Vozdaigreja maio2015

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PADRE ALEXSANDER CORDEIRO LOPES Coordenador da Ação Evangelizadora

Reduzir a maioridade penal? Uma Igreja servidora, não juíza, e que provoque nossa sociedade a ir às causas de suas mazelas e buscar soluções realmente eficazes para seus problemas, e não apenas analgésicas. Este parece ser o desejo do Senhor que veio para que todos tenham vida, e vida em abundância (Jo 10,10). É com este espírito que nossa edição de número 152 da revista Voz da Igreja deseja destacar uma breve reflexão sobre um tema polêmico: a redução da maioridade penal. Sabemos que é um assunto deveras espinhoso, mas, como Igreja Missionária, precisamos deixar de lado o medo e sair de nossa zona de conforto tocando os duros espinhos dos crucificados de nossos dias, vítimas e vitimizadores das cruzes atuais. Neste mês em que celebramos Pentecostes, pedimos a força do Espírito Santo para sermos Igreja em saída: de nossos “Cenáculos” para a Cidade que aguarda o anúncio forte da Ressurreição! Uma Igreja em diálogo com o mundo, e de modo especial com as outras denominações cristãs, que conosco creem na força da Ressurreição e conosco rezam pela maior comunhão dos que professam a fé no Cristo durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, celebrada na última semana do Tempo Pascal com diversos encontros de fervorosa prece. No Cenáculo, com os Apóstolos, estava Maria, Mãe de Jesus, que também recebe o fogo do Espírito! Maio é o mês a ela dedicado! Ela é ícone da Igreja, modelo dos cristãos, primeira missionária, mulher em perpétua postura de saída ao encontro dos que mais necessitam de sua presença. A ela destinamos várias páginas desta edição, em especial o artigo de Afonso Murad, que ressalta a grandeza do serviço de Maria! Além destas reflexões, esta edição traz ainda comunicados importantes da vida pastoral de nossa Igreja, a celebração dos 10 anos de um novo caminhar da Comissão Bíblico-Catequética, a coluna da Pastoral da Educação, o destaque à festa da Paróquia N. Sra. Da Visitação – Boqueirão, bem como diversas páginas formativas e informativas para nosso povo! No Espírito que nos congrega, nos capacita e nos envia, sejamos cada vez mais comprometidos com o anúncio alegre do Evangelho, pois “o que vimos e ouvimos, isso anunciamos” (1 Jo 1,3). ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Responsável: Stephany Bravos Fones / Fax: (41) 2105-6343 ou (41) 8700-4752 E-mail: vozdaigreja@arquidiocesecwb.org.br Site: www.arquidiocesedecuritiba.org.br Apoio e Colaboração: Fone: (41) 2105-6342 Responsável: Aline Tozo E-mail: aline@arquidiocesecwb.org.br

Expediente A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Bispos da Arquidiocese de Curitiba: Dom Rafael Biernaski e Dom José Mário Angonese . Chanceler: Élio José Dall'Agnol | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto. | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Marcos Honório da Silva | Assessora de Comunicação: Stephany Bravos | Jornalista responsável: Stephany Bravos | Revisão: Stephany Bravos - Ana Paula Mira |Colaboração voluntária: 12 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral Projeto gráfico e diagramação: Editora Exceuni - Aldemir Batista - exceuni@uol.com.br - (41) 3657-2864. Impressão: Monalisa - Tiragem: 10 mil exemplares.

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Arquidiocese de Curitiba | Maio.2015

Maio . 15

Ação Evangelizadora

Agenda Mensal dos Bispos Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

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- Missa no Seminário Rainha dos Apóstolos - Missa de Posse na Paróquia Santa Edwiges - Expediente na Cúria - Reunião do Colégio de Consultores, na Cúria - Visita ao Seminário Rainha dos Apóstolos 06 - Expediente na Cúria - Visita no Seminário Propedêutico 07 - Reunião dos 15 Setores na Cúria - Reunião das 12 Comissões na Cúria 08 - Visita no Seminário São José - Reunião dos Padres Jovens 09 - Crisma na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus 12 a 14 - Formação Permanente do Clero da Arquidiocese, na Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê 12 - Formação para as Lideranças do Setor Centro, no Santuário Nossa Sra de Guadalupe 14 - Missa na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Uberaba 15 - Crisma na Paróquia Cristo Ressuscitado 16 - Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Visitação - Ordenação Diaconal, na Paróquia Imaculado Coração de Maria 17 - Crisma na Paróquia São José Trabalhador - Crisma na Paróquia São Jorge 19 - Expediente na Cúria - Pregador na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, na Igreja Luterana 20 - Missa no Recanto Franciscano - Missa na Paróquia Santa Madalena Sofia 22 - Missa de 135 anos de Fundação da Santa Casa, na Catedral - Missa da Festa no Santuário de Santa Rita 23 - Ordenação Diaconal na Paróquia São Jorge - Missa de Consagração das Crianças da Infância Missionária da Região Norte, na Paróquia São Martinho de Lima 24 - Crisma na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no Campo Largo 26 - Missa de Nossa Senhora do Caravaggio, em Colombo - Formação para as Lideranças da Paróquia São Benedito 27 - Expediente na Cúria - Reunião da Equipe de reflexão pós-crisma, na Cúria 28 - Expediente na Cúria - Visita à Comissão da Dimensão Social, na Cúria 29 - Reunião dos Formadores, no Seminário Propedêutico 30 - Missa na Comunidade das Irmãs de Jesus Misericordioso 31 - Missa de Encerramento do Encontro Formativo dos Agentes da PASCOM, local a definir - Crisma no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe

Dom Rafael Biernaski Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba Região Episcopal Centro-Oeste 01 02

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Crisma na Paróquia São Sebastião, na Rondinha Crisma na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Balsa Nova Crisma na Paróquia Santa Margarida 03 Crisma na Paróquia Imaculada Conceição, em Campo Magro - Crisma na Paróquia São Francisco de Paula 05 - Expediente na Cúria 05 - Reunião do Colégio de Consultores, na Cúria 07 - Reunião dos 15 Setores na Cúria - Reunião das 12 Comissões, na Cúria 08 - Missa no Colégio Everest - Expediente na Cúria - Crisma na Paróquia São Francisco, no Xaxim 09 - Crisma no Santuário da Divina Misericórdia - Crisma na Paróquia São Francisco, no Xaxim 10 - Crisma na Paróquia São João Batista Precursor 12 a 14 - Formação Permanente do Clero da Arquidiocese, na Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê 13 - Crisma na Paróquia Santo Antonio, em Orleans 14 - Crisma na Paróquia Santo Antonio, em Orleans 15 a 17 - Encontro da Pastoral Vocacional do Regional Sul II, em Guarapuava 19 - Expediente na Cúria 20 - Crisma na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Campo Magro 21 - Crisma no Santuário Senhor Bom Jesus, em Campo Largo 22 - Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Paz 23 - Crisma na Paróquia São João Batista, na Vila Sandra 24 - Missa da Festa na Capela Santa Rita - Crismas na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Palmeira 28 - Expediente na Cúria 29 - Crisma na Paróquia São Brás 30 - Crisma na Paróquia São João Batista, na Vila Sandra - Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho 31 - Missa das CEBs, local a definir - Crisma na Paróquia Bom Pastor

Dom José Mário Angonese Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba Região Episcopal Norte 01 02 03 04

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Crisma na Paróquia Santo Antonio, no Uberaba Crismas na Paróquia Santo Antonio, no Boa Vista Crismas na Paróquia São José das Famílias Formação para as Lideranças da Região Sul, na Paróquia José Operário 05 - Reunião com as Religiosas sobre o Ano Missionário, na Cúria 05 - Reunião do Colégio de Consultores, na Cúria 06 - Expediente na Cúria - Missa na Paróquia Nossa Senhora da Esperança 07 - Reunião dos 15 Setores na Cúria - Reunião das 12 Comissões na Cúria 08 - Crisma na Paróquia Santo Antonio, no Parolin 09 - Crismas na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Uberaba 09 - Presença no Encontro dos Agentes do Pastoral do Batismo, na casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê 10 - Crisma na Paróquia São Martinho de Lima 12 a 14 - Formação Permanente do Clero da Arquidiocese, na Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê 14 - Crisma na Paróquia São José, na Vila Oficinas 15 - Crisma na Paróquia Santa Cândida 16 - Crisma na Paróquia Santo Agostinho - Crisma na Paróquia Santa Izabel 17 - Missa pelo Dia Mundial das Comunicações, na Catedral - Missa pelo Dia Mundial das Comunicações, no Santuário Nossa Sra de Guadalupe 20 - Expediente na Cúria 21 - Missa na Paróquia Santa Madalena Sofia 22 - Crisma na Paróquia Santa Cândida 23 - Crisma na Paróquia Nossa Senhora Medianeira - Crisma na Paróquia São Benedito 24 - Crisma na Paróquia São Cristóvão - Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança, em Pinhais 26 - Expediente na Cúria 27 - Reunião da Equipe de reflexão pós-crisma, na Cúria 28 - Reunião do Conselho dos Diáconos Permanentes 28 - Reunião da Pastoral Presbiteral, na casa do Clero - Reunião do Setor Pinhais, na Paróquia a definir 29 - Missa na Cúria - Reunião do Setor Boqueirão, na Paróquia Menino Deus - Crisma na Paróquia Santa Cândida 30 - Missa no Encontro Formativo dos Agentes da PASCOM, local a definir - Crisma na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Colombo 31 - Crisma na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Colombo - Crisma na Paróquia São João Bosco


Para

qual direção seguir?

Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO

Voz do Pastor

Nas últimas décadas parece que no âmbito das relações familiares, afetivas, educativas, comunitárias, vemo-nos mais envoltos por perguntas e menos seguros de respostas. Os pais indagam, quando o assunto e educação dos seus, o que devo fazer? No meu tempo...Os professores, nas escolas, parecem repetir que não conseguem manter atentos os alunos; na compreensão do que significa viver as responsabilidades familiares, com facilidade se ouve que cada um é para “seguir seu coração...”. E quando se trata de evangelizar, quais os caminhos a palmilhar? Parece que a perplexidade nos deixa sem muitas palavras. Já houve épocas de mudanças na nossa história. O desenvolvimento racional e científico ensejara muitos e novos passos na capacidade humana de domínio das situações e desafios. Mas os valores culturais e éticos se mantinham. Tratava-se de época de mudança. Mas o que hoje vemos, e participamos, é uma mudança de época. A expressão já se tornou “quase velha”, mais ainda as mudanças não terminaram. E os valores são outros, os hábitos já não são os mesmos. Quando se fala de família, já não é mais o mesmo do que nos referíamos há alguns anos. A palavra “amizade” também está a receber novas significações. Nas “novas amizades” os vínculos interpessoais são muito mais tênues. Em tempos de grandes consumos e elevados subjetivismos, falar de renúncia, despojamento, gratuidade, então...!!! Como, pois, evangelizar em quadros nos quais parecem prevalecer o efêmero e o transitório? As referências se vão e os líderes escasseiam. E, com tanta ciência, seria de esperar menos contradições e mais felicidade. Porém não perece que seja assim. Os evangelizadores e a evangelização também se veem “sem certezas”. As seguranças perderam forças. Limitar-nos ao que fazíamos já não nos assegura os resultados, nem expressões novas de criatividade evangelizadora. Chegou a hora de buscar redescobertas em nós mesmos. Talvez estejamos mesmo precisando de novos desafios para que superemos autossuficiências e nos ponhamos na condição e evangelizadores humildes e orantes. Provavelmente precisamos redescobrir que evangelizar não é apenas um modo de fazer; é muito mais um modo de ser. Todavia, encontrei na Arquidiocese de Curitiba uma bela iniciativa em termos evangelizadores. Aliás, para evangelizar não se trata de “inventar novidades”. Antes, é preciso retomar certas experiências originárias do cristianismo. É preciso redescobrir a alegria do encontro pessoal com o Senhor Jesus. Não falo de sentimentos, não falo de euforias, nem propagandas sobre Jesus. Mas em alguns encontros de formação para missionários, dos quais participei para falar dos fundamentos bíblicos da missão, vi alguns retornarem radiantes porque “experimentaram-se” evangelizadores. E foram muito bem recebidos nas casas em que estiveram. Há um povo sedento em Curitiba.

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Festa de

No dia 24 de maio, é a festa de Pentecostes, Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Foi o próprio Cristo que prometeu aos Apóstolos o Espírito Santo. “Rogarei ao Pai que enviará em meu nome o Espírito Santo e vos ensinará e vos recordará tudo o que Eu vos disse” (Jo. 14, 24 – 26). Os Apóstolos, durante a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, esqueceram tudo o que Ele lhes ensinou, durante três anos. Todos o abandonaram e fugiram (Mt. 27, 49, 56 ,70). No dia de Pentecostes, “todos cheios do Espírito Santo começaram a falar em outras línguas, e todos os entendiam” (At. 2, 4 – 14 e seg.). O Espírito Santo continua falando na Igreja Católica fundada por Jesus Cristo. “Sem o Espírito Santo, Deus Pai estaria longe, Cristo ficaria no passado, o Evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade uma dominação, a missão uma propaganda, o culto uma evocação, o agir do homem uma moral de escravos mas com o Espírito Santo, Cristo Ressuscitado está presente, o Evangelho é a potência de vida, a Igreja comunhão, a autoridade serviço, a missão ação divina, a Liturgia memorial do sacrifício de Jesus e o agir humano é deificado” (Inácio de Laodiceia). O Espírito Santo está presente na Igreja de dois modos: nos sacramentos e nos carismas. O Espírito Santo atua nos sacramentos em dois sentidos. A Teologia da Igreja sempre distinguiu dois efeitos dos sacramentos. O primeiro é operado por si mesmo, independente de quem o administra e o recebe, pela própria força, pode-se dizer automaticamente. Chamase “ex opere operato”. Para entender melhor, um exemplo é a própria eucaristia. Pouco importa se o celebrante tem fé ou não, se está na graça santifiArquidiocese de Curitiba | Maio.2015

cante ou em pecado grave. Aconteceu no passado e acontece no presente, reduzindo o sacramento a um rito mágico. O segundo sentido depende das disposições de fé, de graça santificante de quem administra e recebe o sacramento. Esse sentido é chamado “ex opere operantis”. É sempre o Espírito Santo que assegura o equilíbrio entre um e outro sentido, como se o sacramento “ex opere operato” fosse um rito mágico e o segundo, “ex opere operantis”, tivesse o risco de reduzir os sacramentos, como se tudo dependesse do homem, chegando a negar a ação do Espírito Santo no sacramento. É preciso entender bem os dois sentidos: a ação divina do sacramento e as disposições de quem o administra e o recebe. Outra presença do Espírito Santo na Igreja é nos carismas. O carisma é a manifestação particular do Espírito Santo dada a uma pessoa para a utilidade comum. São Paulo, na Carta aos Coríntios, define bem o que é um carisma conferido pelo Espírito Santo para utilidade comum da Igreja. (1 Cor. 12, 8 – 11). Deve haver uma harmonia e reciprocidade entre os sacramentos e os carismas. O Concílio Vaticano II afirma que os mais eminentes, quer os mais simples, devem ser acolhidos com gratidão e consolação (Lumen Gentium 12). Hoje quero citar apenas alguns carismas na Igreja: Communione e Liberazione, Opus Dei, Neo-Catecumenato (Caminho), RCC (Renovação Carismática Católica), Schoenstatt, Focolarinos, Comunidade de Vida Santa Cruz. Nesta festa de Pentecostes, que cada um de nós invoque as luzes do Espírito Santo para sentir e viver sua presença nos sacramentos e nos carismas.

Arcebispo Emérito de Curitiba

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO

Palavra de Dom Pedro

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Pentecostes dia 24


Arquidiocese em Missão

PE. ALEXSANDER CORDEIRO LOPES Coordenador da Ação Evangelizadora

A pouco celebrávamos a Páscoa! Um dos momentos marcantes é a celebração do Lava-Pés, na noite de Quinta-Feira Santa! Não se trata de um teatro, nem de uma imitação de um gesto do passado, mas de um real do serviço ministerial da Igreja (padres, bispos...) para com a Igreja Povo de Deus ali reunida. Em geral, as comunidades escolhem pessoas que representem seus membros, ou associam a pessoas participantes da Igreja que se relacionam com o tema da Campanha da Fraternidade. Mas nem todos fizeram assim neste ano de 2015. Como estamos em Estado Permanente de Missão, as lideranças da Comunidade São Vicente, Paróquia N. Sra. Aparecida de Campo Largo, decidiram ousar! Querendo dar sentido mais concreto ao gesto, arriscaram escolher 12 pessoas que haviam se afastado da comunidade e não mais participavam – algumas que haviam, inclusive, sido excluídas

Fotos: Michele Fracaro

Comunidade de comunidades vivenciando o Mistério Pascal

injustamente no passado. Foram designadas lideranças que atuam nas pastorais para acompanhar estas pessoas, indo ao encontro delas e dizendo que foram escolhidas para serem um dos que se sentariam à frente para que o padre lhes lavasse os pés. Todos os convidados aceitaram a proposta e participaram da cerimônia com profunda emoção. Ao se deixar lavar os pés, muitos se reconciliaram com a Igreja. Nem todos ainda estão participando ativamente. Será preciso processo lento e contínuo de acompanhamento. Porém, os frutos podem ser sentidos em outros membros

da comunidade de São Vicente, que se sentiram impulsionados a buscar diferentes pessoas que estavam afastadas, prolongando o gesto do Lava-Pés para além do rito litúrgico. Esta ação simples pode inspirar todas as nossas comunidades a se perguntar: o que temos feito por aqueles que nos deixaram? Que ações realizamos por aqueles que se magoaram, ou que por qualquer razão sentem-se excluídos e não tem mais desejo de participar? Temos a coragem em dar o primeiro passo? Ano Missionário – Arquidiocese em Missão! Sejamos os primeiros a ir ao encontro dos afastados. E para isto não será preciso criar grandes atividades. Pequenos gestos, simples, verdadeiros e sinceros, poderão atrair de volta ao nosso convívio aqueles que por algum motivo – e muitas vezes por nossa culpa – deixaram nossas comunidades! Arquidiocese de Curitiba | Maio.2015

