Alfíssima #8

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ALFÍSSIMA

N OV O AL FA R O M E O J U NI O R

EM OZ I O NE S PO R TI VA*

* EM O Ç ÃO DES PO R TI VA Consumo do Alfa Romeo Junior elettrica (kWh/100km): 15.0 - 15.5; emissões de CO2 (g/km): 0. Autonomia elétrica (km): 410 - 398 de acordo com a diretriz da UE 1999/94. Valores determinados com base em testes oficiais em andamento prescritos pelo procedimento de homologação e medidos de acordo com o ciclo WLTP. Valores preliminares sujeitos a confirmação durante o processo de homologação. Os valores de consumo de energia podem variar dependendo das condições reais de utilização e de vários outros fatores. Para mais informações visite www.alfaromeo.pt.

Caros sócios e amigos,

Neste novo ano com a mesma dinâmica em vos fazer chegar a nossa oitava revista mantendo a qualidade e entusiasmo como se fosse a primeira edição.

Nesta edição um especial destaque para a comemoração dos 50 anos do Alfetta GT e os 70 anos da Giulietta.

Nas grandes novidades o lançamento do pequeno Alfa Romeo Júnior e outras noticias Stellantis

As entrevistas nesta edição foram ao sócio fundador do ARCP Orlando

Ferreira e ao sócio Jorge Vitor Santos.

Um resumo das habituais reportagens dos nossos passeios e convívios entre amigos alfistas sócios e não sócios que dinamizam o ARCP há mais de vinte anos.

Desejo a todos uma boa leitura desta última edição da nossa revista.

Votos de um Excelente 2024

Saudações Alfistas, Rui Bettencourt Editor da revista Alfíssima

Vice-Presidente da Direcção do Alfa Romeo Clube de Portugal

Encontro estático Faro

Em Faro realizou-se mais um encontro estático do Alfa Romeo Clube de Portugal, no Parque Lazer das Figuras, junto ao Fórum Algarve, numa manhã fria, mas sem chuva.

O 1º Alfista chegou de Castanheira do Ribatejo no seu Tonale Speziale, pelas 10h00 sendo seguido pelos restantes alfistas, totalizando 10 alfa Romeo e cerca de 23 Alfistas.

O grupo foi transportado às 11h00 num autocarro cedido pela “Próximo” de Faro até ao centro histórico onde foi acompanhado pelo Dr Luís Santos do Museu de Faro que encantou os presentes com dados históricos de Ossonaba que muitos desconheciam e passamos em

Encontro estático no Estoril

O primeiro estático deste ano realizado nos Jardins do Casino do Estoril no dia 3 de Março organizado pelo ARCP recordou e deslumbrou todos os participantes que participaram pela primeira vez neste local assim como os já repetentes de edições anteriores realizados neste mesmo espaço já a alguns anos. Apesar do tempo pouco convidativo, com alguma chuva não desencorajou os nossos alfistas a participarem com os seus belos clássicos Alfa Romeo assim como modelos mais recentes que abrilhantaram o nosso evento estático. Tivemos em exposição cerca de 30 Alfa Romeo, sendo alguns clássicos e modelos nas suas versões mais actuais.

O convívio terminou com um excelente almoço no Restaurante Mandarim ao qual não queremos deixar de agradecer ao Senhor Carlos Botica, pela sua disponibilidade e acompanhamento no nosso evento.

Encontro estático Braga

No dia 3 de março de 2024 abriu oficialmente o calendário de atividades do Clube Alfa Romeo de Portugal, com estáticos a decorrerem simultaneamente em Braga, Estoril e Faro. O local escolhido voltou a ser o Bom Jesus do Monte em Braga, património da Humanidade, primeiro pela beleza paisagística e histórica que encerra, como pela bênção dos automóveis que por sua vez foi um sucesso no estático anterior.

No evento, com um cariz solidário, os participantes eram convidados a contribuir com um donativo para a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

O Estático decorreu uma vez mais junto à colunata, onde se concentraram os carros e, os amantes da marca

Alfa Romeo tiveram oportunidade de conviver, partilhar experiências. Em exposição estiveram cerca de 24 carros, desde os clássicos aos mais modernos, dos quais se destacaram entre os clássicos o Alfa Romeo 75, o Alfa Romeo Giulietta do ano 1984 e o Alfa Romeo Sprint Quadrifoglio de 1987, modelo que foi inclusive certificado na semana do evento pelo Museu do Caramulo. Já no que respeita aos modelos mais modernos, estiveram presentes um Alfa Romeo Stelvio, o Alfa Romeo Giulietta edição Maserati, que esteve também no primeiro estático e um Tonale. No entanto, o destaque vai para o Alfa Romeo 4C Spider, que encantou não só os Alfistas, mas outros visitantes que passeavam pelo Bom Jesus. Por volta das 11h os participantes desceram os escadórios que conferem uma beleza ao local e que levam todos os dias sobretudo em época alta milhares de turistas e também caminhantes a visitá-lo. Nos escadórios destacam-se as capelas que representam a vida de Cristo até à sua morte, a arquitetura barroca, e o que quase nunca ninguém repara no Largo dos 5 Sentidos, as fontes que formam

um cálice. De seguida, subiram no Ascensor, um ícone centenário, que é movido a água e onde é possível ao longo da viagem apreciar a paisagem natural.

As condições climatéricas mantiveram-se estáveis e permitiram a bênção dos automóveis pelo Reitor João Paulo Alves por volta do 12h. Contudo, agravaram-se após a mesma e os participantes começaram a ir embora. Ainda assim, o estático foi um sucesso, sendo que a adesão superou as expetativas e o feedback foi bastante positivo, uma vez que apesar das condições previstas os Alfistas fizeram questão de estar presentes no estático e garantiram presença em futuros eventos do

Encontro estático Lisboa

Os alfistas presentes no encontro, vindos de locais diversos como Lisboa, Viseu ou Góis, visitaram uma das zonas emblemáticas da "cidade dos estudantes" , marcando presença na Rua Larga, junto à Faculdade de Medicina.

Os cerca de duas dezenas de aficionados da marca de Arese conviveram e desfrutaram dum aperitivo enquanto apreciavam as belas máquinas , dos clássicos aos mais modernos, passando pelos super desportivos.

Os voluntários da Liga Portuguesa Contra o Cancro

presença regular acima das três dezenas de automóveis.

e recolha de donativos que acompanha, a nível nacional, os eventos do Clube Alfista de Portugal. Houve lugar a dois momentos culturais , como a visita ao Museu Machado de Castro e ao vasto património que nele encerra e , tratando-se de Coimbra, nao faltou a actuação de Tuna Académica da Faculdade de Farmácia como forma de concluir este belo encontro.

Agradecemos aos alfistas da zona centro que começam a aderir cada mais aos estáticos do ARCP, á LPCC, à Câmara Municipal de Coimbra pela continuada colaboração e ao Concessionário MCoutinho Centro que marcou presença com alguns modelos da gama.

De 25 a 28 de Abril decorrerá o Passeio Minho e Galiza e os "cuore sportivo" regressam à rua Larga a 5 de maio prometendo uma manhã em família com Coimbra, a Universidade e os clássicos italianos no programa.

Encontro estático Porto

“Encontro Alfa Romeo expõe Alfa Romeo no Terreiro da Sé e caminha à descoberta do antigo burgo de Dom Hugo.

As mais belas máquinas da mítica Alfa Romeo estiveram reunidas no Terreiro da Sé domingo passado. O encontro resultou numa exposição temporária de quarenta e quatro (44) automóveis que preencheu o histórico e emblemático local das 10h às 12h30 deslumbrando os peregrinos, turistas e portuenses na manhã solarenga.

Alfistas e as famílias caminharam pela rua de Dom Hugo, Ponte Luís I, escadas do Codeçal e das Verdades reencontrando-se com a sua cidade numa permanente descoberta.

O edil portuense Rui Moreira divulgou o encontro na sua página oficial do facebook e potenciou o sucesso da

iniciativa (recorde de viaturas, famílias e participantes, donativos para a Liga, interações com estrangeiros, redes sociais 264 000 contas atingidas), Além disso, e pela primeira vez nos 22 anos do Clube, o Porto teve um encontro mais participado que Lisboa.

A paisagem ribeirinha e a imponência monumental da envolvente geraram uma contagiante energia e boa disposição bem visível na fotografia de grupo que encerrou o evento.

O Alfa Romeo Clube de Portugal enaltece a distinção com que o Presidente Rui Moreira honrou o ARCP e agradece a colaboração da Ágora – Cultura e Desporto, E.M., o apoio da C.A.M. (concessionário Alfa Romeo) e a presença da Liga Portuguesa Contra o CancroNúcleo Regional Norte..

Encontro estático Setúbal

Numa manhã marcada pela presença de poeiras no ar, um vento persistente e a ausência do sol, Setúbal acolheu, no passado dia 24 de Março, um evento que, contra todas as expectativas meteorológicas, se revelou um encontro memorável para a comunidade Alfista. Organizado com a inestimável ajuda de Rui Palmela, o encontro estático do Alfa Romeo Clube de Portugal teve lugar no emblemático Largo Zeca Afonso, transformando este espaço num ponto de encontro onde a paixão pelos Alfa Romeo uniu mais uma vez os seus fervorosos admiradores.

Mais de três dezenas de Alfa Romeo, uma mescla harmoniosa de modelos clássicos e contemporâneos, ocuparam o largo, despertando a curiosidade e o interesse não só dos Alfistas mas também de transeuntes que se viram atraídos pela beleza e singularidade de cada veículo. A diversidade dos modelos expostos foi um testemunho vivo da rica história e inovação que a marca Alfa Romeo representa no mundo automobilístico. Apesar da meteorologia menos convidativa, a chuva decidiu não marcar presença, permitindo que o convívio se desenrolasse com a alegria e camaradagem que caracterizam estes encontros. Entre conversas animadas, trocas de experiências e histórias sobre viagens e aventuras vividas ao volante dos seus Alfas, os

participantes partilharam não só um espaço mas também um sentimento de pertença a uma comunidade única que celebra mais do que uma marca: celebra uma verdadeira paixão.

