Comunicação e Expressividade

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Elaborado por: Alice Matos Rosa

CO MUNI CAÇÃO E EXPRE SSIVI DADE

Ribeirão Preto|2018 1


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Elaborado por ALICE MATOS ROSA

C O M UN I C A Ç Ã O E E X P R E SSIVIDADE Proposta de um Centro Cultural para o múnicipio de São Joaquim da Barra

Trabalho Final de Graduação, submetido como requisito parcial necessário à obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo, outorgado pelo Centro Universitário Moura Lacerda.

RIBEIRÃO PRETO|2018

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ROSA, Alice Matos Comunicação e EXpressividade.Proposta de um Centro Cultural para o múnicipio de São Joaquim da Barra-SP. Ribeirão Preto, São Paulo - 2018 (81 número de páginas) Orientadora: Profª.: Fabiana Miori Mori Trabalho Final de Graduação (graduação) - Centro Universitário Moura Lacerda (CUML). Graduação em Arquitetura e Urbanismo. 1.Arquitetura e Urbanismo.2.Cultura.3.Centro Cultural.4.Equipamento Cultural.5.Integração.6.Expressão

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Elaborado por ALICE MATOS ROSA

C O M U N I C A Ç Ã O E E X P R E SSIVIDADE Proposta de um Centro Cultural para o múnicipio de São Joaquim da Barra -SP

Trabalho Final de Graduação, submetido como requisito parcial necessário à obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo, outorgado pelo Centro Universitário Moura Lacerda. RIBEIRÃO PRETO|2018

Banca Examinadora

Fabiana Miori Mori Orientadora

André Avezum Examinador Interno

Examinador Externo

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RE SU MO

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O objetivo desse trabalho é despertar uma sensibilidade voltada a cultura, sugerindo um Centro Cultural para o municipío de São Joaquim da Barra, no estado de São Paulo. O projeto é pensado principalmente na questão de acolher a todos e promover assim, uma difusão de idéias, pensamentos e saberes. São Joaquim da Barra, assim como outros municípios interioranos, sofrem com a ausência de equipamentos de cultura e lazer, neste caso, a proposta de um Centro Cultural promove uma evolução física para o município e também sensibiliza o público. O edifício é envolvido pela transparência, com isso, traduz a relação que o centro Cultural deve transmitir as pessoas, uma questão de conectividade entre aqueles que por ali passam pela calçada e por aquelas que participam das atividades oferecida. A implantação é pensada como apropriação e pertencimento, local onde as pessoas sintam-se livres a usufruir da maneira como quiserem , captando então, a mensagem do centro de liberdade em expressão e comunicação.

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A GRA DECI MEN TOS

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Agradeço primeiramente a Deus que tem me dado fôlego de vida até hoje, forças e sabedoria para concluir mais uma etapa da minha vida. Sou imensamente grata pela oportunidade a qual os meus pais Cleiber e Eleuza tem dado a mim, agradeço o apoio, o carinho, a compreensão, os conselhos,a persistência e principalmente por acreditarem na minha capacidade e na minha vitória. Grata à minha irmã Ana Laura que em alguns momentos me ajudou a fazer minhas maquetes. Assim agradeço a todos os meus familiares, avós, tios e primas os quais acompanharam de perto toda a minha tragetória sempre me incentivando a continuar. Em especial sou grata ao meu noivo Matheus pela grande paciência em me ouvir, em me aconsellhar e também me incentivar.

Por fim, não poderia deixar de agradecer a todos os professores em especial minha orientadora Fabiana Mori, que com paciência, parceria e dedicação tem me ajudado a desenvolver esse trabalho de conclusão de curso, grata também ao meu examinador interno André Avezum, o qual muito me ajudou a concluir esse trabalho com qualidade.

Agradeço pelos amigos que nas horas mais difíceis estiveram junto de mim, me ajudando em tudo o que precisasse, são esses: Kamille Corrêa, Adisson Rogério e em especial minha grande amiga Marta Eloisa que do começo ao fim esteve sempre presente a mim, nos momentos bons ou difíceis, me estendeu a mão e me ajudou a seguir em frente, a lutar e acreditar que esse sonho se tornaria realidade um dia.

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SU MÁ RIO 1.0 2.0 1.0 SÍNTESE TEÓRICA p.15

1.1 CONCEITUAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA p.16

INTRODUÇÃO p.12 10

1.2 ARQUITETURA E SUAS ESPACIALIDADES p. 22

2.0CONTEXTUALIZAÇÃO E ÁNALISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO p.25 2.1 HISTÓRICO DA CIDADE p.26 2.2 ÁREA DE INTERVENÇÃO p. 28


4.0

3.0

4.1 LEIS DE ESTIMULO À CULTURA p.58

3.1 CENTRO CULTURAL SEDAN p.42

4.4 DIRETRIZES PROJETUAIS p. 61

3.0 REFERÊNCIAS PROJETUAIS p.41

3.2 CENTRO CULTURAL PORTO SEGURO p.46 3.3 COMPLEXO CULTURAL LUZ p. 52

4.0 O PROJETO

4.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES p.59 4.3 PARTIDO p.60

4.5 MEMORIAL JUSTIFICATIVO p. 68 4.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS p.80

REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS p.81 11


IN TRO DU ÇÃO

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Fonte Imagem: www.mrcutout.com| Licença gratuita


Será desenvolvido nesse trabalho o projeto arquitetônico de um Centro Cultural a ser implantado no município de São Joaquim da Barra – SP, com a intenção de disseminar a cultura e promover a integração entre os habitantes. Esse equipamento irá oferecer diversas formas de se encantar pela arte, através de exposições, oficinas, debates, entre outros. A proposta de construção de um Centro Cultural em São Joaquim da Barra surge a partir da necessidade de um equipamento que promova um contato da população com o meio artísticos, dado que, a cidade apresenta alguns equipamentos de lazer, escola de música, biblioteca, casa de cursos, porém com descaso alguns não são mantidos, ou não conseguem suprir toda demanda, fatos que acontecem na Casa do Aprendizado e na escola técnica municipal de arte e música Fabiano Lozano, logo grande parte da população não tem acesso a tais recursos por motivo de, falta de infraestrutura adequada a comportar o número de pessoas solicitantes. Nesse momento, a implantação do centro cultural, visa sanar com as dificuldades de acesso conforme expostas acima e também direcionar toda a população a participar desse espaço de uso coletivo.

