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A manha do Manteiga

Manteiga era um zagueiro central que jogou no Canto do Rio, na década de 40. Era um zagueiro botinudo, que dizia, que do pescoço pra baixo, tudo era canela. Passava o rodo sem a menor cerimônia. Manteiga tinha o habito de cometer muitos pênaltis, as vezes desnecessários. Esse fato acabou despertando a atenção do repórter Arruda Neto, da Rádio Metropolitana, que resolveu descobrir, porque Manteiga, não corrigia esta deficiência. Logo no início das investigações, Arruda Neto, soube, por um outro jogador do Canto Rio, que Manteiga era viciado em Corridas de Cavalos, e estava sempre precisando de dinheiro. Vivia pedindo dinheiro emprestado aos colegas de clube. Arruda Neto, passou a seguir o jogador e descobriu, que no Ponto de Jogo do Bicho e Corridas de Cavalos, Manteiga se encontrava com jogadores e dirigentes de outros clubes que disputavam o Campeonato Carioca. Pra descobrir que Manteiga se vendia foi um pulo.

Arruda Neto, passou a acompanhar os jogos do Canto do Rio, más precisamente as jogadas de Manteiga dentro da área. Num jogo Bonsucesso x Canto do Rio, no estádio da rua Teixeira de Castro, sua tese foi comprovada, quando num ataque do Bonsucesso, Manteiga se posicionou atrás do atacante do Bonsucesso e assim que a bola foi centrada na área do Canto do Rio, Manteiga o empurrou disfarçadamente. O juiz marcou o pênalti e Manteiga, como sempre fazia, partiu brabo pra cima do juiz.

Com a certeza de que Manteiga se vendia, Arruda Neto, não sabia se detonava a bomba e acabava com a carreira do jogador, ou poderia ser chamado de leviano, por não ter provas concretas da acusação. Amargurado, comentou com seu amigo pessoal, o arbitro Mario Vianna, que prometeu que no primeiro jogo, que apitasse do Canto do Rio, se percebesse alguma manobra de Manteiga, lhe daria uma lição.

Escalado para apitar Olaria x Canto do Rio, na rua Bariri, Mario Vianna, ficou de olho em Manteiga. Num dos ataques do Olaria, Manteiga, disfarçadamente, empurrou o atacante do Olaria, Mario Vianna viu e mandou o jogo seguir. No segundo tempo, Manteiga repetiu a jogada e Mario Vianna, além de mandar seguir, passou perto de Manteiga e disse: "Pode desistir, que não vou marcar pênalti que você cometer. Hoje tu vai devolver a grana do Olaria". Manteiga, na hora desafiou Mario Vianna: "Vamos ver se tu não vai marcar'. Na primeira bola centrada na área do Canto do Rio, Manteiga pulou com o atacante do Olaria e no ar, segurou a bola com as duas mãos. Mario Vianna apitou e Manteiga colocou a bola embaixo do braço se dirigiu a Mario Vianna, que o expulsou de campo. Manteiga sorriu para Mario Vianna e disse: "Não lhe avisei que você marcaria?" Mario Vianna, pediu a bola e marcou falta do atacante do Olaria. Na sumula escreveu que Manteiga foi expulso por ter agarrado a bola, depois de ter sido marcada a falta, com o intuito de retardar a cobrança da mesma, ou seja, expulso por tentativa de fazer cera.

Manteiga, provavelmente, continuou se vendendo, mas com certeza, não, em jogos em que Mario Vianna foi escalado.

apresentação, em setembro de 2022

Combate.com

Robson Conceição já tem data e local para reiniciar sua busca pelo título super-pena (até 59kg). Depois de deixar passar a chance do cinturão em setembro de 2022, quando perdeu para Shakur Stevenson por decisão unânime (117-109, 118-108 e 117-109), o lutador baiano e campeão olímpico de boxe lutará no dia 13 de maio, em Stockton, no estado americano da Califórnia. O adversário ainda não está definido.

Na ocasião em que lutava com Stevenson, Robson tinha a chance de se tornar campeão na Organização e no Conselho Mundial de Boxe (WBO e WBC). No cartel profissional, o lutador de 34 anos tem 17 vitórias e duas derrotas.

PFL: Marreta analisa desafio em estreia: “Para chegar com o pé na porta”

Thiago Marreta fará sua aguardada estreia na PFL neste sábado, em Las Vegas, em uma disputa pela divisão dos meio-pesados contra Robert Wilkinson, na co-luta principal da noite.

Em entrevista exclusiva ao Combate, o brasileiro contou como está a expectativa para sua primeira luta no evento, e o que muda nesta nova fase da sua carreira. Ele não esconde que uma de suas motivações é conquistar o cobiçado prêmio de US$1 milhão.

- É um evento novo, são regras novas, não vale cotovelo e tem um sistema de pontuação. Você tem um cronograma da temporada, sabe que vai lutar quatro vezes no ano com as datas certinhas, então você pode se programar melhor. E não vou ser hipócrita. Claro que ganhar um milhão de dólares faz bem para qualquer um, mas eu também queria escrever algo novo na minha história. Eu passei quase 10 anos no UFC, e eu já estou numa idade avançada, com 39 anos. Eu não queria deixar para tentar algo diferente quando eu já estivesse numa em uma fase muito ruim. Então o momento é agora. Eu estou com 39 anos, eu tenho na minha mente que eu tenho mais uns três anos aí competindo em alto nível, então eu queria tentar isso agora. Eu não deixei passar mais tempo.

Entre as particularidades da PFL está o sistema de pontuação, onde uma vitória no primeiro round rende seis pontos na classificação e pode deixá-lo com um pé na semifinal. Marreta admite que essa característica pode mexer com a estratégia que traça para uma luta.

- Acho que isso obriga o lutador a ir mais pra frente e tentar terminar a luta o quanto antes. Eu acho que te motiva a fazer isso, porque você sabe que terminando a luta no primeiro round, por nocaute ou finalização, você vai atingir uma pontuação boa. O que vai te ajudar, te dar uma tranquilidade maior nos próximos combates. Então, com certeza a gente pensa nisso. Muda um pouco o jogo e muda a estratégia, com certeza.

Adversário deste sábado, Robert Wilkinson é o atual campeão da divisão dos meio-pesados, e a PFL tratou de colocar um clássico entre dois dos principais nomes da categoria logo na primeira rodada. Marreta analisou o jogo do seu oponente, e disse que entendeu o motivo deste confronto acontecer em sua estreia.

- O Wilkinson é um cara que gosta da parte de strike, tem nocautes, anda pra frente, é perigoso e agressivo, mas a gente percebeu que, nas lutas dele, toda vez que ele lutou contra strikers, ele tentou botar para baixo. Então ele sabe onde pisa. A gente espera que ele não vá ficar muito tempo na trocação comigo. Ele vai querer usar o wrestling, mas a gente treinou bastante para isso. Estou pronto para o wrestling, para o jiu-jitsu, para onde a luta for. Treinei bastante essas partes também. Dei muita atenção a isso, e estou me sentindo bem. Eu gostei do casamento da luta. Acho que chegar já lutando com o último campeão causa um impacto maior. Então eu gostei do casamento dessa luta e estou super animado.

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