05 quinta tumba más allá de la luz de darynda jones (trad mec esp)

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Quinta tumba mรกs allรก de la luz

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Quinta tumba más allá de la luz

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Sinopse Charley Davidson não é seu típico anjo da morte de cada dia. Ela é mais uma detetive paranormal/extraordinario anjo da morte. Entretanto, se distrai quando o sexy e sedutor filho de Satã, Reis Farrow, muda-se à casa de ao lado. Para complicar ainda mais as coisas, Reis é seu principal suspeito em um caso de incêndios provocados. Charley jurou se manter-se separada dele até que possa descobrir a verdade... mas então mulheres mortas começam a aparecer em seu apartamento, uma detrás de outra, todas perdidas, confusas e aterrorizadas além da razão. Quando se faz evidente que sua própria irmã, Gemma, é o próximo objetivo do assassino em série, Charley não tem mais opção que pedir a ajuda de Reis. Incendiário ou não, ele é o único homem vivo que poderia proteger a Gemma sem importar o que ou quem vá atrás dela. Mas ele quer algo em troca. Ao Charley. Tudo dela, corpo e alma. E para manter a sua irmã segura, é um preço que está disposta a pagar. Charley Davidson de novo na quinta sexy entrega cheia de mistério e divertida para rir a gargalhadas da série superventas do New York Teme. Charley Davidson #5

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Para o Luther e DD. Vocês são maravilhosos e heróicos, e meu tipo favorito de estranho.

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me pergunte pela vida depois da morte. (Camiseta vista freqüentemente no Charley Davidson, um anjo da morte de moral questionável)

O tipo morto ao final do bar seguiu tentando comprar um gole. Vá coisa. Ninguém mais jogava um segundo olhar e eu estava vestida de ponta em branco. Ou, como mínimo, em um oitenta por ciento1. Mas a parte realmente perturbadora de minha noite era que meu objetivo, um tal Sr. Marvin Tidwell, corredor de bolsa loiro e suspeito de adultério, rechaçou de plano o gole que tentei comprar. 1Charley diz: “dressedtothenines”, e a seguir “eight-and-halves”, cuja tradução literal

ao espanhol não tem sentido. Rechaçou-o! Senti-me violada. Sentei-me no bar, bebendo um margarida, me lamentando do triste giro que 4 tinha tomado minha vida, especialmente esta noite. Este caso não ia como o


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havia planejado. Talvez eu não era o tipo do Marv. passou antes. Mas eu gotejava interesse. Levava maquiagem. E tinha decote. Ainda com tudo isso, esta investigação estava afincada entre as gretas do nenhuma e parte. Ao menos podia lhe dizer a meu clienta, mais conhecido como a Sra. do Marvin Tidwell, que ao parecer seu marido não enganava-a. Ao menos não ao azar. O fato de que ele poderia estar encontrando-se com alguém em particular me manteve pega a meu assento. —Vi-vem aqui freqüentemente?

Olhei ao tipo morto. Finalmente tinha reunido a coragem para aproximar-se e tive uma melhor perspectiva. Me imaginei como o miúdo da ninhada. Levava uns óculos redondos e uma andrajosa boina de beisebol que se assentava ao reverso sobre seu lamacento cabelo marrom. A isso, lhe adicione uma camisa azul esvaída e uns jeans largos ripeados, e poderia ter sido um patinador, um fanático da informática ou um fabricante ilegal de álcool. A causa de sua morte não era evidente imediatamente; não havia punhaladas nem orifícios. Tampouco lhe faltavam membros nem tinha marcas de pneumáticos lhe cruzando a cara. Nem sequer luzia como um drogado, assim não havia maneira em que pudesse dizer por que tinha morrido a tão temprana idade. Tomando em consideração que seus rasgos de bebê o fariam luzir mais jovem do que provavelmente tinha sido, estimei que rondava minha idade quando faleceu. ficou esperando uma resposta. Pensei que “Vem aqui freqüentemente?” era uma pergunta retórica, mas estava bem. Sem querer que me vissem falando só em um sítio cheio de gente, respondi levantando um ombro em um movimento 5 desinteressado.


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Por desgraça sim o fazia, vir a este sítio freqüentemente. Este era o bar por mim pai, e embora nunca arrumava as coisas aqui por temor a que alguém a quem conhecesse danificasse minha coberta, resultava que este era precisamente o mesmo bar que o Sr. Tidwell freqüentava. Como mínimo, se as coisas chegavam aos extremos, teria algum respaldo; conhecia todos os clientes habituais e aos empregados. O Tipo Morto jogou uma olhada para a cozinha, parecendo nervoso, antes de voltar a enfocar-se em mim. Também olhei para o mesmo lado e vi uma porta. —E-é muito brilhante —disse, atraindo minha atenção para ele. Gaguejava. Poucas coisas eram mais adoráveis que um homem adulto com rasgos de menino e um gagueira. Revolvi minha margarida e pus um sorriso falso. Não podia falar com ele em um sítio cheio de gente que respirava, especialmente quando uma delas se chamava Jessica Guinn, para maior inri. Não tinha visto seu lhe ondulem cabelo vermelho do instituto, mas aí se encontrava sentada, um par de lugares depois de mim, rodeada por um grupo de famosillos faladores que pareciam tão falsos como as tetas da Jessica. Mas isso podia ser culpa por mim amargura aparecendo sua feia cabeça. Por desgraça, meu falso sorriso só animou ao Tipo Morto. —L-o é. É como o s-sol refletindo-se nos cromos do pára-choque de um Chevy delcincinqüenta e sete.

1.jpg 2.jpg Abriu os dedos no ar para demonstrá-lo e perdi o coração. Maldição. 6 Era como todos esses cachorritos perdidos que tentei salvar infructuosamente


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quando era menina porque tinha uma malvada madrasta que acreditava que todos os cães eram raivosos e tentariam atacar seu jugular. Algo que não tinha nada que ver com meu desejo de levá-los a casa. —Seh —disse em voz baixa, tentando fazer minha melhor imitação de ventriloquía—, obrigado. —S-sou D-Duff —disse. —Charley. —Mantive as mãos enroscadas em minha bebida em caso de que ele decidisse que precisávamos as estreitar. Não muitas coisas luziam tão estranhas para o mundo dos vivos como uma mulher adulta sacudindo o ar. Conhece esses meninos que têm amigos imaginários? Bom, eu era uma deles. Só que não era uma menina e meus amigos não eram invisíveis. Ao menos não para mim, e podia vê-los porque tinha nascido como um anjo da morte, que não era tão mau como soava. Basicamente era um portal ao céu, e quando alguém estava apanhado na Terra, escolhendo não cruzar imediatamente depois de morrer, podiam cruzar ao outro lado através de mim. Eu era uma enorme luz para insetos, só que o que atraía já estava morto. Atirei de meu suéter extra ajustado. —Sou eu ou fazer calor aqui dentro? Seus olhos azuis se dirigiram para a cozinha de novo. —C-quente, mais bem. A-agarrei que, n-não pude evitar notar que tentou comprar um gole a esse tipo daí. Deixei que meu sorriso falso desaparecesse. Liberei-a como a um ave capturada. Se retornava para mim, era minha; se não, nunca foi. —E?

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—Está-lhe a-ladrando à árvore equivocada com esse. Surpreendida, baixei meu trago —o que me tinha comprado eu mesma— e me inclinei um pouco mais perto. —É gay? Duff soprou. —N-não. Mas aconteceu muito tempo aqui ultimamente. O g-gostam das mulheres um poquito… an-largas. —Amigo, que mais puta posso parecer? —Indiquei meu traje com um movimento da mão. —N-não, quero dizer, você é um p-poquito… —Deixou que sua vista me percorresse—… es-estreita. Ofegue. —Pareço anal?

1.jpg 2.jpg Inspirou profundamente e o tentou novamente. —É-o só paquera com mulheres que são m-mais substanciais que você. OH, isso não foi ofensivo para nada. —Sou profunda. Tenho lido ao Proust. Não, espera, esse era Pooh. Winnie-the-Pooh. Meu engano. Moveu seu inexistente peso, esclareceu-se garganta e o tentou uma vez mais. — Mais vejo-voluptuosas. —Tenho curvas —disse, apertando a mandíbula—. Me viu o traseiro? —Pesadas! —soltou. —Peso… OH! Refere a mulheres m{s grandes. —E-exato, enquanto que eu, por outro lado…

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As palavras do Duff se desvaneceram no fundo como música de


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elevador. Assim ao Marv gostava das mulheres grandes. Um novo plano se formou na parte mais escura e corrupta da Bárbara, meu cérebro. Cookie, conhecida também como meu recepcionista durante as horas de negócios e meu melhor amiga vinte e quatro horas, os sete dias da semana, era perfeita. Era grande e estava a cargo. Ou bom, grande e algo mandona. Tomei meu telefone e a chamei. —Melhor que isto seja algo bom —disse. —É-o. Necessito sua assistência. —Estou vendo a primeira temporada do Prison Break. —Cookie, é meu assistente. Necessito assistência. Com um caso. Sabe dessas coisas que tomamos para ganhar dinheiro? —Prison. Break. É sobre estes irmãos que… —Sei o que é Prison Break. —Então, alguma vez viu a estes meninos? Se o tivesse feito, não esperaria que os abandonasse em seu momento de necessidade. Acredito que há uma cena de ducha próximo. —Estes meninos assinam seu cheque? —Não, mas tecnicamente você tampouco. Maldição, tinha razão. Era muito mais fácil que ela mesma falsificasse meu nome. —Necessito que devas paquere com meu objetivo.

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1.jpg 2.jpg —OH, de acordo. Isso posso fazê-lo. Genial. A palavra com C sempre funcionava com ela. Informei-lhe de tudo e contei-lhe qual era o assunto com o Tidwell, então lhe ordenei que se apressasse. —E vístete sexy —disse antes de lhe pendurar, mas me arrependi da parte sexy imediatamente. A última vez que disse ao Cookie que se vestisse assim para uma muito necessitada noite de garotas pelo povo, pôs-se um espartilho de encaixe, meias de rede e uma jibóia emplumada. Parecia uma dominatrix. Eu não havia tornado a ser a mesma. —A-agarrei que, vem? —perguntou Duff. —Provavelmente. Está olhando a meninos sexys em televisão. Tudo depende de se sua filha está aí ou não. De todos os modos, deveria estar aqui logo. Ele assentiu. Enquanto me sentava a esperar a meu melhor amiga, tomei nota de todas as mulheres no bar essa noite. Calamity era uma sorte de sítio onde os policiais estavam acostumados a passar o momento. As mulheres certamente vinham, só que não em manada. Mas este lugar estava lotado e havia bulha, e ao menos 75 por cento dos clientes eram mulheres. Isso era estranho. Tinha estado vindo ao bar durante anos, mas bem porque meu papai era o dono, mas parcialmente porque meu escritório de investigadora se achava no segundo piso, e em todo este tempo nunca tinha visto o sítio tão desproporcionado em favor da mística feminina, exceto essa vez em que lhe falei a papai sobre trazer um revue2. Tinha acessado por duas razões. Primeira: 1 havia-lhe 0


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feito ojitos. Segunda: ele pensava que um revuemasculine era um tipo que vinha, provava a comida e logo escrevia uma crítica no periódico. Pode que eu haja ou não influenciado essa linha de pensamento. Papai o poderia ter tomado melhor se eu tivesse tido mais de dezoito quando o sugeri. Quis saber a quantos revues masculinos tinha ido. 2Revue: teatro de variedades (embora pelo que explica Charley mais adiante, sonha mais a strippers masculinos que a um teatro per se). “Contando este?” aparentemente não era a resposta apropriada. Alguém pôs um prato de comida diante de mim. —Cortesia do chef. Olhei ao Teri, a melhor dona de cantina de meu papai. Ela sabia que eu trabalhava em um caso de infidelidade, e provavelmente adivinhou que estava entupida, daí a comida

1.jpg 2.jpg de consolo. O aroma celestial me golpeou tão rápido que tive que me esforçar para não babar. —Obrigado. —Tomei uma fatia do prato e afundei os dentes na melhor queijadinha de frango que tinha provado nunca—. Vá —pinjente, aspirando ar frio enquanto mastigava—, Sammy se passou esta vez. —O que? —disse sobre a multidão.

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Fiz-lhe um gesto com a mão e segui comendo, deixando que meus olhos 1


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rodassem em êxtase. estive desfrutando das misturas do Sammy durante anos, e enquanto que estes eram desses que lhe faziam a boca água do bons que estavam, este estava incrível. Tomei partes iguais de salada de abacate, molho e nata azeda na seguinte mordida, e logo me inundei em outro viaje ao paraíso. Duff me observou comer enquanto se achava metido entre a parte traseira de minha banqueta e o tipo do lado. Sua metade esquerda estava metida na direita de Duff. O tipo olhou para cima, procurando o conduto do ar, girou-se para a esquerda, logo à direita, então… três… e dois… um… estremeceu-se e se afastou. Passava cada vez. Os mortos eram frios, e quando os vivos se paravam dentro de um, os cabelos de suas nucas se arrepiavam, lhes pondo a pele de galinha, e um estremecimento lhes percorria a coluna vertebral. Mas Duff não lhe emprestava atenção ao tipo. Enquanto pretendia centrar seu atenção em mim, mantinha um olho atento na porta da cozinha, jogando olhadas cada poucos segundos, mordendo uma unha. Talvez a porta da cozinha era realmente um portal ao céu, e se ele o atravessava, cruzaria ao outro lado. Não, espera. Enquanto me sentava aí, me abarrotando, comecei a me questionar algo. Tinha checado a página do Friendbook da Sra. Tidwell quando havia investigado ao Sr. Tidwell procurando fotos delas. Eu gostava de tomar todas as precauções quando me aproximava de um objetivo e me assegurar de reconhecê-lo quando fora necessário. Tinha tomado ao tipo equivocado uma vez. Havia terminado mau. Pesquei o móvel de meu jeans outra vez, encontrei o perfil da Sra. Tidwell, e cravei no histórico de fotos. Seguro, quando se tinham casado faz 1 pouco mais de um ano, a Sra. Tidwell tinha sido muito mais pesada. 2


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Claramente tinha perdido muito peso, e mantinha uma bitácora em sua página sobre o progresso, perdendo quarenta e cinco quilogramas o ano passado. Enquanto aclamava seu dedicação, comecei a me perguntar se o Sr.Tidwell compartilhava meu entusiasmo ou se gostava mais sua esposa como era antes.

1.jpg 2.jpg A só idéia me derrubou. A maioria dos tipos se desencaminhavam quando seus algemas ganhavam peso. Tidwell parecia estar desencaminhando-se no sentido oposto. Talvez se sentia ameaçado por sua nova aparência. Ela era uma bomba. Entrei em pânico quando Tidwell se levantou para partir. Deixou um par de bilhetes na barra, moveu-se para a porta, e me dava conta de que esta noite seria um desastre total. Em realidade esperava uma oportunidade de fazer dinheiro e pôr este caso a descansar. Com meu otimismo pendendo de um fio, comecei a replantearme meu horário tentando arrumar um segundo intento quando Tidwell deteve-se. Seu olhar se achava fixa na porta principal. Olhei além dele e quase ofeguei ante a imagem da zorra de cabelo negro como asa de corvo que acabava de entrar. Ao momento em que nossos olhos se encontraram, Barry White começou a soar através de um dos alto-falantes, as luzes se atenuaram, e um aura sensual e fumegante rodeou a recém chegada. Coincidência? Não acredito. Entra: Cookie Kowalski. Leal, robusta e da talha exata. Cookie caminhou para mim, sua expressão era uma mescla de curiosidade e vacilação. De 1 seguro que 3


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não estava preocupada com que a metesse em problemas. E estava vestida para matar. Levava uma calça escura com uma levita larga e brilhante, e um cachecol chapeada aberta que revelavam seus voluptuosos atributos. —Você, mulher descarada! —pinjente quando se sentou a meu lado na barra. Sorriu-me e se aproximou de mim. —Assim está bem? Olhei-a outra vez. —É fantástico. E definitivamente funcionou. Tidwell se sentou de volta em sua mesa, o interesse evidente em cada movimento que fez. Assinalei-o com a menor indicação de cabeça. Cookie escaneou rapidamente o sítio e deixou que sua vista descansasse brevemente no Tidwell antes de enfocar-se em mim novamente. Mas ela ainda não estava convencida. —Assim, se fosse um homem, eu lhe gostaria? —Querida, se fosse um homem, seria gay. —Seh, eu também. Assim, o que faço? —Só lhe dê um segundo. Ele provavelmente… —Ao homem da mesa detrás gostaria de te convidar a um gole, carinho — disse Teri. Elevou as sobrancelhas esperando uma resposta. A sobriedade claramente veio tarde

1.jpg 2.jpg em sua vida, mas era o que meu pai chamaria uma mulher atrativa, com comprido cabelo 1 escuro e chamativos olhos cor avelã. 4 Mesmo assim, tinha visto muitas


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reuniões ilícitas, complicados cilindros, e pós de uma noite para estar impressionada. A experiência a tinha endurecido. Eu podia ser dura. Se praticasse. Se pusesse todo meu empenho. —OH —disse Cookie, apanhada com o guarda baixo—, tomarei um uísque talhado. Teri lhe piscou os olhos um olho e começou a praticar sua magia. —Um uísque talhado? —perguntei ao Cook. —Seu a-amiga parece nervosa —disse Duff, e estive de acordo com ele. Cookie olhou para frente como se se estivesse enfrentando a um pelotão de fuzilamento. —Coragem líquida —disse—. Pareceu uma boa idéia em seu momento. —Isso foi o que disseram sobre a energia nuclear na Ilha das Três Milhas. Olhou-me com horror. Lutei contra um sorriso e coloquei um pequeno microfone nas dobras de seu cachecol, pretendendo ajustá-la. —Olhe, tudo o que tem que fazer é abrir uma linha de comunicação. Serei capaz de escutar tudo o que diga. —Dava um golpecito em minha orelha para lhe indicar o auricular que levava—. Só olhe a ver como de longe quer levar a coisa. Por desgraça, comprar um gole não prova infidelidade. Sua palidez se voltou de um ligeiro tom verde. —Tenho que me deitar com ele? —O que? Não. Só, já sabe, olhe a ver se quer ter sexo contigo. —Tenho que beijá-lo?

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OH, vá. Nunca me tinha dado conta de quão inexperiente era Cookie em isto das investigações extramaritales; era mais do tipo de garota detrás decorações. Só imaginei que ela saberia o que fazer. Teri pôs o gole diante do Cookie, que o agarrou e tomou um grande sorvo. —Não faça nada que te faça sentir incômoda —lhe disse enquanto se dava outro gole—. Só tenta que lhe proponha isso. Agora, volteia e aviso o, lhe deixe saber que está interessada. antes de que pudesse lhe dar mais indicações, fez justamente isso. girou-se para ele com as costas rígida e saudou.

1.jpg 2.jpg A mesa de cabeças ocas da Jessica estalou em risadas. Fechei os olhos, molesta, e pinjente apertando os dentes—: Quis dizer que levantasse o copo. —O que? —perguntou através de uns dentes igualmente apertados—. Disse que o saudasse. —Começou a entrar em pânico. Podia senti-lo irradiando de ela em feitas ondas—. Pensei que talvez tinha estado no exército. —Está bem, só te acalme. —me acalmar? —girou-se de volta—. Você te acalme. completamente acalmada. Sou como água profunda que é profunda e tranqüila.

Eu

estou

Enrosquei uma mão em seu braço e o apertei para obrigá-la a que me desse a costas. Aspirou profundamente e o deixou sair devagar, obrigando-se a acalmar-se. —Melhor —pinjente, lhe dando outro minuto para recuperar-se—. Bem, se não te houver 1 tomado por uma louca, vê aí e cerca conversação. 6


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—O que? Eu? O que? —Cook, pode fazer isto. É justo como o instituto, só que sem os efeitos traumáticos da falha. —Claro. O instituto. —Reuniu sua coragem, levantou-se da cadeira, e se aproximou de sua mesa. E se transformou; voltou-se confiada, uma verdadeira ama de seu próprio destino. Quase me ri pelo triunfo enquanto dava outra dentada e escutava. —A-agarrei que, está-lhe ten-tendendo uma armadilha? —perguntou Duff. Limpei-me a boca e logo revisei a grabadora em meu bolso para me assegurar de que estava acesa. Emprestaria passar por tudo este trabalho e terminar sem provas. —Nem tanto enganando como derrubando-o por completo. É ele o que anda pelos clubes com a intenção de enganar a sua esposa. Só lhe estamos dando a ele a oportunidade, e a sua esposa a prova que necessita para seguir adiante. Não foi mas sim até que escutei a Jessica rir que me dava conta de que o falava com o Duff abertamente. —Aí está outra vez —disse ela o suficientemente alto para que a escutasse—. O que os pinjente? Fenômeno total. As garotas plásticas estalaram em risadas de novo, mas podia escutar o agudo cacarejo da Jessica sobre outros. Era o que me enlouquecia quando fomos amigas. Ela tinha uma risada nasal e penetrante que me recordava à cena do apuñalamiento de Psicose. Mas pode que só fossem minhas ilusões.

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2.jpg Tinha cometido o engano de ser honesta com ela quando estávamos em primeiro ano. Parecia que tinha aceito o fato de que eu podia ver fantasmas, mas uma vez que lhe disse exatamente o que era, que era o anjo da morte e que os mortos podiam cruzar através de mim, nossa amizade se rompeu como uma casa de cristal, enquanto os pedaços choviam sobre mim. Deixou suas boas e profundas cicatrizes. Se tivesse sabido que nossa amizade era tão frágil; se tivesse sabido que podia ser atalho com uma simples verdade, não me teria arrojado a ela com tanta força. depois disso, nada foi igual. Contou-lhe à escola inteira o que lhe havia dito. O que eu era. Por sorte ninguém, incluindo-se, acreditou isso. Mas a traição corria profunda. Doída e vingativa, fui detrás —e obtive— do menino de seus sonhos, uma estrela do basquete de último ano chamado Freddy James. Como é natural, isso não fez nada por reconciliar nossa amizade. Seu ódio venenoso se multiplicou por dez depois de que comecei a sair com o Freddy, mas de repente não me interessou. Tinha descoberto aos meninos em um nível completamente novo. Minha irmã, Gemma, soube o momento em que aconteceu. Acusou ao Freddy de roubar minha virgindade. Mas dizer que Freddy James me roubou a virgindade seria como dizer que Hiroshima nos roubou uma bomba nuclear. O roubo nem sequer encaixava na equação. Enquanto Jessica e seus amigas riam ao outro lado, ignorei-as, sabendo que a ignorância morderia mais que o que pudesse dizer. Jessica odiava ser ignorada e 1 funcionou. Meu desinteresse pareceu comer-lhe viva. A textura abrasiva da ira 8


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eo ódio rastelaram minha pele como unhas afiadas. A garota tinha problemas. —Sinto isso da saudação —disse Cookie ao Tidwell. Lhe fez um gesto para que se sentasse. —Para nada. Pareceu-me encantador. Apesar de tudo, Tidwell era um homem arrumado e se expressava bem. Agora tinha que me preocupar com outro possível resultado que vinha aparelhado com isto: cairia Cookie vítima de seu encanto? —Sou Anastasia —lhe disse, e tentei não gemer em voz alta. Normalmente os nomes de guerra estavam bem em um trabalho, mas nos encontrávamos no bar de meu papai, conhecíamos na metade da gente aqui, o qual se fez óbvio quando alguém a chamou. —Olá, Cookie! —disse um oficial de polícia que não trabalhava enquanto entrava e tomava assento no bar—. Luz bem, carinho. Cookie piscou, surpreendida, logo sorriu e disse ao Tidwell—: Mas tudo o mundo me chama Cookie.

1.jpg 2.jpg Uma salvação quase excelente. —Sou Doug. Ups, evidencia incriminatorio número um. Parecesse que ao Marv também o gostavam dos nomes de guerra. Girei-me para poder vê-los em minha periferia e os observei estreitá-las mãos. Cook murmurou algo sobre que era agradável conhecê-lo. Ele disse que se sentia igual. E tomei outro bocado de 1 queijadinha, lutando 9


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contra a urgência de gemer em êxtase. Sammy definitivamente se superou a si mesmo. Mesmo assim, tinha que superá-lo. Tinha um trabalho que fazer, maldição. Girei-me para eles, minha expressão era de completo aborrecimento, e tomei algumas fotos com meu móvel. Os telefones faziam que a vigilância próxima fora tão singela. Pretendi estar enviando uma mensagem de texto enquanto enfocava a meu objetivo. Quando Tidwell se inclinou para frente e pôs uma mão sobre a de Cookie, quase me enjoei. Não era uma foto para prêmio, mas lhe aproximava o bastante. Mas então notei algo, uma escuridão em seu olhar que não tinha visto antes. Quanto mais olhava ao Tidwell, menos eu gostava. Quase tudo o que saía de sua boca era uma mentira, mas havia mais para meu desassossego que só seu engano. Recordava a um desses tipos que apaixonava à garota, casava-se com ela depois de um tórrido romance, e logo a matava para cobrar o dinheiro do seguro. Ele era muito elegante. Muito pessoal com as perguntas. Teria que investigar um pouco mais no que ao Sr. Marv Tidwell se referia. —O que é isso? —perguntou Tidwell. Sua voz se endureceu, e a emoção que saiu dele me surpreendeu. —Isto? —perguntou Cookie, muito menos segura. Viu o microfone que eu tinha escondido nas dobras de seu cachecol. Maldita queijadinha. antes de que pudesse me levantar, ele se inclinou, arrancou-o e a arrastou no processo. —O que é isto? —demandou, agitando-o frente a sua cara antes de enrugá-lo em seu punho.

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Apressei-me para eles. A investigadora0em mim continuou tomando fotos


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para maior segurança. Estariam imprecisas, mas tomaria o que pudesse. Cookie parecia conmocionada. Não porque a tivessem apanhado, estava segura, mas sim por a reação dele. Eu também tivesse estado conmocionada; foi de admirador encantador a touro raivoso em questão de segundos. Seu rosto avermelhou e seus lábios se curvaram em um grunhido vicioso. — Isto é um jogo? Valerie está detrás disto?

1.jpg 2.jpg Valerie Tidwell era a esposa do Marvin, e meu cliente, e claramente ele suspeitava que ela suspeitava de suas atividades extracurriculares. O bar inteiro queixou-se em silêncio enquanto me apurava, vadeando mesas e cadeiras, tomando fotos instantâneas ao mesmo tempo, me perguntando por que demônios Cookie escavava em sua bolsa. Não me perguntei por muito tempo. Justo quando cheguei a ela, tirou uma arma, e tudo no que pude pensar foi jodida Santa mierda. —Cookie! —pinjente, me deslizando para ela. Mas antes de poder fazer algo, Tidwell se tornou sobre a mesa e apanhou a boneca do Cookie. Lançou-a contra mim e os três começamos a tropeçar pelo piso no momento exato em que um rangido agudo partiu o ar.

1.jpg 2.jpg 2 Traduzido pelo Elle Corrigido pelo Mel Markham

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Descida viver para sempre. até agora, tudo vai bem. (Camiseta)

O mundo se ralentizó, como muitas outras vezes antes, ao momento em que o som da arma disparandome alcançou. Dava-me conta então que quando Tidwell a agarrou, tinha-a empurrado até apontá-la diretamente para meu coração. Naturalmente. Porque, para onde mais estaria apontando? Eu tinha carregado para frente, mas quando o mundo se ralentizó, desacelerei e vi a bala sair do barril da pistola do Cookie, a centímetros de mim, com um sopro de fogo detrás. Viajou direto para meu peito enquanto retrocedi. Mas o tempo era distinto aqui. A gravidade não funcionava igual. As leis da física se romperam. Enquanto a bala reptaba para frente, tentei mover meu peso longe do projétil arrojado para mim, mas parecia que tudo o que podia fazer era olhá-lo. Desde minha visão periférica podia ver o início do pânico em muitas das caras dos clientes habituais. Alguns estavam a metade de caminho elevando os braços para proteger-se. Alguns ainda completamente ignorantes da situação, olhando com pouca preocupação. E outro, em sua maioria policiais, saltaram à ação, suas expressões em calma quando seu treinamento tomava o controle. A bala seguiu vindo, centímetro a centímetro, o ar detrás ondulando pela fricção. Necessitava mais tempo para averiguar o que fazer, para averiguar 2 como evitar uma bala. Literalmente. Sentindo como se nadasse em cimento, 2


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avancei, caindo na direção pela que tinha vindo, empurrando o ombro de Cookie. Mas não o suficientemente rápido. Se o mundo viesse agora a toda pressa,

1.jpg 2.jpg a bala entraria pelo flanco esquerdo de meu peito justo sob minha clavícula, e por desgraça, nunca era capaz de ralentizar o tempo por muito. Tinha seu modo de ricochetear, como uma banda elástica que voltava para seu lugar, quando menos o esperava. Justo quando senti que perdia o controle, quando a bala ganhou um precioso centímetro e médio muito rápido para que meus olhos pudessem registrá-la, enquanto o som saltava como um disco rajado saltando sobre o ritmo, uma mão, larga e masculina, envolveu-se ao redor do projétil e o tirou por mim caminho. Um calor tão familiar como o sol me banhou com seu calidez, e outra mão se deslizou por minha nuca enquanto Reis Alexander Farrowse se desfazia da bala e devorava-me para seus braços. E que formosos braços que eram. Antebraços cordados por músculos e tendões. Bíceps esculpidos com colinas e vales de músculos bem definidos. Ombros largos e poderosos sob uma camiseta cáqui. Meus olhos viajaram para cima até olhar o rosto de um anjo. Ou um anjo cansado. Ou, bom, o filho de um anjo cansado. Acontecia que o pai de Reis era o inimigo número um, o primeiro e mais formoso anjo cansado do céu, Lúcifer. E Reis tinha sido criado no inferno, forjado literalmente nos fogos do pecado. O qual explicaria seu magnetismo. Seus olhos escuros brilharam com humor ao tempo que perguntava—: Outra vez 2 isto? 3


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Meu cavalheiro de brilhante armadura. Algum dia seria capaz de salvar meu próprio traseiro. Então não teria que lhe dever a outra gente. Gente como o filho de Satã. Lutei contra a urgência animal que percorria meu corpo cada vez que Reis encontrava-se perto e pinjente despreocupadamente—: O tinha sob controle. Um sorriso diabólico, provavelmente herdada de seu diabólico pai, se pulverizou por seu rosto, e me encontrei tentando não me babar pela segunda essa vez noite. Olhou o caos nos rodeando. —Seh, pode vê-lo. O que está fazendo ela com a língua? Apartei a vista dele e olhei ao Cookie. Seu rosto estava congelado em horror, seus rasgos contraídos, sua língua saindo de sua boca por entre seus dentes. —OH, por Deus. A câmara de meu telefone funcionará? Tenho que capturar este momento. —Poderia chantageá-la por anos com tomadas como esta. riu, um som rico que enviou calafrios por minhas costas. —Não acredito.

1.jpg 2.jpg —Maldição, isso é um momento Kodak. —Olhei-o de volta e a seus ridiculamente largas pestanas—. A bala ia bastante rápido —pinjente—. O que lhe fará a sua mão quando o tempo volte a correr? Deixou cair a vista sobre minha boca, deixando-a aí por um comprido momento antes de dizer—: Atravessá-la, provavelmente. Não tinha esperado uma resposta tão honesta.

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Uma covinha apareceu em sua bochecha. 4


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—Não se preocupe, Holandesa. Passei-as piores. E as tinha passado. Muito mais más. Mas, de novo, quando seria “muito”? por que teria que suportar qualquer quantidade de dor por mim? Pelo predicamento no que me tinha metido sozinha? Elevou a cabeça. —Aqui vem. E veio. O tempo voltou a mover-se como um trem de mercadorias atravessando o bar. O som ricocheteou em mim. A força, como um furacão, tirou-me o ar dos pulmões, me fazendo ofegar. Reis me sustentou contra ele como se estivéssemos apanhados em meio de um tornado até que nos unimos ao mesmo espaço e tempo do resto do mundo. Então me separou de si, mantendo seu agarre em meus ombros enquanto recuperava meu equilíbrio. Os gritos ressonaram pelo salão enquanto a gente se agachava e saía correndo, tirando do meio. Alguns clientes se lançaram atrás do bar enquanto alguns policiais sem uniforme tacleaban ao Tidwell e a Cookie. Tidwell não estaria contente. Cookie desfrutaria de cada momento de ser manuseada por um policial sexy. Era uma fresca. Quando outro policial teve planos similares para mim, Reis me separou do caminho, e em um movimento elegante, usou a própria inércia do tipo para estampá-lo contra o chão. Fez-o tão rápido, que ninguém poderia dizer o que aconteceu se alguma vez chegava a esse extremo; e dado que o policial vestia roupas de patrício, duvidava que pudesse levantar cargos contra Reis por assaltar a um oficial. Mas reconhecia a este polícia, como a quase todos os policiais que tinham vindo ao bar. Este era um semi amigo. Agarrei-o por braço e pinjente—: Reis, espera —antes de que fizesse algum 2 dano real. deteve-se, mas manteve ao 5 Taft contra o chão com um braço


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dobrado e um joelho em suas costas. Taft gemeu e, sem ter idéia de quem o tinha derrubado, tentou romper o agarre. Com facilidade, Reis se manteve como um sólido pedra bruta enquanto Taft se retorcia baixo ele. Ajoelhei-me junto ao oficial fora de serviço. Provavelmente se

1.jpg 2.jpg tinha arrojado em minha direção mais para meu amparo que qualquer outra coisa, já que fomos, algo, bom, um pouco, amigos. —Está bem —disse a Reis—. É um policial. Reis não luzia impressionado, assim tive que olhá-lo para conseguir que afrouxasse o agarre. É obvio, sabia que não lhe importaria que Taft fora um polícia, mas queria que Taft acreditasse que, de havê-lo sabido Reis, não o haveria arrojado como um saco de batatas um domingo pela manhã. —Está bem, Taft? —perguntei, lhe dando uma cotovelada a Reis. Finalmente, e com deliberada lentidão, deixou que Taft se levantasse. Uma vez que teve espaço para sacudir-se, Taft empurrou a Reis e se levantou às pressas. Reis também se endireitou, sua boca lutando contra as vontades de sorrir quando Taft se aproximou, nariz com nariz, a ele. Saltei entre eles, mas uma rixa captou minha atenção. Cookie se mantinha quieta enquanto um policial a tinha dobrada sobre uma mesa, mãos detrás das costas, mas Tidwell lutava contra os oficiais e continuava fazendo-o embora eles já 2 identificaram-se. Seu rosto brilhava com ira. Mesmo assim, os oficiais o 6


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derrubaram sem muita gritaria. Estava claro que Tidwell possuía uma inteligência que só rivalizava com os utensílios de cozinha, e tinha o temperamento de uma bota. Ele sabia que a Sra. Tidwell nos tinha posto nisto. O que faria a ela? Estaria em perigo? O salão começou a acalmar-se e de repente todos os olhos se enfocaram em mim, como se isto fora minha culpa. Elevei as mãos para lhes assegurar a todos que as coisas estavam tranqüilas no fronte sudoeste. —Não se preocupem —pinjente, aplaudindo o ar—. Cookie tem uma excelente pontaria. Nenhum de vocês esteve em perigo. Se havia um lugar especial para os mentirosos no inferno, ia de cabeça aí. Olhei para trás para me assegurar de que Reis e Taft não houvessem começado a Terceira Guerra Mundial só para me encontrar ao tio Bob entrando, tinha o pescoço da camisa desabotoado, a gravata solta, e seu cenho franzido com suave curiosidade. Caminhou para mim, logo viu a polícia que tinha ao Cookie sujeita contra a mesa, o mesmo que antes a tinha chamado “carinho”. —Por Cristo em um vaso de barro, Smith, deixa-a levantar-se. Fez-o, despedindo-a apologéticamente, mas disse em defesa própria—: Tinha uma pistola. Descarregou quando esse tipo se lançou sobre ela.

1.jpg 2.jpg —Só porque ele me atacou —disse Cookie, apontando ao Tidwell, que seguia 2 lutando sob o peso de um dos policiais—. 7 Idiota.


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O tio Bob estava mais que alarmado. A ira o percorria como fogo selvagem, e só podia imaginar o que pensaria quando descobrisse que tinha usado a Cookie em um trabalho que quase a tinha ferido. Talvez deixasse essa parte fora. —Alguém foi ferido? —perguntou o tio Bob, e todo mundo olhou ao redor. Um par de clientes se tocaram para comprovar, logo todos sacudiram as cabeças ao uníssono. Taft falou detrás de mim. —vou deixar correr este incidente por agora —o disse a Reis. Logo se aproximou dele—. Mas se alguma vez… —Taft! Já que todos estávamos nervosos, cada pessoa no bar saltou quando o tio Bob gritou a seu colega. Incluindo o Taft. O tio Bob rodeou uma cadeira queda e tomou o braço do Taft, afastando o de Reis. Ele não sabia o que era exatamente Reis, mas sabia o suficiente para afastar-se dele a menos que não tivesse outra opção. —por que não começa a perguntar a ver se tivermos testemunhas sólidas para os eventos? A contra gosto, Taft assentiu e se retirou para interrogar a um grupo acurrucado em um reservado. Alegrei-me. Luziam aterrorizados. As sereias soaram no exterior e mais policiais entraram na cena um por um. Esfreguei-me a cara com a ponta dos dedos. Papai me mataria. Isto não era bom para o negócio. —E você! —Tio Bob (ou Ubie, como era conhecido em certos foros de classificação X graças a uma servidora) apontou diretamente para mim e disse—: Nem sequer pense em partir.

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Apontei para mim mesma. —Eu? Não fiz 8 nada. Cookie começou.


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Cookie ofegou. Ubie me jogou um olhar tormentoso. Taft olhou por cima de seu ombro e sacudiu a cabeça. E Reis se recostou contra o bar, cruzou os braços sobre o peito, e me estudou baixo essas mesmas ridiculamente largas pestanas. Os homens e seus jodidas pestanas. Era tão injusto. Como os exorbitantes preços dos sapatos de desenhista. Ou a fome mundial.

1.jpg 2.jpg Caminhei para ele, me zangando como um menino que foi enviado ao rincão como castigo, e também me recostei à barra. Não estava pelo trabalho de me aproximar do Cookie. Ela se achava rodeada de policiais veteranos com um subidón de adrenalina. Minha cara encontraria o piso antes de que pudesse dizer “Ouça, Cook, como foi?”. Guardei-me o receptor que tinha estado usando e notei que Duff havia desaparecido, não que pudesse culpá-lo. Mesmo assim, não era como se uma bala perdida pudesse lhe fazer danifico. Indiferente como soava, tomou a mão direita de Reis e abri-a. Deixou-me, mantendo um olho atento ante cada um de meus movimentos. Uma escoriação parte incisão, parte queimadura se estendia por sua palma e seus dedos. A bala seguiu andando logo depois de que o tempo se recuperasse. Teve que fazê-lo. Esse tipo de energia não se perdia só porque eu o quisesse, e embora 2 Reis sanava rápido, não era a prova de9balas.


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—Reis, sinto-o —lhe disse, me agachando para esconder a cara. Havia-lhe causado muita dor recentemente, não sendo o menor deles uma bala calibre .50 lhe rasgando o peito. Uma bala calibre .50 que estava destinada a mim. —Quanto o sente? —perguntou, sua voz de repente permeada com uma forte consciencia. Deixei cair sua mão e me esclareci garganta. Apesar de tudo, Reis seguia sendo meu suspeito número um em um caso de incêndio premeditado. Tinha que recordar isso. —De todos os modos, o que faz aqui? Retirou a mão para seu peito. —Só passava. Vi a comoção. Imaginei que estaria colocada. —Ouça, estava-me fazendo cargo. —Posso vê-lo. Quer que vá? Queria que o fizesse, mas só porque sua presença causava que cada uma das moléculas de meu corpo se estremecesse. E não queria que o fizesse, mas só porque o ter perto era como desfrutar-se no brilho do sol. Um sol realmente sexy que não era tão amarelo como o era de um escuro e sensual bronze. Mesmo assim, tinha trabalho que fazer, e um montão de explicações que dar. —Pode ir agora. Há uma investigação ativa levando-se a cabo, em caso de que o tenha esquecido. —Isso não foi o que perguntei. Olhei para o tio Bob, que ajudava ao Cookie a sentar-se. —Sim. —Então diga-o.

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1.jpg 2.jpg Elevei o queixo, adotando uma pose desafiante para ele. —Quero que lhe vá. Um sorriso lento se regou por sua cara. aproximou-se devagar e se inclinou para me sussurrar ao ouvido—: Tem que dizê-lo a sério. Fechei os olhos, tentando deter a corrente de luxúria que passava entre minhas pernas. Nossa relação era como a roupa interior em uma secadora sem uma lençol de controle de estática. Um minuto flutuávamos pela vida, otimistas e alegres. Ao seguinte estávamos atados pelas Pelotas. Desconcertada, pinjente—: Ainda me deve um milhão de dólares. —Havia-lhe apresentado uma fatura para provar sua inocência e tirar o da prisão. Ainda tinha que pagar. Não podia imaginar por que. —Seh, esperava que pudéssemos resolver isso. —O interesse só te matará. —Quanto cobras? —Trezentos e oitenta e sete por cento. —Isso é ético? —É tão ético como sair com o filho de Satã. Fiz um inventário dos clientes que seguiam no bar, um pouco surpreendida ao descobrir que Jessica se ficou. Isso não era característico de ela. Então me dava conta de por que. Seus olhos estavam pegos a entrepierna de Reis. Seus amigas eram um poquito menos óbvias enquanto interiorizaban a sombra sedutora que projetavam os músculos de Reis, suas expressões eram um 3 cruze entre apreciação e luxúria crua. 1


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Perturbada apesar de meu desejo de não está-lo, pinjente—: Tem um clube de fãs. Não tinha idéia. Completamente desinteressado, ignorou-me e perguntou—: Estamos saindo? Olhei-o surpreendida. Não o tinha querido dizer desse modo. Ele me havia dado uma chave de seu apartamento quando se mudou ao lado. Ainda tinha que usá-la. Não estava segura de se estava assustada ou de plano aterrorizada. Seguia sendo meu suspeito número um no caso do incêndio premeditado. Tinha que recordar isso. E ainda sanava da ferida que tinha recebida graças a mim. E havia crescido com um monstro tão abusador que desafiava toda explicação. E tinha ido a prisão por matá-lo —um ato que não cometeu, já que Earl Walker seguia vivo— porque eu lhe tinha falhado. Minha primeira visão de Reis Farrow era dele aos dezenove sendo golpeado até a inconsciência pelo Walker. Eu tinha falhado em

1.jpg 2.jpg chamar à polícia —a pedido dela, sim, mas deveria havê-lo feito de todos modos. Como mínimo, deveria haver dito a meu papai, que por aquele tempo era polícia. Quanto teria trocado a vida de Reis? Quanto do sofrimento haveria sido evitado? Como eu, Reis podia sentir emoção. Ele podia sentir a ira das pessoas. Medo. Dúvida. E simpatia. Certamente sentia a minha. Dava-me conta de meu engano quando sua expressão se endureceu. passou-se o polegar pela boca, molesto. —De seguro não é isso piedade em 3 vocês 2


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olhos. Escutei a alguém chamar antes de poder responder. —Você! —disse uma voz masculina. Olhamos para a direita e vimos um oficial uniformizado mover-se para Reis, Taft se encontrava a seu lado. Reis suspirou e senti que sua moléstia minguava. inclinou-se para frente, sua boca em meu ouvido, seu fôlego quente por minha bochecha. —Usa a chave, Holandesa. A idéia de usar a chave, a que me tinha dado de seu apartamento, causou uma descarga elétrica por minhas costas. Ele também o sentiu. Com um suave grunhido emanando de sua garganta, se girou e caminhou para o oficial. Mas também senti algo. O calor do olhar fixo de Jessica enquanto o ciúmes a consumiam. Normalmente me riria bobamente como uma escolar louca nesta situação, mas não me podia agenciar isso para isso. Esse grunhido me banhou como água fria, causando um formigamento em meu abdômen, e tive que me recordar encher meus pulmões de ar antes de me voltar azul. O azul não era minha melhor cor. Quando se abriu um sítio ao lado do Cookie, apurei-me até ela. Em todo o caos, de algum modo tinha sido golpeada na cara de uma cotovelada. Tentei me sentir mau, mas seguia um pouco neurótica. Reis me fazia isso. Mesmo assim, Cookie andaria com o moretón por dias. Nunca escutaria o fim disto. —Está bem, Cook? —perguntei enquanto o tio Bob se sentava em uma 3 cadeira a 3


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seu lado. Estava tremendo e aturdida. Pus uma mão sobre as suas. —Que tal se te trago um pouco de água? —disse-lhe o tio Bob—. Assim as duas podem me contar o que aconteceu.

1.jpg 2.jpg —Obrigado, Bob —disse ela com voz tremente. Quando ele partiu, se aplaudiu as bochechas e o pescoço com um guardanapo, logo perguntou—: Assim, como esteve seu dia? Aí estava, a Cook que conhecia e amava. Tomando o bom com o mau e voltando-o uma oportunidade para crescer e, freqüentemente, mofar-se de inocentes espectadores. Decidi lhe seguir a rima. Deixei cair a cabeça em minhas mãos. —Meu dia emprestou. Falhei outra vez. —Isto não foi sua culpa —disse, me esfregando o ombro distraídamente. Saltei. —OH, não, isto não. Isto foi completamente sua culpa. Uma arma? — perguntei, surpreendida—. Não, sério. Uma arma? Abriu a boca por todo um minuto antes de ceder com um comprido suspiro. — Parecia uma boa idéia em seu momento. —A Ilha das Três Milhas, Cook. —Sei. Céus. Não posso acreditar que não matei a ninguém. Se tão somente soubesse.

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Ondeou a mão, afastando-o, logo perguntou—: Então, no que falhou? —Em meu exame de cardiologia —disse, observando o interrogatório de Reis, cada movimento sua pura perfeição, rasgos deslumbrantes. Justo como se alguém tivesse usado Photoshop com ele. de repente me senti extorquida. —Exame de cardiologia? —perguntou Cookie. Era gracioso olhá-la, com seu cara um pouco torcida por causa do inchaço—. foste ver um cardiologista? —Sim, e se reúsa a fazer uma operação a coração aberto apoiado em meu insistência de que há algo mal com isso. De acordo ao Dr. Enganador, os resultados retornaram normais. Acredito que necessita uma visual de olho de pássaro, sabe? Um pouco de mãos-a-la-obra. Apertou os lábios. —Maldição, Charley, assustou-me, e não há nada mau com seu coração. —Sim, há-o. Dói. —Cravei-me o peito várias vezes para dar um efeito dramático—. Ter a Reis tão perto é doloroso. Acredito que tem uma apoplexia. —Tão sequer sabe o que significa isso? —Não, mas sonha sério. Como o Ébola , ou a urticária . —Desejará ter Ébola depois de que tenha terminado contigo.

1.jpg 2.jpg —O que? Que demônios fiz? —Não sei, mas tudo isto tem que ser sua culpa. —Acaba de dizer que não foi. —Mentia.

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—Você foi quem trouxe uma arma à 5festa. —Quando se negou a aceitar a


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esse pequeno elefante no salão, tirei o telefone e marquei o número de um velho amigo da família. —A quem está chamando? —Noni. vais tomar sua classe. A seguinte começa amanhã pela manhã a as oito em ponto, e estará nela. —O que? —Agarrou o telefone, mas esquivei seus intentos como o Sr. Miyagi evitava os golpes de seu inimigo—. Não necessito uma permissão para armas escondidas. —Também se trata da segurança, Cook —lhe disse, sustentando em alto o índice para pô-la em pausa—. E se cargas com uma arma escondida, necessita um permissão. A classe são oito horas amanhã e sete no domingo. lançou-se a pelo telefone de novo. —Esse é meu fim de semana inteiro. Tinha planos. —Uma maratona do VampireDiaries não são planos. Olhou-me como se tivesse perdido a cabeça. —Alguma vez viu aos irmãos Salvatore? Santa mãe do gengibre, e eu ia cozinhar uma panela de apimentadas para nós para comer a semana que vem. Gah! Ela sabia que isso doeria. Suspirei derrotada. —Então ambas estamos fazendo um enorme sacrifício. Noni respondeu, dizendo algo resmungão sobre a hora. Foi estranho. Jogueime para frente, lhe explicando a situação enquanto Cookie observava cada movimento do tio Bob. Ou, bom, os movimentos bêbados do tio Bob. Ele consulta com um dos oficiais fora de servició, e Cookie pareceu encontrar seus ações fascinantes. Isso não era perturbador para nada.

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—Obrigado, Noni. —Odeio-te agora mesmo —disse.

1.jpg 2.jpg —Pelo amor ao molho para carne, são nove e meia. Quem se dorme a essa hora uma sexta-feira de noite? —Pendurei e disse ao Cook—: Está dentro. —Fantástico —disse, mas não acreditei que o dissesse a sério. —Certo? Bom, fará-te um montão de perguntas para determinar você equilíbrio mental. Que tão boa é mentindo? Olhou-me enrugando o cenho. —Tão boa como você te mantendo à margem dos problemas. —Mierda. Bom, só faz o melhor que possa. Também te dará um manual sobre todas as leis de armas em Novo o México. E Noni é… —Como podia dizer isto sem fazê-lo parecer um fanático?—. Noni é entusiasta. leva-se sua arma com ele à ducha, mas é um bom tipo e aprenderá muito. O mais importante! —A tomei pelos ombros para atrair toda sua atenção, e logo a sacudi para me assegurar—: Todo mundo estará seguro. Assentiu, logo sacudiu a cabeça, trocando de parecer com metade de sacudida. —Não sei, Charley. Não acredito que possa disparar uma arma frente a outras pessoas. —O que planejava fazer com ela esta noite? Ver se Tidwell estava interessado em comprar uma? —Não, só acreditei que mostrando-a obteria que se acalmasse.

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—E como resultou isso? —Charley —disse, sua voz afiada com uma advertência. —De acordo, de acordo. Mas para futuras referências, nunca tire um arma a menos que planeje usá-la. De todos os modos, disparar sua arma é só uma pequena parte da classe. Para quando chegar a esse ponto, já estará o suficientemente cômoda com todo mundo para te tirar o sustento. Não o faça. Confia em mim. Nunca termina bem. antes disso, ele repassará leis específicas e te dará cenários reais e de auto defesa para que reflexões. Já sabe, coisas da vida diária. —Aproximei-me dela—. Cook, perguntará-te se estiver lista para matar a alguém. —O que? Agora mesmo? —Não, provavelmente te dará um cenário e te perguntará se estiver disposta a atirar do gatilho. —Maravilhoso. —De novo o disse, mas me questionei sua sinceridade.

1.jpg 2.jpg —E então te ensinará diferentes técnicas. Como entrar em uma habitação quando há um terrorista atacando seu refrigerador. O que fazer se alguém faz voar sua porta dianteira com uma tocha. Tudo se trata de te manter viva e te defender a ti e a sua família. —Quando só ficou olhando ao espaço, acrescentei—: O fará bem, Cook. OH, seh, esse lugar especial no inferno luzia cada vez mais provável com cada minuto que passava.

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1.jpg 2.jpg 3 Traduzido pelo Melody Hamort & f lorbarbero Corrigido pelo Mel Markham

667: O vizinho da besta. (Adesivo de pára-choque.)

No momento em que pude sentir meus joelhos outra vez, decidi ir ver meu velho e amigável tipo de pessoa-gradeia-companheiro Garrett Swopes. Ele sempre era bom para uma risada. No caminho, abri minha nova e possivelmente pirateada aplicação do GPS sobre a que meu amiga Pari me falou. Assim, embora poderia encontrar sua casa com os olhos fechados —uma façanha que estava bastante segura de fazer uma noite durante um combate contra a insônia— abri a aplicação em meu telefone, escolhi uma voz, e o conectei à saída auxiliar. Uma respiração pesada, como se alguém estivesse conectado a um suporte vital e respirando a través de uma máquina, alagou o carro. Não tivesse sido tão horripilante se não estivesse escuro fora. Escrevi meu destino, quer dizer, a direção do Garrett, depois apertei Rota. —A cem metros, gire à direita —disse Darth Vader. O Darth Vader. Senti como se fôssemos amigos agora. Como se pudesse lhe dizer tudo. —Obrigado, senhor Vader. Posso-te chamar Darth?

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Não respondeu, mas isso estava bem. Como a menina não privilegiada de uma madrasta, estava acostumada a ser ignorada. Dirigi-me nessa direção. A respiração voltou a soar. —A quinze metros, gire à direita. —Bem, bem, obrigado de novo. Fizemos isso todo o caminho. Ele me dizendo o que fazer. Eu lhe agradecendo. De repente me senti suja, como se estivesse me usando para sua própria diversão. Esta relação parecia muito unilateral. Quando me encontrava quase ali, Darth voltou a falar. —A sessenta metros, seu destino estará à direita. Sua viagem para o lado escuro está quase completo.

1.jpg 2.jpg por que tive a sensação de que ele estava relacionado com Reis? —Seu destino está à direita. —Sim, está bem, tenho-o. Tinha-o antes. —Sua viagem ao… Saí da aplicação antes de que pudesse terminar a frase. Parecia mau cortá-lo antes de tempo, mas só poderia aceitar uma determinada quantidade de respiração pesada antes de que pensamentos inadequados que implicassem nata batida e uma paleta do PING-pong penetrassem em minha mente. E ia ver o Garrett Swopes. Embora não estava em qualquer lugar perto da parte superior de minha lista 4 de coisas por fazer, os abdominais do menino eram para morrer. 0


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Saí do Misery, meu querido Jipe Wrangler vermelho cereja, e me aproximei da porta de sua casa. Vivia em uma pequena casa de estilo bungaló com um montão de exuberante vegetação, algo incomum para o Albuquerque. Fomos mais uma espécie de estado pouco exuberante. Escasso era mais nosso estilo. Bati na porta antes de me dar conta que sua caminhonete não se achava no fronte, como de costume. A porta se abriu de todos os modos e um agente de aspecto esgotado e com a extrema necessidade de um barbeado se achava ante de mim. Garrett Swopes se parecia muito a um quente amigo gay só que não era gay, um pouco muito mau porque então poderia lhe dizer quão quente era sem que tivesse a idéia equivocada. Tinha pele suave de cor moca que fazia o cinza prateado de seus olhos ainda mais chamativo. E de novo, tinha uns abdominais que eram para morrer, como o demonstrava sua não falta de camisa, a não ser sua negligência em abotoar sorte camisa. Bebi um abundante gole dos abdominais do Garrett antes de me dirigir a ele. —Como o leva, Swopes? —perguntei, passando junto a ele. esfregou-se os olhos com o polegar e o dedo indicador. —Charles, é tarde. —Sempre é tarde quando passo por aqui. Pelo menos esta vez não estava na cama. depois de um comprido suspiro que me permitiu saber quão molesto fingia estar, fechou a porta e se dirigiu à cozinha. Por alguma razão, cada vez que vinha, ele sentia a necessidade de beber. Era estranho. —A que devo o prazer? — perguntou. —A meu prazer, óbvio. Obtenho vários tipos de prazeres te incomodando.

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—Quis dizer, o que está passando? O mundo está chegando a seu fim? Um assassino maciço te espreita? Está tratando de manter desperta por dias para evitar um tempo a sós com seu malvado vizinho?

1.jpg 2.jpg Maldita seja. Ele sabia que Reis se mudou junto a mim. Eu queria ser a que o dissesse, para tirar o tema com suavidade. Minha relação com Reis era complicada e, em um momento dado, implicou que ficasse acordada durante dias para evitar convocar ao menino em meus sonhos. Infelizmente, Garrett se tinha convertido em uma vítima por mim circunstância. Ajudou-me a superar um mau momento e eu deveria ter sido a que dissesse do novo apartamento de Reis. —Quem te disse que tinha um novo vizinho? —Ouvi-lhe torcer a parte superior de uma cerveja, o estalo e assobio extrañamente reconfortantes. —estive vigiando —disse. Isso provavelmente não era bom. —Então, o que está passando? —perguntou de novo. —O que? Necessito uma razão para dever ver a meu mais querido e velho amigo? Quando retornou à sala e me entregou uma Coroa, fulminou-me um pouco com o olhar antes de afundar-se em uma poltrona reclinável. —Está bem, bom, o mais velho e mais molesto amigo de todos os modos. — Me sentei no sofá frente a ele, tomando nota do caos semeado pela habitação. Ao igual à última vez que tinha vindo a visitá-lo, a mesa de café estava repleta de livros e notas sobre o reino espiritual, o céu e o inferno, demônios e 4 anjos—. estive preocupada com ti. 2


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—por que? —perguntou depois de tomar um gole. —Não sei. Parece diferente agora. Distante. Como se tivesse transtorno de estresse postraumático. Eu sabia do que falava. Meu transtorno de estresse se voltou postraumático quando fui torturada por um monstro chamado Earl. Ao tentar executar meu resgate, Swopes recebeu um disparo e morreu como resultado. Os médicos foram capazes de reanimá-lo, mas me havia dito recentemente que enquanto esteve em as garras da morte, foi ao inferno. Isso me preocupou. O que me preocupou ainda mais era o fato de que, enquanto esteve no poço de fogo da condenação eterna, esteve coração a coração com o pai de Reis, uma experiência que deveu ser traumática em todo tipo de níveis. —Estou bem —disse, ao igual a tinha feito as últimos dezessete vezes que perguntei—. Estou trabalhando em algo. Escaneei a zona. —Posso ver isso. Algo que queira compartilhar?

1.jpg 2.jpg —Não. Disse-o com tanta determinação, de maneira nenhuma ia discutir. — Entendido —pinjente em seu lugar. Espera. A quem enganava?—. Mas sabe que pode me dizer o que seja, verdade? Descansou sua cabeça para trás, fechou os olhos e estirou as pernas frente a ele, seu pé enviando a voar uma pilha de notas para o chão. Não lhe importou. — Detén a 4 pesca, Charles. Isso não vai acontecer.3


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—Entendido. —Tomei um sorvo de cerveja, e logo acrescentei—: Mas isto se vê muito interessante. Poderia ajudar com a investigação. —Estou bem —disse, sua voz afiada com uma dura advertência. —Entendido. —Tomei uma página de notas rabiscadas e tentei decifrar sua letra—. Quem é o Dr. A. von Holstein? E está relacionado, por acaso, com uma raça de vacas? sentou-se de repente e arrebatou a página de minha mão. OH, sim, isso não estimulará minha curiosidade. —Disse-te que não, Charles, e o disse a sério. Sentei-me de novo. —Jesus, entendido. depois de colocar o papel exatamente no mesmo lugar do que eu o tinha tirado, lançou-me um olhar exasperado. —por que segue dizendo “entendido”? Não diz “entendido” a menos que tenha estado no exército. Observei minha cerveja, me detendo por um comprido momento para o efeito dramático, logo pinjente em voz baixa—: Entendido. O suspiro de chateio que lançou foi comprido e significativo. Ganhei. Minha viagem para o lado escuro de verdade se completou. E o devia tudo a meu melhor amigo Darth. Onde estaria sem ele? Sem nossa amizade? Estremeci-me ao pensá-lo. Esvaziou sua cerveja, inclinou-se para frente para roubar a minha, logo se tornou para trás para amamentar-se a um ritmo mais lento. —Quem me enviou ali? — perguntou, sua voz repentinamente longínqua, e eu sabia exatamente a que se referia. Quem o enviou ao inferno?—. por que fui? Dobrei minhas pernas até que se pareceram com um pretzel e me recostei nos 4 almofadas do sofá. —Viu-me justo depois 4 de morrer, verdade?


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Assentiu, os olhos fechados, a cerveja apoiada em uma coxa enquanto esfregava a garrafa distraídamente com compridos dedos.

1.jpg 2.jpg —E então seu pai te encontrou em seu caminho para o céu para te dizer que haviam lhe trazido de volta à vida. Que tinha que voltar. Seus dedos se detiveram mas não respondeu. —Mas antes de que retornasse a seu corpo, foi ao inferno? Isso foi mais ou menos tudo o que sabia sobre as mini-férias do Garrett. negou-se a entrar em detalhes quando me contou isso e me tinha rechaçado cada vez que tentei falar disso após. Enquanto que estava faminta por conhecer cada detalhe do que ocorreu, ele estava decidido a deixar morrer de fome. —Disse que foi enviado por uma razão —continuei—. Para entender. Para aprender mais sobre Reis. Como foi criado. O que tinha feito. Sem abrir os olhos, disse—: E você só o desculpou. Estava zangado comigo, mas o tinha surpreso no momento de saber, antes de que me dissesse isso, que Reis era o filho de Satã. Ao estar de acordo com isto, em seus olhos. —Como hei dito, não foi criado no ambiente mais enriquecedor. —Assim insiste. E o defende cada vez que pode. Um general do inferno. Um assassino perito que subiu entre as filas de um exército de demônios, que viveu pelo sabor de suas mortes, que se converteu na criação mais temida da história. —Logo abriu os olhos e me imobilizou com um olhar letal—. Uma abominação que foi enviada a este plano por uma, e só uma 4 razão. 5


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Você. Isto não nos levaria a nenhuma parte. Descrucé minhas pernas e em seu lugar cruzei os braços sobre meu peito em uma manobra defensiva. —Disse-lhe isso, foi enviado por um portal. Qualquer portal. Não eu especificamente. Tal como o entendi, Satã tinha enviado Reis a este plano para apanhar a um anjo da morte. Reis era o caminho de Satã para sair do inferno, e ele supostamente queria um caminho para o céu. Conosco dois, teria uma porta direta ao reino mesmo de que tinha sido expulso. Mas Garrett estava empenhado na idéia de que Reis tinha sido enviado por mim especificamente, o que era ridículo. Não havia maneira de que Satã soubesse que de todos os seres como eu no universo, eu seria escolhida para servir neste plano como o portal. Eu seria enviada aqui. Por isso Reis me disse, havia toda uma raça de nós, um fato que ainda tinha que verificar ou explorar. Mas ele havia dito que eu tinha uma família celestial aí fora. Encontrei o conceito intrigante e reconfortante.

1.jpg 2.jpg —E te disse que te equivoca —disse. Nunca ia ganhar isto. —Está bem. Assim que se sentou em torno de um poço de fogo e intercambiou histórias de guerra com o pai de Reis. —Agarrei uma penugem de minha camisa e perguntei—: O que te disse? —Não é importante. Olhei-o boquiaberta. —Tem que estar brincando. —Não, não o estou. O que é importante é por que fui enviado ali. Quero dizer, quem me enviou? Quem tem essa aula de poder?

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Ele tinha um bom ponto. Sólido. Afiado.6Bicudo.


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—Uma coisa que sim descobri enquanto estive ali é que todos são mentirosos e manipuladores. Não se pode acreditar nada do que tenham que dizer. —Isso é um comentário a respeito de Reis? —Se o poço de fogo encaixa. —Quando me levantei para ir, adicionou—: Estou trabalhando em algo. Prometo-lhe isso, Charles, no minuto em que saiba mais, você saberá mais. Gemeu e se levantou de seu assento para me seguir até a porta. Abri-a, e logo me voltei para ele. —Swopes, sei que você não gosta de falar de isso, mas não pode ir ao inferno e sair ileso. Um sorriso sem humor se estendeu em seu rosto. —Claro que pode. O que faria você se fosse enviada ao inferno? Saí. —me deter, me atirar e rodar? O que quero dizer é, aconteceu algo mau? Acaso, não sei, feriram-lhe? —Lancei-lhe um olhar d inquisitiva—. Lhe torturaram? Seu sorriso se transformou em algo que parecia piedade. —Não, Charles. Não me torturaram. Fechou a porta antes de que pudesse dizer nada mais. Fiquei ali por um sólido minuto, aturdida, sem saber o que fazer, o que dizer, como ajudar. O único que sabia com certeza era que acabava de me mentir. Sem estar realmente de humor para lutar com o Darth, decidi provar uma nova voz no caminho a casa. Conectei meu telefone, abri a aplicação, e logo escutei como KITT acendia todos os sistemas. Eu era uma grande fanática do Automóvel Fantástico enquanto crescia, sonhando com um automóvel que pudesse falar comigo, um que pudesse me advertir de uma catástrofe iminente como terroristas ou 4 policiais correndo um radar. E quando 7 Misery se transformasse em um


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súperauto com

1.jpg 2.jpg um motor turvo e um arsenal de armas a bordo, eu estaria vendida. Por fim. Por fim poderia destruir com armas nucleares às pessoas que se negasse a sair do sulco da esquerda. A vida era boa. Mas Garrett tinha sido torturado. No inferno, nada menos. O conceito era tão alheio, ainda com tudo o que sabia, não podia entender o que poderia haver passado. O que lhe teriam feito? Duvidava que a tortura a China da água entrasse em jogo. Mas ele era imaterial nesse momento. Poderia uma alma ser torturada? Então pensei em toda a gente que supostamente ia ao inferno, que supostamente passou uma eternidade ardendo em agonia. Era real? Poderia a alma ser queimada? Poderia ser atalho? Rasgada? Maltratada? Minha mente dava voltas com todas as potenciais possibilidades ricocheteando a través dela. Era difícil imaginar o inferno como um lugar físico, um lugar real, a pesar de que Reis foi criado ali. Crescido ali. Era tão estranho. Como de outro mundo. Muito horripilante. KITT irrompeu em meus pensamentos, sugiriendo que disparássemos um míssil antes de me dizer que tomasse a seguinte saída. Por desgraça, não formei um vínculo com o KITT tanto como esperava. Sua música médio que emprestava e suas armas eram inúteis contra o poder da ignorância. Decidi tirar o da ilha antes de sequer entrar em minha praça de estacionamento. —O que pensa? —perguntei-lhe ao homem morto de idade avançada que se 4 encontrava no assento do passageiro.8Tinha-o recolhido em alguma parte ao


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redor de Colinas e Wyoming. Parecia agradável. Também estava tão nu como o dia em que nasceu. Tratar de não olhar seu pênis resultava mais difícil do que pensei—. Está ventoso aqui para você? Não respondeu, assim que o deixei com seus pensamentos e subi as escadas até meu apartamento do terceiro piso, onde encontrei uma nota em minha porta. Havia estado as recebendo bastante ultimamente. Desde que meu principal suspeito em um caso de incêndio premeditado tomou o apartamento que tinha cobiçado durante anos e se mudou ao final do corredor. Duas coisas me fizeram suspeitar que o filho encarnado do mal se tornou um lança-chamas. Em primeiro lugar, cheirava a fumaça faz umas noites, e mais tarde me inteirei de que um edifício de apartamentos tinha sido incendiado essa mesma noite. Em segundo lugar, a primeira vez que vi Reis Farrow tinha sido nesse mesmo edifício de apartamentos sendo golpeado pelo monstro que o criou, Earl Walker. depois de escavar um pouco mais, descobri que em algum momento de seu vida, Reis tinha vivido em cada direção que o pirómano golpeava. O

1.jpg 2.jpg descobrimento causou que uma cinta de terror se atasse em meu estômago, para retorcê-lo em uma massa de terminações nervosas em carne viva que palpitavam com empatia e remorso pelo que Reis tinha passado. Olhei para a nota. Esta dizia: A que lhe teme?

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O que podia temer? O fato de que ele podia ser a mesma pessoa 9


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queimando edifícios a mão direita e sinistra? O fato de que provavelmente vá a ter que prendê-lo e enviá-lo de novo à mesma prisão em que passou dez anos fazendo tempo por um crime que não cometeu? O fato de que os pirómanos têm uma psique única que se inclina já seja para a arrogância extrema ou a separação sexual extrema? Reis não tinha nenhuma até onde sabia, mas a idéia de descobrir que não era assim, assustava-me? —Olá, Ch-Charley. Olhei por cima de meu ombro e vi meu novo amigo morto Duff de pé junto a mim, trocando seu peso de um lado a outro com energia nervosa. — Olá — pinjente, abrindo a porta. —Eu-eu pensei que t-talvez poderia ser que precise falar com alguém depois do q-que aconteceu. E meu coração saltou. Maldita seja. É tempo para ver o cardiologista de novo. —Estou bem, mas obrigado. —OH, b-bom. Me alegro. Parte de meu trabalho era ajudar a que a gente cruze quando estão preparados. A isso vezes incluía o papel de ser seu ombro. Inclusive enquanto choravam. Sustentei a porta entreabierta e lhe ofereci toda minha atenção. —Sabe o que sou, Duff? meteu-se as mãos nos bolsos e chutou uma rocha inexistente a seus pés. — S-fui. —Sabe que pode cruzar por meio de mim quando estiver preparado. —S-fui, sei. Só pensei ta-tal vez poderia manter um olho em ti por um tempo. Endireitei-me. —Um olho em mim?

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Fez-o rápido, mas o notei de todos os modos. Olhou para o departamento de Reis. —S-fui, já sabe, em caso de que necessite ajuda ou a-algo. —Duff, agradeço-te a oferta, mas… —M-moverei-me pelo corredor se necessitar algo.

1.jpg 2.jpg Segui seu gesto para o apartamento da senhora Allen. —OH, está bem. portanto, está vivendo com a senhora Allen? Um tímido sorriso elevou as comissuras de sua boca. —S-fui. Ela tem um cão. Pus uma mão em seu ombro gélido. —Isso não é um cão, Duff. Esse é um demônio chamado PP. Estou perto de noventa por cento segura de que está poseído. Duff riu entre dentes. —Pelo menos não tem nenhum dente. —Tome cuidado. Acredito que ainda tem a presa esquerda e sabe como usá-lo. depois de outro rápido olhar para a guarida do dragão, Duff levantou uma mão. —V-verei-te logo, então. —Sonha como um plano —lhe disse com uma piscada—. Recorda te manter afastado dessa presa. O sorriso que se apoderou de seu rosto era contagiosa e encantadora. Deu outro passo atrás, deu-me uma saudação tímida, e logo desapareceu. Dirigi-me para meu departamento, então me replanteé essa decisão. Se alguém saberia o que Garrett teve que acontecer, o que teve que suportar nos poços de fogo, seria Reis.

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criou-se no inferno depois de tudo, e logo sofreu uma versão completamente nova da palavra aqui na Terra à mãos do Earl Walker, que tinha terminado com Reis através de médios nefastos quando era muito jovem, abusando-o sem piedade, e logo incriminando-o por seu assassinato, provocando que fora enviado ao cárcere apesar de que estava vivo e abanando o rabo. Bom, não abanando o rabo, graças a uma cuchilla expertamente colocada por Reis, mas vivo de todos os modos. Aproximei-me de seu apartamento e chamei. O fato de que minha mão tremesse um pouco me surpreendeu. Não era como se nunca tivesse estado em sua companhia. Muitas vezes o fiz. E em vários estados de nudez. Mas nunca estive em seu humilde morada, sua guarida. Nunca teve essa vantagem, e a realização de que no momento em que entrássemos por essa soleira, estaria em seu próprio terreno me fez sentir mariposas. Isso e o fato de que lhe devia algo. Uma vez mais. Havia-me salvo a vida esta noite. Não do Tidwell mas sim do Cookie. Essa mulher era uma ameaça. Abriu a porta o suficiente para me dar uma visão parcial dele, e as mariposas pulularam. Sobre tudo quando levantou uma sobrancelha cuestionadora.

1.jpg 2.jpg —Pensei que poderíamos falar —lhe disse, mantendo minha calma exterior. Sem pretensões. Por um momento pensei que me ia jogar, me dizer que estava cansado ou que tinha trabalho que fazer, duvidou muito tempo. Mas se voltou e se entreteve 5 fazendo algo enquanto eu tratava de2 olhar seu departamento sobre seus


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ombros. Então me olhou de novo. Um sorriso malicioso enrugou a comissura de sua boca enquanto assegurava outra nota adesiva na porta antes de me fechar isso na cara. Pisquei, e logo li a nota. “Usa a chave.” OH, pelo amor do molho. Dirigi a meu apartamento, tomei a chave por mim bolsa, logo voltei e utilizei a maldita coisa, tratando de averiguar qual era o problema. Embora tinha que admitir que eu gostava de tê-la. Eu gostava de ter acesso a sua casa, sua vida. Me tinham negado isso portanto tempo, que era agradável ter um pequeno pedaço dele, uma pequena amostra que o confirmasse. deslizou-se facilmente na fechadura. Resultou que foi azeitada recentemente. E, naturalmente, minha mente viajou a todo tipo de situações nas quais isso serviria como metáfora. Era tão puta. Caminhei pelo apartamento e vi o senhor Reis Farrow ocupando sua cozinha. Fazendo tarefas domésticas. A imagem foi discordante e íntimo de uma vez e tive que apartar o olhar antes de que se desse conta. Não podia deixar que estivesse muito acostumado à idéia de que o adorava. O melhor era mantê-lo com a incerteza. Ainda tinha que ver seu novo alojamento. Não era absolutamente o que esperava. Embora realmente não sabia o que esperar. Talvez algo em tons suaves com um montão de cinzas e cromo. O que consegui foi calor, muito parecido ao próprio homem. Era muito agradável. Um montão de texturas com cores terrosas e uma chaminé independente de mármore negro separando duas habitações. Na seguinte habitação havia uma mesa de bilhar de madeira escura com a parte 5 superiora cor nata. Era impressionante. 3 Seu apartamento tinha um toque


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caseiro que não esperava. Levantei o olhar, enquanto ele caminhava de volta, e seu pavoneio atraiu meu atenção para seus quadris, seu magro estômago a jogo com largos ombros que fariam a qualquer homem sentir-se orgulhoso. Sabia que eles me faziam sentir orgulhosa. Levava uma camisa branca abotoada pendurando sobre as calças jeans. As mangas arregaçadas, lhe permitindo mostrar seus bronzeados antebraços. Isso me levou a suas mãos. Tinha as mãos mais incríveis, e seus braços

1.jpg 2.jpg eram como o aço. Deveria sabê-lo. Tinha estado cativa neles antes. Era um lugar ao que desejava voltar. Deu-me um copo de vinho tinjo. Outra sutileza que não esperava. —Um brinde? —perguntou, levantando sua taça. —por que estamos brindando? —Choquei nossas taças, e logo levei a meus a meus lábios. —Pelo fato de que uma garota que conheço, chamada Charley sobreviveu outro dia. Não me chamava Charley freqüentemente, e de algum jeito parecia mais íntimo que quando alguém mais o dizia. sentia-se bem, as sílabas caindo de sua boca como mel. Quando não bebi, chamou-me pelo apodo que me tinha dado. —Holandesa? —E isso se sentiu ainda mais íntimo. Sua voz, rica, aveludada e suave como a manteiga, vibrava em algum lugar muito dentro de mim—. Está bem?

