Revista apm ed 06

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Edição nº 5 | Outubro a Dezembro 2015

APM Entrevista:

Diretor financeiro da Unimed Taubaté faz desabafos e revela expectativas de recuperação da cooperativa Confira!

Unimed Taubaté:

Qual será o desfecho da crise financeira enfrentada pela cooperativa?


ÍNDICE

Fachada da sede Regional Taubaté Foto: Gabriel da Silva

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EDITORIAL

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PREVENÇÃO

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EDUCAÇÃO

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OPINIÃO

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EVENTO

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Dr. Camillo Soubhia Júnior Dr. Flávio Luis Lima Salgado FEMUT Dr. Paulo Pereira Baile dos Médicos

REGIONAL CAMPOS DO JORDÃO Dr. Nelson Guimarães Proença

CAPA - APM ENTREVISTA Crise Unimed

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REGIONAL LORENA

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REGIONAL SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

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CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA

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DIRETÓRIO ACADÊMICO

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CLUBE DE CAMPO APM

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REGIONAL GUARATINGUETÁ

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CLUBE DE BENEFÍCIOS APM

Inauguração UTI Hospital Unimed Dr. Antonio Celso Escada Homenagem aos médicos Farmácia Comunitária/ Nova Gestão D.A.M.B.

Dr. Antonio Diniz Torres

Rua Engenheiro Marcondes de Matos, 134 Centro - Taubaté /SP (12) 3632.3818 E-mail: taubate@apm.org.br Site: apmtaubate.com.br Facebook: AMP-Taubaté_Oficial

Presidente: Dr. Camillo Soubhia Júnior Vice-presidente: Dr. Décio Henrique Rocha 1º Secretário: Drª. Luciana da Cruz Noia 2º Secretário: Dr. Gustavo Salgado Muragaki 1º Tesoureiro: Dr. Auro Fábio Bornia Ortega 2º Tesoureiro: Dr. Marcos Roberto Martins Secretária APM: Denizi Morais Jornalista responsável: Ana Claúdia Bohler/ MTB: 57.484 Designer responsável: Aline Gonzaga de Campos Esclarece-se que as colunas assinadas nesta publicação não condizem, necessariamente, com a opinião da diretoria da APM. Desta forma, fica registrado que as opiniões emitidas nos referidos textos são de exclusiva responsabilidade de seus autores.

Periodicidade: Trimestral Tiragem: 1000 exemplares Circulação: Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte | SP Impressão: Gráfica Resolução | Taubaté | SP


EDITORIAL

Sobre os últimos acontecimentos... Dr. Camillo Soubhia Júnior Presidente APM Regional Taubaté Fomos convidados, em data recente, por alunos da Faculdade de Medicina, para compor uma mesa redonda juntamente com colegas que representavam o CRM e a Residência Médica. O tema envolvente e atual versava sobre o Programa Mais Médicos, implantado pelo governo, e sobre a recente greve dos médicos residentes. Salientamos que, no papel, o Programa Mais Médicos vem com boas intenções para a melhoria do atendimento à saúde pública, baseando-se em três itens: 1. Aumento do número de médicos para atendimento nas unidades de saúde; 2. Aumento do número das Unidades Básicas de Atendimento; 3. Aumento do número de vagas para a Residência Médica e aumento do número de Faculdades Médicas públicas e particulares. Estes princípios, se tivessem sido organizados por meio de discussões estabelecidas com as entidades, certamente resultariam em benefícios para o povo brasileiro. Mas, o que se viu, foi uma diversidade de medidas caóticas e desproporcionais tomadas pelo governo, cujos efeitos proporcionaram um descontentamento muito grande em nossa classe e uma questionável qualidade no atendimento à saúde básica. Continuamos com médicos a receber salários irrisórios, a notar a carência de medicamentos e a deparar-nos com filas imensas em postos de saúde e PSs. Além disso, continua a desproporção médico-paciente. Nesta edição, também publicamos uma relevante entrevista com o Dr. José Adilson Camargo de Souza, diretor financeiro da Unimed Taubaté. A Unimed, como cooperativa, sempre foi importante para os médicos, pois, em seus princípios, não somente operava para equalizar o binômio “médico-operadora” do plano de saúde, tornando-se um importante meio de trabalho dos médicos, visto que, em muitas cidades, chegava a ter de 80% a 100% do volume atendido nos consultórios, mas também para evitar a degradação dos valores recebidos. Em várias cidades, incluindo a capital paulista, a Unimed não atingiu os seus objetivos, ocasionando perdas aos cooperados e desconforto aos usuários. Infelizmente, a unidade de Taubaté não ficou fora deste ambiente de incertezas e de baixo desempenho. Por isso, recomendamos