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Animação Bíblico-Catequética

REGINA MENON Assessora da Comissão Bíblico-Catequética

A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ NA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

10 ANOS DE ESTUDO ESTUDO,, REFLEXÃO E AÇÃO! Era o ano de 2005! Os documentos da Igreja e as reflexões pastorais já vinham pedindo urgente atenção à iniciação à vida cristã: o Diretório Geral para a Catequese, de 1997; a Catequese Renovada, de 1983, inúmeras assembleias e ações pontuais. Os textos elaborados que iriam compor o Diretório Nacional de Catequese e que seriam submetidos à aprovação estavam sendo profundamente estudados; desse estudo, brotaram inúmeras contribuições que milhares de mãos e mentes ofereceram. Eram textos

com proposições orientativas e linhas de ação para a catequese: sua natureza e finalidade, suas fontes, a formação dos catequistas, a pedagogia de Deus, a mensagem e o conteúdo, os interlocutores, o princípio fé e vida, a centralidade de Jesus Cristo. Então, na 43ª Assembleia Geral da CNBB, em 2005, esse documento foi aprovado por unanimidade (a Congregação para Clero concedeu a aprovação no ano seguinte), sendo entregue ao povo com a citação do pedido do Papa João Paulo II:

“O vosso papel principal deve ser o de suscitar e alimentar, em vossas Igrejas, uma verdadeira paixão pela catequese; uma paixão, porém, que se encarne numa organização adaptada e eficaz, que empenhe na atividade as pessoas, os meios e os instrumentos e, também, os recursos financeiros. Podeis ter a certeza disso: se a catequese for bem-feita nas vossas Igrejas locais, tudo o mais será feito com maior facilidade (CT 63).” Era o ano de 2005! A Comissão da Animação BíblicoCatequética da Arquidiocese de Curitiba formou-se com uma equipe de assessores para estudar o Diretório Nacional de Catequese. A partir desse documento e com as devidas adaptações às diversas realidades da Igreja local, os assessores agem como repetidores de seu conteúdo aos inúmeros catequistas de nossas paróquias, comunidades e capelas. A reflexão gerada despertou para o primeiro elemento de transformação: a necessidade da inspiração catecumenal na catequese: (...) é a inspiração catecumenal que deve iluminar qualquer processo catequético (DNC 45). Foi o fator que impulsionou a reflexão para estabelecer um itinerário catequético permeado por elementos catecumenais: a gradualidade, o uso de símbolos, as festas de entrega como ritos de passagem, as celebrações na preparação próxima aos sacramentos, momentos orantes bíblicos e vivenciais.

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POR QUE CONTAR A HISTÓRIA? Completaremos, durante o ano de 2015, 10 anos de estudos, reflexões, orientações e ações concretas para a consolidação de uma nova mentalidade, uma nova metodologia e um novo jeito de fazer catequese e de ser Igreja! A partir dessa edição da Revista Voz da Igreja, até o fim de 2015, vamos promover, eventualmente, um resgate histórico dessa caminhada. A história sempre contribuiu para o entendimento e a justificação, mostrando as necessidades, despertando para ações que brotam da realidade e, principalmente, evidenciando a presença do Espírito Santo de Deus conduzindo a Igreja! A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ DE INSPIRAÇÃO CATECUMENAL O Documento de Aparecida já reforçava a necessidade da Igreja de se colocar em estado permanente de missão (cf. DAp 213), passando de uma pastoral conservadora para uma pastoral missionária, abando-

nando as velhas estruturas que já não favoreciam a transmissão da fé (DAp 365). Assim, fica urgente uma nova forma de evangelizar, evidenciando a atenção especial à iniciação à vida cristã. Os cristãos dos primeiros séculos, quando havia uma autêntica adesão a Jesus Cristo, criaram uma metodologia para inserção na vida cristã: o catecumenato, um caminho com metas, exercícios e ritos, num processo prolongado para o acolhimento dos mistérios da fé, da vida nova em Cristo (DNC 37). O resgate dos elementos catecumenais torna-se imprescindível em qualquer proposta de itinerário para a catequese. Desde os primeiros esboços para a elaboração desse itinerário catequético para a Arquidiocese de Curitiba, inúmeras ações foram sendo concretizadas, sempre contando com as mãos, as mentes e os corações de inúmeros catequistas que, com ardor, envolveramse na reflexão e execução:


ENCONTROS COM A EQUIPE ARQUIDIOCESANA DE CA TEQUESE CATEQUESE Membros da coordenação dos setores pastorais traziam, das bases, os anseios e necessidades, propondo caminhos viáveis para a elaboração de um itinerário.

ENCONTROS COM AS COORDENAÇÕES PAROQUIAIS DE CA TEQUESE CATEQUESE

Momentos imprescindíveis para apresentar os projetos e dirimir dúvidas.

ESCOLA DE COORDENADORES DE CA TEQUESE CATEQUESE Duas etapas, dois fins de semana com catequistas que exercem o ministério da coordenação (ou que se preparam para tal): momentos importantes para capacitar, rezar, vivenciar, partilhar e conhecer.

SEMINÁRIOS ARQUIDIOCESANOS DE CA TEQUESE CATEQUESE Desde 2006, aconteceram seis Seminários Arquidiocesanos e um Workshop Bíblico-Catequético, com temas essenciais e assessores especiais que conduziram e ajudaram a consolidar essa nova mentalidade e nova metodologia de fazer acontecer a iniciação à vida cristã.

O grande e maior objetivo para essa “comemoração” dos 10 anos de reflexão e ação é que a Comissão da Animação BíblicoCatequética ainda tem uma grande preocupação com a iniciação à vida cristã, porque pretende superar, com brevidade, essa fase de consolidação das propostas para que aconteça, em nossas paróquias e outros lugares de catequese, um processo que contenha um itinerário permanente de inspiração catecumenal. Que continuemos sendo conduzidos pelo Santo Espírito, com a intercessão incessante da mãe do Ressuscitado, Maria!

Escola de agentes da P astoral do Batismo Pastoral Essa Escola vem com a missão de formar, com mistagogia, lideranças para o ministério de preparar pais e padrinhos para o batismo de crianças, tendo a inspiração catecumenal como eixo norteador.

1ª etapa: 09 de maio de 2015 2ª etapa: 08 de agosto de 2015 Local: Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê - Informações: fone 2105.6318

COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@arquidiocesecwb.org.br – fones: 2105-6318./ Coordenação: Pe. Luciano Tokarski. Arquidiocese de Curitiba | Maio.2015

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Especial

A IGREJA E A A luta contra a redução da maioridade penal é uma bandeira hasteada com afinco pela igreja Católica e pelas Juventudes da igreja no Brasil, pois entendemos que não é assim que vamos garantir uma sociedade melhor. Assim como a igreja se posiciona contra o aborto, também se posiciona contra a redução da maioridade penal e sabiamente assim se coloca. Por que defender a vida da criança, se tão logo ela vai perdê-la dentro de uma penitenciária, dentro de um sistema falido, que não forma bons cidadãos, mas, sim, suga toda a esperança de uma vida digna? É preciso aprofundar a reflexão, somos o povo da esperança. A igreja está na luta pela construção da civilização do amor, portanto, seguimos juntos, contra a redução da maioridade penal e a favor da vida. Para ajudar na reflexão, nós, da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Curitiba, apresentamos a vocês um belo texto escrito por Maria Clara Leal*. REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL: O QUE JESUS FARIA? Em meio às conversas sobre a redução da maioridade penal, como cristã, gosto de tentar viajar no tempo e imaginar: qual seria o posicionamento de Jesus? Em muitos momentos, não nos permitimos atualizar. É comum nos prendermos nos exemplos dos evangelhos, utilizando-os como referências para tentar aplicar na nossa realidade formas de lidar com as situações apresentadas a nós. Claro que isso não é um problema! Como cristãos, devemos nos apoiar nas sábias palavras e exemplos que preenchem os textos de João, Lucas, Marcos e Mateus, bem como outros da Bíblia. Mas às vezes caímos no famoso “copiar” e “colar” da atualidade. Se agirmos dessa forma, é fácil nos descobrirmos desprevenidos, pois o reinventar humano nos assusta com novos acontecimentos. Hoje, não temos só cobradores de impostos, não temos só prostitutas, não temos só deficientes e leprosos. O mundo moderno nos apresenta constantemente uma