Espaços públicos permitem que qualquer pessoa tenha acesso e desfrute dos bens que eles oferecem. Dentro desse contexto encontram-se outros dois que podem estar inseridos nos equipamentos públicos. Um exemplo para essa teoria é que a rua e a calçada são de domínio público, o exemplo para essa teoria é que a rua e a calçada são de domínio público, logo entre um edifício e a calçada surge um espaço de transição denominado espaços semi-privados, esse espaço pode ser uma praça, por exemplo, que complementa o equipamento, logo após surge o objeto público que por sua vez, adquire um caráter “privado” por conta dos horários redigidos pelo seu agente mantenedor. Integrando esses três conceitos de espaços no projeto pode se dizer que, haverá um planejamento com o objetivo de adequar tais espaços para servir o público, trabalhando com a integração de cidade, espaço e edifício.

um no

projeto cultural cotidiano das

inserido pessoas.

Para melhor compreensão do objeto arquitetônico proposto, os capítulos seguintes descrevem conceitos e caracterizam o equipamento projetado.

Baseado em levantamentos dos dados da cidade e da vizinhança de onde será implantado o equipamento, as informações levantadas constituírão a conceituação desse objeto arquitetônico, assim como as premissas básicas que definirão o partido. O objetivo é atender as expectativas humanas e amenizar a falta de

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Fonte Imagem: marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br


SÍN TE SE TEÓ RI CA

1.0

Fonte Imagem: www.mrcutout.com| Licença gratuita

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CON CEI TUA ÇÃO E CON TEX TUA LIZA ÇÃO HIS TÓRI CA

1.1

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Segundo o texto de web (www. conceito.de/centro-cultural) o conceito de Centro Cultural origina-se do latim centrum, que pode fazer menções a diversas questões, uma das acepções analisadas referese ao lugar onde se reúnem as pessoas com alguma finalidade. A palavra cultura em si vindo do latim cultus, diz se a respeito às faculdades intelectuais do homem e ao cultivo do espírito humano. Em um conceito geral o centro cultural é um equipamento público, o qual tem por definição espaços que conservam, difundem as artes e expõem testemunhos de materiais realizados pela mão do próprio homem. A partir desse, permite ao indivíduo entrar em contato com diversas manifestações artísticas, capacitando-o a desenvolver um olhar mais crítico sobre a cultura e entre outros aspectos do cotidiano. Cada ser em si pertence a uma determinada nação e carregam consigo diferentes valores culturais, desse modo, cada um se expressa de uma forma, o que facilita gerar diferentes expressões artísticas. A arte manifesta no espírito e contribui para um crítico, criativo com sensações, conceitos e percepção do ser relacionado ao mundo, a vida e relações humanas. Esse amplo conhecimento atribuído ao ser através da difusão das artes presentes nos centros culturais, torna se possível alcançar objetivos sendo eles os mais abstratos possíveis,

segundo Milanesi (2003) os estímulos à criação da arte serão delineados a partir da configuração do meio social, ou seja, a forma como se organiza integra, discute e se relaciona com a vida coletiva. No entanto, todo esse discurso colide com o quadro de alguns fenômenos contemporâneo, já há algum tempo em que a literatura, o teatro e o cinema perderam a primazia para os games, series de TV entre outros artefatos que a tecnologia propicia, sendo esses capazes de cruzar as fronteiras imprecisas que os separam do gênio artístico. Para Milanesi (2003) o centro de Cultura deve ser atuado como se fosse uma antena sensível, para que possa captar tudo que condiz aos interesses do coletivismo, transformando essas informações adquiridas em ações onde o protagonista é o público assim surgirá interesse em participar desses espaços. Logo, a implantação de um centro cultural vem com o intuito de aproximar esse universo da cultura e arte da sociedade, contribuir para o desenvolvimento da cidade e promover a integração entre a humanidade extinguindo assim com a miséria cultural principalmente para as menores classes sociais garantindo que todos tenham acesso à inventividade artística das diversas manifestações culturais, a comunidade são quem realizam atividades


culturais e artísticas de forma livre e espontânea.

Precisamos saber ressuscitar nossos sonhos. E a cultura é a melhor ferramenta para ressuscitar os sonhos dos brasileiros. Trata-se, afinal, da única atividade universal que apenas soma, jamais divide e sempre multiplica. Fazer e difundir cultura proporciona prazer, alegria e conhecimento. A cultura está no cerne da economia criativa. Gera empregos, aumenta a renda, melhora a qualidade de vida. E faz ressuscitar sonhos. (SÁ LEITÃO, 2017).

O Centro Cultural cria uma perspectiva diferenciada, oferecendo programas genéricos, com intuito de transformar o ser e enriquece-lo tratando dos aspectos sociais, humanitários e sensitivos relacionados aos temas cotidianos criando uma dimensão que envolve o humano com a força da ação cultural.

Milanesi (2003), aponta a função do centro de Cultura a partir de três verbos essenciais para sua existência, são esses: “informar, discutir e criar”. O primeiro verbo consiste na reunião de possibilidades de registros de conhecimento organizadas a fim de disseminálos, informar e transmitir o conhecimento adquirido a quem acessa e esses registros, ação mais frequente nos centros de Cultura. O segundo verbo o autor deixa claro que é preciso acabar com o vicio de se obter a informação sem discutila, a partir da integração da comunidade com o espaço é possível criar oportunidades de reflexão e crítica por meio de seminários, debates, entre outros – onde há mutações no meio social surge a necessidade de reflexão e obtenção de novas idéias e respostas pra o meio o qual se vive. Nesse caso o verbo discutir presente nos centros de cultura propicia a potencialização da informação. Por fim o terceiro verbo “criar” pode de entender como a junção dos outros dois que foram abordados, esse verbo é o objetivo de um centro de Cultura, após a obtenção de informação, da discussão, todo o conhecimento e idéias obtidas é necessário que a pessoa seja livre para expressar todo seu repertório de maneira espontânea, por meio de escritas, fala, gestos, formas,

sons entre outros. Os centros de Cultura fornecem subsídios para a criação a ousadia e a invenção.

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Levando em consideração o panorama histórico, Milanesi (2003), caracteriza como um primeiro modelo de “centro cultural” a biblioteca de Alexandria, espaço onde estavam armazenados documentos registrados em diversos modelos com intuito de preservar o saber existente na Grécia Antiga. Segundo Teixeira Coelho (1986), o momento histórico o qual surge o centro cultural está ligado a uma “ação cultural”. Assim o autor descreve que no século XIX surge com os primeiros centros de cultura ingleses, denominados de centros de arte. O embasamento usado na contemporaneidade

surge na década de 50 lançadas pela França. Nesta, é lançado um centro cultural como uma opção de lazer para atender aos operários franceses, uma iniciativa da indústria para criar uma nova relação de trabalho com áreas de convivência e lazer. Toda essa transformação deu origem ao primeiro modelo de centro de cultura francês “Centre National d’ Arte et de Culture Georges-Pompidou”, e a partir desse modelo, influenciase diversos países a implantar tal equipamento. No Brasil, tendo como referência o modelo francês, surge o Centro Cultural de São Paulo, com o projeto elaborado em 1970 e implantado

na cidade de São Paulo, na década de 80. Esse equipamento, que no inicio seria somente um anexo a biblioteca Mário Andrade, sofreu algumas alterações em suas funções, ampliou-se deixando de seguir os moldes tradicionais para um espaço mais aberto em que convivem teatros, música, fotografia, pintura, instalações, espetáculos de performances, entre outros. O foco para esse espaço era o uso democrático da obra, dentro de uma consciência da heterogeneidade que usava a atender.