que a nossa entrevista seja lida com atenção, pois traz importantes revelações do diretor financeiro da cooperativa, assim como suas previsões sobre o futuro da Unimed. Agora, vamos falar das coisas boas e alegres da vida! O baile do Dia dos Médicos, realizado recentemente no Tangaroa Hall, transcorreu em um clima de grande descontração entre os presentes, os quais usufruíram de bebidas de ótima qualidade, escolhidas após degustação, e de comidas servidas à mesa, no moderno estilo “finger food”. Houve sorteio de brindes doados por clínicas, laboratórios e estabelecimentos comerciais da cidade e, convenhamos, presentes de boa qualidade sempre são bem-vindos, correto? O Baile aconteceu até as três horas da madrugada com muita animação e dança, principalmente entre os médicos e médicas mais jovens, os quais tiveram predominância no evento e puderam difundir jovialidade e energia pelo local. Nossos agradecimentos aos que prestigiaram a festa. Mudando o foco do nosso texto, por estes dias estava folheando um livro, “Antologia do Pasquim”, 2º volume, Editora Desiderata, quando me deparei com uma notícia do colunista Ivan Lessa, o qual redigia informações sobre generalidades, e, na ocasião, versava sobre o tema futurologia. Dizia: “O engenheiro Max Lothar, especialista da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), entregou, na última semana de agosto, um relatório à Companhia de Abastecimento D’Água do Recife, afirmando que grande parte do mundo ficará sem água dentro de 30 anos, e que entre estas regiões está incluído o nordeste do Brasil. Por outro lado, a região da Grande São Paulo continuará enfrentando o problema da falta de água até o ano 2000. O Oceano Atlântico, que banha nossa costa, não sofrerá qualquer modificação e nem há motivo para alarme”. Vale ressaltar que esta notícia foi publicada em setembro de 1972, com o intuito de alertar as autoridades governamentais da época sobre os problemas que vêm sendo identificados e enfrentados nos dias de hoje. O Pasquim era um jornal underground, muito lido por estudantes dos anos 60 e 70, que atuava a favor dos movimentos democráticos, naquela época, abolidos. Vamos encerrando por aqui, e deixando uma mensagem de otimismo sobre a luta que a APM exerce a favor do status dos médicos em seu ambiente de trabalho. Nossa ação mais recente foi o contato estabelecido com deputados federais representantes das áreas em que se encontram as nossas regionais, a fim de que se posicionem favoravelmente à petição dos médicos em prol da Carreira de Estado, a PEC 454/2009, a qual esperamos aprovação do Plenário. Saúde!

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PREVENÇÃO

Outubro Rosa Novembro Azul Há alguns anos, vários grupos de apoio ao paciente oncológico uniram-se as campanhas de prevenção “Outubro Rosa” e “Novembro Azul”, aproveitando a mobilização mundial, buscando sensibilizar as autoridades e alertar os pacientes na luta contra os canceres de mama e próstata.

Reconhecemos a importância que a mídia dá aos meses de alerta e jamais poderíamos perder este espaço oferecido, mas, falar de prevenção e zelo pela saúde é um compromisso de nós, médicos, a todo dia, toda hora e toda consulta.

A campanha “Outubro Rosa”, deste ano, lutou pelo maior acesso de nossas mulheres à mamografia em aparelhos de qualidade, na busca pela detecção precoce da doença, fator que melhora as chances de cura e da não-mutilação. Também defendeu a causa de que toda mulher deveria sair da cirurgia com a sua mama reconstruída, respeitando os casos em que isso é impossível, e agregando oncologistas, mastologistas, plásticos e autoridades da saúde para uma mesma luta.

Lutar contra o tabagismo, orientar dietas corretas, recomendar atividades físicas sob supervisão, alertar sobre os cuidados com o sol, incentivar a realização de exames de prevenção e idas regulares ao médico, é nossa obrigação diária.

