UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ALINE DE SOUZA MAIA
TCC I TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I: Residencial Geriátrico: Ênfase em neuroarquitetura com aplicações em arquitetura bioclimática.
MOGI DAS CRUZES, SP 2020
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ALINE DE SOUZA MAIA 11162500663
TCC I TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I: Residencial Geriátrico: Ênfase em neuroarquitetura com aplicações em arquitetura bioclimática.
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso
de
Arquitetura
e
Urbanismo
da
Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para aprovação e alcance do título de bacharel na área.
Professor Orientador: Silvia Beatriz Zamai
MOGI DAS CRUZES, SP 2020
ALINE DE SOUZA MAIA
TCC I TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I: Residencial Geriátrico: Ênfase em neuroarquitetura com aplicações em arquitetura bioclimática.
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso
de
Arquitetura
e
Urbanismo
da
Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para aprovação e alcance do título de bacharel na área. Aprovado em.................................................................................................................................
BANCA EXAMI NADORA
_____________________________________ Componente da Banca – Professora orientadora, Silvia Beatriz Zamai, UMC – Universidade e Mogi das Cruzes
_____________________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome, Instituição a que pertence
_____________________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome, Instituição a que pertence.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que me deu a vida, me guia e permite que eu realize meus sonhos e tenha conquistas inimagináveis. Dedico também aos meus pais que juntamente à Deus, me deram a vida e a razão e viver, por meio de exemplos, palavras e vivências.
AGRADECIMENTOS
À professora Silvia Beatriz Zamai, que me orientou da melhor forma possível. Aos que dedicaram preciosos momentos, nos mais diversos âmbitos da vida, cada um de sua forma, que certamente foi a melhor que poderiam oferecer, sempre com o intuito de me auxiliar, estimular, iluminar, orientar, que muitas vezes sem saber acabaram por me nortear, mesmo sem saber do quanto estive perdida. Cada ação foi essencial para a execução desse trabalho. Agradeço
EPÍGRAFE
“Dentre os pontos principais da atividade de um arquiteto, quase sempre fará parte a investigação das “possibilidades” de um lugar; Em outras palavras, o uso da inventividade do conceito arquitetônico para explorar ao máximo as vantagens oferecidas por um pedaço de terra”. (Peter Cook)
RESUMO O Brasil corresponde de forma considerada satisfatória no quesito de produção de moradias em larga escala, produz quantidade elevada e de forma acessível para a população de baixa renda, porém, é válido ressaltar que para tanto é levado em conta somente esse quesito, deixando de lado questões como a idade e necessidades dos futuros ocupantes, pensando nisso, verifica-se a importância de um espaço que além de acolher a população, nesse caso em específico a terceira idade, possa também oferecer-lhes cuidados básicos, necessários para a manutenção de sua qualidade de vida. Outra questão de extrema importância é o uso da arquitetura como instrumento de melhorias mentais e físicas ao usuário, para atender ao primeiro item busca-se fazer uso da neuroarquitetura, que embora seja um tema relativamente novo, é um tanto quanto significativo, principalmente se relacionado ao público alvo em questão, que necessita ainda mais de atenção nesse sentido. Já no quesito de melhorias físicas, busca-se por alternativas no âmbito do conforto ambiental, embora o País ainda enfrente um desafio, pois a construção, na maioria das vezes, parte do princípio de produção em massa, visando rapidez, agilidade, quantidade e muitas vezes lucro imediato, prejudicando assim a qualidade da mesma, a arquitetura bioclimática é utilizada como ferramenta para suprir essa necessidade por qualidade, conforto e eficiência, visto que a população nem sempre tem condições de manter uma casa com altos custos de energia elétrica, por exemplo, é então, por intermédio de estratégias bioclimáticas, grande parte, de forma passiva, que se potencializa o poder energético provindo da natureza, que é o que será aprofundado para futuras implantações no projeto em desenvolvimento. Logo, uma cidade como Salesópolis, com cenário habitacional singular, tanto no perímetro urbano quanto rural, é suficientemente capaz de receber uma proposta de um projeto de um residencial direcionado aos idosos que visa complementar o fluxo comum da cidade, determinando uma intervenção em uma área atualmente sem uso, que fica à mercê, dessa maneira, a proposta busca reconectar a cidade através da requalificação do local, bem como proporcionar aos moradores um ambiente eficiente energeticamente, adequado ao terreno, às intempéries, potencializando os benéficos visuais, o microclima local e também sua integração com a sociedade, fazendo proveito dessas características da população local que são o acolhimento e a empatia.
Palavras-chave: Bioclimática.
Arquitetura;
Residencial;
Terceira
idade;
Conforto; Neuroarquitetura;
APRESENTAÇÃO Como resultado do aumento na expectativa de vida, o número de idosos cresce ano após ano no Brasil e no mundo, consequentemente, nota-se uma demanda maior pelas instituições relacionadas ao público idoso. O projeto em questão busca integrar-se à cidade, permitindo que a população local recupere o espaço, ressaltando-o para um uso nobre e maximizando o uso que já ocorre no entorno do mesmo, ou seja, não somente pretende criar um espaço adequado e confortável para os residentes, mas também proporcionar o direito à cidade, garantindo dessa forma o caráter social em sua totalidade, desde a unidade residencial até a esfera do espaço público, na qual o residente pode usufruir as demais infraestruturas básicas, visando concomitantemente à sensação de autonomia e pertencimento da sociedade. A área em questão, localizada na região Sudeste, no estado de São Paulo, na cidade de Salesópolis, no bairro Jardim Nídia, divide-se em três cotas de nível, sendo sua cota superior três e sua cota inferior zero. Assim sendo, a proposta busca adaptar o edifício ao terreno, uma vez que a base conceitual do projeto é a busca pela permeabilidade, tanto física quanto visual, dessa forma o partido consiste em manter partes do térreo livres, a fim de proporcionar a integração da esfera urbana ao projeto, aumentando a sensação de pertencimento dos residentes com a população e a cidade. No que diz respeito à neuroarquitetura, que é o estudo e a utilização estratégica do impacto do ambiente no comportamento das pessoas, o presente trabalho analisa maneiras que a arquitetura possa contribuir com as necessidades físicas e mentais dos idosos durante o envelhecimento, a implantação de elementos nesse sentido se dá pelo fato de buscar sanar questões que acometem frequentemente ao público alvo em questão, principalmente as de cunho psicológico. Já no quesito da arquitetura bioclimática, direcionado por suas vertentes, as soluções arquitetônicas buscam atender as necessidades do projeto, usando as características do entorno em função da eficiência do mesmo. Algumas soluções de aproveitamento são a utilização do clima, maximização da ventilação cruzada, somando a ela o processo de refrigeração passiva, orientação solar, fazendo com que as aberturas estejam orientadas próximas ao sentido desejado, evitando que os raios solares incidam de maneira indesejada nos ambientes, proteção de aberturas mais expostas, criação de espaços internos de convívio, proporcionando o máximo de aproveitamento dos ventos.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Área de Ocupação Dirigida....................................................................................... 53 Figura 2- Área Urbana – Anexo 4. ........................................................................................... 53 Figura 3 – Vistas da Casa Eficiente. ......................................................................................... 63 Figura 4 – Croqui – Planta da Casa Eficiente. .......................................................................... 63 Figura 5 – Vista da Casa Eficiente e Maquete da Casa Eficiente. ............................................ 64 Figura 6 – Vistas da maquete eletrônica daCasa da Alvorada. ................................................. 64 Figura 7 – Croqui da Planta da Casa Eficiente. ........................................................................ 65 Figura 8 – Vistas do Modelo Casa Aqua (a)............................................................................. 65 Figura 9 – Vistas do Modelo Casa Aqua (b). ........................................................................... 66 Figura 10 – Vistas do Modelo Casa Aqua e Corte Esquemático.............................................. 66 Figura 11 – Modelo de implantaçãoco estudo de insolação. .................................................... 67 Figura 12 – Corte Esquemático e Vista do Modelo Casa Aqua. .............................................. 67 Figura 13 – Funcionamento da ventilação cruzada. ................................................................. 67 Figura 14 – Elevação frontal..................................................................................................... 70 Figura 15 – Vistas laterias. ....................................................................................................... 71 Figura 16 – Vista lateral e Pátio central.................................................................................... 71 Figura 17 – Pátio central e Recepção. ...................................................................................... 71 Figura 18 – Acesso ao edifício e pátio central.......................................................................... 72 Figura 19 – Acesso ao pátio central e Café e jogos. ................................................................. 72 Figura 20 – Loja de artigos e Área de convivência. ................................................................. 72 Figura 21 – Área de atividade física e Salas de artes. .............................................................. 73 Figura 22 – Cozinha industrial e Corredor de acesso. .............................................................. 73 Figura 23 – Corredor de acesso e Sala de artes. ....................................................................... 73 Figura 24 – Planta do pavimento térreo e Planta ampliada. ..................................................... 74 Figura 25 – Planta do pavimento tipo e Planta ampliada. ........................................................ 75 Figura 26 – Planta estacionamento e Planta ampliada.............................................................. 75 Figura 27 – Perspectiva noturna da fachada. ............................................................................ 79 Figura 28 – Vista de baixo para cima do pário central e Vista par ao pátio central. ................ 79 Figura 29 – Corredor de circulação com pacientes. ................................................................. 79 Figura 30 – Implantação. .......................................................................................................... 80 Figura 31 – Planta do pavimento térreo.................................................................................... 81
Figura 32 – Planta do primeiro pavimento. .............................................................................. 81 Figura 33 – Corte AA.. ............................................................................................................. 81 Figura 34 – Corte BB................................................................................................................ 82 Figura 35 – Elevação Oeste. ..................................................................................................... 82 Figura 36 – Ilusão criada pelos materias da forma. .................................................................. 83 Figura 37 – Passarelas de circulação. ....................................................................................... 83 Figura 38 – Pátio central. .......................................................................................................... 84 Figura 39 – Espelho d’água. ..................................................................................................... 84 Figura 40 – Localização em vista Macro do Lar de Idosos em Parafita, Portugal. .................. 86 Figura 41 – Localização em vista Micro do Lar de Idosos em Parafita, Portugal. ................... 86 Figura 42 – Fachada Frontal do Lar de Idosos em Parafita, Portugal. ..................................... 86 Figura 43 – Implantação do Centro Soxial e Paroquial Padre Ângelo Ferreira Pinto. ............. 87 Figura 44 – Pavimento Térreo. ................................................................................................. 88 Figura 45 – Acomodação dupla e Acomodação Individual...................................................... 88 Figura 46 – Primeiro Pavimento. .............................................................................................. 89 Figura 47 – Primeiro Térreo. .................................................................................................... 89 Figura 48 – Corte AA. .............................................................................................................. 90 Figura 49 – Corte BB................................................................................................................ 90 Figura 50 – Corredor com acessibilidade e Banheiro Adaptado. ............................................. 91 Figura 51 – Sala de convivência e Refeitório. .......................................................................... 91 Figura 52 – Sala de enfermagem e Administrativa. ..................................................................... 91 Figura 53 – Cabelereiro e Lavanderiaa. ...................................................................................... 92 Figura 54 – Cozinha e Sala deReunião. .................................................................................... 92 Figura 55 – Fachada Sul do Lar de Idosos Parafita, Portugal. ................................................. 92 Figura 56 – Fachada Leste do Lar de Idosos Parafita, Portugal. .............................................. 93 Figura 57 – Fachada Norte do Lar de Idosos Parafita, Portugal............................................... 93 Figura 58 – Fachada Oeste do Lar de Idosos Parafita, Portugal. .............................................. 93 Figura 59 – Perspectiva Fachada do Lar de Idosos Parafita, Portugal. .................................... 93 Figura 60 – Fachada do edifício. .............................................................................................. 98 Figura 61 – Sala temática dos anos 40 e Sala de fisioterapia. .................................................. 99 Figura 62 – Piscina aquecida. ................................................................................................... 99 Figura 63 – Planta pavimento térreo......................................................................................... 99 Figura 64 – Planta pavimento térreo....................................................................................... 100
Figura 65 – Planta pavimento tipo. ......................................................................................... 100 Figura 66 – Corte. ................................................................................................................... 100 Figura 67 – Livraria, Salão/barbearia e Cinema. .................................................................... 101 Figura 68 – Restaurante do HIléa. .......................................................................................... 101 Figura 69 – Quarto hospitalar e suíte...................................................................................... 102 Figura 70 – Fachada lateral..................................................................................................... 103 Figura 71 – Planta do pavimento térreo da Vila dos Idosos. ................................................. 107 Figura 72 – Planta de implantação.......................................................................................... 107 Figura 73 – Planta de implantação.......................................................................................... 108 Figura 74 – Planta sem escala da unidade de 30m² à esquerda e 42m² à direita. ................... 109 Figura 75 – Esquema das unidades habitacionais integradas pelo corredor e detalhe para o banco em frente às portas e para a larga circulação. ............................................................... 109 Figura 76 – Academia ao ar livre. .......................................................................................... 111 Figura 77 – Academia ao ar livre. .......................................................................................... 111 Figura 78 – Academia ao ar livre. .......................................................................................... 112 Figura 79 – Localização.......................................................................................................... 112 Figura 80 – Detalhe do contraste da alvenaria branca com as janelas escuras da fachada e detalhe das colunas que dão ritmo à fachada. ......................................................................... 113 Figura 81 – Zoneamento pavimento térreo............................................................................. 114 Figura 82 – Zoneamento pavimento tipo. ............................................................................... 115 Figura 83 – Pátio central da Vila dos Idosos. ......................................................................... 115 Figura 84 – Habitabilidade. .................................................................................................... 116 Figura 85 – Fachada Panazzolo Residencial Geriátrico. ........................................................ 119 Figura 86 – Localização.......................................................................................................... 119 Figura 87 – Vista da Rua Paulo Rossato. ............................................................................... 120 Figura 88 – Implantação. ........................................................................................................ 120 Figura 89 – Pavimento Superior Residencial Panazzolo. ....................................................... 121 Figura 90 – Pavimento Térreo. ............................................................................................... 121 Figura 91 – Quarto Individual Residencial Panazzolo e Quarto duplo. ................................. 122 Figura 92 – Quarto triplo e escada adaptada. ......................................................................... 122 Figura 93 – Banheiro Adaptado e Solário. ............................................................................. 123 Figura 94 – Administração e Refeitório. ................................................................................ 123 Figura 95 – Sala de convivência e Vestiários fncionários. ..................................................... 123
Figura 96 – Cozinha e Corredot adaptado. ............................................................................. 124 Figura 97 – Estoque de enfermagem e estar. .......................................................................... 124 Figura 98 – Placa locada na nascente. .................................................................................... 127 Figura 99 – Bandeira da cidade e Brasão de armas. ............................................................... 128 Figura 100 – Localização geográfica no mapa. ...................................................................... 128 Figura 101 – Anexo 7 – Hidrografia....................................................................................... 130 Figura 102 – Temperaturas e precipitações médias................................................................ 130 Figura 103 – Gráfico de temperatura. ..................................................................................... 131 Figura 104 – Localização geográfica no mapa. ...................................................................... 138 Figura 105 – Life expectancy at birth by region, both sexes combined (years), 1990-2050.. 139 Figura 106 – Global distribution of population by broad age group, 1990 – 2050. ............... 139 Figura 107 – Distribution of population aged 65 years or over by regiob, 2019 and 2050 (percentage). ........................................................................................................................... 140 Figura 108 – Número de jovens (0-14 anos) e de idosos (60anos e mais) e Índice de Envelhecimento (IE) Brasil: 2010-2060. ................................................................................ 140 Figura 109 – Arredores da cidade........................................................................................... 141 Figura 110 – Vista de satélite doterreno. ................................................................................ 143 Figura 111 – Vista do terreno 1 via satélite. ........................................................................... 145 Figura 112 – Vista do terreno 1 a partir da Av.Osaka. ........................................................... 146 Figura 113 – Vista do terreno 1 a partir da R. Prefeito Antônio R. de Camargo. .................. 146 Figura 114 – Dimensão do terreno. ........................................................................................ 146 Figura 115 – Análise Microambiental. ................................................................................... 148 Figura 116 – Estudo de insolação baseado no Diagrama solar Latitude 24º Sul. ................... 149 Figura 117 – Análise de Uso e Ocupação do Solo. ................................................................ 150 Figura 118 – Análise de Cheios e Vazios. .............................................................................. 151 Figura 119 – Análise Viário. .................................................................................................. 152 Figura 120 – Anexo 6 - Malha viária...................................................................................... 153 Figura 121 – Esquema de elementos do conceito arquitetônico. ............................................ 180 Figura 122 – Esquema de elementos do partido arquitetônico. .............................................. 181 Figura 123 – Croquis. ............................................................................................................. 182 Figura 124 – Volumetria......................................................................................................... 183 Figura 125 – Volumetria......................................................................................................... 183 Figura 126 – Volumetria......................................................................................................... 183
Figura 127 – Elevação Frontal................................................................................................ 184 Figura 128 – Implantação. ...................................................................................................... 184
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Análise de Swot FOFA/SWOT do estudo de caso 1............................................78 Tabela 02 - Análise de Swot FOFA/SWOT do estudo de caso 2............................................85 Tabela 03 - Análise de Swot FOFA/SWOT do estudo de caso 3. ..........................................97 Tabela 04 - Análise de Swot FOFA/SWOT do estudo de caso 4..........................................104 Tabela 05 - Programa de Necessidades..................................................................................110 Tabela 06 - Análise FOFA/SWOT do estudo de caso 5........................................................116 Tabela 07 - Análise FOFA/SWOT do estudo de caso 6........................................................124 Tabela 08 – Tabela síntese de Análise de SWOT..................................................................125 Tabela 09 - Tabela de Projeções............................................................................................136 Tabela 10 - Possibilidades de terreno. ...................................................................................143 Tabela 11 - Análise FOFA/SWOT do terreno.......................................................................144
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANELL
Agência Nacional de Energia Elétrica
ANFA
Academia de Neurociência para a Arquitetura
ANVISA
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
AOD
Área de Ocupação Dirigida
APRM
Áreas de Intervenção e Áreas de Proteção e Recuperação dos Mananciais
ARO
Área de Restrição à Ocupação
CEC
Custo da Energia Conservada
CME
Custo Marginal de Expansão
CNAE
Classificação Nacional de Atividade Econômica
COHAB
Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo
CONDEPHAAT
Conselho de Defesa do Patrimônio, Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado.
DAEE
Departamento de Águas e Energia Elétrica
DBG
Diagrama Bioclimático de Givoni
EDP
Energias De Portugal
EPE
Empresa de Pesquisa Energética
ERPI
Estrutura Residencial para Idosos
GARMIC
Grupo de Articulação para Conquista de Moradia dos idosos da Capital
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
IDH
Índice de Desenvolvimento Humano
ILPI
Instituições de Longa Permanência de Idosos.
JORI
Jogos Regionais dos Idosos
LEED
Leadership in Energy and Environmental Design
LPM
Lei de Proteção aos Mananciais
OMS
Organização Mundial da Saúde
ONG
Organização Não Governamental
ONU
Organização das Nações Unidas
PDPA
Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental
PIB
Produto Interno Bruto
PNAD
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PNUD
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PROCEL
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
RDC
Resolução da Diretoria Colegiada
RMSP
Região Metropolitana de São Paulo
RTQ-R
Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais
SABESP
Saneamento Básico do Estado de São Paulo
SBGG
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
SEADE
Sistema Estadual de Análise de Dados
SIGRH
Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos
SUC
Subárea de Urbanização Consolidada
UNICA
Unidade ClĂnica Ambulatorial
USGBC
United States Green Building Council
SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 14 O TEMA ................................................................................................................................... 17 JUSTIFICATIVA DO TEMA .................................................................................................. 18 PROBLEMATIZAÇÃO ........................................................................................................... 19 HIPÓTESE ............................................................................................................................... 20 OBJETIVOS DO PROJETO .................................................................................................... 21 METODOLOGIA ..................................................................................................................... 22 1.
REVISÃO HISTÓRICA SOBRE O TEMA. .............................................................. 23 1.1
CENÁRIO DAS ILPI. ................................................................................................ 23
1.1.1
SURGIMENTO DA ILPI. ...................................................................................... 23
1.1.2
POLÍTICAS NO BRASIL...................................................................................... 25
1.1.3
QUALIDADE NO BRASIL................................................................................... 28
1.1.4
PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO EM UMA ILPI. ............................ 29
2.
REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA. ............................................................... 32
3.
LEGISLAÇÕES.......................................................................................................... 40 3.1
DIRETRIZES E PREMISSAS. .................................................................................. 40
3.1.1
CÓDIGO SANITÁRIO – N. 12.342/78. ................................................................ 40
3.1.2
NBR 9050/2015. ..................................................................................................... 42
3.1.3
CÓDIGO FLORESTAL – LEI N. 12.651/12......................................................... 47
3.1.4
RESOLUÇÃO-RCDN. 50/02................................................................................. 48
3.2
LEIS DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE. ....................................................... 49
3.2.1
LEGISLAÇÃO REFERENTE ÀS ÁREAS DE MANACIAIS. ............................ 49
3.2.2
LEIS ESPECÍFICAS. ............................................................................................. 51
3.3
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO. ............................................................................... 52
3.4
NEUROARQUITEURA. ............................................................................................ 54
3.4.1
SELOS, CERTIFICAÇÕES E NORMAS. ............................................................ 55
3.4.2
CENÁRIO DA UTILIZAÇÃO NEUROARQUITETÔNICA: MUNDO. ............. 56
3.4.3
CENÁRIO DA UTILIZAÇÃO NEUROARQUITETÔNICA: BRASIL. .............. 56
3.5
ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA. ......................................................................... 57
3.5.1
SELOS, CERTIFICAÇÕES E NORMAS. ............................................................ 60
3.5.2
CENÁRIO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: MUNDO. .................................... 61
3.5.3
CENÁRIO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: BRASIL. ..................................... 62
4.
ESTUDOS DE CASO................................................................................................. 69 4.1 4.1.1
ESTUDOS DE CASO INTERNACIONAIS. ............................................................. 69 ESTUDO DE CASO 1: SENIOR HOUSING AND SENIOR CENTER DR.
GEORGE W. DAVIS ........................................................................................................... 69 4.1.2
ESTUDO DE CASO 2: CENTRO GERIÁTRICO DONAUSTADT. ................... 78
4.1.3
ESTUDO DE CASO 4: LAR DE IDOSOS. .......................................................... 85
4.2
ESTUDOS DE CASO NACIONAIS.......................................................................... 97
4.2.1
CENTRO DE VIVÊNCIA E DESENVOLVIMENTO PARA IDOSO HILÉA. ... 97
4.2.2
RESIDENCIAL VILA DOS IDOSOS. ................................................................ 104
4.2.3
PANAZZOLO RESIDENCIAL GERIÁTRICO.................................................. 117
5.
LOCAL DE INTERVENÇÃO. ................................................................................ 127 5.1
SALESÓPOLIS. ....................................................................................................... 127
5.1.2
ASPECTOS CLIMÁTICOS................................................................................. 129
5.1.3
IMPORTÂNCIA AMBIENTAL. ......................................................................... 131
5.1.4
ASPECTOS DE MORADIA................................................................................ 132
5.1.5
PESQUISA DE CAMPO. .................................................................................... 134
5.2
ÁREA DE INTERVENÇÃO. ................................................................................... 141
5.2.1
ÁREA ESCOLHIDA............................................................................................ 142
5.2.2
ANÁLISE DA ÁREA E JUSTIFICATIVA. ........................................................ 142
5.3
O TERRENO. ........................................................................................................... 142
5.3.1
ANÁLISE MICROAMBIENTAL. ...................................................................... 148
5.3.2
ANÁLISE MACROAMBIENTAL. ..................................................................... 150
5.3.3
ANÁLISE DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO. ................................................ 150
5.3.4
ANÁLISE DE CHEIOS E VAZIOS. ................................................................... 151
5.3.5
ANÁLISE VIÁRIO .............................................................................................. 152
6.
ESQUEMAS ESTRUTURANTES. ......................................................................... 154 6.1
PERFIL DO USUÁRIO............................................................................................ 154
6.2
ORGANOGRAMA................................................................................................... 160
6.3
FLUXOGRAMA. ..................................................................................................... 161
6.4
AGENCIAMENTO. ................................................................................................. 162
6.5
PROGRAMA DE NECESSIDADES. ...................................................................... 165
7.
PROPOSTA FINAL. ................................................................................................ 180 7.1
CONCEITO ARQUITETÔNICO............................................................................. 180
7.2
PARTIDO ARQUITETÔNICO................................................................................ 180
7.3
PARTIDO URBANÍSTICO. .................................................................................... 181
7.4
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ARQUITETÔNICO. ............................... 182
7.4.1
ESTRATÉGIAS NEUROARQUITETÔNICAS.................................................. 182
7.4.2
ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS. .................................................................. 182
7.5
ESTUDOS PRELIMINARES. ................................................................................. 182
7.5.1
CROQUIS E PRÉ-DIMENSIONAMENTO. ....................................................... 182
7.5.2
ESTUDOS DE VOLUMETRIA. ......................................................................... 183
7.5.3
IMPLANTAÇÃO. ................................................................................................ 184
7.6
O PROJETO.............................................................................................................. 185
7.6.1
PLANTAS. ........................................................................................................... 185
7.6.2
CORTES. .............................................................................................................. 185
7.6.3
FACHADAS......................................................................................................... 185
7.6.4
VISTAS. ............................................................................................................... 185
7.6.5
DETALHES. ........................................................................................................ 185
7.6.6
IMAGENS DE MAQUETE ELETRÔNICA. ...................................................... 185
8.
CONCLUSÃO. ......................................................................................................... 186
9.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 188
10.
ANEXOS .................................................................................................................. 199
14
INTRODUÇÃO
Observa-se o aumento do número de idosos visto que a expectativa de vida da população brasileira vem crescendo consideravelmente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017), em 1960, a expectativa de vida do brasileiro era de 54 anos e tem um salto de 22 anos comparado com a estimativa no ano de 2017. Esse aumento notável da população idosa reflete no aumento da demanda das Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPI. Embora existam muitos estudos acerca das ILPI’s, nota-se a fundamental importância de pesquisas que abordem a arquitetura de uma forma que possa contribuir na produção de espaços capazes de proporcionar melhor qualidade, não apenas física, mas também mental para o usuário, a fim de conferir melhores condições de vida a essa parcela da população. Segundo Milaneze (2013), a neuroarquitetura é o estudo e a utilização estratégica do impacto do ambiente no comportamento das pessoas. A arquitetura estudada pelos parâmetros da neuroarquitetura e aplicada a ILPI, busca a ocupação do espaço pensando além das características funcionais, trazendo laços afetivos para o idoso, sob análise da influência do ambiente na saúde mental dos pacientes. Pondera, portanto, de que maneira o ambiente, por meio da ergonomia, do conforto ambiental, térmico e acústico, da luminotécnica, além de outros fatores arquitetônicos pode melhorar a qualidade de vida dos idosos, promovendo assimilação ao espaço “[...] de forma cíclica, ou seja, o homem modifica o meio, esse modifica o homem e o homem volta a modificá- lo” (MILANEZE, 2013 p. 59). O arquiteto busca solucionar problemas por meio de intervenções no ambiente físico que possam atuar de maneira sutil no inconsciente das pessoas, por intermédio de soluções visíveis e invisíveis. Para isto, é imprescindível que se entenda as necessidades ambientais dos usuários e seus comportamentos, portanto, quais os valores serão prioritários na concepção projetual de uma ILPI (BERTOLLETI, 2010). O início da década de 70 foi marcado por uma reviravolta no cenário energético mundial, o aumento significativo do preço do petróleo forçou uma reavaliação do consumo de energia e do uso das reservas naturais, fazendo com que o novo cenário passasse a tratar a economia de energia como necessidade, provocando mudanças nas concepções e a busca pela eficiência energética.
15 Perante essa necessidade da racionalização do uso de fontes de energia, promover a qualidade ambiental dos edifícios por meio de soluções passivas é uma das formas prováveis para minimizar o impacto das edificações sobre a matriz energética. O termo sustentabilidade passa a ser frequentemente definido por Coelho (2001) no relatório Bruntland (Our Common Future, 1987), publicado no Brasil em 1991, como um processo de modificações no qual está previsto, que a exploração de recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e as mudanças institucionais deverão ser feitas consistentemente para atender as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades. A produção de edificações que adota uma mesma tipologia, empregada de norte a sul do país, implantadas sem apresentar relação com especificidades regionais, fazendo com que as mesmas linhas gerais e o mesmo sistema construtivo sejam adotados em cidades completamente
distintas,
desconsiderando
a
diversidade
sócio-econômica,
cultural,
tecnológica e principalmente a climática, sem dúvidas resultarão em construções de baixa qualidade (DUMKE, 2002, AZEVEDO, 2007). Da mesma forma, grande parte dos profissionais responsáveis pela produção arquitetônica, continua insistente na escolha do estilo
internacional
como
solução
projetual,
ignorando
clima,
entorno,
necessidades
ambientais, e disseminando o uso de soluções artificiais, como relata Lima (1999 em: a síndrome dos edifícios doentes). A falta de critérios na produção das edificações com foco meramente lucrativo, principalmente aquelas voltadas para a população de baixa renda, cria falhas em aspectos de qualidade, relevados a um segundo plano ou simplesmente ignorados. (MORELLO; SATTLER, 2004). Estas falhas têm sido óbvias no âmbito do conforto ambiental e do consumo de energia, sendo que os requisitos mínimos destes parâmetros não estão sendo atendidos. A questão da pouca exploração na área de edifícios destinados ao público alvo em questão, que é a terceira idade, ocorre devido à falta de, primeiramente, conhecimento na área, no sentido de não conhecer a atual demanda e necessidade dos mesmos; privilégio de investimento em outros segmentos, visando os mais lucrativos, não pesando a importância social desses institutos, deixando clara a necessidade de estudos e aprofundamentos, que verifiquem as necessidades dos usuários, que vem crescendo, para que, possa se oferecer propostas que correspondam a essas necessidades e expectativas. Possui por objetivo geral chamar a atenção para edifícios projetados para uso do
16 público idoso, prevendo dedicação a essa população, assim sendo, busca-se propor um projeto residencial embasado nas técnicas neuroarquitetônicas, sistemas e conceitos da arquitetura bioclimática, em prol do conforto ambiental e da eficiência energética, aprofundamento em objetivos específicos, com a intenção de realizar uma avaliação da atual situação no Brasil, suas políticas, e também consolidar um levantamento das estratégias bioclimáticas eficientes para a tipologia especificamente na região escolhida e selecionar recomendações projetuais pertinentes ao clima de Salesópolis – SP. Para alcançar resultados mais positivos é realizado aprofundamento na área de residência, mais precisamente um grupo delas, a fim de buscar implantações de serviços diferenciados. Dessa forma, a proposta é uma resposta ao déficit residencial, principalmente aos que respaldam o público idoso, como também uma crítica à produção em massa de conjuntos habitacionais os quais são desconexos das cidades, inertes ao clima local, ignorando a cultura específica de cada região, idade e necessidades e que permanecem sem responder às necessidades mínimas de conforto e qualidade ambiental. Com o intuito de ampliar os conhecimentos na área, foram realizados estudos de caso de edifícios que prestam esses serviços, para os nacionais foram estudados: Centro de vivência e desenvolvimento do idoso Hiléa, Residencial Vila dos Idosos e Panazzolo residencial geriátrico, e, para os internacionais foram estudados: Residencial geriátrico Dr. George W. Davis, Centro geriátrico Donaustadt e Lar de Idosos. No que diz respeito às visitas técnicas, devido à situação que está acometendo todo o mundo atualmente, que é a pandemia do Coronavírus COVID-19, respeitando-se as considerações de distanciamento social, tornaram-se impossibilitadas, levando em conta o público alvo em questão, os idosos, pertencentes ao grupo de risco, confirma-se a dificuldade de manter o contato com os mesmos, portanto, para que não fosse tão prejudicado o trabalho de pesquisa, foram ampliados os estudos de caso, com abordagem de edifícios nacionais e internacionais. Para chegar ao resultado final, às etapas de desenvolvimento que foram feitas em todo o trabalho foram pesquisas bibliográficas, pesquisas de campo, pesquisa nas legislações, estudos de caso, todas relacionadas ao tema.
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O TEMA
As instituições específicas para idosos correspondem aos locais físicos que são anteriormente pensados e equipados para atender pessoas com sessenta anos ou mais de idade, que pode ou não ser sob-regime de internato, mediante pagamento ou não, por um período indeterminado,
tendo
à disponibilidade um quadro de funcionários para atender às
necessidades de cuidados que esse público necessita, tal como saúde, alimentação, higiene, repouso e lazer, bem como outras atividades características de uma vida institucional. O edifício com a tipologia de um residencial geriátrico é fundamentado basicamente em atenção e cuidado, visto que o público alvo em questão possui maior demanda nesses aspectos, e, é de suma importância, pois o acolhimento desse público possibilita direcioná-lo para uma vida de qualidade, visando todas as necessidades, físicas e psicológicas que necessitam para ter qualidade de vida em sua melhor idade. Possui grande relevância, pois o cuidado com o idoso deve ser ressaltado, ser uma questão social mais ativa, visto que os cuidados existentes com um ser humano que esta iniciando sua vida devem também ser presentes com aquele que está no fim dela, com a mesma dedicação e cuidado.
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JUSTIFICATIVA DO TEMA
A atenção a essa tipologia é de extrema importância, visto que o aumento da população de idosos no Brasil é um dado gritante, é cientificamente comprovado que as pessoas estão vivendo cada vez mais, e, por inúmeros motivos, grande parte desse público acaba por não conseguir a devida qualidade de vida para viverem a melhor idade da maneira como gostariam e mereceriam, o que acaba culminando em adoecimento, de teores físicos, mas, e, também, psicológicos, portanto, deve-se então haver a associação desse processo de envelhecimento com as condições sociais e sanitárias que esse público demanda, verificando sempre a existência de um atendimento específico para que sejam sempre bem recepcionados nos mais diversos campos e serviços que uma sociedade pode oferecer.
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PROBLEMATIZAÇÃO
De acordo com CARLI (2004), a longevidade é uma vitória, resultado da evolução da sociedade, entretanto, reflete em desafios a serem estudados quanto à qualidade de vida a ser proporcionada à população idosa. Dentre esses desafios, destacam-se a independência e autonomia, o conforto e também a necessidade de integração social. Esse aumento da população idosa reflete também no crescimento considerável da demanda das Instituições de Longa Permanência de Idosos, sejam elas procuradas para si mesmas ou para familiares, em virtude desses fatos, as preocupações referentes à arquitetura asilar tornam-se imprescindíveis. A pouca atuação do Estado Brasileiro no que diz respeito às Instituições de Longa Permanência para Idosos, a pouca oferta no mercado, além da má qualidade dos serviços existentes, gera preconceitos em relação ao cuidado institucional criando um paradigma que responsabiliza a família pelos cuidados dos idosos. “Acredita-se, portanto, que a redução de preconceitos, oferta ampla e melhoria de serviços são fatores inter-relacionados e importantes para fortalecer essa forma de residência e cuidado” (CAMARANO, CHRISTOPHE, 2010, p.160). As instituições devem representar uma alternativa de amparo, proteção e segurança aos idosos, o que não significa, necessariamente, a desvinculação familiar, ou desvalorização do apoio da família nos cuidados dos internos. Na verdade, trata-se de uma redistribuição
da
responsabilidade
entre
mercado,
família e Estado
(CAMARANO,
CHRISTOPHE, 2010). Logo, algumas problematizações a serem levantadas são o aumento da população de idosos no Brasil, e, concomitantemente a esse aumento existe também o aumento da defasagem no que diz respeito ao apoio para residência de idosos, existe também a falta de respaldo às dificuldades que os mesmos encontram, deixando-os à mercê, sem verificar a garantia de uma qualidade de vida digna para os mesmos.
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HIPÓTESE
A questão da pouca exploração na área de edifícios destinados ao público alvo em questão, que é a terceira idade, ocorre devido à falta de, primeiramente, conhecimento na área, no sentido de não conhecer a atual demanda e necessidade dos mesmos; privilégio de investimento em outros segmentos, visando os mais lucrativos, não pesando a importância social desses institutos, deixando clara a necessidade de estudos e aprofundamentos, que verifiquem as necessidades dos usuários, que vem crescendo, para que, possa se oferecer propostas que correspondam a essas necessidades e expectativas. Dessa forma, a proposta é uma resposta ao déficit habitacional, como também uma crítica à produção em massa de conjuntos habitacionais os quais são desconexos das cidades, inertes ao clima local, ignorando a cultura específica de cada região, sem responderas necessidades mínimas de conforto e qualidade ambiental. Ressaltando a intenção de resgatar a qualidade habitacional, por meio de soluções racionais, baseadas na arquitetura bioclimática, a fim de produzir um modelo na qual exista qualidadearquitetônica. Além da questão física propriamente dita das edificações, existe a questão psicológica, que é a parte do projeto que verifica as possibilidades positivas que a arquitetura pode proporcionar ao usuário, para tanto algumas propostas serão direcionadas a três fatores principais, que são as necessidades físicas dos indivíduos, considerando a segurança e conforto, a importância da privacidade e enlace afetuoso com o ambiente, e, primordialmente, a análise da relação entre espaço e mente.
