Revista ALVO 17#

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Barbados

A nova tendência da vaidade masculina.

Entrevista

O Dep. Cláudio Puty fala de eleição, mensalão e os novos rumos da política.

Running

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A nova mania do bem estar.

Cidadãos do

Acompanhe a trajetória de quem se aventura para adquirir experiências e novas culturas em outros países.

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ISSN 2179-9490 II

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distribuição em condomínios

MUNDO Revista Alvo - Edição 17


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alvo design

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informe

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07 Editorial 08 Direitos e Deveres

18 Traços e Ideias 22 Lorotas

44 Comportamento

09 12

24 Informe 26 Saber Educar

48 Acelerar 50 Esporte

Ditando o Chic

30

Capa

54 Papo Seguro

Perfil

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Turismo

56 Gastronomia

Prescrição de taxas condominiais. por Dr. Nazareno Nogueira Lima

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Entrevista

Deputado Cláudio Puty.

Playground

Para entreter: música, cinema, aplicativos e literatura. Ticket-havaiana e vale-brinde - por Patrícia Bahia

Tiago e Diego Homci.

Sala de Estar: conforto, estilo e beleza - por Conceição Barbosa

Os anos ostenta - por Antônio Carlos Lobato.

Cremação: uma prática milenar- Max Domini. Os tigres não sabiam o trivial - por Elba Magave.

Exploradores de Cultura.

Guerra e Paz nos Andes Peruanos.

Sabores

Cerveja: moderando a apreciação. A hora da barba.

Gravidez e Exercício: compreenda e aproveite os benefícios. Corridas de rua ganham adeptos em Belém.

Major Leonardo Marcony.

Pirarucú salgado em Aioli.

58 Eventos

Prêmio ACIA: Empresa de Qualidade.

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Alexandre Rocha Editor Responsável alexandre@revistaalvo.com

Editorial

Caros leitores, O ano que se inicia traz perspectivas de grandes acontecimentos: ano de Copa do Mundo no Brasil, eleições para presidente (a) da república, governador, senadores, deputados federais e estaduais. Mas não podemos esquecer o ano que passou, o ano em que mudamos a percepção sobre o nosso povo. As manifestações que ocorreram em 2013, talvez para alguns, não tivessem o efeito imediato que pretendíamos, porém, não nos resta dúvida da esperança de mudanças essenciais em nosso país, que as mesmas nos trouxeram. Será que de fato as eleições de 2014 serão a oportunidade de alcançarmos a verdadeira mudança? Sabemos que não basta apenas votar nos bons gestores e legisladores, se não os cobrarmos de forma direta e regular, durante seus mandatos. Esta atitude, sim, será a grande manifestação que provocará uma sociedade mais igualitária e justa, democraticamente sonhada. Na matéria de capa desta edição, fomos em busca de pessoas que estão trocando experiências em outros lugares. Esse êxodo está se intensificando entre os jovens brasileiros que buscam conhecimento e cultura em países mais desenvolvidos. Para os apreciadores de uma boa bebida fermentada, trazemos uma matéria sobre a inegável paixão nacional nas mais diversas ocasiões: a cerveja. Registramos também a nova mania dos belenenses: a corrida de rua e como esta atividade promete beneficiar a saúde, além de promover uma melhora da autoestima aos seus praticantes. Destacamos também a origem, a misticidade e as belas paisagens de Machu Picchu, cidade localizada nos Andes Peruanos. Aproveite e boa leitura!!!

Expediente Credenciada

Gráfica: Halley Tiragem: 10.000 exemplares Editor Responsável Alexandre Rocha DRT/PA 2233. Editor de Conteúdo: Timóteo Lopes Repórteres: Catarina Barbosa, Liandro Brito, e Thiago Viana. Atendimento Comercial: Rejane Alencar, Mauro Marinho. Fotografias: Everton Saraiva, Marcus Barbosa. Criação e Design: Marcelo Sousa. *ERRATA - 16º edição: Foto da página 40 é de autoria da fotógrafa Luciana Maia Marinho.

Fale Conosco Para Anunciar: contato@revistaalvo.com Belém: (91) 3351-8804 / 8122-0670 Atendimento ao Leitor: cartas@revistaalvo.com Cartas: Av. Conselheiro Furtado 1240. Sl. 102 Batista Campos - Belém - PA. CEP 66.035-350 Site: www.revistaalvo.com.br

A revista Alvo (ISSN 2179-9490) é uma publicação trimestral da Alvo Tecnologia Serviços de Publicidade Ltda EPP. Todos os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução de textos ou imagens sem prévia autorização do editor.

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José Nazareno Nogueira Lima Advogado.

Direito e Deveres

nazareno@nogueiralima.com.br Pres. do SINDCON e Vice-Presidente da FESECOVI

PRESCRIÇÃO DE TAXAS CONDOMINIAIS

A

prescrição é matéria abrangente e complexa, pois atinge a várias áreas do direito, como o tributário, criminal, civil, administrativo e outros. No momento, iremos tratar dentro da lei civil, da prescrição de cotas condominiais com área de abrangência apenas nas taxas condominiais e taxas extras, multas e juros delas decorrentes ou de penalidades impostas. Primeiramente, vamos conceituar a prescrição, conforme encontramos no Dicionário Prático de Tecnologia Jurídica e de Brocardos Latinos, de Iêdo Batista Neves, que assim expõe: “Em direito penal, diz-se da extinção da responsabilidade criminal do acusado, por se achar findo o prazo legal da punição que lhe fora imposta por sentença judiciária. Dizse, também, da decadência do direito de punir o delinquente, por inação do seu titular que não o exercitou dentro do prazo que para esse fim a lei lhe facultara. Em direito privado, diz-se da maneira pela qual e sob certas condições estabelecidas em lei, alguém adquire um direito ou se libera de uma obrigação, em consequência da inércia desta ou daquele, durante determinado lapso de tempo” Para Bevilácqua, prescrição é “perda da ação atribuída a um direito e de toda sua capacidade defensiva, em virtude do não uso dela durante determinado espaço de tempo”. O saudoso mestre paraense Dr. Otávio Mendonça nos ensinava nos seus sábios artigos publicados no jornal “O Liberal” que a perda da prescrição atinge tanto quem poderia pleitear como quem deveria defender, ou seja, assume duplo caráter, ora extintiva, ora aquisitiva. A prescrição então é extintiva, já que extinguem direitos e obrigações, assim como, as ações que lhes correspondem, e resulta exclusivamente da lei. Quando falamos de cotas condominiais estamos nos referindo, além da taxa condominial e da taxa extra, as multas convencionais e seus acessórios, como multa, juros, atualizações, etc. Pelo artigo Código Civil, Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916, a prescrição era de 20 anos (regra do art. 177), portanto, havia uma longa folga para se cobrar os débitos dos inadimplentes. Com o advento do Novo Código Civil Brasileiro, Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, com entrada em vigor um ano após (11 de janeiro de 2003), o art. 205 determina que a prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo maior. Assim fica claro que a partir do Código Civil em vigor, a prescrição dos débitos condominiais passaria a prescrever em dez anos.

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É bom esclarecer que os efeitos da vigência da lei não retroagem, sendo que a prescrição do débito só seria obtida após completar dez anos a contar da data de entrada em vigor da lei civil, de 11 de janeiro de 2003, assim, as possíveis prescrições só ocorrerão por volta de janeiro de 2013. Alertamos que somente a lei penal retroage, no cível não há retroatividade, salvo se a lei assim o determinar, portanto os inadimplentes condominiais têm que saber que seus débitos anteriores à nova regra estabelecida pelo Código Civil, só irão prescrever com vinte anos. Porém, em 18 de agosto de 2011, o Superior Tribunal de Justiça, por meio da Ministra Nancy Andrighi, em julgamento de recurso especial em ação de cobrança de Quotas Condominiais entende que o prazo prescricional é de cinco anos, se baseando nos art. 206, § 5º, I do Código Civil de 2002, por se tratar de cobrança “de dívidas constantes de instrumento público ou particular”. Embora a matéria não esteja sumulada, se estabeleceu uma grande divergência, pois até então os Juízes e Tribunais vinham aplicando a prescrição decenal para essa matéria. Existem então duas correntes de juristas que divergem sobre o prazo de prescrição de cinco ou dez anos. Inclino-me a aceitar a prescrição em dez anos, aplicando simplesmente o art. 205 do Código Civil, pois no relatório onde a Ministra baseia seu voto, não é convincente a alegação de que as quotas condominiais são instrumentos particulares, que integram o art. 206, § I, I do Código Civil, pois se assim o fosse, esse instrumento particular seria aceito como documento de protesto em cartório ou para negativação em órgãos Federais e Estaduais sem que o condomínio incorresse em danos morais por essa atitude. Isso serve de alerta ao síndico ou administradores condominiais para - enquanto não se decide qual o tempo de prescrição das quotas - que exerçam logo seu direito de cobrança evitando, assim, que mais uma vez o inadimplente se beneficie e torne a decisão judicial mais demorada por meio de recursos. Se o síndico não cumprir sua função de promover a cobrança dos condôminos inadimplentes, poderá responder por omissão, portanto fique atento se o locatário também não pagar as despesas ordinárias, quem responderá por elas é o proprietário (condômino), tendo em vista que são responsabilidades inerentes à própria unidade devedora, como débito propter rem (em virtude da coisa), diz-se também de ônus reais (acompanha a coisa).


entrevista

ELEIÇÕES DE 2014 JÁ MOVIMENTAM PARTIDOS

N

o Pará, o deputado federal Cláudio Puty (PT) é um dos nomes mencionados na disputa para o governo do estado, em oposição ao atual governador Simão Jatene (PSDB). Pesa, ainda, sobre a sua pré-candidatura, o desejo da presidente Dilma Rousseff em não ter candidatura própria do PT no estado, priorizando o apoio a Helder Barbalho (PMDB). Além de deputado federal, Cláudio Puty é Ph.D. em Economia pela New School for Social Research (Estados Unidos) e mestre pela University of Tsukuba (Japão), é graduado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), onde é professor concursado desde 1995. Foi secretário de governo da ex-governadora Ana Júlia Carepa e, em 2010, foi eleito deputado federal com mais de 120 mil votos. Em entrevista à Revista Alvo, Puty fala sobre os cenários dentro do PT-PA para as eleições deste ano, avalia atual gestão e confronta os resultados com o governo petista.

Cláudio Puty Deputado Federal

por Thiago Viana fotos: Marcos Barbosa

Alvo – O Partido dos Trabalhadores acabou de concluir um processo eleitoral interno, que resultou na vitória do deputado estadual Milton Zimmer para a presidência estadual do partido. O senhor participou deste processo como candidato e ficou em quarto lugar. Qual a sua avaliação dessas eleições? Claudio Puty – Disputei o processo eleitoral interno no PT sabendo que dificilmente ganharia, pois meu grupo é historicamente minoritário no partido. Meu objetivo era expressar uma posição divergente da maioria do partido aqui no Pará, que defende que o PT não tenha candidato ao governo do estado em 2014, o que considero grave erro político e uma inflexão negativa na história do PT no Pará. Cumpri uma tarefa vitoriosa, na medida em que o tema dominou os debates e pautou a opinião pública.

Também já está sendo amplamente discutido na imprensa o fato de que a presidenta Dilma Rousseff tem o desejo de apoiar a candidatura de Helder Barbalho (PMDB-PA) ao governo do estado do Pará. Se assim o for, é possível que o governo federal esteja considerando a fragilidade do partido no estado? Realmente há uma tendência da maioria da direção nacional do PT ao apoio à candidatura de Helder Barbalho para o governo. Aqueles que defendem essa posição em Brasília querem, na realidade, uma solução para acomodar o PMDB em nível nacional e garantir apoio à reeleição de Dilma. Não me parece, necessariamente, que seja uma avaliação negativa acerca do PT do Pará. Se for o caso, estão enganados. Nosso partido é forte e tem enorme potencial.

O senhor já é considerado um pré-candidato para a disputa pelo governo do estado no ano que vem. Quais as chances de se concretizar a viabilidade da sua candidatura? Coloquei meu nome à disposição do partido para ser consequente com minha defesa de candidatura própria do PT em 2014. Temos vários bons nomes que também podem compor uma chapa majoritária. Se nenhum desses nomes toparem, eu aceito o desafio. A esquerda paraense tem a obrigação de apresentar uma alternativa ao desastre que é o atual governo tucano do Pará. Estou convicto que uma candidatura do PT tem grandes chances de levar a eleição para o segundo turno no Pará e ganhar as eleições.

