dar visibilidade ao crime do tráfico humano.

Projeto CMA

Desenho feito por um dos adolescentes para confecção do folder de divulgação

Expediente

O Projeto CMA - Conscientização, Mobilização e Ação contra tráfico humano foi desenvolvido pela obra social Santo Aníbal, com o objetivo de contribuir na construção de uma cultura do respeito e valorização da vida humana, combatendo o tráfico de pessoas presentes nas suas várias formas de exploração.

COMISSÃO DIMENSÃO SOCIAL: dimensaosocial@arquidiocesecwb.org.br / (41) 2105-6326. Bispo responsável: Dom Rafael Biernaski / Coordenadores: Pe. Antônio Fabris, Diácono Gilberto Félix e Diácono Antônio Carlos Bez. Secretaria: Irmã Inês Zanin. Arquidiocese de Curitiba | Abril.2015

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Paróquia em destaque Horário de Missas Domingo: 09:00 Terça: 19:00 Quarta: 19:00 Quinta: 19:00 Sexta: 19:00 Sábado: 18:00

Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho No início, ainda na década de 70, a comunidade da Vila Maria ainda não tinha um local para realizar as celebrações religiosas e sentia muito a falta de uma Igreja. As celebrações eram realizadas na sede da antiga Sociedade. Foi somente em 1978, quando a moradora Anna Govatioski doou uma casinha de madeira, a qual passou a ser utilizada para a realização das missas e atividades religiosas da Comunidade. Já em 1977, com a chegada do primeiro pároco na Paróquia de São Braz, o Padre Czeslau Raustikuski é que juntamente com a comunidade deu início a aquisição do terreno, onde hoje funciona a atual capela. O terreno foi adquirido por meio da Prefeitura Municipal de Curitiba, que gentilmente cedeu os lotes. A Capela Nossa Senhora do Bom Conselho foi criada no dia 18 de janeiro de 1981 e, por intermédio do vereador José Gosrski, no mesmo ano, a comunidade conseguiu por meio de doação, as madeiras da antiga Paróquia São José Trabalhador, no bairro da Campina do Siqueira, que já possuía uma nova igreja em alvenaria. A antiga Igreja para ser montada na Vila

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Maria, no modelo fiel a original, precisava construir um porão, o que serviria de alicerce para a capela. Assim, os moradores, por meio de doações, bingos e festas, conseguiram construir o que precisava e, finalmente, em 1983, a Capela Nossa Senhora do Bom Conselho estava pronta. Em 1984, o Cônego Ivanir assumiu a Paróquia de São Braz e pediu ao Monsenhor Francisco Fabris que desse uma atenção especial à comunidade da Vila Maria. A Capela de madeira serviu à comunidade por muitos anos, até que no ano

de 1994, foi desmanchada e no local a comunidade deu início a construção da nova capela ema alvenaria. No entanto, os recursos eram poucos e os moradores da Vila Maria, eram de família muito simples em com poucos recursos financeiros. Mas com muita fé e disposição, a comunidade se uniu e deu início à construção da atual Capela. As obras demoraram cinco anos para terminar e, no dia 25 de abril de 1999, a nova Capela Nossa Senhora do Bom Conselho, enfim, foi inaugurada.


Painel do Leitor

Por DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO Arcebispo Emérito de Curitiba

Arquidiocese de Curitiba lança

novo site

No dia 18 de março, foi lançado o novo site da Arquidiocese de Curitiba. Com um visual moderno, a proposta é oferecer um canal de informações e serviços. Além das notícias da Igreja (local, nacional e internacional), o internauta terá acesso às informações das paróquias, comissões, casas de formações, campanhas, vídeos, fotos, enfim, poderá ter acesso de maneira prática tudo o que acontece em nossa Igreja e compartilhar os acontecimentos da sua paróquia. Acesse: arquidiocesedecuritiba.org.br e aproveite mais este canal que criamos especialmente para você!

Dom José Antônio P eruzzo Peruzzo toma posse como arcebispo Dom José Antônio Peruzzo tomou posse oficialmente como Arcebispo Metropolitano de Curitiba, no dia 19 de março. A solenidade foi realizada na Catedral Basílica de Cu-

ritiba e teve início às 19 horas. Cerca de 5 mil pessoas acompanharam a celebração no local. Ao todo, 66 emissoras transmitiram ao vivo para todo o Brasil, através do sinal da Rede Evangelizar. Autoridades religiosas, civis, familiares, amigos e sacerdotes, estiveram presentes. O Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer presi-

diu o início da cerimônia. Dom Peruzzo tem como lema episcopal “Fazei discípulos…Ensinai”. Dom José possui mestrado em Ciências Bíblicas pela Pontifícia Instituto Bíblico de Roma e doutorado pela Universidade Santo Tomás de Aquino, também em Roma, na Itália. Tem 54 anos, nasceu em Cascavel, oeste do Paraná. Arquidiocese de Curitiba | Abril.2015

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