Ano 1, Edição 1, Nº 2
Periódico
Publicação Bimestral, Nov /Dez - 20 17
Temático
REALCI R E V I S T A
D E
A R T E S ,
L I T E R A T U R A
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C I N E M A
W W W . A L F A B E T A C I N E . W I X S I T E . C O M / A B C I N E
Publicação Bimestral, Nov /Dez - 20 17
Arte: espe l h o de uma ép oca
REVISTA DE ARTES, LITERATURAS E CINEMA - REALCI É uma publicação bimestral do Instituto Cultural em Audiovisual Alfabetacine Coordenação Geral Alexandre Rocha e Luciana Oliveira Fundador, Editor e Diretor Jornalístico Responsável: Luciana Fonseca (MTB 1653/AL) Revisão: Telma Rocha Produção: Instituto Audiovisual Alfabetacine Editora: Guarda-Letras
Dados Internacionais de Catalogação na publicação (CIP) Bibliotecário responsável: Márcio Adriano Costa dos Santos (CRB-4/1848) Revista de Artes, Literaturas e Cinema - REALCI [revista eletr ônica] / Instituto Audiovisual Alfabetacine de Alagoas. – ano 1, ed. 1., n. 2.Barra Nova/Marechal Deodoro – Alagoas: Guarda-Letras, 2017. 12,8 Mb; PDF [on-line]; impresso, p.54. Bimestral. (nov e dez). Arte: espelho de uma época; p.54il. ISSN on-line ISSN impresso Cinema - arte. 2. Literatura – cinema. 3. Cinema digital. 4. História do cinema. I. Título. II. Instituto Audiovisual Alfabetacine de Alagoas. CDU: 791.43 CDD: 791.4375 Índices para catálogo sistemático: Cinema: Cinema contemporâneo. Cinema digital. Cinema virtual. Artes: dança. Teatro. Poesia. Literatura: Literatura brasileira. Literatura alagoana. Literatura popular. Literatura de cordel. Música: música popular brasileira. Canto. Mundo digital: cultura digital. Ciberculta. Inclusão social. Inclusão digital. Mundo virtual: Sociedade da informação. Sociedade em rede. Redes sociais.
Publicação Bimestral, Nov /Dez - 20 17
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Ano 1, Edição 1, Nº 2
Publicação Bimestral, Nov /Dez - 20 17
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NESTA EDIÇÃO:
Incomodamos sim, até o inferno!
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Ato comportamental, crime sexual ou arte desvairada?
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Projetos: Carretel Cultural e Labore Sua Família
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Edital Literário Editora Guarda-Letras
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Projeto Labore Sua Família
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História do Cinema
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Cinema Brasileiro
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É com muita satisfação que abrimos espaço em nosso periódico temático REALCI — Revista de Artes, Literatura e Cinema para receber informativos sobre as diversas expressões artísticas (música, dança, teatro, canto, cinema, literatura), meio ambiente e tecnologia. Enviem-nos informes relativos a matérias, artigos ou eventos acompanhados de fotos legíveis. Espaço disponível para textos com fonte Arial 12: Eventos: Um (1) parágrafo (até 6 linhas)
Colunas: Wervesson Zuryel Christiane Andrade Claudia Oliveira Camila Moreira Lucimeire Nogueira Hendricson Rogers
Comentários e críticas: Entre dois (2) parágrafos ou até 30 linhas Reportagens/entrevistas: uma (1) a duas (2) laudas 17
Poemas: máximo uma (2) laudas Desenhos ou charge são também bem-vindos. Para que esteja completo o seu texto, sempre o releia conferindo às seguintes perguntas: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê?
Entrevistado: Elinaldo Barros
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E enviar para editoraguardaletras@gmail.com ou wpp(82)99922-2100 ou wpp (82) 98857-0768
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É uma publicação bimestral do Instituto Cultural em Audiovisual Alfabetacine, Alagoas. Coordenação Geral Alexandre Rocha e Luciana Oliveira Fundador, Editor e Diretor Jornalístico responsável: Lucciana Fonseca (MTB 1653/AL) Revisão: Telma Rocha Produção: Instituto Audiovisual Alfabetacine Editora: Guarda-Letras ATENDIMENTO AO LEITOR Faça comentários, deixe sua opinião, sugestões e críticas. E contribua com informações para as próximas edições. E-MAIL: abcine.al@gmail.com e editoraguardaletras@gmail.com ENDEREÇO: Rua Dr Luiz Duda Calado, nº 10. Barra Nova. Marechal Deodoro - Alagoas - CEP 57160-000 SOLICITE SUA ASSINATURA: Horário de atendimento: De 2ª a 6ª, das 8h às 18h. Para consultar dados de sua assinatura, alteração de endereço, tirar dúvidas sobre a entrega e pagamento. Contato: editoraguardaletras@gmail.com wpp (82) 99922-2100 Assinatura anual...................... R$ 120,00 Assinatura semestral............... R$ 60,00 Exemplar avulso....................... R$ 15,00 PARA ANUNCIAR Custo de Vendas de Espaço na Revista (Capa/Entrevista/Patrocínio/Apoio/Serviços/Troca de custo por cota de vendas. Contato: editoraguardaletras@gmail.com
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Incomodamos sim, até o inferno!
Não poderíamos deixar de abrir esta revista sem nos posicionar a respeito da matéria "Gente Incômoda", publicada no dia 4 de outubro de 2017, na Revista Veja. Neste artigo, José Roberto Guzzo apontou os evangélicos como o grupo religioso que mais cresce e incomoda grande parte da sociedade no Brasil. Discriminadamente, Guzzo generalizou os cristãos como “povo, em grande parte do 'tipo moreno', ou 'brasileiro', que vem sendo visto com horror crescente pela gente bem do Brasil". Infelizmente, é o que vemos, lemos e ouvimos dos muitos formadores de opiniões. Guzzo já vem implantando sua ideologia a tempo em uma matéria publicada na mesma revista em 2012, onde aborda a liberdade sexual com ideias liberadas para o casamento homossexual, relações com animais, incestos e pedofilia. Nem precisamos dizer o que pensamos quando ele declara que “as classes mais altas se consideram as mais civilizadas, sentem tanto desprezo, irritação e antipatia pela religião que mais cresce no país”, isso nos leva a pensar que a religião vem no mínimo para frear estes desejos omissos que a sociedade “civilizada” prefere deliberadamente não mais esconder. Em um de seus trechos, Guzzo critica as doações e dízimos entregues nas igrejas como uma "infecção", sentenciando a religião como vigarice e alertando para que haja uma lei eficaz, racional e coerente que freie o tráfego de dinheiro no bolso dos fiéis, como se o Brasil exercesse, de fato, a prática democrática pela maioria da classe política que diz nos representar.
Pensamos muito em iniciar assuntos relativos a questões políticas, mas, ao que parece, a religião está e esteve sempre muito ligada às relações de poder e, como se não bastasse, à luta pelo reconhecido espaço educativo e formador de opinião. Quando iniciamos com a proposta de falar de arte, literatura e cinema relacionados à divulgação do evangelho, fomos pesquisar fundamentos para otimizar nossos exemplares, de forma autônoma e com própria identidade, e constatamos um fato de relevância encontrado no livro Jornalismo de Revista, escrito por Marília Scalzo, jornalista de currículo memorável com experiência nas grandes revistas de renome do Brasil. Ela toma emprestado a definição do editor espanhol Juan Caño dizendo que “fazer revista é manter uma relação de amor com o leitor”. É isso o que propomos aos nossos. A autora aponta a grande função do gênero revista para a transformação da sociedade, na conquista de classes, de todas as faixas de públicos, no qual informa, diverte, educa e alimenta sonhos. Mas, o que mais nos chamou a atenção, foi também a prática de inversão de valores, mudanças comportamentais e alterações no modo de falar, vestir, ser, escrever e pensar que esse gênero vem invariavelmente se dedicando. O que também nos surpreendeu neste livro foi saber que a primeira revista que se tem notícia foi publicada em 1663, na Alemanha, e chamava-se Erbauliche Monaths-Unterredungen (ou Edificantes Discussões Mensais) que a caracterizava como na publicação de vários artigos de mesmos assuntos teológicos, inspirando, a partir daí, outras semelhantes que vieram a surgir pelo mundo, diminuindo o analfabetismo e engajando tendência ideológicas, tornando-
se importante para a sociedade e cultura. Não poderia deixar de abrilhantar as opiniões partidárias de muitos líderes da cultura que se expressam em defesa da fé cristã e do valor que ela exerce em favor da sociedade e indo de encontro ao artigo motivado pela Veja. Falo aqui, em especial, do radialista Edson Bruno que destaca com prioridade a grande importância de grandes centros culturais e educativos que contribuem para a manutenção de valores artísticos, éticos e morais no mundo. Ele cita o Madison Square Garden, no centro de Manhattan, Nova York, que abre seu espaço para concertos de músicas evangélicas contemporâneas, exaltando a Deus e buscando as bênçãos para as suas vidas. O radialista lembra também da fundação da Universidade de Harvard, como a mais antiga instituição de ensino superior dos Estados Unidos, fundada em 1636 pelo Pastor John Harvard, seu primeiro benfeitor. Cita também outras universidades erguidas por pastores congregacionais e reformados como a Priceton, Yale, além de outras como Universidade Livre de Amsterdan (referência no mundo) e a Mackensie. Será que essa gente 'de bem', que é a elite que cuida e direciona a educação e a cultura brasileira e quer impor goela abaixo suas práticas liberais, contrárias à Palavra de Deus, tem autonomia para o argumento generalizado de que todo evangélico é mercenário? É notório que grande parte dos líderes cristãos nem mesmo tira seu sustento das contribuições recebidas. São milhares os líderes íntegros e pobres, espalhados por todo o Brasil e mundo, que se dedicam a tarefas diárias de aconselhar, pastorear, visitar, amparar proteger, alimentar, vestir, orar, libertar, apoiar e ensinar milhões de pessoas, indo de encontro a ideologias da sociedade pósmoderna que não está nem um pouco preocupada com os princípios altruístas, éticos e morais para a construção de uma família.
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W W W . A L F A B E T A C I N E . W I X S I T E . C O M / A B C I N E
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com por ta m en ta l, cr im e s e x ua l ou a r te des va ir a da ?