Por: Dr. Flávio Luis Lima Salgado Oncologista

OUTUBRO

ROSA

NOVEMBRO

AZUL

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Imagem: Google Imagens - Creative Commons

Foto: Beto Kavalcante

Saindo deste “rosa” e deste “azul”, é preciso reconhecer o aumento do número de casos de câncer de cólon e reto, comum a ambos os sexos e relacionado às dietas e aos hábitos do nosso cotidiano. Por não ter o mesmo apelo comercial, o qual é oferecido, por exemplo, ao câncer infantil, o câncer de cólon e reto passa longe dos holofotes da imprensa, mas nem por isto deve deixar de ser debatido.

Num momento delicado para nosso país, em que as verbas chegam com dificuldade para todos os setores, temos que nos manter em alerta junto aos nossos órgãos de classe, numa luta constante pela manutenção de tudo o que já foi conquistado, de modo que as nossas mulheres não percam a chance real de poder lutar pela vida, com todas as descobertas médicas ocorridas nos últimos 30 anos e que revolucionaram e mudaram a história desta doença.


EDUCAÇÃO

Profissionais e alunos de Medicina discutem temas polêmicos em Fórum de Educação No dia 02 de outubro, 86 estudantes de Medicina da Universidade de Taubaté tiveram a oportunidade de participar de mais uma edição do FEMUT (Fórum de Educação Médica Universitária de Taubaté), organizado pelo Diretório Acadêmico Benedicto Montenegro. Na ocasião, os alunos do curso puderam conhecer distintas perspectivas sobre temas atuais da área médica, e debatê-las junto com autoridades e profissionais da Medicina. Estiveram em pauta os assuntos: “Aspectos técnicos do Programa Mais Médicos”, “Abertura de novas faculdades de Medicina no país” e “Paralisação dos residentes”, os quais foram debatidos pelos doutores Camillo Soubhia Junior - Presidente da APM Taubaté, Oscar César Pires – membro da APM Taubaté, do CREMESP e presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, André Luis F. Santos – delegado do CREMESP, e Paulo Giovanni Estevan – residente de cirurgia geral.

Um dos tópicos mais polêmicos e que fomentou uma notória discussão foi o “Programa Mais Médicos”, iniciativa do governo federal. De acordo com um dos convidados do Fórum, Dr. Camillo Soubhia Junior, as graves falhas do sistema têm gerado descontentamento na classe médica e prejuízos no atendimento à saúde básica. “As medidas caóticas e desproporcionais adotadas pelo governo resultam no pagamento de salários irrisórios aos médicos, na formação de imensas filas nos postos de saúde e PSs, e na carência de medicamentos”, lamenta o presidente regional da APM.

Para Maria Júlia Watanabe, presidente do Diretório Acadêmico, a experiência foi proveitosa e construtiva para a implantação dos sensos crítico e analítico nos alunos. “Foi possível perceber que os conceitos previamente estabelecidos foram desconstruídos, o que fez com que os estudantes pudessem ter uma visão mais ampla do funcionamento da saúde no país”, esclarece. Ainda segundo a presidente, a experiência foi elogiada e agregadora para os participantes, condição que estimula a organização de outros encontros educacionais. “Os acadêmicos manifestaram interesse em realizar mais fóruns, uma vez que, ao terem contato com os representantes de órgãos médicos, sentem-se mais próximos da profissão, assim como dos desafios e das dificuldades que a acompanham”, explica. Colaboração: Maria Júlia Watanabe Presidente do Diretório Acadêmico Benedicto Montenegro

Fotos: D.A.B.M

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A APM é a casa do médico. É a nossa casa.

Foto: Raquel Marques

OPINIÃO

Dr. Paulo Pereira Diretor artístico APM - Regional Taubaté

É

ela quem nos socorre quando somos ameaçados. Defende nossos direitos e agrega todas as especialidades, dando força maior às reivindicações. Promove atividades científicas, cumprindo seu dever em facilitar a atualização nos assuntos da profissão. Incentiva a prática de atividades esportivas, tanto que a nossa regional já representou o Brasil em um torneio de futebol realizado em Barcelona; isso depois de já ter derrotado todos os times daqui do Brasil. Nossos ídolos daquele esquadrão estão aí, desfrutando de suas glórias. As atividades sociais são um capítulo especial. Somos sócios de um magnífico Clube de Campo, em São Paulo, com tudo o que há de bom, incluindo um hotel, onde podemos nos hospedar com nossas famílias por valores irrisórios. Em nossa cidade, é tradição comemorarmos o Dia do Médico com um grande baile. Muita gente fica na expectativa e nos procurando para receber notícias do evento. O início foi na gestão do Antoninho Marcondes. Fazíamos jantares num restaurante da cidade, onde havia boa música e boa comida, o Boogy. Era comandado por Valter Arid, exímio pia-

