AURORA, 858

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SALA 11 | REBÚBLICA | SP

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EXPOSIÇÃO DE 15/JUNHO À 19/JULHO

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EXPOSIÇÃO DE 15/JUNHO À 19/JULHO

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EXPOSIÇÃO DE 15/JUNHO À 19/JULHO

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SALA 11 | REBÚBLICA | SP

Fernanda Gomes Carlos Anzola Jan Svankmajer Horst Ademeit Sara Alves Braga Amilcar Packer Jorge Menna Barreto Lanchonete.org Espaço Phosphorus Pablo León de la Barra

PROJETO CURATORIAL Alessandro Cavallo Camila Campos Camila Moraes



Opa! Que cheiro bom saindo daquela janela! – comentei em voz alta na calçada da Rua Aurora e imediatamente fui interceptado por alguém que estava na porta do edifício, distribuindo seus cartões. Seria o cozinheiro? Na verdade não, aquilo era um folder de exposição de arte se fingindo de cartão de visitas. Olhei para dentro do hall, curioso, ainda segurando o cartãozinho. Como assim? O porteiro me identificou e apontou pra escada: “Sobe lá, moço! Pode subir! Primeiro andar! Aproveita que tá na hora do P.F.” Fui. Porta aberta, bem-vindo. O movimento das pessoas era de almoço, pegavam seus pratos e sentavam-se à mesa ou no sofá mesmo...mas, lá em baixo não me falaram que era uma exposição? Bom, não sei quem eles são, mas estou com fome, vamos lá...



AURORA, 858

é endereço residencial. Apartamento, imbuído de narrativas e pertencimentos, alguém mora aqui. Quem? Eu? Às vezes sim, outras não, muita gente parece morar aqui. A experiência desta visita é parecida com muitas outras já vividas na casa de parentes, amigos, no aniversário de alguém, no dia das mães, naquele café marcado à longa data. Qual o limite entre as obras expostas e os visitantes do .Aurora? É uma visita, certo? Viemos comer e bater um papo aqui, hoje. Com curadoria de Alessandro Cavallo, Camila Campos e Camila Moraes, o projeto AURORA, 858 articula trabalhos de Carlos Anzola, Fernanda Gomes, Horst Ademeit, Svankmajer e Sara Alves Braga, acrescentados de uma curadoria de Pablo León de La Barra no banheiro e eventos culinários de Amilcar Packer, Jorge Menna Barreto, lanchonete.org e do espaço Phosphorus no espaço autônomo expositivo e de trocas .Aurora. AURORA,858 faz referência ao endereço do .Aurora, localizado em uma sala comercial no primeiro andar de um edifício no centro de São Paulo, mais especificamente na Rua Aurora, nº 858, República. A natureza cotidiana e dominada da sala comercial protagoniza o projeto e potencializa-se na montagem do leiaute doméstico de um apartamento. Aqui, não há mais um embate ferrenho com as paredes brancas: a casa toma por completo a área do .Aurora. Não há mais, portanto, uma demarcada hierarquia entre as obras de arte e seu espectador. O sofá é para sentar, assistir televisão. A comida, para comer: P.F. paulistano na hora do almoço ou alguma outra refeição nos sábados da programação; sentar à mesa e conversar, conhecer o outro na cidade. Uma nebulosa preenche todo o volume vazio que existe: as fronteiras entre o espaço individual e coletivo se mesclam, assim como a arte e a memória, a experiência e o pertencimento, os sonhos e intenções. Os pensamentos mais secretos são revelados, expostos, viram parte do espaço da arte. Mas, continuam intrínsecos à nós. A programação da AURORA, 858 contém almoços de P.F. uma vez por semana, organizados pelo corpo curatorial, e instalações culinárias aos sábados. Para as últimas, são convidadas as ações: Doris Criolla de Amilcar Packer, Café Educativo de Jorge Menna Barreto, Derivas da Cozinha do grupo lanchonete.org e Sobre a Mesa do espaço Phosphorus. Doris Criolla abastece suas refeições com ingredientes típicos da cozinha crioula, encaminhando conversas sobre alimentação, história e geopolítica. A conversa e informação cultural e culinária é também estimada pelo Café Educativo, que proporciona um material literário, jornais e revistas, acompanhados do