Incrível como a mídia e autoridades públicas levantam a bandeira em defesa da repugnante arte pornográfica! Vemos a arte como espelho de uma época e percebemos que distúrbios mentais de artistas ou formadores de opinião com seus egos aguçados em busca de atenção despertam o gosto pelo diabólico, criado para destruir qualquer padrão ético de valores morais. Foi o que diagnosticamos ao ver dois eventos culturais ocorridos este ano no Brasil que tiveram como foco o erotismo sacro, exaltação a distúrbios sexuais entre animais, crianças e pessoas do mesmo sexo. A primeira aberração ocorreu “ingenuamente” numa ala de sessão de obras infantis para a releitura da série Bicho, considerada um clássico da artista brasileira Lygia Clark, cuja exibição explicita do performance Wagner Schwartz, ocorrido na terça-feira 26 de setem-
bro, inaugurou sem censura seu corpo nu para crianças, na 35º Mostra Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, tradicional exposição bienal que aborda a arte no país e propõe reflexão sobre a identidade brasileira. De forma contundente, o MAM se justifica afirmando que a cena da criança “brincando” com o homem foi divulgado fora de contexto, já que não mostra que a criança estava acompanhada da mãe, como se justificasse a sua presença, e que a apresentação foi feita em espaço reservado, com sinalizações do conteúdo apresentado e sem conotação erótica. Outra exposição estarrecedora foi Queermuseu: Cartografias da Diferença da Arte Brasileira, financiado pelo Santander Cultural de Porto Alegre, em 15 de agosto, e teve
Registro da performance de Wagner Schwartz, na 35ª Mostra Panorama de Arte Brasileira, no (MAM), São Paulo.
como foco a inclusão dos LGBTQ, mas também de atingir o espectador partidário de direita e a cultura sacra. As fotos, esculturas e pinturas denigrem a imagem de Cristo em várias formas inimagináveis, como também cenas explícitas de sexo com animais, crianças e também rituais de orixás A alegação dos amantes da arte é que o processo de criação e a liberdade de expressão justificam qualquer crime pelo desejo e amor à própria arte. Imaginem como pensa uma sociedade enraizada nesses valores culturais?
Os temas bíblicos sempre influenciaram a arte ao longo dos tempos. E a nudez sempre foi o foco de expressão dos artistas em deturpar e influenciar o olhar e admiração dos homens.
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Muito triste saber que o próprio dom, talento e criação artística dado por Deus vem sendo usado para destruir a imagem de Seu filho, Jesus Cristo, que venho à terra como sacrifício vivo de nos salvar das mão devoradores de principados e potestades. Embora possa ser difícil para um especialista um diagnóstico padrão nestes autores de crimes sexuais, mas para um crente, não há dificuldade alguma para reconhecer que o inimigo não faz distinção de cor, classe, idade ou raça, pois o seu foco maior é destruir um coração puro, sem desejos distorcidos e sem maldade. A psicopatia da pedofilia é classificada como crime sexual, definida como doença, distúrbio ou desvio sexual. De acordo com Delton Croci, esses portadores dão vazão ao erotismo pela prática ou atos libidinosos, mas, infelizmente é tratada no mundo atual como algo incompleto e “natural” por não ser reconhecida juridicamente. Os especialistas afirmam
que a patologia dos autores de crimes sexuais desprezam a condição humana das vítimas, são capazes de recorrer à violência extrema sem se preocupar com a sociedade e vive muito bem sem culpa e sem remorsos e incapaz de prever as consequências dos seus atos. São verdadeiros predadores. Na verdade, mais uma artimanha do inimigo para camuflar a sua ação e destruir a inocência de uma criança. A neurociência vem crescendo e são muitas as descobertas de como funciona a mente humana. O visual é uma forte ferramenta que permite guardar instantaneamente qualquer imagem subliminar e levar com força para o consciente qualquer falso desejo ou acusação. Da mesma forma os sons, cheiros e tatos. São percepções típicos da alma, que morrem com o corpo, mas
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não com o espírito. E só os Espírito Santo de Deus para restaurar o corpo que o quer como templo. Cada dia fica mais difícil a recuperação desses criminosos, uma vez que o tratamento psiquiátrico existe, mas não é usual. Além de dispendioso, é difícil tratar alguém que não acredita ter culpa, ou sequer considera que cometeu um crime. Entre os profissionais dedicados a esse tipo de tratamento, é infinitamente maior a preferência por atender as vítimas, não os autores. Esses transtornos comportamentais coletivos se apoiam e se fundamentam no processo histórico de valores culturais projetados por meio da arte.
Além de diversos trabalhos temáticos com pedofilia, homossexualismo e incestos expostos na exposição patrocinada pelo Santander, várias pinturas com releituras do Cristo crucificado foram modificadas, denegridas e deturpadas por diversas crenças religiosas. A imagem ao lado de Cristo como deusa Shiva é uma delas.
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Cin ec lube A lfabe tac in e O Projeto Carretel Cultural fechou seu ciclo no lançamento dos curtas-metragens Água, Por Favor e Agora Filho Sou, juntamente à revista REALCI (Revista de Arte, Literatura e Cinema), na VIII Bienal Internacional do Livro, no Stand da SECULT. O momento foi oportuno para que lançássemos também o nosso selo editorial Guarda-Letras com intuito de publicar esta Revista e também lançar novos escritores roteiristas, cronistas e poetas. É só conferir o Edital.
A ideia do projeto Carretel Cultural nasceu em 2013, com a proposta de unir cinema e teatro.
Faça seu cadastro em nosso cineclube e fique atualizado com a nossa programação. Solicite pelo e-mail: abcine.al@gmail.com
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P á g i n a
Projetos: Carretel Cultur al e fam ília
Projeto Carretel Cultural vem contribuindo para incentivar a expressão artística por meio do teatro, música e cinema digital, desenvolvendo programas educativos com oficinas interativas. O Projeto Labore Sua Família, lançado em 2016, é mais direcionado para a prática de leitura e produção de textos didáti-
co, a partir da adoção de leitura paradidática do livro Laboratório Família em escolas. Todas as ações propostas e vinculadas a estes projetos podem ser acompanhadas nesta Revista Temática, nas Redes Sociais, Jornal local, nosso site, em diversas linguagens audiovisuais nas quais propomos. Os serviços comunitá-
Convite e folder do Livro Laboratório Família lançados no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no dia 8 de outubro de 2017.
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labore sua
rios de entretenimento desses projetos acontecerão por meio de cursos oferecidos dentro de uma perspectiva cristã. O lançamento do Projeto Labore Sua Família, da Editora Guarda-Letras e do livro paradidático Laboratório Família ocorreram simultaneamente na 8ª Bienal Internacional do Livro, em Alagoas.2017
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G u a r d a - L e t r a s
Concurso Nacional Sou Escritor, Prêmio Leitura Audiovisual Brasil 2017 EDITAL REGULAMENTO Do tema Art. 1º – O INSTITUTO CULTURAL EM AUDIOVISUAL ALFABETACINE, lança o PROJETO LEITURA AUDIOVISUAL, promovido pela EDITORA GUARDA LETRAS, por meio deste edital que abre inscrições para o Concurso Nacional Sou Escritor, Prêmio Audiovisual Brasil 2017. Parágrafo único – O tema é livre, exceto títulos que façam apologia ao crime, pedofilia, pornografia e seus similares, nenhum ato que atentem contra à nação, pessoas, animais ou política. Das inscrições Art. 2º – Podem participar do Concurso todos os brasileiros, ou estrangeiros com cidadania brasileira, devidamente regularizada, e público em geral de quaisquer regiões do Brasil. § 1º – Vetada a participação de membros da diretoria da EDITORA GUARDA LETRAS e da COMISSÃO JULGADORA. § 2º – Podem participar brasileiros natos, ou naturalizados brasileiros, maiores de 14 anos, com texto em língua portuguesa. Art. 3º – As inscrições podem ser feitas pelo site, www.alfabetacine.wixsite.com/ abcine, ou enviar o texto com dados conforme o que pede o Art. 4 e incisos deste edital, no período de 1 de outubro de 2017 a 31 de março de 2018, para o email: abcine.al@gmail.com.
Art. 4º – Cada participante pode inscreverse com até 02 (dois) textos de sua autoria para cada categoria (poesia, crônica, história infantil e infantojuvenil, roteiro para curtametragem, documentário, peça teatral e todos esses gêneros literários também na categoria gospel). Os textos devem ser inéditos, ou seja, que ainda não foram publicados em literatura ou qualquer veículo de mídia. § 1º – Os textos devem ser enviados via internet e devidamente identificados com a categoria, nome, endereço residencial completo, CPF, telefone, e-mail e título(s) do(s) texto(s), obedecendo aos seguintes critérios: a) Os textos devem ser digitados em editor de texto eletrônico (Word, Open Office, Star Office, etc.); b) Fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12; c) Cada poema não deve exceder o limite de 02 (duas) laudas no tamanho A4 para poesia e crônica; e até 05 (quatro) laudas para roteiro. § 2º – As inscrições são gratuitas. § 3º – Ao se inscreverem, todos os candidatos aceitarão automaticamente todas as cláusulas e condições estabelecidas no presente regulamento.
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Da premiação Art. 5º – Entrega de certificados e publicação em livro e CD dos textos dos classificados. § 2º – Os textos classificados serão distribuídos por categoria conforme número de inscritos. § 3º – Publicação de livro e CD com poemas ou fragmentos de roteiro dos textos classificados, com edição de 1.000 (cinco mil) exemplares. § 4º – Inserção de destaque no livro para os 3 primeiros classificados por categoria. Da comissão julgadora Art. 6º – A Comissão Julgadora será escolhida pela Comissão de Organização do Concurso e será composta por 03 (três) membros com amplo conhecimento e experiência em Literatura. Parágrafo único – A Comissão Julgadora terá autonomia no julgamento, que será regido pelos princípios da originalidade, criatividade e linguagem poética. Do resultado Art. 7º – O resultado do Concurso será divulgado no dia 20 de abril de 2017 pelo site: www.alfabetacine.wixsite.com/abcine Do Pagamento das parcelas e Remessa dos livros e CD Art. 8º - Cada autor classificado arcará com a compra de 10 (dez) exemplares do livro
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“Concurso Nacional Sou Escritor, Prêmio Leitor Audiovisual Brasil 2017”, pelo custo de duas parcelas, de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais). Em caso de desistência, não haverá devolução do pagamento efetuado. O dinheiro será revertido para o Instituto responsável pelo evento. Art. 9º - As duas parcelas deverão ser pagas via boleto ou depósito bancário entre os dias, 30 de abril a 30 de maio de 2018. Art. 10º - Em caso de inadimplência, o poema classificado poderá ser publicado e divulgado apenas online, mas não terá direito ao material impresso. Art. 11º - Os livros e certificados serão entregues no endereço informado na inscrição, até o dia 30 de junho de 2018. Das disposições finais Art. 12º – Os casos omissos serão decididos em comum acordo, pela Comissão Julgadora e pela Comissão de Organização do Concurso. Art. 13º – A Editora GUARDA LETRAS detém todos os direitos de Publicação e Distribuição da obra. Art. 14º – Do julgamento apresentado pela Comissão Julgadora, quanto a qualidade dos poemas selecionados, não caberá qualquer recurso, ficando esta medida adstrita às condições extrínsecas do concurso, dispostas nas cláusulas deste Regulamento, que será julgado pela Comissão de Organização do Concurso.