Como deputado federal, o senhor é bastante presente e atuante na câmara de deputados sendo, inclusive, o autor de vários projetos e emendas das mais diversas naturezas. Entre suas proposições, quais você destacaria e por quê? Apresentei diversos projetos de lei e relatei muitas matérias de importância nacional e estadual. Destacaria a PEC 92/11, que acaba com a desoneração de bens primários – também chamada de lei Kandir – que é um verdadeiro crime contra o Pará. Apresentei também um PLP regulamentando o Imposto sobre Grandes Fortunas, criado na constituição de 1988 e nunca implementado. Sou o autor do chamado Estatuto dos Extrativistas, que prevê direitos para as populações tradicionais da Amazônia. Fui também o relator na Comissão de

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entrevista Finanças e Tributação do PL que criou a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Por conta de minha atuação, recebi diversas menções honrosas de instituições que acompanham o desempenho parlamentar. Fui indicado, dentre os parlamentares, como destaque dois anos seguidos pela revista “Congresso em Foco” e mais recentemente fui o único parlamentar eleito pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), dentre todos os deputados e senadores do Pará, a receber o título de “Cabeça do Congresso”. O senhor é relator da revisão da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Quais são os principais pontos da proposta e quais são as barreiras à sua aprovação pelo Congresso? Depois de ouvir empresários e micro empreendedores de norte a sul do país, construímos uma proposta ousada que valoriza este setor, o principal responsável pela geração de empregos no país. Apesar da resistência das Receitas Estaduais e Federal, conseguimos aprová-la, por unanimidade, na comissão especial que analisou a matéria. Um dos pontos que defendemos foi o ajuste em 50% no teto de faturamento do Simples para o estado do Pará. Hoje a lei federal estabelece um teto de faturamento de R$ 3,6 milhões para o Simples, mas também permite ao executivo estadual estabelecer um subteto que represente a realidade de cada ente federado. No caso do Pará, hoje o subteto estabelecido pelo governo do estado é de R$ 1,8 milhão. Outros pontos do projeto tratam da universalização, que terá como critério de ingresso no programa o faturamento e não mais as atividades desenvolvidas e a preferência das micro e pequenas empresas nas licitações públicas pelos órgãos da administração pública, autarquias, empresas públicas e Sistema S; e do incentivo à exportação.

de Marabá, luta abandonada pelo atual governo. Ana Júlia foi uma governadora mais realizadora que os autodeclarados “bons gestores” do tucanato. Tanto nas eleições de 2006, quanto no pleito de 2010, o PT no Pará se utilizou do discurso de que seria melhor para o estado um governo alinhado com o governo federal. De que forma Lula contribuiu para a governabilidade e desempenho do governo do PT à frente do estado? Quais políticas públicas federais chegaram efetivamente ao estado? A contribuição de Lula e Dilma para o Pará é gigantesca. Basta olharmos o volume de recursos destinados ao PAC em nosso estado, com a pavimentação da transamazônica, Cuiabá-Santarém, ampliação do porto de Vila do Conde, construção das já mencionadas eclusas de Tucuruí e da Hidrovia Araguaia-Tocantins. A grande ampliação do IFPA, com campi em todas as regiões e municípios polo, a criação de duas novas universidades federais (Unifesspa e UFOPA), além de sabermos que cerca de 850 mil famílias em nosso estado sobrevivem graças aos programas de transferência de renda, como o Bolsa-família, são a demonstração de que a parceria com o governo federal é crucial para qualquer governo no Pará, principalmente, por conta de nossa grave situação fiscal.

A contribuição de Lula e Dilma para o Pará é gigantesca. Basta olharmos o volume de recursos destinados ao PAC em nosso estado, com a pavimentação da transamazônica, CuiabáSantarém, ampliação do porto de Vila do Conde, construção das já mencionadas eclusas de Tucuruí e da Hidrovia Araguaia-Tocantins.”

Na gestão da governadora Ana Júlia, de 2007 a 2010, o senhor foi secretário de estado e chefe da casa civil, administração direta. Nas eleições de 2010, os opositores expuseram a opinião de que foram anos de inexpressividade e estagnação. Qual foi a marca deste governo? Quais os principais legados desta gestão? Seria estranho se o PSDB elogiasse o governo de Ana Júlia, não é mesmo? O fato é que, ao entrarmos no quarto ano do governo Jatene, fica cada vez mais claro que nosso governo foi muito superior ao atual. Você pode olhar sob o aspecto que escolher: volume de investimentos, capacidade de articulação federativa, apoio do governo federal, inovação nas políticas públicas, participação popular e tratamento das diversas regiões e municípios do nosso estado. Basta se lembrar do Navega Pará, do Bolsa Trabalho, das Eclusas de Tucuruí, do volume recorde de investimentos do PAC, da UFOPA, do Ação Metrópole e da histórica conquista da siderúrgica

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No governo Ana Júlia os paraenses sofreram com a grande frustração de Belém não ter sido escolhida como uma das sedes da Copa de 2014. O que faltou? Empenho conjunto de todas as nossas bancadas, apoio do governo federal ou fomos injustiçados? Antes da decisão, o Presidente Lula avisou à governadora que nossa disputa não seria com Manaus, que era sede garantida. Segundo nos informaram, o perigo vinha do desejo da FIFA em contar com uma sede extra no nordeste, por conta de seus atrativos turísticos e lobby organizado daquele setor. Da nossa parte e do Presidente Lula houve empenho máximo. Nosso projeto foi usado como exemplo de inclusão social em diversas apresentações da própria FIFA. Faltou articulação no interior da própria entidade, que é privada e que tem seus interesses particulares. Ao fim e ao cabo, cometeram uma enorme injustiça e um grande erro de cálculo financeiro, pois escolheram subsedes com pouca tradição no futebol. No início do semestre, o Brasil foi tomado por manifestações que tiraram o sono de todos os nossos governantes ao expor uma grande insatisfação, de todas as classes e segmentos da sociedade, em relação aos nossos modelos de gestão e, principalmente, em relação aos nossos serviços públicos. Qual a sua análise, como cidadão e gestor público, destes movimentos? Os movimentos de junho foram positivos, pois expressam uma cidadania viva, uma juventude antenada com a política e preocupada com questões de interesse público.


A mensagem das ruas, em minha opinião, acena, em primeiro lugar, para a necessidade de uma reforma do sistema político que combata sua corrupção endêmica, e que crie mais canais de contato entre o eleitor e o eleito, questionando a própria noção tradicional de representação. Em segundo lugar, a urgência de uma reforma urbana profunda, com massivos investimentos para melhorar as condições de vida da juventude em nossas cidades. Qual a sua avaliação destes três anos do atual governo de Simão Jatene (PSDB-PA)? Acredito que a atual gestão tucana surpreendeu negativamente até seus mais ferrenhos opositores. A recente pesquisa CNI/Ibope coloca o governador do Pará com o quinto pior dentre os 27 estados. Os governos do PSDB no Pará são marcados por uma concentração de obras em véspera de eleição, particularmente na capital do estado. O atual governo manteve o padrão elitista e concentrador, combinado com uma nova característica: a baixíssima execução orçamentária. Os investimentos do atual governo estão no menor nível dos últimos 20 anos e não há sinal de que haja vontade de mudar o padrão de governo. Ruim para o Pará, que não pode se dar o luxo de não ter governo. Hoje, basicamente, não temos governo.

Família, governamos com participação da sociedade através do Orçamento Participativo. Havia uma política educacional e cultural expressiva. O que vimos nos dez tristes anos que se seguiram nos governos “amarelos” foi um desmonte completo da saúde pública em Belém, uma priorização de obras de véspera de eleição e o descasamento entre as políticas federais e as políticas municipais. Hoje, Belém é a capital com maior taxa de favelização, menor índice de saneamento e com maiores taxas de homicídios entre jovens. Uma tragédia do tamanho dos nossos engarrafamentos. Infelizmente, o prefeito Zenaldo Coutinho parece que vai na mesma direção de seu antecessor. Já vamos para o quarto secretário de saúde em menos de um ano, seu irmão comanda as licitações da prefeitura e as obras de macrodrenagem do Una continuam paradas. Espero que mude sua gestão para melhor, mas até o momento, a esperada parceria entre os governos tucanos do Pará, de Belém e Ananindeua ainda não trouxe boas novas para a Região Metropolitana.

O PT foi extremamente inovador na sua gestão em Belém. Imagine o que foi governar naquele momento. Vivíamos em plena era FHC, onde a regra era não investir em programas como: o PAC, Bolsa família, Minha Casa, Minha Vida, Prouni, Fies.”

Como o atual governo vem tratando obras e políticas públicas desenvolvidas e iniciadas no governo anterior? Após três anos, o governo atual concluiu, mas não colocou para funcionar efetivamente a Nova Santa Casa – obra que deixamos em estado adiantado. Fizemos o projeto, captamos o recurso, licitamos todas as fases da obra e construímos boa parte do prédio em um ano e meio. Até hoje (e já estamos entrando no quarto ano do governo Jatene), o hospital ainda não está funcionando. Questões estruturantes como o sistema paraense de inovação, representado pela SEDECT, FAPESPA, Fórum Paraense de Competitividade, foi totalmente destruído. Os parques tecnológicos abandonados. O Navega Pará parou, assim como a extensão da internet de alta velocidade para o interior do estado. A luta pela verticalização mineral, representada pela ALPA em Marabá foi abandonada. Dá uma tristeza ver tamanho retrocesso nas políticas públicas de nosso estado. O PT governou Belém de 1997 a 2004 e agora está há quase 10 anos de fora do poder executivo na capital do estado. O que partido destaca em suas duas gestões e qual a avaliação do comando do município nos últimos nove anos? O PT foi extremamente inovador na sua gestão em Belém. Imagine o que foi governar naquele momento. Vivíamos em plena era FHC, onde a regra era não investir em programas como: o PAC, Bolsa família, Minha Casa, Minha Vida, Prouni, Fies. Naquela época nada disso existia. Criamos o Bolsa Escola, reforçamos a atenção básica à saúde com o programa Saúde da

Acabamos de assistir às prisões dos condenados pelo Esquema do Mensalão, um dos maiores escândalos políticos da história contemporânea brasileira, ocorrido durante o governo Lula e que envolveu a alta cúpula do PT. Até que ponto o episódio comprometeu o partido quanto à confiança do povo brasileiro? Como explicar os altos índices de aprovação do expresidente Lula e da atual presidenta Dilma diante destes fatos? O chamado Mensalão, independente de ter existido ou ter sido um esquema de caixa para campanha, foi um erro colossal da direção majoritária do PT, em 2005. O próprio Lula admitiu que havia sido traído e muitos militantes também se sentiram assim. Tanto é que pediram punição exemplar para seus envolvidos. O Delúbio Soares foi inclusive expulso do PT e, depois, readmitido nas fileiras do partido. Entretanto, um erro não justifica outro. O que vimos no julgamento pelo STF foi um festival de atrocidades jurídicas e condenações sem provas, com uso laxo do estatuto da teoria do “domínio do fato” para condenar lideranças como José Genoíno e José Dirceu, em um verdadeiro linchamento público que cria precedentes perigosos para nossa democracia. O desrespeito do direito à ampla defesa, a espetacularização das prisões e a diferença de tratamento em relação ao Mensalão Tucano são chocantes e merecem nossa veemente reprovação. Apesar de toda a exploração eleitoral do fato (não nos esqueçamos do julgamento espichado até a véspera das eleições de 2012), o PT e nossos governos estão firmes e fortes. Talvez o povo saiba reconhecer a diferença entre erros pontuais e um programa que, concretamente, muda para melhor suas vidas.

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playground

Para Assistir

Inch’Allah

Ninfomaníaca

Direção: Anaïs Barbeau-Lavalette Distribuidora: Imovision

Direção: Lars von Trier Distribuidora: Califórnia Filmes

O filme conta a história de uma mulher (Charlotte Gainsbourg) desde seu nascimento até seus 50 anos, contada pela personagem principal, a auto-diagnosticada ninfomaníaca Além de ser noite uma notável história Seligman épica, plena de heróis como Joe. Numa fria de inverno, (Stellan Skarsgård), Capitão Rodrigo e o índio castelhano Pedro Missioneiro, O um velho solteiro, encontra Joe machucada e semiTempo e o Vento é uma profunda discussão o significado inconsciente num canto. Após levá-la parasobre seu apartamento, da da resistência humana diante dascomo guerras. Por eleexistência, observa suas feridas e tenta compreender é que as isso, para a adaptação tomamos como coisas podem ter corrido cinematográfica, tão mal. Ele a escuta atentamente, estrutura o olhar da ela quase centenária Bibiana Terrae enquanto em 8feminino capítulos reconta a multifacetada Cambará. meio de ao sua cerco do casarão de sua família pelos luxurianteEm história vida. Amarais, ela se valerá de sua memória, sempre deflagrada em noites de vento, para lembrar e contar sua história e as de seus antepassados. E, assim, resistir ao tempo e protestar contra a

Chloe é uma jovem médica que trabalha num campo de refugiados na Cisjordânia, onde monitora a gravidez de jovens palestinas. Entre postos de fronteira e balas perdidas, Chloe começa a desvendar a guerra e se vê dividida entre os dois lados do conflito.

Para Baixar

Datamovie Independente Android

Confissões de Adolescente Direção: Daniel Filho Distribuidora: Sony Pictures Brasil

Baseado no livro homônimo de Maria Mariana, que também originou a peça teatral e a série televisiva, o filme mostra agora, em 2013, as confissões e confusões de irmãs adolescentes que vivem os amores, dúvidas, decisões e aventuras de sua geração. O difícil rito de passagem dos 14 aos 21 anos.

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Para Escutar

Iron & Wine

Our Endless Numbered Days Sub Pop

O nome Sam Beam não dirá muito à maioria das pessoas, mas Our Endless Numbered Days é o primeiro trabalho gravado no estúdio, já que o anterior era baseado em gravações domésticas. Com esta mudança, a música de Sam Beam ganhou uma amplitude diferente, não perdendo a singeleza e intimidade. O som é mais limpo, locupletado por pequenas pitadas de uma produção pertinente e objetiva, que não desvirtua o sentido da música de Sam, que reside nas suas letras e na sua voz melódica e reflexiva.

Corinne Bailey Rae The Sea Capitol

Corinne Bailey Rae cresceu artisticamente, mas vale imprimir que o que era meio “música de mulherzinha”, apesar de legal e desde antes ter um pé no blues e no rock, agora pisa firme com os dois pés nestes gêneros. Entre o primeiro e o segundo álbum, como que anunciando a guitarrada que viria, ela até Led Zeppelin cantou. Bom... o Babado Novo também gravou Led Zeppelin, mas, seguindo a boa tradição roqueira dos ingleses, sempre craques em reciclar o melhor da música americana, as pauleiras e baladas (sim, há umas três delas no disco) de The sea o torna um belo lançamento.

Para Ler

A Batalha do Apocalipse Eduardo Spohr Verus Editora

Há muitos anos, tantos quanto o número de estrelas no céu, o paraíso celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final. Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas. Único sobrevivente do expurgo, Ablon, o líder dos renegados, é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na Batalha do Armagedon.