Imagem 01: Centro Cultural São Paulo (Interior)

Imagem 02: Centro Cultural Georges Pompidou - França

Fonte:www.archdaily.com.br

Fonte:www.archdaily.com.br

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No Brasil pode-se exemplificar os modelos de centro cultural dado pelos vários Sescs. Dentre esses, destacando o Sesc Pompéia, projeto de revitalização de uma fábrica de tambores (1938) no bairro Pompéia, a arquiteta Lina Bo Bardi representa a atuação perante o urbano, a pré existência e as necessidades da região onde foi inserido. Em sua revitalização dos galpões préexistentes (1982) transformou se em um centro cultural para manifestações espontâneas ou para apresentações agendadas. Após um período, recebe dois blocos de concreto (1986), a fim de disponibilizar mais atividades voltadas ao lazer. Nessa edificação pode-se destacar

Fonte:www.archdaily.com.br

que, grande era o anseio de Lina de qualificar o ambiente com as expectativas da população para a possibilidade de lazer, sendo assim considerada de primordial importância para o projeto, pois a arquiteta ao estudar o local, viu-se em uma área a qual já havia sido ocupada por crianças que ali brincando, assim se preocupou principalmente em verificar se o individuo pode ser estimulado pelo ambiente projetado de maneira que o mesmo se sensibilize e se aproprie do local “sentirse em casa”. Como podemos verificar nas figuras a seguir: Imagem 03 e 04: Sesc Pompéia - Exposições e Atelies (Interior)

Fonte:www.archdaily.com.br

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Em São Paulo o Centro Cultural Banco do Brasil aproveita o edifício da antiga sede da agencia bancaria do Banco do Brasil, o edifício em si concebido no ano de 1927, em São Paulo situado na esquina da Rua Álvares Penedo com a Rua Quintada, co centro. A partir da década de 30, houve um deslocamento da população para a periferia, a partir desse momento o centro de São Paulo se desvalorizou, com isso a sede do banco mudou-se para a Avenida São João em 1954. Ao mais tardar, houve uma intenção de valorização do centro histórico, na década de 90, com isso o edifício passa por um restauro realizado por Luiz Telles, passando assim a abrigar o Centro Cultura Banco do Brasil de São Paulo, esse inaugurado ao público no dia 21 de Abril de 2001, contendo salas para exposição, teatro, cinema, auditório, cafeteria e espaço para atividades educativas. Hoje considerado um dos mais visitados de São Paulo.

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Fonte:www.percepcaoenergetica.blogspot

Fonte:www.percepcaoenergetica.blogspot

Imagem 05 e 06: Centro Cultural Banco do Brasil - Exposição (Interior).


São Paulo também contempla um projeto atual de centro cultural, a JapanHouse (2017), esse equipamento tem uma iniciativa do governo japonês para apresentar mostras e eventos voltados à arte, tecnologia e negociações, trazendo o Japão contemporâneo. Tem como proposta de diversificar e gerar trocas culturais e novas possibilidades de atrair e difundir conhecimento a humanidade, oferecendo assim, exposições, oficinas, gastronomia oriental, biblioteca e uma ampla amostragem em tecnologia, realização de workshops. Podemos verificar que esses equipamentos fornecem um contato

aproximado do individuo com a arte, desenvolvendo oficinas, debates, manifestações, lazer, entre outros, porém conseguem ser diferentes no modo em que se projeta e para quem se projeta, sendo assim é possível perceber que: • O Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo é projetado com intuito de revitalizar uma área que sofria com a desvalorização. • O Sesc Pompéia surge com intuito de atender toda demanda, porém enfatizando o seu programa para uma população que já se apropriava do local

• A Japan House traz consigo uma cultura nova para uma população que já vivencia outra cultura, propiciando um novo conhecimento à todos que ali usufrui desse espaço. Novos programas surgem nesse equipamento, como: espaço para gastronomia e abordagem de tecnologia. Sobre os equipamentos mencionados acima, percebe-se que o objeto é projetado levar em consideração todos os aspectos locais de espaço público, sendo, portanto necessário explicitar aqui algumas noções de espaço público, segundo autores consagrados.

Imagem 07: Japan House - Exposições

Imagem 08: Japan House - Exposições

Fonte:www.archdaily.com.br

Fonte:www.archdaily.com.br

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ARQUI TETURA E ESPA CIALI DADES

1.2

Bruno Zevi (1984), cria um conceito de que arquitetura é a arte do espaço, para a compreensão e interpretação de arquitetura são realizados estudos e investigações com base em aspectos filológicos e até mesmo estudo volumétricos e plásticos, porém para Zevi, são dados ineficazes, para realmente compreender a arquitetura, pois o que concretiza a arquitetura é o espaço. Sendo assim é preciso compreender o espaço para que possa ser definida arquitetura. Um adentro a essa definição é não somente compreender os espaços como também compreender as necessidades do povo. Além de definir a arquitetura, os espaços são responsáveis por definem a cidade. Narciso (2009)

Imagem Suspenso Cultural -

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09:Jardim do Centro São Paulo Slowmovie

Fonte:www.catracalivre.com.br

aborda o que consiste um espaço público, esses compreendem os lugares urbanos e em conjunto com a infraestrutura e equipamentos coletivos, dão suporte à vida comum, carregam consigo um conjunto de significados que simboliza o local de disputas e conflitos. Pode ser também local onde são realizadas festas, celebrações, local de expressão humana e política, de encontros, de tolerância, de mistura étnica, enfim local onde a cidadania possa se manifestar, esse espaço permite o intercâmbio entre as heterogeneidades. Assim como acontece no Centro Cultural de São Paulo com espaços livres de apropriação pela humanidade.


O espaço público constitui ou deveria constituir uma fonte de forte representação pessoal, cultural e social, pois trata-se de um espaço simbólico onde se opõem e se respondem aos discursos, na sua maioria contraditórios, dos agentes políticos, sociais, religiosos, culturais e intelectuais que constituem uma sociedade (NARCISO, 2009).

