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Aprovação de Biden chega a 40% e norte-americanos estão preocupados com imigração, diz pesquisa

Aaprovação pública do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a 40% nos últimos dias, um número próximo ao nível mais baixo de seu governo, com os norte-americanos insatisfeitos com sua forma de lidar com a imigração e a inflação, mostrou uma nova pesquisa Reuters/ Ipsos.

A pesquisa conduzida ao longo de três dias e encerrada no domingo mostrou um aumento marginal na popularidade de Biden em relação ao mês passado, quando 39% dos entrevistados disseram que aprovavam seu desempenho como presidente. A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais.

A economia continua sendo a principal preocupação dos entrevistados, com as altas taxas de inflação e a pressão dos bancos centrais para controlar os preços por meio do aumento das taxas de juros, o que encareceu as hipotecas e os emprés- timos para compra de carros.

A iminente suspensão na próxima quinta-feira das regras impostas por conta da Covid-19, que impediram muitos estrangeiros de entrar nos Estados Unidos para buscar asilo, também se tornou um assunto de preocupação. Longas filas de migrantes se acumularam esta semana na cidade fronteiriça mexicana de Tijuana, esperando o vencimento da resolução.

A pesquisa Reuters/Ipsos descobriu que 54% dos entrevistados – incluindo 77% dos republicanos e 34% dos democratas – eram contra o aumento do número de imigrantes permitidos no país a cada ano.

Apenas 26% disseram que aprovam a maneira como Biden lida com a imigração.

Uma parcela de 66% dos entrevistados apoia o envio de soldados norte-americanos à fronteira para apoiar os agentes da Patrulha de Fronteira.

O Pentágono anunciou este mês que o governo de Biden enviará temporariamente 1.500 soldados adicionais para ajudar a proteger a fronteira em preparação para a suspensão das restrições de fronteira do Covid-19.

O presidente irá buscar a reeleição no próximo ano, e a imigração deve ser uma questão importante na disputa. Os republicanos o acusam de ser brando com a imigração, embora seu governo tenha planejado enviar tropas adicionais para ajudar na segurança da fronteira.

O favorito para a nomeação republicana, o ex-presidente Donald Trump, fez da repressão à imigração ilegal uma peça central de seu governo.

Biden também está enfrentando críticas dos republicanos sobre os gastos do governo, que surgiram nos últimos anos – inclusive durante o governo Trump – enquanto o governo gastava livre- mente na luta contra o Covid-19.

Biden deve se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Kevin McCarthy, na terça-feira para discutir um impasse sobre o teto da dívida federal.

Deixar de aumentar o limite de empréstimos pode levar Washington a começar a atrasar suas contas já em 1º de junho, alertou o Departamento do Tesouro.

Entre os entrevistados na pes- quisa Reuters/Ipsos, 54% disseram que se opõem ao aumento do teto da dívida, incluindo 59% que não têm diploma universitário. Entre os formados, 44% se opuseram ao aumento do limite de endividamento.

A pesquisa Reuters/Ipsos reuniu respostas de 1.022 americanos adultos, usando uma amostra nacionalmente representativa.

REUTERS

George Santos paga fiança de US$ 500 mil e é liberado por tribunal nos EUA

O deputado republicano de origem brasileira George Santos deixou um tribunal federal dos Estados Unidos, nesta quarta-feira, após ficar detido. Santos se apresentou a um juiz, ouviu todas as acusações de crimes federais pelas quais responde e pagou uma fiança de US$ 500 mil para ser liberado. Ele também fica com viagens restritas a Nova York, seu domicílio, e Washington, onde trabalha. O político se declarou inocente. De acordo com o “The New York Times”, o republicano terá de responder a sete acusações por fraude eletrônica, lavagem de dinheiro, roubo de fundos públicos e declarações falsas à Câmara dos Deputados. Se for condenado,

Santos pode pegar até 20 anos de prisão pelas acusações mais graves, de acordo com fontes consultadas pelo “Times”.

Durante a audiência de quarta-feira, o advogado de Santos disse que ele continuaria com a candidatura à reeleição, argumentando ainda que o congressista precisaria viajar para fora de Nova York e Washington “para se envolver nessa atividade eleitoral”. O juiz, no entanto, disse que viagens adicionais só podem ocorrer desde que Santos receba autorização prévia.

Santos descartou renunciar à cadeira na Câmara, apesar dos apelos de outros congressistas, tanto do Partido Republicano como do Democrata.

Em uma entrevista ao apresentador de televisão Piers Morgan no início do ano, ele admitiu que mentiu sobre sua biografia.

“Eu fui um mentiroso terrível em alguns temas”, reconheceu. “Não era sobre enganar as pessoas, era para ser aceito pelo partido”, acrescentou.

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