SLAM LX Nº4 (V4)

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MICK MENGUCCI TIAGO GOMES WALID EL SAYED NUNO HIPÓLITO TÂNIA RODRIGUES PAOLA D’AGOSTINO

MICK MENGUCCI TIAGO GOMES

MICK MENGUCCI

PAOLA D’AGOSTINO

SIR SCRATCH

MICK MENGUCCI

SIR SCRATCH

ANDRÉ TENENTE SIR SCRATCH Veja as fotos em: http://bringthenoiseback.wordpress.com


ZÉ BEIRÃO (humorista convidado SLAM LX Nº4) Nasci no dia 30 de Junho de 1981 e segundo a minha mãe estavam 43 graus, mas isso não foi problema para que o parto tivesse sido rápido, pois nasci em 10 minutos… saí disparado como que a reclamar por um lugar ao sol… Fui um petiz feliz, com infância acima da média, era muito calminho e tímido e só queria comer e dormir, o resto não me importava! Eu ao contrário das outras crianças e adolescentes vivi a fase do armário dos 10 aos 13, talvez por ser mais alto que os outros todos (1,91 actualmente) e também porque as minhas pernas sempre me pareceram duas grandes prateleiras… Certo dia, estava na praia de S.Martinho do Porto com um grupo de amigos quando subitamente me atirei para a areia e comecei a espernear que nem um peixe, pois era isso mesmo que estava a fazer, imitava um peixe a sair da água… e nessa altura comecei a perceber que tinha jeito para fazer os outros rirem, ou então tinha jeito em causar espanto na cara das pessoas. Foi a partir desse dia que comecei a interessar por essa arte que é a comédia… Mas a minha estreia em palco só aconteceu muito mais tarde, aos 22 anos, mas em boa hora o fiz! Comecei com uma dupla, chamada Fia-te 127 e claro que a imitação de peixe fazia sucesso… Agora, e depois de ter actuado em variadíssimos bares fazendo stand-up comedy, apresento-me finalmente nesta extraordinária iniciativa que é o SLAM LX Nº4 !!!


NILSON MUNIZ (BR) ACTOR, CANTOR, COMPOSITOR E BAILARINO Nilson Muniz é performer, (ator, cantor, compositor e bailarino) brasileiro. Formado pela Fundação das Artes de SCS, integrou o (CPT) Centro de Pesquisa Teatral do SESC dirigido por Antunes Filho em São Paulo (BR) e intercâmbiou com o Clipa Theater Group em Tel Aviv (IS). Criou e realizou performances como Vir-Ou-Vir, MiraMirrors, Humans-Rests-Hurbans, CabraPedra, dentre outras... apresentando-se em festivais no Brasil, Alemanha, Israel, Bulgária e Portugal. Vencedor do II e VII Poetry Slam Night, vem atuando em Lisboa como ator em espetáculos teatrais, além de desenvolver o seu trabalho a solo como cantautor.


«Leanne Shapton conseguiu a sua pequena vitória no velho esforço artístico por fazer algo sem precedentes.» Time Out New York

Em Destaque!!

destaque

O que dizem sobre uma pessoa os seus objetos? Os catálogos de leilões podem dizer muito acerca de uma pessoa. Pense em Jacqueline Kennedy Onassis ou em Truman Capote. No original de Leanne Shapton, artista e escritora canadiana, Em livro Destaque!! Uma M os 325 lotes são o que resta da relação entre Lenore Doolan e «O pr Harold Morris: os objetos que o casal foi colecionando ao longo sensaç de quatro anos e que agora se encontram reunidos num catálogo de rep Expre para serem leiloados. Ao leitor cabe a tarefa de ir recriando, Para e através das imagens e respetivas legendas, a história que vai esquec sendo insinuada, de maneira tão inteligente e subtil, ao longo das Repeti uma v páginas. narra e «Uma criação cativante e perfeitamente sui generis.» The New Assim York Times singul Grana «Contra todas as expectativas, Leanne Shapton triunfa com este Cão, livroUma extremamente romântico e erudito.» Dave Eggers exemp Mentira Mil Vezes Repetida, Manuel Jorge Marmelo