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Assenti e, finalmente, tomei um sorvo. Um 4 calor afrutado me encheu a boca,


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esquentando minha garganta enquanto tragava o líquido frio. —Estou bem — lhe disse—. Muito bem, de fato, graças a ti. Uma vez mais. Uma das comissuras de sua boca se inclinou, com um gesto encantador. —eu adoro o que tem feito com o lugar. Sorriu e olhou sua própria obra professora. —Ainda não estou seguro de como convenceu aos proprietários para que desembolsem o dinheiro —disse. —Posso ser muito persuasivo quando quero, e além disso, não pagaram nada. Eu paguei pela remodelação. —OH. Não sabia. —ouvi que a proprietária está um pouco louca de todos os modos. Sempre se mete em situações difíceis. Alegra-me ajudá-la com esta remodelação. Nunca conheci proprietário do edifício. O único contato que tive foi com o caseiro, o Sr. Zamora, e uma pontada de ciúmes se disparou dentro de mim pela forma íntima em que falava dela. Irritava-me. Não era uma pessoa ciumenta. Nunca estive ciumenta de ninguém por nenhuma razão, mas o estou com Reis Farrow e de

1.jpg 2.jpg repente sou essa garota de Atração fatal. Quão seguinte sei, é que vou terminar fervendo conejos3.

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3Hace referência ao filme Atração fatal5onde a amante ciumenta, põe a ferver


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ao coelho da família de seu amante, que logo seria encontrado pela mulher deste. —por que não vieste para ver-me? —perguntou enquanto se colocava em um fofo sofá e se afundava nele, estirando as pernas. Como se fora algo que fizesse todos os dias, durante toda sua vida. Perguntava-me como foi a prisão para ele. Sem sofás, chaminés de mármore e geladeiras que pudesse atacar cada vez que queria. E me perguntava como era todo isso, esse tipo de restrição, esse tipo de castigo, para alguém que nem sequer cometeu o delito pelo que foi condenado. A falta de liberdade faz tudo mais difícil? Sacudi meus pensamentos e o segui. —Não sei. A última vez que te vi, lhe dispararam com uma bala calibre cinqüenta por minha culpa. Não estava segura de se lhe gostaria de lombriga. —Assim que todas as notas em sua porta não lhe deram uma pista? Sentei-me em uma cadeira em diagonal a seu assento. —Bem, mas ainda lhe tinham disparado. —E? —Y... —Não estava segura de que lhe dizer sobre como me sentia. A respeito do que aconteceu e como escolhi não lutar com isso à maneira clássica do Charley. Apertei os lábios e logo pinjente—: Matei a um homem, Reis. Um homem morreu por meu culpa. —Um homem que tentava te matar. E essa era a verdade. Um homem me atacou como um ladrão de bancos empenhado em assegurar-se de que não atestasse em seu contrário. Por 5 desgraça, teve o 6


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treinamento para ser um franco-atirador na marinha quando recebeu uma baixa desonrosa. O tipo era um louco com um temperamento para converter-se em gatilho fácil, assim provavelmente só esteve um tempo, mas aprendeu o suficiente para tratar de me atirar de um telhado de um centenar de metros. Seu plano tivesse tido êxito se Reis não se pôs diante de mim, fazendo que a bala o atravessasse antes de que pudesse seguir seu caminho de destruição para mim. Recebeu, literalmente, uma bala por mim. Uma enorme, que deveria havê-lo esmigalhado. Provavelmente foi o sangue pulverizado no torso de Reis o que provocou a faísca de raiva a ponto de estalar dentro de mim. Em um instante, achavame em

1.jpg 2.jpg frente do menino. Estendi a mão dentro de seu peito e seu coração se deteve antes de que tomasse o tempo para considerar as conseqüências. Então me olhei, ainda de pé ao lado de Reis, a comoção ainda evidente em meu rosto. Deixei meu corpo. Matei a um homem e o fiz extra-corporalmente, um fato que ainda era difícil de entender para mim. Aceitá-lo como real. —Simplesmente não estou segura de que faça muita diferença —lhe disse—. Ainda me sinto culpado. Tirei-lhe a vida. Poderia haver-se reformado, sabe? Poderia ter sido o próximo Vão Gogh ou o seguinte Shakespeare, mas agora nunca saberemos porque não lhe dava a oportunidade. —De verdade crie que um homem como ele teria sido o próximo Shakespeare? —Provavelmente não, mas uma vez mais, nunca saberemos. Não sou juiz e jurado. Não tenho o direito de tirar uma vida. —Estudei-o, e logo perguntei—: 5 Matou em defesa própria antes quando7estava no cárcere. Como te faz sentir


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isso? O que fez contigo? —Não fez nada em mim. Eles vinham por mim. Defendi-me. Ao final, estavam mortos e eu não. Nunca subestime a necessidade fundamental de sobreviver, Holandesa. Move a todos. Se formos jogar a ser humano, então temos o direito humano básico a nos defender, e fez o que era necessário. Jogar a ser humano? Quem jogava? Era humano na medida que me concerne, mas foi uma estranha declaração. O fogo crepitava e o observei, já que, não importa quão real parecesse, era elétrico. —Inclusive tem efeitos de som? riu em voz baixa. —Têm de tudo, hoje em dia. Não tinha nem idéia. O fato de que tinha passado dez anos no cárcere me golpeou de novo. E aí estava eu, contemplando devolvê-lo aí. Poderia fazê-lo? Inclusive se descobrisse que era o pirómano, poderia enviá-lo de novo? Enviariam-no eles de volta? Como funcionaria isso? Obteria uma sentença reduzida pelo tempo servido? —Está muito séria esta noite. Alguma razão em particular? —O que fazia no bar? —perguntei-lhe, trocando de tema. —Disse-lhe isso, passava por ali. —OH, certo. Mas não me seguia ou algo?

1.jpg 2.jpg Passou um dedo ao longo da parte superior de sua taça. Era a coisa mais sexy que tinha visto. —É isso o que pensa? O que te sigo para manter seu culo fora de problemas? —Se for assim, não é muito bom em seu trabalho.

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Um enorme sorriso se desenhou em seu 8 rosto. —É certo. Assim, o que há


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comido? Porque, por desgraça, isso não é o meu. Uma forte emoção surgiu dentro de mim com a idéia de que me faça exatamente isso, mas me encontrava ali por uma razão. Como não atrevia a lhe perguntar se queimava a cidade, desviei para o assunto pelo que originalmente tinha-o procurado. —Como é o inferno? Seu dedo ficou imóvel. —O que quer dizer? —O inferno —disse me encolhendo de ombros—. Sabe, o lar doce lar. Cresceu ali. O que se sente? tornou-se para trás e olhou ao fogo. —É exatamente igual a todas as histórias que sua mamãe te contou quando foi uma menina. —Minha madrasta não me contou histórias, assim me agrade. —Os verões são calorosos. Os invernos são quentes. Outono e primavera são quentes. Não há muita mudança climática. Entretanto, o que sim conseguíamos era uma brisa ardente de vez em quando. Era quase refrescante. Bem, não ia responder. Passaria a questões mais urgentes. —O que fariam com um ser humano que foi enviado ali, e logo escapou? Seu olhar se precipitou para mim. —Escapar é impossível. Já sabe, em caso de que esteja planejando uma viagem. —O estranho era que parecia sério. Como se um viaje à parte mais vulnerável do mundo sobrenatural estivesse dentro do âmbito dos possíveis lugares para vacacionar. —Não o estou. Pensei que poderia escrever um artigo. Ou um livro. Sempre hei querido um Pulitzer. Ou poderia ter muita sorte e ganhar um Prêmio Nobel da Paz. Mataria por um Prêmio Nobel da Paz. Havia tornado a olhar em seu vinho, passando seu dedo pelo bordo da taça. O 5 movimento me hipnotizava. Sem romper 9 seu olhar, disse-me—: Vêem aqui.


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As mariposas atacaram de novo. Levantou seu braço e afastou o dedo que acariciava o bordo da taça. Sua boca, enche e sensual, separou-se enquanto se concentrava no líquido de cor burdeos. —Provavelmente deveria ir.

1.jpg 2.jpg E se fosse o pirómano? O que faria eu? Por um lado, tinha que considerar ao tio Bob. Fazia tanto por mim, sempre esteve aí para mim, mas Reis também. Poderia ser um idiota, mas me salvou a vida mais vezes das que podia contar. Poderia realmente acusá-lo pelos incêndios provocados e enviar o de volta ao cárcere? Talvez só lhe deveria perguntar. Talvez seria honesto comigo e poderíamos averiguar o que fazer, aonde ir daqui, juntos. E talvez teriam ar condicionado no inferno. Pus meu copo sobre a mesita de café e me levantei para ir. —Entretanto, obrigado por esta noite. Obrigado por tudo. —Isso sonha inquietante —disse sem levantar-se. Arqueou uma sobrancelha me questionando—. Planejando não voltar alguma vez mais? —Não, só que... não sei. Tenho que comprovar um par de coisas. —E tirar de minha cabeça a imagem dele em um uniforme da prisão. Earl Walker o danificou enquanto crescia. Torturou-o. Abusou dele além do imaginável. Tratava de apagar seu passado? Eliminar qualquer evidência do que aconteceu queimando os lugares nos que tinha vivido? Meu peito se oprimiu. Aproximei-me da porta e a abri. Então Reis se encontrava ali. Detrás de mim. Não se limitou a fechar a porta. Fechou-a de repente, tirando a 6 cavanhaque por mim 0


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mão. Logo se pressionou contra mim. —O que está fazendo? —perguntou, soando ferido. Confundido. Apoiei a cabeça contra a porta. —Só vou revisar algumas costure. Tenho um pouco de investigação que fazer para um caso. —por que cada pausa que soltas está cheio de piedade? por que endemoniadamente sentiria lástima por mim quando sabe o que sou? O que hei feito? É obvio que seria capaz de sentir minha compaixão. Minha simpatia. Voltei-me para ele apesar de que não me deixava nenhuma margem. Seus braços estavam apoiados na porta por cima de minha cabeça. Seu olhar cristalino era duro. Mas assim como sentia minha compaixão, eu sentia que estava ferido. —Não sinto pena por ti —pinjente. burlou-se e se separou da porta para retornar a sua cozinha. —E uma vez mais, ela minta. Os remorsos me consumiam. Não queria brigar com ele. —Não vou a mentir tanto como vou tentar manter a paz.

1.jpg 2.jpg —Então provavelmente deva ir.

1.jpg 2.jpg 4

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Traduzido pelo CrisCras Corrigido pela Sofía Belikov

Sou virgem, mas esta é uma camiseta velha.. (Camiseta)

Olhei o tablón de anúncios que havia na parede. Era de cortiça escura e tinha tachinhas chapeadas, mas só se acrescentou uma nota nele. Aproximeime mais e reconheci a letra. Era a fatura que lhe apresentei faz um par de semanas. A que escrevi em um recibo de Taco Macho. A que dizia que um tal senhor Reis Farrow devia a Investigações Davidson um milhão de dólares. Com interesses. A tinha conservado. Essa ridícula fatura. E surgiu uma nova compreensão. Estávamos brigando. Bom, sempre nos brigávamos, mas brigávamos como o faziam os casais de verdade. Em um apartamento, com ele de carne e osso, e eu de carne e osso, e com ele, tão adorablemente sexy, que poderia derreter as calotas polares. Quase fomos algo assim como uma espécie de casal de verdade. E ele havia guardado minha fatura. O nível de ruído se elevou na cozinha, como se Reis estivesse golpeando os pratos. Portadas. É bastante possível que lançasse uma frigideira. Isso foi suficiente para fazer que meu coração estalasse de gozo. me afastar dele agora? Preferia nadar através de cristais quebrados.

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Deixou de fazer o que fazia, e embora não 2 podia vê-lo desde meu ponto de


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vista, gritou—: O que? Podia sentir minha brusca mudança de emoções? Importava-me uma mierda? Não muito. Sem importar o que o manhã trouxesse, esta noite ele era meu. Claro, podia estar incendiando a metade do Albuquerque, mas tinha eleito como objetivo edifícios condenados e chiqueiros construídos com materiais de má qualidade, que

1.jpg 2.jpg de todos os modos eram monstruosidades. Não se perdeu a ninguém em nenhuma das choças que acendeu, e os proprietários obtinham um montão de dinheiro das companhias de seguro por seus montões de escombros. Estava fazendo um favor ao Albuquerque. Era um herói! Est{ bem, isso poderia ter sido um pouco exagerado, mas ainda assim… —Dobro ou nada! —gritei-lhe. depois de um momento, bordeó a parede, com a frente enrugada em um leve interesse. —Dobro ou nada —repeti. Cruzou os braços sobre seu peito e se apoiou contra a parede. —Escuto-te. —Farei uma aposta contigo. Pode recuperar seu dinheiro. Cada centavo. Mas se perder, eu ganho o dobro. —E que dinheiro seria esse? —O milhão que me deve

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—Ah. —Pensou-o durante um minuto e logo perguntou—: E como me as arrumo para fazer isso? —Uh-uh-uh —disse, me aproximando um passo—. vais dever me dois milhões se perde. Está seguro de que não quer pensar nisso? Talvez pô-lo em um segundo plano, deixar que ferva a fogo lento? Seu olhar fez um lento percurso por meu corpo, fazendo uma pausa em minhas garotas, Perigo e Will Robinson, antes de continuar.—Estou bastante seguro de que estou preparado para o que me lance. —É seu funeral, amigo. —Olhei em torno de seu apartamento e encontrei a coisa precisa. depois de agarrar a corda das cortinas, caminhei para ele e lhe expliquei as regras—. Está bem, tem que confiar em mim. Fique aqui e ponha as mãos detrás das costas. separou-se da parede e se aproximou de mim, com expressão cautelosa mas intrigada.—Isto vai doer? —Só a sua conta bancária. Fez o indicado, pondo as mãos detrás de suas costas. —Confia em mim? —perguntei. —Até onde possa te lançar.

1.jpg 2.jpg —Suficientemente bom. —Ele era forte. Provavelmente poderia me lançar a uma boa distância.

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Atei suas bonecas detrás de suas costas, e enquanto que conhecia sua 4


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história, sabia tudas as horríveis lembranças que poderiam surgir com esse único ato, também tinha a esperança de que isto começasse a criar um vínculo de confiança entre nós. Um fio de paz. Tinha que saber que não lhe faria mal. Certo, não poderia lhe fazer danifico fisicamente embora quisesse, mas tinha que saber que os sentimentos também se aplicavam a nossa relação emocional. Inclinou a cabeça.—Parece prometedor. —Se pode permanecer nesta posição sem te mover durante… —Olhei para o teto e pensei nisso—, durante cinco minutos, vontades. Mas se pestanejar sequer —acrescentei, fazendo movimentos de boxe para esquentar—, então ganho eu. —Não posso pestanejar? —Nada de pestanejar. Este é um jogo de concentração e controle sem pestanejar. Aprendi-o nas Força Aéreas. —Você nunca esteve nas Forças Aéreas. —Não, mas os meninos que me ensinaram isso sim estiveram.—Dancei a seu ao redor, fazendo ornamento de minha louca habilidade, provavelmente lhe intimidando até seu Santos macarrão. Pobre Estes homem são meus punhos de fúria. Se aproximarão. Sentirá o ar enquanto assobiam em sua direção. Permanecerá de pé atemorizado por sua velocidade e precisão. Mas se te move, perde. Segue adiante com isto? Fala agora ou cala para sempre. O sorriso do meio lado que tinha era uma estratagema, um ardil para conseguir que baixasse o guarda. esclareceu-se garganta e assentiu.—Estou bem. —Está seguro? —Lancei um par de golpes em uma rápida sucessão só para 6 deixar saber ao que se enfrentava. Tinha que estar ao menos um pouco 5


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nervoso—. Estamos falando de muito dinheiro aqui. Ninguém te culparia se te retira agora. —boxeaste alguma vez? —Tomei algumas lições. Não queria ser a puta de ninguém em detenção.— Não parecia convencido, assim que me expliquei—. Fui a uma escola secundária dura. Nosso mascote era um capanga chamado Vinnie. —Pensei que tinha ido à Cova.

1.jpg 2.jpg —Fiz-o. Fui a uma subdivisão de La Cova chamada A Serámejorquecuidestuculo4, Noiva. Era um edifício móvel um pouco ao sul da escola principal. Não convidavam a muitos eventos. 4La única escola secundária pública do Albuquerque em que os meninos brancos são maioria. Atuava como se estivesse lutando contra um sorriso, mas lhe conhecia melhor que isso. Com a única coisa com a que lutava era com o medo lhe paralisem que percorria seu corpo. Tentava não deixá-lo emergir, não lhe permitir arruinar essa imagem majestosa que tinha dele. Muito tarde. —Em caso de que não seja consciente deste fato, meu apodo na secundária era Gancho Davidson. —Lancei um para demonstrá-lo. —Pensei que seu apodo era Charley. —Só para os que não tinham nada que temer de mim. —Necessitava totalmente uma tatuagem no pescoço.

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—começou a contar o relógio? —perguntou, e uma covinha apareceu em seu 6


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bochecha esquerda. Deixei que meus braços caíssem a meus flancos, e lhe dava uma última oportunidade com um desafiante gesto de minha sobrancelha, como o que vi uma vez em um filme. Quando manteve-se firme, não pude evitar me sentir um pouco impressionada. —É um digno oponente, Reis Farrow. —Tomei uma profunda respiração, levantei os punhos em primeira posição, como a chamava no balé, e pinjente—: É hora de pagar os pratos quebrados. Observou, esperando a que lhe lançasse um murro para ver se se acovardaria. Seus olhos sorriam detrás de sua máscara de concentração. Quase senti lástima por ele. Especialmente quando deixei cair meus braços outra vez e o olhei por debaixo de meus pálpebras entreabridas. —É a coisa mais formosa que vi jamais. ficou sério e me olhou com um pouco mais de cautela. Aproximei-me dele, deixando só uns centímetros entre nós. Sem liberar seu olhar, disse-lhe—: Desde a primeira vez que te vi, quando Earl te golpeava essa horrível noite inesquecível, sua imagem esteve gravada a fogo em minha mente. Foi tão inimaginablemente formoso. E nobre. E forte. Observou-me enquanto levantava as mãos e começava a lhe desabotoar a camisa. Sua boca se abriu e começou a inclinar-se fazia mim, mas levantei o dedo índice e o agitei.

1.jpg 2.jpg 6 —Não se mova, senhor. Essas são as regras. 7


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Entrecerró as pálpebras e se endireitou. Desabotoei o último botão e empurrei a camisa por seus ombros. Os tatuagens que percorriam seu peito, costas e ombros eram mais escuros que a maioria. Por outra parte, não eram feitos de tinta, mas sim de algo sobrenatural, algo de outro mundo. Suas linhas se entrelaçavam como um labirinto com finais abruptos e armadilhas que manteriam a uma alma encerrada no esquecimento do espaço que existia entre as dimensões, perdidas por uma eternidade. Cicatrizes dos abusos que tinha sofrido ao crescer ainda danificavam seu perfeita pele, mas só um pouco. E então encontrei o que procurava. O ponto de entrada da bala de calibre .50 que tinha rasgado seu corpo tão somente dias antes. O que teria rasgado a um homem normal em farrapos, logo que feriu reis. Entrou através de sua caixa torácica e perfurou um pulmão, saindo por suas costas. Mas tudo o que ficava como prova dessa noite era um pequeno arranhão em sua pele. Baixei mais a camisa por seus braços e caminhei a seu redor para ver suas costas. O arranhão estava melhor, mas ele sanava inclusive mais rápido que eu. —Isso que sinto não é lástima, verdade? —perguntou, sua voz de repente dura. Rodeei-lhe para lhe enfrentar e cruzei os braços sobre meu peito. —O que acontece é-o? —Não lhe recomendaria isso. —Não pode me impedir de sentir simpatia pelo que passaste, Reis.

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—Importaria-te provar essa teoria? —Sim. —Elevei o queixo—. O faria. —Pus minha mão sobre seu peito, sua pele ardente contra minha palma—. O é tudo para mim. Como posso não simpatizar contigo por tudo o que suportaste? O calor na habitação se magnificou com sua ira. —Detenha. Neguei com a cabeça e dava um passo mais perto. —Não. Porque me sinto atormentada cada vez que penso no que te passou, e isso não é algo que possa trocar só porque te volta louco. E ali estava. Esse calor abrasador que brotava dele cada vez que seu temperamento ganhava o melhor dele. —Você gostaria de saber o que é a verdadeira agonia? —perguntou, sua voz uma casca rouca, frágil, em perigo de desmoronar-se em qualquer momento.

1.jpg 2.jpg Dava um passo para as chamas que o envolviam. Embora não podia ver o fogo, podia senti-lo, ardendo através de minha pele, lambendo minhas terminações nervosas. Envolvi um braço ao redor de sua cintura, suas mãos ainda detrás de suas costas, sua expressão assassina. Então estendi a mão e toquei sua cara. —Se isso significar que saberia mais a respeito do que aconteceu, então sim. Se me aproximasse mais a ti, para entender como pensa, qual é a melhor forma de te ajudar, então mil vezes sim. Inclinou a cabeça, perdendo o jogo no processo, e sussurrou em meu ouvido— 6 : 9


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Conseguiu-o. Seus braços estiveram livres imediatamente e a mim ao redor. Avançava em um tempo diferente, em uma realidade diferente. Não estava preparada. Um segundo encontrávamo-nos de pé em meio de sua sala de estar, e ao seguinte estava contra uma parede, seu duro corpo contra o meu, implacável. Mas se pretendia me levar a a agonia, o único tipo que me trouxe foi a angústia de desejá-lo mais. Sua boca riscou ardentes beijos em um caminho descendente por meu pescoço. Seu joelho empurrou meus pernas para as separar. Sua mão retorceu meu cabelo enquanto a outra me arrancava a blusa e procurava o peso de Perigo e Will. Então minhas calças estavam abaixo e seu contato abrasador empurrava dentro de mim. Dava um grito afogado e agarrei sua boneca enquanto essa familiar faísca se acendia no centro de minhas vísceras. Como lava fundida se estendeu através de mim, me queimando de dentro para fora. Guiei seus dedos mais profundamente e escutei um grunhido um microsegundo antes de me encontrar no chão. Este não era o ser sensual que tinha chegado a conhecer. Isto não era um ato de amor, mas sim de castigo. Entretanto, tudo o que conseguiu fazer foi me aproximar do bordo do êxtase. Era como se queria me fazer danifico, me obrigar a não me preocupar, a não simpatizar, mas isso simplesmente não aconteceria. Senti seu desejo aumentar tão rápido como o meu. Por muito que lhe guiasse a ira, também o fazia seu cru apetite sexual, e nessa área fomos um casal perfeito. Jazia em cima de mim, com uma mão ao redor de minha garganta para me 7 sujeitar 0


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debaixo dele enquanto se desabotoava as calças. Inundei ambas as mãos em seu cabelo, girei meus dedos em um firme apertão, e então atraí sua boca à minha no momento no que entrou em mim. E uma sacudida de prazer se sacudiu dentro de mim com sua entrada. Aspirei o ar que ele exalava. Saboreei-lhe em minha língua. Afundava as unhas em suas costas quando pressionava muito duro, muito rápido. Mas não se deteve. Isto não se tratava de prazer. Isto era a respeito de represálias. Vingança. Sua boca tinha sabor de vinho e a fogo, e seu beijo se voltou tão duro como se haviam tornado suas estocadas. Uma penetrante excitação me percorreu enquanto seus investidas se faziam mais profundas. Tinha-me pego a ele para poder me castigar,

1.jpg 2.jpg e entretanto, inclusive com toda sua raiva e toda sua indignação, não me fez mal. Justamente o contrário. Tentáculos agudos de êxtase se estenderam por todo meu corpo, quentes, famintos e carnívoros. Mas só me castigava ou também desfrutava com o ato? Envolvi meus braços ao redor de sua cabeça enquanto investia dentro de mim, sua respiração entrecortada, seu corpo moldado em uma dureza marmórea, e fiz o impensável. Sussurrei-lhe ao ouvido quão último ele quereria escutar. Mas tinha que saber onde estava. —É isto o que te fez? Duvidou. Vacilou. E meu corpo gritou. Queria alcançar o topo que procurava. 7 Esse 1


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premio na parte superior. Mas meu coração queria a Reis. Comigo. Não brigando comigo. Não me castigando. A não ser montando essa incrível onda juntos. Havia uma parede por cima de minha cabeça e apoiou uma mão nela, nossos corpos ainda entrelaçados e travados entre si. Sua boca procurou minha orelha. —Ainda sente lástima por mim? —Mordiscou o lóbulo de minha orelha. Essa pequena quantidade de dor causou um forte repunte de excitação—. Sou um monstro, Holandesa. Um demônio. Indigno de ti. Ainda tinha os braços ao redor de sua cabeça. —Não me compadeço de ti, meu formoso homem. —Seu agarre se apertou—. Sinto simpatia pelo que há passado. E não é um monstro. Se quer me castigar pelos sentimentos que tenho… —Pus uma mão em uma nádega acerada e lhe guiei mais profundo. Ele vaiou em um ofego. Pressionou mais duro—. Então aceito. Meu corpo ganhou. O calor girando e borbulhando em meu interior necessitava liberação, um lugar ao que ir, e só Reis podia liberá-lo. Sua boca procurou a minha, um contato áspero, cru, e bebia de mim como se meu beijo fora quão único o mantinha vivo. Uma deliciosa pressão tremia através de mim enquanto se enterrava uma e outra vez, me insistindo a me aproximar mais ao bordo com cada investida, com cada capitalista golpe. O ar desapareceu da habitação enquanto sua ereção ordenhava a crescente enjoa de meu interior, convocando a onda de lava, atraindo-a mais e mais até que irrompeu e se estrelou contra meus ossos, surgindo como um mar fervendo através de mim. Gemeu em agonia ao tempo que encontrava seu próprio clímax com um estremecimento de êxtase, logo ficou em cima de mim, sem fôlego e esgotado. Quando foi retirar se de mim, envolvi cada membro disponível que tinha a seu 7 ao redor e o mantive encerrado em mim. 2 relaxou-se por fim e senti como todo


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o negativo, cada dúvida, cada grão da insegurança, cada fragmento da ansiedade, saía dele. Beijei sua frente e passei os dedos por suas costas, e se não o conhecesse

1.jpg 2.jpg melhor, haveria dito que estava feliz. Um raio de esperança se abriu passo através de mim. Talvez, só talvez, o leão podia ser domado. Por outra parte, queria eu domar a uma besta tão grosseiramente apaixonada? Tal ser incrivelmente selvagem? Teria que pensar nisso.

Em algum momento, encontramos uma cama com um colchão que se sentia como as nuvens. Fiquei ali, acurrucada nos braços de Reis. Com seu calidez e sua respiração constante, deixei-me levar por um estado de relaxação absoluta, mas não podia dormir. Não porque não estivesse em paz. Justamente o contrário. Nunca me havia sentido tão em paz. Tão a gosto. Tão em casa. Sua presença era como um bálsamo que acalmava meus frenéticos pensamentos, que acalmava as águas turbulentas dentro de mim, e não queria perder essa sensação nem por um segundo, assim que fiquei ali e o absorvi. Sua habitação não tinha muito ainda. Nem sequer tinha um relógio, mas tinha uma cama, um par de mesitas de noite com abajures, uma cômoda e uma cadeira em uma esquina com uma cópia de uma novela do Jack Williamson nela. Dispersos por no estou acostumado a tinha que tudo, desde o George R. R. Martin e Tolkien até a Ursula O 7 Guin e Asimov. Era um leitor. E gostava 3 da fantasia e a ficção científica. Era


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como se tivesse sido criado para mim e só para mim. Seu sabor, seu temperamento, seu absoluta perfeição. É certo que a muitas outras mulheres também gostava essas coisas, mas escolhi acreditar que na verdade foi criado só para mim. A única coisa que faltava em sua coleção era Torvelinho de Paixão. Teria que lhe deixar uma cópia. Ao outro lado de seu dormitório se achava o meu. Nossos cabeceros se topavam contra a mesma parede. Ou se topariam contra a mesma parede se eu tivesse um cabecero. que vinha com minha cama teve um desafortunado acidente uma noite quando mesclei tequila e champanha com uma banda de rock de Minnesota. Com toda honestidade, acredito que nem sequer estava na habitação quando meu cabecero mordeu o pó. Possivelmente nem sequer no apartamento. Despertei na escada com uma nova camiseta do Blue Öyster Cult e um ligeiro caso de hemorragia interna. Mas me recuperei rapidamente depois de me arrastar de volta a meu apartamento e expulsar às almas desencaminhadas que se haviam procurador de meus orifícios, incluindo um coelhinho de índias e a uma iguana chamada Sam. Honestamente, quem leva uma iguana a uma festa? Fiquei ali um bom rato,disfrutando da calidez de meu homem, antes de retroceder por debaixo de seu braço e procurar um banho. Só ia fazer pis, e a continuação voltar correndo para a segunda ronda da festa de carinhos.

1.jpg 2.jpg Então vi sua ducha. E conheci o verdadeiro significado da felicidade. Dois minutos mais tarde, desfrutava de uma massagem a fundo debaixo de uma cascata de 7 pedra e mármore. Os jorros de água massageavam minha pele e amassavam 4


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meus músculos. Nomeei a este engenhoso invento George e decidi deixar a minha própria ducha, Héctor, por ele. Alguns amores estavam destinados a ser. Girei-me para ver reis de pé na entrada da ducha. —vê-se bem em ti —disse, sua carnuda boca formando um sorriso de apreciação—. A ducha. —Tinha os braços cruzados, seu olhar era sensual, e a meus olhos lhes levou um momento acostumar-se. encontrava-se de pé em toda seu glória nua. Largas extremidades e sinuosos músculos moldados em absoluta perfeição. Como se tivesse sido esculpido neste plano e logo retocado, o artista claramente amava os níveis hidráulicos e as sombras profundas. —Pensei que poderia ser muito —continuou—, mas troquei que opinião. —Isto? —perguntei, assombrada de que ele fora a questionar o valor de George—. Esta… esta obra professora? —Lancei-me contra sua fachada de pedra. De George. Não de Reis—. Como pôde duvidar dele? —Ele? —George. —Seu nome é George? —Sim. —Como sabe? —Porque eu o nomeei assim.—Tratei de estalar os dedos, mas estavam molhados, assim saiu mais como um golpe brando que um estalo. Tomaria—. Continue, senhor, ou antes de que saiba, a vida passar{… —Chiei quando ele entrou e me atraiu para seu peito —o retocado— logo se inclinou para mordiscar meu 7 pescoço. Uma corrente elétrica se disparou para baixo por minhas costas 5


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antes de que recuperasse meus sentidos—. Ouça, espera —pinjente, me jogando para trás—. É o filho de Satã. Talvez necessitemos uma palavra de segurança. Seu sorriso se transformou em algo malvadamente encantador. —Está bem, tudo bem, “OH, Meu deus, é tão grande”? Me escapou uma gargalhada antes de que pudesse detê-la. Não é que não o fora. —Isso seria uma frase de segurança, mas está bem.—Pensei nisso, e logo pinjente—: O que tem que “Isso é tudo o que tem”?

1.jpg 2.jpg Acariciou meu pescoço de novo, provocando que uma quebra de onda de prazer caísse sobre minha pele.—Isso sonha mais como um desafio. —Bom ponto. Mas põe a adrenalina a bombear. Empurrou entre minhas pernas. —Entre outras coisas. Uma hora mais tarde, estávamos tendidos em um tapete no chão de seu quarto de banho usando toalhas a modo de travesseiros. Tombei-me olhando o teto, fervendo em assombro por várias razões. Em primeiro lugar, não tinha nem idéia de que uma ducha tivesse tantos usos criativos. Em segundo lugar, a resistência de Reis era uma coisa formosa. Em terceiro lugar, começava a senti-lo em um nível mais profundo. Da mesma maneira em que podia captar a emoção que saía dele, de qualquer, começava a sentir todas as pequenas complexidades de sua reação física aos estímulos. Os mesmos prazeres que corriam por sua pele, que percorriam seu interior, que estalavam quando chegava ao orgasmo, percorriam-me com uma 7 intensidade 6


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sobrenatural. Nunca tinha experiente nada igual. —Como está? —perguntou, me olhando desde debaixo de um braço que tinha arrojado sobre seu rosto. —Bastante bem, em realidade. Tomou meu queixo e me fez olhá-lo. —Não, sério, como está? —O que quer dizer? —Acabava de estar em uma montanha russa turvoalimentada e vivi para contá-lo. Como de estupenda poderia estar uma pessoa? —vieste aqui esta noite por uma razão, e por muito que eu gostaria acreditar o contrário, não foi para isto. —Olhou a seu redor, indicando nossas atividades recentes com uma inclinação de cabeça. E sua seriedade me surpreendeu. —Tinha umas poucas perguntas. Mas não pensei que estaria em plano muito sensível. Passou um polegar por meu lábio inferior. —Isso depende completamente do que estou tocando e da quem estou sentindo. —OH, claro. Bom, tenho que ser honesta, tudo isto foi em vão. —Também assinalei nossas atividades recentes com um olhar e um assentimento. —De verdade? —Sim, recebi um correio eletrônico o outro dia. O embaixador da Nigéria disse que herdei um milhão de dólares de um tio da Nigéria. Está guardando-o em fideicomiso para mim. Tudo o que tenho que fazer é lhe enviar um cheque por dois mil e quinhentos, e esse milhão será todo meu.

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—Não me diga. —Nem sequer sabia que tinha um tio na Nigéria. Parece que não necessito você milhão de mierda, depois de tudo. —O embaixador soa como um tipo realmente agradável. —A que sim? Terei que lhe enviar uma bola de queijo para lhe mostrar meu gratidão. —Mas perdi a aposta —continuou—. Agora te devo dois. —É verdade. Quase o esquecimento, posso o ter em bilhetes pequenos não consecutivos? Eu gosto de visitar clubes de striptease de vez em quando. Sorriu, mas logo ficou sério de novo. —Quer falar sobre o que lhe preocupa de verdade? —Há algo que me preocupa? Não tinha nem idéia. —Seu noivo. Olhei para sua ducha com surpresa. —George? É só uma aventura, Reis. Nada sairá daí. —Seu outro noivo. —Sabe o do Duff o Morto? —Isso foi rápido. Logo que havíamos começado a nos ver. E fomos tão reservados. nos reunindo em um bar cheio de fumaça, em um corredor escuro. —Não, seu outro noivo. Pensei um momento. —Donovan, meu amigo motorista? —Jogava-lhe de menos. Era uma lástima que muitos de meus noivos terminassem no México, fugindo 7 da lei. Isso poderia ser signo de algo. 8


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—Não, seu outro… Mierda, Q{ntos noivos tem? —Incluindo o Herman, o tipo de manutenção do Jug-N-Chug que fala com o aipo? —Se não o conhecesse melhor, poderia ter jurado que Reis apertou os dentes. Não podia culpá-lo. Quero dizer, quem fala com o aipo hoje em dia? —Sim, incluindo o Herman —OH, está bem, então. —Comecei a nomear a todos meus homens em voz baixa e a contar com os dedos. Sabia que ele falava do Garrett, mas por que lhe dar essa satisfação? Era tão divertido lhe amargurar a vida. depois de um minuto, me

1.jpg 2.jpg fiquei sem dedos e tubo que levantar os pés para poder usar os dedos dos pés como reserva. Reis grunhiu e rodou até estar em cima de mim antes de afundar seus dentes em meu pescoço. —Está bem, sinto muito! —gritei, tratando de falar por cima de um parvo ataque de risada causado por seu mordisco. Uma ardente energia percorreu minha pele quando tirou os dentes e começou a me sugar o pescoço em seu lugar. Me acurrucó mais profundamente em seus braços—. Espera —pinjente, de repente sem fôlego—. Não é um vampiro, verdade? Vivendo de meu sangue e me obrigando a esquecer? Vi o espetáculo. depois de outro grunhido, ri-me e apertei meu agarre, mas meus músculos protestaram. Surpreendeu-me. —Acredito que estou dolorida.

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deteve-se e levantou a cabeça. —Não sabe? —Não. Poderia está-lo. —Levantei uma perna para prová-la—. Terei que pensar nisso. —me dê, me deixe ver. ficou de pé, me devorando com ele, e me atirou em cima de seu ombro como se não pesasse nada. Infelizmente, esse não era o caso. Chiei um protesto que foi mais uma risita que uma queixa. —O que está fazendo? —vou realizar um exame. —Um exame? —Ri-me enquanto me levava a uma pequena zona que tinha reservado para uma mesa de comilão e me tombou sobre ela. Me escapou um ofego de surpresa quando minhas costas tocou a madeira fria—. OH, Deus meu —pinjente com um estremecimento. —Fique aqui —disse, com total normalidade—. Tenho isto coberto. —Está congelada —choraminguei, mas se tinha ido. Então lhe ouvi pinçando por sua cozinha. Cobri a Perigo e ao Will em um tento de preservar sua dignidade. Além disso, parecia o correto. Saiu com uma variedade de reluzentes utensílios novos de cozinha. Um batedor, uma colher, uma espátula, e outros artefatos de aspecto preocupantes para os quais não tinha nem nome. Deixou-os na mesa junto a mim. —E o que planeja fazer com isso?

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—vou fazer te um exame. A me assegurar 0 de que tudo esteja bem aí abaixo.


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1.jpg 2.jpg Dava-lhe uma patada. —Não, não o fará Quando tentei me levantar, voltou a me empurrar para baixo com uma mão sobre meu peito. —Confia em mim. Tomei uma classe por correspondência. —Do cárcere? —perguntei, surpreendida. —E tenho muita experiência nesta área. —estiveste detento durante dez anos. Que experiência pode ter? Quando me joguei de novo, tomou meu tornozelo e colocou meu pé sobre a mesa enquanto procurava a ferramenta perfeita para qualquer escura maquinação que tivesse em mente. Agarrou algo. Era chapeada, brilhante e ameaçador. —vou ter que te conectar isto. —Não! —pinjente, rendo tão forte que de repente me doía o estômago. Sustentando meu tornozelo com uma mão, arrojou o aparelho a um lado e agarrou outra coisa, mantendo-a baixo, oculto à vista. Logo se voltou para mim, cada vez mais sério. —Tem que confiar em mim. —inclinou-se mais perto, me observando por debaixo de suas pestanas—. Não pestaneje —disse, uma suave advertência ressonando em sua Este voz é um jogo de concentração e controle sem pestanejar. —Reis, não Vais ofeguei em voz alta quando algo suave e fresco se assentou entre minhas pernas. Ancorei um pé em seu ombro como um seguro contra tudo o que 8 planejava. 1


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Logo que empurrou o utensílio no interior, produzindo uma forte corrente que se cravou em mim, logo se ajoelhou e passou muito ligeiramente sua língua pelos sensíveis dobras de meu vértice. Uma deliciosa calidez se agitava com cada toque, com cada empurrão, crescendo dentro de meu abdômen, criando-se e palpitando imediatamente. Não tinha estado mentindo. Claramente tinha experiência. Sabia exatamente quanta pressão aplicar, quando aprofundar mais, quanto tempo devia permanecer ali. Retorci-me sob seu perito toque, agarrando punhados de cabelo, rogando pela liberação. Separou ainda mais minhas pernas com seus ombros, e chupou brandamente enquanto me envolvia um fogo líquido. Esperava que entrasse em mim, que tomasse, que encontrasse prazer para si mesmo também, mas não o fez. Me levou mais perto do bordo. Brasas candentes se propagavam através de mim uma vez mais, abrasando meu corpo de dentro para fora. E logo os brincos que serpenteavam através de mim saíram de meu corpo e entraram no seu. Senti o momento em que seu prazer se encontrou com o meu. Ouvi um grito afogado. Senti a rajada de ar fresco quando ele aspirou.

1.jpg 2.jpg Tirou seu brinquedo e o substituiu com os dedos. Ao igual a eu podia sentir suas reações, ele podia sentir as minhas. Estava montando a mesma onda que eu. Absorvendo o mesmo calor que formava ampolas, a mesma energia. O contato 8 de nossas essências causava uma2 fricção, uma excitação penetrante


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enquanto se agitava e me açoitava em um frenesi até que o doce aguilhão do orgasmo se disparou em meu interior. Apertei os dentes, preparei-me minta o calor se estrelava contra mim e afogava cada célula de meu corpo como o mel quente. Com um gemido, Reis descendeu para terminar o que tinha começado nossa conexão. Agarrei-me por seu cabelo e atraí sua boca à minha, e com um suave gemido, envolveu seu braço livre ao redor de mim, me imobilizando contra ele enquanto derramava sua semente sobre meu estômago. estremeceu-se com a força de seu clímax, sua respiração entrecortada, seus músculos como mármore até que pouco a pouco se relaxou contra mim. —Isso foi incrível —lhe disse ao fim. Assentiu. —Disse-lhe isso. Curso por correspondência. Ri-me enquanto me ajudava a me levantar da mesa e me guiava até o quarto de banho. Visitamos o George, conversamos de coisas cotidianas como veio, carros, e o horrível sabor do xampu quando traguei um pouco acidentalmente; logo encontramos sua cama outra vez e me tombei com ele até que dormiu. Era simplesmente impressionante. Suas pestanas abanicaban suas bochechas, seus lábios ligeiramente entreabiertos, sua respiração profunda e regular. Parecia um menino. Contido e sereno. Com profundo pesar, movi-me de debaixo dele apesar de seus protestos sonolentas e agarrei minha roupa enquanto caminhava nas pontas dos pés para sua porta. O que incrível força de vontade tinha. Que fantástico autocontrol. Tinha vindo por uma razão, e tudo exceto essa razão parecia estar resolvido. Quando alcancei a 8 porta, vi o que parecia outra nota. Mas 3 esta era sua porta, não a minha.


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Separei-a, logo a inclinei até que pude lê-la à luz do fogo. “Isso é tudo o que tem?” Com um sorriso estendendo-se lentamente por meu rosto, deixei cair todo o que acabava de recolher e fui a por mais.

1.jpg 2.jpg 5 Traduzido pelo CrisCras & Gabihhbelieber Corrigido pela Alaska Young

Possivelmente não tenha um esqueleto no armário, mas tenho uma cajita de almas na gaveta dos meias três-quartos. (Camiseta)

Despertei com um quente Reis pressionado contra minhas costas e uma Artemis muito fria acurrucada contra minha parte dianteira. Não teria sido tão mau se ela estivesse um poquito mais quente que o Círculo Polar Ártico. Artemis era uma preciosa Rottweiler que tinha morrido faz uns meses. Esteve me protegendo após, e tinha uma maneira incrível de rasgar aos demônios em pedaços e enviar os de volta ao inferno, e logo dá-la volta para que o massageassem a barriga.

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Infelizmente, roncava. por que uma Rottweiler difunta que em 4


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realidade não necessitava oxigênio roncava, estava além de mim. Acariciei-lhe o pescoço, logo me movi para sair de debaixo de mantas, braços e patas. Reis ficou ali, seu rosto era a imagem da inocência. Certo, era sexy, um tipo de inocência sensual, mas fazia costure mágicas em minhas regiões baixas. Queria ter um último beijo antes de que a noite terminasse, mas não me atrevi a despertar outra vez. Já sentia-me o bastante dolorida agora. Tinha um braço jogado sobre sua frente, seu emano direita aberta. As queimaduras da bala já curadas. Depois reuni os artigos de roupa e me dirigi à porta, na verdade saí do apartamento de Reis. O ar frio do corredor me sobressaltou. Estremeci-me e me apressei para meu próprio apartamento a uns dez passos de distância. Não fechei com chave. Nunca aprenderia. Desgraçadamente, meu apartamento se encontrava tão frio como o corredor. Troquei a um pijama que dizia “Humano instant{neo. Só acrescentar café” e me escorri entre os lençóis. Caso que nunca dormiria, contemplei por

1.jpg 2.jpg enésima vez o que significaria se Reis lhe prendesse fogo na metade de Albuquerque, embora fora a metade de má morte. E Garrett. Através do que tinha passado? O que lhe tinha tão absolutamente obcecado com o interior do inferno? De verdade foi torturado? Como era nada disso sequer possível? Enquanto jazia me perguntando coisas que não queria me perguntar, escutei um chiado debaixo de minha cama. Artemis me seguiria? O som começou como um ligeiro arranhão, mas se fez mais forte no que me tombava aí. Não era como 8 um 5


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cão escavando, mas sim mas bem como alguém arranhando a madeira, como se tratasse de fazê-lo. Por outra parte, isso poderia ser só minha imaginação, tirando o melhor de mim. Não muitas coisas me assustam, mas alguém arranhando debaixo de minha cama quando descanso sobre ela era muita “lenda urbana” para mim. Logo escutaria uma destilação, só para descobrir que era o sangue de meu noivo pendurando morto de uma árvore. Por sorte, não tinha árvores em meu apartamento. Então pensei: Ouça, uma árvore acrescentaria um toque agradável. Não, não precisava pensar em coisas assim neste momento. Definitivamente alguém se escondia debaixo de minha cama. Arranhando. Aproximei-me de um lado, inclinei-me pelo bordo lentamente, e levantei o aba da cama. Um par de enormes olhos azuis me devolveram o olhar e tomou cada onça de força que tinha não gritar como alguém sendo mutilado por um animal selvagem. Baixei um pouco e encontrei seu olhar. Parecia de uns sete anos, a julgar pelo tamanho de seus olhos e a forma de suas arredondadas bochechas. Deitada de barriga para cima, arranhava a madeira que sustentava meu colchão. Cabelo loiro, enredado e emaranhado, caía sobre seus olhos, obstruindo parcialmente sua visão. Sua cara infantil luzia suja, seu cabelo completamente talher de um barro escorregadio e oleoso. Não poderia dizer o que vestia, mas parecia absolutamente frenética. Arranhava a madeira com pânico agressivo. Seus olhos se alargaram, procurando. Parecia aterrorizada. Ponto. Queria sair de onde fora que se localizava. —Olá —pinjente tão brandamente como pude. Ela não perdeu o ritmo. Continuou arranhando e me olhava como se tratasse de escapar, e meu coração se 8 afundou. 6


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Justo nesse momento me dava conta de que a maioria de suas unhas eram irregulares e se quebraram. Não se teriam quebrado em minha cama. Os defuntos vinham completamente ensamblados. Ou rasgados. Se suas unhas estavam desgastadas e rotas, aconteceu-lhe em vida. Mas ainda assim seguia arranhando, estilhaçando a madeira com suas unhas, tratando desesperadamente de sair de onde fora que estivesse apanhada.

1.jpg 2.jpg Desci-me da cama e me tombei no chão a seu lado. —Carinho —pinjente, estendendo a mão, com a esperança de aliviar seus medos. Fez uma pausa, mas só por um instante. Olhou-me fixamente como se não pudesse entender o que era eu ou que fazia ali. Logo voltou a arranhar. Angel, meu investigador defunto de treze anos de idade e sócio no crime, disse uma vez que meu tato, como o anjo da morte, era curativo. Estendi-me debaixo da cama e pus minha mão sobre seu ombro. Olhou-me diretamente, olhando as pranchas de debaixo de minha cama, mas pareceu acalmar-se um pouco. Logo começou a arranhar lentamente de novo, só que com menos pânico frenético. Arranhou distraídamente o tabuleiro frente a sua cara. Tinha um rosto de duendecillo com uma boca em forma de arco e enormes olhos. Não me surpreenderia se tivesse asas. Se os duendecillos existiam, o mais seguro é que se vissem exatamente como ela. Como não sabia o que fazer, fiquei a seu lado o resto da noite com meu emano em seu ombro. Dormi dessa maneira, no chão. Em algum momento de a madrugada, Artemis me uniu. Senti como se Reis e eu tivéssemos custódia 8 compartilhada, alternando-nos isso Mesmo assim, não me importava que 7


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dormisse com Reis, porque despertar com um cão de quarenta quilogramas em cima de minhas costas não era tão divertido como a gente poderia pensar. Eu gostava do ar. Eu gostava de respirar sem que meus pulmões ardessem. Por isso quando despertei com o Artemis literalmente deitada em cima de mim, seu corpo gélido como o gelo, o fato de que tremesse não deveria ser uma surpresa. Normalmente me achava sob a segurança das mantas quando dormia comigo. O chão não conduz bem o calor. Então recordei por que me encontrava no chão. Sobressaltei-me e olhei debaixo da cama. A menina seguia ali, só que se escapuliu até o último rincão, longe de mim, e se acurrucaba sobre si mesmo, seus joelhos no chão, seus olhos aparecendo por debaixo de seu cabelo sujo. E era encantadora. Com o sol aparecendo sobre o horizonte e lhe dando um suave resplendor à habitação, tive a oportunidade de vê-la em uma luz diferente. Podia ver os defuntos com qualquer luz, mas quanto mais escuro era a zona, mais cinzas se voltavam. Agora podia ver seu cabelo loiro debaixo do lodo mais claramente. As profundidades cristalinas de seus olhos azuis. Minha mão ainda se localizava debaixo da cama e tinha algo nela. Tirei-a e abri minha palma. Eram fragmentos de madeira de onde ela arranhou. Rodeei sobre meu flanco. Isso significa que tive que me tirar ao Artemis de cima. Roncava, e movê-la foi como mover uma pequena montanha.

1.jpg 2.jpg —OH, Meu deus, Artemis, te mova… Cães —lhe disse ao duendecillo. Não parecia divertida. Isso passava. Uma vez que me arrumei isso para me colocar 8 de 8


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flanco, fiquei ali tombada um bom momento, com a esperança de convencê-la para que se aproximasse. Convencê-la para que cruzasse. Naquele momento ouvi pausas, ofegos, e não do Artemis. Dava-me a volta sobre meus joelhos e olhei por cima de minha cama. Ali, em uma esquina por mim habitação entre meu mesita de noite e o abajur de pé de pele de leopardo, andava outra garota, só que esta era maior. Aparentava uns dezenove, mas era muito similar ao duendecillo. Cabelo loiro emaranhado, manchada de oleoso barro da cabeça aos pés. Levava só um curto vestido. Seus pés nus se cobriam de arranhões, como se se tivesse defendido, chutando a alguém, ou houvesse tratado de correr antes de morrer. Perguntava-me se as garotas se relacionavam. Em esse momento notei as marcas de ligaduras em seu pescoço. Não as vi no duendecillo, mas seu cabelo e sua posição fizeram impossível fazê-lo para sabê-lo com certeza. Pelo menos poderia conseguir uma causa provável da morte desta. Foi estrangulada, e julgando pelos copos sangüíneos quebrados em seus olhos e sua cara torcida, era muito provável que essa fora a forma em que morreu. Artemis despertou e começou a olisquear debaixo da cama. Me preocupava que assustasse ao duendecillo. Em troca, a garota parecia fascinada por ela. Seus rasgos se suavizaram e quase sorriu. Quase. —Manten os olhos em cima, vale? —disse ao Artemis, e rodeei a cama para tratar de falar com a outra. Ao igual ao duendecillo quando apareceu por primeira vez, esta parecia aterrorizada, olhando ao vazio com os olhos muito abertos. Mantinha as mãos levantadas como se tratasse de defender-se com elas. Ao lhe tocar o braço, se acurrucó ainda mais. Agachou a cabeça detrás de seus braços e gemeu.

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Às vezes meu trabalho emprestava. O 9que ocorreu com estas garotas? O que


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lhes fez ter medo até de sua própria sombra? Tendo passado recentemente por um episódio de transtorno de estresse postraumático, podia entender o de “medo de você própria sombra”, mas pelo general a morte trazia consigo um certo grau de cura. A gente não sofria seus próprios finais durante toda a eternidade. Não obstante, estas garotas pareciam apanhadas no momento no que faleceram. Necessitava um plano. Primeiro café. Logo o tio Bob. Algo devia haver acontecido. Certamente se denunciou o desaparecimento destas garotas. Cookie andaria em classe todo o dia. Por um segundo, na verdade pensei em intervi-la, logo me dava conta de que o mundo seria um lugar mais seguro com ela nessa classe. Não podia lhe falhar ao mundo.

1.jpg 2.jpg Visitei a habitação das damas e me sentei em meu trono de porcelana. Foi aí quando ouvi mais gemidos procedentes da sala de estar. De maneira nenhuma. Outra? me sentindo melhor —não havia nada como liberar quarenta quilogramas de sua bexiga ao amanhecer— joguei uma olhada a minha sala de estar. Ao princípio não vi ninguém mais que ao senhor Wong. Os ruídos vinham de algum lugar próximo, mas ele não os faria. Era um elemento permanente, leva nesse lugar desde que aluguei o apartamento, e era o mesmo de sempre, flutuando em uma esquina, silencioso como a lua. Como nunca disse nada, nem sequer se moveu desse lugar, duvidava que agora choramingasse. Fui nas pontas dos pés para o Sophie, meu sofá de segunda mão, e vi a terceira mulher. Embora esta também era loira, não era natural. Parecia latina. ao redor de 9 os vinte e cinco. Mas tinha o mesmo cabelo emaranhado, só que em seu loiro 0


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se viam mechas irregulares, como se fora esclarecido com pressa ou com coação. E tinha a mesma expressão de terror. Exibia o mesmo comportamento sem sentido. Que demônios passava? Nunca o averiguaria sem uma dose de cafeína. Me girei para ter minha reunião mañanera com o senhor Café. Falávamos cada manhã sobre um montão de coisas diferentes. Ele principalmente gorgoteaba e deixava sair vapor ao tempo que preparava o elixir da vida. Eu sobre tudo bocejava e me queixava das manhãs, do clima, dos homens. O que seja que golpeasse meu imaginação. Uma vez que terminou de destrambelhar, algo a respeito de que só o amava por sua jarra, dava-me conta de que fiquei sem taças podas nem detergente. depois de uma rápida viagem de ida e volta ao banho, lavei algumas taças com xampu, logo estirei a mão ao topo da despensa, aonde se achava meu tesouro dourado. A nata sem lactose. Algumas pessoas me chamariam desertora, uma charlatana por usar coisas falsas, mas as coisas falsas me faziam feliz. Muito, ao igual aos cachorrinhos. E George. A ducha de Reis. Mas quando abri o armário, encontrei-me com outra mulher encerrada em seu interior. Saltei para trás, deixando escapar um pouco parecido ao chiado de uma roda oxidada, e me levei a mão ao coração. A gente pensaria que, já que era o anjo da morte, me teria acostumado a ver os mortos de maneira inesperada. Nop. Ainda me ultrapassava cada vez. Pelo lado bom, a adrenalina ajudava. Não muito. Ainda necessitava uma dose de cafeína, mas ao menos despertei o suficiente para me dar conta de que possivelmente tinha minha roupa interior ao reverso. Algo não era bom lá abaixo.

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Aproximei-me da mulher com cautela quando outro movimento captou meu atenção. Tive que olhar para cima. Vamos! E ali em meu muro havia outra mulher. Esta parecia de uns trinta anos. Podia ter sido uma loira natural. Não sabia

1.jpg 2.jpg muito bem. Mas se arrastava por minha parede ao teto. escorreu-se para uma esquina e se acurrucó ali. Dava um giro de 360°, me girando para avaliar para mim ao redor, e contei nada menos que cinco mulheres mais em diferentes estados de terror. Todas luziam sujas, cobertas com o mesmo azeite, e pelo que pude ver, todas estranguladas. Meu coração se encolheu por elas. Não podiam ter morrido todas recentemente. Haveria ouvido algo nas notícias. Então me dava conta de que suas vestimentas e penteados eram de épocas diferentes. Enquanto uma parecia quase atual, com uma camisa a quadros abotoada, outra luziria atual uns vinte anos atrás; parte de seu cabelo o recolhia em uma rabo-de-cavalo com um coletero esponjoso de um tom néon. O terror em seus olhos, o medo sem sentido que as paralisava, destroçou-me o coração. A porta principal se abriu. —bom dia —disse Cookie ao entrar, quase lista para enfrentar ao mundo. Se via como se não tivesse dormido muito, e tinha um olho arroxeado o bastante desagradável. —Olá, você —disse, fingindo não me dar conta. Servi-lhe uma taça e lhe adicionei 9 todos os adornos. 2


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—O que pensa? —O que? OH, refere a seu olho negro? Apenas o notei. —Não diga isso —disse com um ofego indignado antes de assinalar seu olho—. Me ganhei este cachorrinho. Aproveitarei-o por tudo o que vale. Amber me preparou o café da manhã. —De maneira nenhuma. —Sério. E não foi tão mau uma vez que tirei as partes de casca. —Rico. —Tomei um sorvo de meu café. Lambi-me os lábios. Tomei outro sorvo, logo o entreguei ao Cookie—. Toma, isto prova. Tomou um sorvo, depois me devolveu isso, lambendo-se também os lábios. —O que é isso? —Não sei. O senhor Café nunca me decepcionou. —Tomei outro sorvo—. Talvez não é ele. Fiquei sem detergente e tubo que usar xampu. Não tenho idéia de havê-lo enxaguado. —Lavou seus pratos com xampu? —Era isso ou meu exfoliante corporal de damasco. —Não, bem pensado. um pouco de xampu não fará mal.

1.jpg 2.jpg —Verdade? É só que não sei o que seria de meu dia sem café para lhe dar um bom 9 chute de início. É mau que cada vez que 3 fique sem nata, volte-me um


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pouco suicida? —Não, absolutamente. Eu o fiz uma vez quando jarra para goles ficou sem sirope de sabor baunilha francesa. —Já o ouvi. —Café era esse lugar aonde o sol saía pelo horizonte e as luzes dos céus eram uma explosão de cores vibrantes. Os restos de xampu não trocavam esse fato. —Está sua tia Lil aqui? —perguntou. A tia Lillian morreu nos anos sessenta e agora era uma companheira de habitação semipermanente. Felizmente, viajava muito. —Acredito que ainda está na África. adora esse lugar. —Falando de companheiros de habitação mortos, examinei atentamente à mulher pendurando, literalmente, em minha borbulha de espaço—. Quando tem um descanso na classe? Necessito que faça um pouco de investigação. —Está bem, sobre o que? —Tenho um apartamento cheio de mulheres falecidas. Cookie se deteve. Olhou a seu redor, de repente cautelosa. —Como, agora mesmo? —Enquanto falamos. —De quantas falamos? —me deixe contar. Caminhei ao dormitório, dava um rodeio para contar a da ducha, e logo voltei a sair e assinalei com meu dedo em qualquer direção imaginável. Observar a expressão do Cookie ir desde um pouco de preocupação a horrorizada também era muito parecido a esse lugar aonde o sol saía pelo horizonte e iluminava o céu. 9 Só que, já sabe, mais divertido. 4


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Retornei à cozinha e repassei os armários. —Nove —pinjente, indiferente—. OH, espera. —Fui até a geladeira e também a comprovei—. Não, só nove. Todas loiras, mas não todas naturais. Caucásicas, latinas, afroamericanas e uma asiática. Qualquer idade entre os sete até os trinta, trinta e cinco anos. Ela deixou a taça, assim sabia que o que revelaria era grave. —Charley, tenho que ficar em casa e te ajudar. Isto é sério.

1.jpg 2.jpg Deu no prego. —Sei que o é, mas não irão a nenhuma parte e posso dizer que não morreram recentemente. Mas por que aparecem agora? E em massa? —Crie que isto foi obra de um assassino em série? —É o mais provável. Não posso imaginar essas mortes como o resultado do esforço de mais de uma pessoa. Dois no máximo. Tratei das relaxar, mas não acredito que saibam o que isso significa. —Está bem, me chame se necessitar algo. —Começou a dirigir-se à porta, mas se deteve—. Não, não posso ir a esta classe. Preciso te ajudar com a investigação e essas coisas. Essas pobres mulheres. —Não, tem que ir aprender como não matar às pessoas a menos que de verdade queira fazê-lo. Como um propósito. E se tiver que fazê-lo, também posso recorrer ao Garrett nesta ocasião. —Garrett —disse Cookie, sua voz grave e sensual, como se ronronasse seu nome. Poderia ter jurado que seus olhos rodaram para o interior de sua cabeça. —Hmm, isso é surpreendente.

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recuperou-se voltando-se para mim. —O que? —É só que ontem à noite não podia ter suficiente de lhe revisar o culo ao tio Bob. Pensei que talvez sentia algo por ele. —O que? Não lhe olhei o culo a seu tio. —Quando fiz essa coisa inexpressiva à que era tão aficionada, confessou—. Está bem, talvez um pouco. Sou eu ou se exercita? Notei-o. O tio Bob luzia muito mais em forma. E muito arrumado. Também sabia por que. Tinha uma coisa pelo Cookie, era irreal. exercitava-se para ela. Era doce. E um pouco inquietante. E se saíam? E se saíam, e logo rompiam? Onde ficaria eu? Dava-lhe um pequeno empurrão para a porta. —Está bem, hoje deixarei ao Amber sozinha. comprometeu-se a ficar em casa e fazer sua tarefa. —Um sábado? Todo o dia? —Soprei—. Eu estava acostumado a lhe dizer a meus pais o mesmo. —Isso é tudo. vou levar a com sua avó. —Isso é muito longe. Chegará tarde a classe. Não quer te sentar no fundo da sala, verdade? Além disso, brinco, ela estará bem. Não é para nada como eu. Agora vete. —Espera. Que diabos é isso? —Olhei para onde assinalava.

1.jpg 2.jpg 9 Minha pintura mais recente se apoiava 6contra uma estantería. —Pensei que


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expressaria meus sentimentos através da arte. Já sabe, para o novo psiquiatra. — Minha irmã, Gemma, levou-me com um psicólogo para trabalhar em meu transtorno de estresse postraumático. Essa pintura deveria ajudar a seguir adiante. —E se sentia homicida? —Se me sentisse macabra com um toque de decapitação, conseguiria o que quero. —Já sabe, Charley, a sério tratam de te ajudar. —Sei, sei. Agora vete. —Odiava fazê-lo, mas tive que obrigar ao Cookie a sair pela porta, e logo bloqueá-la atrás dela. Foi muito pouco cooperativa. Voltei-me por volta do quarto de banho para tomar banho e me vestir, mas me encontrei cara a cara com outra mulher difunta. Só que esta não era para nada como as demais. Tinha o cabelo comprido e negro, e levava uma bata com uma placa identificadora pendurando de uma corda de segurança. —Olá —lhe disse, comprovando seu pescoço. Tampouco foi estrangulada como as demais. Piscou, surpreendida de estar ali. —Olá —respondeu—. Pode lombriga? —Claro que posso. —Dava um passo a seu redor e dirigi a essa direção. A direção do banho—. Atravessou a parede? —Atravessar? —perguntou, tratando de recuperar sua orientação—. Não o acredito. —Bom, bom, não há café na cafeteira. —Quando franziu o cenho, confundida, disse-lhe—: O sinto, má brincadeira. Como posso te ajudar? — Seguiu-me 9 ao banho. Odiava ter que abrir o grifo 7 da ducha com uma das mulheres


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difuntas ali, mas tinha que fazê-lo. —Ninguém pode encontrar meu corpo. —Sabe onde está? —Sim, sim! —Agarrou-me por braço—. Sei. Está baixo essa ponte velha sobre a 57, como os que fazem para os trens. Metal e óxido. Acariciei-lhe a mão. —Está bem, uma velha ponte na auto-estrada 57. O tenho. Pode me dar mais? —Minha família não o pode encontrar. procuraram e procurou, e não podem encontrar meu corpo. Minha irmã se sente... sente-se tão molesta. —Sinto muito, carinho. Qual é seu nom...?

1.jpg 2.jpg antes de que pudesse lhe perguntar seu nome, desapareceu. Maldita seja. Tudo o que tinha por sua identificação era Nic. Talvez era uma Nicole ou Nicky. Se tivesse-me podido atravessar, teria recolhido mais informação a respeito dela, mas ao isto parecer seria o jogo do gato e o camundongo. Só podia rogar ser o gato neste momento. Odiava ser o camundongo.

depois de me vestir com um suéter de cor nata, jeans e minhas botas favoritas, dirigi a minha maravilhosamente prática escritório, que se localizava a uns 9 cinqüenta metros de meu maravilhosamente prático apartamento. Voltei a 8


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olhar a porta de Reis e senti um impulso estranho de voltar a usar minha chave. Deus, esse homem tinha talento. Mesmo assim, aperfeiçoar minhas habilidades de autocontrol era uma boa prática para mais adiante na vida, quando aparecesse a demência e tratasse de me levar os medicamentos dos carros da compra de todo o mundo. Chamei o tio Bob e obtive só um “olá” ilegível por meus esforços. —Olá, senhor. Necessito que comprove algo por mim. esclareceu-se garganta e disse—: É sábado. —E? —Vou. Soava um pouco atordoado. —Despertei-te? Se não o conhecesse melhor, haveria dito que me grunhiu. —portanto, houve uma série de assassinatos ultimamente? Talvez algo de uma loira? Miúda? Estrangulada? —O que? Conseguiu algo? O tio Bob, sempre perguntando se tiver algo, como se me dessem mensagens do mais à frente. —Não, mas tenho um apartamento cheio de mulheres que foram estranguladas até a morte. Ouvi um rangido como se estivesse lutando com os lençóis para levantar-se de a cama. Entendia-o. Os lençóis eram complicados. Perdendo a luta, amaldiçoou. E deixou cair seu telefone. Duas vezes. Ubie nunca foi uma pessoa madrugadora. —Está bem —disse ao fim—, me dê os detalhes.

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Expliquei-lhe como fiz com o Cookie. —Está bem, tenho não menos de nove mulheres em meu apartamento com idades de sete a trinta e cinco, todas loiras, mas

1.jpg 2.jpg não todas naturais. Caucásicas, hispanas, afroamericanas, e ao menos uma da Ásia. Soa-te? —Agora não. —Não acredito que estas mulheres morreram recentemente. E acredito que sua morte estendeu-se durante um período prolongado de tempo, possivelmente com ocos compridos no meio. —Pode que o assassino passasse uma temporada no cárcere. Algum nome? —Não, mas têm medo, tio Bob. Aterrorizadas. Nunca vi nada igual. —Comprovarei por aí. Como está? —Estou bem, só não tenho nem idéia de por que apareceriam agora. Algo teve que provocar sua aparição. —Tampouco sei, calabacita. Mas, como está? O tio Bob. Sempre preocupado por mim. Ou, bom, seu ingresso à resolução de um caso atrás de outro, por isso sua reputação era impecável. —Bem. um pouco desconcertada, em realidade, e os defuntos nunca me fazem isso. Parecem tão aterrorizadas, tio Bob. É como se revivessem suas mortes. Necessito solucionar isto rápido.

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—Faremo-lo, carinho. Farei-o hoje. me faça saber se aparecer alguma mulher perdida nova ou se obtiver mais informação delas. Talvez outra morte é o que desencadeia sua aparição. —Talvez. —OH, e queria que soubesse que nosso pirómano golpeou de novo. Detive-me metade de caminho pelas escadas até meu escritório. —O que? Quando? —Ontem à noite perto das doze. Minha mão livre voou a minha boca. Não foi ele. Não foi Reis. Estivemos juntos a meia-noite. A menos que... —Foi com um temporizador como os outros? —Sim, mas temos uma testemunha. De repente estrangulada pela preocupação de novo, perguntei—: Pode a testemunha identificar ao pirómano? —Não, mas conseguimos uma muito boa descrição. Uma estranha, a verdade. Se não o conhecesse, diria que... não importa. Direi-lhe isso quando te vir.

1.jpg 2.jpg —Não, o que? —Se não soubesse melhor, diria que era Reis Farrow? Era isso o que ia dizer? —Bom, é um pouco louco, mas se não o conhecesse melhor, diria que o pirómano era uma mulher. Detive-me um momento, e logo perguntei—: Uma mulher? Isso é um pouco estranho, não?

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—Acontece, mas sim, é muito estranho. Pouco a pouco, e com uma precisão infinita, a consciência se apoderou de mim. Não podia ser. —Pode descrevê-la? —perguntei-lhe, quase sem querer ouvi-lo. —Alta, esbelta, dolorosamente magra. A testemunha disse que ele, ou ela, tremia, como se estivesse assustada. Fechei os olhos com pesar. Se algo se interporia entre Reis e eu, é o fato de que logo poria a seu único parente, sua irmã não biológica, Kim Milhar, no cárcere. Earl Walker obteve a Reis por meios infames. Não conhecia os detalhes, mas sabia que Reis foi seqüestrado quando era um bebê e mais tarde vendido ao Earl. Kim caiu da soleira do Earl. Sua mãe, uma consumidora habitual de drogas e prostituta, morria, assim deixou a Kim com seu pai biológico. O fato de que seu pai fora Earl Walker era um cruel giro do destino para a Kim e uma maneira de controlar a Reis pelo Earl. Sentei-me em um degrau e resisti a onda de dor que sentia. Quem mais poderia ser? Ela tinha crescido nas mesmas casas que Reis. Esteve submetida a os mesmos horrores. Seu abuso era diferente do de Reis. Earl nunca a tocou como a seu irmão, mas sim lhe fez coisas. Por um lado, forjou-a a padecer fome para conseguir o que queria de Reis. Earl os usou o um contra o outro suas vidas inteiras. O que lhes faria isso aos irmãos? Reis se manteve à margem dela quando foi acusado de matar ao Earl e a fez prometer não ir ver o. Não a queria machucada por sua culpa e ela não queria a ninguém usando-a como um meio para conseguir o que queriam de Reis nunca mais, por isso não se viam em anos. Sem embargo, tinham um amor feroz o um ao outro e se dispunham a fazer algo para proteger esse amor. Isso incluía provocar incêndios?

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—Segue aí, calabacita? Tratei de tirar a tristeza que me tinha superado. —Sigo aqui. Deveu notá-lo de todos os modos. —Quem é, carinho? —O que te faz pensar que sei?

1.jpg 2.jpg —Alguma vez escutaste a advertência a respeito de tratar de fraudar a um vigarista? Sabe exatamente quem é. Suspeitaste-o durante algum tempo, do incêndio da outra noite. Falava da noite em que o condenado edifício de apartamentos se queimou. —Poderia saber —admiti, com meu coração afundando-se—. Poderia não saber. Preciso estar segura para comprovar um par de coisas. —Então me diga de quem suspeitas. —Não posso. —Pensei que tínhamos uma linha aberta de comunicação. —Vamos, tio Bob. Não me atire o cartão. Farei o correto. Sabe que sim. —Sei, carinho, mas… —Por favor, me dê um pouco de tempo. Depois de uma larga pausa, cedeu. —Tem vinte e quatro horas. depois disso, arrasto seu culo para ajudar e instigar. —Tio Bob —gritei, completamente horrorizada—. depois de tudo o que passamos?

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—viu em jogo aqui, Charley. O próximo0incêndio poderia matar a

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alguém. Poderia matar a um montão, e sei quão grande é esse teu coração. equivocava-se. Meu coração não era grande. Só estava tomado. —Vou a fazer o correto. Prometo-o. Pendurei antes de que pudesse me fazer sentir pior. Maldita seja. E agora o que? Entregar à irmã de Reis? Nunca me perdoaria isso. E o tio Bob nunca perdoaria-me se outro edifício se incendiasse e eu soubesse quem era o pirómano. E se alguém saía machucado a próxima vez? Isso pesaria em meus ombros com tanta segurança como o fazia minha cabeça. Tinha que haver opções. Conhecia gente que conhecia pessoas. Tinha conexões. Mordisquei uma cutícula enquanto um plano a prova de falhas se formava. Certamente funcionaria. É certo que meus planos tendiam a dirigir-se para o sul do primeiro momento, mas às vezes faziam um giro à esquerda justo no segundo preciso e se desviavam a um curso alternativo, até que, se um entrecerraba os olhos o suficiente, terminavam no lugar correto. Talvez um par de metros fora de ordem, mas o suficientemente perto para declará-los como uma vitória em meu livro. Não importava que meu livro se titulasse: “Como chamar vitórias inclusive a seus fracassos mais tristes e não te sentir culpado por isso”.

1.jpg 2.jpg Não. Tinha que pensar positivo. Isto poderia funcionar. Isto poderia funcionar. Cantei esse mantra uma e outra vez, ao tempo que desbloqueava a entrada para clientes de Investigações Davidson. Não é que quisesse que entrasse um cliente, mas os negócios eram negócios, sem importar como fora o dia. Caminhei através da zona de recepção do Cookie até meu escritório, e diretamente para a máquina de café. O café faria as coisas menos críticas. Ou as pioraria.

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depois de começar a fazer uma jarra para superar a manhã, acendi meu ordenador e me preparei para imprimir as fotos que tirei do Tidwell acariciando a mão direita do Cookie. Realmente não provavam nada que não fora o fato de que Tidwell tinha um problema de carícias e um temperamento horrível, mas era sem dúvida por razões perversas. Oxalá minhas fotos demonstrassem que pelo menos, e com sorte, a senhora Tidwell não seria uma dessas mulheres que desculpavam a seu marido. É obvio, contratou a um detetive privado por uma razão. As pessoas não contratam a um detetive privado para averiguar se seu cônjuge os engana. Contratam a um detetive privado para demonstrá-lo. No fundo, já sabem a verdade. Conectei o cabo USB ao telefone e subi as fotos. Não eram bonitas. Embora poderiam havê-lo sido, utilizei uma lente com um enfoque mais suave e um pouco de iluminação colocada estrategicamente. Infelizmente, à medida que a noite avançava, pioraram um pouco até que tudo o que tinha era uma foto do olho de Cookie e sua fossa nasal direita. Na esquina superior, um dos punhos de Tidwell chegava para mim. Tratou de me golpear. Como não me dava conta? Meu telefone soou. Era uma mensagem do Cookie. Não sou muito boa martelando armas. Sério? Não me conhece absolutamente? Respondi-lhe: Pode fazer isto. Aprende a amartillar5, Cookie. 5Amartillar em inglês é cock, que também pode significar franga. Quando Charley diz: “Conhece gatilho. Sei o gatilho” em inglês seria: “Know the cock. B the cock”, já que seu objetivo é lhe dar um dobro sentido à frase, por isso se traduziu cock como gatilho para que tivesse 1 sentido. 0

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Conhece o gatilho. Sei o gatilho.