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nista que, acompanhado de seu irmão Agostinho, de um contrabaixista chamado Herlon, e da voz insuperável da Aury, proporcionava músicas deliciosas para que os casais dançassem de rostinho colado. Por alguns anos, esta tradição foi repetida. Depois cresceu, exigindo um espaço maior. Fomos ao Abaeté. Lá tocavam grandes bandas facilitando o aparecimento dos grandes dançarinos, não havendo, até hoje, nenhum casal melhor que Claudio Ruggeri e esposa. Fazíamos sorteios de grandes prêmios como viagem à Bahia, ao Club Med, viagens a teatros de São Paulo, jantares na Toscana, além de brindes dos mais variados, fornecidos pelo comércio da cidade. As brincadeiras ficavam por conta do Andraus, que sorteava agendas de anos anteriores, e isso nem era percebido pelos ganhadores no momento da festa. Outros encontros foram realizados no Buffet Jóia e no Fabelle e, nas recentes edições, utilizamos o belo salão de festas do Tangaroa. A festa mais concorrida foi aquela na qual contamos com pa-

trocínio da Unimed e do Dr. Abud e sorteamos um carro, doado pela “Taubaté Veículos”. Nos últimos anos, houve uma redução no ritmo de nossos encontros. No ano passado, fizemos um jantar singelo num buffet na estrada de Campos do Jordão. A atual diretoria está empenhada em resgatar o dinamismo de nossos bailes. Entendo que isto é necessário para que nós nos encontremos, nos abracemos e nos conheçamos a todos. Os jovens precisam desta integração para que se preparem para assumir a direção de nossa entidade. Os mais velhos querem deixar uma APM vigorosa e forte, cumprindo sua missão. Além do que é muito divertido e agradável. Com bom vinho e boa comida fica muito mais fácil fazer amigos. Mais que nunca precisamos ser amigos.


APM realiza baile em comemoração ao Dia do Médico A noite do dia 16 de outubro foi marcada por reencontros e muita diversão. Nesta data, foi realizada mais uma edição do tradicional Baile dos Médicos, festividade promovida pela APM em celebração ao dia dos profissionais de Medicina. O evento aconteceu nas dependências do Tangaroa Hall, requintada casa de festas de Taubaté, onde um delicioso coquetel no estilo “finger food” foi servido ao som do animado DJ Beto Kavalcante. Os convidados puderam agitar a pista de dança, bailando músicas de época e hits atuais. Na programação do Baile, ainda constava um sorteio de brindes, organizado pela diretoria da Associação em

parceria com empresas colaboradoras. Entre os presentes distribuídos havia cestas repletas de produtos comestíveis e de uso pessoal. De acordo com o Dr. Camillo Soubhia Júnior, presidente da APM Taubaté, o evento foi um sucesso e, para a sua satisfação, diferentes gerações de médicos tiveram a oportunidade de compartilhar esta experiência. “O ponto alto da festa foi a confraternização entre os médicos mais jovens, os residentes, e os médicos mais antigos, que puderam se aproximar através de um ambiente harmonioso e bastante descontraído”, conta. O próximo Baile acontecerá em outubro de 2016, e promete estar ainda mais animado.

“Acho que o ponto alto do baile, neste ano, foi a presença de muitos médicos jovens residentes. Foi muito animado. Muito bom ver juntos médicos que já freqüentam o baile da APM há mais de 20 anos, e outros que estavam lá pela primeira vez. Foi ótimo”. Dra. Lais Helena B. R. Soubhia

Fotos: Beto Kavalcante

EVENTO


“Festa muito boa, atingindo as expectativas, com a presença de muita gente alegre e feliz, tendo como ponto mais significativo a presença de jovens que se integraram muito bem e que, certamente, voltarão no próximo ano”. Dr. Paulo Pereira

“Foi um prazer enorme e uma responsabilidade muito grande assinar a trilha sonora do baile da APM, uma associação renomada e respeitada. A festa foi incrível, muito animada. Agradeço a oportunidade”. DJ Beto Cavalcante

“Nossa comemoração é sempre um momento muito especial de confraternização, de reencontro com os amigos, de dança – para aqueles que gostam, de sorteio de brindes aos colegas, enfim, uma noite agradável com os nossos parceiros, a quem deixo um agradecimento especial”. Dr. Auro Fábio Bornia Ortega


Agradecimento A diretoria da APM registra aqui os sinceros agradecimentos aos colaboradores e às empresas parceiras que, gentilmente, incentivaram e contribuíram para a realização do evento. A todos vocês, o nosso respeito e a nossa gratidão. Academia Siempre Clínica Mais Nove Doctor Hair Empório Tapioca Laboratório Oswaldo Cruz Supermercado Pão de Açúcar Patrícia Jóias Ori Decor Padaria Tábua de Frios

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SUS nos municípios. Tornar possível o necessário!

