ESTÁCIO | UNISEB ARQUITETURA E URBANISMO
ESTAÇÃO DE EVENTOS CORA CORALINA: DE CENTRO DE EVENTOS A PARQUE DE EXPOSIÇÕES
RIBEIRÃO PRETO - 2015 ALUNA: ALINE BORGES NAKATA CÓDIGO: 8770 ORIENTADORA: CATHERINE D’ANDREA
N118e NAKATA, Aline Borges. Estação de Eventos Cora Coralina: de centro de eventos a parque de exposições. Aline Borges Nakata. - Ribeirão Preto, 2015. 136 f. il.. Orientadora: Prof.ª Mª. Catherine D'Andrea. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário UNISEB de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da Prof.ª Mª. Catherine D'Andrea. 1. Parque de exposições. 2. Projeto arquitetônico. I. Título. II. D’ANDREA, Catherine. CDD 574.526
Curso de Arquitetura e Urbanismo TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Ata de defesa Em 09 de dezembro de 2015, às 09h50, na sala 1E da unidade Ribeirânea do Centro Universitário ESTÁCIO|UNISEB, presente a Comissão Julgadora, presidida pelo(a) Prof. Ms. Catherine D'Andrea, orientador(a) do(a) candidato(a), integrada pelos examinadores Arq. Urb. Antônio Carlos Santos Marques, Prof. Ms. Ana Teresa Cirigliano e Prof. Ms. Tânia Bulhões, iniciou‐se a defesa pública do Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo de Aline Borges Nakata, intitulado Estação de Eventos Cora Coralina: de Centro de Eventos a Parque de Exposições. Concluída a arguição, em sessão secreta, procedeu‐se ao julgamento na forma regulamentar, tendo a Comissão Julgadora atribuído as seguin‐ tes notas: Arq. Urb. Antônio Carlos Santos Marques ............................................................................ nota: 9,0 Prof. Ms. Ana Teresa Cirigliano ........................................................................................... nota: 10,0 Prof. Ms. Tânia Bulhões ........................................................................................................ nota: 9,5 Acompanham esta ata cópias das súmulas de avaliação preenchidas pela Comissão Julgadora. De acordo com os critérios de avaliação defini‐ dos no Regulamento Interno do Trabalho Final de Graduação, considerando as médias obtidas nas disciplinas Projeto Integrado I – 8,0 e Projeto Integrado II – 8,3, o(a) candidato(a) foi considerado(a) APROVADO(A) no Trabalho Final de Graduação com nota: 8,8, cujo lançamento está sujeito à entrega, em mídia digital, do Caderno de Projeto finalizado, acompanhado da autorização para a publicação do trabalho pela Biblio‐ teca Digital do Centro Universitário ESTÁCIO|UNISEB, assinada pelo(a) candidato(a) e pelo(a) professor(a) orientador(a). Para constar, é lavrada a presente ata, que vai assinada pela professora coordenadora do Trabalho Final de Graduação e pela Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo. Ribeirão Preto, 09 de dezembro de 2015.
Prof.ª Dr.ª VERA LUCIA BLAT MIGLIORINI Coordenadora do TFG
Prof. Ms. CATHERINE D’ANDREA Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo
“... Quem souber olhar em torno e ver com os olhos sábios de aprendiz, vai estar de bem com a vida, vai achar uma saída, vai um dia ser feliz.” (TOQUINHO)
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, à minha irmã e ao meu noivo, pois são eles que me fortalecem para prosseguir e lutar pela conquista dos meus sonhos.
AGRADECIMENTO
Agradeço, еm primeiro lugar, aos meus pais e à minha irmã, pelo amor incondicional, por acreditarem, por nunca desistirem de mim e pelo apoio e carinho que recebi durante toda a minha vida. Sem eles, a realização desse sonho seria impossível. Ao meu noivo, pela companhia, mesmo que distante, em todas as infindáveis noites de trabalho, por escutar e opinar sobre minhas idéias malucas durante cinco anos e principalmente por me amar o suficiente para me ajudar nos momentos em que precisei. Aos meus familiares, que estiveram ao meu lado nos piores e melhores momentos da minha vida, me incentivando a continuar. A todos os colegas da turma, pela companhia, pelas amizades, pelas discussões, pelos momentos felizes e também pela sofrência e principalmente, por chegarmos juntos até aqui. A todos os professores que acompanharam o meu desenvolvimento durante toda a graduação , em especial à Professora Catherine D’Andrea, que me ajudou na realização desse trabalho como orientadora e como amiga. Agradeço também ao Professor Francisco Carlos Gimenes, que me ajudou a prosseguir com o meu projeto, mas me entristeceu com sua partida repentina. Sempre me lembrarei do seu jeito calmo e tranquilo de nos ensinar, muito detalhadamente e rigorosamente, a compreender a Arquitetura e a sua história. Agradeço até mesmo aos meus dois cachorros, que dormiram e brincaram aos meus pés durante a realização dos meus trabalhos, me fazendo companhia e me trazendo alegria sempre que precisei.
FIGURAS
FIG. 01
Estação de eventos, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 02
Localização da antiga ferrovia,2015. Imagem do Google Earth.
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FIG. 03
A estação, sem data. Acervo Antonio Carlos Brito
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FIG. 04
A estação, em 17/11/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht.
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FIG. 05
A Estação em 23/03/2007.Foto: Antônio Andrade.
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FIG. 06
Estação em 5/2/2013. Foto: Rodrigo Cabredo.
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FIG. 07
Estação de eventos: coberturas e edificações de apoio, 2015. Imagem do Google Earth.
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FIG. 08
Estação de eventos, 2015. Acervo Pessoal.
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FIG. 09
Entrada da Estação de eventos, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 10
Estação de eventos: palco e cobertura metálica, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 11
Estação de eventos: cobertura e estruturas metálicas, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 12
Show na Festa do Quitute, 2014. Imagem: Prefeitura de Jaboticabal
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FIG. 13
Feira de artesanato na Festa do Quitute, 2014. Imagem: Prefeitura de Jaboticabal
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FIG. 14
Estruturas provisórias da Festa do Quitute e antigo Armazém, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 15
Estruturas provisórias da Festa do Quitute e antiga Estação Ferroviária, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 16
Estruturas provisórias da Festa do Quitute em terreno sem uso, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 17
Estruturas provisórias da Festa do Quitute e antigos Armazém e Estação Ferroviária, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 18
Vias de principal acesso ao município e parque de diversões da Festa do Quitute, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 19
Extensão do parque de diversões da Festa do Quitute, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 20
Extensão do parque de diversões da Festa do Quitute, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 21
Banheiros públicos para dar suporte ao público da Festa do Quitute, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 22
Localização da Estação de eventos, 2015. Imagem do Google Earth.
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FIG. 23
Planta baixa da Estação de Eventos Cora Coralina, 2015. Fonte: Prefeitura Municipal de Jaboticabal.
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FIG. 24
Planta baixa da Estação de Eventos Cora Coralina: planejamento espacial das estruturas provisórias, 2015. Fonte: Prefeitura Municipal
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de Jaboticabal. FIG. 25
Planta baixa da Estação de Eventos Cora Coralina: esquema de circulação, 2015. Fonte: Prefeitura Municipal de Jaboticabal.
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FIG. 26
Planejamento espacial da Festa do Quitute de 2015. Fonte: Acervo pessoal.
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FIG. 27
Centro Cultural Daoíz y Velarde, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
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FIG. 28
Relação entre fachada e interior, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
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FIG. 29
Estrutura metálica e cobertura, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
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FIG. 30
Cobertura e aberturas para iluminação e ventilação, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
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FIG. 31
Corte esquemático, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
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FIG. 32
Pavimento superior e circulação vertical, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
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FIG. 33
Planta baixa do primeiro pavimento, 2014. Autor desconhecido
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FIG. 34
Circulação horizontal e vertical, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
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FIG. 35
Planta baixa do primeiro pavimento, 2014. Autor desconhecido.
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FIG. 36
Maquete eletrônica Centro Cultural de Eventos e Exposições, sem data. Imagem: Estúdio 41
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FIG. 37
Maquete eletrônica Centro Cultural de Eventos e Exposições: praça, pavilhão de exposições e mirante, sem data. Imagem: Estúdio 41
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FIG. 38
Maquete eletrônica Centro Cultural de Eventos e Exposições: praça de alimentação com vista para o mar, sem data. Imagem: Estúdio 41
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FIG. 39
Maquete eletrônica Centro Cultural de Eventos e Exposições: mirante, pavilhão de exposições e píer, sem data. Imagem: Estúdio 41
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FIG. 40
Implantação: setorização, sem data. Imagem: Estúdio 41
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FIG. 41
Planta do pavimento térreo, sem data. Imagem: Estúdio 41
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FIG. 42
Planta do pavimento térreo, sem data. Imagem: Estúdio 41
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FIG. 43
Planta do pavimento superior, sem data. Imagem: Estúdio 41
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FIG. 44
Estrutura, sem data. Imagem: Estúdio 41
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FIG. 45
Estrutura, cobertura e porta guilhotina, sem data. Imagem: Estúdio 41
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FIG. 46
Maquete eletrônica Centro Cultural de Eventos e Exposições: espaço de exposições, portas em guilhotina erguidas e aberturas para
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iluminação natural, sem data. Imagem: Estúdio 41 FIG. 47
Localização do Centro de eventos Expo Renault no Parque Barigui, 2015. Imagem: Google Earth
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FIG. 48
Fachada do Expo Renault, sem data. Imagem: Autor desconhecido
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FIG. 49
Jardim Vertical,2015. Acervo pessoal
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FIG. 50
Jardim vertical,2015. Acervo pessoal
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FIG. 51
Fachada: Jardim Vertical, bilheteria e estrutura metálica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 52
Fachada: Espelho d’água e iluminação, sem data. Imagem: Autor desconhecido
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FIG. 53
Treliças metálicas e iluminação, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 54
Planta baixa do Centro de eventos Expo Renault Barigui, sem data. Imagem: Autor desconhecido
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FIG. 55
Parque Barigui visto do interior do Expo Renault, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 56
Planta baixa do Centro de eventos Expo Renault Barigui, sem data. Imagem: Autor desconhecido
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FIG. 57
Secretaria do meio ambiente, sem data. Imagem: Autor desconhecido
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FIG. 58
Museu do Automóvel, sem data. Autor desconhecido
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FIG. 59
Bistrô, sem data. Autor desconhecido
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FIG. 60
Pedalinho e lazer, 2015. Autor desconhecido
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FIG. 61
Mapa do Parque Barigui, sem data. Imagem da Secretaria do Meio Ambiente
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FIG. 62
Parque Barigui, sem data. Autor desconhecido.
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FIG. 63
Parque Barigui, sem data. Autor desconhecido.
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FIG. 64
Área de estudo e sua localização no município de Jaboticabal, 2015. Imagem do Google Earth.
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FIG. 65
Área de intervenção e sua localização em relação à área de estudos, 2015. Imagem do Google Earth.
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FIG. 66
Fachadas voltadas para o muro da Estação de eventos, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 67
Fachadas voltadas para a parte de trás do Fórum, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 68
Armazém da Coplana, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 69
Armazém da Coplana, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 70
Prefeitura municipal, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 71
Lago da prefeitura municipal, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 72
Estação de eventos Cora Coralina, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 73
Terreno sem uso em frente à estação de eventos, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 74
Nova repartição do Fórum e hotel do MI, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 75
Terreno sem uso em frente ao Fórum, 2015. Imagem do google Earth.
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FIG. 76
Fórum, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 77
Praça do Fórum, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 78
Antiga estação ferroviária, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 79
Ordem dos Advogados Brasileira, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 80
Casa do menor aprendiz, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 81
Sem uso | Maciço vegetal ao fundo, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 82
Área de intervenção e diretrizes viárias, 2015. Imagem do Google Earth.