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1.jpg 2.jpg 1.jpg 2.jpg 6 Traduzido pelo Mel Markham & Nats Corrigido pelo CrisCras

Não estou cem por cem segura, mas acredito que minha taça de café acaba de dizer: “É minha cadela”. (Atualização de estado)

Levei ao Cookie a uma rápida lição de como martelar uma arma —ou, tendo em conta que usava uma semiautomática, como trocar o cartucho— 1 sem 0

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benditamente golpear-se. Estive aí. Conhecia o preço. Esse metal deslizandose contra metal era desumano, inclusive nas versões mais pequenas. Parecia estar fazendo-o bem uma vez que lhe dava indicações, assim decidi fazer uma pequena busca para ver se podia encontrar uma coincidência sobre minhas novas companheiras de quarto. Certamente devia haver algo sobre elas nas notícias. Mas sítio detrás sítio produziu exatamente a mesma pouca coisa. Nada. Nenhuma palavra sobre um grupo de mulheres loiras assassinadas. —Tem que ir. Saltei e me voltei por volta do defunto pandillero de treze anos parado detrás de mim. Olhou para a porta, seus olhos muito abertos logo que contendo o pânico, logo para mim. —De verdade, tem que ir. A outro lado. Vete. —Pôs os braços debaixo de meus e atirou, tentando me levantar da cadeira, as mãos alarmantemente perto das garotas, Perigo e Will Robinson. Meus peitos eram tudo o que tinha. Tinha que manter sua integridade. Permitir que um menino de treze anos as toqueteara estaria mau em muitos níveis. —Mas é meu escritório —disse, golpeando-o—. você Vete. —Chutei meu escritório até que me deixou cair de novo na cadeira de escritório de noventa e nove dólares. ajoelhou-se a meu lado. —Por favor, Charley, simplesmente vete.

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Voltei-me, cautelosa. A gente tendia a tentar me matar no momento mais inoportuno. Mas seu rogo era muito menos de uma “situação que ameaça você vida” e muito m{s “o arruinei”. —Angel Garça, roubou de novo todo o papel higiênico do banho de mulheres? falamos sobre isso. —Não, prometo-o. Tem que ir. —A porta principal se abriu, e deixou cair a cabeça sobre as mãos. Aparentemente, era muito tarde para que escapasse. Me apanharam como a uma mosca em uma telaraña. Solo podia rezar por sobreviver. Em seu lugar tomei um sorvo de café enquanto uma mulher hispana entrava na escritório do Cookie, uma curiosa determinação em seu passo. Não a reconheci, mas senti que conhecia sua cara. Estava a finais dos cinqüenta, com comprido cabelo branco que pendurava em bonitas ondas sobre seus ombros. E estava vestida para matar. Com sorte, não a mim. Usava jeans ajustados, botas de couro até o joelho e um suéter cinza suave, e uma bolsa D&G que pendurava de seu ombro como um Uzi. Me gostava. Viu-me e foi derechita a meu escritório. —Não pode dizer-lhe Charley —disse Angel, o pânico rondando seus olhos de novo. E de repente soube quem era. Levantei o olhar para ela e tentei esconder meu completo assombro enquanto se detinha frente a meu escritório. —É Charley Davidson? — perguntou, seu acento mexicano suave, exceto pelo fio em seu tom. —Não tenho nem idéia do que está falando. —Entrou-me o pânico igual a ao Angel. Era a única coisa que pude pensar dizer—. Não sei. O que?

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Piscou para mim, logo se deu conta de que entrava em pânico. Honestamente, era como admitir um assassinato antes de ser interrogado. —Srta. Davidson —começou, mas decidi confundi-la, lhe atirar o rastro de sangrei que deixei como um animal ferido. —Não falo inglês. —Estive perguntando por ti —continuou com decisão—. Sei quem é. O que faz. Mas o que não posso decifrar é por que depositaria dinheiro em meu conta bancária cada mês. Como sabe meu número de conta? E por que faria alguém algo como isso? —O que? Eu? —Olhei ao redor, esperando que lhe falasse com alguém mais. —Não o pode dizer, Charley.

1.jpg 2.jpg —Não o farei —sussurrei entre dentes. Logo, de novo, sua mãe luzia um pouco obstinada—. Não tenho nem idéia do que está falando. —Sim, sabe. —Cruzou os braços e tamborilou com os pés contra meu piso atapetado. —Desculparia-me um momento? —Olhe, não te estou acusando de nada, mas estiveste pondo dinheiro em minha conta bancária. Quinhentos dólares cada mês durante quase três anos. —Quinhentos dólares ao mês? —perguntou Angel, nisso shock é tudo o que valho para ti? Agarrei seu braço e levantei o dedo indicador para pôr a sua mãe em pausa enquanto o tirava pela porta lateral, a que conduzia às escadas interiores do bar de papai—. Desculpe-me um segundo.

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—Quinhentos dólares ao mês? Poderia0vigiar a um ex-tipo rico por quinhentos

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dólares ao mês. Quando a Sra. Garça me olhou, sua expressão em parte receosa e em parte suspicaz, sorri e fechei a porta entre nós. —Olhe… —Os trabalhadores imigrantes ganham mais que eu. —Angel, trabalha ao meio tempo. Meio tempo. E isso era tudo o que podia pagar quando abri pela primeira vez. —Sim, bom, ao diabo. Renuncio. —Espera um minuto —disse, olhando —.sabe exatamente quanto vontades. Soube todo o tempo. Hei-lhe isso dito. —Sei. —encolheu-se de ombros—. Só esperava um aumento. Minha mãe necessita um automóvel novo. —E eu tenho que pagar por ele? —perguntei, tomando meu turno para estar surpreendida. —Se quer seguir mantendo a seu melhor investigador, sim. Cravei-lhe no peito com o dedo indicador. —Isto é extorsão, amigo. —São negócios, pendeja. Sobe o pagamento ou te cale. —E quem acaba de dizer que é meu melhor investigador? É meu único investigador. —De qualquer forma. —Isto é assombroso. O que se supõe que lhe diga?

1.jpg 2.jpg —Você é a que tem as respostas. E você é a investigadora privada. lhe diga 1 que um tio morreu e te deixou a cargo 1 de repartir o dinheiro ou algo. Não é

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isso o que a gente rica faz? —Esse é um trabalho para advogados. —Então não sei. Não posso pensar em tudo. —Angel —disse, pondo uma mão em seu ombro. Seus olhos eram de um rico e profunda cor marrom, e seu rosto era tão jovem, com o queixo salpicado pelo começo de um suave pêlo facial. Morreu jovem. Muito jovem. Freqüentemente me perguntava o que teria feito com sua vida se tivesse tido a possibilidade. Era um menino tão bom—. Possivelmente deveríamos contar-lhe —Ao diabo com isso. —Seus tormentosos olhos se voltaram furiosos de golpe—. Não. —Se eu fosse sua mãe, quereria saber se te encontra bem. —Se você fosse minha mãe eu necessitaria terapia. Tenho pensamentos, já sabe. —Fez um gesto para Perigo e Will com um assentimento, mas não deixei que sua confissão —embora não eram exatamente notícias novas— me dissuadisse. —Eu gostaria de saber sobre o menino tão impressionante que é. Uma esquina de sua boca enche se levantou em um gesto brincalhão. —Crie que sou impressionante? OH, não. —Sou o suficientemente impressionante como para verte nua? por que me incomodo? —Ou poderia simplesmente lhe contar o pervertido que lhe 1 tornaste. 1

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—Bom, não importa. Mas você não a viu. Chorava todo o tempo, durante meses, depois de que morri. Não posso lhe fazer isso. Como pinjente, impressionante. —Bem, carinho. Não o direi. Mas sua mãe é mais forte do crédito que lhe dá. —É o mais resistente possível. —O orgulho se transbordava de seu peito. Ela estava provavelmente em seu trinta quando ele morreu. Tinham passado ao menos vinte anos. Retornei a meu escritório. A sra. Garça, quem também perdeu a seu marido depois de que morrera Angel, examinava uma pintura em minha parede. girouse para mim, sua expressão ainda obstinada.

1.jpg 2.jpg —Tem razão—disse, a derrota era evidente em meus ombros afundados—. Sei quem é você, sra. Garça. Gostaria de uma taça de café? Não pude evitar notar o perto que estava do escuro elixir. Também me gostaria de estar perto disso. Era como parar-se junto a um fogo em metade do inverno, quente e reconfortante. Relaxou os ombros, mas só apenas. —Suponho. Enchi-lhe uma taça, logo deixei que a manipulasse como quisesse enquanto me recostava em meu escritório. depois de que se sentasse, pinjente—: Sim, ponho dinheiro em sua conta cada mês. Um tio avô seu me contatou faz uns anos e deixou um abastecimento para 1 você antes de morrer. 1

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—Grande historia —disse Angel, sua voz gotejando sarcasmo. Sabichão. Suas sobrancelhas se juntaram em suspeita. —Um tio avô? Que tio avô? —Um, um do lado de sua tia. —Sou mexicana americana, Srta. Davidson. Católica. Nós gostamos de procriar. Sabe quantas tias tenho? —Certo… —E somos muito próximas. Definitivamente ia a esse inferno especial. —Este tio avô do que ninguém sabia nada. Era… um recluso. —Isto tem algo que ver com o Angel? —Pronunciou seu nome ao mais puro estilo espanhol. Ahh-inferno. Mas sua voz titubeou quando o disse. —Não, Sra. Garça. Não tem nada que ver com ele. Assentiu e se levantou para ir-se. —Como pinjente, estive investigando. Quando queira me dizer a verdade, obviamente sabe onde estarei. —Essa foi a verdade —lhe prometi. Baixou a taça de café e se foi, absolutamente convencida. E era muito boa mentindo. Pus um braço ao redor do Angel. —Sinto muito, carinho. Não tinha nem idéia de que sabia sobre mim. —É inteligente. Investigou-te. Não é sua culpa.

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Caminhou para a porta e olhou por cima 1 do corrimão para o

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restaurante de abaixo. —por que está ele aqui, de todas formas?

1.jpg 2.jpg —Quem? —Caminhei para ali e olhei para baixo, também, mas o lugar não tinha aberto ainda. Mesas vazias e cadeiras colocadas estrategicamente, listas para os clientes. —Tem outro visitante —disse ele, logo se desvaneceu antes de que pudesse dizer algo mais. Tinha aprendido mais sobre o que podia e não podia fazer, e sabia que o podia trazer de volta se queria, mas necessitava um pouco de tempo para processar o que acabava de ocorrer. Com sua mãe tão aberta e disposta ou seja mais, desejando saber mais, eu estava um pouco surpreendida de que ainda não queria que lhe dissesse. Me fazia sentir curiosidade. Havia algo em particular que ele não queria que soubesse? Escondia algo? Mas é obvio, tinha outro visitante. Não tinha que me encontrar com a Sra. Tidwell até dentro de meia hora, assim que me surpreendeu que a porta principal abrisse-se de novo. Observei como o Capitão Eckert, o chefe de meu tio, entrava impecavelmente vestido como sempre. Não era como os capitães dos filmes, com a gravata torcida e a jaqueta em extrema necessidade de uma prancha, sem isso embargo descrevia mais ou menos ao Ubie à perfeição. O Capitão Eckert era mais como um velho modelo de capas para o GQ. Suas roupas estavam mais apertadas, sua gravata sempre direita, suas costas rígida. Só podia imaginar as puñeteras brincadeiras que flutuavam ao redor da delegacia de polícia.

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—Capitão —pinjente, deixando que a1 surpresa que sentia se filtrasse em

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minha voz. Era estranho como cada vez que dizia a palavra capitão, queria adicionar Jack Sparrow ao final. A última vez que falamos foi faz uns dias, quando basicamente resolvi três casos de uma passada. Possivelmente quatro. Era um pouco equivocado de fazer. Ele tomou nota e sentou curiosidade por mim, por meu rol na estação como consultora, após. Não estava segura do que fazer com sua curiosidade. Parecia suspeitar, mas a menos que soubesse que havia um anjo da morte vagando pelas terras, resolvendo casos por ele, de que mierda suspeitaria? — O que lhe traz para minha parte do mundo? Analisou meu escritório durante um minuto completo antes de responder. Com seu costas para mim enquanto se detinha frente à mesma pintura que a Sra. Garça, disse—: Decidi manter um controle mais próximo de todos os consultores que o DPA tem em lista de nomes. Mierda. —De verdade? C-quantos há? —Tirando qualquer perito que usamos ocasionalmente, como psicólogos e similares, informantes criminais, e qualquer consultor que não esteja na patrulha, mais ou menos nos deixa só um.

1.jpg 2.jpg —OH. —Ofereci-lhe meu melhor sorriso de domingo—. Certamente não se estará refiriendo a mim? Executou um giro perfeito do talão até a ponta do pé. —De fato, o faço. Tentei não me sentir intimidada. Não funcionou. —Bom, vale, esta é meu 1 escritório. 1

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—Fui um detetive, Davidson. —Correto, solo queria dizer que isto é basicamente tudo o que é. Não estou segura de que tipo de fichas quer manter, mas… —Como o faz? —girou-se para estudar os livros em meu estantería. Rezei para que não lhes emprestasse muita atenção. Torvelinho de Paixão provavelmente não era o tipo de material que queria que lessem seus consultores. Sentei-me detrás de meu escritório e tomei um gole de café. Coragem líquida. — Desculpe? —Parece ser muito perita em resolver casos e simplesmente me pergunto quais são seus métodos. —OH, bom, já sabe. Sou detetive. —Ri-me, soando um pouco mais louca de o que pretendia—. Detecto. Deu um passeio e se sentou na cadeira oposta à minha, apoiando o chapéu em seu regaço. —E que métodos de detecção usa? —Só o de todos os dias —disse, sem ter nem idéia do que dizer a isso. O que tentava obter de mim?—. Só penso, “O que faria Sherlock?” —Sherlock? —Inclusive tenho um bracelete com o acrónimo QHS nele. É meu favorito. É plástico. —Estava-o perdendo. Emitindo feitos intrascendentes. Ia a me apanhar. Mas para que? por que estava tão nervosa? Tinha dificuldades com as confrontações. Duas em uma manhã foram ser minha perdição. —E quando tinha nove anos? Que métodos de detecção usava nesse então? Tossi. —Nove?

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—E o que há quando tinha cinco? Como resolveu casos para seu pai quando tinha tão somente cinco anos? —M-meu pai?

1.jpg 2.jpg —Estive fazendo certa investigação —disse, recolhendo um penugem do chapéu—, administrando algumas entrevista. Parece ser que ajudou a seu pai durante anos e agora assiste a seu tio. foi assim por um tempo. Santo céu, este era o típico dia de roupa suja? Tivesse usado minha roupa interior boa em lugar das que dizem admissão unicamente por convite. —Em verdade não estou segura do que quer dizer. Acabo de me converter em investigadora privada recentemente mais de dois anos. —Quero dizer que estiveste ajudando a seus parentes a avançar em seus carreiras por bastante tempo. Só quero saber como. —Você sabe, algumas pessoas poderiam encontrar essa ideia ridícula. —Mas você não. —Não, senhor. Provavelmente eu não. Mas tenho que me encontrar com um cliente, se não lhe importar. —Estou bastante seguro do que faz. —Descruzó as pernas e se sentou mais adiante—. Chegarei ao fundo disto, Davidson. —Entendo. —Faz-o? Escolhi não responder. Em seu lugar, deixei que meu olhar vagasse para a esquerda enquanto ele me olhava fixamente.

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—Acredito que algo mais está acontecendo aqui, algo que possivelmente não 1

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se pode explicar por meios normais. E vou descobrir o que é. Quando se girou e se foi, deixei sair o ar que continha. Maldita seja. antes de que soubesse, o mundo inteiro ia ou seja que eu era um anjo da morte. Espera, possivelmente poderia obter um contrato para um reality show. Poderíamo-lo chamar A Parca na Cidade.

Para quando o capitão —quem tristemente não tinha nada que ver com o Capitão Jack— partiu, estava tremendo. Literalmente. Não uma, a não ser duas vezes tinham-me acusado hoje por fraude. Isto era uma loucura. O que lhe ocorria ao mundo? Não sabiam que os fantasmas e poderes sobrenaturais que faziam que meninas pequenas ajudassem a seus pais e a seus tios a resolver casos não existiam? Eram os livros. Eram a televisão e os filmes. Tinham insensibilizado ao mundo. Malditos escritores.

1.jpg 2.jpg Tomei as escadas interiores até o restaurante e vi meu pai. Era um homem alto com um corpo de palito e um cabelo loiro areia sempre necessitando de um corte. —Está de volta! —pinjente, apanhada com o guarda baixo pela terceira vez em o dia. —Estou-o. Parece surpreendida. Ou possivelmente nervosa? Ri-me. Bem alto. Era incômodo. —O que? Eu? Absolutamente.

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—Sei o da pistola, Charley. —Isso não foi para nada minha culpa. —Umm —disse, me dando um abraço rápido. Papai e eu não tínhamos estado no melhor dos términos ultimamente. Me queria fora do negócio da investigação privada, e eu a ele do meu. Foi pelo mau caminho, tentando me obrigar a deixá-lo me prendendo, entre outras coisas. Logo inteirei-me de que tinha tido câncer e queria lombriga a salvo antes de que se muriese. O fato de que magicamente se recuperou era um enigma. Um do que ele pensava que eu tinha as respostas. Não as tinha. Estava bastante segura de que a sanación não era parte de meu repertório. Era o anjo da morte, pelo amor de Deus. —Podemos falar logo? —perguntou. Mal-estar arrepiou minha pele. Queria respostas que não tinha. Já que sabia do que queria falar, desviei-me. —Camisa nova? —Logo, calabacita —disse antes de retornar a seu escritório. Era tão exigente. Joguei uma olhada ao bar e me assombrei de quantas mulheres havia ali de novo. O sítio se acabava de abrir para o almoço fazia mais ou menos vinte segundos. Que diabos? Sacudindo a cabeça, sentei-me em meu rincão habitual e olhei o menu por alguma desconhecida razão. Tinha a coisa memorizada, mas a queijadinha de ontem à noite tinha que ser algum prato novo. Não havia nada disso no menu. Possivelmente foi um especial. Divisei à Sra. Tidwell entrar e me levantei para chamá-la.

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—Vá —disse, tirando-a estilosa cachecol. 1 Era mais ou menos de minha idade

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e tinha estado casada com o Marvin por pouco mais de um ano—. Este sítio está cheio. Franzi o cenho e olhei os arredores. —Verdade? Nunca está tão cheio a estas horas. E há tantas mulheres.

1.jpg 2.jpg —É incomum? —perguntou enquanto se acomodava e lhe pedia água a nosso garçom. —É-o. É quase como um lugar de reunião para a polícia, e nunca havia visto tantas mulheres aqui. E uma vez mais, faz mais calor que no inferno. —Eu estou bem, mas se tiver calor… —Não, está bem. antes de que pudéssemos ir ao grão, nosso garçom veio com a água. Ordenei um guisado de chili verde, o típico, e a senhora Tidwell uma salada de tacos. Possivelmente devi ter pedido isso. Soava maravilhoso. Ou talvez a queijadinha de frango de ontem à noite. Agora estava indecisa. Odiava a meu eu indecisa. Eu gostava da dita, a que ordenava o usual, e logo desejava algo mais que via passar em uma bandeja depois de que me tivesse comido a metade do meu. —Não crie? —Sinto muito. —Tinha estado falando todo este tempo? Também odiava meu déficit de atenção. Eu gostava de muito m{s… —O que pensa? Mierda. Tinha-o feito de novo. Chamei a nosso garçom. —Pode me trazer um café, também? —O café ajudaria. Ou não. Dava igual.

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—Assim, o que averiguou? Tirei as fotos e disse ao Valerie Tidwell tudo o que tinha descoberto até o momento. —Sei que isto parece irrefutável, mas eu gostaria de seguir investigando, se não te importar. Soluçou no guardanapo. —Sabia. Cheirava-me isso. esteve-se afastando de mim, sabe? Estava acostumado a notar tudo. Se me trocava o cabelo. Se me levantava a prega da saia. Pensava que era tão encantador, mas agora, nada. É como se me houvesse voltado invisível. —Carinho, isto não prova realmente que a tenha estado enganando. Convidou a minha sócia ao hotel, mas isso é todo o longe que chegou. Através das lágrimas, disse—: E suponho que só queria jogar à cesta. —A cesta era divertida. Ou soava divertida. Em realidade nunca havia jogado, mas soava a um pouco pervertido, por alguma razão. —Sei que é duro —pinjente—, mas, posso lhe perguntar por seu peso? —Meu peso?

1.jpg 2.jpg —Sim, é só que, bom, pesa um poquito bastante menos que quando se casou. Tinha-a envergonhado. —Sim, tive problemas de peso toda a vida. Me fiz uma cirurgia para poder me desfazer de alguns kilitos. Começava a afetar meu saúde. por que? —Só, é simplesmente que acredito que poderia ser parte do problema. Minha 1 sócia 2

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é… bom, m{s grande. E não me deu nem a hora do dia. Acredito que gosta das mulheres mais rellenitas. Sua cara se transformou com incredulidade. —Está-me enganando porque perdi peso? —Não, Sra. Tidwell. Se a está enganando, é porque não é o homem que pensava que era. Não é sua culpa. É a sua. —Não me posso acreditar isso. Quero dizer, pensei que os homens deixavam a seus mulheres quando ganhavam peso, não ao reverso. —Também me surpreendi um pouco. Mas de novo, seu peso não deveria importar. Se realmente a amasse, amaria-a por você, não por seu corpo. Mas tenho que ser honesta. Preocupa-me um pouco. —Eu? —disse, suas sobrancelhas elevando-se. —Sim. Seu marido viu o dispositivo de gravação que coloquei no cachecol de minha sócia. Sabe que foi apanhado. —Sim, recebi suas mensagens. passou-se a noite no cárcere e será processado hoje pela manhã. —Preocupa-me você. Estava bastante zangado quando encontrou o micro. Não estou segura do que fará. —OH, não, é como um gatinho. Nunca me levantou a mão, se for isso o que se preocupa. Sabe o que lhe convém. —Bom, bem. Isso me faz sentir um pouco melhor, mas no caso de tem alguém a quem chamar? —Sim. Posso chamar a meus pais em qualquer momento. Ele concha a meu 1 pai. Não se arriscaria a lhe encher o saco. 2

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Não estava tão segura disso. —Por favor, me chame se o necessitar. —Farei-o.

1.jpg 2.jpg Nossa comida veio e comemos em relativo silêncio. Em parte porque não estava segura de que mais dizer, como consolar à Sra. Tidwell, mas principalmente porque estava de novo no céu. O guisado de chili verde, que estava sempre delicioso, parecia derreter-se em minha língua e provocava que todas e cada uma de meus papilas gustativas estalassem de alegria. Era incrível. Papai se aproximou. —Como vai? —Incrível. Dará- minhas felicitações ao Sammy? superou-se a si mesmo outra vez. —Sammy não está, carinho. rompeu-se a perna tentado esquiar por seu teto. Adverti-lhe sobre mesclar cerveja e equipes de esqui. —Então, quem…? O telefone de papai soou e se desculpou para respondê-lo. —Está segura de que não posso fazer nada mais? —perguntei ao Valerie. ficou de pé para partir com os ombros retos e o queixo alta. — Não. Já sei exatamente a quem vou chamar depois. —A quem será? —A meu advogado.

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Sorri e me levantei para ir também. O tio Bob e eu nos íamos reunir na ponte para encontrar a uma pessoa desaparecida. Justo quando me dirigia para a porta traseira, Jessica entrou. Tinha uma expressão de lástima. —O que? —perguntei, de repente consciente de mim mesma. —Quero dizer, sério? Outra vez? Olhei ao redor. —Ouça, estava aqui primeiro. —E eu estarei aqui a última —prometeu. Deus, era boa com as réplicas. Não tinha nada. Senti-me como se estivéssemos de novo no instituto. —Vale. —Continuei com meu caminho. Seguia um pouco surpreendida de que Sammy se quebrado a perna. E esquiando, para cúmulo. Isso teve que ser doloroso.

1.jpg 2.jpg Dirigi-me ao estacionamento e com diligencia para o Misery. O Jipe, não a emoção. Meus dias de ser miserável ficavam muito atrás. Mas isso não queria dizer que não pudesse lhes causar miséria a outros. Chamei o Garrett. —Olá, Charles. Era tão formal. —Ey, Swopes. Tenho um trabalho para ti. —Não estou procurando trabalho. —Por favoooooor.

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—Vale. O que? Essa foi fácil. —Pode me buscar um nome, e ver se tiver antecedentes rapidamente? Quero me assegurar de que meu cliente está a salvo antes de que seu marido saia do cárcere. —Nome. Sinceramente, atuava como se já não gostasse mais. Espera, possivelmente não o fazia. —Sigo-te gostando? —Nunca me gostaste. OH, certo. Tinha um ponto. —Marvin Tidwell. —Tenho-o. Chamo-te. Subi ao Misery e chamei o tio Bob. —Temos uma entrevista? —por que tudo o que sai de sua boca me fazer soar incestuoso? —Um, não era consciente disso. Possivelmente tenha a consciência culpado. —Charley. —Há algo que precise me contar? além do da prostituta com a que te vi o outro dia? esclareceu-se garganta. —Viu isso? —Deu-me pesadelos. —Estava de encoberto. —Deixei de me acreditar isso quando tinha cinco anos.

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—OH. Sabe aonde vai? —Mais ou menos. Já está ali? —De caminho agora. —Vale, estarei ali dentro de pouco.

1.jpg 2.jpg Pendurei justo quando Cookie me enviou uma mensagem de novo. Rápido, o que deveria fazer se alguém me agarra por detrás com uma faca? O que seja que te diga. Isso é o que eu faria, de todas formas. As facas eram difíceis de esquivar. Principalmente porque faziam um dano horroroso atravessavam a carne.

quando

De caminho para a ponte para procurar um corpo —um morto— decidi provar com outra voz. Abri a aplicação pirata, indiquei meu destino, e escutei quando um ser grunhiu e gemeu. depois de um momento, disse—: A mil metros, deverá girar à direita. eu adorava Ioda. Pensava comprá-lo e colocá-lo na chaminé. Não o fiz, principalmente porque não tinha chaminé, mas durante um recente vício ao canal da loja em casa, comprei um pequeno chaveiro de Ioda que me dava consolo nas noites solitárias. Não vibrava nem nada. Simplesmente eu gostava ter a alguém pequeno e poderoso e extrañamente encantador perto de mim.

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Tristemente, não tinha nem idéia de 2 onde estava a ponte. Não estava

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acostumado a agarrar este caminho, e encontrar uma ponte velha no meio de um nada era mais difícil do que me esperava. Mas duas coisas estavam me distraindo de ser um pouco mais aplicada. O fato de que o homem morto nu estivesse detrás e o fato de que uma enorme SUV negra estava tão metida em meu culo que quase podia ler seu matrícula desde meu retrovisor. Reduzi a velocidade. Reduziu a velocidade. Pensei em lhe assinalar que me adiantasse, mas se tivesse querido fazê-lo, o teria feito. O interior de seu veículo estava tão escuro que não podia ver o suficiente para me fazer uma idéia. Tudo o que podia fazer era distinguir uns óculos escuros e uma boina de beisebol negra. —Está perdido. Deve trocar de sentido. Mierda. Tinha-me perdido a saída? Estava perdendo meu vínculo com Ioda. burlava-se de mim, dava-me conta. Escaneei a área. Não podia me haver perdido a saída. Não havia nada que perder-se. O indivíduo da SUV baixou a marcha até que esteve a uns seis metros por detrás. Justo quando começava a respirar mais facilmente, acelerou e se lançou para diante.

1.jpg 2.jpg Maldita seja. —Espera —lhe disse ao homem morto nu—, vai chocar conosco. —Se saía da estrada para lhe evadir, poderia me empurrar de flanco, assim segui pelo caminho, marcando ao tio Bob enquanto tentava manter a Misery na estrada. —A sessenta metros, deverá girar à direita. Girar à direita? Não havia um desvio à direita. Não havia desvio 1 algum. Claramente, Ioda tentava assassinar a alguém. 2

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Justo quando a SUV estava a ponto de me investir, pisou no freio, perdendo a suficiente tração para virar ao outro sulco. Mas recuperou o controle rapidamente e começou de novo o jogo. —Onde está? —perguntou o tio Bob. —A cinqüenta metros haverá encontrardo seu destino. OH, impressionante. Consegui-o. —Perto, acredito. Mas alguém… —Chiei quando a SUV fez a mesma manobra, disparando-se para diante, a um microsegundo de distância de estampar-se contra meu traseiro antes de frear. Soltei o fôlego que estava contendo. —Uma SUV negra, uma GMC com churrasqueira cromada e molduras, cristais tintos, homem de menos de cinqüenta conduzindo, óculos de sol escuras e boina de beisebol negra. —Tenho-o. O que está passando? —Acaba de tentar me fazer um enema GMC. Duas vezes. —Vou de caminho —disse. Soava como se estivesse correndo para sua própria SUV. Amaldiçoei a falta de placas frontais de novo o México. O tipo retrocedeu antes de dá-la volta e dirigir-se na outra direção, muito longe como para ver sua placa. E de maneira nenhuma ia dar a volta para consegui-la. —Está bem. retrocedeu. Não estou segura de por que não pedi ao Ubie que me tirasse dali. Haveria sido muito menos traumático que pedir-lhe ao fantasma. Sem mencionar o fato de que não era tão fácil não lhe olhar os genitálias como a gente poderia pensar. O tio Bob estava junto à porta de seu SUV cinza, as mãos no quadril, luzindo muito preocupado.

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A ponte era uma dessas velhas pontes para ferrovias, todo reforços de metal oxidados e arrebite. Não tinha nem idéia de onde estava. Era precioso contra a paisagem austera de novo o México.

1.jpg 2.jpg —Conseguiu alguma outra coisa? —perguntou quando saí, tentando não me derrubar no chão. —além de me perder? Maldito Ioda. —Amaldiçoar a Ioda parecia o correto—. Esse tipo pôde me haver matado. E há um homem nu em meu carro. É maior. Tentei me fazer a guay, mas Ubie viu através de minha fanfarronice. Decidi chamar a minha fanfarronice Saran Wrap. Por outra parte, meu incontrolável tremor pôde me haver delatado. Atraiu a seus braços. —Ninguém aconteceu por aqui do desbotado Pinto vermelho com um galinheiro pacote na parte de acima. —O que está fazendo minha madrasta aqui? Ela e seus frangos. O tio Bob tentou não sorrir. Fracassou. —Não, o tipo se deu a volta e voltou para a cidade. —Nada —disse uma voz desde mais à frente. Apareci pelo terreno inclinado para o ravina seco. Ubie havia trazido ao Taft, o policial que o tinha posto muito difícil a Reis ontem à noite. —Ouça —pinjente quando elevou a vista. Tinha baixado e estava explorando a zona.

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Assentiu em sinal de saudação. —Não 2encontrei nada.

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Taft era um bom tipo que ter ao redor. devido a sua irmã pequena, que morreu quando era menino, sabia de minha habilidade para ver os mortos. Felizmente não perguntou nada mais lá disso. Tomou um tempo aceitar o poquito que sabia. Não podia imaginar o que faria se descobrisse toda a verdade. Não me imaginava como um defensor do anjo da morte. —Alguma pista ou alterações por aí abaixo? —perguntou Ubie. —Nop, nenhuma que tenha podido encontrar. —Não sei, carinho, está segura de que este é o sítio? —É o lugar que me disse. Era hispana, vestida com bata de enfermeira. —E disse que seu corpo estava aqui? —Sim, encontrou a alguma mulher desaparecida que coincida com seu descrição? —Havia uma de faz um par de anos, mas isso é tudo. Diz que veio a verte esta manhã?

1.jpg 2.jpg —A mesma. Retornou a seu SUV e tirou um arquivo. —É ela? Joguei-lhe uma olhada rápida. —Não, esta garota é mais asiática que meu visitante. Que era hispana —lhe recordei. Nunca escutava. —Vale, olhe estes e faça-me saber. vou fazer uma chamada na SUV. Possivelmente tenhamos sorte e encontremos a outro oficial por este caminho. —Sonha bem.

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Chamou à estação enquanto examinava os arquivos. depois de uns minutos, aproximou-se de novo. —Nada? —Não. E não há nenhuma Nicole ou Nicky desaparecida hoje? —perguntei-lhe enquanto folheava as fotos das mulheres desaparecidas. Tinha a esperança de reconhecer a alguma delas como as mulheres de meu piso, mas nenhuma encaixava. É obvio, era difícil conectar seus rostos sob toda essa massa enredada de cabelo e barro. —Não que tenha encontrado, mas talvez não era daqui. —Pode ampliar a busca? —Posso tentá-lo agora que tenho a descrição. Taft subiu de novo, sua respiração só ligeiramente perturbada pelo esforço. —Nada, chefe. —eu adoro quando me chama chefe —disse. Franziu o cenho. —Esperava realmente encontrá-la —pinjente—. Estava tão preocupada com seu família. —Averiguou algo mais que nos possa fazer identificá-la? —perguntou Taft. —Levava bata e uma etiqueta com seu nome bordada. Vi as letras N – i – C. Na verdade, só supus o nome da Nicole. sacudiu-se o pó de sua uniforme e entrecerró os olhos enquanto inspecionava a zona de novo. —De que hospital?

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—O presbiteriano, acredito. Irei ali hoje 3 e verei que posso desenterrar mais

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tarde. Quando o tio Bob foi responder uma chamada, Taft se aproximou de mim. Colocou as mãos nos bolsos e olhou para o deserto. —Viu a minha irmã?

1.jpg 2.jpg Fechei a pasta com os arquivos. —Não há um par de dias. Segue por o velho manicômio. —Mas tem amigos agora? —perguntou. —Sim, tem amigos. —Taft era um bom menino. Quase morreu tentado salvar a sua irmã e seguia preocupando-se. Mas precisava saber a verdade sobre ela—. E segue igual de louca que sempre, em caso de que lhe esteja perguntando isso. Tinha uma obsessão pelas tesouras quando era pequena? riu entre dentes. —Cortava-lhe o cabelo a todas suas bonecas, se for ao que refere-te. —Sabia. Me teria partido completamente calva desse lugar se tivesse deixado que me apanhasse. Terei que recordar isso no futuro. —Vale, suponho que vou de novo. —Segue ao Charley até a cidade —disse Ubie. —Tio Bob! —pinjente, minha voz com um gemido nasal, do tipo que sabia que odiava—. Espera, essa é uma grande ideia. O menino da SUV poderia retornar. —Olhei ao Taft—. Só dispara a qualquer SUV negra que veja em nosso caminho. —Farei-o —disse. Mas estava mentindo. Lhe notava.

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—Lamento te haver miserável até aqui —disse ao Ubie—. Terá que aparecer-se em algum momento. Disse que sua família não podia encontrar seu corpo. Que tinha estado aqui durante dias. Alguém tem que ter informado de seu desaparecimento. —Encontraremo-la —disse Ubie—. Enquanto isso, tenho uma entrevista com um clube de golfe e uma pequena bola. —Você e suas pequenas bolas. —Neguei com decepção. Como poderia terminar o trabalho sem escravos? Falando de escravos, chamei o Garret de volta à cidade. —Um menino em uma SUV tentou me matar. —Isso é estranho. —por que? —Porque o menino ao que contratei não conduz uma SUV. —Isso é estranho. —Swopes. Sempre tão brincalhão—. Espera. Se alguém mais me arbusto, terá que lhe pagar igual? —Acredito que deveria me fazer um desconto pelo menos.

1.jpg 2.jpg —Verdade? Também há um ancião nu no assento do co-piloto. —Muita informação, Charles. Pobre homem nu morto. Ninguém queria saber sobre ele. —E bem? Tem Marv algum antecedente?

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—Nada. Seu expediente é irrepreensível, mas quantos anos há dito que tinha? —Não sei, uns trinta e cinco? —Então tenho ao Marvin Tidwell equivocado. Este tipo tem cinqüenta e quatro. E está morto. —Em realidade, sim, este não parecia tão morto. —Provavelmente não, mas pode que esteja tratando com um caso de roubo de identidade. —Sério? —perguntei, me endireitando—. Não o tinha pensado. —De novo, é suspeito, mas posso lhe investigar se quiser. —Quero. Tropecientas obrigado. Sabia que lhe tolerava por alguma razão. Pendurei e contemplei o que havia dito. Um roubo de identidade. Agora, isso seria incriminatorio. Sabia que as probabilidades estavam em contra, desde que meu nu homem morto estava além dos cinqüenta e quatro, mas só no caso de, olhei-lhe e perguntei—: Por acaso não te chamará Marv, verdade?

1.jpg 2.jpg 7 Traduzido pelo Elle Corrigido pelo CrisCras

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Quinta tumba más allá de la luz Atualmente estou possibilidades são infinitas.

sem

supervisão.

Darynda Jones Também

me

assusta,

mas

as

(Camiseta)

Por desgraça, tive um turno médico com uma psicóloga. Recordei meus pinturas, as que envolviam vários mortos e desmembramiento. Quis impressioná-la para começar nossa relação com o pé correto. Embora fora a gente talhado. Caminho a seu escritório, troquei outra voz. Havia um tipo ao que podia escutar todo o dia e não entender uma palavra que saísse de sua boca. Ozzy. Quem pode resistir a um britânico com acento miserável? —Um, de acordo, seh, assim ceeerca de cem metros, dooobla à direita. —O pobre tipo sempre soou bêbado. Esta aplicação teve que ser pirateada e alterada de algum modo. De seguro, a aplicação real faria soar ao Ozyy um poquito mais coerente. —Bem, a sessenta metros, tonces direita. A coisa graciosa com os GPS é que não sempre lhe enviavam na direção correta. Sabia que se dobrava à direita e logo tomava a Doze, chegaria mais rápido, assim girei à direita. Ozzy não o passou. —Quéee miuuurrrda? Acabava de soltar a palavra com M? —Natasscuchando nem miuuurrda. —Já! Isto é genial —lhe disse ao tipo morto nu. Ignorou-me. Embora Ozzy era muito entretido, tive problemas interrompendo-o. zangou-se seriamente

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1.jpg 2.jpg quando perdi a direita em Central, assim comecei a perder giros a propósito só para escutá-lo me recriminar. Quase chegava tarde a meu loquera. Mas finalmente encontrei a uma Dra. Romero, a loquera com a que meu irmana Gemma me arrumou uma entrevista, apesar das queixa do Ozzy. Gemma estava determinada a que lutasse com minha Desordem de Estresse PostTraumático, mas eu acreditava que o estava levando bem. Agora fomos amigos. Tinha minha incontinência sob controle e já os chihuahuas estranha vez me assustavam. Além disso, estava segura de que lhes temia porque tinha raiva. Havia espuma ao redor de sua boca e um olho louco que olhava ao longe. O fato de que me desse pesadelos dificilmente era minha culpa. Entrei em um bonito escritório com a decoração sulina habitual de tantas escritórios profissionais no Albuquerque. Por desgraça, esta era das mais horrendas. O tipo que era popular nos noventa, completada com cacto de plástico e um coiote uivando. De acordo, sentia algo pelos coiotes uivando, especialmente pelos do tipo que levavam um colar ao redor do pescoço, mas não deixaria que a Dra. Romero soubesse isso. —Deve ser Charley —disse, e pude cheirar o New Age emanando dela. Seria uma dessas. Isto não deveria tomar muito tempo. —Sou-o —pinjente, forçando um sorriso. —Adiante. Guiou-me para outra habitação com duas cadeiras e um sofá pequeno. —Sinto-me muito melhor —lhe disse antes de me sentar no sofá. Era o mais 1 longe que estaria dela sem ser descortês. 3

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—Espero que esteja bem. Sua irmã me informou do que te aconteceu. —Não é isso romper algum código de confidencialidade? —Tecnicamente não, mas, você molesta que me haja isso dito? —Para nada. Só me estava perguntando isso. —Bom, lamento que tivéssemos que nos ver um sábado. Sua irmã é uma boa amiga e sairei da cidade na próxima semana. Queria que te visse antes de… —Notou a pasta que carregava—. O que é isso? —Terapia artística. Pensei impressioná-la com minha reabilitação. Fiz esta a semana passada. —Elevei a pintura de aves mortas com uma garota de cabelo marrom comendo-lhe E fiz esta ontem à noite. —Mostrei-lhe a dos pássaros passando frente a um brilhante sol, a um arco-íris e a um unicórnio no fundo. Se isto não provava meu prudência, não sabia o que o faria.

1.jpg 2.jpg Ela sorriu. —Sua irmã me informou. Conheço todos seus pequenos truques. —Sério? Contou-lhe sobre esse onde digo: “Escolha uma carta. Qualquer carta”. Logo digo: “Agora ponha-a no montão. Não me mostre isso!”. E então… —Isto se chama desviar. —Isso é estranho. Logo ontem me disseram que eu reflejaba6. Como os cromos de um pára-choque refletindo o sol. —Quando um sorriso malicioso cruzou seu rosto, soube que não ganharia esta ronda—. Assim que lhe contou sobre todos meus 1 pequenos 3

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truques, né? 6Deflect (desviar) e reflect (refletir) assemelham-se em sua grafia em inglês, daí o trocadilho. —Sim, fez-o. —Mencionou-lhe os grandes? Porque tenho uns interessantes. —por que não me conta sobre eles? —disse, sua expressão era de absoluta compreensão e infinita paciência. Inclinei-me para frente, olhando-a através das pestanas, e acrescentei uma diabólica inclinação a meu sorriso. —Posso fazer tremer a terra sob seus pés. —Sério? —perguntou como se estivesse fascinada. O que estava fazendo? Rogando por uma cama em um siquiátrico? Estava tão paga de si mesmo, que precisava se localizá-la em seu sítio. Mas também era a amiga da Gemma. Se a jodía, nunca escutaria o fim disso. inclinou-se sobre seus cotovelos. —por que não me mostra? Não era tanto uma resposta como uma provocação. Isso era o cúmulo. Deixei que o poder em meu interior se reunisse perto de meu coração; deixei-o revolver-se e enroscar-se até colidir em meu centro. Deixei que escapasse de mim. Deixei que alcançasse a terra baixo nós e o ar a nosso redor. Deixei-o tomar as rédeas e construir energia, e logo o empurrei. O mundo tremeu sob nossos pés. Os objetos sobre seu escritório se sacudiram e um abajur caiu antes de que detivera a energia que tinha deixado sair. Ela empalideceu, mas lutou contra seu medo. —Como pinjente, sua irmã me 1 contou sobre ti. 3

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Bom, maldição. Alcancei meu telefone. —Pode me desculpar um minuto? sentou-se para trás e esperou enquanto eu chamava a Gemma.

1.jpg 2.jpg —Hol… —Gemma, que demônios? —O que? O que fiz agora? —Parecia sem fôlego. —O que estava fazendo? —perguntei com receio. Tinha estado muito reservada os últimos dias. Definitivamente, ela o estava fazendo a alguien.7 7Teniendo sexo. —Nada. por que está amaldiçoando? —Quem está aí? —Ninguém. Perdeu sua entrevista? —OH, quer dizer essa onde contou a uma completa estranha tudo sobre mim? Essa? —Sim. —Gemma! Que demônios! —Não pôde assustá-la, certo? —perguntou, a satisfação emanando de seu voz. —Não. O que lhe disse? —lhe pergunte. Estou ocupada.

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—Quem está aí? —Ninguém. Deixa de me perguntar isso. Não é teu assunto. —Bem. —Pendurei e voltei para o escritório da Dra. Romero, me preparando para uma hora do inferno na Terra.

Embora a Dra. Romero não foi tão malote como tinha suspeitado originalmente —tinha coragem, parando-se no prato depois da bola curva que o tinha arrojado—, realmente não via que nossa relação fora a nenhum sítio. depois de minha sessão, dirigi-me diretamente para o Hospital Presbiteriano para ver se conseguia alguma informação sobre uma mulher desaparecida chamada Nicalgo-algo-mais. Entrei no hospital e fui diretamente ao mostrador de informação, já que era informação o que necessitava.

1.jpg 2.jpg —Olá —lhe disse à senhora sentada detrás—. Perguntava se poderia me ajudar. Tive a uma incrível enfermeira chamada Nicole o outro dia, e tinha a esperança de que você pudesse me dizer em que sala trabalhava. A mulher me olhou fixamente, logo perguntou: —Bom, em que sala a admitiram? Bom ponto. —OH, bom, essa é a coisa. Não recordo exatamente. Eu estava, né, bêbada. —Qual é seu nome? Assim a busco.

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—Bom, não me registrei sob meu nome real. depois de um comprido suspiro, disse: —Não posso dar informação de qualquer jeito por um capricho. —Sua boca fez essa coisa da linha de desalento das institutrices. Estavam-me arreganhando, e arreganhando muito bem. —Olhe, tudo o que preciso saber é se tiverem a uma enfermeira, ou a alguém que leve uniforme, chamada Nicole. Ou possivelmente Nicky. Ou, bom, qualquer coisa que comece por N-i-c. —Tirei minha placa do IP, me fazia luzir oficial—. Estou trabalhando em um caso para o Departamento de Polícia. Realmente apreciaríamos sua ajuda. —E que caso seria esse? Saltei ante o som de uma voz masculina detrás de mim, e girei para ver o capitão aí. Estava-me seguindo? —Capitão Eckert, o que está fazendo aqui? —me perguntando quão mesmo você. Revisei seu status esta manhã e não lembrança que estivesse em um caso para nós de momento. —OH, bom, estou trabalhando em algo com meu tio. —E o que seria isso? Santa gorro, este homem era molesto. por que estava tão empenhado em averiguar algo disto? —É um caso de pessoas desaparecidas. —Não recordo ao Bob em nenhum caso de pessoas desaparecidas atualmente. —É mais como potenciais pessoas desaparecidas.

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—De acordo, farei o que seja para ajudar. —OH, não, não poderia incomodá-lo.

1.jpg 2.jpg Ignorou-me, mostrou sua placa a recepcionista, e disse: —Empregadas chamadas Nicole, se não lhe incomodar. —Bem. —Ela teclou e me deu o nome de um par do Nicoles. Uma trabalhava em diagnósticos e a outra era a enfermeira chefe da unidade neonatal. Tanto como odiava fazê-lo —não queria lhe dar ao capitão mais pistas do necessário —perguntei—: Sua tela vem com fotografias? —Sim, vem. —Girou a tela para mim—. Esta é Nicole Foster. Nicole Foster era uma ruiva alta com bastante quilometragem. —Não, não é ela. —Bem. —Teclou novamente—. Esta é Nicole Schwab. Esta era mais jovem, mas era loira, sardenta e com óculos. —Maldição. Tampouco é essa. —Sabe, temos a uma Nicolette. —Girou a tela para ela e voltou para teclar—. O que tem que ela? Quando a girou para mim, assenti. —Essa é. —Bem, bom, Nicolette Lemay trabalha em post-operatório. Terceiro andar. —Mostrou-lhe um sorriso ao capitão—. Me alegra ser de ajuda. —Obrigado —pinjente, e olhei ao capitão por cima do ombro. Nunca me havia dado conta, mas era um homem alarmantemente atrativo. De acordo, 1 acreditei-me o 4

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interesse dela como algo genuíno. Muitas mulheres se sentiam atraídas para o uniforme e pouca coisa mais. Fui para os elevadores. O capitão Eckertme seguiu. —Posso me ocupar a partir daqui —lhe disse, logo gesticulei para a recepcionista—. Já sabe, se quiser ter seu número. Elevou uma sobrancelha, surpreso. —Estou bem, obrigado. O capitão era viúvo. Sua esposa tinha morrido de câncer um par de anos atrás, e me parecia que essa era uma razão pela que minha aprovação para a posição de consultora com o DPA tinha ido sem problemas. Ele estava de duelo por sua esposa. Duvido que tivesse notado se o tio Bob pedia um elefante para o salão de descanso. naquela época eu ficava tão longe do homem como me era possível. Seu pena era sufocante. Engolia-me e tirava o oxigênio de meus pulmões, fazendo que me fora impossível olhá-lo sem sentir uma entristecedora sensação de perda. Inclusive agora o associava com esse sentimento de desconforto extremo. O fazia genuíno e honorável, mas minha reação visceral para ele era correr na direção oposta.

1.jpg 2.jpg Mesmo assim, tinha debilidade por ele desde que o tinha conhecido. Uma debilidade cheia de precavida reverência. O tipo era agudo, e agora que estava sobre minha pista, tinha que ser cautelosa. Nunca lhe tinha emprestado muita atenção aos leva e traz do Ubie e meus. Resolvíamos casos e isso era suficiente para ele. Mas depois de meu 1 último fiasco, que implicava o fato de que 4 houvesse resolvido quatro casos em

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um dia, incluindo o de um assassino em série… bom, podia entender seu repentino interesse. Caminhamos para o elevador e apertei o botão do terceiro piso. Nada gritava estranho como estar em um elevador com alguém que aspirava todo o oxigênio de uma habitação. —Assim, como lhe está tratando o crime? —perguntei, para desviar a cabeça da falta de ventilação. Minhas células vermelhas estavam gritando por ar. Ele só me olhou. De acordo. Balancei-me para trás sobre os talões e encontrei fascinante o painel de botões. depois de centenas de anos de agonia, comporta-as se abriram. Tentei não boquear por ire em voz alta. Saímos ao terceiro piso e fui até o mostrador das enfermeiras, pretendendo que o capitão não me seguia. Mostrei minha placa do IP. —Olá, me perguntava se podia lhes fazer umas perguntas sobre a Nicole Lemay. Das três enfermeiras que estavam sentadas depois do mostrador, só uma não olhou para cima em seguida, claramente muito ocupada para responder qualquer pergunta. —Nicole? —perguntou-me uma. Tinha cabelo grosso marrom e óculos com arreios dourada. —Sim, perguntava-me quando foi a última vez que a viu. A enfermeira me olhou fixamente, sua expressão em branco. Checou seu relógio. —Suponho que faz cinco minutos.

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—Não —disse, movendo o peso de meu corpo sobre o outro pie—. Nicole Lemay. Sinto muito, Nicolette? Então a outra enfermeira falou, uma bonita loira com afinidade pelos carboidratos. —Tem razão —disse, olhando ao relógio de parede—. Não vimos a Nicolette por ao menos vinte minutos. A primeira enfermeira riu. —Certo. O tempo voa quando te está divertindo. —Disse-te que não te aproximasse da Sra. Watson. Gosta de sua borbulha.

1.jpg 2.jpg —Tinha que checar seus signos vitais. —OH, aí está —assinalou uma delas. —Sou Nicolette. Dava meia volta e me encontrei cara a cara com meu difunta. Solo que já não estava difunta. Estava viva, e bom, respirando. Era um milagre! —Um, Nicolette Lemay? —Toda minha vida. —Estava ocupada limpando-os bolsos, descarregando os de pacotes de seringas e cilindros de gaze perdidos—. Por desgraça —adicionou—. Se não me propõem matrimônio logo, minha mãe porá um anúncio. —OH, bom, eu só… —Você me parece familiar —disse. Fez uma pausa e me olhou, logo se enfocou em meu secuaz.

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—Certo, sinto muito. Sou Charley, e este 4 é o capitão Eckert, do

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Departamento de Polícia do Albuquerque. endireitou-se, alarmando-se. —Passou algo? —Não, não, para nada —saltei, tranqüilizando-a—. É sozinho que… Isto… — Me fiquei completamente atalho. Nunca tinha tido a uma difunta que se aparecesse, dissesse-me onde estava seu corpo, e logo aparecesse completamente viva. Ela era tão corpórea. Sem um cabelo desconjurado. Não sente saudades que não pudéssemos encontrar seu corpo. Tinha-o movido. —Alguma vez esteve na velha ponte da ferrovia na 57? —Não tenho nem idéia de onde é isso. —OH. Por acaso tem uma gêmea idêntica? —perguntei, me dando conta de quão tola soava provavelmente. —Nnnnno. Do que vai isto? —Nada. Não importa. foi meu engano. Acredito que tenho a Nicolette equivocada. —OH. —Isso pareceu acalmá-la um poquito—. Mas a sério, você luz familiar. Alguma vez saiu com meu irmão? —É possível. Tendo a sair com gente. Ou, bom, estava acostumado a. Assim, onde? —Perdão? —Onde poria sua mãe um anúncio?

1.jpg 2.jpg 1 —OH, bom, falou que pô-lo nos pessoais, 4 mas também há

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ameaçado me alistando como senhorita de companhia. Já sabe, para ter entrevistas. Podia entender isso. O capitão Eckert se esticou, não estando habituado a escutar bate-papos tolos de nós, as mulheres. —Mas a deixaremos tranqüila de momento. Sinto o engano. Girei para ir, mas o capitão ficou aí, confundido. me deixando com poucas opções, agarrei seu braço e o guiei, uma manobra que não apreciei em absoluto. —Isso é tudo? —perguntou. —Isso é tudo. —O que foi isso? —Nada. Estava equivocada. —Reconheceu-a, assim claramente… —Não, não estou segura do que aconteceu. Essa não era a garota. —Que garota? —A garota que poderia ou não estar perdida. —O que te faz pensar que há uma mulher perdida? Alguém encheu um prova litográfica? —Foi um aviso anônimo. Alguém deve estar gastando uma brincadeira. —Sempre vai aos extremos por avisos anônimos? —Não. Algumas vezes. —Não estava tentando me apanhar. Ele suspeitava algo; só que não tinha nem idéia do que. Era algo que obtinha freqüentemente—. Em seu momento pareceu legítimo.

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Uma vez que o meti no elevador soltei a manga de sua jaqueta. —O sinto —pinjente, alisando-a. Deu um passo na direção oposta e olhou para frente quando me falou. —Resolve casos, Davidson. Um montão. Quero saber como. Mierda. Isto não terminaria bem para ninguém. —Sabe, é realmente costure do tio Bob. É genial em seu trabalho. —Sei que o é, e entretanto não posso deixar de me perguntar como de bom seria se não te tivesse ao seu dispor. —Então se girou para mim—. Ou é ele que está a sua disposição?

1.jpg 2.jpg As portas do elevador se abriram. —Provavelmente deveria estar ofendida, capitão. Meu tio é um fantástico detetive. Ajudou-me muitíssimo a través dos anos. —Estou seguro de que o tem feito. Arranha-lhe as costas; ele arranha a tua. Retrocedi, saindo do elevador. —Tenho alergias cutâneas. Dá-me coceira. —antes de que ele pudesse perguntar algo mais, virtualmente corri para as portas de cristal do hospital. Ao minuto de me montar no Misery chamei o Ubie. —Encontrei a nossa garota perdida, mas também a encontrou seu capitão. —O que? —perguntou, alarmado—. O capitão Eckert estava aí? Viu o corpo? Chamou uma equipe? —Não exatamente. Não há corpo. Ela está viva. É um milagre! Deixou sair um comprido suspiro, e o pude ver esfregando-a cara com os dedos. —Charley, disse-me que ela tinha ido para ti.

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—Fez-o. me acredite, tio Bob. Estou tão perdida como você. Mas temos que lutar com seu capitão. Está atuando estranho, como se soubesse algo, ou pensa que sabe algo. Não estou segura do que dizer a seu redor. Quer saber como estou resolvendo tantos casos. —Maldição. Disse isso? —Sim, e basicamente sabe que te estive ajudando a ti e a papai desde que tenho cinco anos. Foi e o investigou! Como é isso possível? —Não tenho nem idéia, calabacita. Mas todo mundo sabe que me ajuda com os casos, daí a posição de consultora. Demônios, ele a passou. —Seh, mas agora está ficando curioso. Está escavando. Definitivamente não tinha que ter resolvido um assassinato, um menino perdido, um roubo a um banco e um caso de um assassino em série todo em um dia. Chamou muita atenção. vou ter que distanciar meus casos melhor. resolvê-los intervalos regulares. —Isso poderia ser uma boa idéia.

Provei outras três vozes caminho aonde Rocket, e embora nunca havia considerado a Bela Lugosi8 particularmente horripilante, que me dissesse que 8BelaLugosi: foi o primeiro ator em interpretar ao Dr{cula no cl{sico de terror “Nosferatu”, filme da primeira metade do século XX.

1.jpg 2.jpg dobrasse à direita e tomasse uma esquerda me fez pensar que me estava 1 guiando para minha morte. Especialmente 4 porque o tipo tinha morrido antes de

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que eu nascesse, e duvidava que por esse então tivessem navegação. Qualquer de estas vozes estavam feitas por imitadores ou Bela realmente era imortal. Ao final decidi ficar com o Ozzy. Pode que me perdesse por completo por não entender nada, mas ao menos era entretido. Estava entusiasmada por ver o Rocket. Rocket, uma versão gigante do Soldado de Infantaria do Pillsbury, era um savant9 defunto que sabia cada nome de cada pessoa que alguma vez tinha vivido e falecido na Terra, e era uma grande fonte. Eu podia lhe dar um nome e ele podia me dizer onde se posicionava essa pessoa na ordem cósmica das coisas. Viva. Morta. Não morta ainda mas em caminho a está-lo. Mas tentar obter alguma outra informação do Rocket era como tirar dentes com uma pinça de as sobrancelhas. 9Savant (sábio, erudito), também é um modo de chamar meninos autistas com habilidades excepcionais. O manicômio abandonado onde vivia Rocket era propriedade dos Bandits, um clube de motoristas cujos líderes eram agora procurados, e andavam prófugos por um ataque a um banco. Um desses líderes, um uva sem semente desalinhado que se fazia chamar Donovan, tinha um lugar especial em meu coração. De fato, todos eles o tinham, mas Donovan e eu compartilhávamos algo especial. Felizmente, não era herpes. Nossa relação nunca chegou tão longe, mas era um cavalheiro. Dava-me conta de quanto sentia saudades quando passei por sua casa junto ao manicômio. Bom, teria passado por sua casa se esta ainda estivesse aí. Freei fazendo chiar as borrachas em um lote vazio. Onde tinha estado o 1 quartel geral dos Bandits —também conhecido como a casa do Donovan— 5

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agora havia solo uma solitária árvore que tinha estado em seu pátio traseiro, e um emplastro baldio de terra onde alguma vez se levantou a casa. Inclusive o garagem acrescentada se evaporou, junto com as ferramentas e as partes de motocicletas que havia aí dentro. Podia jurar que aí era onde o tinha deixado. Donovan estaria zangado quando retornasse. Se é que alguma vez o fazia. Por sorte, o manicômio até seguia aí, mas minha chave da porta principal, que nunca tinha tido oportunidade de usar, não me faria nenhum bem. Em lugar da velha perto que rodeava o manicômio agora havia uma perto nova, brilhante e cintilando sob o sol, e rodeava a quadra completa, não só o manicômio. Normalmente isto não seria a grande coisa. Poderia escalar a grade e penetrar dentro por uma janela na parte traseira que levava a porão do hospital abandonado em caso de que tivessem trocado as fechaduras. Mas esta

1.jpg 2.jpg nova perto, com seus cuidadosamente instalados postes e malha estreita, terminava com arames afiados. Alambre afiados! Quem fazia isso? Sentei-me no Misery a contemplar minhas probabilidades de passar o arame e sair ilesa. Tinha-o visto em um filme. Tudo o que precisava era um uniforme de uma prisão, um par de luvas e um par de lençóis atados pelas pontas. Dirigi para frente até poder ver o novo sinal, parecida com um pôster, frente ao manicômio. Solo se lia “propriedade privada” em grandes letras azuis e negras. Baixo isso punha “propriedade de indústrias C&R. entrada categoricamente proibida”. Soava detestável. Como se supunha que chegaria agora ao Rocket? Solo 1 tinha 5

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que retornar esta noite e tentar encontrar um modo de entrar. Por sorte obscureceria logo. Podia comer algo e fazer um plano. Enquanto dirigia-me por esse caminho, a súper mega desvantagem de um grande negócio comprando esta terra me golpeou. Rocket. Se derrubavam o manicômio, aonde iria ele? aonde iria sua irmã? Convidaria-o a viver comigo, mas ele tinha a costume de esculpir nomes nas paredes. As minhas eram secas. Não durariam muito, e ao caseiro lhe daria um soberano desmaio. Tirei o telefone e chamei o Ubie. Não ter ao Cookie a minha disposição estava resultando ser uma grande dor no culo. Não haveria mais classes para ela. —Esse tipo tentou te matar outra vez? —Não. —Então ainda é sábado e não terminei minha partida ainda. —Necessito que revise algo por mim. Pode averiguar quem comprou um edifício no centro? —Não tem uma criada para estas coisas? —Tenho-a, mas a enviei a uma classe de armas escondidas. —por que? —perguntou, alarmando-se—. Alguém a está acossando? —além de mim? —Quando retorna? —Esta noite, mas amanhã também tem classes. —Bom, todos estaremos mais seguros por isso.

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—Pode averiguar a quem pertence Indústrias C&R? Compraram o velho 5

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manicômio abandonado do centro.

1.jpg 2.jpg —Essa coisa velha? O que farão com ele? —Não sei. Estava esperando que seu superdimensionada sinal o dissesse, mas solo põe “propriedade privada”, e grita um montão de ameaças em maiúsculas, as quais descida ignorar por completo mais tarde. Preciso averiguar se forem derrubar, construir apartamentos, criar um jardim de areia, ou o que. depois de um comprido suspiro, disse: —De acordo, porei a alguém a isso. Mas sabe, o Departamento de Polícia do Albuquerque não foi criado para te averiguar coisas. —Sério? Isso é estranho. antes de que se voltasse muito pesado lhe pendurei e joguei um último olhada ao manicômio. Então se formou um plano. Não necessitava um uniforme de prisão —por desgraça, já que estava esperando por essa visita. Eu estava fora, tinha acesso a coisas que esses tipos do filme não tinham. É obvio que teria que retornar de noite, mas caindo esta, reuniria-me com o Rocket. Com sorte sairia viva daí. Com a banda de fantasmas felizes aí dentro, o resultado era questionável. Especialmente desde que a hermanita do oficial Taft, Bolo de Morango, uniu-se à banda. De qualquer modo, tomei nota mental de me colocar o cabelo em uma boina antes de entrar. Recebi outra mensagem de texto do Cookie de caminho a casa. Quase em casa. Aprendi um montão Bem, me alegro. Se tinha que estar sem ela dois dias por nada, Noni, o instrutor, receberia um puxão de orelhas.

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Parei-me frente a minha porta, e pela primeira vez em vários dias não havia uma nota nela. Olhei para a porta de Reis. Isso era tudo? Já estava cansado de mim? Não era de sentir saudades. Com extrema cautela, abri a porta devagar, sem saber o que esperar realmente. A difunta ainda estaria aqui? Encontrei rapidamente que a resposta a isso seria um terminante sim. E sim. Onde tinha deixado a provavelmente nove ou dez mulheres, agora meu apartamento estava povoado com ao menos vinte loiras sujas em vários estados de trauma. Detive-me justo na soleira e olhei como as mulheres se arrastavam por meu tapete, escapuliam-se pelas paredes, e penduravam-se de meu teto como uma aranha. Alguém estava acurrucada em uma esquina onde dois muros se uniam ao teto. Era a mesma mulher desta manhã. Não se tinha movido.

1.jpg 2.jpg Enquanto a pessoa médio passaria por este açougue completamente ignorante —só com uns poucos calafrios, talvez—, eu não podia atravessar aos defuntos. Para mim eram sólidos como qualquer outro ser do planeta. Assim terminei manobrando ao redor de minhas hóspedes, tentando não pisar em dedos ou polegares. Era um caminho interessante. Se alguém me visse, pensaria que tinha bebido muitas margaridas. depois de finalmente chegar ao desayunador, deixei a bolsa e saltei o mostrador para chegar à cozinha. O Sr. Café estava esperando por sua saudação habitual, e não podia decepcioná-lo só porque tínhamos sido invadidos. Então 1 me ocorreu um plano. Parecia estar cheia 5 de planos ultimamente. Talvez era

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meu nova perspectiva sobre a vida. Não convide a certa morte sem um plano de respaldo. Talvez poderia planejar outras coisas, como uma festa de bodas para o Cookie e o tio Bob. Ou um bar mitzvah. Enquanto o Sr. Café gorjeava e chispava, invoquei ao Angel com o poder de minha mente de anjo da morte. De acordo, solo pensei nele e algo assim como que deseje que estivesse a meu lado. Yyyyy… Puf! —Que carajo, pendeja? Não te disse que não fizesse mais isso? Fiz um gesto para as mulheres rodéándonos. —Pode falar com elas? —O que te pareço, o susurrador de fantasmas? Estão loucas. Teria mais sorte falando com o chihuahua de minha primo Alfonso. Ao menos, Tia Juana sabe espanhol. —O chihuahua de sua primo se chama Tia Juana? —Quando encolheu os ombros afirmando, pinjente—: Só tenta-o. Se alguém lhes pode falar, esse é você. —E isso por que? —Porque está morto. É um deles. Pode fazer isto. —Por menos de quinhentos dólares ao mês não, não posso. —Sério? —É um mundo cruel, mijita. E minha mamãe necessita um automóvel novo. —Isto está tão mal.

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—Necessito pelo menos —contou com os dedos— setecentos e cinqüenta dólares mensais ou não arriscarei minha vida pelo culo de ninguém. Nem sequer o teu. —inclinou-se para jogar uma olhada—. Tão bem como está.

1.jpg 2.jpg —Setecentos e cinqüenta dólares ao mês? —pinjente, gorjeando e balbuciando como o Sr. C. Mas no fundo considerei quanto me custaria um detetive real (um vivo), e não seriam $750 por mês. Mas bom, não poderia usar nenhuma de seus investigações na corte. Não poderia lhe entregar ao DPA nenhuma mierda de evidência. Assim que isso tinha que tomar-se em consideração. Mesmo assim, havia-me salvo a vida um par de vezes. Isso tinha que valer algo—. É um negociador duro, Sr. Garça. —Maldição. —Sacudiu a cabeça—. Teria aceito algo major, certo? Lhe pisquei os olhos um olho. —Nunca se sabe. Mas, o que passa a próxima vez que você mamãe venha demandando respostas? Então, o que? recostou-se contra a encimera e passou os dedos pela horrenda moldura cromada. —Não sei. Acredito que se acreditou todo isso do tio avô. Levei a mão a sua fria bochecha, passando o polegar pelo penugem sobre seu lábio superior. —Não, mijito, não acreditou. Angel e eu tínhamos estado juntos por mais de dez anos, desde que o havia encontrado em uma escola abandonada, assustado e sozinho. Significava muito para mim.

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Por desgraça, tinha morrido a metade da 5 puberdade, e seus hormônios eram o

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pior. aproximou-se e pôs as mãos sobre a meseta, uma a cada lado, me bloqueando. Rodei os olhos, mas ele só fechou a distância entre nós e percorreu minha mandíbula com sua boca, sem beijá-la, como se estivesse absorvendo o calor, provando a textura. —Poderíamos fazer que isto funcionasse, sabe? —Chutarei-te a entrepierna. —Poderia te dar uma noite que não esqueceria jamais. —Porque te estará retorcendo em agonia e eu me estarei rendo sem piedade. Será inesquecível. —Já sabe o que dizem. Uma vez que morre… —Reis vive ao lado. E isso foi tudo. tornou-se para trás e cruzou os braços sobre o peito. —Lhe pinjente que não deixasse entrar nesse pendejo em sua vida. Todos vamos pagar por isso. —O que sabe a respeito? —Bom, isso é virtualmente tudo. Todos vamos pagar se vocês dois estão juntos.

1.jpg 2.jpg —Isso me hão dito, mas se for tudo o que têm, então podem apodrecer-se. —Está mau. É contra natural —recriminou enquanto me bebia o café e passava sobre a mulher que estava no arco de minha cozinha—. Vocês dois 1 não podem 5

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estar juntos. É como o leite e os pretzels. —Olhe, Romeo, chegamos a um acordo sobre o pagamento, assim, pode-lhes falar com estas mulheres ou não? —Já o tentei. Não vão falar. Apertei os lábios em uma careta de repreensão. —Poderia ter mencionado isso. —Não o entende. Estão aqui contigo agora. Solo estar a seu redor as sanará. É como se tomasse ao sol e o encolhesse ao tamanho de um balão de basquete. Seguiria sendo o sol. Seguiria brilhando e toda essa mierda, e queimaria como o inferno. Seguiria sendo tranqüilizador. Curador. Isso é você. Sua luz. É tranqüilizadora como a mierda de mentol essa que minha mamãe usa para esfregar o peito. Sua presença é como um bálsamo. —Sempre pensei que minha presença era mas bem irritante. Já sabe, como um lhe diluam de pintura. Ou napalm.10 10Napalm: gás tóxico e mortal.

1.jpg 2.jpg 8 Traduzido pela Katita Corrigido pelo Elle

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Tudo é jogo e diversão até que alguém5perde um testículo.

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(Camiseta)

Já que Anjo, o artista do ligue, não era de ajuda absolutamente, decidi a ver se Gemma poderia ajudar. Tratei de chamá-la, mas não me respondeu. Não me conhecia no absoluto? Isso não dissuadiria a um Anjo da Morte. Talvez a um sombrio ou a um ser sombrio, mas nunca a Muerte.11 11 Charleyhace um trocadilho entre “glum”, “bleak” e “grim”, todos sinônimos, mas Charley é uma Grim Reaper (Anjo da Morte), de maneira que se refere que qualquer outro tipo de reaper se deteria, mas não ela. Deixei o café, agarrei minha jaqueta, e terminei entre a multidão, esquivando um que se escorreu entre minhas pernas, e me agachando sob outra pendurando do teto. Meu apartamento nunca seria o mesmo. Abri a porta só para encontrar outro menino precioso em minha porta, só que este ainda estava vivo. Tinha o cabelo loiro, olhos azuis e se roubou meu coração o momento em que o conheci um par de semanas atrás. —Quentin —disse em voz alta para o benefício de ninguém mais que o meu. Quentin era surdo—. Olá, carinho —disse por gestos—, como está? Felizmente, como o Anjo da Morte, tinha nascido sabendo tudo linguagem falada alguma vez na Terra. Isso incluía a matriz vasta e formosa de a língua de signos. Um sorriso tímido atravessou seu formoso rosto. Saudou com a cabeça e o abracei. Enterrou sua cara no oco de meu pescoço e me abraçou por um comprido minuto. 1 Quando me soltou, deixou cair os ombros. 5 Algo lhe estava incomodando.

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—O que acontece? —perguntei, alarmada

1.jpg 2.jpg encolheu-se de ombros e olhou para baixo, parecendo envergonhado. —Tudo é diferente agora. Os músculos de meu peito se apertaram. Ele tinha sido poseído por um demônio empenhado em me matar e como resultado terminou aqui no Albuquerque. Artemis matou ao demônio que o havia poseído e Quentin basicamente despertou de um estado catatónico em um lugar estranho, sem família e sem amigos. Mas mais tarde me inteirei de que não tinha família nem ninguém com quem voltar no DC tampouco, assim perguntei se queria ficar aqui. Enquanto vivia na Escola para Surdos da Santa Fé nos dias laborables, decidimos que passaria seus fins de semana no convento das irmãs por um tempo, ao menos até que alguém encontrou-os e disse às irmãs que não podiam ter a um menino de dezesseis anos vivendo em um convento cheio de monjas. Mas a mãe superiora se havia afeiçoado um pouco com ele, ao igual a quase todos outros, e romperam tudo tipo de regras o tendo ali. Entretanto, ele tinha estado poseído. Quer dizer, um demônio instalando-se em o interior de seu corpo e jogando-o por um tempo. Não sei quanto desse tempo ele recordaria, quanto lhe afetaria. A razão pela que o demônio lhe havia poseído em primeiro lugar, a razão pela que haviam poseído a qualquer, era porque ele podia ver o mundo sobrenatural. Só com muita dificuldade. Só o suficiente para fazer dele um branco. Podia ver uma cor cinzenta onde um fantasma poderia estar de pé, mas os 1 que 6

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podiam fazer isso também podia ver minha luz. Em outras palavras, poderiam me identificar em uma roda de reconhecimento. Podiam levar aos demônios fazia mim. O pai de Reis me queria, o portal ao céu, e ao parecer me queria tanto para arruinar a vida de outras pessoas. Alguns dos que tinham sido poseídos tinham morrido como resultado. —por que não entra? Abri mais a porta. Começou a entrar, mas se deteve o meio passo. Jogou uma olhar a meu apartamento, e logo deu um passo cauteloso para trás. Surpreendida, perguntei-lhe: —Pode vê-los? —Pensei que inclusive se pudesse, só poderia ver uma névoa fina de cor cinza, onde as mulheres estavam. Mas ele estava as olhando diretamente, sua expressão resguardada, sua postura quase hostil. —Agora posso vê-los —disse, forçando seus gestos, frustrado—. Não é como o fazia antes. Vejo gente morta por toda parte. —Olhou-me então, suas sobrancelhas desenhando-se em ira—. Sabia que a escola da Santa Fé foi construída justo ao lado de um cemitério? Suspirei em voz alta. Se, sabia.

1.jpg 2.jpg —Assim agora pode vê-los? Não só sua essência? Envolveu seus braços ao redor dele e assentiu com a cabeça, negando-se a apartar os olhos da mulher que se aferrava a meu teto. Tive que admitir que me tinha tomado por surpresa também.

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Tomei uma de suas mãos e a outra 6a pus brandamente em sua cara, lhe

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dando a volta para que me olhasse, e logo fiz gestos: —Sinto-o muito, Quentin. —Ver gente morta andando a seu redor põe a qualquer no bordo. Embora eu tinha nascido com a capacidade, tratei de vê-lo do ponto de vista de outro e podia entender como este fato dava um giro radical à vida de um. Seus olhos se umedeceram e sua boca formou uma linha sombria. —por que não vamos daqui? —Assinalei detrás dele ao apartamento de Cookie. Ele assentiu com a cabeça. depois de fechar a porta, bati na porta do Cookie, sabendo de que sua filha, Amber, estava em casa. Inclusive então, não estava acostumado a chamar, mas tinha companhia. Não queria colher com o guarda baixo ao Amber. Era uma menina de doze anos. Provavelmente estava fazendo cambalhotas em roupa interior com a última canção pop a todo volume. Ou talvez era só eu. Amber respondeu com sua habitual atitude saltitanta; então viu o Quentin. Imaginei que a aturdiria um pouco. Fez-o. Ele me aturdiu um pouco a primeira vez, também. —Olá, carinho, podemos utilizar sua sala de estar por um minuto? —Claro —disse. Pareceu encher-se de acanhamento de repente. Amber não era exatamente o tipo tímido, mas o entendi. Quentin era impressionante. Fiz gestos enquanto falava. —Genial, obrigado. Este é Quentin. Quentin, esta é Amber. —Ambos sorriram em uma saudação e entramos. —Querem algo de beber? —perguntou ela. Rapidamente traduzi e Quentin agitou uma mão, negando. —Não, obrigado — 1 assinalou. 6

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E Amber se derreteu. Podia vê-lo em seus olhos. Sua expressão triste. Sua mão sobre seu coração. A sutileza não era seu ponto forte. —Obrigado, Amber —disse, esperando tirar a da habitação—. Sozinho necessitávamos um lugar para falar umas quantas coisas. Farei-te saber se necessitamos algo.