Fotos: APM Campos do Jordão

REGIONAL CAMPOS DO JORDÃO

Dr. Nelson Guimarães Proença Diretor Científico Associação Médica Jordanense

Na área de Assistência à Saúde, há tempos o nosso País está atravessando um momento muito especial que podemos chamar de “Era da Utopia”. Entendo que a Constituição de 1988 é a responsável por ter sido criada essa “Utopia”, ao estabelecer de modo absolutamente claro que, na Saúde, é necessário oferecer “Tudo a Todos”. E foi mais longe quando determinou que ao Estado cabe cumprir esta obrigação: “A Saúde é um Direito do Cidadão e um Dever do Estado”. É impossível oferecer “Tudo a Todos” e é inconsequente remeter ao Estado uma obrigação impossível de ser cumprida. Isto tem de mudar, mas enquanto não muda, cabe indagar em que pé está a Saúde. Quando uma reunião é convocada para analisar os crescentes problemas do Sistema Único de Saúde, o SUS, o foco da discussão é um só: os recursos orçamentários disponíveis são insuficientes, sendo urgente e necessário reforçar as verbas públicas que a ele são destinadas. Quanto à insuficiência de recursos, todos estão de acordo, mas há uma questão preliminar que precisa ser corretamente exposta e debatida: Quais são, exatamente, as atribuições dos três níveis de Poder Público? Elas já estão claramente definidas, no cenário atual? As respostas a estas perguntas é um categórico “Não!”.

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O Governo Federal transferiu a responsabilidade do atendimento direto para os Governos Estaduais, reservando para si o papel de provedor de recursos orçamentários. Quem não se considerar bem atendido pelo SUS, quem não estiver satisfeito, que vá protestar junto ao Governo de seu Estado, o problema é dele. Os Governos Estaduais não ficaram atrás. Transferiram grande parte do atendimento para as Prefeituras Municipais, reservando para si o repasse das verbas federais, acrescidas de verbas dos próprios Estados. Há reclamações a fazer? Isto é problema dos senhores Prefeitos, eles que digam o que fizeram com as verbas que estão recebendo. Os Municípios recebem a responsabilidade e não têm para quem transferir o atendimento da população. Como não poderia deixar de acontecer, também aqui a corda arrebentou do lado mais fraco. Os Prefeitos, vitoriosos e eleitos em 2012, estão hoje sendo massacrados por seus munícipes, que colocam em sua conta tudo que de ruim está acontecendo. A discussão tem de voltar atrás, é preciso questionar, na área da Saúde, se as atribuições de cada nível de Poder estão corretas e explicitamente distribuídas, criando um todo bem estruturado. A resposta a este questionamento é clara: “Não estão!”. Um bom início desta discussão é estabelecer a que nível de Poder deve ser remetida a responsabilidade pelo aten-

dimento às necessidades básicas da população, sendo este o que oferece as Atenções Primárias à Saúde. Neste ponto há unanimidade, a responsabilidade é do Município. Ótimo, já pavimentamos o primeiro degrau. E a Atenção Secundária? Para quem devemos remeter tal responsabilidade? Destaco um trabalho recente, que é um bom referencial para balizar esta discussão. Trata-se da divulgação de um Relatório do Ministério da Saúde, nos últimos dias de agosto, o qual informa que mais de cinquenta por cento dos Municípios brasileiros encaminham seus moradores, necessitados de tratamento hospitalar, para Municípios vizinhos. Na quase totalidade são Municípios com até cinquenta mil habitantes, que não dispõe de estruturas adequadas. Agora fica mais fácil responder àquelas perguntas anteriores: a obrigação pela Atenção Secundária é do Estado, cabe a ele encontrar os caminhos que permitam atendê-la. Há muito mais a discutir, é claro. Os pontos que acabo de destacar são apenas uma parte do todo. Não se trata de discutir apenas quanto de verbas federais, estaduais e municipais são necessárias. É essencial que se volte a discutir as questões básicas da estrutura do SUS, desfazendo a confusão atualmente reinante, pois só assim o atendimento se tornará melhor alicerçado.