O Largo Zeca Afonso encheu-se, assim, de vida e de histórias, cada carro contando a sua própria através das marcas do tempo e do brilho nos olhos dos seus proprietários. Foi uma manhã de celebração Alfista, onde a admiração pelos veículos se estendia aos valores e à história que cada um deles carrega. A presença de modelos mais recentes lado a lado com os clássicos ofereceu uma visão completa da evolução da marca, enquanto a interação com o público geral reforçou o reconhecimento do valor cultural e histórico dos Alfa Romeo.

Este encontro em Setúbal, mesmo sob condições meteorológicas adversas, reafirmou a força e a coesão da comunidade Alfista em Portugal. Demonstrou que, independentemente do tempo, o entusiasmo e a paixão pela Alfa Romeo são inabaláveis. Mais do que uma simples reunião de entusiastas, foi uma celebração da arte, da técnica e, acima de tudo, do espírito que define ser um Alfista. Já aguardamos, com expectativa, o próximo encontro, certos de que, venha chuva ou sol, a paixão pelos Alfa Romeo nos unirá novamente.

Braga, onde as máquinas que iam participar no evento alinharam para uma foto de grupo, após um pequeno-almoço oferta. Partida dada e caravana a caminho de Ponte da Barca por estrada nacional e onde paramos junto à ponte para um café e esticar as pernas, seguimos para Ponte de Lima com o tempo de sol e calor que embelezava as paisagens por vezes com vistas para o Rio Lima.

Chegados a Ponte Lima o movimento era forte de turistas, o parque junto ao rio tem sempre aquele encanto que Ponte de Lima tem. O almoço decorreu no Restaurante Porão Limiano, boa comida, belo serviço e cuja rapidez nos permitiu mantermo-nos dentro do horário previsto.

Pelas 14h30 partimos em direcção à Galiza, passamos a fronteira em Vila nova de Cerveira, seguimos junto ao Mar pela nacional 552, tendo parado no belo Mosteiro de Santa Maria de Oia, onde conseguimos belas fotos tanto do Mosteiro em si como da enseada onde este se encontra.

Pelas 17h00 continuamos rumo a Baiona, sempre pela estrada junto ao mar e o tempo começou a piorar, do calor e sol de Ponte da Barca, passamos para alguma

foi o nosso guia nas visitas a duas fabulosas colecções particulares existentes em Vigo. Uma delas era algo digno de um qualquer grande museu automobilístico, com peças raríssimas tanto de estrada, como por exemplo a série completa dos Grupo B com a versão competição e de estrada. Nesta colecção o tempo parou e foi um dos momentos altos desta viagem. Seguidamente visitamos outra colecção, desta vez mais centrada em modelos da Porsche, sobretudo series exclusivas com exemplares muitíssimo raros.

Seguimos escoltados pela Scuderia Galícia até ao Hotel Attica21 em Vigo, uma unidade hoteleira de elevada categoria, onde realizamos um jantar com a presença de vários elementos da Scuderia da Galícia, aos quais agradecemos a hospitalidade.

Dia 26 Abril, o dia nasceu cinzento e a ameaçar chuva, atravessámos Vigo, uma cidade industrial e cinzenta em direcção a Pontevedra, as estradas eram divertidas de fazer e a paisagem deslumbrante, a momentos chovia. Uma paragem em Sanxenxo para uma cafezinho e dois dedos de conversa. Seguimos para Padron e para a sua Fonte do Carmo. Neste troço a caravana dividiu-se tendo havido quem tivesse feito um caminho alternativo

ao ter sido enganado pelo GPS e feito a rota de volta ao Hotel de Vigo, felizmente o erro foi detectado a tempo de evitar atrasos maiores.

Em Padron almoçou-se e visitamos a Catedral de Santiago Apóstolo de Padron, mas era feriado local a a maioria dos espaços estavam encerrados. O próximo destino era Santiago Compostela, onde visitamos a Catedral de Santiago e o centro da vila, pelas 18h00 começou a chover de novo e partimos rumo às termas

houve danos, tirando musgo e lama no lip frontal do SUV 4C. Houve muita entreajuda e companheirismo e este episódio tem vindo a ser comentado desde então. Castro laboreiro para um café e contar a epopeia, visita a um canil de cães locais, de salientar que o frio era muito e ainda havia neve que tinha caído durante a noite e partimos para visitar as ruínas de “Aquis Querquennis” que todos surpreendeu, pois é uma maravilha dos tempos romanos desconhecida pela

A “cidade berço” acolheu o Encontro Estático de Guimarães no Campo de São Mamede.

Foi a imponência do Castelo que emoldurou cerca de três dezenas de Alfa Romeo numa exposição que incluiu os participantes do Passeio Minho e Galiza.(terminaram quatro dias de muitos quilómetros na rota transfronteiriça).

Na manhã de 28 de Abril o Arqt Abel Cardoso foi um orador cativante e um altíssimo representante do

intenso e apaixonado trabalho da Grã Ordem Afonsina e, graças à sua enérgica intervenção colocou Dom Afonso Henriques no centro do debate e das conversas dos alfistas presentes (que serão reforçadas no Passeio Douro Eterno de 08 a 10 junho).

O Alfa Romeo Clube de Portugal agradece o apoio da Stock-Car (concessionário Alfa Romeo) e a presença da Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Regional Norte.

Encontro estático Lisboa

A 5 de maio o Alfa Romeo Clube de Portugal - Clube Alfista de Portugal realizou o 2.º Encontro Estático de Lisboa com apoio da Junta de Freguesia de Carnide no Jardim da Luz enquanto em Coimbra o encontro decorria na rua Larga.

Obrigado a todos os que, apesar da chuva,. se mobilizaram gerando bons momentos de convívio.

O ARCP agradece a presença do Rei do Moscatel e o apoio da Junta Carnide.

Encontro estático Coimbra

Numa manhã de domingo pouco soalheira e convidativa a passeios, ainda assim os corajosos alfistas disseram "presente" na zona alta de Coimbra.  Nem a ligeira chuva e vento que se fez sentir afastou os quase 20 participantes que se deslocaram até Faculdade de Medicina ( Rua Larga).

Mais uma vez , um lote bastante eclético de modelos, desde os modernos Giulia e Tonale aos mais antigos GTV (916) sem esquecer o icónico Giulia Q.  Após uma manhã de salutar convívio , os "alfisti" rumaram á Faculdade de Direito, "ex libris" da cidade, para a foto de grupo na sua  emblemática escadaria.

Encontro estático Olhão

12 maio, mais de uma dúzia de Alfistas estacionam em frente do clube Naval de Olhão

apontamentos culturais deveras interessante terminando o passeio com uma visita ao museu

Bentley, apareceram “influencers” digitais que atraíram muita atenção do publico mais jovem e estava um encontro muito animado, com largas centenas de visitantes.

Quando o “nosso” Rui Palmela acordo o V6 Busso 3.2 24V do seu 156… foi como um toque a reunir, e os visitantes invadiram o nosso espaço a tal ponto que os organizadores pediram que ele desligasse o carro, para evitar que o resto do certame não ficasse vazio.

Pelas 13h00 houve o tradicional almoço convívio

O número de sócios transmontanos está a crescer e a presença assídua de alguns está a aproximar muitos. Com o Circuito Internacional de Vila Real no pensamento e agendado novo encontro para 29 e 30 de junho no Jardim da Carreira foi tempo para a fotografia final e a despedida.

O Alfa Romeo Clube de Portugal agradece o apoio e presença da Câmara Municipal de Vila Real da Liga Portuguesa Contra o Cancro - Delegação Vila Real.

Encontro Nacional Espírito Al sta em Valada do Ribatejo

O passado dia 18 de Maio de 2024 fica gravado na memória dos entusiastas da marca do biscione, que se reuniram em Valada do Ribatejo para celebrar o 3º Encontro Anual do Espírito Alfista – Núcleo Oficial do Alfa Romeo Clube de Portugal (ARCP). Apesar de o dia ter começado cinzento, nem mesmo as nuvens carregadas conseguiram afastar quase uma centena de Alfistas determinados a partilhar a sua paixão por esta icónica marca italiana.

A manhã começou com a chegada dos primeiros participantes ao Parque de Merendas de Valada do Ribatejo, gentilmente cedido pela Junta de Freguesia local. O ambiente estava eletrizante, com mais de 40 Alfa Romeos alinhados, prontos para serem admirados. Entre os modelos presentes, destacavam-se clássicos imponentes como o Alfa Romeo 2000 GT Veloce, que fez as delícias dos puristas, até ao mais recente e tecnológico Alfa Romeo Tonale, representando a nova era da marca.

Os vários Alfa Romeo ali estacionados chamaram a atenção de muitos populares que passavam, fazendo perguntas e tirando fotografias. Foi emocionante ver como modelos de diferentes épocas conviviam harmoniosamente, ilustrando a evolução e a tradição da Alfa Romeo ao longo dos anos. Os olhares brilhantes dos proprietários, muitos dos quais partilhando anedotas e experiências, reforçavam o espírito de comunidade que caracteriza os encontros do Espírito Alfista.

Após o encontro inicial no parque, os participantes

Alfistas, todos unidos por esta paixão pelos seus automóveis.

O almoço foi um momento de verdadeira partilha, onde histórias sobre viagens, experiências ao volante e até mesmo aventuras nas pistas foram contadas com entusiasmo. A comida, típica e saborosa, foi a cereja no topo do bolo. O convívio prolongou-se tarde adentro, com brindes e votos de que este espírito de união se mantenha forte nos próximos anos.

Não podemos deixar de mencionar a presença em peso do Alfa Romeo Clube de Portugal, que mais uma vez demonstrou o seu empenho e dedicação na organização deste evento. Além dos membros do ARCP, tivemos também a participação de outros grupos de Alfistas, como o Alfa Romeo Team, enriquecendo ainda mais o encontro com a sua diversidade e paixão comum.

A Junta de Freguesia de Valada do Ribatejo merece um agradecimento especial pela sua colaboração e pelo apoio incondicional que tem dado ao ARCP. Sem o seu contributo, não teríamos um local tão perfeito para realizar o nosso encontro anual. Agradecemos igualmente ao Café-Restaurante "O Bairro" pela hospitalidade e por nos fazer sentir em casa.

O dia terminou com a promessa de que, em Maio de 2025, estaremos todos de volta a Valada do Ribatejo para o 4º Encontro Anual do Espírito Alfista. Até lá, os motores continuarão a rugir e o coração Alfista a bater forte, mantendo viva a chama desta paixão que nos une a todos.