Terra dos Romualdos: País dos Maparás Salomão Larêdo Salomão Larêdo Editora

O Livro é uma literatura de testemunho, registro memorial do Baixo-Tocantins, abrangendo as localidades de IgarapéMiri, Cametá, Mocajuba, Baião e Tucuruí, nos seus aspectos educacionais, religiosos, usos e costumes do povo dessa área. Este livro registra também a presença dos padres da Congregação da Missão (CM) lazaristas holandeses que trabalharam na prelazia de Cametá e, por extensão, anota os presbíteros nativos, aspectos da religião e do trabalho das irmãs Filhas da Caridade (FC) na área da educação e a memória - que é a história -, através também de entrevistas, retratos, documentos que formam o maior corpus de obra já escrita pelo autor na área da memória ou literatura documental ou texto reportagem.

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Patrícia Bahia Promoter de Eventos bahiapatricia@hotmail.com

Ditando o Chic

TICKET-HAVAIANA E VALE-BRINDE

F

ico impressionada com a falta de educação

das pessoas em eventos, seja qual for a classe social: pobre ou rico. Em casamentos, 15 anos e aniversários os convidados querem levar os brindes pra mãe, avó, tio, sobrinho, afilhado, filho e agregados. Para isso, já há alguns anos institui nas minhas festas o ticket-havaiana. Na entrada do evento uma recepcionista entrega um ticket para cada convidado para que este o troque pela chinela, podendo

escolher

seu

número, evitando assim que

os

mais

espertos

levem vantagem. No momento oportuno você anuncia que o vale pode ser trocado e cada convidado

recebe

seu

forma de garantir que todos os convidados irão receber o seu par. Atualmente, empresas que fornecem havaianas criaram um “Ticket-havaiana diferenciado” que é feito de papel encorpado e pode contar com um elástico para que o convidado coloque no pulso e não o perca. O mesmo acontece com o vale-brinde, facilitando aos mais educados que recebam o souvenir da festa. Lembre-se que tudo tem que

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comunicação visual do evento e os padrões de cores, letras, temas etc... Hoje, em eventos infantis, os organizadores solicitam que apenas as crianças fiquem ao redor da mesa dos parabéns e somente depois é que os adultos devem se aproximar. Monta-se um kit-doces(quentinhas) e a entrega é personalizada com o nome da criança convidada. Em eventos sociais, na mesa de doces coloco

Discordo em distribuir saquinhos, pois as pessoas tem que aprender a pegar somente o que desejam consumir naquele momento. Nada de levar pra casa.”

par mediante a entrega deste ticket. É a melhor

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ser criado com muito bom gosto e seguindo a

uma

plaquinha

informando: “A mesa de doces será liberada após o

jantar,

junto

com

as

sobremesas” foi a solução encontrada para os que insistem em atacar a mesa antes do jantar e acabar com tudo em dois tempos.

E por mais farta que seja a mesa de doces, estes

desaparecem

em

poucos

segundos.

Testemunho convidados colocarem os doces nos

saquinhos

das

havaianas

e

até

nos

guardanapos que são furtados. Isso é terrível! Vale ressaltar que discordo em distribuir saquinhos, pois as pessoas tem que aprender a pegar somente o que desejam consumir naquele momento. Nada de levar pra casa. É falta de educação. Essas são soluções da vida moderna.


Revista Alvo - Edição 17

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perfil

por Liandro Bito

Dose

Dupla Gêmeos paraenses vivem irmãos em nova novela da Tv Globo

16

Revista Alvo - Edição 17


A

atual novela das sete da Tv Globo, “Além do Horizonte”, tem o toque paraense com a interpretação dos gêmeos Tiago e Diego Homci, jovens de 27 anos, que interpretam os irmãos João José e José João. Um trabalha na peixaria e o outro no bar na cidade fictícia de Tapiré. Ainda em Belém, trabalharam como modelos e há apenas três anos decidiram investir na carreira de ator. A infância, em Belém, foi no bairro Marambaia, na casa do pai, e na casa da mãe, no Jurunas. “A nossa infância foi muito bem vivida. Lembro muito de jogar futebol na travessa Rui Barbosa entre Pariquis e Mundurucus onde morávamos quando crianças. Lembro dos eventos no colégio Santa Rosa e Colégio Ícaro”, relembra Tiago. Em 2009, durante um desfile para a “Cia Paulista de Moda”, em Belém, receberam o convite para desfilar em São Paulo. “Reginaldo Fonseca e Nuno Quental (produtores de eventos de moda) nos deram a ideia de investir na carreira como ator e não somente como modelo comercial”, relembra Tiago. “Foi ai que decidimos entrar na carreira artística e estudar na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro”, afirma Diego.

É preciso investimento pra que o Pará se destaque ainda mais lá fora. Esperamos que o Governo possa dar uma atenção maior aos nossos artistas.” Mas, o grande sonho dos gêmeos era mesmo se tornarem jogadores de futebol. “Coisa de menino, né? Mas, sempre existiram convites para fazer eventos, trabalhos publicitários, desfiles, comerciais de TV e ai a gente sempre tentava aliar as duas coisas. Mas não deu certo a carreira como jogador”, conta Tiago. “A televisão sempre foi o nosso foco, desde o início. A gente adora o teatro, mas também tem muita vontade de fazer cinema”, revela Tiago. “No teatro já estamos começando a escrever uma peça com o intuito de viajar por todo o Brasil”, completa Diego. Participar da primeira novela na Tv Globo é uma experiência e tanto para os dois irmãos. “Está sendo maravilhoso. Desde o primeiro dia que fomos chamados para conversar com o Ricardo Waddington e Gustavo Fernandez (diretores) no Projac. Fomos recebidos muito bem e o elenco é maravilhoso. Todos generosos e atenciosos sem exceção. Posso citar nomes como Izaac Bardavid, Marcelo Novaes, Alexandre Borges, Ana Lu Prestes, Mariana Rios, Sheron Menezes e Daniel Ribeiro que nos receberam não como iniciantes, mas como profissionais”, diz Diego. Mesmo com contrato inicial com a TV Globo apenas para a novela, os irmãos já possuem outros projetos. “Além da novela, já temos projetos pessoais e alguns outros trabalhos em vista. Mas, quem sabe a gente não agrada o público e já parte pra próxima, né?”, brinca Tiago. Já começando a dar os primeiros passos no cenário artístico nacional, os irmãos acreditam que é preciso mais investimento no teatro paraense. “Nosso pai (Márcio Homci) gosta muito de teatro e sempre tenta acompanhar as produções locais. E isso, de certa forma, acabou por nos incentivar. Mas acredito que é necessário uma maior atenção para o cenário artístico local. Temos excelentes profissionais que ainda não foram descobertos”, garante Diego. “É preciso investimento pra que o Pará se destaque ainda mais lá fora. Esperamos que o Governo possa dar uma atenção maior aos nossos artistas”, conclui Tiago. Além do Horizonte é exibida pela Rede Globo de segunda a sábado, a partir das 19h. Escrita por Marcos Bernstein e Carlos Gregório, com direção geral de Gustavo Fernandez e direção de núcleo de Ricardo Waddington, tem em seu elenco atores como Juliana Paiva, Thiago Rodrigues, Flávia Alessandra, Alexandre Borges, Rodrigo Simas, Christiana Ubach, Alexandre Nero, Sheron Menezzes, Maria Luísa Mendonça, Caco Ciocler, Mariana Rios, Antônio Calloni, Carolina Ferraz, Marcello Novaes e Cláudia Jimenez, entre outros. Revista Alvo - Edição 17

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traços e ideias

sala de

conforto, estilo

A

sala é um dos espaços mais importantes de uma casa,

pois é ali que geralmente recebemos as visitas da família e amigos. O cômodo deve refletir a personalidade do dono. Por isso, é importante conter elementos que lhe tragam conforto, estilo e beleza. O

primeiro

passo

seria

analisar

o

espaço

para

tentar adequar às necessidades do proprietário. Essas necessidades e desejos devem ficar muito bem claros, para que consigamos ao máximo a satisfação do cliente. Acredito que a tendência hoje, seja seguir menos modismos e sim dar vazão ao que realmente se gosta. Existem inúmeras possibilidades de estilos e misturas entre eles, o que nos deixa livres para criarmos espaços mais personalizados e com o jeito do cliente. Não gosto de entrar nas casas e ver tudo igual! A nossa casa tem que ter o nosso jeito, a nossa cara. Não podem faltar sofás confortáveis, mesas de centro e laterais que deem apoio às pessoas, charme e aconchego

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Revista Alvo - Edição 17


estar

estilo e beleza

por Conceição Barbosa

Muitos designers e artistas têm feito uso de materiais recicláveis e criando peças maravilhosas, tanto de mobiliário quanto de obra de arte.” Conceição Barbosa - Arquiteta

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na decoração. Precisamos nos sentir acolhidas e confortáveis. Claro que tudo depende dos anseios do proprietário, sempre é ele quem vai determinar a direção que vamos seguir. A

sustentabilidade

na

decoração

é

um

assunto cada vez mais comentado. Uma boa opção para contribuir com o meio ambiente é reaproveitar materiais e resignificá-los, como por exemplo: madeiras de demolição. Muitos designers e artistas têm feito uso de

materiais

recicláveis

e

criando

peças

maravilhosas, tanto de mobiliário quanto de obra de arte. A ideia principal é evitar o descarte de materiais, móveis e objetos diversos, que podem ser reinventados das mais variadas maneiras..

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Revista Alvo - Edição 17


Revista Alvo - Edição 17

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Antônio Carlos Lobato antoniocpls@gmail.com

Lorotas

os anos ostenta

Q

uem faz parte da geração meio vira-lata da recessão econômica do plano real dos anos 90 já se assustou com os valores das “baladas” atuais. Gastam-se fortunas em uma noite com o simples intuito de aparecer e atrair mocinhas com vestido embalado à vácuo e saltos acrobáticos para o camarotes, como se fossem mariposas atraídas pela luz da bebida que pisca. A cultura da ostentação vem gerando muitas críticas, uns dizem serem práticas dissonantes com um país miserável como o Brasil, outros a maldizem com um pouco de inveja por não estarem lá, enquanto eu fico calculando quantos meses eu precisaria trabalhar para pagar uma farra dessas. Apesar das controvérsias, precisamos ressaltar que a ostentação existiu na história da humanidade desde os primórdios (quando o homem descobriu e depois ostentou o fogo) até os dias de hoje quando as pessoas continuam utilizando o fogo nas faíscas dos champanhes. No decorrer de sua trajetória, o ser humano sempre ostentou, contudo variaram as maneiras como esse ritual era feito. Depois do fogo, o homem ostentou a roda, o metal, construiu as primeiras cidades para ter mais pessoas aglomeradas e presenciar sua ostentação (afinal dava muito trabalho ostentar na zona rural, com as pessoas morando distantes umas das outras). As primeiras grandes civilizações deixaram suas ostentações presentes até hoje. Querem “reis do camarote” mais espalhafatosos que os faraós egípcios com seus alfabetos exclusivos e túmulos em forma de pirâmides? Ou baladas mais agitadas que um banquete romano com comidas provenientes de várias regiões do império, servidos de forma bizarra e seguidos de orgias com a duração de vários dias? E ainda tem gente se vangloriando de fazer sexo no banheiro de boate. Na Idade Média a ostentação material e sexual se tornou pecado, mas ostentar a fé era muito bem visto, vem daí a construção de imensas catedrais e de grande parte da população ostentando miséria como forma da salvação da alma, no camarote que seria o reino dos céus para os justos. Várias mudanças ocorreram nos últimos mil anos, mas os seres humanos nunca deixaram de ostentar: o humanismo e o iluminismo ostentavam a capacidade de raciocínio humano diante de outras espécies, a Monalisa exemplifica isso exibindo um sorriso de deboche. Os europeus chegaram a América e ostentam sua religião, cultura e principalmente a pólvora das armas de fogo como justificativa para massacrarem a população local e importarem da África mais de cinco milhões de escravos. Dentro do próprio Brasil colonial, possuir escravos era um dos maiores símbolos de ostentação, relatos afirmam, que nos dias de festa, os senhores saiam com

seus cativos arrumados em fila para ostentá-los diante sociedade, faltava só “tunar” os escravos. A escravidão acabou e os escravos brasileiros que até então andando descalços, quando libertos, pela lei Áurea, andavam com sapatos pendurados ao pescoço como forma de ostentar a liberdade. O Império brasileiro chegou ao fim, mas a ostentação não, no Brasil republicano do início do século XX as pessoas já ostentavam suas riquezas vestindo-se com roupas europeias e ,até mesmo, mandando-as lavar em Paris. Em Belém os reis do camarote, do período da borracha, mandaram povoar a cidade de mangueiras para poderem ostentar seus trajes europeus no calor da selva amazônica. Nos anos 50 a ostentação veio por meio das rodovias e dos bens de consumo importados, a bossa nova ostentava praias e desafinados fotografados por RolleyFlex. Na década seguinte a ostentação deixou de ser material e passou a ser ideológica, exibiam-se músicas de protesto no lugar da exaltação aos bens de consumo. A ditadura acabava e deixava uma herança maldita na economia brasileira. Nas décadas de 80 e 90 não se podia ostentar muita coisa, a recessão econômica transformou ostentação em “se amostrar”, poucas pessoas podiam de fato exibir bens de consumo materiais. A segunda metade dos anos 90, em Belém, ficou marcada pela expansão da ostentação material conforme a cidade mergulhava na globalização. Os espaços de ostentação eram as praças de alimentação dos shoppings, com pessoas usando mochilas da Company e calças jeans com trovão no canto da bunda. Ostentava-se meio timidamente, sem fazer muito alarde. No século XXI o crédito aumentou a capacidade de consumo, a ostentação ganhou vários grupos sociais, a internet e seu poder de dar a qualquer um quinze minutos de fama, impulsionou a ostentação. O importante é aparecer, não importando o que se tem para mostrar. A ostentação até se democratizou, a pirataria deu oportunidade a todos de saírem nas fotos com roupas de marca. As músicas nas paradas de sucesso expressam exatamente essa forma de se comportar: um sujeito ostenta bebidas caras enquanto “as mina pira”, outro torra a herança do pai em um “camaro amarelo”, evidenciando cada vez mais o materialismo e no quanto o “ter” vem se tornando mais importante que o “ser”, característica de uma era marcada pela expansão do capitalismo. Independente do período, a ostentação faz parte da natureza humana, assim só nos resta perguntar: como as pessoas ostentarão daqui a 20 anos?