Suco Específico de frutas e folhas verdes.Já em Derivas da Cozinha, o argumento da performance de Adler Munrad é a chave para uma boa conversa, para transferência de conhecimento vinculado ao afeto.Vínculo é o que traz a ação do também independente espaço Phosphorus ao .Aurora, numa tarde de sobremesas para debater sua própria natureza. Em sua interlocução, o público torna-se, ele próprio, a arte sugerida, retirando a aura institucional e horizontalizando o artista, o espaço e a audiência.Os eventos culinários que acontecem na exposição, portanto, são performances participativas, que atuam na ação cotidiana de comer e interagir com outrens. Toda essa prosa aconchega-se nos sofás do apartamento AURORA,858 e recebe uma dimensão analítica nos vídeos Svankmajer, cuja abordagem surreal desta dialética leva à dimensão poética o simples ato de interagir dos homens. É esta poesia do limiar entre o costumeiro e o nonsense que permeia os metros quadrados do imóvel, composto principalmente por um mobiliário ordinário mas que mistura-se aos móveis de Fernanda Gomes, à primeira vista tradicionais e, logo depois, impossíveis de cumprir a função utilitária de um móvel. Esses elementos proporcionam à exposição o tom onírico, onde tudo parece familiar e ao mesmo tempo confuso, inatingível. Afinal, o que significam as polaroids espalhadas pela casa? Horst Ademeit despeja pelos aparadores, mesinhas de canto e mural do escritório as suas obsessões, anotações de uma íntima atividade de sua psiquê, uma mania elevada à máxima potência, o medo da radiação dos objetos à sua volta. Insanidade que gera produtos fascinantes e que, mesmo sem intuito de fazer arte, o faz. E as suas manias, quais são? Que referências te levaram à isso? O que faz sentido pra você, mas talvez não tenha sentido algum? Essa inconsistência lógica que pode muitas vezes nos passar desapercebida no dia a dia é exatamente o que a Instalação Ω III proporciona no quarto, um inventário da composição de referências de Sara não tem nome, mas que também podem ser imagens registradas nos arquivos neurológicos de quem a examina. A memória é ativada o tempo todo no AURORA, 858: Os quadros de Carlos Anzola também nos contam histórias possíveis, trazem as lembranças de uma casa antiga, comentários sobre algo que reconhecemos. É questão de sondar o imaginário, imergir-se pacificamente nas obras uma vez que é quebrado o cubo branco. AURORA, 858 pressupõe a visita, a vivência no apartamento, e presume que arte e a vida humana se conformam horizontalmente.


Exposição estará aberta a partir das 12hrs às 22hrs. Quando indicado na programação, serviremos almoço ao 12hrs, café às 17hrs e jantar às 20hrs.

15 SEG | 16 TER | 17 QUA | 18 QUI | 19 SEX | 20 SÁB | 21 DOM | 22 SEG | 23 TER | 24 QUA | 25 QUI | 26 SEX | 27 SÀB | 28 DOM | 29 SEG | 30 TER |

virado à paulista - abertura (almoço) exposição exposição exposição exposição Jorge Mena Barreto - Café Educativo (café) fechado exposição escondidinho (almoço) exposição exposição exposição Amilcar Paker - Doris Criolla (jantar) exposição exposição exposição

01 QUA | 02 QUI | 03 SEX | 04 SÀB | 05 DOM | 06 SEG | 07 TER | 08 QUA | 09 QUI | 10 SEX | 11 SÀB | 12 DOM | 13 SEG | 14 TER | 15 QUA | 16 QUI | 17 SEX | 18 SÀB | 19 DOM |

feijoada (almoço) exposição exposição Lanchonete.org - Derivas da Cozinha (almoço) fechado exposição exposição exposição macarrão (almoço) exposição Phosphorus - Sobre a Mesa (café) fechado exposição exposição exposição exposição peixe (almoço) exposição pizza à noite - encerramento (jantar)


MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO EXPOGRÃFICO A primeira intenção do projeto AURORA,858 é tratar o .Aurora como o próprio objeto expositivo, uma vez que seu espaço físico - originalmente uma sala comercial nos remete a um ambiente de proporções do cotidiano doméstico. Esta atmosfera intimista é potencializada, no sentido de quest(ens)ionar as instituições culturais de exposição artística tradicionais e os limites que operam perante seus visitantes. O espaço expositivo do AURORA,858, para tanto, dividi-se conforme a segmentação tradicional de uma casa e cada obra é disposta conforme seu caráter em relação às especificidades de cada ambiente. O lugar passa a conter, então, uma sala de estar logo na entrada, seguida da sala de jantar, escritório dos Auroros adaptado na janela, uma alcova para quarto (onde hoje se instala o escritório), seguido da cozinha e banheiro. O mobiliário do apartamento é composto por móveis - sofá, poltrona, mesinha de centro, aparador - preexistentes no .Aurora, cadeiras e mesa de jantar alugadas, outros mobiliários e acessórios emprestados de colaboradores e pelas obras de arte selecionadas, principalmente as de Fernanda Gomes nas salas e a instalação de Sara não tem nome no quarto. A sala de estar veicula, em cima do aparador, o vídeo Dimensions of Dialogue de Svankmajer, tripartido em três televisores diferentes - cada um contendo uma das fases do curta metragem. A multiplicação dos aparelhos televisores está assim decidida para brincar com o limiar entre o espaço expositivo e o espaço da casa, aludindo à dimensão onírica que por vezes pode tomar o apartamento AURORA,858. O mesmo aparador também ampara as polaroides de Horst Ademeit, que não apresentam suporte específico, mas estão dispostas aleatoriamente ao longo do cômodo, das mesinhas de canto ao lado do sofá e no mural de cortiça de 1,0m por 0,80m na parede do escritório, misturadas às anotações de trabalho dos Auroros. As notáveis dimensões dos quadros de Carlos Anzola ajudam os ambientes a serem compostos. Após sua maior pintura participante caracterizar a sala de visitas, a sala de jantar também ganha densidade uma vez que outra pintura de grande presença reside a parede. Além de Anzola, Fernanda Gomes também aparece aqui, com cadeiras e banquinhos empilhados, retomando a ambiguidade central do AURORA,858. Se até agora essa imprecisão foi requerida, no quarto não deixaria de ser igual. Contudo, este lugar da expressão mais íntima de quem habita o imóvel se traduz em somente uma obra composta por variados elementos pessoais: a Instalação Ω III, de Sara não tem nome. Atravessada a alcova pouco iluminada, expressão do


momento de maior reclusão no AURORA,858, a cozinha chega como seu máximo contraste. É a partir desde cômodo extremamente iluminado - e reduzido, porém completamente ocupado por armários e equipamentos - que toda a dinâmica da exposição se encaminha. É no fogão de seis bocas que a maioria das refeições é preparada para a programação semanal. De lá, os pratos são levados à sala de visitas e à sala de jantar, o movimento circular predomina no apartamento. Neste contornar, a iluminação do apartamento se dá de forma gradual, acompanhando a intensidade de intimidades que os ambientes carregam. Sendo assim, a cozinha é o lugar com maior lux, iluminada artificialmente com luzes frias; a sala de visitas, por onde se chega na exposição, também é iluminada artificialmente, mas com luzes quentes. Além da iluminação artificial, a sala também é influenciada pela grande quantidade de luz natural da janela do .Aurora, que dá o tom da sala de jantar e do escritório durante o dia. Já no quarto, luminárias de piso pertencentes à própria instalação artística fazem a função de aquecer o ambiente. Logo depois, volta-se às luzes frias da cozinha e assim se repete o trajeto.















”Sem titulo” - 1990-2011 Cadeiras, facas, garrafas de vinho, panelas de ferro, malas e outros objetos.