Em resumo, o 3º Encontro Anual do Espírito Alfista foi

Passeio Douro Eterno

Eram 8h30 e já o Giulia da CAM sinalizava o local de concentração do Douro Eterno 2024 na Av D. Carlos I na Foz do Porto. Estacionamos e fomos recebidos por Carlos Moura chefe de vendas da CAM que nos deu as boas-vindas com particular simpatia e amizade. Assim que estavam reunidos todos os participantes, partimos pela marginal do Douro com as suas vistas deslumbrantes até ao Freixo de onde seguimos até Amarante. A ideia era visitar a a Ponte e catedral de São Gonçalo, havia feira no local e o tráfego era intenso. Esta paragem atrasou um pouco o programa, mas valeu a pena pois é um local muito bonito.

Seguimos por nacional para Mondim de Basto de forma a atravessarmos o Parque Natural do Alvão e as suas estradas municipais. Foram km de estrada enredada, mas de grande divertimento para os pilotos. Mais uma vez eramos bafejados com belas vistas como por exemplo na região das Fisgas de Ermelo. O divertimento terminou no restaurante miradouro de São Leonardo na Galafura que possui vistas fantásticas sobre o Douro. O almoço e serviço foram 5 estrelas e todos agradou.

Após o almoço seguimos em direcção a Sabrosa, para Favaios onde nos esperava uma prova de Favaios reserva e visita à Adega Cooperativa de Favaios. A visita foi muito interessante e permitiu descobrir elementos novos no vinho Favaios, a prova de vinho gerou forte interesse confirmado pela quantidade de caixas de vinhos que os participantes carregavam nas bagageiras dos Alfa Romeo.

De Favaios seguimos para Vila Flor onde pernoitamos no Hotel Rural & SPA Valonquinta, o Hotel tem belíssimas vistas e apesar de não estar calor, houve um participante que relaxou com braçadas na bela piscina.

Pelas 21h00 jantamos no restaurante D.Castro, cujo proprietário, Sr Castro, referiu que tinha possuído quando era mais novo, um Giulia Bertone GTV que lhe deixou grandes recordações. Neste jantar fomos presenteados com Pins de Vila Flor.

Alguns participantes ainda tiveram forças para sair na noite de Vila Flor, que teve a particularidade de no dia seguinte, ao irmos votar, reencontramos o staff do BAR a servir na Mesa de Voto.

Domingo, ainda aproveitamos as amenidades do Hotel até um pouco mais tarde tendo saído em direcção a Montalegre, mas alertados da existência do Festival da Cereja em Alfândega da Fé decidimos alterar um pouco o programa e fomos todos carregar os Alfa de caixas de cerejas, belíssimas cerejas.

Chegamos ao Castelo de Montalegre pelas 13h00, alinhamos em frente ao mesmo e fizemos a foto de grupo e alguns directos para as redes sociais, as vistas do topo do Castelo são fantásticas. Seguiu-se o almoço no Restaurante Estoril que nos recebeu de forma soberba, um repasto digno de realeza, entradas locais

maravilhosas e uma posta mirandesa que deixou saudades.

Desfrutamos tanto o almoço que saímos em direcção a Zamora, pela fronteira da barragem da Bemposta , já algo atrasados e sabíamos que não podíamos deixar à espera o Presidente da Fundação Afonsina de Zamora que nos ia fazer uma visita guiada à Fundação e à

Este trajecto foi uma delicia de condução, não havia trafego praticamente nenhum o que nos permitiu recuperar mais de meia hora à previsão de chegada dada pelo Waze. É de facto um privilégio termos maquinas de “Cuore Sportivo”… Chegamos a Zamora ainda um pouco atrasado, mas pouco e com enormes sorrisos nos rostos. Os comentários eram do tipo, não sabia que a 33 SW andava tanto, ou a Giulia Berlina ainda tem muita alma debaixo do capot, etc…

A visita à Fundação foi espectacular, sobretudo

uma sala privada e nos presenteou com um belíssimo jantar com iguarias locais. As conversas foram animadas, havia muito a discutir, desde o festival da cereja, à etapa entre Bemposta e Zamora que gerou várias pequenas histórias consoante o angulo de quem contava.

10 Junho, pequeno almoço no Parador e saída às 10h00 com previsão de chegada a Miranda do Douro às 10h00, algo só possível pela diferença horária entre os dois países.

!0h30 a caravana chega a Miranda do Douro para realizar o 1º Estático de Miranda do Douro, à nossa espera está Raúl Silva guia local que nos faz um filme ao

Encontro estático Miranda do Douro

O Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas celebrado a 10 de junho, recebeu os Alfa Romeo na Avenida Aranda del Duero.

Ao encontro estático compareceram os participantes do “Passeio Douro Eterno - Alto Douro Castela e Leão” a que se juntaram alfistas locais numa onda de entusiasmo e “cuore sportivo” que está a crescer para lá do Marão.

A visita guiada ao centro histórico foi orientada por Raúl Silva e os 500 anos do nascimento do nosso maior poeta foi sinalizado em mirandês.

O Alfa Romeo Clube de Portugal agradece o apoio da Câmara Municipal de Miranda do Douro.

Alfa Romeo vai à escola

O Alfa Romeo clube de Portugal marcou presença em Góis no dia da criança, na festa dinamizada pelo Município local .

Uma oportunidade para miúdos e graúdos verem uma selecção de modelos Alfa Romeo, bem como as suas versões digitais.

Pela mão de Vasco Anjos da " Digital Cartoon Cars",  os petizes ficaram a conhecer a caricatura automóvel e deram tambem eles largas á imaginação com desenhos sortidos para colorir.

Alfa Romeo no Cerejal

Conferência de imprensa de apresentação  ARCP em Góis 2024

No dia 12 de Junho, decorreu a apresentação á imprensa local e regional.

Foi dado a conhecer o conjunto de iniciativas do Alfa Romeo clube de Portugal que terão lugar no início de julho :

06/07/24 - Rota do Xisto  07/07/24 - Dia Alfa

06 e 07     - Exposição Mundo Alfa Romeo

O Município de Góis em conjunto com o ARCP, dissertaram sobre o vasto programa a ser desenvolvido e reconhecem a iniciativa como inédita na região centro , convidando todos a marcar presença.

automobilismo nacional

O Alfa Romeo Clube de Portugal (ARCP) esteve presente na 55ª edição do Circuito Internacional da capital transmontana num apelo à participação alfista e em claro apoio aos Alfa Romeo em competição.

No Jardim da Carreira e em co-organização com a Câmara Municipal de Vila Real foi preparado o parque exclusivo Alfa Romeo criando a 29 e 30 de junho uma exposição pública de beleza automóvel italiana.

A meio caminho entre a zona de assistência e o pódium de entrega de prémios o “rosso” apelativo da tenda ARCP esteve bem visível e sinalizado. Foi sob este toldo que as conversas alfistas foram decorrendo entre corridas, autógrafos, venda de produtos do Clube e espumante comemorativo.

Foi visível a animação Alfa Romeo e presença contínua da comunidade aficionada da marca do Biscione. Os sorrisos de Carlos Tavares (Administrador Executivo Stellantis), de Jean-Phillipe Imparato (Administrador Executivo Alfa Romeo) e de Carlos Lobo (Director da delegação local da Liga Portuguesa Contra o Cancro) e da equipa ARCP são o melhor testemunho do ambiente único (potenciado pela magia deste icónico circuito urbano).

Os pilotos Alfa Romeo estiveram em destaque e receberam fortes aplausos a cada passagem na Bancada Alfista (A4). - Hernâni Conceição em AR156 na Taça Legends 2000 e Bernardo Sá Nogueira/Joaquim Soares em AR 147 GTA Cup no Campeonato de Portugal Super Legends.

Assembleia Geral Ordinária 2024

Dia 15 Junho realizou-se a Assembleia Geral Ordinária de 2024, na Sede do Clube em Lisboa. A Sede foi pequena para receber mais uma vez vários associados, algo que revela a vitalidade do clube nesta fase. Sócios houve que vieram de Norte e Sul do país.

Todos os pontos da Ordem de Trabalhos foram aprovados sem qualquer voto contra. As contas revelaram-se robustas e suscitaram fortes elogios.

Os associados presentes foram interventivos e no final apresentaram um Voto de Louvor ao Presidente do Clube pelo trabalho, dedicação e esforço feito ao longo destes últimos dois anos e por conseguir igualmente criar uma equipa de trabalho com elementos em todo o país e robustecer as contas do Clube, o Voto foi aprovado por unanimidade e aclamação.

Dia de Itália

O ARCP participou na “Festa della Repubblica Italiana” a 02 de junho no Palácio do Freixo a convite do Dr. Paolo Pozzan, Cônsul Honorário de Itália no Porto, e que é um marco na cooperação entre as instituições.

A 04 de junho a celebração ocupou os jardins do Palácio Pombeiro tendo como anfitrião Sua Excelência o

convidou para a presença nas actividades alfistas nacionais.

Dia Nacional de Itália celebrado com marcas automóveis italianas históricas

Alfa Romeo, Maserati, Fiat, Abarth, Ferrari e Lamborghini marcaram presença nos 78 anos do referendo institucional que, a 02 de junho de 1946, decidiu adoptar a República como forma de governo para Itália. Além de exemplares clássicos e modernos estiveram também os representantes das marcas, da Stellantis e do Alfa Romeo Clube de Portugal.

Mensagem aos Sócios

Caros amigos,

Entramos no último semestre dos 3 anos de mandato, tínhamos compromissos eleitorais para consolidar o Alfa Romeo Clube de Portugal como um Clube Nacional, estruturado e de referência para os Alfistas nacionais do Algarve ao Minho.

Conseguimos passar a ter um calendário anual de eventos, que cobrisse todo o território nacional, com eventos dinâmicos e estáticos no sul, centro, Norte e interior do país, faltou-nos desenvolver actividades nas regiões autónomas.

Afirmamos o Clube como um importante organizador de eventos a nível nacional e mantivemos a tradição de realizar um Giro Alfisti Portogallo por mandato, e realizamos uma viagem ao estrangeiro ao participarmos nos Tribe Days do Museu Storico Alfa Romeo em Montlhery e nas 24h de Le Mans Classique.