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A sua família é o seu maior patrimônio. 1.O que é o Projeto LABORE SUA FAMÍLIA? Uma estratégia de leitura e debates sobre o resgate da família com vários temas para crianças e adolescentes, abordados conforme necessidade da escola. Temas sugeridos: Resgate da família; Dia da Árvore; Meio Ambiente; Valores Morais e Éticos; Valores Cristãos; Filosofia; Resgate de Identidade; História das Sociedades; Tecnologia; Honestidade, Respeito; Tolerância; Violência; União; Igualdade; Humildade; Paz; Amor; Felicidade. 2. Que material é utilizado no Projeto LABORE SUA FAMÍLIA? • Um KIT ESCOLAR a ser distribuído aos alunos (que inclui LIVRO LABORATÓRIO FAMILIA, marca página e bloco para anotações). Após a exposição de proposta temática escolhida pela escola, o professor adotará o livro Laboratório Família, no qual os alunos farão uma leitura prévia para o debate dos temas propostos no dia da palestra com a autora. Em seguida, a autora fará um workshop sobre técnicas de redação, cuja finalidade é que os alunos produzam redações. Edição do livro Histórias de Vida, que será publicado pela Editora Guarda-Letras, com a publicação divulgada no site da Editora. 3.Qual a importância desse Projeto?
Educação deve contribuir para a formação de caráter que é o conjunto de valores e virtudes, que nasce no coração de cada pessoa. Quanto mais valores e virtudes uma pessoa tiver melhor será o caráter e o comportamento dela com os outros, com a família, na escola, em todas as situações em que se encontrar. É notável que muitos valores se perderam no tempo e as pessoas não se dão conta do prejuízo em relação à formação de um cidadão que respeita o próximo. Visando tantos fatores que influenciam a perda dos valores, é nosso dever resgatá-los, não sendo omisso nesta tarefa. Se pensamos num futuro melhor, precisamos semear hoje, desde a primeira infância do ser humano, onde é posto em prática os primeiros paços de sua personalidade. 4.Qual o nosso objetivo? Proporcionar aos alunos e familiares momentos de reflexão e mudança de comportamento em relação aos valores que devem permear a vida de todo cidadão, a fim de que tanto na escola como em casa e na sociedade desenvolvam-se hábitos de respeito e amor. 5.Qual a nossa prática metodológica? Considerar o conhecimento prévio, dialogar e compreender as necessidades e dificuldades de grupos escolares em suas relações sociais. Propor mudanças refletindo sobre as leituras e temáticas abordadas no livro Laboratório
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Família. É imprescindível que todos estejam atentos para que sejam trabalhados os valores por meio da observação de comportamento em casa e na escola e identifica-los. 6.Qual o nosso plano de ação? Propor releitura do livro Laboratório Familia com histórias de vida contadas pelos alunos, iniciadas conforme a criatividade do professor. Todas as ações e atividades devem ser baseadas na sensibilização, reflexão, perpassando os âmbitos do cognitivo, afetivo, cultural e político-social. Com este trabalho, a escola deve pretender enfatizar cada vez mais a importância da leitura, pois é por meio dela que a criança tem a oportunidade de se comunicar com o mundo, transformar-se e assim compreendê-lo. 7. Onde o Projeto LABORE SUA FAMÍLIA pode ser realizado? Nas escolas, creches, comunidades de bairros, aldeias indígenas, ongs, associações e igrejas. 8. Como o Projeto LABORE SUA FAMÍLIA pode ser realizado? Numa ministração única, com duração de 1 hora ou em várias ministrações, numa mesma escola, por exemplo, indo de classe em classe. 9. Culminância do Projeto: O projeto literário conta com auxílio especializado em todas as suas etapas: A 1ª com o
ensino de valores, 2º com o ensino de técnicas de redação e produção textual, 3º com a produção editorial, 4º com a publicação de um livro com as histórias selecionadas, contados ou redigidas pelos alunos, de todas as escolas envolvidas. 10. Ajude na realização do Projeto LABORE SUA FAMÍLIA: Divulgando sua participação nesse Projeto disponível nas redes virtuais da Editora Guarda-Letras. OBSERVAÇÕES: •Importante acertar com o Projeto LABORE SUA FAMÍLIA detalhes como: dia, hora e local e número de livros que a escola vai precisar para as turmas. Se a escola tem um ambiente que comporte todas as turmas realize o evento de uma só vez. RESULTADOS ESPERADOS Despertar o prazer pela leitura e escrita. Desenvolver as potencialidades superando as dificuldades na aprendizagem. Recuperar a autoestima de todos envolvidos. Valor do Kit R$15,00 A redação do aluno selecionado pagará R$10,00 para cada exemplar recebido do livro publicado, com direito a adquirir no mínimo dez exemplares. Contato: Email: editoraguardaletras@gmail.com Wpp: (82) 99922-2100
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História do David Llewelyn Wark Griffith (1875-1948): diretor norteamericano Começou sua carreira como ator e foi diretor de cinema em 1908. Mostrou que o cinema podia explorar um universo maior que os limites do palco. Realizou principalmente películas que relatavam fatos da História. Ele foi além do plano geral (presença de primeiro pla-
Cinema
no), e plano detalhe. Usava o retrospecto (ação que ocorre num tempo anterior ao representado no momento ou flash back) e a ação paralela. Valorizava o estado emocional das personagens. Sua câmera possuía uma atuação livre, poética e imaginativa. É considerado o grande inventor da montagem paralela. David Llewelyn Wark Griffith (1875-1948)
P r i m e i r a
O nascimento de uma nação (The birth of a nation, 1915): Diretor: D. W. Griffith Fotografia: G. W. Bitzer Atores: Lilian Gish, Mae Marsh, Henry Walthall
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E x i b i ç ã o
O nascimento de uma nação (The birth of a nation, 1915): Um escravagista do Sul é ferido numa batalha contra os abolicionistas e, quando volta para casa, encontra o poder legislativo de sua cidade dominado por negros. Resolve fundar, então, a Ku Klux Klan. Os críticos da época deploraram seu tratamento reacionário da
luta do povo negro pela liberdade. O racismo expresso no filme provocou grandes protestos de setores da sociedade da época, e Griffith chegou a ser denunciado na justiça. Esta é a grande contradição (e polêmica) do filme: apesar de possuir uma técnica avançada, o seu conteúdo social é extremamente retrógrado.
O estilo de Griffith filmar influenciou escola de cineastas Entre 1908 e 1913] (dirigiu para a American Mutoscope and Biograph Company), produziu 150 curtas. Esse trabalho o possibilitou experimentar om montagem paralela, movimentos de câmera, planos detalhe, e outros métodos de manipulação espacial e temporal. Na primeira viagem de
Griffith para a Califórnia, ele e sua empresa descobriram uma pequena vila para filmar. Esse lugar era conhecido como Hollywood. Com isso, American Mutoscope and Biograph Company foi a primeira empresa a filmar em Hollywood: In Old California(1910). Em 1919 fundou a United Artists junto
com Charles Chaplin, Mary Pickford e Douglas Fairbanks. Apesar da United Artists ter sobrevivido como empresa, a ligação de Griffith com ela foi curta, e apesar de alguns de seus filmes posteriores serem bons, ele nunca mais conseguiu su- Douglas Fairbanks, Mary Pickford, Charlie Chaplin, D.W. Griffith cesso comercial.
Influenciou: Charles Chaplin, Sergei Eisenstein, Luís Buñuel, Alfred Hitchcock, Orson Welles, John Ford, Federico Fellini, Luchino Visconti, Pier Paolo Pasolini, Roberto Rosselini, Jean Renoir, Fritz Lang, F.W. Murnau, Abel Gance, Jean-Luc Godard, Robert Bresson, Claude Chabrol, François Truffaut, Gláuber Rocha, Pedro Almodóvar, Krzysztof Kieślowski e Lars Von Trier.
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Cinema BRASILEIRO O
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Afonso Se- Paulo. Nessa mesma greto foi o pri- época, passou também meiro cinegra- a rodar vários filmes sofista e diretor de cinema do bre o cotidiano carioca. Brasil, para Os anos compreonde veio em 1897, trazendo endidos entre 1908 e "vistas cinematográficas" 1911 ficaram conhecide seu país dos como a idade de exibidas por ouro do cinema nacioseu irmão, Paschoal Se- nal. No Rio, formou-se greto, no Sa- um centro de produção lão de Novida- de curtas sobre vários des de Paris, melodramas no Rio de Ja- gêneros: neiro. tradicionais (A Cabana
Afonse Segreto é diretor de fotografia nascido em San Martino de Cileno, na Itália, 1975. Em 1897, chaga ao Brasil, trazido pelos seus irmão Paschoal Segreto e Gaetano Segreto, para exibir vistas cinematográficas no Salão de Paris, Rio de Janeiro. Em 19 de junho de 1898, a bordo do navio francês Brésil, retornando de uma nova viagem à Europa, para comprar equipamentos de filmagens, registra as primeiras imagens do Brasil (Baía da Guanabara). Por esse feito é considerado o 1º diretor de cinema do Brasil, como também, Dia do Cinema Brasileiro. Filma curtas até 1900. Em 1908, ensina a arte de filmar. Muda-se para São
Paulo, onde monta um ateliê fotográfico, depois retorna à Itália, vindo a falecer no anonimato. Paschoal Segreto inaugura a primeira sala de cinema no Rio de Janeiro. As primeiras filmagens aconteceram por conta do seu irmão, Afonso, que filmou, em 1898, na Baía de Guanabara e, no ano seguinte, em São Paulo, durante a celebração de unificação da Itália; também muitas solenidades e acontecimentos políticos e sociais, como o 3º aniversário de morte do alagoano Marechal Floriano Peixoto e o desembarque do Presidente Prudente de Morais. Em 1899, o italiano Vítor di Maio abre a primeira sala de cinema em São
do Pai Tomás), dramas históricos (A República Portuguesa), patrióticos (A Vida do Barão do Rio Branco), religiosos (Os Milagres de Nossa Senhora da Penha), carnavalescos (Pela Vitória dos Clubes) e comédias (Pega na Chaleira e As aventuras de Zé Caipora). A maior parte realizada por Antônio Leal e José Labanca, na produtora Photo Cinematographia Brasileira. De 1912 em diante, durante dez anos, reduziu o número de produção, sendo que boa parte destes era de curta duração. Os principais realizadores do período foram Francisco Serrador, Antônio Leal e os irmãos Botelho. Este período é marcado pela primeira grande crise do nosso
cinema motivado pela concorrência estrangeira, problemas de produção e dificuldades de exibição nas salas de cinema, que eram ocupadas pelos filmes norteamericanos. Com o fim da fase de produção regular de filmes, quem fazia cinema foi procurar trabalho na área documental, produzindo o chamado “cinema de cavação” (documentário sob encomenda), revistas e jornais de cinema. E foi este tipo de atividade que permitiu certa continuidade ao cinema brasileiro. Entre os filmes desse tempo, destacamse os baseados em obras célebres da literatura brasileira, como Inocência (1915), do romance de Taunay, O Guarani (1916), de José de Alencar. Luiz de Barros, que viria a realizar mais de 60 longas-metragens até os anos 70, tentre eles: A Viuvinha (1915), Iracema (1918) e Ubirajara (1919). Mais tarde, uma nova versão de "O Guarani" (1926), de Capellaro, será exceção na década: um filme brasileiro de sucesso.