1.jpg 2.jpg —Está bem —disse ela, com voz entrecortada, com um amor recentemente descoberto. Sip, eu tinha passado por isso. Sentamo-nos no sofá de tons terra do Cookie, e Quentin tirou seus óculos de sol. Quase me esquecia. Ele me via como um projetor que brilha em seu rosto. Isso não podia ser agradável. —Então, o que está passando? —perguntei quando se sentou ao bordo do sofá—. Como está a irmã Mary Elizabeth? A irmã Mary Elizabeth era uma amiga em comum com uma capacidade única similar, só ela podia ouvir os anjos enquanto conversavam entre eles. E, de acordo com a irmã, eram muito faladores. —Está bem —disse. As mangas de sua jaqueta eram quase muito largas para seus braços. Os punhos cobrindo a metade de suas mãos enquanto gesticulava, mas suas mãos eram masculinas com ângulos duros e largos dedos—. Me disse que dissesse-te olá. —OH, que amável. lhe diga olá também. E agora que terminamos com os 1 comentários amáveis, o que está passando? 6

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Ele respirou fundo. —Estava acostumado a ver só os fantasmas, como sombras no ar. Mas agora o vejo tudo. Vejo-os. Vejo sua roupa. Vejo a terra em seus pés. E vejo a sangre em seu cabelo. Pus uma palma em seu joelho em forma de apoio enquanto se desafogava sobre tudo o que tinha estado vendo. Estava um pouco surpreendida por que a irmana Mary Elizabeth não me tivesse chamado por isso. Por outra parte, talvez não o disse a ela. Quando terminou de destrambelhar, piscou de novo para mim, querendo respostas, desejando uma solução. Uma solução que eu não tinha. —Vê o que eu vejo —pinjente, minha cara mostrando a empatia que sentia—. Vê aos mortos que ficam na terra, que não cruzaram. Não é como nas filmes. Não estão aqui para te assustar ou te fazer danifico. Manteve os olhos fixos em meus, com a esperança de ter melhores notícias. —Só querem respostas como você. Querem acabar algo que não fizeram antes de morrer. —Como assuntos pendentes? —perguntou. —Sim. Quem te disse isso?

1.jpg 2.jpg —Meus amigos na escola. Eles pensam que é genial que veja gente morta. —Quase parecia orgulhoso desse fato. Isso era uma coisa sobre a comunidade surda que sempre admirei, eram as pessoas mais amáveis que havia conhecido. Não importava com o que tivesse que tratar, a cegueira, problemas mentais, síndrome de alcoolismo fetal, autismo, com o que seja que estivesse 1 lutando, se foi um discapacitado, eles lhe 6 receberiam como um dos seus.

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Inclusive, ao parecer, se tinha a vista sobrenatural. —Acredito que é muito bom, também —disse. Baixou o olhar. —Está bem, suponho. —Mas pode ser aterrador. —Sim. —Só recorda, são exatamente como nós. Eram nós, solo que acabam de cruzar a outro nível de existência. Ele franziu o cenho. —Assim é como seguem vivos? —Sim. Eles simplesmente já não têm seus corpos físicos. E provavelmente poderia necessitar um amigo. Seu olhar se deslizou de mim ao chão. —Não o pensei dessa maneira. — Deixei que absorvesse essa informação por um minuto antes de que piscasse de novo para mim—. Talvez querem ir ao céu, mas não podem te encontrar. Neguei com a cabeça. —Como o entendo, podem lombriga desde qualquer lugar do mundo. Seus olhos se abriram, surpreendidos. —Inclusive se estiverem na China? —Inclusive se estiverem na China —disse. —Como? Há todo um planeta entre você e eles. Podem ver através das coisas como nós vemos través deles? —Não tenho nem idéia. É estranho. Não posso ver minha própria luz, assim não tenho nem idéia do que fazem.

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Isso chamou sua atenção. —Não pode 6vê-la? Sua própria luz? Porque é

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locamente brilhante. —Nop. —Pode vê-los mas não sua luz? —Assim é.

1.jpg 2.jpg —Isso é estranho. —Sua boca se inclinou em um sorriso pícaro—. Talvez necessita ajuda com seu cérebro. —A gente me diz isso freqüentemente. Não tenho idéia de por que. Ele assentiu com a cabeça, estando de acordo com essa gente, assim naturalmente tive que lhe fazer cócegas. E hei aqui que o menino era mais delicado que um recém-nascido. Ele riu e empurrou minhas mãos. Quando não renunciei a meu missão, se acurrucó em posição fetal, com sua risada rouca e íntima. —Estas maltratando a esse menino? Olhei como Cookie entrava pela porta com bolsas de comida. —Só um pouco. Ele acredita que necessito ajuda mental. —Bom, se tiver que tomar partido... Sua risada se fez mais forte quando encontrei uma costela especialmente sensível. —Pofavoor! —disse com sua suave voz afogada por sua jaqueta. —Por favor? —perguntei em voz alta—. Não receberá trégua, senhor. Ele não estava olhando e eu não estava fazendo gestos, assim estava falando só para meu próprio benefício.

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E o do Cookie. —Traje um pedaço de frango Alfredo, espaguete e uma ordem de pão de alho. —Rico —pinjente, deixando ao Quentin para que pudesse pedir desculpas como correspondia. Seus óculos estavam em algum lugar no sofá, e bloqueou minha luz com uma mão enquanto as buscava com um enorme sorriso em seu rosto. —É quem acredito que é? —perguntou Cookie. —É Quentin —disse Amber, que vinha saltando como um vento do norte—. Não é formoso? E não tem idéia do que estou dizendo. Posso falar dele e não saberá. Quentin riu entre dentes e a olhou. Fez uma pausa, sua alegria passou à mortificação e logo perguntou: —Tia Charley, há-lhe dito o que pinjente? —Sim, fiz-o. E é de má educação falar de pessoas a suas costas. Seu rosto se voltou uma sombra brilhante de cor escarlate. Quase senti lástima por ela. —Não tinha que lhe dizer. Minha expressão se suavizou em simpatia. —Crie que isso é justo? O que lhe aproveite de sua perda de audição dessa maneira?

1.jpg 2.jpg —Bom, se o puser dessa maneira. —Inclinou a cabeça e esfregou seu punho em um círculo em seu peito—. O sinto, Quentin. Impressionou-me que soubesse o gesto.

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depois de ter encontrado por fim seus óculos de sol, Quentin as apoiou em 6

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a parte superior de sua cabeça e deu um passo para ela. —Está bem. Seu sorriso a desarmou por completo. Ela se esqueceu de sua mortificação. — Pode ficar a comer conosco? —perguntou em voz alta. Saltei sobre o respaldo do sofá, arrependi-me quando aterrissei e quase acabo com uma planta de borracha, e o tradujé o que Amber havia dito. Quentin se encolheu de ombros e assentiu. —Seguro, obrigado. E Amber se perdeu. —Olá —disse ele ao Cookie Ela tomou sua mão entre as suas. —É tão bom verte de novo, e é bem-vindo em qualquer momento, Quentin. Interpretei-o, e logo acrescentei: —Mas só se Cookie e eu estamos aqui também. Ele me deu um polegar para cima, compreendendo o que queria dizer por completo. Não me perdi o interesse em seus olhos quando Amber abriu a porta. Isto tinha “problemas” escrito por toda parte. Com marcador permanente. Amber tomou o braço do Quentin e o conduziu para a mesa, onde tirou um lápis e papel para escrever notas. Logo degradaram a terceira roda. Já que me tinham despedido sumariamente sem sequer um cheque de indenização, fui a ajudar ao Cookie na cozinha, a qual era muito parecida com a de meu próprio apartamento, estava a uns cinco centímetros de onde nos encontrávamos. —OH, céus, Charley, simplesmente não posso me cansar dele. É absolutamente um boneco. —Sim —disse, mantendo uma estreita vigilância sobre o fantasia de diabo—, essa é 1 minha preocupação. Como foi hoje? 6

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—OH, Meu deus, aprendi muito. —Isso é genial. Mas a sério, tenho que averiguar o que está passando com estas mulheres. Quase não posso passar por meu apartamento. E Nicolette? Está viva? O que acontece isso? Eles nunca voltam para a vida.

1.jpg 2.jpg Por alguma razão, Cookie verteu a massa em suas próprios tigelas. —Dá-te conta de que não está enganando a ninguém. Ela me ignorou. —É Nicolette, já sabe, um zombi? Enrolei os espaguetes em um garfo e se deslizou em minha boca. —Em realidade não parece uma morta vivente —disse, falando com a boca enche—. Você te vê mais como um zombi que ela. Já sabe, pelas manhãs de todos os modos. —Isso esteve desconjurado. —Conhece-me de tudo?

depois de que Quentin e eu devorássemos o jantar Kowalski, sentamo-nos ao redor da mesa tomando chá e contando histórias embaraçosas sobre o Amber. Estava tão apaixonada, que não se deu conta de quando contei a ele quando havia tratado de tingir o cabelo com o Kool-Aid e ficou cinza durante uma semana inteira.

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—Sei a linguagem de gestos também —intervinó, depois de uns poucos minutos. —Gesticulou "sinto muito" antes —disse—. Me impressionou. ruborizou-se. —Sim, aprendi algumas em segundo grau. Minha professora nos ensinou. Tomou uma classe na universidade. —Toda uma classe? —perguntei, tratando de não soar divertida, embora o estava—. Isso está muito bem. —Sim. —E ainda recorda o que te ensinou? —perguntou-lhe Cookie. Ela assentiu com a cabeça. Quentin elevou as sobrancelhas, esperando a que lhe mostrasse algo. Havia poucas coisas que as pessoas surdas encontrassem mais divertido que ver às pessoas que conheciam o suficiente gesticular até ser perigoso. Mas ele parecia realmente interessado. —Mas é parvo —disse ela, desinflando-se um pouco agora que era o centro de atenção. —Não. —Animei-a—. Arrumado a que é genial. —De acordo, bom, posso gesticular: "Sou muito especial."

1.jpg 2.jpg —Perfeito —pinjente. Fiz- gestos ao Quentin para que soubesse o que esperar, por se acaso o que Amber gesticulava não era para nada o que estava tratando de 1 dizer. 7

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Amber se levantou e se esclareceu garganta. Não tenho idéia de por que. Levantou as mãos e fez três gestos para nós que se supunha foram a ser eu, muito e especial. Estava emocionada porque não tinha arrojado o sou. Não havia tal palavra na Linguagem de Gestos Americano. O sou que sim existia era graças a um número qualquer de sistemas de signos em inglês que tinham muito pouco que ver com a linguagem real. Muito foi o suficientemente mau, mas podia lhe perdoar isso. Entretanto, há um certo matiz em qualquer linguagem, uma certa gradação, e a mudança de matiz pode trocar o significado de uma mensagem em seu totalidade. Uma forma equivocada com a mão ou um movimento equivocado, e a gesto troca de um substantivo a um verbo, ou de um adjetivo a outro. Seria como substituir p em puck por f 12. Pode ser um pequeno som afastado da mesma palavra, mas estava a um passo de gigante de levar o mesmo significado. 12Puck em inglês é disco, e trocando-se p por f, dá passo a fuck, que significa follar, joder, etc. Assim quando Amber alargou o movimento da palavra muito para trás, e estendeu o movimento na palavra especial, utilizando todos os dedos de seu emano direita em vez de dois, encontrei-me mais que um pouco surpreendida. Pisquei. Quentin piscou. E acreditando que não a tínhamos entendido, Amber gesticulou de novo, para meu horror absoluto. Lancei-me para frente e agarrei suas mãos antes de olhar para trás ao Quentin. Quem agora tinha um sorriso que expressava o muito 1 que 7

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apreciava a franqueza do Amber. Fechei minhas mãos sobre seus olhos. Ele riu e atirou delas para baixo. —O que? —disse Amber com consternação, sujeitando suas mãos detrás de seu costas—. Que pinjente? —Ela... não quis dizer isso —disse ao Quentin. —Não quis dizer, o que? —Estou bastante seguro de que quis —disse. —Nada, carinho. —Tirei o Quentin da cadeira—. Temos que ir de todos modos. Obrigado pelo jantar. Cookie estava sentada com a boca aberta, tratando de averiguar o que acabava de acontecer.

1.jpg 2.jpg —Acredito que deveria ficar —disse Quentin, o sorriso resplandecendo em seu rosto—. Ver que mais sabe. —É obvio que não. —Arrastei-o para a porta. Enquanto a fechava, Amber gritou—: Que pinjente? Apoiei-me na porta e repeti meu sentimento de antes. —Ela não queria dizer isso. Pôs os olhos em branco com um sorriso suave. —Sei o que ela estava tratando de dizer. Não sou um idiota. —Certo. Sinto muito. Mas felpa esse sorriso de sua cara. —Que sorriso?

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Assinalei à mesma. —Essa. Tratou de eliminá-la com um golpe de sua mão, sem nenhum resultado. —E para que conste, Amber não —Me inclinei e lhe sussurrei as seguintes gestos—: folla ou dá favores sexuais. Se descompusó de novo, dobrando-se enquanto tremia da risada e perguntou: —Crie que é a sério sua professora lhe ensino a dizer "eu sou muito especial"? Não tinha pensado nisso. —Provavelmente, não. A menos que, é obvio, ela se abrisse passo através da universidade como uma prostituta. Seus ombros se estremeceram, e logo se deteve, ficou sério e olhou a um lado. Senti-o também. Um calor flutuando para nós. Os dois vimos como Reis subia as escadas, seu modo de andar, como o de uma pantera. Cada movimento cheio de propósito, cada movimento realizado com a graça de um depredador perigoso. Seu olhar virtualmente brilhou quando aterrissou em mim. —Sr. Farrow —disse enquanto passava. Recordou ao Quentin. Pude ver o reconhecimento em seus olhos. —Srta. Davidson —disse antes de assentir para o Quentin enquanto nos passava. Entrou em seu apartamento e fechou a porta lentamente. —Posso vê-lo, também —disse Quentin, seus sinais sendo cuidadosos, com uma expressão cautelosa—. Posso ver como é. Pelo que parece. —Pelo que parece? —perguntei.

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—É escuro —disse, a suspeita impregnava cada palavra—. A escuridão o rodeia como um manto de névoa. Nunca vi nada igual. Ao igual a não podia ver minha própria luz, não podia ver a escuridão perpétua que rodeava a Reis a menos que se desmaterializara e viesse para mim em sua forma imaterial. Mas me haviam dito sobre ele antes. Anjo o tinha mencionado uma vez. Pensei que tinha estado exagerando. —Sim, bom —pinjente, passando um braço sobre seus ombros—, ele teve uma vida muito dura. Ele não era capaz de apartar o olhar da porta de Reis. —O que é ele? depois da conversação que acabávamos de ter, não estava segura de querer que soubesse. traumatizou-se o suficiente, mas tampouco queria lhe mentir. —Não estou segura de querer te dizer —disse, levando-o escada abaixo. Pensou um momento e logo disse: —Não estou seguro de querer sabê-lo.

1.jpg 2.jpg 9 Traduzido por Lua West Corrigido pela Alessa Masllentyle

Quem quer que esteja a cargo de assegurar-se de que eu não cometa estupidezes, está despedido.

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Levei ao Quentin ao convento, saudei todas as irmãs, joguei um rápido jogo do Yahtzee, consegui que chutassem meu traseiro e logo me dirigi de retorno a a casa do Rocket com uma nova ferramenta sobre meu assento traseiro. Se não podia subir a perto, então ia atravessar a. Usar as pinzas para cortar metal foi muito mais difícil do que pensei que seria. E eram muito pesadas e volumosas. Que diabos? Parecia tão fácil nas filmes. Como podar um arbusto de azalea. Mas isto era trabalho. Devi haver comprada luvas. Minhas mãos eram tão pequenas e débeis. depois de finalmente fazer uma abertura o suficientemente grande para que pudesse atravessá-la, obriguei a minha cabeça a entrar primeiro e notei que deixei algumas mechas de cabelo e toneladas de amostras de DNA nos borde afiados de arame que acabava de cortar. Isto não ia como o planejei. Finalmente, coloquei meu corpo através da cerca, comparando a desagradável experiência com meu nascimento, e encontrei a janela do porão que sempre mantinha sem chave. Queria usar a chave que tinha, mas todas as fechaduras foram trocadas. Quem queira que fora Indústrias C&R, pagariam um alto preço por meu sangue perdido. Tirei uma lanterna e baixei as escadas de questionável durabilidade. Bolo de Morango apareceu com o resplendor de minha luz. Morango, aliás Becky Taft, aliás a pequena hermanita do David Taft que morreu quando ele tinha onze, era uma bola de fogo de nove anos que bem poderia lhe ensinar ao papai de Reis uma 1 ou dois 7

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costure no que a mim respeita. Chamei-a Bolo de Morango porque ainda usava a pijama de Bolo de Morango de quando faleceu. Pôs suas mãos feitas punhos em seus quadris, seu comprido cabelo loiro e enredado caindo por suas costas. Sempre pensei que se

1.jpg 2.jpg realmente eu gostasse dos meninos, ela poderia me haver agradado. Provavelmente não, mas era um pensamento. —Olá, cabaça —pinjente—. Onde está Rocket? —Escondendo-se. —Deus, ama esse jogo. —Não, está escondendo-se de ti. Tem que te mostrar algo. —Olhou-me acusadoramente. Tentei não rir. —me mostrar o que? —Alguém na parede. Teme que te zangue com ele. —Sério? Bom, agora tenho curiosidade. —Então, pensei-o por um momento. O que acontece era meu nome?, e se as tesouras para arame caem e eu acidentalmente curto minha própria garganta e me sangro até morrer me sem sequer sabê-lo? Isso seria um asco. —Posso te escovar o cabelo? —perguntou enquanto seguia o caminho, dando saltos pelo lugar. Meninos. Não pode viver com eles. Mas tampouco pode comer-lhe isso Entonces, comprendí lo que preguntó. —¡No! —grité antes de frenar la

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Então, compreendi o que perguntou. —Não! —gritei antes de frear a quebra de onda de medo que se apoderou de mim, para logo dizer com uma amável voz—: Não, cabaça, possivelmente a próxima vez. Mas já era muito tarde. Ela se deteve, cruzou seus pequenos braços sobre seu diminuto peito e gemeu como um cachorrinho. Mierda. Isso era tudo o que eu necessitava. Que TF começasse a me seguir, me atormentando porque feri seus sentimentos. —Bem, pode escovar meu cabelo quando encontrarmos ao Rocket. Mas sem tesouras. Sei o que fez a suas bonecas. Ofegou, completamente horrorizada. —Foi só às bonecas más. OH, sim, estava completamente corda. Encontramos ao Rocket em uma das habitações do pavilhão médico. A qual era, como muito, a habitação mais horripilante de todas. —Olá, amigo Rocket —disse para relaxá-lo. Ele se sentou em um rincão, acurrucado em uma bola. Parecia que obrigava a muitas pessoas a colocar-se em posição fetal ultimamente. Ajoelhei-me junto a ele e pus uma gentil emano em seu ombro—. O que passa? Sacudiu sua cabeça e se acurrucó ainda mais. Nunca o tinha visto assim. —Sim, o que acontece? —disse Morango justo antes de cravá-lo com um pau.

1.jpg 2.jpg Lhe deu um tapa à vara. —Morango! —pinjente—. Não crave ao Rocket. Pelo amor de Deus. Onde está 1 você 7

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irmã? A irmã do Rocket era conhecida pelo nome do Blue Bell. Não tinha idéia de por que. Conheci-a uma só vez. Uma pequena cosita angélico com o cabelo curto até as orelhas e macacões. Morango se encolheu de ombros e o cravou de novo. Arrebatei-lhe a varinha. —Pensei que queria escovar meu cabelo. —OH, sim!, quero! —Saiu ao corredor, só podia supor que foi conseguir uma escova. —De acordo, amigo Rocket, o que te está preocupando? —Quando sacudiu sua cabeça, comecei a Te tentá-lo trarei um refresco a próxima vez. mordeu-se o lábio inferior. —Um de uva. —Com uma sombrinha? —perguntou. A última vez que o subornei com um refresco, pu-lhe uma pequena sombrinha vamos, uma sobra de uma noite Hawaiana no Calamity. —Com uma sombrinha —prometi. removeu-se até que esteve sentando com as costas contra a parede, seus braços cruzados sobre os joelhos dobrados. —Bem, mas vais encher o saco te. TF apareceu com uma escova que tinha encontrado em Deus saberá onde. —Sente-se em seu traseiro —ordenou—, e fica aquieta. Tenho um montão de trabalho frente a mim. Sentei-me e lhe franzi o cenho enquanto ela atirava de minha liga. —Não há nada 1 mau com meu cabelo. 7

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—Sei —disse, de repente à defensiva—. Não é realmente feio. É simplesmente insípido. Bom, isso o esclarecia tudo. A próxima vez que fora à barbearia, me gostaria de lhes dizer o que Morango pensava de meu cabelo. Possivelmente poderiam me explicar por que era insípido. Dava-lhe as costas e a deixei tomar meu cabelo entre seus dedos. Passou a escova a través dele, começando por meu couro cabeludo e deslizando-o até as pontas. Esperava não ter várias mechas menos para quando terminasse.

1.jpg 2.jpg Sempre estava um pouco impressionada com o que Morango podia fazer. Não todos os defuntos podiam mover objetos, muito menos levá-los consigo e utilizá-los. Acredito que a razão pela qual podia fazê-lo era porque ninguém lhe havia dito o contrário e recordar que os mortos não podem fazê-lo nunca se o ocorreu a ela. depois de outra boa raspagem de minhas raízes, notei uma diminuta mão saindo da parede detrás do Rocket. Era Blue. aferrava-se ao braço de seu irmão porque tinha medo de mim ou estava assustada por ele. —Rocket, por que crie que vou encher o saco me contigo? —Porque… —Alguma vez me enchi o saco contigo? —Não, senhorita Charlotte, mas uma vez te incomodou. —Bem, tentarei não me encher o saco. —Para esse momento, meu couro 1 cabeludo 7

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estava em chamas. Morangos escovava, arrancava e atirava de meu couro até que me sangrasse—. O que vai mau? —vou ter que lhe mostrar isso senhorita Charlotte. Blue atirou de seu braço, tratando de devorar dele através da parede. —Está bem, Blue. vai trazer nos um refresco de uva com uma sombrinha. Rocket assinalou detrás de minha cabeça. Quando me voltei para olhar, Morango tomou um punhado de meu cabelo e o jaloneó. —Ai! —Agarrei meu cabelo e o atirei fora de seu alcance—. Mierda, Morango. —Moveu-te —disse, me olhando como se eu fora uma idiota. Finalmente, consegui uma boa olhada da escova em sua mão. —De onde tirou isto? —Era de uma estranha forma rodeado com cerdas sujas por todos lados, até a manga de plástico quebrado. —Do armário de fornecimentos. Só havia um tipo de escova que eu soubesse que tinha cerdas em todos os sentidos. —OH. Deus. Meu. —Saltei e lhe gritei—: Isso é uma escova de banho! Levantou seus pequenos ombros. —Bem. —Morango! Isso é asqueroso. —Esfreguei meu cabelo, tentando limpá-lo. Possivelmente tinha um pouco do Lyson no Misery. Ou possivelmente algum desinfetante de mãos.

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—Como é —disse, e tive que me recordar a mim mesma que ela morreu em algum momento dos noventa, no apogeu da revolução de como é. Seu vocabulário era tão diferente do do Rocket, quem morreu nos cinqüenta. Finalmente, acalmei-me o suficiente para olhar aonde Rocket assinalava. Aproximei-me da parede, me tragando as arcadas. Nunca me recuperaria de isto. Tratei de encontrar o nome que assinalava, mas como sempre, o nome foi arranhado na superfície da parede. Era difícil saber onde terminava um nome e onde começava outro. —um pouco mais —disse, assinalando além de mim. Dava outro passo mais perto e vi um espaço espaçoso com um nome afastado de outros. Vi uma W e uma O. Me aproximei um pouco mais até que pude ler o último nome de outros. Farrow. Vacilei, mergulhei-me em tranqüilo estado de negação, logo dava outro passo. Alexander. Detive-me. Meus pulmões se contraíram enquanto estava de pé ali. Meus olhos seguiram letra a letra até que se concentraram no primeiro nome. O único nome que eu conhecia por mais de uma década. O nome que significava muitas coisas para mim. Formoso. Selvagem. Perigoso. Indomável. —Está molesta, senhorita Charlotte? O nome se voltou impreciso, mas o repeti em minha mente uma e outra vez. Deixei que os sons acariciassem minha boca, deslizassem-se sobre minha língua, saindo a través de meus lábios. Reis. Reis. Reis. —Está zangada?

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Blue já havia a travesado a parede. Podia vê-la pela extremidade do olho. Atirou do braço do Rocket, tentando devorá-lo para a parede com ela. —Não entendo —pinjente, totalmente incrédula—. O acabo de ver. —Girei-me para ele, a ira correndo através de mim como um reguero de pólvora—. Não está morto, acabo de vê-lo. Os olhos do Rocket se aumentaram enquanto me olhava. impulsionou-se a ficar de pé. —Charley —disse Morango, seu tom de repreensão—, tem que te deter. Está assustando ao Blue.

1.jpg 2.jpg —Não está morto —disse ao Rocket. —Ainda não —sacudiu a cabeça—, ainda não, senhorita Charlotte. Estive frente a ele outra vez, tinha o pescoço sujo de sua camisa envolta em meu punho antes de pensar o que fazia. Para me assegurar de que não desapareceria como era tão aficionado a fazer. —Quando? —perguntei, sabendo exatamente qual seria sua resposta. Tentou falar, sua boca abrindo-se e fechando-se como um peixe, havia-o assustado. Atraí-o mais perto até que nossos narizes se tocaram. —Quando? — repeti. —Não quando. Não como. Só quem. N-não se rompem as regras.

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Tranqüilizei minha voz, pronunciando cada sílaba com cuidado para que compreendesse cada palavra que saía de minha boca. —vou rasgar a sua irmã em dois. —Dias —disse Rocket enquanto uma lágrima caía sobre suas pestanas. Tremia incontrolablemente—. Ele só tem um par de dias. —por que?, o que acontecerá? —Quando vacilou, agachei-me e sem apartar os olhos dele curvei meus dedos ao redor do macacão de sua irmã. Ela não brigou. Manteve seus braços envoltos ao redor da perna de seu irmão. Mas meu ponto já ficou claro. —vai adoecer se —disse, suas pálpebras revoando enquanto saía do mundo real e aparecia ao mundo sobrenatural—. Mas não será real. Isto não é humano. Não terá outra opção. —O que? como que não tenho outra opção? —Você… você tendr{s que matá-lo. Não ser{ sua culpa. por que eu mataria a Reis? Não o faria. Ponto. Mas está claro que algo ia pôr me nesse caminho. —Como o detenho? —perguntei, as palavras assobiando entre meus dentes. Ele retornou para mim, seu olhar agudo e claro. —Não, senhorita Charlotte. Isso rompe as regras. —Quando baixei minha cabeça para olhá-lo por debaixo de meus pestanas, adicionou—: Não se rompem as regras. —Charley, vou dizer se o a meu irmão —disse Morango. Ela estava de pé a meu lado, as mãos nos quadris, um olhar cômico em seu rosto. —podem-se romper? —perguntei-lhe.

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1.jpg 2.jpg —Sim, mas não quererá romper as regras. Algo mau poderia ocorrer. —Isso está bem para mim. Empurrei-o contra a parede, incapaz de controlar a fúria que se havia procurador de mim, e saí. Retornando à porta traseira, entrei no Misery, ofegando por ar, minhas bochechas úmidas da emoção e pesar. O que tinha feito? Limpei furiosamente minhas bochechas, saí do lugar do Rocket com mil perguntas mais das que tinha quando entrei. Não podia perdê-lo. Não podia perder a Reis. E não tinha absolutamente nenhuma intenção de matá-lo, pelo menos isso estava resolvido. Entretanto, o que poderia justificar uma ação tão extrema?

Não estava segura de poder lhe fazer frente à grande quantidade de mulheres em meu departamento neste momento. Tinha perdido o controle. Com o Rocket. A alma mais doce que tinha conhecido jamais. Ameacei a sua irmã pequena, uma menina de cinco anos que se escondia nos rincões escuros e se acurrucaba nas sombras para evitar a pessoas como eu. Para ameaçá-la-se necessitavam bolas. Deveria me sentir orgulhosa de mim mesma, intimidando a um homem com problemas mentais e uma menina de cinco anos. E de acordo com o Rocket, estava a ponto de perder ao único homem que hei amado.

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O melhor lugar para mim, o único lugar8onde eu poderia esclarecer meus

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pensamentos e encontrar as respostas que ainda necessitava, estava em meu escritório, assim que me dirigi para ali. Entrei para encontrar o restaurante e bar cheio de clientes. De novo. Não era horrivelmente incomum para um sábado de noite, mas ao igual aos últimos dias, a habitação estava a arrebentar de mulheres, e havia muitos mais policiais fora de serviço do normal. Sem dúvida, o aumento repentino da presença feminina atraía aos caçadores. O oficial Taft estava ali, o irmão maior de Morango, e a última coisa que queria lhe dizer era que acabava de amenzarar às duas pessoas mais queridas que jamais existiram justo em frente de sua irmã pequena. Morango poderia merecer isso e muito mais, mas meu comportamento era indesculpável. E pior ainda, não tinha idéia do que se apoderou de mim. Voltei-me furiosa em um segundo. Tentando esquivar ao Taft, caminhei junto a uma mesa com um rosto familiar. Jessica estava ali. Outra vez. Que demônios? Era muito tarde para trocar meu rota agora. Ela saberia que tentava evitá-la. Não tinha mais remedeio que caminhar por sua mesa.

1.jpg 2.jpg Jessica me viu e sorriu enquanto me apressava a caminhar. Era o dia equivocado para tentar joder comigo. Detive-me o meio caminhar e me aproximei até que estivemos cara a cara. —OH, olá, Jess —disse, plasmando um enorme sorriso e polvilhando-a com tanta açúcar falsa em minha voz que tinha que trocar meu nome a Splenda. Piscou surpreendida, logo me olhou com suficiente desagrado como para 1 querer lhe dar uma tremenda bofetada,8mas me contive. —O que quer? —

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perguntou, seus amigas riram no momento justo. Era inspirador, em realidade. —Só estava preocupada com ti, pela clamidia e herpes que tinha quando estava na preparatória. Queria me assegurar que estiveste praticando sexo seguro. Sua mandíbula se abriu o suficiente para que seus amigas notassem que não estava mentindo. Foi incrível sua reação, lhe confirmando a todos o que acabava de dizer. Teria que lhe enviar um cartão de agradecimento depois. —Está bem? —perguntei quando seu rosto se voltou de um encantador tom escarlate. —Não tenho herpes —disse com os dentes apertados. Seu olhar saltou entre seus amigas com acanhamento—. E sei por que está aqui. Deveria te dar por vencida. Bem, esse era um contra-ataque. por que estava eu aqui? OH, correto. — Trabalho aqui. Meu papai é o dono deste bar. Meu escritório está justo acima. —Assinalei o balcão que dava ao restaurante—. por que está você aqui? burlou-se. —Claro que não sabe o por que. Maldição. Devolvia-me o golpe de novo. De que diabos me perdia? Percorri a habitação procurando pistas, algo que um investigador privado cartório. Nada. Mas não podia deixar que ela soubesse. —Bem, espero que isto tenha sido divertido. Mantenham sua roupa posta, damas. —Sorri e me despedi com minha mão enquanto me afastava com tanta dignidade como me era possível. Odiava estar desconjurado. Estar desconjurado era como ser o único menino no pátio do recreio sem um videojuego. Subi as escadas de dois em dois e fechei a porta de meu escritório detrás de 1 mim, 8

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minha mente se cambaleava no que acabava de fazer. Não sobre a Jessica, se não sobre Rocket e Blue. Sentei-me detrás de meu escritório, ainda tremendo, e cobri minha cara com as mãos, tentando me tranqüilizar. Como podia arrumar isto?, como podia arrumar minha relação com o Rocket e Blue? Acabava de conhecer o Blue, e agora me via como uma abusadora, um

1.jpg 2.jpg monstro. E porque demônios estava Jess aqui, de todos os modos? Isso me irritava. E me comportar tão imatura me irritava ao extremo. Acendi meu computador e comprovei a cafeteira. Só havia suficiente para uma taça, assim que a pus no microondas, acrescentei todos os acompanhamentos, e logo me pus a trabalhar. Necessitava respostas. Em primeiro lugar, quem era o dono desse edifício? Se não fora sábado de noite, poderia ir ao tribunal e averiguá-lo, mas possivelmente poderia encontrar algo em linha a respeito. Fiz busca depois de busca. Nada, embora se encontrei um par de sítios muito interessantes que falavam de quão enfeitiçado estava o manicômio. Havia testemunhos de como a gente tinha visto uma luz brilhando em suas câmaras ou encontraram um objeto em um lugar diferente de onde o tinham deixado. Se que eles soubessem. Minha principal preocupação era, o que aconteceria Rocket se a empresa que comprou o asilo decidisse demoli-lo?, aonde iria Rocket? Minhas paredes não tinham tanta capacidade para o uso que Rocket lhes dava e todos seus conhecimentos. Devia averiguar quais seriam seus planos. Se a demolição se encontrava no futuro previsível do Rocket, eu teria que encontrar um lugar aonde transladá-lo. Mas 1 resolveria esse problema quando chegar 8 a ele.

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Quando não me ocorreu nada, sentei-me ali, bebendo café e me perguntando sobre tudo. Nicolette a não morta. As mulheres por mim departamento. O fato de que Kim Milhar foi muito provavelmente uma pirómana e o fato adicional de que Reis Farrow não seria muito feliz quando falasse com seu irmã. Tinha que haver outra maneira. No fundo de minha mente, outro feito ardia e picava. Tratar de me preocupar por outras coisas além disso do fato de que Reis tinha uns quantos dias de vida era como tentar não olhar o enorme elefante na habitação. Ele poderia morrer. Estava destinado a morrer. Inalei profundamente e tomei uma decisão. Quando chegasse o momento, faria o que fora para evitar que isso acontecesse. Não morreria. Não por meu decisão. Já que não havia nada que pudesse fazer por Reis justo agora, sem ter idéia da quem poderia lhe perguntar sobre minhas dúvidas, concentrei-me na Kim. Seu situação era quão única tinha a oportunidade de melhorar entre meus problemas. Mas como? depois de duas horas completas de miséria, saí de meu escritório através da porta principal e tomei a escada exterior. Conhecendo minha sorte, Jessica e seus amigas ainda seguiriam ali. Em onda. Exatamente onde eu não estava. Tampouco estava em um bom estado de ânimo para que me recordassem esse fato.

1.jpg 2.jpg Caminhei ao redor do bar para meu edifício de apartamento detrás dele e 1 subi penosamente os dois lances de escada. O morto Duff me adiantou quase 8

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ao chegar. Seus óculos redondos e boina de beisebol para trás me fizeram sorrir a pesar de tudo. —Olá, C-Charley. —Olá. Como esta PP? —perguntei, inquirindo a respeito da caniche psicótica da senhora Allen, Pince Phillip. Franziu o cenho, logo se conteve. —PP está bem. Ele não é o p-problema. —Sério?, quem é? —É a Sra. Allen. Não estou seguro de que esteja muito estável. —Isso crie? Acredita que seu caniche é da realeza. Sério, que tão estável pode estar? —Isso é certo. Decidi m-me mudar. A nota adesiva em minha porta dizia: Lista para o segundo round? Atirei por mim lábio inferior entre meus dentes, tirei a nota e a aproximei de minha boca. depois de um rápida olhada à porta de Reis, pinjente—: Isso sonha lógico. —Poderia viver aqui —disse, assinalando ao apartamento do Cookie. —OH. —Isso me surpreendeu—. Bom, está bem, mas só se espiões ao Cook por mim. —Cook?, Cookie?, você a-amiga da outra noite? —A mesma. estive preocupada com ela. O que sabe você sobre a moda de mulheres? —Não muito, mas s-suponho que poderia espiá-la. A menos, você sabe, a 1 menos que tenha uma habitação livre ou 8 a-algo.

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OH, Meu deus. Estava me pedindo mudar-se comigo? Imaginar que o primeiro menino que quer mudar-se comigo estava morto. —Em realidade, estou enche por agora. —Abri a porta e fiz um gesto para lhe demonstrar quão cheio estava. Ele fez uma careta ao ver a horda. Senti-me agradecida de que se estivessem ficando em meu apartamento e não correndo pelas verdes pradarias de Deus. Nunca seria capaz das reunir a todas. E havia mais que antes. Talvez deveria ficar com o Cookie, também. Não, eu precisava deixar de fugir e tentar conseguir um pouco de informação de estas mulheres. Sem dúvida, uma delas, da dúzia de mulheres, poderia me dizer o que estava passando. Estava desconjurado, inclusive em minha própria casa.

1.jpg 2.jpg —H-vi isso. Q-possivelmente só sairei a passear por um momento. —Ouça, poderia falar com elas? —perguntei—. Averiguar o que está passando? Mas seu olhar seguia sobre o Sr. Wong. Suas sobrancelhas se franziram um microsegundo antes de que a compreensão se assentasse. —Um, n-não. Não c-crio p-poder. Não pode evitar notar que sua gagueira piorou. —Conhece-o? —perguntei, surpreendida. —Q-o que?, ele? N-não. N-não tenho idéia de q-quem é e-esteja. Retive-o do braço. —Duff, quem é ele?

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—Tenho que i-rme. Estava assustado?, surpreso? —Duff, espera. —Me caiu a bolsa e me agachei para recolhê-lo. Mas ele se foi. desvaneceu-se. Muito a meu pesar. Entrei em meu apartamento, fechei a porta detrás de mim, e saudei o Sr. Wong. —Bem, senhor, quem é realmente? Não se moveu. Nunca se movia. Mas de onde poderia conhecê-lo Duff? O Sr. Wong não saía muito.

Pensei em lhe pagar a meu lindo vizinho com uma visita. A Reis, não ao Cookie. Cookie também era linda, a sua maneira especial. Mas saber sobre a Kim e o que tinha que fazer não era algo que queria lhe dizer. E o que ia morrer logo? Me gostaria de encontrar uma maneira de romper as regras, o que seja que significassem, quando chegasse o momento, mas até então ter a Reis tão perto era maravilhoso. Parecia que compartilharia a cama com uma formosa mulher asiática. Ela se sentou no rincão mais afastado da habitação. Seus pés sobre o chão. Seus Palmas em seu regaço. Seu olhar distante. Parecia mau tentar dormir um pouco com todas estas mulheres meditando por ali, mas não sabia o que fazer com elas. Me ajoelhei e olhei debaixo da cama. A duendecilla ainda seguia ali. Seus enormes olhos azuis me olhando fixamente, e notei que era quão única fazia contato 1 visual 9

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comigo. Que me olhava.

1.jpg 2.jpg De todas as mulheres, era a mais jovem. Parecia-me estranho que um assassino em série matasse a uma menina em meio de mulheres adultas. Talvez foi um acidente. Ou possivelmente começava às matar mais e mais jovens a seu passo. Não havia nada revelador. —Olá, carinho —pinjente. Ela se tornou para trás, seus movimentos precavidos, suas extremidades trabalhavam como um inseto estando em um espaço pequeno. —Doce sonhos. Finalmente me recostei, minha mente correndo com os acontecimentos do dia, e coloquei minha mão contra a parede que separava o apartamento de Reis e meu. Nossos dormitórios. Seu calor, me queimando e me relaxando ao mesmo tempo, subiu por meu braço e se pulverizou através de todo meu corpo. Dormi com um sozinho pensamento em minha cabeça: Reis Farrow.

—Quero que saiba que estou me perdendo uma maratona do Supernatural — disse Cookie a seguinte manhã quando chegou a tomar café. —É por um bem maior, Cook. Quatro de cada cinco peritos concordam: a segurança nacional é mais importante que uns tios buenorros.

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—Viu sequer aos meninos Winchester? A existência do Sammy e Dean prova que há um Deus, e que é uma mulher. Ri a gargalhadas. Mas tinha um bom ponto. —É certo —disse, arqueando uma descarada sobrancelha—, li-o em um poster. —Então, deve ser verdade. O que fará em classe hoje? —Vamos ao campo de tiro esta manhã, logo retornaremos ao salão de classes. Tinha razão, Noni é grandioso. E tem histórias geniais. Senti que devia adverti-la. —vais estar em terreno perigoso esta tarde. Só pensa em suas perguntas e responde honestamente. Noni se recusou a aprovar a dois estudantes antes porque estavam um pouco… emocionados. Acredito que você estar{s bem. —Voltemos para terreno perigoso. O que vai perguntar? —Pedirá-te que seja honesta contigo mesma. Falará sobre coisas como o arrependimento. Se alguma vez devorar o gatilho, se chegar a matar a alguém, como crie que vais sentir te depois?

1.jpg 2.jpg —Não sei. Nunca pensei nisso. As probabilidades de que isso ocorra são quase nulas. —É bastante simples, em realidade. Se tiver que disparar sua arma para proteger a alguém que amas, não te arrependerá. Mas se disparas para te proteger a ti mesma, tão louco como sôo, provavelmente sentirá muita culpa.

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—por que me sentiria culpado por me proteger? 9

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—É algo de nossa psique ou nossa genética. Não sei, acredito que há um cromossomo em nosso DNA que nos impede de utilizar a violência para nos proteger a nós mesmos se tivermos outra eleição. Tristemente, como os humanos estamos acostumados a fazer, sempre duvidamos de nós mesmos. Como resultado, terminamos nos sentindo mal por matar ao tipo que planejava nos matar com um tocha. —Encolhi-me de ombros—. Acredito que estará bem com isso. —Segue invadida? —Sim. Como o adivinhou? —Faz muito frio aqui. —Sinto muito. Os mortos são tão descasque. Amber apareceu sua cabeça pela porta. —Pode vir Quentin? —Não! —dissemos ambas de uma vez. —por que? Não tem que retornar à escola até noite. Cookie pôs sua expressão de mãe. —Nada de meninos no apartamento quando não estou ali, Amber. Ela rodou seus olhos como só uma garota de doze anos pode fazer e fechou a porta. —Assim, que gestos fez ontem à noite? —me acredite, não quer sabê-lo. encolheu-se de ombros. —Assim de mau? —Pior. Só digamos que devemos falar com ela sobre a pílula logo.

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—Latido. —É isso ou precisamos investigar a sua professora de segundo grau por prostituição. Espera, como sabe que ele não tem escola até a noite? —Aparentemente, estão texteando.

1.jpg 2.jpg —OH. —Dificilmente podia culpar ao Quentin, mas ele tinha dezesseis e Amber doze. Certo, ela era alta, de aspecto exótico ainda a sua idade, mas seguia tendo doze. Eu tinha que ser cuidadosa. Ofereceria um par de ameaças de morte a tempo em caso de que ele decidisse passar o assunto a algo mais que mensagens—. Suponho que está bem enquanto tudo o que façam comece com T ao início e não com a letra S.

1.jpg 2.jpg 10 Traduzido pelo Juli Corrigido pela Sofía Belikov

Meu meta na vida é ter um transtorno psiquiátrico que leve meu nome. (Camiseta)

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Tratei de chamar a Gemma um par de vezes, logo me rendi e rastreei seu 9

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telefone. Ilegalmente. Segundo a aplicação, encontrava-se em seu escritório, o que explicaria por que não respondia. Entretanto, nunca via os clientes um domingo. Talvez estava em problemas. Essa seria minha desculpa quando indevidamente se zangasse por rastrear ilegalmente seu telefone. Efetivamente, quando cheguei a seu escritório, seu Beamer se encontrava estacionado na parte traseira. Estacionei ao lado de uma caminhonete GMC branca, observei as bolsas de comida para ter arrojadas desordenadamente em seu interior, então entrei com uma chave que também tinha obtido ilegalmente. Ela nunca deveria me haver emprestado as chaves quando teve pneumonia naquela época. Não sabia o que faria uma cópia? Quase não podia ser responsável por meus ações quando todos ao redor me davam todas as oportunidades para afundar suas baixas expectativas. A porta de seu laboratório secreto, onde tinha suas coisas de psiquiatra, estava fechada, assim agarrei uma revista e esperei. Uns minutos mais tarde, ela saiu pela porta e se deteve quando me viu. —Charley —disse, fechando a porta detrás de si—, o que está fazendo aqui? —vim a te fazer algumas pergunta. —Olhei além dela—. O que está fazendo aqui? —É meu escritório. —Bloqueou meu ponto de vista—. Como sabia que estava aqui?

1.jpg 2.jpg —GPS. Rastreei seu telefone. Os investigadores privados podem fazer coisas assim. Assim é como nos dirigimos. —Isso é tão mau.

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—E entretanto, sente-se tão bem. por que está aqui um domingo? —Estou vendo um clie… antes de que pudesse terminar, a porta se abriu de novo. Um homem alto, largo e com o cabelo loiro saiu. Era um policial se sua uniforme era alguma indicação. —Charley, este é o Oficial Pierce. Tendeu a mão, e imediatamente notei três cicatrizes em sua cara. Eram como o recordava. converteu-se em um policial quase ao mesmo tempo em que me graduei da universidade. Houve um caso no que ajudei a meu tio, e ele tinha sido um novato em esse então. —Charley —disse, seus gestos eram agradáveis—. É um prazer te conhecer. —Em realidade, já nos vimos. —Dava-lhe a mão e imediatamente notei algo suspeito nele. Parecia agitado debaixo de seu exterior tranqüilo. Uma esquina de sua boca se inclinou para cima, franzindo as cicatrizes de sua bochecha, duas à direita debaixo de seu olho esquerdo e outra ao longo de seu mandíbula, como se um animal lhe tivesse arranhado, e o tivesse feito com suficiente profundidade para que as cicatrizes fossem permanentes. — Acreditei que não recordaria-o. —Sim, lembrança. Foi um novato quando nos conhecemos. —Sim, senhora. Esse foi um caso. Tio Bob me tinha chamado à cena do crime de uma família que havia sido assassinada. —Foi trágico.

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Baixou a cabeça enquanto recordava, logo olhou a Gemma. —Vemo-nos a semana que vem? —É obvio. A semana que vem. Gemma parecia nervosa. Ele a assustava? dirigiu-se para a porta. —E Gemma —adicionou—, pensa no que falamos. Ele me olhou como se lhe preocupasse que escutasse algo que não deveria. —O farei, doutor.

1.jpg 2.jpg Quando se foi, Gemma me levou a seu laboratório secreto. Sentei-me no sofá, me pondo completamente a gosto. —Quer um café? —perguntou. —Sério? —De acordo. —aproximou-se de sua pequena cozinha—. O que está fazendo aqui? Está tudo bem com a doutora Romero? —É obvio. —Endireitei-me e lhe dirigi um olhar de morte—. Por que não o estaria? —O que? —perguntou, ficando à defensiva. Deu-me uma taça de café. A tomei sem romper o feitiço de meu olhar. —O que lhe disse? De repente se voltou, revolvendo seu café. —Nada. por que?

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—Porque parece saber muito a respeito9 de mim.

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Seus ombros se esticaram. Quando se deu a volta, eu estava em meio de um sorvo, assim tive que bloquear meu olhar laser sobre ela desde detrás de minha taça e orar por não lombriga tola. —Disse-lhe só o que precisava saber para te tratar. Deixei minha taça. —E o que era? mordeu-se o lábio inferior um momento e logo disse—: Lhe disse que foi um ser sobrenatural com poderes especiais e que foste tratar de utilizá-los para dissuadir seu tratamento. —Quando minha mandíbula caiu aberta, apressouse a acrescentar—: Não se preocupe. Não lhe disse que foi o anjo da morte. —Gemma —disse, e adicionei um gemido monótono a minha voz—, agora não posso assustá-la. Não pode ir por aí lhe dizendo às pessoas a respeito de mim. sentou-se a meu lado. —Não, isto é perfeito. Ela está obrigada pela confidencialidade. Não lhe pode dizer a ninguém. —A menos que cria que sou uma ameaça. —Isso é verdade. Mas não crie. Disse-lhe que ajudas às pessoas e nunca o faria mal intencionadamente a uma pessoa inocente. —Isso me faz sentir muito melhor. por que está aqui um domingo? —Às vezes vejo os empregados municipais e trato de trabalhar com seus horários.

1.jpg 2.jpg 1 Escondia-me algo. Senti o ar rodear seu 9 bamboleio.

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—E também pensei que poderia fazer um pouco de papelada —adicionou. —Tem-lhe medo? voltou-se para mim. —Ao Oficial Pierce? Não. por que? Isso não ia a nenhuma parte. —Está bem. A quem está vendo? —O que? A ninguém. —Gem —lhe disse, rodando os olhos tão atrás, que quase me sujeitei—, não pode me mentir. Deixou a taça e me assinalou. —Isso é tão injusto. Inclusive quando fomos meninas, fazia armadilha. —Armadilha? —Sim. Não deveria utilizar seus poderes em qualquer pessoa. —Não o fiz. Tem um símbolo de infinito desenhado no interior da boneca. —OH. —ruborizou-se. —Só faz isso quando está saindo com alguém. —Tinha adquirido esse hábito na primária, e rapidamente aprendi que quando começava a desenhar símbolos do infinito, estava secretamente apaixonada. Não podia acreditar que ainda fizesse-o. Tinha como trinta ou algo assim. Quem fazia essa mierda? Cobri com indiferença as letras R-E-E-E-S que tinha desenhado em meus nódulos. —Não o faço só quando estou saindo com alguém. Estou pensando em conseguir um pouco de tinta. Fazê-lo permanente. —Quando apertei minha 2 boca, ela se 0

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derrubou—. Maldita seja. Não o estou vendo. Só quisesse. —Vá mierda! O amor não correspondido empresta. Então, quem é este idiota misterioso que claramente não tem gosto, se ainda não te convidou a sair? —Ninguém. E não o vais conhecer. Nunca. Pus uma mão sobre meu coração. —Envergonha-te de mim? —Sim. —Não. —Levantei a mão—. Não te contenha. Posso aceitar a verdade. —Estou envergonhada de ti —disse, sentando-se detrás de seu escritório e rebuscando entre papéis. —diga-me isso sem rodeios.

1.jpg 2.jpg —Dá-me vergonha te ter como irmã. Fechei os olhos com força. —Só sei honesta comigo, pelo amor do purê de maçã, Gemma. —Estou envergonhada de que venhamos do mesmo útero. —Então, quem é o policial? —perguntei-lhe, tomando outro gole das coisas boas. Deixou o periódico que estava estudando. —Pensei que o conhecia. —Conheci-o uma vez. Em uma noite chuvosa. Nosso amor o consumiu tudo durante uns cinco minutos. Então diminuiu. Ao igual a minha conta bancária.

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Curvou uma esquina de sua boca. —Não 0 te deu a hora do dia?

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—Nem sequer quando o perguntei agradavelmente. E falava a sério. Me tinha esquecido meu relógio. O que pode me dizer dele? —Nada absolutamente. —Como conseguiu essas cicatrizes? Finalmente me deu toda sua atenção. —Charley, não posso falar de meus clientes. —Só faço um pequeno bate-papo. Mãe do amor formoso. Além disso, pensei que se mudou a Montana ou algo assim. Deu-me seu melhor olhar furioso. Se tivesse tido cartões, daria-lhe um 8.5 com as marcas mais altas por uma execução lhe vigorizem. —Para que necessita uma psiquiatra? depois de lançar um comprido suspiro, disse—: Já que se trata de nada que não possa descer de Internet, teve que responder aos disparos na cena do crime e um homem inocente morreu durante o tiroteio. —OH, lembro-me disso. Como conseguiu as cicatrizes? —Não sei. Estava mentindo. O que seja. —Assim tenho um problema. —Só um? —perguntou—. Não estamos sendo um pouco irreal? —Meu apartamento foi invadido por uma grande quantidade de mulheres que parecem ter sido estranguladas por um assassino em série. deteve-se.

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2.jpg —São todas loiras, mas diferentes etnias e idades e tal. —Ela não era uma criminologista, assim não entrei em muitos detalhes—. Mas estão absolutamente aterrorizadas. Preciso saber como chegar até elas. Não posso conseguir nenhuma informação assim. Não vão falar comigo. —Que comportamentos estão exibindo? —Pensa na sala de psiquiatria desse filme de terror que vimos na escola primária. —Santa meu… De verdade? —Apesar de seus melhores esforços, seu rosto mostrava o horror que sentia ante a lembrança. Ela nunca tinha sido a mesma depois desse filme, o que por sorte para mim, seu medo fez tudo mais fácil. Se esclareceu garganta e começou de novo—. Quantas disse que há? —Perto de vinte. Não sei a ciência certa. Cada vez que Miro há mais. Estão completamente abatidas, desesperada-se, e/ou catatónicas. Mas há uma, uma jovem de uns sete… —Sete? —perguntou, seu rosto era a imagem da angústia. —Certo? Os assassinos em série são cruéis. De todos os modos, fez contato visual. Entretanto, além dela, nenhuma tem feito nenhum tipo de conexão em absoluto. além da que manteve sua mão em meu pé toda a noite. Quase me congelo até morrer. Notei o calafrio que se precipitou sobre ela. —Bom, assim necessita informação sobre o que aconteceu elas? —Sim. Quero dizer, por que estão em meu departamento? —Bom, você é o anjo da morte. —Mas nenhum delas parece particularmente interessada em cruzar.

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—Acredito que o melhor é centrar-se na garota que fez contato visual. A mente de um menino é mais flexível que a de um adulto. Seus cérebros podem curar de maneira que a nossa não pode. Talvez possa chegar a ela. —Está bem, centro-me na menina. Então, o que faço? É como um pequeno inseto, correndo ao redor, fazendo sons de arranhões. Todas o fazem em realidade. —O que? Uma onda de medo me golpeou. —Bom, estão em todas partes. Subindo por minhas paredes. Aferrando-se ao teto. Alguém tem descoberto minha ducha. Sabe o difícil que é tomar banho com uma mulher difunta tratando de escavar através de uma banheira

1.jpg 2.jpg de porcelana? Não vai acontecer. Tratei de lhe dizer isso. —Detive-me quando vi o rosto da Gemma ficar branco. Estava-a enlouquecendo, mas alguém tinha que fazê-lo, maldita seja—. Isto não te incomoda, verdade? —É má. —Eu? —Espera. Tudo isto é uma brincadeira? —A respeito das mulheres? por que ia eu a brincar com algo assim? — Quando apertou os lábios, disse—: OH, está bem, faria-o, mas não é assim. Tenho que averiguar o que passou com elas para que possam seguir adiante. Já sabe, longe, fora de meu apartamento.

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—Sonha um pouco horrível, Charley. 0

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—É-o. Para elas. Imagina? —Tio Bob tem algo? —ouvi que tem uma enfermidade de transmissão sexual. —Refiro às mulheres. —OH, não tenho nem idéia se elas tiverem alguma enfermidade de transmissão sexual. —Segue sendo má. Não vou dormir esta noite. —Amiga, necessitaria uns soníferos de força industrial. —E de quem é a culpa? —perguntou, saindo de seu assento e golpeando a palma de sua mão sobre seu escritório. A histeria seria um término preciso para sua condição. Era divertido de ver. Pu-me de pé também, e fingi estar molesta. —Sempre me está culpando por sua incapacidade para dormir só porque apresentei a uns poucos defuntos quando fomos meninas. Se tivesse sabido que descrever suas feridas na cabeça enquanto estavam sobre sua cama na noite seria tão traumático, não o haveria feito. —Quando me lançou um olhar duvidoso, retratei-me de meu testemunho—. Está bem, o teria feito. De qualquer maneira, acredito que tudo irá bem. — Sentei-me e cruzei as pernas—. Não é como saber que os defuntos que se encontravam por aí atrofiariam seu crescimento emocional, nem nada. Gemma voltou a trabalhar enquanto eu meditava nossa irmandade. Ao crescer, todo mundo pensava que eu era a irmã malvada. Nunca acreditei essa 2 história. É certo, passei meus dias na escola prometendo não incitar à rebelião 0

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e

1.jpg 2.jpg nunca mais voltei a levar explosivo plástico à escola —nem sequer era real— enquanto ela estava ocupada sendo perfeita. Talvez um pouco muito perfeita, se souber o que quero dizer. depois de acossar a Gemma por outra meia hora mais ou menos, dirigi a Misery com várias opções para meu domingo. Poderia olhar uma maratona do Supernatural e mais tarde torturaria ao Cookie. Poderia tentar os métodos de Gemma com a menina debaixo de minha cama. Poderia tratar de encontrar a maneira de salvar a Reis, mas do que? de quem? Poderia ir falar com a Kim a respeito de seu hábito de incendiar o mundo, mas ainda era cedo. Não queria despertá-la para pôr a à defensiva antes de que tivesse a oportunidade de lhe dizer a meu plano. Ou poderia tratar de averiguar por que Nicolette, a possível zombi, não estava morta. Já que tinha uma debilidade pelos zombis e minha curiosidade me matava, optei pelo plano Z. Chegou-me uma mensagem do Cookie. Misery ronronou à vida enquanto revisava meu telefone. Estamos no campo de tiro. Todo mundo está atirando-se ao chão e rodando para logo disparar ao objetivo. Respondi-lhe. Bom, se todos os meninos guay o estão fazendo. Crie que eu posso 2 fazê-lo? 0

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Vejo gente morta. Algo é possível. Bom, vou lhe dar uma oportunidade. Então a realidade me golpeou. Esta era Cookie. A última vez que fez uma imitação do Harry o sujo, ficou com um sustento estranho e um tornozelo quebrado. Mas pelo amor de marinhasse, escrevi, não dispare a ninguém. Obrigado. Isso ajuda. Ah, ela era tão agradável. Mas o estado de vitalidade do Nicolette ainda carcomia-me. Talvez ela estava em perigo e morreria logo. Rocket poderia predizer a morte de alguém. Ele sabia exatamente quando aconteceria. Possivelmente Nicolette havia predito sua própria morte e decidiu me visitar, à Parca, de antemão? Com que fim? Isto era tão estranho. Outra vez comecei pelo hospital. Ao não ter outra opção, só teria que falar com ela, para saber se talvez tinha algum tipo de condição sobrenatural.

1.jpg 2.jpg Chegou-me outra mensagem do Cookie quando entrei no estacionamento do hospital. Fiz-o. Odeio-te com cada fibra de meu ser. Sério? Com cada fibra de seu ser? Está segura de que não há uma pequena fibra que fica em ti, talvez compactada em seu espaço digestivo, que ainda me queira? Estou segura. Bom, ela parecia segura.

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Tem-te quebrado algo? além de meu espírito? Há algo que tenha um buraco que não deveria ter? além de meu orgulho? Ela estava bem. Ou o estaria. E por sorte, também todos os que a rodeavam. Esquivei uma bala. Literalmente. Ânimo, carinho. Pelo menos sabe que nunca o tentará de novo. Sempre há um lado bom nestas coisas. Com. Cada. Fibra. De verdade gostava de toda esta coisa da fibra. Talvez tinha um pãozinho de salvo no caminho a classe. Nicolette saía do trabalho. Vi-a vir em minha direção enquanto eu me dirigia para o elevador. ficou a jaqueta e se tirou a corda de segurança, grunhindo quando se enredou em seu cabelo. —Nicolette, verdade? deteve-se e lançou um olhar. —OH, certo, de ontem pela tarde. — Finalmente liberou seu cabelo e comprovou seu telefone, vendo-se esgotada. —Perguntava-me se poderíamos tomar uma taça de café ou algo assim. —Agora? —Parecia devastada porque me atrevi a perguntar—. Acabo de sair de um turno dobro. Podemos arrumar algo para amanhã? —Preferiria não fazê-lo. É só… Veio para mim ontem pela manhã. Disse que estava morta. A surpresa se precipitou em seu rosto. Vacilou antes de que sua curiosidade 2 pudesse mais que ela. —Há uma cafeteria perto de duas quadras daqui. De 0

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todos modos pensei em ir conseguir o café da manhã ali, se quer me seguir.

1.jpg 2.jpg —eu adoraria. Posso te levar? Sua expressão gritava possível seqüestro. —Ou poderíamos nos encontrar ali. Segui o Volto vermelho do Nicolette até o Frontier, que se encontrava a um par de quadras de meu edifício de apartamentos. Pedimos, logo nos sentamos em uma mesa na parte de atrás. —portanto, há dito que fui a ti? Como? —Bom, em primeiro lugar, me permita dizer que posso ver coisas que outros não podem. moveu-se em seu assento. —Está bem. —E apareceu em meu apartamento ontem pela manhã e me disse que estava morta. Que seu corpo se achava sob uma ponte no meio de um nada. —Isso é estranho. —Agachou a cabeça, como se estivesse ocultando algo. —Nicolette, pode me dizer o que seja. Te vou acreditar, prometo-o. encolheu-se de ombros. —Não, é só, isso é estranho. Tenho estes sonhos, mas não lhe digo às pessoas a respeito deles, assim não sei como poderia sabê-lo. —Porque apareceu em meu apartamento e me disse que estava morta. Assim é como sei.

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—Isso é impossível —disse, mordendo0o lábio inferior.

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—Não acredito que você cria isso mais que eu. Pode-me dizer o que aconteceu? —Passa. O que acontece. —Isto ocorreu antes? Finalmente se endireitou e respirou fundo. —Tenho esses ataques deste tipo de coisas. É estranho. E quando saio deles, recordo incidentes sobre outras pessoas. Lembrança como morreram. Só que eu era essa pessoa. Eu fui a que morreu. —Assim, em realidade está vendo a morte de outra pessoa através de seus olhos? —Isso era novo. —Não, não o entende. Nunca ocorreram as mortes. Estava acostumado a comprovar os papéis ao dia seguinte, mas não havia nada de uma morte na forma em que o vi. Nunca encontrei uma verdadeira conexão entre o que vejo e o que realmente ocorre.

1.jpg 2.jpg —Está segura? —Completamente. Estava acostumado a comprovar. Estava acostumado a procurar em Internet, fazia todo tipo de buscas, comprovava todos os programas de notícias e periódicos. Nada. Isto era muito estranho. —Esse é nosso número. —Eu me encarrego. —Levantei-me de um salto e agarrei nosso pedido, logo retornei a nossa mesa com minha boca aguada pelo aroma do burrito do 2 Nicolette. 1

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Sabia que deveria ter pedido um. O entreguei a contra gosto—. O que lhe parece se descrever alguns destes eventos? —disse-lhe, jogando dois pacotes rosas e um pouco de nata em meu café—. me Dê um par de exemplos. —Está bem. —Adicionou-lhe uma colher de molho sobre seu burrito—. Bom, faz um par de semanas, eu era um homem de idade avançada em um hospital e todo mundo pensava que morri por causas naturais, mas me matou meu neto. Ali mesmo, na cama do hospital. Não podia esperar a sua herança. Apesar de que não ficava muito tempo de vida, não podia esperar. Arranquei meus olhos de seu burrito e tirei meu bloco de papel de notas e caneta. — Tem nomes quando isto acontece? Deu-lhe uma dentada e sacudiu a cabeça. —Só às vezes. Espera, essa vez tinha um. Algo assim como Richard ou Richardson. Mas não sei se era o nome do homem ou do neto, primeiro nome ou sobrenome. Poderia ter sido o nome de seu enfermeira, por isso sei. —Não, isso é genial. Posso trabalhar com isso. —Podia comprová-lo com o tio Bob ou lhe pedir ao Cookie que fizesse sua magia. Se o que descreveu realmente havia acontecido, descobriria-o—. Está bem, me dê um mais. Tomou um sorvo de suco de laranja. —Está bem, bom, faz uns meses tive um incidente muito mau com uma mulher. Era tão estranho. Eu tratava de sair por mim apartamento, e entretanto seguia me recordando que deixasse o guisado que estava fazendo ferver na estufa. Isso era muito importante. Então me esqueceu algo. Tinha deixado uma manta no apartamento, assim voltei. E quando tratei de sair, 2 meu marido chegou a casa e me apanhou. —Sua voz se suavizou e havia um 1

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tremor de tristeza nela—. Me golpeou até a morte. Os calafrios se apoderaram de mim enquanto me sentava ali e escutava essa história, reconhecendo cada minuto dela. Cada segundo. Não estava segura de o que lhe dizer. Como tomaria. Finalmente, decidi que precisava saber. E precisava saber como isto acontecia.

1.jpg 2.jpg —chamava-se Rosie —lhe disse, e vi como Nicolette me jogou um olhar desconfiada—. E era uma de meus clientes. Eu tratava de ajudá-la a sair de uma relação abusiva e fracassei. Preocupada de que de algum jeito tratasse de extorqui-la, esticou-se. Se separou-se de mim. —Não te acredito. —A manta era azul. Ela ia ter um filho, mas seu marido a havia golpeado e o perdeu. Seus olhos se umedeceram pela emoção, mas não queria me acreditar. — Qualquer poderia havê-lo adivinhado. —Tinha o cabelo escuro e encaracolado e… —Não vejo seus rostos. Sou estas pessoas. Vejo todo o resto. —Está bem, seu marido era alto, corpulento, com ombros largos e o cabelo claro. Tinha uma marca de nascimento em sua mandíbula e ainda levava seu anel de graduação. Era enorme, com um rubi no centro. O reconhecimento se refletiu em seu rosto. —Quando teve essa visão?

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Tomou um momento para reagir de seus pensamentos. Quando o fez, tirou seu telefone. —Estava acostumado a levar um jornal aqui. Deixei de fazêlo quando me dava conta que nada ia vir deles apesar de que sempre tinham parecido tão real. — Folheou um par de páginas—. Bom, foi quinze de outubro. Voltei a pensar. —Teve a visão uns quatro dias antes de que acontecesse de verdade. —Isto não é o que quero escutar —disse, sacudindo a cabeça—. Não são reais. Não são pessoas reais as que estou vendo. Pus uma mão sobre a dela para acalmá-la. —Quando começaram estas visões? —Tinha nove anos. Tinha-me afogado na piscina de meu vizinho e os paramédicos me ressuscitaram. Comecei a ter os ataques pouco depois. —Isso parece ser um catalisador comum da percepção extrasensorial de algum tipo. —Pensei em meu amiga Pari, que começou a ver os defuntos depois de sua experiência próxima à morte quando tinha doze anos. —É isso o que te passou? —perguntou-me Nicolette. —Não. —Tomei outro sorvo, e logo disse—: Eu sou outra coisa.

1.jpg 2.jpg Felizmente, não parecia interessada em saber o que era esse algo mais. —É muito estranho —disse—, porque com cada morte, tenho quase exatamente o mesmo sentimento. Não é o que pensa. —O que é? —Alívio. —inclinou-se para diante, como se me dissesse um segredo bem 2 guardado—. Uma liberação de toda1 a carga. Com a Rosie, seu último

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pensamento foi liberdade, ao fim. Esse descobrimento provocou que um cisma me rasgasse. Sentia-me como um pedaço de papel ao que alguém tinha partido pelo meio, dobrado, e voltado para romper. Tinha-lhe falhado, e entretanto, ela ainda era livre. Não sabia como me sentir a respeito disso. Esclareci-me garganta e lutei por controlar minhas emoções. —Pode-me dizer a respeito desta última visão? Pensou-o. —Só recordo essa ponte. Tinha reforços de metal como um velha ponte da ferrovia. Acredito que pude ver as vigas de metal quando morri. E lembrança o cabelo loiro e o número oito. Como uma tatuagem ou uma marca de algum tipo. E podia cheirar um azeite de algum tipo. Ou um gás. Meu sentido aracnídeo se estremeceu. Talvez os casos estavam relacionados. Todas as mulheres de minha casa tinham o cabelo loiro. Era vago, mas ao menos era algo. —Recebeu um nome? —Não. Sinto muito. Estou canalizando a estas pessoas. Com que freqüência pensa para ti mesma: “Meu nome é Charley Davidson”? —Bom, faço-o muito, mas não me use como uma vara de medir. Nicolette Lemay podia ver o futuro. Nunca tinha conhecido a ninguém que pudesse fazer isso, embora uma vez conheci um menino que disse que podia ver na escuridão, porque tinha os olhos secretos de lobo. Nesse momento acreditei. Tinha quatro anos.

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11 Traduzido pelo ~ Vero ~* Corrigido pelo Itxi

1.jpg 2.jpg

Para economizar tempo, vamos supor que sei tudo. (Camiseta)

Cookie chamou enquanto dirigia ao escritório. —vais saltar te as classes? —perguntei—. Não pode deixar que um incidente humilhante… —Não me vou saltar isso Temos descanso. —OH. Sinto-o —pinjente, comendo alguns Twizzlers que encontrei em meu assento traseiro. Estavam um pouco quebradiços, mas tinha dentes fortes—. Para que saiba, acredito que me apaixonei pela pessoa que decidiu vender Twizzlers em uma bolsa de um quilograma. A que gênio louco lhe ocorreu essa idéia? —Certo? Assim, o que descobriu da Garota Zombie? —Ela não está morta absolutamente. Explicarei-lhe isso mais tarde. É um pouco estranho.

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—Isto vem do anjo da morte. Só queria1te fazer saber que Noni nos

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disse que uma equipe de construção encontrou o que se vê como uma fossa comum em um rancho no sul de novo o México. Têm descoberto os restos de três corpos por isso ele sabe. Todos femininos. E, Charley, as três são loiras. Sentei-me de novo, sentindo como o ar acabava de ser expulso mim. — Isso explicaria muitas coisas. Não estou segura de por que o descobrimento da tumba as faria correr para mim, mas teve que ser o catalisador de algum jeito. Talvez não gostou de ter a outros em seu próprio terreno. Crie que os fantasmas têm guerras territoriais? —Acredito que os fantasmas têm todo tipo de angústia reprimida. Então, Noni está casado? —Cookie! —pinjente, fingindo estar horrorizada—. te Centre nas palavras de seu instrutor, não em seu traseiro. —Viu seu traseiro? Gemi interiormente e fiz uma nota mental para lhe conseguir ao Cookie alguém com quem deitar-se. —Volta para classe, e obrigado por isso. Chamarei o tio Bob e lhe perguntarei o que sabe. —Não há problema. Mas, sério, está-o?

1.jpg 2.jpg —Ainda me odeia com cada fibra de seu ser? Ela vacilou, logo concedeu. —Não, acredito que não. —Sim, está casado e sua esposa é uma atiradora campeã. —Maldita seja. Outro que se desliza através de meus dedos.

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—Não vou tocar isso. —Pendurei com uma risita e lhe chamei. —Olá, calabacita —disse. —Não pensou em mencionar a fossa comum? —Que fossa comum? Como se inteirou disso? Encontraram-na na sexta-feira pela tarde. Isto se manteria em silêncio no momento. —Por acaso não contou ao Noni Bachicha, verdade? —Filho de… quiz{ o fiz. Tomamos um par de cervejas em sua casa ontem por a noite. —Embebedou-te para receber informação e te derrubou como uma mina de sal instável. —Obrigado pelo visual. —Não há de que. Fossa comum? —Estou no bar a ponto de sair para ali, não é que nós tenhamos jurisdição nem nada, mas unimos forças com o Estado de Maine, o FBI e a polícia local para ter isto sob controle. Ofereci-me para atribuir um grupo de trabalho da APD para ajudar com os esforços. —Isso explica seu trabalho no domingo. —Sim. —Com ressaca. —Como é que sempre sabe? —Porque sempre soa como se tivesse um resfriado. —trata-se de uma viagem de três horas, se está interessada.

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—Interessa-me —pinjente, tentando não 1 parecer se desesperada.

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—por que não te encontra comigo aqui? Dirigi ao Calamity e estacionei em meu lugar de sempre. Havia um pôster que dizia “não estacionar: os infratores sofrerão várias enfermidades exóticas para as quais não há padre”. Parecia ser o truque. A meu caseiro não gostava especialmente

1.jpg 2.jpg minhas táticas, mas todo mundo era muito mais feliz quando tinha uma praça de estacionamento. Caminhei para o bar e me coloquei pela porta traseira. O lugar se encontrava cheio. Em um domingo. No almoço. Em um domingo. E uma vez mais, as mulheres pareciam ser as principais entusiastas. —O que quer tomar? —perguntou tio Bob quando me aproximei da mesa que tinha tomado. Não podia acreditar. Jessica estava ali de novo. Que demônios? mudou-se aqui? Gasta por ver o Nicolette comer seu burrito de café da manhã, pinjente—: Tomarei meu café da manhã habitual. —Tem-no, calabacita. —Fez um gesto a nossa garçonete. Era nova, assim que não sabia seu nome. devido a isso, vi-me obrigada a chamá-la Sylvia—. Ela vai a tomar ovos rancheiros, e eu um burrito de carne adubada talher de molho.

—Então, vamos ao sítio real, não? —perguntei enquanto Sylvia escrevia nosso pedido. —Sim, e sei como é com os cadáveres.

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Sylvia fez uma pausa e logo continuou,1fingindo não nos ouvir.

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—Como sou com os cadáveres? —perguntei. —Suscetível. —OH, está bem. —Podia dirigir mortos. Cadáveres nem tanto. —Surpreende-me que te ocupe das pessoas falecidas durante todo o dia, todos os dias, mas lhe lançam um cadáver e te converte em uma garota. —Sou uma garota —disse, completamente ofendida—. E me inteirei que que um montão de homens preferem comer vermes fritos que encontrar-se cara a cara com um cadáver. —Está bem, sinto muito. Isso foi sexista. Melhor que o lamente. —Então, o que acontece este novo cozinheiro, Sylvia? —Um, é Clair. Isso era decepcionante. Agora sabia seu nome, mas sempre seria Sylvia para mim. —Isso é muito mau. E o menino novo? Ela sorriu e agachou a cabeça timidamente. Se não soubesse melhor, diria que Sylvia estava um pouco apaixonada por ele. Ou dela. De qualquer maneira. – Ele é um muito bom cozinheiro.