Concretizámos eventos relativos a modelos em concreto como o Encontro Nacional dos Boxer em Palmela e reactivamos o Troféu Alfa que nestes dois anos que já decorreram bateu todos os recordes anteriores de participantes e pontuações.

Cimentámos a parceria com o Museu do Caramulo, com as certificações de veículos históricos e tornamo-nos no Clube monomarca mais representado no Motorfestifal do Caramulo e este ano em Gois na Expo Mundo Alfa o Museu quis estar representado com um stand.

Estreitamos relacionamento com a Marca em Portugal e sua rede de concessionários bem como com os altos cargos da Marca que nos visitam nos eventos internacionais onde estamos e com estes trocamos ideias para o futuro.

Desenvolvemos um projecto editorial, com a revista Alfíssima, que ultrapassou as nossas melhores projecções, sendo hoje uma revista de mais de cinquenta páginas com uma elevadíssima qualidade gráfica, fruto da parceria com a Blueturtle.

Captamos pela primeira vez na história do Clube, um patrocinador principal para o Clube que nos

permitiu dar robustez à tesouraria do Clube, com a qual pudemos realizar investimentos na estrutura do Clube e apoiar todos aqueles que nos ajudam no terreno a concretizar eventos com cada vez maior frequência, em 2024, estamos quase nas três dezenas de eventos no ano.

Renovamos e modernizamos toda a área digital do Clube, um website novo, que depois foi necessário remodelar e para o qual continuamos com vários projectos em desenvolvimento, hoje em dia já é possível aderir ao clube, inscrever-se em eventos ou comprar merchandising no website oficial do Clube, adquirimos uma plataforma de gestão das base de dados de associados do clube que continuamos a desenvolver.

Desenvolvemos as parcerias existente e criámos novas, seguros com condições muito vantajosas com a fidelidade e mais um novo parque junto ao Colombo, protocolos de pós-venda com alguns dos concessionários da Marca, nomeadamente com a CAM Porto.

Prometemos e implementámos um conjunto de acordos com plataformas informais digitais de fãs da Alfa Romeo, a rede de Núcleos Oficiais ARCP, no qual trouxemos para o seio do Clube grupos como o Espírito Alfista, Alfa Romeo Grupo de Portugal, Alfa 159 Pt, Alfa Romeo 33 16V/S16 Portugal, Clube Alfa Romeo Alfa Sud, Giulia 952 Pt entre outros, alargando a nossa visibilidade a mais algumas dezenas de milhares de Alfistas. Cumprimos com a implementação de uma gestão financeira rigorosa, apresentando sempre incrementos patrimoniais anualmente, robustecendo a Tesouraria para valores nunca antes registados nas contas do ARCP.

Prometemos e trouxemos de volta vários associados antigos, que tinham abandonado o Clube, mas que agora encontraram motivos para se reverem no nosso projecto, entre eles um dos Fundadores, Dr. Fernando Taborda, sarando assim de vez feridas antigas. Também conseguimos rejuvenescer a base

de associados, tendo mais do que duplicado o nº de associados activos desde que tomamos posse e baixando a faixa etária média do Clube, apresentando forte crescimento na região Norte onde multiplicamos por oito o nº de associados e no Algarve onde passámos de um associado apenas para mais de duas dezenas.

Criamos uma rede de polos de associados que apoiam a direcção a operacionalizar eventos nas suas regiões e actualmente recebemos pedidos para representarem o Clube nas suas terras. No dia de São João (e de aniversário Alfa Romeo) iniciamos o processo de candidatura a uma sede na cidade do Porto.

Criamos relacionamento com instituições relevantes e que catapultaram o Clube para níveis de representação que nos permitem estar em fóruns de decisão importantes para a concretização do plano de afirmação do Clube. Somos associados da Câmara de Comércio Italiana em Portugal (participando num universo de 6000 associados) e cooperamos regularmente com a Associazione Socio-Culturale Italiana del Portogallo Dante Alighieri , o Consulado de Itália no Porto e a Embaixada de Itália.

Por fim, estabelecemos a mais importante parceria, com o Marketing da Alfa Romeo Portugal. É com a marca que o Clube se afirma como Clube Oficial da Marca em Portugal, é com a marca que apresentamos actualmente um plano de Marketing anual que permite coordenar os planos de acção deles com os nossos, de forma que o Clube possa ter um apoio de longo termo e a marca uma equipa de apaixonados a colaborar em restaurar o prestígio do nome Alfa Romeo concretizando o mesmo em volume de vendas. Um apoio solido e constante da Marca, tanto em termos de projecto como de financiamento do mesmo, permitirá continuarmos este caminho, e honrar o legado iniciado a 24 de junho de 1910 em Milão.

Miguel Pereira da Trindade

Presidente da Direcção do Alfa Romeo Clube de Portugal

Entrevista ao Fundador

Orlando Manuel Palma Ferreira

Sócio Nº 1, 53 anos, Engenheiro Informático.

GTV6, que incluía um guestbook, ferramenta que veio a permitir a troca de mensagens com mais entusiastas. A

Foi uma ideia que se gerou espontaneamente durante esses meses no nosso pequeno grupo. Vimos que tínhamos condições para fundarmos um clube. Seria o primeiro clube Alfa Romeo em Portugal, dos poucos países na Europa que ainda não tinham um clube dedicado à marca!

A escritura foi feita no dia 27 novembro 2001 nos escritórios da Sociedade de Advogados em Lisboa do também fundador Fernando Taborda.

Nessa época não existiam redes sociais, pelo que a divulgação dos nossos eventos e passeios nas revistas de clássicos era fundamental. Aí muito devemos ao nosso amigo António Gil, diretor à época da revista Topos & Clássicos, que muitas vezes comparecia nos nossos passeios para posteriormente termos reportagens alargadas na revista.

Lembras-te como foi elaborado o nosso logotipo original?

O logotipo foi criado no antigo restaurante do João Paulo Martinho que também foi um dos fundadores do clube.

Durante o jantar, o Nuno Ferreira (também sócio fundador) desenhou na folha que servia de toalha de mesa, o esboço já muito real do que veio a ser o logotipo do clube.

Qual o principal motivo que levou ligar-te à marca Alfa Romeo?

Quando era miúdo o meu pai tinha um Alfa Romeo 2000 Berlina, carro que me fez despertar a paixão pela marca. Mesmo depois deste carro ter sido vendido, o interesse pela Alfa Romeo manteve-se, pelos seus modelos carismáticos e pelo envolvimento da marca no desporto automóvel, nomeadamente na Fórmula 1 e nos Turismos.

Qual foi o teu primeiro automóvel?

Foi um Opel Corsa GT vermelho!

Com este carro, e por ocasião dos oitenta anos da Alfa Romeo em 1990, onde a marca a nível internacional organizou uma grande viagem pela Europa, com início em Atenas na Grécia e que terminou em Lisboa no

Com o meu Corsa GT (vermelho…), juntei-me ao desfile no meio dos Alfas desde o Campo Pequeno até Belém, onde terminou a parada pela cidade de Lisboa. Foi épico para mim na altura!

Como nota do entrevistador: o Orlando que ainda não me conhecia tirou uma fotografia ao meu Alfa

tinham feito essa viagem pela Europa, e veio oferecer-me essa mesma fotografia 10 anos depois nos primeiros encontros do clube.

Qual foi o teu primeiro Alfa Romeo?

Foi o GTV6 que ainda o mantenho. A compra deste modelo foi motivada pelo gosto e emoções criadas pelo facto deste modelo ter participado nos vários

campeonatos de turismo nos anos 80.

Qual consideras o teu modelo da Alfa Romeo preferido de todos os tempos?

Até há uns anos era precisamente o GTV6. Atualmente é a Giulia Quadrifoglio.

Qual o teu carro de uso diário?

A minha Giulietta Quadrifoglio branca.

Actualmente a Alfa Romeo serve os propósitos do dia-a-dia, ou vês lacunas que deviam ser preenchidas?

Em termos de uso prático de todos os dias, a gama tem uma boa oferta, temos nomeadamente o Tonale e agora também com o novo Junior.

No entanto faltam neste momento na gama Alfa Romeo aqueles modelos mais específicos e que no fundo sempre ajudaram a criar o mito e a paixão pela marca, como os coupés desportivos e os cabriolets. Todos esperamos que venham a ser construídos em breve.

Vês na marca diferenças conceptuais que o tornam numa escolha óbvia, ou consideras apenas ser uma escolha pela paixão?

Atualmente, mesmo com as sinergias entre as várias marcas dos grupos, nomeadamente na Stellantis, a Alfa Romeo consegue diferenciar-se dos restantes concorrentes através de modelos muito específicos, como os Quadrifolglio, caracterizadas pelo seu elevado

nível tecnológico e altas prestações.

Qual consideras ser o panorama da marca no contexto histórico automóvel mundial?

A Alfa Romeo é hoje vista e reconhecida como uma das marcas com maior e melhor passado histórico nos seus 114 anos de existência, desde os supercarros, que hoje em dia valem milhões de euros, até aos desportivos mais acessíveis, bem como pelo seu glorioso palmarés em todas as categorias do desporto automóvel desde as estradas aos circuitos.

Tens alguma preferência, provas de velocidade ou ralis?

Gosto mais de provas de circuito e tenho muitas saudades quando a Alfa Romeo competia ao mais alto nível na Formula 1 com uma equipa própria.

Qual consideras o melhor piloto de todos os tempos?

Em cada época há sempre um piloto que se distingue de todos os outros e a história mostra uma mão cheia de pilotos de enorme nível, como Nuvolari, Fangio, Senna, Schumacher, Hamilton e agora Verstappen, para apenas referir no âmbito das provas de circuito de velocidade.

A título pessoal o que tens a dizer sobre este tema?

Fui fã do Riccardo Patrese desde 1984 e 85 quando foi

piloto da Alfa Romeo na F1 até 1993 quando terminou a carreira na Benetton. Neste caso particular destaco o ano de 1991 em que o italiano foi vice-campeão de Fórmula 1 e venceu o Grande Premio de Portugal com a Williams, prova que tive o gosto muito especial de assistir.

Qual consideras o melhor circuito, ou seja, o mais espectacular?