P ĂĄ g i n a
Fotografia tirada em Piranhas, em 2013 e faz parte do acervo do Instituto Alfabetacine, tambĂŠm postada no instagram @alfabetacine.
Foto tirada no bairro do Vergel, em 2014, por Camila Moreira, Stil da cena do filme Agora Filho Sou.
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R E V I S T A
D E
A R T E S ,
L I T E R A T U R A
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C I N E M A
W W W . A L F A B E T A C I N E . W I X S I T E . C O M / A B C I N E
@alfabetacine
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wervesson zuryel Diretor e produtor de cinema
Wervesson Zuryel, baiano natural de Jacobina, passou sua infância e boa parte de sua vida na cidade de Várzea da Roça. Em 2003 terminou o ensino médio e começou a ensinar teatro no Instituto Educacional São José. No ano de 2006, veio para São Paulo tentar carreira profissional, onde participou do Drama da Paixão, na cidade de Santana de Parnaíba. Ao retornar para a Bahia, estudou teatro em Camaçari, na Cidade do Saber, onde trabalhou como professor de teatro no renomado colégio CEMA e, em 2010, voltou para Várzea da Roça, onde assumiu a direção geral da Fundação Cultural Gibão de Couro. Fez um curso livre de Cinema durante três anos em Pintadas/BA, pela Pensar Filmes e, em 2012, foi convidado pelo ator, diretor e cineasta Ivan Antônio, da cidade de Camaçari, para representar o Brasil no maior festival
de artes da Europa. Ficou dez dias em cartaz com o espetáculo A CANÇÃO DOS CONDENADOS. No ano de 2014, veio de vez para São Paulo. Em 2016, participou de um workshop em Ibiúna, interior de São Paulo, com a Cia de Artes Nissi, tendo aula de interpretação, direção e produção para cinema. Hoje é formado em Produção Audiovisual (UNIP) e está fazendo Pós -graduação em Direção Audiovisual (Tv e cinema). Roteirizou e dirigiu um curta de animação – LOCOMOÇÃO, um curta de suspense Gospel OGLIPIC, o curta EBOLA, a barreira dos mil mortos (em edição). O cineasta nos contou em primeira mão que vai estar rodando mais dois curtas-metragens em 2018, com roteiro e dire-
Cartaz do curta OGLIPIC (2017)
ção de sua autoria, baseados em fatos reais e intitulados: REDENÇÃO – mostra a histórias de Lucia, vinda do Nordeste para a cidade grande com filhos pequenos e separada. Ela vê sua vida se desmoronar do dia para noite tendo de ven-
Pós-Graduação em Direção Audiovisual - UNIP (2017)
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wervesson zuryel Diretor e produtor de cinema
der o próprio corpo para sustentar os filhos. Após tanto sofrimento, ela clama a Deus para tirá-la daquela vida e sua jornada ganha um novo sentido. O outro é PERDÃO – narra a história de um jovem fuzileiro (Marcos) que após sofrer preconceitos e perseguições no quartel é trancado com seu próprio inimigo em uma cela. Lendo um livro sobre perdão, Deus toca em seu coração levando-o a entender a importância de perdoar o próximo, é aí que a história ganha força. Além de cinema, Zuryel dá aulas de teatro na ONG (Associação Comunitária Família em Missão), em São Paulo e está com projetos encaminhados para a produção e direção de filme em parceria com o Instituto Audiovisual Alfabetacine, em Alagoas.
Portugal—2012
Rodando cena do curta Ebola
Repasse de texto elenco
Direção do curta Ebola
Estúdio do casting do curta Ebola (2017)
Curso de Cinema Nissi Filmes
Reunião pré-produção curta-metragem Locomoção (2017)
Zuryel é professor voluntário de oficinas de ator e está enquadrado nos futuros projetos do Instituto Alfabetacine. É uma honra ter Zuryel conosco. Deus no comando de tudo!
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wervesson zuryel Diretor e produtor de cinema
Equipe do curta-metragem Ebola — 2014
Lançamento do curta-metragem OGLIPIC — 2017
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wervesson zuryel Diretor e produtor de cinema
O espetáculo NATAL PARA SEMPRE teve a sua esteia, antecipando as comemorações do Natal, no dia 9 de dezembro de 2017. O espetáculo foi livre para todas as idades e teve como principal objetivo resgatar o verdadeiro sentido do Natal – Nascimento de JESUS. O evento se realizou na Praça do Saber – Jd. Monte Belo – Morro Doce – São Paulo.
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Drama da Paixão - Dezembro de 2017
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Christiane Andrade Educador a e Artista Social
Christiane Andrade é formada em Educação (Letras e Literaturas) e pós-graduada em Gestão de Pessoas. Desde criança, o universo das artes é parte de sua vida. Pintura, fotografia, dança, música, poesia são algumas das expressões do divino em seu ser. Atua como cristã desde 2003, exterior. “Sou uma pessoas”, ela diz , A
A r t e
e
missionária no Brasil e pessoa de “enxergo o o
ser humano como a obra-prima do Pai que, desde o princípio de todas as coisas, revela-Se como o Deus Criador que nos gerou na Luz, por essa razão procuro seguir Seu exemplo, vivendo o processo criativo em minha vida, buscando constantemente abraçar a verdade e a santidade em Cristo à luz das Escrituras Sagradas”.
S o c i a l
Arte Social fala profundamente em meu interior como uma disponibilidade do coração humano em servir.
do relacionamentos para poder entender um pouco de seu mundo interior. Sim, eu estava ali. E aqueles jovens também. Cantando, dançando, palestrando, produzindo e sendo vida. Sendo eles mesmos a diferença. Contagiando com aplauso e amor ao invés de insatisfação e dor.
Foi isto que escrevi em uma das linhas de meu primeiro artigo para a revista AlfaBetaCine. Estou aqui começando novas linhas após ter chegado do VIII Congresso Brasileiro sobre Síndrome de Down. Foi um tempo intenso e enriquecedor. Eu não tenho nenhum parente com Síndrome de Down. Nunca tive também aluno algum. Então por que ir ao congresso? Porque eu não preciso esperar para TER alguém com síndrome de Down participando em minha vida para que possamos fazer a diferença. Simplesmente posso escolher SER presente nas vidas deles. Chegando perto, conhecendo – os, construin-
Professor Celso Antunes, especialista em Inteligência e Cognição (SP).
Somos singulares? Somos diferentes? Somos iguais? Não importa. Importa sim sermos humanos. Pessoas com Síndrome de Down não escolheram ter um cromossomo a mais, mas nós podemos escolher se teremos ou não uma atitude a menos. Faz bem fazer parte! Escolho me envolver com o bem. Sou a favor da inclusão pelas boas causas. O artista é criativo e precisa ser um questi-
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onador ativo e constante. Ele não realiza arte para si, mas para os olhos e coração de outrem. Olhos que vêm, corações que abrigam e mentes que processam... imagens, mensagens, vida. O artista é protagonista numa jornada pela busca de soluções. A arte por si só não é um fim mas um meio que transforma e liberta, resgatando por vezes algo que poderia estar morto em alguém ou alguém que por algo ou pela falta deste, morto já estava. Diante de problemáticas cruciais, o artista entra no palco da vida e traz luz. Traz câmeras? Sim, claro! E também ação. Em 30 de novembro de 2017, estreia o filme “Cromossomo 21” em 7 capitais brasileiras. Fala sobre pessoas com Síndrome de Down vivendo um lindo relacionamento de amor. Alex Duarte é o idealizador desta obra. Um jovem de uma cidade
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O III Congresso Brasileiro sobre Síndrome de Down foi realizado na cidade de Maceió, em Alagoas, em Outubro de 2017, através da iniciativa do Instituto Amor 21. Uma associação de pais e amigos de pessoas com Síndrome de Down. Instagram: @amor21oficial Por Christiane Andrade: c h r i s t i a ne.andrade.brs@gmail.com
do interior que derrubou seus preconceitos ao chegar perto e correu longe para que outros sejam contagiados por este mesmo amor. Amor que não conta cromossomos, pois somos todos 21. Local de realização: Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso Período: 26 a 28 de outubro
Mais informações: www.cromossomo21.com.br
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Claudia oliveir a Canal Mulheres de Pé
Olá, meu nome é Claudia Regina Oliveira. Sou natural de São Cristóvão, Sergipe. Faço o Curso Técnico de Enfermagem e atuo como autônoma na área de estética. Tenho experiência na área adminis-
trativa e educação. No momento, me dedico ao canal no Youtube: Mulheres de Pé, com mensagens de amor. Sou casada e tenho um filho com 14 anos. Acredito na unção da família sob a guarda da proteção de Deus. Um dia ouvi a palavra do Senhor me dizer assim: “Seja forte e corajoso, você terá sucesso como líder do meu povo e vai conquistar a terra que prometi para os seus antepassados” (Josué 1.6). Essa foi a ordem dada por Deus a seus líderes. São muitos os chamados, mas também são muitos os baldes de águas frias
que tentam nos desanimar, desviar desse propósito. Muitos são chamados, mas poucos permanecem e perduram nesta posição, porque não encontram apoio de amigos, irmãos em Cristo que abracem a mesma ideia e propósito. Acredito que Deus está preparando um momento de rompimento para alargar as nossas fronteiras. Poder levar, por meio da arte, o Evangelho de Cristo. Vejo muitos talentos enterrados, mas acredito que Deus tem levantado muitos ministérios neste campo. Amo as artes cênicas e trabalhar para Jesus me dá muita satisfação e prazer.