FIG. 83
Área de estudos, 2015. Imagem do Google Earth.
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FIG. 84
Área de estudos, 2015. Imagem do Google Earth.
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FIG. 85
Área de estudos, 2015. Imagem do Google Earth.
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FIG. 86
Área de estudos, 2015. Imagem do Google Earth.
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FIG. 87
Recorte da pavimentação em forma de mobiliário destacando antigos paralelepípedos. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
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FIG. 88
Maciço vegetal e sua relação com o parque de exposições. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 89
Paginação do piso: encontro entre o novo e o velho. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 90
Recorte na paginação em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 91
Paginação do piso: jatos d’água | Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 92
Paginação do piso: jatos d’água | Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 93
Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 94
Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 95
Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 96
Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 97
Trilho em forma de arquibancada. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 98
Fonte com palco e cascata ao fundo e arquibancada ao lado. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 99
Vista aérea: cascata, palco, fonte, arquibancada e gramado com pergolado. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 100
Cascata e espelhos d’água. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 101
Gramado com pergolado para descanso. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 102
Perspectiva | Pavilhões, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 103
Volumetria: pavilhão de shows, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 104
Volumetria: pavilhão de eventos, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 105
Volumetria: pavilhão de gastronomia, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 106
Perspectiva | Implantação do parque de exposições. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 107
Perspectiva | Implantação do parque de exposições. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 108
Perspectiva | Implantação do parque de exposições. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
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FIG. 109
Perspectiva | Implantação do parque de exposições. Maquete física, 2015. Acervo pessoal
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Página 94
1. INTRODUÇÃO
2. LEITURAS PROJETUAIS
3. CENTRO DE EVENTOS: ESPAÇO PÚBLICO OU DE USO COLETIVO 4. O ESPAÇO PÚBLICO 5. A IMPORTÂNCIA DA ESTRUTURA VIÁRIA 6. LEVANTAMENTO DE DADOS DO ENTORNO
7. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
8. PROJETO DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS
1.1 1.2 1.3 1.4
A FERROVIA A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA O ANTIGO ARMAZÉM DE CENTRO DE EVENTOS À PARQUE DE EXPOSIÇÕES
Página Página Página Página Página
12 16 17 18 20
2.1 2.2 2.3 2.4 2.5
ESTAÇÃO DE EVENTOS CORA CORALINA CENTRO CULTURAL DAOÍZ Y VELARDE CENTRO CULTURAL DE EVENTOS E EXPOSIÇÕES DE CABO FRIO CENTRO DE EVENTOS EXPO RENAULT BARIGUI PARQUE BARIGUI
Página Página Página Página Página Página
24 26 32 36 48 52
Página 56 Página 62 Página 66 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5
ÁREA DE ESTUDO USO DO SOLO GABARITO HIERARQUIA VIÁRIA FÍSICA HIERARQUIA VIÁRIA FUNCIONAL
Página Página Página Página Página Página
70 72 74 76 78 80
7.1 7.2 7.3 7.4 7.5
ÁREA DE INTERVENÇÃO SÍNTESE DE DADOS SÍNTESE DE PROBLEMAS DIRETRIZES PROJETUAIS PLANO DE MASSAS
Página Página Página Página Página Página
82 84 86 88 90 96
8.1 8.2 8.3 8.4 8.5 8.6
ÁREA DE INTERVENÇÃO SETORIZAÇÃO FLUXOGRAMA PREMISSAS PROJETUAIS PROJETO DOS PAVILHÕES ANEXOS PROJETO DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES
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CAPÍTULO
1
:
INTRODUÇÃO
1.
INTRODUÇÃO A Estação de Eventos Cora Coralina, ocupa um edifício histórico que antigamente era utilizado como armazém da ferrovia. Para seu funcionamento como centro de eventos, foram necessárias: a implantação de coberturas fixas em estruturas metálicas; a construção de pequenas edificações de apoio para abrigar o palco, um sanitário masculino e um feminino; e uma intervenção no espaço interno do antigo armazém para obter camarins e banheiros para os artistas que utilizam o palco. A Estação recebe eventos de todos os tipos e portes, incluindo o maior evento anual da cidade que recebe um público em torno de 7 mil pessoas para durante uma semana, comemorar o aniversário do município: A Festa do Quitute. O problema é que a Estação de Eventos não possui estrutura suficiente para abrigar tanta gente ou para realizar eventos gastronômicos, que é o caso da Festa do Quitute e de alguns eventos menores, tornando necessária a utilização de estruturas provisórias, incluindo o aluguel de banheiros públicos “móveis”, e por não possuir sequer espaço para ampliação e instalação dessas estruturas, ocupa as vias e os lotes vazios mais próximos, gerando transtornos no trânsito e na vizinhança.
14
Em busca de solução para os diversos problemas existentes na área que abrange o antigo armazém da ferrovia e alguns outros edifícios de grande importância histórica ou de uso, será feito um estudo sobre a melhor forma de inserir a estrutura necessária de forma permanente, ou seja, ampliar essa área através da construção de novos edifícios e interligá-los aos edifícios históricos com a implantação de um parque urbano que promoverá a utilização dessa área não só durante a realização de pequenos ou grandes eventos, mas em tempo integral e proporcionando ao público momentos de lazer e recreação enriquecidos com a história e a cultura que essa região do eixo ferroviário e suas edificações contam por si próprias.
Fig. 1 : Estação de eventos, 2015. Acervo pessoal.
15
1.1
e pela supressão do trecho Rincão-Jaboticabal, em 1968. Consequentemente, no dia 2 de Janeiro de 1969, partiu o último trem com destino à Rincão e asSegundo Giesbrecht (2013), como ponta de linha do sim que chegou ao seu destino, lotada de moradotronco de bitola métrica da Secção Rio Claro e como posse res e ferroviários, a retirada dos trilhos foi iniciada. da Cia Paulista de Estradas de Ferro, a Estação FerroviáAtualmente, as únicas evidências do percurso dos ria de Jaboticabal teve sua inauguração em 1893, segui- trilhos que ali existiu, são a existência das edifida pela conclusão da construção do seu edifício em 1915. cações da antiga estação e dos antigos armazéns. A partir de 1916, a Cia Paulista adquiriu (como ramal de Luzitânia), um pequeno ramal de aproximadamente 25km em direção à zona rural do município. Mais tarde, em 1922, a construção de rotunda de Jaboticabal para bitola métrica teve seu início com previsão de uma possível ampliação para a bitola larga. Em 1924, o carro Pullmann foi inaugurado para a bitola estreita do trecho Rincão-Barretos. De acordo com Giesbrecht (2013), foi nessa época em que a Cia Paulista demonstrou interesse em modificar o traçado atual da ferrovia para um que fosse mais viável por aproveitar o terreno plano do vale do Rio Mogi-Guaçu, já que a serra de Jaboticabal dificultava o traçado da linha. O município de Jaboticabal protestou contra essa possibilidade, dando origem aos
A FERROVIA
acontecimentos que envolveram tentativas de
16
boicote e protestos e resultaram na retirada do carro Pullman, em 1933, na suspensão definitiva do trecho Jaboticabal-Bebedouro, em 1966
Legenda:
Reprodução do traçado da antiga ferrovia
Prefeitura Municipal
Córregos
Estação de Eventos Cora Coralina
Centro da cidade
Antiga Estação Ferroviária
Fig. 2 : Localização da antiga ferrovia, 2015. Imagem do Google Earth.
1.2
A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA Construída em 1915, a estação ferroviária acabou sendo fechada no final da década de 60 devido à desativação do seu ramal ferroviário. Fig. 4 : A estação em 17/11/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht.
Fechado desde então, inicialmente seria instalado o Museu do Trem, e por isso foi restaurado em 2009, porém já foi utilizado como cozinha durante a Festa do Quitute, como apoio para os Jogos Regionais e como oficina para os preparativos do Carnaval. Também já foi anunciado como departamento de Cultura e prometido para a Secretaria da Educação e para o Fundo Social de Solidariedade. Atualmente, ain-
Fig. 3 : A estação, sem data. Acervo Antonio Carlos Brito
da esperado para a instalação do Museu, está sendo solicitado para a instalação da 4ª Vara da Justiça.
O edifício foi utilizado pelo Fórum Trabalhista por muitos anos e devido ao aumento da demanda, seu espaço acabou sendo insuficiente , o que resultou na mudança do Fórum Trabalhista para um imóvel mais amplo e moderno e na devolução da antiga estação para a Prefeitura Municipal, em 2008. Fig. 5: A Estação em 23/03/2007.Foto: Antônio Andrade.
Fig. 6: Estação em 5/2/2013. Foto: Rodrigo Cabredo.
17
1.3
O ANTIGO ARMAZÉM
rins com banheiros, além disso, foi necessário que O edifício que antigamente era utilizado como arma- fossem incorporados permanentemente, novas cozém da antiga estação ferroviária, passou por algumas berturas de estruturas metálicas e alguns edifícios de pequenas adaptações para ser utilizado como centro de apoio como o palco, banheiros e espaço para vendas.
Fig. 7 : Antigo armazém: coberturas e edificações de apoio, 2015. Imagem do Google Earth.
18
eventos, tais como a restauração do edifício antigo e a sua divisão interna em espaço de eventos e cama-
Como pode ser visto nas imagens a seguir, o antigo As coberturas com estrutura metálica receberam a armazém, agora conhecido como “Estação de eventos mesma forma: com treliças metálicas em toda a sua Cora Coralina”, em busca de funcionalidade, foi cons- estrutura, cobertura também metálica e com fechatruído na forma de “barracão” que é uma estrutura mento em poucas faces. Com isso, também garansimples composta por sequências de pilares onde são tiram grandes vãos em busca de funcionalidade . apoiadas as tesouras ou treliças que sustentam a cobertura. Isso possibilitou a existência de um grande vão PALCO sem divisões internas para o armazenamento de cargas.
Fig. 10 : Estação de eventos: palco e cobertura metálica, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 8 : Estação de eventos, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 9 : Entrada da Estação de eventos, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 11 : Estação de eventos: cobertura e estruturas metálicas, 2015. Acervo pessoal.
19
1.4
DE CENTRO DE EVENTOS A PARQUE DE EXPOSIÇÕES A Estação de eventos Cora Coralina, recebeu esse te, fazendo necessária a instalação provisória de esnome em homenagem à famosa poetisa Cora Co- truturas metálicas com cobertura para abrigar as ralina que segundo Almeida, (2010), nos mais barracas para comercialização de pratos típicos, dode 40 anos que viveu no município, comerciali- ces ou artesanato das muitas associações e entidazou flores, abriu uma pensão e ajudou na criação des contribuintes que participam todos os anos e da Assistência Beneficente Social de Jaboticabal. para abrigar o público que só aumenta a cada ano. Nela são realizados eventos variados em tipologia e abrangência. Entre eles , os mais famosos e frequentes são: o Casamento Comunitário e a Festa do Quitute, mas ela também é palco de grandes shows, festas particulares e encontros gastronômicos. O Casamento Comunitário é uma realização da Prefeitura Municipal, no qual é oferecida à muitos casais a oportunidade de regularizar a sua situação perante a lei gratuitamente. Por se tratar de uma cerimônia simples, porém grandiosa, a estrutura existente, com um pouco de decoração e iluminação especial, é suficiente para sua realização.
20
A Festa do Quitute é realizada todos os anos em comemoração ao aniversário da cidade. Trata-se de um evento beneficente que mistura música e diferentes culturas gastronômicas e artesanais , reunindo um público de aproximadamente 7 mil pessoas da cidade e da região em cada edição. Devido à sua abrangência regional, a estrutura existente é insuficiente para a realização de um evento desse por-
Fig. 12 : Show na Festa do Quitute, 2014. Imagem: Prefeitura de Jaboticabal
Fig. 13 : Feira de artesanato na Festa do Quitute, 2014. Imagem: Prefeitura de Jaboticabal
As estruturas provisórias são montadas na via urbana que dá acesso à entrada da Estação, interrompendo o tráfego de veículos nesse trecho da via e em algumas vias que atravessam essa primeira.