O mais espetacular é Monza, pela sua beleza e características, conhecido como o templo da velocidade. Há uns anos tive a oportunidade de dar umas voltas na pista aquando da celebração dos 60 anos da Autodelta. Todos nós temos um automóvel de sonho e sem limite de valores qual seria o teu?

Felizmente há poucos anos realizei o meu sonho em comprar esse automóvel: Giulia Quadrifoglio. Se me pedes para sonhar mais, então acrescentava uma Giulia

GTAm (a nova) de cor branca perola, para ficar ao lado da Quadrifoglio!

Recorda-me um momento marcante da tua vida como aficionado da Alfa Romeo?

Destaco a participação nas comemorações do centenário da Alfa Romeo em Milão em 2010. Foram 10.000 alfistas do mundo inteiro durante 3 dias entre Milão, Arese e Rho, juntos a festejar esse momento único. Foi realmente memorável!

Para terminarmos a nossa entrevista diz-me, tens algum hobby?

Então não tenho?! Tudo o que tem a ver com automóveis, nomeadamente os sempre agradáveis passeios Alfa Romeo com os amigos.

Orlandini, muito agradeço a tua disponibilidade para esta entrevista, que certamente será do agrado de todos os nossos amigos alfistas.

Entrevista ao Sócio

Logo que o clube se fundou em novembro 2001 tornei-me sócio do clube no início de 2002 sendo o número 35.

Tens alguma sugestão para melhorarmos o nosso clube?

Acho que devemos dinamizar muito mais a nossa Sede. Recordo os Cafés com pilotos e personagens ligadas ao mundo automóvel. Tive a oportunidade de conversar e conviver com antigas glórias do automobilismo de competição. Ficamos com a nossa bandeiras do ARCP e livro das visitas com imensas dedicatórias e autógrafos de tantas famosas personagens do automobilismo nacional.

Qual foi o teu primeiro automóvel?

Foi uma carrinha Citröen Ami 6 de cor verde-alface. Bem, como não poderia deixar de ser qual o primeiro Alfa Romeo que tiveste?

Foi um 1750 GT Veloce vermelho. Enfim foi realmente sol de pouca dura porque ao fim duma semana estava a devolver ao vendedor!

Adorei o Alfa logo que o vi pela primeira vez!

No restaurante perto do Marquês de Pombal aonde eu almoçava quase diariamente durante a semana, apercebi-me que o proprietário deste Alfa em conversa entre amigos disse que estava com vontade de vender o

carro. Aproveitei logo o momento e disse que estava interessado no carro. Negociei o valor e inclusivamente dei á troca o meu Honda Civic.

Regressei á minha casa e estacionei o Alfa na garagem, ainda quase a estrear o espaço, bem limpinho pois o apartamento também era novo.

No dia seguinte logo pela manhã dirijo-me á garagem e deparo debaixo do Alfa não umas pinguinhas, mas sim um autêntico lago de óleo! Vim a saber que o cárter do motor estava rachado!

Apercebi-me desde logo que o carro não foi estimado e acusava muitos maus-tratos pelo antigo proprietário. Tomei a decisão de devolver o carro que felizmente foi bem aceite pelo anterior dono.

Certamente ela terá compreendido que o Alfa estava em bastante mau estado, mas acabou por ser uma decisão correcta embora eu tivesse ficado triste por ter perdido um carro que tanto gostava Alguma razão para teres escolhido esse modelo?

Por ser um modelo que eu me apaixonei pelos seus interiores, o tablier era lindíssimo. Da gama Coupé Bertone considero este ser o mais interessante.

Qual consideras o teu modelo da Alfa Romeo preferido de todos os tempos?

Considero ser o célebre 33 Stradale de 67 o Alfa Romeo de sonho. Tendo em consideração os modelos mais recentes a escolha vai para o 8 C.

Sendo proprietário de um Alfa Romeo clássico, qual foi a razão para o teres escolhido?

Como já tinha referido, gosto muito das linhas e design do Coupe serie 105, apesar de gostar da grande maioria dos Alfa Romeo. As suas mecânicas continuam a ser muito evoluídas em comparação com a maioria dos automóveis actuais

Podes indicar quais são os outros modelos que tens ?

Para além do 1750 GT Veloce de 1971 da segunda série, tenho um Spider 2.0 ie de 1993, um 145 Boxer 1.7 16 válvulas de 1995 que utilizei regularmente e tem agora 189.000 Km, um GTV Coupé 2.0 TS série 916 de 2002. Para terminar um 156 versão 2.4 JTD de 2001 que já percorreu 358.000 Km revelando desde sempre a sua excelente fiabilidade.

Actualmente a Alfa Romeo serve os propósitos do dia-a-dia, ou vês lacunas que deviam ser preenchidas?

Sim, continuam a ser muito interessantes e com exclusividade, acompanham perfeitamente a concorrência das outras marcas.

Tiveste alguma aventura ou episódio que tenha ficado na tua memória relativamente a um automóvel que tenhas tido?

Foi fazer uma classificativa de Viseu do Rali de Portugal na minha Citröen Ami 6 e chegar ao fim com os quatro pneus furados, tal foi a descasca que levaram!

Vês na marca diferenças conceptuais que o tornam numa escolha óbvia, ou consideras apenas ser uma escolha pela paixão?

Paixão acima de tudo, é inquestionável que esta marca

se diferencia de todas as outras, embora hoje em dia já nem tanto. Os modelos estão muito iguais.

Como consideras ser o panorama da marca no contexto histórico automóvel mundial?

Manter o ADN da marca e manter a sua história viva Tens alguma preferência, provas de velocidade ou ralis?

Sem a mínima dúvida, ralis.

Qual consideras o melhor piloto de todos os tempos?

Ayrton Senna. Dos pilotos do passado da F1, o Fangio e Farina que foram campeões do mundo em 50 e 51.

Aprecio o Juan Manuel Fangio na forma como conduzia com toda a sua sensibilidade.

Qual consideras o melhor circuito, ou seja o mais espectacular?

Para já adoro troços de ralis, como exemplo os da Serra de Sintra e Arganil. Pista propriamente dita será Spa Francorchamps.

Todos nós temos um automóvel de sonho e sem limite de valores qual seria o teu?

O Jaguar Type E na sua versão roadster.

Qual o teu hobby ?

Presentemente é tomar conta dos netos e no futuro ter um espaço onde possa entreter-me com a manutenção e afinações dos meus Alfas.

Agradeço toda a tua simpática disponibilidade e desta forma teremos a oportunidade para os nossos leitores de melhor conhecerem um dos sócios mais antigos do nosso clube.

Abraço e saudações alfistas.

Rui Bettencourt

ALFA ROMEO GIULIETTA TIPO 750 E 101

70 ANOS

Basicamente os automóveis Alfa Romeo são sempre muito desejáveis, com mecânicas feitas com muita precisão aproveitando a vasta experiência desenvolvida nos modelos de competição.

A Giulietta, mais conhecida pela “noiva da Itália”, ficará na história da Alfa Romeo pelo crescimento da marca como fabricante de automóveis.

O sucesso do Alfa Romeo 1900, que terá sido o primeiro modelo a ser produzido em serie foi bastante considerável, mas ainda assim insuficiente para atingir o limite de produção da fábrica em Portello.

A ideia dum modelo mais moderno e económico já andava no ar há muito tempo, até porque a Alfa Romeo

necessidade de preparar umas rifas para serem sorteadas sendo o premio, o primeiro modelo a sair da fábrica.

Em agosto de 1952 estava decidido que seria um motor frontal com tracção posterior. O conceito do motor seria nada mais nada menos que o mesmo motor da Berlina 1900, projecto do engenheiro Orazio Satta Puliga, sofrendo apenas uma redução na cilindrada mantendo os quatro cilindros com dupla arvore de cames assentada com cinco rolamentos á boa tradição da Alfa Romeo. Aliás este mesmo motor sofreu desenvolvimentos e foi amplamente utilizado nas diferentes versões da Giulietta e Giulia. Os motores dos

terá sido quase pioneiro para um automóvel de produção ter um motor, com bloco, cabeça, caixa de velocidades e diferencial totalmente em alumínio para garantir uma redução de peso drástica. Esta versão 1300 produzia inicialmente 65 cavalos as 6000 rpm e em 1958 com a mecânica mais desenvolvida com um aumento de compressão, melhoramento nas saídas de escape e maiores válvulas foi possível obter 80 cavalos ás 6300 rpm.

Em cerca de um ano o primeiro protótipo foi lançado á estrada sendo uma versão coupe compacta, carroçaria monobloco desenhada por Franco Scaglione para a casa Bertone baseado no projecto original do Ivo Colucci. A silhueta tinha uma combinação de formas elegantes, bem proporcionadas transmitindo um ar muito desportivo. O Giulietta Sprint é uma das obras-primas da Bertone.

A linha é simples, elegante e bem proporcionada, podemos afirmar que sem dúvida alguma que é um dos mais bonitos coupés dos anos 50. A frente ecoa muito o 1900 Sprint Bertone, com entradas de ar em ambos os lados da grelha, ao estilo dum bigode na grelha. Para os dias de hoje, este Coupé era de facto de reduzidas dimensões com um comprimento de 3.98 cm, largura 1.52 cm e altura 1.32 cm.

A aerodinâmica tornou este modelo muito eficaz para provas de velocidade tais como a celebre Mille Miglia

O Salão Automóvel de Turim no dia 21 de abril 1954 o Giulietta Sprint é apresentado em azul claro e foi desde logo um sucesso com cerca de 2000 encomendas feitas pelos admiradores da marca, o que de facto era um número muito representativo para a época.

A Giulietta Sprint foi um marco importante na marca tanto pelo design como também pela performance acima da época comparativamente a concorrência.

A velocidade máxima era acima dos 165 km/h o que para um motor de 1290 cc era fantástico para os anos 50.

Em 1956 participou nas Mille Miglia tendo ficado nos três primeiros lugares na classe e em decimo primeiro, decimo segundo e decimo quinto da geral respectivamente.

Em Junho de 1958 é apresentada na pista de Monza a Giulietta Sprint da segunda serie.

Foi aumentada a potência dos 65 cavalos para 80 cavalos pelo facto de ter sido aumentada a compressão para 8.5:1 c, um melhoramento em toda a saída de escape e válvulas maiores.