Imagem 10: Centquatre - Apropriação do espaço

Essa definição de que o espaço é uma representação social faz com que a arquitetura, segundo Zevi (1984), se distingue de outras atividades artísticas pelo campo geométrico, especificamente compete a arquitetura um vocabulário tridimensional o qual o homem está estritamente inserido. Compara com a pintura que atua sobre duas dimensões, três ou quatro, ou até mesmo com a escultura, essa semelhante a arquitetura pela sua caracterização de tridimensionalidade porém apresenta uma diferença antropológica, a escultura deixa o homem “de fora” contemplando-a, enquanto a arquitetura diz Zevi, (1984): “A arquitetura é como uma grande escultura escavada em cujo interior o homem penetra e caminha. Esse interior denominado de espaços.

Fonte:www.arteplan.org

Para que haja apreciação um deleite dos espaços é preciso atender os anseios de um povo, um exemplo é o Centro Cultural de Paris – CENTQUATRE, onde seu espaço principal adere qualquer tipo de intervenção, as pessoas utilizam aquele espaço da maneira que achar melhor, assim garante que, a arquitetura dos centros não é somente arte de contemplação, como também arte de apropriação e flexibilidade para transformála a qualquer momento.

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Visto a definição de espaços “público” juntamente com a definição de “arquitetura” podemos adicionar que, para Hertzberger (1996), a definição de espaço público é uma área a qual pode ser acessível a todos em qualquer momento, portanto é de responsabilidade coletiva a manutenção desses espaços, é regida mediante uma determinada política e cultura. Em contrapartida os espaços privados são definidos como uma área mais rígida o qual se restringe ser acessível somente a um grupo de pessoas ou uma pessoa, nesse caso, caberá ao grupo ou a pessoa a responsabilidade de manutenção. A junção dessas definições resultam o que se chama de espaço semi-privado, entende se que, são espaços acessíveis, pois não existe nenhuma barreira, contudo o modo como se acessa esse espaço pode parecer restrito. Atualmente, uma das maiores crises, envolve o descaso da população com o espaço publico, ou seja, não deve ser tratado como um espaço público sem dono, como se não houvesse responsabilidade, essa iniciativa vem trazendo uma destruição à cidade, levando em consideração um desinteresse da população que não se sente responsável por aquele espaço e o vandalismo e a violência aumentam de forma negativa, acomoda-se a pensar que o espaço público é como uma extensão do privado e a cidade em função do individuo. O ponto crucial dessa discussão é que nessa 24

crise do espaço não há falta de planejamento ou técnicas, mas sim a incapacidade de “ocupar” o mundo publico e ao invés de transformar esses espaços em lugares de liberdade, a cidade tem se transformado em lugar onde o consumo tem domínio.

Fonte Imagem: www.mrcutout.com| Licença gratuita


CON TEX TUA LIZA ÇÃO E ÁNA LISE DA ÁREA 2.0

Fonte Imagem: www.mrcutout.com| Licença gratuita

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HIS TÓR ICO DA CID ADE

2.1

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O município de São Joaquim da Barra a principio possuiu outros nomes como, Jussara, São Joaquim de Nuporanga, Capão do Meio e por fim São Joaquim acrescentouse depois “da Barra” ao nome, devido ao córrego da Barra que se faz divisor entre os municípios de São Joaquim da Barra e Ipuã. O município surge por volta do século XIX devido o interesse dos moradores de Minas Gerais pela terra rica e clima agradável que São Joaquim da Barra oferecia. Cem anos após esse episódio nascia um povoado e com isso recebia a implantação de trilhos da companhia Mogiana e da primeira casa de comércio que ligava Nuporanga e Batatais a Ipuã, assim a cidade foi se expandindo. Algum tempo depois, os moradores sentiram necessidade de um maior convívio social, decidiram então, organizar uma comissão entre eles para arrecadar fundos a fim de, adquirir novas terras para constituir o patrimônio de uma povoação. Mais adiante houve a chegada de novos povos, entre eles estavam, italianos, espanhóis e portugueses, esses começam a gerar influencia sob o município, um exemplo foi a influencia religiosa, estabeleceram as primeiras capelas, dentre essas, surge em 1901 o padroeiro de São Joaquim da Barra. No dia 30 de novembro de 1944, decretado pela Lei Estadual

n° 14.374, que São Joaquim da Barra era oficialmente o nome do município. O aniversário da cidade é comemorado no dia trinta de maio, com a realização da tradicional Festa da Soja. Nas regiões norte e leste do município onde ocorreram as primeiras expansões urbanas, ocuparam áreas desapropriadas e loteadas que faziam limites com córregos, essa área recebe o nome de “baixada” e é onde a área de intervenção está inserida. O nome baixada se relaciona com o as características topográficas identificadas na área, apresentando em alguns pontos ondulações de 400 a 600m., região que passa a ser desenvolvida na década de 70 devido a desativação da ferrovia. A área de intervenção está situada entre as ruas Paraná, Goiânia, São Luís e a Quinze de Novembro, está localizado bem próximo ao centro. A prefeitura municipal relata que tal área nunca sofrera com intervenções, no entanto a área é utilizada para como estacionamento de veículos, os moradores dos arredores inserem entulhos, caçambas, entre outros e sazonalmente a área recebe circos, ou seja, para prefeitura é uma área sem utilidade, porém o espaço é apropriado pelos moradores dos arredores.


Imagem 11: Antiga Estação Ferrôviaria de São Joaquim da Barra Imagem 12: Vista áerea de São Joaquim da Barra. Fonte:www.cronicassaojoaquimdabarra.com.nr

Fonte:www.gcn.net.br

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ÁREA DE INTER VEN ÇÃO

2.2

2

1

3

4

Fonte: Mapa Google Earth,modificado pela autora em 2018

O mapa apresentado acima confere uma aproximação da escalas onde será realizado um estudo sob a área/quadra para implantação de um equipamento cultural para São Joaquim da Barra. O lote se localiza no bairro Baixada é limítrofe pelas ruas: Paraná (1), São Luís (2), XV de Novembro (3) e Goiânia (4).

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USO E OCUPAÇÃO O mapa analisado informa uma predominância em uso residencial, porém mesmo na escala de vizinhança percebe-se um bom uso de áreas institucionais, comérciais e serviço. O bairro está bem proximo ao centro da cidade, por isso apresenta o misto de usos no bairro. LEGENDA Área de

Intervenção

Residencial Institucional Serviço Comércio Vazio Imagem 13: Uso Residencial na vizihança. Imagem 14: Uso Institucional na vizinhança

Fonte: MApa municipal modificado pela autora

Fonte: Acervo próprio

Fonte: Acervo próprio

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GABARITO Em toda vizinhança é possível identificar a predominância no gabarito de um pavimento, somente em alguns pontos o gabrito se alterna para dois pavimentos, concluindo a escala de vizinhança apresentada possui paisagem bem homogênea.