Querem “reis do camarote” mais espalhafatosos que os faraós egípcios com seus alfabetos exclusivos e túmulos em forma de pirâmides.”

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Revista Alvo - Edição 17


anúncio halley Revista Alvo - Edição 17

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informe

cremação uma prática milenar

A

pesar da aparência de costume moderno,

Hoje, contando com equipamentos de alta

a prática da cremação data de milhares de

tecnologia, a cremação é um procedimento que

anos e foi amplamente utilizada durante muito

não provoca emissão de fumaça e não gera

tempo pela maioria das civilizações. Para se ter

resíduo e por isso é considerada um processo

uma ideia, uma das cremações mais antigas

limpo, econômico, moderno e ainda; preserva o

encontradas nas proximidades do Lago Mungo,

meio ambiente. As cinzas podem ser espalhadas em locais

na Austrália, data de mais de 60 mil anos. Na Europa ocidental, a história da cremação

especiais e significativos, ou seja, aquele que a

começa em meados do século XIX quando

pessoa frequentava ou de acordo com o desejo

os

forno

dela, declarado em vida. É muito comum em

crematório com temperatura suficiente para

alguns países o hábito de espalhar as cinzas

cremar um corpo humano. E em 1874, o

no mar como forma de celebrar a vida, em

médico da Rainha Vitória, Sir Henry Thompson,

cerimônias à beira mar com a presença de

fundou a Sociedade Britânica de Cremação e

parentes e amigos. Nos EUA houve, inclusive,

inaugurou o primeiro crematório na Inglaterra,

uma bela e famosa cerimônia em homenagem

sendo o exemplo seguido posteriormente por

ao cantor havaiano Israel Kamakawiwo IZ, um

outros países europeus até o advento da prática

dos maiores símbolos da música havaiana.

italianos

inventam

um

eficiente

chegar também ao continente americano, no início do século XX.

24

Revista Alvo - Edição 17

Por essa representatividade no país, no dia em que as cinzas do cantor foram jogadas ao


mar, uma bandeira permaneceu a meio mastro

Após

a

cremação,

as

cinzas

são

o dia inteiro com a abreviação IZ, o que rendeu

acondicionadas

a presença de mais de 10.000 pessoas na praia,

chamada de urna cinzenária. A Max Domini

em barcos e canoas, com bandeiras, em um

dispõe de dois tipos de urnas cinzenárias,

em

uma

urna

especial,

momento emocionante que parou,

ambas ecologicamente corretas:

praticamente, a ilha inteira.

Urna Ecológica: é uma urna

Pouco a pouco, a escolha pela

biodegradável,

composta

de

cremação está deixando de ser

fibras naturais de coco e papel

um tabu para se tornar a opção

reciclado, com sementes de árvores

preferida de muitas pessoas e

tipicamente brasileiras, para quem

famílias,

deseja “plantar” as cinzas como uma

por

entre

ser

outros

fatores,

ecologicamente

mais

correta e também por ser uma opção mais econômica, visto por poupar despesas com a compra e manutenção de jazigos. Em Belém, o serviço é oferecido desde 2003 pela Max Domini. O espaço possui uma infraestrutura completa que inclui uma capela ecumênica,

salas

de

espera

e

As cinzas podem ser espalhadas em locais especiais e significativos, os quais a pessoa frequentava ou de acordo com o desejo dela declarado em vida..”

cerimonial, espaço reservado aos familiares,

forma de homenagem. O plantio é normalmente feito em propriedades particulares, sítios, fazendas e casas, como um gesto de amor à natureza e ao ente querido. Urna Hidrossolúvel: é produzida artesanalmente

com

matérias

naturais e biodegradáveis, que se dissolvem em contato com a água, espalhando

as

cinzas

no

local

desejado sem afetar o meio ambiente.

columbário com capacidade para 500 nichos e praças arborizadas com jardim para reflexões. Além

disso,

oferece

serviços

como

som

ambiente, vigilância 24 horas e estacionamento.

Serviço: Max Domini - Serviços Póstumos Av. José Bonifácio, 1378 - São Braz (91) 3249-5700 / 3249-6600 www.maxdomini.com.br

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Elba Magave

Professora elbamagave@celogos.com.br

Saber Educar

Os tigres não sabiam o trivial

A

catástrofe que dizimou os lagartos terríveis (lit. dinossauros) permitiu que novos atores disputassem os recursos de sobrevivência. Mamutes, avestruzes e preguiças gigantes travavam com tigres-dentes-de-sabre duelos de vida e morte. Como sabemos de tudo isto? Da existência destes animais restaram apenas fósseis descarnados, preenchidos pela imaginação. Não temos o relato do tigre ``João’’, de como ele cercou uma manada de mamutes e atacou o mais indefeso. Não há a descrição de sua técnica, de suas estratégias. Uma vez morto, ``João’’ deixa como legado apenas aquele inscrito em seus genes. Control cê, control vê para as novas gerações. O único que deixou impressões que transcendem sua existência foi o homem. O de menor porte físico, de menor força, velocidade e agilidade. Este, como nos mostram as pinturas rupestres, criou a arte, narrativa pictórica representação da vida. Congelada em tinta, pigmento químico prenhe de realidade, aguarda pelo calor da compreensão que lhe dará luz. O germe de uma das características mais significativas que distingue a nossa humanidade: a escrita. O próximo passo seria a definição de símbolos que guardassem a relação com a ideia dando origem aos alfabetos e ideogramas. A reunião de letras que juntas fazem renascer na mente do leitor a ideia original do autor: mesa(penso), mesa(escrevo),

mesa(leio) e o ciclo recomeça. Estabelece um vínculo atemporal, ageográfico que fecha o ciclo: autor, mensagem e leitor. Comunicar com coerência (lógica), com clareza (retórica) e fazendo uso correto dos símbolos da linguagem (gramática) formam o cerne do saber humano. Na idade média, estes conhecimentos eram as três vias capazes de conduzir o pensamento. Formavam o trivium, base das artes liberais aquelas que permitem libertar o homem da atividade puramente manual, de sobrevivência, permitindo-lhe pensar e comunicar sua realidade não física. Era o mínimo a ser ensinado. Qualquer aluno deveria saber o trivial antes de se aventurar no quadrivium, as quatro disciplinas de manipulação do mundo físico: a geometria e sua aplicação, a astronomia; a aritmética e sua aplicação, a música. Como educadores devemos olhar para o futuro, mas sem esquecer os fundamentos filosóficos do passado. Educar vai muito além da transmissão da técnica, do bê-a-bá e das musiquinhas de decoreba, para isso até a genética dá conta. A capacidade de comunicar e interpretar ideias, fatos e sentimentos é de longe a maior habilidade que podemos transmitir às gerações futuras. É a garantia que o nosso legado cultural poderá inspirar os nossos descendentes a enfrentar os novos tigres, porque os antigos, estes se foram. Os tigres não sabiam sequer o trivial.

Educar vai muito além da transmissão da técnica, do bê-a-bá e das musiquinhas de decoreba.”

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CAPA

cidadãos do mundo

Que tal viajar pelo mundo estudando? O intercâmbio cultural pode ser uma oportunidade que, além de abrir os seus horizontes, te mostrará a grandiosidade do mundo.

30

Revista Alvo - Edição 17

por Catarina Barbosa


D

e acordo com o dicionário, uma das definições

A jornalista Anita Brasil, 25, confessa que

para cidadão é habitante de uma cidade. Mas e

durante o seu período de intercâmbio aprendeu

se, porventura, você fosse habitante de muitas

ainda mais a respeitar uma cultura diferente

cidades – mesmo que temporariamente? Outros

da sua. “Em outra cultura – e na nossa mesmo

costumes, pessoas, lugares. Pois é, o intercâmbio

– temos que lidar com todo o tipo de gente e o

cultural lhe dá essa oportunidade. E além de ser

respeito é a base de tudo”, afirma.

uma experiência divertida é uma construção

Anita escolheu Toronto, no Canadá, para estudar inglês. A decisão de fazer intercâmbio – como para

pessoal e profissional. Mas de onde será que surgiu essa ideia de

a maioria dos jovens – foi uma iniciativa dos pais,

estudar em outro país, conhecer outra cultura,

mais especificamente do pai dela. “Apesar de a

morar na casa de outra pessoa em

e

1949,

associação alemães,

afins?

Foi

quando

uma

de

que

jovens moravam

em Berlim, criou um grupo

Você acaba tendo que superar desafios e obstáculos, pois está sozinho em um país desconhecido e precisa se virar.”

que viajaria pelo mundo em busca de convivência

Anita Brasil- Jornalista

ideia ter sido dele, eu apoiei. Na época, eu trabalhava na assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) e o meu contrato de governo havia

terminado.

nisso

uma

Vimos

oportunidade

pacífica. Sendo que esse é um dos pilares do

para eu estudar inglês fora do país e aprimorar os

intercâmbio cultural: fazer com que pessoas de

meus conhecimentos na língua”, conta.

várias nações convivam e interajam em paz.

Malas prontas, Anita ficou oito meses fora,

Intitulados ICYE (International Christian Youth

o suficiente para festejar seu aniversário de 23

Exchange), esses jovens acreditavam que ganhar o

anos em solo norte-americano, fazer grandes

mundo vivendo com famílias que os hospedassem

amizades e sentir muita saudade. “Como sou uma

por livre e espontânea vontade, ou desenvolvendo

pessoa muito apegada à minha família, foi muito

trabalhos voluntários poderia melhorar a imagem

complicado. No começo, como era tudo novo, o

dos alemães – já que o momento era do pós-

tempo passou tranquilamente. Porém, mais para o

II Guerra. A iniciativa também contribuiria para

final, eu já não aguentava mais e não via a hora de

ajudar a Alemanha a desenvolver a solidariedade

voltar pra casa”, confessa.

com outras nações. Nesse contexto, deu-se

Apesar da saudade inevitável, um dos objetivos

o crescimento dos intercâmbios culturais e o

de morar fora é fazer com que o intercambista crie

aumento de migrações para países da Europa e

laços e aprenda com a cultura alheia. Além – claro

os Estados Unidos, principalmente.

– de incitar a independência que existe em cada

Revista Alvo - Edição 17

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capa um de nós. “A experiência é incrível e pessoalmente realizadora.

Você

acaba

tendo

que

O sonho

superar

Para a professora Gabriela Castelo Branco, 30,

desafios e obstáculos, pois está sozinho em um

a experiência de morar e estudar fora do Brasil foi

país desconhecido e precisa se virar”.

inacreditável. Na família dela, todos têm o mesmo

A escola em que a Anita estudou enviou alguns dias antes da sua viagem um “manual de

instruções”

de

convivência.

meus primos já tinham feito intercâmbio”, afirma.

as

Para Gabriela, a viagem foi tão inspiradora que

recomendações estavam: pedir desculpas pelo

ela descobriu a profissão que queria para a sua

mínimo que fosse; sempre permanecer no lado

vida, durante o intercâmbio. ”Quando retornei

direito da escada rolante; não fazer sinal para os ônibus nas paradas, pois eles parariam se houvesse alguém; entre outras coisas. É claro que um simples manual não garante a boa convivência, mas serve de norte. A jornalista disse ainda que a família dela em território americano discutia muito

Entre

costume. “Quando viajei aos 17, quase todos os

O intercâmbio abre portas para a vida, nos ensina a dar mais valor a nossa família e a tudo o que nos é oferecido, sem contar a incrível bagagem cultural.”

entre si. Para outra pessoa, isso Gabriela Castelo Branco - Professora poderia ser um problema, mas

tinha certeza que queria continuar atuando em algo que utilizasse a língua e fiquei em dúvida entre turismo e ser professora. Hoje sou

formada

em

Letras

com

habilitação em Inglês e trabalho em

uma

escola

bilíngue

de

renome no mercado”, conta. E o sonho não terminou aí, ela conseguiu ainda conciliar o bacharelado com o turismo. Agora,

para ela, eles são “como qualquer outra família

nas férias, a professora é guia e leva crianças para

do mundo.” “E essa é uma lição que devemos

conhecer a Disney. “Consegui conquistar meus

levar sempre conosco, de que não importa

dois sonhos graças aquela viagem”, diz alegre.

onde estejamos, somos seres humanos com os mesmos dilemas, só muda o lugar”, garante.

As

famílias

que

hospedam

imigrantes

de

intercâmbio são intituladas homestay e cobram por isso, mas no caso da Gabriela, eles abriram mão dessa parte. “Desde o início, eles foram maravilhosos comigo. Aprendi muito com eles e tive momentos inesquecíveis”. Gabriela cursou ainda o último ano do colegial em Simi Valley, na Califórnia, Estados Unidos, na escola particular Grace Brethren High School, aos 17 anos. Além de estudar, ela se ofereceu também para trabalhar na cantina da escola voluntariamente e teve mais essa experiência para acrescentar na sua vida. E de todas as coisas fantásticas que lhe aconteceram a única coisa que ela estranhou foram os remédios dispostos nas prateleiras dos supermercados. “Era estranho vêlos dividindo espaço com a comida”, afirma aos risos. Agora é a vez da filha viver o mesmo. “O intercâmbio abre portas para a vida, nos ensina a dar mais valor a nossa família e a tudo o que nos é oferecido, sem contar a incrível bagagem cultural e o fato de nos ajudar a nos diferenciar profissionalmente entre tantos candidatos no mercado. Minha filha ainda é muito pequena, mas na hora certa, eu mesma vou ajudá-la a arrumar as malas”, pontua.