1.jpg 2.jpg Era ele. E ela tinha razão. —De acordo, bem, obrigado. —Isso foi tão útil como uma bule de chocolate. dirigiu-se ao posto de ordens quando um homem grande em extrema 2 necessidade de terapia de controle de 1 ira irrompeu no lugar com fogo nos

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olhos. A agarrou por pescoço da camisa, e ela estava muito assustada para fazer algo a respeito. Pobrecilla. —É que ninguém sabe que este é um lugar de reunião de malditos policiais? —perguntei em voz alta—. por que fazem isto? —Levantei-me correndo de um salto e mostrei minha licença de Investigador Privado—. Polícia —lhe disse, me fazendo passar ilegalmente por um oficial em um quarto cheio de oficiais fora de serviço, mas ninguém mais saía ao resgate da Sylvia. Olhei a tio Bob. Cruzou os braços sobre o peito e se tornou para trás para ver o espetáculo. —Qual parece ser o problema? —continuei. —Este homem é o problema. Olhe isto. —Pôs um telefone em minha cara com uma imagem. Logo a deslocou para mim. Tomou um momento me centrar, mas só um microsegundo reconhecer ao homem nas imagens. Reis. Uma atrás de outra, fotos de Reis passavam diante de mim. Que demônios? —Este é o telefone de minha esposa —disse, com a voz chiando até que toda a habitação se calou e um calor familiar subiu a meu redor. Uh—OH. —Quero falar com esse imbecil imediatamente. Vi como Reis se azeda a nosso lado com o avental do Sammy e limpando-as mãos em um trapo. —O que está fazendo aqui? —Mas ele não tinha que responder. De repente tudo tinha sentido. As mulheres. O calor. A comida. —Você é o novo cozinheiro? —perguntei, assombrada.

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—Você —disse o homem com inteligência questionável. —Minha mulher vem aqui todos os dias para comer por sua culpa. E ela toma fotos! —Sacudiu o telefone para Reis, mas ele não tinha nenhuma intenção de reconhecer as acusações do tipo. Manteve uma expressão impassível, negando-se a olhar o telefone, até que pensei que o homem ia explorar. Decidi intervir. —OH, Meu deus! —disse a Reis, meus olhos irradiando acusações contra ele—. Ela tomou uma foto? Que classe de jogo está jogando? Está sob arresto, senhor.

1.jpg 2.jpg Sua boca se inclinou e uma covinha apareceu em uma de suas bochechas enquanto tomava sua boneca e atirava dele contra a parede. Ou, bom, empurrei-o contra ela. Sustentei-o contra a fria madeira com uma mão e o registrei com a outra. Devagar. Acariciando deliberadamente partes dele que não tinha direito a acariciar em público. Passei a mão por cima de suas nádegas, acariciei primeiro um bolso traseiro, logo o outro. Então deslizei minha mão por debaixo do avental e fiz o mesmo com os bolsos dianteiros. esticou-se quando meus dedos roçaram seu entrepierna. Sentindo o calor que o rodeava intensificar-se, passei minhas mãos por suas coxas, adiante e atrás, logo para cima sobre o estômago e as costelas. Não tinha nem idéia de que o revisto pudesse ser tão divertido. Por sorte, estávamos parcialmente ocultos por uma árvore artificial. Embora não o fazia para pôr a ninguém ciumento, olhada-las letais provenientes da metade das mulheres no lugar me disseram que não se divertiam tanto como eu. Ou Reis. Pelo menos ele tinha senso de humor. E não o 2 importava que o toqueteara em público.2Acolheu-o com satisfação, se o olhar

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sensual em seus olhos era uma indicação. O homem deu um passo atrás, sem saber o que pensar. Essa era minha arma secreta. confundi-los e mantê-los adivinhando o tempo suficiente para fugir. Tirei a ferramenta mais capitalista que tinha em meu arsenal. —Se resistir —disse-lhe ao ouvido a Reis—, verei-me obrigado a usar meu táser contigo. Olhou o que tinha em minha mão. —Isso é um telefone. —Tenho uma aplicação. Provavelmente experimentará machuco nos nervos. Perda de cor leve. Seu sorriso se alargou. Estirou a mão para trás, apoderou-se do cinturão e atirou de meus quadris contra as suas. Finalmente decidindo unir-se, o tio Bob se aproximou, seu andar sem apressar-se, com expressão aborrecida. —Qual é o problema? Levantei uma mão. —Tenho isto, Detetive. Justo nesse momento recebi outra mensagem de texto do Cookie. Ao parecer, meu conhecimento da situação é uma mierda. OH, Meu deus. Ocupada manuseando a meu homem. Enviei-lhe uma mensagem de volta. Ao parecer, também o faz sua sincronização. Olhei de novo a Reis. —aprendeu a lição, senhor?

1.jpg 2.jpg 2 Pude sentir uma onda de turbulência de2 ciúmes a meu redor como um vento

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quente. depois de tudo, ele era a razão pela que o lugar se encontrava cheio de mulheres. Se as olhadas matassem, eu teria estado me retorcendo de dor, bem em meu caminho à outra vida, me agarrando a garganta e lutando por ire com um olho um pouco maior que o outro. Outra mulher disse—: Não pode deter reis porque este animal com cara de culo esteja obcecado com ele. —Elas sabiam até seu nome? Sempre era a última em me inteirar. —OH, está bem —pinjente, deixando-o ir. —Ela tem razão. Reis se inclinou para mim. —Não, não o faz. O homem decidiu tomar sua vida em suas próprias mãos e agarrar meu braço. —Crie que isto é gracioso? —É uma pergunta com armadilha? Mas me dava conta de que Reis se calou. aproximou-se e me tirou das garras do homem. —Não quer fazer isso. —Olhe, senhor —pinjente, agora tratando de apaziguar a dois homens furiosos—. Isto é claramente uma conversação que precisa ter com sua esposa. E para que saiba, a metade das pessoas neste lugar são policiais. Surpreso, girou-se para escanear a área. Mas Reis ainda fervia. aproximou-se ainda mais ao homem para que tão somente nós pudéssemos ouvi-lo. —Eu não sou polícia. E acabo de sair do cárcere por matar a um homem. Se quer sair à rua, posso lhe explicar exatamente como o fiz. A cor desapareceu de seu rosto.

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—Zimmerman —disse tio Bob, chamando um dos policiais uniformizados— , por que não leva a este cavalheiro fora e o convence de que o que acaba de fazer esteve mau? —Mas estou comendo —disse Zimmerman. Quando tio Bob lhe lançou uma de seus olhares de morte, Zimmerman amaldiçoou. Agora estava zangado e ia a desforrar-se com o tipo. Esperava que lhe pusesse uma multa. Uma que requeresse serviço da comunidade ou classes de manejo da ira. —Obrigado, tio Bob. —Tive que te deter. Acredito que a metade das mulheres aqui planejavam você morte.

1.jpg 2.jpg —Provavelmente tem razão. —Voltei-me para Reis e tomei seu braço com o meu para dirigi-lo à cozinha—. Está bem, estou bem. Não há dano, não há falta. E te olhe. Não posso acreditar que esteja tomando o lugar do Sammy. sacudiu-se para desfazer-se de sua ira. —Almoçava. Seu pai necessitava um cozinheiro. Ofereci-me. —Espera, seu não... rompeu a perna do Sammy? depois de me recompensar com uma risada suave e profunda, disse—: Não, estou bastante seguro de que Sammy rompeu a perna do Sammy. —Dá-te conta de que tem um clube de fãs? —Indiquei a habitação com uma inclinação de cabeça. —Sim, isso tende a acontecer.

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—Deve ser uma cadela —disse, me burlando dele. 2

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—Não veio ontem à noite. —Certo, um, tinha que fazer um pouco de papelada. —Dá-te conta de que não me pode mentir, verdade? —Sei. Não estou mentindo tanto como estirando a verdade. —Estávamos parados. Apoiei-me na barra. Reis olhou além de mim. —Seu tio nos está olhando. —Ele faz isso. Estamos tomando o almoço, depois sairemos a uma cena do crime no sul. —Bom, se tiver que ir. Não estou seguro do que vou fazer com todas estas mulheres ao redor. O ciúmes se dispararam dentro de mim tão rápido e tão forte, que Reis conteve o fôlego, o ar assobiando através de seus dentes. Fechou os olhos, inclinou a cabeça para trás, deixando que minha emoção rodasse sobre ele. Mordi-me o lábio, envergonhada. —Está desfrutando disto? —Não —disse, ofegando—. um pouco. É como ser golpeado com um centenar de folhas de barbear de uma vez, cada uma deixando um pequeno corte à medida que passa. —Ouch. Isso sonha horrivelmente desagradável. Baixou a cabeça, olhou-me por debaixo de suas pestanas. —Algum dia te dará conta de que não sou como os outros meninos. —Em realidade, dava-me conta disso faz um tempo.

1.jpg 2.jpg

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—Nada nem ninguém me interessa, além de ti. Mas, o que acontece a ruiva? Meu estômago se encolheu ante o pensamento de que se desse conta do cabelo vermelho da Jessica. Aspirou outra baforada entrecortada de ar. —Sinto-o —pinjente, tratando de deter minha repentina rajada de ciúmes—. Fomos amigas na escola secundária. Não terminou bem. O reconhecimento de seu rosto me surpreendeu. —É ela? —perguntou, com uma expressão de endurecimento. —Ela? Sabe dela? Olhou-me, considerando e perguntando-se quanto devia dizer. —Pude sentir suas emoções incluso nnaquele tempo. naquele tempo. Nem sequer sabia que foi real, mas pude sentir tudo o que passou enquanto crescia. Sua madrasta era uma fonte constante de dor. Considerei romper seu pescoço várias vezes. Horrorizada, disse-lhe—: Me alegro de que não o fizesse. —Eu não. Mas essa. —Olhou a Jessica de novo. —Nunca hei sentido tanto dor proveniente de ti. Tal devastação absoluta. Cruzei os braços sobre meu peito. —Genial. Eu não gostaria que não fosse consciente do crédula sou. Com que facilidade posso ser enganada. Seus rasgos se suavizaram e levantou o queixo. —Confiava nela. Creíste que poderia lhe dizer algo. Isso não te faz crédula. Burlei-me. —Meninos, verdade? E, além disso, tenho ao Cookie agora. —Quer que lhe corte as costas? —Ao Cookie? —Quando só me sorriu com paciência, neguei com a cabeça a pesar de que sua oferta era muito mais tentadora do que podia ter imaginado. 2 Por estranho que pareça, não odiava a2 Jessica. Odiava o que fez, no que se

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havia convertido, mas odiava mais o fato de que ainda hoje em dia, queria sua amizade. Seu aceitação. Sua aprovação. Era como uma versão ruiva de minha madrasta, e eu procurava sempre esse amor incondicional que me tinha sido negado. Soava patético. Exceto com a Jessica, tinha-o tido. Por um momento, de todos os modos. Ela era como o sol. Ríamo-nos e chorávamos juntas. Abraçávamo-nos e víamos filmes de terror. Fizemos crepes e pizza, e bebemos Kool-Aid em taças de vinho. E nos contamos nossos segredos mais profundos e melhor guardados. Assim que uma noite, em uma festa de pijamas, depois de que compartilhou sua crença de que uma vez viu o fantasma de sua avó em seu corredor, também compartilhei algo com ela. O pinjente que podia ver fantasmas. Pareceu fascinada. Intrigada. Assim continuei.

1.jpg 2.jpg Nesse então não sabia que, de fato, era o anjo da morte, mas o falei a respeito de minhas habilidades. Como ajudava a meu pai e a meu tio com casos ao falar com as vítimas. Como os defuntos podiam cruzar através de mim, se queriam, um fato que sobressaltava inclusive a minha própria mente maleável. Fui muito longe. Assustei-a. Não, perdi-a. Parecia assustada ao princípio, logo enojada. Rebelou que podia ser tão estúpida para acreditar que tinha superpoderes. Sua reação me surpreendeu muito, não discuti quando chamou a seus pais em meio da noite para que 2 viessem a procurá-la. Quando se negou a responder a minhas chamadas 2

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durante o resto do fim de semana. Quando nos cruzamos a semana seguinte na escola para só me tachar como uma aspirante a bruxa louca. Como uma sacrílega e santarrã. Nem sequer sabia o que significava santarrã nesse momento. Se o houvesse feito, tivesse sabido onde estava plantado o verdadeiro destinatário de tal acusação. A oceanos de distância de mim. Em um abrir e fechar de olhos, nossa amizade terminou. A segunda metade de meu primeiro ano foi a coisa mais difícil pela que aconteceu alguma vez. O único ponto brilhante que recordava era Reis. Conheci reis. Certo, estava sendo golpeado até ficar inconsciente nesse momento, mas mesmo assim foi um momento crucial para mim. Lembrei-me da primeira vez que o toquei. dobrou-se, aferrando-se a um contêiner de lixo em busca de ajuda, ofegando secamente e tossindo sangue. Seus músculos se contraíam com dor, um cabo ao redor de seus braços, e vi as linhas suaves e nítidas de suas tatuagens. um pouco mais alto, com grosso cabelo escuro enroscado sobre uma orelha. Gemma estava comigo. Levantou a câmara ao redor de seu pescoço para iluminar nosso entorno, e Reis, entrecerrando os olhos contra a luz, levantou uma suja mão para protegê-los olhos. E eram impressionantes. Um magnífico marrom, profundo e rico, com bolinhas de ouro e verde brilhando na luz. Sangue vermelho escuro sulcada um lado de sua cara. Roubou meu coração e o desejei desde esse momento. —Onde está sua cabeça? —perguntou Reis. Em resposta, soltei-lhe—: O sinto. Onde estávamos? Certo, não há corte de coluna vertebral para você, senhor. —Está segura? Está-me olhando fixamente —sussurrou em outro fôlego. 2 Maldita seja. Tinha que conseguir ter essa 2 mierda sob controle.

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—O que quer para o almoço? —perguntou.

1.jpg 2.jpg —Pedi fora do menu, em realidade. Sammy sempre me fazia ovos rancheiros quando o pedia. Eram geniais. Não há pressão. Arqueou uma sobrancelha. —Como você gosta dos ovos? Tentei-o. Realmente o fiz. Mas olhei a seu entrepierna e saiu de todos modos. —Fertilizados? Um sorriso malvado apareceu em seu rosto. —Sairá em seguida, senhora. — Inclinou um chapéu invisível e se dirigiu à cozinha. — E se esse homem volta para te matar, não o mate em resposta. —Não posso fazer nenhuma promessa. —Digo-o a sério, Reis —lhe disse. Me piscou os olhos um olho justo antes de que a porta se fechasse detrás dele. Cinco minutos depois de me sentar com o tio Bob, Reis trouxe nossa comida pessoalmente. O ambiente se acalmou em um sussurro, e várias mulheres em verdade levantaram seus celulares para tomar fotos dele. Isto era ridículo. Isto era mais que ridículo. É obvio, era uma espécie de famoso. Tinha estado dez anos na prisão por um crime que não cometeu. Todo mundo queria sua história. Rogavam-lhe por uma entrevista. E uma vez que o público teve uma imagem de Reis sendo liberado 2 e escoltado até um carro que esperava2fora da corte, esse mesmo público

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clamava por saber mais dele. Assim, em certo modo, era uma celebridade. Mas mesmo assim, Jessica? —Detetive —disse Reis a tio Bob enquanto deixava seu prato. —Farrow, é bom verte sair. Trabalhar. —Quer dizer que é bom lombriga convertido em um membro produtivo da sociedade? Fiz uma careta. Tinha-o enviado ao cárcere faz muitos anos, mas em seu defesa, a armadilha do Earl Walker era quase perfeita. A evidência era muito entristecedora a pesar do instinto de tio Bob, que lhe dizia que Reis não o fez. A boca do tio Bob se estreitou em um sorriso forçado. —Isto não está envenenado, verdade? Sem apartar os olhos de tio Bob, Reis tomou seu garfo, cortou o burrito, agarrou um bocado e me ofereceu isso. Logo seu olhar, ainda sensual e eletrizante, se ficou na minha. Abri a boca e envolvi meus lábios ao redor de sua oferenda, e depois fechei as pálpebras e gemi.

1.jpg 2.jpg —Delicioso. —Quando o olhei, seus rasgos se obscureceram. Viu-me comer, seu olhar escuro, com a mandíbula dura. Traguei saliva, e logo pinjente—: É muito bom nisso. —Sei. —Deixou o garfo e assentiu para despedir-se antes de retornar à cozinha. Todos os olhos postos em seu culo, entre eles meus. —Então —disse tio Bob—, vocês dois parecem levar-se bem. —Nem sequer pense nisso —pinjente, olhando a porta pela que Reis 2 acabava de passar. 3

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—O que? —Julgar com quem saio. —Então o olhei—. Como se você fosse melhor com o lixo que leva a casa. —Charley —disse, ofendido. Mas só o estava preparando, abrandando-o para minha próxima declaração. Inclinei-me para ele e pinjente—: Sei que você gosta, tio Bob. Só convida-a a sair. —Quem? —perguntou, de repente fascinado com seu burrito. —Sabe quem. Deu uma dentada e assentiu. —Isto está incrível. Esse era meu sinal. Abri os olhos com horror, agarrei-me a garganta, e fiz meu melhor imitação da cena da morte de uma atriz de cinema mudo. —Não, ele… ele não pôde havê-lo feito —pinjente. Engasguei-me com as palavras entre ofegos—. Est{… está envenenado. —Bom, vou convidar a sair. —Sério? —perguntei, me endireitando—. Quando? Tomou outro bocado. —Logo. Come. Temos que sair daqui. O suficientemente bom por agora. Poderia atormentá-lo até que seguisse adiante com sua promessa. Cookie não ia esperar por sempre. Era formosa, embora questionável em muitos aspectos, como coordinadamente, mas isso a fazia mais interessante em meu livro. O qual era um best-seller chamado Livro de Charley. Isso me deu uma idéia.

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—Ouça —pinjente, cortando um bocado e apunhalando-o sem piedade—, 3

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deveria escrever um livro. —Sobre mim? —perguntou.

1.jpg 2.jpg —Quero que seja interessante, tio Bob. trataria-se do que se sente ao ver gente morta. —Acredito que já se feito. Também há um filme. Maldita seja. Sempre tarde ao jogo. Deslizei o garfo em minha boca e sorri enquanto meus papilas gustativas rompiam em um crescente coro de "Estou tão emocionada”. meu Deus, esse homem era talentoso.

Fui lhe dizer adeus a Reis. O lugar se achava repleto. Não queria incomodá-lo. Ainda não podia acreditar que trabalhava para meu pai. Seguia assimilando esse pedacinho de notícia quando tio Bob interrompeu meus pensamentos. —Por certo, foram vinte e quatro horas —disse enquanto nos dirigimos para o I-25. Sabia que ia perguntar sobre o pirómano. —ia encarregar me dessa pequena situação esta tarde, mas já que insistiu em que viesse ao lugar do crime contigo… —Não insisti. E neste momento, o caso do incêndio supera a este. Estes corpos não vão nenhuma parte. Podemos dar a volta agora mesmo e fechar o caso. —Girou um dedo indicador no ar.

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—Não sei a ciência certa se pudermos. 3 Prometo-lhe isso, tio Bob, lhe farei

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saber isso no momento em que esteja segura. —Charley, se esta pessoa for inocente, vamos averiguar o. —Não sempre funciona dessa maneira, e sabe. —Odiava lhe jogar em cara o caso de Reis, mas isto era importante. Tinha que estar segura. ficou rígido mas não discutiu. —Ao menos, necessito saber de quem suspeitas. E se te passa algo entre agora e então? —O que poderia passar? —Quando sua expressão foi inexpressiva, encolhime de ombros—. Está bem. Enviarei-lhe uma mensagem com quem acredito que é ao Cookie com instruções explícitas de não lhe dizer isso a menos que ocorra algo grave. Da mesma forma que se tiver uma reação alérgica mortal a sua colônia troca. Não gostava, mas assentiu. —Agora, se não te importar. —Caray. Bom. —Tirei meu telefone e enviei uma mensagem ao Cookie. —E minha colônia não é troca.

1.jpg 2.jpg Soltei um bufido e escrevi. Kim Milhar. Guarda este nome e não o dê ao tio Bob a menos que eu mora em algum momento do dia seguinte, ou dois seguintes. Ou se entrar em shock anafiláctico e o prognóstico se vê mau. Rogará. Sei forte. Não confiava no homem. Estaria incomodando ao Cookie à primeira oportunidade que tivesse, e sabia.

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E faz uma nota para comprar ao tio Bob3 uma garrafa da Acqua dava Gio.

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Bom. Há algo que deva saber? Sim, seu gosto em colônias é uma mierda. Comecei a pôr meu telefone em minha bolsa quando Ozzy gritou, seu acento tão espesso, que só estava médio segura do que disse. —aonde demônios estão indo? Tio Bob saltou. Devo ter aceso meu GPS. —Tem que encontrar o caminho ao redor. Está no meio de nenhuma maldita parte. —Que demônios é isso? —perguntou tio Bob, quase desviando-se da estrada. —Sinto muito, é Ozzy. —Agarrei o telefone e baixei o volume—. Ele é tão exigente. —Toquei um par de botões para desativar a aplicação, continuando, pus o telefone em minha orelha—. Tortita de manteiga doce, Ozzy, tem que deixar de me chamar. É um homem casado! —Fingi pendurar, logo rodei os olhos—. Estrelas de rock. Tio Bob piscou e olhou à frente, não sabia o que pensar, um momento que entesouraria por sempre. Ou enquanto meu transtorno por déficit de atenção me o permitisse.

1.jpg 2.jpg 12 Traduzido pelo Valentine Fitzgerald

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Corrigido pelo Itxi

A vida é muito curta. Compra os sapatos. (Pôster Inspirador)

Fomos por outra rua privada e conduzimos por outra meia hora, nos movendo com cuidado através da porta e da cerca até que chegamos ao lugar do enterro. Tio Bob se estacionou junto a uma escavadora, logo me ofereceu seu lenço. —Isto poderia ser mau, calabacita. —Os corpos? Sacudiu a cabeça com uma expressão de simpatia. —Não, os restos que encontraram estão no necrotério. O aroma. —OH, claro. Saí de seu todoterreno, sentindo uma sensação de pavor. O sítio em se estava fechado. Havia uma dúzia de veículos policiais incluindo vários automóveis do estado, um par do departamento policial, e um com placas federais. Reconheci-os. Procurando a agente especial Carson, vi-a ela e a seu companheiro falando com o polícia. Saudou-me com a mão. —Olá —pinjente, surpreendida de quão normal cheirava a zona. Logo o ar trocou, traguei e o deixei sair, tentando não sentir nauseia. —É bom verte —disse, tendo a mesma reação. Também sustentou um lenço sobre seu nariz e sua boca. Mas o aroma não era algo que esperasse. Era gasoso 2 e oleoso, não tanto como a morte, a não 3 ser um aroma forte e estranho.

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Todo o sítio se achava talher por azeite escorregadio, abundante e sujo. Inclinei-me e esfreguei um pouco por meus dedos. —Aqui é —lhe disse ao tio Bob em um suspiro—. Aqui é onde estavam as mulheres.

1.jpg 2.jpg Assentiu em reconhecimento. —encontraram os restos de cinco possíveis corpos até agora, mas não estão intactos. Trouxeram para um arqueólogo da universidade, e um perito em medicina forense de Nova Iorque também está vindo para ajudar na investigação. Parei-me e joguei uma olhada mais à frente do lugar. A mais de um quilômetro e meio de distância, observei uma formosa exibição do deserto de novo o México em cores terra com tons violetas. —Há mais. Muitos mais. Este azeite vem de a terra? —Não acreditam —respondeu um policial substituto. aproximou-se e lhe tendeu ao oficial algum tipo de relatório—. Parece que foi arrojado aqui. Centenas, se não milhares de litros de azeite. —por que alguém faria isso? —perguntei, franzindo o cenho—. De onde tirariam todo esse azeite? —Estamos analisando-o. enviamos amostras ao laboratório estatal para especificar exatamente que tipo de azeite é. —O que há do terreno? —perguntei—. A quem lhe pertence? —Foi o primeiro que verificamos —respondeu a agente Este Carson é o Rancho Knight. A senhora Knight, uma mulher maior, em realidade é a proprietária 2 do terreno. Seu marido morreu faz um 3 par de anos, e esteve em um asilo

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desde então, mas manteve o rancho por ela mesma durante anos. —Pôde ter sido o casal? Talvez o marido da mulher? —Não acredito —disse o oficial—. Doyle teve um acidente enquanto marcavam o gado e usou uma cadeira de rodas os últimos trinta anos de sua vida, por isso Alice, a senhora Knight, tomou o mando dos negócios diários. Não há maneira de que pudesse escavar essas tumbas. Pôde ter sido desde qualquer parente próximo ao rancho, a um estranho usando sua terra como lixeiro. Sacudi a cabeça. —Só que não parece estranho para mim. Houve muitos obstáculos para chegar a este ponto. Muitas portas bloqueadas. E passou por um muito comprido período de tempo. Se tiver que adivinhar, diria que nosso assassino o planejou durante mais de vinte anos. —Posso te perguntar como sabe isso? —perguntou a agente Carson. Era muito ardilosa para lhe mentir, assim evadi a pergunta. —Definitivamente pode. Enquanto isso, eu adoraria jogar uma olhada ao expediente do caso, assim como à lista dos parentes dos Knight, dos mais próximos, a qualquer que tenha acesso a este terreno.

1.jpg 2.jpg Desde que tínhamos trabalhado juntas em outro par de casos, a agente Carson sabia confiar em mim. Assim onde outro agente se oporia ante esta petição, ela só se encolheria de ombros. —É uma lista bastante larga.

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—Sou uma leitora rápida. Que fazia uma 3 equipe de construção aqui, de

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todos modos? —perguntei, inspecionando o lugar—. De todos os lugares nestas dois mil hectares, por que aqui? —O filho dos Knight se retirou do rodeio faz uns anos e tomou o mando das operações. Decidiu construir uma nova casa aqui. —Não posso dizer que o culpo —disse o tio Bob—. A vista é incrível. Perguntei-me se a vista foi o porquê o assassino escolheu o lugar. Também me perguntei se o filho o encontrava tão incrível como o fazia o tio Bob. Mas se o filho era o assassino, por que enviaria a uma equipe de construção a este preciso lugar? Possivelmente queria que suas vítimas fossem encontradas. Possivelmente queria ser detido. Ou açoitado. Os assassinos em série amam a perseguição. Talvez ninguém emprestava atenção, de maneira que decidiu fazê-lo. —Seu tempo corre —disse a agente Carson, assinalando a enorme caminhonete chapeada enquanto se detinha perto de nós. Ela parecia entender o fato de que quando falava com a gente cara a cara, podia lhes surrupiar informação da qual não estava ao tanto. Amava o muito que confiava em mim. Seu companheiro, ao outro lado, não lucia tão surpreso. Seu ajudante seguia observando ao Carson como se estivesse louca por inclusive falar comigo. Apontou para a caminhonete. —Aí está o filho. —OH, perfeito. Farei-te saber se for culpado dentro de pouco. Sorriu. —Agradeço-o.

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Mas nem sequer tomou tanto tempo. No minuto em que saiu da caminhonete, senti dor combinada com uma estranha sensação de fúria irradiando dele. Estava zangado com quem seja que fez isto, quem seja que jogou nessas desafortunadas mulheres em seu terreno, as enterrando em sua terra. —Esquece-o —disse a ela enquanto seguia com o tio Bob—. É tão inocente como minha tia avó Lillian. —Me imaginei. Era inteligente. —Senhor Knight —disse a Agente Carson quando chegamos a ele.

1.jpg 2.jpg Ligeiramente curvado pelos anos montando um animal, Knight caminhava com umas costas reta e passo torpe, mas ainda seguia sendo forte. Possivelmente nos finais de seus trinta, tinha uma alta e magra estrutura e um rosto bronzeado baixo esse cabelo da cor do deserto ao entardecer. Mas o que era mais notável que seus atrativos rasgos eram seus brilhantes olhos verdes. —Este é o detetive Davinson —continuou—, do Departamento Policial de Albuquerque, e sua conselheira Charley. —É só Kenny, detetive —disse, oferecendo sua mão. O tio Bob tomou—. Charley —saudou sua vez. Inspecionei-o enquanto nos saudávamos. Kenny Knight. Tinha ouvido sobre ele. Um cavaleiro campeão que tinha competido por todo mundo. —Kenny —disse, e me dando conta de que não havia tempo como o presente, fui ao grão—. Alguma idéia de como terminaram essas mulheres em vocês 2 terrenos? 3

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Um reflexo defensivo saiu dele, mas se acalmou instantaneamente. Observou a zona. Esticando sua mandíbula com irritação. —Não, senhora. —O que há do azeite? —Que azeite? —perguntou, observando o esgoto do assassino. A agente Carson o explicou—: Há azeite na terra, mas não é derivado desta área. Em outras palavras, não é do tipo que te faz milionário. Sabe algo de isso? —Que demônios? —Sacudiu a cabeça, perturbado—. por que haveria azeite aqui? —Isso é o que nós gostaríamos de saber. Enquanto perguntavam ao Kenny pelo azeite, caminhei até o mirante. Debaixo, havia um escarpado de vinte metros de altura, a escassa beleza que era Novo o México se estendia tão rápido como o olho podia ver. Apreciei-a em seu imensidão e esperei pela difunta mulher que tinha estado pelos arredores desde que fui aí para falar. —Pensei que nunca sairia daqui. Olhei a minha direita. encontrava-se de pé a meu lado vestindo uma bata de hospital, e usava um lenço do tipo que usam os pacientes com câncer. E deveu de ter sido formosa. Inclusive com a cansada pele com as bochechas afundadas e seus olhos desanimados pela enfermidade, tinha um brilho que radiava com força e elegância. Olhei ao redor e lhe fiz gestos ao tio Bob. Caminhou para mim, suas sobrancelhas

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1.jpg 2.jpg arqueando-se com curiosidade. Levantei o dedo indicador, logo assenti para minha direita. Assentiu com entendimento. Podia falar com ele frente a ela e pareceria como se ambos estivéssemos a uma conversação. —Então, esta foi sua idéia? —pergunte a ela. —Foi. Sempre quis uma casa aqui, mas parecia como se Kenny não pudesse sentar cabeça o suficiente para construir uma. —Observou o lugar—. Ele não queria este rancho. Não queria ter nada que ver com o funcionamento. Seu espírito é selvagem. Sempre o foi. Pensei que os meninos tranqüilizariam ao cavaleiro nele, mas não estavam nas cartas para nós. —Entrelaçou seus dedos, seus olhos brilhando com tristeza—. Segue sendo jovem. Ainda pode ter filhos se tivesse outra oportunidade. —Sinto-o —lhe disse—, pelos meninos. —Pessoalmente, a idéia de ter filhos provocava-me urticária e um leve ofego em meu peito. Mas entendia que a maioria das mulheres o queriam—. Disseram que tentava que Kenny saísse daqui? Assentiu. —Alguém tinha que encontrar a essas mulheres. Surpreendida, perguntei—: Sabia delas? Sabia que tinham sido enterradas aqui? O tio Bob se alertou, mas seguiu imóvel esperando pela informação de uma conversação parcial desde seu ponto de vista. —Não como você crie —respondeu, meneando a cabeça—. As escutei um dia quando Kenny me trouxe aqui. Queria ver o lugar uma vez mais. Suponho que me encontrava tão perto da morte que pude as escutar.

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Meu peito se esticou ante a imagem. —O que escutou? —Seus prantos. Seus soluços de agonia. Não o disse ao Kenny. Acreditei que estava enlouquecendo, assim não o mencionei. Logo foi muito tarde. —Respirou profundamente, e logo me olhou determinadamente—. Não pude ir, sabendo que essas mulheres se encontravam aqui. Tinha que trazer para alguém. Para as liberar. —Não entendo. Como foram apanhadas aqui? As difuntas são imateriais. Podem passar bastante bem através de algo. E como conseguiram liberar-se? —Não estou segura. No minuto em que a equipe de construção começou a limpar o terreno… —Se deteve e o pensou de novo—. Não. Não, o homem com a escavadora acreditou ter visto algo. Saltou da escavadora e passou sua mão pela terra. E isso foi. Isso as liberou.

1.jpg 2.jpg O funcionamento do reino sobrenatural ainda me surpreendia. Como um defunto pôde ter estado apanhado? Como o toque de um humano pôde as liberar? Nunca o entenderia por completo. —Como conseguiu que Kenny saísse? —Persegui-o —disse, um malicioso sorriso emergindo detrás de seu tristeza—. Movia os livros e sacudia os vidros até que emprestava atenção. Não podia fazer muito, mas quando finalmente conseguia sua atenção, tentava fazê-lo vir aqui. Deixei-lhe pistas para que saísse ao terreno. Um saleiro no mapa. Um lápis sobre o desenho que tinha feito de nossa casa. Sabia que o perseguia, a falta de uma melhor frase, mas acreditou que queria que construíra nossa casa sonhada. —encolheu-se de ombros—. O que seja que funcionasse. Trouxe-o 2 aqui. Mas 4

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tomou m{s tempo de que pensei. Tinha que “fazer planos”. —Usou seus dedos para lhe dar ênfase—. Sabe? Para um cavaleiro campeão, o homem pode mover-se mais lento que o melaço em janeiro. Ri. —Acredito que isso é um impedimento para a maioria dos homens. —O que? —sussurrou o tio Bob—. O que está dizendo? Dava-lhe uns tapinhas em suas bochechas, e logo perguntei—: Sabe quem fez isto? Tem que haver pelo menos vinte mulheres enterradas aqui. —Vinte e sete —corrigiu, baixando a cabeça—. Há vinte e sete. depois de absorver esse pedaço de informação, perguntei—: Sabe seus nomes? De onde são? Quem fez isto? Baixou o olhar com arrependimento. —Nada. Sei exatamente quantas são, que aspecto têm, mas nenhuma fala. A decepção me envolveu. —Estou tendo o mesmo problema. Olhou-me com surpresa. —O que é, de todas formas? Levantei uma esquina de minha boca. —Sou o portal, quando for que esteja preparada. Tomou outra pausa superficial, e me surpreendeu novamente ao dizer—: De alguma maneira sabia. Estou preparada, suponho. Fiz o que precisava fazer. E quanto mais fique, mais demorará Kenny em refazer sua vida. Temo-me que por meu pressa por trazê-lo aqui, prometeu esperar por mim, nunca casar-se de novo. —Uh-OH —disse. —Pode lhe dar uma mensagem de minha parte? —É obvio.

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1.jpg 2.jpg —Pode lhe dizer que construa nossa casa aí? —Apontou a um lugar perto de cinqüenta metros detrás de nós—. E construir um jardim aqui em honra a estas mulheres? Quando puder, de todos os modos. Não estou segura de quanto tempo o estado terá o terreno fechado. —O direi. Dirigiu seu olhar a seu marido. Ele tinha os olhos avermelhados, seus ombros se moviam enquanto observava uma flor girar em sua mão. —É um safado —disse. Logo entrou. Imagens visíveis de sua vida passaram frente a mim enquanto sua essência se filtrava em meu corpo, correndo por minhas veias. Tomou classes de balé quando era menina, mas preferia cadeiras de montar e botas de vaqueiro antes que tutús e bailarinas. Tinha um cavalo chamado Canela e um cão chamado Toast. Foram enterrados em os subúrbios da granja de seus pais no Passo. A primeira vez que viu o Kenny, ele se preparava para cavalgar na feira estatal. Tinha dezenove anos e ficou fascinada com a maneira em que seus calças de couro deixavam ao descoberto seus melhores rasgos. Também o disse. Tinham estado juntos após, exceto por umas poucas semanas quando ele foi de bebedeira ao México depois de que um touro branco chamado Furacão esmagasse duas vértebras de suas costas. Ela o perseguiu e o encontrou inconsciente em seu quarto no hotel com outra mulher dormindo junto a ele. Com o coração quase quebrado, tirou a mulher da habitação, recolheu sua roupa e o levou de retorno 2 ao 4

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rancho. Nunca lhe disse que sabia a respeito da outra mulher, e ele nunca o mencionou. Era como se nem sequer a recordasse. É o que se disse a si mesmo. Mas o amava tão ferozmente como ele montava touros. Seu rosto foi o último que viu quando morreu, e era sua lembrança mais prezada. Inalei profundamente quando passou, e me sustentei do braço do tio Bob para me manter de pé. Agarrou forte meu cotovelo. —O que aconteceu? —perguntou enquanto ficava sem fôlego. Tirei a umidade de meus olhos. —Cruzou. —O que? A que te refere? O tio Bob não sabia sobre essa parte. Sabia que podia falar com os mortos, mas só isso. —Cruzou ao outro lado —expliquei. —Refere-te a que não pode falar mais com ela?

1.jpg 2.jpg —Não. Mas não sabia quem fez isto. Notando minha angústia, a agente Carson se aproximou de nós. —Tudo está bem aqui? me endireitando, afastei-me do tio Bob. —Há vinte e sete. —Tendo visto o suficiente, procurei o todoterreno—. Não deixem que parem até que encontrem a as vinte e sete.

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depois de uma tranqüila viagem de volta, o tio Bob me deixou com minha miséria. Ele tinha perguntas. Queria saber mais sobre mim. Sobre o que fiz. Mas deixei que meu ânimo enegrecesse e não lhe dava uma oportunidade para conversar. Perguntei-me se Reis seguia no trabalho, em troca, decidi comprovar a Cookie. A classe quase teria terminado, e queria me assegurar de que a superou antes de ir ao departamento da Kim Milhar. Se meu plano ia funcionar, necessitaria toda a cooperação da Kim. Esperava consegui-la, porque não tinha um plano de respaldo de nenhum tipo. além da oração. Falaria-me Reis depois? O amor da difunta senhora Knight por Kenny fazia eco do meu próprio por Reis. Entendia a ferocidade nele. A absoluta necessidade. Sua atração era como uma força de gravidade em meu coração. —Está bem, calabacita? —perguntou o tio Bob antes de que saísse. —Estou-o. Obrigado por não me perguntar nada. —OH, só foi uma pausa. Tenho muitas perguntas, pode contar com elas. —Mm, de acordo. —Fechei a porta e me escapuli pela parte traseira em a loja de armas, o qual não era provavelmente meu melhor momento considerando o tipo de loja que era e que todos no lugar poderiam me matar a cem metros sem sequer me olhar duas vezes. Mas no sala-de-aula do fundo era onde Noni tinha seus oficinas ocultas.

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A porta do sala-de-aula se encontrava aberta, e me encontrei aliviada de que tivesse deixado ao Cookie entrar com tão pouca antecipação. A classe estava enche com vinte e cinco estudantes. Normalmente, não permitia mais de quinze. —Entendo —dizia Cookie ao Noni—. O faço. Mas não sei se seria tão fácil, sem importar as circunstâncias. Penetrei-me pela porta e me parei contra a parede traseira.

1.jpg 2.jpg Noni assentiu para ela. Tinha uma compleição média com cabelo negro e pele azeitonada. Era dono de uma oficina de pintura local, mas também era um perito em armas e tinha ensinado segurança no uso de armas durante mais de dois décadas. —Então captaste tudo o que esperava que fizesse desta classe. Não é fácil. Não importa quais sejam as circunstâncias, apontar sua arma para alguém e apertar o gatilho não é nem deveria ser nunca fácil. Cookie parecia distraída, a quilômetros de distância. Algo que Noni havia dito antes a tinha aí pensando, e isso sempre era perigoso. Teria que lhe advertir a próxima vez. —O que acontece…? —disse ela, sua voz entrecortando-se antes de captálo—. O que acontece seu melhor amiga está sendo torturada no apartamento do lado por um homem que acabava de pôr uma pistola na cabeça de sua filha? Meus pulmões se detiveram. Não disse ao Cookie essa parte, a parte sobre Earl Walker pondo uma pistola na cabeça do Amber, até faz uns dias. Não sabia como dizer-lhe e não lutei com todo o assunto da tortura como haveria querido. Como pude ter esperado mais do Cookie?

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Claramente o tio Bob lhe falou com o Noni dessa noite. Ele não pareceu surpreso absolutamente. inclinou-se para frente e meu olhar se encontrou com a dela. —Então aponta reto. —O que acontece, inclusive se tivesse estado ali, não tivesse podido apertar o gatilho? —Sua voz se quebrou e senti o peso de sua dor de onde me achava. Era quase mais do que podia suportar. —Cookie, essa é uma decisão que deve tomar antes de tirar sua arma. Tenho a sensação de que poderia havê-lo feito, dadas as circunstâncias. Comecei a sair da habitação. A dor me consumiu. Roubou meu fôlego. Aguou meus olhos. Não pela lembrança, mas sim pelo conhecimento do profundamente que essa noite tinha afetado a meu melhor amiga. —E olharia o que o gato trouxe arrastas. —Noni me viu no momento em que entrei na habitação, mas o fez soar como se acabasse de chegar. O agradecia. Sorri quando todos se giraram, e ofereci uma saudação vacilante. —Só estou comprovando a minha empregada. Já sabe, me assegurando de que não faltou a classe. Ou matou a alguém. É conhecida por fazer isso. —Cookie me olhou, surpreendida ao princípio, logo coibida. Não tinha nenhuma razão absolutamente para

1.jpg 2.jpg está-lo—. Ou, não matar a alguém —corrigi—. Nunca tem feito isso. Mas é uma profissional escapando. Tem o primeiro prêmio.

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—Está é uma de meus ex-estudantes, uma 4 investigadora privada que trabalha

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clandestinamente como ajudante para o Departamento de Polícia de Albuquerque. —Noni me saudou com a mão—. Arrumado a que tem algumas história que contar. Apertei a boca em uma linha sombria enquanto me aproximava para lhe dar um abraço. Sabia malditamente bem que tinha histórias. O tio Bob o contava tudo. Logo deixei que se mostrasse minha covinha esquerda e me volteei para a classe. —Em realidade, tenho uma história sobre um incidente que passou durante meu classe com o Noni. Estávamos todos fora no campo de tiro, e esta mulher passou vestindo um suéter apertado, e Noni quase disparo seu… —OH, você —disse Noni, interrompendo. Passou um braço por meu pescoço e me fez uma chave na cabeça. Logo esfregou seus nódulos contra meu couro cabeludo—. A alguém gosta de mentir —disse, rendo por meus gemidos de consternação—. Me gostaria de daras graças a todos por estar aqui, e lhes darei esta papelada. Deveriam ter suas permissões em um par de meses. —Todo mundo se levantou para irse, mas Noni não se atreveu a deixar ir minha cabeça. Na verdade não queria que essa história saísse à luz. Não é como se em realidade tivesse golpeado algo. Graças a Deus, porque se tivesse-o feito teria muito que lhe explicar a sua esposa. —Veio a me comprovar? —perguntou Cookie, apartando o olhar. —Sim —disse entre minhas bochechas enrugadas. Noni estreitava mãos e respondia perguntas de último minuto—. Me preocupada que corresse depois do incidente de cair e rodar.

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riu em voz baixa e agarrou sua bolsa. —Foi uma boa classe. Tinha razão. 4

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—Disse-lhe isso. —E não tenho nem idéia do que falava —disse, girando para partir—. Noni não é um completo fanático. OH, mierda. O agarre pelo Noni se esticou, e senti os nódulos da morte em minha cabeça outra vez. Todos tinham razão. Nunca emprestava atenção, mas todos tinham absoluta razão: A revanche era uma mierda.

1.jpg 2.jpg 13 Traduzido pelo Snowsmily & Jasiel Alighieri & Moni Corrigido pela Alexa Colton

Se não fora pela física e a aplicação da lei, seria imparable. (Camiseta)

No exterior da armería, expliquei-lhe minha mensagem sobre a Kim Milhar a Cookie. Atônita seria minha melhor descrição de sua reação. Mas lhe contei meu plano, e esteve de acordo comigo. Havia valido a pena o intento. Assim, vinte minutos depois, encontrava-me tocando a porta de cor turquesa da Kim. E golpeando. E golpeando. Podia senti-la ali dentro, mas não queria responder. Seu culpabilidade espessava o ar, dava-lhe uma textura opressiva.

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depois de meu terceiro golpe, ao que lhe acrescentei—: Não irei, Kim—, abriu a porta. Sempre tinha parecido frágil, e nada tinha trocado. Ela era como a porcelana, tão delicada, que temia que uma palavra equivocada a destroçaria. —Sinto-o —disse, me indicando que entrasse—. Estava lavando os pratos. Luzia como se não tivesse comido nenhuma pingo desde que a vi por última vez. —Perguntava-me se poderíamos falar. —Claro. —Não parecia feliz com a perspectiva, mas tampouco discutiu. Sentamo-nos em sua pequena sala de estar. Posto que o sol se pôs, um singelo abajur era a única luz com a que contávamos. Fazia que os rasgos afiados de seu rosto se sobressaíssem. —Viu-o? —perguntou, sua voz pequena e insegura. Isso me enfureceu. —Sim, vi-o, e deveu ter vindo a verte no momento em que saiu. Negou com a cabeça, defendendo-o como sempre. —Não, não. Eu compreendo. Ele não quer que ninguém saiba sobre mim.

1.jpg 2.jpg —Isso era antes, quando estava sendo acusado de assassinato. Não tem razão para não te visitar, Kim. Seus olhos se umedeceram imediatamente. —Tem toda razão —disse, quase me rogando que compreendesse—. Não sabe o que atravessou por mim. —De fato sei. —Quando me dedicou um olhar interrogativo, pinjente—: Tenho uma foto dessa época.

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—Uma foto? —O temor alagou seu sistema nervoso central. 5

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—Sim, de Reis sendo… —Não sabia como dizê-lo amavelmente, porque não havia nada amável nessa foto—. Você me disse faz um tempo atrás que Earl Walker tinha conservado fotos nas paredes. Isso é o que quis dizer? Fotos de Reis sendo torturado? Uma magra mão cobriu sua boca enquanto as lágrimas se derramavam a través de suas pestanas. —Essa é a razão pela que estiveste prendendo fogo a todos os lugares nos que viveu enquanto crescia? Porque Earl ocultava as fotos nas paredes? Sua surpresa era evidente. Sua dor inclusa mais. ficou de pé e foi até a cozinha a por dois copos de chá doce e um lenço, logo se sentou de novo, seu determinação solidificando-se. —Sim —disse, fechando seus olhos com vergonha—. Hei estado prendendo fogo aos edifícios, as casas, as garagens cheias de lixo… Cada lugar no que vivemos, cada lugar no que Earl profanou a meu irmão. Todos estão manchados, com cada marcha e humilhação. —Entregou-me um copo de chá e tomou um trago ela mesma. Tomei um sorvo, lhe dando um momento, logo perguntei. —Kim, sei que havemos falado disto, mas Earl alguma vez… ele…? —Não —disse, tragando—. Não a mim. Nunca. —Uma selvagem repugnância alimentou o seguinte olhar que me mostrou—. Gostava dos meninos. Gostava Reis. Tomava às mulheres só quando tinha que fazê-lo, como um meio para alcançar um fim. —Jogou-me um olhar confundido—. por que qualquer mulher o daria uma olhada a essa pilha de porcaria? Neguei com a cabeça, vendo uma força nela que nunca tinha visto antes. Uma determinação feroz de proteger a Reis. Ela faria qualquer costure por ele, e ele nem sequer tinha a decência de visitá-la depois de ser liberado. Estava furiosa 2 com 5

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ele nesse momento, mas poderia lutar com isso depois. Agora se tratava da Kim. De conseguir ajudá-la. Bebi um gole enquanto a observava, lhe dando um momento para tranqüilizar-se.

1.jpg 2.jpg —Reis fez de tudo para me proteger. Ainda o faz. Com seu apartamento. Com seu dinheiro. Sabia sobre o dinheiro. Ela me tinha contado isso, e isso jogava um grande papel em meu plano. Cinqüenta milhões de dólares era uma grande maneira de tranqüilizar a uma companhia de seguros, especialmente quando cada lugar no que haviam vivido, cada lugar que tinha reduzido a cinzas, era pouco mais que miséria. Posei uma mão sobre a sua para conseguir sua completa atenção. —Kim, acredito que posso te conseguir um acerto. —Um acerto? —Com a polícia. Com o fiscal do distrito. —OH. —Baixou o olhar, envergonhada—. É obvio. Serei presa. Mas assegurei-me de que ninguém estivesse nessas construções. Nunca teria machucado a ninguém. —Sei, e me assegurarei de que eles também saibam. Acredito que se remuneramos à companhia de seguros e lhe oferecemos qualquer outra restituição, considerando as incomuns circunstâncias… —Não! —ficou de pé e se afastou de mim—. Tem que deixar a Reis fora de 2 isto. Ninguém sabe que ele formou parte 5 de minha vida alguma vez, e não o

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arrastarei por isto. Se alguém se inteira… Deixei meu copo e também me pus de pé. —Kim, se isso significar… —Não. Charley, ele foi a prisão sem que ninguém soubesse o que Earl lhe fez. Não entende a classe de cicatrizes que tem, a classe de peso que leva. Tinha razão. Eu não o entendia. Mas se ia conseguir o acordo do século, precisaria envolvê-lo. Reis poderia não ter estado disposto a lhe permitir saber ao governo que tinha uma irmã falsa para salvar seu próprio traseiro, mas certamente o faria para manter a sua irmã fora da prisão. Estava realmente assustada de que ela não sobrevivesse na prisão, e já que eu ia ser a que levasse ali, se entrava e não o obtinha, a quem culparia Reis? Não teria mais opção que me culpar. Kim se sentou de novo e tomou outro sorvo para acalmar-se. Fiz o mesmo, lhe dando um momento para recompor-se e a mim para decidir que tão clara deveria ser. Se fosse ao tio Bob e ao fiscal de distrito e lhes explicasse tudo, se tivesse uma prova… Uma idéia me golpeou. Não necessitaria sua declaração. Tinha a foto. Tinha uma peça da autêntica coisa que ela estava tratando de queimar. —Pode me desculpar? —perguntou.

1.jpg 2.jpg Assenti enquanto se levantava para ir ao banho, me dando tempo para revisar meu plano. Não tinha nem idéia de se realmente funcionaria ou se o fiscal do distrito o poria os grilhões no momento em que atravessássemos a porta. Necessitava algum tipo de garantia. Revisei a hora em meu relógio. Quase as oito. 2 Certamente se 5

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chamava o tio Bob, teria tempo para chamar o fiscal e planejar algo para amanhã pela manhã. E se tinha que fazê-lo, confiava completamente no Ubie. Ele poderia me dizer como dirigir isto e garantir os direitos e a segurança de Kim. Talvez inclusive chamaria a Gemma, a ver se poderia estar na reunião como um reforço. E poderia ter um advogado em espera em caso de que as coisas fossem mau. Kim apareceu um minuto depois e claramente tinha estado chorando. Se tinha recolhido o cabelo com um elástico e se trocou de roupa. Passou de uma frágil institutriz a espião internacional, coberta de negro de pés a cabeça. Levantei minhas sobrancelhas em sua direção e se sentou no sofá de novo, mas quando o fez, uma onda de vertigem me sobressaltou. Algo quente se iniciou em minha nuca e se estendeu através de todo meu corpo, e me dava conta de que não tinha comido do almoço faz várias horas. O açúcar em meu sangue estava diminuindo rapidamente. Talvez obrigaria a Reis a me cozinhar algo quando retornasse. De novo, se soubesse o que estava planejando, poderia envenená-lo de verdade. Veneno. Pisquei em direção a meu chá. fez-se impreciso e se inclinou para um lado, derramando-se sobre minha mão e sobre o tapete. Os braços da Kim me rodearam. Arrastou-me até o sofá e me tendeu nele o melhor que pôde. Ainda sentia-me enganada, enquanto baixava o olhar para mim. —Sinto muito, Charley. Solo falta uma. —Franziu o cenho—. E esta será complicada. —Você… Me drogou? —Só falta uma e então tudo terminará. arrumei tudo. O dinheiro 2 está em nome de Reis. Se quer lhe retribuir às companhias de seguro, bem. 5

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Isto dependerá dele. Meus parpados se fecharam. —Espera —disse, aplaudindo minha bochecha. Pisquei de novo em sua direção. —Todos os papéis estão em meu escritório na cozinha. E há uma nota para Reis. —Sustentou uma nota. fez-se imprecisa em minha linha de visão—. Não quero que

1.jpg 2.jpg os policiais se envolvam —disse, guardando-a no bolso de meu jeans—. Por favor, só lhe diga que o amei desde a primeira vez que o vi. Conhecia o sentimento. —E, lhe diga… —Pensou por um momento, logo sorriu—. lhe Diga que o verei o outro lado. Sua voz também se desvaneceu, e me desvaneci enquanto caía em uma cálida e nublada escuridão.

—Tio, Bob —disse lutando com minha língua, que se recusava a funcionar bem. —Sei que está molesta, Charley, mas essa não é razão para me insultar.

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—Não, lu, o, entenles. —Que demônios5 acabava de dizer?

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Soou como Você não entende quando o pensei em minha cabeça. Apertei os dentes e o tentei com mais força. —O piromané. —Genial, agora era francês—. O. O pir…maro. —O pirómano? —perguntou, repentinamente muito interessado no que tinha para dizer. Tristemente, “Lelally” foi o que obteve. Sem idéias. Traguei forte e tropecei na porta. Colocar um pé diante do outro e tratar de falar com mesmo tempo se converteu em um verdadeiro desafio. O ar gelado parecia ajudar. Neguei com a cabeça. —O pirómano… Quero fazer um extenso. Um trato. Só, que não tenho muito tempo. —por que não? Raios. Kim ia arruinar meus planos para ela. —Outro edifício, ou casa ou algo está aponto de prender-se em lamas. Só alerta aos bomeros —disse—, tratarei de encontrar ao pirómano antes que elo aconteça. —Quem, Charley? —perguntou, sua voz dura, sem aceitar nenhuma discussão. Eu, por outro lado, poderia agüentar um poste. —Encontrarei-me contigo e com o fiscal do distrito pela manhã. Prometo-o. Explicarei-lhes tudo. —diga-me isso agora ou te juro que te acusarei por cumplicidade. —Tio Bob, elo é tão industo. —me permita ao menos reportar o carro.

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2.jpg Essa era uma excelente ideia. Infelizmente, não sabia que Kim sequer tivesse um carro. Não havia nenhum registro. Tinha cuidadoso. —Só me chame no momento em que escute algo sobre o fue. — Felizmente Ubie podia traduzir. —Charley, está pondo a gente inocente em perigo. sentia-se decepcionado de mim. —Ela não machucará a ninguém. Sabe que não o fará. —Ela? —Só me chame. —Não preciso fazê-lo. Houve outro incêndio. O mesmo modus operandi. Já? Quanto tempo tinha estado deprimida? —Onde? —Sabe o que? vou compartilhar o quando você o faça. antes de que pudesse tolerar mais argumentos, pendurou. Em minha cara. Rodei os olhos, quase comi a calçada como resultado. Chamei o Cookie para averiguar onde estava o fue… fogo. Quem pensava em ligar as palavras? —Há um incêndio em um terreno de erva —disse depois de escutar à banda de emergências graças às maravilhas dessa internet é toda a bate-papo, por agora. —Um terreno de erva? —Isso era estranho. —OH, espera, sim, um incêndio em um campo de erva, mas com algum tipo de estrutura subterrânea queimada.

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—Ao igual a um bunker? —perguntei. —É possível. Estão tratando de apagá-lo. Isso é o que provocou o incêndio no campo. Earl os teve vivendo em um bunker em algum momento? Não me haveria posto diante dele. E Kim tinha estado no certo. Isso tivesse sido difícil. Como podia um queimar um edifício subterrâneo? Claramente, estava-se voltando boa em tudo isto de provocar incêndios. Talvez isso lhe daria credibilidade guia de ruas se meu plano fracassava miserablemente —que era o que meus planos tendiam a fazer— e terminava no cárcere. Comecei a me retirar da praça de estacionamento quando Kim apareceu ante minhas luzes dianteiras. Lancei ao Misery de novo à praça e saí, um estranho sentido de indignação desatou meu próprio fogo.

1.jpg 2.jpg —Drogou-me —pinjente, indignada. Uma senhora que passeava a seu cão se deteve escutar, logo agachou a cabeça quando nos fixamos nela e seguimos caminhando. Ela teve a decência de parecer envergonhada. Kim, não a mulher. —Só um pouco. —um pouco? Por isso entendo, prendeu fogo ao mundo enquanto eu estava inconsciente. —Só a um pequeno rincão do mesmo. —Ela levantou o polegar e o dedo índice para me mostrar como de pequeno. —E soei estúpida quando tratei de falar com o tio Bob.

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retorcia-se as mãos. —Sinto muito. Não5 quis que soasse estúpida.

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Cruzei os braços sobre meu peito. —Então, terminaste? Podemos falar de meu engenhoso plano para te manter fora do cárcere agora? Ou segue planejando te tirar a vida? O olhar de surpresa em seu rosto me disse… bom, que a havia surpreso. Isso foi mais ou menos, mas conhecia os signos de suicídio. Ela havia posto seus assuntos em ordem e tinha toda a intenção de tirá-la esta vida noite. Não podia deixar de me perguntar o que a deteve. Ou se uma viagem ao necrotério se encontrava ainda em ordem. —Não, eu… —Pressionou sua boca e deixou que uma lágrima se deslizasse por seu bochecha. —Bom intento, bochechas doces —lhe disse, tomando-a do braço e levando-a para o interior—. Mas não cairei nessa atuação de novo. É mais forte do que jamais imaginei. —Não, não o sou. Sou dócil e frágil. —lhe diga isso ao juiz, irmã. Neste momento temos que sincronizar nossos relógios. —Eu em realidade não uso… —É uma forma de falar. —Empurrei-a para seu apartamento, logo fechei a porta—. E se pensar que pode fazer um pouco de café sem dopaje, posso tomar uma taça? —Está bem. dirigiu-se à cozinha. Segui-a. Observava cada movimento. Dócil e frágil meu culo.

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Kim não comprou meu plano aos cem por cento. Tinha toda a intenção de entrar em uma estação de polícia e entregar-se, confessando tudo. Embora isso era uma parte integral de meu plano, tinha medidas que deviam adotar-se para garantir um trato justo para ela. Uma vez que a convenci disso, e deixei de ameaçar apresentando cargos pela droga, aceitou. Mas o faria o tio Bob? Fariam-no o capitão ou o fiscal do distrito? Kim se negou a expor essa parte de sua vida em nossas negociações, mas todo seu período como uma pirómana se apoiava nessa parte de sua vida. Ela estava queimando essas lembranças. Tratando de proteger a Reis, de conseguir desfazer-se das fotos das paredes. Para esterilizar seu passado. Se ela não queria falar disso, respeitaria-o, mas ainda tinha uma pequena evidência em meu arsenal. A imagem em si. A que tinha de Reis. Se a mostrava ao fiscal, e logo negociava um acordo para a Kim se ia confessar e a pagar às companhias de seguros, certamente estariam de acordo. Em todo caso, fez-lhe um favor à cidade. Cada lugar que queimou, em todos os que tinham vivido, eram uma monstruosidade. Subi correndo os dois lances de escadas e me lancei através de minha porta antes de recordar que tinha companhia. Detive-me em seco, examinei a habitação, e embora não fiz um contagem real de cabeças, adivinhei que havia exatamente vinte e sete mulheres falecidas em meu apartamento, as quais eram vinte e 2 sete de mais. 6

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Alguém arranhou meu tapete, tratando desesperadamente de sair. E outra atirava de seu cabelo, que rasgava a punhados. Não podia agüentar mais. Corri para ela, me ajoelhei e tomei suas mãos nas minhas. Ela continuou balançando-se, mas se acalmou um pouco. Atraí-a a meus braços e vi como as mulheres corriam por meus armários, meus paredes, por debaixo de meu escritório. Encontramos a fossa comum, mas agora o que? O que necessitavam estas mulheres? Se estavam esperando a que seu assassino fosse encontrado, poderia ser uma larga espera. Teria que acampar na escada de incêndios. Quando a mulher em meus braços se acalmou o suficiente para deixá-la, me movi através da multidão, com cuidado de não pisar em dedos de mãos ou pés, e fui até a gaveta da cômoda aonde guardava a foto. Comecei a me preocupar quando não a encontrei. Rebusquei através das outras gavetas, contenta quando encontrei meus boxers com “desfruta responsavelmente” sobre o traseiro, logo procurei entre minhas meias e suéteres e cachecóis. Nenhuma foto. Quando meu

1.jpg 2.jpg habitação parecia que tinha sido bombardeada, dava-me conta de que a foto havia desaparecido. Então a compreensão chegou. Reis. Tinha estado zangado quando a encontrou. Deveu havê-la tomado. Tomei a chave de seu apartamento e me dirigi para ali. Foi uma marcha curta.

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—Onde está minha foto? —perguntei depois de encontrá-lo. Em seu habitação. Com uma toalha. Ainda molhado. Santa mãe de… —Quando me foste dizer seus planos com minha irmã? Isso me surpreendeu. Seus olhos brilhavam com irritação. Ele não tinha falado com ela em anos. Como demônios sabia cada vez que ia falar com ela? —Sabe o que esteve tramando sua irmã? ocupou-se de ficar um relógio com uma banda de couro grosa. —Pensei que tínhamos um acordo. Mantém-te afastada dela, e eu não te corto em dois. —Não —disse, caminhando para ele. Afundei o dedo indicador em seu peito— . Não pode me ameaçar. —Quem disse que era uma ameaça? —Ao menino gostava de fazer grandes declarações. Aproximei-me um passo mais. Seu aroma, como uma tormenta no deserto, me envolveu. Seu calor, irradiando dele em feitas ondas, parecia esquentar-se mais a cada segundo. —Se voltar a me ameaçar de novo… —O que? —perguntou, cruzando os braços enquanto me examinava com seus pálpebras cansadas. depois de me esclarecer a garganta, pinjente—: Se alguma vez volta para me ameaçar de novo, atarei-te. —Tinha-o pacote uma vez, atei seu corpo imaterial ao corpóreo para que não pudesse ir-se. Estava entupido. Não era um lugar no que gostava de estar. Suas sobrancelhas se levantaram e a habitação se esquentou ainda mais. Fechou a distância entre nós. —E como te propõe fazer isso —perguntou, sua íris brilhantes—, 2 se não poder falar? 6

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Uma quebra de onda de fúria se disparou através de mim. Meu olhar foi para a toalha. As sombras nos vales de seus quadris apanharam minha atenção. moveramse quando deu outro passo, me obrigando a retroceder. Seus abdominais se ondularam com o movimento. Seguiu avançando até que não pude ir mais à frente. Apoiada

1.jpg 2.jpg contra a parede, pus uma mão em seu peito. Ele colocou suas mãos na parede detrás de mim. —Pensei que tínhamos superado seus insignificantes ameaça—pinjente. Seu olhar baixou a minha boca. —Minhas ameaças nunca são insignificantes. —Se passou a língua sobre o lábio inferior, logo atirou dele com sua boca enquanto meditava sobre nossa situação. —As minhas tampouco. Não me ameace de novo e podemos ser amigos para toda a vida. Sua cabeça se inclinou para um lado. —Pensa que pode me domar? — perguntou. Sem tirar os olhos de mim, estendeu a mão sobre a parte superior de uma cômoda, tomou a Polaroid e me deu—. Crie isso que pode domar isto? Não a olhei. A imagem tinha estado gravada em minha mente do momento em que a vi pela primeira vez. Reis pacote e com os olhos enfaixados, pacote a uma cadeira, a corda mordendo sua pele, reabrindo feridas que pareciam ter sido curadas. Tinha-o reconhecido imediatamente, seu despenteado cabelo escuro; as tatuagens 2 mecânicos e fluídos sobre seus ombros6e braços; sua boca carnuda. via-se de

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dezesseis anos na foto, seu rosto volteado, seus lábios pressionados com humilhação. Enormes mancha de hematomas negros manchavam seu pescoço e seus costelas. Compridos cortes, alguns afrescos, outros meio curados, foram ao longo de seus braços e o torso. Jurei que nunca a veria de novo, mas não era uma idiota. Nunca a deixaria ir. Se não tinha nada mais, era a prova do que Reis passou, pelo que ambos, ele e Kim, tinham suportado, e agora serviria para ajudar com o caso de sua irmã. Sem olhá-la, guardei-a em meu bolso traseiro. —Não quer ver o que sou? —perguntou. —Isso não é o que é, Reis. Isso é o que lhe fizeram. O sorriso que se estendeu por seu rosto tinha pouco humor. —E crie que pode me curar como a um ave com a asa rota. Minhas mãos se deslizaram para a toalha. —Acredito que é um menino grande e sabe que estou aqui para ti sem importar o que. —Provoquei-o, rocei-lhe com as pontas de meus dedos por cima da toalha, pelo fronte até que se deslizaram sobre sua ereção. Claramente, não estava tão zangado. esticou-se. —Sem importar o que? —Sem importar o que —pinjente, levando-o para trás—. E quando puder deixar de me ameaçar cada vez que defendo meu território, pode me ter. Até

1.jpg 2.jpg então, podemos ser vizinhos. —Comecei a passar por debaixo de seu braço, mas ele 2 baixou-o, bloqueando meu escapamento. 6

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—Está brincando, verdade? Olhei-o. —Para nada. Se não te importar. —Indiquei para seu braço com uma olhar. Em vez de mover-se a um lado, fechou a distância entre nós até que estávamos a centímetros de distância. —Vizinhos? O fogo que o consumia lambeu minha pele, empapando meu suéter e meus jeans. Reclinei a cabeça contra a parede e o olhei. Esperando. Ele se moveria e faria isto mais fácil para ambos ou faria um movimento, fazendo que minha capacidade de me afastar fora muito, muito difícil. Não fez nenhuma. ficou ali, me olhando cuidadosamente, e ao princípio não entendi por que. Logo o senti. Senti-o a ele. Chegando dentro de mim com uma quente energia penetrante. —Se tivesse pensado por um momento que foste tomar te minhas ameaças em sério, Holandesa, teria contido minha língua. Podia pensar em outras coisas que podia fazer com sua língua. —Essa não é desculpa —pinjente em seu lugar, minha voz em um suave sussurro. —Ao menos quando te ameaço deixa de sentir lástima por mim. —Empatia —o corrigi. —É só que… posso dirigir a ira muito melhor que a lástima. —Empatia —pinjente de novo. —E pode usar o eufemismo que queira, é lástima. —É compaixão.

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—É um consolo lastimoso. —É apreciação pelo que passaste. É compreensão do coração. Se isso é muito para ti, então pode morder meu traseiro. —É essa um convite? —É um fato. Baixou a cabeça. —Quero que confie em mim. —Curiosamente, faço-o. Não importa o que diga, confio em ti. Moveu as mãos a cada lado de minha cabeça e roçou minha têmpora com seus polegares. —Quanto?

1.jpg 2.jpg Imediatamente comecei a me relaxar. Seu toque era incrível. —Justo agora, muito. Mas ainda não pode me ter até que possa te comportar. inclinou-se e apoiou a frente na parede, perto de minha orelha, não tão perto como para me tocar, mas o suficiente para que pudesse sentir seu fôlego em meu pescoço, e disse brandamente—: Então me obrigue. Suas palavras combinadas com o profundo timbre de sua voz foram meu perdição. Ele sabia que o seriam, maldita seja. Meu sistema de restrição falhou e me aproximei, passando minhas mãos sobre os duros degraus de seu estômago. Se apertavam com cada movimento enquanto meus dedos se deslizavam para baixo e sobre sua toalha de novo. Um puxão e estava livre. Seus batimentos do coração se aceleraram. A 2 sangue corria por suas veias um pouco mais rápido. Ou talvez eram as 6

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minhas. De qualquer maneira, a habitação se esquentou ainda mais. —Mantén suas mãos na parede —disse, meu tom resolvido. Depois me agachei por debaixo de seu braço e o empurrei até que estava quase pego contra ela. Que formosa posição. Reis Farrow a minha disposição, obrigado a comportar-se, a seguir minhas ordens explicitamente. Poderia me acostumar a isto. E realmente poderia me acostumar a vê-lo nu quando quisesse. Olhou-me enquanto o admirava. Seus olhos escuros brilhando detrás de seu cabelo molhado. Seus largas extremidades formadas com deliciosa perfeição. Suas nádegas de aço com covinhas em cada lado apertando-se quando meu olhar caiu sobre elas. Aproximei-me e passei as pontas de meus dedos por suas costas. Suas costas se flexionou. Quando segui, roçando seu esculpido traseiro, continuando para baixo e logo para cima, tomando a base de sua ereção por debaixo, ele baixou a cabeça. Fechou as mãos em punhos sobre a parede. Lutava por manter o controle. Um líquido quente se juntou entre minhas pernas enquanto o acariciava desde atrás. Aproximei-me mais, me moldando contra a curva de suas costas, e estendi a emano a seu redor para tomá-lo com minha outra mão. —Mierda —disse, sua voz era um sussurro áspero. O sangue bombeou debaixo de meu agarre enquanto o esfregava, meus dedos incapazes de abranger sua ereção completamente. Estava duro como uma rocha, pulsando sob meu toque, um fato que me deu uma embriagadora sensação de 2 poder; o ter tão sensível ante cada um 6 de meus toques, de minhas carícias.

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Rastelei minhas unhas sobre sua longitude. Gemeu através dos dentes apertados, sua voz uma casca áspera da original. de repente era uma coisa frágil. Débil. Quebradiça.

1.jpg 2.jpg Comecei a esfregá-lo com mais ritmo, apertando a base com minha outra mão, me deleitando com sua reação. —Holandesa —disse. A rouquidão de sua voz era quase tão sexy como o mesmo homem—. Espera. Mas não o fiz. Levei-o até o limite, ao bordo do orgasmo, porque também podia senti-lo. Como se estivesse sendo seduzida, senti o fluxo de calor em minhas vísceras, o picor do êxtase estendendo-se através de meu corpo. Querendo mais, ajoelhei-me, dava-lhe a volta a seus quadris e dei procuração dele de frente, preparando-o para minha boca, mas agarrou meus braços e me levantou, me imobilizando contra seu peito. —Isto não é comportar-se! —gritei em protesto. Ignorou-me, enterrando seu rosto na curva de meu pescoço e me levando para atrás até que encontramos a cama. Logo me levantou e nos arrastamos sobre ela, me deitando e me pressionando ali. Imediatamente se encarregou de meus jeans, desabotoando-os e baixando-os por meus quadris e minhas pernas enquanto deixava um rastro de beijos em meu pescoço. Tirei-me as botas a empurrões e me as arrumei para me tirar os jeans enquanto ele levantava meu suéter por cima de minha cabeça. Logo, com a destreza de um libertino experimento, desabotoou meu 2 sustento em tempo recorde e liberou6 a Perigo e ao Will. O ar fresco as

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golpeou, endurecendo suas pontas, mas foi imediatamente substituído pelo calor que irradiava de meu desobediente vizinho. Tomou em suas mãos e cobriu a ponta de Perigo com sua ardente boca. Quase gritei quando sua abrasadora língua fez círculos e me acariciou. Sugou brandamente e a excitação sexual aumentou através de mim, como se uma corda que atirava de ali até meu estômago tivesse sido apertada e rasgueada. Deu ao Will a mesma atenção e envolvi meus braços ao redor de seu cabeça, me retorcendo pelas sensações que palpitavam através de mim. Logo se deteve. Abri os olhos quando levantou a cabeça e me olhou. —Confia em mim? —perguntou. —Não está te comportando muito bem. —Juntei as sobrancelhas, castigandoo, não é que realmente importasse a estas alturas. Seus lábios se abriram, sua respiração ainda laboriosa. —Mas confia em mim? Cedi. —Sim. De acordo. Confio em ti. —Queria acrescentar palavras como implicitamente e inexoravelmente e, pelo amor de Deus, por favor, me faça vir, mas mantive a raia.

1.jpg 2.jpg Estava apoiado em seus cotovelos, seu rosto uma imagem de seriedade enquanto me estudava. Logo tomou minha cabeça em suas mãos e começou a me acariciar de novo. Esfregou-me a têmpora com os polegares e me relaxei imediatamente, justo como antes.

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—Fecha os olhos —sussurrou. Fiz-o dudosamente. —te relaxe e me deixe entrar —disse. Seu toque era hipnótico, seus polegares girando brandamente até que me derreti, me entregando completamente a ele. Então o senti. Um ligeiro empurrão em minha mente. Uma divisão nas dobras da realidade. Uma voz inaudível que veio a mim, falou-me em outra linguagem. Tomou um momento identificá-lo. Aramaico antigo. —Posso entrar em ti? —perguntou, e reconheci a voz de Reis, o suave acento, o profundo timbre reverberando em minha mente. Estava-me falando em outro nível, em um visceral nível psíquico. E queria entrar. Estava tão fascinada com o que estava fazendo, com como me estava falando, que não lhe respondi ao princípio. —Holandesa —disse, a voz fazendo-se mais clara, o empurrão voltando-se mais insistente—, posso entrar em ti? Respondi mentalmente e em aramaico antigo. —Sim. Em um instante, enviou sua essência dentro de mim, penetrando não só em meu mente, a não ser em cada molécula de meu corpo. Senti suaves fios de prazer encaixando-se em meu espinho dorsal, enrolando-se em meu abdômen, assentando-se em meu coração. Como se uma sensual fumaça tivesse entrado em mim, minha pele começou a responder. estremeceu-se e apertou até que se sentiu muito pequena para meu corpo. Meu sangue começou a ferver. As pontas de Perigo e Will se 2 endureceram 7

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quando uma fome te formiguem girou em espiral e me beliscou. Meus músculos se contraíram e se soltaram com sensualidade. Cintas quentes de êxtase se estenderam através de mim. A penetração se voltou mais forte, mais demandante, enquanto se reunia em o vértice entre minhas pernas e aumentava dentro de mim. Logo se moveu, pulsando, resistindo, e me levou mais perto do bordo. Calcinantes cheire pulsantes se moveram dentro de mim, banharam-me em um doce calor inimaginável. Reis tomou em seus braços, logo empurrou com sua mente de novo, fazendo as sensações ainda mais profundas, fortes e rápidas. A antecipação palpitou entre minhas pernas até que não pude suportar mais. Necessitava sua carne dentro da minha.