Fig. 14: Estruturas provisórias da Festa do Quitute e antigo Armazém, 2015. Acervo pessoal
Fig. 16: Estruturas provisórias da Festa do Quitute em terreno sem uso, 2015. Acervo pessoal
Fig. 15: Estruturas provisórias da Festa do Quitute e antiga Estação Ferroviária, 2015. Acervo pessoal
Fig. 17: Estruturas provisórias da Festa do Quitute, antigos Armazém e Estação Ferroviária, 2015. Acervo pessoal
21
Nas edições anteriores do evento, foram feitas algumas interdições de vias de grande fluxo que são uma das prin-
A imagem anterior mostra essas vias e a presença do parque de diversões ao lado, interferindo ape-
cipais vias de entradas da cidade, em uma área existente ao lado da Estação, onde o parque de diversões que acompanha o Evento era instalado. Essa situação não afetava apenas as vias que foram interditadas durante a realização dos eventos, mas também outras vias do entorno que sofriam alterações de sentido e recebiam o tráfego daquelas cujo fluxo de veículos foi interrompido. Na tentativa de reduzir pelo menos o impacto nas principais vias de acesso à cidade durante a realização desse evento de grande porte, em 2015 a instalação do parque de diversões foi dividida em duas áreas, para que não houvesse necessidade de interromper o fluxo de veículos das vias que são uma das principais portas de acesso ao município.
nas em vias de menor fluxo, porém isso resultou na extensão do parque em uma área na qual outra via de menor fluxo e outro terreno sem uso foram necessários para a instalação dos demais brinquedos.
Fig. 19: Extensão do parque de diversões da Festa do Quitute, 2015. Acervo pessoal
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Fig. 18: Vias de principal acesso ao município e parque de diversões da Festa do Quitute, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 20: Extensão do parque de diversões da Festa do Quitute, 2015. Acervo pessoal
Além dos transtornos causados, é preciso ressaltar que Por se tratar de um centro de eventos, seu funcionamento a estrutura existente, mesmo somada às estruturas concentra-se no período noturno dos finais de semana, provisórias e apesar de serem capazes de abrigar um evento desse porte, são inadequadas para as funções para as quais são designadas. A grande maioria delas, envolve o preparo de alimentos, porém não existe local adequado para seu preparo, como cozinhas industriais e locais para armazenagem e distribuição, sendo assim, esses locais de preparo, armazenagem e distribuição são improvisados, oferecendo riscos ao sucesso do evento. Outro fator importante que merece destaque é a escassez de banheiros de uso público. Existe em um dos edifícios de apoio que foram construídos, um banheiro masculino e um feminino, que são insuficientes para um público muito grande. Quando realizados eventos de grande porte, banheiros públicos “portáteis” são requisitados e temporariamente solucionam esse problema de maneira desagradável.
Fig. 21: Banheiros públicos para dar suporte ao público da Festa do Quitute, 2015. Acervo pessoal
deixando o edifício inutilizado nos outros períodos da semana e portanto, se tornando vulnerável ao vandalismo. Em busca de soluções para os inúmeros problemas encontrados e principalmente, visando um aprimoramento da utilização da Estação de Eventos, que é um espaço público de uso coletivo e um ícone importante na história municipal, o ideal seria vincular esse espaço que funciona em determinados períodos de tempo à um espaço público que funciona em tempo integral e à outros espaços de uso coletivo que sirvam como atrativo para sua utilização e manutenção. Assim, no final haverá um parque urbano que através de seus percursos e atividades oferecidas, vinculam diferentes edificações com funções de interesse público à paisagem.
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CAPÍTULO
2
:
LEITURAS PROJETUAIS
2.1
ESTAÇÃO DE EVENTOS CORA CORALINA
Fig. 22 : Localização da Estação de eventos, 2015. Imagem do Google Earth.
Legenda: 26
Edifício a ser estudado (antigo armazém da ferrovia e atual Estação de Eventos
A planta atual do antigo armazém da ferrovia está re- com toda a estrutura metálica com cobertura, represenpresentada abaixo na cor roxo. Nota-se, representado tadas na cor azul. na cor amarela, que ela sofreu uma pequena divisão Para dar suporte aos eventos foi construído um blono seu espaço interno para acomodação dos camarins co pequeno com um banheiro público masculino e um e banheiros programados para receber aos artistas. Os banheiro público feminino, que são insuficientes para shows são realizados no palco, representado na cor ver- atender aos grandes eventos. de, que foi instalado ao edifício do antigo armazém junto
Legenda: Palco adaptado Banheiro público Cobertura com estrutura metálica Camarins Antigo armazém Antiga estação ferroviária Fig. 23: Planta baixa da Estação de Eventos Cora Coralina, 2015. Fonte: Prefeitura Municipal de Jaboticabal.
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Apesar de terem sido instalados para possibilitar a realização dos diversos eventos, as coberturas metálicas, o palco e os banheiros não são suficientes para a variedade de tipos e tamanhos de eventos que nele são realizadas. Exemplo disso é a ausência de cozinhas e locais para armazenagem de mantimentos e equipamentos, sendo que a maioria dos eventos é acompanhado por gastronomia.
Além disso, uma vez por ano é preciso adquirir estruturas provisórias que são instaladas nas ruas, em terrenos desocupados e até mesmo no edifício da antiga estação ferroviária, que tem sido solicitada para ser o museu da ferrovia e encontra-se desocupada atualmente. Com isso, algumas vias urbanas de principal acesso ao local são interditadas durante o período de realização do evento.
Legenda: Antiga estação ferroviária Estruturas provisórias Coberturas, palco e banheiros Antigo armazém 28
Fig. 24: Planta baixa da Estação de Eventos Cora Coralina: planejamento espacial das estruturas provisórias, 2015. Fonte: Prefeitura Municipal de Jaboticabal.
Todo grande evento envolve grande número de pessoas e a estação chega a atingir um público de aproxima-
mo um circuito, integrando todos os espaços adquiridos como um todo, no qual as pessoas possam seguir um
damente 7 mil pessoas durante a Festa do Quitute que é realizada anualmente e tem a duração aproximada de uma semana. Sendo assim, a circulação do espaço é muito importante e observando a planta abaixo, nota-se que apesar de provisória, a estrutura tem sua circulação pensada co-
fluxo constante e ao longo de seu passeio pelo evento automaticamente acabem visitando e conhecendo os inúmeros atrativos do evento distribuídos ao longo desse percurso, que nesse caso, também ocupa boa parte da via urbana mais próxima.
Legenda: Circulação horizontal Fig. 25: Planta baixa da Estação de Eventos Cora Coralina: esquema de circulação, 2015. Fonte: Prefeitura Municipal de Jaboticabal
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Fig. 26: Planejamento espacial da Festa do Quitute de 2015. Fonte: Acervo pessoal.
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Em 2015, a organização espacial da Festa do Quitute foi semelhante à das edições anteriores, com exceção do local ocupado pelo parque de diversões, que nesse ano foi dividido e ocupou duas áreas. A área que nas edições anteriores era ocupada pelo parque de diversões, foi reduzida para que não houvesse mais a necessidade de interromper o fluxo de veículos nas principais vias de acesso ao município. Sendo assim, foi necessário aumentar o alcance do evento á um terreno próximo onde foi possível instalar os brinquedos que não couberam na antiga área, agora reduzida. Para a realização de um evento desse porte com o menor impacto negativo possível em qualquer escala, é necessário agregar à Estação de Eventos, alguns lotes que encontram-se desocupados, além de algumas vias e áreas públicas. O problema é que além de depender da disponibilidade desses terrenos, o impacto negativo ainda existe, principalmente em relação ao trânsito que inevitavelmente recebe algumas intervenções durante o período de realização do evento.
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2.2
CENTRO CULTURAL DAOÍZ Y VELARDE Arquiteto: Rafael De La-Hoz Localização: Madri, Espanha Área: 6850,0 m² Ano: 2013
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Fig. 27 : Centro Cultural Daoíz y Velarde, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
O objetivo dessa intervenção foi preservar a arquitetura dos antigos galpões Daoíz y Velarde, herdada pela era industrial e militar de Madri. A ideia inicial era respeitar a geometria básica do edifício existente, a estrutura metálica e a fachada de tijolos aparentes. O espaço interno foi esvaziado e um novo volume foi criado, resultando em um contraste entre a parte interna modernizada e a parte externa do edifício, que foi tombada como patrimônio.
Fig. 28 : Relação entre fachada e interior, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
Fig. 29 : Estrutura metálica e cobertura, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
Fig. 30 : Cobertura e aberturas para iluminação e ventilação, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
A estrutura metálica pré existente composta por pilares, A cobertura, do ponto de vista arquitetônico, realçou o vigas e tesouras, foi complementada por uma cobertu- contraste que havia entre a estrutura pré existente e as ra hi-tech também metálica, desenvolvida para poten- paredes de tijolo aparente da fachada que foram manticializar a ventilação e a iluminação naturais através de das e restauradas. aberturas.
Fig. 31 : Corte esquemático, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
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Destinado ao uso coletivo, esse pavimento superior é um espaço mais aberto que possibilita várias montagens e diversos esquemas de circulação. Os banheiros ficam próximos dos acessos por meio da circulação vertical e acessibilidade assegurada por meio de um elevador. Além disso foram mantidas as aberturas para acesso direto a esse nível pelo exterior. Do ponto de vista do conforto ambiental, não só foram mantidas as janelas existentes, como também foram colocadas aberturas em sua cobertura que aprimoram a circulação da ventilação natural. Fig. 32 : Pavimento superior e circulação vertical, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
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Fig. 33 : Planta baixa do primeiro pavimento, 2014. Autor desconhecido
Duas áreas com circulação e acesso distintas foram Além disso, outra vez os banheiros foram posicionados criadas de modo que proporcionem uma forte conexão próximos ao principal ponto de acesso tanto pela circuvisual e espacial. Também foi criado um espaço de uso lação vertical quanto horizontal. coletivo em cada ponto de acesso, para promover encontros e facilitar a busca por informações e para abrigar exposições. Nesse pavimento, a circulação horizontal intercalada com a vertical, resulta em um circuito de circulação que ao longo do mesmo é possível acessar áreas que são de uso coletivo, mas que são formadas por ambientes fechados e um pouco mais privativos. Fig. 34 : Circulação horizontal e vertical, 2014. Imagem: Alfonso Quiroga
Fig. 35 : Planta baixa do primeiro pavimento, 2014. Autor desconhecido.
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2.3
CENTRO CULTURAL DE EVENTOS E EXPOSIÇÕES DE CABO FRIO Proposta Vencedora do concurso Arquitetos: Estúdio 41 Localização: Cabo Frio - RJ Segundo Barato (2014), o programa do centro cultural foi organizado em um único volume que é responsável pela realização das principais atividades culturais no nível térreo. Nele foi proposta a flexibilidade dos ambientes internos do pavilhão de forma que ele possa obter configurações variadas. Para isso, o auditório e as de reunião foram projetadas em locais estratégicos e com uma estrutura que permite o recolhimento das paredes para o aumento do espaço expositivo, quando necessário. Além disso, foram instaladas na fachada junto à praça, portas do tipo guilhotina que quando abertas, se escondem atrás das vigas e permitem a integração dos espaços internos e externos ao conectar a praça de eventos externa aos ambientes internos do pavilhão cultural. A paginação de piso da praça, que é composta de módulos pré-fabricados de cimento granulado e permeável à água, em si já produz um efeito de obra de arte, algo que valha a pena parar para observar e compreender que ela se conecta ao espaço de exposições.