LEGENDA Área de

Intervenção

1 Pavimento 2 Pavimentos

Imagem 15 e 16: Vista do gabarito ao redor da área de intervenção.

Fonte: MApa municipal modificado pela autora

Fonte: Acervo próprio

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Fonte: Acervo próprio


VEGETAÇÃO Bem próximo a área de intervenção encontra-se uma grande massa em vegetação, próximo a quadra de intervenção se localiza o horto do município, de acordo com o mapa apresentado, a área selecionada para estudo, apresenta uma grande quantidade em árvores de porte alto, essa quantidade influência em um clima mais fresco para essa localidade. As fotos acima apresentam a quadra de intervenção, essa por sua vez em toda sua volta apresenta árvores de pequeno porte ao longo da calçada. LEGENDA Área de

Imagem 17: Arborização nos arredores da àrea de intervenção Imagem 18: Arborização na calçada do terreno.

Fonte: MApa municipal modificado pela autora

Fonte: Acervo próprio

Intervenção

Fonte: Acervo próprio

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VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO São Joaquim da Barra possui latitude 20/58’53” sul e longitude 47°51’17” oeste e sua altitude é de 625 metros. Os gráficos acima apontam as variações climáticas durante o ano, compreendendo que as baixas temperaturas ficam entre maio e agosto e as elevadas temperaturas ficam de outubro a março. Na velocidade do vento verifica no diagrama acima as variações em km/h no período de 30 dias. LEGENDA Área de Intervenção Incidencia Solar Direção dos Ventos Fonte: MApa municipal modificado pela autora

Imagem 19: Gráfico de Temperatura Imagem 20: Diagrama de velocidade dos Ventos

Fonte:https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/

Fonte:https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/modelclimate/

modelclimate/s%C3%A3o-joaquim-da-barra_brasil_3448825

s%C3%A3o-joaquim-da-barra_brasil_3448825

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HIERARQUIA FÍSICA Com base no mapa apresentado é possível perceber que surge duas ruas com caráter de coletoras ao redor da quadra, sendo essas: a Rua XV de Novembro e a Rua Paraná, esse caráter é atribuído por ser as principais vias que acessam o centro da cidade.

LEGENDA Área de Intervenção Via Local Via Coletora

Fonte: MApa municipal modificado pela autora

Fonte: Acervo próprio

Imagem 21: Rua XV de Novembro Imagem 22: Rua Paraná

Fonte: Acervo próprio

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HIERARQUIA FUNCIONAL A mobilidade do município funciona basicamente com meios de transporte privado, sendo esses, carros e motocicletas. O mapa de fluxo aponta a quantidade de veículos que transitam por essa área, em destaque a Rua XV de Novembro recebe médio fluxo de veículos, por quanto é via a qual liga a anhanguera ao centro da cidade, assim aumenta o número de veículos que à transitam, já as outras vias são vias locais recebem um baixo fluxo de veículos LEGENDA Área de Intervenção Via de Baixo Fluxo Via de Médio Fluxo Fonte: MApa municipal modificado pela autora

Fonte: Acervo próprio

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Imagem 23: Rua XV de Novembro (Médio Fluxo) Imagem 24: Rua São Luís (Baixo Fluxo

Fonte: Acervo próprio


SENTIDO DE VIAS 3

1 Fonte: Acervo próprio 4

2

4

3

Fonte: MApa municipal modificado pela autora

1

Fonte: Acervo próprio

Fonte: Acervo próprio

2

Fonte: Acervo próprio

Imagem 25: Rua(1) São Luís Imagem 26: Rua(2) Paraná Imagem 27: Rua(3) Goiânia Imagem 28: Rua(4) XV de Novembro

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HIERARQUIA FUNCIONAL (ESCALA BAIRRO) A viação Marcussi é a empresa que há 20 anos presta serviços com transporte público ao município. Conforme mostra o mapa, as linhas estão distribuídas por quase todos os bairros, visando atender uma maioria de moradores com menor renda ou idosos, no entanto nota-se uma redução de pessoas que ainda procuram se deslocar por este, muitos reclamam pelas más condições que o transporte apresenta e é desprovido de acessibilidade, pouco a pouco os serviços privados como moto-taxi e taxis conquistam um maior espaço, tal fator muito influenciado pela agilidade e comodidade.

Fonte: MApa municipal modificado por Kamille Corrêa

LEGENDA Área de Intervenção Linha 1 Linha 2 Linha 3 Vapt-Vupt Rodoviárias Fonte: Acervo próprio

Fonte: Acervo próprio

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Fonte: Acervo próprio

Outro meio de transporte citado é o “Vapt-Vupt” uma van que leva os passageiros que chegam na Rodoviária (localizada na saída da cidade) para a o Terminal Rodoviário Urbano (localizado no centro da cidade), ou vice-versa. O veículo 15 lugares e funciona em dias úteis de segunda a sexta-feira.

Imagem 29 e 30: Viação Marcussi Imagem 31: Van Municipal Vapt-Vupt


DECLIVIDADE/ TOPOGRAFIA (ESCALA BAIRRO) Sobre o terreno escolhido, de acordo com a analise do mapa de declividade e pela percepção visual do terreno analisados nas fotos anteriores, conclui se que, o terreno apresenta poucas curvas de níveis, é quase uma área plana. Algumas informações colhidas pela vizinhança, reclamam do acumulo de lixo e entulhos no local o descuido dos moradores por jogarem esses lixos e pelo poder publico em fazer manutenções e limpezas no terreno. Fonte: MApa municipal modificado por Kamille Corrêa

LEGENDA < 3,5M De 3,5M a 5M De 5M a 10M Imagem 32,33,34:Diferentes ângulos do terreno, afim de mostrar desnível

>10M Fonte: Acervo próprio

Fonte: Acervo próprio

Fonte: Acervo próprio

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1

4

2

6 5 7 8

3

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Fonte:Google Earth


1

Fonte: Acervo próprio 2

Fonte: Acervo próprio

Em relação aos equipamentos de cultura e lazer dispostos no município, nota-se certa fragilidade quanto sua distribuição e na quantidade de pessoas que tais possam atender. Um grande questionamento é por parte de que esses equipamentos não conseguem suprir a necessidades de todos, no caso da escola de música Fabiano Lozano, não possui estrutura adequada para atender toda demanda interessada. Atualmente está em construção o CEU das Artes com o intuito de oferecer suporte à carência dos equipamentos. São Joaquim da Barra tem sua atenção voltada mais para a prática esportiva, a cidade contempla um Ginásio Esportivo localizado no bairro Residencial Espigão que sai área de intervenção. No Ginásio