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OBJETIVOS DO PROJETO
OBJETIVO GERAL. Chamar a atenção para edifícios projetados para o uso do público idoso, prever dedicação a essa população específica, demonstrar que necessitam de cuidados específicos e que está nas mãos do arquiteto pensar em ações para sanar todas essas necessidades, projetar ambientes que acolham e beneficiem em todos os aspectos, e, como forma de atender esses objetivos anteriormente citados, se dá a projeção do objeto de pesquisa que se trata do desenvolvimento de um Residencial Geriátrico. Dar enfoque à neuroarquitetura, devido às questões psicológicas que acometem aos inclusos nesse público alvo e observar questões relacionadas à arquitetura bioclimática, visando proporcionar conforto.
OBJETIVO ESPECÍFICO. O objetivo específico é aprofundar os conhecimentos na área de residência, comum cunho diferenciado, nesse caso, um grupo de residências, a fim de buscar implantações de serviços diferenciados, fazendo uso de neuroarquitetura para que, com isso, possa amenizar as doenças que acometem a esse público, bem como programar métodos diferenciados na construção, fazendo uso de arquitetura bioclimática, visando eficiência energética sempre que possível, visto que atualmente não se trata mais de um diferencial , mas obrigação social.
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METODOLOGIA
Para chegar ao resultado final, às etapas de desenvolvimento que foram feitas em todo o trabalho foram pesquisas bibliográficas em artigos, dissertações, documentos eletrônicos, livros e teses, pesquisas de campo, pesquisa nas legislações, estudos de caso, todas relacionadas ao tema, que são edifiscios de apoio ao idoso, de maneira geral e porteriormente o afinamento das informações coletadas.
23
1.
REVISÃO HISTÓRICA SOBRE O TEMA.
Nesse capítulo, concentram-se as pesquisas realizadas para a execução do projeto final de graduação, dessa maneira, por se tratar de três assuntos densos, que envolvem pesquisas históricas, pesquisas atuais referente ao que se encontra acerca dos assuntos relacionados, premissas de instituições de longa permanência de idosos, neuroarquitetônicas e bioclimáticas, buscou-se então adentrar primeiramente no tema de ILPI’s, até o ponto de permitir a compreensão do atual posicionamento, e, no decorrer da pesquisa, desenrolar os demais temas abordados, referente à neuroarquitetura e a arquitetura bioclimática, nas quais buscou-se explorar e compreender os conceitos, sempre relacionando-os às ILPI’s, e, por fim, compatibilizado as pesquisas e exemplificando as duas vertentes no projeto.
1.1 CENÁRIO DAS ILPI. Para compreender de forma uniforme o cenário das ILPI’s, por intermédio da pesquisa, buscou-se fazer o levantamento de dados em três setores distintos, mas que, unidos, completam a visão geral, a fim de permitir a compreensão em relação às unidades desde local até a esfera global, abrangendo então seu seguimento, políticas nacionais e a qualidade das mesmas.
1.1.1 SURGIMENTO DA ILPI. O surgimento de instituições para idosos não é recente. O cristianismo foi pioneiro no amparo aos velhos: “Há registro de que o primeiro asilo foi fundado pelo Papa Pelágio II (520-590), que tranformou a sua casa em um hospital para velhos”. (AO, ALCÂNTARA, 2004). Na Idade Média, pessoas que prestavam serviços assistenciais aos pobres locados em hospitais eram consideradas caritativas – religiosos ou leigos – que além de buscarem a salvação de suas almas, tinham o propósito de separar os indivíduos que poderiam representar ameaças à saúde da população. Assim, as primeiras instiuições já foram elaboradas pautandose na assistência, na formação espiritual e também na exclusão social, uma vez que a criação das instituições respondia ainda a uma necessidade da ápoca, na tentativa de solucionar a problemática da mendicância, da pobreza e das doenças. (FOUCAULT, 2003). Com o passar do tempo, pessoas portadores de situações semelhantes começaram
24 a ser tratadas de modo isolado, originando espaços próprios, como leprosários, manicômicos, sanatórios, orfanatos e asilos. A princípio, os asilos tinham a função de abrigar aqueles que não se enquadravam em outras instituições, como andarilhos e pessoas idosas. Somente no final do século XX, a denominação “asilo” passou a ser substituída por “Instituição para Velhos”. (XIMENES, 2007). Contudo, o termo “asilo” continua sendo empregado nos dias atuais e com vestígios do significado primeiro de exclusão social, pois são reconhecidas como instituições voltadas ao abrigo de pessoas idosas que necessitem de um local para morar, alimentar-se e receber cuidados básicos. (REZENDE, 2013). É bom ressaltar que as instituições asilares constitui a modalidade mais antiga e universal de atenção ao idoso, sendo fora de sua família, entretanto, tem como inconveniente a condução dos mesmos ao isolamento social e a inatividade física e mental. Define-se asilo (do grego ásylos, pelo latim asylo) como casa de assistência social onde são recolhidas, para sustento ou também para educação, pessoas pobres e desamparadas, como mendigos, crianças abandonadas, órfãos e velhos. Considera-se ainda asilo o lugar onde ficam isentos da execução das leis, os que a ele se recolhem. Relaciona-se assim, a ideia de guarita, abrigo, proteção ao local denominado de asilo, independentemente do seu caráter social, político ou de cuidados com dependências físicas e/ou mentais. Devido ao caráter genérico dessa definição outros termos surgiram para denominar locais de assistência a idosos como, por exemplo, abrigo, lar, casa de repouso, clínica geriátrica e ancionato. Procurando-se padronizar a nomenclatura, tem sido proposta a denominação de instituições de longa permanência para idosos (ILPI), definindo-as como estabelecimentos para atendimento integral a idosos, dependentes ou não, sem condições familiares ou domiciliares para a sua permanência na comunidade de origem. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA, 2003). Habitualmente conhecidos como asilos, do grego asylo, que significa o local onde as pessoas sentem-se abrigadas e protegidas contra diversos danos de qualquer natureza, as instituições de longa permanência para idosos (ILPI) historicamente têm o seu surgimento fundamentado na caridade e num atendimento básico às necessidades de vida, como ter onde ser alimentar, se banhar e dormir; destinadas ao amparo aos “sem família, pobres e mentalmente enfermos. A identidade que se manisfestou em seu período inicial estava relacionada à caridade, numa perspectiva assistencialista que determinava a homogeneização dos velhos, a percepção da velhice como degeneração e decadência e a infantilização do
25 idoso” (CREUTZBERG; GONÇALVES; SOBBOTKA, 2004). No Brasil colônia, o Conde de Resende defendeu que soldados velhos mereciam uma velhice digna e “descansada”. Em 1794, no Rio de Janeiro, começou então a funcionar a Casa dos Inválidos, não como ação de caridade, mas como reconhecimento àqueles que prestaram serviço à pátria, para que tivessem uma velhice tranquila. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA, 2003). A história dos hospitais se assemelha à de asilos de velhos, pois em seu início ambas abrigavam idosos em situação de pobreza e exclusão social. No Brasil, o Asilo São Luiz para a Velhice Desamparada, criado em 1890, foi a primeira instituição para idosos no Rio de Janeiro. O surgimento deste dá visibilidade à velhice. A instituição era um mundo à parte e ingressar nela significava romper laços com a família e a sociedade. (D, GROISMAN, 1999). Quando não existiam instituições específicas para idosos, estes eram abrigados em asilos de mendicidade, junto com outros pobres, doentes mentais, crianças abandonadas, desempregados. Em fins do século XIX, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo dava assistência a mendigos e, conforme o aumento de internações para idosos passou a definir-se como instituição gerontológia em 1964. (T, BORN, 2002).
1.1.2 POLÍTICAS NO BRASIL. Segundo a Secretária Nacional de Habitação Inês Magalhães, a partir de resultados apurados pelo Ministério das Cidades em parceria com a Fundação João Pinheiro, e tendo como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE, 2007), o Brasil possui um déficit habitacional em torno de 6.273 milhões, mas o sonho de milhões de pessoas em todo mundo é ter uma moradia digna, e este é um direito previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Este é um direito social reconhecido no Brasil, pela Constituição da República, como também a saúde, a educação e a justiça, e é essencial para a vida. Sem uma moradia regularizada, o cidadão não tem direito nem mesmo a um endereço, ou seja, está fora do mapa, engrossando o número dos sem-teto. (ZUNINI, LAGO, 2010). A Portaria nº 810/1989 foi a primeira a definir as Normas e Padrões de Funcionamento de Casas de Repouso, Clínicas Geriátricas e outras instituições para idosos. Ela define como deve ser a organização da instituição, a área física, as instalações e os recursos humanos. (PORTARIA Nº810, 1989).
26 ILPI é definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº283 (Brasil, 2005) como – instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinada ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade e dignidade e cidadania. É interessante notar que em termos de Vigilância Sanitária no Estado de São Paulo ILPI tem sido considerada como equipamento social, a Resolução SS123/2001 que define e classifica as instiuições geriátricas no âmbito do Estado de São Paulo diferencia ILPI das Casas de Repouso, sendo estas últimas destinadas centralmente à prestação de serviços de assistência médica às pessoas idosas em regime de assistência asilar. A Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE), instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da Adminsitração Tributária do país, também faz essa distinção das instituições destinadas ao cuidado a pessoas idosas em: . Abrigo de idosos que compreendem os asilos, Casas para velhice com alojamento, ILPI e residências protegidas destinadas à assistência social a idosos, em regime de internato, quando o tratamento médico não constitui elemento central desse atendimento; . Clínicas e residências geriátricas que compreendem casas de repouso para pacientes em regime de internato e com mais de 60 anos, sob-responsabilidade médica, destinada à prestação de serviços médicos, de enfermagem e demais serviços de apoio terapêutico. A Política Nacional do idoso; por sua vez, e estabelece em seu artigo 4º, parágrafo único que “É vedada a permanência de portadores de doenças que necessitem de assitência médica e de enfermagem permanente em instituições asilares de caráter social” (BRASIL, 1994). Ao mesmo tempo, a portaria SEAS nº 2854/2000 (posteriomente alterada pela portaria SEAS nº 2874/2000) define as modalidade de ILPI, de acordo com a capacidade funcional dos idosos nelas residentes: . Modalidade I – destinada a idosos independentes para as atividades da vida diária. Aí estão incluídos, também, aqueles que necessitam de utilizar algum equipamento de autoajuda; . Modalidade II – dirigida a idosos dependentes e independentes que necessitem
27 de ajuda e cuidados especializados, com acompanhamento e controle adequado de profissionais da área da saúde e; . Modalidade III – voltada para idosos dependentes que necessitem de assistência total em, pelo menos, uma atividade da vida diária. Para Born e Boechat (2002), a ILPI é um serviço de assitência de natureza médico-social, sócio-sanitária e deve proporcionar cuidados e ser um lugar para se viver com dignidade. Seus cuidados devem abranger a vida social, emocional, as necessidades de vida diária e assistência à saúde, caracterizando-se assim como um serviço híbrido de caráter social e de saúde. Assim sendo, não se pode considerar este tipo de instiuição como apenas de assistência social como vem sendo definida pelo Estado, através da Política Nacional do Idoso, que estabelece em seu artigo 4º, parágrafo único: “É vedada a permanência de portadores de doenças que necessitem de assistência médica e de enfermagem permanente em instituições asilares de caráter social” (BRASIL, 1994). Não sendo considerado um equipamento de saúde, o funcionamento das ILPI é regulado por uma série de normas e leis especificamente estabelecidas. Em setembro de 2005, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 283 que adotou o Regulamento Técnico e define normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos. Esta RDC classifica as ILPI segundo complexidade e cuidados definem as características físicas desse equipamento e estabelece os recursos humanos mínimos para o seu funcionamento. Ainda segundo esse Regulamento Técnico, toda IPLI deve elaborar um plano de trabalho, que contemple as atividades previstas naquele documento e um Plano de Atenção Integral à Saúde e deve, entre outras características, ser compatível com os princípios da universalização, equidade e integralidade; prever a atenção integral à saúde do idoso, abordando os aspectos de promoção, proteção e prevenção; e conter informações acerca das patologias incidentes e prevalentes nos residentes. A instituição deve avaliar anualmente a implantação e efetividade das ações previstas no plano, considerando, no mínimo, os critérios de acesso, resolubilidades e humanização da atenção despensada. É importante pontuar que nas últimas décadas, algumas mudanças ocorreram na forma de se administrar e rotular as instituições de longa permanência para idoso em decorrência das mudanças nas representações sociais sobre velhice por influênca europeia, da
28 expansão dos benefícios previdenciários a partir da década de 70 e da orientação de políticas pela OMS (CREUTZBERG; GONÇALVES; SOBBOTKA, 2004). Segundo Baltes et al. (1994) as instituições para idosos podem se estruturar para promover um envelhecimento positivo, e não necessitam apresentar características de instituições totais.
1.1.3 QUALIDADE NO BRASIL. O modelo asilar brasileiro ainda tem muitas semelhanças com as chamadas instituições totais, ultrapassadas no que diz respeito à administração de serviços de saúde e/ou habitação para idosos. (VERAS, MORENO, 1999). Relacionando os edifícios com seus locais de implantação, nota-se uma grande deficiência com relação à urbanização, ou seja, à implantação em escala, há pouca experiência no Brasil em considerar questões de sustentabilidade nos critérios urbanísticos para o desenvolvimento de loteamentos ou expansões urbanas. Desse modo, para a implantação desse projeto em específico, fica nítida a necessidade de um aprofundamento de estudos para o caso brasileiro, em específico, buscando avançar no sentido de considerar a escala urbana dos empreendimentos, verificando também os aspectos de acessibilidade para cada moradia, no conjunto da implantação, verificar
elementos
que
legitimem
a
importância
de
elementos
embasados
na
neuroarquitetura, visar os recursos naturais de condicionamento passivo e de uso de fontes renováveis de energia, redes de infraestrutura urbana, e, também a viabilidade econômica dessas aplicações. Keeler e Burke (2010) apontam também que além dos gastos com combustíveis, a chamada dispersão urbana (urban sprawl) também ocasiona gastos elevados para o governo, devido à necessidade de implantação de novas infraestruturas urbanas, sendo que esses recursos poderiam ser investidos na manutenção do tecido urbano já existente. Como fora anteriormente citado, existe a carência de edifícios destinados ao público idoso no país, por tanto, muitos desses, optam por adquirir uma moradia nos conjuntos habitacionais, justamente pelo custo do mesmo, que é o que na maioria dos casos é cabível no orçamento. Na maior parte das vezes, os conjuntos habitacionais destinados à população carente mostram-se inadequados em diversas situações, como em aspectos ligados ao conforto térmico, luminoso e acústico; são projetados sem a suficiente consideração das características
29 locais, sobretudo climáticas. Os equívocos iniciam-se desde a concepção do edifício, e perduram até o fim, onde até a escolha por revestimentos inadequados, por exemplo, podem causar desconforto ao usuário. (MELO, FREITAS, 2009) No que diz respeito à qualidade habitacional, a preocupação com esses aspectos é um requisito muito importante, já que envolve o bem-estar e o conforto do morador, bem como a economia de energia, pois racionalizar energia não consiste em somente diminuir o consumo dela, mas sim utilizar o máximo e de maneira eficiente os recursos naturais disponíveis, evitando assim uma busca constante por espaços e volumes edificados condizentes com o usuário, a época e o lugar em que venham a ser inseridos. (MELO, FREITAS, 2009).
1.1.4 PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO EM UMA ILPI. Alguns fatores são determinantes na institucionalização da pessoa idosa, entre eles, viuvez, morar sozinho ou ausência de companheiro, ausência de cuidador domiciliar, aposentadoria com rendimento baixo, suporte social precário, aumento de gastos com a saúde, estágios terminais de doença, alto grau de dependência física, necessidades de reabilitação. (ARAÚJO, 2008; CHAIMOWICZ, 1999; HERÉDIA, 2004). O Art. 229 da Constituição Federal defende que família, sociedade e Estado devem amparar as pessoas idosas (BESSA, 2008), bem como o Art. 3o, do Estatuto do Idoso, prevê o atendimento às pessoas idosas por meio de suas próprias famílias (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). Igualmente, conflitos intergerações e familiares acabam por promover a transferência dessa pessoa idosa do âmbito familiar para uma ILPI. Tradições familiares sempre trouxeram consigo relações familiares intensas, nas quais as gerações mais novas eram incumbidas dos cuidados com as mais velhas, permitindo que a pessoa envelhecesse no seu ambiente de costume. A partir da entrada da mulher no mercado de trabalho visto que sempre foi associada ao cuidado da família e a redução da fecundidade, os círculos familiares têm sofrido uma redução e, por consequência, faz com que as pessoas idosas tenham que adaptar-se a nova realidade, após a vivência de uma vida inteira no seio familiar. Tal segregação familiar anterior ao processo de institucionalização pode ser o primeiro conflito que a pessoa idosa terá que enfrentar até a decisão final pela institucionalização. Nesse contexto, além do trauma da institucionalização em si, a pessoa idosa traz consigo, também, os traumas e conflitos que culminaram nesse processo.
30 Pessoas idosas apresentam-se como sujeitos influenciados e modificados por sua cultura, suas vivências e histórias de vida. O próprio envelhecimento ocorre de maneira particular a cada um, que constrói uma maneira singular de compreender e vivenciar sua velhice. Entretanto, a institucionalização tende a refrear seus internos a um estilo de vida de valorização do coletivo perante o individualismo, pautando-se no estabelecimento de regras, na redução da rede social, do trabalho e da independência financeira, que levam a pessoa idosa não só a adaptar-se às mudanças de espaço físico, mas sim desviar o planejamento de sua vida de forma repentina e severa (FREIRE JUNIOR, RC; TAVARES, MFL, 2006). Assim, tal processo pode promover, na pessoa idosa, grandes transformações do ponto de vista pessoal e do seu papel social. Essa transformação, por vezes radical, é marcada pela perda da liberdade, pelo abandono dos filhos, pela ansiedade quanto à condução do tratamento pela equipe de saúde, além da aproximação da morte, entre outros sentimentos e situações específicas (BORN, 2006). Para Goffman, 2001, indica que tal transformação desencadeia, inicialmente, uma “mortificação do eu”, que suprime tanto a concepção de si mesmo quanto da cultura que traz consigo, originárias de sua vida familiar e civil na sociedade. Deste modo, a pessoa idosa que antes de ser institucionalizada construía seu mundo-vida em meio à sociedade, à família, a um ambiente produtivo e independente, com dinâmicas próprias, necessitará reinventá-lo a partir do momento em que passa a residir em uma ILPI, desconstruindo-o e construindo-o conforme a nova vivência, com o afastamento familiar e social, com a limitação da produtividade, na ausência de perspectivas e segundo a dependência e obediência dos profissionais da instituição. A partir de então, se faz imperativo a ativação de mecanismos de reorganização pessoal que reestruturem o indivíduo idoso às regras da instituição, às rotinas diárias e às proibições que, uma vez acatadas, favorecem um convívio aparentemente harmonioso. Perante essas mudanças, as pessoas idosas podem lançar mão de táticas de adaptação, que emergem como respostas às novas regras ambientais. Dentre as estratégias pessoais de enfrentamento mais empregadas, destaca-se o afastamento da situação - desatenção aos acontecimentos; a intransigência - não cooperação à instituição; a colonização - vislumbrar a instituição como algo melhor que as experiências negativas do mundo exterior; a conversão aceitação total do papel de institucionalizado; a viração - combinação de várias táticas visando reduzir o sofrimento e, por fim a estratégia de imunização, na qual o mundo institucional, ou seja, o novo mundo-vida é adotado pela pessoa idosa como habitual e sem novidades.
31 (GOFFMAN, 2001). No contexto do envelhecimento da população brasileira, sem dúvidas, a ILPI ocupa um espaço necessário e relevante na assistência à pessoa idosa, principalmente àquelas com limitado suporte familiar. Entretanto, existem lacunas em sua estrutura e organização que refletem insatisfação das próprias pessoas idosas e até mesmo da sociedade. Quando se busca um local para viver, a escolha é favorecida pela possibilidade da instituição não ser somente um abrigo, todavia de aproximar-se, o máximo possível, de um lar. Destarte, compete aos profissionais da ILPI manter seu ambiente, não somente o mais agradável possível à pessoa idosa, mas sobretudo com possibilidades reais de atender suas necessidades biopsicossocioespirituais. Outro aspecto a ser buscado são as estratégias de enfrentamento, as quais os profissionais devem saber distingui-las e, caso sejam eficazes, apoiá-las e fortalecê-las, a partir dos significados que a pessoa idosa atribui a tais estratégias. Caso essas não sejam eficazes,
também é premente que os profissionais as identifiquem para programar
intervenções que objetivem estimulá- las para que alcancem eficácia. A prática de intervenções mais assertivas pode promover a proximidade entre pessoas idosas e equipe, bem como o resgate da individualidade dessas. A individualidade é resgatada no momento em que se consegue apreender a realidade dos institucionalizados a partir de suas próprias perspectivas, reconhecendo aquilo que eles realmente esperam da ILPI. Assim, compreender o significado da vivência da pessoa idosa residente em uma ILPI possibilita ao profissional ampliação de conhecimento, seja referente às avaliações clínicas, aos diagnósticos ou às intervenções, tanto quanto na pesquisa, a fim de proporcionar segurança à pessoa idosa e melhorias na sua qualidade de vida. As falas dessa pessoa idosa encontram-se impregnadas de valores e experiências adquiridas ao longo da vida de cada um e são eles que determinam profundamente sua maneira de perceber e entender os significantes ao seu redor.
32
2.
REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA.
O surgimento de instituições para idosos não é algo recente, embora para muitos o seja. O número de asilos no país está crescendo cada vez mais, por isso é de extrema importância conhecer melhor esse segmento, que aborda institucionalização para idosos. É bom ressaltar que as instituições asilares constitui a modalidade mais antiga e universal de atenção ao idoso, sendo fora de sua família, entretanto, tem como inconveniente a condução dos mesmos ao isolamento social e a inatividade física e mental. Como já fora anteriormente citado, a ação de cuidar deve envolver afeto, disponibilidade emocional e física, bem como condições materiais, financeiras e suporte governamenta l. Em um nível mundial a proporção de pessoas com 60 anos ou mais cresce de forma mais rápida que a de outras faixas etárias. Espera-se que em 2050 haja dois bilhões de idosos, 80% deles nos países em desenvolvimento. A população de 80 anos ou mais é a que mais cresce e poderá passar dos atuais 11% para 19% em 2050. (EV, FREITAS, 2004). A família brasileira tem se modificado com a modernização da sociedade. A inserção da mulher no mercado, os contraceptivos, a redução do tamanho das famílias e a falta de tempo na vida atual vêm modificando a relação do cuidado. (SAR, MEDEIROS, 2004) (RD, OLIVEIRA, 2003). Somada a essas mudanças, pode-se ainda citar a escassez de alternativas para as famílias manterem os idosos em casa e a questão desses, quando sem referência familiar, têm impulsionado a demanda por internações. O surgimento de instituições para idosos não é recente. O cristianismo foi pioneiro no amparo aos velhos: “Há registro de que o primeiro asilo foi fundado pelo Papa Pelágio II (520-590), que tranformou a sua casa em um hospital para velhos”. (AO, ALCÂNTARA, 2004). O modelo asilar brasileiro ainda tem muitas semelhanças com as chamadas instituições totais, ultrapassadas no que diz respeito à administração de serviços de saúde e/ou habitação para idosos. (VERAS, MORENO, 1999). Define instituição total como “um local de residência e trabalho, onde um grande número de indivíduos com situação semelhante, separados da sociedade por considerável período de tempo, levam uma vida fechada e formalmente administrada”. Nesse espaço os indivíduos se tornam cidadãos violados em sua individualidade, sem controle da própria vida, sem direito a seus pertences sociais e à privacidade, com relação difícil ou inexistente com
33 funcionários e o mundo exterior. (E, GOFFMAN, 2003). No recenseamento brasileiro de 2000, 113 mil idosos moravam em domicílios coletivos. Desse total, estimou-se em 107 mil o número de idosos residentes em ILPI, o que significa que 0,8% da população idosa. Os estados com a maior proporção de idosos em ILPIs são Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), responsável pela política de cuidados de longa duração no Brasil, em 2005 a União financiou 1.146 instituições para 24.859 idosos. (AA, CAMARANO, 2005). No Brasil não se dispõe ainda de um levantamento nacional sobre as instituições para idosos. Um estudo conhecido foi o do sociólogo francês Hôte, em 1984. Ao investigar programas para idosos no Brasil, o autor estimou que houvesse nesse ano entre 0,6% e 1,3% de pessoas idosas em instituições. (T, BORN, 2002). Nos países como o Brasil, com extrema desigualdade socioeconômica e diversidade cultural, o atendimento assume contornos diferenciados. No sul, sudeste e para aqueles com poder aquisitivo maior, a institucionalização tende a ser similar a dos países desenvolvidos.
Porém,
muitos
idosos
são
institucionalizados
por
doenças
crônico-
degenerativas e dificuldades geradas pela falta da família ou impossibilidade desta para mantê-los. (AA, CAMARANO, 2005). A Portaria nº 810/1989 foi a primeira a definir as Normas e Padrões de Funcionamento de Casas de Repouso, Clínicas Geriátricas e outras instituições para idosos. Ela define como deve ser a organização da instituição, a área física, as instalações e os recursos humanos. (PORTARIA Nº810, 1989). Essas ações ainda não são suficientes e por isso é necessária a parceria entre o poder público, sociedade, profissionais e idosos para dar continuidade a ações bem sucedidas, ampliar e implementar novas modalidade de serviços no país. Em 1970, a obra “A Velhice”, denunciou veementemente as deficiências dos asilos (S, BEAUVOIR, 1990). Atualmente, os problemas persistem e, apesar de existirem instituições com atendimento de qualidade, ainda é expressivo o número daquelas que não atenderam a parâmetros básicos de funcionamento. O número de asilos no Brasil vem crescendo rapidamente, portanto é de extrema importância conhecer melhor este segmento de institucionaliação, e, por consequência, quando inevitátel a internação, que se possa oferecer uma alternativa que proporcione dignidade e qualidade de vida para os idosos, é necessário, portanto, romper a imagem
34 histórica de segregação e se tornar uma nova opção, até mesmo atrativa, para esse público. Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostra que os abrigados representam apenas 0,8% da população de idosos do país – atualmente em torno de 17 milhões de pessoas. O preconceito que a sociedade revela e os próprios usuários têm em relação às instituições. (AA, CAMARANO, 2005). Os fatores de risco para internação no Brasil são: síndrome de imobilidade, múltiplos problemas médicos, depressão, demência, alta hospitalar recente, incintinência, ser mulher, ter idade acima de 70 anos, ser solteiro, sem filhos, viúvo recente, morar sozinho, isolamento social (falta de apoios sociais) e pobreza. (T, BORN, 2006). Pesquisa realizada em três instituições de Natal concluiu que as características socioeconômicas e de saúde encontradas na população internada são marcadas pelo predomínio de mulheres, condições de saúde precária, baixo poder aquisitivo, contatos familiares conflituosos e ausência de moradia. (EB, VIEIRA, 1998). A pesquisa em 14 ILPIs no Rio Grande do Sul mostrou que a maioria dos moradores são mulheres (64,9%), com escolaridade e rendas baixas, idade superior a 70 anos, solteiras ou viúvas. A maioria tem família (42,6% possuem filhos), é aposentada (44,3% recebem de um a menos de dois salários mínimos), e muitos apresentam cuidados especiais de saúde. (CA, SILVA, 2006). Em pesquisa similar realizada em Belo Horizonte verificou como fatores de risco para a institucionalização a baixa renda, o fato de morar sozinho e o suporte social precário. As mulheres também representam maioria (81,1%) nas ILPIs. (AL, NÉRI, 2007). Mais da metade dos asilos pesquisados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) são filantrópicos e privados. Mesmo cobrando dos residentes ou das famílias uma taxa, não consegue, na maioria das vezes, sobreviver sem ajuda do governo e as diferenças regionais são gritantes. No Norte e Centro-Oeste, 55% do financiamento dos estabelecimentos vêm de recursos públicos. O Sul não é tão dependente, com apenas 15% de dinheiro do governo no orçamento. A explicação esta no tipo de funcionamento. Lá, quase 50% das instituições são privadas com fins lucrativos. Para ser ter uma ideia, as mensalidades pagas pelos internos representam, no Rio Grande do Sul, 67% dos recursos arrecadados pelas instituições. (AA, CAMARANO, 2005). Pelo retrato traçado no estudo, intitulado Condições de Funcionamento e Infraestrrutura das Instituições de Longa Permanência no Brasil, há 249 asilos no Centro-
35 Oeste, 49 no Norte e 693 no Sul. Somente nessa última região, a proporção de mulheres é maior que a dos homens, embora a maioria feminina seja o padrão internacional. Um terço dos internos em asilos do país, segundo a pesquisa,é considerado dependente, pois não conseguem fazer as atividades básicas da vida diária, como comer e tomar banho. (AA, CAMARANO, 2005). O Estatuto do Idoso define que “a assistência integral na modalidade de entidade de longa permanência será prestada quando verificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência de recursos financeiros próprios da família” e que “as instituições que abrigarem idosos são obrigados a manter padrões de habitação compatíveis com as necessidades deles, bem como provê-los com alimentação regular e higiene indispensável às normas sanitárias e com estas condizentes, sob as penas da lei”. (PORTARIA Nº810, 1989). As ILPIs podem ser classificadas de acordo com as especificações de atendimento, conforme se segue. (PORTARIA Nº810, 1989): Modalidade I – destinada a idosos independentes para as atividades da vida diária (AVDs), mesmo que necessitem utilizar algum equipamento de autoajuda (andador, bengala, cadeira de rodas, adaptações para vestimenta entre outros); Modalidade II – destinada a idosos dependentes e independentes que necessitam de ajuda e cuidados especializados, com acompanhamento e controle adequado de profissionais da área de saúde; Modalide III – destinada a idosos dependentes que necessitem de assitência total em pelo menos uma atividade diária. Requer uma equipe interdisciplinar de saúde. As instituições asilares constituema modalidade mais antiga e universal de atenção ao idoso fora de sua família, mas têm como inconveniente conduzi-lo ao isolamento e à inatividade física e mental. Por isso devem representar a última alternativa a ser considerada entre os serviços sociais oferecidos. Nesse sentido, observa-se que as ILPIs são, em geral, locais com espaço e área física semelhante a grandes alojamentos. Oferecem cuidados básicos de higiene e alimentação, mas podem também dificultar as relações interpessoais no contexto comunitário, indispensáveis à manutenção do idoso pela vida e pela construção de sua cidadania. (FC, BRITO, 2006). Chama de ILPI um lar especializado, com a dupla função de oferecer assistência gerontogeriátrica, conforme o grau de dependência dos seus residentes, e, ao mesmo tempo aconchego de um ambiente doméstico, no qual são preservadas a intimidade e identidade dos seus residentes. (T, BORN, 2006)
36 Torna-se fundamental também definir qual é o entendimento da expressão “idoso institucionalizado” Institucionalização significa, na língua portuguesa, “ato ou efeito de institucionalizar”. De modo geral, são as pessoas com 60 anos mais, que vivem em instituições especializadas e recebem cuidados pertinentes às necessidades adquiridas. Assim, idoso institucionalizado é aquele que vive em uma instituição para receber cuidados. (L, BOFF, 2003). Apesar da possibilidade de que laços afetivos mais fortes ou diferentes arranjos familiares (ex: filhos e netos residindo no domicílio dos idosos) possam evitar ou retardar a institucionalização, a elevada taxa de ocupação das ILPIs indica que a dificuldade de acesso parece ser o fator realmente limitante. A hipótese é reforçada pelas condições para admissão exigidas pelas ILPIs. A maioria não aceita idosos demenciados ou acamados e várias recusam idosos com doenças orgânicas. (F, CHAIMOWICZ, 1998). Atualmente, ainda existem ILPI’s que condicionam o infresso do idoso ao fato de não possuir familiares. Se antes abrigavam idosos desprovidosde recursos financeiros, hoje, torna-se condição que esses contribuam minimamanete com o equivalente a um salário minimo, aproximadamente, seja com a aposentadoria ou com o benefício de prestação continuada. Tem direito a receber este benefício o idoso que possui 70 anos ou mais, comprove não possuir recursos para prover seu próprio sustento e nem de tê-lo provido por sua família. (PORTARIA Nº 810, 1989). A ILPI é, portanto, “fruto das necessidades sociais”, sendo objeto de seu controle e,
assim,
“passível de ser influenciada pela instituição e modificada segundo suas
necessidades”. (EB, VIEIRA, 1998). A transferência do próprio lar para uma ILPI é sempre um grande desafio para o idoso, pois se depara com uma transformação muitas vezes radical do seu estilo de vida. Muitos idosos encaram o processo de institucionalização como perda de liberdade, abandono pelos filhos, aproximação da morte, além da ansiedade quanto à condução do tratamento pelos funcionários. Contudo, cabe lembrar que, muitas vezes, a ILPI cumpre papel de abrigo para o idoso excluído da sociedade e da família, abandonado e sem um lar fixo, podendo se tornar o único ponto de referência para uma vida e um envelhecimento digno. (T, BORN, 2006) O relacionamento entre os idosos institucionalizados é um fenômeno complexo, porque depende da disposição e expectativas deles, bem como de condições externas que favorecerão ou não a formação de vínculos afetivos. Todavia, a interação entre os idosos institucionalizados nem sempre é harmônica. Esse relacionamento pode ser conflituoso, pois
37 se observa que a grande maioria dos residentes é desprovida de interesse na construção de novos laços de amizade. (T, BORN, 2006). Percebe-se, na prática, que os residentes com um maior tempo de institucionalização sentem-se ameaçados pelos mais novos, como se estes invadissem seu espaço. Assim, faz-se imprescindível o preparo de ambos para o convívio em ambiente comum. Por outro lado, o relacionamento entre os idosos institucionalizados, o carinho e o respeito que constroem uns com os outros muitas vezes os levam a considerar alguns companheiros idosos da instituição como entes queridos e até mais que sua própria família. (EB, VIEIRA, 1998). Quando se estabelecem vínculos afetivos entre eles, os mesmos sentem-se mais fortalecidos para enfrentar a tristeza ou a doença. A dor, a ansiedade e a preocupação são compartilhadas e na iminência ou no agravamento da enfermidade de um dos companheiros, percebe-se uma infinidade de sentimentos frente à possibilidade de perda deste amigo. (CA, SILVA, 2006). O apoio social contribui para manutenção da saúde das pessoas, aumentando a sobrevida e acelerando os processos de cura, além de permitir a superação de certos acontecimentos como a morte de alguém da família, a perda da capacidade de trabalhar, a perda de papeis sociais, a saída da casa ou mesmo a institucionalização, entre outros. (CE, SLUZKI, 2001); (VV, VALLA, 2000). Assim, a rede de apoio e o convívio com outras pessoas podem ser entendidos como verdadeira estratégia de sobrevivência. O enfrentamento do processo de envelhecimento por parte do idoso se expressa de diferentes maneiras, tendo em vista que, em geral, é quando não possui alternativa ou recurso que se faz necessário recorrer a uma instituição. Alguns idosos aprovam a condição de institucionalizados, em decorrência da falta de recursos finaceiros próprios ou de familiares. Outros vêm sua condição como marginalização, abandono e rejeição, prostrando-se a espera da morte, sem ter expectativas e desafios. (T, BORN, 2006). Se por um lado as ILPI’s desempenham seu papel de acolhedoras dos idosos em processo de exclusão social, por outro lado suas normas internas contribuem para o afastamento dos problemas sociais externos, proporcionando um confinamento social, ficando os idosos restritos apenas à vida institucionalizada, caracterizando-se como uma forma de ruptura dos elos que os ligavam à vida familiar e social. (AO, ALCÂNTARA, 2004) (VBN, HEREDIA, 2004).