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De acordo com Barato (2014), a sugestão de um mirante que também serve de abrigo para os reservatórios d’água superiores, se contrapõe a horizontalidade do edifício principal devido à sua volumetria vertical, sendo considerado um marco referencial. Visando ampliar o alcance das atividades possíveis, é proposta a montagem de um palco para apresentações ao ar livre na área livre externa cuja estimativa é de abrigar, confortavelmente, até 10.000 pessoas. Outra sugestão é a construção do píer sobre a lagoa que amplia o uso do espaço público por ser uma extensão natural da praça sobre a água.
Fig. 36 : Maquete eletrônica Centro Cultural de Eventos e Exposições, sem data. Imagem: Estúdio 41
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A construção do pavilhão adota uma estrutura mista
A estrutura escolhida permite a abertura de grandes
constituída de dois sistemas principais. Nas duas laterais mais longas são construídas vigas em concreto armado que fazem também a função de fachadas.
vãos, inclusive na fachada e isso, somado à instalação de janelas em fita, resulta na integração do espaço interno e externo do edifício.
Fig. 37 : Maquete eletrônica Centro Cultural de Eventos e Exposições: praça, pavilhão de exposições e mirante, sem data. Imagem: Estúdio 41
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Fig. 38 : Maquete eletrônica Centro Cultural de Eventos e Exposições: praça de alimentação com vista para o mar, sem data. Imagem: Estúdio 41
Fig. 39 : Maquete eletrônica Centro Cultural de Eventos e Exposições: mirante, pavilhão de exposições e píer, sem data. Imagem: Estúdio 41
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O desenho urbano teve grande influência na setorização e espacialização do projeto através do prolongamento de três vias urbanas que dão acesso a área.
Assim surgiram os três principais eixos de circulação, responsáveis pela divisão da área em três setores: estacionamento, pavilhão de exposições e espaço público.
Fig. 40 : Implantação: setorização, sem data. Imagem: Estúdio 41
Legenda: Eixos de circulação 40
Estacionamento
Pavilhão de eventos e exposições Espaço público: praça, mirante e píer
Em busca de melhor aproveitamento espacial no andar térreo, parte do auditório e das salas de reuniões foram planejadas para serem “retráteis”. Quando necessário, é possível ampliar a área de exposições diminuindo ou “retraindo” esses dois ambientes.
A área de exposições pode ganhar proporções muito maiores ao abrir as portas em guilhotinas instaladas nas duas maiores fachadas do edifício, promovendo a integração entre o espaço público da praça e o espaço de exposições, além de melhorar a circulação.
Fig. 41 : Planta do pavimento térreo, sem data. Imagem: Estúdio 41
Legenda:
Projeção da ocupação dos ambientes “retráteis” Ambientes “recolhidos” (auditório e salas de reunião) 41
Fig. 42 : Planta do pavimento térreo, sem data. Imagem: Estúdio 41
Programa:
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Geral 1.1 Circulação/Acesso 1.2 Técnica 1.3 Saguão 1.4 Bilheteria 1.5 Jardim 1.6 Eventos e Exposições 1.7 Doca 1.8 Triagem
Auditório 2.1 Foyer 2.2 Plateia 2.3 Palco 2.4 Administração, gerência, produção e imprensa 2.5 Som, iluminação e tradução simultânea 2.6 Chapelaria e bomboniere 2.7 Copa e apoio 2.8 Depósito 2.9 Camarim
Reuniões 3.1 Sala 3.2 Copa e apoio
Praça de alimentação 4.1 Alimentação 4.2 Lanchonete 4.3 Depósito 4.4 Lixo
Fig. 43 : Planta do pavimento superior, sem data. Imagem: Estúdio 41
Restaurante 5.1 Alimentação 5.2 Tratamento de utensílios 5.3 Triagem 5.4 Lixo 5.5 Nutricionista e chefe de cozinha 5.6 Congelados 5.7 Resfriados 5.8 Estoque 5.9 Cocção
5.10 Carnes 5.11 Vegetais 5.12 Gambuza/panelas
Legenda: Portas em guilhotina Espaços de uso público Espaços de uso privado Banheiros Circulação vertical Circulação horizontal
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A estrutura é composta por vigas em concreto protendido e uma treliça espacial em alumínio, que precisam de poucos apoios em concreto para se manter, gerando um grande vão interno que amplia as possibilidades de utilização da área de exposições.
Legenda: Treliça espacial em aço Vigas principais de concreto protendido Vigas secundárias de concreto protendido Apoios em concreto 44
Fig. 44 : Estrutura, sem data. Imagem: Estúdio 41
A cobertura zenital, possui aberturas para ventilação e iluminação naturais com design particulares. Com isso, a economia de energia se torna possível nos períodos diurnos através de uma solução elegante e moderna. As portas em guilhotina fazem uso de um contrapeso para sua sustentação e mobilidade. Ao serem erguidas, as portas se escondem totalmente atrás das vigas principais, que são de concreto protendido e compõem a fachada do edifício.
Legenda: Ambientes “retráteis” Portas em guilhotina Vigas principais em concreto protendido Vigas secundárias em concreto protendido Apoios em concreto Aberturas para iluminação e ventilação naturais Fig. 45 : Estrutura, cobertura e porta guilhotina, sem data. Imagem: Estúdio 41
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Fig. 46 : Maquete eletrônica Centro Cultural de Eventos e Exposições: espaço de exposições, portas em guilhotina erguidas e aberturas para iluminação natural, sem data. Imagem: Estúdio 41
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2.4
CENTRO DE EVENTOS EXPO RENAULT BARIGUI Arquiteto: Manoel Coelho Localização: Curitiba - PR Área: 7800,0 m² Ano: 2012 Localizado dentro do Parque Barigui, o parque mais conhecido e frequentado do município de Curitiba, no Paraná, esse tradicional centro de eventos está sob administração do Grupo Positivo, em consórcio com o Grupo J. Malucelli, por um período de 25 anos. Seu projeto contempla a sustentabilidade através da utilização de ventilação natural, reutilização de águas pluviais para paisagismo, uso de materiais de construção ambientalmente corretos, entre outros. A execução do projeto do centro de eventos beneficiou o Parque Barigui com obras de modificação e ampliação das pistas de caminhada, corrida, ciclismo e skate.
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Fig. 47 : Localização do Centro de eventos Expo Renault no Parque Barigui, 2015. Imagem: Google Earth
As várias medidas que foram realizadas no projeto visando sua sustentabilidade, resultam na economia de energia, no aprimoramento acústico, na redução do uso de água potável e principalmente, na integração visual com a paisagem do parque.
Fig. 49: Jardim Vertical,2015. Acervo pessoal
Fig. 48 : Fachada do Expo Renault, sem data. Imagem: Autor desconhecido
Fig. 50: Jardim vertical,2015. Acervo pessoal
Fig. 51: Fachada: Jardim Vertical, bilheteria e estrutura metálica, 2015. Acervo pessoal
O pavilhão conta com uma área com vão livre de 5.000m², estacionamento para carga e descarga, estacionamento para 2.000 automóveis, um amplo foyer, salas de apoio, áreas de exposição com pontos de hidráulica e elétrica flexíveis e uma praça de alimentação com os restaurantes fast-food 10 Pastéis, Au-Au, Empada Brasil, Jack’s Burgers e Los Paleteros. Além disso, o edifício permite acesso em seu interior, para caminhões com até 10 toneladas. Fig. 52 : Fachada: Espelho d’água e iluminação, sem data. Imagem: Autor desconhecido
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Através do estudo da planta baixa da edificação, nota-se que existe um imenso vão que foi criado sem a interferência de pilares, graças às treliças em estrutura metálica, e isso permite que o espaço seja flexível e multifuncional, facilitando a alteração dos ambientes necessárias de acordo com cada evento, ampliando o seu leque de possibilidades de uso. Para garantir que esse espaço fosse realmente flexível, foi necessário incluir no projeto detalhes como a instalação de pontos de luz, água e telefone sob o piso. Fig. 53 : Treliças metálicas e iluminação, 2015. Acervo pessoal.
Ao analisar sua planta baixa, sua setorização em uso coletivo e privado é evidente, bem simplificada e muito funcional, deixando para uso privado apenas os espaços destinados à administração e controle dos eventos. Seu fechamento em caixilharia e vidro em combinação com os 10m de pé-direito que o edifício possui, resultam na integração visual do seu interior com o seu exterior, no caso, a paisagem do parque. 50
Fig. 54 : Planta baixa do Centro de eventos Expo Renault Barigui, sem data. Imagem: Autor desconhecido
O posicionamento das aberturas e espaços de uso coletivo resultam em eixos bem claros de circulação. Obviamente, por sua versatilidade em relação à espacialidade na montagem dos eventos, esses eixos podem ser “recriados” livremente. Porém, por conta da disposição das aberturas, estes ainda são a melhor solução para a circulação e sendo assim, também são utilizados como base para a organização dos eventos a partir deles ao invés de repensá-los. Os eixos principais podem ser observados no esquema a seguir. Fig. 55 : Parque Barigui visto do interior do Expo Renault, 2015. Acervo pessoal.
É importante ressaltar que existe, além da integração visual, uma integração física do edifício com o parque. Isso deve-se ao posicionamento de suas aberturas propositalmente direcionadas ao acesso através do parque, uma vez que o edifício possui uso frequente devido à praça de alimentação nele inserida e o público que frequenta não é apenas o público atraído pelos eventos, mas também os usuários do parque. Fig. 56 : Planta baixa do Centro de eventos Expo Renault Barigui, sem data. Imagem: Autor desconhecido
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2.5
PARQUE BARIGUI Arquiteto: Lubomir Ficinski Localização: Curitiba - PR Área: 1400000,0 m² Ano: 1972 O parque Barigui, é o mais frequentado de Curitiba e oferece para a população, a conservação de recursos naturais e atrativos destinados ao esporte, recreação infantil, lazer, realização de eventos, integração social e convívio com a fauna e flora locais nessa paisagem incrível que envolve um grande lago de 400.000m² formado por uma represa. Segundo Macedo e Sakata (2010), é considerado um dos principais parques do início da década de 70 no Brasil e responsável por influenciar a implantação de espaços semelhantes por todo o território brasileiro.
maior fluxo de usuários. Extensos gramados, trilhas e caminhos sinuosos percorrem o local, interligando os diversos núcleos de atividades esportivas, culturais e de recreação infantil.” (MACEDO e SAKATA, 2010. P.99) Em seu extenso programa o parque abriga alguns espaços e edifícios públicos como a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o Museu do Automóvel, Estação Maria Fumaça e o Centro de eventos Expo Renault. Também estão inclusos em seu programa: equipamentos de ginástica, quiosques com churrasqueiras, restaurante, quadras poliesportivas, parques de diversão, pista de bicicross, pista de aeromodelismo, pedalinho, trilhas, lanchonetes, playground e campos de futebol. Ambos são espaços de uso coletivo que promovem a integração social e são os principais responsáveis por fazer dele o parque mais frequentado da cidade e um importante ponto turístico.