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Fonte: Acervo próprio 4

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Fonte: Acervo próprio 7

Fonte: Acervo próprio

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Fonte: Acervo próprio

Fonte: Acervo próprio

estão dispostos: quadra coberta de futsal, quadra de vôlei, basquete, campo de futebol, quadra de tênis, pista para corrida e caminhada, playground para crianças, Centro de Treinamento de Judô e espaço de dança. Porém a maioria desses equipamentos são mal utilizados e apresentam más condições de preservação, como acontece com a quadra coberta e o espaço de dança, somente a quadra de futebol e a quadra de tênis que possui boas condições

de uso pelo fato de ter sido implantado recentemente. Um dos principais motivos pelo qual as pessoas não desfrutam desses espaços esta pela distancia que muitos tem para chegar ao local, pois se localiza em um bairro muito afastado. Imagem 35: Biblioteca(1) Imagem 36: Escola de Música Fabiano Lozano(2) Imagem 37: CEU das Artes(3) Imagem 38: Auditório Arthur Parada(4) Imagem 39 :Quadra de Tênis(5) Imagem 40: Playground(6) Imagem 41: Quadra Coberta(7) Imagem 42:Centro de Treinamento de Judô(8)

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Fonte:centrocultural.sp.gov.br


REFร REN CIAS PRO JETU AIS

3.0

Fonte Imagem: www.mrcutout.com| Licenรงa gratuita

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Fonte:www.archdaily.com.br


CEN TRO CUL TU RAL SE DAN

3.1

Fonte:www.archdaily.com.br

Centro Cultural Sedan

IMPLANTAÇÃO Situado em área central de Sedan , ao norte do Rio Meuse, o edifício é conectado por ruas laterais, assim o edifício pode ser acessado por todos lados.

Volumetria O edifício é composto por um volume horizontal que é a base de sustentação para o pavimento superior que se emolduram no pavimento superior.

Imagem 43: Implantação do projeto Imagem 44: Volumetria do Centro Cultural Sedan.

FICHA TÉCNICA Arquitetos: Richard e Schoeller Architectes Localização: Rue Ternaux, 82000, Sedan - França Área:1897 m² Ano:2012

Fonte:www.archdaily.com.br

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Primeiro Pavimento

Segundo Pavimento Fonte:www.archdaily.com.br

LEGENDA ESpaço Semi-Privado Espaço Público Espaço Privado Circulação

Fonte:www.archdaily.com.br

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Imagem 45: Planta Primeiro Pavimento Imagem 46: Planta Segundo Pavimento Imagem 47: Corte


Fonte:www.archdaily.com.br

Fonte:www.archdaily.com.br

A forte proposta desse projeto é a relação para que o edifício volta-se para o exterior, com panos de vidro nas fachadas, é firmada a relação interior com o exterior. A praça, espaço público que abraça o edifício, confere apoio para as atividades, harmoniosamente o externo faz parte do interno e toda essa integração provoca a atenção dos pedestres a desfrutar desses espaços. Tal relação servirá como proposta para o centro cultural para São Joaquim da Barra. Fonte:www.archdaily.com.br

Imagem 48 e 49: Atelies Imagem 50: Centro Cultural Sedan (exterior)

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Fonte:www.archdaily.com.br


CEN TRO CUL TU RAL POR TO SE GURO

3.2

Fonte:www.archdaily.com.br

Fonte:www.archdaily.com.br

FICHA TÉCNICA Arquitetos: Yuri Vital e Miguel Muralha Escritório São Paulo Arquitetura Localização: Campos Elíseos – SP Àrea: 38000 m² Ano: 2016

Segundo o arquiteto Yuri Vital, o partido do projeto é erguer um edifício que as pessoas olhassem e fossem convidadas a entrar e participar. Tal convite é evidenciado pela s aberturas sem barreiras que garante o interesse pelas pessoas. O edifício é inserido ao centro do lote e em sua volta está a praça que permite

um respiro entre o centro cultural e os edifícios que estão ao seu redor e promove conexão entre outros locais.Os acessos que o equipamento permite são distintos em seu modo de caminhar e perceber os espaços.

Imagem 51: Implantação do projeto Imagem 52: Passagens presentes no edifício

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Fonte:www.archdaily.com.br

Fonte:www.archdaily.com.br

LEGENDA ESpaço Semi-Privado Imagem 53: Planta 1° Subsolo Imagem 54:Planta 2° Subsolo Imagem 55: Planta Térreo Imagem 56: Planta Primeiro Pav.

Fonte:www.archdaily.com.br

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Fonte:www.archdaily.com.br

Espaço Público Espaço Privado Circulação


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Imagem 57: Planta Segundo Pavimento Imagem 58:Corte AA Imagem 59: Corte BB Imagem 60: Corte CC

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O primeiro e segundo subsolo comporta a parte técnica do edifício, com espaços destinados a circulação e estacionamento, porém no segundo subsolo abre uma exceção, comportando um espaço destinado para exposição.

Fonte:www.archdaily.com.br

Em busca de resolver todo o programa de necessidades em volumes puros, trabalha –se com a plasticidade dos materiais dentre esses concreto, vidro e madeira servem para indicar as funções internas e volumes

secundários de circulações verticais Sobre os cortes apresentados é possível identificar as diferentes alturas que o projeto cria, na parte expositiva acontece um pé direito duplo afim de englobar um mezanino.

Fonte:www.archdaily.com.br

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Imagem 61: Rampa Externa Imagem 62:Fachada (detalhe em madeira)

O acesso pricipal é através de um leve rampa e abaixo da mesma é possível dar usos Em uma das fachadas, é revestida por uma pele perfurada de madeira, conforme a luz incide, tem-se uma nova proposta de fachada. O material mais utilizado em todo o projeto é o concreto, o arquiteto deixa-o aparente. São propostas as quais apareceram no projeto do Centro Cultural de São Joaquim da Barra

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Fonte:www.archdaily.com.br


Fonte:www.archdaily.com.br

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Fonte:www.arcoweb.com.br


COM PLEXO CUL TU RAL LUZ

3.3

Fonte:www.g1.globo.com

Um edifício “sem” fachadas , prendido por lajes em balanços soltos e suspensos, visíveis da rua às copas das arvores. Um misto de escola e centro de espetáculo, edifício projetado apartir de lajes

de e

concreto deslocadas

superpostas em malhas.