Schidi do aBo «O principal mérito de MJM está na forma como consegue manter sensação de claustrofobia narrativa, sem deixar que o leitor se perca no Hondu caos Mas s de repetições, incongruências e "solavancos lógicos".» José Mário Siva, mome Expresso Para escapar ao anonimato de uma vida comum, à solidão da escrita encon e ao esquecimento dos futuros leitores, o narrador de Uma Mentira Mil Vezes Repetida inventou uma obra monumental, um autor – um judeu húngaro com uma vida aventurosa – e uma miríade de personagens e de histórias que narra entusiasticamente a quem ao pé dele se senta nos transportes públicos. Assim vai desfiando as andanças literárias de Marcos Sacatepequez e o seu singular destino, a desgraça do homem-zebra de Polvorosa, o caos postal de Granada, a maldição do marinheiro Albrecht e as memórias do velho Afonso Cão, amigo de Cassiano Consciência, advogado e proprietário do único exemplar conhecido de Cidade Conquistada, a obra-prima de Oscar Schidinski. Enquanto o autocarro se aproxima de Cedofeita, ou pára na rua do Bolhão, quem o escuta viaja do Belize a Budapeste, passando pelas Honduras, por estâncias alpinas, por Toulon ou por Lisboa. Mas se o nosso narrador não encontrou a glória - senão por breves momentos e na mente alheada de quem cumpre uma rotina - talvez tenha encontrado o amor. Ou será também ele inventado?

Desafio das 100 Coisas Dave Bruno Reduzir. Recusar. Reajustar.

Cada nova estação do ano parece trazer consigo um novo catálogo: uma lista interminável de gadgets, roupas, eletrodomésticos, brinquedos, acessórios para o lar e para nós mesmos, uma quantidade de coisas nseguiu a sua vitória no de possuir. que temos umapequena vontade indomável por fazer algo sem precedentes.» Mas na estação seguinte, todas estas coisas novas se «tralha» que acumulamos eransformam Out New Yorkem desnecessariamente nas nossas casas – e nas nossas vidas. ma pessoa os seus objetos? Dave Brunodizer era um tradicional es podem muito acerca pai de de família que, em 2008, se apercebeu quantidade m Jacqueline KennedydaOnassis ou de coisas inúteis

POETRY SLAM Prémios para o vencedor do torneio! Nesta sessão o Júri será constituído por Nuno Miguel Guedes (Jornalista), Paola d’ Agostino (escritora e tradutora), Luís Gouveia Monteiro (Jornalista), e dois elementos do público selecionados aleatoriamente. O slammer vencedor, entre outros prémios, ganhará uma colecção de livros das editoras Bertrand, Quetzal, Contraponto; Uma Mentira Mil Vezes Repetida, de Manuel Jorge Marmelo (Quetzal), O Beco dos Milagres, de Naguib Mahfouz (Contraponto), Contos dos Subúrbios, de Shaun Tan (Contraponto), Eu e Tu, de Niccolò Ammaniti (Bertrand), da editora 101 Noites; Ópera do Falhado de JP Simões, Onde a Terra Acaba / From The Edge, Contos de vários escritores e Um jantar muito original de Fernando Pessoa, lido por São


POETRY SLAM Prémios para o vencedor do torneio! Nesta sessão o Júri será constituído por Nilson Muniz (actor e poeta), Margarida Ferra (Bertrand editora), Nuno Miguel Guedes (Jornalista), e dois elementos do público selecionados aleatoriamente. O slammer vencedor, entre outros prémios, ganhará uma colecção de livros das editoras Bertrand e Quetzal,; ‘O Longo Inverno’ de Ruta Sepetys (Bertrand Editora) ‘Breviário das Más Inclinações’ de José Riço Direitinho (Quetzal) e ‘O Ano do Dilúvio’ de Margaret Atwood (Bertrand Editora) da editora 101 Noites; ‘Ópera do Falhado’ de JP Simões, ‘Natal dos Escritores’ vários autores, ‘Livro Pirata’ (Livro + Cd) Radio Macau e ‘Moda Antologia’ Vários Autores, e da editora discografica Trandormadores / Musicbox; ‘Vol1’ - Dead Combo e ‘Exílio’ - Quinteto Tati. O Vencedor ganha ainda o direito a estar presente na finalíssima do SLAM LX, uma participação no Festival Silêncio de 2012, uma participação no programa Clube da Palavra do Canal Q, uma participação no espectáculo ‘Avenida de Poemas’ no cinema Tivoli e ainda um prémio especial ‘Musicbox / Jameson’

Prémios para o vencedor!