A caixa de velocidades passou a ser sincronizada tipo Porsche e a bomba de gasolina foi deslocada para uma zona inferior.

A maior modificação terá sido a instalação dum motor de 1570 cc

O novo modelo deixou de se intitular Giulietta e passou a ser a Giulia Sprint oferecendo maior potência, cerca de 90 cavalos ás 6200 rpm. Além demais passou a ser standard a caixa de 5 velocidades

O 1600 Sprint foi descontinuado em 1964 tendo sido fabricados 7107 exemplares. Na boa verdade não terá terminado a história do Sprint porque terá sido relançado o modelo de 1290 cc,(74X75mm) com a designação Sprint 1300 em 1964 até 65 donde foram fabricadas 1800 unidades. Tornaram-se modelos muito apetecíveis e de utilização diária. Recordo que a produção se iniciou em 1954 e terá terminado em 1965 com uma fabricação de 24.084 unidades.

GIULIETTA SPRINT VELOCE (1956 - 1962)

A configuração normale da Sprint tornou-se tao desejável no desporto automóvel e houve uma necessidade absoluta para competir com os 356 da

Porsche em provas como a Mille Miglia e Targa Florio. O engenheiro Oratio Satta Puliga inspirado no trabalho já desenvolvido pelo Giuseppe Busso na versão de 1956. Houve desde logo a necessidade de fabricar um modelo mais leve, em italiano Allegerita ou light weight em inglês, Sprint Veloce (SV)

Estes modelos da casa Bertone eram montados á mão. O alumínio passou a ser utilizado em vez de chapa de ferro nas portas, capot e tampo da bagageira. Os vidros da janela traseira e laterais foram substituídos por plexiglas. Para ainda maior redução de peso os vidros das portas passaram a ser simplesmente de correr. abdicando de todos os elevadores e componentes que eram necessários. As baquetas eram mais finas e o banco traseiro foi retirado tendo apenas uma prateleira de suporte para o pneu sobressalente e ferramenta. Material de insonorização foi desprovido assim como ate o simples porta luvas. Desta forma conseguiu-se uma redução de peso na ordem dos 100 kg ficando o SV a

pesar apenas 780 Kg.

Os motores dos Sprint Veloce eram também montados á mão com tolerâncias mínimas, pistons mais leves, arvores de cames especiais e motor alimentado por carburadores Weber 40 DCO3.

O reservatório de combustível foi aumentado dos 56 para 84 litros, permitindo uma autonomia maior nas provas de maior distância, consequentemente mais paragens para reabastecimento.

Actualmente os Sprint Veloce são raros e muito desejáveis. Apenas foram produzidos 3.058 exemplares

A sua produção iniciada em 1954 a terminar em 1965 foram produzidos um total de 177.690 Giuliettas sendo 39.057 Berlinas, Berlina TI 92.728, Sprint Coupe 22.184, Sprint Veloce 3.058, Spider 14.300 Spider Veloce 2.796 e a Promiscua (Wagon) apenas 91 unidades.

Um verdadeiro sucesso de vendas para a marca.

Modelo
Ano

ALFA ROMEO ALFETTA GT (TIPO 116) 70

ANOS

Em 1974 a Alfa Romeo necessitava de substituir o Coupé Bertone Tipo 105, lançado em 1963 que já acusava algum cansaço dos anos, apesar de manter um “best seller” por parte dos clientes da marca, tanto mais que manteve a sua produção por ainda mais dois anos. Curiosamente o mesmo designer Giorgetto Giugiaro, que já tinha elaborado o original desenho do Coupé ao serviço de Bertone, manteve a elegância das linhas e agressividade e é apresentado o novo modelo Alfa Romeo. Mais longo que a serie 105, frente afilada e agressivo, guarda-lamas pronunciados, para-brisas muito inclinado e linha de cintura bem vincada.

A designação Alfetta recorda desde logo os primeiros campeões da Fórmula 1 os célebres Alfetta 158 / 159 nos anos 1950 e 1951, razão pela qual homenageia em pleno o novo modelo.

A plataforma e mecânica foi baseada na Alfetta Berlina 1.8 litros Tipo 116, apresentada em 1972, apenas com uma redução de 110 mm entre eixos, para encontrar

um set-up mais desportivo. Partilha a arquitectura da caixa transaxle da suspensão De Dion e travões disco onboard, junto ao diferencial, tao bem-sucedida nos Alfetta 158/159 da Fórmula 1. Esta conceção permitia uma distribuição de pesos muito equilibrada na ordem dos 50/50 frente/traseira permitindo uma estabilidade muito boa em curva e maneabilidade.

Obviamente houve a necessidade de resolver outros desafios como a distancia entre a caixa de velocidades e a manete ou alavanca para uma maior suavidade na troca das mudanças.

A carroçaria sendo um elegante coupé permitia sentar quatro adultos com algum conforto no banco traseiro e apesar da capota não ser baixa tinha 0.39 de coeficiente aerodinâmico.

O Alfetta GT é apresentado em 1974 apenas com o já conhecido 1.8 bialbero em italiano, significa duas árvores de cames a debitar 122 cavalos, que continuava a ser uma referência em termos de performance e

robustez. Em 1975 é lançado o GT 1.6 de 109 cavalos. A sigla GTV surge finalmente para a versão 2 litros com 130 cavalos também no ano 1975.

No final do ano 1980 o Alfetta GT sofreu um restyling e é apresentado o exclusivo GTV 2.0- Grand Prix numa única opção de cor o vermelho na carroçaria, para-choques e espelhos com jantes antracite, com painéis laterais com a faixa Grand Prix. Os estofos e painéis interiores em veludo preto e cinzento. No tablier foi colocada a respectiva placa com o número exclusivo da serie

Dado que esta carroçaria permitia continuar a desenvolver motores de maior dimensão foi proposto utilizar o bloco V6 “Busso” como ficou conhecido por ser da autoria do engenheiro Giuseppe Busso, motor que já tinha sido utilizado na berlina Alfa 6 dos finais dos anos 70 alimentado a carburadores.

Utilizou-se o potente V6 de 2.492cc, mas agora com o sistema de injecção de combustível Bosch L- Jetronic. A potência ficou-se desde logo pelos 160 cavalos ás 5.600 rpm e com um torque fabuloso de 21.7 kgm ás 4000 rpm permitindo atingir 205 km/h.

O GTV6 distingue-se facilmente das Alfetta de quatro cilindros pela protuberância no capot de modo a albergar um motor de maior dimensão.

Entretanto na Africa do sul para participar no campeonato de grupo 1 ou o antigo grupo N tiveram de serem fabricados no mínimo 200 unidades para competirem contra os concorrentes BMW 535 I que estavam em vantagem relativamente aos escassos 2.5 litros dos Alfa Romeo. Obviamente a vantagem da BMW diminui e os GTV6 3 litros venceram imensas provas como a prova internacional de 2 horas em Kyalami Lodge Group one class as 3 horas em Killarney com os dois primeiros lugares e novamente uma vitoria á classe nos 1000 Km do Campeonato do Mundo de

Endurance em Kyalami.

O GTV 6 3 litros foi considerado na África do Sul o automóvel de produção mais rápido fabricado no país.

Foi cronometrado a 224.2 Km/h!

Apesar de ter sido concebido como um verdadeiro estradista, o Alfetta GT alcançou muitos sucessos tanto em ralis como velocidade. Nos ralis o francês Yves Loubet obteve várias vitórias no Rali da Córsega em Grupo N e A. Em 1986 obteve um lugar da geral. Em Portugal o piloto Rufino Fontes destacou-se nas provas de velocidade nos inícios dos anos 80. A nível internacional em provas de velocidade venceu em 1982 o Campeonato Europeu de Turismo, batendo a BMW, Audi e Jaguar.

A Berlina Alfetta foi o último projecto do Dr. Orazio Satta tendo falecido dois anos depois em 1974.

A produção cessou em 1986 com 137.005 modelos nas suas variantes.

Foram produzidos (1974-1976) 21.947 Alfetta GT 1.8, (1976-1980) 16.923 Alfetta GT1.6, (1976-1986) 75.023

Alfetta 2.0 GTV, (1979-1980) 500 Alfetta GTV 2.0 Turbodelta, (1980-1986) 20 GTV V8 2.6 (1977) 22.380

Alfetta GTV6 2.5, (1984-1985) 212 Alfetta GTV6 3 litros

NOTA: Os Alfetta GTV V8 construídos pela Autodelta para participarem em provas de Grupo 4 desconhecemos o número oficial de unidades produzidas, mas calcula-se que terá sido um número muito reduzido, cerca de 500 provavelmente para homologar os 400 exemplares teriam de ser fabricados.

O Alfetta será mais um dos modelos criados pela marca para ficar na história.

Existem motivos fortes para durar e o Alfetta GTV será certamente uma

Para toda a vida

ALFA ROMEO ARNA

Uma joint venture da Nissan fabricante do modelo Cherry com a Alfa Romeo, teve como resultado a apresentação do Arna, já lá vão 40 anos!

No Salão de Genova em 1984 é apresentado o Arna

De imediato os alfistas e a imprensa dum modo geral acharam pouco interessante sem conseguindo impressionar pela sua linha japonesada esquecendo de todo o belo e habitual design italiano

Tecnicamente foi um resultado que podemos considerar aceitável, no entanto esteticamente não foi bem-sucedido apesar de ser eficaz tanto pelo facto de utilizar o já comprovado motor boxer do Alfasud berlina. A cilindrada era de 1186 cc que debitava uns razoáveis 63 cavalos.

A carroçaria, eixo traseiro, travões de tambor e a estrutura dos bancos eram do Nissan Cherry .

A carroçaria apresentava-se em 3 portas para os TI (serie 920A) e 5 portas para os SL(serie 920AA)

Na versão Arna TI, baseou-se no motor do Alfasud TI, com 1351cc e 86 cavalos, podendo atingir uma velocidade máxima de 170 Km/h. Foram produzidas 3500 TI entre 1984 e 1986, ou seja, cerca de 5 % da produção Arna.

Foram exportadas versões TI (serie 9201B) para a Inglaterra, visto terem sido exclusivamente montados com volantes á direita e equipados com motores boxers 1.5 á semelhança dos irmãos Nissan Cherry GTI. Esta terá sido a versão mais apelativa com um motor a chegar aos 95 cavalos.