“Implantado em uma extensa área de preservação ambiental cortada pelo Rio Barigui, represado para controlar enchentes e possibilitar a vida de aves aquáticas, este parque foi projetado em conjunto com outros, com o objetivo de formar um cinturão verde ao redor da cidade.” (MACEDO e SAKATA, 2010. P.99)
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“O tratamento paisagístico integra a grande massa de vegetação existente em seus bosques (constituídos por floresta nativa da região mais alta e floresta secundária) às áreas de
Fig. 57 : Secretaria do meio ambiente, sem data. Imagem: Autor desconhecido
Fig. 58 : Museu do Automóvel, sem data. Autor desconhecido
Fig. 59 : Bistrô, sem data. Autor desconhecido
Fig. 61: Mapa do Parque Barigui, sem data. Imagem da Secretaria do Meio Ambiente
Fig. 60: Pedalinho e lazer, 2015. Autor desconhecido
LEGENDA: 1.Portal 2.Salão de Atos /Restaurante 3.Pavilhão de exposições 4.Parque de diversões 5.Heliponto 6.Sanitários 7.Portal 8.Lanchonete 9.Churrasqueiras 10.Trilha com obstáculos 11.Pista de patinação 12.Portal de Santa Felicidade 13.Museu do Automóvel 14.Academia /Lanchonete 15.Canchas esportivas 16.Pista de caminhada / ciclovia 17.Pista de bicicross 18.Secretaria do Meio Ambiente 19.Sede dos escoteiros 20.Rio Barigui 21.Sede de manutenção 22.Equipamentos de ginástica 23.Estacionamento 24.Trilhas 25.Ponte 26.Bistrô
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Fig. 62 : Parque Barigui, sem data. Autor desconhecido.
Fig. 63 : Parque Barigui, sem data. Autor desconhecido.
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CAPÍTULO
3
:
CENTRO DE EVENTOS: ESPAÇO PÚBLICO OU DE USO COLETIVO
3.
CENTRO DE EVENTOS: ESPAÇO PÚBLICO OU DE USO COLETIVO O espaço público ou de uso coletivo é criado em benefício da comunidade e da população em geral, mas nos últimos tempos alguns desses espaços vem sofrendo com o descaso tanto dos órgãos públicos quanto da população e o resultado disso, quase sempre, é sua degradação e o abandono de suas funções. O desafio é entender quem são os responsáveis e quais são os problemas que geram esse descaso com sua utilização e manutenção, e a partir daí, é necessário responder algumas perguntas: O centro de eventos é um espaço de uso público ou de uso coletivo? O que é preciso para que a população utilize da forma correta esses espaços? Como evitar sua degradação e de quem é a responsabilidade por sua manutenção? Para responder essas perguntas, é preciso analisar os conceitos citados a seguir. Consta no dicionário Michaelis (1998-2009), a definição de “coletivo” como “que abrange muitas coisas ou pessoas” ou “pertencente ou relativo a muitas coisas ou pessoas” e segundo Hertzberger (2006), o conceito de “público” é compreendido como qualidade espacial referente ao acesso e à responsabilidade, sendo que em termos espaciais pode ser considerado como “coletivo” assim como pode ser apresentada no seguinte termo:
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“...público é uma área acessível a todos a qualquer momento; a responsabilidade por
sua manutenção é assumida coletivamente. Privada é uma área cujo acesso é determinado por um pequeno grupo ou por uma pessoa, que tem a responsabilidade de mantê-la.” (HERTZBERGER, 2006. P.12)
Para Hertzberger (2006), vários fatores influenciam para que um espaço seja concebido como uma área pública, tais como: quem o utiliza; de quem é a responsabilidade de manutenção; qual a forma de supervisão e qual o grau de acesso ao espaço, o qual ele define:
“No mundo inteiro encontramos gradações de demarcações territoriais, acompanhadas pela sensação de acesso. Ás vezes o grau de acesso é uma questão de legislação, mas, em geral, é exclusivamente uma questão de convenção, que é respeitada por todos.” (HERTZBERGER, 2006. P.15) “O grau de acesso de espaços e lugares fornece padrões para o projeto. A escolha de motivos arquitetônicos, sua articulação, forma e material são determinados, em parte, pelo grau de acesso exigido por um espaço.” (HERTZBERGER, 2006. P.19)
Sendo assim, é possível afirmar que o Centro de Eventos pode não ser considerado um espaço público, como os centros de eventos privatizados, cuja responsabilidade por sua manutenção é de seu proprietário. Quando seu proprietário é um órgão administrador do poder público, então ele é denominado espaço público, porém nesse caso existem algumas restrições referentes à permissão para sua utilização e por isso essa denominação atribuída a ele é indevida, pois apesar de ser posse de um órgão público, não é acessível a qualquer momento e quando autorizado o acesso pode haver restrições que selecionam quem poderá acessá-lo. Sendo assim, ele ainda será denominado espaço público referindo-se à propriedade da edificação, mas em termos de utilização ele é um espaço de uso coletivo cuja propriedade é pública. Hertzberger (2006), revela que o segredo para que existam espaços públicos de qualidade é fazer com que a comunidade se sinta responsável pelo espaço, contribuindo cada um ao seu modo para um ambiente com o qual possam se relacionar. Isso não acontece, pois a responsabilidade de manutenção desses espaços é do departamento de Obras Públicas e isso evita que cada membro da comunidade se sinta responsável ao ter que contribuir para sua manutenção. De acordo com Hertzberger (2006), é possível criar ambientes muito mais oportunos para que as pessoas deixem suas marcas e identificações pessoais, que assim possam ser apropriados e considerados por todos como um lugar “pertencente” a eles.
Para isso, é necessário a descentralização das responsabilidades, a restituição onde for possível e a delegação de responsabilidades á quem é de direito. Hertzberger (2006), explica que até o século XIX, os poucos edifícios públicos existentes não podiam ser considerados inteiramente públicos por sofrerem certas restrições impostas por seus proprietários ou pelos responsáveis por sua manutenção. Sendo assim, os verdadeiros espaços públicos quase sempre estavam ao ar livre. Nesse século, considerado como “época de ouro do edifício público”, foram construídos edifícios que formaram os blocos de construção para a cidade, inicialmente com recursos da comunidade. Foi a revolução industrial e o aprimoramento do processo de produção e distribuição, que deu origem: “...às lojas de departamento, exposições mundiais, mercados cobertos e à construção de redes de transporte público, com estações ferroviárias e de metrô, e, consequentemente, ao crescimento do turismo.” (HERTZBERGER, 2006. P.68) É possível criar um espaço público que não seja alvo do vandalismo ou da degradação resultante da sua utilização indevida. Para isso, é preciso que esse espaço ofereça ambientes que incentivem o convívio entre as pessoas e que permitam, seja através das atividades físicas ou de lazer ali presentes ou através da
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constante manutenção que ele necessita, a integração social buscando e garantindo o interesse da comunidade em manter a qualidade desse espaço para seu próprio benefício, uma vez que nasce aí um sentimento de posse em relação à ele. Desse modo, a descentralização das responsabilidades, no caso a do departamento de Obras Públicas, ocorre naturalmente e fica mais fácil manter sua qualidade através da coletividade, o que incentiva e fortalece ainda mais o convívio entre a comunidade. Além disso, o departamento terá mais incentivo e mais facilidade em cumprir com a sua responsabilidade.
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CAPÍTULO
4
:
O ESPAÇO PÚBLICO
4.
O ESPAÇO PÚBLICO Até agora, foi dada a compreensão de que um centro de eventos é um espaço de uso coletivo que pode ser de propriedade privada ou pública. Entretanto, o ideal seria que ele realmente fosse um espaço público, ainda que não fosse cem por cento de sua edificação. Por ser um edifício que depende da realização de eventos para funcionar, sua funcionalidade fica comprometida por estar sempre à espera da hora e data exatas para sua utilização, o que o torna inutilizado por determinados períodos de tempo. Geralmente, visto que eventos costumam ser realizados apenas nos fins de semana, ficam a maior parte do tempo fechados. Então, porque não o transformar ou anexá-lo em um espaço totalmente público (uma praça ou um parque), cuja utilização seja mais frequente, além de trazer inúmeros benefícios para o edifício e para a população? Em busca de uma solução, é preciso primeiro entender alguns conceitos. Segundo Mascaró (2004), a praça possui sua própria ambiência em seu espaço pleno de significados. Ela oferece ao termo “praça” a seguinte definição:
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“Responde espacialmente ao conceito de volume oco entre edifícios que servem para defini-lo como um lugar particular. No sentido estrito, praça é um local fechado – ou um interior aberto – ao qual se aplica a noção de
lugar, possuindo alto conteúdo simbólico.” (MASCARÓ, 2004. P.153) Mascaró (2004), afirma que a praça influencia também no consumo energético da vizinhança através de seus efeitos ambientais amenizadores dos microclimas próximos. Segundo Robba e Macedo (2010), apesar de apresentar divergências entre os autores, o termo “Praça” acaba sendo conceituado como sendo um espaço público e urbano e mesmo tendo seu papel alterado ao acompanhar a evolução das cidades, manteve o seu caráter social que a caracteriza. Considerando o uso e a acessibilidade como premissas básicas, eles chegam ao seguinte conceito:
“Praças são espaços livres de edificação, públicos e urbanos, destinados ao lazer e ao convívio da população, acessíveis aos cidadãos e livres de veículos”. (ROBBA e MACEDO,2010. P.17)
Segundo Macedo e Sakata (2010), o parque urbano originou da necessidade de novos espaços que contribuíssem para o lazer e para o tempo ócio da sociedade e que a sua evolução a partir do século XIX, acompanha as mudanças urbanísticas das cidades testemunhando valores sociais e culturais da população. Nesse livro, os autores definem o termo “parque” como:
ela continue com suas restrições de uso e de acesso, agora ela estaria vinculada à um espaço público que será utilizado com muito mais frequência, trazendo vida e circulação em tempo integral Até os dias atuais, o parque passou por constantes repara um espaço que antes estava sempre à espera qualificações nas quais foram introduzidas novas funções de um motivo de comemoração para ser lembrado. que foram responsáveis pela atribuição de suas novas denominações como a de parque temático, por exemplo. Macedo e Sakata, (2010), relatam que podem ser considerados como parque, qualquer espaço público, não importa a dimensão, que seja destinado ao lazer ou que seja de conservação por conter vegetação. Porém, eles também fornecem uma definição um pouco mais específica: “...espaço livre público estruturado por vegetação e dedicado ao lazer da massa urbana”. (MACEDO e SAKATA, 2010. P.13)
“Consideramos como parque todo espaço de uso público destinado à recreação de massa, qualquer que seja o seu tipo, capaz de incorporar intenções de conservação e cuja estrutura morfológica é autossuficiente, isto é, não é diretamente influenciada em sua configuração por nenhuma estrutura construída em seu entorno. ” (MACEDO e SAKATA, 2010. P.14)
Se essa edificação fosse envolvida por um espaço público que oferecesse uma paisagem visual agradável e recreação para seus usuários, ou seja, um parque, e assim fosse capaz de incentivar a interação entre eles e de impor sua relevância para o convívio e para o bem-estar social da população, essa edificação se transformaria na parte de um todo. Mesmo que ela
65
CAPÍTULO
5
:
A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA VIÁRIO
5.