CLÁUDIA É APAIXONADA PELAS ARTES E USA DESSE MEIO PARA DISSEMINAR O EVANGELHO DE CRISTO Como falei no meu relato publicado no número anterior desta revista, atualmente tenho retomado um trabalho de liderança do Ministério Getsemani, com grupos de teatro, iniciado em 2009. Desde 2014 Deus me colocou à frente desse ministério. O teatro no momento está frio e precisa de oração de todos para que possamos levantar os chamados para as artes. Infelizmente, o espírito de inveja e desunião que vem imperando as igrejas a avançar tenta derrubar aquilo que o próprio Deus criou. É preciso oração, joelho no chão, compromisso, unidade, comprome-
timento e amor. Mas o amor em 1º lugar é a Cristo. Enfim, continuamos na luta, apresentado outras formas de apresentação como as narrativas, pantomimas, e, como o número ficou reduzido, acredito que Deus não quer de nós a quantidade, mas a qualidade. Com a experiência, procuro hoje não pegar no pé dos jovens, mas deixar tudo nas mãos de Deus. Precisamos estar
unidos para criarmos novos textos, novos trabalhos, já que Deus confiou a nós esse caminho. Mas venho aqui neste momento dar mais um testemunho. Passei por um transtorno de ansiedade. Estava indo para o congresso Embaixadores do Rei quando, que mesmo indisposta, segui em frente. Precisávamos de transporte e, nessa dificuldade, Deus providenciou. Meu marido acabou levando todos da equipe. Mesmo eu tomando medicação, ao longo do percurso, os alunos estavam bem alegres, sentindo a presença forte do Espirito Santo. Eu estava em silencio ali,
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“Eu Existo para Amar” (Canal Youtube—Mulheres e Pé)
orando nesta batalha espiritual. Em três momentos eu pensei que não fosse suportar, pensando em desistir, mas ouvi a voz do Senhor me confortando para não desistir. Foi uma luta psicológica sem tamanho. Ocorreu na cidade de São Cristóvão (SE), a quarta cidade mais antiga do Brasil. Antes do evento, paramos na casa da minha mãe para nos alimentarmos e tomei calmante natural. Apresentamos a noite. E foi uma bênção. A pessoa que relatei na edição anterior fez o papel do Antagonista. Ele representou muito bem, apesar de sofrer forte preconceito. É como digo, não desistam. Na presença do senhor, todos conseguem. Enfrentar o público, os perigos do medo e exposição da imagem e fraquezas. Essa experiência foi forte. Ouvir a voz de Deus. Servir ao Senhor é muito mais do que cantar, mais do que representar, é ter o privilégio de dizer que sou de cristo. Evangelizar não é fácil para quem não quer ouvir. É importante sempre orar pelos vizinhos, familiares, amigos. Isso é servir ao Senhor. Ministério de teatro tem toda essa bagagem de estar fora, fora do templo. Acredito que deus tem ainda maravilhas para fazer. Muitos me perguntam e digo que o que salva não é a religiosidade. Religião aprisiona. Somente Jesus é quem salva. Somente um coração quebrantado, humilde e arrependido agrada ao Senhor. Sabemos que para atingir este estágio de quebrantamento, devemos admitir que a nossa luta não é contra a nossa carne e sangue, mas sim contra principados e potestades (Efésios 6:12).
Desejo a todos da Revista REALCI, do Instituto Alfabetacine, que fazem e contribuem para esse ministério, que Deus abençoe esse trabalho e que possam alcançar muitas vidas e que o meu testemunho possa resgatar almas pra Jesus.
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Camila Moreir a Designer de interiores Camila Moreira é natural de Belo Horizonte, formada em Arquitetura e Urbanismo pela UFAL, apaixonada por artes e fotografia. Autora do espaço interativo, estúdio de decoração Acesso Decor. Foi nossa Diretora de Artes dos curtas Agora Filho
Título da obra: Mateus 7:25 Técnica: Tinta acrílica em tela
"E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha."
Sou e Água, Por Favor. Fez o Envia pelo Jocum Maceió e tem um ministério com jovens na Igreja Batista El Shaddai. Atualmente é nossa voluntária nas oficinas de Storyboard. E estuda Produção de Moda na Escola Técnica de Artes.
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Lucimeire Nogueir a designer de interiores Lucimeire Nogueira, natural de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, 49 anos, mas reside na capital desde 1992. O convívio social deu a Lucimeire a oportunidade de conhecer pessoas relacionadas com as artes. A partir daí, sentiu -se estimulada a estudar e se matricular no Curso de Designer de Interiores pela FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) no intuito de, posteriormente, migrar para a área de cenografia. Nos anos seguintes, iniciou estágio no Teatro Imprensa, como também, participou de diversos cursos ligados ao teatro. Também é aluna ouvinte do curso ministrado por Cibele Forjaz,
Sempre fui apaixonada por teatro, seja atuando ou trabalhando nos bastidores.
na ECA/USP. Ela declara: “Entendi o propósito de Cristo em minha vida com tantas amizades na área artística e com as quais me ajudaram a retornar para os caminhos do Senhor. Tento, com isso, cumprir o meu papel de levar o Evangelho de Cristo através da arte. Temos colhido frutos de nossos trabalhos e hoje, de volta a Ribeirão, nosso grupo se encontra semanalmente”. Lucimeire é professora voluntária no curso de ator e produtora de teatro Infantil, jovens e adulto do Instituto Alfabetacine.
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Thayron
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Sabino—empreendedor e escritor
Olá, tudo bem? Prazer, Thayron Sabino aqui. 29 anos. Sou natural de Maceió, Alagoas. Apaixonado por compartilhar conhecimentos. Acredito que tudo o que Deus faz em nossas vidas, todas as situações que vencemos, não ocorrem simplesmente para ficarem em nossa memória, mas para serem compartilhadas com pessoas que estejam passando por situações iguais ou semelhantes e possam ter esperança e saber que existe um Deus que transforma e liberta. U m
t e s t e m u n h o
d e
v i d a
Desde os meus 5 anos, vou à Igreja Evangélica levado pelo meu pai. Nadolescência, sentia o modo como o Senhor começava a me mostrar o Seu propósito em minha vida. Aos 17, meus dois primeiros livros estavam prontos, mas nunca foram lançados. Nesta mesma época, iludido e encantado com as coisas do mundo, enterrei todos os dons que o Senhor me deu e me afastei de Sua presença e fui viver de acordo com a minha própria vontade. Sempre trabalhei, fosse na empresa do meu pai ou como empregado de qualquer outro administrador, mas sempre nutrindo um forte desejo por empreender.
empresa que, no início, ia muito bem, até que no primeiro trimestre de 2015 tudo desmoronara. Meu negócio quebrou e eu entro numa profunda depressão, - o que me faz parar a faculdade ainda no 4º semestre do Curso de Administração, o que me levou a ficar alguns meses dentro do quarto, trancado.
Sempre conduzi projetos paralelos, mesmo trabalhando, sem nunca perder o foco de realizar meu sonho: o de ter o meu próprio negócio. Até que, no segundo semestre de 2014, saí da empresa onde trabalhava e me dediquei, exclusivamente, a minha empresa. Inicialmente, uma empresa na área de educação e consultoria, e depois, lancei uma marca de produtos e acessórios esportivos.
Foram muitos os recursos tecnológicos que me deram acesso a coisas macabras, satânicas, que sugavam a minha vida, mas também, através destes mesmos recursos, o Senhor me trouxe palavras libertadoras, que me fizeram reconhecer os meus erros e me arrepender dos meus pecados, transformando a minha vida, levando-me de volta à casa do Senhor, curando -me da depressão.
Mergulhado no meu orgulho e acreditando que minha capacidade e sabedoria eram suficientes, toquei minha
Neste momento, o Senhor, em sua infinita misericórdia e amor, começa a me tratar e me trazer de volta para os Seus braços. Quando minha empresa quebrou, restaram-me apenas um notebook e acesso à internete.
Hoje sou liberto. A partir daí, o Senhor foi restaurando minha vida profissional e me fez entender
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Thayron
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Sabino—empreendedor e escritor
que a sabedoria vem somente Dele e que tudo acontece com a permissão Dele. Hoje tenho uma empresa onde trabalho online. Comecei a estudar muito pela internete e desenvolver os dons que o Senhor me deu. Procurei identificar e entender qual o propósito para o qual fui criado e como isso virá a impactar pessoas. Busco, cada vez mais, capacitar-me, dedicando-me, incansavelmente. Para isso vivo: cumprir o meu propósito de trabalhar para o Reino. E aguardo no Senhor o tempo certo de ver meus livros serem lançados. Aqui proponho três perguntas para sua reflexão: Como você tem usado a tecnologia? Ela poderá ser bênção ou maldição em sua vida? Acaso algum dia já se perguntou o motivo pelo qual você veio a este mundo?
Thayron é formado em Administração pela I nstituição de Ensino FAN—Faculdade de Negócios. E autor do livro Foi como um D eus para mim, que está no prelo.
Compreenda os dons que você tem e os desenvolva com uma vida de propósitos! Você vai aprender a viver de forma leve e plena, conforme deseja o nosso Pai. Que eu seja um canal de bênçãos na sua vida. Deus o/a abençoe. Que você se permita viver a alegria plena da paz do nosso Cristo, o Salvador.
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Hendrickson Rogers—blog do prof. h. Oi, como vai? Então, o "prof. H" é professor de Matemática há 16 anos, professor Titular no centro universitário CESMAC, professor efetivo (classe C) no Estado de Alagoas, mestrando no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), especialista em Educação Matemática e especialista em Educação a Distância. Também fui convidado a fazer parte do
grupo de pesquisas em Educação Matemática no Instituto de Matemática (IM) da UFAL, com o escopo de se implantar uma pós-graduação em Educação Matemática no IM, brevemente.
vida eterna sem pecado, injustiças e dor! Tudo o que faço gira em torno de meu Criador Jesus e Seus ensinamentos. A família, a educação matemática e a pesquisa científica (e tudo o mais) são oportunidades de honrá-Lo e evidenciá-Lo, até que Ele mesmo prove Sua existência!
Mas meu nome de fato é Hendrickson Rogers e o que me define não está supracitado. Sou um guerreiro nas fileiras do Rei Jesus Cristo e minha maior motivação Prazer! Seja muié Sua promessa de to bem-vindo (a)! Varetorno, recriação e
S u g e s t ã o No livro The Kingdom of Speech (O Reino da Expressão), o autor Tom Wolfe conta a história da queda épica da evolução. A evolução darwiniana explica a trivialidade biológica – variedade de bicos de ten lhão e afins -, mas tropeça quando o assunto é inovação ao longo da história da vida. Nenhuma inovação poderia ser mais revolucionária do que a do Homo sapiens que, como diz o biólogo Michael Denton, do Discovery Ins tute, “apareceu repen namente nas ricas e fru feras pastagens da África, no final do pleistoceno”. A caracterís ca mais marcante do homem é, por natureza, seu dom de linguagem. Tom Wolfe explica que, hoje, o darwinismo leva um tombo épico. A evolução não pode nos explicar muito a respeito da proeminência que nos torna humanos. “Dizer que os animais evo-
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mos calibrar nossa cosmovisão poderosamente e adaptar conhecimento útil às necessidades da humanidade. (Este é o meu lattes: http:/ Llattes.cnpq.br/8579977855813523).