1.jpg 2.jpg —Rei´aziel —disse entre meus dentes apertados, me retorcendo debaixo dele. Afundei minhas unhas em suas costas—. Lhe ordeno isso. Ele enterrou seus dedos em meu cabelo, abriu minhas pernas com seus quadris e entrou em mim em uma larga investida. Gemi em voz alta quando o fluxo do orgasmo cresceu e se apressou dentro de mim como um torvelinho de fogo líquido. Isso foi tudo o que tomou. Um impulso. Uma perfuração penetrante para liberar a tormenta. Gritei, mas a boca de Reis caiu sobre a minha enquanto se afundava mais dentro de mim. Logo saiu, deixando um rastro de beijos em minha orelha, agarrando o interior de uma de minhas coxas para me sustentar aberta, e sumindo-se dentro de mim uma e outra vez até que a crista reapareceu. Agarrei-o, impulsionando-o a ir 2 mais 7

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profundo, me deleitando em seu prazer. —Holandesa —disse em meu ouvido, seu agarre tão forte que devi haver gritado em agonia, mas eu adorava a sensação, a força de seu orgasmo enquanto chocava dentro de mim. esticou-se, sua respiração trabalhosa ao tempo que se estremecia através dele em doces e incríveis cheire. Quando voltou de seu transe, rodou e me levou com ele até que fiquei em cima dele. Logo fechou os braços ao redor de mim, negando-se a deixar ir. Não era que eu quisesse que o fizesse. Procurou comodidade em meu pescoço, afundando seu rosto em a curva antes de dizer em voz baixa—: Deveríamos sair juntos. Ri-me, acurrucándome em seus braços, e beijei o suave ponto sob sua orelha. — vais ter que ir à escola de obediência para que isso passe. Tem problemas de autoridade. —Não importa. Deveríamos ter sexo de novo e logo sair juntos. —Já que o põe dessa maneira, está bem. —Soltei um grito de protesto quando me fez rodar de costas com um grunhido e começou tudo de novo. Foi um protesto bastante débil.

1.jpg 2.jpg 14 Traduzido pela Alexa Colton & Cynthia Delaney Corrigido pela Alessa Masllentyle

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Se Deus nos está olhando, o menos que podemos fazer é ser entretidos. (Etiqueta de pára-choque)

Alguém estava chamando. Golpeando. E enquanto lutava contra os parpados que queriam permanecer fechados e o corpo que queria ficar em horizontal, jurei por todas as coisas sagradas que alguém ia cair. Se esse alguém terminava sendo o intruso ou eu estava por ver-se, mas pela manhã, um de nós terminaria tendido no chão, gemendo de dor. —Que demônios? —perguntou Reis, lutando também contra a letargia. Tratei de responder, mas minha voz sairia mais como um alce raivoso com um resfriado, assim que me calei e saí de debaixo de seu braço e das patas traseiras de Artemis. Logo me caí da cama, o que não era tão incomum. —Está bem? —perguntou Reis com o rosto enterrado em uma grosa travesseiro. O tipo tinha gosto. —Mmm. —Foi tudo o que pude dirigir enquanto navegava pela habitação em busca de roupa interior e um prendedor. Acabava dos ter. Até onde tinham podido chegar? O golpe soou de novo. Logo vozes. Logo passos seguidos de um golpecito mais ligeiro na porta de Reis, e me dava conta de que o anterior tamborilar não tinha sido em sua porta, mas se na minha ou na do Cookie. Artemis levantou a cabeça, mas só por um momento antes de que o sonho ganhasse. Encontrei a toalha que Reis tinha estado usando e me envolvi nela. Se a gente ia tocar a portas em metade da noite, tinham que estar preparados para as conseqüências. depois de esquivar uma mesa de café e passar muito perto 2 de uma 7

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1.jpg 2.jpg vaso de barro, encontrei-me com a porta e a abri. Então vi a porta principal, assim fechei a porta da despensa e me dirigi para essa direção. Outro suave golpe soou. Mais vozes. —O que? —perguntei, abrindo de repente a porta. Quase podia ver essas alturas, apesar de que tudo era um borrão de cinzas e azuis. Até que vi Cookie. —OH, Charley —disse ela, vestida com uma túnica fúcsia e sapatilhas verde lima. Minhas pupilas se encolheram com horror—. O Sr. Swopes te estava procurando. —me chame Garrett —disse ao Cookie. Ela sorriu timidamente. Maldita seja. O tio Bob tivesse obtido um melhor movimento. Então Garret se voltou para mim. —Charles. Larga noite? —Que demônios, Swoopes? —Ainda soava como se tivesse um resfriado—. Sabe quão grosseiro é bater na porta de alguém a…? —Não tinha nem idéia de que hora era—. Pela manhã cedo? —Eu acreditava que era seu passatempo favorito. —Levava uma jaqueta marrom grosa e tinha uma mochila ao ombro. Reis se aproximou por detrás de mim em um par de calças de pijama largos, com o cabelo revolto, sua mandíbula sombreada, suas pestanas emaranhadas. Emaranhadas! Raridade de homem. Sexy, simplesmente não havia nada mais sexy. 2 Cookie conteve o fôlego com suavidade7 quando o viu. Garrett ficou rígido.

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—É-o —continuei, me esfregando o olho esquerdo com o punho—, mas sou privilegiada. Você não tem desculpa. —Posso romper sua coluna vertebral? —perguntou Reis. Pôs seus braços no marco da porta, a cada lado de mim, e deu um passo para frente até que seu corpo se moldou contra o meu. Garrett se ergueu mais, aceitando a provocação. Eram quase da mesma altura, mesma constituição, mesma cegadora beleza. Eu tinha uma vida tão dura. —Nem sequer o pense —pinjente em voz baixa. Olhei para cima e ensinei a Reis meu olhar de morte infame, então levei ao Garrett a meu apartamento, abri a porta, e o empurrei dentro—. Espera aqui —lhe disse, acrescentando um bordo de advertência a minha voz, antes de voltar para por minha roupa—. Sinto que despertasse, Cook.

1.jpg 2.jpg —Posso fazer um pouco de café? —perguntou ela, a esperança em sua voz era tão íntimo, não poderia rechaçá-la—. Claro. Embora acredite que Swopes é mais do tipo de cerveja. —Café está bem —disse do interior de meu domicílio. Sorri-lhe. —Café será. Garrett chamou de novo. —E traz para seu noivo contigo. depois de afastar seus olhos de Reis, Cookie se dirigiu a meu apartamento enquanto eu empurrava ao filho do Satã de novo dentro do dele e me 2 apressava 7

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a procurar minha roupa. O como minhas meias três-quartos terminaram na pia da cozinha estava além de mim, mas encontrei todo o resto com relativa facilidade e comecei a me vestir no quarto de banho de estilo contemporâneo. Meu banho também era contemporâneo. Ou o seria se vivêssemos nos anos setenta. Reis ficou com os braços cruzados apoiado no marco da porta, me olhando com um interesse especial, por isso me lancei a conseguir meus calças mais rápida. —Não me dava conta de que vocês dois eram tão próximos — disse. A sensação que irradiava dele passou sobre mim e deixou pequenas fendas em minha pele como se alguém me tivesse arrojado uma caixa de folhas de barbear. Aspirei o ar através de meus dentes, compreendendo de repente o que passou antes no bar. Este eram ciúmes. Não, já tinha sentido ciúmes. Isto eram ciúmes de um ser sobrenatural. Proveniente de Reis Farrow. —Sim, fez-o —lhe disse me fazendo a louca—. E não somos próximos. Somos colegas. Mais ou menos. Viu minha outra bota? Fez um gesto para o aparelho de debaixo de sua tela plaina, onde uma bota de couro estava estalagem perigosamente perto de cair. —OH, obrigado. Assim, irá? —perguntei-lhe. encolheu-se de ombros a modo de afirmação indiferente. —Crie que poderá te vestir em algum momento próximo? —Não realmente. —OH, não, você não —lhe disse, meneando o dedo indicador.

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—O que? —perguntou, todo inocência e 7 pouco colaborador. Ele sabia

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exatamente ao que me referia.

1.jpg 2.jpg —Põe-te uma camisa ou fica em casa. Causará a essa pobre mulher um ataque ao coração. —Cookie teria suficiente tratando com ambos, Garrett e Reis, juntos na mesma habitação. Se um deles estava sem camiseta… me estremeci ao pensá-lo. Sorriu e se foi a seu armário, com tão bom aspecto como o que estava por vir.

Para o momento em que chegamos ali, o café tinha sido feito e Cookie havia trazido uma cesta de pãozinhos. Muffins! Ela era uma grande anfitriã. Eu só trazia um pacote aberto de borracha de mascar com penugem de bolso. Tanto Reis como eu tivemos que navegar ao redor da multidão de mulheres mortas. Nossas ações tiveram que parecer estranhas para os dois seres não sobrenaturais da habitação, mas não disseram nada. Sentamo-nos em minha sala, Reis e eu sobre o Sophie, Garret e Cookie em cadeiras mais pequenas que aparentemente eram indignas de nomes. A culpa por mim negligência tratou de conseguir um ponto de apoio. Não a deixei, lhe assegurando que só tinha estado ocupada. As cadeiras receberiam nomes na primeira oportunidade que tivesse. Garrett se ocupou em tirar livros e materiais da mochila que levava. Da perspectiva das coisas, estava a ponto de obter algumas respostas. 2 Duuulce. 7

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—Quer te tirar a jaqueta? —perguntei-lhe. —Não, estou bem. Só queria explicar um par de coisas, o que esteve acontecendo e o que tenho descoberto. —Sonha sinistro —disse, me acomodando mais profundo no sofá. Reis lançou um braço posesivamente sobre o respaldo, quase tocando meus ombros. Cookie o notou, sua expressão cheia de saudade de antes se conteve. O olhar do Garret também se precipitou para o movimento, logo para mim. —Não tem nem idéia de como de sinistro. Mas primeiro, possivelmente queira saber a respeito de como comecei no negócio da execução de bônus. Não era a direção que pensava que tomaria a conversação, mas está bem. —Esteve no exército.

1.jpg 2.jpg Tomou uma pilha de notas e se sentou para trás. —Sim, e definitivamente essa formação foi muito prática. Mas, sabe o que te disse a respeito de que meu pai era um engenheiro que trabalha na Colômbia? —Se —disse Cookie, repicando—. Foi seqüestrado e nunca se soube dele outra vez. —Exatamente. O que não te disse é por que sou tão bom em meu trabalho. Tenho um talento para ler às pessoas. Vejo o mundo através de uma lente diferente à maioria. Soou legítimo.

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—Meu pai foi o primeiro em minha família em ir à universidade, para fazer algo de verdade com sua vida. Mas seus antepassados estavam um pouco menos inclinados para o acadêmico. Basicamente, venho de uma linha de estelionatários muito larga e muito bem estabelecida. —Estelionatários —pinjente com incredulidade—. Igual a estelionatários reais? —Síp. Vigaristas de todo tamanho, forma e cor. E essa é provavelmente a razão pela que tomou tanto tempo acreditar no que podia fazer. No que é. Não albergamos um excesso de confiança, sobre tudo quando se utilizam as mesmas táticas de uma fraude. Conhecemos todos os truques do livro. —Espera, sério? —perguntou Cookie, ainda tratando de assimilar isto em sua cabeça. Eu estava ali com ela. —Ao igual a estelionatários genuínos? —Todo o caminho até um tátara-tátara-avô de moral questionável que afirmava ser um príncipe Romani e uma avó pulseira que utilizava o vodu para ressuscitar aos mortos. —Latido —disse Cookie—, isso é genial. —Sim. Meu pai chegou à universidade mediante arrumar fraudes e vender álcool ilegal. Era um muito famoso destilador clandestino, em realidade. —Meu pai também é muito famoso. —Todos nos giramos a olhar a Reis. —Espera —disse Cookie, recuperando-se primeiro—. Sua avó de verdade podia ressuscitar aos mortos? —Não, carinho. Por isso o termino estelionatário. —Ah, claro. Isso explica porque não creíste no Charley durante tanto tempo.

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Garret continuou. —Exatamente. Inclusive depois de ver as frite e duras evidências, levou um pouco me convencer. —Levantou as notas que tinha em seus

1.jpg 2.jpg mãos—. E se tudo isto, tudo o que passou quando morri, a história, a configuração, a viagem ao inferno e de volta, e se tudo era uma elaborada fraude? Com fumaça e espelhos para conseguir que aceitasse a oferta de Lúcifer? Sou um pouco como você, Charles. Dou-me conta quando alguém está mentindo, e Lúcifer estava mentindo a respeito de como destruirá Reis o mundo. Por fim! Alguém com um pouco de sentido comum. —Como sabe? —perguntou Cookie. —Porque ele passou muito tempo, muito tempo, tratando de me convencer disso, do mau que é Rei'aziel, da forma em que vai matar te, Charles, a todo mundo… —Parecia lutar pelas palavras adequadas—. A tudo o mundo… próximo a mim, e logo destruiria o mundo em um ataque de ira. —E crie que estava mentindo? —perguntei-lhe. —Sei que o estava. Ele cria uma forma de sair do inferno, um portal como você chamado Rei'aziel, logo o manda longe?, por que Lúcifer enviaria ao portal, seu único caminho para sair do inferno, à terra para te conseguir? Tem que haver uma razão jodidamente boa para arriscar sua única maneira de sair disso inferno no que vive. Mas Júnior foi mau. —Negou com a cabeça para Reis. Reis o ignorou—. Assim agora, em lugar de solucionar o problema, Roger Ramjet o incrementou sete vezes. E papai está pensando, "bom, mierda". — Olhou-me—. Só vamos dizer que está realmente molesto com todo o assunto 2 de 8

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"Reis nasceu na terra para estar contigo". —Sabe a respeito disso? —perguntei-lhe. —Eu sei a respeito de tudo. Lúcifer supostamente enviou a Reis para te conseguir, para te levar de retorno ao inferno com ele e assim teria uma chave ao céu, mas Romeo trocou de opinião e decidiu ficar neste plano para estar contigo?, para estar com o mesmo ser pelo que foi enviado para levar a de volta?, por que esperaria uma eternidade por ti, arriscando muito por enviar a sua única via de escapamento a este plano, para logo dá-la volta e enviar a seu exército a tratar de te matar? Encolhi-me de ombros. Nada tinha tido sentido para mim nunca, mas quem era eu para julgar? Meus planos freqüentemente foram mau. Ao igual a meus pensamentos. Como recordar telefones. Talvez Satã também tinha transtorno por déficit de atenção. Isso explicaria muitas coisas. —Pensa nisso —continuou Garrett. Estava-o. Como não ia fazer o?

1.jpg 2.jpg —estiveram tratando de matá-los a ambos desde que nasceu. Earl Walker ia matar te, Reis, mas se obcecou em seu lugar. Uns pederastas se supunha que lhe matariam, Charles, mas Reis te salvou. Uma e outra vez. Um vínculo, uma conexão de outro mundo, formou-se antes de que nascesse, e é forte. Mantém-nos a ambos com vida. Se essa conexão for atalho, poderá ser muito mais vulnerável. E acredito que isso é o que procuram. Romper essa conexão. mantê-los separados até 2 que um de vocês possa ser assassinado. 8 Mas fracassaram uma e outra vez.

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Estava no certo ao menos em um aspecto: Reis e eu íamos crescer juntos, mas foi seqüestrado e tudo o que ele tinha planejado ardeu em chamas. —por que se não ia enviar a centenas de milhares de suas tropas à morte só para tratar de navegar pelo vazio do esquecimento? Deus lhe pôs muito difícil sair do inferno. Há um vazio, como um fosso ao redor de um castelo, e é quase impossível de navegar. É por isso que criou a Reis. É uma chave, um mapa através do vazio. E ele queria assegurar-se ao menos um ser feito neste plano que pudesse te enviar à tumba. Cruzei-me de braços. Tinha-me em alguns pontos, mas me perdeu em outros. Ele não enviou a Reis a me matar para conseguir um portal. Qualquer portal. Garrett escrutinou as notas, sumido em seus pensamentos. —Mas então essa molesta conexão se arraigou. Manteve-te viva mais que a maioria dos anjos da morte. —Ouça —protestei, de repente ofendida—. Não sou tão velha. Tenho vinte e sete. Santas fêmeas. —Mas a maioria dos anjos da morte morrem jovens, não? Devido a que a maioria deles não têm um assassino sobrenatural doente de amor que cobre seus traseiros. Reis me havia dito isso mesmo. A maioria dos corpos físicos dos anjos da morte morrem jovens e logo fazem seu dever durante centenas de anos de forma imaterial. —Mas isto ainda expõe a pergunta, por que ele te quereria morto, Reis?, a ti?, o único ser na existência que pode navegar pelo vazio?, devido a que vais destruir o mundo?, isso é o que lhe manteve levantado pelas noites?, preocupa-se tanto pelos seres humanos? —burlou-se Garrett—. 2 Ele 8

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não se preocupa conosco. Somos pontos em seu jogo, e a terra é o campo de jogo final, mas o único que mantém o resultado é ele. As sobrancelhas do Cookie se juntaram em concentração enquanto absorvia a história do Garrett.

1.jpg 2.jpg —E quer um portal ao céu? —continuou—. por que?, assim pode conseguir que entreguem seu traseiro em uma bandeja de prata?, outra vez?, por que ia querer voltar ali?, o que diz esse velho dito?, é melhor reinar no inferno que servir no céu? E ele é o senhor fundamental com centenas de milhares, possivelmente milhões de seres para lhe servir. Para adornar seus pés. —Assim conseguir possuir o portal, aliás eu —disse, me assinalando a mim mesma com um movimento da mão—, não é sua motivação, então o que é? —Medo. —Medo? —Pensa nisso. Criou a um filho para fazer seu trabalho sujo, e como qualquer adolescente teimoso, o filho se rebelou. negou-se a cumprir as ordens de seu pai. Nunca se tratou de uma guerra. Nunca se tratou de Lúcifer voltando a estar no céu. trata-se de algo mais, algo que só ele temeria. Estava sentada no bordo de meu assento, me mordendo as unhas. Totalmente deveria ter feito pipocas. —Bom, e o que?, do que está assustado? Garrett apertou a boca, e logo disse em voz baixa—: De ti. Endireitei-me. —Q-o que?, por que teria que me temer?

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—Nem idéia, mas tenho que te dizer que estou mais que um pouco 8

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impressionado. —Eu também. Estou de pedra —lhe disse, fingindo lhe seguir. Havia-o perdido. cansado-se pelo bordo de uma cascata e tinha aterrissado em um penhasco bicudo e afiado. antes de que pudesse dar minha opinião profissional de seu estado mental, o cravou a Reis um olhar tormentoso. —Não foi enviado a procurá-la para levá-la de volta, verdade? —Quando Reis não respondeu, continuou—: Foi enviado a matá-la, no caso de todos os elementos que parecem funcionar de forma natural contra os anjos da morte falham. Só em caso de que ela conseguisse sobreviver a todos os males da Terra que eram atraídos por sua luz, que se viam atraídos por sua essência. Você foi o seguro, enviado para te assegurar de que ela estaria clandestinamente antes de que tivesse a oportunidade de respirar. —inclinou-se para frente, o falou diretamente com Reis—. Foi criado para assassiná-la. Ela ainda haveria sido o anjo da morte. Simplesmente não teria tido uma vida como ser humano. Assim, por alguma razão, Charley em forma humana é uma ameaça para ele. E você existe por uma razão e só uma. Para matar ao único ser no universo que foi profetizado que derrotaria a papai.

1.jpg 2.jpg Isto era genial. Movi-me mais longe em meu assento e juntei as mãos. Era como quando lhe contam uma história genial na hora de dormir que não tinha nada de verdade. —vais fazer algo —me disse, com uma expressão grave—. Simplesmente não estou seguro do que. vais ter algum tipo de poder, ou tomar uma grande decisão que vai trocar o curso da história humana. Trará um exército contra o governante do inferno e o derrotará de uma vez por todas. E ele está fazendo todo o possível por te deter.

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OH, sim, Garrett precisava ser medicado. —Mas por que ia eu a querer fazer todo isso?, e como ia eu a levantar um exército? Não sou tão boa na organização. Esperarão ser alimentados? —Não sei como vais fazer o ou que parte jogará na verdade. Só me mostraram fragmentos, e com toda a informação que consegui no inframundo, tratando de separar os fatos da ficção, a realidade do sonho, foi difícil examiná-lo tudo cuidadosamente. Desde aí toda a investigação. —Levantou as notas para que as visse. —Em onde na Terra encontrou tudo isto? —Como hei dito, tenho parentes interessantes. EBay também ajudou. Tudo o que sei é que os anjos da morte, por certo, em realidade não são chamados assim ali abaixo, são extremamente poderosos. Não como os seres angélicos ou os demônios das dimensões que conhecemos. Eles têm alma e podem existir em este âmbito, já seja em forma humana ou como espírito. São uma espécie totalmente diferente. São como mariposas em um mundo de traças. —Mas você —disse, me olhando fixamente—, é ainda mais capitalista que a maioria de sua classe. Nasceu com a capacidade de extrair energia de algo que te rodeia, animada ou inanimada. Seus poderes são como líquido, sempre cambiante, formando e moldando a situação. Nomearam-lhe com uma palavra de sua língua que significa "maleável", "regulável". Por isso pude ver, é muito especial, inclusive em seu mundo. E é algum tipo de realeza. —Latido, vocês meninos têm bastante de que falar. —Reis me havia dito algo sobre o da realeza. O resto era novo, entretanto o suficientemente interessante. Mesmo assim, não podia deixar de questionar suas fontes. Tal vez todo era uma grande fraude, mas não da maneira em que Garrett pensava. Talvez Satã queria que Garrett acreditasse que mentia.

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—Como hei dito, é diferente ali. É como8 interiorizar os conteúdos de

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uma enciclopédia de trinta e cinco volúmenes no lapso de uns poucos segundos.

1.jpg 2.jpg —Poderia havê-lo utilizado na universidade. —Lembra-te daquela carta que encontrou em meu apartamento a outra noite? —Sim —disse, fazendo caso omisso da pontada de ciúmes que saiu de repente de Reis—. A que me arrancou da mão. —Sim, sinto-o por isso. Não o fazia. Ele na verdade não o fazia. —Era de um Dr. von Holstein da universidade do Harvard. esteve trabalhando em algumas traduções para mim. —Traduções do que? —perguntou Cookie. —E como o encontrou? —publicou um pouco. Encontrei-me com seu nome durante a busca das línguas mortas. E traduziu alguns documentos muito antigos que hei encontrado em um sítio de livros antigos. E, de novo, um par eram do EBay. Por desgraça, ninguém podia lê-los, assim que me pus em contato com o Dr. von Holstein em busca de ajuda. —O tipo te intimidem pode ler textos antigos? —Malditamente melhor que eu. E uma vez que lhe contei minha história, ajudou-me 2 a reunir informação e me disse o que devia 8 procurar. O que realmente nos

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interessava eram as obras dos informe que foram escritos por um profeta bizantino chamado Cleosarius. Cookie estalou a língua. —É um nome desafortunado. —Sim, bom, provavelmente é muito velho —lhe disse—. Embora conheci um Cleo uma vez. Sua esposa o matou com uma faca de açougueiro. Ela se estremeceu. —Estava ainda em sua cabeça quando veio a ti? —Não, graças a Deus. Como de horripilante seria isso? Garrett se esclareceu garganta.

—Sentimo-lo —dissemos ao uníssono. Então sussurrei ao Cookie—: Lhe o direi mais tarde. Essa mulher era uma psicótica. —Bem —sussurrou ela. Garrett esperou para assegurar-se de que tinha a palavra. Pisquei. Inspecionando as unhas de meus pés. Mordi-me os lábios.

1.jpg 2.jpg —Infelizmente —continuou depois de um milênio—, não podemos encontrar muito do Cleo. Mas historicamente, os profetas não podiam ir por aí soltando profecias. Seriam marcados como hereges e executados. Muitos escreveram suas visões em verso. Nostradamus escreveu em cuartetas. Um monge do Tíbet chamado Ajahn Sao Chah registrou suas visões em poemas apesar de que nunca seria condenado por eles. Disse que obteve suas visões de amuletos mágicos. Mas este menino, Cleosarius, escreveu em código.

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—Como um código secreto? —perguntei. —Exatamente. Ao princípio o Dr. von Holstein pensou que os documentos foram escritos na Iliria. Nem idéia do que é, mas não o foram. O código o derrubou. Uma vez que nos demos conta de que o menino era bizantino, o doutor sabia que linguagem estava usando e pudemos continuar de ali. Mas tendo em conta o fato de que este tipo, Cleo, escreveu ambos em uma linguagem morta e codificou… só digamos que o Dr. Von Holstein o fez por ele. Cookie se sentou, fascinada. —Então, decifrou o código e traduziu os textos? —E ele fez tudo isto em —levante meu olhar, pensando—, dois meses? —esteve um pouco obcecado desde que contatei com ele. Disse que é como encontrar o Santo Grial. Sempre estava ali em diferentes textos históricos, mas nunca ninguém fez a conexão entre uma língua morta, a profecia e o código. Tal como eu o entendo, todo mundo só pensou que o tipo era um louco e o chamaram ressentido. —Está bem, o que descobriu? —Só que todas as profecias do Cleosarius giram em torno de uma sozinha pessoa. Você. —Eu? —perguntei, de repente super-duper interessada. Garrett assentiu e se lançou para suas notas. —Notei-o quando Lúcifer se referiu a ti como a filha real, e uma vez que te chamou a filha real da luz. Isso é no que apoiei todas minhas buscas. A filha real da luz. Há vários textos que se referem a ti como a filha real ou como a filha da luz. Mas em seus últimos escritos, 2 há um par que se referem a ti só como 8a filha, e aí é aonde as coisas se

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põem interessantes de verdade. Deslizei-me até o bordo de meu assento. —Está bem. Estou enganchada. Por o que? —Esses são os que se referem a seu poder inimaginável e a seu exército.

1.jpg 2.jpg —De acordo, o poder está bem. Entretanto, ainda não estou segura a respeito da coisa do exército. —Não só poder —disse Garrett, aumentando sua emoção—. Um poder inimaginável. De acordo a suas profecias, recrutará a um guerreiro, um erudito, um profeta, uma barreira, um guardião, e um par de outras figuras nas que o Dr. von Holstein ainda está trabalhando. —Leu de uma carta—. Está bem, aqui está a parte que estava procurando. O governante, ou rei do mal, tomará prisioneiro ao pai da filha para atrai-la ao interior da armadilha… —Espera, o que poderia querer Satã de meu pai? —Talvez não é seu pai aqui na Terra, a não ser seu outro pai. —OH, certo. O rei desse outro reino? —perguntei a Reis, mas o Sr. Farrow estava ocupado guisando seus próprios pensamentos. —E com o exército da filha protegendo-a —Garrett seguiu lendo—, ela assumirá o papel de governante. Haverá uma grande e terrível batalha, mas ela o derrotará, e a paz se assentará sobre a Terra por mil anos. Reis ficou de pé e se aproximou de olhar pela janela. Não tinha nem idéia de onde estavam seus pensamentos. Mas sabia exatamente onde estavam meus. —Um, não acredito que isso seja o que acontece na Bíblia —lhe disse, de 2 repente outra vez 9

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cética—. E realmente não quero brigar com o pai de Reis. Posso entregar minha renúncia agora?, anular essa lista de coisas para fazer? —Mas, não é surpreendente que este tipo escrevesse centenas de profecias a respeito de ti centenas de anos antes de que sequer nascesse? —Assim o você crie. E só há um problema com sua teoria. Reis não foi enviado para me matar. Foi enviado para me seqüestrar, para me levar de volta ao inferno com ele. Verdade? —Olhei a Reis. Estava de pé olhando para nosso ilustre estacionamento. Não estava cooperando. Um microsegundo antes de que seguisse destrambelhando, Reis falou por fim. —E como crie que se supunha que tinha que dirigir isso, Holandesa? Cruzei as pernas. —O que quer dizer? voltou-se para mim, com uma expressão severo. —Como crie que ia a te levar a outra dimensão? Garrett me olhou com tristeza. —Foi enviado para te matar, Charles. Não havia outra maneira. O oxigênio se evaporou da habitação enquanto a compreensão de que Garrett na verdade estava sobre a pista de algo. Levei meus joelhos até meu queixo.

1.jpg 2.jpg As gemas dos dedos do Cookie se posaram em sua boca em uma mescla de assombro e pesar. Reis se voltou para a janela. —Meu pai me soltou a mesma linha de mierda que ao Swopes. E como ele, duvidei dos motivos de meu pai. Swopes tinha razão. por que quereria voltar para céu? Nunca tinha sentido. Cada palavra que sai 2 da boca de meu pai está cheia de segundas intenções, mas isto era diferente. 9

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Sempre me deu a sensação de que estava ocultando algo. Criou-me por uma razão. Tinha que assegurar-se de que atravessaria o vazio e chegaria a este plano. E me fez esperar. Durante séculos, esperei na escuridão até que foi escolhida. —Mas me viu —lhe disse, meus sentimentos feridos. Sentia-me como uma colegiala tola—. Me viu em outra forma e te apaixonou. Baixou a cabeça como se estivesse envergonhado. —Fiz-o. —Mesmo assim —continuei, memorizando o patrão de meu sofá—, se não o fizesse, teria-me matado? depois de um momento, lançou-me um duro olhar. —O mais provável é que sim. Mas eu tampouco confiava em meu pai. Queria que seu corpo físico fora destruído, e não sabia por que. Não posso dizer o que teria feito. De qualquer maneira, ainda teria sido você. Ainda teria sido o anjo da morte de forma imaterial. Assenti, tratando de tragar sua admissão. —Então, tudo esse lixo aproxima da chave introduzida na fechadura… A cabeça do Garrett se elevou de repente. —Sabe sobre isso? —Sim —disse, de repente cansada—. Um dos demônios me disse isso. Disse que se Reis e eu nos uníamos na carne, se a chave era inserida na fechadura, por assim dizê-lo, começaria uma guerra ou destruição do mundo, ou algo igualmente horrível. Já sabe, o usual pessimismo e desolação. Mas me deixem lhes dizer, a chave foi inserida na fechadura, e enquanto a terra se mova, por isso eu sei, não iniciamos uma guerra sobrenatural. Baixou o olhar a seus livros, pensando. —Tampouco posso entender isso. Lembrança escutar essa mesma advertência. Acredito que é parte do que 2 pinjente da 9

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profecia, mas não sei o que significa. —E quem te falou desta profecia? —perguntei—. Lúcifer não teria feito isso, não se isso significava que averiguaria que estava mentindo. —O único que saberia. O único ser com o poder suficiente para me enviar ao inferno e logo me tirar de novo. E pela forma em que eu o vejo, só um ser

1.jpg 2.jpg tem o poder, o conhecimento e a inclinação de me enviar ao inferno e me fazer voltar. —Lançou-lhe um duro olhar a Reis—. O filho de Satã. Pisquei surpreendida, e logo com brincadeira. —Reis? Swopes, isso é ridículo. por que faria Reis uma coisa assim? Mais importante ainda, como faria uma coisa assim? —depois de uns segundos defendendo a meu homem, dava-me conta de que era a única nas imediações fazendo-o. Voltei-me para Reis, para a luz tênue e fria em seus olhos enquanto cravava o olhar fixo no Garrett. —É mais preparado do que parece —disse. A expressão do Garrett se voltou mortal. —Em que diabos estava pensando? —Vi a oportunidade e a aproveitei —disse Reis. Era a imagem da tranqüilidade no exterior, mas seu interior se revolvia, fervendo com a agressão e a emoção não utilizada—. Há um instante —continuou—, quando uma pessoa morre e é levada de novo à vida, aonde sua alma está apanhada entre dois dimensões. Nesse instante, decidi que poderia te usar como espião. Enquanto me sentava, atônita, a ira do Garrett aumentou. —Só que eu não estava ao tanto do plano, idiota —disse, sua voz áspera com fúria logo que contida. Se inclinou para diante, seus dentes soldados—. Me enviou ao inferno.

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—Para todo o bem que me fez. Não aprendeu nada que não soubesse já. Os punhos do Garrett estavam na camisa de Reis antes de que me desse conta. Levantou reis de seus pés e tratou de jogá-lo contra a parede, mas naturalmente, Reis teve a vantagem em questão de segundos. Investiu a situação, lançou ao Garrett para trás, empurrou-o contra a parede e apertou seu antebraço contra a garganta do Garrett. Cookie saltou para trás enquanto eu tinha a reação oposta. Corri para o corpo a corpo. —Reis, deixa-o ir! —gritei, atirando de seu braço. Mas Reis queria que Garrett soubesse quanto esforço não estava gastando. Sorriu enquanto Garrett grunhia e lutava. Na verdade me preocupada que pudesse lhe esmagar a laringe. —Entendemo-lo —disse a Reis—. Você ganha. Agora, deixa-o ir. Cookie retrocedeu, sua cara pálida, seus olhos muito abertos. Reis o soltou e o atirou ao chão. Garrett tossiu e ofegou em busca de ar, sustentando sua garganta. Agachei-me para ajudá-lo a levantar-se e quase esperava de fizesse caso omisso de minha oferta, mas pôs uma mão em meu ombro e tratou de

1.jpg 2.jpg ficar de pé. Entretanto, era mais pesado do que recordava, e me esforcei para levantá-lo pés. Reis não teve mais opção que me ajudar. Juntos o levantamos, mas Garrett começou a tropeçar. Reis o apanhou, e no instante seguinte, Garrett demonstrou o bom artista que era. Empurrou a Reis, fingindo cair, tirou uma larga adaga com uma folha bicuda, e a enterrou no peito de 2 Reis. 9

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Uma sobressaltada sacudida de eletricidade descarregou adrenalina por meu espinho dorsal. Tampei-me a boca com ambas as mãos com incredulidade enquanto Garrett sorria e se inclinava para o homem ao que acabava de apunhalar. Era o turno de Reis de sofrer. Jogou a cabeça para trás e tratou de respirar enquanto Garrett enterrava a adaga mais profundamente, empalando-o contra a parede. —Aprendi algumas costure sobre como te chutar o culo. Quando Reis agarrou a faca, Garrett o empurrou de novo, e Reis gemeu em agonia. Não o entendia. Era só uma faca. Tinha uma folha larga e magra, quase como uma pequena espada, e não estava em seu coração, a não ser sob sua clavícula direita. Tinham-lhe disparado com uma bala de calibre 50, algo que poderia rasgar a um homem normal em pedaços, e se afastou caminhando. por que uma folha tão magra o paralisaria? Corri para eles e tratei de atirar da faca, mas Garrett me empurrou para atrás. Tropecei e caí ao chão. Fechou a mandíbula, sua expressão cheia de ódio, sua ira evidente. —Tem alguma idéia do que me fizeram? Reis não pôde responder. Seus olhos estavam em branco, com as mãos apoiadas na parede junto a ele. Então estendeu a mão e se arrancou a camisa como se estivesse ardendo. Arranhou-a, mas uma vez que a rompeu em pedaços, me dava conta de que não estava arranhando a camisa, a não ser a si mesmo. Suas tatuagens, as linhas nítidas e patrões do mapa para atravessar as portas do inferno, começaram a gretar-se. Uma luz de cor laranja brilhante, como lava fundida, começou a filtrar-se através delas.

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Sentei-me no chão, paralisada. por que não só tirava a adaga? Não o entendia. Garrett assegurou ambas as mãos na ponta do punho, uma em cima de a outra, e a empurro de novo. Reis grunhiu entre dentes quando a cuchilla se deslizou ainda mais profundamente. Enquanto, as fissuras se abriam e um fogo

1.jpg 2.jpg turbulento começava a filtrar-se fora delas. Sabia o que ia acontecer. Reis estava a ponto de morrer. Era isto?, era esta a premonição do Rocket? Não podia ser. Levantei-me e me preparei para carregar para frente. Se tão só pudesse conseguir apartar ao Garrett dele, poderia tirar a adaga. Mas, como? Era alto e forte, e… Soou um golpe forte e todos ficamos ali aturdidos um momento antes de que Garrett me olhasse e caísse ao chão. Joguei uma olhada ao Cookie. À frigideira que tinha em ambas as mãos, como um taco de beisebol de beisebol. Outro grunhido de Reis me fez me lançar para frente. Agarrei a adaga, pus um pé na parede junto a ele, e atirei. A folha se deslizou fora mais facilmente de o que pensei que o faria, e caí para trás com ela. —Não matar a amigos na casa —disse Cookie, aterrada e tremendo—.-me alegro tanto de não ter tido um filho. Os meninos são tão destrutivos e violentos. Reis tragou enormes racione de ar. As fissuras que cobriam seu torso se obscureceram e fecharam até que ele estava de volta. Garrett ficou em pé ao mesmo tempo que recuperei meu próprio equilíbrio, e o olhar assassino no 2 rosto 9

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de Reis foi um bom impulso para meu sistema nervoso. antes de que pudesse gritar uma advertência, apoderou-se da cabeça do Garrett e a retorceu. O tempo se ralentizó, enquanto via a cabeça do Garrett girar para um lado, além do que deveria. Então estava frente a eles. Rompi o agarre por Reis com meus braços e alcancei ao Garrett, parando o impulso do movimento embalando sua cabeça contra meu peito. Então fechei os olhos e deixei que o tempo voltasse para seu lugar. Golpeou como um trem de carga estrelando-se contra meus ossos. Garrett e eu caímos ao chão, comigo sustentando sua cabeça com tanta força que tinha medo de romper seu pescoço com a queda. Felizmente, ele parecia estar bem. Só aturdido, sem saber o que tinha acontecido. Mas a ira de Reis ainda rugia. Ele veio a por mais. Impulsionado e determinado a acabar com a vida do Garrett, lançou-se para frente. Sentei a horcajadas sobre o Garrett e me voltei para ele como um urso enfurecido protegendo a seu cachorrinho. E Cookie estava justo a meu lado, frigideira em mão, mandíbula retraída com determinação. —Para —lhe disse, meu tom incluso baixo—. Agora. Isto não vai acontecer. Lutou para recuperar o controle, logo grunhiu e se afastou de nós, sacudindo a dor que o tinha consumido. Ajudei ao Garrett a levantar-se.

1.jpg 2.jpg Provou seu pescoço e mandíbula antes de abordar a Reis de novo. —Este faca te matará. Não só seu corpo físico. Você. Todo você. Você essência. Seu ser imaterial. Seu espírito. Tudo.

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O fato de que tivesse estado tão perto da 9 morte me golpeou com força

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nesse momento. Olhei a Reis, confundida. —por que simplesmente não a tirou?, o que te deteve? —A adaga —disse Garrett. Ele a lançou a Reis, quem tomou, e logo com a mesma rapidez a deixou cair com um vaio de dor. Sacudiu a mão, e logo Miro de má maneira a Garrett de novo. Garrett tinha Pelotas. Concederia-lhe isso. Sorriu. —Romeo não pode tocá-la. Essa adaga era um seguro de papai para que Júnior não o traísse. —Seu pai te falo dela? —perguntei-lhe. —Não, não o fez. —Uma calculadora sorriso se estendeu pelo rosto de Garrett—. Romeo o fez. Enquanto estava ali de pé, perplexa, Garrett deu um valente passo para ele. —Sabia que o averiguaria —disse—. Todas suas pistas. Todas vocês sugestões. Você sabia que a encontraria.

Reis o fulminou com o olhar. —Não pensei que seria tão estúpido como para usá-la. Quando não pude encontrá-la, esperava que alguém com suas conexões pudesse. Garrett se burlou e sacudiu a cabeça. —E pensar que nunca acreditei nessas conexões. Pensei que toda minha família estava louca. —Quem diz que não o estão? encolheu-se de ombros, incapaz de discutir. —Mas por que correr o 2 risco?, por que pôr uma arma tão capitalista em minhas mãos? 9

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—devido a que funciona em qualquer ser sobrenatural, idiota. —Reis se esfregou o ombro e o flexionou, ainda tratando de tirar a dor de cima—. Demônios. Duendes. Cães do inferno. Espera, de verdade havia cães do inferno? —Charley pode usá-la para defender-se contra eles.

1.jpg 2.jpg —Vê —disse Garrett com um sorriso—. Sabia que eu gostava por uma razão.

1.jpg 2.jpg 15 Traduzido pelo Majo_Smile . & Melody Hamort Corrigido pelo Juli

Preferiria estar na Virginia. (Camiseta levada freqüentemente por Reis Farrow)

Vi o Cookie e a Reis sair, enquanto Garrett reunia seus livros e notas. Se detinha cada certo tempo para massagear seu pescoço, e não podia acreditar o perto que ele tinha estado da morte. De novo.

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—vais estar adolorido por uns quantos dias —disse, me agachando para ajudá-lo—. Isso não foi muito inteligente. —Tinha que saber se a adaga funcionaria. Lancei-lhe um olhar. encontrava-se em um extremo da mesa. —Como fez exatamente para sabê-lo? Respirou fundo e se recostou para subir a cremalheira de sua mochila. — Como pinjente antes, tudo aconteceu tão rápido. É como se estivesse no inferno por uma eternidade, e entretanto, aqui estive só uns poucos minutos. O tempo que passei no inferno o recordo com uma claridade cristalina. São os outros momentos os que me levou tempo decifrar. —Os outros momentos? —A viagem de volta. Quem me arrastou fora do inferno tinha algumas costure para me dizer. Quando despertei no hospital, só podia recordar pedacinhos e peças, mas comecei a recordar cada vez mais. Estaria de pé em minha cozinha e outro lembrança se materializaria em minha mente. —sacudiu-se e ficou de pé para ir-se—. Tomou um tempo, mas lentamente comecei a me dar conta de que esses lembranças particulares tinham sido plantados de algum jeito. Eram pistas. — Fez um ademan para a adaga—. Quem as plantou queria que encontrasse isso. depois de que esquivei a umas quantas mulheres, detivemo-nos na porta. —E descobriu que foi Reis? Ele plantou essas lembranças?

1.jpg 2.jpg —Era o único que poderia. O único que queria encontrá-la. E tive um pouco de ajuda.

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—Ajuda? —Tenho alguns parentes que afirmam que podem ver dentro do mundo sobrenatural. —Certo, mas pensei que tudo era uma fraude. —Eu também. De acordo a minha tia, é um cinqüenta-e cinqüenta. Alguns de meus parentes são muito sensíveis aos acontecimentos de outro mundo. Usam-no para seu proveito. Minha tia disse que há uma escuridão me seguindo. Que queria que encontrasse algo. Entre sua visão e minha investigação, encontramos a adaga. —Onde? Sorriu e sacudiu a cabeça. —Ainda estou investigando a área. Acredito que há mais costure para encontrar ali e não necessito que esteja farejando. Embora pretendi esquecê-lo, não o fiz. Averiguaria-o. Pode que tomasse um tempo, mas o faria. —Bom, o que seja, mas por que o usaria nele? Por o que arriscar sua vida assim? —Como pinjente, tinha que saber. Agora há mais em jogo. —Refere a esta suposta guerra, não entre o céu e o inferno, a não ser entre o inferno e eu? —A idéia era quase cômica. Não, espera, era completamente cômica. —Sim, e não. Eu… —Vacilou, incapaz de fazer contato visual—. Pode que tenha um filho. O assombrou me invadiu. Engasguei-me com o ar, logo o olhei boquiaberta. —Pode que tenha um filho? Quer dizer que não sabe se tiver um menino ou não?

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—Ela teve um menino. Marika. E estou0noventa por cento seguro de que é

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meu. Deixei a um lado minha comoção ante o fato de que Garrett poderia estar o suficiente tempo com alguém para deixá-la fantasticamente grávida —era um homem, depois de tudo— e me centrei em suas emoções. A tristeza me chegou em feitas ondas. E determinação. —Perguntaste-lhe se for teu? Pôs sua mão no cabo da porta, claramente incômodo e preparado para ir-se. —Faz um tempo a vi em uma loja. Ao princípio sorriu, logo baixou a olhar para um menino em um cochecito. E se assustou. Era o tipo de medo que tem

1.jpg 2.jpg quando está tratando de ocultar algo. Como pinjente, sou muito bom lendo à gente. Não queria que olhasse a seu filho. —O que fez? —Olhei. —Abriu a porta. —E? —E vi meus olhos. —Santo céu, Swopes. Fez alguma busca? Procurou seu certidão de nascimento? —Desconhecido. —riu sem humor—. Anotou a seu pai como desconhecido. Estava morto de medo de que o descobrisse. notava-se em toda sua cara. —por que não ia querer que soubesse? —Entrecerré meus olhos com suspicacia—. Tem medo de ti? —Não. por que diabos ia ter me medo? —Não sei. Acaba de dizer…

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—Saímos um par de vezes. —ficou mais agitado—. A verdade, tudo o que queria era sexo. Era algo agradável. Ela apareceria. Faríamo-lo. iria. Então deixou de fazê-lo. Nunca a voltei a ver. Imaginei que tinha seguido adiante. Dava-lhe um largo e relaxada olhar ao homem parado diante de mim. Às extremidades magras e musculosas, os ombros largos, a perfeita pele cor café, e os reluzentes olhos cinzas chapeados. —Talvez queria fantasticamente embaraçar-se. Se eu estivesse procurando um papai para meu bebê, definitivamente estaria na lista. Seu olhar se deslizou além de mim. —Fala a sério? Queria embaraçar-se? —Fantasticamente embaraçar-se —corrigi. Pus uma mão sobre a sua—. E não sei, Swopes, só digo. Esse poderia ter sido seu motivo. Quer que investigue? —Ainda não. Tenho uma idéia, e já que me deve… —O que? —pinjente, cortando-o ali mesmo—. Não te devo nada. Desde quando devo-te algo? —Quando pôs sua cara de pôquer, pinjente—. Bom, devo-te uma. me deixe saber o que posso fazer. Assentiu e começou a sair pela porta antes de voltar-se para mim. —Sigo sem confiar nele.

1.jpg 2.jpg —Em seu próprio filho? —perguntei, assombrada. Imperturbável, Garrett olhou para a porta de Reis, e de volta para mim. —Só tome cuidado. Não vou duvidar em enterrar essa adaga nele, de verdade.

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—Isso pareceu bastante real para mim, Swopes. —Sim, mas a próxima vez me assegurarei de que permaneça enterrada. Exasperada, dava-lhe uma cotovelada à porta e a fechei. Homens anormais. Não importava qual era o problema, só viam três soluções para isso: comida, sexo, guerra. Já que o amanhecer esperava à volta da esquina e minha mente não descansava nem um segundo para dormir, decidi que uma ducha não era má idéia, especialmente desde que tinha minha entrevista anual com o doutor “parte de garotas”. Uma não podia estar muito poda para estas coisas. Felizmente, a mulher que tinha tomado residência em minha ducha se moveu. Imaginei que com a recente vacante, Artemis estaria perseguindo as gotitas de água enquanto me lavava, mas devia seguir dormindo a sesta. por que uma cadela falecida necessitava dormir? Adicionei isso às outras vinte milhões de perguntas que guardava para quando finalmente conhecesse alguém que soubesse. Como Santa. Ou, não, Deus! Sim, provavelmente Deus. O mundo se tornou louco. Esse era o ponto essencial do que descobri, enquanto uma rajada de água abrasadora aliviava a tensão de meu pescoço e o vapor elevava-se para mim ao redor. O mundo tinha enlouquecido. Havia uma adaga que podia matar a Reis. Lúcifer queria lombriga morta. Garrett poderia ou não ter um filho. Kim Milhar era uma pirómana. Nicolette não era uma zombie, desgraçadamente, a não ser algum tipo de profeta, que era quase igual de genial. Um assassino em série corria solto pelas ruas de —bom, não tinha nem idéia de onde, mas em algum lugar. E tinha 3 uma casa cheia de mulheres falecidas 0 com as que não sabia o que fazer.

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Provavelmente deveria ter retornado à cama, mas me esperava um grande dia. depois de me enxaguar, permaneci de pé na ducha um pouco mais de tempo para deixar que o calor pulsasse sobre meu pescoço e costas, e corri por minha lista de tarefas pendentes. O doutor “parte de garotas”. Trabalho m{gico para a Kim. E encontrar a um assassino em série. Outro. Acabava de encontrar a um faz uns poucos dias. Certamente havia alguém aí fora melhor equipado para perseguir os assassinos em série. OH, e tratar de não me obcecar muito com Reis. Tinha que permanecer centrada. Em alerta. E descobrir por que de repente havia cabelo loiro misturado com meu café. Meu olhar viajou para cima até que aterrissou na garota, a duendecillo de debaixo de minha cama, pendurando do teto, me olhando fixamente. Seu

1.jpg 2.jpg cabelo loiro e sujo pendurava em mechas emaranhadas, seus enormes olhos olhavam com atenção desde detrás deles. antes de que pudesse dizer nada, arremeteu contra mim. Suas unhas se deslizaram por minha cara com a velocidade de uma cobra. —Filha de puta —disse, caindo fora do alcance da garota. O ardor se estendeu instantaneamente e o sangue gotejou na água para converter-se em pequenas nuvens vermelhas formando redemoinhos-se ao redor do deságüe. Fechei o grifo da ducha e tropecei para o espelho para inspecionar os danos. Três linhas de sangue marcaram minha cara. Agarrei uma toalha e a sustentei contra elas.

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Então a garota apareceu detrás de mim. 0 Estiquei-me, esperando a ver o que

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ia fazer a seguir. Com seus olhos apenas visíveis enquanto olhava com atenção a mim ao redor, estirou-se para me alcançar, baixou a toalha, e assinalou a meu bochecha. Tratei de não reagir, me encolher para me afastar ou empurrá-la para trás. Fiquei de pé ali, compreendendo que tratava de me enviar uma mensagem. Levantou três dedos no espelho e esperou até que assenti. —Entendo-o —pinjente—. Três. Está tratando de me dizer…? Desapareceu antes de que pudesse lhe perguntar mais, mas não podia ter ido longe. E embora sua mensagem não era o suficientemente claro, deu-me uma pista bastante vital. Assinalou o número três, mas não como a maioria da gente faz. O fez da maneira em que o fazem as pessoas surdas, um polegar, um índice e um dedo médio. Poderia ter sido surda? Ou possivelmente tinha um pai ou um irmão que era surdo? depois de aplicar a pomada em minha bochecha, que já estava cicatrizando, me apressei a ir ao telefone para chamar o tio Bob. —É cedo. —Uma das garotas pode ter sido surda. A jovem. —Como sabe? —Não sei. É só uma intuição. Pode comprovar se desapareceu alguma garota na Escola para Surdos da Santa Fé? Como, sempre? —Seguro. A que hora vais estar? —Era pouco paciente quando se aproximava toda a coisa do incêndio. —Perto das dez.

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—Não pode vir antes? O fiscal do distrito vai estar aqui às nove. —Não posso. Têm-me que revisar minhas partes femininas.

1.jpg 2.jpg —Bom, mas se o Capitão Eckert averigua que soubeste durante dias quem é a pirómana, já não vai ser seu maior fã. —Sabia que gostava. —Charley, está-me pondo em uma posição muito incômoda. —Então pinta lunares sobre mim e me chame Twister, mas acredito que pode enrolar a seu chefe. Ou bom, lhe mentir. Sim, lhe mentir é provavelmente melhor. E, além disso, disse-te que em realidade não sabia com segurança, segurança até ontem à noite. —Justo depois de que esse búnker se queimasse. —Quase. —Bom, se tomar um pouco de tempo para conspirar, com segurança lhe trarei algo para ler. —Ah, isso é tão doce. Obrigado, Ubie. —Sempre me cobria as costas.

Encontrei ao duendecillo de novo quando saí de minha habitação com a roupa posta e lista para a ação. Ou, bem, um exame vaginal. A garota se encontrava sentada no chão junto ao Sr. Wong, recolhendo a prega de suas calças, que pendurava por cima de seus pés descalços, tratando de atirar de um fio solto. 3 Pelo menos estava ocupada e não me atacando. Sempre era uma vantagem. 0

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Pu-me de joelhos junto a ela, esperando que não acreditasse que estava ali para brigar. Meus movimentos eram inofensivos, sem pressas, enquanto examinava seus mãos. Tinha três arranhões em minha cara, dois debaixo de meu olho esquerdo e outro em meu mandíbula. Mas por que não quatro? por que não quatro arranhões? Observei enquanto atirava da corda distraídamente. Tinha uma pequena boca, bochechas redondos e nariz magro. Teria sido formosa, dada a oportunidade. Olhei seus mãos, e inclusive tão sujas como estavam, poderia dizer que lhe faltava uma unha. A unha no dedo anelar se quebrado além da carne viva. Estremeci-me ante o pensamento. Lutou contra seu atacante e com sorte ele pagou algum pequeno preço por suas ações. Mas nunca seria suficiente. Estendi a mão e tomei a sua. Deixou-me. Não me olhou, mas olhou fixamente a um lado, muito consciente de minha presença. Então, como se estivesse assustada de fazê-lo, tirou sua mão e tocou minhas calças. O joelho tinha um pequeno rasgão. Correu um diminuto dedo por ele e logo examinou sua própria roupa. Desgraçadamente, não havia muito para ver. Tinha estado usando uma camisa de dormir quando morreu e nada mais.

1.jpg 2.jpg Estendi a mão, tocando tentativamente seu antebraço e, no caso de, usei minha voz assinei quando lhe perguntei—: Pode me dizer quem te fez isto, calabacita? Recorda quem foi? enrolou-se em si mesmo, cruzando os braços sobre seu peito e balançandose.

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Levei uma mecha de cabelo detrás de sua orelha. —Está bem, carinho. O averiguaremos. Em um movimento quase muito sutil para ser notado, levantou um dedo sobre seus braços cruzados. Logo outro. E outro. Até que outra vez sustentou três dedos o alto. Desgraçadamente, isso poderia significar um milhão de coisas, mas se por acaso acaso, enviei-lhe uma mensagem de texto ao Ubie. Pode ver se algum dos criminosos sentenciados tem só três dedos em qualquer mão? Claro, pedirei ao Taft que faça uma busca, respondeu. Faria falta um milagre para resolver este caso. Por sorte, acreditava nos milagres. Não, espera, era nos testículo. Acreditava nos testículo. Estávamos tão jodidos.

Abri a porta do Cookie e gritei dentro de seu apartamento. —vou levar a Virginia ao doutor! —De acordo —disse desde seu dormitório—. vou estar no escritório em quinze minutos. me faça saber o que está na agenda para o dia. —Bom, mas pode ser difícil me localizar. Tenho muita mierda por resolver. Gente por incomodar. Vistas por arruinar. —Sonha como um plano. —Comecei a fechar a porta quando gritou de novo—: Espera, quem é Virginia?

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Descobriria-o mais tarde. Ou antes, se 0 me queixava até não poder mais, como

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tendia a fazer depois de lhe oferecer ao doutor um livre vislumbre do paraíso. E dois horas mais tarde, estava no telefone com ela. me queixando. Até não poder mais.

1.jpg 2.jpg Não havia nada como uma viagem ao ginecologista para fazer que alguém se sinta só um pouco violada. —Mas é importante —disse Cookie, defendendo a meu ginecologista com um entusiasmo desmesurado. —Entendo-o. De verdade. Mas, por que utilizar suficiente para lubrificar o Canal do Panamá? Acabei com uma caixa inteira de lenços. —Meu telefone apitou—. OH, tenho outra chamada. É Ubie. esteve brincalhão por ti. —Não é certo —disse. —Chamarei-te quando retornar. A menos que me detenham. Então poderia ser em um momento. E custoso. Quanto efetivo tem em sua vida? —Não, sério? esteve brincalhão por mim? Tinha-a perdido. Pendurei com um sorriso malvado e aceitei a chamada de Ubie. —A Casa do Charley de Tomates Pequenos. —Tenho um caso de incêndio provocado que está demandando ser resolvido e que, por estranho que pareça, ainda está sobre meu escritório —disse. —Sinto muito, senhor, mas o que tem isto que ver com tomates pequenos? —São quase as dez.

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—Isso é velho. A esses mistérios sem resolver não os chamam casos pendentes? —A hora. São quase as dez. —OH, obrigado! Não o tinha comprovado em um momento. Isto é parte da nova iniciativa para servir melhor ao público? Chamas e diz a gente ao azar a hora antes de que possam perguntá-lo? —Tem cinco minutos. —É tão irritável. Está tomando os suficientes tomates pequenos em você dieta? —Por certo, comprovei-o —disse, sua voz abrandando-se—, nunca desapareceu uma garota que coincida com a descrição que me deu na Escola de novo México para Surdos. Decepcionada, perguntei—: Pode comprovar outras escolas para surdos? Sinceramente, esta é a única pista que tenho neste ponto. Não tenho nada. —Farei-o. Sinto muito, calabacita. —Obrigado por apostar por minha intuição.

1.jpg 2.jpg —Bom, tinha razão. Não eram todas loiras naturais, e algumas tinham seu cabelo branqueado pela autópsia. Como sabiam tais coisas? —Ao menos estamos avançando um pouco com o caso. —Passos pequenos. Apanharemo-lo, calabacita. E tem cinco minutos.

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depois de um comprido suspiro, pinjente—: 1 Estou em caminho.

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Isto funcionaria ou não. Ou arruinaria a vida da Kim, quem provavelmente poderia ter saído completamente limpa se se tivesse detido como prometeu, ou conseguir a ajuda que tão ricamente merecia. O tio Bob se encontrou comigo nas portas dianteiras da estação. Parecia agitado, preparado para terminar com isto. —Bom, temos ao fiscal do distrito, ao delegado do fiscal, ao chefe de bombeiros, ao capitão Eckert, e um par de outros detetives que trabalhavam no caso. Importaria-te me dizer quem é este misterioso pirómano antes de que vamos ali? Não quero ser atacado pelas costas. —Para ser honesta, tio Bob, não descida te dizer quem é absolutamente. Atirou de mim para me deter. —Charley, que diabos? Esperava que seu rosto ficasse purpura pela ira, mas parecia mais aturdido que lívido. —Quero que meu cliente tenha a oportunidade de entregar-se. Só estou aqui para negociar os términos de sua rendição. —Carinho, está segura de que não quer um advogado para ela em primeiro lugar? —O que? Um poli sugiriendo um advogado? Além disso, tenho um. —Lhe pisquei os olhos um olho ao advogado que tinha contratado enquanto subia. Tio Bob olhou ao redor, rodou seus olhos, e logo perguntou—: Quer dizer que o advogado que conseguiu para seu cliente está morto? —Esta falecido, sim. E você o conheceste. Estendi a mão e estreitei a do Sussman. Ele, junto com seus dois sócios, havia 3 sido assassinado uns meses atrás. Eu tinha trabalhado no caso com o tio Bob. 1

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—É Patrick Sussman, desse caso faz um tempo. o dos três advogados? —Bem, bem —disse, cada segundo mais nervoso.

1.jpg 2.jpg —Ouça, Charley —disse Sussman. Ao igual ao tipo morto mais novo em minha vida, Sussman levava óculos de arreios redonda, mas a diferença do Duff, Sussman levava um traje e gravata, desarrumados como eram ambos. A única coisa que faltava era uma maleta de séculos de antigüidade. —Como estão sua esposa e filhos? —perguntei-lhe. ficou atrás por eles, a pesar de meu fôlego a que cruzasse. —Estão melhor. Acredito que vão estar bem. —Me alegro. vamos fazer isto? Fez-me um sinal para que avançasse. —É obvio. O tio Bob se inclinou para mim. —Não vai falar com ele ali, verdade? —Já que eu gostaria de evitar acontecer uma temporada em uma habitação acolchoada, não. Sussman riu entre dentes e subiu os óculos sobre o nariz com o dedo índice. —Acredito que está no caminho correto com este, Charley. Seu plano é sólido. Não posso imaginar que não tomem, mas sim parece que vão tornar se atrás, chama imediatamente a esse outro advogado do que te falei. Seu privilégio advogadocliente só te levará até aí. Eles poderiam te ter algemada em questão de minutos.

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—Tenho-o. Obrigado. Ah, e Ubie, pode1enviar um carro patrulha à casa

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da Gemma e a seu escritório? Realmente tenho que me assegurar de que esteja bem. —por que? —perguntou, alarmado —. O que está passando? —Explicarei-lhe isso dentro —disse enquanto entrávamos em uma habitação enche de trajes. Era uma habitação pequena. Todo mundo ficou de pé quando entramos, e o tio Bob me apresentou ao delegado do fiscal e ao chefe de bombeiros. Tinha conhecido ao fiscal do distrito, um homem centrado na moda, quem eu pensava que era muito jovem para uma posição tão estressante. por que ninguém perguntou-me isto de antemão, nunca soube. O delegado do fiscal era em realidade um pouco maior que o fiscal, mas não muito. Nossa instituição legal estava sendo dirigida por meninos. Isto dava medo. OH, bom —a metade do pessoal que enviou aos primeiros homens à lua eram meninos. O capitão me olhou dessa maneira austera e um pouco curiosa dela. Não tinha nem idéia de por que me punha tão incômoda, mas o fazia. Apodreci me despedir do departamento. Essa poderia ser uma razão, mas não confiava em minha posição de consultora para pagar as contas. Entretanto, confiava nela para me manter até os joelhos em lattes de moca. Isso o explicava. Se perdia este trabalho, não

1.jpg 2.jpg haveria mais lattes de moca a meu desejo. Um calafrio percorreu meu espinho dorsal. Tinha que fazer isto bem. Tanto Kim como o futuro de meus lattes estavam em jogo. O capitão falou primeiro. —Davidson, há algo que gostaria de compartilhar?

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Poderia ter compartilhado a razão pela que não cheguei à estação até as dez, mas pensei que isso cairia solidamente sob a etiqueta de compartilhar muito. Assim que me limitei a assentir enquanto nos sentávamos em uma larga mesa de madeira chapeada. —Quero me assegurar de que a meu cliente lhe dão todas as oportunidades de uma sentença reduzida e para restituir o que tem feito. Isso deixou sem fôlego a todo mundo. Pensaram que brincava quando pinjente que sabia quem o fez? —Assim, realmente sabe quem é o pirómano? —perguntou o delegado do fiscal. —Sei exatamente quem é, embora faça pouco que me inteirei. Com o Sussman me sussurrando o que dizer em meu ouvido, repeti suas instruções palavra por palavra. —Quero imunidade judicial e quero que meu cliente obtenha uma sentença reduzida em um centro psiquiátrico privado que ela vai pagar. Os homens resistiram. Um par deles se burlaram em voz alta. —Senhorita Davidson —disse o fiscal—, certamente se dá conta de que está dançando claqué sobre um gelo muito magro. Podíamos acusar a de… —Agora, espera ali, Michael —disse o tio Bob—. Te disse como ia fazer se isto. Você prometeu escutar tudo o que tem que dizer e não acusar a de nada. O fiscal do distrito o fulminou com o olhar. —Eu sei e você também, mas até faz uns quinze segundos, ela não o fazia. —Charley veio aqui por sua própria vontade, e fez milagres para este departamento. Não vamos jogar com ela. Tão orgulhosa que podia estalar, tomei sua mão por debaixo da mesa e a 3 apertei. Ele me devolveu o apertão,1 e Sussman se inclinou outra vez,

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sussurrou algo a respeito de como ter ao Ubie de nosso lado ia ser muito benéfico. Ainda tinha que averiguar por que me sussurrava. —Se tão somente me escutasse —pinjente—, acredito que estaria satisfeito com o resultado. depois de um momento de contemplação, o fiscal alisou sua gravata e logo voltou a sentar-se. —Está bem. Quais são suas condições?

1.jpg 2.jpg —Em primeiro lugar, meu cliente acessou a pagar tudo. Cada centavo dos danos que causou. —Isso vai tomar muito tempo e uma grande quantidade de pagamentos que não vai a fazer se for inundar-se nas banheiras do manicômio estatal. —Não, não, não, um manicômio privado que ela vai pagar. —Sim, claro, tem alguma idéia de q{nto…? —Cinqüenta milhões o cobrirá? —perguntei, calando-o antes de que ele mesmo pudesse enterrar-se muito profundo. Isso chamou sua atenção. —Meu cliente tem cinqüenta milhões com os que jogar, embora haja visto essas propriedades. Não vamos aceitar os preços inflados que as companhias de seguros nos querem lançar. Vi as propriedades que destruiu. O valor de tudo combinado não poderia ser mais de quatro milhões, mas isso se negociará entre meu cliente e seu advogado. E já que estamos no tema, também queria discutir o 3 porquê fez isto, se lhe parecer bem. Entenderá uma vez mais pelo que passou, 1

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e talvez a indulgência não será uma pílula tão difícil de tragar. —Não estou seguro de que estejamos para escutar uma triste historia, Davidson —disse o fiscal. Estava um pouco impressionada com o capitão. Ainda não havia dito nada. Simplesmente se sentou e me observou, com seu olhar firme, ao igual a um falcão justo antes de equilibrar-se para a matança. Afastei-me dele, no caso de. —Não, não têm nem idéia. Tudo o que a pirómana fez foi proteger a seu irmão. Ambos tinham sido abusados horrivelmente ao crescer, e quando digo horrível… —Tirei minha foto de Reis—. E não, não se podem ficar com isso. — Se olhassem o tempo suficiente, seriam capazes de identificar a Reis por suas tatuagens com bastante facilidade. Tinha que me assegurar de que não acontecesse, como havia prometido—. Sei que não é desculpa para o que fez, mas se ajuda a que vocês consintam com meus términos, então que assim seja. Este é seu irmão. O tio Bob soube no momento em que seu olhar se posou na foto. Ele sabia exatamente a quem olhava. Franzi o cenho e sacudi a cabeça para silenciá-lo enquanto outros tomavam a brutalidade do que viam. Funcionou. Estavam aturdidos. Enojados. Afligidos. —Ela passou por muito. O homem que os crio a ela e a seu irmão a mataria de fome para fazer que seu irmão cumprisse com suas demandas. Vou a deixar que sua imaginação voe na parte das demandas. Só conjurem os

1.jpg 2.jpg mais vis e atrozes atos que possam imaginar e multipliquem-nos por dez. Isso deveria levá-los a uma aproximação.

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O tio Bob se levantou bruscamente e se dirigiu à janela enquanto os homens deliberavam. Uma vez me disse que sabia, no fundo, que Reis era inocente, mas a evidência era muito entristecedora. Não tinha tido outra opção mais que fazer exatamente o que fez —entregar seus descobrimentos sobre a culpabilidade de Reis. E agora, dez anos depois dos fatos, o conhecimento o comia vivo. Teríamos que falar mais tarde. Preocupava-me com ele sobre isto. Incomodava-lhe mais do que pensei. Sussman se inclinou para mim de novo. —Acredito que agora seria o momento perfeito para sua carta de triunfo. Sorri e assenti. —Mas esperem —pinjente à mesa, animada—, ainda há mais. Ao departamento gostava de ver-se bem. Gostavam de resolver casos, e o que se veria melhor que resolver o mistério de uma fossa comum fora de Las Cruzes? — Ainda estou negociando aqui, e posso adoçar a panela se o que trouxe para a mesa não é suficiente, embora por que não o seria, está além de mim. —Que mais tem? —perguntou o capitão, metendo-se na conversação ao fim. —Estou quase segura de que sei quem matou a essas mulheres na fossa comum que acabam de encontrar. O rosto do capitão ficou em branco. O fiscal me olhou com cepticismo, e a boca do delegado se abriu, mas só um pouco. —Necessito um par de dias para obter as provas, mas tenho uma muito boa idéia de quem é. —Charley —disse o tio Bob, aturdido—, se souber quem… —Sério, tio Bob? —perguntei, lhe dando minha melhor expressão de incredulidade—. Estou usando isto como alavanca. —Então olhei ao fiscal—. 3 Temos um trato? Tudo o que meu cliente 1 obterá são vinte e quatro meses na

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instituição privada de sua eleição. —Vinte e quatro meses? —perguntou o fiscal, horrorizado. —Vinte e quatro meses. Deixou que meus términos se cozinhassem a fogo lento, falou em voz baixa com o resto dos funcionários na habitação, logo posou um duro olhar em mim. — Ela vai pagar tudo?

1.jpg 2.jpg —Cada centavo. —E entregará um brilhante novo assassino em série —disse o capitão como se fora um fato—. Você parece estar fazendo-o muito ultimamente. Meu mal-estar se montou. Não um cavalo ou o que seja. Talvez algo pequeno, como um burro ou uma cabra. O homem era um tubarão. Ele sabia algo. Mas, o que ia ou seja? Não é como se confraternizar com pessoas que partiram fora um crime. —Sim, bom, tenho muita sorte. —Não tenho nenhuma dúvida de que sua taxa de êxito não tem nada que ver com a sorte. Decidindo não fazer comentários sobre seu uso de uma dobro negação, me esclareci garganta e olhei com receio ao fiscal. —E bem? Meu cliente necessita ajuda, não uma sentença da prisão. —Está bem. Ela não verá o interior de uma cela da prisão. Diga-lhe e eu 3 farei que contabilidade resolva os detalhes 1 da restituição antes de assinar

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algo. Sussman me sussurrou de novo e assenti, logo pinjente—: Posso ter isso por escrito? Com suas bocas apertadas em linhas sombrias, o fiscal e o delegado se decidiram a escrever um documento juridicamente lhe vinculem, especificando as condições da rendição de meu cliente. Levantei-me e fui para o tio Bob. —Está bem? —perguntei. Podia sentir uma pontada de remorso filtrar-se dele. —Falhei-lhe por completo. —Sabia que falava de Reis. Essa imagem lhe afetou mais do que tinha imaginado—. Era só um menino, Charley. —Tio Bob, todo mundo lhe falhou. Cada pessoa em sua vida, me incluindo a mim. —Você? —perguntou. —Essa primeira noite, a primeira vez que o vi sendo golpeado pelo Earl Walker. Não fiz nada. —Calabacita, ele te disse que não o fizesse. Ameaçou-te, se mal não recordar. —Mas mesmo assim, pelo menos deveria ter recheado uma denúncia, assim ficava registrado. Nem sequer fiz isso, e tinha dois policiais na família.

1.jpg 2.jpg —Tudo isto está sujeito a que seu pirómana se entregue por si mesmo para as 17:00 p.m. de hoje —disse o fiscal. Tomando uma respiração profunda, olhei-o e assenti. —Irei a por ela agora. —Eu também irei —disse o tio Bob.

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—Não estou segura de que seja uma boa idéia —disse, preocupada de que ela trocasse de opinião se o via. —Não estou seguro de que me importe.

—Não está jogando comigo, verdade, calabacita? —O que? —Farrow. Ele não tem uma irmã. —Não uma biológica, não, mas foi criado com uma garota em que pensa como sua irmã. —Ela foi… Eles foram…? —Sim, foram maltratados na maneira que hei descrito. —Como é que não soubemos isso? —Ela tem um sobrenome diferente. Não se parecem em nada. Quase nunca assistiram à escola. Eram fantasmas, tio Bob. Earl Walker se assegurou disso. —E seu nome ? —perguntou, morrendo por saber. —Kim. Kim Milhar. Assinalei o caminho ao apartamento da Kim. Ela sabia que teria que me esperar. Havia-lhe dito a que hora apareceria e ia ter seus assuntos em ordem e ia estar lista para render-se. Tinha ao Cookie procurando instituições psiquiátricas 3 privadas. Ela deveria estar me respondendo logo. 2

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Caminhamos pelo atalho e me dava conta de que havia uma taça no grama frente a sua porta. Também havia um pouco de lixo aqui e lá, algo incomum para este complexo. —É esta —pinjente, batendo na porta de cor turquesa da Kim. Quando não obtive resposta, o tio Bob se dirigiu à janela e olhou para dentro. voltou-se para mim, surpreso. —É uma brincadeira?

1.jpg 2.jpg —O que? —perguntei, completamente perplexa. Então o fato de que Kim tinha tentado suicidarse a noite anterior se afundou em mim. Apressei-me e olhei dentro—. Não. Não, não, não, não, não. Tínhamos um acordo. Corri de retorno para a porta. Estava aberta. Virtualmente tropecei com algo que se parecia com uma habitação limpa em uma empresa de software. O apartamento se encontrava completa e totalmente vazio. Corri de quarto em quarto, em busca de evidências da existência da Kim. Nada. Absolutamente nada. —Charley —disse o tio Bob disse da sala de estar. Apressei-me de volta e assenti para a parede. Um sobre tinha sido pego ali. Meu nome estava escrito com marcador negro na parte dianteira. O arranquei da parede e o abri. Não havia mais que um cheque de caixa da cidade de Albuquerque por dez milhões de dólares. Nenhum outro nomeie no cheque. Nenhuma outra indicação sobre de quem tinha vindo. De repente soube como se sentiu a mamãe de Anjo quando recebeu um cheque anônimo detrás de outro, mês depois de mês. Só que eu sabia exatamente quem tinha comprado este. Fiquei atônita.

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—Que tão logo necessita um lugar? Voltei-me para um homem de pé na soleira. —Desculpa? —Assumo, já que está no apartamento, que está procurando um. O tio Bob tirou sua placa e a mostrou. —Temos que saber aonde foi o ocupante deste apartamento. Apalpei meus bolsos e me dava conta de que deixei minha licença de Investigador Privado em casa, assim escavei em minha bolsa e mostrei minha licença de conduzir em seu lugar. —E queremos saber como. —Estive aqui ontem à noite. O lugar estava imaculado, limpo e ordenado como a mesma Kim. Mas não havia nenhum sinal de que fora-se a alguma parte. Ele piscou um momento e logo disse—: Bom, espero que ele tenha ido ao céu, e o fez por meio de um ataque cardíaco, conforme me hão dito. Era meu turno de piscar. —Ele? —perguntei, caminhando para ele—. Kim Milhar esteve vivendo neste apartamento durante anos. Alta. Cabelo castanho escuro. Dolorosamente magra. esfregou-se a boca enquanto pensava. —Bom, ela soa muito bem, mas nunca viveu aqui. Este foi o lugar do velho Johnson durante quase dez anos. —E aconteceu que seus trabalhadores limparam este lugar em doze horas?