PROJETO ATUALIZE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA

A APM Regional de Campos do Jordão irá realizar, pelo sétimo ano consecutivo, o PROJETO ATUALIZE, uma parceria com a faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Todos os conferencistas são professores docentes das disciplinas da faculdade

TAXAS:

Associados AMCJ e contratados PSF / Campos do Jordão são Isentos de pagamento;

24/10 - 56ª JORNADA

14/11 - 57ª JORNADA

Pediatria:

Cirurgia Infantil:

Prof. Dr. Benito Lourenço

Prof. Dr. Roberto A. Mastroti

Primeiro Tema:

Primeiro Tema:

“Desafios Éticos no

“Pequenas Cirurgias na Infân-

Atendimento de Adolescentes”

cia: Quando e Como”

Segundo Tema:

Segundo Tema:

“Experiência Interativa: Muito

“Identificação do Abdome

Prazer... Eis a Adolescência”.

agudo Cirurgico na Criança e Conduta”.

Inscrição Anual: R$ 200,00 (R$ 25,00 por jornada); Inscrição Semestral: R$ 120,00; Jornada Individual: R$ 40,00.

Local das Jornadas: Auditótio do Hospital São Camilo Informações: 12 3664-3705 (Priscila) 11 11



CAPA CRISE UNIMED

Unimed Taubaté:

Diretor financeiro faz desabafo sobre as dificuldades enfrentadas pela cooperativa e revela as expectativas de recuperação

A

Associação Paulista de Medicina, no papel de entidade representativa da classe médica, convidou o diretor financeiro da Unimed Taubaté, Dr. José Adilson Camargo de Souza, para uma conversa esclarecedora a respeito da grave crise financeira enfrentada pela cooperativa. Na ocasião, foram revelados os problemas vivenciados, relatada a perda da credibilidade da marca Unimed, mencionado o prejuízo obtido através do desligamento de dezenas de médicos cooperativados, e expostas as estratégias adotadas para a recuperação da sede. A reunião aconteceu na noite do dia 10 de setembro, e contou com a participação de convidados e da diretoria da APM: Dr. Camillo Soubhia Júnior, Dr. Paulo Pereira, Dr. Izac Alessandro Batista, Dr. Flávio Luis Lima Salgado, Dra. Maria Tereza Frota Guimarães e Dra. Luciana da Cruz Noia. Acompanhe esta elucidativa e polêmica entrevista.

Dr. Camillo: Dr. Adilson, nós estamos entrevistando-lhe, nesta noite, com o objetivo de prestar um esclarecimento aos nossos colegas médicos sobre a atual situação da Unimed. Aqui em Taubaté, a Unimed sempre foi uma entidade representativa da categoria médica; servia-nos como um alicerce, já que muitos dos nossos colegas dependiam desta cooperativa. Por muitos anos, ela teve um valor muito grande, e nós não sabemos se este valor ainda se mantém ou se ele vai ser recuperado em um futuro próximo, que é o que nós desejamos. Portanto, nós gostaríamos de ser informados sobre o futuro da Unimed; se ele será bom ou ainda há uma grande insegurança de recuperação diante desta crise?

Dr. Adilson: Camillo, não é segredo para ninguém que há alguns anos a Unimed está vivenciando um momento muito delicado. Este momento passa por uma série de situações que estão relacionadas à crise financeira, que é grave, muito grave, e todo mundo sabe disso. Porém, existem outros fatores que não são possíveis de se medir, mas que são igualmente graves; a credibilidade é um deles. Esta crise fez com que a instituição tivesse muitas outras perdas, como a perda de credibilidade institucional, a perda de credibilidade no atendimento ao usuário, e a perda no número de médicos que eram cooperativados e acabaram se desligando da Unimed por conta de todas as inconstâncias. Algumas vezes, eu sinto que estes prejuízos, que não podem ser mensurados, são maiores do que os financeiros. Trata-se de uma crise relacionada a uma empresa de grande porte dentro da estrutura de Taubaté, e que regulada por um exigente regime que a ANS impõe; isso faz com que o processo de recuperação tenha uma característica básica que é a lentidão. Então, se você me perguntar sobre o futuro da cooperativa, eu respondo que estamos sujeitos a uma série de variáveis que não podemos controlar. Estamos passando por uma série crise financeira no país, e nós não sabemos até que ponto isso vai afetar a todos nós, independentemente do segmento comercial, já que qualquer empresa pode ser atingida. Eu não sei o que vai na cabeça dos diretores da Agência Nacional de Saúde. Se não ocorrer nenhum tipo de situação anormal, eu tenho plena confiança na recuperação da cooperativa pe-

