CARTILHA DE ORIENTAÇÃO DE PRÁTICA DE TIRO
“Só a exaustão leva a perfeição”
INSTRUÇÃO BÁSICA DE TIRO
Desenvolver no combatente a capacidade técnica e psicomotora para que aplique corretamente os fundamentos e técnicas básicas de tiro.
Sugiro usar no mínimo uma carabina de pressão – de chumbinho – como arma, e as distâncias dos alvos devem ser de 5, 10 e 20 metros e se possível no alcance efetivo da arma, usar latinhas de cerveja ou qualquer outro objeto como alvo.
Segurança
Ao se manusear qualquer arma, deve se tomar algumas precauções para que não aconteça uma catástrofe - Ao manusear o armamento, ele deve estar travado, sem munição na câmara e descarregado (no caso de armas que usem o carregador “cartucho”). Sempre que for movimentar a arma aponte para baixo e fique com o dedo no guarda mato. Nunca aponte para outra pessoa, mesmo que a arma esteja descarregada e travada. Na posição de tiro aponte sempre para o alvo e destrave a arma apenas quando estiver pronto para atirar.
Cobertas (cobertura) e Abrigos Cobertas: Tudo aquilo que oculte a silhueta do combatente. Abrigos: Tudo aquilo que pode proteger o combatente dos tiros. A - Posição Estável É o sistema formado pela empunhadura e a posição de tiro, objetivando a menor oscilação do conjunto arma-atirador. Sempre que possível, o atirador deverá procurar utilizar qualquer tipo de apoio (sacos de areia, árvores, troncos, pneus, colunas etc.) para a realização do tiro, pois, além de permitir uma posição mais estável, poderá servir também de abrigo. Vale ressaltar que, em algumas situações, o atirador não contará com apoios. Para manter uma boa estabilidade, qualquer que seja a posição de tiro, é necessário uma força muscular que sustente o peso da arma e tenha como resultante a firmeza da arma e da posição de tiro.
B - Controle da Respiração
C - Pontaria É o fundamento de tiro que faz com que o atirador direcione sua arma para o alvo.
I - Linha de Mira Linha imaginária que une o olho à maça de mira, passando pela alça. Ela é responsável pelo alinhamento do armamento com a direção de tiro. Qualquer erro provoca um desvio angular do ponto de impacto (alvo) em relação ao ponto visado.
II - Linha de Visada Linha imaginária que se constitui no prolongamento da linha de mira até o alvo.
D - Acionamento do Gatilho A - Durante o acionamento, o atirador deve ter em mente: manter a posição estável, focalizar a maça, procurar colocá-la no centro do alvo, prender a respiração e aumentar, suave e progressivamente, a pressão na tecla do gatilho até após ocorrer o disparo. B - O dedo indicador toca a parte central da tecla do gatilho com a região entre a parte média da falange distal e a sua interseção com a falange média. C - A pressão deve ser exercida de forma suave e progressiva, sem movimentos bruscos, para a retaguarda e na mesma direção do cano da arma, sem vetores laterais. É importante não alterar a firmeza da empunhadura durante a compressão do gatilho, ou seja, o movimento do indicador deve ser totalmente independente da empunhadura, mantendo-se, em Consequência, a posição estável e sem desfazer a pontaria.
E - Posições A posição de tiro deverá propiciar ao atirador estabilidade e conforto (este último quando possível), possibilitando assim uma correta empunhadura e pontaria.
I - Em Pé sem apoio
FATO OBSERVADO: Diferente das instruções do Exército Brasileiro (foto acima), o Exército Norte-Americano, adota uma posição de tiro diferenciada. As pernas distanciam-se paralelamente de forma que a perna de apoio fique ligeiramente para trás a fim de fornecer uma base de tiro. Com as pernas ligeiramente dobradas, faz-se a mira e efetua-se o disparo.
II - Ajoelhada Sem Apoio
III – Deitada Esta posição de tiro naturalmente possibilita maior estabilidade ao atirador por possuir maior superfície de apoio, bem como ter seu centro de gravidade próximo ao solo.
A - Com apoio (bi pé)
B - sem apoio * deitar de frente, com o corpo em ângulo de aproximadamente 30 o em relação à direção de tiro, para o lado da mão auxiliar; * a perna do lado da mão que atira ligeiramente flexionada, aliviando o movimento do diafragma na respiração e proporcionando, ao lado da mão auxiliar, um maior contato com o solo; * a perna do lado da mão auxiliar naturalmente estendida no prolongamento da coluna vertebral; * o cotovelo do lado da mão auxiliar apoiado o mais baixo possível da arma e antebraço tocando o carregador; * a chapa da soleira no cavado do ombro; * cotovelo do lado da mão que atira apoiado naturalmente ao lado do corpo; * a mão que atira empunha o fuzil, trazendo-o de encontro ao ombro do lado que atira, dando-lhe firmeza; * a cabeça deve estar na vertical, com o seio da face apoiado sobre a coronha e com a musculatura do pescoço descontraída.