1.jpg 2.jpg —Não, senhora —disse, rendo—, o senhor Johnson morreu faz umas duas semanas. Sua família moveu todo a semana passada. O tio Bob tirou seu bloco de papel de notas. —Necessito um nome e a direção 3 de seu 2

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família. esfregou-se a boca de novo. —Não estou seguro de ter uma, mas posso olhar. —Faz-o. O gerente assentiu e saiu de novo. —Assumo que está mentindo? —Através de seus dentes, e felizmente. Não há forma de saber o que Reis pagou-lhe. —Crie que está detrás disto? —Sei que o está. Estes são os irmãos mais conectados que conheci. Quem pode despojar um apartamento e restaurá-lo em meio da noite dessa maneira? E eu estava com ele. —Então me golpeou. O melhor amigo de Reis, Amador Sánchez, esse é o quem. Não me atrevi a mencionar seu nome ao Ubie. Não havia necessidade de arrastá-lo à estação. Ele simplesmente negaria tudo e teria um álibi sólido como uma rocha. —Bom, posso enviar a um par de uniformizados a entrevistar aos outros inquilinos. Consegue alguns informe de testemunhas e possivelmente um par de descrições de quem fez isto. —Não estou segura de que bem fará, além de lhe provar ao fiscal que não estou louca e que não mentia. Mas ela se foi, Ubie. Se Reis a quiser desaparecida, está desaparecida. depois de que o gerente não pôde encontrar uma direção para o senhor Johnson em nenhum lugar, voltamos para a SUV do Ubie com o rabo entre as pernas e dirigimo-nos de retorno à estação.

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—Isto vai anular meu pequeno contrato com o fiscal. Ele agitou o cheque. —Acredito que isto vai ajudar, calabacita. E o fato de que tem uma forte suspeita de quem é nosso assassino em série. Não quererá renunciar a essa vantagem por nada. —Não crie que vão prender me por cumplicidade? —Acredito que têm melhores costure que fazer com seu tempo que processar a um de seus melhores e mais bem-sucedidos consultores.

1.jpg 2.jpg Isso me fez sentir um pouco melhor, como um globo com apenas suficiente ar para ter forma de pêra. —De verdade me teria detido se não lhe houvesse isso dito? —Em um batimento do coração de coração. O ar em meu globo saiu correndo, fazendo um som inquietante de flatulência enquanto saía. —Mas não deixe que isso te incomode. Prenderia a minha própria mãe se isso significasse apanhar a um criminoso. —Prenderia à avó? —Bom, sentia-me melhor outra vez, apesar de que nunca tinha conhecido a minha avó. Ambos os pares de avós tinham morrido antes de que eu nascesse. Tudo o que tinha era ao pai de minha madrasta, e inclusive ele morreu quando eu tinha quatro anos. Esta vez fomos diretamente ao escritório do fiscal. Ele tinha reuniões toda a tarde, e esperávamos apanhá-lo antes de dirigir-se a almoçar. Fizemo-lo, e o circo começou de novo. Ele ficou fascinado e arremeteu até que o tio Bob o entregou o cheque. Era estranho quão rápido isso esfriou seus reatores 3 superaquecidos. 2

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Chamou o capitão e ao delegado, e lhes dava o nome da Kim, mas não seu conexão com Reis. Ele poderia ser considerado responsável por tudo isto. Por outra parte, Kim tinha demonstrado ser muito habilidosa. Quem podia incendiar dois edifícios, sete casas, uma garagem desmantelada, e um bunker e deixar aos policiais arranhando-a cabeça? Admirava-a por sua convicção e por seu feroz desejo de proteger a Reis, mais do que queria reconhecer.

1.jpg 2.jpg 16 Traduzido por Safira Corrigido pela Vanessa VR

Não espero que todo me seja entregue na mão. Só ponha onde seja. (Camiseta)

O primeiro que fiz quando voltei para o Misery foi chamar a Gemma de novo. Agora que todo o assunto do incêndio provocado se achava fora do caminho, podia me concentrar nas demais questione à mão. Quer dizer, a identidade do possível assassino em série. Quando não respondeu nem a seu celular ou a seu escritório, tentei o do GPS. Sem sinal. Estava provavelmente com um cliente e tinha apagado seu 3 telefone. Mas começava a me preocupar. 2 Se o assassino em série era quem

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suspeitava, poderia estar em problemas pelo mero feito de que era loira. Deixei-lhe outra mensagem. Felizmente, Gemma era inteligente e engenhosa. E não tinha nenhuma tatuagem. Nicolette disse que a vítima tinha uma tatuagem do número oito. Que, curiosamente, parecia um símbolo de infinito de lado. Meu coração saltou até minha garganta. Era a seguinte. Gemma era a próxima vítima de um assassino em série. Arranquei do estacionamento entre os olhares de um par de policiais entrando e chamei o tio Bob. —Encontrou-a? —perguntei-lhe—. Encontrou a Gemma? —Não, de acordo com sua secretária, cancelou todas suas entrevistas desta manhã e não está em sua casa. —Demônios. —Está bem, não mais jogos—. Tio Bob, acredito que o assassino em série é um de seus clientes. É um policial. —Um policial? —Isso lhe roubou o vento de suas velas—. Está bem, explica.

1.jpg 2.jpg —A garota que me arranhou deixou exatamente as mesmas marcas em minha cara que ele tem na sua. —Charley, isso é pouco consistente. —Sei. Sei como sonha, mas tratava de me dizer algo, me dar uma pista. —Bom, não posso acusar a um policial de algo como isto sem alguma 3 evidência sólida. 2

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—E a conseguirei, mas primeiro temos que levar a Gemma em uma casa de segurança. Acredito que é a próxima. —Santa mierda, Charley. Definitivamente deveria ter começado com isso. —Ouvi-lhe estalar os dedos como chamando a atenção de outro oficial. —Sinto muito, pode pôr uma ordem de busca a seu carro? —Já o fiz. Estou procurando a matrícula agora. Onde está? —Dirijo-me para a ponte. —Que ponte? Sobre o que essa mulher te falou? —Sim, ela disse que viu um corpo, cabelo loiro, e uma tatuagem ou uma marca com o número oito nele. —E? —E Gemma desenhou um símbolo de infinito em sua boneca. —Está dizendo que crie que esta mulher predisse a morte de você irmã? —Só digamos que é boa. Alguém vai morrer baixo essa ponte, tio Bob. —Bom, bom, enviarei um carro fora. Tem que voltar aqui. —Já estou me dirigindo em caminho. —Charley, maldita seja. —Não sou estúpida. Só tem que enviar um carro. Não vou fazer nada até que o patrulheiro chegue ali. —Cristo em uma bolacha, Charley, não te sobreviverei.

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—E me chame ao segundo que encontre algo. Comprova seu carro nesse salão de unhas. É uma garota. E está esse lugar de macarrão que gosta. —Estou nisso.

1.jpg 2.jpg Apertei o bota de cano longo em direção à ponte, passando de cinqüenta a cento e dez, com a esperança de que um policial me perseguisse. Poderia utilizar o respaldo. No caminho, chamei reis. Falei com minuto em que levantou em telefone. —Reis, preciso encontrar a minha irmã. —Como foi a reunião? —Reis Farrow, não há tempo. Preciso encontrar a Gemma e protegê-la. —Bem, e o que há nisto para mim? —O que? O que quer dizer com, que há nisto para mim? —Quero dizer, o que obtenho se encontro a sua irmã e a protejo de tudo o mal no mundo? —Reis, isto não é um jogo. —E não estou jogando um. Estou fazendo uma pergunta. —OH, Meu deus, não sei. O que quer? —Você —disse, baixando a voz uma oitava—. Te quero, Holandesa, em corpo e alma. Quero-te em minha cama todas as noites. Quero-te ali quando despertar pela 3 amanhã. Quero sua roupa pendurada por 2 todo meu apartamento e seu aroma

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em minha pele. Estava pedindo um compromisso? Agora não era o momento de estar negociando o espaço nas gavetas. —Está bem. Sou tua. Corpo e alma. —Me desviei para passar a um Pinto com um galinheiro na parte superior. Tio Bob não brincava. —Digo-o a sério. —Também eu. —Tomei uma respiração profunda. Não importa como o obtinha, ele o estava conseguindo. Se queria um compromisso, então lhe daria um. Tivesse-lhe dado meu ovário esquerdo se isso significasse que se desmaterializara e encontrasse a minha irmã—. O digo a sério. Sou tua. —As palavras provocaram um forte formigamento na boca de meu estômago—. Sempre fui tua. — Quando não respondeu, perguntei—: Está aí? —Estou aqui. Só estava preocupado. depois do que aconteceu Swopes… —O que? Não creíste que ainda te quisesse? Supus que ontem à noite havia provado que o faço. Obrigado pela foto, por certo. —Ajudou a seu caso?

1.jpg 2.jpg —Sim. Ou, bom, fez-o até que me apresentei para recolher a meu cliente e se tinha transformado em um ancião com um mau coração e logo se desvaneceu no ar. —É estranho como essas coisas passam.

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—Reis —lhe disse, lhe suplicando para3que entendesse—, as coisas que há

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feito não são exatamente trocas. Kim necessita ajuda. —E a está conseguindo. —Seu tom não admitia discussão. O tema não era objeto de debate. Enquanto que esses eram precisamente o tipo de temas que me gostavam de debater, deixe-o passar pelas questões mais urgentes. —Bem, mas neste momento, minha irmã poderia estar ofegando em busca de ire debaixo das mãos de um assassino com uma afinidade pelas loiras. —Não acredito. —Não o pode saber… espera, por que não o crie? —vê-se feliz para mim. Pisei nos freios do Misery e o tirei um lado da estrada. —O que? Já a encontrou? —Não estou seguro de que alguma vez esteve perdida, mas sim. Poderia havê-lo beijado. Poderia ter beijado o chão que pisava. Poderia ter beijado o telefone através de que falava. —Um momento. Não entendo. Como está me falando? —Se houvesse entrado em modo fantasma, como era que ainda se encontrava no telefone comigo em modo corporal? Por outra parte, a última vez que se fez fantasma, seu eu corpóreo ainda lutou com um demônio. —Bom, ponho o telefone a minha boca e… —Sério, Reis, onde está? Onde está Gemma? —Estou no trabalho, e Gemma está comendo o Monte Cristo que acabo de fazer para ela. —Mierda, está ali? Está no Calamity?

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—Cada onça dela. —Está sozinha? —Se não contarmos ao tipo com o que está, sim. Dava uma volta em Ou e me dirigi de novo à cidade. —Que tipo? Está com um homem?

1.jpg 2.jpg —Sim, um policial. Deve estar em sua hora de almoço ou algo assim. Ainda está em uniforme. Um espesso temor se apertou ao redor de meu peito. —Tem três cicatrizes em a bochecha esquerda? —Sim, mas suficiente sobre ele. O que tem posto? —Este não é o momento, Reis. Faça o que faça, não deixe a Gemma sair com esse polícia. —E como sugere que os detenha? —É o filho de Satanás. Não pode inventar algo? —Por um preço. —Já me tem. Estou pagando, amigo. —Tem que te despir para mim. —Agora? —Esta noite.

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—O que acontece os meninos e os bailes 3 de regaço?

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—Não posso imaginá-lo —disse, com voz inexpressiva. —Bom, despirei-me. Dançarei tap. Cantarei "A Barata" em dou menor. —Não irão a nenhuma parte. Dou-te minha palavra. Um alívio tão afresco que me estremeci se apoderou de mim. —Chamarei o tio Bob e o terei ali. Obrigado. —agradeça-me isso esta noite. Um tipo diferente de calafrio revoou sobre minha pele como uma carícia ao som de sua voz. Deixando a deliciosidad permanecer, pendurei e chamei o tio Bob. —Bem? —perguntou, esperando notícias. —Encontrei-a. Está no bar. Reis a está vigiando, mas tio Bob, está com o tipo de que suspeito, o policial. —Tem que estar brincando. —Vê, Gemma também se mete em problemas. Não tudo sou eu. —Umm. —Não soava totalmente convencido.

1.jpg 2.jpg —vou pôr ao Cookie ali para que ajude a assegurar de que não saiam juntos. —Estarei ali em dez minutos. A que distância está? —Bom, ia bastante rápido. Fiz um bom tempo. Posso estar de volta a a cidade em uns quinze.

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—Tenho-o. Date pressa. Ao segundo em que pendurei com o tio Bob, Cookie chamou. Deus, essa garota tinha boa sincronização. —Olá, onde está? —No escritório. Sabia que as mulheres realmente tomam a foto de Reis com seus telefones quando passa caminhando? —Sei. —É inquietante. —Sim, é-o. —Mas acredito que tenho algumas boas tomadas. —Sério? envia-me isso por mensagem —lhe disse, emocionada, e logo a realidade se afundou dentro—. Espera, primeiro tem que ir ao restaurante e ajudar a Reis a deter a Gemma de sair. —OH, está bem. —Ouvi-a caminhar, uma porta abrindo-se—. O que está passando com a Gemma? —Acredito que está saindo com nosso assassino em série. Assim, já sabe, não faça contato visual a menos que tenha que fazê-lo. —B-bem. Devo voltar e conseguir minha arma? —O bar do papai necessita outro buraco nele? —Mas, e se tratar de sair? —E vais tirar lhe uma pistola? —Esquivei um correcaminos e Misery quase se 3 volteou, um fato que não apreciava—. Reis 3 pode dirigi-lo, mas no caso de,

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é seu respaldo. O tio Bob está em caminho. —Espera, não, está bem. Posso vê-la. Está com um policial. —Aliás o assassino em série. —Não —disse, sussurrando no telefone—. O assassino em série é um poli? —É meu principal suspeito, assim só mantén sua distância.

1.jpg 2.jpg

No momento em que me estacionei, saltei do Misery e corri ao Calamity por a porta traseira. Tinha acelerado ainda pior na viagem de volta, tratando de chegar antes de que Gemma pudesse ir-se, e cheguei quando o tio Bob saiu disparado no fronte. Menos mal que nos apressamos. O oficial Pierce tinha a Reis contra a barra, a ponto de algemá-lo. Um policial fora de serviço chamado Rodríguez sustentava a Gemma atrás enquanto outro policial a quem não conhecia ajudava a uma dramaticamente angustiada Cookie. —O que está passando? —perguntou o tio Bob. Cookie assinalou a Reis. —Este, este monstro me atacou. Fiquei paralisada, tratando de conciliar esse pedacinho de conhecimento, quando Reis olhou sobre seu ombro e piscou os olhos. Papai também se encontrava ali, apoiado na parede com os braços cruzados no peito, não comprando-o nem por um minuto. Por sorte, o único que tinha que comprá-lo era o oficial Pierce, e o fez. Pagou o preço completo, 3 também. Com impostos. Mas isso não era 3 nada comparado com o preço que

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teria que pagar quando o enviar a prisão por cinco mil anos. Papai me saudou com a mão. —Olá, pode atender o bar um par de noites esta semana? Teri estará fora. —Claro. Isto é divertido, pelo menos. Sorriu. —Claro que o é. —Está bem, Wyatt —disse Ubie ao oficial Pierce—, pode deixá-lo agora. —Mas, senhor, agrediu a esta dama, e logo me empurrou quando tratei de intervir. Ofeguei. —Não o fez —lhe disse, incapaz de evitar que um sorriso se deslize em seu lugar. Totalmente precisava ser revistado novo. O tio Bob aplaudiu o ombro do Pierce. —E seguia ordens. Pierce se endireitou em surpresa, e sem esperar, Reis se retorceu fora de seu agarre. Tinha deixado que tomassem, lhes permitindo conseguir a vantagem, graças a Deus, mas inclusive ele podia jogar à vítima só por um tempo. —Está bem? —Perguntei-lhe, meu coração cheio de gratidão. O sorriso de Reis o dizia tudo.

1.jpg 2.jpg —Charley, o que está passando? —perguntou Gemma. Voltei-me para ela. —O que está fazendo aqui com ele? Pensava que era você paciente. A culpa alagou seu corpo. Golpeou-me como uma névoa de Londres, espessa 3 e turva. Baixou a cabeça envergonhada. 3 —Era meu paciente, sim, mas agora

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o estou vendo. Tem um novo terapeuta, por isso… —Gemma —lhe disse, surpreendida e consternada. Não muito, ela era somente humana, mas o suficiente para empurrar os limites de seu desconforto a uma altura totalmente nova. Com as emoções postas em alerta máxima, agora era o momento perfeito para descobrir se o oficial Pierce era meu assassino em série. Amava a meu culpómetro interno. Todo mundo deveria ter um destes bebês. Eliminaria uma grande quantidade de problemas. Ou, por outro lado, poderia causar muitos mais. Talvez me guardo o meu para mim mesma. E cancelo essa patente que tinha solicitado. —Senhor —disse Pierce ao tio Bob—, o que é isto? Aproximei-me dele, conseguindo uma leitura de suas emoções, e logo o golpeei com força. —encontramos a fossa comum —lhe disse, endurecendo meus facções e minha voz—. Sabemos o que fez, e você, meu amigo, está baixo arresto por o assassinato de vinte e sete mulheres. Os sentimentos do tio Bob resistiram quando disse isso, mas manteve seu apreensão a si mesmo. por agora. O olhar aturdido no rosto do oficial Pierce tivesse sido cômica em qualquer outra situação. —Assassinato? —perguntou, questionando ao tio Bob—. De o que está falando? —Charley —Gemma me olhou boquiaberta—. Te tornaste louca? —É uma assassina série, Gemma, e estava a ponto de ser sua próxima vítima. Ali se achava por fim. Esse enfurecimento de humilhação. Essa faísca de 3 injustiça que proclamava sua inocência. 3 Ninguém, nem sequer os melhores

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mentirosos do mundo, podiam controlar sua própria reação visceral a esse grau. Era inocente. Não era o veredicto que tinha esperado, mas ao menos tinha uma resposta. Meus ombros se murcharam, e me sentei em um tamborete ao lado de meu homem. Se aproximou de mim, o movimento quase imperceptível. —Não importa —pinjente, agitando minha mão para o tio Bob, minhas vísceras desinflando-se—. Não é ele.

1.jpg 2.jpg A aparição de uma meia sorriso em seu rosto foi suficiente para me dizer que se sentia aliviado. Gemma correu ao Pierce, pôs seu braço sobre o dele em apoio. —Seu assistente é absolutamente a atriz —disse Reis. Cookie sorriu enquanto caminhava. —Tenho que admitir que foi divertido fingir que Reis me atacava. A mim! —disse, indicando às mulheres em uma mesa em particular. Felizmente, nenhuma delas era Jessica. Por uma vez, parecia estar em outra parte, mas toda a mesa se arrepiou quando Cookie disse isso. Foi fantástico. Enquanto o tio Bob tratou de acalmar ao oficial Pierce e a Gemma, Reis se inclinou para frente, envolveu ao Cookie em seus braços, e a beijou totalmente na boca. Esmaguei uma mão sobre minha boca enquanto se aferrava a ele como um gato pendurando do ramo de uma árvore. Soltou-a lentamente, e logo falou em voz o suficientemente alta para que a 3 mesa das mulheres ouvisse. —Se a 3vida fora justa, Cookie Kowalski, você

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seria minha. Sua mandíbula se abriu, e o conhecedor sorriso que lhe ofereceu acompanhada de uma piscada de cumplicidade tiveram seus ombros tremendo de alegria. O tio Bob não pôde agüentar mais. interpôs-se entre eles. —Mas a vida não é justa —disse—. Você mais que ninguém deveria sabê-lo. —Tomou o braço do Cookie e a levou. Oxalá a uma cadeira, porque não estava segura de quanto tempo mais poderia permanecer de pé. Reis os observou partir, logo levantou suas sobrancelhas para mim. —Acredito que alterei os ânimos de seu tio. —Isso foi bastante surpreendente —lhe disse quando se estirou além de mim por sua toalha—. Obrigado. deteve-se o tempo suficiente para pôr sua boca a meu ouvido e dizer—: agradeça-me isso esta noite. —Então, antes de que as mulheres na mesa junto a nós se dessem conta de que vinha para mim, dirigiu-se à cozinha. Gemma se voltou para mim como um gato selvagem protegendo a suas crias. — Charley, o que é isto? Uh-OH. Tempo confessar. —trata-se do fato de que pensei que o oficial Pierce era um assassino em série. Olhou-me horrorizada. Gemma me olhou horrorizada. O oficial Rodríguez se ficou me olhando horrorizado. O único que não me olhava horrorizado era o tio Bob. encontrava-se muito ocupado tratando de recuperar o terreno que havia

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perdido com o Cookie. Teria dificuldades, considerando o Adonis com quem acabava de chupá-la cara, mas tinha fé nele. —Ubie —lhe disse, interrompendo—. Me viria bem um pouco de apoio aqui. —De verdade crie que matei a alguém? —perguntou o Oficial Pierce, assombrado—. por que inclusive…? Quero dizer, nem sequer compreendo… —Dizem-me isso muito. Mas olhe. —Assinalei em minha cara e logo a dele—. Vê? —Minhas cicatrizes? Crie que isso significa que matei a alguém? —Isso é o que pensei em um princípio, sim. —Poderia jurar sobre uma pilha de Bíblias que o duendecillo debaixo de minha cama apontava para ele. Suas cicatrizes eram exatamente como meus arranhões. E logo, com o Nicolette predizendo o cabelo loiro e a tatuagem do número oito... —Charley —disse Gemma, seu tom afiado com a advertência—, ele teve um incidente quando tinha nove anos. —Sim, chama-se… Espera, nove? —Olhei-o lujuriosamente—. Obteve as cicatrizes quando tinha nove anos? —Sim, viu uma menina cair a sua morte, mas para quando a polícia chegou a eles, ela tinha desaparecido. Poderia ter sido a mesma garota? —Arranhou-te? Franziu o cenho. —Como sabe? —Que idade tinha? Esta garota? —Não sei. Estava escuro e estava suja. Levava uma camisa de dormir.

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—Se tivesse que adivinhar. —Seis. Talvez sete. Simplesmente não estou seguro. —Tentou salvá-la —pinjente enquanto a compressão iluminou. Baixou o olhar ao chão. —Sim, bem, não o obtive. Vi uma mesa vazia e toquei nosso grupo para ela. Rapidamente porque outra pessoa fazia uma carreira nela também. Ganhei e tirei uma cadeira. — lhe sente-se disse ao oficial Pierce—. E explica.

1.jpg 2.jpg 17 Traduzido pela Adriana Tate Corrigido pela Meliizza

Ao ler isto, deste-me breve controle sobre sua mente. (Camiseta)

—Encontrava-me nos Boy Scouts —explicou Wyatt—, passando o verão com meus avós em Elida e minha tropa se foi em uma viagem de acampamento para Billy the Kid Springs. —Nunca escutei que isso —lhe disse, tirando meu telefone para buscá-lo.

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—Não te incomode. procurei em cada mapa por aí, tratando de 4

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encontrá-lo. Não estou seguro de que era um nome oficial nem nada. Assim era como todos os da zona o chamavam. Era esta pequena enseada no meio de um nada com um lago no interior. Lembrança que a água brilhava de uma cor verde lima. —Verde lima? Está perto do Roswell? Eles têm um montão de coisas alienígenas aí abaixo. —Sim, está-o, mas não acredito que os alienígenas tivessem algo que ver com o água ali. De todos os modos, estávamos aí fora acampando e despertei no meio da noite. Tive que ir mijar, assim que me pus os sapatos e caminhei pela topo do escarpado sobre a enseada. A água brilhava. Era incrível. Sentei-me ali e a olhei, olhei as estrelas, a lua enche, toda essa mierda de natureza. Então pareceu-me escutar algo. Como raspaduras e gemidos. Chamei mas ninguém respondeu. Assim que me deitei sobre meu estômago e olhei dentro da enseada do topo. Havia uma menina. —Ela se encontrava na enseada? —perguntei-lhe. —Não, tratava de subir pela ladeira do escarpado, como ao redor da parte da enseada. —Inclinou a cabeça pensativo—. Agora que o penso bem, acredito que ela poderia ter visto nossas fogueiras, tratava de chegar a elas. De todos

1.jpg 2.jpg modos, inclinei-me para lhe dar uma mão. Segui lhe dizendo que tomasse mas nem sequer sabia que eu me encontrava aí até que minha mão a tocou. Ela saltou, levantou o olhar, com seus olhos alargados. achava-se aterrorizada. Senti uma onda de angústia surgir através dele. Inclusive depois de todos 3 estes anos, afetava-lhe profundamente.4

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—Segui tentando obter que tomasse minha mão, mas não o fazia ao princípio. Pensei que ia baixar, mas então deveu haver-se dado conta que não era uma ameaça para ela. Colocou sua mão na minha e a devorei. Mas se escorregou e balançou pela ladeira. —Tomou um gole de água antes de continuar. Gemma pôs uma mão em seu braço. —Isto é o que não podia falar comigo —disse ela—. Esta parte. Assentiu. —Ela pendurava sobre a enseada e atirando de mim com ela. Tratou de encontar seu equilíbrio de novo, mas então gritou. estava-se caindo ou sendo devorada. Não podia estar seguro. Equilibrei-me por ela e tirou seu outro braço para mim, mas falhou. —Apertou os dentes fortemente—. Eu falhei. Suas unhas arranharam meu cara e caiu. —Sinto muito, Wyatt —disse Gemma. Mas tinha sucumbido a suas lembranças. Cravou o olhar na água enquanto ressurgiam e arraigavam. —Não houve nenhum som —disse—. O escarpado não era tão alto. Talvez uns vinte metros ou mais ou menos. Eu devi ter escutado seu queda. —sumiu-se em si mesmo e me dava conta que esta não era só uma lembrança doloroso a não ser um traumático—. Me dava conta que alguém mais se achava ali. Na escuridão. Escutei eco de respirações na enseada e estava morto de meda, era um puma ou algo assim. —O que fez? —perguntei-lhe, sabendo muito bem que não era um puma ou algo assim. Mas ele sabia também. Inclusive nesse então, dava-se conta da diferença. —Corri por ajuda —disse, com uma dor agonizante em sua expressão. As feridas que tinha no interior eram muito mais profundas que qualquer cicatriz 3 que levasse como aviso dessa noite—.4A deixei ali.

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Gemma apertou seu braço enquanto o tio Bob se levantava para responder uma chamada. —Oficial Pierce… —Comecei, mas me interrompeu. —Por favor, só Wyatt.

1.jpg 2.jpg —Wyatt, isto poderia soar realmente estranho e não posso explicar como sei isto, mas estou absolutamente segura que há uma conexão com esta menina e as fossas comuns que foram encontradas no sul. Olhou-me piscando com incredulidade. —Como pode ser isso? —Você disse que tinha nove anos? —Sim. —E tem trinta e um agora? —Sim, assim é. Deus, odiava as matemática. —Bom, isso significa que o sítio do esgoto tem pelo menos vinte e dois anos. Pergunto-me se a menina que você viu não foi primeira das vítimas do assassino. —por que inclusive faria essa conexão? Os moles estão como a duzentos quilômetros ao este daqui. E centenas do sítio das fossas comuns ao sul. OH-OH. A parte difícil. Olhei a Gemma, logo para o tio Bob, a quem não o importava porque ainda se encontrava ao telefone, mas foi Cookie quem o 3 esclareceu pontos. —Olhe —disse ela, 4 com um pouco de atitude—, só tem

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que confiar nela. Resolve muitos dos casos apoiados em suas intuições porque nunca se equivocam. Isso foi um poquito exagerado, como Wyatt o assinalou. —Ela se encontrava equivocada sobre mim —disse. —Quase nunca —Se corrigiu. Gemma assentiu. —Cookie tem razão, Wyatt. Charley como que sabe coisas. É estranho. Como sobrenatural ou algo assim —soprou—. Não é que seja sobrenatural. Isso é absurdo. Não é como se visse fantasmas ou falasse com os mortos nem nada. Verdadeiramente nunca pilhava a idéia de deter-se enquanto se achava ao frente. —E tem problemas. Como por exemplo sempre está em problemas. Ofeguei. —Não o estou. E além disso, você está saindo com um tipo que poderia ter sido um assassino em série. No que pensava? Olhou-me boquiaberta, logo balbuciou, e logo levantou as mãos, completamente frustrada. —Usando suas palavras.

1.jpg 2.jpg —Não é um assassino em série. —Sim, mas você não sabia isso —pinjente, ganhando completamente. —OH… meu Deus. —Estava molesta—. por que me converto em uma menina de quatorze anos cada vez que estou perto de ti?

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—Faço a isso a um montão de pessoas. —O laboratório acaba de chamar —disse o tio Bob, interrompendo totalmente—. O azeite no sítio da tumba é azeite usado de todo tipo, azeite de motor, azeite de cozinha, lubrificantes industriais… acreditam que foi programado por uma planta de reciclagem e o condutor do caminhão o atirou nessa ilha em seu lugar. —Bem, então, por que essa ilha em particular? —Não sei, calabacita. Ainda estamos trabalhando nisso. Voltou a falar por telefone. —por que está em terapia? —perguntei ao Wyatt. —Charley —disse Gemma, me arreganhando uma vez mais. —Está bem, Gem. —Se reenfocó em mim—. De acordo com meu supervisor, tenho problemas de ira. —E por que pensaria isso? A boca da Gemma se alargou, me reprimindo. —Não tem que falar sobre isto, Wyatt, se não se sentir cômodo. —Não, não importa de todas maneiras. Qualquer pessoa com uma laptop pode averiguá-lo. De acordo com o departamento, tenho um problema com homens que usam a violência contra as mulheres. Usei força excessiva para levar a um homem ao chão que golpeava a sua esposa com um pau de golfe ferro 9. depois de um grito de surpresa, pinjente—: Bom, bem por você. —Sim, bom, tinha dinheiro e conexões. Quase perdi meu trabalho. Mas se não tivesse sido ordenado de fazer seis meses de terapia, nunca tivesse conhecido a 3 Gemma. 4

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Agradava-me. —Sabe, tenho tudo em minha casa. Todas minhas notas. estive investigando à menina com certo tipo de obsessão desde que me converti em polícia. Tenho que retornar ao trabalho, mas… —Isto tem prioridade —disse o tio Bob—. Chamarei a seu sargento e lhe deixarei saber que me está ajudando com uma investigação em curso.

1.jpg 2.jpg —Perfeito —pinjente, juntando minhas mãos—. Então é aí onde começaremos. depois de que comamos, é obvio. Reis trouxe chiles verde guisado e um par de queijadinhas para que compartilhemos. Bati minhas pestanas e prometi lhe dar uma gorjeta mais tarde. Não era de sentir saudades que continuasse me roçando enquanto ajudava ao garçom a colocar os pratos. O menino era um grande vividor. —Então, o que fez depois? —perguntei ao Wyatt depois de tomar um dentada de guisado quente. —Despertei aos conselheiros —disse, molhando sua queijadinha—. Eles chamaram ao escritório do oficial. Um ajudante saiu. Um. —limpou-se a boca com uma Isso guardanapo foi tudo. Segui tentando de lhes dizer que ali havia uma menina perdida na zona, mas ninguém me acreditou. O ajudante de fato fazia alusão que eu tinha sido arranhado por um mapache ou um coiote ou algo. —Em sua defesa —disse—, esses arranhões tiveram que ter sido muitos 3 profundos para unhas, considerando suas 4 cicatrizes.

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—Não em realidade. depois de tudo o que tinha acontecido, os arranhões se infectaram. Meus pais tiveram que vir a me recolher da casa de meus avós cedo esse verão para me levar com um doutor no Albuquerque, e tive que passar por uma ronda de injeções contra a raiva, porque o ajudante do turno da noite não sabia diferenciar entre um rastro de um coiote e um humano. —OH —disse—. Isso empresta. —Entretanto, encontrou-se impressões de pneumáticos que não pertenciam a nosso ônibus. —A que pertenciam? —Alguns dos outros meninos acreditaram que vimos uma caminhonete à amanhã seguinte, mas o ajudante disse que era provavelmente só um peão. —Um peão? —perguntei-lhe, tomando um sorvo de chá gelado—. Vocês se encontravam em um rancho? —Sim. Mas estive investigando. Não posso encontrar nenhum vínculo com uma menina desaparecida e um peão. —Quem era o dono? Da ilha onde se encontravam? —Uma família chamada Knight. Estiquei-me em alarme. Mais que tudo para me manter a mim mesma de cair.

1.jpg 2.jpg O tio Bob se achava igual de impactado como eu o estava. —O sítio da fossa comum está em um rancho propriedade da família Knight. —Não brinque. Espera, lembrança algo sobre isso. —Fechou os olhos e recordou— . Sim, esse rancho era propriedade de um Carl Knight e lembrança descobrir 3 que tinha um 4

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irmão que era dono de um rancho no sul de novo o México. —Irmãos? —perguntei-lhe, emocionada de que estivéssemos chegando a lugares. Talvez não a qualquer lugar perto de uma sólida convicção, mas a lugares—. Eu diria que temos uma conexão muito forte agora. O tio Bob assentiu e começou a procurar um contato em seu telefone. ficou de pé para chamar por nossos achados. Nem idéia com quem. Cookie se moveu em seu assento e aplaudiu, eufórica de estar na conquista, especialmente uma tão dilaceradora. Ainda estávamos a quilômetros de um suspeito, mas cada centímetro nos trazia mais perto da verdade, e as mulheres em meu apartamento se mereciam pelo menos isso. —Então —disse ao Wyatt—, disse que esteve obcecado? Há encontrado algo sobre a menina? —Em, um pouco, sim. Minhas esperanças se elevaram como uma cometa no vento. —Tem um nome? —Não. E se estrelaram. —Mas tenho um montão de materiais de investigação em minha casa. É bem-vinda a lhe jogar uma olhada. —Tenho que admitir, Oficial Pierce, que estou um poquito apaixonada por você nestes momentos. Gemma sorriu, reconhecendo meu selo de aprovação quando o via.

Ofereci-lhe meu melhor sorriso do domingo. —E agora, o que? Seria agora um bom momento de passar o momento em sua casa?

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riu entre dentes. —Claro, se isso estiver bem com você, senhor. O tio Bob pendurou e assentiu com entusiasmo. —Está mais que bem. Nos encontraremos ali. foi para fazer outra chamada. Esse homem amava seu telefone.

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Fomos em grupo à casa do oficial Wyatt Pierce. Rendia uma pequena habitação de dois dormitórios no Nob Hill. Era uma agradável vizinhança, velho e bem estabelecido. O tio Bob entrou ainda ao telefone. Pendurou enquanto entrabamos. —Bom, tenho ao Taft investigando nossas pistas agora mesmo, e hei contatado a agente especial Carson para pô-la à corrente também. —Genial —lhe disse—. Lhe agradarei ainda mais. —Só quero lhe preparar —disse Wyatt a Gemma enquanto caminhávamos para a habitação do fundo. —Para que? —perguntou Gemma. —Recorda quando me perguntou se tinha sido capaz de deixar essa noite detrás de mim e eu disse que sim? —Sim, recordo-o —disse ela, com cautela. —Bom, pode que tenha exagerado. Tirou-lhe o seguro e abriu a porta. Centenas de papais cobriam cada 3 superfície disponível. A janela se encontrava coberta de recortes de periódicos 5

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e fotos antigas. Havia dúzias de desenhos de olhos enormes escondidos detrás de uma massa de cabelo loiro. Era um grande artista e tinha estado procurando durante anos. Essa menina nunca o deixou. Claramente se sentia responsável por seu desaparecimento, o qual não podia estar mais longe da verdade. —dá-se conta que nada disso foi sua culpa —lhe disse. —Sei. —Acrescentou um encolhimento de ombros completamente cético para meu benefício. Não tinha nenhuma intenção de evitar a responsabilidade que sentia. Admirava-o por sua convicção, mas podia ver a preocupação cintilar em os olhos da Gemma. Entramos e examinamos seu material de investigação. Tinha compilado provas de cada menina desaparecida nesse período de tempo de todas partes dos Estados Unidos. —Não sei se isto ajudará, mas suspeito que a menina era surda. —Como é possível que saiba isso? —É uma intuição. Suspeitava-o de todos os modos, mas quando você disse que tentou chamá-la e ela não levantou o olhar ao princípio, fez-me me dar conta que provavelmente o era.

1.jpg 2.jpg —Espera. —Levantou um dedo pensativo, logo correu para alguns arquivos que tinha em um velho baú—. Havia uma menina desaparecida da escola para meninos surdos do Oklahoma. —Encontrou o arquivo que procurava e tirou Esta foto é ela.

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Entregou-me isso e uma sacudida de reconhecimento se disparou dentro de mim. A mesma cara de duendecillo. A mesma boca arqueada e enormes olhos, só que sorria na foto e tinha sua franja torcida. Passei meus dedos pela imagem. — São seus olhos —disse e logo mostrei a foto ao Cookie e ao tio Esta Bob é a menina. — Volteei a foto. Seu nome era Faith Ingalls. —encontrava-se tão escuro aí fora —disse Wyatt—, e ela se encontrava coberta de terra e sangue, quase como se tivesse sido enterrada e desenterrada. Simplesmente não a reconheci nesta foto. —Alguma vez resolveram este caso? —perguntou o tio Bob. Leu o arquivo. —Não quando procurava nele, mas isso foi faz uns quantos anos. Ela tinha estado desaparecida por mais de uma década. Suspeitavam de um homem de manutenção com o nome do Saul Ussery mas nunca puderam prová-lo. Li por cima de seu ombro. —Conseguiu algo mais sobre ele? —Não, mas podemos procurar o nome —disse—. Algo deve aparecer agora. O tio Bob baixou o arquivo que lia. —Posso fazer isso. —Chamo à estação enquanto eu tinha outros planos. A menina foi provavelmente a primeira vítima do assassino em série. Seu período de prova. Queria-a mas não podia tê-la, assim tentou tomá-la pelas forças, talvez. Inclusive pôde havê-la matado por acidente, entretanto o duvidava. Parecia desfrutar de do ato incluso nnaquele tempo. naquele tempo. O poder. E só alimentou sua sede de sangue. Sua obsessão pelas mulheres loiras. Tentei chamar a agente primeiro Carson, mas não podia me comunicar. Se encontrava-se no sítio da fossa comum, podia ter estado fora do bar. Assim 3 que em seu lugar chamei o Kenny Knight. 5

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—Senhor Knight —disse quando respondeu—. Lhe fala Charley Davidson, uma assessora do departamento de polícia de Austin. Conhecemo-nos ontem. —Sim, recordo-o. —Ele não parecia particularmente feliz de saber de mim. Dificilmente poderia culpá-lo. —Perguntava-me se podia lhe dar um nome. A ver se o reconhece.

1.jpg 2.jpg —É obvio. —achava-se esgotado e cansado de todos os meios de comunicação que sem dúvida o tinham visitado essa manhã. O departamento do oficial não teve outra saída mais que anunciar o descobrimento de uma fossa comum e cada equipe de notícias no estado tinha que estar ali, competindo por uma história. —Você conhece ou recorda se alguma vez seus pais contrataram a um homem chamado Saul Ussery? —Saul? Não, nunca trabalhou aqui. Meus pais não podiam suportá-lo. A adrenalina alagou meu sistema. —Espere, eles o conheciam? —Conheciam-no? Era seu sobrinho. Minha primo. Só se aparecia quando necessitava dinheiro ou um lugar para dormir. Espere, o azeite… Estalei meus dedos para atrair a atenção do tio Bob. Ambos, ele e Wyatt correram para escutar enquanto trocava a alto-falante. —O que há do azeite? —o perguntei. —É só que não me ocorreu. Saul conduziu um caminhão durante muitos anos. Trabalhava para alguma empresa que reciclava plásticos e azeite usado. 3 Parte 5

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de seu trabalho consistia em levar o azeite que eles compilavam de oficinas mecânicos e restaurantes a uma empresa de processamento em Las Cruzes cada quantas semanas. —Mas, por que o verteria em seu terreno em seu lugar? —perguntei-lhe. —Porque era um filho da má vida de mierda. Estou seguro que a empresa para a que trabalhava no Albuquerque teve que lhe pagar às pessoas em Las Cruze para recolhê-lo. Podia ter embolsado esse dinheiro cada certo tempo e verter o azeite aqui onde ninguém saberia. O tio Bob tomava notas em um bloco de papel enquanto que Wyatt, Gemma e Cookie se encontravam atônitos. —Kenny, não quero incomodá-lo, mas acredito que sua primo poderia ter tido algo que ver com as mortes dessas mulheres. —Senhorita Davidson, isso não me surpreenderia no mais mínimo. Era um pedaço de mierda. Ameaçou a meus pais uma vez quando eles não deram dinheiro para algum plano desatinado dele. Sempre se estava unindo a uma fraude piramidal atrás de outra. —Estava? —Bom, é só que agora não está fazendo a grande coisa. Está em um asilo. Teve um derrame cerebral ou algo assim faz um tempo.

1.jpg 2.jpg Anotei a informação, logo lhe perguntei—: Pode lhe dizer a agente Carson que me chame se chegar a vê-la? Não posso me comunicar. —É o serviço telefônico aí fora. O que lhe parece se conduzir até lá e faço-lhe saber. —Parecia tão aliviado de saber quem era o assassino tanto 3 como eu o 5

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estava, e eu me encontrava aliviada por ele. —Muitíssimas obrigado —disse. —Não, senhorita, graças a você. Recebi sua nota. Esclareci-me garganta. —Um, minha nota? —Está bem. Sei que ela se achava aqui e que se foi. —Seu fôlego ficou atapado em seu peito e começou de novo—: vou colocar um jardim ali por essas meninas. Algo do que ela teria estado orgulhosa. Maldição. Deveu me haver visto colocar a nota em sua caminhonete. — Obrigado —disse-lhe. —Será um prazer. Pendurei enquanto o tio Bob me olhava boquiaberto. —Acabamos de resolver isto? Sorri-lhe à brigada. —Acredito que o fizemos. Gemma me sorriu. —Posso ver o atrativo do trabalho, hermanita. —Me deu um rápido abraço—. É excitante. —Sim, é-o. E o é ainda mais quando resolve casos, realmente excitante. —Tem que sujar tudo. —Sim —lhe disse minta me abraçava de novo—. Realmente tenho.

O asilo cheirava como a uma combinação fermentada de lejía e urina. O 3 aroma 5

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ardia meu nariz enquanto me aproximava do posto das enfermeiras. Não queríamos nos reunir no lar, assim só Wyatt, o tio Bob e eu entramos. A enfermeira atrás do escritório se achava ocupada com papeladas, mas levantou o olhar quando viu o uniforme do Wyatt. —No que posso lhes ajudar? —perguntou ela. Eu falei primeiro. —Estamos procurando o Saul Ussery. —OH, são familiares?

1.jpg 2.jpg —Estamos aqui em qualidade de assuntos oficiais —disse o tio Bob, seu tom de voz muito forte como para ela discutir. —Está na habitação 204. Ao final do corredor, a segunda porta à direita. —Obrigado —disse. Entramos justo quando uma jovem enfermeira o punha de novo na cama. Saul era de minha estatura com uma frente larga e olhos diminutos, seu rosto gordinho provavelmente não mostrava sua idade tanto como o teria feito se tivesse sido mais magro. Parecia um personagem de uma novela do J.R.R. Tolkien. A enfermeira nos piscou os olhos um olho. —Estão aqui para ver este pícaro? — perguntou, colocando seus lençóis ao redor dele. —Certamente o estamos —lhe disse, tratando de manter o desagrado de filtrar-se em minha voz. —O senhor Ussery é muito gracioso. Sempre está fazendo brincadeiras. E o 3 gostam das loiras, se souber ao que me5 refiro.

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Sabia, infelizmente. —Não lhe está faltando nenhuma, certo? —Nenhuma o que? —Loiras? Ela riu. —Não que eu saiba. Se alguma vez nos faltar, saberei onde procurar, não é assim, Saul? Ela não tinha idéia. Não pude evitar notar como os olhos do pícaro se concentraram na insígnia do Wyatt. Parecia preocupado. Não me podia imaginar o por que. —De acordo, bom, deixarei-os sozinho —disse ela—. Não os de nenhum problema. Um sorriso matador iluminou seu rosto enquanto saía pavoneando-se. Inclusive com um trabalho como o seu, era capaz de manter o ânimo em alto e desfrutar de seu dia. Ou era isso, ou se encontrava em um pouco realmente bom. —Olá, Saul —disse, me parando ao lado de sua cama. —OH, Meu deus —disse Wyatt, surpreso—. O entrevistei no 2004. Não fiz a conexão. Era um homem de manutenção na Universidade de novo México quando uma estudante desapareceu. —refere-se a que trabalhava aí quando outra garota desapareceu?

1.jpg 2.jpg —É claro que sim. —Não resultou ser loira, verdade?

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Assentiu. —OH-OH —lhe disse—. Strike dois. ouvi que você gosta de matar meninas. —Nop, nop —disse, sacudindo a cabeça e balançando-se de atrás para diante, fazendo o bobo em toda a extensão da lei. Então, por que se encontrava aqui? Um teto sobre sua cabeça? Comida em sua pança? Era todo uma farsa? O tio Bob se achava ao telefone com o capitão. —Sim, temos algumas provas bastante sólidas, mas teremos que armar um caso forte se quisermos isto fechado. —Olhou de novo ao Saul—. Nunca viu o interior de uma cela de o cárcere, mas ao menos esses familiares dessas mulheres terão algum fechamento. Agachei-me para o Saul, esperei até que seu olhar se encontrou com a minha e disse-lhe—: Vai arder no inferno. Não muito poético, mas muito provavelmente certo.

1.jpg 2.jpg 18 Traduzido pelo Valentine Fitzgerald Corrigido pelo Aimetz

O que o mundo precisa são mais gênios com humildade. Somos tão poucos. (Camiseta)

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Cookie foi para o homem com os telefones no escritório. Gemma tinha clientes que atender, pobres idiotas. E Wyatt, o tio Bob e eu nos dirigimos à estação para informar de nossos descobrimentos e começar com a papelada. Infelizmente, tinha uma declaração que escrever. A papelada não seria tão mau se não fosse por tudo esse papel. E o trabalho. No caminho à estação, tio Bob chamou o fiscal do distrito, ao capitão, e uma variedade de pessoas importantes assim o que, ao chegar, uma grande multidão nos esperava. —A que te refere tendo uma considerável vantagem sobre o assassino do Rancho Knight? —perguntou o fiscal enquanto ingressávamos. OH, homem, assim é como o chamavam? Ao Kenny Knight não gostaria no absoluto. Teria que propor algo mais, algo como o Bode Assassino em Série ou o tipo que perde azeite pelo culo. Não, esse realmente não encaixaria com isto, mas dar geniais nomes de assassinos em série era um mau passatempo. por que elogiar seus horríveis delitos? Nunca teria sentido para mim. Reunimo-nos na mesma sala de conferências dessa manhã, e o tio Bob revisou o caso. Inclusive desenhou um diagrama em uma piçarra branca que ia unido com pontos. Usou um montão de cores. Era muito bonito. Wyatt explicou sua parte, como tratou que resolver um caso sem solução faz duas décadas, e como se atava tudo. Recostei-me na cadeira e dava minha opinião cada certo tempo. A maioria das vezes foi durante seus equívocos em algumas costure. Dava-me conta que poderia ter um brilhante futuro como oficial de correções, indo e corrigindo às pessoas ao equivocar-se. Perguntei-me quanto pagavam.

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Não menos que agonizantes três horas5mais tarde, separamo-nos. depois de

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tudo, ainda tinha que entregar minha prova litográfica, mas isso teria que esperar até

1.jpg 2.jpg amanhã. Fiz meu melhor intento para me mesclar no fundo para me escapulir sem ser notada. O grupo ainda seguia falando do caso. O fiscal do distrito tinha um dia de campo. Dois casos grandes como que resolveram em um dia. E o capit{n… —Fez-o de novo. Girei-me para ver o capitão de pé justo fora da sala de conferências. me olhando fixamente com uma perfeita postura. Como um robô assassino de uma história do Isaac Asimov. —E o fez quando não estava olhando. —Caminhou para mim. Pensei em correr, mas me dava conta que me faria parecer mais culpado. De algo. Não sei do que. —Terei que tentar mais duro a próxima vez —disse, detendo-se frente a mim. —Foi pelo tio Bob e o Oficial Pierce —disse, tentando me manter assine. Mas, levantando o olhar para ele de uma distância tão perto era como olhar um arranha-céu. Assentiu e examinou a sala. Cada oficial no lugar falava de nosso caso, seus movimentos exagerados, seu entusiasmo contagioso. Claramente, o capitão tinha sido imunizado contra tais enganos. Sua expressão só dizia uma coisa: moléstia. Tinha perdido o rumo deste caso. —Em outro momento, então —disse. deu-se a volta, seus movimentos 3 bruscos, sua execução definida, e se dirigiu de retorno a seu escritório. 6

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Não pude evitá-lo. Saí antes de poder me deter. Recentemente, havia estado em um asilo. Possivelmente me contagiei de demência: juntei meus tornozelos e fiz o saúdo Hitler. Justo quando se volteava para dizer algo. Quando seu olhar aterrissou em mim, quebrado além da crença, fiquei de pé, paralisada. Logo, baixei meus dedos exceto o índice. —Olhe —pinjente, apontando à parede detrás dele—, não há câmara aí. Mas têm uma ali. —Estendi meu braço, cotovelo e dedos rígidos, a um metro da direita—. Vê, aí há uma câmara. De qualquer maneira, essa câmara não consegue gravar tudo o que acontece este — Indiquei ao lado oposto da sala com meu braço esquerdo—, lado da sala. — Baixei meus braços—. Sinto que as medidas de segurança não são o que deveriam ser, Capitão. —Não diga Jack. Não diga Jack. Não diga Jack.

1.jpg 2.jpg Sua boca se transformou em um sorriso reta que cruzou seu rosto. volteou-se e foi sem revelar o que ia dizer. Maravilhoso. Agora estarei curiosa todo o dia. Nem tanto, mas mesmo assim. Meu velho ami-inimigo, David Taft, se Rio detrás de mim. Literalmente. —O juro, Davidson, assegura-te como fazer amigos e influenciar às pessoas. Volteei-me enquanto se apoiava em seu escritório. —Se não ser cuidadoso, o direi a sua irmã que está saindo com essa garota do Poughkeepsie de novo. Ficando sério, dirigiu um olhar preocupado sobre seu ombro. —Não o estou. Como soube isso?

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Com um sorriso alagado em sacarina, lhe pisquei os olhos o olho e pinjente—: Não sabia. Fechou os olhos e baixou envergonhado a cabeça. Estalei a língua. —Cai com isso cada vez. Gemma entrou na estação enquanto eu saía, provavelmente para ver seu homem. O pensamento me alegrou. Não saía muito, atrativa que era. Necessitava uma distração de sua miserável e solitária vida antes que recolhesse gatos guias de ruas. Wyatt a viu e se dirigiu em nossa direção. Ver suas cicatrizes me fazia me perguntar sobre meu pequeno duendecillo, Faith Ingalls. Enviou-me diretamente a ele. Como pôde possivelmente ter sabido que esteve investigando o caso? Ou possivelmente não sabia. Provavelmente havia outra razão. Provavelmente foi a última pessoa que viu antes de morrer que tentou ajudá-la. Quem arriscou sua vida por salvá-la. E tinha que seguir me perguntando por que as mulheres seguiam em meu departamento. O que queriam ou necessitavam? —Preciso te pedir um favor —disse ao Wyatt quando chegou a nós e o deu a Gemma um doce sorriso. Possivelmente não queria fazer um grande problema frente aos meninos, portanto manteve sua saudação. —Dispara —disse. Gemma elevou sua sobrancelha com desconfiança. O que havia dito? Espera, o que diria? Em realidade, não poderia lhe dizer que devesse conhecer ao fantasma da garota que tentou salvar. Assim improvisei. —Necessito que revise 3 algo em minha casa. Tenho um grifo 6 que goteja. —OH, deus, era genial

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improvisando. Sua postura dizia “estou confundido”, mas seus olhos diziam “o que?” — Francamente, não reparo grifos que gotejam. —Por favor. Não te pedirei nada mais outra vez.

1.jpg 2.jpg —OH, não —disse Gemma em advertência—. Nem sequer cria isso. Terá-te pintando ou movendo caixas ou enterrar a seu vizinho antes de que saiba. Era como se não me conhecesse no absoluto. Nunca lhe pediria pintar.

Encontramo-nos em minha casa, e guiei ao Wyatt a minha sala de estar. Gemma sabia que Faith se encontrava em meu departamento, mas fazer as apresentações entre o Faith e Wyatt poderia resultar difícil. Então, de novo, tinha que achá-la primeiro. Não estava sob o senhor Wong. —Mmm… —disse, olhando ao redor—, a tubos com fuga não parece estar aqui. Provemos na habitação. Wyatt dirigiu um olhar indeciso a Gemma, logo me seguiu. —Sabe? Todos dizem que está louca. —Sério? Que estranho. Mas, que tal se formos com isso e o chamamos bom? —Funciona para mim. me agachando, comprovei sob a cama. Efetivamente, a pequena solesito jazia encurvada sob minha cama, seus grandes olhos azuis me olhando fixamente. Me 3 levantei. —Encontrei-a! —Logo, inclinei-me e lhe dava meu melhor sorriso de 6

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domingo— . Olá, preciosa —pinjente, oferecendo uma mão—. Traga para alguém para verte. afastou-se de mim, me olhando como se fora uma assassina. Demônios. E acreditei que fomos amigas. Ao menos Artemis era feliz de lombriga. E inclusive mais feliz que eu no piso. Lançou-me zarpazos, seu pequeno rabo virtualmente movendo-se com entusiasmo. Esfreguei suas orelhas e acariciei seu pescoço antes de deixá-la sobre a cama. —Terá que olhar por ti mesma. Quando Artemis entrou em matar, me atirando ao chão, gritei—: Está bem. Estou bem. —Wyatt rodeou a cama e olhou o que certamente luzia como um ataque de algum tipo. Tinha ao Artemis em uma chave e mordiscava sua orelha, mas me detive em um instante quando o vi, tentando tirar a de meu tão indiferente como pude. —Está aqui embaixo—lhe disse. Com sorte, deixaria passar meu comportamento como um efeito secundário de a loucura. Sorri e me volteei sobre meu estômago, mas Artemis saltou. Noventa quilogramas do Rottweiler voando caíram em minhas costas. O ar saiu de meus pulmões e gemi em agonia.

1.jpg 2.jpg Nisso, escutei uma risada. Suave. Lirica. Olhei sob a cama e pinjente com tensas 3 palavras—: Pensa que é gracioso, não?6

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Os indícios de um sorriso ampliaram sua boca. Tristemente, não obstante, tinha que tirar o Artemis de mim antes que perdesse a consciência. Envolvi um braço em sua cabeça e a fiz recostar-se a meu lado. —Quieta —sussurrei em seu ouvido. Choramingou, esperando muito para fingir cortar meu jugular. Os cães amam essa mierda. Não tendo outra opção, mordeu meu cabelo em seu lugar. Isso a manteria ocupada por um tempo. Com uma grande e poderosa sensação de dúvida, Wyatt se ajoelhou. Tomei seu mão e o empurrei ao chão comigo. Gemma riu e também se ajoelhou, curiosa. —Isto —digo a ele, apontando sob uma cama vazia—, é um pequeno furacão que se chama Faith. ficou quieto e suas emoções fraquejaram. Era muito para processar. Possivelmente, devi lhe haver advertido sobre toda a coisa de gente morta. Tratando de imaginá-lo do ponto de vista do Wyatt, olhei sob a cama. Quão único veria era a tanga vermelha que perdi faz um par de semanas e um pacote de um doce de manteiga de amendoim. —Sinto-o —pinjente—. Esqueci mencionar que vejo gente morta. Assentiu. Já que sua adrenalina não alertou nenhuma surpresa, tinha escutado os rumores. Não dos que via gente morta, mas sim era um aspirante psíquico louco que acreditava ver gente morta. Ao menos, não era uma completa surpresa. A verdadeira surpresa viria depois. Faith o viu. Viu as cicatrizes em seu rosto. Olhou seus olhos. Um instante depois, estava frente a nós. Endireitei-me e incitei ao Wyatt a sentar-se com uma mão em seu ombro. Faith 3 balançou-se sobre seus talões, inclinada 6 frente a nós, mas ao menos havia

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saído de debaixo da cama. —Ela guiou a ti, Wyatt —disse quando seu olhar observava cada sombra, cada fibra de pó no ar, tratando de ver o que seus olhos simplesmente não percebiam. Faith se paveó para frente, centímetro a centímetro até que conseguiu chegar e tocar seu rosto. Fiz um gesto para ele. — Seu nome é Wyatt. Não me olhou imediatamente, entretanto assentiu em reconhecimento. Era o primeira olhada de comunicação real que tinha dela. Agora estávamos chegando a algum lado. Levantando sua mão, tocou seu rosto.

1.jpg 2.jpg —Reconhece-te. —Quando seus dedos roçaram por seu rosto, ele retrocedeu—. Só fica aquieto —pinjente, animando-o—. Está tocando seu rosto. Suas cicatrizes. Assentiu e ficou quieto enquanto ela roçava seus dedos por sua mandíbula, por sua bochecha e sua boca. O seu foi o último rosto amável que viu. —Acredito que quer verte, saber que está bem. Fiz um gesto de novo, mas usei minha voz para que ambos escutassem o que pinjente. Ela poderia escutar agora. Esse não era o problema; o problema seria mentir no fato que não sabia falar em espanhol. —Seu nome é Faith? —perguntei. Levantou seu ombro a sua bochecha com acanhamento, e assentiu. Logo, levantou seu 3 dedo indicador, imperciptiblemente, e apontou ao Wyatt. —Meu amigo —disse, 6

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seus gestos em meros sussurros em suas mãos. Lágrimas emergiram tão rápido de meus olhos que não pude as deter. —Sim — pinjente, aplaudindo o ombro do Wyatt—. É seu amigo. E a contenção se rompeu. Os ombros do Wyatt tremiam enquanto tratava de reprimir o arroio de emoção. Passou seus dedos por seus olhos, e Gemma se ajoelhou a seu lado. —Está bem, céu —disse, sovando suas costas. Sem tirar sua mão, Wyatt disse—: Pode lhe dizer quanto lamento lhe haver falhado? Não estive de acordo, mas assenti e repeti sua mensagem a ela. —Falhado? —perguntou, seus pequenos dedos deslizando-se sobre sua palma— . Ele tentou me salvar. —Sei, mas sente que te falhou. Como se sua morte fosse sua culpa. Acariciou sua bochecha com sua mão esquerda e o assinalou com sua direita. —Está equivocado. Morri por culpa do Senhor Ou.

Finalmente, tenho um nome. Ou a inicial que representava o nome de Ussery. E tínhamos razão. Não é que tivesse alguma dúvida, mas a confirmação era muito boa. —Pensava em seu rosto —continuou—. Seu rosto me faz sentir feliz. —Diz que está equivocado —disse ao Wyatt—. Não falhou. E seu rosto a 3 faz feliz. 6

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Assentiu. Era tudo o que podia fazer.

1.jpg 2.jpg —Recorda o que aconteceu? Mas a perdi. Artemis tinha seu sentido de rastreamento e me passou e pôs seu nariz pelo pé do Faith. Ela riu e se inclinou para acariciá-la. —Eu gosto dos cães — disse. Artemis absorveu a atenção como um esponja seca em uma piscina. Seu pequeno rabo se moveu e rodou sobre seu estômago, me tirando do caminho com seu traseiro. Esse foi o agradecimento que consegui. Fizemos progressos hoje. Gigantes progressos. Com sorte poderia lhe falar mais, convencê-la para cruzar, estar com sua família.

As mulheres não se foram a nenhuma parte, mas tinham trocado. Se tinham acalmado, menos erráticas, menos frenéticas. Mas ainda seguiam olhando ao espaço, seus olhares vazios como se estivessem perdidas. Não sabia como as ajudar. E de verdade queria fazê-lo. Passaria mais tempo antes de que Reis chegasse de trabalhar. Inclusive pensar isso se sentia estranho. Reis trabalhando. Ganhando-a vida. Sobrevivendo em meu mundo. Fazendo-o real. Primeiro tinha que arrumar as coisas com o Rocket e Blue. Só então poderia averiguar do Rocket sugestões para ajudar às mulheres de meu departamento 3 e 6

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ter respostas a respeito de Reis, por que o nome de meu homem estava em seu parede da morte. Enquanto conduzia ao manicômio, outro pensamento apareceu. Passou. Mas me dava conta que havia resolvido um caso sem quase morrer. Sem ter sido golpeada sem sentido ou detida através de um vidro quebrado. Essa mierda emprestava. Mas o havia feito. As coisas estavam melhorando. Endireitei meus ombros e deixei que o orgulho se deslizasse por minha garganta por quase sete segundos antes de que outro pensamento se estrelasse em minha cabeça. Acabava de tentar ao destino. Ao pensar no primeiro pensamento, possivelmente enfeitiçaria a meu mesma. Tivesse atirado a precaução ao vento, maldita seja meu orgulho. Mas o tinha feito. Sem dúvidas. Assim quando um grande veículo chocou contra a porta do condutor do Misery, o estrepitoso som do metal estrelando-se e desmoronando-se, mim último pensamento enquanto a escuridão chegava foi: Honestamente, é como se não me conhecesse no absoluto.

1.jpg 2.jpg 19 Traduzido pela Sofía Belikov Corrigido pela Alessa Masllentyle

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Nunca subestime o poder de uma mulher com um subidón de um expresso dobro com um mocha latte. (Camiseta)

Despertei em total escuridão ante o zumbido de um motor. Logo, dava-me conta de que havia luzes na distância. Imaginei que deveria caminhar para elas. Parecia o correto. Mas minhas pernas não se moveram. Tampouco minhas mãos. Estava paralisada! Ou atada. Provavelmente atada. Uma caminhonete me golpeou! As lembranças retornaram. Uma grande caminhonete, não, um todoterreno, se aproximava rapidamente para mim, logo um ralo, logo o emblema nesse ralo proclamando-a como uma caminhonete GMC enquanto se aproximava mais e mais, tão rápido que não tive tempo de pensar. De levantar meu guarda. De deter o tempo. Necessitava tanto controlar meus poderes. Sério, podia deter o tempo ou não? Parecia que podia me defender só quando meus sentidos estavam em alerta máxima. Com a pistola do Cookie no bar. Com a ira que Reis sentia para Garrett no apartamento. Tinha estado consciente. Sabia que algo mau estava a ponto de acontecer. Mas ser apanhada por surpresa era como, bom, ser apanhada por surpresa. Essa caminhonete saiu de um nada, dali o término.

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O mundo girava e minha cabeça pulsava, me deixando saber que não 7

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apreciava para nada a colisão. Provavelmente tinha uma comoção cerebral. Tinha tido mais comoções cerebrais que um defesa da NFL. Um dano cerebral permanente parecia cada vez mais e mais provável. Pobre Barbara. Não a merecia. Merecia estar

1.jpg 2.jpg no crânio de alguém mais. Alguém com dois dedos de frente que não pendurasse uma cenoura em frente do perigo e dissesse: nah-nah-nah-nah-naaaah-nah. Lentamente, uma sensação se deslizou por minhas extremidades. Minhas mãos se achavam atadas detrás de minhas costas, meus tornozelos atados juntos. Além disso, me sentia bastante cômoda. O assento traseiro desta coisa era bastante amplo. Dava-me conta de que as luzes que tinha visto pertenciam ao tabuleiro de meu seqüestrador. Estávamos conduzindo, e desde que não via luzes ao redor, provavelmente já não nos encontrávamos na cidade. Tratei de ver o condutor através da neblina. Caucásico com curto cabelo loiro. Levava as mangas arregaçadas, e vi uma tatuagem de uma bola oito em seu antebraço. Cabelo loiro e o número oito. Filho de puta, ia morrer debaixo desse ponte. Nicolette me tinha visto. —Pediu-me o divórcio. Meu seqüestrador sabia que me encontrava acordada. Tratei duramente de sair da neblina, mas minha visão não se esclarecia. O mundo seguia inclinando-se à direita. Sentia-me bêbada e começava a me perguntar se me tinha drogado como o fez com a Kim.

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—Todos meus planos, todo meu esforço, 7 não valem nada. Agora não posso

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matar a essa cadela. Seria o primeiro suspeito. Todos saberiam. Sim! Tinha dado no prego! Era uma perita em entender coisas. Idéias, mulheres, homens com baixa auto-estima. Se podia ser entendido, eu poderia entendê-lo. Provavelmente deveria trocar meu nome a Entendedora. Sabia que ele era o tipo de homem que ia atrás do dinheiro do seguro. Talvez realmente era uma psíquica. Coisas estranhas tinham passado. —Não tinha nenhuma prova de que eu tivesse dormido com outra mulher.

—E disse isso a ela —disse. Minhas palavras saíram em um apuro, e notei que meu mandíbula não trabalhava bem. Doía um montão. E meu ombro. Santo céu—. Lhe disse que não tínhamos provas reais de que estivesse enganando-a. —OH, estou seguro de que lutou por mim. Tratei de rodar sobre meu flanco e logo sobre minhas costas. Meu ombro esquerdo se sentia deslocado. Inclusive com o mundo girando devido ao movimento e meu estômago cambaleando-se, arrumei-me isso para aliviar um pouco a dor. Uma calidez correu por minha têmpora e bochecha, e me dava conta de que estava sangrando. Ja! Estava ensangüentando todo o todoterreno do Marv. Essa coisa não sairia. Ao menos haveria evidência forense.

1.jpg 2.jpg —Assim imaginei que se não podia matá-la, mataria a ti. Ninguém faria essa conexão.

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Fariam-no quando utilizassem luminol13. 7 E claramente estava esquecendo a

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parte em que atacou a meu assistente em uma habitação cheia de policiais fora de serviço. por que ninguém recordava isso? 13 Detecta traçados de sangue. Fechei fortemente os olhos para deter os enjôos e me concentrar, mas Angel não se apresentou. Sempre aparecia quando o necessitava. Só que não podia me concentrar, não podia ordenar meus pensamentos. Chegavam-me muito rápido e se achavam fraturados, quebrados e em pedaços. —por que estava nesta ponte? —perguntou—. Como sabia dele? Jogou-me uma olhada, mas se encontrava envolto pela escuridão. Via seu aura. Tinha apanhado brilhos das auras de algumas pessoas antes, mas isto era diferente. a do Marv era turva. Malvada. Simples e simplesmente, sua aura era malvada. Rodeava-o, consumia-o. Não sentia nenhum remorso pelas coisas que fez para conseguir o que queria. Se isto não terminava bem, ao menos tinha salvado a vida de uma mulher. Ele tinha todas as intenções de matar a sua esposa para conseguir o dinheiro do seguro. requeria-se ser um imenso bode para fazer algo assim. Para ser capaz de convencer a uma mulher de que a amava, para convencer a sua família de que a amava, que era um amoroso e devoto marido, enquanto que todo o tempo planejava sua morte. Se só tivesse podido mantê-lo em suas calças, Valerie Tidwell nunca me teria chamado. —Uma garota morta me disse isso —pinjente, respondendo sua pergunta finalmente—, só que ela não estava morta. —Você está a ponto de está-lo. Isso é tudo o que importa. Já não podia suportar o movimento. A dor se deslizava através por mim 3 ombro, costelas e quadril, e tinha a horrível sensação de que minha perna 7

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estava rota. E se não o estava, tinha um montão de explicações que fazer. me pulverizar com tal quantidade de dor por nada não era aceitável. Mas o movimento era pior. Marv se meteu por um rigoroso caminho e estacionou repentinamente o todoterreno, lhe dando a meu ombro deslocado um bom puxão. —O que me deu? —perguntei. —Um sándwich do GMC. —voltou-se e me olhou fixamente—. Como lhe atreve a interferir em algo que não é de sua incumbência?

1.jpg 2.jpg —É meu trabalho —disse, mas não me escutou. Saiu, abriu minha porta, e atirou de minhas pernas até que caí na terra. Minha cabeça golpeou o bordo na queda, e Barbara gritou em protesto. Apoiava-a. Tratei de me concentrar nos arredores, mas era difícil quando ditos arredores eram parte do carrossel. A única coisa que puderam captar meus olhos foi a ponte. O velho e deteriorada ponte que estava acostumado a ser uma via férrea que já não era utilizada. —Está a ponto de ter uma desagradável queda —disse, tratando duramente de sonar engenhoso—. Mas a causa de morte provavelmente será por estrangulamento. Agarrou meu braço, graças a Deus o que não estava deslocado, e me arrastou até me pôr de pé junto ao pendente. Logo, lançou-me sobre uma das vias e ao longo dos fitas de seda de madeira da ponte até que nos encontrávamos de pé 3 sobre a rodovia. Não era assim de 7alta. A queda provavelmente não me

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mataria. Só doeria o bastante. Era um total idiota. Perdi todo o respeito que lhe tinha. —Não se preocupe —disse—, não será meu primeira. Tinha matado antes. O que não era muito tranqüilizador—. Meu melhor amigo morreu nesta ponte. Todos acreditaram que foi um acidente. É incrível o que a gente pode chegar a acreditar. Só caiu quando uma caminhonete se aproximava? Que idiotas. Seu melhor amigo. Tinha um estranho conceito de amizade. Empurrou-me sobre meu estômago e se sentou a horcajas sobre mim. A seguinte coisa que escutei foi uma rasgadura. Rompeu a parte traseira de minha camiseta, e o te vigorizem ire noturno se deslizou por minha pele. Logo, envolveu um braço a mim ao redor e desabotoou meu jeans. Desabotoou-os. E atirou deles e minha roupa interior para meus tornozelos. Quando o escutei tirar-se seu cinturão, fechei os olhos apertadamente e tratei de me concentrar de novo. Tratei de convocar ao Angel. Mas antes de que pudesse pensar muito, um estalo cortou o ar enquanto couro e metal açoitavam meu costas. Ofeguei ante a dor. Ofeguei de novo quando o cinturão golpeou minhas nádegas e coxas. Estava me açoitando com a fivela, o bicudo metal cortando minha pele. Uma e outra vez. Não pude evitá-lo. Gritei, mas isso só pareceu incrementar seu ardor. Seu prazer pela crueldade. O único que me salvava era que cada golpe deixava evidência forense. Mas isso não ajudava cada vez que o metal destroçava meu pele. Meu corpo se encolhia com cada chicotada. Um espasmo corria através de mim cada vez que o metal me golpeava. Apertei os dentes, tratando de respirar a través da dor. O mundo girava.

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1.jpg 2.jpg A dor me paralisava. E a surra continuava. Justo quando pensava que perderia a consciência, deteve-se. Tirou-me da posição fetal em que me tinha enroscado e se sentou escarranchado em minhas costas de novo, sua boca em meu pescoço, sua virilha em meu traseiro. —Crie que é muito melhor que eu. Não tem nem idéia do que sou capaz. Girou-me sobre minhas costas, a áspera madeira cortando minhas frescas feridas, e começou a desabotoar seu jeans. A incredulidade me golpeou tão duro, que uma onda de enjôo me encheu. Não. Sacudi a cabeça. De maneira nenhuma. Sem violação. Sem violação. Havia sido apunhalada. Tão profundamente que a faca raspou meu osso. Tinha sido arrastada pelo cabelo, e me tinha quebrado o pescoço. Mas em todos os anos nos que me encontrava nas piores situações possíveis, nunca fui violada. E não o seria. Não podia ser violada. Era o anjo da morte, Por Deus santo, mas ainda não podia esclarecer minha cabeça o suficiente para invocar ao Angel ou a Reis. Eles não tinham nem idéia de que me encontrava em problemas. Talvez o machuco em minha cabeça estava me bloqueando de alguma forma. Assim utilizei a segunda melhor coisa. Meus poderes femininos. Com uma fera determinação, o tirei de balanço. Caiu junto a mim, e me inclinei sobre ele tão rápido como podia, 3 enterrando meus dentes em seu pescoço. 7 Com a adrenalina correndo através

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de meus veias, enterrei-os ainda mais forte e me recusei a soltá-lo. Ia por seu nariz, mas se achava fora de alcance, assim que seu pescoço teria que funcionar. Uivou de dor e me empurrou até me tirar de cima. Felizmente, a metade mais baixa da ponte tinha uma grade também feita de metal. Choquei contra ele e caí sobre meu rosto, mas me retorci até que me encontrava de costas de novo. —Filha de puta —disse, a ira enchendo-o completamente, sua aura agitada com uma turva escuridão. Agarrando seu pescoço, levantou-se rapidamente e carregou para diante. Chutei com ambas as pernas, uma aguda dor disparando-se através de mim ante o contato. Voou para trás e tropeçou com os fitas de seda de madeira da ponte, golpeando sua cabeça com um parafuso da ancoragem—. Joder! —agarrou-se a cabeça, pressionando os dedos contra seu pescoço e se deteve por um momento, dobrado por a dor—. Você, jodida cadela. —Olhou-me furiosamente. Logo, com a mandíbula esticada, cambaleou-se pela ponte para o todoterreno. Permaneci entre a grade e uma via férrea, ofegando, os jeans em meus tornozelos e apenas capaz de me mover. O mundo girava a uma velocidade endiabrada

1.jpg 2.jpg enquanto esperava para ver o que seria quão seguinte faria. Lançaria-me pelo ponte? Estrangularia-me como prometeu? Apunhalaria-me ou golpearia com seu barreta? Sentia-me como se a ponte estivesse inclinando-se e estivesse a ponto de cair com meu jeans baixados e a camiseta aberta quase completamente.

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Rodei ligeiramente, tratando de me levantar, mas tudo doía, assim que me rendi e rodei de costas contra a rugosa madeira. As ancoragens de metal em cima de mim eram formosos, intrincados, como um tecido de aranha brilhando na noite, girando com as estrelas, apagados. Um movimento chamou minha atenção, e vi o Faith. A pequena Faith, quem se encontrava debaixo de minha cama, observando morrer. Era uma das ancoragens de metal sobre mim, me olhando, sua expressão cheia de ligeira curiosidade. Não ouvi nada por um comprido tempo. O que provavelmente significava que estava em um montão de problemas, mas só estava feliz de me haver liberado dele por um minuto. Desejaria poder haverfeito gestos ao Faith. Marv caminhou até que se abateu sobre mim. Poderia ter estado balançando-se, mas o mais provável era que o via assim porque não podia ver bem. Tinha remendado seu pescoço com um trapo, como o que os mecânicos usavam. —Não deveria ter feito isso. Como se nunca tivesse escutado isso antes. Então, tirou um maçarico de mão. Como os que os mecânicos usavam. E sabia que minha vida estava a ponto de ficar muito pior.