Fotos: na Cláudia Bohler

Entenda a crise e saiba como fica a situação dos usuários e cooperativados

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los sinais positivos que têm sido registrados.

tal. Feita a chamada, alguns cooperados não tiveram boa aceitação, saíram, mas ainda Dra Maria Tereza: Existe alassim ficou um grupo. Pasguma estratégia para soluciosado este problema, cheganar esta problemática? mos à conclusão de que era preciso trabalhar. Foi quando Dr. Adilson: Sim, existe um estas pessoas tiveram uma plano desde o início. Uma das participação fundamental por reclamações feitas pela classe entenderem o mecanismo de médica, e que era constantetrabalho. Hoje, por exemplo, mente registrada, era o argua Unimed Taubaté tem uma mento de que não havia uma sinistralidade, que é um indigestão profissional na coopecador importante para checar rativa e que, por conta disso, a a saúde da cooperativa, próxisituação foi agravada. Diante ma de 69% ou 70%. Chegou destas críticas e da necessidauma época em que era de 63%. Eu não consigo enxergar um Isto é um indicador fabulode de mudança observada, tomamos a decisão de implantar so! Mas daí, as pessoas falam: futuro para o sistema havendo um sistema de gestão. O siste“Mas é lógico, ninguém está oito sedes da Unimed no Vale ma de gestão que eu conheço é atendendo!”. Isso não é verdao baseado por meta, chamado de! O número de consultas é do Paraíba. Tem que haver uma BSC, Balance Safety Card. Só igual, tudo é igual; o que muunificação da cooperativa, seja que no imaginário das pessoas, dou foi a gestão. Subiu o valor deveria-se contratar um CEO numa esfera regional, estadual, ou do tíquete-médico, que é o va(em português, Diretor Exelor que a gente recebe das emo que quer que seja” cutivo). Só que as pessoas não presas e das pessoas físicas; as se recordam de que a Unimed despesas com o custeio caíram, Paulistana, que acabou de sofrer uma alienação da car- o que fez com que o resultado fosse positivo. Então, há teira, há alguns anos havia contratado um CEO renomado indicadores altamente positivos! oriundo do Grupo Pão de Açúcar. Isso é a prova viva de que um CEO não resolve nada; o que resolve é uma mudança Dr. Paulo Pereira: Qual é a média de sinistralidade das cultural na estrutura. Nós começaríamos a trabalhar com outras cooperativas? um sistema de gestão e, para isso, era preciso tomar uma decisão: ou fazíamos uma “limpeza geral” na cooperativa, cortando cabeças e afastando todos os gestores daquele momento, ou dávamos oportunidade para que as pessoas pudessem mostrar que eram capazes de trabalhar neste novo sistema de gestão. Este sistema de gestão parte do princípio de que há uma meta para ser atingida, um prazo para que esta meta seja atingida, e um orçamento para se atingir esta meta. Todos os gestores da cooperativa foram modificados a partir do momento em que começamos a trabalhar com isso. Em alguns meses, foi possível detectar que algumas pessoas não tinham perfil para acompanhar aquela situação e, então, tomamos a decisão de alçar as pessoas de um escalão inferior para um escalão superior. Nós acreditávamos que se a pessoa não tinha capacida- Dr. Adilson: Hoje, a sinistralidade é registrada em torno de técnica, era uma condição justificável, mas, se a pes- de 90%. A Central Nacional Unimed teve 14 milhões de soa não se identificava com estrutura, isso, sim, poderia reais de lucro no ano passado; isso é ridículo para uma gerar um comprometimento negativo para a gestão. As empresa que fatura bilhões por ano! Ela tem 90% de pessoas que estão ali têm história dentro da Unimed; são sinistralidade, e uma taxa de administração de, mais ou pessoas que estavam mal por ver a cooperativa naquela menos, 9%. O ganho anual dela é de 1% ou 2%; é o que má situação. Além disso, trouxemos pessoas de fora para consegue gerar de resultado. No nosso caso, a sinistralique capacitar os funcionários, de modo que estes pu- dade é boa, mas nós temos a consciência de que é preciso dessem exercer melhor o trabalho. Foi aí que o resultado melhorar, pois há um passado para se carregar. Estamos começou a aparecer. Neste meio tempo, nós começamos trabalhando nestes indicadores e conseguindo mantê-los a enfrentar aquele problema com a ANS, no começo do sob controle. Para chegar a eles, houve a obrigação de toano passado, e precisamos fazer uma chamada de capi- mar uma série de medidas, muitas vezes até contrárias ao