38 Essas pessoas acabam tendo suas vidas determinadas de acordo com as normas estabelecidas pela instituição. O meio institucional monopoliza parte do tempo e do interesse daqueles que nele estão inseridos. Há uma tendência a reclusão da vida social, tendo como consequência, em geral, idosos mais apáticos, sem motivação e extremamente carentes, em relação aos residentes na comunidade. (S, ALBUQUERQUE, 1994). Dentre as várias consequências do ingresso do idoso no ambiente institucional, encontra-se a deterioração da qualidade do sono, que é propiciada, em grande parte, pelo ambiente e pelas rotinas da ILPI. (AC, ALESSI, 2000). A institucionalização parece atentar a tendência às alterações específicas que surgem com o decorrer da idade, que podem predispor o idoso a um sono de pouca qualidade, com aumento dos cochilos, fadiga e tendência ao sono diurno. (C, GUILLEMINAULT, 1994). Um novo conceito que surge com a contemporaneidade são as creches para idosos que propõem uma ressignificação do que é um asilo, visto que idosos são como crianças e possuem suas próprias necessidades diferenciadas. A estrutura física da instituição é adaptada às necessidades funcionais ao idoso, como: comer; vestir; tomar banho; locomover-se. E também as necessidades físicas e psicológicas, como exercícios físicos e atividades intelectuais: pintura, leitura, trabalhos artesanais, festas e passeios (CUNHA, 2018). Cresce a necessidade de estabelecer um local em que os idosos possam conviver, trocar experiências, fazer atividades físicas, receber cuidados médicos especiais e se divertir. Assim, surge o termo creche para designar esse espaço para o idoso que fica na instituição por tempo determinado e depois volta para casa (CUNHA, 2018). Além da questão física propriamente dita das edificações, existe a questão psicológica, que é a parte do projeto que verifica as possibilidades positivas que a arquitetura pode proporcionar ao usuário, para tanto algumas propostas serão direcionadas a três fatores principais, que são as necessidades físicas dos indivíduos, considerando a segurança e conforto, a importância da privacidade e enlace afetuoso com o ambiente, e, primordialmente, a análise da relação entre espaço e mente. Segundo Flores (2010), a moradia é a origem de vínculos afetivos, é o local onde estão associados os sentimentos de pertencimento e faz com que os idosos estejam emocionalmente concectados aos espaços, por meio das histórias construídas ao longo da vida e objetos afetivos acumulados. Estes elementos são determinantes para que diferentes ambientes possam construir um lar. “A elaboração de um objeto arquitetônico não pode prescindir de um
39 conhecimento aprofundado a respeito do alvo principal de sua ação: o ser humano que abrigará” (ELALI, 2009 p. 91). Para atender essas necessidades de habitação para idosos e a apropriação do espaço, é necessário incluir aspectos emocionais, vinculando aos ambientes valores que foram construídos ao longo da vida, como obejtos que tragam lembranças, a ligação com a cultura, o passado e a religião (FLORES, 2010). No
que diz respeito
à privacidade,
Gifford
(1987), a descreve como
imprescindível e se faz notória por meio da conduta, das crenças, valores e expectativas de cada indivíduo. A necessidade ou não de privacidade é particular para cada pessoa, sendo mais necessárias para uns do que para outros. Ela está totalmente relacionada ao sentimento primitivo de territorialidade e pode afetar processos psicológicos, como comunicação, controle, identidade, emoção e adaptação. “[...] se o homem passar a maior parte de sua vida em espaço que não possui e nem controla, como pode conservar sentimentos de intimidade e individualidade nesse espaço que não considera seu?” (SOMMER, 1973, p.54). A inexistência de elementos pessoais nas instituições pode contribuir para o agravo de doenças como a depressão e ansiedade, ocasionando interferência na qualidade de vida e bem-estar dos institucionalizados. “O sentido dado aos espaços afetivamente diferenciados é o de construção do próprio reconhecimento, de saber quem se é e em que contexto social, psíquico e afetivo se está inserido” (LEITÃO, 2002, p. 368). A privacidade dos institucionalizados é outro fator determinante para o sentimento de pertencimento com os ambientes. Em condições de privacidade, o sujeito consegue determinar quando e com quem interagir. Essa premissa varia de acordo com cada indivíduo e suas necessidades e está diretamente relacionada aos arranjos espaciais, podendo ser facilitada ou prejudicada pelos mesmos (BERTOLLETI, 2010). Por geriatria entende-se especialidade da medicina que analisa e providencia o tratamento a doenças do envelhecimento. Parte da medicina que trata das doenças características da velhice. Por gerontologia, área do conhecimento científico, multidisciplinar, que estuda o processo de envelhecimento humano, abrangendo os aspectos físicos, emocionais e socioculturais. (MICHAELIS, 1998).
40
3.
LEGISLAÇÕES.
3.1
DIRETRIZES E PREMISSAS.
As diretrizes e premissas estão embasadas de acordo com normas de legislações municipais, estaduais e federais, órgãos regulamentadores e manuais técnicos que visam às regras objetivadas na execução das áreas a serem propostas no projeto de acordo com o programa de necessidades apresentado.
3.1.1 CÓDIGO SANITÁRIO – N. 12.342/78. As diretrizes e premissas estão embasadas de acordo com normas de legislações municipais, estaduais e federais, órgãos regulamentadores e manuais técnicos. De acordo com o código Sanitário Decreto n. 12.342/78: Dimensões Mínimas dos Compartimentos Artigo 35 - Os compartimentos deverão ter conformação e dimensões adequadas à função ou atividade a que se destinam, atendidos os mínimos estabelecidos neste Regulamento e em suas Normas técnicas Especiais. Artigo 36 - Os compartimentos não poderãoter áreas e dimensões inferiores aos
valores
estabelecidos
nas
normasespecíficasparaas respectivas edificações de que fazem parte, [...]. Artigo 37 - As escadas não poderão ter dimensões inferiores
aos
valores
estabelecidos
nas
normas
especificas para as respectivas edificações deque fazem parte e, quando não previstas nas referidas normas específicas, aos valores abaixo: I - degraus, com piso (p) e espelho (e), atendendo à relação: 0,60m: £ 2e + p £ 0,65m; I - larguras: a)
Quando de uso comum ou coletivo: 1,20m;
41 b)
Quando de
uso
seradmitidareduçãoaté c)
restrito
poderá
0,90m;
Quando, no caso especial de acesso a jiraus, torres,
adegas e situações similares: 0,60m. Parágrafo único - As escadas de segurança obedecerão às normas baixadas pelos órgãos competentes. Artigo38- Os pés-direitos não poderão ser inferiores aos estabelecidos nas normas específicas para a respectiva edificação e, quando não previstos, aos valores a seguir: [...]. I-nas edificações destina-das a comércio e serviços: a)
Em pavimentos térreos: 3,00m;
b)
Em pavimentossuperiores: 2,70m;
c)
Garagens: 2,30m.
I - nas escolas: a) Nas salas de aulas e anfiteatros, valormédio 3,00m, admitindo-se o mínimo em qualquer ponto 2,50m; b) instalações sanitárias 2,50m. Insolação, Ventilação e Iluminação. Artigo 39 - Para fins de iluminação e ventilação natural, todo compartimento deverá dispor de abertura comunicando-o diretamente com o exterior. 1.
Excetuam-se os corredores de uso privativo, os de
uso coletivo até 10,00m de comprimento, poços e saguões de elevadores, devendo as escadas de uso comumter iluminação natural, direta ou indireta. 2.
Para efeitode insolação e iluminação, as dimensões
dos espaços livres, em planta, serão contadas entre as
42 projeções das saliências, exceto nas fachadas voltadas para o quadrante Norte. Artigo 40 - Consideram-se suficientes para insolação, iluminação e ventilação de quaisquer compartimentos, em prédios de um pavimento e de até 4,00m de altura: I – espaçoslivresfechados, comárea nãoinferior a 6,00m2 e dimensão mínima de 2,00m; I - espaços livres abertos nas duas extremidadesou em uma delas (corredores), de largura não inferior a 1,50m, quer quando junto às divisas do lote, quer quando entre corpos edificados no mesmo lote, de altura não superior a 4,00m; Parágrafo
único – Em qualquer tipo de edificação
seráadmitida a ventilação indireta ou ventilação forçada de compartimentos sanitários mediante: [...] (BRASIL, 1998).
3.1.2 NBR 9050/2015. Outro fator determinante para a qualidade de vida dos idosos moradores das instituições de longa permanência é a acessibilidade. Segundo Bins Ely (2009), o termo “acessibilidade” pressupõe ausência de quaisquer barreiras que possam impedir ou dificultar o deslocamento com segurança e autonomia, o que garante a inclusão social de qualquer cidadão tendo mobilidade reduzida, seja ela fixa ou temporária. De acordo com Milaneze e Vazin (2016), ao se pensar em projetar uma arquitetura destinada a Instituições de Longa Permanência para Idosos, é necessário que se tenha conhecimentos técnicos e específicos quanto às exigências legais que possam atender as necessidades físicas dos internos, tais como as normas de acessibilidade, como também entender que os usuários em questão são de idade elevada e precisam de propostas diferentes do que se costuma projetar para pessoas jovens e saudáveis.
43 A NBR 9050 (2015) define a acessibilidade como a possibilidade e condições de alcance para utilização,
com segurança e autonomia,
de edificações, mobiliários e
equipamentos urbanos e pode ser verificada de diversas maneiras. Quando se pensa no deslocamento de idosos com mobilidade física reduzida, a preocupação e a garantia da inclusão social com segurança e conforto mediante a suspensão de barreiras e obstáculos, sendo fator determinante na qualidade de vida dos idosos. A NBR 9050 (2015) define a acessibilidade como: Possibilidade de alcance, percepção e entendimento para o uso seguro de um mobiliário, equipamento urbano ou similar.
Para
algo
ser
considerado
acessível,
deve
obrigatoriamente ter o seu acesso a qualquer pessoa, inclusive
aquelas
(ASSOCIAÇÃO
com
mobilidade
BRASILEIRA
DE
reduzida. NORMAS
TÉCNICAS, 2015). CIRCULAÇÃO Uma pessoa sem necessidades especiais precisa de do mínimo 0,60m de vão para sua circulação em pé andando de frente, podendo chegar até 1,20m quando está usando muletas. CADEIRA DE RODAS Considera-se
como
referência,
120m x0,
80m.
A
dimensão mínima necessária para cadeirantes em linha reta sem obstáculos é de 0,90m de largura. Para manobras das cadeiras de rodas exige-se no mínimo: Rotação de 90° 1,20m x 1,20m Rotação de 180° 1,50m x 1,20m Rotação de 360° diâmetro de 1,50m. ÁREA DE ALCANCE Altura máxima de alcance para pessoa em pé Alcance manual frontal 0,50 a 0,55m.
44 Altura máxima de alcance para pessoa sentada Alcance manual frontal 0,50 a 0,55m. SUPERFÍCIE DE TRABALHO As superfícies de trabalho necessitam de altura mínima de 0,73 entre o piso e a parte inferior e altura entre 0,75m e 0,85m entre o piso e superfície superior. EMPUNHADURA. Devem ser afastados no mínimo 4,0cm da parede ou outro obstáculo e caso esteja embutido deve-se prever uma distância mínima de 15,0cm. Todas as empunhaduras devem ser acionadas através de pressão ou alavanca. Recomenda-se que pelo menos uma de suas dimensões seja igual ou superior a 2,5 cm. De modo geral, os controles devem estarlocalizados entre 0,40m e 1,20 de altura. ALCANCE AUDITIVO Alarmes auditivos devem ter intensidade mínima de 15 dB acima do ruído de fundo para que seja ouvido. TIPOS DE SINALIZAÇÃO Permanente: utilizado nas áreas com função definida. Ex: enfermaria, sala de aula, etc. Direcional: Indica a direção de um percurso. De
emergência:
indica
rotas
de
fuga,
saídas
de
emergência, ou alerta de perigo. Temporário: Indica informações provisórias que podem ser alteradas periodicamente.
45 SÍMBOLOS O símbolo internacional de acesso deve ser branco em fundo azul, opcionalmente pode ser em branco sobre fundo preto ou preto sobre fundo branco. A figura deve estar voltada para a direita. Não pode haver nenhuma modificação, estilização ou adição. Deve ser aplicado em entradas, áreas e vagas de estacionamentos,
áreas
acessíveis
de
embarque/desembarque, sanitários, áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de emergência, áreas reservadas
para
pessoas
em cadeira
de
rodas e
equipamentos exclusivos para o uso de pessoas portadoras de
deficiência.
Quando
um
acesso
não
apresenta
condições de acessibilidade deve possuir informação visual indicando a localização de aces- so mais próximo que atenda as condições da NBR9050. SINALIZAÇÃO VISUAL. Deve ser perceptível por pessoas com baixa visão, ser em acabamento fosco e evitas o uso de materias brilhantes ou de alta reflexão. A visibilidade da combinação de cores pode ser classificada de forma decrescente em função dos contrastes. Recomenda-se a utilização de constraste entre 70% a 100% (claro sobre escuro ou escuro sobre claro). Exige-se que textos de informações possam ser lidos em distâncias de 0,75 e no caso de textos afixados no mínimo a 0,40m. ACESSOS Nas edificações e equipamentos urbanos, todas as entradas e principais funções devem ser acessíveis a todos. Nos casos
deadaptações,
deve
ser
previsto
um acesso
46 vinculado à rota principal e saída de emergência quando existir, não ultrapassando 50m entre cada acesso. Os estacionamentos
devem
Quando
puderem
não
possuir
entradas
atenderessa
acessíveis.
exigência,
o
equipamento urbano ou edificaçãode- verão possuir vaga específica para os portadores de necessidades especiais com rota acessível à entrada. No caso de existir catracas nas entradas, uma delas deverá ser acessível. No caso de porta giratória, deverá ser previsto umacesso alternativo que permita a acessibilidade. Locais de uso restrito, como carga e descarga não necessitam de acessibilidade, sendo facultativa a sua previsão. ROTAS DE FUGA As rotas de fuga devem ser iluminadas com dispositivos de balizamento (elementos que definem os limites das áreas de circulação). Quando houver escadas, devem-se prever áreas de resgate para pessoas em cadeiras de rodas na fração de 1 vaga para 500 pessoas ou fração. Esta área deve ser ventilada e fora do fluxo principal de circulação. ÁREA DE DESCANSO Deve-se prever uma área de descanso fora da área de circulação para cada 50m em rotas com até 3% de inclinação; 30m de 3% a 5% de inclinação. Inclinações acima de 5% devem ser tratadas como rampas. DESNÍVEIS Desníveis de qualquer natureza devem ser evitados em rotas
acessíveis.
Até
5
mm
não
demandam
tratamentoespecial. Desníveis superiores a 5 mm até 15 mm devem ser tratados como rampa com inclinação
47 máxima de 50%. Desníveis superiores a 15 mm devem ser considerados como degraus. RAMPAS Para inclinações de 6,25% e 8,33% devem ser previstos descanso nos patamares a cada 50m de percurso. Para inclinação até 5% admite-se um desnível de até 1,50m sem limites de segmentos de rampa. Para inclinação entre 5% e 6,255 admite-se um desnível de até 1,00m sem limites de seguimentos de rampa. Para inclinação de 6,25% até 8,33% o desnível máximo permitido para cada segmento de rampa é 0,80m com 15 seguimentos de rampa.
3.1.3 CÓDIGO FLORESTAL – LEI N. 12.651/12. De acordo com o Código Florestal Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012: [...]
CAPÍTULO
II DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE. Seção I Da Deliminatação das Áreas de Preservação Permanente. Art. 4 Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para oa efeitos desta Lei: I - as faixas marginais dequalquer cur- so d’água natural, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
48 a)
30 (trinta) metros, para os cursos d’água demenos
de 10 (dez) metros de largura; b)
50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que
tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; c)
100 (cem) metros, paraos cursos d’água que
tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; d)
200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que
tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; e)
500 (quinhentos) metros, para oscursos d’água que
tenham largura superior a 600 (CÓDIGO
FLORESTAL,
(seiscentos) metros;
2012).
3.1.4 RESOLUÇÃO-RCDN. 50/02. A partir da RCD n. 50 é possível planejar os ambientes hospitalares seguindo as dimensões mínimas, acabamentos dentre outras diretrizes e premissas importantes para esse trabalho, bem como o mobiliário mínimo para cada ambiente. De acordo com a RCD n. 50: “Ambiente é entendido nesta norma como o espaço fisicamente
determinado
desenvolvimento
de
e
especializado
determinada(s)
para
atividade
o (s),
caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas.”. “Os aspectos de dimensionamento
e as instalações
prediais dos ambientes encontram-se organizados em colunas próprias nas tabelas. A qauntificação refere-se ao número de vezes em que o mesmo ambiente se repete. O dimensionamento
é
expresso
pela
quantificação
de
dimensões espaciais do ambiente, ou seja, o tamanho do ambiente
(superfície
equipamento
e/ou
e
dimensão), população
em
função
presentes.
do O
dimensionamento logicamente deverá estar reacioando à
49 demanda
pretendida
ou
estipulada,
portanto
a
quantificação e o dimensionamento adotado nas tabelas são o mínimo necessário, podendo ser aumentado a partir da demanda gerada”. (ANVISA, 2002).
3.2
LEIS DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE.
As Leis de Proteção ao Meio Ambiente: a legislação brasileira que diz respeito à defesa do meio ambiente é bastante extensa. Algumas peças legais são recentes, outras já existem há décadas. Há muitos anos dispõe-se de condições legais para agir em defesa de bens ambientais. Desde os anos 30, o Brasil vem desenvolvendo uma consciência de proteção ambiental, nas últimas décadas a visão mudou, principalmente, com relação à natureza. A Constituição promulgada em 1988 representou significativo avanço para área ambiental ao dedicar, de forma inédita, um capítulo especial para o meio ambiente e ao incluir a defesa deste entre os princípios da ordem econômica, buscando compatibilizar a promoção do crescimento econômico-social com a necessária proteção e preservação ambiental. Assim, no Capitulo VI, que trata do meio ambiente, o art. 225 estabelece que: "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações." Dessa forma, o meio ambiente está caracterizado como direito inerente de cada indivíduo e de toda a sociedade, cabendo ao Poder Público, indistintamente, o dever de preservar e garantir o equilíbrio ambiental. O cidadão deve conhecer a legislação ou consultar os órgãos ambientais antes de fazer qualquer intervenção no meio ambiente. Com isso podem ser evitadas as infrações e consequentes penalizações.
3.2.1 LEGISLAÇÃO REFERENTE ÀS ÁREAS DE MANACIAIS. A Lei de Proteção
aos Manaciais (LPM) é um instrumento legal de
disciplinamento do uso e ocupação do solo para proteção dos mananciais e demais recursos hídricos de interesse. Tem por objetivo garantir a existência de água suficiente e com qualidade para abastecimetno da população, e redirecionar o desenvolvimento da metrópole a fim de proteger seus recursos hídricos.
50 A revisão da legislação de proteção aos manaciais partiu da necessidade de ampliar os conceitos e a própria abrangência da legisação anterior, da década de 70, visto que estas leis não conseguiram impedir a ocupação predatória e consequente deteriorização dos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo. Lei 898/1975 e 1172/1976: Disciplina o uso do solo e delimita as áreas de proteção aos manaciais, curso e reservatórios de água e demais recursos hídricos na RMSP. A Lei n.º 898/75 disciplina o uso do solo para a proteção dos mananciais, cursos e reservatórios de água e demais recursos hídricos de interesse da Região Metropolitana de São Paulo, e dá providências correlatas. Pela primeira vez surge uma lei específica de proteção às represas e outros corpos de água da Região Metropolitana. A Lei n.º 1.172/76, que delimita as áreas de proteção relativas aos mananciais, cursos e reservatórios de água, a que se refere o artigo 2º da Lei n.º 898/75, estabelece normas de restrição de uso do solo em tais áreas e dá providências correlatas. Esta lei delimita e classifica as áreas de proteção relativas aos mananciais, cursos e reservatórios de água; constitui áreas ou faixas de 1ª categoria ou de maior restrição: aos corpos d'água, as cobertas por mata e todas as formas de vegetação primitiva, as com declividade média superior a 60% a partir do nível d'água dos reservatórios e dos rios, etc. Consideram-se afluentes primários, os cursos d'água diretamente tributários dos reservatórios públicos. Estabelece também as áreas ou faixas de 2ª categoria como áreas mais apropriadas à ocupação. Essas leis visavam orientar a ocupação das bacias hidrográficas dos mananciais de abastecimento, estabelecendo parâmetros de uso e ocupação do solo para as áreas de mananciais, para que seja evitado o adensamento populacional e a poluição das águas. As Leis de Proteção aos Mananciais são bastante claras e rigorosas quanto ao gerenciamento dessas áreas. Todavia, o que se tem visto é um total desrespeito para com as mesmas. As ocupações clandestinas se alastraram rapidamente nessas áreas. Lei 9866/1997: Estabelece diretriz e normas para a proteção e recuperação das bacias hidrográficas de interesse regional do Estado de São Paulo. Estabelece as Áreas de Intervenção e Áreas de Proteção e Recuperação dos Mananciais (APRMs). A nova lei de proteção - Lei n.º 9.866/97 - estabeleceu diretrizes e normas para a proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos mananciais de interesse regional do estado de São Paulo. Constituindo-se numa lei geral, válida para todo o Estado, ela pretende ser indutora de usos compatíveis, prevendo a gestão participativa e descentralizada e reconhecendo a realidade da ocupação atual. Essa lei estabelece preceitos que norteiam a
51 implantação do sistema, mas são as leis específicas que estabelecerão os limites das APRMs (Áreas de Proteção e Recuperação de Mananciais), bem como as normas ambientais e urbanísticas de interesse regional para a proteção e recuperação dos mananciais. Vale ressaltar que o processo de elaboração das leis específicas está em andamento, no âmbito dos subcomitês, e até que elas entrem em vigor ainda valem as normas e parâmetros estabelecidos pela lei antiga. Esta lei traz uma nova abordagem da preservação dos recursos hídricos: (1) reconhece a especificidade de cada bacia ou sub-bacia. (2) introduz a gestão descentralizada dos recursos hídricos por bacia ou sub-bacia. (3) introduz a participação comunitária na gestão das bacias ou sub-bacias. (4) Define a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais - APRM - como uma
ou
mais
sub-bacias
hidrográficas
dos
mananciais
de
interesse regional para
abastecimento público. (5) estabelece as Áreas de Intervenção nas APRMs. Esta lei supera o controle normativo da legislação anterior relativa à proteção dos mananciais que delimita áreas de proteção aos mananciais correspondentes a 54% do território da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP e estabelece parâmetros de uso e ocupação do solo para estas áreas, buscando evitar o adensamento populacional e a poluição das águas, mas que trataram por igual todas sub-bacias da RMSP. Leis específicas/2000: Gerenciamento das APRMs (Áreas de Proteção e Recuperação aos Mananciais) que estabelecerão as diretrizes locais. Implementação da Gestão Integrada (Estado, Município e Sociedade Civil).
3.2.2 LEIS ESPECÍFICAS. A partir da Lei 9.866/97 passou-se a adotar a bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão. Esta lei define também diretrizes de atuação específicas para cada APRM (Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais), inseridas nas Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos do SIGRH (Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos). São adotadas como instrumentos de gestão: . Áreas de intervenção;
52 . Leis específicas para cada APRM, que deverão fornecer diretrizes e normas para orientar o uso e ocupação do solo; . PDPA (Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental) que estabelece as políticas públicas e os programas ambientais a serem incorporados ao Plano da Bacia; . Classificação das infrações e gradação das penalidades à lei geral e às leis específicas, assim como às leis 898/75 e 1172/76. Objetivos das leis específicas: . Implementar a gestão descentralizada e participativa integrando setores e instâncias governamentais e a sociedade civil; . Compatibilizar o desenvolvimento sócio econômico com a proteção e a recuperação dos mananciais; Estabelecer diretrizes para elaboração das leis municipais de uso e ocupação do solo com vistas a proteção dos mananciais; . Promover as ações de preservação e recuperação dos mananciais, garantindo a qualidade e quantidade da água para fins de abastecimento público; . Adequar o uso e ocupação do solo da APRM aos limites de carga estabelecidos; . Integrar os programas e políticas regionais e setoriais; . Incentivar a implantação de atividades compatíveis com proteção e recuperação dos mananciais. O processo de elaboração das leis específicas está em andamento, no âmbito dos subcomitês, e até que elas entrem em vigor ainda valem as normas e parâmetros estabelecidos pela lei antiga.
3.3
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO.
A área urbana equivale a cerca de 2% de sua área total, isso se deve ao fato de 98% ser território protegido pela Lei de Proteção aos Manancias. As restrições do uso e ocupação do solo são estipuladas e fiscalizadas pela prefeitura do município, como Salesópolis é protegida pela Lei Estadual n. 9866/1997 que dispõe sobre diretrizes e normas para a proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos mananciais de interesse regional do Estado de São Paulo, as áreas de seu território são classificadas como Áreas de Restrição à Ocupação – ARO ou Área de Ocupação Dirigida – AOD. De acordo com a análise da lei, as áreas escolhidas para implantação do projeto AOD e
53 classifica-se como uma SUC (Subárea de Urbanização Consolidada, conforme figura 07,portanto uma área caracterizada pela preodominância do uso residencial, logo para a implantação do edifício é necessário que a mesma não afete de forma prejudicial o entorno e o meio ambiente. Figura 1- Área de Ocupação Dirigida.
Fonte: Site da prefeitura. Disponível em: http://www.salesopolis.sp.gov.br/site/ Figura 2- Área Urbana – Anexo 4.
Fonte: Site da prefeitura. Disponível em: http://www.salesopolis.sp.gov.br/site/
54
3.4
NEUROARQUITEURA.
A arquitetura vai além da criação de ambientes confortáveis e agradáveis visualmente, e, aliadas aos conhecimentos da Neurociência, pode desenvolver ambientes que impactam positivamente no bem estar físico e emocional dos indivíduos, mexendo com as emoções, comportamento e até no mecanismo de tomadas de decisão. Tudo é realizado fazendo uso de aspectos como iluminação, cor, textura, cheiro, acústica, ventilação entre outros.
Trata-se da ciência do cérebro à favor da construção de espaços físicos mais
assertivos. Esse conceito é relativamente novo, surgiu nos Estados Unidos há cerca de 20 anos e vem ganhando espaço no Brasil. A neuroarquitetura é reconhecida como o estudo e a utilização estratégica do impacto do ambiente no comportamento das pessoas. A arquitetura estudada sob análise da influência do ambiente na saúde mental dos pacientes revela que o espaço físico afeta diretamente o comportamento dos usuários, analisando o bem-estar dos mesmos. Essa pesquisa também é conhecida como psicologia ambiental, onde o homem não atua somente como usuário passivo do ambiente, e sim, como alguém que age diretamente no ambiente “[...] de forma cíclica, ou seja, o homem modifica o meio, esse modifica o homem e o homem volta a modifica- lo” (MILANEZE, 2013, p. 59). O arquiteto busca solucionar problemas por meio de intervenções no ambiente físico que possam atuar de maneira sutil no inconsciente das pessoas, por intermédio de soluções visíveis e invisíveis. Para isto, é imprescindível que se entenda as necessidades ambientais dos usuários e seus comportamentos, portanto, quais os valores serão prioritários na concepção projetual de uma ILPI. A
iluminação
dos
ambientes,
seja
ela
fornecida
tanto
natural quanto
artificialmente, tem papel fundamental na qualidade dos espaços em busca do bem estar do morador, sendo individual a cada usuário. A luz atua diretamente no ciclo fisiológico e psicológico dos indivíduos, na cronologia climática. Vasconcelos (2004), afirma que um idoso necessita de até três vezes mais luz do que um indivíduo jovem para realizar suas atividades, devido à redução da capacidade visual positiva ou negativamente. Com relação aos sons, podem influenciar positiva ou negativamente. Quando negativo, os sons podem causar alterações negativas de humor, irritabilidade, estresse e desconforto. Quando positivo, podem trazer estímulos de outros sentidos, alterações positivas de humor e respostas emocionais (BERTOLLETI, 2011).
55 Os sons provenientes de elementos naturais, principalmente causados pela água, como as fontes e cascatas, tem efeito calmante e relaxante, podendo ser usadas em ambientes interno e externos, e trazem respostas emocionais, além de alterações positivas de humor (BERTOLLETI, 2011). Segundo Bertolleti (2011), o aroma é outro aspecto fundamental para a qualidade dos ambientes. Por meio do cheiro, o indivíduo rapidamente libera sinais e estímulos para o cérebro que remetem a lembranças do passado. Quando agradáveis, os aromas são capazes de proporcionar sensação de bem estar e diminuição do estresse, além de ter efeito calmante e relaxante. Contudo, quando desagradáveis, podem ocasionar aceleração da respiração e, consequentemente, aumento dos batimentos cardíacos, o que gera a sensação de mal estar. Ainda de acordo com Bertolleti (2011), a utilização de vasos de flores e plantas pode aromatizar e oferecer alegria aos ambientes. Além disso, projetar espaços verdes, mesmo que pequenos, são essenciais para o tratamento terapêutico dos institucionalizados, podendo ser usados como locais de contemplação e, até mesmo, como atividades ocupacionais de cuidados de plantas. As composições cromáticas podem influenciar diretamente nas sensações térmicas dos ambientes. As cores frias tendem a proporcionar sensação de frio quando em comparação com ambientes com cores quentes (BERTOLLETI, 2011).
3.4.1 SELOS, CERTIFICAÇÕES E NORMAS. Está ligada diretamente ao
estudo
da neurociência aplicada ao segmento
arquitetônico, de forma resumida consegue demonstrar como os ambientes físicos interagem com o cérebro e pode oferecer soluções objetivas para a melhoria de qualidade de vida de todos os envolvidos. É válido ressaltar que as interações da arquitetura com o cérebro podem ocorrer de maneira consciente ou inconsciente, alterando as emoções e, invariavelmente, descompondo o comportamento. Nesse sentido, visa criar espaços que estabeleçam melhor convivência entre as pessoas e os ambientes, fazendo com que o cérebro fique mais criativo, feliz, produtivo e sociável. Os estudos da neuroarquitetura envolvem diversas pesquisas realizadas no exterior com auxílio de cientistas e médicos especializados. A Academia de Neurociência para a Arquitetura (ANFA), órgão criado para estimular o conceito e promover a troca de
56 conhecimentos relacionados às pesquisas da neurociência e arquitetura, vem realizando conferências a cada dois anos para reunir profissionais de diversas áreas, a fim de alavancar o estudo e expandi-lo consideravelmente.
3.4.2 CENÁRIO DA UTILIZAÇÃO NEUROARQUITETÔNICA: MUNDO. Essa nova tendência global de design tem sido aplicada com sucesso ao redor do mundo, especialmente em organizações como hospitais, escolas e empresas. Entretanto, ela está começando a ser aplicada, também, em imóveis residenciais, criando ambientes positivos para os moradores. Muito além da modelagem da construção, também pode ser aplicada aos mobiliários, ajudando a tornar os ambientes mais amigáveis, gerando experiências agradáveis, estimulando emoções saudáveis e trazendo recompensas para os usuários de tais ambientes.
3.4.3 CENÁRIO DA UTILIZAÇÃO NEUROARQUITETÔNICA: BRASIL. A neuroarquitetura está começando a conquistar seu espaço no Brasil, embora os estudos científicos sejam complexos, muitos de seus elementos já são aplicados em diversos projetos, quando o bem estar é uma prioridade. A arquitetura hospitalar é uma especialidade bastante importante, cujo intuito é deixar as instalações mais funcionais e menos hostis. Atualmente muitos hospitais trazem cores estrategicamente escolhidas em sua decoração, com o objetivo de diminuir o estresse e a ansiedade, proporcionando estímulos mais positivos. O ambiente das empresas é um dos fatores fundamentais para o bem estar dos funcionários, este conforto proporciona benefícios para a própria organização, que ganha com produtividade e criatividade. Escolas são locais onde sentir-se bem deve ser a prioridade, mesmo porque é parte essencial da vida do ser humano, desde a infância. Passa-se cada vez mais tempo neste tipo de ambiente, e quando a atmosfera não é agradável, episódios de estresse e até depressão podem ocorrer precocemente.
57
3.5
ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA.
Segundo as conclusões de Lima, Macedo, Pedrini e Araujo (2005), a arquitetura bioclimática consiste no estudo no qual se busca a harmonização das edificações ao clima e características do local onde é implantada; através da manipulação do projeto, dos desenhos e dos elementos arquitetônicos, a fim de otimizar as relações entre homem e natureza, com a intenção de reduzir os impactos ambientais e melhorar a condição da vida humana, com conforto e racionalização. Para isso, adequar o urbanismo e a arquitetura ao clima de um determinado local significa construir espaços que gerem ao homem condições de conforto. Para projetar baseado nos preceitos bioclimáticos é necessário compreender a grandeza que dita às condições do local: o clima. É ele que de fato interfere na edificação efaz com que ela responda as suascaracterísticas. O clima é o resultado de diversos elementos atmosféricos (sol, latitude, ventos, massas de terra e água, topografia, vegetação, solo e outros) que ocorrem na atmosfera da terra, podendo ser caracterizado de acordo com alguns elementos, como a temperatura do ar, a umidade, os movimentos das massas de ar e precipitação. (ROMERO, 1988) A preocupação com o clima veio intensificando desde a década de 1960, onde movimento ambiental começou a ser destacado e as primeiras ações considerando uma atitude ambiental mais consciente começaram a ser exploradas em muitos campos. Em 1963, o termo bioclimático foi usado pela primeira vez por Victor Olgyay, que desenvolveu uma carta que relacionava dados climáticos aos limites do conforto térmico, para identificar estratégias do projeto (OLGYAY, 1973). Então com o inicio da década de 70, marcada pela reviravolta no cenário energético mundial, e consequentemente o aumento do preço do petróleo e das fontes de energia, foi necessária uma reavaliação do consumo de energia e das reservas naturais. O novo cenário passou a tratar a economia de energia como necessidade, obrigando a mudanças de concepções e reorientando o foco para a busca pela eficiênciaenergética. A arquitetura viu então refletida nas suas edificações o peso da imposição doestilo internacional, e a lógica de que um projeto industrializado e tecnológico poderia se adequar a qualquer lugar, desconsiderando a importância dos aspectos regionais, culturais de cada lugar, tornando-se assim o grande erro dessa influência modernista. (LANHAM GAMA, BRAZ, 2004). Ainda que a tecnologia tenha colaborado para os avanços arquitetônicos, a falta de
58 consciência ambiental produziu em massa edifícios insalubres, totalmente dependentes de sistemas artificiais, para gerar conforto e adequar-se as mais diversas características climáticas, entretanto a conclusão é de que não se deve apenas supervalorizar o tradicional simplesmente por ser histórico, ou adotar o moderno por tratar-se por deter a tecnologia. Ainda que grave, a atração excessiva pelos materiais novos e as influencias culturais do exterior e o impacto que elas representam em relação às formas e às expressões arquitetônicas, fizeram com que a realidade climática e cultural dos países tropicais ficasse em segundo plano no cenárioarquitetônico. É então que, com a necessidade de reavaliação no modo de produzir arquitetura, os profissionais da área buscaram compreender o que de fato tratava-se a arquitetura bioclimática. A bioclimatologia,
segundo
Maciel (2006) relaciona o
estudo do clima
(climatologia) aos seres humanos. O projeto bioclimático é uma abordagem que tira vantagens do clima através da aplicação correta de elementos de projeto e de tecnologia para controle dos processos de transferência de calor. Consequentemente, este controle contribui para conservação de energia, assim como para assegurar condições confortáveis nosedifícios. A expressão projeto bioclimático, criada pelos irmãos Olgyay, na década de 60, estabelece que essa arquitetura busque utilizar, por meio de seus próprios elementos, as condições favoráveis do clima com o objetivo de satisfazer as exigências de conforto térmico do homem. (LIMA, PEDRINI, ARAUJO, 2005). Com a nova visão e a busca por soluções eficientes e menos agressivas ao ambiente e ao meio, os estudos climáticos aos poucos passam a fazer parte dos estudos dos arquitetos como também a sua aplicação na arquitetura. Para Lanham, Gama e Braz (2004), a adoção de diretrizes como estratégia de projeto auxilia na criação de ambientes com maior qualidade de vida, atendendo as necessidades do homem no ambiente construído e no seu entorno, um ambiente integradocom as características da vida e do clima local, consumindo a menor quantidade de energia e atendendo às exigências térmicas de seususuários. Ainda segundo eles, é fundamental colocar em ordem e em hierarquia as necessidades climáticas e as respostas arquitetônicas baseadas nas ecotécnicas apropriadas, seja em nível de materiais, de orientação ou forma, para de fato surgir o desenvolvimento de um projeto bioclimático.