—Vejamos quanto você gosta de —disse, atirando do gatilho no pequeno maçarico até que a ponta emitiu uma chama azulada. Fez um ligeiro som, como o baixo 3 zumbido de uma fuga de gás. Com 7 um hirviente odeio cintilando em seus

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olhos, se ajoelhou junto a mim. A E em meu entrepierna chamou sua atenção e se deteve. Ainda o pensava. Levantei o olhar para o Faith de novo, mas já se foi. Não, não o fazia. Olhei a minha esquerda. encontrava-se junto a mim, me olhando com um silencioso pavor, seu queixo tremendo. Não podia permitir que visse isto. Chama-a do maçarico deixou mechas azuis no ar. Não podia estabilizar meu mundo, mas não podia permitir que Faith visse isto. —Se estendesse as pernas, apagaria a lanterna e desfrutaríamos de do resto de sua vida juntos.

1.jpg 2.jpg —Preferiria que me queimasse, obrigado. —Grandes palavras para alguém que sentia-se tão assustada e que se achava molesta consigo mesma, mas lhe dar a satisfação de ver o terror em meu interior era mais do que podia suportar nesse momento. É obvio, uma vez que essa chama queimasse um bonito patrão em meu pele, provavelmente trocaria de parecer. —Que mau. —Baixou o maçarico. Chama-a morreu ao minuto em que soltou o gatilho. Logo se levantou de novo, tomou algo mais, e retornou—. Poderia haver vivido outra hora ou dois. Tomou uma lata vermelha de gás em suas mãos e o sacudiu, me empapando com o frio líquido. O que era irônico, desde que estava a ponto de me queimar viva. Maldita seja. Nicolette não disse nada sobre ser queimada até a morte. Me 3 enrosquei em um novelo e tratei de apartar meu rosto, de manter o líquido fora 7

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de meus olhos. Picou quando golpeou a pele em minhas costas e nádegas, e gritei através dos dentes apertados e a boca fechada. Pôs o bote de gás no chão e agarrou o maçarico de novo. Acendeu-o com um puxão do gatilho. aproximou-se, ajoelhando-se. Sempre me tinha perguntado, valentemente, o que se sentiria ser queimada até a morte. Tinha visto pessoas queimar-se a si mesmos na televisão. O ato me horrorizava. arrependiam-se uma vez que o fogo começava? Queria me desculpar com o Faith, mas minhas mãos ainda se encontravam atadas perfeitamente em minhas costas. Não tinha idéia do que tinha usado, mas não podia me liberar dele. O maçarico se aproximou e os olhos do Faith se ampliaram até que a via través de muito fogo enquanto explorava em chamas.

1.jpg 2.jpg 20 Traduzido por Val_17 Corrigido pelo Aimetz

Vim a este mundo coberta do sangue de outra pessoa e gritando. Não tenho medo de deixar o da mesma maneira. (Camiseta)

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Não. Isto não ia acontecer. Ainda tinha um montão de mierda por fazer. Recolhi as poucas forças que tinha, deixei que se formassem redemoinhos e construíram dentro de mim, logo o enviei para tragar o calor como um dragão. Absorvi o fogo, respirei-o, deleitei-me enquanto empapava cada centímetro de meu corpo. Tão rápido como o fogo se acendeu, extinguiu-se muito mais rápido. Pensei esperando a reação do Tidwell, observando para ver se sua expressão era mais de surpresa ou raiva assassina. Mas supus que enquanto eu estivesse aqui, terminaria o trabalho que tinha começado. Estendi-me de algum lugar profundo, agarrei ambos lados de sua cabeça, e retorci. Seu pescoço estalou antes de que se desse conta que tinha extinto o fogo, e se deixou cair com força, sua cara se chocando contra a via do trem e ricocheteando até que se assentou em um montão de carne sem vida e sangue. Isto faria dois homens que tinha matado. Dois homens que enviei ao inferno. O pai de Reis estaria orgulhoso. Faith saltou para frente e envolveu seus pequenos braços ao redor de meu pescoço. Quase me ri, mas a carne e o sangue havia tornado, e a dor havia penetrado até o último rincão de meu corpo. E minhas calças descendiam. Mas meu coração pulsava. Meu sangue pulsava. Sem lugar a dúvidas, estava viva. Logo pela tarde, golpeou-me. Nunca tinha estado tão perto da morte, bom, por mim, antes. Meus olhos ardiam pela emoção e a gasolina, e enterrei minha cara no 3 emaranhado e enlameado cabelo do Faith. 8 Mas ainda estava atada e as

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1.jpg 2.jpg ataduras cortavam minhas bonecas. Se não o conhecesse melhor, teria jurado que utilizou algum tipo de cabo de aço. Assim aí fiquei, meia nua e atada. Podia romper o pescoço de um homem, mas não podia me desatar. Não me atrevi a convocar ao Angel, se isso ainda fora possível. Sempre quis lombriga nua, mas não assim. Lombriga assim lhe incomodaria durante muito tempo. E tampouco queria convocar a Reis. Nem sequer sabia se podia. Certamente não queria ao Cookie ou Gemma aqui. Nunca o superariam. Não, o único que podia deixar que me visse desta maneira era ao tio Bob. Tínhamos um acordo, e ele seria capaz de viver me vendo assim de uma maneira em que os outros não poderiam. Entendia os perigos do trabalho. Vivia com esse conhecimento cada dia. Senti a sensação de meu telefone em meu bolso dianteiro, mais que um pouco surpreendida de que Tidwell não o tivesse tomado. Com o Faith aferrando-se a meu pescoço, torci minhas mãos atadas, atirando de um braço sobre minhas costas como uma contorcionista, até que pude recolhê-lo. Meu ombro deslocado protestou. A dor percorreu-me até que quase gritei, mas o bloqué, o telefone com o polegar e o dedo índice e atirei. Olhando por cima de meu quadril, logo que podia ver além de Perigo e Will. Sustentei-o cuidadosamente em minhas mãos trementes, assustada de deixá-lo cair nos trilhos da ferrovia à estrada de abaixo. Então, girei meu cabeça até que pude ver a tela. Estava rota, mas o telefone ainda parecia funcionar. Faith se sentou de novo, mantendo o equilíbrio sobre seus dedos de os pés, como gostava de fazer, e manteve uma mão sobre minha cabeça como para 3 me fazer saber que seguia ali. 8

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O mundo se desacelerou, mas a vista ainda era imprecisa, minha posição seguia sendo o suficiente retorcida para fazer difícil encontrar ao tio Bob em meus contatos. Em uma escala de um a “pelo amor disto deus é difícil,” darialhe um doze. Desloquei-me no que parecia as T e encontrei seu nome ao final. Logo, depois de tratar de limpar meus olhos com minha apenas camiseta, pressionei seu número, deixei cair o telefone sobre um trilho, e me movi quando pude ouvi-lo. —Charley —disse quando finalmente estive em posição—, marcou-me sem querer outra vez? Sua voz provocou que uma quebra de onda de alívio se precipitasse sobre mim. —Tio Bob —pinjente, minha voz quebrada e débil. —Charley, onde está? —Agora se encontrava em estado de alerta, mas comecei a chorar. Apoiei a cabeça contra o trilho de metal e pinjente—: Necessito… —Minha voz se quebrou, e tomou um segundo me recuperar—. Necessito que venha a me buscar. —Estou em caminho. Onde está, calabacita?

1.jpg 2.jpg —Na ponte —disse, meu fôlego capturado em meu peito—. Mas só você, de acordo? Vêem sozinho. Faith acariciava meu cabelo enquanto tratava de permanecer consciente, os vapores do gás me pondo ainda mais enjoada. —Está ferida? —perguntou, e o ouvi acender o motor no fundo.

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—Matei a um homem —respondi, justo antes de cair na escuridão. Durante os seguintes vinte minutos, despertei a intervalos. Este tinha que ser o caminho menos percurso de tudo Novo o México. Podia ver entre os trilhos, mas o único carro que vi passar por debaixo de mim foi um Pinto vermelho descolorido com um galinheiro na parte superior. As outras vezes despertei com o som dos grilos ou as asas das aves roçando-se por cima. —Charley, me fale! Pisquei, tratei de esclarecer minha mente. Tio Bob ainda se encontrava no telefone, me gritando. —Está bem. —Chamei um carro patrulha para me encontrar ali. A vergonha me consumiu tão rápido como as chamas. Minhas calças estavam abaixo. Isso era tudo no que podia pensar. Minhas calças abaixo. — Só você —pinjente outra vez, lhe suplicando. —Chegarei primeiro. O que seja que aconteceu, ocuparemo-nos disso juntos. Mas preciso saber, tenho que chamar uma ambulância? —Não. Estou bem. —Quase estou aí. Posso ver a ponte. Pode ver minhas luzes? Dava-me a volta e quase gritei de dor. —Sim —disse. —O que? Charley, onde está? Tive que suportar outra tiragem para chegar de novo ao telefone. —Estou aqui. Posso ver as luzes dianteiras. —Caminhonete negra GMC —disse, recordando mim encontro anterior com o mesmo automóvel exato—. Onde está? —deslizou-se a uma parada e estava 3 correndo agora. 8

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—Estou na ponte. Sua seguinte palavra foi só um sussurro. —Charley —disse. Tomou um momento, mas seus passos se reiniciaram.

1.jpg 2.jpg E a vergonha me envolveu de novo. Faith tinha tomado posse de seu carrego no reforço enquanto tio Bob corria para mim, com sua arma. Primeiro comprovou o pulso do Tidwell. Ao não encontrar nenhum, embainhou a arma e se ajoelhou a meu lado. —meu deus, carinho, o que te fez? —Estava realmente louco. Lutou por conseguir desfazer as ataduras. Luzes brilhavam na distância. O carro patrulha se aproximava. —Por favor, date pressa —disse, a mortificação assentando-se. —Tenho-o. —Tirou o arame de metal de minhas bonecas e ajudou a me pôr de pé para que pudesse subir as calças. Também tinha que me ajudar com isso, com cuidado pôs minha roupa interior em seu lugar, logo meus calças enquanto quentes lágrimas de humilhação se deslizavam por minha cara. —Suas costas —disse, mas neguei com a cabeça. —Meu ombro dói mais. —por que cheira a gasolina? —Mas viu o maçarico quase no momento em que o disse. Um grito afogado lhe escapou ao dar-se conta o que estava vendo. —Está deslocado. Pode-o arrumar?

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—O que? Não, carinho. —Por favor —disse enquanto a patrulha se detinha ao lado da caminhonete do tio Bob—. Vi que o fez a esse outro policial uma vez. Sei que sabe como. —Carinho, não tem idéia de que tipo de dano te tem feito. —Por favor. —Está bem, te apóie no corrimão. —Detetive? —disse o policial por debaixo de nós. Não o conhecia. —Aqui acima, oficial. Necessito que consiga ao médico forense aqui, assim como a alguns de seus amigos mais próximos. —Sim, senhor —disse. Enfocou sua lanterna em mim—. Deveria chamar uma ambulância? —vamos necessitar uma, sim, depois de que o médico forense saia daqui. —O que tem que ela? —Não —sussurrei—. Estou bem. Só quero ir a casa.

1.jpg 2.jpg —Estamos bem. Só consegue ao forense. —Sim, senhor. —Está preparada? —perguntou. —Sim. —Está bem, vamos tomar isto suave e devagar. Só te relaxe.

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Tomou meu braço, girou-o para fora, logo atirou lentamente até que meu ombro apareceu novamente em seu lugar. Um espasmo agudo se disparou através de mim, e logo alívio. Foi instantâneo, mas com essa dor fora, que se encontrava em minha perna se magnificou. —Bem, agora meus tornozelos. Pôs sua jaqueta sobre meus ombros, logo me levou de novo ao chão e se ajoelhou frente a mim. Tomou mais tempo conseguir tirar o grosso arame de meus tornozelos, e ainda estava enjoada, assim que aferrei a um corrimão enquanto ele trabalhava. —Charley, ele… —Passou a mão por sua cara, e logo sustentou meu queixo— . Violou-te? Surpreendeu-me um pouco que este detetive experiente utilizasse esse linguagem arcaica para um ato tão atroz. —Não —disse, meu fôlego apanhado—. O tentou, mas não chegou muito longe. Tio Bob soltou uma lenta respiração. —Charley, que demônios? Mas tinha tido suficiente de ser a dura Charley. A dura Charley se ia de férias. Estava disposta a ser a menina que ele tinha ensinado a andar em bicicleta. A que levou a pescar todos os verões. A que lhe tinha ensinado sobre sexo, mas isso não era realmente sua culpa. Tinha aplainado seu esconderijo porno quando tinha dez anos. Lancei-me para frente e envolvi meus braços ao redor de seu pescoço. Embalou minha cabeça, provavelmente assustado de que estivesse ferida, e a sustentou como se sua vida dependesse disso. —Senhor? —disse o oficial. Tinha subido à ponte e nos estava esperando— 3 . O forense estará em um par de horas, 8 mas a ambulância está em caminho.

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Posso lhe trazer algo? —Não. Obrigado, oficial. Se pudesse fechar esta área, agradeceria-lhe isso. —Sim, senhor. Baixou seu olhar para mim. —Isto pode doer —disse, com uma expressão enche de pesar.

1.jpg 2.jpg —Está bem. —Mantive meus braços envoltos ao redor de seu pescoço. Tão brandamente como pôde, o tio Bob me levantou em seus braços e me levou até sua caminhonete. O oficial se apressou a nos ajudar e nos assistiu manobrando pela levantada pendente estrada abaixo. —Está rota sua perna? —perguntou depois de que me instalou no assento do passageiro. —Não sei. Dói. Mas quero ir a casa. —Bem, depois que o médico te comprove. Quem era esse tipo? —O menino no bar da outra noite. que deu uma cotovelada ao Cookie. Chocou-se contra mim —pinjente enquanto minhas pálpebras se fechavam—. ia matar a seu esposa.

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O resto da noite foi um borrão. Tio Bob 8queria chamar o Cookie, mas me

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neguei a que despertasse. Ela estaria lívida amanhã, mas o superaria. Sempre o fazia. O médico seguia insistindo em que fora ao hospital, mas me neguei, inclusive quando o tio Bob ameaçou me prendendo. Tinha que lhe recordar que eu não era como as outras garotas no parque. Sanaria em questão de dias. Ele queria radiografias da perna, mas tinha a sensação de que se realmente estivesse rota, não poderia ter posto meu peso sobre ela. Assim tomou fotos de minhas costas e outras lesões para sua declaração, e logo me levou a casa. O tipo incluso me levou por dois lances de escadas. Provavelmente teria que deixar de lhe dar momentos difíceis por um tempo. Talvez um dia ou dois. Quando lhe perguntei sobre o Misery, negou com a cabeça. Meu Misery. O que faria eu sem ela? Assim, golpeada e despojada, me acurruqué em minha cama com uma Faith muito preocupada com debaixo e um Reis muito zangado sentado no chão a seu lado, com as costas apoiada contra a parede, as pernas encolhidas, braços atirados sobre seus joelhos, e seus olhos olhando cada movimento que fazia. Cada fôlego que tomava. Tinha-nos escutado chegar e esteve em minha porta em um instante. Olhou ao Ubie, mas meu tio, sendo o homem valente que era, não lhe importou. Parecia aliviado de ter a alguém me vigiando, já que insisti em que fora a casa e descansasse um pouco. E embora queria uma ducha mais do que queria minha próxima taça de café, simplesmente não pude dirigi-lo. Não tinha a energia. E tinha medo de que doesse. 3 Assim amanhã meus lençóis cheirariam 8 a gasolina apesar de que a maior

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parte-se

1.jpg 2.jpg tinha queimado, e toda a habitação teria um chamuscado e rangente aroma por isso. Podia sentir a ira de Reis, uma raiva ao vermelho vivo que fervia a fogo lento justo sob sua superfície de aço. Provavelmente queria romper a coluna vertebral do Tidwell. Certamente tinha minha permissão, não é que lhe fizesse algum bem. Por outra parte, enviou ao Garrett ao inferno e logo o atirou de volta. Quão longe chegavam seus poderes? Mas isso não foi o que sonhei quando dormi. Sonhei com fogo. Sonhei com Kim e sua recente afeição. Sonhei com o Tidwell e sua firmeza em me queimar viva. E sonhei com o homem que estava sentado a meu lado. Seu fogo. As chamas em que havia sido forjado. Que tão quentes teriam que ter sido para criar a um ser tão espetacular? Quão brilhante essa faísca inicial? E logo, encontrava-se o fogo que tinha consumido. Que absorvi. Banhei-me nele. Respirei e traguei. Eu era um dragão. Forte. Tenaz. Letal. Mesmo assim, o filho de puta tratou de me violar. Tinha que admitir que era um pouco difícil de superar, inclusive em meus sonhos. Mas o senti ali, rondando nas sombras. Reis. me vigiando inclusive no turbulento terreno de minha mente inconsciente. Quando abri os olhos, seu olhar não tinha vacilado. E meu cabelo 3 possivelmente 9

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não se via bem. Mas havia algo mais. Pude ver a escuridão que o rodeava. Girava como uma tormenta que se morava, construindo-se e girando. Mas no centro disso, onde Reis se sentou, prendeu-se um fogo azul que lambeu sua pele como as tênues serpentes cerúleas. —Não deveria me olhar desde esse lugar —disse. Tratei de me sentar, mas não podia dirigi-lo. —De que lugar? —Do terreno no que está agora. Verá coisas que provavelmente não deveria. —Como estou em outro terreno? Estou justo aqui. —Está em um portal. Pode estar em qualquer terreno que escolha em qualquer momento e estar em ambos ao mesmo tempo. Deveria deixá-lo agora. —Consumi um fogo esta noite. —Sim, pode fazer isso —disse. Apoiou a cabeça contra a parede—. E eu estou feito de fogo.

1.jpg 2.jpg Podia ver isso agora. De escuridão e fogo. —É assim como me matará? —perguntou. Uma faísca de surpresa se precipitou sobre mim—. me Consumindo? —continuou—. Extinguirá meu fogo com uma respiração? me asfixiando? —Nunca te mataria. por que diria isso?

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Um triste sorriso se deslizou por seu impossivelmente formoso rosto. —Lhe 9

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pinjente faz muito tempo que seria minha morte. Certamente sabe isso agora. Conhecia a premonição do Rocket? Refleti lhe perguntar sobre isso, mas outro movimento atraiu minha atenção a uma mulher de pé junto a mim. Loira. Suja. Mas de pé. Não enroscada sobre si mesma ou balançando-se para frente e para trás. Era formosa. Afroamericana com o cabelo comprido que tinha sido branqueado para que coincidisse com a paisagem de White Sands. Sorriu-me enquanto outra aparecia a seu lado. Logo outra e outra enquanto as vinte e sete vítimas do Saul Ussery ficaram ao lado de minha cama. Me rodearam, seus encantadores rostos cheios de calidez. Senti-me mal de que sua primeira impressão de mim fora uma pilha tremente de lesões. Um delas deu um passo mais perto. A mulher afroamericana que sorriu. Pude ver a pintura vermelha salpicada nas pontas de suas unhas. Então, senti algo. A ela. Sua essência. Avançou e cruzou, e nesse instante vi seu irmão lhe orvalhando água com uma mangueira frente ao menino que gostava na primária. Vi seu décimo sexto bolo de aniversário e o vestido verde memora que levava na festa que seus pais fizeram em sua honra. Vi nascer a seu primeiro filho. Um menino chamado Rudy. E vi seu agradecimento pelo que tinha feito. Tinha apanhado ao homem que roubou tudo dela, e estava agradecida. E Renee, seu nome era Renee, deixou-me algo na despedida. Como fez a seguinte. Pisquei o passado enjôo que até sentia e olhei. Outra mulher se aproximou de meu lado, estendeu um pé, e se deixou cair como se estivesse caminhando pelo 3 bordo de 9

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um trampolim. Caiu através de mim, Blaire era seu nome, e a vi tingir camisetas em o acampamento do verão, montando cavalos na granja de seu avô, e beijando a um menino chamado Harold debaixo dos degraus em um jogo de futebol. Logo, veio uma mulher chamada Cynthia. Assava bolos de maçã para sua mãe quando era pequena, mas se meteu nas drogas depois de que seu pai as deixou. Lisa tinha uma tartaruga chamada Leonardo e sonhava sendo um ninja. Emily tinha nascido com um leve caso de autismo. Apesar dos obstáculos que a

1.jpg 2.jpg vida lhe tinha arrojado, chegou à universidade. Sua mãe chorou por seu primeiro dia ali. Chorou mais nos dia trinta, quando Emily esqueceu sua chave na habitação e um agradável homem de manutenção chamada Saul abriu a porta para ela. LaShaun. Vicki. Kristen. Delores. Respirei seus presentes, e correram através de mim como uma onda gigante. Maureen. Mae. Bethany. Uma por uma, uma e outra vez até que só ficou Faith a meu lado. Seu presente era a força. Elas me tinham dado tudo o que tinham, todo o poder e a energia para sanar que podiam invocar, deixaram-no atrás para mim. Isso me percorreu, me enfraquecendo e me sanando. Quando todas menos Faith tinham cruzado, Reis se levantou e caminhou ao banho. Faith acariciou meu cabelo, e logo voltou a meter-se sob minha cama, sem vontades de seguir às demais no momento. Ouvi correr a água, senti seus braços enquanto 3 me 9

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levantava, seu peito enquanto me carregava. Tirou minha roupa com cuidado. Tinha algumas queimaduras leves, mas não se podiam comparar a minhas costas e a perna lesada. Quando estive completamente nua, levantou-me de novo e me baixou à água. Abracei-me enquanto a água se precipitou sobre os cortes de minhas costas. Quem sabia que a fivela de um cinturão podia fazer tanto dano? depois de um momento, dava-me conta de que minhas unhas se cravavam em sua carne. Não parecia lhe importar, mas me relaxei e soltei meu agarre enquanto me afundava mais na água. Tomou a barra de sabão e começou a ensaboar suas mãos. Deveria ter estado envergonhada, mas não o estava. Seu tato era tão suave enquanto me lavava, seus grandes mãos percorrendo meu corpo, e entretanto, não havia nada sexual em seus carícias. Esta vez foi cuidando, não demandando. Sanando, não espectador. Sentou-me de novo e massageou o xampu em meu couro cabeludo, enxaguando-o, logo me tirou da água. Senti-me mil vezes melhor. O aroma da gasolina tinha diminuído e sido substituído por uma mescla fresca e afrutada de aromas. A força das vítimas de Saul corria por mim enquanto Reis me secava, envolveu-me em uma manta e me pôs sobre o Sophie enquanto trocava meus lençóis. Logo que recordava ser levada de volta a minha habitação, ser deslizada entre as frescas lençóis, ou me dando algum tipo de medicamento para a dor. A única coisa que parecia ser certa, sem importar as circunstâncias, era que quando estava lesada, dava-me muito sonho. Quanto mais graves eram as 3 lesões, mais sonho tinha. Assim dormi todo o dia seguinte, só despertando 9

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para lhe dar a tio Bob o esqueleto do que se converteria em minha declaração, menos

1.jpg 2.jpg a coisa de quase ser violada, da qual não podia falar ainda, e para conversar com uma muito angustiada Cookie, quem jurou que nunca, nunca, nunca me perdoaria por não despertá-la. Mas cada vez que despertei, Reis estava ali, sentado contra a parede a mim lado, tomando minha mão, e me dando espaço para sanar. Artemis também manteve um olho vigilante sobre mim. Literalmente. Com sua cabeça constantemente estalagem em algum lugar de meu corpo, e essa coisa tinha que pesar treze quilogramas. Faith se ficou debaixo de minha cama, e me perguntei como se encontrava. Todas seus amigas tinham cruzado, mas quando tratei de falar com ela sobre isso, sacudiu sua cabeça, assinalando a palavra mais, logo se escabulló de novo sob minha cama, assim que a deixei sozinha. Precisava contatar ao Nicolette, lhe dizer que tinha razão, que alguém morreu nessa ponte. Senti um desejo muito forte de abri-la e estudá-la, mas olhar seus vísceras provavelmente não me levaria a nenhuma parte. Mesmo assim, ela poderia ser um bem valioso. Teria que guardar seu número de meu telefone. E entretanto, tinha que arrumar as coisas com o Rocket e Blue. Esse desastre poderia tomar algum tempo. Por outro lado, minha vista voltou para a normalidade. Reis disse que podia ver as 3 costure desde mim outro terreno, que estava pacote a um portal. Perguntei-me 9

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se podia ver dentro de outro terreno. Se podia espiar o céu. Pu-lo em minha lista de coisas por fazer como algo para tentar quando o aborrecimento total se estabelecesse. Felizmente, ou infelizmente dependendo da perspectiva, isso não acontecia freqüentemente. De fato, o aborrecimento poderia ser uma agradável pausa do golpe diário e a rotina que era a vida como um anjo da morte.

1.jpg 2.jpg 21 Traduzido pela Vanessa VR Corrigido pelo Melii

Segundo os cientistas, o álcool é uma solução. (Camiseta)

Dois dias depois, encontrava-me quase tão limpa e bonita como uma garota mal-humorada e com claudicação poderia estar. Meu cabelo cheirava melhor, e quase podia caminhar sem uma careta de dor. Cookie e eu fomos apresentar nossos respeitos finais ao Misery, mas não podia deixá-la ali. Chamei o Noni Bachicha, quem, além disso de ser um fanático das armas e levar oculto um instrutor, acabava de passar a ser o melhor homem de carrocerias no sudoeste. E também era o único homem de 3 carrocerias que conhecia. Disse que sua 9 estrutura se encontrava dobrada. Ao

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parecer, isso era mau, mas meu corpo estava um pouco dobrado, também. Disse-lhe que seríamos inclusive mais perfeitas uma para a outra. Roguei-lhe. Supliquei. E pode que também lhe tenha arrojado uma pequena gorjeta, no caso de. Assim tomou ao Misery por mim e a levou a hospital de carros, onde se comprometeu a lhe dar o melhor cuidado. Pelo lado positivo, Noni agora me tinha um pouco de medo. depois disso, prometi a papai faz uns dias que atenderia o bar por ele, por isso Cookie e eu nos dirigimos de novo para lá. Era agradável trabalhar quase ombro a ombro com Reis. A habitação se encheu de clientes habituais, uma vez mais. Tristemente, Jessica se encontrava entre eles. Quem sabia que o melhor que papai poderia fazer por seu negócio era contratar a um sexy exsentenciado falsamente condenado? Levantei a vista para ver entrar no Carson, a Agente Especial do FBI. —Pensei que trabalhava acima —disse, tomando assento frente a mim. —Sim, estou atendendo o bar esta noite. Meu papai está escasso de pessoal. Como vai a coisa do assassino em série?

1.jpg 2.jpg Sorriu enquanto continuava limpando o bar. —Por certo, obrigado por resolver isso. Pode estar segura que faz meu trabalho mais fácil. —Com muitíssimo gosto. Posso te oferecer algo? —Era bom tê-la ali. 3 Afastou minha mente dos pequenos olhares tipo laser que seguia recebendo 9

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de Jessica. —Qual é sua especialidade? —OH, já sabe. Loucura. Caos. Libertinagem. E ainda com tudo isso a meu favor, ainda posso fazer um mojito muito bom. Ou… —Levantei o dedo indicador—… se lhe sente muito aventureira, preparo um incrivelmente decadente Morte na Tarde. Suas sobrancelhas se elevaram. —Tem-me intrigada. Ri e comecei os preparativos para minha obra professora. —Esta bebida foi inventada pelo Ernest Hemingway —expliquei, vertendo o champanha em um copo estriado—. E se considerou bastante vanguardista nos anos trinta. —Deus, eu adoro a história. —De verdade? Especialmente quando se trata de papai. —Tirei uma colher de absenta, pu-la no topo da taça, coloquei um torrão de açúcar em cima, e revolvi a absenta com o torrão até que se dissolveu no champanha. O formoso líquido verde lima chegou ao topo, assentou-se ali uns segundos, logo emulsionó lentamente, mesclando-se com o champanha até que toda a beberagem teve um brilho leitoso iridescente. Tirei a colher e o dava. Examinou-o, respirou fundo, e logo bebeu. Esperou. ficou pensando. Tomou outro gole. Pensou de novo. —Está-me matando, Smalls —lhe disse. —Eu gosto. —Não soa tão surpreendida —pinjente, adicionando um grunhido—. Me complexará.

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—Como se fora possível. —Tomou outro gole. ficou pensando. Tomou outro. Limpei minha desordem e comecei a ordenar de novo antes de baixar a vista à pasta de arquivos em sua mão. —Então, o que acontece? Seus dedos se apertaram ao redor do arquivo. Era velho, com bordos puídos, mas luzia suas manchas de café como todo um campeão. Evidentemente, havia-se

1.jpg 2.jpg lido e releído dezenas de vezes. —Recorda que te disse que tinha um par de casos congelados que queria que revisasse? Pus uma bandeja de bebidas mescladas para que Sylvia as entregasse, a pesar de que odiava quando a chamava assim. —claro que sim. Pensei que falava de a cerveja —lhe disse, brincando. —Bom, este é o principal que eu adoraria ver resolvido. Nem sequer era meu caso. Era de meu pai, e o perseguiu até o dia que morreu. —OH-OH, agora eu estou intrigada. —Abri o arquivo e lhe dava uma olhada rápido. —Caso de seqüestro —continuou—, faz uns trinta anos. Nada concordava, do testemunho dos pais às suspeitas do mesmo menino. Foi um caso valente do primeiro dia. —O menino? —perguntei-lhe, ainda mais intrigada. O que seria o estranho no menino? —Um bebê de dez meses de idade, foi tirado de seu berço enquanto sua mãe dormia a sesta.

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Li cuidadosamente o arquivo. —Não há fotos? —Disso se trata. Uma das singularidades do caso. Todas as fotografias do menino foram roubados também. Olhei-a duvidosa. —diga-me isso —disse, tomando outro sorvo—. Nada tinha sentido. Ao princípio acreditaram que uma vizinha o levou. Ela seguiu espreitando à família, observando cada um de seus movimentos, enviando notas ameaçadoras que acusavam à mãe de bruxaria, de todas as coisas bizarras. —Bruxaria? Isso era muito medieval para ela. —Embora não o cria. Mas isso não é mais incomum. Ainda mais estranho eram as marca no corpo do bebê. —Marcas? —perguntei-lhe, a suspeita cravava a parte posterior por mim pescoço. —Sim, de acordo com o médico do bebê, há um síndrome pouco comum que pode acontecer quando a mãe está grávida de gêmeos, mas um deles morre muito cedo no embaraço. O gêmeo sobrevivente absorve as células do outro e, basicamente, tem duas séries de DNA correndo través de seu corpo. —Está bem, e as marcas?

1.jpg 2.jpg —Bom, às vezes quando isto acontece, o corpo do gêmeo terá marcas pequenas, como raias em seu corpo. Mas, supostamente, só lhes pode ver com certa luz. Não sei. Essa é a única explicação a que os médicos puderam chegar para explicar as marcas nele.

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—viam-se como raias? —perguntei-lhe.0

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—Não estou segura. Meu papai disse que se pareciam mais a tatuagens. Meus pulmões se congelaram. depois de tanto tempo, certamente o mesmo caso no que tinha estado pensando durante anos acabava de aterrissar sobre meu regaço. Tinha outra explicação para essas marcas, uma que envolvia ao filho de Satanás e mapas para navegar as portas do inferno, mas não lhe diria isso a Agente Carson. Eu gostava que acreditasse que só estava um pouco louca. Que me visse como uma verdadeira lunática poderia abrir uma brecha entre nós, e valorava muito nossa amizade como para isso. E o fato de que era meu único contato no FBI. Olhei por cima de meu ombro para me assegurar de que Reis não estivesse escutando. —eu adoraria jogar uma olhada a este caso. Posso ficar com a pasta por um momento? —Se posso ficar com este gole por um tempo. —É todo teu —lhe disse—. Quer outro? —me deixe me assegurar que posso caminhar depois de este. Darei-te o veredicto. —Procurou uma mesa vazia—. ia comer. estive escutando nada mais que boas críticas sobre a comida aqui. —Sim, não estou segura de que é da comida da que todo mundo fala. —Quando levantou uma sobrancelha questionando, acrescentei—: Temos um novo cozinheiro. É como um supermodelo com esteroides. —De verdaaaaaaad? —ronronou, olhando para a cozinha—. Você sabe, o FBI tem certas liberdades quando se trata das inspeções da cozinha. Tratando de dominar um repentino caso de risada, pinjente—: E pode comer no 4 bar. 0

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—Isso é verdade. Posso comer na cozinha? —Charley! Saltei e subi a vista para ver como ao Tio Bob voando para mim. O que demônios fiz agora? —por que não está na cama? OH —disse, ao ver a Agente Carson—, olá.

1.jpg 2.jpg —Detetive —disse ela—. Como vai o negócio? inclinou-se para frente, como se compartilhasse um segredo. —Bastante bem, se sabe ao que me refiro. —Assinalou-me com um gesto e lhe piscou os olhos um olho. Ela sorriu. —Certamente sei. Necessitamos mais dela. Ofegou teatralmente, lançando uma mão sobre seu coração e uma expressão de terror. —Remói sua língua. Logo que posso dirigir esta. Falando disso… — Franziu-me o cenho mais espantoso, o mais temido em seu arsenal. O legendário que dava aos criminosos nervosos e fazia que seus companheiros se rieran detrás, com os punhos fechados enquanto fingiam tossir. Era algo formoso—...Que demônios está fazendo fora da cama? —Trabalhar. —por que? —É culpa de papai. Foi a meu apartamento, agarrou-me pelo cabelo e me arrastou até aqui esperneando e gritando. —Voltei-me para o homem que 4 acabava 0

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de aproximar-se de meu lado—. Ah, olá, papai. Falávamos de ti. —Leland —disse tio Bob—, não acredito que Charley deva estar trabalhando em estes momentos. —Isso é o que lhe disse. Ela insistiu. Disse que ia se voltar louca. Me ameaçou me lançando uma maldição se não a deixava. —Essa não é a forma em que o recordo. —Pode fazer isso? —perguntou Ubie—. Pode lhe lançar uma maldição a qualquer Amava esse homem. Olhei-o com um sorriso maligno, e voltei a trabalhar, limpando a barra. Parecia que era o correto por fazer, já que me pagavam por estar ali. E aqui chegou o último membro da banda. —Twitter! —disse Cookie, me assinalando enquanto se sentava junto à Agente Carson. Arrojei meu trapo na barra e me pus de pé por mim mesma. —Não me diga o que fazer, senhorita! —Não, assim é como todas essas mulheres sabem de seu homem e onde trabalha. Tem sua própria etiqueta. É uma loucura.

1.jpg 2.jpg por que me surpreenderia? Não tinha idéia. Tinha sítios Web inteiros dedicados a ele enquanto se encontrava no cárcere, por que deveria haver esperado menos quando saiu?

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—De verdade tem um Ferrari? —perguntou. 0

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—Um quê? —perguntei-lhe, assombrada. —De acordo com o Twitter esse homem se veste de ornamento. —Saudou o resto de a banda enquanto se sentava no tamborete. Um Ferrari? É evidente que tínhamos que follar menos e falar mais. Se o tinha, onde o guardava? É obvio que teria notado um Ferrari, especialmente se estivesse estacionado junto ao Misery. Tio Bob deixou de olhar a meu recepcionista, sentou-se ao lado oposto da Agente Carson, e disse a papai—: Necessito que seu novo cozinheiro vá a improvisar alguns nachos. —Você vais pagar? —Alguma vez o faço? Ah, e me inteirei de quem comprou o manicômio por que estiveste tão preocupada, calabacita. Acabava de tomar meu trapo de novo. Deixei de limpar a barra, me dando conta de que nunca estaria limpo a este ritmo. —E? Entregou um sobre grosso e levantou uma sobrancelha, como se já devesse sabê-lo. —Parece que você o fez. —Isso é estranho. Não recordo ter comprado um manicômio abandonado. vou ter que revisar minha conta bancária. —De acordo com isto, é a nova proprietária. Fiz uma pausa, atordoada, e logo depois de uma rápida sucessão de piscadas que não me levavam a nenhuma parte, abri o sobre para encontrar uma escritura com meu nomeie nele. —Reis —lhe disse, aturdida—. Teve que ser Reis.

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—Reis Farrow? —Papai não sabia nada 0 de Reis e eu, e nosso passado

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sórdido, ou inclusive nosso presente sórdido. Se tivesse sabido, perguntavame se o tivesse contratado. —Sim, teve que ser Reis. Quem mais? Sabia que o homem tinha um milhão de dólares. E conduz um Ferrari? —Olhei para a cozinha—. Mas por que ia a fazê-lo? —Bom, não sei como te dizer isto, calabacita —disse papai, trocando seu peso de um pé ao outro—, mas Reis Farrow comprou este lugar também com a

1.jpg 2.jpg condição de que os escritórios de acima sejam tuas. Perguntava-me sobre a última parte. Há algo que queira me dizer? —Não. E o que? —Minha voz se elevou uma oitava—. Vendeu ao Calamity’s? —supunha-se que íamos negociar os detalhes ontem, mas me disse que tinha um amigo doente que cuidar, assim vamos concretizar a sociedade amanhã. —Não entendo. —Me vou retirar. E depois do que me pagou, posso fazê-lo muito comodamente. decidi fazer algumas viagens. —Baixou o olhar ao chão—. Sozinho. —Só um homem e seu pensamento, né? O que acontece a velha atadura? —Lamento ter que te dizer isto desta maneira, mas sua mãe e eu nos estamos separando. —Quando apertei meus lábios com força, corrigiu-se—. Madrasta. Só estamos… Vamos em diferentes direções. —Não sei o que dizer, pap{. “Hurra” sonha mau. —E assim era. Ele a amava. Ou ao 4 menos o fez uma vez. Não podia deixar 0 de me perguntar quanto do Charley

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entrou em essa decisão. Baixei a vista para a escritura em minhas mãos. Examinei o bar. Meus escritórios em a planta alta. Não sabia o que dizer. —Bom, acredito que uma ronda de nachos está ordenada —disse o tio Bob, pensando ainda em seu estômago em vez de minha recém descoberta… Esperem. Que diabos ia fazer com um manicômio abandonado? —Falaremos disto, assim como de outras coisas mais tarde —acrescentou Ubie, a ameaça quase cristalina, não só porque tinha um filme leitoso no topo. Me disparou seu cenho de novo e tive que recorrer à tosse detrás de meu punho fechado. Quando um lado da sala se tranqüilizou e um calor abrasador se deslizou a meu redor, girei-me para ver meu homem trazer dois pratos da cozinha. Sorriu e pôs dois pratos de nachos frente a meus pandilleros iniciados. —Desfrutem —disse, mostrando um sorriso nuclear quando o agente Carson olhou-o. Quem poderia culpá-la? —Sr. Davidson —disse, saudando papai antes de inclinar-se sobre a barra para lhe dar ao tio Bob algumas guardanapos. Sua boca roçou minha orelha—. Pode tomar um descanso? —Levava um avental de cozinheiro. Era a coisa mais linda que havia visto em toda minha vida, e me apaixonei com um pouco mais de força. —Por isso sei, é o chefe, assim que você me diga. —Levantei a escritura—. O que é isto?

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Quinta tumba más allá de la luz 2.jpg Baixou a cabeça envergonhado? Incomensurável.

como

se

estivesse

Darynda Jones envergonhado.

Reis

Farrow

—É teu —disse, brincando com uma pequena parte de papel na mão—. Sei o importante que Rocket é para ti, assim pensei que o compraria. te assegure de que a cidade não o derrube, nem nada. Teremos que arrumá-lo um pouco por fora para afastar à cidade de suas costas, mas o interior é tudo do Rocket. Pela segunda vez esse dia, perdi as palavras. Então me lembrei do edifício anexo. —Dava-me conta de que derrubaram a casa do Donovan. Levantou o olhar até que se bloqueou com a minha. —Está vivo porque deixou a cidade. Sua casa decidiu ficar. Ela pagou o preço. Pus-se a rir. —Parece-me bem. E comprou o bar de papai? —O assombro que senti se filtrou em cada palavra. —Sim, sobre isso —disse, precavido—, vou ter que te cobrar uma dinheirama por esses escritórios. Essa é uma propriedade de primeira. E há alguns honorários atrasados, que terão que ser resolvidos. —Reis, não sei o que dizer. Comprou algo mais que deva saber? —Não o fiz. Mas estiveste gastando dinheiro como se estivesse passando de moda. —por que? Que mais pude comprar? —Está vivendo ali. —Comprou meu apartamento? —Não, você comprou seu apartamento. Bom, todo o edifício, em realidade.

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—Tenho um edifício de apartamentos? —depois de um minuto, olhei-o de novo—. vou aumentar seu aluguel. A porta da cozinha se abriu de repente. Voltamo-nos para ver um dos jovens cozinheiros de preparação inclinado no marco da entrada. —Um, Reis? —disse, nervoso—. É possível que queira…. Quero dizer há algo… —Assinalou à cozinha. —Vou para lá —disse Reis, então me olhou—. Tenho que retornar a trabalhar antes de que queime o lugar. Assenti. —É só que não sei o que dizer. Fechou a distância entre nós, seu calor serpenteou para mim ao redor como uma cinta ao vermelho vivo, e ao ouvido me sussurrou—: Dava que sim.

1.jpg 2.jpg girou-se e se afastou. Observei-o. Era ridiculamente lindo nesse avental comprido. Emoldurava seu traseiro muito bem. —Espera —pinjente em voz alta—, tem um Ferrari? Lançou-me um sorriso malicioso por cima de seu ombro. Santo céu, diria que sim a algo que o homem pedisse, a menos que pedisse sexo anal. Tinha que desenhar a linha em alguma parte. Falando disso, dizer que sim a que? Reconstruí nossa conversação e não encontrei nada. É evidente que me perdi de algo. Tendia a fazer isso. Jodido Desordem por déficit de atenção. Voltei-me de novo para as necessidades das tarefas domésticas de meu mais recente posição de pescoço rosa e notei uma nota adesiva na barra. A que havia tido em suas mãos. Esse homem amava as notas adesivas. Li a nota, pensei em 4 isso, tratei de absorver seu verdadeiro significado, sua mensagem mais 0

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profunda, logo voltei a lê-lo antes de me girar para a cozinha e gritar—: Me caso contigo? Fim

1.jpg 2.jpg Luz Reis

Traduzido pelo Gabihhbelieber & ElyCasdel Corrigido pelo CrisCras

Charley Davidson se endireitou no bordo de meu sofá e me olhou piscando, com seus enormes olhos dourados brilhando debaixo de suas escuras pestanas. Levava um suéter suave que parecia nata pesada contra sua pele, e uns jeans escuros que se ajustava a cada sensual curva que possuía. havia-se tirado as botas e sentado com uma perna dobrada debaixo de seu corpo. Dizer que via-se encantada seria negar esses outros aspectos dela que a faziam tão incrivelmente única. A sensualidade. O atrativo. O fato de que era a criatura mais letal a este lado da eternidade. Felizmente para muitos, o fato se o tinha escapado até agora. Brilhava a tênue luz do fogo. Sua essência parecia deixar-se acariciar pelo sol em seu calor. A cegadora luz pela que estava envolta absorvia os suaves amarelos e laranjas das chamas que lambiam os troncos crepitantes. Conferia4 lhe 0

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uma incandescência brilhante. Envolta em um rubor dourado. O efeito era irreal e embriagador. Teria que me lembrar de fazer um fogo com mais freqüência. Quando tinha remodelado pela primeira vez este apartamento, que se encontrava justo ao lado do delicioso ser sentado junto a mim, tinha instalado uma chaminé elétrica. Parecia uma boa idéia nesse momento. Parecia real. Soava real. Inclusive dava calor. Mas não era mais real então que o mundo que me rodeava. Assim tive que arrancá-la e substitui-la por uma chaminé de lenha de verdade, uma tarefa nada fácil em um edifício sem chaminés. O dinheiro pode não ser capaz de comprar a felicidade, mas podia comprar condenadamente bem uma chaminé. Mas essa lição levou a casa o fato de que as coisas neste plano eram raramente o que pareciam. Toma às pessoas, por exemplo. Os seres humanos. Aqueles que fingem preocupar-se com meu bem-estar, em realidade nunca estão

1.jpg 2.jpg preocupados de coração. Eles querem uma devolução de seu investimento. Muito a miúdo, essa devolução sou eu. Sua fome quando me olham é evidente. Seu desejo, abrasivo. Inoportuno. Seus sorrisos falsos e cheias de necessidade. Mas Charley Davidson, também conhecida como Holandesa, era o verdadeiro acordo. O artigo genuíno. Nunca duvidava de onde me encontrava com ela. Se estava zangada comigo por alguma razão, me fazia sabê-lo malditamente bem. E não me permitia escapar com muito. A honestidade era refrescante e aditiva, ao igual à Holandesa em si mesmo. Mas sua luz, sua luminosidade, que era o elemento por excelência de todos os anjos da morte, foi o que me atraiu dela em primeiro lugar. antes de que me acordasse do que era um anjo da morte. antes de que me lembrasse do que 4 era eu. Estar perto dela, inclusive em forma imaterial quando era menina, era 1

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como estar de pé no epicentro do céu. A luz de sua essência era cálida. Nutritiva. Calmante. E entretanto, extremamente quente. Enquanto a estudava, não podia deixar de me perguntar o que lhe fariam as luzes de natal, brilhando em uma incrível variedade de cores, a sua aura. Dançariam a través das brumas da calidez que irradiava dela? Refletiria as luzes multicoloridos, como um prisma, e emitiria fragmentos de luzes coloridas ao longo das paredes? Luzes que só os seres sobrenaturais poderiam ver? Lutei para reprimir um sorriso enquanto me perguntava por isso e por seu última eleição de carreira. Sempre aparecia com uma idéia ou outra, mas esta última tinha-me desconcertado. —Uma jornalista? —perguntei, tratando de não fazer que soasse tão desatinado como era. Não funcionou. Sua boca se estreitou, sua expressão pretendia ser uma reprimenda, e apareceu uma covinha em uma esquina de seus carnudos lábios. —Não —disse, sacudindo a cabeça—. Não quero ser simplesmente uma jornalista. Quero ser uma jornalista de investigação. O sorriso contra a que me encontrava lutando ganhou, sem lugar a dúvidas, deixando ao descoberto meus verdadeiros pensamentos sobre o tema. — Assim, ser investigadora privada, a proprietária de um complexo de apartamentos, em parte proprietária de um bar, consultora do Departamento de Polícia do Albuquerque, garçonete a tempo parcial, e o único anjo da morte a este lado do universo não é suficiente?

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A covinha se aprofundou ao inalar com1força. Soltou a pluma e o caderno

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que havia trazido com ela—provavelmente para tomar notas durante seu primeira entrevista como uma autêntica investigadora—em minha mesa de café, logo se voltou e me dedicou seu melhor olhar furioso.

1.jpg 2.jpg —Essa é minha vida profissional. Profissional. —Fez uma pausa, arqueando as sobrancelhas e me dando tempo para absorver seu significado. Por desgraça, estava mais interessado na covinha que reaparecia na esquina de sua boca cada vez que me lançava essa expressão desta reprimenda é minha vida pessoal. decidi chegar a ser uma jornalista mais como um hobby. Porque, já sabe, que tão difícil pode ser? Esclareci-me garganta e me removi em meu assento. —T dá conta que acaba de ofender a todos os jornalistas vivos, verdade? E, provavelmente, a muitos de os que não o estão. Não discutiu. —Tem um ponto, mas a sério, conheço gente. inclinou-se para mim. O movimento agitou o ar entre nós e seu aroma se aproximou flutuando. Aspirei a essência a flores de macieira e baunilha. Não poderia dizer se emanava de seu xampu ou de uma ligeira capa de perfume. Fora o que fora, o compraria uma caixa. Sentava-lhe bem. Era doce e forte, mas profundamente sedutor. —Pensa nisso —continuou, e tive que me obrigar a sair de meus reflexões—. Poderia entrevistar a gente famosa a que ninguém mais pode chegar. Já sabe, os mortos. Imagina os encargos que poderia conseguir.

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Continuou falando enquanto eu estudava a fenda de seu queixo. Tratei de me concentrar, mas essa fenda era condenadamente sexy. Logo que captei partes de informação enquanto falava. Algo sobre o Abraham Lincoln lutando com o Jane Austen, e Hitler consumindo metanfetamina. E tão fascinante como era a dependência de drogas do Hitler, não parecia poder afastar minha atenção da sombra que a fenda criava. Ou a forma em que estendia seus magros dedos quando tratava de me convencer de algo. —As possibilidades são infinitas! Seu entusiasmo me trouxe de volta. Seu entusiasmo era admirável, embora fora equivocado. Relaxei-me na esquina do sofá e equilibrei um copo de fantástico uísque sobre minha coxa, notando o fato de que o líquido de cor âmbar que girava dentro do cristal esculpido se emparelhava com os olhos de Holandesa à perfeição. A primeira vez que tinha visto esses olhos, a primeira vez que tinha deixado meu corpo físico e viajado para sua atraente luz, tinha três anos, e ela fazia seu primeira aparição neste plano. Só recentemente tinha conhecido ao homem que me criaria e me inteirei de a razão de minha aquisição. Possivelmente foi devido a minha posição no outro mundo, mas

1.jpg 2.jpg inclusive aos três anos não queria nada mais que morrer. Para me liberar de meu corpo terrestre. Para deter o avanço dos mãos e os dentes cruéis. Então a vi. Senti o calor de sua luz. Ela era como um porto seguro em uma tormenta, e eu desfrutava de cada viagem que fazia para ela. Ao princípio, e 4 durante muitos anos depois, pensei que1 era um sonho. Um produto por mim

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imaginação. Um anjo que tinha conjurado para me oferecer consolo em minhas horas de necessidade. Não foi até que fiz dezenove anos e estava atrás das grades por um crime que não cometi, que recordei o que era eu. Pouco a pouco e com minuciosa precisão, lembrei-me de por que tinha sido enviado à Terra. por que escolhi nascer em forma humana. por que Charley Davidson era como um ímã, me atraindo para ela, inconscientemente, exigindo minha atenção com um simples pensamento. Os anjos da morte tinham mais poder que qualquer outro ser sobrenatural neste plano. Um dia, Holandesa aprenderia isso. Até então, a deixaria que seguisse acreditando que tinha mais poder que ela. Servia a meu propósito no momento. Quando chegasse a ser tudo o que podia, aprenderia que eu não era nada mais que um grão de pó que poderia apagar da face da terra. O repentino silêncio me chamou a atenção e me dava conta de que havia estado olhando-a fixamente. A sua vez, ela me devolveu o olhar. Podia sentir o desejo faiscando em seu interior e estendendo-se. Isto provocou minha própria reação física. Um desejo em meu interior que só Holandesa podia estimular. Coloquei meu dedo indicador através da linha de minha boca e reduzi meus batimentos do coração para poder estudá-la sem me equilibrar como um colegial confundido. Mas o fome em seus olhos quase foi minha perdição. Ela não tinha nem idéia do facilmente que sentia quando estava perto. Decidi lhe advertir do curso de sua energia. —Se seguir me olhando assim, esta será uma entrevista muito breve. Apartou o olhar. —Bem —disse, esclarecendo-a garganta e alcançando seu pluma e o bloco de papel de notas de novo—. Certo. Assim, significa que posso te fazer 4 umas perguntas? 1

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—Pode me perguntar algo —lhe disse. Deixei de lado a parte na que responder suas perguntas ainda era opcional, mas ela rapidamente o captou. —me permita reformular a questão —disse, golpeando o lápis contra esse magnífica covinha—. Significa que responderá a minhas perguntas? depois de pensar durante um momento, pinjente—: vou responder a algo que me pergunte. A emoção correu através dela, me fazendo sorrir detrás de minha mão. —Dispara —acrescentei.

1.jpg 2.jpg moveu-se para estar cômoda, apoiando os cotovelos em seus joelhos e, com a pluma na mão, disse—: Está bem, como foi crescer no inferno? Direta ao grão, como sempre. Estava a ponto de estar muito decepcionada. Quase me senti mau. Quase. —Sim —disse, impassível. Sem perder o ritmo, assentiu e anotou minha resposta antes de continuar. — Excelente. De acordo, nesse sentido, como se sente ter ao primeiro anjo cansado como seu pai? Estava-me me seguindo o jogo. Deus, eu adorava quando me seguia o jogo. Fazia que tudo fora muito mais divertido. —Às vezes. Inclinou a cabeça para escrever de novo. Largas mechas de seu cabelo castanho se derramaram para frente sobre seus ombros. —Estraga, e qual é você aversão, exatamente, pelo Natal? Ah, de repente entendi. —Trigo integral —lhe disse.

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Seguiu escrevendo, mas podia sentir sua 1 decepção. Isso diminuiu a

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emoção que tinha estado correndo através dela. Eliminando a adrenalina que tinha deslocado por suas veias. Nunca poderia ser acusada de mau espírito esportivo; levantou as pestanas e disse—: Isso foi profundo. Estou comovida. Embora não foi intencional, o dobro sentido atravessou meu estômago. — Posso te tocar muito mais profundo que isso se me permitir isso —pinjente, sem poder evitá-lo. Respirou com um ofego suave. Supus que agora era um momento tão bom como outro qualquer para tirar colação suas maldades. —Isto não terá algo que ver com certa caixa que encontrei fora de minha porta esta manhã. —O que? —disse, fazendo um giro de cento e oitenta graus—. Que caixa? — Consternada, arrojou sua pluma sobre o bloco de papel de notas—. Nunca vi uma caixa em minha vida. Tive que ensinar a meus rasgos a que ficassem impassíveis. Ela discutiu o essencial de mais alegações por escrito antes de aprofundar por completo. —Bom, está bem, vamos dizer, pelo bem da discussão, que havia uma caixa de forma e tamanho indetermináveis, vista nas proximidades de sua soleira. A tem aberto? Deixei que uma sobrancelha se levantasse em advertência. Era meu turno para repreendê-la. —Acreditei que estávamos de acordo.

1.jpg 2.jpg —Estávamo-lo. Juro-o. —Fez o sinal dos exploradores. Não estou 4 seguro de por que. Não havia nada infantil 1 em seus exuberantes curva—. Mas

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não é justo que possa me dar algo para natal e eu não possa te dar nada. Encolhi-me de ombros, indiferente. —Mas estamos de acordo. Ela rodou os olhos. —Só estivemos de acordo porque uma mulher nua com uma faca me confundiu com um mendigo e necessitava reforços. Essa garota era como um triatleta. Chamou-me a noite anterior, quando a mulher nua com uma faca a perseguia, gritando: "Morte a todos os pobres!" As drogas podem haver desempenhado um papel importante na fúria assassina dessa mulher. Mas a havia feito prometer não me dar nada antes de ajudá-la a sair dessa situação difícil. Tinha a sensação de que ela não cumpriu nosso acordo. —Não importa —lhe disse—. Um trato é um trato. —Ugh. —arrojou-se de costas no espaço vazio em meu sofá e jogou um braço sobre sua frente. Tudo foi muito dramático—. Reis, por que? A verdadeira alegria do natal é dar. Se não me deixa te dar um presente, está sugando toda a alegria de toda a temporada como uma aspiradora com injeção de combustível e dobro turvo. Pus-se a rir. —Não é meu problema. —Enquanto jazia ali gemendo de moléstia, decidi me render—. Bem —lhe disse em sinal de conformidade, e ela se endireitou no sofá, a esperança brotando de seus olhos—. Pode que tenha aberto a caixa. Juntou as mãos, a imagem era adorável. —E? —perguntou. —E… —Fiz uma pausa enquanto a esperança irradiava dela e roçava meu pele—. E, terá que vê-lo por ti mesma.

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Seu olhar se cravou em meu entrepierna tão rápido que tive que lutar contra uma gargalhada. —Sério? —perguntou—. Como, neste momento? O pensamento de sua comprovação me alagou de antecipação. —Não há tempo como o presente. Eu tinha apoiado um braço no sofá. Coloquei meu outro braço sobre o respaldo, minha bebida pendurando de minha mão. Mas queria que soubesse que a convite era real. Seu olhar passou por cima de mim, da cabeça aos pés, o interesse nela inegável. Um calor eletrizante se agrupou na zona baixa por mim abdômen, fazendo que me endurecesse sob seu olhar.

1.jpg 2.jpg Tomando uma profunda respiração, aproximou-se para desabotoar meus jeans. Seus dedos tremiam, e me dar conta de que ambos estávamos nervosos e excitados foi como ser golpeado por um raio. Não me podia mover. Não podia apartar o olhar dela enquanto baixava lentamente a cremalheira. Não importava quantas vezes me tocasse, a emoção visceral que se cravava em meu centro cada vez que sua pele roçava a minha saltou dentro de mim. A evidência de meu interesse era inequívoca debaixo de meus bóxers. Esperei a que fizesse algum comentário sobre o presente que me trouxe. Em seu lugar, arrastou-se até meu regaço, seus movimentos grácis como os de um antílope, e se inclinou até que nossas bocas quase se tocaram, até que a essência de seu labial de cereja mesclou-se com o licor de meu fôlego. Logo colocou a mão debaixo de meu cinturão, seus delicados dedos rodeando minha ereção dura como uma rocha, e uma onda de prazer 4 disparou-se direta até meu centro. 1

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Escutei o cristal deslizar-se de meu afeto. Caiu sobre a grosa atapeta com um ruído surdo enquanto ela me liberava das fronteiras de meu jeans, baixava até o chão e tomava minha franga em sua boca. Aspirei ar com força, me reforçando enquanto tomava um punhado de seu cabelo para ralentizar seu ataque, para controlar seu ritmo. Já podia sentir a quebra de onda de excitação, o fluxo de sangue a través de minha ereção enquanto sua boca se deslizava pelo sensível eixo ao tempo que seus dente raspavam a pele. Pu-me ainda mais duro. Ignorando meu agarre por ferro, tragou cada parte de mim, o regozijo era agonizante e cru quando se afastou, deteve-se durante um tenso instante, e logo me tragou de novo. Traguei-me uma maldição enquanto meus quadris se separavam do sofá. — Holandesa —pinjente entre dentes, acautelando-a para que ralentizara seu ataque. Não era um menino de escola, mas Santa mierda, ela podia chupar uma franga. Um homem só podia agüentar certa quantidade antes de perder o controle. Holandesa sentia o mesmo ímpeto de prazer que eu. Podia sentir o calor nuclear fundindo a de dentro para fora, e não ia tranqüilizar seu ataque. Inundei a outra emano em seu cabelo e a levantei até que esteve recostada contra meu peito. Tendo-a aí prisioneira, rasguei o botão de seu jeans e os desci por seu delicioso traseiro. Lhe pôs a pele de galinha quando o ar fresco a golpeou. Passei os dedos sobre seu exuberante redondez antes de lhe tirar completamente os jeans e as calcinhas, e a levantei sobre mim para pô-la escarranchado. Isso o permitiu a minha boca acesso completo às deliciosas dobras entre suas pernas. Apoiei minhas mãos em seus quadris e a deixei suspensa no ar enquanto a provava. Enquanto a atormentava. No momento em que minha língua roçou seu 4 clitóris, inalou uma respiração profunda.1 Sua reação fez que um líquido quente

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impregnasse cada músculo de meu corpo. Apoiou as mãos no sofá para

1.jpg 2.jpg equilibrar-se, agitando-se enquanto a aproximava mais e a chupava antes retroceder um pouco e deixar suaves golpes sobre sua torcida pele. Cada roce de minha língua removia a lava fundida de seu interior, batida até o ponto de alcançar o vermelho vivo. O êxtase irradiava dela e me banhava como um vento elétrico, deixando descarrega em meus poros e saturando cada centímetro de um suculento ardor. Estava a ponto de vir-se. Senti-o crescer nela, mas antes de que o orgasmo tivesse a oportunidade de manifestar-se, afastou-se de mim, arranhando meus bonecas, atirando dos dedos que a tinham unido a mim como um torno. Queria esse orgasmo tanto como ela, mas liberei meu agarre e a deixei montar-se escarranchado sobre meu peito. Uma vez aí, inclinou-se e se encheu as mãos com meu cabelo. Com sua boca em meu ouvido, sussurrou—: Quero que enterre sua franga dentro de mim. Quero sentir a terra tremer quando te vier. Gemi e obedeci sem duvidar. Atirando dela a meus braços, girei-nos até que estive acima. Em um movimento rápido me inundei nela. Era de linhas puras e ardentes, e se encontrava molhada. Minha entrada disparou o prazer dentro dela, a pressão de minha ereção fazendo-a ofegar em voz alta. Não era a única. Tive que me deter para recuperar meus sentidos. Mantive minha posição dentro dela, enterrado ao máximo, mas só por um momento, só o suficiente para recuperar o controle e lhe dar tempo de ajustar-se a meu 4 tamanho 2

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antes de sair e me inundar de novo. Gritou, mas não lhe ofereci quartel por segunda vez. Minhas investidas se fizeram cada vez mais rápidas, mais duras, enquanto enganchava um braço debaixo de sua perna, estendendo-a a um lado, e a aproximava mais e mais ao bordo. Arranhou minhas costas. A aguda espetada só aumentou a turbulenta excitação dentro de mim. Sua própria excitação crescia como um maremoto e empurrei em seu interior mais duro, mais rápido, golpeando contra ela até que senti uma explosão que vinha de seu interior, uma última quebra de onda de cálida energia. Estalou e se estrelou contra mim, soldando meus dentes até que seu orgasmo dispersou o prazer que pulsava através de mim, canalizando-o até que alcançou níveis nucleares. Vim-me em uma volátil quebra de onda de força, a explosão trovejando forte em meu corpo, com ondas assustadoras. Estreitei-a contra mim, um baixo grunhido escapando enquanto os espasmos de prazer me transbordavam. E a terra se deslocava debaixo de nós. Nossas energias paralisaram, fundiram-se e criaram uma poderosa fissura na continuidade espaço-tiempo. A terra retumbou debaixo de nós até que os átomos dentro de nossos corpos se acalmaram e a excitação minguou. Recostamo-nos sem fôlego enquanto a terra a nosso redor se assentava, ainda ao meio vestir, com nossas extremidades enredadas. O suéter de

1.jpg 2.jpg Holandesa tinha sido atirado e retorcido até que seu estômago apareceu por debaixo. 4 Passei minha mão pela curva de sua cintura e sobre o vulto de seu cremoso 2

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quadril, maravilhado pelo suave resplendor crepuscular no que a tinha envolto o que fizéssemos o amor. Estávamos sobre meu tapete, enquanto que os móveis que estavam normalmente sobre a esta tinham sido derrubados ou empurrados fora dela por completo. Holandesa se levantou e passou a ponta de seus dedos por debaixo de minha camisa médio abotoada. Deslizou-os por minha coluna e por cima de minhas nádegas, causando uma resposta imediata em minha pele. Enterrei minha cara na curva de seu pescoço, debaixo da essência fresca de seu cabelo e sua pele. Logo recordei o que tinha começado todo este evento em primeiro lugar. Isto era, a insistência de Holandesa por comprar um presente contra meu vontade. Minha muito explicitamente estabelecida vontade. —O que pensou do presente que me deu? —perguntei-lhe, tentando soar ofendido. Não funcionou. Levantou a cabeça e sorriu enquanto reunia sua roupa jogada por todos lados no chão de minha sala de estar. —Acredito que provavelmente estes bóxers se vêem melhor no chão que em ti. Afastei-me para que pudesse ver o assombro em minha cara. —Está insultando meus bóxers de cascavéis? —Para nada —disse, fingindo preocupação—. É só que te vê melhor em couros. Podia viver com isso. Relaxei-me contra ela de novo mas não pude resistir a tentação de provocá-la um pouco mais em boa medida. —Usarei-os durante o resto de minha vida. Riu forte; soava como borbulhas de champanha no ar, o dourado em seus 4 olhos cintilando na meia luz do fogo. —Não te atreveria. 2

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A provocação fez que estreitasse as pálpebras. —me olhe. —Queimarei-os. Encolhi um ombro. —Então terá que me queimar a mim também. Nunca voltarei-me isso a tirar. Afundou os dentes em meu ombro, minha magra camisa fazendo pouco por me proteger da coceira de sua mordida. Isso só serve para me excitar. Agarrei seu cabeça e a mantive contra mim um bom momento. Logo me levantei de novo e baixei a olhar para ela, observando como um suave rubor crescia em suas bochechas. Passei o polegar por seu lábio inferior e desci para a fenda de seu queixo.

1.jpg 2.jpg depois de um minuto, rompeu meu olhar e disse—: Falando de presentes, o que me trouxe? Minhas sobrancelhas se elevaram de repente. —Isso não foi suficiente? Uma risada bastante insultante e forte encheu a habitação. Claramente não o tinha sido. Devia me esforçar mais a próxima vez. —Essa pequena entrevista que acabamos de ter? —perguntou—. Não há forma de que te libere tão facilmente. Me imaginava. Joguei um olhar de reojo a uma das gavetas da mesa de café. A qual não estava em nenhum lugar perto do ponto aonde tinha estado quando começamos a noite. Sem duvidar, ela se equilibrou para frente. Tristemente, eu seguia sobre ela, assim tive que observar enquanto se esforçava 4 por alcançar a gaveta. Tentei não rir muito 2 forte. por dentro, entretanto,

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estava desfrutando de ambas as coisas: seus cômicos esforços enquanto falhava e o prazer hedonístico que seu retorcerme causava. depois de uma luta que rivalizava com a da desova de um salmão durante sua viagem anual rio acima, finalmente abriu a gaveta e procurou às cegas no interior. Esperei, fascinado com sua língua enquanto a tirava para um lado de seu boca com concentração. Agarrando algo por fim, tirou a caixa envolta em papel dourado que eu tinha posto aí. —Isto é meu? —perguntou, emocionada. Recorri à mesmo olhar perplexo que ela me tinha dedicado antes, quando perguntou pela caixa fora de minha porta. —Nunca vi essa caixa em meu vida. recostou-se de novo no tapete e riu. —É uma simples pergunta de sí/no. —Justo meus pensamentos. —Ah —disse, entendendo. Referia-me à pergunta que lhe tinha feito recentemente. Outra simples pergunta do Sí/No. Ainda tinha que me dar sua resposta. —Posso abri-lo? —perguntou. —Todo teu. —Lutando contra um sorriso, baixei a seu lado e levantei a cabeça para olhar. Rompeu o envoltório e tirou uma caixa de veludo azul. voltou-se a me olhar como se não pudesse acreditar o que viam seus olhos. depois de pôr seu lábio inferior

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2.jpg entre seus dentes, levantou a tampa. Havia dois cilindros de veludo acolchoado no interior. A abertura que formavam devia conter um anel, mas não o fazia. Emprestava ser ela. Olhou-me boquiaberta. —O que é isto? —perguntou, consternada. —É uma simples pergunta de sí/no. —pinjente, tentando manter a cara inexpressiva. Recostei-me, cruzando os braços detrás de minha cabeça—. Quando tiver a resposta, terá o resto de seu presente. —Isso é chantagem —disse balbuciando com incredulidade. Mas podia sentir seus emocione tanto como ela. A decepção não era uma delas. estava-se divertindo tanto como eu, jogando este jogo que jogávamos. Mesmo assim, realmente queria uma resposta, preferivelmente uma afirmativa, e queria-a logo. Assim, sim, uma pequena chantagem nunca machucou a ninguém. —É um bom negócio —disse—. Não tem sentido para mim te dar um anel se disser que não. Perderia muito tempo e dinheiro. Tudo isto gira em torno de uma pequena palavra em espanhol. Se acurrucó contra meu flanco, olhando dentro da caixa enquanto imaginava o anel que poderia ter tido. —O que acontece te respondo com uma palavra do latim dos porcos em seu lugar? Obtenho o anel então? —Nop. —Mas sabe tanto latim dos porcos como eu. —Se não poder dizer sim ou não em simples espanhol, o trato está terminado.

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levantou-se sobre um cotovelo, um sorriso malvado elevando as esquinas de seu deliciosa boca. —Sim ou não em simples espanhol —disse, parecendo completamente agradada consigo mesma. —É muito mau, na verdade —disse, ignorando-a—. O corte é delicioso. Suspirou e descansou a cabeça em meu ombro, mas não antes de assegurarse de que cada fio de cabelo em sua cabeça caísse sobre minha cara. Indiferente, soprei um pouco de minha boca e ignorei o resto. Bom não o ignorei muito, enquanto inalava a fresca essência. Desfrutava da sensação aveludada. —Não vai a funcionar —disse, até olhando a caixa—. Não pode me chantagear para que me case contigo. Tomei seu queixo entre meus dedos e levantei seu rosto para o meu. — Carinho, sou o filho de Satã. Poderia te chantagear para que desse a seu primogênito para um circo ambulante se quisesse.

1.jpg 2.jpg Levantou uma sobrancelha em sinal de conformidade. Acreditava-me. Acreditava que tinha poder sobre ela. Que perderia se alguma vez nos enfrentávamos. Deixaria-a seguir pensando isso por agora. Guardaria em segredo um pouco mais o fato de que poderia me fazer cinzas com um simples pensamento. Eu só tinha uma verdadeira defesa contra ela, e algum dia lhe diria o que era; que qualquer que conhecesse seu nome, seu verdadeiro nome celestial, tinha uma pequena partícula de poder sobre ela. 4 Isso me daria uma vantagem se alguma 2 vez a necessitava. Em caso de que

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nossas coloque do outro mundo se vissem o conflito. Era o filho do inimigo público número um, depois de tudo. E tinha pecados pelos que pagar. Mesmo assim, a mera idéia de nós dois em desacordo me trazia tanto dor, tanta agonia, que raramente deixava que isso me passasse pela mente. Mas ela era um anjo da morte. Um dia começaria a atuar como um e eu estaria sem defesa contra ela. Até então, beberia dela como se minha vida dependesse de isso. Tinha esperado tanto tempo, séculos, de fato, para que ela nascesse na terra. A fruta proibida freqüentemente produzia o néctar mais doce. Eu gostaria deter qualquer batalha por chegar tanto como fora possível, e logo me renderia ante ela, deixaria-a me aniquilar, porque a vida sem ela seria insuportável. Até então, entretanto… Baixei a cabeça, pus minha boca sobre a sua, e deixei que meus dedos explorassem as dobras entre suas pernas outra vez. retorceu-se e deixou que suas pernas caíssem abertas sob meu toque, e uma vez mais, deleitei-me com sua sensação.

1.jpg 2.jpg Agradecimentos Latido, cinco livros e ainda não posso ter suficiente do Charley Davidson. Ela me faz esperar com vontades despertar. Cada livro é um pouco mais divertido de escrever que o último, e tudo isto o devo a vocês, queridos leitores, por me permitir esta oportunidade. E, como sempre, meu coração e gratidão vão para meu fabulosa agente, Alexandra Machinist, e minha extraordinária editora, Jennifer Enderlin. A boa notícia é que superamos outra entrega. A outra boa notícia é que os tics nervosos que lhes provoquei por empurrar este prazo só 4 um 2

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poquito mais do que provavelmente deveriam, desaparecerá logo. Prometo-o. Poderiam tratar com uma pomada. Ou terapia. E já que estamos com o tema, meu editor de cópia, Eliani Torre, é algo incrível. Sou tão afortunada de te ter. Um enorme obrigado para o Stephanie Raffle por nossas versões silmutáneas de a fusão mental do vulcão. Estou-lhe isso dizendo, grandes mentes, neném. E para a incoparable Cait Wells, a mais melhor leitora do mundo. (Sei que está morrendo por corrigir isso). Para minha preciosa sobrinha, Ashlee Duarte, por me deixar usar uma história tirada diretamente de sua infância. Assim, queridos leitores, quando chegarem a onde Amber diz por signos uma frase de forma incorreta, de verdade, realmente, aconteceu, palavra por palavra, só que aconteceu a minha sobrinha quando tinha ao redor de nove anos. Logo descobrirão por que entesouro essa história tanto. Muito obrigado aos Grimlets! São os melhores. E a mim assistente, Dana, por seus incansáveis esforços, e a nossa própria mamãe Grimeley, Jowanna. Há muita gente a que eu adoraria lhe dar as obrigado. Cada livro que sou capaz de escrever é um presente. Sinto-me humildemente honrada de que na verdade haja gente que queira lê-los. Muito obrigado!

1.jpg 2.jpg Sexta Tumba no Bordo

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Poucas coisas podem interferir entre a 2 vida de um

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anjo da morte e seu café, mas o sexy e quente filho de Satã é uma delas. Agora que Reis Farrow pediu sua mão, Charley Davidson sente que é hora de aprender algo de seu passado, mas Reis é relutante a abrir-se. Quando o arquivo oficial do FBI sobre seu seqüestro infantil cai em seu regaço, Charley decide deixar a lado a seu misterioso galã e fazer seu própria investigação. por que, O que pode sair mau? Infelizmente, outro caso cai a seu regaço –um com conseqüências perigosas. Alguns insistentes homens querem que Charley de caça a uma testemunha que está a ponto de atestar contra seu chefe, o dirigente do sindicato criminal local. Se Charley não conseguir uma direção nas próximas quarenta e oito horas, as pessoas mais próximas a ela começarão a desaparecer. lhe acrescentando um homem desesperado procurando a alma que perdeu em um jogo de cartas, uma mãe tenaz decidida a encontrar o fantasma de seu filho, e um lhe adoeçam surdo atormentado por sua nova habilidade de ver claramente aos fantasmas, Charley tem as mãos enche. O fato de que Reis a tenha pilhado em sua última aventura só lhe adiciona mais combustível ao inferno que ele é. O bom é que Charley está acostumada a realizar múltiplos tarefas de uma vez e sempre está lista para um desafio… especialmente quando esse desafio vem em forma de Reis Farrow.

1.jpg 2.jpg Sobre o Autor

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Darynda Jones é uma autora americana de novelas de incerteza paranormal romântico. Com sua primeira novela, Primeira tumba à direita (First grave on the right, 2011), ganhou o Prêmio Golden Heart 2009 a Melhor Novela Romântica Paranormal. Animada pelo êxito, decidiu ficar em mãos de um agente e assinou um contrato com uma prestigiosa editorial americano. Desde sua publicação em 2011, Primeira tumba à direita recebeu excelentes críticas por parte do setor e seus direitos se venderam a vários países. Suas respectivas continuações, Segunda tumba à esquerda (Second grave on the left, 2011), Terceira tumba todo reto (Third grave dead ahead, 2012), e Fourth grave beneath my feet (2012), não têm feito a não ser confirmar seu talento como narradora de um novo gênero romântico carregado de humor, mistério e muita paixão. Darynda vive com seu marido e seus filhos em Novo o México. Sitio Web oficial: http://www.darynda.com/

1.jpg 2.jpg LdC.PNG TRADUZIDO, CORRIGIDO E DESENHADO EM:

http://www.librosdelcielo.net/forum

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