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SLAM LX Nº 4 / Programa 26 de Janeiro, qui, 22h 22h30 - Apresentação pelo Mc Filipe Homem Fonseca 22h40 - Convidado Zé Beirão 22h50 - Vídeo COISA PRAdiZER (Nilson Muniz) 22h55 - Convidado Nilson Muniz 23h10 - Intervalo 23h20 - Poetry Slam 8 concorrentes 3 eliminatórias 1 finalista 00h30 - Entrega de prémios 00h45 - Open Mic 01h00 - Fim


Federico García Lorca (1898-1936)

CIUDAD SIN SUEÑO (NOCTURNO DEL BROOKLYN BRIDGE) No duerme nadie por el cielo. Nadie, nadie. No duerme nadie. Las criaturas de la luna huelen y rondan sus cabañas. Vendrán las iguanas vivas a morder a los hombres que no sueñan y el que huye con el corazón roto encontrará por las esquinas al increíble cocodrilo quieto bajo la tierna protesta de los astros. No duerme nadie por el mundo. Nadie, nadie. No duerme nadie. Hay un muerto en el cementerio más lejano que se queja tres años porque tiene un paisaje seco en la rodilla; y el niño que enterraron esta mañana lloraba tanto que hubo necesidad de llamar a los perros para que callase. No es sueño la vida. ¡Alerta! ¡Alerta! ¡Alerta! Nos caemos por las escaleras para comer la tierra húmeda o subimos al filo de la nieve con el coro de las dalias muertas. Pero no hay olvido, ni sueño: carne viva. Los besos atan las bocas en una maraña de venas recientes y al que le duele su dolor le dolerá sin descanso y al que teme la muerte la llevará sobre sus hombros.

Otro día veremos la resurrección de las mariposas disecadas y aún andando por un paisaje de esponjas grises y barcos mudos veremos brillar nuestro anillo y manar rosas de nuestra lengua. ¡Alerta! ¡Alerta! ¡Alerta! A los que guardan todavía huellas de zarpa y aguacero, a aquel muchacho que llora porque no sabe la invención del puente o a aquel muerto que ya no tiene más que la cabeza y un zapato, hay que llevarlos al muro donde iguanas y sierpes esperan, donde espera la dentadura del oso, donde espera la mano momificada del niño y la piel del camello se eriza con un violento escalofrío azul. No duerme nadie por el cielo. Nadie, nadie. No duerme nadie. Pero si alguien cierra los ojos, ¡azotadlo, hijos míos, azotadlo! Haya un panorama de ojos abiertos y amargas llagas encendidas.

No duerme nadie por el mundo. Nadie, nadie. Ya lo he dicho. Un día No duerme nadie. los caballos vivirán en las tabernas Pero si alguien tiene por la noche exceso de musgo en las y las hormigas furiosas sienes, atacarán los cielos amarillos que se refugian en los ojos de las vacas. abrid los escotillones para que vea bajo la luna las copas falsas, el veneno y la calavera de los teatros.


Levar a poesia à Avenida da Liberdade. Levar as escolhas poéticas de portugueses conhecidos do grande público ao Teatro Tivoli. Conversar sobre essas escolhas, e sobre poesia. O projecto Avenida de Poemas é uma tertúlia mensal, a decorrer no foyer do Teatro Tivoli, a partir do próximo mês de Outubro. Todos os meses, uma figura pública portuguesa, conhecida pela área em que trabalha mas não pelas escolhas literárias, vai conversar com os jornalistas Raquel Marinho (SIC) e José Mário Silva (Expresso), sobre os poemas da sua vida. Será uma conversa informal, intercalada com a leitura desses poemas, e com música. As escolhas dos convidados são improváveis, porque eles são outsiders do ambiente literário. A ideia é ficarmos a conhecer outras facetas da mesma pessoa, numa conversa pessoal mas não confessional. A empresa Ar Institute associa-se ao projecto para transmitir, em directo, através de Live Streaming, as tertúlias, para os sites da SIC, Expresso, e TSF.


Adriano Lopes / Designer grรกfico - Concorrente ao Poetry Slam do SLAM LX Nยบ4




Agora vai ser assim: nunca mais te verei. Este facto simples, que todos me dizem ser simples, trivial, e humano, como um destino orgânico e sensato, Fica em mim como um muro imóvel, um aspecto esquecido e altivo de todas as coisas, de todas as palavras. Sempre nos separaram as circunstâncias, e a essência mesma dos dias, quando entre a relva e a copa das árvores me esquecia de pensar, e o ar passava por mim antes de erguer os caules verdes e alimentar a vida sem imagens da paisagem. Marcávamos férias em meses diferentes. O fim do ano, a páscoa, calhavam sempre em outros dias. Tesouras surdas rompiam o cordão dos telefones, e por engano urgentes cartas atravessavam o planeta, apareciam anos depois no arquivo municipal. E mais: a minha idade, a tua, não poderiam nunca encontrar se no mundo. António Franco Alexandre