Os vendidos na Itália ficaram-se pelos menos potentes 1.3 litros, mas compensados pelos atraentes interiores numa combinação de verde e preto. Os japoneses tanto apreciaram esta combinação de cores que enviaram os mesmos tecidos para o Japão para serem utilizados nos interiores da edição limitada e exclusiva para o mercado interno do Nissan Pulsar a que chamaram Milano!

Ainda reportando às edições limitadas o colecionador

Jubilé um dos 200 fabricados para o Distribuidor Suíço em 1985 para o evento da celebração dos 75 anos da Alfa Romeo. Curiosamente todos os Jubilé eram de cor prateada com para choques e espelhos da mesma cor.

Exteriormente distingue-se também por 2 apêndices aerodinâmicos faróis de nevoeiro e jantes típicas perfuradas.

Para quem tenha a curiosidade em conhecer este modelo podem ser vistos nas suas diversas versões no Museu Fratelli Cozzi, inaugurado em 1955, na cidade de Legnano, perto da cidade de Milão.

O senhor Cozzi era um verdadeiro apaixonado por tudo o que fosse Alfa Romeo e ao longo dos anos colecionou um exemplar de cada modelo e produzido apos a segunda guerra mundial.

Para alem dos Alfa Romeo também expos a colecção de catálogos de vendas e merchandising da época distribuídos pelos concessionários de vendas da marca.

Muitos de nós provavelmente nunca esperaríamos que o Arna ficou muito associada ao já falecido piloto Clay Regazzoni. A sua filha Alessia Regazzoni esteve presente neste museu para dar conhecimento que o seu pai Clay tinha preparado um projecto para uma academia de condução de velocidade no circuito de Vallelunga para paraplégicos, utilizando diversos modelos da gama Arna TI, fornecidos pela própria Alfa Romeo. De alguma forma este projecto tinha como objectivo contrariar a legislação italiana no sentido em que barrava os condutores com deficiência a conduzirem simplesmente automóveis de pequenas dimensões e com pouco potencia.

Em 2015 a família Cozzi encontrou um novo espaço para expor a sua valiosa colecção mantendo e respeitando o culto da casa Biscione que tanto merece. Infelizmente o seu fundador Pietro Cozzi deixou-nos no ano passado, estando actualmente a dirigir o museu sua

ALFA ROMEO JÚNIOR

Romeo.

O CEO da Alfa Romeo utilizou duas palavras na apresentação, exclusivo e inclusivo. Anunciou com orgulho que a Alfa Romeo tanto produzia como vendia um modelo dum supercarro no valor de dois milhões de euros como também era capaz de oferecer por trinta mil euros um modelo como o Júnior. Infelizmente os novos Tipo 33 Stradale estão totalmente vendidos e apenas temos o livro de encomendas para o novo Júnior. Este modelo será um pouco uma substituição do Mito descontinuado em 2019 e será um modelo de entrada capaz de elevar os volumes de venda da marca.

O seu nome original terá sido Milano e foi apresentado a nível mundial no Automóvel Clube de Milano, precisamente com essa designação Milano, mas teve de ser alterado logo de seguida por imposição do governo italiano.

As razoes invocadas pelas autoridades italianas foi devido ao facto de o modelo ir ser fabricado na Polonia e não em Milão, por razoes económicas. Caso tivesse sido decidido ser fabricado na Itália teria um custo superior na ordem dos 10.000 euros por unidade fabricada.

Baseado na plataforma designada por e-CMP2 já sendo utilizada em diversos modelos, tais como no Abarth 600e, Fiat 600, Lancia Y, DS3, Jeep Avenger e Peugeot 2008, apresenta-se no entanto, com uma pose bem mais agressiva.

O modelo terá apenas 4,10 metros de comprimento, 1,78 metros largura e 1,50 metros de altura, dimensões bem inferiores ao actual Tonale e uma bagageira com uma capacidade de 400 litros.

O Júnior será um compacto desportivo com uma linha de cintura elevada, perfil dinâmico de acordo com as tendências actuais. A frente com faróis LED matrix alongados. Na grelha o “scudetto” terá dois designs sendo um mais simples com a inscrição Alfa Romeo á moda antiga, outro com o design biscione a distinguir as versões Júnior do Veloce.

O interior tipicamente Alfa, muito orientado para o condutor e desportivo. Nota-se uma melhoria significativa para uma utilização de materiais de melhor qualidade. No painel de instrumentos todos os comandos estão ao alcance do condutor com um volante bem dimensionado e de agradável tacto. No painel encontramos um ecrã TFT de 10,25 “digital

permitindo aceder a toda a informação do automóvel e tipos de condução podendo ser personalizado. Destaca-se as saídas do ar condicionado com a forma de um Quadrifoglio o símbolo desportivo da marca. Os bancos desportivos Sabelt permitem uma ergonomia perfeita.

Será um modelo para ficar na história devido a ser o primeiro Alfa Romeo em produção ilimitada totalmente elétrico.

(o recente tipo 33 não será considerado uma vez que será uma produção limitada)

Estarão disponíveis três versões, Elettrica, Elettrica Veloce e versão Júnior híbrida.

A opção em catálogo uma versão mild hybrid será um motor de três cilindros com 1.2 litros, a gasolina com turbo a debitar 136 cavalos, associado a um motor electrico de 28 cv integrado na caixa de dupla embraiagem de 6 velocidades. A potencia é enviada para as duas ou aquatro rodas na variante Q4.

A versão Elettrica Veloce com os mesmos 238 cv do Abarth 600e. Neste mesma gama teremos uma versão de acesso chamada simplesmente Electtrica com 156 cve uma bateria de 54 kWh.

Todos modelos vem equipados com o selector de modos de condução DNA com a ressalva que nas versões electricas apenas actua na direcção e resposta de potencia do motor. Na versão hibrida modifica os

pontos de passagem de caixa, sendo o modo Dynamic o mais desportivo, o Natural para uma condução tranquila e Advanced Efficiency para uma condução de economia e eficiência.

O Júnior estará disponível com dois níveis de equipamento o “Perfor” (significa Performance) e o Veloce. Estão disponíveis seis cores, prateado Arese, Navigli azul, vermelho Brera, marfim Galleria e preto Tortona.

Os desenvolvimentos estão a ser feitos pela mesma equipa de engenheiros dos já conhecidos Giulia e Stelvio

Há que realçar que este modelo será o primeiro elétrico em alta produção na história da Alfa Romeo, posicionando-se na linha do conceito verde, mantendo, no entanto, um comportamento desportivo como a marca sempre pautou.

O recente Tipo 33 não poderá ser considerado o primeiro elétrico, uma vez que serão produzidas numa produção limitada e muito reduzida)

Jean Philippe Imparato garantiu que a única forma de a Alfa Romeo se distinguir da concorrência era manter o ADN da marca desportiva.

A marca prevê que o Júnior representará 40% das vendas a nível global, ou seja, praticamente metade das vendas da marca.

Alfa Romeo e Nicola Larini, Campeão do Mundo do DTM, voltam a

na

juntar-se

edição de 2024 da 1000 Miglia

50 modelos da Alfa Romeo, participaram nas 1000 Migliaa, que faz dela a maior equipa por defeito e um ícone indiscutível do desporto automóvel italiano. Dois deles serão modelos de prestígio da coleção vintage da Alfa Romeo, habitualmente expostos no seu Museu em Arese: o 1900 Super Sport (1954) e o 1900 Super Sprint (1956).

O primeiro estará nas mãos de Nicola Larini, campeão do DTM em 1993 com o Alfa Romeo 155 V6 TI, e do navegador de ralis Giacomo Ciucci. O regresso de Larini às corridas com a Alfa Romeo irá certamente resultar em emoções fortes para todos os fãs de desportos motorizados e especialmente para os Alfisti, que recorda as suas façanhas na classe de Turismos na década de 1990. O 1900 Super Sprint (1956) será recebido com o mesmo entusiasmo e dará o seu melhor com Andrea Farina ao volante, jornalista e especialista em automóveis antigos, em conjunto com o copiloto

Davide Cironi, um influencer e Youtuber apaixonado por motores.

As duas raridades vintage serão acompanhadas pelos novos Giulia e Stelvio Quadrifoglio Super Sport, a série especial limitada que a marca está a dedicar à primeira vitória da Alfa Romeo na 1000 Miglia em 1928 com o 6C 1500 Super Sport. O público também poderá ver o Alfa Romeo Junior em movimento pela primeira vez, novo modelo compacto que traz o carisma desportivo da Alfa Romeo de volta ao maior segmento do mercado europeu e que representa o fio condutor que sempre uniu os automóveis do passado aos atualmente produzidos pela marca do Biscione, em nome da aptidão inata para a competição e de uma experiência de condução envolvente na vida quotidiana que desde 1910 anima a marca italiana e fascina a tribo Alfa Romeo em todo o mundo.

Alfa Romeo domina peremptoriamente e vence as 1000 Miglia na 42ª edição da prova. O Team Villa Trasqua (Vesco/Salvinelli) aos comandos do Alfa Romeo 6C 1750 Super Sport de 1929 do Team Villa Trasqua venceu a reconstituição histórica da "Freccia Rossa" ("Flecha Vermelha"), após um duelo direto com o Lancia Lambda Casaro VII Serie de 1927 (Fontanella/Covelli). O terceiro lugar foi ocupado pelo Alfa Romeo 6C 1750 de 1929 (Aliverti/ Valente).

Um percurso com mais de 2.000 quilómetros (Brescia a Roma a Brescia) incluiu o regresso a Turim 76 anos depois numa competição com mais 400 automóveis clássicos..

A mítica prova foi também o cenário da estreia dinâmica do novo desportivo compacto Alfa Romeo Junior acompanhado pelos exclusivos Giulia e Stelvio Quadrifoglio Super Sport (homenagem à primeira vitória da Alfa Romeo nas 1000 Miglia de 1928).

Quadrifoglio Super Sport: Uma série especial limitada, uma homenagem à primeira vitória na Mille Miglia

A Alfa Romeo apresenta as novas séries especiais limitadas Giulia e Stelvio Quadrifoglio Super Sport, um novo capítulo na memorável história do símbolo do nobre desportivismo italiano que, desde a sua criação em 1923, representa uma constante procura da excelência técnica aplicada às competições e aos automóveis de produção.