Nasceu em 1960 no Rio de Janeiro, onde mora e trabalha. Expôs na Bienal de arte de Istanbul em 2013, Bienal de São Paulo em 2012 e várias outras galerias de arte contemporânea. Seu trabalho está entre a pintura e a escultura, trazendo objetos sobretudo de madeira, dispostos de maneira a formar novas composições. Analisa a experiência do projeto a partir do desenho (ponto, linha, forma) até o gesto, desde o momento de criação até a obra concluída. Muitas vezes cria composições de objetos a partir das relações com luz, cor e espaço, neste sentido tenta alcançar nos objetos o sentido da relação com o homem. Os objetos tem uma fisicidade espacial que deixa uma “linha” quase arquitetônica no espaço. Essa linha, portanto, se dá como um sinal entre objeto e homem.


”Sem título” - 19x27x7cm Três caixas de cartao, fio de lino e prego e outros objetos.

”Sem título” - 2008 - Cadeiras; 36x240x41cm Galeria Luisa Strina, São Paulo.

”Sem titulo” - 2001 - 2005 Mesa de madeira.

”Sem título” - 2013 - Madeira Galeria Luisa Strina, São Paulo.

”Sem titulo” - 2007 - Café sobre papel; 29,7x21cm Galerie Emmanuel Herve, Paris.


“Oferendas” - série 2007 Técnica mista sobre tábua de madeira - 320x160x10cm

Artista venezuelano, nascido em 1970 em Caracas. Estudou na Facultad de Arquitectura y Urbanismo, UCV, no Instituto de arte “Federico Brandt” de Caracas, e no Instituto Universitario de Tecnología Industrial Rodolfo Loero Arismendi. Carlos Anzola apresenta uma coleção de referências sobre o passado por meio de pinturas, composições e colagens. Ele propõe uma reflexão sobre o sentimento de nostalgia; a ruìna e a resignificação das imagens do passado individual e coletivo através da recoleção de objetos e cenários que trazem referências estéticas, pessoais e sociais, funcionando como fragmentos da vida humana, para assim resgatar a memória do passado. Temáticas gerais da sua obra são a família e a religião, utilizando objetos obsoletos, especialmente da década de 60 e 70, oferecendo possibilidade de apropriação individual.


“Mesa para cuatro” - 2005 Técnica mista sobre tábua de madeira - 160x180x10cm

“Diálogos nostalgicos” - 2000 Tecnica mista sobre tàbua de madeira - 90x180x10cm


”Dimensions of dialogue” - “Passionate discourse” - 3’, 1982 vídeo em stop motion, cor, som.

Artista surrealista de origem tcheca. Tornou-se o principal autor de filmagens criadas a partir da técnica “stop motion” e de escultura. Estudou cenografia na Escola das Artes de Praga, aprofundando seu conhecimento em fantoches. A comida e as relações entre homens são os temas principaìs das suas pesquisas, analisando os aspectos mais grotescos e perturbadores. Na obra “Dimensions of dialogue”, 1982, ele explica sua análise em relação à passagem da unicidade individual até uma progressiva uniformidade social. Esta é gerada por meio do desenvolvimento tecnológico e social, que reduz as possibilidades de diálogo.


”Dimensions of dialogue” - “Eternal conversation” - 4’57”,1982 vídeo em stop motion, cor, som.

”Dimensions of dialogue” - “Passionate discourse” - 3’, 1982 vídeo em stop motion, cor, som.

”Dimensions of dialogue” - “Exhaustive discussion” - 3’20”, 1982 vídeo em stop motion, cor, som.


“untitled, 09.12.1993” - inscribed polaroid - 11x9cm “895, 21.03.1993” - inscribed polaroid - 11x9cm

Nasceu na Alemanha, no final da Segunda Guerra Mundial e cresceu em um orfanato e em famílias temporárias até quando começou trabalhar. Descubriu-se interessado à arte e estudou na Kunstakademie de Dusseldorf, com Joseph Beuys nos anos 70. Em um primeiro momento seu interesse artístico foi ligado a uma linguagem figurativa e acadêmica. Quando, na Alemanha, começou o problema das radiações electromagnéticas entre outros tipos, começou a se proteger, no começo de maneira natural, mas se tornou uma loucura, chgando ao ponto que não saia de casa. Nesse período começou a usar a fotografia para documentar este fenômeno. Durante sua vida inteira produziu mais de 10.000 polaroids, onde ele descrevia suas sensações momentaneas sob o ponto de vista do olhar do cotidiano.