59 Em suas pesquisas Lanham, Gama e Braz, passam a analisar não só a arquitetura, mas também refletirem sobre os fatores que interferem diretamente nas edificações. Elementos relevantes no projeto bioclimático: Sol, a temperatura, a umidade o vento e a precipitação. Um dos fatores chave para um design passivo eficaz e eficiente é a compreensão de que não existe uma solução ótima e aplicável a todas as situações, mas sim inúmeros mecanismos que devem ser selecionados no sentido de se encontrar uma solução adequada para determinado local. (LANHAM, GAMA, BRAZ, 2004) É através do uso consciente e racional dos elementos naturais de cada região que o potencial da arquitetura bioclimática é ampliado, fazendo com que os fatores que anteriormente eram vistos como causadores de problemas passem a ser utilizados em prol do funcionamento da edificação. A arquitetura bioclimática oferece métodos construtivos simples, porém eficazes, tais como constataram as pesquisas de Noya, Seroa e Abreu (2013). Estratégias como: Correta implantação da arquitetura no terreno, levando em conta sua orientação em relação à insolação e à posição dos ventos; Utilização de materiais adequados ao clima da região; A especificação de proteções solares a fim de reduzir a exposição direta à radiação solar; A construção de telhado verde ou coberturas que não recebam diretamente a radiação, ou saibam absorver ou refletir de forma a não prejudicar o exterior nem o interior; O uso de cortinas verdes nas faces de maior insolação, também evitando a insolação direta; O uso de vidros prismáticos nas partes superiores das janelas; Iluminação zenital visando o aproveitamento máximo de luz natural, dispensando o uso de lâmpadas durante o dia;
60 Uso da ventilação cruzada, a fim de promover a troca de calor dispensando o uso de condicionadores de ar e ventiladores ao longo do dia e da noite. Tais estratégias opostas às práticas das construções convencionais dos projetos de arquitetura social elaborados pelos governos estaduais e federais que, na sua grande maioria, não se utilizam dessas práticas de projeto, desprezando os recursos naturais de cada região, tornando altos seus custos operacionais contribuindo com a insustentabilidade do atual modelo, no momento em que o mundo desperta para as questões de sustentabilidade tentando soluções harmônicas entre o homem e o meio ambiente. (NOYA, SEROA, ABREU, 2013).
3.5.1 SELOS, CERTIFICAÇÕES E NORMAS. A preocupação quanto ao desempenho das edificações aumentou radicalmente, consolidando uma tendência no que diz respeito à racionalização da construção civil. É possível observar os avanços em relação aos critérios relacionados e suas metodologias no surgimento (ou reformulação) de importantes legislações, como a aprovação, em 2005, da norma de Desempenho Térmico de Edificações – NBR 15220; e em 2008 (em vigor oficialmente desde julhode 2013), a norma de Edifícios Habitacionais de até Cinco Pavimentos/Desempenhos – NBR 15575, como também a Resolução 307/2002 do Conama, a Lei de Eficiência Energética de 2001 (BRASIL, 2001). Em 2010 foi publicado o Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQR), e o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) (BRASIL, 2001). Todas estas recentes normas refletem o quadro nacional de crescente preocupação com a racionalização dos recursos naturais e contribuem sobremaneira para a eficiência energética dasconstruções. Alinhados a estes esforços a arquitetura bioclimática tem como princípio o projeto de edifícios considerando as condições climáticas, utilizando os recursos disponíveis na natureza (sol, vegetação, chuva, vento) para minimizar os impactos ambientais e reduzir o consumo energético. A adoção de oito diferentes zonas bioclimáticas, que consta na terceira parte da norma NBR 15220 (ABNT, 2005) decorre desta preocupação em adequar a edificação ao entorno (RORIZ etal, 1999). Esta norma indica parâmetros e condições admissíveis, além de diretrizes construtivas para cada
61 uma destaszonas. Entre os diversos parâmetros relacionados ao desempenho térmico, lumínico e energético de um edifício, o percentual de área de janela na fachada é um dos mais influentes. Esta variável tem sido estudada por diversos pesquisadores da área já há longa data e por sua notória importância passou a ser adotada como parâmetro de controle por diversas legislações (NBR 15220, NBR 15575, RTQ-R, Resolução 307/2002 Conama, Procel).
3.5.2 CENÁRIO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: MUNDO. Quando se pensa que eficiência energética evita que uma unidade de energia seja produzida, o custo de oportunidade fica claro. Essa premissa abre oportunidades no chamado Mercado de Eficiência Energética. O investimento global em eficiência energética aumentou 9% (US$ 231 bilhões) em 2016, mantendo a tendência ascendente dos últimos anos. A taxa de crescimento foi mais forte na China (24%), embora a Europa ainda seja responsável pela maior parcela do investimento global (30% do total). Entre os setores de uso final, os edifícios ainda dominam o investimento em eficiência energética, representando 58% do total mundial em 2016, com a maior parte do investimento nesse setor indo para envelopes (isolamento térmico), eletrodomésticos e iluminação. O mercado das empresas de serviços de conservação de energia (ESCOs) expandiu 12% (US$ 26,8 bilhões) em 2016. A China tem, de longe, o maior mercado, representando mais de 60% das receitas globais graças aos fortes incentivos governamentais. Os Estados Unidos (20%) e a Europa (10%) são os outros dois principais mercados de ESCOs em todo o mundo. Com efeito, a eficiência energética tornou-se uma mercadoria comercializável em diversos países, compondo o Mercado de Energia Energética. Em 2016, as mudanças nas políticas elevaram o valor de mercado das economias de energia substancialmente na França e na Itália, os dois maiores mercados mundiais onde as economias, sob forma de certificados, são negociadas. Em 2016 e início de 2017, uma quantidade recorde de demanda de eficiência energética também foi aceita nos dois maiores leilões de capacidade elétrica nos Estados Unidos. Expandir o sistema elétrico através da redução do consumo pela venda de eficiência energética é uma ideia aventada desde a concepção do modelo do Setor Elétrico
62 vigente. O tema tem voltado à tona, em particular o uso de leilões para tal, à semelhança do que é praticado na expansão do sistema com energia nova. Se o custo marginal de expansão do sistema for maior do que o custo de uma unidade energética evitada por eficiência, a eficiência será preferida economicamente. Felizmente esses números são conhecidos. O custo de geração é chamado de Custo Marginal de Expansão (CME) e atualmente está em torno de R$ 193,00/MWh (Empresa de Pesquisa Energética – EPE e publicado na Nota Técnica EPE-DEE-RE010/2016-r0, de 19 de fevereiro de 2016). O custo de eficiência energética pode ser chamado de Custo da Energia Conservada (CEC) e de acordo com o programa Brasil + eficiente está na ordem de R$ 107, 91/ MWh (ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica, 2017).
3.5.3 CENÁRIO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: BRASIL. A política no Brasil, pressionada pela demanda e pelo déficit habitacional, respondeu a essa demanda com uma massificação generalizada, com grandes conjuntos implantados, números a ser destacados, a política do quantitativo. Entretanto o item referente ao qualitativo passou a ter importância nesses últimos anos, como dito anteriormente, o foco voltado para a eficiência energética, fez com que a postura da construção fossetransformada. As universidades, centros de pesquisa, iniciativas privadas, viram-se na obrigação de buscar tecnologia e soluções para melhorar o cenário habitacional, agora não mais apenas para solucionar dados quantitativos, mas buscar atingir os níveis qualitativos necessários. Dessa forma, alguns estudos ganharam destaque, criação de protótipos, pesquisas baseadas nos climas específicos de algumas cidades, pretendeu buscar soluções que pudessem garantir a construção de habitações com qualidade, embasadas nos preceitos da arquitetura bioclimática. Um dos projetos de maior destaque foi o da Casa Eficiente, criada pela Universidade Federal de Santa Catarina em parceria com a Eletrosul e a Eletrobras. Foi um protótipo executado em Florianópolis-SC, finalizado em 2006, e em seguida aberta a exposição, como também foi utilizada como laboratório para as medições de checagem para as estratégiasaplicadas.
63 Figura 3 – Vistas da Casa Eficiente.
Fonte:Eletrosul. Disponível em: http://www.eletrosul.gov.br/ampnbsp/casa-eficiente-conheca-o-projeto
A Casa Eficiente reúne diversas estratégias de adequação climática. O aproveitamento da ventilação e da luznatural, adotadas como alternativas ao uso da refrigeração
e
iluminação
artificiais;
aproveitamento
da
energia
solar
térmica
para
aquecimento de água e da energia solar luminosa para a geração de eletricidade através de um painel fotovoltaico interligado à rede. Baseada na norma que recomenda estratégias de projetos conforme a zona bioclimática, durante o projeto as preocupações foram com as propriedades térmicas dos materiais, como também a localização do projeto, implantação, localização das aberturas. Posterior à execução foram realizadas medições para avaliar os itens referentes às propriedades térmicas dos materiais. Figura 4 – Croqui – Planta da Casa Eficiente.
Fonte: Eletrosul. Disponível em: http://www.eletrosul.gov.br/ampnbsp/casa-eficiente-conheca-o-projeto
64 Aberturas para ventilação e sombreamento das aberturas: com relação à configuração final das aberturas, as áreas efetivas disponíveis para ventilação foram consideradas inadequadas, sendo equivalentes a menos de 15% das áreas de piso dos ambientes internos. A única exceção neste caso foi a sala de estar/jantar, considerada adequada. Já com relação ao sombreamento, as aberturas de todos os ambientes de permanência
prolongada
atenderam
satisfatóriamente
as
remomendações
da
norma:
sombreamento no verão e entrada de sol no inverno. Figura 5 – Vista da Casa Eficiente e Maquete da Casa Eficiente.
Fonte: Eletrosul. Disponível em: http://www.eletrosul.gov.br/ampnbsp/cas a-eficiente-conheca-o-projeto
Já as estratégias de condicionamento passivo foram recomendadas pela NBR 15220-3, como a ventilação cruzada, aquecimento solar da edificação e uso de inérciatérmica. Também foram empregados três tipos de cobertura, por se tratar de um protótipo de estudo, a finalidade é de comparar o desempenho térmico das mesmas, sendo elas: cobertura em telha metálica, telha cerâmica e telhadovegetado. O Projeto Alvorada foi realizado em 1999, com a produção de um protótipo executado na cidade de Alvorada em localizada Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em uma ação do Município de Alvorada e da Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O objetivo foi o de desenvolver estudos e pesquisas sobre materiaisecológicos e de baixo custo para moradias populares no município de Alvorada, visando à implantação de um projeto piloto (protótipo de habitação sustentável). Figura 6 – Vistas da maquete eletrônica da Casa da Alvorada.
Fonte: Colegação Habitare. Disponível em: https://www.antac.org.br/colecaohabitare
65 Figura 7 – Croqui da Planta da Casa Eficiente.
Fonte: Colegação Habitare. Disponível em: https://www.antac.org.br/colecaohabitare
O projeto foi realizado através de estudos também baseados nas estratégias bioclimáticas e soluções passivas, avaliando o tipo de material, as necessidades de proteção solar, como também a disposição das aberturas e a implantação geral da habitação. Também posteriormente foram realizados estudos sob o protótipo edificado para avaliar a eficiênciadas estratégias adotadas, para o clima do Rio Grande do Sul. Financiada pela Fundação Vanzolini e a Inovatech Engenharia, em 2010, a Casa Aqua foi apresentada durante a Expo Ambiental, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, com 40 m² e um custo de R$ 45 mil. Figura 8 – Vistas do Modelo Casa Aqua (a).
Fonte: Casa Aqua. Disponível em: https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/mindlin-loebdottoarquitetura_/casa-aqua/3042
66 Segundo o diretor da Inovatech, Luiz Henrique Ferreira, a habitação foi concebida para demonstrar, na prática, que é possível programar soluções sustentáveis em projetos para a baixa renda. Figura 9 – Vistas do Modelo Casa Aqua (b).
Fonte: Casa Aqua. Disponível em: https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/mindlin-loebdottoarquitetura_/casa-aqua/3042
Projetada pelo arquiteto Rodrigo Mindlin Loeb, a casa conta quarto, sala, cozinha e banheiro, e apresenta soluções como: sistema de reutilização da água de chuva, formado por solo permeável e uma cisterna; o aquecedor solar para chuveiro; a telha de fibra de celulose; e tijolos de solo-cimento, que conferem rapidez à execução dos fechamentos devido à modulação dimensional das peças e não utilizam argamassas de assentamento, reduzindo os custos, e o teto inclinado e com fendas foi projetado para aproveitar a luz e o ar naturais na residência.
Figura 10 – Vistas do Modelo Casa Aqua e Corte Esquemático.
Fonte: Casa Aqua. Disponível em: https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/mindlin-loebdottoarquitetura_/casa-aqua/3042
Em 2006 foi realizada a construção do Protótipo BH, no qual foi executado no pátio da Expominas, durante o XVII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (SENDI), promovido pela CEMIG e a ABRADEE. E foi considerado um dos 12 melhores
67 projetos estudantis latino-americanos na I Bienal de Arquitetura Bioclimática “José Miguel Aroztegui” promovido pela Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC). Figura 11 – Modelo de implantaçãoco estudo de insolação.
Fonte: Assis. Disponível em: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/apresentacao/
O Projeto foi desenvolvido para as características de Belo Horizonte, com análise integrada do Diagrama Bioclimático de Givoni (DBG) e das Tabelas de Mahoney, seguindo suas recomendações. Figura 12 – Corte Esquemático e Vista do Modelo Casa Aqua.
Fonte: Assis. Disponível: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/apresentacao/
Segundo as recomendações do Diagrama de Givoni e as Tabelas de Mahoney, o projeto previu a proteção das aberturas contra a insolação direta, boa ventilação, paredes com alguma inércia térmica (aquecimento no inverno) e coberturas bem isoladas (uso de telhado e forro). Figura 13 – Funcionamento da ventilação cruzada.
Fonte: Assis. Disponível: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/apresentacao/
68 Com a análise desses projetos é possível compreender que a situação referente à habitação no país ainda necessita de uma evolução intensa, entretanto alguns estudos como estes permite avaliar que é possível, através de métodos de estudo, como também a aplicação da tecnologia e conhecimento acadêmico, unidos em prol do projeto arquitetônico, tenha como resultado um projeto realmente adequado as diferentes regiões, usufruindo do conforto e utilizando as fontes naturais a favor da arquitetura.
69
4.
ESTUDOS DE CASO.
Os estudos de caso são extremamente necessários para aprofundamento sobre o tema estudado, é por intermédio desses que se procura estudar, extraindo dados e informações que venham a contribuir futuramente no desenvolvimento do projeto, logo, quanto maior o número de estudos, maior também o embasamento teórico e referencial. Deve ser feito esse levantamento a partir de uma seleção, buscar por projetos com obtenção de resultados positivos e também negativos, pois assim como o que deu certo pode ser replicado, aquilo que não deu certo deve também ser evitado, no que se refere ao projeto e depois de sua utilização. Alguns dados a serem analisados são componentes projetuais, tais como: conceito, partido arquitetônico, programa de necessidades, organograma, fluxograma, estudo de massa, volumetria, técnicas e sistemas construtivos, materiais utilizados tanto construtivos quanto de acabamentos, legislação pertinente à tipologia e sua aplicação, ergonomia e humanização arquitetônica, sustentabilidade, e, por fim, observar quais os referenciais que o arquiteto se apoiou para o desenvolvimento do projeto. É, portanto, por intermédio desses estudos que se pode adquirir uma boa compreensão acerca das obras estudadas, buscando ser analítico e crítico. Como forma de auxílio e visando aumentar a compreensão dos projetos estudados, são inseridas imagens dos mesmos, sempre mantendo a relação das mesmas com o projeto estudado. Por fim, ao final dos estudos de caso, são acrescidos comentários críticos acerca do projeto, abordando aspectos arquitetônicos e funcionais do mesmo.
4.1
ESTUDOS DE CASO INTERNACIONAIS.
4.1.1 ESTUDO DE CASO 1: SENIOR HOUSING AND SENIOR CENTER DR. GEORGE W. DAVIS Ficha técnica: Nome: Residencial Geriátrico Dr. George W. Davis. Arquitetura: David Baker Architects | Arquiteto associado: MWA Architects | Arquiteto paisagista: Miller Company Landscape Architects. Localização: San Francisco, Estados Unidos.
70 Data de início do projeto: (quando foi projetado 2016) Data de finalização da obra: (ano que finalizou a 2018) Construtora: Nibbi Brothers General Contractors | Engenharia civil: Sandis. Áreas: 1.300m². Figura 14 – Elevação frontal.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects
Este centro comunitário para terceira idade, que também funciona como lar, é o resultado de um sonho de longa data de ativistas e advogados que trabalham para criar um espaço amigável para os idosos locais envelhecerem com saúde, dignidade e em comunidade. O Centro está localizado no bairro de Bayview e é o ponto de entrada para uma ampla gama de serviços para idosos. Deu-se em decorrência de décadas de perseguiçãopor parte do falecido Dr. George W. Davis - ativista da comunidade e chefe da Bayview Senior Services - para construir casas e um centro comunitário que ajudaria as pessoas idosas a envelhecerem em um lugar confortável. Dedicados ao póstumo Dr. Davis, casas e centro comunitário permanentemente disponíveis - completam um quarteto de novos edifícios que ativam um local em desuso e estabelecem um bairro diversificado ao longo do corredor da Third Street. O edifício recebeu mais de 4000 solicitações para as 120 novas moradias, destacando a necessidade crítica de casas para idosos a preços razoáveis. Vinte e três casas são reservadas para idosos sem-teto, enquanto duas unidades oferecem moradias de apoio de transição para os idosos que deixam a prisão.
71 O Centro, com 1300 metros quadrados, é o local ideal para que os idosos da comunidade de Bayview Hunters Point se conectem e acessem serviços críticos que vão desde gerenciamento de dinheiro até acompanhamento médico. Figura 15 – Vistas laterias.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects Figura 16 – Vista lateral e Pátio central.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects Figura 17 – Pátio central e Recepção.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects
72 Figura 18 – Acesso ao edifício e pátio central.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects Figura 19 – Acesso ao pátio central e Café e jogos.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects Figura 20 – Loja de artigos e Área de convivência.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects
73 Figura 21 – Área de atividade física e Salas de artes.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects Figura 22 – Cozinha industrial e Corredor de acesso.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects Figura 23 – Corredor de acesso e Sala de artes.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects
CONCEITO. Tem como conceito funcionar como lar, com intuito de criar um espaço amigável para os idosos locais envelhecerem com saúde, dignidade e em comunidade.
74 PARTIDO. Como partido, utilizaram de formas arquitetônicas que remetem ao abrigo, materiais de revestimento em cores quentes e aconchegantes e espaços de convivência com os vizinhos e moradores locais, bem como atividades diferenciadas.
PROGRAMA DE NECESSIDADES. O piso térreo da ala leste é dedicado a serviços residenciais e espaços compartilhados, os moradores desfrutam de uma sala comum com lareira e cozinha para eventos, academia e salão de beleza. Uma equipe dedicada fornece uma gama de serviços sociais no local e gerenciamento social. Cada apartamento residencial possui salões informais e uma lavanderia, no segundo e quarto andar, os decks compartilhados têm vista para o pátio ensolarado. Ocupando o térreo da ala oeste do edifício, o Centro serve como área social e ponto de encontro, onde os idosos podem relaxar, encontrar amigos e vizinhos, jogar sinuca e dominó ou tomar um café. A cozinha comercial serve mais de 500 almoços diários. As salas de aula são programadas com demonstrações de culinária, aulas de exercícios e bem-estar, artes e ofícios e outras atividades estimulantes. Noites de jogos, torneios de sinuca, comemorações mensais de aniversário e uma popular série de jazz à noite mantêm a energia durante toda a semana.
Figura 24 – Planta do pavimento térreo e Planta ampliada.
Legenda Serviços residenciais Serviços centro Recepção geral
Fonte: ArchDaily + Desenvolvimento da autora. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencial-geriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects
75 Figura 25 – Planta do pavimento tipo e Planta ampliada.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects
Figura 26 – Planta estacionamento e Planta ampliada.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931716/residencialgeriatrico-dr-george-w-davis-david-baker-architects
ESTUDO DE MASSA. Os blocos são distribuídos respeitando certo espaçamento, o que favorece a ventilação do pátio central.
VOLUMETRIA. A volumetria é composta por formas ortogonais trabalhadas em conjunto de uma forma central orgânica.
TÉCNICAS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS. Faz uso de alvenaria convencional em conjunto com técnicas mais atuais,
76 usando de aplicação de painéis para revestimento.
MATERIAIS UTILIZADOS (CONSTRUTIVOS E ACABAMENTOS). Projetado com os princípios de resiliência social e gestão ambiental, o projeto empregou uma ampla gama de estratégias complementares para obter a certificação LEED Platinum para residências. Uma dessas iniciativas é o uso de grandes aberturas.
LEGISLAÇÃO PERTINETNE À TIPOLOGIA E SUA APLICAÇÃO. A abordagem principal no que fiz respeito à legislação para esse tipo de projeto é e acessibilidade.
ERGONOMIA E HUMANIZAÇÃO ARQUITETÔNICA. Com base nos desejos e no senso de identidade da comunidade local, o edifício incorpora uma ampla gama de elementos de projeto inspirados na África. A forma orgânica natural curvada da torre central, bem como a paleta de tons de terra e fachadas texturizadas, é inspirada nas estruturas tradicionais das aldeias. Os têxteis africanos relatam cores e padrões de destaque brilhantes. A pavimentação externa e a vegetação refletem os padrões africanos, e os interiores apresentam uma coleção de esculturas africanas doadas.
SUSTENTABILIDADE. Atualmente a construção civil busca formas produtivas e eficientes de renovação do seu próprio processo produtivo a fim de se adaptar a uma nova ordem mundial que almeja e valoriza edificações eficentes, que se adaptem às realidades socioambientais e que almeja edificações eficientes, que se adaptem às realidades socioambientas e que sejamreconhecidas pela sua diferenciação no mercado, gerando competitividade. O projeto em questão possui certificação LEED Platinum para residências, que é a Leadership in Energy and Environmental Design, um sistema de classificação de construções sustentáveis criada pelo United States Green Building Council (USGBC) em 1993. Essa certificação, mundialmente reconhecida, foi criada com intuito de promover e incentivar práticas sustentáveis na construção civil e contempla um sistema abrangente de padrões que englobam todos os aspectos dentro de projetos de construção civil do processo de desenvolvimento até a construção. Essa certificação exige que seja cumprida uma série de requisitos, no entanto os
77 benefícios são enormes, tais como econômicos, diminuição dos custos operacionais, dos riscos regulatórios,
valorização
do
imóvel,
modernização
e menor obsolescência da
edificação; sociais, melhorias na segurança e saúde dos trabalhadores durante a execução das obras, inclusão social e aumento do senso de comunidade, capacitação profissional, conscientização
de trabalhadores e usuários,
incentivo
a fornecedores com maiores
responsabilidades socioambientais, aumento da satisfação e bem estar dos usuários, estímulo a políticas públicas de fomento a consrução sustententável; ambientais, uso racional e redução da extração dos recursos naturais, redução do consumo de insumos, como água e energia, implantação consciente e planejada, mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental, redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção e operação. Primeiramente é necessário fazer um registro; depois à coleta de informações pelo time de projetos, os pré-requisitos e créditos do LEED devem ser documentados ao logo das etapas do projeto e obra, juntamente com formulários padronizados, com cálculo e evidências; submissão,
com o
material reunido, o administrador do projeto deve submeter à
documentação a análise, que se dá em duas etapas, a primeira após o projeto e a segunda após a construção final; análise da documentação, o material será analisado e se necessário serão solicitadas informações adicionais ou esclarecimentos; certificação, que ao final o projeto recebe uma pontuação, que atribui a sua qualificação. As qualificações são: Certified, de 40 a 49 pontos; Silver, de 50 a 59 pontos; Gold, de 60 a 79 pontos e Platinum, de 80 pontos ou mais.
REFERENCIAIS
QUE
O
ARQUITETO
SE
APOIOU
PARA
DESENVOLVER O PROJETO. Nesse projeto foram usados elementos que remetem ao acolhimento e sensação de calor humano, para tanto, foram usados de formas diferenciadas, tecidos em cores quentes de estampas africanas, espaços verdes.
78 Tabela 01 - Análise de Swot FOFA/SWOT do estudo de caso 1.
Fatores Positivos Fatores Internos
Fatores Negativos
F - Força
F - Fraquezas
S – Strengths
W – Weaknesses
Tudo foi planejado de acordo com Distanciamento as
necessidades
específicos
exacerbado
entre
do alguns ambientes.
público alvo.
Fatores Externos
O – Oportunidades
A – Ameaças
O – Oportunities
T – Threats
Áreas de locomoção adequadas ao Avenidas muito movimentadas; público alvo; Áreas de travessia destacadas. Fonte: Desenvolvimento da autora.
4.1.2 ESTUDO
DE
CASO
2:
CENTRO
GERIÁTRICO
DONAUSTADT.
Ficha técnica: Nome: Centro Geriátrico Donaustadt Arquitetura:
Delugan
Meissl
Associated
Architects
|
Paisagismo:
Rajek
Barosch
Landschaftsarchitektur | Iluminação: Hailight lichtplanung | Cozinha: Fritsch GmbH Localização: Viena, Áustria. Data de início do projeto: (quando foi projetado 2015) Data de finalização da obra: (ano que finalizou a 2016) Construtora: Engenharia estrutural: Vasko + Partner Engineers | Engenharia médica: DI Elisabeth Mandll, General Medical Consultancy ZT GmbH, DI Weiss | Topografia: Eckharter ZT.
79 Áreas: Neta: 26.271m² | Bruta: 44.136m² | Bruta (reforma): 33.300m² | Bruta (nova construção): 10.800m². Figura 27 – Perspectiva noturna da fachada.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects
Figura 28 – Vista de baixo para cima do pário central e Vista par ao pátio central.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects Figura 29 – Corredor de circulação com pacientes.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects
80 CONCEITO. O conceito da residência de idosos Donaustadt é baseado num amplo programa da prefeitura de Viena para reagir a tempo e funcionalmente às condições demográficas atuais mediante o estabelecimento de instituições adequadas de saúde pública. Não é uma instituição médica no sentido convencional, proporciona residência no lado norte da cidade para usuários de idade avançada ou doentes que enfrentam requisitos especiais. A ideia guia para extensão do lar de cuidado residencial Donaustadt fechando uma reorganização das condições urbanísticas, o que aumenta o uso e a qualidade dos espaços públicos circundantes. PARTIDO. O sólido e claro aspecto exterior encontra sua continuação no interior do edifício através da aplicação constante de materiais característicos a fim de gerar qualidade nos espaços. Os espaços públicos permitem que os habitantes da casa participem ativamente ou passivamente na vida em comunidade. Varandas oferecem contato direto com o exterior. Os dois pátios interiores com instalações de arte móveis criam um estímulo visual adicional. Criou-se um centro de serviços de fácil acesso que considera a circulação pública circundante. Com este foco no projeto cria-se uma relação positiva entre a intimidade da vida cotidiana de um centro geriátrico e a vida da cidade que rodeia o exterior.
PROGRAMA DE NECESSIDADES. Figura 30 – Implantação.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects
81 Figura 31 – Planta do pavimento térreo.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects Figura 32 – Planta do primeiro pavimento.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects Figura 33 – Corte AA..
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects
82 Figura 34 – Corte BB.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects Figura 35 – Elevação Oeste.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects
ESTUDO DE MASSA. A disposição dos blocos foi de forma que permitisse a permeabilidade do edifício. VOLUMETRIA. O uso individual destes espaços conduz a uma mudança visível da fachada e demonstra um aspecto animado à forma.
83 Figura 36 – Ilusão criada pelos materias da forma.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects
TÉCNICAS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS. Figura 37 – Passarelas de circulação.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects
MATERIAIS UTILIZADOS (CONSTRUTIVOS E ACABAMENTOS). Foi utilizada de alvenaria convencional com concreto armado. Para revestimentos foi apostado no vidro como forma de dar sensação de leveza e transparência. LEGISLAÇÃO PERTINETNE À TIPOLOGIA E SUA APLICAÇÃO. A abordagem principal no que fiz respeito à legislação para esse tipo de projeto é e acessibilidade.
84 ERGONOMIA E HUMANIZAÇÃO ARQUITETÔNICA. Em combinação com mobiliário específico, o uso destes espaços pode ser adaptado de forma individual, os habitantes tem a opção de se comprometer com os demais residentes. SUSTENTABILIDADE. A estratificação de elementos de móveis de madeira, vidro e tecido conformam a varanda circundante, estabelecendo fachadas com um balanço energético de custo otimizado.
Figura 38 – Pátio central.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects Figura 39 – Espelho d’água.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796351/centrogeriatrico-donaustadt-delugan-meissl-associated-architects
85 REFERENCIAIS
QUE
O
ARQUITETO
usados
elementos
SE
APOIOU
PARA
DESENVOLVER O PROJETO. Nesse
projeto
foram
que
remetem
leveza
e
compartilhamento do cotidiano interno com o externo, para tanto, foram usados de formas ortogonais, panos de vidro na maioria das faces, de forma a criar essa sensação de integração.
Tabela 02 - Análise de Swot FOFA/SWOT do estudo de caso 2.
Fatores Positivos Fatores Internos
Fatores Negativos
F - Força
F - Fraquezas
S – Strengths
W – Weaknesses
Tudo foi planejado de acordo com Falta de espaços verdes. as
necessidades
específicos
do
público alvo. Fatores Externos
O – Oportunidades
A – Ameaças
O – Oportunities
T – Threats
Áreas de locomoção adequadas ao Avenidas muito movimentadas; público alvo; Áreas
de
travessia
devidamente
destacadas.
Fonte: Desenvolvimento da autora.
4.1.3 ESTUDO DE CASO 4: LAR DE IDOSOS. Ficha técnica: Nome: Lar de idosos. Arquitetura: Grupo Iperforma. Localização: Parafita, Portugal.
86 Data de início do projeto: (ano que foi projetado 2012) Data de finalização da obra: (ano que finalizou 2015) Áreas: Implantação: 840m² | Construção: 3.515m². Figura 40 – Localização em vista Macro do Lar de Idosos em Parafita, Portugal.
Fonte:ArchDaily.Disponívelem:https://www.archdaily.com.br/br/767045/lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma Figura 41 – Localização em vista Micro do Lar de Idosos em Parafita, Portugal.
Fonte: ArchDaily.Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma
Figura 42 – Fachada Frontal do Lar de Idosos em Parafita, Portugal.
Fonte: ArchDaily.Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma
87 Funciona com três modalidades: Centro Dia, Creche Infantil e Residencial De Longa Permanência Para Idosos. O Lar de Idosos em Parafita é uma instituição associada ao Centro
Social Paroquial Padre Ângelo Ferreira Pinto, uma instituição particular de
solidariedade social. O local já funcionava com uma Creche/Jardim de Infância, Centro Dia/ Centro de Convívio, e a partir de janeiro de 2015, passou a implantar uma nova estrutura, um residencial direcionado a terceira idade (designada como Estrutura Residencial para Idosos ERPI), co-financiada por fundos comunitários. A decisão nessa nova estrutura para a comunidade visa dar resposta aos pedidos dos usuários do Centro de Dia e do Centro de Convívio assim como às necessidades sentidas no que diz respeito ao alojamento e prestação de cuidados a pessoas idosas na cidade de Parafita. Figura 43 – Implantação do Centro Soxial e Paroquial Padre Ângelo Ferreira Pinto.
Fonte: ArchDaily + Google Maps. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/larde-idosos-em-perafita-grupo-iperforma
Esta nova edificação funciona como uma construção autônoma das restantes, conta com dois edifícios interligados ao nível do piso superior através de um corpo metálico e envidraçado, com capacidade para 60 usuários, numa área de implantação com 840 m² construídos. O projeto foi desenvolvido para receber sessenta idosos permanentes. O Centro Dia tem como principal objetivo integrar a comunidade com a residência de longa permanência para idosos, através de atividades culturais e de lazer, proporcionando laços de amizade, diminuindo assim o isolamento. Conhecida também com Estrutura Residencial para Idosos (ERPI), o lar de idosos recebe pessoas com diversos tipos de dependência. Além das residências, conta com áreas de convivência, como: cabeleireiro, Salas de Atividades e de convívio e áreas de lazer. São prestados serviços também de apoio psicossocial e animação sociocultural.
88 O lar, que ocupa aproximadamente um terço do terreno, é constituído então por dois edifícios conectados por uma circulação horizontal na parte superior. No Edifício principal logo após a entrada/recepção é possível encontrar a parte principal social à direita como sala de convívio e atividades, refeitório e cozinha, a área administrativa encontra-se à esquerda da edificação, concentram-se também neste espaço cabelereiro, gabinete médico e de enfermagem, lavanderia, balneário e vestiário de funcionários. Abaixo do bloco secundário nota-se a parte de estacionamento e os acessos secundários dando entrada as circulações verticais. Figura 44 – Pavimento Térreo.
Fonte: Arch Daily + Desenvolvimento da autora. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-em-perafita-grupo-iperforma Figura 45 – Acomodação dupla e Acomodação Indivi dual.
Fonte: ArchDaily.Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma
89 No piso superior se distribui 40 acomodações sendo elas distribuídas igualmente em ambos os edifícios em duplos e individuais. Figura 46 – Primeiro Pavimento.
N
Legenda Social Circulação Horizontal Íntimo Circulação Vertical
Fonte: Arch Daily + Desenvolvimento da autora. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-em-perafita-grupo-iperforma Figura 47 – Primeiro Térreo. N
Legenda Circulação Lazer e atividades Cuidados médicos Serviços
Fonte: Arch Daily + Desenvolvimento da autora. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-em-perafita-grupo-iperforma
No edifício principal, com a planta baixa do pavimento térreo, concentram-se espaços sociais como a recepção, sala de convívio e atividades, refeitório e cozinha, sala de médicos e sala de enfermagem, salas de reuniões e salas administrativas, balneário, vestiário para funcionários, lavanderia e cabeleireiro.
90 Os 40 quartos que são duplos ou individuais distribuem-se pelo piso superior de ambos os edifícios mostrados, com a planta baixa do primeiro pavimento. O projeto foi pensado para proporcionar uma boa distribuição de funções nos pisos, dando independência para os diferentes grupos que lá estarão, funcionários, idosos e visitantes. Notam-se abaixo as distribuições dos setores nos pavimentos nos cortes A e B respectivamente. Figura 48 – Corte AA.
Fonte: Arch Daily + Desenvolvimento da autora. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-em-perafita-grupo-iperforma Figura 49 – Corte BB.
Fonte: Arch Daily + Desenvolvimento da autora. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-em-perafita-grupo-iperforma
Como já mencionado o edifício secundário é elevado a partir do solo, onde serve como área de estacionamento e cria também um espaço de lazer para os usuários em dias dechuva. Um ponto interessante neste projeto é a preocupação que o arquiteto teve com os espaços, tentando se aproximar ao máximo de um ambiente residencial, dentro das legislações, proporcionando áreas diversas, que estimulam o desenvolvimento de diferentes atividades tanto em conjunto como individual. Tudo foi pensado de forma a distribuir corretamente as funções nos diferentes pisos, onde os circuitos dos funcionários sendo eles de apoio como a parte administrativa, ou dos demais serviços serem independentes dos circuitos que os usuários utilizam. Integração é um conceito chave atualmente, que cresce em respostas para os
91 requisitos mínimos de acessibilidade. Nesta construção nota-se a otimização dos espaços para atender estes requisitos, onde consideraram dentro desta, não fugir da qualidade estética e do orçamento previsto. Figura 50 – Corredor com acessibilidade e Banheiro Adaptado.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma Figura 51 – Sala de convivência e Refeitório.
Fonte: ArchDaily.Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma
Como se observada também, uma forma de distinção fundamental neste local é a seleção das cores. Estas estão presentes em grafismos nos pavimentos, tetos e iluminação e nas demarcações de volumes angulares criando ambientes ritmados e dinâmicos nas partes de circulações com cores vivas e chamativas. Observa-se a predominância da neutralidade das cores e a ortogonalidade nos locais de serviços e de maior permanência dos usuários, mesmo nestes espaços neutros as cores vivas estão presentes nos pequenos detalhes como nas portas, pastilhas, móveis, entreoutros. Figura 52 – Sala de enfermagem e Administrativa.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma
92 Figura 53 – Cabelereiro e Lavanderiaa.
Fonte: ArchDaily.Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma Figura 54 – Cozinha e Sala de Reunião.
Fonte: ArchDaily.Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma
Um ponto crucial refletido nas fachadas neste projeto utilizado pelo arquiteto é o estilo arquitetônico moderno, onde se observa que o layout criado permitiu que a edificação fosse construída sobre pilotis, tornando a construção suspensa, criando assim a relação “interno-externo” entre observador e morador; as janelas em fita, locadas de acordo a conseguir a melhor orientação solar; e a utilização de formas simples, geométricas. Figura 55 – Fachada Sul do Lar de Idosos Parafita, Portugal.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma
93 Figura 56 – Fachada Leste do Lar de Idosos Parafita, Portugal.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma Figura 57 – Fachada Norte do Lar de Idosos Parafita, Portugal.
Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma Figura 58 – Fachada Oeste do Lar de Idosos Parafita, Portugal.
Fonte: ArchDaily.Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma Figura 59 – Perspectiva Fachada do Lar de Idosos Parafita, Portugal.
Fonte: ArchDaily.Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767045/ lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma
94 CONCEITO. O
projeto
nasceu da necessidade de se construir uma edificação que
proporcionasse conforto a todos os usuários, não apenas aos moradores. Integrar os requisitos de acessibilidade em todos os espaços, acrescentando beleza interior e decoração.
PARTIDO. Composto por dois edifícios conectados ao nível do piso superior por meio de uma estrutura metálica e envidraçada. O desenho da edificação resultou em dois blocos unidos por uma passarela. Fica inserido no contexto urbano, isso facilita ao acesso e mantém a integração dos idosos com o meio social, permitindo que seus moradores transitem entre o público, aproximando-os da vizinhança e estimulando o convívio social. A principal proposta do projeto é buscar a integração dos ambientes com intuito de promover espaços que se aproximem ao máximo do ambiente residencial e permitem aos moradores definir quando e com quem interagir proporcionando privacidade. Além disso, conta com áreas diversas, tanto interiores como exteriores, com localizações e características distintas, que estimulam o desenvolvimento em várias atividades.
PROGRAMA DE NECESSIDADES. O projeto foi pensado com intuito de promover funcionalidade, estabelecendo uma independência de acessos entre funcionários, institucionalizados e visitantes. A implantação possui dos blocos, ligados por estrutura metálica envidraçada. O primeiro bloco contém as áreas das suítes, refeitórios, administração, consultórios e a área social. O segundo bloco é constituído pela segunda ala de suítes e também pelo estacionamento. A fachada possui linhas retilíneas e ausência de cores. A rampa que atravessa os edifícios dá acesso ao estacionamento. A planta do pavimento térreo é composta por suítes individuais e salas que permitem interação entre os idosos. O acesso para o outro edifício é feito através da passarela, permitindo o mesmo nível. O segundo edifício é composto por suítes duplas. Todas as suítes possuem ventilação e iluminação natural com o uso de portas balcão, reduzindo o custo com iluminação artificial do espaço. Os pavimentos contam com escadas de emergência e elevador, incluindo ainda escadas para serviço, que ficam nas extremidades dos edifícios.
95 A planta do pavimento térreo compõe as áreas de convívio social, refeitório, cozinha, área administrativa, consultório de enfermagem e aproveitando o desnível do terreno foi construído o estacionamento. O ponto positivo é que os arquitetos preocuparam-se com a circulação interna com amplos corredores, barras de apoio e corrimãos para proporcionar aos idosos segurança e confiança nos deslocamentos. O acesso ao exterior pode ser feito pelas rampas e escadas externas sem cobertura, o que deixa os mesmos expostos às intempéries. A cozinha foi construída em um espaço amplo, utilizando-se iluminação artificial, já que a iluminação natural era insuficiente, portanto o ambiente possui apenas uma janela na horizontal, com estrutura revestida em cerâmica branca, possibilitando a lavagem e higienização e os móveis em aço inox, como forma de facilitar a limpeza. O acesso aos corredores que interligam os prédios é identificado por cores no piso para facilitar a localização para os idosos. Nas áreas de circulação, os corrimãos amparam os idosos, evitando quedas, bem como facilitando a locomoção. A passarela envidraçada contribui para a entrada de luz natural, minimizando a necessidade de luz artificial. Todavia a ventilação ficou prejudicada em razão da disposição das estruturas e por serem fixas. Os banheiros atendem às normas de segurança. As paredes possuem revestimento na cor amarela e o piso na cor branca, facilitando a higienização do ambiente. ESTUDO DE MASSA. Os
blocos
foram posicionados
semelhantemente
aos
projetos
anteriores,
respeitando certo espaçamento, facilitando a ventilação entre eles. VOLUMETRIA. É composto por dois blocos retangulares interligados por outra forma retangular, que é a passarela. TÉCNICAS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS. A iluminação fornecida pelas amplas aberturas de vidro oferece conforto para a edificação e uma bela vista para o exterior. Além disso, a utilização do vidro juntamente com a estrutura metálica garante modernidade e beleza à edificação. A estrutura é em alvenaria, composta de colunas circulares que dão leveza interna. As salas de convívio são de cores claras, possui grandes portas de vidro, facilitando a entrada de luz natural.
96 MATERIAIS UTILIZADOS (CONSTRUTIVOS E ACABAMENTOS). O projeto destaca-se não pela otimização dos espaços, como também porque foge da imagem tradicional de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos. As cores utilizadas conferem alegria aos ambientes de passagem, o ritmo de volumetrias, decoração e o teto oferecem espaços dinâmicos, já nas áreas de longa permanência predomina a neutralidade. (VILELA, 2016). As cores têm papel fundamental para os idosos, como forma de orientação e localização. Pensando nos ambientes de maior concentração de pessoas, cores neutras foram utilizadas para estabelecer a continuidade entre os ambientes. No caso do refeitório, as cores claras foram utilizadas nas paredes, e nos banheiros, cor laranja facilitando a visualização e identificação. A estética do edifício fica por conta do interior com a utilização de cores e materiais diferenciados como o grafite no chão para identificação, possui grandes vãos de vidros possibilitando um conforto nos quesitos de iluminação e ventilação. A iluminação e ventilação são feitas através de grandes janelas, possibilitando a entrada de luz natural. As portas possuem grandes vãos, o que possibilita maior acessibilidade ao idoso. LEGISLAÇÃO PERTINENTE À TIPOLOGIA E SUA APLICAÇÃO. A acessibilidade é um dos destaques do projeto, pois foi pensado de maneira que todos os ambientes possuam barras de apoio que facilitam a locomoção, além de banheiros grandes e acessíveis e ausência de obstáculos que possam obstruir a passagem, o que promove conforto, segurança e autonomia de todos os usuários. ERGONOMIA E HUMANIZAÇÃO ARQUITETÔNICA. As disposições de ambientes, bem como a de mobiliários, nas áreas particulares e públicas levaram em conta as necessidades dos residentes, e quanto à humanização, foi pensada de maneira a proporcionar sensação de acolhimento. SUSTENTABILIDADE. Fazendo uso de aberturas, faz-se maior proveito da iluminação e ventilação naturais, diminuindo custos com energia elétrica. REFERENCIAIS
QUE
O
ARQUITETO
SE
APOIOU
PARA
97 DESENVOLVER O PROJETO. Ao desenvolver esse projeto foi determinada como crucial a interação dos residentes com a comunidade, de forma ao aumento na sensação de acolhimento por parte dos residentes. Tabela 03 - Análise de Swot FOFA/SWOT do estudo de caso 3.
Fatores Positivos Fatores Internos
Fatores Negativos
F - Força
F - Fraquezas
S – Strengths
W – Weaknesses
Tudo foi planejado de acordo com Falta de espaços verdes. as
necessidades
específicos
do
público alvo. Fatores Externos
O – Oportunidades
A – Ameaças
O – Oportunities
T – Threats
Áreas de locomoção adequadas ao Avenidas muito movimentadas; público alvo; .
Fonte: Desenvolvimento da autora.
4.2 ESTUDOS DE CASO NACIONAIS. 4.2.1 CENTRO DE VIVÊNCIA E DESENVOLVIMENTO PARA IDOSO HILÉA. Ficha técnica: Nome: Centro de vivência e desenvolvimento para idosos Hiléa. Arquitetura: Aflalo/ Gasperini Arquitetos Localização: Morumbi, São Paulo, Brasil.
98 Data de início do projeto: (quando foi projetado 2008) Data de finalização da obra: (ano que finalizou a 2016) Construtora: -. Áreas: Terreno: 2.600m² | Construída: 13.400m² | Altura total: 48m | Pavimentos: 12. Foi criado para ser um complexo voltado a pessoas da terceira idade, especializado em idosos com mal de Alzheimer, com serviços especializados e clube aos idosos. O edifício é formado por dois blocos: um na posição vertical, onde se localizavam as suítes e uma UTI em sua cobertura, e o outro na posição horizontal, com os espaços de convivência, lazer e atividades. No térreo ficava o restaurante, sala de reuniões e festas, sala de estar com lareira, bilhar, praça e recepção. A decoração remetia aos anos 50 visando maior conforto dos residentes. Construído em um terreno com 8 metros de declive, o primeiro subsolo abria-se para um jardim e contava com piscina coberta, sauna, salas de musculação, fisioterapia, ateliês de pintura, salão de cabelereiro e sala para crianças, como estímulo a visitas de amigos e familiares. O local oferecia uma infraestrutura de luxo, mas não obteve número suficiente de residentes, pois além das mensalidades de custo muito elevado (a partir de R$6 mil), os ambientes de convivência dos idosos, como o salão temático dos anos 40, não possuíam luz e ventilação natural e nem mesmo vista para o exterior do edifício. Então, em 2009 o Hiléa foi fechado por falta de verba, e o edifício teve sua atividade modificado sendo atualmente o Instituto de Reabilitação Lucy Montoro. Figura 60 – Fachada do edifício.
Fonte: Aflalo/ Gasperini Arquitetos. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/
99 Figura 61 – Sala temática dos anos 40 e Sala de fisioterapia.
Fonte: Aflalo/ Gasperini Arquitetos. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/
Figura 62 – Piscina aquecida.
Fonte: Aflalo/ Gasperini Arquitetos. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/
Figura 63 – Planta pavimento térreo.
Fonte: Aflalo/ Gasperini Arquitetos. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/
100 Figura 64 – Planta pavimento térreo.
Fonte: Aflalo/ Gasperini Arquitetos. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/ Figura 65 – Planta pavimento tipo.
Quartos
Circulação
Funcionários
vertical
Circulação horizontal
Fonte: Aflalo/ Gasperini Arquitetos + Desenvolvimento da autora. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/ Figura 66 – Corte.
Fonte: Aflalo/ Gasperini Arquitetos. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/
101 CONCEITO. Foi desenvolvido para atender as necessidades do idoso através de um estilo de vida diferenciado, integrando lazer, hotelaria e saúde em um mesmo lugar. Figura 67 – Livraria, Salão/barbeari a e Cinema.
Fonte: Aflalo/ Gasperini Arquitetos. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/
PARTIDO. Existem aspectos subjetivos que proporcionam bons sentimentos e qualidade de vida, como por exemplo, a gastronomia, sendo importante um ambiente confortável para esse momento. Figura 68 – Restaurante do HIléa.
Fonte: Aflalo/ Gasperini Arquitetos. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/
O objetivo maior é proporcionar conforto, lazer, entretenimento, interação com o entorno e cuidados com saúde do idoso num mesmo ambiente.
102 Quando a arquitetura atende as normas legais, mas também se preocupa com todas as necessidades dos usuários de uma ILPI, através da interação com o entorno e setorização de ambientes, favorece as relações interpessoais positivas e proporciona melhoria na qualidade de vidas dos idosos. PROGRAMA DE NECESSIDADES. Essa instituição contém uma torre com dez pavimentos, sendo cento e dezenove apartamentos. As suítes podem acomodar uma pessoa ou um casal e estão equipadas para suprir as necessidades de conforto e também de locomoção dos pacientes tendo, inclusive, um trilho no teto que facilita o transporte do idoso. Nas paredes atrás da cama, um quadro camufla toda parafernália de equipamentos hospitalares para casos de emergência. Para bem estar emocional de internos e familiares, mobília e objetos de decoração pessoais podem ser instalados no quartos. Figura 69 – Quarto hospitalar e suíte.
Fonte: Aflalo/ Gasperini Arquitetos. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/
O primeiro pavimento é dedicado aos pacientes com Alzheimer e às suas necessidades especiais. Nestes espaços não pode haver muita transparência para evitar que os pacientes percebam o cair da tarde e se deprimam. Outro lado importante é que eles precisam ter referências do passado, visto que sua memória é bastante remota, sendo semelhante com a proposta deste projeto em estudo, que quer dar privacidade e separar as alas conforme as necessidades dos usuários. Um pavimento inteiro foi ocupado com consultórios de várias especialidades, como gerontologia e fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e terapia ocupacional, entre outros. Todo um esquema de segurança foi montado com cuidados especiais para os pacientes com Alzheimer, com postos de enfermagem e de apoio estrategicamente colocados em vários pontos, banheiros amplos, câmeras, sensores e dois elevadores privativos com espaço para maca, além dos quatro elevadores sociais existentes no edifício. ESTUDO DE MASSA. Esse projeto demonstra-se com formas mais agrupadas, e possui um gabarito
103 maior. VOLUMETRIA. Faz uso de volumes ortogonais. TÉCNICAS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS. O sistema construtivo foi mesclado em uso de alvenaria convencional com o uso de concreto armado. MATERIAIS UTILIZADOS (CONSTRUTIVOS E ACABAMENTOS). Para dar acabamento, foi feito uso de diversos materiais, na maioria dos casos, quando de usos de lazer, materiais que remetessem ao acolhimento e conforto, foram usadas também, placas pré-moldadas de laminado melamínico de cor clara. LEGISLAÇÃO PERTINETNE À TIPOLOGIA E SUA APLICAÇÃO. O projeto atende as necessidades de acessibilidade e circulação, possui, além dos elevadores sociais, elevadores come espaço para maca e piscinas acessíveis. Todos os ambientes foram adequados e dimensionados a receber pessoas com necessidade especiais, proporcionando autonomia. ERGONOMIA E HUMANIZAÇÃO ARQUITETÔNICA. Bem como aos anteriores, na questão de ergonomia, os móveis todos são de acordo com as necessidades dos residentes e a humanização se dá com elementos verdes e cores ao decorrer da edificação. SUSTENTABILIDADE. Verifica-se que há contraste de tonalidades, o volume foi revestido por placas prémoldadas de laminado melamínico de cor clara, modo este de filtrar a intensidade da luz natural e foram instalados pergolados no térreo e na cobertura, criando identidade e sombra ao local. Figura 70 – Fachada lateral.
Fonte: Aflalo/ Gasperini Arquitetos. Disponível em: http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/
104 Tabela 04 - Análise de Swot FOFA/SWOT do estudo de caso 4.
Fatores Positivos Fatores Internos
Fatores Negativos
F - Força
F - Fraquezas
S – Strengths
W – Weaknesses
Inúmeras atividades para o público
Áreas que não possuem luz e ventilação natural e nem mesmo vista para o exterior do edifício.
Fatores Externos
O – Oportunidades
A – Ameaças
O – Oportunities
T – Threats
Entorno bastante iluminado.
Calçamento inadequado.
Fonte: Desenvolvimento da autora.
4.2.2 RESIDENCIAL VILA DOS IDOSOS. Ficha técnica: Nome: ResidencialVila dos idosos. Arquitetura: Vigliecca & Associados. Localização: São Paulo, Brasil. Data de início do projeto: (quando foi projetado 2003). Data de finalização da obra: (ano que finalizou a 2007). Áreas: Intervenção: 7.270m² | Construída: 8.290m².
Localizado no Bairro Pari, região central da capital paulista e vizinho da Biblioteca Pública Adelpha Figueiredo, o conjunto possui excelente acessibilidade às diversas linhas de transporte público.
105 Foi concebido pelo escritório Vigliecca & Associados, Arquitetura e Urbanismo entre os anos de 2003-2007, tendo a COHAB – SP como cliente. Hector Vigliecca, fundador do escritório é nascido no Uruguai e naturalizado brasileiro desde 1975. Graduado em arquitetura pela Universidad da La Republica – UDELAR (1968). Logo após se formar, morou 3 anos na Europa, passou pela Inglaterra, Alemanha, Espanha e Itália, onde realizou pós-graduação em Urbanismo pela Universitá degli Studi di Roma. É um dos arquitetos mais premiados do Brasil, amplamente reconhecido por inaugurar um novo modelo de pensar a habitação de interesse social no Brasil. Seu diferencial é buscar soluções inéditas a questões específicas, fugindo do senso comum, mas sempre respeitando as características do ambiente e a experiência pré-humana existente. O projeto trata-se de uma iniciativa da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB), com o objetivo abrigar a população idosa carente, com idade superior a 65 anos. A construção teve início em 2003, após anos reivindicando, o Grupo de Articulação para Conquista de Moradia dos Idosos da Capital (GARMIC) obteve o terreno para este fim. Para moradia, há opção de quitinetes e apartamentos de um dormitório, o empreendimento busca trazer a esta população maior qualidade de vida. O programa vila dos idosos integra o programa Morar no Centro, iniciativa da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB), órgão encarregado de dar respostas às demandas de habitação social na cidade de São Paulo. Neste caso em particular, o empreendimento está dirigido a um dos setores da população mais carente e tradicionalmente esquecido nas políticas habitacionais: os idosos. Insere-se em meio ao contexto urbano da cidade, pois está próximo ao centro da cidade, é vizinho da biblioteca Pública Adelpha Figueiredo e possui fácil acesso às diversas linhas de transporte público da região (VIGLIECCA & ASSOCIADOS, 2014). A Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB) teve a iniciativa para o empreendimento da Vila dos Idosos em resposta às reivindicações do Grupo de Articulação para Conquista de Moradia dos Idosos da Capital (GARMIC) e é responsável pela manutenção das áreas comuns do condomínio, segundo Monteiro (2012). A Vila dos Idosos é exclusiva para pessoas acima de 60 anos e com renda de até três salários mínimos (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2011) e o objetivo do projeto é incentivar "a maior quantidade e variação de contatos de vizinhança dentro do conjunto e entre ele e a cidade", bem como contribuir para dar unidade a uma estrutura urbana antes fragmentada (VIGLIECCA & ASSOCIADOS, 2014).
106 O projeto, pioneiro na cidade de São Paulo, responde às reivindicações do Grupo de Articulação para Conquista de moradia dos Idosos da Capital (GARMIC), fundado em 2001, que atua em parceria com o Conselho Municipal do idoso. O objetivo primordial do projeto é promover a maior quantidade e variedade decontatos de vizinhança dentro do conjunto, e entre eles e a cidade. A grande mudança de modelo é basear-se não no valor do imóvel ou da região, mas sim nas possibilidades e no rendimento de cada potencial morador. O condomínio conta com seguranças, e o valor cobrando inclui manutenção e serviços. Depois de tantos anos de contribuição e trabalho, valorar a vida de uma pessoa pelas suas possibilidades, e não pelo que impõe o mercado, é o mínimo de retribuição que a sociedade e o estado devem oferecer. CONCEITO. O edifício da Vila dos Idosos é organizado em blocos formando a letra "L" estilizada, de forma a dar a impressão de estar "abraçando a biblioteca" vizinha, como pode ser observado por sua implantação (Figura 117. Os blocos são compostos pelo pavimento térreo e mais três pavimentos). (MELENDEZ, 2014). A premissa principal por traz deste projeto foi promover a interação social de seus moradores e visitantes, com o objetivo de trazer o maior contato possível entre os idosos e a vizinhança. Foram projetados salões para eventos culturais voltados para a Av. Carlos de Campo e Pedroso da Silveira, promovendo diversos eventos com o bairro. Está organizado em quatro pavimentos, considerando duas caixas de circulação vertical, escada e elevadores. Todas as unidades já estão preparadas e podem ser adaptadas para deficientes físicos. De toda forma, 25% das existentes já estão adeptas. O projeto foi todo pensado a partir da orientação da insolação, desta forma, as circulações horizontais, favoreceram o conforto ambiental. O projeto estabelece a simplificação dos acabamentos. Todas as unidades possuem ventilação cruzada, com a colocação das janelas paralelas voltadas para uma face e para o corredor externo, o que mantém os ambientes permanentemente arejados. As unidades possuem intervenções que levam em conta a forma dos objetos, como a largura e altura dos degraus, adequação dos pisos, altura das janelas, assim como as ordenações espaciais, considerando a necessidade de um espaço físico adequado e confortável para os moradores de maior idade. Como todos esses cuidados voltados para o melhor conforto e comodidade é possivel fomentar a autonomia e independência.
107 Figura 71 – Planta do pavimento térreo da Vila dos Idosos.
. Fonte: Vigliecca & Associados (2014) + Desenvolvimento da autora. Disponivel em: http://www.vigliecca.com.br/ Figura 72 – Planta de implantação.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponivel em: http://www.vigliecca.com.br/
PARTIDO. O projeto consiste em uma área de intervenção de 7.270m², sendo quepossui 8.290 m² de área construída. Por se tratar de uma área central na cidade de São Paulo, a implantação possui fácil acesso, e conta com linhas de transporte público nasproximidades. O terrenopossui três faces, e abriga também a Biblioteca Adelpha Figueiredo, o projeto de Vigliecca faz composição com a biblioteca anteriormente construída, sendo que a mesma tornou- se o elemento central. No que diz respeito à interatividade do edifício ao bairro, a horta comunitária, o espelho d’água vai muito além de um elemento arquitetônico e paisagístico, conecta os visitantes ao usuário e o mais relevante é que apesar da contenção de gastos, foi possível
108 proporcionar uma linguagem e funcionalidade para a edificação; Figura 73 – Planta de implantação.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014) + Desenvolvimento da autora. Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/
As circulações estão concebidas como espaços coletivos de encontro assim como os bancos frente às portas dos apartamentos que adquirem uma dimensão de focos de interação coletiva. Salas localizadas nos quatro andares do prédio funcionam como estares e salas de tv, salões comuns localizados nas Avenidas Carlos de Campos e Pedroso da Silveira promoverão diferentes tipos de contatos com o bairro, comercias, culturais e sociais, horta comunitária atende as estratégias alternativas de sobrevivência dos moradores. PROGRAMA DE NECESSIDADES. O programa inclui 145 unidades habitacionais de 42 m² e 30 m², distribuídos em 57 unidades maiores e 88 menores. Para corroborar com seu conceito, exposto no item anterior, a interligação dessas unidades é feita por circulações horizontais concebidas como "espaços coletivos de encontro" e a frente de cada casa são dispostos assentos como "focos de interação coletiva". (VIGLIECCA & ASSOCIADOS, 2014). Nas áreas comuns, contém três salas de televisão e jogos, sala para multiuso, salão comunitáio com cozinha e banheiros. Na área externa, o jardim cerca toda área descoberta, para atividades ao ar livre, quadra de bocha, além da horta comunitária e a grande atração é o espelho d’água.
109 Figura 74 – Planta sem escala da unidade de 30m² à esquerda e 42m² à direita.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/
Por meio da figura acima, verifica-se que as unidades habitacionais são equipadas com cozinha integrada com lavanderia, quarto, instalação sanitária com dimensões maiores do que os padrões, tendo em vista a facilitação da adaptação para Pessoas com Deficiência (PcD) e, nas unidades maiores, com sala de estar privativa. No térreo da edificação, estão dispostas as habitações adaptadas para PcD, que possuem assento no sanitário e barras de apoio. Todavia, segundo Vigliecca (2014) todas as residências são facilmente adaptáveis. Além das unidades habitacionais, há espaços de convivência coletiva, tais como três salas de televisão e jogos, quatro salas multiuso, salão comunitário com cozinha e instalações sanitárias, quadra de bocha, área verde, horta comunitária, espelho d´água e horta comunitária, ilustrados pela Figura 6. Os salões comuns estão localizados nas vias principais de acesso visando promover interações comerciais, culturais e sociais com o bairro do Pari e o restante de sua comunidade (VIGLIECCA & ASSOCIADOS, 2014).
Figura 75 – Esquema das unidades habitacionais integradas pelo corredor e detalhe para o banco em frente às portas e para a larga circulação.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/
110 A partir da exposição do programa de necessidades, nota-se que não há salas de apoio médico na Vila dos Idosos, configurando estritamente umcondomínio residencial com atividades de lazer. Os coordenadores do conjunto promovem parcerias com entidades públicas e privadas para o atendimento médico dos moradores no local, em casos de exames simples (pressão, coração, diabetes, entre outros), porém há encaminhamento para unidades hospitalares em caso de tratamentos e/ou exames complexos (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2011). O projeto de habitação social para terceira idade implementado em São Paulo assemelha-se do proposto no presente trabalho no que diz respeito ao programa de necessidades proposto, principalmente, por oferecer apartamentos completos individuais ou para duas pessoas, ou seja, configurar moradia para idosos independentes e manter sua autonomia. O programa conta com 145 unidades, três salas para TV e jogos, quatro salas de uso múltiplo, salão comunitário com cozinha e sanitários, quadra de bocha, área verde, espelho d’água e horta comunitária, 25% das unidades já encontram- se adaptadas para portadores de deficiência, porém se houver necessidade, as demais podem ser facilmente adaptadas. Além das escadas, o edifício de quatro andares também possui elevadores e circulações lineares, que em sua grande maioria possuem vista para o pátio central. Cada unidade possui cozinha e lavanderia integradas, um banheiro, um dormitório e uma sala de estar ejantar. Tabela 5: Programa de Necessidades.
ÁREA Unidades de habitação
DIMENSÕES (M²)
MOBILIÁRIO ESSENCIAL
Aprox. 30m² Kitinete e 45m² Conforme morador. apartamentos.
Salas multiuso
Aprox. 80m² o conjunto das 4.
Mesas e cadeiras.
Salas de TV e jogos
Aprox. 80m² cada uma.
Poltronas, tv, mesa de jogos.
Salão comunitário
Aprox. 120m² com cozinha e Cadeirasempilháveis, banheiros.
bancada para cozinha, fogão, refrigerador, vaso sanitário e lavabo.
Fonte: Desenvolvimento da autora.
111 ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA. Figura 107 - Fluxograma pavimento térreo.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/ Figura 108 - Fluxograma 2º, 3º e 4º pavimentos.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/ Figura 76 – Academia ao ar livre.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/ Figura 77 – Academia ao ar livre.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/
112 Figura 78 – Academia ao ar livre.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/ Figura 79 – Localização.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/
ESTUDO DE MASSA. A
forma
como
foi
implantado,
permite
tranquilamente
a
ventilação,
permeabilidade do edifício. VOLUMETRIA. O estudo formal da edificação vem como uma forma de mostrar a sociedade a interação e receptividade, o edifício possui uma formação linear, onde abraça parcialmente a biblioteca. A edificação é composta por quatro pavimentos, dotados de circulação que tem um papel fundamental para a convivência dos usuários. As circulações, além de tornarem a acessibilidade facilitada, também possuem função estética, pois são dotadas de brises, que permitem a circulação cruzada. O acesso para o pátio central possui ritmo devido às colunas circulares que completam a malha estrutural. Por se tratar de um edifício linear, onde as unidades de habitação tomam grande parte do bloco, não é necessário suportar grandesvãos.
113 Figura 80 – Detalhe do contraste da alvenaria branca com as janelas escuras da fachada e detalhe das colunas que dão ritmo à fachada.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS E MATERIAIS. Por se tratar de uma iniciativa pública, onde o objetivo é abrigar idosos carentes, a limitação orçamentária foi um desafio, para obter qualidade arquitetônica, os arquitetos optaram por utilizar materiais que não necessitassem de grande manutenção e tivessem durabilidade. A simplificação de acabamentos se fez necessária, as estruturas tornaram-se aparente, as paredes e pisos não foram revestidos. Os blocos são pintados na cor branca, e forma uma moldura para os rasgos na circulação, que foram pintados em preto para houvesse um contrastevisível. Segundo o GARMIC, o projeto estabelece a simplificação dos acabamentos. Todas as unidades têm ventilação cruzada, que foi possível com a colocação das janelas paralelas voltadas para uma face e para o corredor externo, o que mantém os ambientes permanentemente arejados. As unidades também têm intervenções que levam em conta a forma dos objetos, como por exemplo, largura e altura dos degraus, adequação dos pisos, altura das janelas, assim como as ordenações espaciais, considerando a necessidade de um espaço físico adequado e confortável para os moradores. São 145 apartamentos distribuídos em quatro pavimentos, com quitinetes de 29 m² e apartamentos com um quarto de 43 m². Do total de unidades, dezesseis quitinetes e nove apartamentos no térreo foram projetados para uso de pessoas com dificuldade de locomoção, com barras para apoio nos chuveiros, apoio para sanitário e espaço para circulação de cadeiras de rodas. Nos outros três pavimentos há 48 apartamentos e 72 quitinetes. O edifício tem três acessos, todos com elevadores, o que são essenciais, por se tratar de uma população de idosos. Conta também com três salas para TV e jogos, quatro salas de uso múltiplo, salão comunitário com cozinha e sanitários, quadra de bocha, área verde, espelho d’água, piscina e horta comunitária. O terreno da Vila dos Idosos tem dimensão de 7.361,75 m2, cuja área total
114 construída será de 8.193 m². Localizado no bairro do Pari, perto do centro da cidade, com excelente acessibilidade às diversas linhas de transporte público. A disposição da construção do edifício foi projetada de tal forma que, além de usufruir o espaço do terreno da melhor forma possível, a edificação vai envolver a Biblioteca Municipal Adelpha Figueiredo, localizada na área ao lado do terreno, deixando-a como parte central do projeto. Com a biblioteca situada no centro dos quatro pavimentos, a Vila dos Idosos passa a ter um grande diferencial. O acesso será o mesmo tanto para os moradores da Vila dos Idosos, quanto para todos os munícipes locais. MATERIAIS UTILIZADOS (CONSTRUTIVOS E ACABAMENTOS). Devido às limitações orçamentárias da obra pública, o escritório de arquitetura Vigliecca & Associados optou pela simplificação dos acabamentos, utilizando laje aparente e alvenaria branca. A Figura A mostra uma face do edifício marcada pelas faixas escuras das janelas e a Figura 8, que outra face é ritmada pelas colunas aparentes (VIGLIECCA & ASSOCIADOS, 2014). Figura 133 e 134: Detalhe do contraste da alvenaria branca com as janelas escuras da fachada e detalhe das colunas que dão ritmo à fachada. Fonte: Vigliecca & Associados.
LEGISLAÇÃO PERTINENNE À TIPOLOGIA E SUA APLICAÇÃO. O macrozoneamento se dá através dos setores: unidades de habitação e espaços de convivência. Ambos têm acesso a uma circulação que percorre toda a edificação. Os critérios para a demanda estão estabelecidos na Resolução do Conselho Municipal de Habitação nº17, de 22 de fevereiro de 2006. Figura 81 – Zoneamento pavimento térreo.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/
115 Figura 82 – Zoneamento pavimento tipo.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/
ERGONOMIA E HUMANIZAÇÃO ARQUITETÔNICA. A escolha de mobiliário se deu de acordo com as necessidades específicas do público alvo que são os idosos, e a humanização se dá principalmente pelas áreas verdes implantadas. SUSTENTABILIDADE. No pátio central há área verde com gramado e espelho d´água acima da cisterna para captação de águas pluviais, que são opções de lazer além do campo de bochas e salas de jogos, estar e televisão (MELENDEZ, 2014). Figura 83 – Pátio central da Vila dos Idosos.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/
A edificação possui brises nas circulações e, para facilitar a ventilação cruzada, todas as unidades possuem janelas voltadas para a circulação e para a face externa, a unidades foram locadas de forma a promover a boa insolação, e para que os moradores possam ter melhoracesso.
116 Figura 84 – Habitabili dade.
Fonte: Vigliecca & Associados (2014). Disponivel em: http://www.vigliecca.com.br/
REFERENCIAIS
QUE
O
ARQUITETO
SE
APOIOU
PARA
DESENVOLVER O PROJETO. Os principais referenciais foram a atenção ao orçamento apertado, buscando com isso fazer maior proveito dos elementos naturais, como a utilização dos ventos predominantes para a ventilação cruzada do edifício e a maximização da utilização dos materiais, utilizando de revestimentos apenas em casos extremamente necessários, como áreas molhadas. As pessoas que tem dificuldade de locomoção, com deficiência física ou necessidades especiais possuem área reservada. Levando-se em consideração as condições econômicas dos moradores e as limitações orçamentárias, entendeu-se que os materiais a utilizar deveriam ser padronizados, porém de alta durabilidade e escassa necessidade de manutenção, estabelece então simplificação dos acabamentos, com laje aparente, eliminando os revestimentos das paredes e pisos. Tabela 6: Análise FOFA/SWOT do estudo de caso 5.
Fatores Positivos Fatores Internos
Fatores Negativos
F - Força
F - Fraquezas
S – Strengths
W – Weaknesses
Interação com o externo.
Ambientes monótonos.
117 Fatores Externos
O – Oportunidades
A – Ameaças
O – Oportunities
T – Threats
Fácil acesso ao transporte público.
Acessibilidade
prejudicada
pelo
calçamento inadequado. Fonte: Desenvolvimento da autora.
4.2.3 PANAZZOLO RESIDENCIAL GERIÁTRICO. Ficha técnica: Nome: Panazzolo residencial geriátrico. Arquitetura: Localização: Caxias do Sul –RS. Data de início do projeto: (quando foi projetado -) Data de finalização da obra: (ano que finalizou a 2016) Áreas: 340,00m².
CONCEITO. Adaptar de forma a dar novo uso ao edifício, visando o conforto e bem estar dos novos usuários. PARTIDO. Como forma de alcançar os objetivos, foram feitas análises e implantações de elementos
que
visam assegurar
aos
usuários,
principalmente
no
que
diz respeito
acessibilidade. ÁREA DE IMPLANTAÇÃO. Em um empreendimento voltado para idosos, o entorno é um determinante fundamental no bom desempenho da instituição. Em vista disso, a localização do lote foi definida a partir de alguns critérioscomo:
Estar localizado em bairro carente de equipamentos desse tipo.
Estar em área calma, com residências próximas, para que haja participação da
comunidade no dia-a-dia da instituição;
Apresentar em seu entorno equipamentos de comércio e serviços para garantir
a integração do idoso à sociedade;
118
Estar próximo a equipamentos de suporte ao idoso, como hospitais e clínicas;
Oferecer facilidade de acesso de veículos e pedestres. ESTUDO DE MASSA. Diferentemente dos anteriormente apresentados, esse já possuiu um diferencial no que diz respeito sua implantação no terreno, apresentando-se mais denso, muito disso se dá ao fato de que esse edifício não foi construído para esse uso, tanto que foi necessária uma adaptação para que fosse possível a utilização por esse novo público. VOLUMETRIA. A volumetria demonstra-se mais compacta, sem muitos ornamentos, remetendo mesmo a uma residência. TÉCNICAS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS. Para a construção desse edifício foi disposto do uso da alvenaria convencional. MATERIAIS UTILIZADOS (CONSTRUTIVOS E ACABAMENTOS). Os materiais utilizados para construção foram basicamente o bloco convencional e demais elementos da alvenaria convencional. Foram realizadas adaptações nos materiais de acabamento, como pisos, aplicação de antiderrapantes, corrimão, entre outros. LEGISLAÇÃO PERTINETNE À TIPOLOGIA E SUA APLICAÇÃO. Nessa adaptação para o novo uso, teve de serem seguidas as questões solicitadas de forma a garantir a acessibilidade e segurança. ERGONOMIA E HUMANIZAÇÃO ARQUITETÔNICA. O mobiliário implantado foi escolhido de acordo com as necessidades dos usuários e a humanização se deu pelas áreas verdes e espaços de convivência. SUSTENTABILIDADE. Para garantir maior ventilação e iluminação natural, foram implantadas grandes janelas. Foi feita também a implantação de um solário. REFERENCIAIS
QUE
O
ARQUITETO
SE
APOIOU
PARA
DESENVOLVER O PROJETO. O Panazzolo Residencial Geriátrico é uma instituição privada, que funciona tanto como um residencial permanente ou temporária (para a reabilitação e acompanhamento póscirúrgico), ou como uma creche para terceira idade, foi inaugurada de março de 2016, servindo como a segunda unidade do Jardim América Residencial Care. A estrutura foi implantada no Bairro Panazollo em Caxias do Sul/ RS, pelo fato desta região ter grande deficiência dos serviços que atendem às necessidades de alojamento e prestação de cuidados a pessoas idosas.
119 A instituição se localiza num bairro residencial, em uma casa que foi reformada e adaptada para atender os idosos. Figura 85 – Fachada Panazzolo Residencial Geriátrico.
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/ Figura 86 – Localização.
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/
Esta unidade funciona como um residencial autónomo do Jardim América Residencial Care, onde conta com uma residência com dois níveis e capacidade máxima para nove usuários, numa área de implantação de aproximadamente 340,00m² construídos.
120 Figura 87 – Vista da Rua Paulo Rossato.
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/
Além das acomodações, o residencial possui quatro áreas de convivência sendo estas salas de atividades, de convívio e solário. As atribuições de serviços prestados como enfermagem, fisioterapia, nutrição, psicologia, dia da beleza, atividades psicomotoras e o Day Care, onde o idoso passa o dia usufruindo da estrutura e das atividades do local, são os diferenciais que priorizam o conforto e satisfação dos hóspedes. Figura 88 – Implantação.
