FRANCISCO MARCUS MARINE ANTUNES JORIS LAKDAR
FINAL: ELIANA NZUALO vs LEANDRO MORGADO
ADRIANO LOPES ELIANA NZUALO JOÃO SILVA
VENCEDOR Poetry Slam /
LEANDRO MORGADO
SLAM LX Nº4
PEDRO ALVES
LEANDRO MORGADO
JURI: NUNO MIGUEL GUEDES RAQUEL MARINHO NAPOLEÃO MIRA + 2 ELEMENTOS DO PÚBLICO
PRÉMIOS: BERTRAND EDITORA, QUETZAL, PERGAMINHO, 101 NOITES,TRANSFORMADORES/ MUSICBOX, AVENIDA DE POEMAS, JAMESON
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SLAM LX Nº 5 / Programa 23 de Fevereiro, qui, 22h 22h30 - Apresentação pelo Mc Filipe Homem Fonseca 22h40 - Convidado Rui Sinel de Cordes (humorista) 22h50 - Vídeo 22h55 - Convidado Sean Patrick Conlon (Slammer USA) 23h10 - Intervalo 23h20 - Poetry Slam 8 concorrentes 3 eliminatórias 1 finalista 00h30 - Entrega de prémios 00h45 - Open Mic 01h00 - Fim
RUI SINEL DE CORDES Nasceu a 13 de Fevereiro de 1980, em Lisboa. Apesar de ser português, vive na Amadora, mas não sabe nada sobre tiroteios. Vem de uma família tradicional portuguesa: Os pais são divorciados.É solteiro e prometeu a si mesmo que casar, só por dinheiro. Na escola, nunca chumbou um ano. No entanto, sempre teve muitas dificuldades a matemática, ciências e religião e moral. Mais tarde, licenciou-se em Ciências da Comunicação, na Universidade Autónoma de Lisboa. Na faculdade, aprendeu muito: que é possível cabular numa sala com quatro examinadores, que ainda existe imperial a oitenta escudos (40 cêntimos!!!) e que a disciplina de Escrita Criativa era o recurso ideal para pôr uma sala de aula inteira a rir e um professor a chorar.É a partir daí que descobre a escrita, inicia-se no teatro amador e passa por vários cursos e workshops. Surge então o stand up comedy. Aprende aquela técnica de imaginar o público nu à sua frente para se sentir mais calmo, mas da primeira vez que actua está tão bêbado que nem consegue ver o público.Como webdesigner, deu formação a crianças, dos 8 aos 16 anos, e gaba-se de nunca ter entrado no DIAP. Em 2002, foi co-fundador do www.escritacriativa.com, o site que um dia foi apelidado de “Woodstock da Escrita”. Ainda dentro da sua vida profissional, embora os pais não o considerem, trabalhou como barman. O alcoól, era considerado um inimigo. Assim, Rui seguiu uma velha máxima: conserva os teus amigos perto e os teus inimigos ainda mais perto. Dentro da música, é uma vítima do fenómeno mp3, especialmente música romântica. Afirma que não escolheu ser um romântico, o romantismo é que o escolheu a ele. É também um apaixonado pelo cinema, destacando Al Pacino (de quem alega ser filho), Johnny Depp, Nicolau Breyner, Bo Derek e Cicciolina (paixões de criança). No humor, tem como referências Jim Carrey, Ricky Gervais, Dane Cook, Dave Attell, Seinfeld, Larry David e claro, Liga de Cavalheiros - os senhores que o fizeram ter a certeza que o humor negro pode ser pintado de muitas maneiras.