“965, 30.05.1993” - inscribed polaroid 11x9cm

“untitled” - mixed media on paper - 17,5x14,5cm

“3541, 15.11.1998” - inscribed polaroid 11x9cm

“900, 26.03.1993” - inscribed polaroid 11x9cm


Sara Não Tem Nome ”Instalação Ω III, 2015

Sara Alves Braga - nome artístico de Sara Alves Braga, nascida em 1992, em Contagem - MG. Sara olha o mundo com um filtro particular: ela parece navegar a realidade em busca daqueles intervalos de inconsistência lógica que nos passam desapercebidos no dia a dia – ou aos que deliberadamente damos credibilidade temporária, para lidar com o mundo de forma mais amena. Sara explora o mundo interior construindo narrativas desde a fotografia, o vídeo, o livro de artista, a performance e a canção.


Sara Não Tem Nome ”Instalação Ω III, 2015

Sara Não Tem Nome ”Instalação Ω III, 2015


“DORIS CRIOLLA” - 2014 Doris Criolla parte da análise das palavras crioulo, criollo e créole, para propor uma experimentação gastronômica e discursiva que será apresentada em uma série de encontros, almoços e jantares. A ação pretende elaborar as implicações e potências destes termos, enquanto ferramentas para pensar a complexidade de processos políticos, sociais e culturais, que partem de contextos coloniais, racistas e escravagistas.

Nasceu no Chile e mudou-se para o Brasil em 1982. Formado em filosofía pela Universidade de São Paulo, desenvolve uma prática na qual desloca, subverte e re-contextualiza objetos do cotidiano, arquitetura e o corpo humano, em ações, muitas vezes realizadas pelo próprio artista e geralmente apresentadas em fotografias, vídeos e instalações. Seu trabalho de artista visual se baseia em idéias na organização do mundo como linguagem e construção onde as práticas artísticas apontam para a possibilidade de renovação e invenção de modalidades de apreensão, de comportamento e de subjetivação, de resistência e de fricção para confrontar estruturas históricas, políticas e sociais hegemónicas e homogeneizantes, e discursos dominantes que rígidamente determinam os indivíduos. Expandiu seu trabalho desenvolvendo e organizando apresentações e encontros em formatos de leituras e apresentações, ações coletivas, conversas e workshops, caminhadas, almoços e jantares.



É artista e pesquisador. Mestre em Poéticas Visuais pela USP, onde cursa o doutorado. Faz parte do grupo de críticos do Centro Cultural São Paulo desde 2008. A sua obra se concretiza em uma pesquisa crÍtica sobre o ato de comer. O que define nossos gostos, a partir das raizes culturaìs e sociaìs até o ato de comer mesmo. “As decisões do que vamos comer passam majoritariamente pelos critérios infantis e insuficientes “disso eu gosto” e “disso eu não gosto”. Se fossemos fazer um desenho do sistema digestivo, dando ao tamanho de cada órgão a importância que ele tem na nossa decisão do que comer, a boca seria hipertrofiada, muito maior do que qualquer outra parte do nosso corpo que está envolvida no processo de digestão.” É para a boca que se endereçam a alta-gastronomia, os salgadinhos, sorvetes e refrigerantes. O que foi necessário fazer para aquele ingrediente chegar a sua mesa ou o que acontece com ele depois que você o engoliu fica à sombra, ocultado. O fato é que a tirania do paladar gera imensos impactos ambientais e na saúde.


“CAFÉ EDUCATIVO” - 2014 Consiste na instalação do ambiente de um café em um espaço expositivo. Além de servir café ou comida, ele funciona como uma ilha de mediação não-diretiva entre a instituição, seu departamento educativo, profissionais do campo da arte e o público. O Café Educativo é um nó que une diferentes instâncias — artistas, exposição, público, instituição de arte — e que se atualiza em cada montagem, variando em formato e função de acordo com as circunstâncias de implementação.