Fonte: Facebook. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/
121 Figura 89 – Pavimento Superior Residencial Panazzolo.
Fonte: Facebook. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/
O lar é constituído então por dois pavimentos, na parte superior encontra-se uma área de convivência e sala de TV privativa, as acomodações, e um banheiro social. No pavimento térreo, após descer a circulação vertical ao lado direto concentra-se o refeitório que dá acesso a um solário, a cozinha, lavanderia, vestiários e banheiro dos funcionários. A área administrativa encontra a esquerda da edificação juntamente com o estoque de enfermagem, mais uma área de convivência e banheiro social. Figura 90 – Pavimento Térreo.
Fonte: Facebook. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/
122 No piso superior se distribuem então as quatro acomodações sendo um individual, um duplo e dois triplos. Figura 91 – Quarto Indivi dual Residencial Panazzolo e Quarto duplo.
Fonte: Facebook. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/ Figura 92 – Quarto triplo e escada adaptada.
Fonte: Facebook. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/
Um ponto interessante neste residencial é a preocupação que tiveram em adaptar todos os espaços da casa, onde se tentou aproximar ao máximo das legislações, adaptando de forma a distribuir os ambientes corretamente com suas determinadas funções nos diferentes pisos.
123 Figura 93 – Banheiro Adaptado e Solário.
Fonte: Facebook. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/
Pelo fato de ter sido implantado em uma edificação já existente e não ser possível modificar a parte estrutural da edificação, não foi optado pela colocação deum elevador. Mas com relação aos requisitos mínimos de acessibilidades veio a ser construída na parte exterior da edificação uma rampa para que os idosos com problemas de locomoção pudessem se deslocar mais facilmente. Figura 94 – Administração e Refeitório.
Fonte: Facebook. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/ Figura 95 – Sala de convivência e Vestiários fncionários.
Fonte: Facebook. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/
124 Figura 96 – Cozinha e Corredot adaptado.
Fonte: Facebook. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/ Figura 97 – Estoque de enfermagem e estar.
Fonte: Facebook. Disponível em: https://vymaps.com/BR/Panazzolo-Residencial-Geriatrico354407178326447/ Tabela 07 - Análise FOFA/SWOT do estudo de caso 6.
Fatores Positivos Fatores Internos
Fatores Negativos
F - Força
F - Fraquezas
S – Strengths
W – Weaknesses
Adaptação de todos os ambientes Edifício projetado para outro uso. do edifício. Fatores Externos
O – Oportunidades
A – Ameaças
O – Oportunities
T – Threats
-
Acessibilidade prejudicada.
Fonte: Desenvolvimento da autora.
125 Tabela 08 – Tabela síntese de Análise de SWOT.
PROJETOS
FORÇA
PROJETO
Tudo
foi Distanciamento
1
planejado
de exacerbado entre muito
acordo
FRAQUEZA
com as alguns
necessidades específicos
AMEAÇAS
OPORTUNIDADES
Avenidas
Áreas de locomoção
movimentada
ambientes.
s;
do
adequadas ao público alvo; Áreas
de
travessia
devidamente
público alvo.
destacadas.
PROJETO
Tudo
foi Falta de espaços Avenidas
Áreas de locomoção
2
planejado
de verdes.
muito
adequadas ao público
movimentada
alvo;
acordo
com as
necessidades específicos
s; do
Áreas
de
travessia
devidamente
público alvo.
destacadas.
PROJETO
Tudo
foi Falta de espaços Avenidas
Áreas de locomoção
3
planejado
de verdes.
muito
adequadas ao público
movimentada
alvo.
acordo
com as
necessidades específicos
s; do
público alvo. PROJETO
Inúmeras
4
atividades para o possuem luz e inadequado. público.
Áreas que não Calçamento
ventilação natural mesmo
e
nem vista
para o exterior
Entorno iluminado.
bastante
126 do edifício. PROJETO
Interação com o Ambientes
Acessibilidad
Fácil
5
externo.
e
transporte público.
monótonos.
prejudicada. PROJETO
Adaptação
de Edifício
6
todos
os projetado
ambientes
do outro uso.
Acessibilidad para e prejudicada.
edifício. Fonte: Desenvolvimento da autora.
-
acesso
ao
127
5.
LOCAL DE INTERVENÇÃO.
5.1
SALESÓPOLIS.
Foi fundada em 1857, 163 anos, área total de aproximadamente 887,009km², o nome é uma palavra composta que significa Cidade de Sales, que se deu em homenagem ao Presidente da República Dr. Manoel Ferraz de Campos Sales, devido a uma visita à cidade. É um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Esse statusgarante uma verba advinda do estado para a promoção do turismo regional, proporciona também o direito de agregar ao seu nome o título de Estância Turística, que é um termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial qunto pelas referências estaduais. Ao relacionar a tipologia Residencial com a Neuroarquitetura e a Arquitetura Bioclimática, foi necessário o conhecimento e a compreensão de suas particularidades e conceitos, para embasar a proposta arquitetônica, tendo como local a cidade de Salesópolis, foi necessária o levantamento, desde seus aspectos gerais, passando pelos aspectos climáticos e por fim os aspectos habitacionais, a fim de promover uma base conceitual e técnica para reforçar e adequar à proposta arquitetônica de forma eficiente.
Figura 98 – Placa locada na nascente.
Fonte: Site prefeitura. Disponível em: https:/ radioboanova.com.br/agua-mole-em-cabeça-dura/
128
5.1.1 ASPECTOS GERAIS Figura 99 – Bandeira da cidade e Brasão de armas.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sal A cidade de Salesópolis, foco deste estudo, está localizada ao leste do estado de São Paulo, à aproximadamente 103,9 km da capital São Paulo, situada a 23º 31’ 56” de latitude Sul e a 45º 50’ 47” de longitude Oeste, o relevo situa-se a uma altitude média de 850m, sendo a mínima 740m e a máxima 1.100m. Possui uma área aproximada de 426,8km², sendo 10km² de área urbana, ou seja, a área urbana equivale a cerca de 2% da área total. As populações rural e urbana são praticamente equivalentes.
Seus confrontantes são: ao norte,
Santa Branca, ao nordeste, Paraibuna, ao sul, Bertioga, ao leste,Caraguatatuba, ao sudeste, São Sebastião, ao oeste, Biritiba Mirim e ao noroeste, Guararema. Figura 100 – Localização geográfica no mapa.
Fonte: Site prefeitura. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sales%C3%B3polis#/media/
Está localizada na região metropolitana da capital paulista, sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, levantado em 28 de agosto, era de 17. 252 habitantes, numa área de 426,81km², e densidade demográfica de 36,79hab/m². A escolha do município de Salesópolis, localizada na região do Alto Tietê, no
129 estado de São Paulo como local para a implantação, se deu pelo fato da cidade ser uma centralidade entre as cidades vizinhas, que são Biritiba Mirim, Santa Branca e Paraibuna. Outro fator importante é que por se tratar de uma cidade rica em natureza e preservação pode promover maior bem-estar e conforto ao residente, bem como a implantação de atvidades que tirem proveito disso, aumentando significativamente a qualidade de vida dos mesmos. Os indicadores da cidade são IDH 0,732, considerado alto, segundo sendo do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) de 2010, PIB de R$ 153.077 mil, segundo IBGE de 2009 e PIB per capitade R$ 9.542,87, segundo senso IBGE de 2009.
5.1.2 ASPECTOS CLIMÁTICOS. O clima é o subtropical, que é característico das áreas de latitude compreendidas entre 25º e 45º, com temperaturas médias anuais de 23ºC e em que a temperatura mínima do mês mais frio nunca é menor que 0ºC, sendo as maiores temperaturas no verão e ocorre a diminuição das chuvas no inverno. As maiores temperaturas ocorrem em janeiro e março com temperatura média de aproximadamente 27º, já a pluviosidade do mês de janeiro de 250 mm é elevada em relação a março com 150 mm, ao passo que as menores temperaturas são no mês de julho com a média de aproximadamente 18ºC e a pluviosidade de 20 mm, entretanto, apesar da média, Salesópolis atinge no verão temperaturas máximas próximas aos35ºC. No que diz respeito à hidrografia, abrange as Bacias dos Rios Tietê, inclusive sua nascente, o Paraitinga, o Claro e o Córrego do Alegre. Abriga também as barragens de Ponte Nova, Ribeirão do Campo e Barragem do Rio Paraitinga. Com relação ao relevo, possui Mata Atlântica, que ocupa regiões da Serra do Mar, constituindo a reserva florestal que corresponde a 1/3, cerca de 142km² da área do município; Mata Ciliar, encontrada às margens de rios e córregos; Reflorestamento, de eucalipto, que ocupa aproximadamente 130km² da superfície do município, que, com a implantação do cultivo do eucalipto que ocorreu de forma desordenada, houve a diminuição da mata ciliar e nativa, ação que culminou no empobrecimento do solo.
130
Figura 101 – Anexo 7 – Hidrografia.
Fonte: Site prefeitura. Disponível em: http://www.salesopolis.sp.gov.br/site/
Está em 792m acima do nível do mar, sob o clima quente e temperado, com uma pluviosidade significativa ao longo do ano, mesmo no mês mais seco existe muita pluviosidade, a média anual fica em 1609mm. A classificação do clima é Cfb de acordo com a Köppen e Geiger. A temperatura média anual é de 17,4 ºC. Figura 102 – Temperaturas e precipitações médias.
Fonte: Climate-data. Disponível em: https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/saopaulo/salesopolis-34840/
131
Figura 103 – Gráfico de temperatura.
Fonte: Climate-data. Disponível em: https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/saopaulo/salesopolis-34840/
5.1.3 IMPORTÂNCIA AMBIENTAL. APA da Várzea do Rio Tietê: Protege a vegetação de áreas alagadiças e matas ciliares ao longo da calha de inundação do Rio Tietê, uma área de cerca de 7.400ha, embasado na Lei Estadual nº 5.598, de 6/2/1987 e Decreto Estadual nº 42 837, de 3/2/1998. Parque Nascente do Tietê: O Rio Tietê, cujo nascedouro está localizado no Bairro da Pedra Rajada, no Município de Salesópolis, apresenta uma área de 134,752ha declarada de utilidade pública e designada à implantação do parque, de propriedade do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), um órgão vinculado ao governo do Estado de São Paulo, embasado no Decreto Estadual 29.181/88 e Decreto 37.701/93. Área Tombada: Nascentes do Rio Tietê sob Resolução da Secretaria de Estado de Cultura n. 6 de 1990. Barragem de Ponte Nova e Radar Meteorológico: construída em 1972 pelo DAEE a barragem auxilia na contenção de enchentes e no controle da poluição do Rio Tietê, o radar previne para episodios de chuva excessiva na GSP, sobretudo os agricultores radicados à jusante da Barragem de Ponte Nova, localiza-se na divisa entre Salesópolis e Biritiba Mirim. Parque Estadual da Serra do Mar: maior parque estadual paulista com áreas de 315.390ha e altitude média de 600m, abriga vegetações de floresta latifolíada tropical úmida, fauna constituída de anta, bugio, capivara, cotia, jaguatirica, onça pintada, pato selvagem,
132 pomba e uru é resguardado pel Decreto Estadual nº 10.251 de 30/8/1977, Decreto Estadual nº 13.313 de 6/3/1979 e Decreto Estadual nº 19.448 de 30/8/1982. Área de Proteção ao Mananciais: área da unidade de conservação do município com cerca de 40.900ha, respaldada pela Lei Estadual nº 898, de 18/12/1975. Parque do Pinheirinho: popularmente conhecido por “Prainha”, fica localizado a 7km do município, pela Estrada Municipal do Bairro da Aparecida que liga ao bairro Casa Grande, com área de cerca de 300ha onde existem florestas naturais e reflorestamentos de “pinus araucária”, “pinus eliot” e eucaliptos, ao longo do pinheiral, formou-se uma praia artificial. Nascente do Rio Tietê: O Rio Tietê nasce na Serra do Mar, no Bairro da Pedra Rajada, a 113km da capital e a 22km do Oceano Atlântico, atravessa a Mata Atlântica e todo o Estado de São Paulo, recebe seus afluentes durante o percurso, desaguando no Rio Paraná. Através da Resolução nº 6, de 21 de fevereiro de 1990 – processo de nº 00448/1974 a Nascente do Rio Tietê foi tombada, pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio, Histórico, Artistico, Arqueológico e Turístico do Estado) como bem cultural de interesse histórico e paisagístico, abrangendo uma área toral de 48km². Após a desapropriação, a propriedade possou a pertencer ao Governo do Estado de São Paulo para implantação do Parque Estadual da “Nascente do Rio Tietê”, inaugurado em 22 de setembro de 1996 – Dia do Tietê. A administraão está sob a responsabilidade do DAEE e localiza-se em área de Mata Atlântica. A vegetação classifica-se como Floresta Ombrófila Densa, é constituída por árvores que ultrapassam 25 metros, além de arbustos e plantas ornamentais. Bacia do Rio Tietê: é composta por dois afluentes principais: o Rio Paraitinga e o Rio Claro. O Rio Claro tem sua nascente localizada em Salesópolis, no alto da Serra do Mar, teve toda sua bacia desapropriada pelo governo do estado para a preservação do manacial que abastece a capital paulista, toda sua área é ocupada pela reserva florestal Mata Atlântica. O Rio Claro desagua no Rio Tietê e suas águas são represadas na baragem de Ponte Nova. Afluentes: Rio Clarinho, Rioa São João, Rio Alferes e Rio do Campo. Rio Paraitinga: Nasce no Município de Paraibuna, Serra do Mar, corta o perímetro urbano de Salesópolis e desagua no Rio Tietê no Município de Biritiba Mirim.
5.1.4 ASPECTOS DE MORADIA. Apesar das mudanças vivenciadas nas últimas décadas, pouco se tem abordado e
133 discutido sobre os aspectos que influenciam diretamente na qualidade de vida da população idosa em relação a sua moradia, principalmente no Brasil. As pesquisas acerca do tema são muito rasos e muitos temas não estão completamente entendida, a escassez se dá no campo teórico e empírico. A concepção de envelhecimento no mundo pós-moderno é mais ampla e vai além da dos aspectos unicamente biológicos, psicológicos, sociais e culturais, mas também considera a história individual acumulada no decorrer da vida de cada um. O preconceito ainda persiste com pessoas idosas. Muitos ainda acreditam que são apenas doentes, insatisfeitos e improdutivos, vivendo seus últimos dias e esperando o fim de suas vidas. Tais concepções discriminam e limitam a pessoa idosa a aproveitar sua velhice. Ao contrário, o idoso além de sua família, construiu vínculos no trabalho, em suas rodas sociais que permitem a ele contribuir, compartilhando toda sua experiência de vida. Estes elementos inclusive ão fundamentais para dar sentido as suas vidas. (VARELLA, 2003). Esta etapa da vida deve ser celebrada, permitir às pessoas idosas usufruir da maior disponibilidade de seu tempo, sem ter ocupação de trabalho e atribuições rotineiras, possibilitar a busca por novas experiências, relações e realizações. É necessário, portanto, um ambiente propício e estimulante, para proporcionar dignidade, e, diminuir a angústia e a solidão, que são sentimentos que frequentemente aflinge esse público. Infelizmente, a realidade brasileira é ainda mais agravante, pois devido ao baixo poder aquisitivo da maior parcela da população, o problema habitacional não foi resolvido em conjunto com o acesso a casa própria. A mudança na formatação das famílias e redução dos espaços físicos da moradia acaba por restringir o número de moradores, desfavorecendo assim a presença de idosos nesse arranjo familiar. Além disso, as habitações não costumam contar com acessibilidade ou minimamente adaptações considerando o fator da longevidade, dificultando a independência física. A moradia é de grande importância ao ser humano. É o seu espaço de refúgio no qual preserva suas lembranças, objetos e recordações de vida. Nesse local, o ser humando se socializa e transforma a habitação além do espaço físico, mas em seu abrigo e aconchego com real significado, satisfaz assim a necessidade humana de pertencimento, bem estar, intimidade e privacidade. Portanto, nota-se que a dimensão da moradiaé bem ampla e ultrapassa o espectro material, tangível e soma-se a um conjunto invisível. Todos os sentimentos e emoções fazem
134 parte do lar e são percebidos por todos como bem-estar e conforto. Ainda assim é preciso cuidado ao julgar o que é realmente conforto e bem-estar, no que se refere às moradias para idosos. Tal fator é subjetivo, mesmo havendo algumas características objetivas, pois pertencem a individualidade de cada idoso, é particular e íntimo. (AVELAR, 2010).
5.1.5 PESQUISA DE CAMPO. Segundo dados do censo do IBGE, de 2010 tem-seos seguintes dados: população total: 15.635 habitantes, Homens: 7.906, Mulheres: 7.729, Expectativa de vida: 69 anos. Analisando o percentual de pessoas idosas na região e as instituições de atendimento deles, é posssível perceber o déficit no atendimento, principlamente na região do Alto Tietê, dessa forma, a escolha do município tem ligação direta com o fato de a cidade ser uma centralidade entre as cidades vizinhas que apontam um número significativo de pessoas com mais de 60 anos, logo, fazendo a relação com o fato de a cidade ser protegida pela Lei de Proteção aos Mananciais, tem a maior parte de seu território de área verde preservada, que em conjunto com técnicas de neuroarquitetura, proporcionará ao residente melhor qualidade de vida e maior contato com a natureza. O Sistema de Projeções Populacionais, da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), aponta que a população idosa do Alto Tietê deve crescer mais de 272% entre 2018 e 2050, passando de 182,8 mil pessoas com mais de 60 anos para 498,4 mil indivíduos nesta faixa etária. Atualmente, os idosos representam 11,5% do total populacional da região, porém, a expectativa futura é de que eles sejam 26%, que equivale a mais que o dobro do índice atual. Os nascidos em 1990 serão os futuros idosos do ano 2050, somando 498,4 mil pessoas com pelo menos 60 anos vivendo nas dez cidades da região, que já terá uma população total mensurada em mais de 1,9 milhão de habitantes. A estimativa é de que a população idosa cresça n aordem de 0,5% ao ano. Sendo assim, em 2030, o Alto Tietê já terá 302,4mil idosos, representando 17% da população. Na década seguinte, em 2040, esse público sera 21,5% do total de habitantes, com 402,8 mil indivíduos com mais de 60 anos de idade. Atualmente, Salesópolis é a cidade com maior índice de idosos, que chegam a 14,2% da população. Acima da média regional, ainda aparecem o smunicípios de Santa Isabel, Guararema, Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes, onde a representatividade do grupo varia de 13,1% 13,8% da população municipal. Entre os suzanenses, 11,8% têm mais de 60 anos, o que representa 33.787 pessoas. Atualmente, entre os mais anciãos, com idades acima
135 de 75 anos, o indice é de apenas 2,3% da população regional. Itaquaquecetuba tem a menor taxa de idosos, o que significa uma baixa expectativa de vida. Ferraz de Vasconcelos e Arujá completam a lista de municípios jovens. Em Itaquá, o índice de idosos fica abaixo de 10% do total da população do município. Em Ferraz, os velhos representam exatamente 10%dos residentes, enquanto em Arujá o grupo é de 11,1%. Hoje, a faixa etária predominante na região é a dos adultos com idades entre 25 e 39 anos, representando cerca de um quarto da população. As crianças até 14 anos representam o segundo maior grupo, com 21,5%. A previsão é de que, em 2050, a cidade de Santa Isabel, Mogi e Poá terão os maiores índices de idosos, que irão variar de 27,1% a 28,3% da população municipal. Enquanto Salesópolis reverte o quadro, sendo uma das cidades mais jovens da região, com 24,5% de indivíduos com mais de 60 anos, igualando-se aos índices projetados para Itaquá, que assume o posto de menos expectativa de vida, com 24,2% de idosos. Dessa forma, o número de idosos pode crescer 66% em 12 anos no Alto Tietê, uma mudança na sociedade que parecia distante, mas está mais próximo de acontecer. O número que atualmente é de aproximadamente 274.850 jovens de 20 a 29 anos, e, a expectativa para 2030 é de 240.301. Em relação aos idosos d e65 anos ou mais, atualmente há 125.584, entretanto, em 2030, a população dessa faixa etária pode alcançar 208.652 indivíduos. Como citado anteriomente, o município com maior número de joves de 20 a 29 anos é Mogi das Cruzes, cerca de 70.531, enquanto que em 2030, estima-se que essa parcela da população seja de 63.040, com uma queda de cerca de 10%. Por sua vez, o número atual de idosos em Mogi é de 36.702, tendo a projeção de aumento em 68% em 12 anos, ou seja, serão 61.918 idosos em 2030, caso se confirma a previsão da Fundação Seade. O mesmo cenário é visto em Itaquaquecetuba, que apresenta o segundo maior número de jovens de 20 a 29 anos, que é de 65.986, porém, esse número em 2030, tende a sofrer uma queda de 11%, passando a ser 58.681. Em contraponto, a estimativa da população idosa para daqui12 12 anos é de um aumentar em 106%. Hoje, em Itaquá, os idosos são 19.912, e em 2030, serão de 41.112. O município com o terceiro maior número de jovens é Suzano, apresentando 48.609, mas, em 12 anos, é esperado que esse número caia em 12%, passando para 40.752. A parcela idosa, por sua vez, deverá crescer em 76%. São 21.657 idosos na cidade vivendo atualmente, sendo que em 2030, poderão ser 38.195. Em contrapartida, a única cidade em que a quantidade de jovens deve aumentar é Salesópolis. A projeção aponta para um aumento de
136 62% para esse grupo, ou seja, atualmente, são 2.689 que poderão passar para 4.371. Já os idosos, podem ter um crescimento de apenas 7%. A projeção para as cidades com as menores populações de jovens e idosos apresentam percentuais semelhantes. Em Biritiba Mirim, por exemplo, são 5.553 jovens hoje, mas, daqui12 12 anos, pode haver uma queda de 10%, totalizando, 4.986 jovens. Já os idosos, que hoje são 2.908, deverão crescer em 45%, elevando essa população para 4.224 pessoas. Guararema também apresenta dados parecidos. Só de jovens, hoje, são 4.966, e em 2030, poderão ser 4.103, tendo uma queda de 17%. Entretanto, a projeção para 2030, em idosos, apresenta um crescimento de 47%, ou seja, de 2.724, para 4.021. Tabela 09 - Tabela de Projeções.
CIDADE
POPULAÇÃO
POPULAÇÃO
JOVEM/IDOSO
JOVEM/IDOSO
2018%
2030*
%
ARUJÁ
15.329/ 6.052
13.035/11.291
-14%/86%
BIRITIBA MIRIM
5.553/2.908
4.986/4.224
-10%/45%
FERRAZ DE VASCONCELOS
34.245/19.643
28.769/22.499
-15%/14%
GUARAREMA
4.966/ 2.724
4.103/4.021
-17%/47%
ITAQUAQUECETUBA
65.986/19.912
58.681/41.112
-11%/106%
MOGI DAS CRUZES
70.531/36.702
63.040/61.918
-10%/68%
POÁ
18.071/ 8.752
15.272/15.052
-15%/71%
SALESÓPOLIS
2.689/ 2.224
4.371/ 2.387
62%/7%
SANTA ISABEL
8.871/ 5.010
7.292/ 7.953
-17%/58%
SUZANO
48.609/21.657
40.752/38.195
-16%/76%
TOTAL
274.850/125.584
240.301/208.652
12,5%/66%
Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
Ao final, fica claro que a projeção das populações das faixas etárias de 20 a 29 anos e 65 anos ou mais mostram que, em 2030, o número de idosos nas cidades do Alto Tietê pode ser maior do que o número de jovens. Nesse sentido, esse cenário implica em diversos fatores, já que as demandas de jovens são diferentes das idosas. O Brasil durante muito tempo empenhou-se em aumentar o número de vaga nas escolas, pois o número de crianças em idade escolar aumentava de ano a ano, pois a taxa de natalidade demonstrava-se elevada. A partir do
137 momento que começa a redução da taxa, as vagas acabam sendo maiores que a necessidade, ou seja, a tendência é que se reduzaa longo prazo os investimentos em educação, pois a demanda torna-se menor, concomitantemente a isso, ocorre o aumento de gastos em outras áreas, tal como na saúde. Acredita-se que grande parte das cidades do Brasil não está preparadas para viver esse cenário, grande parte dessa especulação se deve ao atraso do País, pois embora essas projeções que indicam que a população idosa vai se tornar idosa há muitos anos, as providências não foram tomadas. Com essa mudança, vão passar a morrer mais pessoas do que nascer, logo a população começa a reduzir. O Brasil, de maneira geral, não está desenvolvendo políticas públicas dialogando esse futuro, pra tanto é fundamental que as prefeituras desenvolvam projetos para que os idosos
se
movimentem,
aspecto
considerado
indispensãvel
para
o
envelhecimento
comqualidade de vida, em resumo, as ações são inúmeras e é fundamental que tudo seja feito com planejamento para alcaçar o suporte que precisa ser dado a essas pessoas, tudo deve ser pensado levando em consideração os índices de mortalidade e suas causas, que indicam tendências de envelhecimento. Em Ferraz de Vasconcelos, a administração realiza em quatro anos ações na área da saúde, que são regidas pelo Plano Municipal de Saúde. Ja em Biritiba Mirim, os idosos contam com o Centro de Convivência do Idoso, que disponibiliza diversas ações e atividades de cultura e lazer. Em Mogi das Cruzes, os idosos
podem
contar
com
três
serviços
especializados e multidisciplinares com atendimento exclusivo, como o Pró-Hiper, no bairro Mogilar, a Academia da Unidade Clínica Ambulatorial (Unica), em Jundiapeba, e a UnicaFisio, que foi inaugurada no final de 2019, em Braz Cubas. A criação de políticas públicas para os idosos em Suzano é prioridade para a prefeitura, que conta o Centro de Convivência da Melhor Idade “Maria Picoletti”, com os Jogos Regionais dos Idosos (Jori) e com a prática do Liang Gong, que permite realizar atividades físicas de baixo impacto, contribuindo para melhoria da capacidade muscular. Em Itaquaquecetuba, o trabalho em prol dos idosostem sido uma preocupação da administração, que tem realizado projetos em benefício do bem estar e qualidade de vida, com atividades que assistem os idosos, com a prática de exercícios físicos, acompanhamento médico e ainda, oderecendo atividades de lazer que estimulam o convício social. Fazendo a análise comparativa da evolução do local por intermédio, verifica-se que nos últimos anos não houve mudanças significativas no bairro e no entorno dos terrenos,
138 a vegetação apresentou pouca mudança e em alguns pontos houve o aumento da plantação de eucalipto e houve uma revitalização na extensão da Avenida Osaka até o início da Av. Professor Adhemar Bolina, com a implantação de dois chafarizes e a restauração do portal artístico, e, com relação ao uso, a predomonância permaneceu de uso residencial. Figura 104 – Localização geográfica no mapa.
Fonte: Google maps. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sales%C3%B3polis#/media/
Para se ter um panorama global alguns dados foram elvantados. O envelhecimento populacional é um fenômeno que atinge todos os países do globo: tanto em números percentuais quanto absolutos, experimentamos umcrescimentos expressivo nesta faixa etária. Além disso, este gurpo geracional que possui o maior percentual de crescimento quando comparado com os outros. Sem dúvida, tal fato tem impulsionado uma série de mudanças estruturais de alto impacto em inpumeros setores, tais como mercado de trabalho, financeiro, demanda por bens e serviços de habitação, transporte, assistência social. O envelhecimento populacional é um fenômeno que atinge todos os países do globo: tanto em números percentuais quanto absolutos, experimentamos um crescimento expressivo nesta faixa etária. Além disso, este grupo geracional que possui o maior percentual
139 de crescimento quando comparado com os outros. Sem dúvida, tal fato tem impulsionado uma série de mudanças estruturais de alto impacto em inúmeros setores, como: mercado de trabalho, financeiro, demanda por bens e serviços como habitação, transporte e assitência social, bem como estruturas familiares e embates geracionais. Figura 105 – Life expectancy at birth by region, both sexes combined (years), 1990-2050.
Fonte: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2020). World Population Ageing 2019. Disponível em: https://www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/ageing/WorldPopulationAgeing2019Highlights.pdf
Figura 106 – Global distribution of population by broad age group, 1990 – 2050.
Fonte: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2020). World Population Ageing 2019(ST/ESA/SER.A/444). Disponível em: https://www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/ageing/WorldPopulationAgeing2019-
140 Figura 107 – Distribution of population aged 65 years or over by regiob, 2019 and 2050 (percentage).
Fonte: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2020). World Population Ageing 2019. Disponível em: https://www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/ageing/WorldPopulationAgeing2019Highlights.pdf
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o tamanho e a composição etária de uma população são determinados por três fatores: taxa de mortalidade, taxa de natalidade e migrações. Observando os últimos 50 anos pode-se observar que, de fato, paga-se um preço elevado pelo desenvolvimento. Avanços em programas de saúde, na medicina, maior renda, acesso a centros de excelência e qualidade de vida, tem estendido a longevidade. Concomitantemente a isso, a inserção da mulher no mercado de trabalho, rotinas intensas, maior nível de escolaridade exigido, diminuem as taxas de natalidade per capta.
Figura 108 – Número de jovens (0-14 anos) e de idosos (60anos e mais) e Índice de Envelhecimento (IE) Brasil: 2010-2060.
Fonte: IBGE, Projeções de população (revisão 2018). Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases
141 Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o tamanho e a composição etária são determinados por três fatores: taxa de mortalidade, taxa de natalidade e migrações. Observando os últimos 50 anos pode-se notar que, de fato, paga-se um preço elevado pelo desenvolvimento. Avanços em programas de saúde, na medicina, maior renda, acesso a centros de excelência e qualidade de vida proporcionam o aumento da longevidade. Concomitantemente a esses fatores, a inserção da mulher no mercado de trabalho, rotinas cada vez mais extensas, maior nível de escolaridade sendo exigido, acabam por dimuniur as taxas de natalidade per capta.
5.2
ÁREA DE INTERVENÇÃO. Figura 109 – Arredores da cidade.
Santa Branca Guararema
Paraibuna
Santa Branca
Santa Branca
Mirim
Mirim Caraguatatuba
Biritiba
Santa Branca
Santa Branca
Mirim
Mirim Biritiba Ussu
São Sebastião Bertioga Paraibuna
Fonte: https://www.google.com.br/maps/place/+Desenvolvimento da autora.
As disposições aos arredores da cidade de Salesópolis são: Norte: Santa Branca; Nordeste: Paraibuna; Leste: Caraguatatuba; Sudeste: São Sebastião; Sul: Bertioga; Oeste: Biritiba Mirim; Noroeste: Guararema; Sudoeste: Biritiba Ussu. O que será utilizado para a implantação do projeto fica no encontro da Rua Prefeito Antônio Rodrigues de Camargo com a Avenida Osaka, no bairro Jardim Nídia. Essa implantação se dá como uma conexão com as instituições existentes nos arredores, favorecendo a convivência dos residentes com a população, permitindo assim a troca de vivências entre os mesmos. Essas instituições anteriormente citadas são uma escola
142 municipal E.M.E.F. Sônia Maria da Fonseca, uma escola estadual E.E Rosa Maria de Souza e um prédio doada pela prefeitura que recebe atividades de uma ONG voltada à educação.
5.2.1 ÁREA ESCOLHIDA. O terreno onde será desenvolvido o projeto localiza-se no encontro da Rua Prefeito Antônio Rodrigues de Camargo com a Avenida Osaka, no bairro Jardim Nídia, Salesópolis, SP. Possui aproximadamente 27.000m² e posiciona-se nas principais entradas e saídas da cidade, sentido Mogi das Cruzes e Santa Branca.
5.2.2 ANÁLISE DA ÁREA E JUSTIFICATIVA. O terreno tem sua superfície predominantemente plana, tem em toda sua extensão pela Av Osaka um talude com desnível que vai de 1 metro a aproximadamente 3 metros de altura. Com relação à infraestrutura, o local é provido de água encanada e tratamento de esgoto pela SABESP, a iluminação é prevista pela concessionária EDP Bandeirante e a pavimentação das ruas e calçadas pela Prefeitura Municipal. O objetivo é proporcionar acessibilidade externa e internamente aos usuários, para tanto o projeto será implantado visando manter o máximo possível o mesmo plano ou então evitar a variação exacerbada dos mesmos, de forma a garantir autonomia e independência aos residentes.
5.3
O TERRENO.
O terreno esta localizado na SUC que é uma Subárea de Urbanização Consolidada, que permite: a) Implementar progressiva melhoria do sistema público de saneamento; b) Prevenir e corrigir os processos erosivos; c) Recuperar
os
sistemas de áreas públicas,
considerando
os aspectos
paisagísticos e urbanísticos; d) Melhorar o
sistema viário existente, mediante pavimentação adequada,
priorizando as vias de circulação de transporte público; e) Implantar equipamentos públicos; f) Priorizar
a
regularização
das
ocupações
irregulares,
mediante
ações
combinadas entre setor público, empreendedores privados e moradores locais;
143 g) Ampliar o percentual de área permeável e índice de área vegetada. Aplicando-se os índices urbanísticos determinados pela Lei complementar n. 009/2018, o terreno possui uma área de 27.000m², terá um coeficiente de aproveitamento de 1,0, que determina como área toral máxima a ser construída 27.000m², e a taxa de permeabilidade de 20%, ou seja, uma área de 5.400m². Abaixo se encontra uma figura com a vista superior via satélite do terreno, os possíveis acessos, as dimensões do terreno, índices urbanísticos (TO; CA; TP; IE), diretrizes de zoneamento e usos permitidos. Posicionamento dos terrenos verificados como possibilidades para implantação do projeto: Figura 110 – Vista de satélite doterreno.
N Terreno
Fonte: Google Maps. Tabela 10: Possibilidades de terreno.
Informações Terreno
N
144 Acessos: De um lado a chegada de Mogi das Cruzes e de outro a chegada de Santa Branca, Vale do Paraíba. Entorno: Predominância residencial. Dimensões: 27.000m² Índices Urbanísticos: TO; CA; TP; IE. TO: 80% | 21.600m² CA: 1,00 TP: 20%| 5.400m² IE: não especificado Diretrizes de zoneamento e usos permitidos Fonte: Google Maps + Desenvolvimento da autora.
Levantamento dos pontos fortes e fragilidades dos locais em questão.
Tabela 11: Análise FOFA/SWOT do terreno.
Fatores Positivos Fatores Internos
Fatores Negativos
F - Força
F - Fraquezas
S – Strengths
W - Weaknesses
.Topografia basicamente plana.
.Área pouco iluminada.
.Instalações
de
disponíveis. .Grandes áreas verdes.
infraestrutura .Falta de segurança noturna.
145
Fatores Externos
O – Oportunidades
A – Ameaças
O – Oportunities
T – Threats
.Localização
com
inúmeras .Vias com calçamento inadequado.
possibilidades de acesso.
.Ausência de ciclovia e ou ciclo
.Potencial de centralidade.
faixa.
.Todo espaço tem potencial se for .Calçamento bem planejado.
negligenciada.
.Promoção de maior bem estar devido ao ar mais puro. .Localização em vias de circulação de transporte público. .Circulação
de
habitantes
para
exercícios físicos.
Fonte: Desenvolvimento da autora.
Imagens do terreno. Figura 111 – Vista do terreno via satélite.
N
Fonte: Google Maps.
com
acessibilidade
146 Figura 112 – Vista do terreno a partir da Av.Osaka.
Fonte: Google Maps. Figura 113 – Vista do terreno a partir da R. Prefeito Antônio R. de Camargo.
Fonte: Google Maps. Figura 114 – Dimensão do terreno.
N
Fonte: Desenvolvimento da autora.
147 O terreno localiza-se no município de Salesópolis, em uma área predominantemente residencial, no entorno imediato localizam-se duas escolas, a topografia é predominantemente plana, sendo que em toda sua extensão pela Av. Osaka possui um talude com um desnível que vai de 1 metro a aproximadamente 3 metros de altura, com relação à infraestrutura pública, o local é provido de água encanada e tratamento de esgoto pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), a iluminação pública é prevista pela concessionária EDP Bandeirante e a pavimentação das ruas e calçadas é de responsabilidade da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Salesópolis. Destaca-se no aspecto que diz respeito às possibilidades de acesso, devido seu posicionamento estratégico, que se dá pelo encontro da Rua Prefeito Antônio Rodrigues de Camargo e a Avenida Osaka. Existe grande potencial se o projeto for bem planejado, a promoção de maior bem estar fica com níveis elevados devido à pureza do ar que se pode encontrar, grandes áreas verdes, e, os arredores dos mesmos são utilizados para realização de atividades físicas, como caminhada, corrida, ciclismo e ginástica, que com uma nova proposta, pode aumentar esse uso, beneficiando aos habitantes e até mesmo os usuários do residencial geriátrico que é a proposta para o estudo em questão, ação essa que auxilia na questão da integração prevista.