nunca consegui escrever histórias. enrolo as palavras no cabelo e as personagens, de resto como toda a gente, aborrecem-me. acabo afogada no caos do meu quarto, no caos das relações que não tenho e no caos dos que não me batem à porta. o Tejo não me deixa fazer senão pensar e eu não sei se as minhas infundadas e delirantes expectativas são reais ou se se irão com as águas. é difícil saber por onde começar, quase como se adivinhasse que não me vão preencher as sílabas das vozes, conversas que imagino minhas a saltarem do lado de lá do papel. conversas, formas, corpos de que não sei de cor a pele, se eu nem a mim me encontro se nem eu própria sei quem sou como em que medida é possível saber quem são esses outros que em mim vivem? por isso deixo correr livres loucas as palavras, como nunca correm as minhas mãos, as palavras livres loucas confusas sem pontuações desculpem-me sem pontuações através dos cadernos, folhas soltas em que me escondo, perdidos (eu e as palavras) nas esquinas de uma Lisboa que me devora no seu amor incessante violento controlador, a Lisboa dos doidos do homem que acordado adormece lúcido na Igreja dos Italianos atentando em nós, nos que passam, confuso (acredito eu que confuso) encharcado em recordações interrogações verdades maiores que ele próprio e maiores que nós, os que passam em passeios desprovidos de valor nas horas vagas ou na correria das que antes fossem. e ainda assim fico sem saber, entre gavetas portas a fechar o telefone que não toca, das mulheres esquivas por que anseio, Annas Karenina da minha vida, e das outras insustentáveis levezas do meu ser: os romances descabidos, dois amantes que não se conhecem à luz pálida da manhã, as palavras enroladas no cabelo, sátiras de mim própria (eu que nem a mim me conheço), as fachadas dos edíficios, cancros do meu Tejo, eu que não me encontro a mim que não encontro as gentes que me enchem de tédio nem debaixo do meu parapeito nem em lado nenhum. Regina Nogueira


I Am Waiting By Lawrence Ferlinghetti I am waiting for my case to come up and I am waiting for a rebirth of wonder and I am waiting for someone to really discover America and wail and I am waiting for the discovery Of a new symbolic western frontier and I am waiting for the American Eagle to really spread its wings and straighten up and fly right and I am waiting for the Age of Anxiety to drop dead and I am waiting for the war to be fought which will make the world safe for anarchy and I am waiting for the final withering away of all governments and I am perpetually awaiting a rebirth of wonder I am waiting for the second coming And I am waiting For a religious revival To sweep thru the state of Arizona And I am waiting For the grapes of wrath to stored And I am waiting For them to prove That God is really American And I am waiting To see God on television Piped into church altars If they can find The right channel To tune it in on And I am waiting for the last supper to be served again and a strange new appetizer and I am perpetually awaiting a rebirth of wonder I am waiting for my number to be called and I am waiting for the Salvation Army to take over and I am waiting for the meek to be blessed and inherit the earth without taxes and I am waiting for forests and animals to reclaim the earth as theirs and I am waiting for a way to be devised to destroy all nationalisms without killing anybody and I am waiting for linnets and planets to fall like rain and I am waiting for lovers and weepers to lie down together again in a new rebirth of wonder

I am waiting for the great divide to be crossed and I anxiously waiting For the secret of eternal life to be discovered By an obscure practitioner and I am waiting for the storms of life to be over and I am waiting to set sail for happiness and I am waiting for a reconstructed Mayflower to reach America with its picture story and TV rights sold in advance to the natives and I am waiting for the lost music to sound again in the Lost Continent in a new rebirth of wonder I am waiting for the day that make all things clear and I am waiting for retribution for what America did to Tom Sawyer and I am waiting for the American Boy to take off Beauty's clothes and get on top of her and I am waiting for Alice in Wonderland to retransmit to me her total dream of innocence and I am waiting for Childe Roland to come to the final darkest tower and I am waiting for Aphrodite to grow live arms at a final disarmament conference in a new rebirth of wonder I am waiting to get some intimations of immortality by recollecting my early childhood and I am waiting for the green mornings to come again for some strains of unpremeditated art to shake my typewriter and I am waiting to write the great indelible poem and I am waiting for the last long rapture and I am perpetually waiting for the fleeting lovers on the Grecian Urn to catch each other at last and embrace and I am awaiting perpetually and forever a renaissance of wonder