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luíram para o homem”, escreveu Wolfe na úl ma página do livro, “seria como dizer que o mármore Carrara evoluiu para David, de Michelangelo.” A analogia é pesada, mas faz sen do, pois um ar sta molda seu meio em um ato de “desenho delibera vo”. Wolfe, um dos escritores mais valiosos ainda vivos atualmente, não saiu ao encontro ao Design Inteligente (DI) somente agora. Em declarações anteriores, ele tem mostrado simpa a pelo DI, e tem comparado a perseguição aos cien stas adeptos do DI com a “Inquisição Espanhola” – aqui, referindo-se também à “Inquisição Neo-Darwinista”. Mas seu foco é sobre a história de como a evolução, de Darwin a Chomsky, é muito breve na explicação da linguagem. Ele deixa que as
implicações desta falem por si mesmas. O significado de expressão vai além de simplesmente podermos nos expressar excepcionalmente como seres humanos – a “dis nção principal entre homem e animal” – mas, como aponta Wolfe, é o que nos dá domínio sobre a terra e suas criaturas, e até mesmo mais do que isso: “Em suma, a linguagem, e só ela, tornou-nos ‘bestas humanas’ aptas para conquistar cada cen metro de terra no mundo, subjugar qualquer criatura grande o suficiente para olhar-nos de cima, e comer até a metade da população do mar. E isso, esse poder de conquistar todo o planeta para a nossa própria espécie, é uma pequena conquista do grande poder da linguagem. A grande conquista foi a criação de um eu interno, o ego.”
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To m W o l f e n o s p o r n ó s m e s m o s
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c o n v i d a a “ p u x a r o g a t i l h o ” c o n t r a a t e o r i a d a e v o l u ç ã o .
A par r desse “eu interno”, dotado de curiosidade e desejo, flui a riqueza da civilização – arte, religião, filosofia, literatura, ciência, e muito mais. Quão realmente impressionante poderia ser uma teoria das origens que não lança ao menos uma luz qualquer sobre a origem de tudo isso? Wolfe molda sua história nos termos de dois pares de rivais ou “dobradinhas” – de um lado, Charles Darwin e Alfred Russel Wallace e, de outro, os linguistas Noam Chomsky e Daniel Evere . Como em todos os seus livros que eu li, Wolfe mostra-se finamente sintonizado com questões de status, posição e/ou classe social – […] ou de tão pouco uso que não reque em si já explicam muito – não só metesse até milhares e milhares de em moda ou polí ca, mas também na anos abaixo da linha em que a criatuhistória das ideias. Em ambos os pares ra pode rar vantagem do potencial de cien stas, um é o valor estabeleci- total do órgão”. do, o homem de posição e pres gio A fala é o exemplo mais óbvio (Darwin, Chomsky), que foi ultrapassado e quase caiu de seu pedestal pelos de um poder inexplicável em termos argumentos do pesquisador de campo de seleção natural. Apenas um projede menor pres gio (Wallace, Evere ), sta (ou designer) pode enxergar desconsiderado “papa-moscas”, na frase sa maneira, usando previsão e elaboração de um plano, o que levou Walde Wolfe. lace à sua visão Em 1858, Wallace deixou Dar- de design “protointeligente”, defenwin em pânico ao ir a público com uma dendo “o agir de algum outro poder”, teoria, que Wallace nha pensado de ou uma “inteligência superior” – a forma independente, enquanto estava “inteligência controladora” – na direem um desmaio por malária, no outro ção, para orientar a evolução. Darwin, lado do mundo. O “codescobridor” da por sua vez, foi reduzido a especular evolução por seleção natural veio de- de forma absurda sobre a linguagem pois rejeitar o poder, explica vo e ser uma extensão do canto dos pássaabrangente, da sua teoria e a de Dar- ros… win. E a questão foi abandonada até Chomsky, quando este entrou em Wallace mostrou, escreve Wolfe, que “a seleção natural somente po- cena na década de 1950 com sua próde expandir os poderes de uma criatu- pria noção de um “órgão de linguara até o ponto em que ela obtenha gem evoluído” escondido em algum uma vantagem sobre a concorrência, lugar no cérebro, porém ainda não na luta pela existência”. Além do mais, detectado. Conhecido tanto por essa “a seleção natural não pode produzir teoria como por sua polí ca “Radical qualquer órgão” especialmente desen- Chique” (famosa frase de Wolfe), volvido “que seria inú l a uma criatura Chomsky sen u seu campo in mida-
do quando olhou para trás e viu os “papa-moscas” deixarem o arcondicionado de seus escritórios para inves gar línguas ocultas em outras partes do mundo – lugares estes obscuros, inconvenientes, e a -higiênicos. A teoria de Chomsky reinou suprema até 2008, quando um “papa-moscas” chamado Daniel Evere , revelou uma linguagem primi va, a do Pirarrã, um povo da Amazônia que não dispunha de nenhum recurso linguís co desenvolvido, que Chomsky considerava universal. Deveria ser universal se um “órgão evoluído” fosse compar lhado, sendo responsável por toda a fala humana. A conclusão da pesquisa de Evere era que a expressão não é um produto da evolução; era, na verdade, um “artefato” de origem humana. O estudo da linguís ca foi jogado no caos. O próprio Chomsky, mesmo que vesse negado a existência de seu rival, foi obrigado a admi r, após dedicar décadas ao seu trabalho, que “a evolução da faculdade da linguagem permanece em grande parte um enigma”: “Em trinta anos, Chomsky nha avançado, par ndo de ‘estruturas neurais específicas, não tão bem compreendidas em sua natureza’ para ‘algum sistema bastante obscuro de pensamento que nós sabemos que está lá, mas que não sabemos muito sobre ele.” Dificilmente
entendere-
mos a linguagem de hoje, o que ela é, e ainda não há nada melhor que a explicação de Aristóteles, que
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Hendrickson rogers blog do prof. h. S u g e s t ã o
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No livro The Kingdom of Speech (O Reino da Expressão), o autor Tom Wolfe conta a história da queda épica da evolução. explicou-a como um sistema de “mnemônicos” – uma ajuda para a memória. O livro The Kingdom of Speech é breve, porém maravilhosamente escrito e muitas vezes hilariante. As partes sobre “o cão de Darwin” e a “visita aos Marcianos” de Chomsky (uma fixação de suas palestras), por exemplo, são deliciosos. O papel do pres gio social, não ciência, no registro da persistência de uma ideia é um tema em que ninguém é mais adequado para explorar do que Tom Wolfe. Ele conta como, no próprio Dia de Darwin, “as pessoas começaram a julgar uns aos outros socialmente de acordo com sua crença e não com base na grande descoberta de Darwin”. Wolfe, é verdade, não puxa o ga lho óbvio. Ele suplica modestamente para ser apresentado a Michael Denton. “Se a expressão é um artefato, como é que o homem adquiriu a capacidade de concebê-la e usá-la?” Como o Dr. Denton escreve em seu livro recente, Evolu on: S ll a Theory in Crisis (Evolução: Uma teoria ainda em crise), “as
capacidades intelectuais exaltadas e compar lhadas por homens e mulheres de todas as raças e acessadas somente através da linguagem, provavelmente não eram muito úteis na caça aos mamutes”. Ele escreve: “Um dos aspectos mais curiosos da evolução humana, que dá início a um desafio intrigante e ainda sem resposta à narra va darwiniana e funcionalista, é o fato de que todos os seres humanos modernos compar lham de todas as mesmas capacidades intelectuais mais elevadas. Isso significa, por incrível que possa parecer, que um cérebro capaz das proezas intelectuais de um Einstein, um Newton ou um Mozart já teria surgido nos nossos úl mos ancestrais comuns, há mais de 200.000 anos atrás [sic]. Tais habilidades intelectuais parecem absurda-
mente poderosas, muito além de ter qualquer u lidade concebível para caçadores ou coletores na savana ancestral e, portanto, também além de qualquer explicação funcionalista.” A linguagem, escreve Denton, o “homólogo de definição de po”, é “consistente com uma origem saltacional”. Em outras palavras, parece ter “saltado à existência”, ou “veio a exis r repen namente”, parndo de nenhum modelo primivo ou animal antes dele. Alfred Wallace, como sempre, apontou o caminho – um poder tal, que passa a exis r quando não poderia servir a um propósito evolu vo, só pode ser contabilizado como produto de design. Wolfe prefere deixarnos “puxar o ga lho” por nós mesmos. Fonte: David Klinghoffer, Evolu on News, 30/8/2016;
tra-
dução: Mauricio Mancuzo, via Criacionismo.
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Fotografia tirada prĂłxima Ă Praia do Gunga, em 2012, e faz parte do cervo do Instituto Alfabetacine. Postado no instagram do @alfabetacine.
Fotografia tirada em Massagueira, Marechal Deodoro, em 2015 ,e faz parte do cervo do Instituto Alfabetacine. Postado no instagram do @alfabetacine.
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P á g i n a
Elinaldo
Barros: provedor de sonhos
“O cinema é uma arte que nos diverte, emociona, educa e nos faz pensar”. Eluinaldo Barros
O professor e pesquisador-historiador do cinema alagoano, Elinaldo Barros, é crítico atuante desde a década de 1960. Organizou vários festivais de música, cinema e seminários de cultura. Produziu programas de rádio e TV e foi diretor do Museu da Imagem e do Som (MISA). Teve atuações na Ematur, Secretaria de Cultura do Estado, Teatro Deodoro, Museu da imagem e Som e na Secretaria de Educação do Estado, onde colaborou com Ranilson França. Suas obras: Panorama do Cinema Alagoano (1983), Cine Lux – Recordações de um Cinema de Bairro (1987) e Rogato – A Aventura do Sonho das Imagens em Alagoas (1994). Inspirou os documentários Contos de película, de Larissa Lisboa; O catador de fotogramas, de Pedro da Rocha e Um filme que passou em minha vida, de Lucciana Fonseca.
h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / a l f a b e t a c i n e
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P á g i n a
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Elicine: um olhar par a o cinema Homenageamos Elinaldo Barros com o heterônimo Elicine para demonstrar o nosso reconhecimento pela importância de sua participação na história do cinema em Alagoas. Para nós, Elinaldo não foi só um educador, pesquisador e historiador, um cronista, jornalista, crítico, mas também um exímio roteirista e produtor de cinema e que teve este espaço cerceado, rompido, impedido de se dedicar por diversas razões que não cabem a nós conjecturar. Talvez por isso, tenha transferido toda a sua vida a partilhar a beleza de sonhos exibidos nas grandes telas de cinema. Nós, do Instituto Alfabetacine, somos sementes frutificadas de olhares peculiares cheios de amor e paixão por esta arte. E Elinaldo Barros foi o maior provocador deste notável relacionamento de olhar destinado aos filmes por ele indicados e analisados de forma tão particular ao ver a beleza em cada gênero e linguagem cinematográficos.