148
5.3.1 ANÁLISE MICROAMBIENTAL. Figura 115 – Análise Microambiental.
Fonte: Desenvolvimento da autora.
149 A partir do diagrama solar, nesse caso em específico, foi utilizado o de Latitude 24º Sul, foi feito um levantamento mais aproximado da incidência solar sobre o terreno base para o desenvolvimento do projeto, como forma de prever a implantação do edifício com maior precisão e eficiência energética. Figura 116 – Estudo de insolação baseada no Diagrama solar Latitude 24º Sul.
Fonte: Arquivo pessoal de materiais acadêmicos da autora.
150
5.3.2 ANÁLISE MACROAMBIENTAL. 5.3.3 ANÁLISE DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO. Figura 117 – Análise de Uso e Ocupação do Solo.
Fonte: Desenvolvimento da autora.
O entorno não sofreu grandes mudanças nos últimos anos, existe nas proximidades um prédio abandonado antigo frigorífico, desativado por volta da década de 80, existe também
151 um posto de gasolina desativado, que foi um dos primeiros construídos na cidade, e, o terreno selecionado para estudo está atualmente sem uso.
5.3.4 ANÁLISE DE CHEIOS E VAZIOS. Figura 118 – Análise de Cheios e Vazios.
Fonte: Desenvolvimento da autora.
A partir do levantamento de cheios e vazio, nota-se que a maior parte terrenos vazios subutilizados e áreas verdes localizam-se no entorno imediato do terreno, dessa forma, a implantação do projeto atribuirá vida ao local, bem como um uso para esses terrenos que atualmente encontram-se abandonados ou sem um uso que os explore da melhor maneira possível.
152
5.3.5 ANÁLISE VIÁRIO Figura 119 – Análise Viário.
Fonte: Desenvolvimento da autora.
A Av. Osaka é o principal acesso à Salesópolis para quem chega de Biritiba Mirim ou Mogi das Cruzes, e a Rua Prefeito Antônio Rodrigues de Camargo, principal acesso para quem chega de Santa Branca ou Jacareí, e ambas são classificadas como vias de fluxo moderado, e as demais, de maneira geral, são vias de fluxo leve.
153 Figura 120 – Anexo 6 - Malha viária.
Fonte: Site da prefeitura. Disponível em: http://www.salesopolis.sp.gov.br/site/
154
6.
ESQUEMAS ESTRUTURANTES.
6.1
PERFIL DO USUÁRIO.
O Residencial Geriátrico com ênfase em neuroarquitetura com aplicações em arquitetura bioclimática é destinado ao público idoso, e oferece opções de moradia, serviços ambulatoriais básicos, terapêuticos, esportivos, entre outros, e prestará atendimento público e privado, prestará atendimento ao público da faixa etária acima de 60 anos, de todas as classes sociais, atenderá as modalidades I e II. Entre os pontos que são abordados nesse projeto, podem-se destacar as doenças e problemas decorrentes de questões psicológicas, que acometem cada vez mais a população mundial, e, principalmente o público alvo em questão, os idosos. O processo de envelhecimento caracteriza-se pelo declínio das funções biológicas, que ocorrem por inúmeros fatores, em decorrência disso, é justamente nessa fase da vida que se pode notar a ocorrência de diversos transtornos mentais. A velhice caracteriza-se por uma deterioração progressiva dos vários tecidos e do organismo, como um todo, que costuma provocar a diminuição da capacidade cardiorrespiratória, força muscular, resistência dos ossos, flexibilidade das articulações, entre outros. Pode-se dizer que se trata de uma nova fase da vida, que nada mais é do que um período
natural do
ciclo
com mudanças físicas,
mentais e psicológicas,
que não
necessariamente significa a existência de doença. Porém, com o envelhecimento ocorre concomitantemente à diminuição das faculdades físicas e mentais, o que acaba facilitando o aparecimento de transtornos mentais, muitos evitáveis, aliviados ou até mesmo revertidos. Além dos fatores biológicos, existem outros que predispõem os idosos a adquirirem transtornos mentais, tais como a perda de autonomia, morte de amigos e familiares, isolamento social, restrições financeiras, agravamento do estado geral de saúde com relevância para o funcionamento cognitivo, que é a capacidade de compreender e pensar de uma forma lógica, com prejuízo na memória. Obviamente a preferência de cada idoso é permanecer próximo a sua família, porém, quando inevitável, para que se torne uma alternativa que proporcione dignidade e qualidade de vida, a instituição tem que romper com sua imagem histórica de segregação e se tornar uma saída, uma opção, na vida dos idosos.
155 Para o idoso, não deveria existir lugar melhor para estar do que em seu próprio lar, junto a familiares, mas em muitos casos, o lar pode ser um local com situação precária e maus-tratos que comprometem o bem-estar e a vida, o ato de cuidar envolve afeto e disponibilidade emocional e física, como também condições materiais, financeiras e suporte do Estado. Assim como em todo o país, o cenário é de procura crescente por ILPIs, número reduzido de vagas, pequena quantidade de instituições gratuitas que excluem ainda mais aqueles em situação de vulnerabilidade, sem recursos, condições precárias de muitos espaços e dificuldades para gerir e garantir um atendimento de qualidade. “A fragilidade do tripé família-Estado-sociedade". (CE, SLUZKI, 2001). no Brasil, acaba institucionalizando idosos que não deveriam ser público dessa modalidade de atendimento. Por essa razão, assim como foi rápido o processo de envelhecimento em nosso país, é necessário haver rapidez também para viabilizar modelos alternativos de assistência. O cuidar é um exercício constante, baseado nas necessidades do idoso, atender as demandas que vão surgindo no decorrer do processo de institucionalização e que necessitam ser aprendidas no enfretamento do cotidiano e sendo orientadas por profissionais capacitados como o enfermeiro, que é fundamental no processo do cuidar e para uma melhor qualidade de vida no envelhecimento. O grau de dependência do idoso é, em outras palavras, a condição do indivíduo que requer o auxílio de pessoas ou de equipamentos especiais para a realização de atividades da vida diária, podendo ser classificada em três graus. O chamado grau de dependência I é constituído por idosos independentes, mesmo que precisem do uso de equipamentos de autoajuda. Já o grau de dependência II são os idosos com dependência até três tipos de atividades, tais como: alimentação, mobilidade e higiene, sendo que esses idosos não possuem comprometimentos ou que possuem alteração cognitiva controlada. O grau de dependência III se refere aos idosos que necessitam de assistência em todas as atividades de autocuidado diariamente e/ou com comprometimento cognitivo (BRASIL, RDC nº 283, 2005). Para o projeto em questão, serão abordados idosos das fases I e fase II. A captação de recursos destinada à manutenção do cento será feita através dos atendimentos particulares e conveniados, além de contar com a ajuda do governo e possíveis doadores. Será considerada uma carga horária semanal de 40hs, sendo das 08h às 17h, de segunda à sexta-feira. Brevemente falando sobre o histórico do idoso, é válido ressaltar que a velhice sempre rodeou a humanidade vista com um ciclo de declinação e morte. O envelhecimento é
156 uma evolução de crenças e mitos, dessa forma a imagem da valorização do idoso muda de cultura para cultura, tempo e lugar. No decorrer na história foi dada uma grande importância para problemas básicos inerentes à velhice e de como fazer o processo do envelhecimento. Na Babilônia a imortalidade estava sempre presente. A Grécia Clássica enaltecia a beleza e a força. Todavia, Platão passou a inovar o conceito e a visão sobre a velhice, dando a ela importância, tratamento mais harmônico e prudente. Os romanos anciões tinham uma posição de autoridade, porém os jovens não aceitavam os privilégios que eram dados aos mais velhos. Em sociedades antigas o idoso era visto como alguém que ocupava o lugar primordial era aclamado por sua sabedoria e experiência, principalmente na China e no Japão. O idoso começou a perder seu lugar como o fim do império romano para a superioridade juvenil. No século VI o idoso era uma pessoa que não mais prestava serviços para a comunidade, foi então que se deu início aos isolamentos dos idosos em retiros. O homem medieval, por sua vez, buscava por meio da ciência métodos para não envelhecer. A Idade Média evidenciou pelos militares os mais fortes, e aos idosos e fracos restavam os trabalhos escravos. Nos séculos XIV e XV, a peste e a cólera dizimaram uma grande parte da população, dessa forma, a população idosa sobrevivente começou a ser fortalecer, mas os obstáculos continuavam, eles inclusive eram ironizados em ambientes públicos. Foi no século XVI que a violência contra os idosos aumentou e a adoração e culto da beleza da juventude só aumentava. O conhecimento científico proporcionou novas formas de pensar nos séculos XVI e XVII que enfatizaram a observação e experimentação, que passou a descobrir as causas da velhice. Já nos séculos XVII e XVIII começou o avanço no campo da anatomia, fisiologia humana e patologia, porém, apesar destas mudanças os idosos não melhoraram. O surgimento da revolução industrial e do urbanismo foi por último para os anciões que, sem poder trabalhar, acabaram na miséria. No final do século XIX, a medicina iniciou um tratamento diferenciado para os idosos. Já no século XX surgiram os profissionais denominados gerontologistas e geriatras, especializados nos cuidados com a saúde dos idosos. O que se pode notar é que com o passar dos anos, os idosos passam a ser valorizada novamente, depois de uma desvalorização que se manteve por muitos anos, e essa
157 nova situação se deve ao impulso que esse público está gerando no mercado, e, prevendo que seu aumento é cada dia mais significativo. Os idosos brasileiros começaram a ser valorizados por volta dos anos 80, com a estruturação de programas de políticas públicas, grupos de convivência, centros de ensino para a terceira idade, entre outros eventos. O idoso contemporâneo é diferente do que um dia já foi, atualmente querem permanecer ativos na sociedade, namorando, cuidando do corpo e mente, e na busca de lucidez, por meio da busca do equilíbrio afetivo e emocional. No que diz respeito a transtornos psiquiátricos, os mais comuns nos idosos são: Demência: que é um problema mental grave, provocado por vários tipos de lesões no cérebro, que afeta essencialmente os idosos, perturbando todas as funções intelectuais e evoluindo de forma progressiva. Dá-se por lesões nas áreas corticais e subcortical do cérebro, onde residem às funções intelectuais superiores, como a consciência, a elaboração da linguagem, a automatização dos movimentos, a memória e a aprendizagem. Devido ao fato dessas lesões terem diversas fontes de origem, existem também vários tipos de demência. As manifestações são bastante diferentes, pois dependem da localização das lesões. A manifestação inicial mais frequente é a perda de memória. Outras manifestações comuns são a dificuldade em realizar movimentos automatizados, como pentear-se, barbear-se, limpar-se, vestir-se ou comer, e também, instabilidade emocional e alterações progressivas da linguagem. Demência tipo Alzheimer: trata-se do tipo mais comum, mais frequente nas mulheres do que nos homens. Caracteriza-se por um início gradual e pelo declínio progressivo das funções cognitivas. A memória é a função cognitiva mais afetada, mas a linguagem e noção de orientação do indivíduo também são afetadas. Aa alterações do comportamento envolve
depressão,
obsessão
e desconfianças,
surtos de raiva, ações violentas. A
desorientação pode levar a pessoas a sair sem destino, para longe de sua residência e quando encontrada, estar em condição de total confusão. Existem também as alterações neurológicas, como problemas na marcha, fala, no desempenhar função motora e na compreensão do que lhe é falado. Demência vascular: é o segundo tipo mais comum de demência. Apresenta características semelhantes da demência de Alzheimer, mas com início abrupto e um curso gradualmente deteriorante. Pode ser prevenido através da redução de fatores de risco como hipertensão, diabetes, tabagismo e arritmias.
158 Esquizofrenia e outras psicoses: apesar dessas doenças ocorrerem com mais frequência no final da adolescência ou idade adulta jovem, elas persistem para toda a vida. Os sintomas
incluem
isolamento
social,
comportamento
excêntrico,
pensamento
ilógico,
alucinações e afeto rígido. Transtornos depressivos: têm alta prevalência entre a população idosa e estão associados a um impacto negativo em seu estado de saúde e qualidade de vida. As alterações sócias, diminuição da atividade, perda de entes próximos, entre outros, que ocorrem nesta fase da vida, estão associados ao desenvolvimento de depressão. Os sintomas incluem diminuição da concentração e memória, problemas de sono, diminuição do apetite, perda de peso e queixas somáticas, como dores pelo corpo. Transtornos bipolares (do humor): é uma doença do foro psíquico que tem cada vez mais expressão na população em geral. Caracteriza-se por desequilíbrios no humor, uma entidade maleável que se modifica de acordo com os acontecimentos da vida. Quando ocorre um transtorno do humor significa que a pessoa está a reagir de modo incompatível ou exagerado diante de determinada situação. Esse desequilíbrio no humor tanto pode ser positivo, mantendo estado maníaco, como negativo, estado depressivo. Os sintomas deste transtorno nos idosos são semelhantes aos dos adultos mais jovens e incluem euforia, humor expansivo e irritável, necessidade de sono diminuída, fácil distração, impulsividade e, frequentemente, consumo excessivo de álcool, pode haver um comportamento hostil e desconfiado. Quando um primeiro episódio de comportamento maníaco ocorre após os 65 anos, deve-se alertar para uma causa orgânica associada. Transtornos delirantes: trata-se de um transtorno onde as ideias surgem com convicção absoluta em si mesma, sem qualquer derivação da cultura, das crenças e das convicções do indivíduo. Habitualmente, a idade de início ocorre por volta da meia-idade, mas também pode ocorrer em idosos. Os sintomas mais comuns são alterações do pensamento de natureza persecutória, os doentes acreditam que estão sendo seguidos, e em relação ao corpo, como acreditar que tem uma doença fatal, que é o caso da hipocondria, os doentes podem ainda tornar-se violentos e isolarem-se socialmente. As alterações do pensamento podem acompanhar outras doenças psiquiátricas que devem ser descartadas como demência tipo Alzheimer, transtornos por uso de álcool, esquizofrenia, transtornos depressivos e transtorno bipolar. Transtornos de ansiedade: a ansiedade é um sentimento incômodo, disperso e indefinido, que pode ser acompanhado de sensações como um frio no estômago, aperto no
159 peito, tremores e até falta de ar. Na maioria dos casos, é uma reação normal ao stress do dia-adia, pois é a forma como o corpo humano o enfrenta. Portanto, as reações de ansiedade normais não precisam ser tratadas uma vez que elas são naturais e esperadas. No entanto, quando a ansiedade se transforma num medo irracional excessivo, pânico e desenvolvimento de fobias, ela passa a ser patológica e transforma-se num transtorno incapacitante conhecido como transtorno de ansiedade. Nos idosos a fragilidade do sistema nervoso autônomo pode explicar o desenvolvimento deste tipo de transtorno. Os principais sintomas são a dificuldade de concentração, desorientação e perda de memória, dores musculares, dores de cabeça e falta de ar, transpiração excessiva, fadiga, irritabilidade e tensão muscular, insônias e perturbações no sono. Transtornos somatoformes: este tipo de transtorno caracteriza-se por incluir sintomas físicos, como dores, náuseas e tonturas, para os quais não pode ser encontrada uma explicação médica adequada e que são suficientemente sérios para causarem um sofrimento emocional ou prejuízo significativo à capacidade do doente para funcionar em papéis sociais ocupacionais. Os fatores psicológicos contribuem para o início, para a severidade e a duração dos sintomas. Transtornos por uso de álcool e outras substâncias: os idosos podem iniciar um quadro de dependência alcoólica ou a medicamentos devido à automedicação. Por exemplo, tornar habitual beber uma dose de álcool todos os dias para relaxar, ou aliviar uma situação de maior ansiedade com a toma de medicamentos sedativos. No entanto, a dependência de álcool, geralmente apresenta uma história de consumo excessivo que começou na idade adulta e frequentemente está associada a uma doença médica, principalmente doença hepática. Além disso, a dependência ao álcool está claramente associada a uma maior incidência de quadros demenciais. Já a dependência de substâncias como hipnóticos, ansióticos e narcóticos é comum no idoso para alívio da ansiedade crônica ou para garantirem uma noite de sono. Com relação aos funcionários, esse tipo de edificação deve dispor de um quadro de funcionários para atender às necessidades de cuidados com a saúde, alimentação, higiene, repouso e lazer dos usuários e desenvolver atividades características de uma vida institucional, necessitam estar aptos a prestar os primeiros socorros aos que possam sofrer acidentes, ter como premissas iniciais a tranquilidade e a objetividade.
160
ORGANOGRAMA.
LAZER AMBULATO RIAL ESPO RTES
PEDAGÓGICO ADMINISTRATIVO
SERVIÇO LAZER RESIDENCIAL ESTACIO NAMENTO
SERVIÇO S MÉDICO S E TERAPÊUTICO S
LAZER
INFRAESTRUTURA
6.2
161
6.3
FLUXOGRAMA.
162
6.4
AGENCIAMENTO. ADMINISTRATIVO
SERVIÇOS MÉD. E TERAP.
RECEPÇÃO
RECEPÇÃO
SALA DE ESPERA
SALA DE ESPERA
ARQUIVO
SALA DE REUNIÃO
WC FEMININO
ARQUIVO
WC MASCULINO
CONSULT ÓRIO DE OFT ALMOLOGIA
WC PCD FEMININO
CONSULT ÓRIO DE T ERAPIA OCUPACIONAL
WC PCD MASCULINO
CONSULT ÓRIO DE OT ORRINOLARINGOLOGIA
FRALDÁRIO
CONSULT ÓRIO DE FONOALDIOLOGIA
T ESOURARIA
CONSULT ÓRIO DE NEURO.
SALA DE GEST ÃO
CONSULT ÓRIO DE PSICOLOGIA
SALA DE REUNIÃO
CONSULT ÓRIO DE FISIAT RIA
SALA MULT IUSO
CONSULT ÓRIO DE ORT OPEDIA
ADMINIST RAÇÃO
CONSULT ÓRIO DE NUT RIÇÃO
ADMINIST RAÇÃO COMPRAS
SALA DE EST IMULAÇÃO VISUAL
RECURSOS HUMANOS
SALA DE FISIOT ERAPIA
FINANCEIRO
SALA DE AVALIAÇÃO FÍSICA
DIRET ORIA GERAL
POST O DE ENFER./ ARMAZ.
COORDENAÇÃO
ENFERMARIA COM 5 LEIT OS
SERVIÇO SOCIAL
ÁREA PARA FISIOT ERAPIA AO AR LIVRE
COPA
PISCINA PARA HIDROT ERAPIA
ALMOXARIFADO
DEPÓSIT O DE PISCINA
DEPÓSIT O
COPA
WC FEMININO PARA FUNCIONÁRIO
DEPÓSIT O
WC MASCULINO PARA FUNCIONÁRIO
DML
WC PCD FEMININO
WC FEMININO
WC PCD MASCULINO
WC MASCULINO
DML
WC PCD FEMININO WC PCD MASCULINO VEST IÁRIO DE FUNCIONÁRIOS FEMININO VEST IÁRIO DE FUNCIONÁRIOS MASCULINO
163 PEDAGÓGICO
AMBULATORIAL
RECEPÇÃO
AUDIOMET RIA
SALA DE ESPERA
T OMOGRAFIA
SALA DE REUNIÃO
SALA DE COMANDO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
SALA DE RAIO X
SALA DE APOIO PEDAGÓGICO
ULT RASSONOGRAFIA
SALA PARA AT IVIDADES COLET IVAS
DESINT OMET RIA ÓSSEA
SALA PARA AT IVIDADE INDIVIDUAL
RESSONÂNCIA MAGNÉT ICA
SALA DE INFORMÁT ICA
SALA DE LAUDOS
SALA DE PALEST RAS
SALA DE CURAT IVOS
SALA DE APOIO PARA FAMÍLIA
SALA DE RECUPERAÇÃO COM WC
OFICINA DE ART ESANAT O
POST O DE ENF./ FARM./ ARMAZ.
OFICINA DE ART ES
COLSULT ÓRIO MÉDICO
OFICINA DE CULINÁRIA
GUARDA DE MACAS E CADEIRAS
OFICINA DE MUSICOT ERAPIA
ESPERA
OFICINA DE JARDINAGEM
RECEPÇÃO/ GUARDA DE CAD. MACAS
HORT A
WC FEMININO PARA FUNCIONÁRIO
BIBLIOT ECA LEIT URA E ACERVO
WC MASCULINO PARA FUNCIONÁRIO
AUDIT ÓRIO - 100 PESSOAS
WC PCD FEMININO
DEPÓSIT O
WC PCD MASCULINO
DML
DML
WC FEMININO PARA FUNCIONÁRIO
DEPÓSIT O DE ROUPAS SUJAS
WC MASCULINO PARA FUNCIONÁRIO
DEPÓSIT O DE ROUPAS LIMPAS
WC PCD FEMININO WC PCD MASCULINO
INFRAESTRUTURA RESERVAT ÓRIO DE ÁGUA POT ÁVEL
ESTACIONAMENTO
CENT RO DE MEDIÇÃO
BICICLET ÁRIO
DEPÓSIT OS DE RECICLAGEM
MOT OS
DEPÓSIT OS DE LIXO
VAGAS DE AUT OMÓVEL
GERADOR
VAGA PNE
ABRIGO DE GASES
ÁREA DE CARGA E DESCARGA
PORT ARIA WC PCD SALA DE EQUIPAMENT OS
164 SERVIÇO
LAZER
DML
SALA DE VÍDEO GAME
LAVANDERIA
SALA DE KARAOKE
CÂMARA FRIA
SALA DE HOME T HEAT ER
DESPENSA
SALÃO DE JOGOS
COZINHA
SALA DE T V
ARMAZENAGEM DESPENSA MOLHADA
SALA PARA EVENT OS
ARMAZENAGEM DESPENSA SECA
COZINHA DE APOIO
REFEIT ÓRIO
ESPAÇO GOURMET
WC FEMININO
SALÃO DE BELEZA
WC MASCULINO
BARBEARIA
WC PCD FEMININO
ALMOXARIFADO
WC PCD MASCULINO
DML
VEST IÁRIO DE FUNCIONÁRIOS FEMININO
REST AURANT E 100 PESSOAS
VEST IÁRIO DE FUNCIONÁRIOS MASCULINO
CAFÉ
COPA FUNCIONÁRIOS
PONT O DE ENCONT RO
DESCANSO FUNCIONÁRIOS
JARDIM SENSORIAL
SALA DE MANUT ENÇÃO
JARDIM OLFAT IVO ESPAÇO ECUMÊNICO.
ESPORTES
DML
ACADEMIA
WC FEMININO
SALA DE DANÇA
WC MASCULINO
YOGA
WC PCD FEMININO
QUADRA POLIESPORT IVA
WC PCD MASCULINO
SALA DE APOIO DML
RESIDENCIAL
WC FEMININO
RESIDÊNCIAS T IPO
WC MASCULINO
COZINHA, SALA DE T V, QUART O E BANHEIRO
WC PCD FEMININO
SALA DE CONVIVÊNCIA
WC PCD MASCULINO
PÁT IO ENSOLARADO
165
6.5
SETOR
PROGRAMA DE NECESSIDADES.
AMBIENTE
RECEPÇÃO
QUANTIDADE
1
FUNÇÃO
Nº DE PESSOAS
Espaço para receber as pessoas 10
SALA DE ESPERA
1
Acomodar as pessoas enquanto esperam por atendimento 10
ADMINISTRATIVO
ARQUIVO
WC FEMININO
1
2
Arquivar documentos da instituição e do centro de convivência Atender necessidades fisiológicas dos usuários.
MOBILIÁRIO Balcão atendimento, cadeiras.
de
Sofás, poltronas, televisão, mesa de centro, bebedouro, cafeteira e posta revistas. Prateleiras
1 2
Lavatórios e bacias sanitárias.
WC MASCULINO
2
Atender necessidades fisiológicas dos usuários.
2
Lavatórios e bacias sanitárias.
WC PCD FEMININO
1
Atender necessidades fisiológicas dos usuários.
1
WC PCD MASCULINO
1
Atender necessidades fisiológicas dos usuários.
1
FRALDÁRIO
1
Local para troca de crianças.
1
T ESOURARIA
1
Controle de despesas e entradas de fluxo de caixa
1
Mesa, cadeira, computador, armário e telefone.
SALA DE GEST ÃO
1
Gerenciar o residencial e o centro de convivência
1
Mesa, cadeira, computador armário e telefone.
SALA DE REUNIÃO
2
Realizar reuniões e atividades com os funcionários ou clientes
10
Mesas e cadeiras
Lavatório, bacia sanitária e barras de apoio. Lavatório, bacia sanitária e barras de apoio. Bancada de apoio, pia, saída de água e espaço para banhar.
CONDICIONANTES AMBIENTAIS
ÁREA MÍNIMA
ÁREA TOTAL (m²)
Ventilação e iluminação, espaçamento entre as cadeiras adequado de 0,80m e se barreiras, obstáculos ou situações críticas de circulação.
10m²
10
Ventilação e iluminação, espaçamento entre as cadeiras adequado de 0,80m e se barreiras, obstáculos ou situações críticas de circulação.
15m²
30
12m²
20
2,25m²
4,5
2,25m²
4,5
2,55m²
2,55
2,55m²
2,55
5m²
5
m²
12
12
12
25m²
50
Próximo do posto de enfermagem, evitar umidade, local arejado. Pé direito minimo 2,70m. Locais com muita insolação necessária e prever cortinas. Paredes revestidas com material resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Paredes revestidas com material resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Paredes revestidas com material resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Paredes revestidas com material resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Paredes revestidas com material resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Local de longa permanência necessita de piso de fácil limpeza. Pé direito de 2,70m no mínimo. Locais com muita insolação necessária e prever cortinas Pé direito de 2,70m no mínimo. Iluminação e ventilação trazendo conforto térmico ao espaço. Pé direito de 2,70m no mínimo. Iluminação e ventilação trazendo conforto térmico ao espaço. Utilizar cores como azul para proporcionar
166 relaxamento. SALA MULT IUSO
2
Local reservado para atividades que forem necessárias.
10
ADMINIST RAÇÃO
1
Local de administração geral do edifício.
10
ADMINIST RAÇÃO COMPRAS
1
Administra e auxilia o gestor
1
RECURSOS HUMANOS
1
Recrutar, demitir, pagamentos de funcionários.
1
FINANCEIRO
1
Administração financeira do edifício.
5
DIRET ORIA GERAL
1
Abrigar diretores responsáveis.
4
COORDENAÇÃO
1
Abrigar coordenadores responsáveis.
3
SERVIÇO SOCIAL
1
Local que tira dúvidas de familiares e futuros residentes.
3
COPA
1
O espaço será destinado para preparo de café e refeições rápidas a lavagem de utensílios
4
ALMOXARIFADO
1
Armazenamento de materiais de forma organizada para alcance rápido.
1
DEPÓSIT O
1
Abrigar materiais pouco usados.
2
WC FEMININO PARA FUNCIONÁRIO
2
Espaço para atender as necessidades fisiológicas dos funcionários.
2
WC MASCULINO PARA FUNCIONÁRIO
2
Espaço para atender as necessidades fisiológicas dos funcionários.
2
Pé direito de 2,70m no mínimo. Mesa, cadeiras e Iluminação e ventilação trazendo armários. conforto térmico ao espaço. Mesas, cadeiras, Pé direito de 2,70m no mínimo. computadores, Iluminação e ventilação trazendo telefone e armários. conforto térmico ao espaço. Local de longa permanência necessita Mesa, cadeira, de piso de fácil limpeza. Pé direito de computador, 2,70 no mínimo. Iluminação e impressora, armário ventilação trazendo conforto térmico ao e telefone. espaço. Evitar deixar este ambiente para local Armário, balcão, ruidoso. Pé direito confortável mínimo cadeiras. de 2,70m² Mesa, cadeira, Pé direito de 2,70m no mínimo. computador, Iluminação e ventilação trazendo impressora, armário conforto térmico ao espaço. e telefone. Mesa, cadeira, Pé direito de 2,70m no mínimo. computador, Iluminação e ventilação trazendo impressora, armário conforto térmico ao espaço. e telefone. Mesa, cadeira, Pé direito de 2,70m no mínimo. computador, Iluminação e ventilação trazendo impressora, armário conforto térmico ao espaço. e telefone. Mesa, cadeira, Pé direito de 2,70m no mínimo. computador, Iluminação e ventilação trazendo impressora, armário conforto térmico ao espaço. e telefone. Frigobar, mesa com cadeira, microondas, Iluminação, ventilação natural e eletrodomésticos e revestimentos cerâmicos. utensílios de cozinha. Prateleiras, mesa, computador, Iluminação e ventilação de 1/8 da área. telefone e cadeira. Prateleiras e Pé-direito mínimo de 2,70m. armários. Lavatório, vaso Paredes revestidas com material sanitário, chuveiro e resistente, lavável, impermeável e armário. antiderrapante. Lavatório, vaso Paredes revestidas com material sanitário, chuveiro e resistente, lavável, impermeável e
15m²
30
10m²
20
m²
20
10m²
10
10m²
10
10m²
10
10m²
10
10m²
10
8m²
16
10m²
10
5m²
8
10m²
20
10m²
20
167
WC PCD FEMININO
1
Atender necessidades fisiológicas dos usuários.
1
WC PCD MASCULINO
1
Atender necessidades fisiológicas dos usuários.
1
DML
1
Depósito de materiais de limpeza
1
armário.
antiderrapante.
Lavatório, bacia sanitária e barras de apoio. Lavatório, bacia sanitária e barras de apoio.
Paredes revestidas com material resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Paredes revestidas com material resistente, lavável, impermeável e antiderrapante.
T anque e armário
Circulação de no mínimo 1m
2,55m²
2,55
2,55m²
2,55
4m²
6
SUBTOTAL M²
SETOR
AMBIENTE
RECEPÇÃO
QUANTIDADE
1
FUNÇÃO
Nº DE PESSOAS
Espaço para receber as pessoas 10
SALA DE ESPERA
2
Acomodar as pessoas enquanto esperam por atendimento
PEDAGÓGICO
10 SALA DE REUNIÃO
1
Realizar reuniões e atividades com os funcionários ou clientes
10
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
1
Abrigar coordenadores responsáveis.
3
SALA DE APOIO PEDAGÓGICO
1
Abrigar materiais Coordenação.
2
SALA PARA AT IVIDADES COLET IVAS
1
SALA AT IVIDADE
1
PARA
utilizados na
Local para estimular atividades em conjunto para que haja uma integração dos idosos, permitindo que os mesmos não se isolem. Favorecer o desenvolvimento de atividades conjuntas com pessoas e outras gerações Espaço para pintar, desenhar entre outra atividade para manter a memória
358,2
CONDICIONANTES AMBIENTAIS
ÁREA MÍNIMA
ÁREA TOTAL (m²)
Ventilação e iluminação, espaçamento entre as cadeiras adequado de 0,80m e se barreiras, obstáculos ou situações críticas de circulação.
10m²
10
Sofás, poltronas, televisão, mesa de centro, bebedouro, cafeteira e posta revistas.
Ventilação e iluminação, espaçamento entre as cadeiras adequado de 0,80m e se barreiras, obstáculos ou situações críticas de circulação.
15m²
30
Mesas e cadeiras
Pé direito de 2,70m no mínimo. Iluminação e ventilação trazendo conforto térmico ao espaço. Utilizar cores como azul para proporcionar relaxamento.
25m²
50
mínimo. trazendo
5m²
10
mínimo. trazendo
12m²
20
MOBILIÁRIO Balcão atendimento, cadeiras.
de
Mesa, cadeira, Pé direito de 2,70m no computador, Iluminação e ventilação impressora, armário conforto térmico ao espaço. e telefone. Pé direito de 2,70m no Armários e Iluminação e ventilação prateleiras. conforto térmico ao espaço.
15
Iluminação e ventilação uniforme devem Mesas, poltronas e ser guarnecidas de corrimão junto às armários. paredes. Utilizar cores claras para potencializar a iluminação.
50m²
50
15
Mesa, cadeira, Iluminação e ventilação uniforme devem pranchetas. manter-se longe de ruídos, iluminação
30m²
30
168 INDIVIDUAL
ativa.
SALA INFORMÁT ICA
DE
1
Ensinamento e interação em grupo na área da tecnologia, consultas e jogos.
10
Mesas, cadeiras, computadores.
SALA PALEST RAS
DE
1
Espaço para cursos e palestras.
20
Cadeiras, mesas e projetor.
2
Respaldar os familiares.
8
1
Desenvolver atividades manuais.
10
OFICINA DE ART ES
1
Desenvolver atividades manuais.
10
OFICINA CULINÁRIA
1
Desenvolver atividades manuais.
10
OFICINA DE MUSICOT ERAPIA
2
Desenvolver atividades manuais.
10
OFICINA JARDINAGEM
1
Desenvolver atividades manuais.
15
1
Desenvolver atividades manuais.
20
SALA DE APOIO PARA FAMÍLIA OFICINA DE ART ESANAT O
DE
DE
HORT A
BIBLIOT ECA LEIT URA E ACERVO
1
Destinada à leitura de livros, jornais.
AUDIT ÓRIO PESSOAS
1
Destinado à utilização em eventos.
DEPÓSIT O
1
Abrigar materiais utilizados no Auditório.
DML
1
Depósito de materiais de limpeza
-
100
20
1
Poltronas e cadeiras. Poltronas, cadeiras, mesa e armários. Poltronas, cadeiras, mesas, armários, pranchetas e lavatórios. Poltronas, cadeiras, mesas, armários, bancadas e pias. Poltronas, cadeiras, instrumentos musicais. Armários, bancadas, lavatórios, instrumentos de jardinagem. Local para abrigar ferramentas, abrigo de terra e adubos. Ferramentas utilizadas na horta.
eficiente para o uso de atividades. Utilizar cores em tons pastel para ajudar na claridade do ambiente. Iluminação natural - número suficiente de janelas, dotadas de cortinas ou persianas para evitar exposição direta à luz solar. Pé-direito mínimo de 2,6m. Paredes pintadas com cores claras e tinta resistente a água e à ação do tempo. Uso da cor vermelha em uma das paredes para aumentar o nível de energia. Iluminação de 1/8 da m². Pé-direito mínimo de 2,70m e prever iluminação e ventilação natural. Pé-direito mínimo de 2,70m e prever iluminação e ventilação natural.
40m²
40
36m²
40
16m²
16
30m²
30
Pé-direito mínimo de 2,70m e prever iluminação e ventilação natural.
30m²
30
Pé-direito mínimo de 2,70m e prever iluminação e ventilação natural.
5m²
30
Pé-direito mínimo de 2,70m e prever iluminação e ventilação natural.
15m²
30
Pé-direito mínimo de 3m e prever iluminação e ventilação natural.
15m²
50
10m²
80
40m²
40
100m²
100
5m²
8
4m²
6
Pé-direito mínimo de 3m, forro obrigatório, Iluminação natural de 1/5 da Prateleira, mesas, área do piso e ventilação com metade da cadeiras, poltronas. área iluminada. Uso de cores no tom de amarelo ou azul para propiciar relaxamento. Poltronas, palco e Pé-direito mínimo de 2,70m. Prever itens de áudio. acústica. Armários e Pé-direito mínimo de 2,70m. prateleiras. T anque e armário
Circulação de no mínimo 1m
169 WC FEMININO PARA FUNCIONÁRIO
1
Higienização do usuário
5
WC MASCULINO PARA FUNCIONÁRIO
1
Higienização do usuário
5
WC PCD FEMININO
1
Atender necessidades fisiológicas dos usuários.
1
WC PCD MASCULINO
1
Atender necessidades fisiológicas dos usuários.
1
Barras de apoio, revestimento com Lavatórios e bacias materiais resistentes, lavável, sanitárias impermeável. Barras de apoio, revestimento com Lavatórios e bacias materiais resistentes, lavável, sanitárias impermeável. Lavatório, bacia Paredes revestidas com material sanitária e barras de resistente, lavável, impermeável e apoio. antiderrapante. Lavatório, bacia Paredes revestidas com material sanitária e barras de resistente, lavável, impermeável e apoio. antiderrapante.
15m²
20
15m²
20
2,55m²
2,55
2,55m²
2,55
SUBTOTAL M²
AMBULATORIAL
SETOR
AMBIENTE
QUANTIDADE
FUNÇÃO
Nº DE PESSOAS
AUDIOMET RIA
1
Realização de procedimentos.
1
T OMOGRAFIA
2
Realização de procedimentos.
1
SALA DE COMANDO
1
Realização de procedimentos.
1
SALA DE RAIO X
1
Realização de procedimentos.
1
ULT RASSONOGRAFIA
1
Realização de procedimentos.
1
DESINT OMET RIA ÓSSEA
1
Realização de procedimentos.