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REDUÇÃO DA

variedade de novas situações. A velocidade dos acontecimentos nos obriga a pensar e nos posicionar agilmente. Não sei, mas parece que muitas vezes essas novas situações nos colocam em enrascadas. Por não termos situações idênticas na Bíblia, ficamos perdidos. Jesus Cristo viveu em outra época, com outros desafios e situações. Mas algo que considero fantástico na sua história são seus momentos de retiro. As reflexões do jovem de Nazaré também são contadas pelos evangelhos. Ele subia nos montes para rezar, sentava com calma junto com seus apóstolos e se retirava como fez durante os quarenta dias no deserto. Seus posicionamentos também eram frutos de suas reflexões. Por que então refletimos tão pouco? Estamos sendo devorados pelo mundo instantâneo que vivemos, precisamos copiar rapidamente a resposta, mas não nos damos o espaço para refletir. Essas peculiaridades de Cristo passam despercebidas quando buscamos atentamente na leitura de sua história as respostas rápidas, um guia de instruções. Quando fazemos isso, anulamos nossa capacidade inventiva, nos tornamos cristãos presos à época de Jesus e incapazes de atuar no mundo de hoje da forma que ele fez no seu espaço. Quando não achamos as respostas rápidas na bíblia, quando não encontramos situações idênticas às nossas, quando não sabemos encontrar nas entrelinhas e nos gestos do nazareno as respostas, nos sentimos no direito de deixar os acontecimentos à parte, julgamos melhor não pensar sobre isso. Ou então, nos sentimos autorizados a copiar qualquer outra fala de alguém que pareça convincente, acabando por reproduzir discursos de ódio e repletos de sentimento de vingança e senso comum. Nesses momentos, passamos a ocupar o lugar daqueles que pegavam as pedras para prontamente tacá-las em Maria Madalena. Mas, como cristãos, não deveríamos ocupar o lugar de Jesus Cristo? Daquele que olha para as lágrimas de quem sofre? Quando me vejo no primeiro lugar, exijo-me o retiro, en-


*MARIA CLARA LEAL

MAIORIDADE PENAL carando-o como um ensinamento do filho de Deus. Não para fugir da situação, mas para acalmar os sentimentos hostis que às vezes nos envolvem. Mas e a redução da maioridade penal? Eu não me lembro de ter algum dia me deparado com alguém que soubesse a resolução de Jesus para o problema, ou seja, na Bíblia não tem uma passagem que relata o que o jovem de Nazaré fez ao encontrar um menor infrator. Este não era um ponto em questão nas terras pisadas por ele naquele tempo. Isso não permite que caiamos no erro de tomar como opinião o discurso corriqueiro, aquele dito pela mídia ou por alguma personalidade “bacana”. Então, opino pela reflexão, e retorno ao início deste texto. Qual seria o posicionamento de Jesus? Quando um crime praticado por um jovem acontece, um assalto ou a realização de qualquer ato danoso contra uma vítima, sentimos muito junto com ela, e com razão. Essa identificação com a vítima muitas vezes nos leva ao discurso: “Tem que reduzir a maioridade penal, sim!” “Bandido bom é bandido morto” “Se tem idade para matar, tem para ir para a cadeia”. Mas podemos sair do lugar de apedrejadores e olhar a cena de longe. O lugar ocupado por Jesus Cristo está vazio, nele não deveriam estar os cristãos? Não para defender o erro de alguém, mas para reconhecer o humano apedrejado, as suas necessidades, o lugar que foi destinado e ocupado por ele e que pode ter o feito a acabar ali. Assim, podemos pensar nos movimentos anteriores, o que faz um jovem chegar àquele lugar. Será que a sociedade cuida do caminho percorrido por ele no seu desenvolvimento? Será que ele teve espaço para atingir o seu potencial? De repente, percebemos que a nossa sociedade parece tão injusta quanto

a de Cristo e que, sim, o evangelho nos ensina a lidar com essa situação. Acho que era isso que o Jesus pensava quando se encontrava com os sujeitos que pareciam perdidos neles mesmos, “sem voz, sem vez, sem lugar”. As atitudes tomadas por ele nas situações de miséria humana sempre eram baseadas no respeito e amor. Quando Pilatos lavou as mãos na condenação de Cristo, ele o fez para todas essas propostas inovadoras e de compaixão defendidas pelo jovem de Nazaré. É mais fácil lavar as mãos e ignorar do que ter que o ajudar nas transformações. Hoje, quando nos deparamos com a questão da redução da maioridade penal, temos dois caminhos: ser Pilatos ou Cireneu. Quando refletimos como Jesus, podemos compreender o outro e experimentar sua visão diante da vida. Quando fazemos isso com cada jovem que tem seus direitos negados, que é pobre e marginalizado (pois é esse o perfil da maioria dos que cometem infrações no nosso país), compramos a causa cristã. Deixamos de ser Pilatos quando não lavamos as mãos e ajudamos o outro a carregar a sua cruz, como fez Cireneu. Hoje, nós somos convidados a defender o reino fraterno proposto por Jesus Cristo. Não reduzir a maioridade penal é abrir o espaço para novas propostas de lidar com o problema, é não se conformar com ele, assim como o filho de Deus não se conformou, bem como não naturalizou as práticas de sua época. Quando fazemos isso, encontramos qual seria o posicionamento de Jesus e descobrimos que os evangelhos podem nos proporcionar mais do que imaginamos. *Maria Clara Leal, 23 anos, é estudante de Psicologia e participa da Pastoral da Juventude da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Conceição de Macabu/RJ. Também atua como voluntária na Pastoral da Criança e defensora dos direitos dos animais.

SETOR JUVENTUDE: juventude@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6364 / 2105-6368 / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior Arquidiocese de Curitiba | Maio.2015

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Formação

PE. ALEXSANDER CORDEIRO LOPES Coordenador da Ação Evangelizadora

Encontro dos CPP’s e CAEP’s em maio

“A conversão pastoral da O Conselho Paroquial de Pastoral é um órgão de consulta e ajuda dos párocos no campo das atividades pastorais e missionárias da paróquia, em sintonia com o CAP – Conselho Arquidiocesano de Pastoral. Todas as paróquias, segundo Código de Direito Canônico e nosso Diretório Arquidiocesano, necessitam constituir e manter este conselho, sem o qual o serviço evangelizador de nossas comunidades fica bastante enfraquecido. Suas principais atribuições são: a) Planejar, organizar, animar e avaliar a pastoral orgânica e de conjunto da comunidade paroquial, expressando a unidade e corresponsabilidade na comunhão eclesial; b) Aplicar na paróquia o Plano da Ação Evangelizadora da Arquidiocese e cuidar para que os planejamentos das pastorais, movimentos, associações, organismos funcionem conforme este plano; c) Promover e preservar a unidade e a eclesialidade com as paróquias do setor pastoral e de toda a Arquidiocese Cientes destas necessidades, convocamos os coordenadores de CPP’s, estendendo o convite também aos coordenadores dos CAEP’s de nossas comunidades paroquiais, a participarem de seu encontro anual. Este encontro tem como objetivo ampliar nossa comunhão eclesial, formar nossas lideranças e auxiliar nossas paróquias na execução de seus projetos de evangelização, em consonância com o Plano da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Curitiba. Neste ano, de modo especial, trataremos da execução das atividades do Ano Missio-

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nário de nossa Arquidiocese, bem como alguns assuntos referentes à administração. QUANDO: Sábado, 20 de junho HORÁRIO: Das 08h às 16h ONDE: Paróquia São José - Vila Oficinas Rua Raul de Oliveira - Cajuru Telefone: (41) 3266-4334 QUEM: Coordenadores do CPP e do CAEP das paróquias INSCRIÇÕES: Centro Pastoral N. Sra. da Luz. Fone 2105-6363. E-mail: centropastoral@arquidiocesecwb.org.br TAXA DE INSCRIÇÃO: R$ 35,00 A presença de todos é indispensável! As paróquias que porventura não puderem enviar suas delegações, favor justificar ausência pelos mesmos meios indicados para inscrição! “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos!” (1Jo 1,3)! Continuemos firmes na missão que renova nossas comunidades e nos coloca em saída – ao encontro daqueles que mais precisam! Deus nos abençoe a todos!

paróquia consiste em ampliar a formação de pequenas comunidades de discípulos convertidos pela Palavra de Deus e conscientes da urgência de viver em estado permanente de missão” (Doc. 100 da CNBB, 8)


Dízimo

CLOVIS VENÂNCIO Membro da Pastoral Arquidiocesana do Dízimao

Mensagem da Equipe Arquidiocesana da

Pastoral do Dízimo MAIO: MÊS DAS MÃES, MÊS DE MARIA

O segundo domingo do mês de maio, neste ano o dia 10, é dedicado, de modo especial, para homenagear todas as mães e, no Brasil, o mês inteiro é assim considerado. Igualmente,

maio é denominado o mês de Maria, pois, sendo ela a mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo nesta Terra, é uma mulher exemplar e modelo para todas as mães. Outrossim, como a Igreja Católica dá especial ênfase ao papel da Virgem Maria na história da salvação do gênero humano, nesse sentido, cabe fazermos aqui algumas considerações sobre Nossa Senhora. Com efeito, embora sendo a mãe de Jesus, Maria é, também, a discípula mais perfeita e sua primeira missionária. Logo, também para a Igreja que, na verdade, somos todos nós, cuja principal missão é ser continuadora da evangelização no mundo inteiro, o papel de Maria fundamenta-se em sua união com seu filho, que se manifesta desde a hora da concepção virginal de Cristo até sua morte. De fato, ela demonstrou isso por sua fé e obediência à vontade de Deus e por suas ações, ainda que, talvez por sua grande humildade,

isso não apareça com maior destaque no texto bíblico. Portanto, é essencial para cada católico que, a exemplo de Maria, procure ser um cristão coerente, conscientizando-se sempre mais sobre seus deveres, buscando conhecer os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, colocando-os em prática no dia a dia e, sobretudo, agindo como seu discípulo missionário, levando tais conhecimentos a outras pessoas. Dentre os ensinamentos e vivência de Jesus, destacam-se, como já tivemos a oportunidade de expor aqui em outra ocasião, a Comunhão (comum união) e a Partilha como fatores essenciais à criação do verdadeiro espírito comunitário que deve prevalecer no Corpo de Cristo que somos todos nós os batizados e do qual Ele é a cabeça. E, especialmente para os que integram a Pastoral do Dízimo, a principal missão é difundir entre os fiéis esse dever de partilhar parte de tudo o que somos e tudo o que temos com nossos próximos, em comunidade.