Uma homenagem ao 6C 1500 Super Sport e à sua lendária vitória na Mille Miglia de 1928

Após a boa classificação do RL na primeira edição da "corrida mais bonita do mundo", em 1928 o 6C 1500 Super Sport (Mille Miglia Speciale) conduzido por Giuseppe Campari e Giulio Ramponi dominou a Mille Miglia, prova disputada entre 31 de março e 1 de abril. Depois de uma maratona de 1.621 quilómetros, apenas 40 dos 82 concorrentes chegaram à meta, precedidos pelo aerodinâmico spider Zagato que terminou a corrida em 19 horas, 14 minutos e 5 segundos a uma velocidade média de 84,128 km/h. Para a Alfa Romeo, foi a primeira de uma série de 11 vitórias na Mille Miglia, um recorde que permanecerá inquebrável. Mas foi também a primeira grande vitória do novo 6C 1500, o precursor de uma nova geração de automóveis Alfa Romeo projetados por Vittorio Jano.

Alfa Romeo Centro Stile reinterpreta o Quadrifoglio

Pela primeira vez em mais de 100 anos de história do Quadrifoglio, o fundo branco do triângulo que tradicionalmente enquadrava o trevo de quatro folhas verde com um forte contraste dá lugar ao preto, uma cor que confere ainda mais ousadia e solidez ao icónico brasão. No ano passado, por ocasião do seu centenário, o logótipo Quadrifoglio foi embelezado com uma moldura dourada e as datas (1923-2023) que definem um século de paixão pelo desporto, pela performance e pelas corridas.

Características da série especial limitada

Quadrifoglio "Super Sport"

O Giulia e o Stelvio Quadrifoglio Super Sport são o resultado de uma procura centenária de excelência técnica aplicada a automóveis de competição e de produção. O motor V6 de 2,9 litros debita 520 cv e é combinado com o diferencial mecânico de deslizamento limitado. Como resultado de uma afinação específica derivada da experiência de conceção do Giulia GTA, esta importante solução técnica contribui para a melhoria do comportamento e da tração do automóvel, otimizando a transferência de binário e aumentando a

estabilidade, a agilidade e a velocidade em curva. O visual inclui faróis "3+3" com nova iluminação de matriz Full-LED anti encandeamento com feixe adaptativo para uma iluminação ótima em todas as condições. Tudo isto garante poupança de energia, uma melhoria significativa da segurança e uma redução do cansaço visual.

A melhor dinâmica de condução da sua classe, fruto de uma leveza surpreendente resultante da utilização de materiais ultra-leves como o alumínio para o motor e a fibra de carbono para o veio de transmissão, capot, spoiler e saias laterais. No Giulia, a aerodinâmica permanece ativa com o difusor dianteiro em fibra de carbono: quando ativado, controla a qualidade do fluxo de ar sob o veículo, para aumentar a estabilidade e o desempenho. Por último, mas não menos importante, o sistema de escape Akrapovič contribui para a experiência com o seu som inconfundível.

6C 1500 Super Sport

Um dia depois de ter ganho o Campeonato do Mundo com o Tipo P2, Vittorio Jano respondeu à necessidade de um novo automóvel de estrada com uma cilindrada média e um desempenho brilhante com o 6C 1500, cujo chassis foi apresentado no Salão Automóvel de Paris de 1925 com as iniciais NR ("Nicola Romeo"). No entanto, o novo automóvel - equipado com um motor de 6 cilindros em linha de 1487 cc com 44 cv - teria de

esperar até 1927 para entrar em produção.

O sucesso foi imediato, no mercado e nas corridas; as versões com evoluções contínuas e aumentos de potência surgiram rapidamente, incluindo o topo de gama Super Sport com um compressor e "cabeça fixa" que debitava 84 cv para uma velocidade máxima de 155 km/h.

Em 1928, a Alfa Romeo inscreveu seis automóveis na segunda corrida da Mille Miglia. Os pilotos foram Bruno Presenti, Attilio Marinoni, Giovan Battista Guidotti e, acima de tudo, Giuseppe Campari, que partilhou com Giulio Ramponi o cockpit de um 6C 1500 com as iniciais MMS ("Mille Miglia Speciale"), melhorado por Jano com trabalho no equilíbrio do peso. Na primeira parte da corrida, deixa para trás a ameaça dos três Bugatti oficiais conduzidos por Gastone Brilli-Peri, Pietro Bordino e Tazio Nuvolari. No posto de controlo de Roma, a dupla Campari/Ramponi assumiu a liderança, posição que manteve na meta em Brescia, terminando a corrida no primeiro lugar da geral com uma velocidade média de 84,128 km/h. Entre 1927 e 1929, para além dos seus sucessos nas corridas, as várias versões do 6C 1500 também deram à Alfa Romeo excelentes resultados comerciais: foram vendidas 1.064 unidades, um número perfeitamente respeitável para a época.

Alfa Romeo 33 Stradale, o ícone que fascinou os EUA. Encontro com o cliente americano Glynn Bloomquist

"Nasci num hospital, numa base da força aérea, pelo que talvez seja daí que vem a minha paixão pela velocidade e pela máxima performance." Foi assim que o texano Glynn Bloomquist se apresentou, há algumas semanas, à equipa da Alfa Romeo, para finalizar pessoalmente a configuração única do seu Alfa Romeo 33 Stradale.

Após uma visita exclusiva ao museu, a equipa recebeu calorosamente o Glynn Bloomquist na Sala del Consiglio do Museu em Arese, onde o design do 33 Stradale foi aprovado em 1967 e que é agora a sede da "Bottega Alfa Romeo". Foi neste local simbólico que designers, engenheiros e historiadores da marca se reuniram e ouviram os 33 proprietários.

Dentro das históricas e gloriosas paredes da "Bottega Alfa Romeo", o empresário norte-americano contou a sua história com total naturalidade.

Paixão pelas corridas americanas e descoberta dos desportos motorizados italianos

Tendo crescido com um pai apaixonado pelas corridas americanas e pelos muscle cars, Glynn Bloomquist apaixonou-se rapidamente pelo desporto automóvel local, uma paixão que o levou a mudar-se para Indianapolis para trabalhar, onde investiu em marketing para a sua empresa de fotografia na lendária Indianapolis 500, a maior prova de corridas de automóveis de open wheelers dos EUA. Glynn Bloomquist recordou-o: "Passei 10 anos a viajar pelo mundo a patrocinar o IndyCar. Algumas das minhas melhores recordações dessa altura são do nosso primeiro piloto, Jimmy Vasser. Em 1992, como estreante, subiu ao pódio em Indianapolis depois de estabelecer o recorde de velocidade para um estreante na história da Indy 500: mais de 357 km/h."

Com base nestas experiências nas corridas, que o atraíam cada vez mais, o empresário americano começou a concentrar-se no estrangeiro, para descobrir o património desportivo das marcas europeias, especialmente em Itália. As que mais o impressionaram foram a Alfa Romeo e a Ferrari, duas marcas únicas no mundo pelo seu legado desportivo, pelo design "Made in Italy" e pela tecnologia de ponta. Ao ler um livro sobre Enzo Ferrari, Glynn Bloomquist descobriu a ligação inquebrável entre o famoso empresário e a marca Alfa Romeo, uma relação de vinte anos em que Drake atuou como piloto de testes, piloto de corridas, colaborador comercial e, finalmente, diretor do lendário departamento de corridas da Alfa Romeo. A partir desse momento, o seu interesse pelo desporto automóvel italiano transformou-se numa verdadeira paixão que resultou na compra de joias italianas. Em 2023 conheceu Cristiano Fiorio, responsável pelo projeto 33 Stradale, que lhe ofereceu uma oportunidade imperdível. "Não demorei muito tempo a aceitar a ideia

de me tornar um dos 33 clientes do novo automóvel personalizado da Alfa Romeo, desde que fosse vermelho e só vermelho", afirmou, com um sorriso. O próprio Cristiano Fiorio recorda: "Desde a primeira vez que nos encontrámos em Austin, tivemos uma relação especial com o Glynn.”

Configuração inspirada no seu antecessor, com um toque contemporâneo

De acordo com o seu pedido, o novo 33 Stradale de Glynn Bloomquist ostenta uma pintura Rosso Villa d'Este, de várias camadas, embelezada com uma faixa branca horizontal na frente, um elemento de design bastante raro nos supercarros. Revisita, com um toque contemporâneo, a combinação de cores vermelha e branca do Tipo 33, referência no desporto automóvel mundial nos anos 60 e precursor do 33 Stradale de 1967. Da mesma forma, decidiu a posição dos lendários logótipos "Quadrifoglio" e "Autodelta", nas entradas de ar traseiras especiais e nas novas jantes de liga leve Progressive de 20", em preto com acabamento e inserções em fibra de carbono.

Com um olho no icónico 33 Stradale de 1967 exposto no Museu de Arese, para o interior, Glynn Bloomquist optou pela configuração Tributo, em dois tons de ardósia e biscuit com acabamentos em alumínio, acrescentando estofos em Alcantara ardósia para o painel de instrumentos e parte dos bancos, painéis das portas e túnel central, combinados com uma pele específica e muito fina de cor biscuit. O empreendedor texano também solicitou a inclusão do número "14" no exterior das portas e no interior, bordado nos apoios de cabeça, em homenagem a dois pilotos excecionais que o utilizaram nos seus automóveis de corrida: Enzo Ferrari, no seu Alfa Romeo de 1920; e Anthony Joseph "A.J." Foyt, no seu Foyt Coyote. A escolha do número "14" é, portanto, um tributo tanto à herança desportiva da Alfa Romeo como ao múltiplo campeão dos EUA, vencedor por quatro vezes das 500 Milhas de Indianapolis e de sete campeonatos USAC.

"Mal posso esperar para pôr as mãos no volante do meu 33 Stradale e ouvir o som do seu motor 3.0 litros ‘twin-turbo’ V6 com mais de 620 cv. Claro que não vai ficar fechado na garagem. No centro do Texas e nos arredores, onde vivo, há muitas ruas e circuitos fantásticos onde corro com todos os meus automóveis e o meu Alfa Romeo personalizado não será exceção." concluiu.

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