Sessão de Arte no Cinema Knoplex (2012)
Sessão de Arte no Cinema Knoplex (2012)
“No meu último livro, faço um levantamento de grandes produtores e cineastas alagoanos na parte dicionário filmográfico. Celso Brandão, Aberval Fon, Mário Jorge Feijó, Joaquim Alves são pessoas que têm histórias tremendas como incipientes ao cinema alagoano. Ultimamente, com o surgimento do HD, com filme digital, a produção cinematográfica alagoana cresceu muito. E revelou pessoas maravilhosas e talentosas como Werner Salles, Pedro Rocha, Tato Sales e muitos outros que cito em meu livro Panorama do Cinema Alagoano.”
P á g i n a
E l i n a l d o
B a r r o s :
p r o v e d o r
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s o n h o s
maisena, cortava parte dela, colocava dentro os carretéis que eram os espectadores e, o gibi, eu ia lendo aquela aventura como bom narrador. Sozinho, passava a tarde toda brincando sem aperrear minha mãe. Foi assim, a minha primeira experiência em fazer cinema. 2)Vejo que é um homem de muitos verbos... O Sr já se viu como roteirista?
Neste primeiro momento, gostaria de que falasse um pouco do que o motivou a se apaixonar pelo cinema. 1)
O cinema na minha vida começou desde criança, na Ponta Grossa, onde morei. Passei quase 25 anos de minha vida neste bairro. Nasci, me criei, joguei bola, corri na rua, caí de joelhos, joguei ximbras. A Ponta Grossa foi meu grande palco de vida. E tinha um cinema maravilhoso que era o Cine Lux, que ficava próximo à minha casa. Toda manhã tinha uma matinal e papai deixava o dinheiro trocadinho, em ci-
ma do rádio, para eu comprar o ingresso de criança. Chegando lá, lembro que subia num caixão para comprar o ingresso, já que a bilheteria era muito alta. No Lux, vi muitos seriados, Cinturão kids, Batman e muitos filmes de Hollywood que fizeram a minha cabeça pelo mundo da fantasia, ao mundo dos sonhos. Tanto é que quando chegava em casa, eu pegava o gibi e fazia de suas histórias um filme, mostrando para uma plateia formada com carretel de linha. A minha mãe costurava e o carretel, quando acabava, ela juntava e me dava. Eu tinha dezenas delas. Daí eu pegava uma caixa de
Eu fiz um roteiro para um amigo meu que fez um documentário chamado Lourenço Peixoto, um grande pintor alagoano que morreu tempos atrás. Esse amigo fez um longa, a partir de sua crônica, e me mostrou Aberval Fon, que é um fotógrafo excepcional, aqui, de Alagoas. Quando ele me deu a crônica, eu trabalhava os três horários dando aulas, ao chegar em casa, às 10h, comecei a fazer o roteiro que era mais um guia de orientação das filmagens, já que um documentário pega-se muita coisa na hora. O filme foi feito e, quando pronto, participou do festival de cinema em Penedo. Foi o grande elogio que recebi na minha vi-
P á g i n a
da com o cinema, porque foi meu único roteiro, foi o de Luis Carlos Barreto, grande produtor de cinema brasileiro, que, na época, estava aqui em Maceió, numa noitada de cinema promovida por Juarez Gomes de Barros, na casa dele, quando disse, “que roteiro bonzinho”, pra mim, isso foi o máximo, já que o elogio partiu de um grande nome do cinema brasileiro.
documentário Lourenço Peixoto, que era um filme que eu poderia ter uma cópia, a matriz foi cedida a UFAL, que infelizmente, extraviouse. Isso causou uma dor muito grande nos realizadores que focalizava uma figura queridíssima, artista plástico de renome, veteraníssimo, que já estava bem idoso, beirando os 100 anos, que faleceu quando fizemos o filme.
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Capa do livro Panorama de Cinema Alagoano, 2 edição, (2012)
5) Qual o seu olhar para os novos produtores do cinelentosas como Werner ma alagoano? Salles, Pedro Rocha, No meu último livro faço um Tato Sales e muitos oulevantamento de grandes tros que cito em meu produtores e cineastas ala- livro Panorama do CineParticipei como organizador goanos na parte dicionário ma Alagoano. do evento e das listagens de filmográfico. Celso Brandão, filmes, fiz parte do corpo de Aberval Fon, Májurados, fiz seleção de filmes, rio Jorge Feijó, Joeu atuava em todas as ver- aquim Alves são pessoas que têm tentes do Festival. histórias tremen4) O Sr tem posse de cópias das como incipide alguns destes filmes entes ao cinema alagoano. Ultimaapresentados no Festival? mente, com o surNão. Porque quando eles gimento do HD, chegavam a Maceió, no tér- com filme digital, a mino, iam embora. Os realiza- produção cinemadores de Alagoas, Pernambu- tográfica alagoana co, Paraná, Rio de Janeiro cresceu muito. E com seus promotores envia- revelou pessoas vam de volta. Até mesmo o maravilhosas e ta3) Qual foi a sua participação no Festival de Cinema em Penedo, além de, em uma das edições, ter sido roteirista em um dos filmes exibidos?
Entrevista realizada em 2009, no Cinema Pajuçara.
P á g i n a
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C E S M A C H O M E N A G E I A E L I N A L D O B A R RO S C O M C I N E M A T E C A E L A N Ç A A 2ª E D I Ç Ã O D O L I V R O P A N O R A M A D O CINEMA ALAGOANO
A noite de 6 de agosto de 2010 foi o marco na trajetória do cinema alagoano. A surpresa e deslumbramento do homenageado, Elinaldo Barros, conseguiu reunir pessoas ilustres e deixar a sala do Cinema Pajuçara lotada, como sempre quis o homenageado. O lançamento do documentário O Catador de Fotogramas, de Pedro da Rocha, atraiu os cinéfilos e apreciadores do trabalho que Elinaldo exerceu ao longo de sua vida como crítico de cinema e divulgador do cinema de arte em Alagoas. Apesar de o filme não contar com uma narrativa linear relatando a trajetória tal como ele viveu, como todos esperavam, é inegável a importância histórica proporcional ao momento que floresceu como um marco na história do cinema alagoano. Os poucos minutos em que Elinaldo apareceu no documentário-reconhecimento valeram os tantos dos críticos e formadores de opinião que insistiam em assinar que, de fato, Elinaldo é patrimônio vivo e autor de olhares para a cultura em Alagoas. O momento foi palco também do lançamento da 2ª edição do livro Panorama do Cinema Alagoano, que teve o auxílio inestimável de Larissa Lisboa.
A Faculdade de Educação e Comunicação do Cesmac também inaugurou, 26 de agosto de 2010, a Cinemateca Prof. Elinaldo Barros. Ela funciona no auditório da Fecom, equipado com telão e projeção fixos. O documentário O Catador de Fotogramas, de Pedro da Rocha, foi a primeira exibição da Cinemateca, que também foi palco do lançamento da segunda edição do livro Panorama do Cinema Alagoano.
Elinaldo lecionou português no Colégio Guido de Fontgalland, de 1970 a 1998, e a disciplina Cinema, no Centro de Ensino Superior de Maceió (Cesmac), de 1978 a 2009.
P á g i n a
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m o m e n t o d e h o m e n a g e m a E l i n a l d o B a r r o s f o i o m a r c o n a h i s t ó r i a d o c i n e m a a l a g o a n o .
Momento emocionante em que Elinaldo declara no palco sua paixão pelo cinema, ao lado de sua família, após a exibição do doc. feito em sua homenagem. Elinaldo Barros fazia do cinema o melhor momento onde se divertia e dialogava com família e amigos. Depois fez dessa rotina profissão, buscando sentido nos momentos de alegria tão passageiros.
Acometido do Mal de Parkinson, teve que deixar a sala de aula, espaço onde compartilhava de suas histórias e novas experiências.
P á g i n a
Coluna crítica em
Última Palav r a
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P á
Coluna crítica em
Última Palav r a
*Periódicos fazem parte do acervo particular de Elinaldo Barros
P á g i n a
C a d e r n o
d e c i n e m a : o s f i l m e s M a r e n M i r e l l a
Com muita dedicação e amor, Elinaldo dedica seu tempo nesses diálogos de família por meio do cinema.
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Documentário Um filme que passou em minha vida O documentário Um filme que passou em minha vida, produzido em 2012, surgiu como projeto experimental de estudo em Comunicação e Linguagem no audiovisual (CESMAC), cujo foco foi promover a reflexão dos registros sociais que marcaram a trajetória do cinema em Alagoas. O doc. dá ênfase aos Festivais de Cinema em Penedo, contextualizados pela consciência política, configuração de identidades e luta pelo poder. O doc. apontou três fases de importância em seu registros sociais: a 1ª fase deixados por Guilherme Rogato, dando ênfase a excessivas produções das obras cinematográficas locais; a 2ª fase, para as oito edições dos Festivais Brasileiros de Cinema em Penedo, com exibições de produções de filmes nacionais e locais ; e a 3ª fase, decadência de produção local por falta de interesse político e público. O trabalho conceituou a interferência do social à
produção audiovisual cujos valores refletiram no processo criativo com forte interferência da política no contexto alagoano. Da mesma forma em que se deu ao construir este documentário: a presença de muitas dificuldades de acessos aos filmes produzidos ao longo das décadas, por não estarem mais em acervos públicos como Ufal, Museu Imagem do Som, Arquivo Público e Biblioteca Pública, mas, provavelmente, em acervos particulares. Muito diferente e ao contrário do que acontece em outros Estados que valorizam a manutenção do legado histórico dando a todos acesso às obras locais. Por conta disso, apelamos para registrar as falas de testemunhos de pessoas que parti-
Solange Lages foi a idealizadora dos Festivais de Cinema em Penedo.
ciparam, ativamente, do momento histórico dos Festivais de Penedo, desde o criador do evento, pessoas da comissão e produtores locais. No mesmo ano, em 2012, o documentário Um filme que passou em minha vida, disponível no canal do youtube Alfabetacine, teve a sua divulgação na 3ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano e no II Festival de Cinema Universitário de Alagoas. Apesar de tudo, tivemos a oportunidade de mostrar, na imensa tela, o nosso primeiro filme experimental, com linguagem própria, embora amadora, por quem nunca havia tido experiência na produção de cinema. A dificuldade de finalização fez com que aprofundássemos no conhecimento prático, a fim de repassar a experiência ao jovens interessados nesta arte. A partir dai, surgiu a ideia de fundar o Instituto Alfabetacine. Celina foi a bilheteira dos cinemas em Penedo ao longo de décadas.