O QUE FOI O 14º SEMINÁRIO ARQUIDIOCESANO DO DÍZIMO? O Seminário teve como tema “O Dízimo na Missão” e diferenciou-se dos demais pela forma como foi estruturado, ou seja, no período da manhã foi feita uma exposição sucinta, mas, consistente, orientando os membros da Pastoral do Dízimo no uso de recursos técnicos em sua atuação nos trabalhos de conscientização da comunidade sobre o significado do Dízimo. Já no período vespertino, os participantes foram distribuídos em seis grupos, compondo igual número de “Oficinas”, onde foram expostas e debatidas formas e meios concretos de atuação para a execução do trabalho da Pastoral nos âmbitos Diocesano e Paroquial.

ATENÇÃO GRÁFICA ESTÁ página vai completa na segunda-feira Inserir Fotos: vou enviar 2

COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho; Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon. Arquidiocese de Curitiba | Maio.2015

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Reflexão

*PROF. DR. AFONSO MURAD

Maria veio para Durante a Campanha da Fraternidade deste ano, ouvimos muitas vezes aquela frase de Jesus: “Eu vim para servir”. Você já pensou como esse apelo do Cristo se realizou na vida de Maria? Quando Maria era jovem, menina nova e cheia de vida, ela recebeu uma mensagem especial. Deus, através de seu anjo, convidou-a a assumir a missão de mãe e educadora do Cristo. Depois de perguntar, questionar e buscar saber como isso aconteceria, Maria respondeu com toda inteireza: “Eis aqui a servidora do Senhor” (Lc 1,38). Ela não pensou em vantagens, em glórias, em ser famosa, e sim no verdadeiro serviço. A palavra “serva” ou “servidora” tem muitos sentidos. Algumas bíblias

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servir

traduzem-na mal, usando o termo “escrava”. Na realidade, o povo de Jesus não aceitava a escravidão. Os hebreus guardavam viva na memória e recordavam cada ano na festa da páscoa, que Deus havia libertado seu povo da servidão do Egito, onde eles tinham sofrido muito, em condições horríveis. Assim, até o preceito do sábado era para também lembrar que eles eram um povo livre, pois o escravo não tem direito ao descanso. Até os animais deveriam descansar no sábado (Dt 5,6.1215). Ora, somente quem é livre pode tomar decisões. Somente quem é dono de sua vida, e não está submetido aos outros, pode fazer opções com inteireza. Servir por opção, não por pressão. Assim aconteceu com Maria. Logo depois que diz “sim”, Maria sai apressadamente para visitar Isabel (Lc 1,39). Era uma região montanhosa, difícil de chegar. Mas, quem está convencido de que deve servir não reclama das dificuldades e arruma um jeito de superar os obstáculos. Como Maria chegou até lá? Quem a acompanhou, pois as mulheres naquele tempo não podiam andar sozinhas? Quanto tempo durou a viagem? A gente não sabe. O que podemos dizer é que Maria e Isabel passaram algum tempo juntas. E então viveram uma intensa experiência de comunidade. A gravidez de Isabel começou três meses antes. Maria veio para servir sua parenta, mas ela também estava grávida. Para as duas, era a primeira vez. Quantas esperanças, quantas dúvidas, e alguns

temores... Seguramente, Maria também aprendeu muita coisa com Isabel, que já era uma mulher de idade avançada, com muita sabedoria. Assim acontece quando a gente se coloca a serviço dos outros. Aprendemos e ensinamos. Doamos e recebemos. Essa é uma das belezas do serviço, quando ele é realizado com liberdade, generosidade e desprendimento. Gratuitamente, sem pedir nem exigir, há um retorno do amor, pois o serviço traz junto a reciprocidade. Quem recebe gestos de amor, com gratidão quer também fazer algo parecido para o outro ou para os outros. No encontro com Isabel, Maria entoa um belo cântico de louvor a Deus. E agradece ao Senhor que “olhou para sua humilde servidora” (Lc 1,48). Novamente, sai de sua boca o que está no coração. Como Jesus, ela veio para servir a Deus e aos outros! A partir de Maria, podemos traduzir de muitas formas a nossa resposta a Jesus, como um serviço às pessoas, aos grupos, à transformação da sociedade. Dizemos, então: Jesus, eu também vim para servir! Venho para ajudar quem precisa, venho para ensinar e aprender, venho para evangelizar, venho para construir comunidade, venho para denunciar as injustiças, venho para animar os tristes, venho para trazer uma palavra de esperança, venho para ouvir e acolher, venho para louvar pelas maravilhas que o Senhor realiza no meio de nós. A vida cristã é um constante movimento de ir e vir, como discípulo/a e missionário/a de Jesus e de seu Reino. E Maria está conosco sempre, como servidora, mãe, exemplo e companheira do caminho! * Irmão Marista. Professor de Teologia na Faculdade Jesuíta (FAJE) e no Instituto Santo Tomás de Aquino (ISTA), em Belo Horizonte. Graduado em Pedagogia pela Universidade Estadual de Montes Claros, em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana.


Pascom

ANTONIO KAYSER Coordenador da Pastoral da Comunicação

Pascom promove Com o objetivo de qualificar os agentes da Pastoral da Comunicação que atuam nas comunidades, nas pastorais e nos meios de comunicação, a PASCOM da Arquidiocese de Curitiba em parceria com a FAE - Centro Universitário e o apoio da Paulinas, nos seus 100 anos de fundação, organizou atividades formativas. Nesta programação você terá a oportunidade de participar de cursos teórico-práticos: oficinas (boletins, sites, redes sociais, fotografia, eventos, redação de textos jornalísticos multimídia), palestras, estudo do documento do Diretório de Comunicação, simpósio para celebrar o Dia Mundial das Comunicações, com o tema sugerido pelo papa neste ano de 2015: “Comunicar a Família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”. Todos esses eventos visam favorecer uma maior capacitação de cada agente, além de proporcionar maior integração da PASCOM com as demais pastorais, em vista do anúncio do Evangelho na cultura da comunicação hoje. MAIO SIMPÓSIO DA FAMÍLIA E COMUNICAÇÃO A Pastoral da Comunicação, a Comissão da Família e Vida e a Pastoral da Educação da Arquidiocese promovem Simpósio sobre o tema do 49° Dia Mundial das Comunicações Sociais, promulgado pelo Papa Francisco: “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”. Datas: 12, 14 e 15 de maio Horário: das 19h30 às 21h30 Local: Anfiteatro da FAE - Centro Universitário – Rua 24 de maio, 135 – 7° andar Obs.: levar lanche para partilhar PROGRAMAÇÃO Dia 12 de maio Tema: Comunicação e família: as relações em transformação Assessores: Pe. Gilberto Bordini, doutor em teologia moral pela Pontifícia Universidade de Santa Cruz de Roma, atualmente é professor no Studium Teologicum de Curitiba.

atividades formativas

Mara Avelino e Marcelo, especialistas em assuntos relacionados à família. Dia 14 de maio Tema: Família e comunicação: o mundo das comunicações e crianças Assessores: Pe. Priamo, doutor em Políticas midiáticas e estratégias informativas pela Universidade de MurciaEspanha. Atualmente é gestor da Comunicação do Colégio Padre João Bagozzi, de Curitiba. Adriana Poteski, psicoterapeuta familiar Dia 15 de maio Comunicação e família: mundo digital e jovens Assessores: Pe. Waldir Zanon, assessor do setor juventude da Arquidiocese de Curitiba. Daniela Schreiber, coordenadora da Pastoral da Juventude da Paróquia Sto. Agostinho, trabalha na Rede Evangelizar. Felipe Munhoz da Rocha, é coordenador da Pastoral do Colégio Marista Sta. Maria. Dia Mundial das Comunicações Sociais (Sugestões- Subsídio da CNBB enviado às Paróquias) Celebração Eucarística (transmitida pela Rádio Evangelizar) Data: 17/05 (domingo) Horário: 10h Local: Catedral Nossa Senhora da Luz dos Pinhais – Curitiba-PR Celebrante: Dom José Mário Angonese, bispo referencial da Comunicação da Arquidiocese Horário: 18h Local: Santuário Nossa Senhora de Guadalupe (transmitida pela TV Evangelizar) Celebrante: Dom José Mário Angonese, bispo referencial da Comunicação da Arquidiocese Com participação dos representantes da PASCOM das Paróquias, trazendo suas produções e banners para a procissão.