1
RESSONÂNCIA MAGNÉT ICA
1
Realização de procedimentos.
1
SALA DE LAUDOS
1
Realização de laudos.
1
SALA DE CURAT IVOS
1
Realização de curativos.
2
SALA
2
Recuperação pós-procedimentos.
2
DE
MOBILIÁRIO
CONDICIONANTES AMBIENTAIS
Paredes revestidas com material Material específico. resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Paredes revestidas com material Material específico. resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Paredes revestidas com material Material específico. resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Paredes revestidas com material Material específico. resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Paredes revestidas com material Material específico. resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Paredes revestidas com material Material específico. resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Paredes revestidas com material Material específico. resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Mesa, cadeira e computador. T er local de pia para lavagem dos Mesa, lavatório, equipamentos, iluminação e ventilação armário e cadeira. natural. Macas e poltronas. Paredes
revestidas
com
material
745,1
ÁREA MÍNIMA
ÁREA TOTAL (m²)
15m²
15
20m²
20
7m²
7
15m²
15
15m²
15
10m²
10
20m²
20
8m²
8
7,5m²
7,5
30m²
60
170 RECUPERAÇÃO COM WC POST O DE ENFERMAGEM/ FARMÁCIA/ ARMAZENAMENT O
resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. 1
Cuidados imediatos e medicação.
3
Mesa, lavatório, Os compartimentos destinados a armário, cadeiras, medicamentos deverão ter o mínimo de maca, estante. 4m². Iluminação e ventilação natural.
30m²
30
COLSULT ÓRIO MÉDICO
2
Análise dos primeiros sintomas
2
Protegida visualmente e isolada Mesa, cadeiras e acusticamente. Utilização de cores em computador. tons verdes.
9m²
18
GUARDA DE MACAS E CADEIRAS
1
5m²
10
Pé-direito mínimo de 2,7m.
50m²
50
Ventilação e iluminação. Espaçamento entre cadeiras de 0,80m sem barreiras, obstáculos.
9m²
10
15m²
20
15m²
20
2,55m²
2,55
2,55m²
2,55
4m²
6
7m²
10
7m²
10
Abrigar macas e cadeiras não utilizadas. Aguardar até realização de procedimento.
1
_
ESPERA
1
RECEPÇÃO/ GUARDA DE CADEIRAS DE RODAS E MACAS
1
Espaço para receber.
2
WC FEMININO PARA FUNCIONÁRIO
1
Higienização do usuário
5
WC MASCULINO PARA FUNCIONÁRIO
1
Higienização do usuário
5
WC PCD FEMININO
1
Atender necessidades fisiológicas dos usuários.
1
WC PCD MASCULINO
1
Atender necessidades fisiológicas dos usuários.
1
DML
1
Depósito de materiais de limpeza
1
T anque e armário
1
Abrigar roupas higienizadas.
2
Bancadas armários.
2
Bancadas, armários, tanques, Paredes revestidas com material tanquinhos, resistente, lavável, impermeável e máquinas de lavar, antiderrapante. pias.
DEPÓSIT O ROUPAS SUJAS
DE
DEPÓSIT O DE ROUPAS LIMPAS
1
até
Abrigar roupas higienizadas.
serem
10
_ Poltronas e cadeiras. Sofás, poltrona, televisão, bebedouro, cafeteira.
Barras de apoio, revestimento com Lavatórios e bacias materiais resistentes, lavável, sanitárias impermeável. Barras de apoio, revestimento com Lavatórios e bacias materiais resistentes, lavável, sanitárias impermeável. Lavatório, bacia Paredes revestidas com material sanitária e barras de resistente, lavável, impermeável e apoio. antiderrapante. Lavatório, bacia Paredes revestidas com material sanitária e barras de resistente, lavável, impermeável e apoio. antiderrapante. Circulação de no mínimo 1m Paredes revestidas com material e resistente, lavável, impermeável e antiderrapante.
SUBTOTAL M²
366,6
171
SETOR
AMBIENTE
RECEPÇÃO
Nº DE PESSOAS
QUANTIDADE
FUNÇÃO
1
Espaço para receber as pessoas 10
SALA DE ESPERA
1
Acomodar as pessoas enquanto esperam por atendimento
SERVIÇOS MÉDICOS E TERAPÊUTICOS
10 SALA DE REUNIÃO
1
Realizar reuniões e atividades com os funcionários ou clientes
ARQUIVO
1
Arquivar documentos da instituição e do centro de convivência
1
Realização procedimentos.
1
Utilizar atividades diversas para proporcionar aos indivíduos com dificuldade social, físico e mental a desenvolver segurança para que o mesmo possa integrar-se aos demais e à sociedade.
10
1
Realização procedimentos.
de
2
1
Realização procedimentos.
de
CONSULT ÓRIO DE NEUROPSICOLOGIA/NEUROLOGIA
2
Realização procedimentos.
de
CONSULT ÓRIO DE PSICOLOGIA
2
Atender e orientar os residentes.
CONSULT ÓRIO OFT ALMOLOGIA
CONSULT ÓRIO OCUPACIONAL
DE
DE
T ERAPIA
CONSULT ÓRIO OT ORRINOLARINGOLOGIA
DE
CONSULT ÓRIO FONOALDIOLOGIA
DE
de
10
1 2
2 2 2
MOBILIÁRIO Balcão atendimento, cadeiras.
de
Sofás, poltronas, televisão, mesa de centro, bebedouro, cafeteira e posta revistas.
CONDICIONANETES AMBIENTAIS
ÁREA MÍNIMA
ÁREA TOTAL (m²)
Ventilação e iluminação, espaçamento entre as cadeiras adequado de 0,80m e se barreiras, obstáculos ou situações críticas de circulação.
10m²
10
Ventilação e iluminação, espaçamento entre as cadeiras adequado de 0,80m e se barreiras, obstáculos ou situações críticas de circulação.
15m²
30
25m²
50
12m²
20
15m²
15
15m²
30
com material impermeável e
15m²
15
com material impermeável e
15m²
15
com material impermeável e
15m²
30
com material impermeável e
15m²
30
Pé direito de 2,70m no mínimo. Iluminação e ventilação trazendo Mesas e cadeiras conforto térmico ao espaço. Utilizar cores como azul para proporcionar relaxamento. Próximo do posto de enfermagem, evitar umidade, local arejado. Pé direito Prateleiras minimo 2,70m. Locais com muita insolação necessária e prever cortinas. Mesa, cadeiras, Paredes revestidas com material computador e resistente, lavável, impermeável e aparelho específico. antiderrapante.
Colchonetes para ginástica, armários, mesa, cadeira e almofadas.
Iluminação e ventilação naturais. Utilização de cores azuis ou verde para manter a mente mais calma durante os exercícios. Iluminação e ventilação natural, pé-direito mínimo de 2,6m, 7,5m² com dim. Mínimo de 2,2m.
Mesa, cadeiras, computador e aparelho específico. Mesa, cadeiras, computador e aparelho específico. Mesa, cadeiras, computador e aparelho específico. Mesa, cadeira, poltrona e computador.
Paredes revestidas resistente, lavável, antiderrapante. Paredes revestidas resistente, lavável, antiderrapante. Paredes revestidas resistente, lavável, antiderrapante. Paredes revestidas resistente, lavável, antiderrapante.
172
CONSULT ÓRIO DE FISIAT RIA
1
Realização procedimentos.
de
CONSULT ÓRIO DE ORT OPEDIA
1
Realização procedimentos.
de
CONSULT ÓRIO DE NUT RIÇÃO
1
Consultas de nutrição.
2
SALA DE EST IMULAÇÃO VISUAL
1
Realização procedimentos.
2
SALA DE FISIOT ERAPIA
1
Exercícios para a prevenção e recuperação das mudanças que ocorrem no corpo com o envelhecimento, para que os idosos mantenham sua autonomia, liberdade e autoestima.
10
SALA DE AVALIAÇÃO FÍSICA
1
Parecer paciente.
2
POST O DE ENFERMAGEM/ ARMAZENAMENT O
2
Realização de pequenos procedimentos e armazenagem de medicação.
3
ENFERMARIA COM 5 LEIT OS E BANHEIRO PRIVAT IVO
2
Abrigo de pacientes em estado mais crítico.
5
ÁREA PARA FISIOT ERAPIA AO AR LIVRE
1
PISCINA PARA HIDROT ERAPIA
1
DEPÓSIT O DE PISCINA
1
COPA
1
DEPÓSIT O
1
físico
de
do
Realização de atividades físicas de fisioterapia. As atividades feitas na piscina possibilitam melhora nas articulações de membros inferiores, que atrofiam com a idade. Guardar equipamentos utilizados na piscina. Destinado aos funcionários para preparo de café e refeições rápidas, lavagens de utensílios. Abrigo de materiais
2 2
10
Mesa, cadeiras, computador e aparelho específico. Mesa, cadeiras, computador e aparelho específico. Mesa, cadeiras, computador e aparelho específico. Mesa, cadeiras, computador e aparelho específico.
Paredes revestidas resistente, lavável, antiderrapante. Paredes revestidas resistente, lavável, antiderrapante. Paredes revestidas resistente, lavável, antiderrapante. Paredes revestidas resistente, lavável, antiderrapante.
com material impermeável e
15m²
15
com material impermeável e
15m²
15
com material impermeável e
15m²
15
com material impermeável e
15m²
15
7,5m²
15
Paredes revestidas com material resistente, lavável, impermeável e antiderrapante.
15m²
15
Paredes revestidas com material resistente, lavável, impermeável e antiderrapante.
15m²
30
15m²
30
15m²
40
50m²
50
12m²
12
16m²
16
12m²
12
Colchonete, mesa de madeira, bolas, Utilizar cores em tons verdes para rolos, banquetas auxiliar no trabalho da saúde. giratórias.
Mesa, cadeiras, computador e aparelho específico. Mesa, cadeiras, computador, armários e prateleiras.
Paredes revestidas com material Macas e poltronas. resistente, lavável, impermeável e antiderrapante. Equipamentos de Ventilação e iluminação natural. fisioterapia.
10
Boias, bancos.
Ser coberta, aquecimento: recomendase temperatura elevada para melhor conforto térmico dos usuários. Uso de cores em tons azuis para auxiliar na calma.
1
Armários.
Iluminação, ventilação natural e piso cerâmico.
4
1
Frigobar, mesa com cadeiras, microIluminação e ventilação natural uso de ondas, revestimentos cerâmicos. eletrodomésticos e utensílios. Armários e Pé-direito mínimo de 2,7m.
173 menos usados.
prateleiras.
1
Depósito de materias de limpeza.
WC FEMININO
1
Local destinado para uso público.
2
WC MASCULINO
2
Local destinado para uso público.
2
WC PCD FEMININO
1
Local destinado para uso público.
1
WC PCD MASCULINO
1
Local destinado para uso público.
1
DML
VEST IÁRIO DE FUNCIONÁRIOS FEMININO
1
VEST IÁRIO DE FUNCIONÁRIOS MASCULINO
1
1
Espaço destinado à higienização e troca de vestuário dos funcionários. Espaço destinado à higienização e troca de vestuário dos funcionários.
T anque e armário.
Circulação de no mínimo 1m.
Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário e anti derrapante para fácil limpeza. lavatório. Utilização de barras nas paredes para segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário e anti derrapante para fácil limpeza. lavatório. Utilização de barras nas paredes para segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário, anti derrapante para fácil limpeza. lavatório e barras Utilização de barras nas paredes para de apoio. segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário, anti derrapante para fácil limpeza. lavatório e barras Utilização de barras nas paredes para de apoio. segurança dos residentes.
4m²
6
2,65m²
5,3
2,65m²
5,3
2,55m²
2,55
2,55m²
2,55
4
Lavatório, vaso Paredes divisórias com altura mínima sanitário, chuveiro de 2,10m. O peitoril deverá respeitas à e armário. altura mínima de 1,50m a partir do piso.
15m²
15
4
Lavatório, vaso Paredes divisórias com altura mínima sanitário, chuveiro de 2,10m. O peitoril deverá respeitas à e armário. altura mínima de 1,50m a partir do piso.
15m²
15
SUBTOTAL M²
SETOR
AMBIENTE
SERVIÇO
DML
QUANTIDADE 1
LAVANDERIA
1
CÂMARA FRIA
1
FUNÇÃO Depósito de materiais de limpeza do residencial. Deve ser um local fechado. Processamento da roupa de banho, cama e dos moradores e sua distribuição em perfeitas condições de higiene e conservação. Separação das roupas sujas e lavagem das roupas dos residentes. Armazenagem de alimentos refrigerados.
576,7
Nº DE PESSOAS
MOBILIÁRIO
CONDICIONANTES AMBIENTAIS
ÁREA MÍNIMA
ÁREA TOTAL (m²)
1
T anque e armário.
Revestimento cerâmico e de preferência em tons claros.
4m²
10
2
Armário, mesas, cadeira, tábua de Os revestimentos das paredes deverão passar. Máquina de ser de cerâmica e fácil manutenção. lavar, secadora, tanque, tanquinho.
50m²
80
2
Freezer e bancadas.
Os revestimentos das paredes deverão ser de cerâmica e fácil manutenção.
10m²
10
174 DESPENSA
1
1 Cocção/ 1Copa de lavagem/1 Área de higienização de alimentos/1 Área de sobremesa e massas/ 1 Área de finalização
COZINHA
ARMAZENAGEM DESPENSA MOLHADA
1
ARMAZENAGEM DESPENSA SECA
1
REFEIT ÓRIO
1
Armazenagem de alimentos. Cocção é a área destinada à preparação do produto final, ou seja, o alimento pronto para ser consumido. Lavagem, área dever ser o mais fechada possível em relação ao refeitório, ter abertura para devolução de bandejas, pratos e talheres. Áreas de trabalhos para produção de doces, bolos, massas. Para o suporte às atividades, deve dispor de bancadas de trabalho com cubas para higienização, com altura entre 0,85 e 0,90m. Local de armazenamento de alimentos molhados. Deve ter controle nos acessos para garantir o controle de movimentação. Local de armazenamento de alimentos secos. Deve ter controle nos acessos para garantir o controle de movimentação. Espaço destinado aos moradores onde serão realizadas as refeições, considerado como ponto de encontro e socialização.
2
Armários bancadas.
e Os revestimentos das paredes deverão ser de cerâmica e fácil manutenção.
10m²
10
6
Geladeira, freezer, coifa, fornos, pias, mesas de apoio, armários, lava louças, fogão, chapa e bancadas.
Pé-direito mínimo de 3m e uma janela pelo menos com 1/8 da área do recinto. A barra impermeável nas paredes, com 1,5m de altura é obrigatória somente na instalação sanitária. Incluir ventilação para exaustores ou coifas. Forro de PVC lavável.
70m²
70
2
Armários.
Ventilação permanente e iluminação para conservação dos alimentos.
10m²
10
2
Armários.
Ventilação permanente e iluminação para conservação dos alimentos.
10m²
10
60
Mesas e cadeiras.
Ventilação e iluminação 1/8.
60m²
60
2,65m²
5,3
2,65m²
5,3
2,55m²
2,55
2,55m²
2,55
15m²
15
15m²
15
WC FEMININO
1
Local destinado para uso público.
2
WC MASCULINO
2
Local destinado para uso público.
2
WC PCD FEMININO
1
Local destinado para uso público.
1
WC PCD MASCULINO
1
Local destinado para uso público.
1
VEST IÁRIO DE FUNCIONÁRIOS FEMININO
1
Espaço destinado à higienização e troca de vestuário dos funcionários.
4
VEST IÁRIO
1
Espaço destinado à higienização e
4
DE
Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário e antiderrapante para fácil limpeza. lavatório. Utilização de barras nas paredes para segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário e antiderrapante para fácil limpeza. lavatório. Utilização de barras nas paredes para segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário, antiderrapante para fácil limpeza. lavatório e barras Utilização de barras nas paredes para de apoio. segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário, antiderrapante para fácil limpeza. lavatório e barras Utilização de barras nas paredes para de apoio. segurança dos residentes. Lavatório, vaso Paredes divisórias com altura mínima de sanitário, chuveiro 2,10m. O peitoril deverá respeitas à e armário. altura mínima de 1,50m a partir do piso. Lavatório,
vaso Paredes divisórias com altura mínima de
175 FUNCIONÁRIOS MASCULINO
troca de vestuário dos funcionários.
COPA FUNCIONÁRIOS
1
DESCANSO FUNCIONÁRIOS
1
SALA MANUT ENÇÃO
DE
1
Espaço destinado aos funcionários, local de encontro para socializar durante as refeições. Espaço destinado ao descanso de funcionários em seus momentos de folga. Local onde são feitas as revisões do edifício como pintura, encanamento, elétrica e área externa.
sanitário, chuveiro e armário. Mesas, cadeiras, geladeira, microondas, pia.
2,10m. O peitoril deverá respeitas à altura mínima de 1,50m a partir do piso.
10
T elevisão, poltronas, sofás.
2
10
Iluminação. Ventilação natural revestimentos cerâmicos.
e
16m²
16
Iluminação e ventilação natural, 1/8 da área do piso.
10m²
12
Mesas, ferramentas, computador, Iluminação e ventilação natural, 1/8 da telefone e cadeiras. área do piso.
40m²
4
SUBTOTAL M²
SETOR
AMBIENTE
INFRAESTRUTURA
RESERVAT ÓRIO DE ÁGUA POT ÁVEL CENT RO DE MEDIÇÃO DEPÓSIT OS DE RECICLAGEM
QUANTIDADE 1 1 1
FUNÇÃO Abrigar água potável que abastace o edifício. Local de abrigo aos relógios de medição. Armazenar material reciclável até a coleta seletiva passar recolher. com
boxes
Nº DE PESSOAS
MOBILIÁRIO
_
_
_
_
_
_
_
_ _ _
DEPÓSIT OS DE LIXO
1
Armazenamento separados.
GERADOR
1
Área que abriga energia elétrica.
_
ABRIGO DE GASES
1
Abrigar gases.
_
PORT ARIA
2
Recepcionar e direcionar aos que adentrarem ao edifício.
2
WC PCD
1
Local destinado para uso público.
1
SALA DE EQUIPAMENT OS
1
Armazenar equipamentos de suporte rápido para as áreas.
2
337,7
ÁREA MÍNIMA
ÁREA TOTAL (m²)
_
_
20m²
20
20m²
20
4,5m²
4,5
Acesso restrito.
10m²
10
Acesso restrito.
4m²
12
4m²
10
2,55m²
2,55
8m²
12
CONDICIONANTES AMBIENTAIS Fazer cálculo de previsão para resguardar aos residentes. Revestido em cerâmica para fácil limpeza. Revestido em cerâmica para fácil limpeza. Revestido em cerâmica para fácil limpeza e portas teladas. Deverá ser externa a edificação.
Mesa, cadeiras, computador e Prever iluminação e ventilação. telefone. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário, antiderrapante para fácil limpeza. lavatório e barras de Utilização de barras nas paredes para apoio. segurança dos residentes. Armários, prateleiras, cadeira e Prever iluminação e ventilação. mesas.
SUBTOTAL M²
91,05
176
SETOR
AMBIENTE SALA GAME
DE
VÍDEO
QUANTIDADE
Nº DE PESSOAS
1
Área de descontração.
15
SALA DE KARAOKE
1
Área de descontração musical.
15
SALA DE T HEAT ER
1
Descontração dos moradores.
30
1
Manter a socialização e afetividade entre os participantes e estimulando a memória.
20
HOME
SALÃO DE JOGOS
SALA DE T V
LAZER
FUNÇÃO
SALA EVENT OS
PARA
1
Assistir programas de interesse coletivo. Destinado a realizações de confraternizações e proporcionando aos moradores momentos de interação com a família e amigos
25 150
COZINHA DE APOIO
1
É um local de trabalho destinado a preparação de alimentos que serão servidos no salão para eventos.
ESPAÇO GOURMET
1
Local de realização de atividades como cozinhar, interagir, trocar experiências.
10
SALÃO DE BELEZA
1
Manutenção de cuidados pessoais.
10
BARBEARIA
1
Manutenção de cuidados pessoais.
10
ALMOXARIFADO
1
DML
1
Armazenamento de material e forma organizada, para rápida localização de materiais quando solicitado. Depósito de materiais de limpeza do residencial. Deve ser um local fechado.
5
1 1
MOBILIÁRIO Sofás, poltronas, televisão e aparelhos de vídeo game. Sofás, poltronas, televisão e aparelhos de karaokê. T elevisão, projetor, telão, aparelhos de som, poltronas. Mesas, cadeiras, armários, prateleiras, dominó, xadrez, baralho, damas, sinuca Sofás, poltronas e televisão. Mesas e cadeiras.
CONDICIONANTES AMBIENTAIS
ÁREA MÍNIMA
ÁREA TOTAL (m²)
Pé-direito mínimo de 2,70m, iluminação e ventilação.
30m²
30
Pé-direito mínimo de 2,70m, iluminação e ventilação.
30m²
30
Vão livre entre assento e o encosto do assento fronteiro de no mínimo 0,50m.
30m²
30
Prever espaço livre mínimo de 0,80m para circulação entre mobiliário e paredes.
20m²
70
Pé-direito mínimo de 2,70m, iluminação e ventilação.
20m²
50
Iluminação e ventilação natural (0,60m² por pessoa)
90m²
90
16m²
16
14m²
30
15m²
30
15m²
30
10m²
10
4m²
10
Pé direito mínimo 3,00m e uma janela Geladeira, freezer, pelo menos com 1/8 da área do recinto. fogão, armário, A barra impermeável nas paredes, com mesa com cadeiras 1,50m de altura, somente na instalação e utensílios. sanitária. Forno de pizza, forno a lenha, Piso lavável, utilização de tijolinho churrasqueira, pia, cerâmico. mesas e cadeiras. Cadeiras próprias, Pé-direito mínimo de 2,70m, iluminação lavatórios, e ventilação. bancadas, armários. Cadeiras próprias, Pé-direito mínimo de 2,70m, iluminação lavatórios, e ventilação. bancadas, armários. Prateleiras, mesa, computador, Iluminação, ventilação de 1/8 da m². telefone e cadeira. T anque e armário.
Revestimento cerâmico e de preferência em tons claros.
177 Local com ventilação e iluminação Cadeiras, bancos e natural. Proporcionar sensações mesas. agradáveis. Local com ventilação e iluminação Cadeiras, bancos e natural. Proporcionar sensações mesas. agradáveis. Local com ventilação e iluminação Bancos, mesas, natural. Proporcionar sensações cadeiras. agradáveis.
REST AURANT E 100 PESSOAS
1
Fornecer alimentação para público interno e externo.
100
CAFÉ
1
Fornecer café para público interno e externo.
100
1
Favorecer integração residentes e externos.
100
JARDIM SENSORIAL
1
Favorecer melhorias físicas e mentais.
_
Bancos.
JARDIM OLFAT IVO
1
Favorecer melhorias mentais.
_
PONT O ENCONT RO
DE
ESPAÇO ECUMÊNICO.
1
DML
1
social de
Local de acolhimento e relaxamento, conexão espiritual. Depósito de materiais de limpeza do residencial. Deve ser um local fechado.
100m²
100
100m²
100
80m²
80
Local aberto ao ar livre.
_
Verificar.
Bancos.
Local aberto ao ar livre.
_
Verificar.
50
Bancos confortáveis.
Pé-direito mais alto.
1
T anque e armário.
Revestimento cerâmico e de preferência em tons claros.
WC FEMININO
1
Local destinado para uso público.
2
WC MASCULINO
2
Local destinado para uso público.
2
WC PCD FEMININO
1
Local destinado para uso público.
1
WC PCD MASCULINO
1
Local destinado para uso público.
1
50m²
Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário e antiderrapante para fácil limpeza. lavatório. Utilização de barras nas paredes para segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário e antiderrapante para fácil limpeza. lavatório. Utilização de barras nas paredes para segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário, antiderrapante para fácil limpeza. lavatório e barras Utilização de barras nas paredes para de apoio. segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário, antiderrapante para fácil limpeza. lavatório e barras Utilização de barras nas paredes para de apoio. segurança dos residentes.
4m²
ESPORTES
AMBIENTE
Nº DE PESSOAS
QUANTIDADE
FUNÇÃO
ACADEMIA
1
Espaço voltado para exercícios físicos dos idosos e interação entre eles.
25
SALA DE DANÇA
1
Espaço para promover encontro e fortalecer os laços de sentimentos
30
MOBILIÁRIO
CONDICIONANTES AMBIENTAIS
Iluminação e ventilação natural para Aparelhos de atender o conforto térmico do local. musculação, esteira Utilizar cor amarela para dar energia aos e bicicleta. participantes. Mesa para som, Iluminação, ventilação natural. Utilizar poltronas. cor amarela para dar energia aos
10
2,65m²
5,3
2,65m²
5,3
2,55m²
2,55
2,55m²
2,55
SUBTOTAL M²
SETOR
60
791,7
ÁREA MÍNIMA
ÁREA TOTAL (m²)
75m²
80
78m²
80
178 através da dança. YOGA
1
QUADRA POLIESPORT IVA
1
participantes.
Espaço destinado à prática de atividades de yoga. Espaço destinado a práticas esportivas. Espaço destinado à armazenagem de equipamentos usados na quadra. Depósito de materiais de limpeza do residencial. Deve ser um local fechado.
20
Iluminação, ventilação natural. Utilizar Colchonetes e bolas tons azuis e verdes para proporcionar de ginástica. calma aos participantes.
_
_
_
Prateleiras, armários Iluminação, ventilação natural. e mesa.
1
T anque e armário. Vaso sanitário lavatório.
SALA DE APOIO
1
DML
1
WC FEMININO
1
Local destinado para uso público.
2
WC MASCULINO
2
Local destinado para uso público.
2
WC PCD FEMININO
1
Local destinado para uso público.
1
WC PCD MASCULINO
1
Local destinado para uso público.
1
Iluminação, ventilação natural.
Revestimento cerâmico e de preferência em tons claros.
Iluminação de ventilação natural, piso e antiderrapante para fácil limpeza. Utilização de barras nas paredes para segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário e antiderrapante para fácil limpeza. lavatório. Utilização de barras nas paredes para segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário, antiderrapante para fácil limpeza. lavatório e barras de Utilização de barras nas paredes para apoio. segurança dos residentes. Iluminação de ventilação natural, piso Vaso sanitário, antiderrapante para fácil limpeza. lavatório e barras de Utilização de barras nas paredes para apoio. segurança dos residentes.
60m²
60
1000m²
1000
10m²
12
4m²
10
2,65m²
5,3
2,65m²
5,3
2,55m²
2,55
2,55m²
2,55
SUBTOTAL M²
ESTACIONAMENT O
SETOR
AMBIENTE
QUANTIDADE
BICICLET ÁRIO
14
MOT OS
4
VAGAS AUT OMÓVEL
DE
46
VAGA PNE
5
ÁREA DE CARGA E DESCARGA
2
FUNÇÃO Vagas destinadas funcionários Vagas destinadas funcionários Vagas destinadas funcionários Vagas destinadas funcionários
aos residentes e aos residentes e aos residentes e aos residentes e
Vagas destinadas a carga e descarga
1257,7
Nº DE PESSOAS
MOBILIÁRIO
CONDICIONANTES AMBIENTAIS
ÁREA MÍNIMA
ÁREA TOTAL (m²)
_
_
_
0,70mx1,85m=1,30m²
18,2
_
_
_
1,20mx2,50m=3m²
21
_
_
_
5x2,7m=13,50m²
621
_
_
_
5x3,5m=17m²
85
_
_
_
12m²
20
SUBTOTAL M²
765,2
179
SETOR
AMBIENTE
RESIDENCIAL
RESIDÊNCIAS T IPO
QUANTIDADE
SALA DE CONVIVÊNCIA PÁT IO ENSOLARADO
Espaço de moradia do idoso, local em que pode receber a família e amigos, fazer refeições rápidas e permanecer durante sua estadia.
70
COZINHA, SALA DE T V, QUART O E BANHEIRO.
FUNÇÃO
Nº DE PESSOAS
MOBILIÁRIO
CONDICIONANTES AMBIENTAIS
até 2
Cama, guarda roupa, abajur, criado mudo, frigobar, mesa, cadeiras, cooktop, eletrodomésticos, utensílios de cozinha, sofá, rack e televisão.
Uso de luz fria em locais de maior necessidade de atenção, que por sua vez é mais econômica e ilumina mais o ambiente. Entrada de iluminação natural.
ÁREA TOTAL (m²)
3.833,20m²
54,76m² Ambientes claros e arejados. Janelas ou portas com vidro devem ser cuidadosamente implantados visando evitar a entrada de ruídos externos. Uso de elementos protetores para impedir a entrada de raios de sol mais intensos dentro dos quartos. Utilizar cores dentro dos tons de amarelo, azul e verde, que auxiliam na promoção de calma e tranquilidade.
0
2
ÁREA MÍNIMA
Propiciar interação dos idosos por meio de conversas ou assistindo programas que proporcionam conteúdos que agregam as suas atividades diárias.
25 _
Iluminação, ventilação de 1/8m². Sofás, poltronas, Munidos de corrimão junto às paredes, cadeiras e televisão. área mínima de 1,3m² por pessoas.
26m²
52
Disposição de mobiliário de forma a não formar obstáculos.
60m²
120
Mesas e cadeiras.
SUBTOTAL M²
172
180
7.
PROPOSTA FINAL. 7.1
CONCEITO ARQUITETÔNICO.
O desenvolvimento do projeto se dá visando à reintegração do residente com a sociedade, visando à criação de espaços que garantam o conforto e bem-estar através de uma arquitetura humanizada em contato com a natureza, que complementa o processo terapêutico. Como premissa o projeto adota o sentimento de pertencimento ao local, que deve garantir ao residente a sensação de que ele pertence aquele espaço e aquele espaço pertence a ele. Para tanto se adota o conceito de projeto permeável, tanto física quanto visualmente. Ao seu tratar da população idosa, um dos principais temas a serem manifestados é a definição de dependência dos mesmos. Do ponto de vista mais amplo da palavra, dependência pode ser definida como a incapacidade funcional e, consequentemente, perda da capacidade de gerar renda. A dependência no que se trata de cuidados de longa duração dos idosos, se refere à perda gradativa da capacidade física e/ou cognitiva. Este grau de dependência, portanto, é o que determina a necessidade específica de cuidados de cada indivíduo (CAMARANO, CHRISTOPHE, 2010). Figura 121 – Esquema de elementos do conceito arquitetônico.
Conforto
Contato com a natureza
Bem estar
Espaços Interação e
humanizados
Reintegração Social
Fonte: Desenvolvimento da autora
7.2
PARTIDO ARQUITETÔNICO.
Como partido para esse projeto faz-se uso da humanização do edifício por intermédio da iluminação e ventilação natural, a acessibilidade e a integração dos espaços internos e externos, proporcionando um contato maior com a natureza e com a comunidade.
181 Os espaços lúdicos trabalham as sensações nos residentes, ajudam a descaracterizar a ideia de ambiente hospitalar, tornando o ambiente mais humano, mais acolhedor. O uso a da cromoterapia será um gatilho para promover sensações e emoções por meio das cores, beneficiando o tratamento e o desenvolvimento dos mesmos. Algumas cores padrão para serem utilizadas a princípio, são laranja, verde e lilás, que proporcionam, alegria e energia, calma e equilíbrio e por fim, sensação de bem estar e relaxamento. Visando a reintegração, serão implantados espaços dotados de ventilação natural, uso de espaços verdes, arborização interior e exterior, com o intuito de estimular essa integração. A acessibilidade é essencial no projeto, na maioria dos casos é, mas tendo em vista o público alvo abordado, é uma questão ainda mais relevante. Visando essa questão, haverá adaptação desde os acessos até os mobiliários, possibilitando a interação de forma independente e autônoma, vivenciar seu pertencimento ao lugar e na sociedade, de maneira geral. Figura 122 – Esquema de elementos do partido arquitetônico. Arquitetura
Iluminação e
Acessibilidade
Ventilação Humanizada
Integração entre o interno e o externo
Natural
Fonte: Desenvolvimento da autora.
Assim sendo, a proposta busca adaptar o edifício ao terreno, uma vez que a base conceitual do projeto é a busca pela permeabilidade, tanto física quanto visual, dessa forma o partido consiste em manter partes do térreo livres, a fim de proporcionar a integração da esfera urbana ao projeto, aumentando a sensação de pertencimento dos moradores com a população e a cidade.
7.3
PARTIDO URBANÍSTICO.
Com a melhoria do entorno, visando questões de acessibilidade e sensoriais, será possível atrair a população para próximo do edifício, proporcionando assim a integração dos residentes com a sociedade. O projeto será estrategicamente inserido em um local de fácil acesso, basicamente plano e com fácil acesso ao transporte público, por ser implantado em terrenos subutilizado possibilitará a recuperação da área, além da valorização da paisagem.
182 Essa requalificação do entorno do projeto terá grande influência na qualidade de vida dos residentes e da sociedade que também poderá usufruir ao local, visto que o entorno atualmente é muito usado para a prática de esportes, mesmo sem as devidas condições de uso.
7.4
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ARQUITETÔNICO.
7.4.1 ESTRATÉGIAS NEUROARQUITETÔNICAS. 7.4.2 ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS. 7.5
ESTUDOS PRELIMINARES.
7.5.1 CROQUIS E PRÉ-DIMENSIONAMENTO. Figura 123 – Croquis.
Fonte: Desenvolvimento da autora.
183
7.5.2 ESTUDOS DE VOLUMETRIA. Figura 124 – Volumetria
Fonte: Desenvolvimento da autora.
Figura 125 – Volumetria
Fonte: Desenvolvimento da autora.
Figura 126 – Volumetria
Fonte: Desenvolvimento da autora.
184
7.5.3 IMPLANTAÇÃO. Figura 127 – Elevação Frontal.
Fonte: Desenvolvimento da autora. Figura 128 – Implantação.
Fonte: Desenvolvimento da autora.
185
7.6
O PROJETO.
7.6.1 PLANTAS. 7.6.2 CORTES. 7.6.3 FACHADAS. 7.6.4 VISTAS. 7.6.5 DETALHES. 7.6.6 IMAGENS DE MAQUETE ELETRÔNICA.
186
8.
CONCLUSÃO.
Portanto, ao final desse trabalho de pesquisa, pode-se concluir que a arquitetura é um instrumento de transformação da sociedade, ainda mais quando se propõe a observar os problemas e necessidade atuais, mantendo o olhar crítico e questionador, sempre buscando soluções inovadoras e sensatas. Nesse caso em específico, ao observar as mudanças no perfil geracional, que está acontecendo no mundo todo, fica nítida a importância de respostas, de maneira afetiva, a essa nova realidade e contexto, que é o envelhecimento populacional. Após o levantamento das pesquisas, ficou claro que os profissionais da área possuem competência técnica, e, portanto, é necessário ainda aperfeiçoar o olhar, para propor melhor qualidade de vida para a população, principalmente a idosa, que se encontra cada vez mais longeva e numerosa. Para tanto se deve planejar ambientes que promovam bem estar, interação social entre as pessoas e dar propósito de vida para a terceira idade, ação essa que gera benefícios diretos a essa população, à comunidade de maneira geral e aos Estados onde vivem, e, por consequência melhor vivência em comunidade e sociedade. É necessário desenvolver projetos e edifícios que colaborem na quebra de paradigma de preconceito ainda existente sobre as instituições direcionadas ao público idoso, pois atualmente existe a preocupação de melhorias nos projetos voltados a esse público, seja particular ou público. Logo, visto que o envelhecimento é inevitável a todos, portanto, deve-se haver o devido preparo para essa etapa da vida, e, certamente, o local, como e com quem morar faz toda diferença para que esse processo aconteça da forma mais adequada e agradável possível. Toda a bagagem de conhecimento adquirida ao decorrer desse trabalho de pesquisa demonstra que viver em uma ILPI preparada é uma forma de viver saudável, interessante, economicamente falando, e, ainda uma excelente alternativa frente às escassas opções oferecidas atualmente no Brasil, tendo como base a quantidade de benefícios que essa opção de moradia tem a oferecer. Em um futuro não tão distante, as ILPI serão uma alternativa para atender ao público idoso, evitando a solidão, isolamento, haja visto que essa parcela da população está mais propícia a ficar deprimida quando vive sozinho, e, possibilitando a vivência em uma instituição é possível promover a interação com outras pessoas, participar de atividades e exercícios para manter a longevidade.
187 A intenção, ao final é proporcionar aos usuários um ambiente que remeta ao seu lar, para que se possam estabelecer novas ligações afetivas, sensação de abrigo, acolhimento e proteção. A arquitetura fica responsável por trazer para essas instituições um olhar mais atencioso e cuidadoso.
188
9.
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Art.
1º
-
Aprovar
o
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199
10.
ANEXOS