DIOGO DORY LARA FRANCO SÉRGIO AMARAL LUIS PEDRO MARTINS SÉRGIO COUTINHO MÁRIO TROVADOR NUNO GERALDES BARBA AFONSO MATA
FINAL: LARA FRANCO vs LUIS PEDRO MARTINS
VENCEDOR Poetry Slam / SLAM LX Nº5 LUIS PEDRO MARTINS
JURI: NUNO MIGUEL GUEDES MARTA ELIAS ANDRÉ GAGO 2 ELEMENTOS DO PÚBLICO
PRÉMIOS: BERTRAND EDITORA, QUETZAL, PERGAMINHO, 101 NOITES,TRANSFORMADORES/ MUSICBOX, AVENIDA DE POEMAS, JAMESON
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SLAM LX Nº 6 / Programa 22 de Março, sex 22h 22h30 - Apresentação pelo Mc Filipe Homem Fonseca 22h40 - Convidado Pedro Vieira aka Irmão Lúcia 22h50 - Vídeo 22h55 - Performance de Poesia Sonora e Visual pelo convidado Márcio-André (Brasil) 23h10 - Intervalo 23h20 - Poetry Slam 8 concorrentes 3 eliminatórias 1 finalista 00h30 - Entrega de prémios 00h45 - Open Mic 01h00 - Fim
LUIS PEDRO MARTINS - 1ยบ PRร MIO -
LARA FRANCO -finalista-
PEDRO VIEIRA aka IRMÃO LÚCIA
ALICE #6 - entrevista de Maria João Freitas a Pedro Vieira
Nunca tive gosto por trabalhos demorados. www.clubalice.com E isto não acontece só na ilustração, tudo o que me demore muito tempo seguido perturba-me, preciso de produzir coisas que tenham um resultado quase imediato e o meu registo na ilustração é esse. .... Como nasceu o Irmão Lúcia? Irmão Lúcia começou por ser um endereço de e-mail do yahoo. A ideia surgiu-me na altura em que o Papa João Paulo II esteve em Portugal, se não me engano em 2000, para revelar o terceiro segredo de Fátima, segredos esses que são sempre revelados à posteriori. Foi uma luz que tive nessa ocasião porque estava mesmo imbuído do espírito de Fátima, com aquele entusiasmo de conhecer o terceiro segredo e surgiu-me o nome, que passei a usar como endereço de e-mail. Quando apareceram os blogues, tive o Agridoce, que depois destruí involuntariamente. Fui mexer no html porque achei que tinha competências informáticas e ao tentar mudar o aspecto do blogue, arrasei com ele e tive que começar tudo de novo. Foi um fim agridoce. O fim também foi agridoce, mas foi a oportunidade do Irmão Lúcia aparecer em campo. Pensei: “agora vou usar o heterónimo do e-mail, vou dar esse nome ao blogue”. Isto foi em 2006, e ficou. De tal forma que agora há pessoas que me tratam por Irmão Lúcia, que esqueceram o meu nome. No canal Q, há pessoas que me tratam por Lúcia, o que cria assim uma estranha ambivalência na identidade de género, mas tudo bem, eu gosto. Faz parte da minha identidade, o blogue colou-se-me à pele. No outro dia fomos jogar à bola, fizemos um sorteio das equipas e fui apresentado como Pedro Lúcia Vieira, portanto estás a ver o tipo de confusão que vai naquelas cabeças. .... Como te tornaste livreiro? Tornei-me livreiro por necessidade. Fiquei desempregado, na altura do Santana à sec na Câmara de Lisboa. Como trabalhava num edifício em Entrecampos, fazia muitas visitas à Bulhosa à hora de almoço, porque eu sou como aquelas apresentadoras de televisão, adoro livros, desde pequeno. Então pensei: “bem, não tenho profissão, então tenho que tentar trabalhar em alguma coisa, gostava de trabalhar numa livraria, se calhar era um bom sítio” e fui lá candidatarme. Fui, escrevi assim uma espécie de carta de apresentação armado em engraçadinho e resultou, é incrível. Chamaram-me para uma entrevista e assim foi. Nessa altura trabalhei lá um ano e meio. E depois, regressei à Bulhosa para vir abrir aqui em Campo de Ourique, com algumas das pessoas que já conhecia da encarnação anterior na Bulhosa. Já conhecias o bairro? Não, o bairro para mim era totalmente estranho. Gosto do bairro, por ter vida de bairro, passe a redundância, mas o público que atendia aqui não me agradava muito, para ser sincero. Se na altura já tivesses o Professor José Cid tinha-te agradado mais. Seguramente, tinha aproveitado muito mais. Aliás, uma coisa de que me arrependo do tempo em que trabalhei como livreiro foi não ter feito mais recolha de lapsus linguae. Foi um grande desperdício ter começado só nos últimos meses, porque havia muita matéria prima. Os livreiros não ficcionam algumas coisas? Não, é quase tudo verdade. .... …. Qual é que é o teu maior defeito? É capaz de ser a preguiça. E uma pequena virtude? Persistência, acho eu. Qual é o teu signo? Leão. E na astrologia chinesa? Coelho, se não me engano. O que dará um leão com um coelho? Uma refeição. Se um apanhar o outro. ¬ A... (continua…)
MÁRCIO-ANDRÉ Escritor, artista sonoro e visual.