O VERÃO Estás no verão, num fio de repousada água, nos espelhos perdidos sobrea duna. Estás em mim, nas obscuras algas do meu nome e à beira do nome pensas: teria sido fogo, teria sido ouro e todavia é pó, sepultada rosa do desejo, um homem entre as mágoas. És o esplendor do dia, os metais incandescentes de cada dia. Deitas-te no azul onde te contemplo e deitada reconheces o ardor das maçãs, as claras noções do pecado. Ouve a canção dos jovens amantes nas altas colinas dos meus anos. Quando me deixas, o sol encerra as suas pérolas, os rituais que previ. Uma colmeia explode no sonho, as palmeiras estão em ti e inclinam-se. Bebo, na clausura das tuas fontes, uma sede antiquíssima. Doce e cruel é setembro. Dolorosamente cego, fechado sobre a tua boca.

José Agostinho Baptista Paixão e Cinzas (1992) In Biografia Lisboa, Assírio & Alvim, 2000


Velocity of Money Iʼm delighted by the velocity of money as it whistles through the windows of Lower East Side Delighted by skyscrapers rising the old grungy apartments falling on 84th Street Delighted by inflation that drives me out on the street After all what goodʼs the family farm, why eat turkey by thousands every Thanksgiving? Why not have Star Wars? Why have the same old America?!? George Washington wasnʼt good enough! Tom Paine pain in the neck, Whitman what a jerk! Iʼm delighted by double digit interest rates in the Capitalist world I always was a communist, now weʼll win an usury makes the walls thinner, books thicker & dumber Usury makes my poetry more valuable my manuscripts worth their weight in useless gold Now everybodyʼs atheist like me, nothingʼs sacred buy and sell your grandmother, eat up old age homes, Peddle babies on the street, pretty boys for sale on Times Square You can shoot heroin, I can sniff cocaine, macho men can fite on the Nicaraguan border and get paid with paper! The velocityʼs what counts as the National Debt gets higher Everybody running after the rising dollar Crowds of joggers down broadway past City Hall on the way to the Fed Nobody reads Dostoyevsky books so theyʼll have to give a passing ear to my fragmented ravings in between Presidentʼs speeches Nothingʼs happening but the collapse of the Economy so I can go back to sleep till the landlord wins his eviction suit in court. Allen Ginsberg


Poetry Slam - Regulamento A. Regulamento: 1. Os poetas concorrentes terão de ter mais de 16 anos de idade; 2. Os poetas podem abordar qualquer tema em qualquer estilo; 3. Os poetas devem utilizar os seus próprios poemas; 4. Nenhum poema poderá ultrapassar os três minutos. As performances serão cronometradas; 5. Não é permitido: a utilização de instrumentos musicais ou música pré-gravada, cenários, recurso a acessórios, disfarces ou máscaras. O poeta deverá vestir as roupas que usa no seu dia-a-dia; 6. Cada poeta que participe no Poetry Slam do Festival Silêncio deverá preparar pelo menos 3 poemas de sua autoria; 7. Os poetas não podem repetir duas vezes o mesmo poema excepto na final; 8. O júri constituído por 5/6 elementos atribui uma nota após cada poema numa escala de 1 à 10; 9. O concurso desenrola-se por eliminatórias da seguinte forma: 9.1 – Primeira etapa com os 8 poetas concorrentes. Os 4 poetas mais pontuados passam à meiafinal; 9.2 – Meia-final: dos 4 seleccionados serão escolhidos 2 para a final; 9.3 – Final: com os 2 mais pontuados; 9.4 – Performance final do vencedor. 10.A decisão do júri é soberana. Os concorrentes não poderão recorrer do resultado das pontuações atribuídas pelo júri 11.aos vencedores é oferecido um prémio de participação. B. Notas e penalizações 1. O júri atribui uma nota a cada poema indo de 1 a 9.9, sendo 10 a nota máxima; 2. Os elementos do júri serão encorajados a utilizar décimas após a vírgula de forma a desempatar poemas cujas notas sejam demasiado próximas; 3. Se a regra dos três minutos for infringida por um poeta durante a sua actuação, este terá 10 segundos de tolerância; 4. Caso ultrapasse os 3 minutos e 10 segundos, o poeta verá o seu score final penalizado, segundo o seguinte esquema: 0,5 pontos por cada período de 10 segundos acima de 3 min. e 10 seg.


Inscrições em :

programacao@musicboxlisboa.com Musicbox Rua Nova do Carvalho, nº 24. Cais do Sodré. Lisboa 21 343 01017 www.musicboxlisboa.com


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