CURSO Estudo sobre o Diretório Nacional da Comunicação Assessoria: Ir. Élide Maria Fogolari, fsp, mestra em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, com formação em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Pernambuco. Atualmente é assessora de Comunicação da CNBB. Pe. Clóvis Andrade de Melo, assessor da Comissão para a Comunicação da CNBB, especialista em cultura e mídias digitais. Data: 30 e 31 de maio Horário: Sábado: 8h às 17h30 - Domingo: 8h às 13h Local: Auditório Irmãs Paulinas – Rua Comendador Lustosa de Andrada, 120 (trav. Mateus Leme) – Bairro Bom Retiro – Curitiba/PR Taxa: R$ 20,00 (levar lanche para partilhar – para o almoço teremos indicações próximas) INFORMAÇÕES: PASCOM pascom@arquidiocesecwb.org.br (41)3149-1635 ou 3224-8550 ou (41)9965-1635 Inscrições: http://www.fae.edu/apps/ eventos/inscricao?evento=16339 Obs.: Os participantes serão certificados pela FAE mediante inscrição e participação nos cursos e as horas complementares válidas para Cursos de Graduação e Pós-graduação realizados na FAE.

REALIZAÇÃO:

APOIO:

COMISSÃO DA COMUNICAÇÃO: pascom@arquidiocesecwb.org.br (41) 9999 - 0121 / Coordenador: Antonio Kayser. Arquidiocese de Curitiba | Maio.2015

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Comidi

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O assunto é...

A Mulher na Sociedade e na Igreja É de grande importância que se discuta o papel, o lugar e a situação da mulher na Igreja. É igualmente importante problematizar a ação da mulher na sociedade como um todo. Porém, chega a ser paradoxal que ainda o façamos a partir da dúvida ou até mesmo, às vezes, da “certeza” da sua incapacidade. E pelo simples fato de ser mulher. A Bíblia nos apresenta as histórias de muitas mulheres iluminadas, cujas façanhas foram escondidas por detrás de um patriarcalismo que não tem mais lugar. Falaremos um pouco de algumas dessas mulheres. Mulheres bonitas, inteligentes e corajosas, como Judite, a viúva, sem filhos, temente a Deus e que coloca em descrédito qualquer tentativa de condicionamento da mulher. Judite, a filha de Merari, viúva de Manassés, mulher apaixonante, tem um livro com seu nome que apresenta uma extensa genealogia1, fato comum apenas aos homens. O capítulo nove do livro de Judite é de uma feminilidade divina! Coisa de mulher! É a oração de Judite, na qual ela, em sintonia com o tempo e com o Templo, invoca o seu Deus e, como mulher, sabe ser solidária com outras mulheres que foram violentadas. “Senhor Deus de meu pai Simeão, a quem deste uma espada, para vingar-se dos estrangeiros que desataram o cinto de uma virgem para humilhá-la, tiraram suas roupas para envergonhá-la, e profanaram o seio dela para desonrá-la. E tu havias dito: ‘não façam isso’. Mas eles o fizeram2". Essa jovem é Dina3. Mesmo que não conste o seu nome, é por ela que Judite denuncia todas as violências sofridas por todas as mulheres e anuncia as consequências disso aos que ainda poderão praticar tão abominável ato. “No corpo de Dina, Judite enxerga os corpos de todas as mulheres (...)4”. As mulheres resistem e rezam como Judite, hoje, na igreja e na sociedade. São excluídas e violen-

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JOÃO SANTIAGO Teólogo, Poeta e Militante. Coordenador da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Curitiba

tadas nos seus direitos humanos até mesmo na sua dignidade de mulher. Judite é hoje sinônimo dessa mulher que trabalha, que estuda, que governa, que luta e cuida. E que diz “Cantarei ao meu Deus um canto novo. Senhor, tu és grande e glorioso, admirável em tua força, invencível! Porque disseste e os seres passaram a existir”5. É a hora de cantar um canto novo, no qual a mulher não seja tratada como objeto, seja de prazer ou de exploração, e silenciada. Quando lemos a Bíblia escrita, esvaziados da Bíblia que estamos nas nossas cabeças, desvelamos novas imagens, como Sara, “A esposa muda6”, pois não é através de Sara que Deus age? Não podemos ignorar mais que foi “Agar, a escrava desprezada7” quem deu a Abraão o primogênito. Quantas jovens como Dina são “Violentadas, amadas, negociadas, traídas8” e ainda culpabilizadas por isso? Concluindo essa reflexão, lembremo-nos de que são as mulheres as primeiras testemunhas da Ressurreição de Jesus9. Nos momentos cruciais do Caminho de Jesus, praticamente só havia as mulheres10. Não é assim até hoje, seja na família, na igreja ou na sociedade? “Resgatar o feminino na divindade é fundamental para superar a violência de gênero e buscar relações de respeito, de parceria11”. Afinal, Deus é também mãe. “O homem diz que a mulher é inferior porque, inconscientemente, sabe que ela é mais forte12”. É principalmente através da mulher que Deus age no mundo.

NOTAS 1 2 3

REFERÊNCIAS: - BÍBLIA Sagrada. Nova Bíblia Pastoral. São Paulo: Paulus, 2014. - DREHER, Isolde Ruth. A História de Dina e de outras mulheres em Gênesis 12-38. São Leopoldo-RS: CEBI, 2010. - GALLAZZI, Sandro e Ana Maria Rizzante. JUDITE. A mão da mulher na história do povo. Petrópolis-RJ: Vozes, 2001. - GASS, Ildo Bohn e Odja Barros. Re-imaginando a Trindade. São Leopoldo-RS. CEBI, 2015. - TORRES, Iraildes Caldas. As Novas AMAZÔNIDAS. Manaus-AM: EDUA – Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2005.

4 5 6 7 8 9 10 11 12

Judite 8, 1-8 Judite 9 Dina Gênesis 34. Diná, a filha que Lia dera a Jacó e que Siquém, filho de Hemor, a estuprou enquanto ela saía para passear. Apesar de Diná ter sido violentada, isso a tornava impura, e a honra ferida não era a dela, como mulher, mas dos homens de sua família, como seu pai e seus irmãos. GALLAZZI, 2001 p. Ver Judite 16, 13-17. Ver Gênesis 12, 10-20. DREHER, 2010, p.36. Ver Gênesis 8-21. DREHER, 2010, p. 39. Ver DREHER, 2010, p. 56. Ver João 20, 11-18. Ver João 19, 25-27. Ver BOHN GASS, 2015, p.23. Ver TORRES, 2005 p.48. Arquidiocese de Curitiba | Maio.2015

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Comunicado

Arquidiocese implanta novo

sistema on-line

A Arquidiocese de Curitiba através da implantação de um novo sistema informatizado, busca atender de forma integrada e eficiente a todas as exigências pastorais, administrativas e tributárias. O Sistema de Gestão Canônico Pastoral – SGCP, adquirido através da empresa THEOS, é um sistema que contempla diversos módulos atendendo às necessidades diárias de controles e informações das Paróquias e da Cúria. O sistema já está disponível e implantado nas paróquias. Foram realizados momentos de capacitação e treinamentos para usuários e colaboradores. Desta forma, traz importantes mudanças na metodologia de operacionalização da área financeira, possibilitando acompanhar em tempo real sua movimentação de receita e despesas. Faz-se importante a implantação de um sistema integrado não só pelos benefícios gerenciais, mas, principalmente, por atender às exigências da Receita Federal, onde determina a obrigatoriedade ao Sistema Público de Escrituração Digital – SPED para todas as Instituições imunes e sem fins lucrativos, inclusive as Igrejas. O não cumprimento desta normativa acarretará a aplicação de multa mí-

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nima de R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fração (art. 57 – MP nº 2.158-35), pelos órgãos fiscais competentes. O SPED TEM POR OBJETIVO: • Promover a integração dos fiscos, mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais. • Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores. • Tornar mais célere a identificação de

ilícitos tributários, com a melhoria, o controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento e dados e auditoria eletrônica. Buscando a integração do sistema online em todas as paróquias, contamos com o suporte operacional do SGCP através de uma equipe interna da Mitra em âmbito pastoral, financeiro e administrativo. Sempre que necessário a equipe da Mitra estará disponível para solucionar dúvidas e as mais diversas situações, seja por telefone, email ou presencial quando necessário.