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Revista Alvo - Edição 17


Independência

Graduação Sanduíche

A advogada Manuele Freitas, 25 – que fez

Para quem não sabe, é assim que chamamos o

intercâmbio aos 20 – saiu de casa buscando

tipo de graduação em que o aluno estuda parte do

independência. Ela escolheu viver na cidade de

seu curso em outro lugar do mundo. A experiência

Nova Iorque, nos Estados Unidos, por três meses.

beneficia ambos os países que têm essa prática e

“Meus pais apoiaram e na minha época de escola,

normalmente os alunos são recomendados pelos

não consegui fazer aquele intercâmbio de seis

gestores do programa de gradução.

meses, pois no meu ano iniciaram as provas do

O estudante de geologia João Victor Borges Feio,

Processo Seletivo Seriado (PSS), da Universidade

23, foi uma pessoa que passou por essa etapa. Ele

Federal do Pará. Então fiz meu intercâmbio no

mesmo se interessou por esse tipo de graduação

meu 3º ano da faculdade”, conta.

e vários motivos o levaram a fazer o intercâmbio:

Manuele estudou inglês na Universidade de

possibilidade de maior carga acadêmica e peso no

Columbia, em Nova Iorque. Ela confessa que o

currículo; aprendizado de fluência em uma língua;

impacto da viagem em si não foi muito grande, pois a

ela

cidade,

conhecia

mas

o

fato

dela nunca ter passado mais de duas semanas longe da família pesou bastante.

Além

disso,

ao contrário de muitos

e

Eu teria que morar sozinho e com isso aprender a cuidar das minhas próprias coisas, entre elas, contas, a casa, cozinhar e fundamentalmente aprender uma nova cultura.” João Victor Borges Feio - Estudante

intercambistas, ela não

claro

experiência

pessoal. “Eu teria que morar sozinho e com isso aprender a

cuidar

das

minhas

próprias coisas, entre elas, contas,

casa,

cozinhar

e

fundamentalmente aprender uma nova cultura”, conta. O intercâmbio do qual João fez parte foi um projeto

ficou em um homestay, dividiu um dormitório

chamado UNIBRAL – CAPES. O destino foi a cidade

perto da Universidade com uma coreana e teve

Halle an der Saale, na Alemanha. “As disciplinas

pouco contato com norte-americanos.

do curso foram comparadas previamente, nome,

Da experiência, Manuele diz que além do

carga horária e conteúdo programático, para

aprendizado profissional, a viagem ajuda a dar

posteriormente serem validadas como correlatas

valor às pequenas coisas. “Meus pais, o carinho dos

e aproveitadas academicamente no retorno ao

meus amigos. Mas o melhor mesmo é descobrir o

Brasil”, explica.

quanto você se vira bem sozinho. A sensação da independência é maravilhosa”, garante.

O mais interessante da viagem do João é que em um ano ele conseguiu conhecer dezessete

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capa cidades de países da Alemanha, Itália, Espanha, França, República Tcheca, Holanda e Polônia. “O continente europeu dá muita liberdade para quem faz intercâmbio. Com a proximidade entre

Decidiu que vai fazer intercâmbio? Então, confira essas dicas:

os países era muito fácil ir da Alemanha até a

1º) O primeiro passo é pesquisar bastante

Polônia e conhecer a história sobre a Guerra Fria.

antes de escolher o local para o qual você quer

Ir até a República Tcheca e conhecer os Alpes, e

ir. Afinal, vai ser um grande investimento e é bom

praticar esportes de inverno. Na Itália, conhecer

se prevenir.

sobre a mitologia e a religião católica. Encontrar

2º) Local escolhido, procure as agências

na Espanha um povo parecido com o brasileiro,

de viagem e informe-se ao máximo. Há países

inclusive nos hábitos. E na Alemanha aprender a

que exigem visto de entrada e esse documento

viver com mais respeito para com o outro, ser mais

demora um pouquinho para ser concedido. 3º) Converse com pessoas que passaram pelo

correto e organizado”, ensina.

mesmo programa que você quer fazer. Tire todas as dúvidas que puder e na dúvida, o google tá aí

O continente europeu dá muita liberdade para quem faz intercâmbio. Com a proximidade entre os países era muito fácil ir da Alemanha até a Polônia e conhecer a história sobre a Guerra Fria..”

para ajudar. 4º) Não viaje sem um seguro-saúde. Em alguns países, ele é até obrigatório. 5º) Importante: veja se o curso que você decidiu fazer é reconhecido aqui no Brasil. Já pensou estudar um ano e não poder colocar isso no seu currículo? 6º) Veja se a sua agência de viagem faz parte de federações nacionais ou internacionais. 7º) Se precisar tomar remédios regularmente,

João Victor Borges Feio - Estudante

calcule a quantidade necessária para o período João diz ainda que aprendeu muito e apesar de considerar os europeus “frios”, conta que o povo é muito educado e prestativo. “Uma vez pedi

em que ficará no país. E não esqueça das receitas médicas traduzidas para o idioma para o qual você vai viajar.

explicação sobre a localização de um determinado local, e a pessoa não me olhou com preconceito, fez questão que eu entendesse e até mesmo me mostrou um mapa com todo o caminho, foram 5 minutos de explicação”. Ser um cidadão do mundo está no sangue do João, que pensa em fazer intercâmbio de novo, nos próximos anos. “Tenho muita vontade de fazer outra viagem, mas dessa vez para conhecer os Estados Unidos ou a Ásia”, revela. São inúmeras culturas e lugares só a espera de pessoas para desbravá-los. E se ao ler tudo isso, você sentiu uma vontade súbita de embarcar nessa aventura por outros países, então existe um cidadão do mundo dentro de você! –

que

liderou

o

movimento

pela

independência da Índia, com base em uma forma pacífica de protestar –, diz que “a terra é meu país e a humanidade minha família”. Siga este conselho. Você não vai se arrepender. Boa viagem!

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Revista Alvo - Edição 17

continua se dedicando à vida acadêmica, encontra em um programa do governo federal grande incentivo para sair do país e acumular ainda mais conhecimento em sua área. O Ciência Sem Fronteiras é um projeto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação

Dizer que o mundo é imenso seria redudante.

Gandhi

Ciência Sem Fronteiras

Quem é graduando ou, mesmo após a graduação,

(MCTI) e da Educação (por meio do CNPq e Capes) e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC, que prevê a utilização de até 101 mil bolsas em 4 anos para quem quer fazer intercâmbio e estagiar e se aperfeiçoar no exterior. O projeto contempla também pesquisadores que queiram vir ao Brasil. São modalidades de estudo lá fora: Doutorado sanduíche, Doutorado pleno, Pósdoutorado, Graduação sanduíche, Desenvolvimento tecnológico e inovação no exterior, além de Atração de Jovens Talentos e Pesquisador visitante especial para quem quiser vir ao Brasil. Você pode encontrar mais informações em www.cienciasemfronteiras.gov.br


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Turismo

GUERRA E PAZ NOS

Machu Picchu tem pouco mais de um século de descoberta, mas

por Thiago Viana

Q

uando os europeus oficialmente chegaram às Américas, no final do século XV, eles mal faziam ideia da quantidade de descobertas que estavam muito além das Antilhas do Atlântico Norte. O Novo Mundo era tão extenso, que mesmo depois de 500 anos desde a chegada de Cristóvão Colombo, o continente surpreenderia e intrigaria o mundo com a história nem sempre tão bem contada dos seus povos nativos. A civilização Inca, cujo seus antecedentes já habitavam a América do Sul há pelo menos 1.800 a.C., são os ameríndios que ainda hoje despertam grande curiosidade e desafiam historiadores e arqueólogos na busca de respostas para seus usos, costumes e crenças. A mais recente descoberta a respeito deles foi feita no início do século XX, em 1911, e trata-se da cidade perdida de Machu Picchu, localizada a 2.400 metros de altura, no topo de uma montanha dos Andes Peruanos, a 130 km de Cusco, a cidade importante mais próxima que é a atual capital regional e a última capital do império Inca. Por volta de 1867, alguns exploradores chegaram a passar aos pés das ruínas de Machu Picchu, porém sem se dar conta do que havia pouco mais acima. Só mais de 40 anos depois, o arqueólogo Hiram Bingham descobriu a cidade acidentalmente. Bingham, na verdade, procurava pela cidade de

Vilcabamba, lendária cidade dos descendentes Incas e chegou a pensar que havia descoberto a cidade das ‘Virgens do Sol’, já que a maioria dos esqueletos encontrados eram de mulheres. Machu Picchu (Velha Montanha) foi descoberta tomada pela vegetação e infestada de víboras. A cidade-fantasma possuía apenas 30% das construções que conhecemos hoje, o restante foi reconstruído ao longo do tempo. São mais de 200 estruturas entre residências, templos e altares, todas talhadas em rocha perfeitamente encaixadas entre si de modo a formar paredes firmes e sólidas sem a necessidade de algo que pudesse aderir umas nas outras, como argamassa, por exemplo. Outro mistério é como essas rochas chegaram até o topo da montanha já que é sabido que os Incas não tinham o conhecimento da roda e nem de ferramentas ou artefatos feitos de ferro. Entre as poucas coisas que se sabem sobre a origem de Machu Picchu é de que a cidade foi construída por ordem do primeiro imperador Inca, Pachacuti. Pelo fato de que visivelmente não foi concluída, não se sabe ao certo a finalidade de Machu Picchu para a civilização Inca. Por não ter uma cultura militarista e pela ausência de muros, provavelmente a cidade não era uma fortaleza. Porém, inegavelmente, pela quantidade de templos e altares, o lugar era sagrado.

Pelo fato de que visivelmente não foi concluída, não se sabe ao certo a finalidade de Machu Picchu para a civilização Inca..”

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Revista Alvo - Edição 17


ANDES PERUANOS

ainda pouco se sabe sobre a sua origem, finalidade e história.

Os estudos sobre a cidade revelaram também que 60% dos esforços na construção de Machu Picchu foram concentrados em seu solo, desde a base da montanha. Terraços foram construídos formando uma espécie de encosta em toda a montanha, nestes terraços foi desenvolvida a agricultura de milho e o solo foi preparado para absorver e escoar a água da chuva, evitando a erosão da montanha e, consequentemente, o deslizamento da cidade. A hipótese mais provável da finalidade dada a Machu Picchu veio com o estudo dos esqueletos encontrados nos cemitérios próximos à cidade. Em sua maioria, mulheres, descobriu-se que aqueles indivíduos alimentavam-se regulamente de milho, alimento da realeza. Ao mesmo tempo, esses indivíduos foram sepultados de forma simples diferente da realeza, que era mumificada ou sepultada com suas riquezas. Os esqueletos também não possuíam qualquer indício de doenças ou fraturas por trabalho pesado, o que levou o arqueólogos a descartarem que aquelas pessoas trabalharam na construção de Machu Picchu. Analisando esse cenário, a hipótese levantada é de que aquelas pessoas era serviçais da realeza Inca, que cuidavam para que Machu Pichhu permanecesse apropriada para receber seus imperadores. Logo, Machu Picchu poderia ser uma espécie de refúgio da realeza para fins espirituais e esconderijo em caso de ataques dos espanhóis, que profanaram todas as cidades Incas no processo de conquista do novo mundo. Por isso, alguns arqueólogos e historiadores definem

Revista Alvo - Edição 17

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Turismo

Machu Picchu como um lugar de guerra e paz. Mas por que os descendente de Pachacuti abandonaram Machu Picchu e por que os espanhóis não destruíram a cidade também? Pachacuti morreu em 1471 e cerca de 60 anos após a sua morte, seus descendentes começaram a ficar sem recursos para manter Machu Picchu, por isso os trabalhos na cidade foi inicialmente reduzido e, pouco tempo depois, paralisados totalmente. Preocupações mais urgentes desviaram a atenção do povo Inca, entre elas o surgimento de uma guerra civil e o aparecimento de doenças como a varíola, o que fragmentou e enfraqueceu os povos Incas. Isso foi determinante para que os espanhóis acabassem por dominar completamente esses povos. Neste cenário, os servos reais perceberam que sem realeza, Machu Picchu já não seria mais visitada e diante destas preocupações, provavelmente havia sido esquecida. Com um tempo, até eles abandonaram a cidade. Deixando-a guardada até a sua redescoberta, em 1991. Por estar localizada no alto da montanha, em um terreno extremamente íngreme e de difícil acesso, provavelmente os espanhóis sequer souberam da existência de Machu Picchu e tampouco a encontraram, o que hoje a história considera como um excelente erro.

Hoje, Machu Picchu considerada patrimônio mundial pela Unesco, é uma das sete maravilhas do mundo moderno. COMO CHEGAR O aeroporto mais próximo é na cidade de Cusco. De lá, uma viagem de trem com mais ou menos 3 ou 4 horas de duração leva até o povoados de Águas Calientes, bem no pé da montanha. A partir daí, tem-se mais 30 minutos de ônibus até Machu Picchu. Há também a possibilidade de se chegar à Machu Picchu andando, através de uma trilha que é o antigo caminho Inca até a cidade sagrada. Uma caminha de quatro dias a partir do KM 82 da ferrovia Cusco-Águas Calientes. Essas trilhas são feitas com o acompanhamento de agências que oferecem opções de pousadas ao longo do caminho para passar as noites. Desde 2010, o governo peruano proibiu sobrevoos de helicóptero sobre a cidade, afim de preservar a fauna do local.