A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA VIÁRIO Os centros de eventos e os espaços públicos, como os parques são espaços direcionados à uma parcela grande da população, e todas essas pessoas irão acessá-lo de alguma forma, seja como pedestre ou através de meios de transportes individuais ou coletivos. Com isso, surge a questão da funcionalidade e do planejamento das vias que interligam esses espaços na trama urbana. Segundo Mascaró (2004), a definição do termo “rua” é a seguinte: “A rua é o espaço urbano de uso público que tem como função organizar e relacionar os fatos arquitetônicos na trama urbana.” (MASCARÓ, 2004. P.87) Para Mascaró (2004), a rua é fundamental na arquitetura por proporcionar ar e luz aos espaços urbanos e às edificações, ela também influencia na insolação, ventilação, temperatura e na umidade dessas edificações afetando consequentemente no consumo de energia. Ainda segundo ela:
68
“Seu ambiente é de movimento mas, também, de um espaço para ser vivenciado. Em torno dessas duas condutas encontra-se sua razão formal de ser.” (MASCARÓ, 2004. P. 87)
Tempos atrás, quando nem todo mundo tinha acesso à um automóvel particular, haviam pessoas interagindo socialmente nas ruas. As crianças brincavam, os vizinhos conversavam e os automóveis eram menos frequentes. Infelizmente, nos dias atuais, os automóveis quase não dão espaço ao pedestre e as ruas são lugares sombrios que abrigam a violência, e que devido à verticalização das edificações tem sido mais difícil a rua proporcionar a insolação nas residências e o mesmo pode ser dito em relação à ventilação e temperatura, uma vez que os veículos de transporte individual e coletivo são os principais responsáveis pela poluição do ar, além da poluição sonora. Somando esses fatores, não fica difícil compreender por que a população tem feito de suas residências um refúgio. Segundo Hertzberger (2006), há menos de duas décadas, havia um conceito otimista e utópico da “rua reconquistada”, na qual pode ser estabelecido o contato social entre os moradores como uma sala de estar comunitária. No entanto, existe um sentimento de hostilidades, vandalismo e agressividade presente para além da nossa casa que nos impõe um sentimento de ameaça. São muitos os fatores que contribuem para a desvalorização do conceito de rua, em geral relacionados com o avanço tecnológico e à melhoria das condições econômicas e da qualidade de vida, responsáveis pelo estímulo do
individualismo. O arquiteto cita situações em que a rua serve como extensão comunitária para as moradias:
“A rua também pode ser o lugar para atividades comunitárias, tais como a celebração de ocasiões especiais que dizem respeito a todos os moradores locais.” (HERTZBERGER, 2006. P.59)
“Dependendo do clima, as partes ensolaradas ou as partes com sombra são as mais populares, mas o tráfego motorizado está sempre ausente ou pelo menos longe o bastante para não impedir que os moradores ve- Algumas situações nem sempre inesperadas, acabam jam uns aos outros e possam ser ouvidos.” por expor a rua à algumas intervenções provisórias para (HERTZBERGER, 2006. P.49) evitar transtornos maiores em relação aos automóveis e à trama urbana. Isso acontece porque elas deveriam ser planejadas para dar conta da demanda das edifi“As ruas de convivência, que não servem mais cações nela presentes. Porém o programa e a função exclusivamente como via de tráfego e que estão organizadas de tal modo que há também espaço dessas edificações pode mudar dependendo da legislapara as crianças brincarem, estão se tornando ção nela vigente e com isso fica difícil prever e garantir uma presença cada vez mais familiar tanto nos que a rua seja capaz de atender às novas demandas. novos conjuntos habitacionais quanto nos proE assim, existem situações em que ela não consegue jetos de renovação – pelo menos na Holanda.” (HERTZBERGER, 2006. P.49) suprir a demanda como a aglomeração de pessoas e veículos recorrente da realização de eventos, e então é preciso pensar em soluções alternativas que acabam Apesar do pedestre estar finalmente sendo levado em sendo desvios de rotas e impedimento de passagem de consideração e reconquistando o seu lugar obrigando os veículos motorizados em alguns trechos. motoristas a serem mais disciplinados, o espaço públiComo os centros de eventos e os espaços públicos lico ainda está sendo cada vez mais ocupados por seus dam com essa situação ou situações semelhantes com veículos que cada vez mais aumentam em número e muita frequência, é preciso traçar um plano viário que tamanho. A rua é de domínio público e é preciso consi- não seja prejudicado pelo programa desses edifícios e derá-la como um complemento espacial entre quadras que consiga atender à sua demanda sem interferências, residenciais que não sirva exclusivamente para o trânsi- mesmo que temporárias, buscando priorizar o pedestre to motorizado, inclusive porque, segundo ele: e incentivar o uso do transporte coletivo.
69
CAPÍTULO
6
:
LEVANTAMENTO DE DADOS DO ENTORNO
6.1
ÁREA DE ESTUDO A área foi delimitada a partir do objeto de estudo, a Estação de Eventos Cora Coralina. Os estudos abrangem parte do centro da cidade, devido a sua proximidade, e por esse mesmo motivo, grande parte de sua extensão é composta por uma ocupação mais antiga da cidade, composta por edificações com funções importantes como a Prefeitura Municipal e também alguns de importância histórica, inclusive o edifício estudado. Ainda na área de estudos, encontra-se presente um dos principais eixos de circulação do município, o de maior fluxo e que funciona como porta de entrada em seu cruzamento com duas das principais Rodovias que interligam Jaboticabal com sua Região. Esse eixo também é importante, por conta de sua proximidade com o campus da UNESP (Universidade Estadual Paulista), que necessita que os ônibus intermunicipais vindos de Ribeirão Preto e Região passem por ele em seu trajeto até a rodoviária municipal, que se encontra no meio desse mesmo eixo. Além disso, a rodoviária também utiliza as outras duas entradas da cidade presentes no fim desse mesmo eixo e no começo do outro eixo principal que interliga uma das entradas em linha reta com o centro da cidade.
72
Legenda: Lago da Prefeitura Estação de Eventos Estação Rodoviária UNESP Campus Bairro Centro Área de estudos Principais eixos de circulação Rodovias Principais entradas do município
Fig. 64: Área de estudo e sua localização no município de Jaboticabal, 2015. Imagem do Google Earth.
73
6.2
USO DO SOLO
Legenda: Área do entorno Estação de Eventos Estação de Eventos Prestação de serviços Residências Instituições Indústrias/armazéns Sem uso Em construção Áreas verdes
74
No mapa ao lado é possível observar a presença de alguns edifícios de uso industrial. A maioria deles é usado pelas indústrias como armazém, como o de arroz (Marconato) que está localizada fora da área delimitada como área de entorno. Dentro dessa área, podemos encontrar armazéns: de fiação e tecelagem (Sacaria Globo), de grãos e rações (Coplana) e de produtos agrícolas (Agromix).
Também é importante ressaltar que seu entorno está repleto de edificações destinadas à prestação de serviços e ao comércio, apesar de ser em sua maioria, residencial. Isso se deve à sua proximidade com a baixada, ou seja, com o centro da cidade que está localizado do lado oposto do curso d’água que abastece a cidade e que é quase “engolido” pelas edificações indevidamente e perigosamente muito próximas ao seu leito.
O edifício industrial presente na área central da cidaAlgumas das edificações comerciais afastadas da área de, funciona como usina química veterinária conhecida central da cidade são grandes supermercados como o como UCB (Usinas Chimicas Brasileira) e a maior área Copercana, o Santa Luzia e o Cojiba, porém muitas são encontrada no mapa fabrica e oferece serviços relacio- pequenos comércios. nados à máquinas e peças (ALFA). Além das Petshops, muitas das áreas de prestações de Os edifícios institucionais, que são muitos, são prin- serviço representam oficinas mecânicas, mercearias, fucipalmente escolas estaduais como: o Aurélio Arrobas nilarias, escritórios de advocacia, bares e restaurantes. Martins (conhecido como Estadão), o Nossa Senhora Aparecida e o Dr. Joaquim Batista Não existem muitas áreas verdes, mas as poucas preEscola Estadual Dr. Joaquim Batista; escolas particula- sentes são a maioria de grande extensão, inclusive basres como: o Anglo e o Objetivo; além disso também tante arborizadas. existem edifícios destinados aos cursos de línguas e informática, bancos e lotéricas, clubes e o CREA. Por se tratar de áreas de ocupação antiga, também não Os principais edifícios institucionais, são o Fórum, anti- existem muitas áreas sem uso e as poucas existentes ga Estação Ferroviária, Casa do menor aprendiz, Prefei- estão bem espalhadas. tura Municipal, FATEC, UNESP e o clube da Velha Guarda.
75
6.3
GABARITO
Legenda: Estação de eventos 1 pavimento 2 pavimentos 3 pavimentos 4 pavimentos 5 ou mais pavimentos Sem uso Áreas verdes Área do entorno
76
Por se tratar de uma área mais antiga da cidade, suas edificações são em maioria compostas por apenas um pavimento ou dois e em minoria, três pavimentos. Essas edificações, em maioria, possuem fachadas muito antigas e que talvez sejam adicionadas ao projeto de requalificação dependendo de sua localização em relação ao projeto. As edificações apontadas no mapa ao lado como compostas por quatro, cinco ou mais pavimentos, que também são escassas, são edificações um pouco mais recentes ou que sofreram algum tipo de intervenção. Dentro da delimitação do entorno, existem três marcações de edificações com 5 ou mais pavimentos. Uma delas, a mais próxima da Estação de Eventos, é um hotel de 6 pavimentos que foi construído recentemente. As outras duas são referente à dois condomínios de prédios altos residenciais que também não são tão antigos. Espalhados na área de estudo, a maioria também são referentes à edifícios ou condomínios de edifícios residenciais, tendo uns poucos edifícios mistos de comércio e residência e um edifício que funciona como Clube conhecido como Mascagni.
77
6.4
HIERARQUIA VIÁRIA FÍSICA
Legenda: 1 estacionam.|2 faixas rodagem 2 estacionam.|1 faixa rodagem 2 estacionam.|2 faixas rodagem 1 faixa rodagem 2 faixas rodagem Estação de eventos Área do entorno
78
Trata-se de uma região antiga da cidade e isso reflete no porte das vias ali presentes. Todas as vias antigas cuja pavimentação era composta por paralelepípedo, foram asfaltadas restando apenas um pequeno trecho em frente à Estação de eventos Cora Coralina. Com a evolução e o crescimento da cidade, a demanda de fluxo de veículos das vias aumenta e algumas delas precisam de algumas adaptações para atendê-la. Como antigamente não havia tanta demanda, as ruas em geral possuem porte para duas faixas de estacionamento e uma faixa de rodagem e isso era mais do que o suficiente, porém essa não é a realidade atual. Para aumentar a capacidade de algumas vias sem maiores intervenções, usa-se desativar uma das faixas de estacionamento, permanecendo com 2 faixas de rodagem e uma faixa de estacionamento.
79
6.5
HIERARQUIA VIÁRIA FUNCIONAL
Legenda: Fluxo pequeno Fluxo médio Fluxo grande Área do entorno Estação de eventos
80
Por sua proximidade com a área central da cidade, ao seu redor existem algumas vias com grande fluxo de veículos que interligam o com o centro da cidade as áreas mais distantes. Ainda por se tratar da antiga localização da ferrovia, seu entorno também abriga uma via com grande fluxo, que é um eixo de circulação responsável por uma das entradas da cidade. Sua proximidade com o curso d’água também interfere no fluxo das vias ao longo dele, que compõem outros eixos principais de circulação. Nessas vias, foi necessário destinar duas das 3 faixas existentes para a rodagem e apenas uma para o estacionamento de veículos e em alguns a faixa de estacionamento é inexistente. Com isso foi possível liberar o fluxo com mais velocidade, ou seja, aumentar sua capacidade e fluidez, uma vez que essas vias recebem a maior parte do fluxo das vias coletoras. Por outro lado, algumas áreas são praticamente residenciais e por isso, nessas áreas, as vias possuem um fluxo muito menor do que teria se nelas houvessem pontos consideráveis de comércio. Estas vias ainda comportam duas faixas de estacionamento e uma faixa de rodagem.
81
CAPÍTULO
7
:
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
7.1
ÁREA DE INTERVENÇÃO
Ventos predominantes
Direção do sol
Legenda: Área de intervenção 84
Fig. 65: Área de intervenção e sua localização em relação à área de estudos, 2015. Imagem do Google Earth.
Legenda:
Área de intervenção Área do entorno Área de estudo Centro da cidade
85
7.2
86
SÍNTESE DE DADOS
Legenda: Área de intervenção Arborização Estação de eventos Trechos interditados em eventos
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26.