“SUCOS ESPECÍFICOS” - 2014 Os Sucos Específicos são parte de uma pesquisa que envolve ativismo alimentar, agroecologia e o site-specific no campo da arte. Compareceram no programa do Cafe Educativo à partir do 2014, depois um periodo de estudo das plantas selvagens comestíveis específicas da ilha de Anhatomirim, no litoral catarinense. Estas foram identificadas para serem consumidas como ingredientes em um suco de frutas e folhas verdes. O projeto contou com a participação do agrônomo Jefferson Mota para a identificação dos matinhos comestíveis (plantas alimentícias não convencionais) e do artista Bil Lhmann na ilustração das espécies identificadas colocadas nos rótulos.


“DERIVAS DA COZINHA” - 2015 Almoço performance cujo argumento é uma ferramenta que celebra a atuação de uma simples conversa para reunir e aproximar as pessoas. Conversar é a forma mais comum da tradição oral, um espaço imediato de transferência de conhecimento vinculado ao afeto.

O coletivo Lanchonete.org nasceu na cidade de São Paulo para refletir sobre os temas urbano da cidade e da metropole, trazendo questões artísticas e sociaìs. Sua obra se estrutura ao longo de experimentações expressivas com as técnicas mais diferentes. Em parceria com o atista Adler Murad, junto com a partecipação de Alyssa Becker e Blake Morris, vai ser apresentado um almoço performance cujo argumento é uma ferramenta que celebra a atuação de uma simples conversa para reunir e aproximar as pessoas.



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Sobre a Mesa

Em parceria com o espaço Phosphorus, vai ser representado um grupo de reflexão sobre os temas do espaço, como também cruzamentos de questões da arte contemporânea, da história da cidade e dos vários cenários artísticos, culturais e sociais que giram em torno das ações deste lugar. Por meio deste evento se tenta de convidar o público no espaço do .Aurora para debater idéias e dividir uma cena costumeira no espaço expositivo: a comida. Um banquete de doces serà oferecido, propondo a lembrança do antigo estado grego, em que a filosofia, a cultura, as artes e a formulaçao do pensamento eram postas à mesa.



A White Cubicle Toilet Gallery acontece desde 2005 no banheiro feminino do pub George and Dragon, em Londres. Segundo a apresentação do site do projeto, “mede 1,40 x 1,40m e funciona sem orçamento, equipe ou fronteiras”. Pablo, idealizador e curador do White Cubicle, fala que o objetivo é dar visibilidade para diferentes artistas de diversas identidades geográficas em Londres. O espaço inusitado traz interferências das pessoas e do tempo.

Nasceu na Cidade do México, em 1972. É uma das figuras mais interessantes do panorama cultural londrino. Galerista, arquiteto, editor, comissário de exposições, é uma figura extremamente ativa e um dos agentes culturais mais profícuos da movida internacional Inglesa. Vive na capital inglesa há dez anos, tendo desenvolvido um projeto, durante 3 anos, após os quais abriu a galeria Blow de la Barra juntamente com Detmar Blow, um dos antigos donos da Galeria Modern Art. White Cubicle é um exemplo de como expor e desenvolver trabalhos de arte fora das instituições. Assim como o blog, apresenta uma transformação entre público e privado, conforme assinalou Cristina Freire. O diário e o banheiro se abrem como espaços de trânsito e visibilidade.





Todo o mobiliário que compõe o leiaute do apartamento do AURORA,858 dá a essencial característica doméstica ocidental tradicional almejada para o imóvel-exposição. A lista aqui disposta apresenta quais itens são necessários para esta composição. As imagens sugeridas nas especificações representam uma combinação de móveis que pode trazer essa identidade, mas compõem primordialmente uma primeira montagem desta exposição e dependeriam, numa futura montagem, da existência, disponibilidade e concedimento da empresa de aluguel de móveis sugerida e das pessoas dispostas neste primeiro momento à emprestar seus obejtos. - 1 sofá de 4 lugares - 2 poltronas - 1 mesa de centro - 4 cadeiras de escritório - 1 aparador com portas de armazenamento - 1 mapoteca - 2 mesinhas de canto - 1 banquinho - 6 cadeiras de modelos diferentes entre si - 1 mesa de jantar - 2 abajures para as mesas de canto da sala de estar - 1 lustre para a sala de jantar - 4 tapetes para a composição da sala de estar, jantar e escritório - 1 tapete para a àrea de entrada - 1 pendurador de casacos - 1 carrinho aparador para o auxílio das refeições na sala de jantar