Hoje Machu Picchu é considerada patrimônio mundial pela Unesco e é uma das sete maravilhas do mundo moderno.”

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Revista Alvo - Edição 17


Revista Alvo - Edição 17

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por Thiago Viana

sabores

fotos: Everton Saraiva

cerveja moderando a apreciação

Uma das primeiras bebidas alcoólicas criadas pelo homem é hoje uma das bebidas mais consumidas no mundo. No passado, leis rígidas para a produção e comercialização de cerveja chegavam a condenar à morte. Atualmente, o mundo vive uma revolução cervejeira e já é possível produzir a bebida em casa e reunir os amigos. 40

Revista Alvo - Edição 17


A

cerveja é inegavelmente uma paixão nacional.

exportação. Porém, enquanto a Cerpa vivia o seu

Não é preciso procurar muito no nosso círculo de

auge, surgiu no mix da Estação das Docas, o então

amizades para encontrar quem não dispense uma

mais novo ponto turístico de Belém, a cervejaria

boa “gelada” nas mais diversas ocasiões. Sendo

AmazonBeer. Inaugurada no ano 2000, a cervejaria

loura, ruiva ou morena, a bebida também divide

é hoje um sucesso absoluto e acabou de ser

opiniões e há quem não suporte o seu gosto

reconhecida como a Cervejaria do Ano pela Revista

amargo, antagonizando a quem não resista ao seu

Prazeres da Mesa, respeitada publicação nacional no

poder refrescante.

setor de gastronomia. O AmazonBeer é considerado, pelos seus admiradores, um patrimônio do universo

A cerveja é uma das primeiras bebidas

alcoólicas

criadas

cervejeiro

pelo

paraense

reconhecimento

e

alcançou

homem, possivelmente a mais antiga

esse

delas. Produzida essencialmente a

excelência dos seis tipos de cervejas

partir da fermentação de cereais,

artesanais que produz, investindo

está entre as cinco bebidas mais

em pesquisas para desenvolver

consumidas no mundo junto com

rótulos a partir de matérias-primas

a água, café, chá e leite. Registra-se

originais

que em até 6 mil anos antes de Cristo,

como o açaí, o camaru, a priprioca,

povos como os sumérios, egípcios,

o taperebá e o bacuri.

da

floresta

graças

a

amazônica

mesopotâmios e ibéricos já conheciam

Só em 2013, Belém ganhou pelo

processos para a produção de cerveja,

menos quatro estabelecimentos

porém o mais antigo registro de leis

especialmente

que regulamentavam o processo

apreciação de cerveja. Um deles

de produção e comercialização da

é o Baviera Boutique Bar, no

cerveja podem ser encontrados no

bairro do Umarizal. Inaugurado

Código de Amurabi,

de 1.700 a.C.

Nele, se condenava à morte quem não respeitasse os critérios de produção, além de várias leis de comercialização, fabricação e consumo. Hoje, maior

o

Brasil

produtor

é

de

o

terceiro

cerveja

do

dedicados

à

O paraense consome bastante cerveja, porém esse consumo ainda é modesto se comparado a outros mercados.”

há seis meses, o lugar surgiu

Bernardo Zell - Empresário

têm um ambiente adequado para

com a proposta de se tornar um ponto de encontro de cervejeiros, e o objetivo já foi alcançado. “Sabíamos

que

havia

esse

público em Belém e agora ele

mundo, produzindo cerca de 13

esta atividade”, comenta Eduardo

bilhões de litros por ano e ficando atrás apenas

Guimarães, gerente do Baviera

da China e Estados Unidos. A indústria cervejeira

que possui quase 200 rótulos de 8 países. Não

brasileira é responsável por 1,7% do Produto

muito longe, no shopping localizado na avenida

Interno Bruto nacional (PIB). Emprega mais de 1,7

Doca de Souza Franco, é possível encontrar um

milhões de pessoas diretamente e pelo menos

quiosque

outros 8 milhões de profissionais trabalham para

e comercialização de cervejas, o Mr. Beer. A

esta indústria indiretamente. Em 2013, todavia, a

franquia chegou à Belém há pouco mais de 4

Ambev (Companhia de Bebidas das Américas) já

meses e oferece mais de 100 rótulos de quase

luta contra uma queda no consumo de cerveja no

20 países. Para Bernardo Zell, sócio-proprietário

Brasil, projetada em 4% até o final deste ano. De

da operação, a pesar de existirem cervejas para

acordo com a empresa, um dos maiores motivos

consumo nos mais diversos climas e temperaturas,

para o maior declínio da indústria em 10 anos é a

o calor de Belém propicia o consumo da bebida.

alta inflação dos alimentos.

“O paraense consome bastante cerveja, porém

totalmente

dedicado

à

apreciação

O Pará começou a se destacar na produção

esse consumo ainda é modesto se comparado a

de cerveja ainda no final da década de 1960 com

outros mercados. Verificamos que o ticket médio

surgimento da Cerpa que, em 2003, chegou ter

do paraense, valor que ele está disposto a pagar

65% de participação no mercado local e ganhou

cada vez que compra cerveja, gira em torno de R$

notoriedade

50 e R$ 60 reais”, revela.

nacional

com

seus

produtos

de

Revista Alvo - Edição 17

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No Pará, a Acerva já existe há um ano e, como

BEBA MENOS. BEBA MELHOR. Outro fator fortemente ligado à indústria e ao

em todo o Brasil, a associação reúne pessoas

consumo de cerveja no Brasil é a publicidade,

das mais diversas origens que convergem em

que apesar de já ser altamente regulamentada e

um único assunto: cerveja. São micro cervejeiros

monitorada, ainda é motivo de preocupação para

artesanais, empresários, donos de estabelecimentos

instituições como as Associações de Cervejeiros

e apreciadores da bebida. “Somos uma instituição

Artesanais todo

o

(Acerva)

Brasil.

Para

a

associação,

a

massiva

publicidade

do

produto

acaba contribuindo para uma em

imagem

negativa

relação

ao

seu

consumo. “A cerveja tem o estigma de ser uma bebida que para

mais

serve

popular

e

unicamente

embriagar.

Muito

disso vem dos discursos de

propaganda

onde

incentiva-se, entrelinhas,

nas o

consumo

excessivo da cerveja, ainda que a propaganda sempre termine com a frase ‘Beba com moderação’. A Acerva faz parte de uma revolução cervejeira

que

sem

em

VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE CERVEJA E CHOPE?

Basicamente não há diferença alguma. Tudo é cerveja. Na verdade, a palavra chope vem deschoppen, que é uma unidade de medida alemã, o equivalente a meio litro. Com a imigração alemã no sul do Brasil, também foram trazidos para o país a cerveja alemã que era servida em barris, de onde eram retirados “schoppen de cerveja”. Há quem diga que a diferença é porque a cerveja sofre a pasteurização e o chope não. Errado. Chopes importados jamais chegariam aos seus destinos apropriados para o consumo se não fossem pasteurizados, e como já mencionamos nesta mesma matéria, a maioria dos microcervejeiros não pasteurizam o seu produto. O que acontece é que a cerveja pode ser pasteurizada ou não, assim como o seu envasamento pode ser em garrafa, lata ou em barriu (na pressão).

fim

lucrativos

que

desenvolve um trabalho que ao mesmo tempo empírico e científico, pois trocamos informações, a

estudamos

respeito,

produzimos e

nos

organizamos

compra e

discutimos, conhecimento

de

para

matéria-prima

equipamentos

produção

para

artesanal

a de

cerveja”, explica Iuri, que também avalia a cerveja como um produto agregador. “Por a

ser

mais

cerveja

popular,

naturalmente

está despida de qualquer pedantismo ou glamour que outras bebidas tem, por isso é muito fácil agregar pessoas em

torno

deste

assunto.

Numa brassagem artesanal

vem

acontecendo no mundo há muito tempo e que tem

aberta, por exemplo, que é o ato de produção da

como um dos seus objetivos esse estigma da bebida.

cerveja, conseguimos reunir facilmente cerca de 30

Para isso, utilizamos a máxima ‘Beba menos. Beba

ou 50 pessoas”, conta.

melhor’, onde incentivamos que o consumidor de

42

cerveja passe a apreciar a sua bebida e entender

HOMEBREWS – Os homebrews são kits para

a sua identidade, sua história e não tratá-la tão

microcervejeiros que produzem a bebida em

somente como objeto de embriaguez”, comenta

casa, de maneira artesanal. Eles se compõem

Iuri Fernandes, analista de sistemas e presidente

basicamente dos mesmos equipamentos das

da Acerva Pará.

grandes

Revista Alvo - Edição 17

indústrias,

guardadas

as

devidas


proporções e com a diferença de que na produção

desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

caseira não há a pasteurização da bebida, um

Apesar de tudo isso, a dica é não exagerar, pois em

processo térmico que visa a maior estabilidade –

grande quantidade a cerveja, como qualquer outra

validade – do produto. Este processo não altera

bebida alcoólica, pode provocar desidratação,

a composição da bebida, mas modifica o seu

hipoglicemia,

sabor. O funcionário público Lucas Pinto já produz

irritações estomacais e lesões no fígado. Ah, e não

cerveja em casa há algum tempo e garante que

se esqueça: beba com moderação!

constrição

intestinal,

diurese,

o processo é simples, porém trabalhoso. “Há alguns processos que levam apenas cinco horas

CONHEÇA E APRECIE:

e outros chegam a 30 dias. Com matéria-prima

- ACERVA PARÁ – facebook.com/acervapara

e equipamento apropriado é possível produzir

- AMAZON BEER - Boulevard Castilhos França S/N. Estação

pequenas quantidades de cerveja e bebê-las

das Docas Galpão 1.

na hora, com os amigos”, comenta, porém ele

- BAVIERA BOUTIQUE BAR – Rua Bernal do Couto, 580.

recomenda que antes de tentar fazer cerveja

- MR. BEER – Avenida Visconde de Souza Franco, 776.

em casa, é preciso procurar ajuda com já tem

Boulevard Shopping 3º Piso.

alguma experiência no assunto. “O ideal é

- KANGURU BEER – Avenida Braz de Aguiar, 451. Loja 01.

procurar a Acerva no seu estado ou na sua cidade

- LEVEDO BEER IMPORT – Travessa Dr. Moraes, 144.

e pedir informações e ajuda. Aqui em Belém, especialmente, sofremos com a dificuldade para achar matéria-prima e equipamento apropriado e por isso, constantemente viajamos em busca de novidades e no organizamos para compras em conjunto”, explica. BENEFÍCIOS – Engana-se quem acha que o consumo de cerveja não traz benefícios à saúde humana. Pelo contrário. Se apreciada de maneira moderada, a cerveja tem efeitos antioxidantes e até anti-inflamatórios, foi o que revelou recente pesquisa da revista Chemistry&Biodiversity. O responsável por essas ações é o lúpulo, um dos ingredientes da cerveja que também é utilizado como composto medicinal no tratamento de problemas como insônia, nervosismo, dor de cabeça e falta de apetite. Além disso, a cerveja também

é

rica

em

vitaminas

do

complexo

B, que podem ajudar a reduzir os riscos de

O COLARINHO MANTÉM O SABOR E A TEMPERATURA DA CERVEJA? Também é mito. Há quem diga que o ideal é deixar de dois a três centímetros de espuma pois ela funciona como um isolante que mantém a temperatura da bebida. Isso em parte é verdade, mas não é uma regra. A espuma é composta por partículas da bebida que reagem com o gás carbônico (CO2) e, teoricamente, ajuda a evitar que a cerveja esquente rapidamente.

Porém,

esse

isolante

térmico é eficiente apenas na pequena superfície da bebida, nas laterais e no fundo do copo a bebida está muito mais exposta a troca de calor.

Revista Alvo - Edição 17

43


por Thiago Viana

comportamento

a hora da

barba

Os homens ganharam a liberdade para cultivar e exibir sua barba. Mas, nem todo mundo curte ter pelos no rosto. Pesquisas dizem até que as mulheres preferem os barbudos. E apostando na vaidade masculina, as barbearias ressurgem com força total pelas ruas de Belém. 44

Revista Alvo - Edição 17


H

á mais de 30 mil anos, o homem descobriu que

algumas loções e hidratantes para fazer a higiene. Hoje

era possível remover os pelos da face utilizando lascas

tenho que tirá-la de dois em dois dias por exigência

de pedra. De lá pra cá, a barba já teve uma infinidade

do trabalho e é uma frustração porque gostava de ter

de sentidos nas mais diversas civilizações. No Egito

barba”, lamenta. Na contramão desta vaidade está o

antigo significava superioridade. Na Grécia, a barba

gestor de recursos humanos, Marcelo Vicker. “Nunca

era símbolo de sabedoria. Para os romanos, tirar a

gostei de ter barba. A minha barba começou a crescer

barba pela primeira vez era um rito de passagem

de verdade desde que eu tinha uns 16 anos e sempre

para a vida adulta. Ao atingir a puberdade, os garotos

me incomodou”, reclama Marcelo que confessa ainda

raspavam os pelos do corpo inteiro e ofereciam aos

não ter a menor paciência com os pelos do rosto. “Por

Deuses. Na idade média, os sacerdotes católicos

falta de qualquer habilidade para acertar a barba,

faziam a barba para diferenciarem-se dos religiosos

mantenho-a em dois extremos: completamente cheia

ortodoxos e judeus. Quando

universo masculino. Foi ‘cool’,

Aparava pra ela não ficar muito cheia e desenhava o contorno pra ficar certinha. Além disso, também usava algumas loções e hidratantes para fazer a higiene.”

foi cafona e hoje mais parece

Victor Lima - Farmacêutico

King Camp Gillette inventou as lâminas descartáveis, no século XIX, remover a barba passou ser sinônimo de higiene. A partir daí ter ou não ter barba começou a fazer parte da moda no

uma questão de preferência.

por preguiça de tirar ou, quando crio coragem, tiro tudo e fico de ‘cara limpa’”, confessa. Segundo

a

medicina,

o

crescimento de pelos no rosto está

estritamente

questões

ligado

hormonais,

à

como

a produção de testosterona. Um

estudo

da

Universityof

New South Wales (UNSW),

Acordar um pouco mais cedo, fazer a barba e ficar

na Austrália, apresentou a centenas de mulheres

com o rosto lisinho para mais um dia de trabalho

heterossexuais 10 fotos de diferentes estágios

é uma rotina para muitos homens que dependem

do crescimento de barba em homens anônimos,

de uma boa aparência no ambiente de trabalho,

e

principalmente

mais

fotos levando em consideração critérios como

formais ou de atendimento ao público. Entretanto, o

atração, masculinidade, saúde e potencial para

mercado de trabalho tem deixado os homens bem

parentalidade. Os homens que receberam as

mais à vontade quando o assunto é escolher adotar

maiores pontuações foram os que não faziam a

o visual barbudo ou não.

barba há dez dias. Isso talvez explique a barba como

nos

meios

corporativos

O farmacêutico Victor Lima, até antes de começar a

solicitou

às

mesmas

que

pontuassem

as

um símbolo de poder e virilidade no imaginário

trabalhar em uma rede de farmácias, tinha o hábito de

humano.