Ecumenismo

PE. VOLNEI CARLOS DE CAMPOS Coordenador do Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso volneiccampos@hotmail.com

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS Promovida mundialmente pelo Conselho Pontífice para Unidade dos Cristãos (CPUC) e pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI), a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) acontece em períodos diferentes nos dois hemisférios. No hemisfério Norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) é de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908, por Paul Watson, pois cobriam o tempo entre as festas de São Pedro e São Paulo, e tinham, portanto, um significado simbólico. No hemisfério Sul, por sua vez, as igrejas geralmente celebram a Semana de Oração no período de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem, em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) lidera e coordena as iniciativas

para a celebração da Semana em diversos estados. Levando em conta essa flexibilidade no que diz respeito à data, estimulamos todos os cristãos, ao longo do ano, a expressar o grau de comunhão que as Igrejas já atingiram e a orar juntos por uma unidade cada vez mais plena, que é desejo do próprio Cristo. (Jo 17:21). Em nossa Arquidiocese de Curitiba,

a SOUC é organizada pelo MOCEC (Movimento Ecumênico de Curitiba), juntamente com o a Comissão de Ecumenismo e diálogo Inter-religioso. Inicia no dia 17 de maio e vai até o dia 24. Cada noite a celebração acontece em uma determinada Igreja e a reflexão é feita por outra denominação religiosa. Conforme a programação. “Dá-nos um pouco de tua água!” (Jo 4, 7)

PROGRAMAÇÃO: 17/05 - Domingo, 19h30: ABERTURA Local: Igreja Evangélica Reformada. Rua Tabajaras, 1210, Vila Izabel Pregação: Igreja Presbiteriana do Brasil 18/05 – Segunda-feira, 20h Local: Igreja Ortodoxa Ucraniana Igreja São Demétrio. Av Cândido Hartmann, 1310, Mercês Pregação: Igreja Episcopal Anglicana do Brasil 19/05 – Terça-feira, 20h Local: Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) Paróquia Bom Pastor. Rua Pará, 723, Água Verde Pregação: Igreja Católica Apostólica Romana (Dom José Antonio Peruzzo) 20/05 – Quarta-feira, 20h Local: Pontifícia Universidade Católica

do Paraná (PUCPR) Paróquia Universitária Jesus Mestre Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho Pregação: Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. OBS: noite com apresentação de corais. 21/05 – Quinta-feira, 20h Local: Igreja Presbiteriana do Brasil Rua Irineu Prevedello Tedesco, 270, Boqueirão Pregação: Igreja Evangélica Reformada 22/05 – Sexta-feira, 20h - ENCERRAMENTO Local: Igreja Episcopal Anglicana do Brasil Catedral São Tiago Av. 7 de Setembro, 3927, Centro Pregação: Igreja Ortodoxa Ucraniana

COMISSÃO DO ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO: Pe. Volnei Carlos de Campos/ Animação Ecumênica e MOVEC – (41) 3045-0432 Arquidiocese de Curitiba | Maio.2015

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Comissão Conselho de Leigos

LAUDELINO AUGUSTO Vice-Presidente do CNLB

PÁSCOA A NO VA POR PÁSCOA:: VID VIDA NOV UM MUNDO NOVO! Na Antiguidade, antes de Cristo, os judeus celebravam a Páscoa como memória da “passagem” da escravidão no Egito para a liberdade na “Terra Prometida”. A Páscoa, portanto, é um acontecimento concreto que significa mudança de vida para melhor, conversão dos corações e das estruturas, das mentalidades e das relações entre as pessoas. A Páscoa, celebrada e vivida por nós, tem que, necessariamente, levar a uma transformação profunda da realidade, em todos os aspectos. Significa assumir atitudes concretas que realizem a ressurreição do povo na história, ou seja, assumir a construção de uma sociedade que possibilite ao povo, como sujeito, romper as cadeias do sofrimento, da exploração, da miséria, da violência, da “cultura da morte” e resgatar a sua dignidade como filhos e filhas de Deus, criados para serem vivos, livres e felizes. Se vivemos a Páscoa, o mundo tem que ser transformado pela nossa atuação na justiça, na verdade, na partilha, na solidariedade, produzindo e reproduzindo a vida para que seja abundante para todos. O mundo da política, por exemplo, que tem sido de trevas, de negociatas, de corrupção, de interesses mesquinhos, de mentiras, pela força da ressurreição em nossa vida deve passar a

ser da luz, da ética, da justiça social, da verdade, da cidadania, da democracia participativa, do Projeto da Vida. Como ensina São Paulo: “Se alguém está em Cristo, é nova criatura. Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez uma realidade nova”.(2 Cor 5, 17). A Páscoa em nossa vida não se dá como num “passe de mágica”. É um processo que exige compromisso concreto, participação efetiva e afetiva. Ou seja, quem quer celebrar e viver a Páscoa de Cristo precisa assumir o processo de libertação do povo, os movimentos populares, sindicatos combativos, partidos políticos transformadores, conselhos de políticas públicas, criar e dinamizar as pastorais sociais, ONGs a favor da vida, enfim, engajar-se na construção da sociedade justa e solidária. Isso, aliás, é o que nos fez refletir sobre a Campanha da Fraternidade deste ano e que a Igreja já vem por séculos nos ensinando por meio do Ensino Social Cristão. Conclamamos a todos a viverem o que celebram e a celebrarem o que vivem. Só assim seremos cristãos autênticos! Que você, sua família e comunidade participem intensamente da fecundidade libertadora da Páscoa de Cristo, que é sempre “feliz” para quem assume o Projeto da Vida em abundância para todos!

CONSELHO NACIONAL DO LAICATO DO BRASIL (CNLB) DE CURITIBA: cnlbcuritiba@gmail.com. (41) 3206-0982 (41) 8421-0028. / Coordenadora: Marcia Regina Cordoni Savi.

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Educação

MARILENA ARNS DE OLIVEIRA Coordenadora da Pastoral da Educação da Arquidiocese de Curitiba

Pastoral da Educação: conceitos, objetivos, finalidades “A Educação, condição básica para o desenvolvimento pessoal e o exercício da cidadania, é urgência nacional. A Igreja que recebeu de Jesus Cristo, Mestre do Amor e da Verdade, a missão de educar sente o dever de contribuir para a superação dos desafios e a melhoria do sistema educativo do nosso país”. Doc 47 da CNBB, Igreja e Sociedade em Diálogo. Pastoral é o agir da Igreja no mundo da educação. Pastoral é o anúncio, a evangelização aplicada nos valores humanos da cidadania. Por meio desse trabalho, nesses valores é que vamos amar a Deus e ao próximo, lembrando o grande mandamento de Jesus “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como eu vos amei!” Educação é a condição básica para o desenvolvimento pessoal e o exercício da cidadania, trabalhando os valores éticos, morais, cristãos, humanos.

Foto: www.baudagarotacrista.com

Educação é toda essa plenitude. É aprender a viver como ser humano e na visão cristã, à imagem do Deus Criador. O foco da Pastoral da Educação é o Educador, no sentido amplo da palavra, isto é, começando pela família, primeiro núcleo da educação, passando pela escola, com seus professores/-as, direção, pedagogos/-as e, tendo à frente a Igreja de Jesus Cristo com os padres, religiosos/-as, catequistas, leigos e leigas engajados na evangelização e na formação.

Dentre os muitos objetivos da Pastoral da Educação, ressaltamos: refletir sobre ser presença nas escolas e nas paróquias; trabalhar os valores da cidadania, os valores éticos, morais, cristãos, humanos; atender as periferias existenciais; desenvolver abertura para a transcendência, isto é, para o mistério de Deus, do Infinito. A Pastoral da Educação está fundamentada sobre quatro pilares: Humanização – Libertação – Emancipação – Transcendência. Cada um desses pilares é riquíssimo no seu conteúdo e deve ser muito bem trabalhado com os educadores. Convidamos todos para que, juntos, unidos na mesma missão da Pastoral da Educação, nos comprometamos com o nosso próximo para uma vida regada com mais justiça, fraternidade, igualdade e com Deus, nosso Pai e Criador, nos nossos corações!

PASTORAL DA EDUCAÇÃO: isabeljulio@ig.com.br / (41) 3029-0973. Coordenador: Isabel Cristina Piccinelli Dissenha.