SEAN PATRICK CONLON A gifted writer and an accomplished performer, Sean Patrick Mulroy (aka Sean Patrick Conlon) is a dedicated student of literature and a firm believer in the power of the oral tradition. Born and raised in Southern Virginia, the house where Sean Patrick Mulroy grew up was built in 1801 and was commandeered by the union army during the civil war to serve as a makeshift hospital. As a boy, Sean loved to peel back the carpets to show where the blood from hasty surgeries on wounded soldiers had stained the wooden floorboards. Now he writes poems. As a poet, Sean’s devotion to both the craft of his writing and the quality of his showmanship fast earned him a reputation as one of the hardest working and most original artists in the spoken word idiom. As slam master of the Hampshire College Slam Collective, Sean founded the first Nationally Certified spoken word venue based on a college campus, and has coached teams in 3 national competitions. As a competitor at the 2008 College Union Poetry Slam Invitational and the 2008 National Poetry Slam, Sean is the only person who has been asked to read an opening poem on the final night of competition for both tournaments in a single year. Sean is the author of “The Pornography Diaries,” a poetic study of love and sex as seen through the lens of media study and film analysis. He also stars in a one-man show of the same name, combining original rock music and the poems from the book in a critically acclaimed multimedia tour-de-force. He has toured extensively in North America, competed in 3 national competitions (ranking highest in his division for the IWPS in 2009, and in the top third of all team competitions), has released over 10 chapbooks of original work. Sean has been published in both online and print journals, and has featured at literary festivals for universities and arts organizations all over the United States. A constant traveler, Sean currently lives in Rochester, NY, where he is completing 3 manuscripts while working in collaboration with area artists to start a multi-faceted arts collective specializing in creative and literary performance art. “Enchantingly bitter.” Simone Beaubien, Slammaster for the Cantab Lounge "Sean is southern drawl sensual movement, like a summer canoe ride down a lazy river." Philip Hasouris of the Brockton Poetry Series "When a circus artist has conned the canvas of his own tent into new textures, is this not remarkable? The tough boy of homoerotic swagger has insinuated himself into the world in a more nuanced manifestation, a manifesto of shadow against steam." Tom Daly, Cambridge Center for Adult Education in the Arts
Slam d’Ela por franciscomarcus (Concorrente Slam LX nº4) Qual é coisa qual é ela, Que muda a côr do céu? Basta sorrir basta chegar. Basta tirar o véu. Qual é a razão de mudar a força da maré? Qual a causa das estações do ano andarem de marcha a ré? Ré… Ré-Sol-Si… Si-Ré-Sol… Sol Sol esse astro que se assusta Com o tamanho da luz que a acompanha. Esconde-se de fininho e deixa a lua iluminar a alegria que sai das cataratas. Deixa jorrar... Jorra. Jorra mais um pouquinho. Jorra a vontade de ser. A vontade do ser. Ser. Ser só. Ser só sem estar só. Não precisa tão pouco que tenham dó… afinal já tem ré-solsi… Si… Gosta de si, gosta de mi, de ti e sente-se bem lá… Lá. Lá ao longe. De onde acena. De onde quase se fez passar por monge e ainda assim moveu montanhas, criou pontes, tamanha façanhas, alagou fontes com o seu brilho. Que estrilho! Estridente tanta beleza, Que me deixa a chama acesa, (e mais outra dureza).
Marca a sua posição com um sotaque mais forte que o do norte. Faz despertar bebedeiras de sonhos. Investe quando a pisam. Não sorri porque sim. Não é defeito nem feitio, Ela é mesmo assim. Uma força da natureza que se não nascesse deus faria-a inventada. Elegante e bem educada. Uma espécie de tango temperado com samba. Troca o vestido pelas calças de ganga. Mas quando vestido, vira ventos, vira utopia. Causa taquicardia. Faz o sangue ficar quente. Mete o estômago às voltas. Arranha as entranhas e prende o olhar. Não será difícil perceber o que estou a falar. apenas gostar. Gostar como a primeira vez. Como ‘era uma vez’. Para isso e só passar por um Beco do Maquinez. E lá está Ela. Com os olhos cor de amêndoa. Copo na mão. Amarga amêndoa. E eu querendo-a. Mas afinal quem é ela? O Rico, poeta amigo disse uma vez, é a Cinderela. Eu com a pouca sabedoria; Pitada de fantasia, baixinho chamo-a; Sofia.