O

jornalista

britânico

EkowEshun

deixar a barba crescer e a mantinha uma certa vaidade.

escreveu sobre um movimento que, segundo ele,

“Aparava pra ela não ficar muito cheia e desenhava o

vem crescendo entre os homens e que denominou

contorno pra ficar certinha. Além disso, também usava

‘Barbalândia’, defendendo a ideia que a barba hoje

Revista Alvo - Edição 17

45


ultrapassa a preocupação com a moda e a beleza,

homens cuidassem da estética. “Para cortar o cabelo,

e passou a ser uma expressão masculina frente às

por exemplo, alguns homens precisavam ir a um

grandes e aceleradas conquistas femininas, uma

salão de beleza, que é um espaço essencialmente

reação às suas próprias fragilidades.

feminino, e muitos se sentiam incomodados porque

Para alguns homens, a barba chega a ser um

não se identificavam com o ambiente”, comentam os

motivo de orgulho e até de competição, não à toa

proprietários. Com os serviços essenciais de barba,

que dezenas de barbudos e bigodudos devem

cabelo e bigode o espaço funciona há pouco mais de 5

participar do 1° Bigode e Barba Fest, que será

meses e oferece ainda espaço infantil para as crianças

realizado aqui em Belém, em janeiro de 2014. O

- com brinquedos e videogame - revistas masculinas,

concurso terá três categorias: bigode, barba e

cervejas importadas e internet wi-fi grátis.

fake. Nas duas primeiras serão avaliados quesitos como

harmonia,

volume

e

cuidado,

originalidade.

Na

categoria fake, homens – e até mulheres – serão julgados pela originalidade e estilo de sua barba postiça. Os vencedores receberão prêmios especiais. Todas as informações sobre o concurso estão na página da

A percepção de que havia um público sedento por

Quando eu era criança meu pai me levava a barbearia para cortar o cabelo e por muito tempo não consegui fazer isso com o meu filho pela falta de um espaço adequado.”

competição, no Facebook.

Henrique Monteiro - Engenheiro

um serviço diferenciado também foi também o que incentivou os sócios Fauzy Gorayeb e Diogo Azevedo a abrirem a Barbearia Rockfeller, também localizada no bairro do Umarizal. “Hoje atendemos cerca de 80 pessoas por dia e nos horários de grande movimento a barbearia acaba se tornando uma espécie de confraria

LUGAR DE HOMEM É NA BARBEARIA

ponto

de encontro de amigos”, pontua Fauzy. A Rockfeller

Independente do motivo que leva o homem a

está funcionando há quase 5 meses e chama a

deixar ou não a barba por fazer, a simples existência

atenção pela sua decoração retrô toda inspirada nas

desta preocupação tem chamado a atenção de

barbearias da década de 1950. Ainda no ramo da

empreendedores que agora apostam em barbearias

estética, conta também com serviços de podologia e

para atrair este público. Afinal, nem todo mundo tem

massagem, além de sala de jogos, e outros espaços

paciência para fazer a barba ou desenhá-la de forma

dedicados à socialização de quem aguarda sua vez

satisfatória. Em Belém, as barbearias estão cada vez

em ser atendido.

mais requisitadas, pela comodidade que oferecem e serviços que dispõem.

46

masculina,

Para o engenheiro florestal, Henrique Monteiro, barbearias também são um espaço de convívio

Kássio Neiva e Karina Moura são os proprietários

familiar e de aproximação entre pai e filho. “Quando

da Barbearia Belém, localizada no bairro do Umarizal.

eu era criança meu pai me levava a barbearia para

Segundo eles, a ideia de empreender no segmento

cortar o cabelo e por muito tempo não consegui

veio da identificação da carência que Belém tinha

fazer isso com o meu filho pela falta de um espaço

de espaços dedicados exclusivamente para que

adequado”, comenta. Já o filho, Yan Monteiro, de 18

Revista Alvo - Edição 17


anos, relata que antes de começar a frequentar a Barbearia Belém com o pai, cortava o cabelo em salão de beleza, com a mãe. “Era completamente diferente. Barulho de secador, cheiro forte dos produtos etc. Agora é mais tranquilo”, compara. Tanto os proprietários da Barbearia Belém quanto da Rockfeller destacam a disponibilidade de mão de obra qualificada como um grande desafio para este tipo de empreendimento. “A mão de obra é bastante escassa pois é uma profissão repassada de pai para filho. Hoje trabalhamos com cinco barbeiros, todos profissionais, porém dois deles são de fora do estado justamente porque aqui não há tanta disponibilidade”, explica Fauzy. Aluízio de Carvalho é barbeiro desde os 16 anos de idade e já trabalha na área há pelo menos 15 anos. “Meu pai e meu tio são barbeiros, aprendi o ofício com eles e também já fiz alguns cursos para me aperfeiçoar”. Para quem não tem muita intimidade com os pelos no rosto ele dá algumas dicas: “Uma toalha com água morna abre os poros, facilitando o deslizar da lâmina e evitando inflamações dos pelos. Uma loção pós-barba pode arder um pouco, mas evita irritações e dá uma sensação refrescante”, garante o barbeiro. Quer saber o melhor tipo de barba? A Alvo ajuda no infográfico ao lado.

Revista Alvo - Edição 17

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Rômulo Martins

Personal Trainer CREF 001769-G/PA

Acelerar

Gravidez e Exercício: compreenda e aproveite os benefícios

H

á um tempo, a gestação era considerada pelos mais tradicionais como doença, apoiado por crenças e empirismos. Apesar de todas as mudanças fisiológicas, morfológicas e estruturais que ocorrem do início ao fim da gravidez, a prática regular de exercícios físicos apresenta benefícios impactantes na saúde e bem estar da futura mãe. Hoje, graças ao avanço dos estudos de fisiologia do exercício e do consenso científico, as gestantes não só podem como devem praticar exercícios físicos, depois da devida liberação clínica feita pelo obstetra. Existem protocolos e diretrizes para criar práticas seguras e benéficas, lembrando que o foco é a saúde, embora gestantes bem treinadas possam realizar exercícios físicos mais intensos. O American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), reforça que a manutenção da prática regular de exercícios, de intensidade moderada, durante a gravidez trás benefícios significantes para saúde da mãe (controle de peso materno, boa forma física, a sensação de bem-estar, além da melhoria do cansaço, da qualidade do sono, das dores nas costas, entre outros benefícios adicionais como a diminuição do risco de desenvolvimento do diabetes mellitus gestacional, pré-eclâmpsia e melhoraria da função psicológica) e ganho de peso para o feto. Não há evidências científicas de que o exercício aumente a temperatura da mãe a níveis prejudiciais ao feto, como se supunha anteriormente. Vale ressaltar que um dos pontos importantes dos benefícios é o controle da incontinência urinária, disfunção no assoalho pélvico que surge logo após o primeiro trimestre da gravidez, e também após o parto. Para prevenir e tratar a incontinência urinária, estudos mostraram que o treinamento dos músculos do assoalho pélvico é eficaz, pois reduz a perda involuntária de urina e aumenta a força muscular.

O aumento da mama e a mudança do centro de gravidade devido o aumento da barriga, geram inevitáveis dores no tórax e na região lombar, diminuindo a qualidade de vida da gestante. Nestes casos, o fortalecimento dos músculos das costas e lombar amenizam esses desconfortos. O ACOG apontando os benefícios maternos e fetais definiu algumas recomendações de interesse na prescrição de programas de exercícios na gravidez. Independentemente do tipo, as intensidades leve ou moderada são as mais adequadas, com frequência mínima de três vezes por semana, praticadas regularmente. A preferencia é por horário menos quentes do dia, com roupas confortáveis e atentos à hidratação. As atividades intensas devem ser evitadas, respeitando o limite de 140 batimentos por minuto para a frequência cardíaca materna e de 38ºC para a temperatura ambiente. Larsson e Lindqvist estabeleceram que entre 50 e 70% da capacidade cardíaca máxima durante a atividade física é uma faixa segura, tanto a nível fetal quanto no que diz respeito ao aumento da temperatura corporal materna, em atividade física no solo. Exercícios deitados, como o supino, devem ser evitados por diminuir o retorno do sangue ao coração. A sugestão é que seja realizado em ângulos a partir de 30 graus ou ainda sentado. Não se recomenda a prática de levantamento de peso, de impacto, com saltos além daqueles que gerem desequilíbrios ou risco de queda. Também devem ser evitados movimentos que criem hiperextensões das articulações, devido à liberação de um hormônio chamado relaxina que causa frouxidão ligamentar nas gestantes. Quando orientado por profissionais capacitados, os benefícios dos exercícios durante a gestação claramente se sobrepõem aos riscos potenciais. Qualquer dúvida, sempre consulte o seu médico e profissional de educação física especializado.

Para prevenir e tratar a incontinência urinária, estudos mostraram que o treinamento dos músculos do assoalho pélvico é eficaz, pois reduz a perda involuntária de urina e aumenta a força muscular.”

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por Liandro Bito

esporte

corridas de rua

ganham adeptos em belém Seja para emagrecer ou ganhar condicionamento físico, a corrida é um bom exercício para ficar em dia com a saúde.

M

ovimento, treino e suor. Uma vida saudável e

a busca pelo corpo perfeito são motivos que levam

sem

muitas pessoas a praticarem o running. As corridas

profissional pode ter uma arritmia ou até mesmo

de rua em grupo estão na moda, e Belém também

um infarto. “Esses casos estão ligados a falta de

está no circuito da novidade que promete acabar

condicionamento. Às vezes, a pessoa quer fazer um

com o sedentarismo.

exercício e vai além da sua capacidade funcional e

Mas se engana quem acha que para correr, basta calçar um tênis e vestir uma roupa leve. O primeiro passo

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A especialista conta que o corredor iniciante

para

praticar

atividades

esportivas

de

o

acompanhamento

adequado

de

um

pode sobrecarregar o coração que pode não estar preparado”, diz. A médica ressalta que a avaliação com o

grande impacto e esforço físico, como a corrida, é

cardiologista é fundamental para quem

consultar um especialista médico e principalmente

começar a “correr”. Ivete Maciel conta que

quer

fazer exames cardíacos. “Um jovem que não tem

vários pacientes, na maioria jovens, vão ao seu

antecedente familiar de doenças cardíacas e que

consultório fazer exames antes de iniciar atividade

durante toda a sua vida foi acompanhado por um

física. “As pessoas fazem questão de saber como

pediatra ou clinico, não necessariamente tem que

anda a sua saúde, querem começar as atividades

fazer exames. Agora pessoas que não praticam ou

tranquilas. Há muitos casos na mídia de atletas

nunca praticaram esporte, ou tem mais de 40 anos,

que infartam em campo e isso está preocupando

ou são mais jovens e que não sabem como está

os jovens”, comenta.

o coração, ai sim recomendamos fazer exames

Ela conta ainda que muitos vão indicados por

antes de começar a correr”, enfatiza a médica

preparadores físicos de academia. “As academias

cardiologista Ivete Maciel.

exigem os exames no coração como um pré

Revista Alvo - Edição 17


requisito para liberar o paciente para fazer as atividades. Fisioterapeutas

e

ortopedistas

são

outros

especialistas

indicados para fazer avaliações de quem pretende correr. Com todos os exames clínicos aprovados, basta procurar um profissional de educação física para acompanhar o seu treinamento”, garante a médica.

Nunca mude o alimento antes da corrida. O organismo pode rejeitar. O ideal é comer de 40 a 60 minutos antes de correr. Tempo ideal para fazer a digestão e não sentir nenhum desconforto.” Amilton Coelho - Educador Físico Cuidados antes de correr Mas, antes de ir para as ruas correr, há vários cuidados que devem ser levados em consideração, como a alimentação, o aquecimento, as roupas e tênis adequados. Alguns querem correr para emagrecer e outros para ganhar condicionamento físico. Se o seu objetivo for emagrecer, o ideal é receber orientações de um nutricionista para avaliar a sua alimentação. “Nunca mude o alimento antes da corrida. O organismo pode rejeitar. O ideal é comer de 40 a 60 minutos antes de correr. Tempo ideal para fazer a digestão e não sentir nenhum desconforto. Dar preferência a comer coisas leves como frutas, não derivados do leite por que costumam dar desconforto intestinal”, aconselha o educador físico Amilton Coelho, 27 anos, que treina cerca de 40 alunos em duas academias de Belém. “Antes de correr você deve tomar repositores eletrolíticos. Eles possuem sais minerais, o que perdemos muito no suor durante o treino. No pós-treino, hidratação com muita água”, indica. Roupas leves ajudam na transpiração e facilitam os movimentos. O ideal é que o aluno tenha dois pares de tênis: um para a corrida e outro para competir. “Com o tempo o tênis perde o amortecimento. O ideal são os mais flexíveis e de material leve, que facilitam até o escoamento de água na corrida. Os preços variam de R$ 180 a R$ 700. Mas o ideal é que ele se adeque ao pé. Não pode ser apertado. As vezes é caro só por ser marca famosa, mas o sapato nem é confortável”, diz Coelho. Tudo pronto? Então é hora de alongar para correr. Os alongamentos são focados nos membros inferiores: perna, panturrilha e coxa. O “trote” também pode ser uma forma de aquecimento do corpo. É uma corrida bem leve feita durante 10 minutos, aproximadamente. “Já é um aquecimento”, garante Coelho. Antes de correr, o treinador e seus alunos se reúnem para estudar o percurso, que é decidido sempre de acordo

Revista Alvo - Edição 17

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esporte com

a

quilometragem.