Autor de quatro livros de poesia e ensaios, colaborou com diversos jornais, entre eles O Globo, Jornal do Brasil, O Estado de Minas; e com revistas brasileiras e internacionais. Seus poemas foram traduzidos para oito idiomas. Integra antologias como Poesia do Mundo, O que é poesia?, Todo começo é involuntário - a poesia brasileira no início do Sec. 21, Poétes Brésiliens d ´aujourd´hui, 24 letras por segundo, entre outras. Sua obra, tanto literária como performática, é estudada em diversos países, como EUA, Finlândia, Brasil e IrãO. Deu aula de formação avançada em escrita criativa e poesia sonora na Universidade de Coimbra e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como tradutor, publicou textos de Ghérasim Luca, Gilles Ivain, Serge Pey, Mathieu Bénézet, Hagiwara Sakutaro e Forrest Gander. Em 2008, recebeu a Bolsa Fundação Biblioteca Nacional, pelo livro de ensaios Poética das Casas e, em 2009, foi poeta residente em Monsanto, Portugal. É também editor da Confraria do Vento e curador do Cidade aTravessa, evento literário e performático que acontece nas cidades de Lisboa, Rio de Janeiro e São Paulo. Poeta experimental, com obras na área da poesia visual e sonora, da instalação e da performance, realizou trabalhos no Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Ucrânia, Argentina, Peru, além de diversas cidades pelo Brasil. Apresentou-se em eventos como o Festival Silêncio, Balada Literária, Encontros de Interrogação, Encontro Internacional de Poetas de Coimbra, Fórum das Letras, Marché de la Poésie e expôs em mostras como Tordesilhas, Paradas em movimento, Curta Cinema e A palavra toda. Entre suas performances mais recentes, constam Suspensión (Espanha, 2011), Sound Poetry (Portugal, 2011), Multitubetextura (Portugal, Brasil e Peru, 2010), Indivisible: Poem-polyphony for voices, violin, electronic processing, bells and whistles (Reino Unido, Ucrânia, frança, 2009). Por conta de sua Conferência Poético-Radioativa (2007) na cidade fantasma de Chernobyl, na Ucrânia, tornou-se "o primeiro poeta radioativo do mundo".
El Insecto de Pablo Neruda De tus caderas a tus pies quiero hacer un largo viaje. Soy más pequeño que un insecto. Voy por estas colinas, son de color de avena, tienen delgadas huellas que sólo yo conozco, centímetros quemados, pálidas perspectivas. Aquí hay una montaña. No saldré nunca de ella. ¡Oh qué musgo gigante! ¡ Y un cráter, una rosa de fuego humedecido! Por las piernas desciendo hilando una espiral o durmiendo en el viaje y llego a tus rodillas de redonda dureza como a las cimas duras de un claro continente. Hacia tus pies resbalo, a las ocho aberturas, de tus dedos agudos, lentos, peninsulares, y de ellos el vacío de la sábana blanca caigo, buscando ciego y hambriento tu contorno de vasija quemante!
Poetry Slam - Regulamento A. Regulamento: 1. Os poetas concorrentes terão de ter mais de 16 anos de idade; 2. Os poetas podem abordar qualquer tema em qualquer estilo; 3. Os poetas devem utilizar os seus próprios poemas; 4. Nenhum poema poderá ultrapassar os três minutos. As performances serão cronometradas; 5. Não é permitido: a utilização de instrumentos musicais ou música pré-gravada, cenários, recurso a acessórios, disfarces ou máscaras. O poeta deverá vestir as roupas que usa no seu dia-a-dia; 6. Cada poeta que participe no Poetry Slam do Festival Silêncio deverá preparar pelo menos 3 poemas de sua autoria; 7. Os poetas não podem repetir duas vezes o mesmo poema excepto na final; 8. O júri constituído por 5/6 elementos atribui uma nota após cada poema numa escala de 1 à 10; 9. O concurso desenrola-se por eliminatórias da seguinte forma: 9.1 – Primeira etapa com os 8 poetas concorrentes. Os 4 poetas mais pontuados passam à meiafinal; 9.2 – Meia-final: dos 4 seleccionados serão escolhidos 2 para a final; 9.3 – Final: com os 2 mais pontuados; 9.4 – Performance final do vencedor. 10.A decisão do júri é soberana. Os concorrentes não poderão recorrer do resultado das pontuações atribuídas pelo júri 11.aos vencedores é oferecido um prémio de participação. B. Notas e penalizações 1. O júri atribui uma nota a cada poema indo de 1 a 9.9, sendo 10 a nota máxima; 2. Os elementos do júri serão encorajados a utilizar décimas após a vírgula de forma a desempatar poemas cujas notas sejam demasiado próximas; 3. Se a regra dos três minutos for infringida por um poeta durante a sua actuação, este terá 10 segundos de tolerância; 4. Caso ultrapasse os 3 minutos e 10 segundos, o poeta verá o seu score final penalizado, segundo o seguinte esquema: 0,5 pontos por cada período de 10 segundos acima de 3 min. e 10 seg.
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