Sonhos transpirados Marine Antunes (concorrente ao SLAM LX Nº4) Quero é escrever poesia antes que me cortem os braços. Já me tiraram os maços, os amaços, o baço, a alegria, já me acrescentaram tempo ao tempo que me tiraram e já me deram um momento, pr´a despedida derradeira. Quero adormecer sem barulhos de lá ecoados, e acordar sem os sonhos transpirados e os braços inchados, chupados pela enfermeira. Quero voltar-me em lençóis meus e coloridos, sem serem iguais aos dos outros – feios e feridos, sem qualquer alma a mais. Quero que desapareça a cortina que nos separa: Quero um muro, duro, intransportável, consistente. Não quero mistura de gente com gente, quero apenas um quarto sem sobressalto, sem medo de ao acordar, o ver vazio – e mais uma cama por ocupar. Mais um dia de doente que sabe a doentio. Quero que não falem comigo, mas que me visitem sempre. Quero ser calmo e inteligente na mágoa que me calhou, Mas não ser diligente a aceitar o que me acamou. Quero abraços grandes, depois e antes de sair daqui. Não quero mais sorrisos forçados, nem coros ensaiados com o dizer sensacional. Quero apenas sabores, comidas com cores E tudo para que acorde e veja um dia normal
Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que nossos olhos nos podem dar E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver Alberto Caeiro
ADRIANO LOPES / concorrente SLAM LX Nº 4
O que eu gosto mesmo é de estar preso no teu quarto! Ficar encantado pelo som metálico que vem da cama, e apaixonado pelo suor que escorre devagar, das tuas pernas para este quase lugar. Um quadro que inventaste só para me agradar, onde me escondo, disfarçado de parte do teu mundo que nunca pretendo mudar. Onde me escondo, para que não me vejas espreitar e fico imóvel a contemplar o movimento da tua boca, que deixou de ser uma agitada dança entre os trapos e o metal e passou a ser uma afirmação raivosa! Não fiques nervosa! Estou a chegar! Venho para te salvar. De mim, do meio das tuas pernas que me tentam encantar, juntamente com os meus lábios que queres arrancar, não pela força dos dentes, mas sim pelo poder de fitar sem que o medo fique entre nós sem que mais nada fique entre nós. O que eu gosto mesmo é de... enquanto estamos a fornicar, mascarados de deuses cada vez mais molhados! há tantos dias um ao outro amarrados! Introduzir um novo objecto metálico cujo som nos faça... arrepiar. Vou trincar a faca aos poucos e deixar o sangue escorrer nos lábios vou embebedar-te com o meu espesso calor obrigar-te a tudo o que não queiras, e enquanto o quente arrefece e o vermelho se dissipa deixo me cair sobre ti e recomeçamos um lento ritual que algum espectador pode interpretar como cruel.
Paro. Não fiques aflita! Já volto. Vou continuar a ser o mau da fita, o improviso é sempre parte do nosso filme mas desta vez fui apanhado de surpresa, de caçador, passei a presa, e agora quem está amarrado com os pulsos golpeados sou eu! Que não consigo falar! Nem sequer dizer corta! Deixo me estar e espero que a fita continue a rolar, o que resta do nosso espelho está prestes a mudar. Depois deste ensaio, nada mais é a brincar e o sabor do metal ganhou doces nuances de framboesa que vêm da tua pele quente e tremula fruto da nossa proeza, passar de caçador a presa, de presa em presa, sem guião, nem ponto, nem palavras que interrompam o nosso improviso amoroso nada que nos salve num momento mais tenebroso. Solto me completamente e aqueço o metal que nos prende à mesma cama, o palco do nosso ritual. O som regressa à fita fomos curados! Nem todo o defeito fica, por mais orgânico que seja o som que transmita. O som regressa à fita. Chamo-te pelo teu nome de deusa! como queres que te chame? Minha deusa? É só o nome que fica. Deusa. Louca. Maluca. Preferes que te chame Puta?
A MULHER QUE SE DESPE LUIS COSTA SANTOS Luis Costa Santos é um dos concorrentes ao SLAM LX Nº5 ocuop em-zid atcerroc rehlum A odahnila osrucsid ues oN serezid sortuo ed oãm adnugeS oditsev meb ,etnagele etrop ues oN rezid o mes erpmes odnazerP ohlitrapse ues od otutatse O mafirrob es euq sa orodA mahlagrag e mebeb euq sA omitlúnep o omoc aid adac mevros euq sA acasser ad o ,omitlú o odneS meb oãt ebas romA o euq mE odaisetsena ,ovruT setnalaf meb sa ,satcerroc sa euq agord amU sedadrev sairáv ed sanoD satulosba sale sadoT mereuq men ,mecehnoc oãN epsed es euq rehlum ad otsoG sezev satium odipsed ahnet es áj euQ ahnogrev mes E rodup mugla setnatsni rop eleveR sadiacsed samam sad zevlaT eunitnoc ila saM recehnoc ed adabaca E romA ogimoc açaF
A mulher correcta diz-me pouco No seu discurso alinhado Segunda mão de outros dizeres No seu porte elegante, bem vestido Prezando sempre sem o dizer O estatuto do seu espartilho Adoro as que se borrifam As que bebem e gargalham As que sorvem cada dia como o penúltimo Sendo o último, o da ressaca Em que o Amor sabe tão bem Turvo, anestesiado Uma droga que as correctas, as bem falantes Donas de várias verdades Todas elas absolutas Não conhecem, nem querem Gosto da mulher que se despe Que já se tenha despido muitas vezes E sem vergonha Revele por instantes algum pudor Talvez das mamas descaidas Mas ali continue E acabada de conhecer Faça comigo Amor
SLAM!