“Treinamos

baseados

relembra a psicopedagoga. “Calcanhar e joelho são

na quilometragem do percurso e não no tempo

os locais mais lesionados por receberem o maior

correndo. Corremos sete quilômetros em um dia

impacto com o peso do corpo durante a corrida. É

durante a semana e de dez a doze quilômetros

preciso estar atento”, completa o treinador.

nos finais de semana. Depende também para que Tecnologia a favor da corrida

prova estamos treinando”, conta. O grupo treina focando participar das principais

No mercado já existem aplicativos com GPS (Global

provas de Belém, que hoje tem cerca de 24 corridas de

Positioning System) que informam a velocidade média

rua ao ano, uma média de 2 por mês, segundo o site

por minuto, por quilometro, onde você percorreu e se

da Federação Paraense de Atletismo, onde se pode

há subidas ou descidas no trajeto, e até relógios que

ver as informações completas de todas as corridas.

monitoram os batimentos cardíacos!

Pra correr não tem idade

monitoramento do treino e de corridas. “Antes o atleta

Mas, Segundo o preparador físico, poucos correm visando subir no pódio. “Eles treinam pela qualidade de vida. Já ganhamos varias vezes por “maior equipe”, uma categoria que é premiada nas corridas de rua. É uma forma de confraternizar com amigos,

família,

colegas

de

tecnologia

Só corro na rua. Não me sinto mais bem na esteira. Corro porque me sinto bem. Me dá liberdade. Sinto o vendo em mim e me sinto livre.” Helena Brito - Picopedagoga

trabalho. Temos corredores de

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a

avançou

e

facilitou

o

recebia um chip que amarrava no cadarço do tênis, o sistema fazia a aferição durante o trajeto e ele devolvia no final da prova. Hoje, o chip é de uso único. O atleta pode levar para casa contendo outras informações da prova, incluindo sua posição, tempo de corrida e outros detalhes. Tudo fornecido on line no site”, conta Paulo Cesar

20 aos 60 anos no grupo, com um fôlego de dar

dos Santos, proprietário da Chiptiming, empresa que

inveja a qualquer um”, conta.

organiza competições de rua pelo Brasil. A empresa

Na melhor idade, aos 61 anos, a psicopedagoga

existe há 27 anos, e há seis chegou em Belém para

Helena Brito corria na esteira como parte dos

oferecer o serviço. Hoje, já é responsável mais de 40

exercícios da academia. Mas, ao descobrir a

corridas de rua em todo o Pará.

corrida de rua, não parou mais. “Só corro na rua.

Cerca de 15 mil corredores participam por ano

Não me sinto mais bem na esteira. Corro porque

de todas as provas organizadas pela Empresa.

me sinto bem. Me dá liberdade. Sinto o vendo

“Precisamos de uma tecnologia mais rápida de

em mim e me sinto livre. Me sinto mais jovem”,

apuração. No final da prova, o atleta fica muito

afirma. Helena, que percorre dez quilômetros

desgastado. O resultado deve ser passado de

três vezes na semana, entre 5h e 6h da manhã,

imediato. Ele não quer e não pode ficar esperando.

nos bairros do centro de Belém. “A noite acho

Antigamente o resultado era entregue em até 1h30

perigoso pelo grande movimento de carros”,

depois de cruzar a linha de chegada. Hoje ao cruzar

comenta. Mas, os veículos não são os únicos

a linha o resultado já é informado”, comenta Paulo.

obstáculos para quem corre na rua. “Já pisei

Entre as tecnologias criadas está o “resultado por

em uma pedra e torci o pé. Não foi nada grave”,

sms”, que informa no celular do atleta seu tempo e

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percurso; o “vídeo do resultado”, onde você assiste

em português.

a sua chegada; e a “foto chegada”, onde uma foto

4 - Sports Tracker (grátis para iPhone e Android)

é tirada do corredor a cada dois segundos na linha de chegada. Com o avanço da tecnologia e a popularização dos smartphones, foram desenvolvidos também aplicativos que registram várias informações sobre

Permite a criação de diagramas e de planos personalizados de treinamento. 5 - Runens (iPhone US$ 2,99) Permite desafiar outros usuários e superar seus resultados.

o rendimento do atleta durante a corrida. Abaixo listamos alguns que oferecem bons serviços como o registro da duração da atividade, ritmo, velocidade, calorias gastas e a rota percorrida. Eles também permitem

que

os

dados

armazenados

sejam

Especialistas afirmam que além de queimar gordura e aumentar a resistência, correr também faz bem pro cérebro, pro coração, pros pulmões

compartilhados em redes sociais.

e pros músculos do corpo todo que ganham mais

1 – Runkeeper (grátis para iPhone e Android)

força, resistência e capacidade concentração. “A

Um dos mais utilizados pelos corredores, o app tem uma interface bastante intuitiva. Disponível em português. 2 – Endomondo (grátis para iPhone, Android e Blackberry) Outro

aplicativo

muito

recomendado

pelos

corredores. Como o Runkeeper, os dados registrados

corrida ajuda também a melhorar o sono, o humor, acelerar o metabolismo, deixar os ossos mais fortes e combater inúmeras doenças”, finaliza a cardiologista Ivete Maciel. E depois de todas essas dicas, agora é hora de aquecer, calçar os tênis e

durante a atividade podem ser informados por áudio.

sair do sofá e quem sabe se tornar o (a) mais novo

3 – Runtastic (grátis para iPhone e Android)

(a) corredor de rua. Não perca tempo e comece a

Além de auxiliar na corrida de rua, atende também a outras 30 atividades físicas. Disponível

treinar hoje mesmo!

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Major Leonardo Marcony Bacharel em Ciências Militares.

papo seguro

imarcony@eliteseguranca.com Mestre em Estratégia Militar

Tecnologia e atitudes para evitar a saidinha

M

esmo com tantos avanços tecnológicos, cheque especial, cartão de crédito, transferência eletrônica, ainda não conseguimos uma alternativa para deixar de ir aos bancos. Ou é uma conta que precisamos pagar ou um saque de uma grande quantia. Há quem receba o salário do mês apenas na boca do caixa. Isso tudo só podemos fazer numa agência bancária. Nessas horas a gente precisa ter muito cuidado com os assaltos, as famosas saidinhas. O assunto parece batido, mas nunca é de mais alertar. O crime da saidinha é o mais comum quando o assunto é assalto que envolva dinheiro nas entradas de banco. No final do mês, todo mundo quer receber logo o salário, mas às vezes, esperar um pouco é mais seguro, se houver a necessidade de sacar o dinheiro. Acompanhe as nossas dicas para evitar o prejuízo e o trauma de um assalto. Evite ir ao banco justamente nos dias de pagamento (5, 10 e 20), quando o fluxo de clientes é intenso. Máquinas eletrônicas geralmente ficam disponíveis de 6h às 22 horas, todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados. Se for algo adiável, é recomendado evitar ir ao banco nas segundas e sextas-feiras para o atendimento nos guichês de caixa. Esses são os dias mais movimentados da semana. Evite retirar grandes quantias em dinheiro. Prefira ações como transferências bancárias (DOC ou TED) e pagamentos eletrônicos.

Antes de sacar, observe o ambiente. Se avistar alguém suspeito. Desista e avise a polícia ou ligue para 190. Não crie uma rotina. Não frequente a agência bancária nos mesmos horários O cartão magnético de conta-corrente pode ser utilizado em qualquer estabelecimento comercial que aceite a bandeira Visa ou Mastercard. Você pode fazer as suas compras no débito automático. É prático, sem custos e totalmente seguro. Em casos de assaltos, não reaja, entregue o dinheiro. Depois procure a polícia, vá a uma delegacia para fazer um boletim de ocorrência. Algumas atitudes podem evitar o assalto. Após efetuar saques, é aconselhada atenção e observar se está sendo seguido. Além disso, evite ir sozinho ao banco se o saque for de uma grande quantia. O cliente que possui internet pode fazer suas operações bancárias no computador com toda a segurança, muitos bancos estão investindo milhões na segurança do acesso a conta pela internet e as fraudes caíram bastante. Mas atenção na hora de fazer as operações, observe se no canto inferior direito da tela aparece um link com um cadeado. Ao clicar, você pode visualizar as informações de segurança da página, uma garantia de que o site é seguro. Observe também que ao entrar numa página segura, o HTTP vira HTTPS.

O crime da saidinha é o mais comum quando o assunto é assalto que envolva dinheiro nas entradas de banco. .”

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gastronomia

por Liandro Bito fotos: Everton Saraiva

pirarucu salgado em Aioli

Prato típico do mediterrâneo recebe um toque paraense com um peixe regional.

A

cidade de Marselha, no sul da França, é a

segunda mais populosa do país e também a mais

“Este é um prato que se faz durante o verão

antiga, com cerca de 2.600 anos. Um dos pratos

francês, onde a família se reúne para almoçar no

mais tradicionais da região é o Bacalhau em molho

final de semana nas casas de campo. Comem em

Aioli, típico do Mediterrâneo. O chefe de cozinha

pratos pintados com artes regionais, incluindo

francês Franck Amaddio inovou ao fazer uma

aperitivos e tira gostos para acompanhar. Aqui,

irresistível mistura entre as culinárias francesa e

chamamos o Pirarucu de “Bacalhau da Amazônia”,

paraense substituindo o Bacalhau pelo Pirarucu,

brinca o chef.

um peixe típico da Amazônia.

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para a Revista ALVO.

O Aioli é uma emulsão fria típico da gastronomia

O prato foi feito pelas mãos do chefe francês

mediterrânea e ideal para acompanhar peixes,

apenas uma vez, em 2000, quando se preparava

frutos do mar e vegetais. Parente da maionese, o

para participar de um concurso nacional de

Aïoli tem modo de preparo bem semelhante. Os

culinária, mas, o evento foi cancelado e a sua obra-

seus ingredientes principais são o azeite e o alho.

prima não foi apresentada ao Brasil. Treze anos se

“É típico do mediterrâneo, do sul da França. A Itália

passaram e Franck apresenta a receita que remete

também usa”, comentou Franck. Para acompanhar

a sua infância, no Mediterrâneo, com exclusividade

o prato, o vinho tinto seco é o mais indicado.

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“Na França fazemos os pratos com muitos molhos especiais que podem levar vinhos, creme de leite, molho branco ou madeira. Aqui no Brasil não há muito este costume. Em Belém, por exemplo, são mais ingredientes naturais,

como

o

jambú,

que

encanta

qualquer

cozinheiro com os sabores paraenses”, comenta. Confira a receita em detalhes e bom apetite! Ingredientes: - 1 kg de Pirarucu salgado - ½ kg de camarão com cabeça - 5 batatas - 2 cenouras - 6 ovos cozidos - azeitonas pretas sem caroço - alcachofra - feijão verde - aspargo - grão de bico - brócolis ou couve flor (serve até 5 pessoas) Modo de preparo Deixar o pirarucu de molho ou cozinhar para tirar o

O Aioli é uma emulsão fria típico da gastronomia mediterrânea e provençal ideal para acompanhar peixes, frutos do mar e vegetais. Parente da maionese, o Aïoli tem modo de preparo bem semelhante. Os seus ingredientes principais são o azeite e o alho.

sal. Em seguida, escaldar o camarão com a cabeça. Cozinhar os legumes. O ideal é no vapor para manter a cor. Enquanto tudo cozinha, preparar o molho Aioli. Com o molho pronto, é hora de fritar o pirarucu no azeite com uma camada bem fina de trigo. O camarão também deve ser frito levemente no azeite. O prato pode ser montado individualmente ou em apenas uma travessa de vidro. Colocar o pirarucu e o camarão um ao lado do outro, e em seguida os legumes. Por fim, o molho Aioli no centro. Ingredientes (molho Aioli) 5 dentes de alho 3 gemas de ovo 1 colher de mostarda francesa 1 colher de sopa de vinagre azeite sal e pimenta do reino Modo de preparo Em um pilão, amassar os cinco dentes de alho sem casca. Colocar as 3 gemas de ovo, a mostarda francesa e o vinagre. Depois de misturar, colocar azeite aos poucos, misturando bem devagar, até ficar na textura de uma maionese. O aïoli só está no pronto quando se consegue equilibrar o pilão em pé no meio da mistura.

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eventos

A Associação Empresarial de Ananindeua (ACIA) através do Programa Acia Sustentável, realizou no dia 28 de novembro, no auditório da Unama BR, um coquetel para reconhecer o trabalho de sete empresas com o Prêmio “Empresa de Qualidade”, que reconhece as empresas que possuem práticas sustentáveis. As homenageadas foram: Distribuidora São Paulo, Logos Sistema Educacional Evangélico, DNA Centro de Educação Profissional, Office Clean, Requinte Móveis, Só Irmãos e Protec. O prêmio reconheceu as empresas que tem práticas sustentáveis. Fotos: ASCOM ACIA

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