MOBILIÁRIO EXISTENTE no . Aurora a ser utilizado - 1 sofá de 4 lugares dimensões : 2,28 x 0,92 x 0,70m - 2 poltronas dimensões : 0,79 x 0,87 x 1,00m - 1 mesa de centro dimensões: 1,00 x 0.60 x 0,50 m - 5 cadeiras de escritório dimensÕes: 0,65 x 0,61 com altura ajustável - 1 aparador com portas de armazenamento dimensões: 2,10 x 0,50 x 0,70m - 1 mapoteca 1,00 x 0,80 x 0,715 - 1 mesinha de canto - banquinho

MOBILIÁRIO ALUGADO - 6 cadeiras de modelos diferentes entre si em média 0,40 x 0,50 x 0,90 m - 1 mesa de jantar 1,80 x 0,90 x 0,75m sugestão de empresa e modelos para o aluguel dos móveis: Ambiente Eventos 55 11 4781-4943 / 55 11 4781-4524 Av. João Paulo I, 1776 - Módulo B8 - Embu das Artes , SP - Junto ao Rodoanel - CEP: 06817-000 contato@ambienteeventos.com.br

MOBILIÁRIO E ACESSÓRIOS EMPRESTADOS - 2 abajures art nouveau para as mesinhas de canto da sala de estar 0,45 x 0,45 x 0,75m - 1 lustres para a sala de jantar 0,30 x 0,30 x 0,75m - 4 tapetes tipo persa 0,95 x 1,55m para a composição da sala de estar, jantar e escritório - 1 tapete tipo persa 0,76 x 1,08 m para a àrea de entrada - 1 carrinho aparador para o auxílio das refeições na sala de jantar Itens pertencentes à Camila Moraes contato: cabsmm@gmail.com ; (11)99666-8282 - 1 pendurador de casacos para a entrada item pertencente à Maysa Rovai contato: maysarovai@gmail.com ; (11)962005173


Mesa de Jantar Oxy Tampo em madeira de demolição e pés em metal oxidado. Dimensões: 1,80 x 0,90 x 0,75m

Cadeira Louis Ghost Estrutura em policarbonato (acrílico). Dimensões: 0,53 x 0,53 x 0,93m

Cadeira Medeiros Vermelha Cadeira de madeira pintada em vermelho. Medidas: 0,45 x 0,50 x 0,90m

Cadeira Jardim Provençal Cadeira de ferro para jardim. Medidas: 0,40 x 0,40 x 0,90m

Cadeira Jardim Estrutura em madeira pinus. Também pode ser usada em área externa. Dimensões: 0,40 x 0,47 x 0,89m

Cadeira Medeiros Estrutura em madeira e assento em palha.

Cadeira Tutóia Trama em junco natural e assento em sarja cru. Dimensões: 0,41 x 0,44 x 0,91m

Dimensões: 0,45 x 0,50 x 0,90m

MÓVEIS ALUGADOS


Carrinho aparador para o auxílio das refeições na sala de jantar

Abajur art nouveau para as mesinhas de canto da sala de estar Dimensões: 0,45 x 0,45 x 0,75m

Abajur art nouveau para as mesinhas de canto da sala de estar Dimensões: 0,45 x 0,45 x 0,75m

Lustre para a sala de jantar Dimensões: 0,30 x 0,30 x 0,75m

MÓVEIS EMPRESTADOS


Tapete tipo persa para a àrea de entrada Dimensões: 0,76 x 1,08m

Tapete tipo persa para a composição da sala de estar, jantar e escritório Dimensões: 0,95 x 1,55m

Tapete tipo persa para a composição da sala de estar, jantar e escritório Dimensões: 0,95 x 1,55m

Tapete tipo persa para a composição da sala de estar, jantar e escritório Dimensões: 0,95 x 1,55m

Pendurador de casacos para a entrada.