Fachadas voltadas para o Fórum e para Estação Sentido do tráfego FATEC Total Health Condomínio de edifícios residenciais Condomínio de edifícios residenciais Clube CPP Restaurante Ponteio Armazém da Agromix Armazém da Coplana Fig. 66: Fachadas voltadas para o muro da Estação de eventos, 2015. Acervo pessoal. Prefeitura municipal Escola Estadual Dr. Joaquim Batista Estação de eventos Cora Coralina Supermercado Coplana Sem uso Hotel IBIS Repartição do Fórum Hotel do MI Sem uso Fórum Antiga Estação ferroviária OAB Clube da velha guarda Loja Maçônica Casa do menor aprendiz CEREA (Centro de recuperação de alcoolatras) Incubadora empresarial Fig. 67: Fachadas voltadas para a parte de trás do Fórum, 2015. Acervo pessoal. Sem uso
87
7.3
88
SÍNTESE DE PROBLEMAS
Quando o trânsito de uma via é interrompido, as vias mais próximas tem o seu fluxo intensificado por serem
e que interligasse essas edificações e as futuras, na forma de parque urbano, deixaria de ser simplesmen-
utilizadas como desvio de rotas, ou seja, elas recebem o seu fluxo usual mais o fluxo das vias que foram interrompidas. No caso da realização da Festa do Quitute, são interrompidos pelo menos 4 trechos de vias, sendo algumas delas de grande fluxo de veículos. Esses trechos interrompidos também resultam em trechos de vias sem saída, que geram um transtorno no trânsito pela inexistência de balões de retorno, conhecidos como: “cul de sac”. Isso tudo, somado ao fato de que o evento em si, cuja abrangência é regional, já aumenta muito o fluxo de veículos nessa área, resulta em um grande impacto nas vias do seu entorno. As estruturas metálicas existentes não são suficientes e nem adequadas para a realização da maioria dos eventos que a Estação recebe. Além disso, os lotes que hoje estão sem uso e podem ser utilizados durante os eventos que necessitam de mais espaço podem não estar mais disponíveis no futuro e então o evento terá que crescer ao longo das vias, o que aumentaria ainda mais o impacto na vizinhança. É evidente que o espaço precisa de uma estrutura adequada para receber os diversos tipos de programações, e isso é impossível com espaços
te uma rota, um trajeto e seria um local de interação, de descanso e de lazer. Porém trata-se de um ambiente cujo pedestre evita passar devido às dificuldades ali presentes como a travessia das vias de grande porte e fluxo intenso e cuja inutilidade da Estação de Eventos na maior parte do tempo, uma vez que ela só funciona com a existência de eventos, a torna vulnerável ao vandalismo.
e estruturas provisórias. Essa região é cercada por algumas potencialidades que são as grandes responsáveis pelo intenso fluxo de pessoas que fazem dessa área uma rota diária e se houvesse ali um ambiente agradável, seguro e confortável
89
7.4
DIRETRIZES PROJETUAIS O objetivo inicial era readequar a estação de eventos tornando-a funcional, porém ao estudar seu entorno e descobrir o quanto ele tem a oferecer, a decisão tomada foi a de promover a integração entre os edifícios importantes encontrados em seu entorno em um mesmo espaço público, capaz de promover o interesse da comunidade local a partir da forte relação entre edifício, função e paisagem e de ser utilizado pela comunidade em seu cotidiano, independentemente da realização de eventos. Nos mapas anteriores foram apresentados os edifícios mais importantes da área de estudos e que possuem grande influência na área de intervenção. A seguir, podemos observar quais são as propostas para alguns dos edifícios presentes na área de intervenção, que deverão compor o seu programa.
90
8. Armazém da Coplana: sua fachada, de grande valor histórico, será mantida como patrimônio e seu interior será reprojetado para abrigar um dos anexos do parque de exposições de modo que haja uma conexão entre a explanada da prefeitura e o novo parque de exposições.
Fig. 68: Armazém da Coplana, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 69: Armazém da Coplana, 2015. Acervo pessoal.
9. Prefeitura municipal: também não sofrerá intervenções mas terá toda a sua explanada vinculada ao futuro parque, seja fisicamente ligada através do novo anexo que será locado onde atualmente funciona o armazém da Coplana, ou apenas por meio de padronização de calçamento em diversos percursos que permitirão o acesso ao parque.
11. Estação de eventos Cora Coralina: será mantido apenas o edifício histórico do antigo armazém da ferrovia, que irá receber novos reparos nas fachadas e passará por uma intervenção para melhorar o aproveitamento do seu espaço interno.
Fig. 72: Estação de eventos Cora Coralina, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 70: Prefeitura municipal, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 71: Lago da prefeitura municipal, 2015. Acervo pessoal.
13. Sem uso: em frente à estação de eventos e já utilizado como extensão da mesma em alguns eventos, esse terreno irá ser ocupado por um dos anexos que serão propostos.
Fig. 73: Terreno sem uso em frente à estação de eventos, 2015. Acervo pessoal.
91
15. Repartição do Fórum: já está sendo instalada em 18. Fórum: localizado em uma praça, que foi revitalizaum antigo hotel que foi totalmente restaurado para abri- da há pouco tempo, encontra-se em obras para atender gá-la e será mantido.
às normas de acessibilidade. Possui grades de proteção em volta da praça restringindo o seu acesso e como o edifício e o paisagismo que o envolve estão em boas condições, a proposta aqui será apenas de remover essas grades para integrá-la com a área de intervenção.
Fig. 74: Nova repartição do Fórum e hotel do MI, 2015. Acervo pessoal.
17. Sem uso: em frente ao Fórum, poderá servir para a implantação de um estacionamento. Fig. 76: Fórum, 2015. Acervo pessoal.
92
Fig. 75: Terreno sem uso em frente ao Fórum, 2015. Imagem do google Earth.
Fig. 77: Praça do Fórum, 2015. Acervo pessoal.
19. Antiga Estação ferroviária: também já passou por 23. Casa do menor aprendiz: não sofrerá intervenção um processo de restauro, mas já está precisando de pe- além de melhorias estéticas, mas está localizado dentro quenos reparos. Está sendo solicitada para a instalação da área estimada para a implantação do parque então do Museu do Trem há algum tempo e a proposta será de o projeto irá envolvê-lo e promover sua integração aos efetivar essa instalação, uma vez que o próprio edifício demais edifícios propostos. faz parte da história da ferrovia de Jaboticabal.
Fig. 78: Antiga estação ferroviária, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 80: Casa do menor aprendiz, 2015. Acervo pessoal.
20. OAB: também presente na área de intervenção, 26. Sem uso: será ocupado por um dos anexos proposapresenta boas condições e será mantido. tos e o maciço vegetal ajudará a compor a paisagem do projeto.
Fig. 81: Sem uso | Maciço vegetal ao fundo, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 79: Ordem dos Advogados Brasileira, 2015. Acervo pessoal.
93
Segundo o mapa de diretrizes para expansão e sistema A existência dessas diretrizes, permitirá a desativação viário, presente na página 52 do Plano Diretor de De- de uma via importante que atravessa a área delimitasenvolvimento do Município de Jaboticabal, há uma di- da para a implantação do parque urbano, sem causar retriz viária para a abertura de uma pista dupla do anel impacto nas vias do entorno e direcionando o tráfego viário periférico e para a abertura de uma pista dupla. pesado da entrada do município para as vias principais.
Fig. 82: Área de intervenção e diretrizes viárias, 2015. Imagem do Google Earth.
LEGENDA: 94
Área de intervenção Diretriz para abertura de pista dupla Diretriz para abertura de pista dupla do anel viário periférico
LEGENDA:
Área de intervenção Demolir Construir Manter
Restaurar Desfazer vias Sentido do tráfego Novo sentido do tráfego
Diretriz viária
95
7.5
PLANO DE MASSAS
Anexo I
Anexo II
Anexo III
LEGENDA:
96
Área de intervenção Demolir Construir Manter
Restaurar Desfazer vias Sentido do tráfego Novo sentido do tráfego
Anexo IV
Diretriz viária
• ANEXO I: Pavilhão de exposições. Trata-se da ediPROGRAMA ficação do antigo armazém, que sofrerá intervenção na O parque de exposições terá espaços com academia ao parte interna para a instalação da infraestrutura necesar livre, parquinho para crianças, percursos para cami- sária para garantir a flexibilidade na montagem de exnhadas, paisagismo com árvores frutíferas de diferentes posições. O ambiente ganhará espaço para bilheteria, épocas, espelhos d’água e pergolados para amenizar os banheiros, administração e almoxarifado. efeitos climáticos e estacionamento. ANEXO II: Pavilhão de eventos. Integrado com o Ele será um percurso entre os anexos criados e existen- • parque, deverá ser composto por uma estrutura funciotes. nal para qualquer tipo de evento e pequeno porte. Como o terreno encontra-se nivelado 4 metros abaixo do nível da rua que dá acesso à Estação de Eventos (antigo armazém), sua laje será projetada como um prolongamento do parque. •
ANEXO III: Pavilhão gastronômico. Com uma vis-
ta privilegiada do lago da Prefeitura Municipal, a laje do edifício a ser restaurado externamente, será uma praça de alimentação. Já a parte interna do edifício, no nível inferior, será destinada ao preparo e comércio de alimentos. • ANEXO IV: Pavilhão de shows. Em uma área afastada do bairro residencial e cercada por um maciço vegetal, o edifício consegue receber o programa de eventos de grande porte, sem incomodar a vizinhança e ainda contar com um clima mais agradável devido à proximidade com a densa vegetação. 97
CAPÍTULO
8
:
PROJETO DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES
8.1
ÁREA DE INTERVENÇÃO
LEGENDA: Demolir Restaurar Eixo da ferrovia Parque Urbano 100
Fig. 83: Área de estudos, 2015. Imagem do Google Earth.
Pavilhões
101
8.2
SETORIZAÇÃO
LEGENDA: Eixo da ferrovia Atividade física|Lazer Escola|Fatec|Abrigo infantil Turismo|Cultura Gastronomia Comércio|Serviços|Órgão Público Predominância residencial Descanso e lazer Estacionamento 102
Fig. 84: Área de estudos, 2015. Imagem do Google Earth.
Recreação
Para determinar o programa e sua setorização no parque, é necessário entender quem poderá frequentá-lo. No esquema ao lado, nota-se que o entorno imediato conta com muitas edificações cujo uso resulta na circulação de muitos trabalhadores e pessoas que buscam algum tipo de serviço e que precisam de um percurso mais agradável que ofereça algumas áreas de descanso. Há também um dos maiores e melhores hotéis do municipio e mais alguns hotéis mais tradicionais que hospedam, nessa área, muitos turistas e como trata-se de uma área rica em cultura, pode ser um local oportuno para passear e conhecer a cultura local, ao mesmo tempo. Além disso, a proximidade de algumas escolas de ensino fundamental e nível superior públicas e um abrigo para menores (Casa do Menor Aprendiz), sugere a implantação de equipamentos para recreação, transformando esse ambiente em um ambiente alegre e familiar, o que ajuda a atrair a população do seu entorno que é predominantemente residencial. Como o município sofre com o clima muito quente, ensolarado e seco, será necessário incluir no projeto muita arborização, áreas sombreadas e espelhos d’água para amenizar os efeitos climáticos e transformar o espaço em um local agradável para passar um tempo.
103
8.3
FLUXOGRAMA
LEGENDA: Principais rotas para pedestres Interseção de rotas Percursos Acessos principais 104
Fig. 85: Área de estudos, 2015. Imagem do Google Earth.
Pontos de aglomeração
Como visto anteriormente, a área possui em seu entorno diversos setores que atraem as pessoas como rota para o trabalho, para a escola, para casa, para realizar algum tipo de serviço ou até mesmo para se hospedar em um dos vários hotéis ali presentes. Fazendo uma projeção de todas essas rotas possíveis na escala do pedestre, é possível determinar o melhor traçado e definir os percursos que farão a ligação entre as atividades nele oferecidas, seus anexos e seu entorno. Os pontos de intersecção que se tornam aparentes coma projeção das rotas realizadas por pedestres rotineiramente, indicam os melhores locais para acesso ao parque e onde serão os pontos de aglomeração de pessoas. Assim, os percursos e acessos serão locados de modo a facilitar o acesso e incluir o seu uso na rotina das pessoas de modo sutil.