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Cenário do documentário Um filme que passou em minha vida
Hotel São Francisco sediou o cinema por décadas. Atualmente está desativado.
Registro de época (1970) - Acervo do Hotel São Francisco
Espaço interno da sala de cinema do Hotel São Francisco
Espaço interno da sala de cinema do Hotel São
A situação em que se encontravam em 2012 um dos cinemas que receberam tantos filmes que marcaram época.
Francisco
Teatro Sete de Setembro, que sedia o Festival de Cinema Universitário
P á g i n a
Cenário do documentário Um filme que passou em minha vida
Cenário que inspirou muitos cineastas. Vista exclusiva do Hotel São Francisco, Penedo, Alagoas.
Personalidades que estiveram presentes nos festivais. Fotos disponíveis no restaurante Forte da Rocheira. (2012)
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P á g i n a
P r o g r a m a ç ã o
C i n e m a
d a 3 ª M o s t r a S u r u r u A l a g o a n o e m 2 012
José Wanderley, Pedro da Rocha, Lucciana Fonseca, Iboh Rocha e Alexandre Rocha, na 3ª Mostra Sururu de Cinema alagoano.
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Debates após a exibição dos filmes, na 3ª Mostra Sururu de Cinema alagoano.
P á g i n a
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P e r i ó d i c o s p e s q u i s a d o s p a r a p r o d u ç ã o d o d o c u m e n t á r i o U m f i l m e q u e p a s s o u e m m i n h a v i d a – A c e r v o d o I n s t i t u t o H i s t ó r i c o d e A l a g o a s
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A importância do cinema par a a cultur a em Alagoas: impactos, referências e contextos, by
Não há dúvidas de que o cinema é fonte de informação, uma rápida ferramenta de comunicação e provocador de mudanças culturais. Lembro que aos 12 anos fui impactada ao assistir ao filme Memórias do Cárcere, cuja classificação era 14 anos, sem ser barrada pela censura. Até hoje sei que me modificou no modo de pensar para a situação política em que vivia. E imagino como o cinema vem ao longo dessas décadas influenciando sociedades... Em uma das últimas entrevistas que fiz, em 2016, a Elinaldo Barros, sobre qual
o seu olhar para o filme Os Dez Mandamentos, dirigido por Alexandre Avancini, com produção de Paris filmes e Rede Record, lamentavelmente, ele me respondeu que não havia assistido nem depositava interesse em assisti-lo. Preferia guardar na memória o clássico lançado em 1923 e, posteriormente, em 1956, por Cecil B. Demille. Daí me pergunto: o que levou um crítico de cinema tão motivador da cultura e produção local a rejeitar essa grande produção de escala internacional, que tem marcado e transformado a vida de tantos espectadores!
Acredito que um crítico precise pelo menos assistir para fazer uma crítica fundamentada. Enfim... o que aprendo com isso, é que a ferramenta cinema é mais uma arma travada e mani-
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A importância do cinema par a a cultur a em Alagoas: impactos, referências e contextos
puladora de conceitos, valores e ideias tão profícuo e lucrativo a ponto de as pessoas perderem a noção da guerra diária que enfrentam diante dos conflitos entre ética e moral. De certo que pergunto: o que motiva tantos jovens hoje a buscarem filmes pornográficos, violentos, incestuosos, e se identificarem tanto com o gênero? Será esse público fruto de uma referência contextual e conflituosa entre gerações¿ Seria este formato de sociedade o modelo de enquadramento e reflexo
de valores culturai? No contexto atual, a arte é principal fonte de expressão de pensamentos de interesse coletivo e o cinema não pode ficar pra traz. Portanto, é eficaz rever conceitos, valores e mais que prudente ousar à expressão de releituras dentro de uma perspectiva cristã, a fim de que possam ser renovados aspectos cruciais de encanto verdadeiro, ao que vem de forma leve, plena e pura toda a beleza que a arte expressa do coração.
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N o s s a
t r a j e t ó r i a
DOCUMENTÁRIO - 2012 - Penedo Alfabetacine: Direção, Roteiro e Edição Título: Um filme que passou em minha vida
FICÇÂO - 2013 - Alagoas Alfabetacine: Still, Making of e Assist. de Produção Título: Lixo - Direção e Roteiro: Paulo Silver
FICÇÂO - 2013 - Alagoas (SESC) Alfabetacine: Direção e Roteiro Título: Um verso passou por aqui (Poema adaptado de Maurício de Macedo)
DOCUMENTÁRIO - 2013 - Maceió - Ufal Alfabetacine: Direção, Roteiro e Edição Título: Autocuidado em Hanseníase (Projeto de Pesquisa Coordenado por Clodis Maria Tavares ) FICÇÂO - 2013 e 2014 - Pernambuco Alfabetacine: Ass. de direção, Ass. Produção, Continuidade, Still, Making of e Maquiagem Título: O Paletó (conto adaptado de Fátima Quintas) Roteiro Coletivo
Direção: Henrique Vieira
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t r a j e t ó r i a
DOCUMENTÁRIO - 2014 - ALAGOAS Alfabetacine: Direção, Roteiro e Edição Título: Tons de Vida
FICÇÂO - 2015 - Alagoas Alfabetacine: Direção e Produção Título: Agora Filho Sou Roteiro Coletivo
FICÇÂO - 2015 - Alagoas Alfabetacine: Direção e Produção Título: Água, Por Favor! Roteiro Coletivo
FICÇÂO - 2014 - Alagoas (SESC) Alfabetacine: Direção de Arte, Figurino e Maquiagem Título: Sinopse Direção e Roteiro: Wladymir Lima
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Q u e m
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s o m o s ?
Nossa Painel de Mídia desenhado por Alesson Almeida.
O Instituto Alfabetacine é um Instituição não governamental com ações realizadas desde 2012. Promove a cultura da paz, da tolerância e do respeito às relações humanas, servindo à comunidade com a educação e releitura cultural ao transmitir conhecimentos por meio do audiovisual nas diversas áreas de conhecimentos. Propõe usufruir da comunicação e de seus recursos: revista e filmes para realizar a transformação de pessoas em sua execução experimental,
exibindo, divulgando e produzindo filmes de curta, média e longa metragens. Pretende-se, com isso, contribuir para a liberdade de expressão, debates e diálogos contextuais das políticas e sociedades dentro de uma perspectiva autônoma; promover o resgate de identidade, sua cultura, o desenvolvimento artístico e a consciência de sermos nós e os alunos um agente transformador social. Por fim, propõe lazer, agregar novos valores, ajudar no melhoramento financeiro das famí-
A primeira sala adaptada para sonoplastia, faltando apenas revestimento acústico.
lias e resgatar a autoestima. A meta para 2018: encaminhar projetos com intuito de adquirir verbas para construir uma sala ampla para projeção, um mini palco para apresentação de peças teatrais, sala ampla para práticas de danças, laboratório para confecção de figurinos e customização, mini biblioteca, estúdio para gravação de som e espaço para construção de cenários para filmagens dos curtasmetragens. Além do amplo espaço aberto para exibição de filmes.
Sala da aula teorica para construção de roteiro.
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N O S S O B i b l i o t e c a
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A C E R V O e
H e m e r o t e c a
Leitura indicada: Cristianismo Puro e Simples O livro Cristianismo Puro
Lewis, nascido em 1898, na
e simples, do autor C.S. lewis,
Irlanda, foi ateu até 1929,
é um dos mais aclamados da
quando se converteu ao cristi-
literatura cristã. De fato, é uma
anismo e professor de Litera-
obra prima pela clareza das fi-
tura em Cambridge.
guras na linguagem e beleza
Lewis tem um vasto le-
de argumentos para expor sua
gado na apologética cristã: A
posição sobre a fé cristã. A
Abolição do Homem, Cartas
obra é uma coletânea das pa-
de Um Diabo a Seu Apren-
lestras proferidas na rádio bri-
diz, Milagres , O Problema do
tânica BBC, durante a Segunda
Sofrimento e o mais conheci-
Guerra Mundial, entre 11941 e
ca, psicanalítica e teológica do que influenciou o cinema 1944, porém ajustado para ser desprendida de religiosida- As Crônicas de Nárnia, que apresentado na forma impresde. Temas subliminares apresenta o cristianismo nusa. bastante instigante para ma abordagem fictícia. A leitura é de uma linquem vivia em um período Ficha Técnica guagem prática e acessível a Cristianismo Puro e Simples de conflitos armados. O livro Páginas: 300 leigos, e com riqueza de expofaz jus à sua fama. Editora: Martins Fontes sição filosófica (Direito Natural Bom lembrar que C.S. e Lei Moral), política, econômi-
Nosso projeto para 2018 é a criação de laboratórios de experimentação com linguagens focadas na cultura local. Além da pesquisa de campo com pessoas da comunidade, disponibilizaremos o acervo e laboratório de informática para leituras e construção de subprojetos ligados ao Projeto Maior, Carretel Cultural, cujo foco é criar novas linguagens e fazer releituras, dos acervos iconográficos de acordo com o contexto atual.
Acervo em local provisório, mas disponível à comunidade. Aceitamos voluntários para iniciarmos procedimentos de catalogação.
E s p a ç o
r e s e r v a d o p a r a s t o r y b o a r d
c h a r g e
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Arte é tudo aquilo que nos aproxima de Deus.
E s p a ç o
r e s e r v a d o
p a r a
m a r c a - a p o i a d o r e s
Alexandre Rocha Advocacia Allesson Almeida CD Mania Fábio Santoreli Igreja Ba sta El Shaddai Jocum Maceió Livraria Gêneses Ministério Ide Sem Fronteiras
Ministério Mari Lorite Miami Design Pastor Moisés Cavalcante (Programa Radiofônico da Rádio Farol Conhecendo a Deus) Sindicato dos Radialistas Alagoas
Claquete que idealizamos para nosso primeiro trabalho de evangelismo, realizado em 2014.
Edital Literário Editora Guarda-Letras Concurso Nacional Sou Escritor, Prêmio Leitura Audiovisual Brasil 2017 No papel, seus sonhos transformam vidas.
É com muita satisfação que convidamos você para participar do Concurso Literário da Editora Guarda-Letras. Período de inscrições: 01 de outubro de 2017 a 31 de março de 2018.
www.alfabetacine.wixsite.com/abcine Email: abcine.al@gmail.com wpp: (82)99922-2100 @Alfabetacine