Insomnia It's 1 am, 2 am, 3 am I am absent I am not here I am somewhere in between A broken heart and a broken soul I am not me I am this. I am running, searching, crawling, begging! Because in the darkness of the night I have been blinded by the light in your eyes Where I began believing in stars Where I began contemplating suicide
I am still. I am numb. I am not sleeping. I am not a miracle, I am a disaster. I am floating. I breathe as if my doubts were my air And the wind of change never had hit me so hard. I feel my doubts destroying me A tornado ripping trees from the roots. Everything has changed. Yet everything remained the same.
I am running, searching, crawling, begging! I am late. May love find its way back, I am wrong in so many ways. May my wishes be your command, May I be your Universe. It's 1 am, 2 am, 3 am, 4 am, 5 am And still, I am not! It's 1 am, 2 am, 3 am, 4 am, I am not sleeping I am a mess, I have my eyes opened, I am pain, but I'm not awake. I am my own mistakes I am nothing. I am my own nightmare I am lost. I am still. I am numb. I turn right and left, I turn the pillow around, But the monsters keep coming back. I know they are not only in my head, They're in my bed! Even with my eyes closed I see their shadows, I hear their whispers. I cry when I listen.
I am drowning In the sea of memories and lost dreams Broken dreams, sad dreams. I am not dreaming! I am drowning. The tsunamis of rage and anger are possessing me. I am drowning in my own tears. I am not sleeping. I am not. ELIANA NZUALO Concorrente Slam Lx nยบ4
ELIANA NZUALO
Poetry Slam - Regulamento A. Regulamento: 1. Os poetas concorrentes terão de ter mais de 16 anos de idade; 2. Os poetas podem abordar qualquer tema em qualquer estilo; 3. Os poetas devem utilizar os seus próprios poemas; 4. Nenhum poema poderá ultrapassar os três minutos. As performances serão cronometradas; 5. Não é permitido: a utilização de instrumentos musicais ou música pré-gravada, cenários, recurso a acessórios, disfarces ou máscaras. O poeta deverá vestir as roupas que usa no seu dia-a-dia; 6. Cada poeta que participe no Poetry Slam do Festival Silêncio deverá preparar pelo menos 3 poemas de sua autoria; 7. Os poetas não podem repetir duas vezes o mesmo poema excepto na final; 8. O júri constituído por 5/6 elementos atribui uma nota após cada poema numa escala de 1 à 10; 9. O concurso desenrola-se por eliminatórias da seguinte forma: 9.1 – Primeira etapa com os 8 poetas concorrentes. Os 4 poetas mais pontuados passam à meiafinal; 9.2 – Meia-final: dos 4 seleccionados serão escolhidos 2 para a final; 9.3 – Final: com os 2 mais pontuados; 9.4 – Performance final do vencedor. 10.A decisão do júri é soberana. Os concorrentes não poderão recorrer do resultado das pontuações atribuídas pelo júri 11.aos vencedores é oferecido um prémio de participação. B. Notas e penalizações 1. O júri atribui uma nota a cada poema indo de 1 a 9.9, sendo 10 a nota máxima; 2. Os elementos do júri serão encorajados a utilizar décimas após a vírgula de forma a desempatar poemas cujas notas sejam demasiado próximas; 3. Se a regra dos três minutos for infringida por um poeta durante a sua actuação, este terá 10 segundos de tolerância; 4. Caso ultrapasse os 3 minutos e 10 segundos, o poeta verá o seu score final penalizado, segundo o seguinte esquema: 0,5 pontos por cada período de 10 segundos acima de 3 min. e 10 seg.
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