Os deslocamentos nas lajes provocam vazios que recebem o verde e a transparência, as lajes se conectam entre edifícios de programas compatíveis

FICHA TÉCNICA Arquiteto: Jacques Herzog e Pierre de Meuron Local: São Paulo, SP Área do Terreno: 18.256 m² Área Construída: 70.000 m² Início do Projeto: 2009 Imagem 63: Complexo Cultural Luz Imagem 64: Lajes sobrepostas

Fonte:www.worksdifferent.com

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Fonte:www.arcoweb.com.br

Fonte:www.arcoweb.com.br

O complexo abrigará três teatros. O grande teatro para apresentações de música, teatro, ópera e dança. Uma sala de recitais, um teatro experimental, também conta com espaço para sediar a escola de música do Estado de São Paulo – Tom Jobim e da São Paulo Companhia de Dança.

Imagem 65: Planta esquemática 2° Pavimento Imagem 66: Planta esquemática 3° pavimento

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Fonte:www.arcoweb.com.br


Fonte:www.designboom.com

Fonte:www.arcoweb.com.br

Imagem 67: Complexo Cultural Luz visão noturna Imagem 68: Maquete do Complexo Cultural Luz Imagem 69: Perspectiva do Complexo Cultural Luz

As lajes superpostas e deslocadas são o corpo do edifício, no deslocamento e encontro dessas, dão origem a cheios e vazios, sendo os vazios preenchidos por vegetação tropical favorecendo o contato com a natureza. As lajes alem de abrigar programas fixos, também proporciona espaços de conexão e promove encontros, sendo as vezes utilizadas com programas livres, como espaço que acontece dança, exposição, música entre outros.

Fonte:www.arcoweb.com.br

As lajes multifuncionais contribuirão para o partido do projeto de Centro Cultural para São Joaquim da Barra

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Fonte:www.spcuriosos.uol.com.br


PRO JE TO

4.0

Fonte:www.mrcutout.com | Licenรงa gratuita

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LEIS DE ESTI MULO ÀCUL TURA 4.1

No âmbito cultural existem políticas de incentivo à promoção cultural, como: a Lei de Rouanet que um dos principais mecanismos de estímulo à Cultura no Brasil, essa é conhecida como Lei 8.313/91, o qual estabelece o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). A Lei tem o poder de ditar as normativas de como o Governo Federal deverá disponibilizar os recursos para execução dos projetos de caráter artístico-cultural. O Fundo Nacional da Cultura (FNC), o Incentivo Fiscal e os Fundos de Investimentos Cultural e Artístico (Ficart), são outros procedimentos de apoio ao Pronac. Além disso, existe uma Lei criada em 2006, a qual institui o Programa de Ação Cultural – PAC que é implementado pela Secretaria de Estado da Cultura. Esse mecanismo tem como finalidade de patrocinar a renovação, o intercâmbio, a divulgação e a produção artística e cultural do Estado. Todo contribuinte do ICMS poderá destinar parte do valor da contribuição para projetos culturais que são credenciados pela Secretaria de Estado da Cultura.

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PRO GRA MA DE NECE SSI DADES 4.2

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PAR TIDO 4.3

Um dos principais eixos norteadores desse projeto é causar a sensação de pertencimento tanto para quem está dentro ou fora da lâmina de vidro. O interior do edificío marcado por sua flexibilidade em integrar oficinas, favorecendo a heterogeneidade de valores. Através das marquises as quais, conectam o edifício a área externa, essa, em destaque é marcada pela expressividade de sensações do verde causando efeitos de sombra, da água que traz o som e o frescor, da luz que vivifica os ambientes, e na implantação encontra-se diferentes paginações, trazendo a textura para o local, com isso cria-se diferentes sensações. O conjunto Centro e maquises apresentam Várias possibilidades de em formas de pertencer no interior/exterior, pode ser usado como local de passagem, de longa ou pouca permanência. A maneira de utilização e apropiação seja principalmente livre e diversificada.

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DIRE TRI ZES PROJE TUAIS 4.4

a. Proporcionar integração interior com o exterior através de materiais transparentes. b. Gerar áreas de convívio, por todo lote, área verde atendendo para o requisito sombra e espaços de pertencimento e livre apropriação c.Criar espaços livres para exposições e encontros, por toda a implantação é possivel atender à versatilidade de usos. d. Oficinas com vista para o exterior, afim de promover uma integração interior com o exterior, despertar a curiosidade em quem está do lado externo e sensibilizar com o externo, aquele que está participando das ações do centro. e.Implantação de um auditório que seja flexível promovendo shows em área livre, além de toda sua estrutura interna, o auditório possui um palco externo e uma abertura fazendo assim uma comunicação interior /exterior através da abertura e junção dos palcos, reforçando todo partido de integração.

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COMUNICAÇÃO E EXPRESSIVIDADE | RIBEIRÃO PRETO |2018

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COMUNICAÇÃO E EXPRESSIVIDADE | RIBEIRÃO PRETO |2018

01- café - 211,0 m² 02- Sanitários -46,0 m²(Auditório); 36,0 m² (Centro) 03- Recepção -18,2 m² 04- Exposição -191,18 m² 05- Auditório -679,24 m² 06- ALmoxarifado -21,7 m² 07- Camarins -21,07 m² 08- Espaço para redes -60,0 m² 09- Foyer auditório -248,0 m² 10- BAlanço -79,5 m² 11- Pista de Bicicleta -439,5 m²

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Planta Pav. Térreo


COMUNICAÇÃO E EXPRESSIVIDADE | RIBEIRÃO PRETO |2018 12 -49,3 13 -49,3 14 -34,2 15 m² 16 17 m²

- Oficina de Moda m² - Oficina de Pintura m² - Oficina de Desenho m² - Sala de Teatro -342 - Sanitários -36,0 m² -Administração -48,0

18 - Recepção -25,6m² 19 - Sala do Diretor -17,35 m² 20 - Sala de Reunião -23,27 m² 21 - Copa -25,0 m² 22 - Projetor (serviço) -200,0 m²

planta Primeiro Pavimento

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COMUNICAÇÃO E EXPRESSIVIDADE | RIBEIRÃO PRETO |2018 23 - Oficina de música -49,3 m² 24 - Oficina de Dança -49,3 m² 25 - Sala audiovisual -34,2 m² 26 - Oficina de Fotografia -34,2 m²

27 - Sanitário -36,0 m² 28 - Oficina Multiuso -25,9 m² 29 - Sala de Informática-143,9 m² 30 - Biblioteca -139,14 m²

planta Segundo Pavimento

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COMUNICAÇÃO E EXPRESSIVIDADE | RIBEIRÃO PRETO |2018

Sem Escala

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COMUNICAÇÃO E EXPRESSIVIDADE | RIBEIRÃO PRETO |2018

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MEMO RIAL JUSTI FICA TIVO 4.5