Tapete tipo persa para a composição da sala de estar, jantar e escritório Dimensões: 0,95 x 1,55m





Exposição estará aberta a partir das 12hrs às 22hrs. Quando indicado na programação, serviremos almoço ao 12hrs, café às 17hrs e jantar às 20hrs.

15 SEG | 16 TER | 17 QUA | 18 QUI | 19 SEX | 20 SÁB | 21 DOM | 22 SEG | 23 TER | 24 QUA | 25 QUI | 26 SEX | 27 SÀB | 28 DOM | 29 SEG | 30 TER |

01 QUA | 02 QUI | 03 SEX |

virado à paulista - abertura (almoço) exposição exposição exposição exposição Jorge Mena Barreto - Café Educativo (café) fechado exposição escondidinho (almoço) exposição exposição exposição Amilcar Paker - Doris Criolla (jantar) exposição exposição exposição

feijoada (almoço) exposição exposição 04 SÀB | Lanchonete.org - Derivas da Cozinha (almoço) 05 DOM | fechado 06 SEG | exposição 07 TER | exposição 08 QUA | exposição 09 QUI | macarrão (almoço) 10 SEX | exposição 11 SÀB | Phosphorus - Sobre a Mesa (café) 12 DOM | fechado 13 SEG | exposição 14 TER | exposição 15 QUA | exposição 16 QUI | exposição 17 SEX | peixe (almoço) 18 SÀB | exposição 19 DOM | pizza à noite - encerramento (jantar)


Organizar as preparações em duas equipes: uma de compras, organização e limpeza (equipe 1) e outra também de organização e limpeza, mas com cozinheiros e ajudantes de cozinha (equipe 2) segunda feira 15/06: Virado à paulista terça-feira 23/06: Escondidinho quarta-feira 01/07: Feijoada quinta-feira 09/07: Macarronada sexta-feira 17/07: Peixada 5H equipe 1 : comprar ingredientes do dia ( Mercado Municipal ou onde preferir) 7h equipe 2: iniciar a preparação da cozinha: limpar, organizar, separar utensílios 8h equipe 1: separar e organizar na mesa da sala de jantar os materiais que serão utilizados pelo público para comer : cumbucas, pratos, talheres, copos, guardanapos 8h

equipe 2: iniciar o cozimento dos alimentos

8h-12h equipe 1: enquanto isso, lavar e organizar os objetos que não forem mais utilizados (panelas, colheres, bandejas, recipientes, copos, etc.) 11h30 equipe 2: terminar o cozimento dos alimentos 11h30 equipe 1: almoçar 12h

equipe 2: pôr à mesa!

12h

equipe 2: almoçar

12h30 equipe 1: começar a lavagem e organização das louças 13h equipe 2: ajudar a equipe 1 na lavagem e organização das louças

Obs.: Sempre ter em dia galões de àgua Mineral para servir em todas as refeições.


passo 1. Listar os ingredientes requeridos por cada artista ou coordenador do espaço convidado. sábado 20/06 : Jorge Mena Barreto com Café Educativo sábado 27/06: Amilcar Packer com Doris Criolla sábado 04/07: Lanchonete.org com Derivas da Cozinha sábado 11/07: espaço Phosphorus com Sobre a Mesa passo 2. É indicado seguir passos semelhantes aos indicados para os dias de P.F., somente alterando horários proporcionalmente conforme o horário estipado para o evento. Os almoços sempre serão servidos ao meio-dia (12h) e os jantares às 20h. Para ocasiões de cafés, que serão servidos às 17h, não é preciso iniciar a compra dos alimentos e preparação com tantas horas de antecedência, indica-se começar as atividades (comprar alimentos) às 14h. Obs.: Sempre ter em dia galões de àgua Mineral para servir em todas as refeições.


1. Pedir Pizzas inteiras de sabores tradicionais (Margeritta, Calabresa, Quatro Queijos e Portuguesa), no mínimo duas unidades de cada sabor. Pedir mais unidades conforme o número de convidados. 2. Comprar refrigerantes e garrafas d’àgua. Sugestão de pizzaria na região : Obs.: Sempre ter em dia galões de àgua Mineral para servir em todas as refeições.





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