IV - Sentada de pernas abertas * De frente para o alvo, o atirador faz oitavo ao lado da mão que atira e afasta os pés na largura dos ombros, senta-se atenuando a queda com a mão que atira; * Apontar os pés para o centro, estando o peso das pernas apoiado nos calcanhares; * Apoiar os cotovelos na parte interna das pernas, pouco à frente dos joelhos, dando firmeza à posição; * A mão que atira exerce pressão na arma na direção do ombro; * Os grupos musculares que não estiverem estabilizando a posição, devem permanecer relaxados
V - Sentada de pernas cruzadas * Após sentar-se (como na posição de pernas abertas), o atirador cruza as pernas; * Apoiar os cotovelos na parte interna das pernas, pouco à frente dos joelhos, dando firmeza à posição; e * As pernas podem estar com flexão parcial ou total. Esta última é mais estável.
VI – De Cócoras * De frente para o alvo, o atirador faz oitavo ao lado da mão que atira e afasta os pés na largura dos ombros, agacha-se tomando a posição de cócoras. * Manter os pés chapados no solo, colocando o peso do corpo no centro dos pés; * Apoiar os cotovelos na parte interna das pernas, pouco à frente dos joelhos, dando firmeza à posição; e * A mão que atira exerce pressão na arma, na direção do ombro. OBSERVAÇÃO: sua utilização é empregada quando o terreno não permite a tomada da posição ajoelhada, nem da posição sentada.
F - POSIÇÕES ABRIGADAS Durante o combate o combatente irá atirar de uma posição que lhe dê maior segurança, um abrigo. Para tanto é necessário que o combatente saiba como tomar uma posição abrigada, de forma a obter um maior desempenho no tiro.
I – De Pé abrigada * Permanecem os mesmos fundamentos empregados da posição de pé desabrigada; * O abrigo (paredes, troncos de árvores, viaturas, etc.) fica do lado da mão auxiliar; * A arma fica apoiado na mão auxiliar; * Parte do antebraço, polegar e parte das costas da mão auxiliar, ficam encostados no abrigo, utilizando-o como apoio; e * A arma não toca o abrigo, permitindo o controle do atirador para possíveis mudanças de direção.
FATO OBSERVADO: Uma tática adotada pelo Exército Norte-Americano para tiro abrigado é, colocar a mão espalmada na parede (por exemplo) de forma que o dedo indicador e o polegar formem um “L” onde se apoiará a placa do guarda mão. A posição diminui o raio de ação do combatente, mas mostra o mínimo possível da silhueta do militar. O mesmo vale para a posição “Ajoelhada abrigada” .
II - Ajoelhada abrigada * Permanecem os mesmos fundamentos empregados da posição ajoelhada desabrigada; * O abrigo (paredes, troncos de árvores, viaturas, etc.) fica do lado da mão auxiliar; * A arma fica apoiado na mão auxiliar; * Parte do antebraço, polegar e parte das costas da mão auxiliar, ficam encostados no abrigo, utilizando-o como apoio; e * A arma não toca o abrigo, permitindo o controle do atirador para possíveis mudanças de direção. OBSERVAÇÃO: caso o abrigo esteja do mesmo lado da mão que atira, o combatente terá de inverter a sua posição de tiro, ou seja, acionar o gatilho com a mão auxiliar.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS POSIÇÕES
Agrupamento do Tiro Observe a imagem e leia descrição de A, B, C e D.
A - Os resultados são exatos porque, em média, estão próximos do valor verdadeiro (o centro), mas não são precisos porque há certa dispersão. Deve ser considerado bom apenas no começo da prática. D - Os resultados são precisos porque estão próximos entre si, mas não são exatos porque estão distantes do valor verdadeiro. C - A pior situação, isto é, nem precisos nem exatos. Deve-se praticar mais. B - A situação ideal (precisos e exatos), por que estão agrupados e atingiram o valor verdadeiro. Comparando (D) com a situação ideal (B), é possível concluir que o atirador deve ser habilidoso, mas a mira da arma deve estar desregulada. Em (D), se a mira estiver sendo feita no centro (valor verdadeiro) é por que a mira da arma realmente está desregulada. Na comparação de (A) com (D), deduz-se que a mira da arma está em ordem, mas o atirador não tem a necessária habilidade. E em (C), o atirador não deve ser habilidoso.
OBS.: Esta cartilha foi desenvolvida no intuito de ajudar os praticantes de airsoft e paintball, seja ele iniciante ou aquele que quer aperfeiçoar suas habilidades. Não nos responsabilizamos pelo mau uso desta. A distribuição deve ser gratuita e o crédito de criação deve ser mantido aos autores originais.
Créditos:
COMANDOS GESAR AIRSOFT
www.comandosgesar.blogspot.com
APRONTO OPERACIONAL
www.camuflo.blogspot.com
Agradecimento ESPECIAL: Ao site APRONTO OPERACIONAL, que contribuiu para a criação desta cartilha.