A justificativa de levar um centro cultural para São Joquim da Barra tem como proposta de criar um espaço onde as pessoas interajam umas com as outras obtendo diferentes conhcimentos em um mesmo local. O potencial da área escolhida, é por ser destinada ao uso institucional e estar localizada próximo a área central, e garante um fácil acesso ao terreno. O projeto busca despertar nas pessoas o desejo de buscar conhecimento e de participar das ações criadas dentro do edificío, para essa situação a lâmina projetada do centro cultural é em todas as suas faces vedada com peles de vidro com intuito de integrar o externo com o interno e causar o efeito de curiosidade, convidando o indivíduo a participar das atividades oferecidas; já para aqueles que estão do lado interno do edificío, usando os ateliês por exemplo, essa integração com o externo age de forma inspiradora e sensibiliadora. A luz natural que penetra sobre o vidro colabora na sensação de vivacidade do ambiente; em questão à ventilação as fachadas de vidro em algumas partes pivotam , fazendo com que o ar natural circule por todo ambiente dispensando o uso de ar condicionado. O projeto são dois volumes

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principais, sendo um estruturado como uma lâmina onde estão localizados as oficinas, área expositiva, entre outros. O outro volume, no formato de um cubo, tem o uso do auditório, esses dois volumes estão ligados por um “braço”, sendo esse uma biblioteca. Os edifícios também se conectam através das marquises, as quais percorrem toda quadra, essas tem como função de, sombrear e propícia usos diversificados e livres debaixo da mesma. As marquises juntamente as áreas arborizadas em volta dos volumes geram um espaço ‘semi-privado” como define Hertzberg,que as pessoas se apropriem desse espaço livremente e assim se aproximem das atividades que estão sendo realizadas dentro dos edifícios. Os espaços no interior da lâmina foram distribuidos partindo da localização da rampa, que esta na área central, após isso as oficinas, a parte administrativa, o corpo do projeto estão posicionados nas extremidades. No pavimento térreo esta em uma extremidade o café e na outra extremidade a área espositiva, esses dois usos podem se integrar com a parte externa, pois, as portas de vidro pivotam e se abrem permitindo essa integração. No primeiro pavimento é onde esta o setor adiministrativo


e alguns ateliês, por fim o segundo e último pavimento estão localizados alguns ateliês, sala de informática e biblioteca. As oficinas em especial possuem divisórias que pivotam e arrastam, fazendo assim, uma integração com as outras salas,como exemplo, o ateliê de música se junta com a o oficina de dança;com isso, quando há necessidade de ampliar as salas, os horários das aulas podem sofrer alterações.

na paginação de piso , hora utilizando madeira (Deck), hora utilizando concreto intercalando com grama. Uma forte massa vegetativa é destacada também criando efeitos de luz e sombra por volta da área e promovendo conforto. A água um elemento sensorial também que tem a função de refrescar e gerar lazer. Debaixo de algumas marquises foram estabelecidas alguns uso para lazer e descanso, como espaço para rede, balanço e por bancos espalhados por toda implantação. .

No auditório, além do espaço comum interno, há também a flexibilidade de fazer shows ao ar livre, existe um palco interno, e um palco externo, que através de uma abertura possibilita a junção de ambos os palcos. O palco interno está em uma cota mais baixa em relação ao externo, porém através do mecanismo de elevador, eles nivelam o palco interno na mesma altura do enterno. Toda essa flexibilidade, espaços livres foram projetados de acordo a receber todos e que todos ocupem de forma livre esses espaços e garantir o essencial a expressividade e a comunicação. Na implantação o paisagismo é um dos pontos fortes do projeto, projetado baseando-se na idéia de um paisagismo expressivamente sensorial, permite um trabalho

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CON SIDE RAÇÕES FI NAIS 4.6

A partir de toda a pesquisa em campo nota-se a precariedade de equipamentos voltados para o âmbito cultural e que promova integração entre a sociedade e ao mesmo tempo seja disseminador de conhecimentos. São Joaquim da Barra, como apresentado anteriormente, possui alguns equipamentos, porém esses não conseguem suprir toda demanda do município. A proposta de implantação do centro cultural segue com os seus conceitos a fim de minimizar a ausência cultural, promover o coletivismo e influenciar na melhor ocupação de um espaço público. As referências apresentadas acima, fornece idéias para o projeto, o objetivo de criar gradações de espaços, assim o indivíduo sente-se a vontade para ocupar tal espaço, essas gradações refere-se ao espaço público que é a rua, espaço semi-privado praça e por fim o equipamento público mas com manutenções privadas o centro Cultural, a praça é o principal elemento articulador para uma proximidade ao edifício, assim como o Centro Cultural de Sedan entre o edifício e a praça existe uma relação entre os dois em que convida o ser a participar dos programas propostos em seu interior.

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RE FER ENC IAS BIBL IOG RAFI CAS

NARCISO,Carla. Espaços públicos: acção política e práticas de apropriação, conceito e procendências. Universidade de Lisboa, Portugal.Disponível em: http://revispsi.uerj.br/ v9n2/artigos/html/v9n2a02. himl. Acesso em 25/02/2018 LEITÃO,Sergio.”As atividades culturais criativas são vocações do Brasil”- discurso de posse do Ministério Sérgio Sá Leitão. Ministério da cultura. Disponível em: http://www.cultura.gov.br/ discursos. Acesso em 25/02/2018

https://www.archdaily. com.br/br/786322/portoseguro-cultural-center-saopaulo-arquitetura. Acesso em: 01 de Março de 2018. Website disponível em: https://www.archdaily.com.br/ br/01-135742/centro-culturalde-sedan-slash-richard-plusschoeller-architectes . Acesso em : 01 de Março de 2018.

MILANESI, L. A casa da invensão. 4º.ed.Cotia, 2003. HOLLANDA, Ana e MAMBERTI, Sérgio. As metas do Plano Nacional Cultural. Ministério da Cultura, Brasil. Disponível em: http://www.cultura.gov. br. Acesso em 25/02/2018 HERTZERGER, de ed.

São

H. Lições arquitetura.2º. Paulo, 1997

ZEVI, B. Saber ver a arquitetura. 9º. Ed. São Paulo, 1996 NEVES, R. Centro Cultural: a Cultura à promoção da Arquitetura. Revista Especialize On-line IPOG –Goiânia.Vol01/20013- nº 005.Pág. 1-11. Julho, 2013. Website

disponível

em:

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