105
8.4
PREMISSAS PROJETUAIS
LEGENDA: Eixo da ferrovia Rua com paralelepípedos Edificações históricas Maciço vegetal Novas edificações 106
Fig. 86: Área de estudos, 2015. Imagem do Google Earth.
Área do Parque
O projeto do Parque de exposições, parte do conceito de preservação da história local e com isso, propõe a permanência e o restauro do edifício do antigo armazém da ferrovia e do edifício que atualmente funciona como armazém da Coplana. Para a ampliação do Centro de eventos, também é proposta a construção de novos pavilhões, inclusive intervindo nesses dois edifícios históricos citados anteriormente. Sendo assim, será necessário trabalhar com o conceito do pré existente em contrapartida com o que será construído de modo que a intervenção fique evidente, sem prejudicar a beleza e o valor patrimonial desses edifícios. Seguindo esse mesmo conceito, existe nessa área, um trecho da via que atualmente encontra-se pavimentada com paralelepípedos, mas trata-se do trecho que deixará de existir. Como esses paralelepípedos fazem parte da história local e existe realmente a necessidade de re-
A conexão entre os pavilhões propostos e o parque, além de ser aplicada fisicamente, seja pelo prolongamento do parque na laje do anexo I ou pela passarela que o conecta com o piso superior do anexo II, também será realçada com a paginação que trabalha com duas tonalidades onde uma representa o “novo” e a outra representa o “velho” e ambas se conectam nesse encontro entre parque e edifício. O mesmo acontece com o mobiliário, que nasce da paginação do piso como se fosse uma dobra ou um descolamento da mesma e se transforma em bancos, pergolados, luminárias e canteiros para vegetação que também servem como assentos. Muitas das edificações dessa área fazem parte da história da antiga ferrovia, então seria interessante realizar o resgate do eixo da ferrovia e da memória dos trilhos que ali existiram. Porém, como já foi dito, eles já não existem mais e simplesmente colocar novos trilhos elimina o
pavimentar a área para a implantação do parque, nesse trecho, a ideia é de manter alguns recortes na nova paginação para mostrar os paralelepípedos, transformando-os em uma exposição ao ar livre. Seu entorno conta com um maciço vegetal ao Leste, além do lago da Prefeitura e da Área de Preservação Permanente que segue o curso d’água, mas devido ao clima muito quente e seco, é necessário abusar do uso de sombreamentos, arborização, espelhos d’água. A co-
sentido do resgate, uma vez que não estarão contando a sua história. Então a proposta mais uma vez trabalhando com o conceito do “novo” sobrepondo o “velho”, será de passar a idéia de que os trilhos foram retirados apenas para que fossem transformados em mobiliário e depois colocados de volta ao local, ou seja, todo o eixo da ferrovia seria trabalhado na forma de um mobiliário diferenciado evidenciando, mais uma vez, a intervenção realizada.
nexão entre o parque, e o maciço vegetal é também um detalhe a ser pensado de modo que o parque “abrace” esse maciço como se ele entrasse no parque.
107
108
Fig. 87: Recorte da pavimentação em forma de mobiliário destacando antigos paralelepípedos. Representação grafica, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 88: Maciço vegetal e sua relação com o parque de exposições. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
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110
Fig. 89: Paginação do piso: encontro entre o novo e o velho. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 90: Recorte na pavimentação em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
111
112
Fig. 91: Paginação do piso: jatos d’água | Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 92: Paginação do piso: jatos d’água | Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
113
114
Fig. 93: Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 94: Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
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Fig. 95: Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 96: Trilho em forma de mobiliário. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
117
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Fig. 97: Trilho em forma de arquibancada. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 98: Fonte com palco e cascata ao fundo e arquibancada ao lado. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
119
120
Fig. 99: Vista aérea: cascata, palco, fonte, arquibancada e gramado com pergolado. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
Fig. 100: Cascata e espelhos d’água. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
121
Fig. 101: Gramado com pergolado para descanso. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal.
122
123
8.5
PROJETO DOS PAVILHÕES ANEXOS
Pavilhão de shows
Pavilhão de exposições
Pavilhão de gastronomia
LEGENDA: Manter e restaurar Construir Pavilhão de eventos
124
Fig. 102: Perspectiva | Pavilhões, 2015. Acervo pessoal
Foi realizado um pré-projeto de cada pavilhão, apenas para um estudo volumétrico dos mesmos, já que eles são anexos do parque de exposições. O desenho do parque, seus percursos, acessos e seu programa, dependem do projeto desses edifícios, pois eles terão acessos também pelo parque e definir tudo isso sem fazer pelo menos um estudo volumétrico e sem definir os acessos aos edifícios se tornou impossível. Até mesmo devido à topografia, que no caso do pavilhão de eventos, por exemplo, possibilita a construção do edifício em um nível 4 metros inferior ao nível que dá acesso ao Pavilhão de exposições. No caso do Pavilhão de gastronomia, a fachada pré existente encontra-se em um nível inferior ao nível da rua que o separa do parque, porém a sua laje está no mesmo nível que um dos níveis do parque e isso possibilita a implantação de uma passarela para fazer com que a ligação do edifício ao parque se torne mais evidente. Vale ressaltar que o projeto dos pavilhões não são definitivos e apenas estão presentes por terem sido estudados para uma prédefinição das volumetrias.
Fig. 103: Volumetria: pavilhão de shows, 2015. Acervo pessoal
Fig. 104: Volumetria: pavilhão de eventos, 2015. Acervo pessoal
Fig. 105: Volumetria: pavilhão de gastronomia, 2015. Acervo pessoal
125
8.6
PROJETO DOS PARQUE DE EXPOSIÇÕES
Fig. 106: Perspectiva | Implantação do parque de exposições. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
126
Fig. 107: Perspectiva | Implantação do parque de exposições. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
127
128
Fig. 108: Perspectiva | Implantação do parque de exposições. Representação gráfica, 2015. Acervo pessoal
Fig. 109: Perspectiva | Implantação do parque de exposições. Maquete física, 2015. Acervo pessoal
129
130
REFERÊNCIAS
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Mar-tins Fontes, 2006. MACEDO, Silvio e SAKATA, Francine. Parques Urbanos no Brasil. São Paulo, EDUSP, 2010. MASCARÓ, Lucia. Ambiência Urbana. Porto Alegre, +4 Editora, 2004. ROBBA, Fabio e MACEDO, Silvio. Praças Brasileiras. São Paulo, EDUSP, 2010.
ALMEIDA, Débora. “Biografia de Cora Coralina”. 2010. Disponível em:<https://deboraalmeidaportfolio.wordpress.com/2010/03/23/ saber-viver-de-cora-coralina/> Acesso em 18/04/2015, 19:26. ANDRADE, Antônio. “A estação ferroviária”. 2007. Disponível em: <http://www.panoramio.com/photo/5786747>. Acesso em 05/06/2015, 01:14. BARATTO, Romullo. “Centro cultural Daoíz y Velarde””. 2014. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-183784/centro-cultural-daoiz-y-velarde-rafael-de-la-hoz> Acesso em 03/05/2015, 21:53. BARATTO, Romullo. “Proposta vencedora para o centro cultural de eventos e exposições em Cabo Frio/Estúdio 41”. 2014. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-186572/proposta-vencedora-para-o-centro-cultural-de-eventos-e-exposicoes-em-cabo-frio-estudio-41/53397623c07a80cb6b00030c > Acesso em 20/05/2015, 23:30. Curitiba Paraná Blog. “Parque Barigui”. Sem data. Disponível em: <http://www.curitiba.parana.blog.br/parque-barigui/> Acesso em 07/06/2015, 23:42hrs. Expo Renault Barigui. Infraestrutura. Disponível em: <http://exporenaultbarigui.com.br/secao/181/infraestrutura.aspx> Aceso em 30/04/2015, 00:34.
GIESVRECHT, Ralph. “Estações Ferroviárias do Brasil”. Sem data. Disponível em: <http://www.estacoesferroviarias.com.br/j/jaboticabal.htm>. Acesso em 05/06/2015, 00:56. Grandes Construções, 2013. Expo Renault Barigui. Disponível em:<http://www.grandesconstrucoes.com.br/br/index.php?option=com_conteudo&task=viewMateria&id=1131>Acesso em 30/04/2015, 00:55. Guia Geográfico. Parques de Curitiba. Disponível em:<http://www. curitiba-parana.net/parques/barigui.htm> Acesso em 29/04/2015, 11:20. Imprensa Renault. “Expo Renault Barigui é o novo espaço de cultura e eventos de Curitiba”. 2012. Disponível em: <http://imprensa. renault.com.br/page/releases/expo-renault-barigui-e-o-novo-espaco-de-cultura-e-eventos-de-curitiba> Acesso em 07/06/2015, 19:00hrs. MICHAELIS. Dicionário de Português On line. Editora Melhoramentos Ltda, 1998-2009. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=coletivo> Acesso em 15/04/2015, 11:51. OLIVA, Claudio. “8 atrações imperdíveis em Curitiba”. 2015. Disponível em: < http://www.qualviagem.com.br/8-atracoes-imperdiveis-em-curitiba/> Acesso em 07/06/2015, 23:30 hrs. Portal da Prefeitura de Curitiba. “Secretaria do meio ambiente”. Sem data. Disponível em:http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/parques-e-bosques-croqui-parque-barigui/293> Acesso em 07/06/2015, 23:00hrs. Prefeitura Municipal. “Fotos da Festa do Quitute e Expofeira de Arte e Artesanato. 2014. Disponível em:<http://www.jaboticabal. sp.gov.br/2010/index.php/noticia/visualizar/fotos-da-festa-do-quitute-e-expofeira-de-arte-e-artesanato> Acesso em 28/04/2015, 02:41. Tribuna Região. “Museu do trem ainda não é realidade em Jaboticabal”. Sem data. Disponível em: <http://www.tribunaregiao.com. br/conteudo/museu-do-trem-ainda-nao-e-realidade-em-jaboticabal>Acesso em 06/06/2015, 20:09.
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FACHADA NORDESTE
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CORTE A-A - ESC. 1:600m
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583,5
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CORTE B-B - ESC. 1:300m
Legenda: Solo
584,0 582,5
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Gramado
CORTE C-C - ESC. 1:300m 586,0 584,0 583,0 582,0
582,5
582,0
579,0 577,0
577.5 576,0
Aluna: Aline Borges Nakata | Orientadora: Catherine D'Andrea FACHADA NORDESTE
CORTE D-D - ESC. 1:300m
58 3,0
A
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i= 8%
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Palco 2,5 58
gramado com pergolados i= 7%
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i= telhas i= telhas
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D
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6,0 57
Legenda: Solo Gramado
Aluna: Aline Borges Nakata | Orientadora: Catherine D'Andrea
N
W.C. MASC.
W.C. FEM.
582,0
W.C.
SALA 2
CAM.3
CAM.2
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SALA 1
ACESSO AOS CAMAROTES
ADM.
W.C. W.C.
O
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2.40
BILHETERIA C. 16
W.C.F. W.C.M.
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BILHETERIA
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PARQUE
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VEST. MASC.
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CABINE DE SOM
VEST. FEM.
ESC. 1:250m
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Aluna: Aline Borges Nakata | Orientadora: Catherine D'Andrea ESC. 1:250m
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BANH.
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COZINHA
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JARDIM
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FOYER
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ADM
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VEST. MASC.
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CAM. 1 SALA
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VEST. FEM.
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PASSARELA
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RUA
ESC. 1:250m ESC. 1:250m
ESC. 1:250m
Aluna: Aline Borges Nakata | Orientadora: Catherine D'Andrea