Dimensão Social

Em 2010 o Projeto Mutirão Profeta Elias com o apoio da Paróquia Profeta Elias e em parceria com o Centro de Formação Urbano e Rural Irmã Araújo (CEFURIA), a Rede de Panificadoras Comunitárias Fermento na Massa e a Rede Pinhão dos Clubes de Trocas enviou ao Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) a proposta de aquisição da infraestrutura necessária para a realização de feiras mensais de economia solidária com o intuito de criar um espaço fixo e per-

manente de comercialização dos empreendimentos econômicos solidários da Região Metropolitana de Curitiba. Com a orientação da comissão de avaliação de projetos do FDS, esta proposta foi fortalecida com o apoio do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) ampliando a feira permanente que passou a ser também um importante espaço de reflexão, articulação e fortalecimento dos princípios e metodologias da Economia Solidária. Desde então, se constituiu um grupo de empreendedores solidários que trabalham de forma coletiva, democrática e autogestionárias, tanto em seus grupos de produção, quanto na organização e manutenção da feira. Oferecendo seus produtos à comunidade local, os empreendimentos também contribuem na reflexão sobre formas de

consumir que se preocupem com o bem-estar das pessoas, a justiça social, a consolidação de uma nova cultura do trabalho e o cuidado da vida do nosso planeta. Venha conhecer nossa feira! Ela acontece todos os quartos sábados do mês, das 14h às 18h na Paróquia Profeta Elias, situada na Rua Nova Aurora, 1340, no Bairro Novo. Nela você encontra artesanatos diversos, produtos de panificação, sucos naturais, frutos e hortaliças agroecológicos, confecção e o famoso pastel de feira e bazar solidário de usados e muito mais! E ainda contribui para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. INFORMAÇÕES: Perci: (41) 9931-3171 Magda: (41) 9245-4834

COMISSÃO DIMENSÃO SOCIAL: dimensaosocial@arquidiocesecwb.org.br / (41) 2105-6326. Coordenadores: Pe. Antônio Fabris, Diácono Gilberto Félix e Diácono Antônio Carlos Bez. Arquidiocese de Curitiba | Maio.2015

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Paróquia em destaque

Nossa Senhora da Visitação: exemplo na Missão

Paróquia

A Paróquia Nossa Senhora da Visitação, situada no bairro do Boqueirão, à rua Diogo Mugiatti, 2976, foi elevada a paróquia no dia 20 de março de 2011 por meio de Dom Moacyr José Vitti. Contudo, essa comunidade tem uma história muito mais longa, que data de meados da década de 70, período em que a princípio ganharia o nome de Nossa Senhora do Rocio; só depois decidiu-se por Nossa Senhora da Visitação. A partir dos primeiros registros da comunidade encontram-se os primeiros momentos de caminhada: uma comunidade com população muito menor, problemas sociais voltados para necessidades básicas de uma estrutura de convívio, enfim, uma série de situações que foram se transformando com o passar do tempo. Destaca-se a tradição das Comunidades de Base, característica muito forte na vivência eclesial e que desde os primeiros momentos foi implantada nesta comunidade, algo que hoje se fala muito em toda a Arquidiocese, principalmente a partir do Ano Missionário, na promoção de pequenos grupos de estudo, reflexão e partilha, e que abrangem muito mais do que as Comunidades de Base; são também os grupos de reflexão, Capelinhas, entre outros. Outra característica forte é o cunho missionário, proveniente de longa data e fruto da participação de muitas lideranças em atividades tanto no território paroquial quanto além das fronteiras. Hoje a paróquia está situada em um bairro extremamente populoso e plural. O desafio está tanto na atenção e cuidado com a população mais idosa quanto no trabalho com os mais jovens. Juntamente somam-se os desafios do nosso tempo: abundância de denominações religiosas; trabalho de prevenção à juventude relativo às drogas, álcool, violência, entre outros; desafio de adentrar nos grandes conjuntos residenciais para evangelização; trabalho com as famílias, considerando as características familiares atuais (casais de segunda união, pais separados, situações diversas de estrutura familiar comprometida e que incidem diretamente num convívio saudável e que propicie um futuro de qualidade). Vale lembrar que, ao longo da história da comunidade, houve grande auxílio da Congregação Damascena desde a criação. Desenvolvendo seus trabalhos, a Congregação das Irmãs Missionárias de Cristo Crucificado esteve presente durante vários anos também conosco. Hoje temos a presença de duas congregações religiosas:

a Congregação das Irmãs do Divino Salvador (salvatorianas), com a casa de formação das noviças, e a Congregação das Irmãs Franciscanas do Coração de Jesus, também com a formação de noviças e casa provincial. Além das congregações, temos leigas consagradas junto ao Instituto Franciscano Seara. Desde 2009, ainda como capela da Paróquia Santo Antônio Maria Claret, a comunidade é conduzida pelos padres diocesanos. Passaram por aqui Pe. Rivael Nacimento, Pe. Manoel Vilela e Pe. Mario Renato Barão Filho, atual pároco.

Devoção a Nossa Senhora da Visitação A devoção a Nossa Senhora da Visitação é fomentada por meio da Novena em honra à padroeira, celebrada todas as quartas-feiras. Além da novena, as Capelinhas trazem a imagem da padroeira, que retrata o encontro de Maria com sua prima Isabel (Lc 1, 39-47). O cântico do Magnificat exalta a ação de Deus diante da pequenez humana. Maria como serva, após dizer o sim e aceitar ser a mãe do filho de Deus, se coloca como serva, vai ao encontro de Isabel e João Batista, ainda no ventre de sua mãe, exulta de alegria. Essa alegria vem da presença do Salvador e do prenúncio da ação de Deus em favor dos mais humildes em detrimento dos poderosos. Nossa Senhora da Visitação é modelo daquela que se pôs a caminho, altruísta, indo ao encontro daquela que necessitava do seu auxílio. Maria, mesmo gestante e apesar de tantos desafios de locomoção até Isabel, não se privou de ser apoio e ajuda. Ela é modelo para nosso povo, principalmente num tempo de motivação ao trabalho missionário. Para ir ao encontro, sair em missão, é necessário se desinstalar dos comodismos e estruturas já existentes, é necessário sa-

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crificar um pouco de si pelo bem do outro. As comemorações em honra a Nossa Senhora da Visitação acontecem no dia 31 de maio. Confira as festividades que ocorrerão na Paróquia e participe. Todos serão muito bem-vindos!

HORÁRIOS DE MISSAS Terças-feiras: 19h30 Quartas-feiras (novena de N. Sra. Visitação): 7h, 15h e 19h30 Quintas-feiras: 19h30 Sextas-feiras: 15h (somente na 1ª sexta) e 19h30 Sábados: 18h Domingos: 09h e 19h


Painel do Leitor

Semana Santa Entre os dias 02 e 04 de abril, foram celebrados na Arquidiocese de Curitiba, o Tríduo Pascal. Na quinta-feira houve a tradicional Missa dos Santos Óleos, onde os sacerdotes renovaram seus

53ª

na Arquidiocese de Curitiba

votos. À noite, Dom Peruzzo realizou a Santa Ceia com o Lava-Pés. Na sexta-feira Santa, a Praça Tiradentes ficou lotada de fiéis que participaram da procissão do Senhor Morto, no período da

tarde e à noite foram realizadas em mais de 11 paróquias a encenação da Paixão e Morte de Jesus. No sábado (04), a Catedral Basílica de Curitiba recebeu os fiéis para a Vigília Pascal.

Assembleia Geral da CNBB

Entre os dias 15 a 24 de abril, os bispos do Brasil estiveram presentes na 53ª Assembleia Geral, em Aparecida do Norte – SP. A Assembleia é a maior instância da CNBB, “é a expressão e a realização maiores do afeto colegial, da comunhão e corresponsabilidade dos Pastores da Igreja no Brasil”. DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO Arcebispo Emérito de Curitiba

MORTE DO No dia 08 de abril passado morreu o Pe. Conrado Felski, na Lapa e sepultado em Campina Grande do Sul, após a missa presidida por Dom Francisco Bach, Bispo de São José dos Pinhais. Nascido a 29 de janeiro de 1930, na comunidade de Tarumã, no município de Agudos do Sul, entrou no Seminário Menor de S. José de Curitiba, a 03 de março de 1944. Era quarta feira, bênção do Santíssimo Sacramento. Eu era o acólito neste dia, indo à capela de batina. Julgando ele que fosse padre, beijou-me a mão. Fui contemporâneo neste seminário de 1944 a 1946, e no Seminário Central do Ipiranga, São Paulo, de 1952 a 1953. Dom Manuel da Silveira D’Eboux o ordenou sacerdote, a 29 de junho de 1958, na Ca-

PADRE CONRADO FELSKI tedral de Curitiba, sendo eu cerimoniário. Exerceu o ministério em Campo Largo, como vigário paroquial, pároco de Morretes e Campina Grande do Sul, Diocese de Paranaguá, por trinta anos. Pediu para se transferir para a Arquidiocese Curitiba. Eu o aceitei em Curitiba, em 1998. Quem o acolheu com carinho foi o Pe. João Roberto Ceconello, como vigário paroquial na paróquia de São José, no Xaxim. O Pe. Jonacir Alessi em 2007 o convidou para ficar com ele na Lapa. Em 2008, celebrou seu Jubileu de Ouro Sacerdotal na Lapa. Convidou-me para pregar na missa solene. Quem lhe demonstrou todo o carinho na Lapa até a morte foi o Pe. Emerson Lepinski. Durante toda sua vida sacerdotal foi sem-

pre um padre fiel a Deus, zeloso, carinhoso com o povo. Que Deus o tenha na glória do paraíso. ***

Dom F rei João Frei Alves dos Santos Outra grande perda foi Dom Frei João Alves dos Santos, bispo diocesano de Paranaguá (PR), que faleceu no dia 09 de abril aos 58 anos. Que descanse nos braços do Pai! Arquidiocese de Curitiba | Maio.2015

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