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que eu penso. Por exemplo, eu sempre fui a favor da livre iniciativa e da livre concorrência, e sempre fui contra a centralização em torno de somente um prestador, ou dois prestadores, ou até mesmo da cooperativa como uma prestadora. A exclusividade pode ser a mãe da incompetência, porque, a partir do momento em que não se gera concorrência, há a acomodação de uma situação e a geração da incompetência. Só que foi necessário fazer isso no momento: dar um passo atrás. Todas as vezes em que há fartura de recursos, há também a facilidade de uso. Dr. Camillo: O problema da OPME influenciou nisso? Dr. Adilson: Influenciou muito! Na verdade, a OPME, hoje, é um problema nacional.

muito forte é a ANS. Tem-se, por exemplo, o que aconteceu com a Unimed Paulistana, embora este caso não se aplique, diretamente, ao nosso. A Unimed Paulistana estava em direção fiscal e direção técnica; a atitude de liquidar e fazer a alienação da carteira, de certa forma, foi muito abrupta. Nós corremos o risco da ANS falar “a Unimed está dando lucro, está melhorando”, mas eu acho que não pode continuar do jeito que está. A única saída que nós temos é que o médico entenda qual é o papel dele; e isso remete a um problema que não é só da Unimed, mas de um todo. As pessoas sempre me perguntam: “O que você está fazendo para reverter isso?”. Esta pergunta é pertinente quando vinda de alguém que está de fora do sistema Unimed, mas para quem é do sistema, a questão deveria ser: “O que nós estamos fazendo pra melhorar isso?”.

Dr. Camillo: Houve alguma ação? Dr. Adilson: Houve. Um dos setores em que investimos foi o da regulação. Hoje, a cooperativa gasta um terço do que gastava com a OPME. Dra. Maria Tereza: Vocês têm fornecedor único para a OPME? Dr. Adilson: Não. Até porque, nós temos um problema de crédito, mas não precisou disso. O desabastecimento contribuiu, pois, hoje, há menos médicos solicitando; a regulação contribuiu. Neste momento, adquirimos materiais cinquenta por cento mais baratos do que aqueles obtidos há um ano. Isso aconteceu por decisão voluntária das empresas; elas simplesmente abaixaram os preços. Dr. Camillo: Dr. Adilson, de que forma atuam estes novos profissionais que vocês contrataram? Dr. Adilson: Nós remanejamos pessoas de escalões inferiores para superiores, e contratamos empresas para treinar esta equipe. Estas empresas são consultorias e auditorias, que vieram trabalhar em áreas específicas para montar todo o planejamento destes setores. Em algumas delas, os trabalhos já forma concluídos e, agora, estão promovendo atividades de regulação à distância. Por exemplo, um dos problemas da cooperativa era endividamento bancário, daí, nós decidimos trazer uma empresa de renegociação bancária. Hoje, o que se paga de juro bancário médio-mês é três vezes menor do que se pagava há dois anos. Isso se deve a uma renegociação que foi feita, com diminuição de taxa e alongamento de dívidas. Estas negociações, nós não conseguíamos fazer, porque não temos expertise nisso, e porque era difícil de nós lidarmos com o banco. Não era possível respirar com o que se pagava de juros por mês. Dra Maria Tereza: Os médicos cooperados se sentem satisfeitos com a remuneração que está sendo recebida? Dr. Adilson: Não; e nem nós. Hoje, a cooperativa tem plenas condições de virar este processo, mas uma variável

O São Lucas está mal-cuidado, mal-tratado, com um monte de problemas, mas é o único hospital privado de Taubaté com uma característica mais terciária. Se ele for gerido de uma forma melhor, ele tem todas as condições de ser o hospital privado de melhor referência do município. Dra Maria Tereza: Nesta hora, todo mundo é usuário, ninguém é partícipe do sistema. Dr. Camillo: É sobre isso que eu quero comentar. Nós sabemos que o cooperado não se sente dono, não vê na Unimed um patrimônio. Ele age como se fosse um convênio, em que tem que se lucrar o máximo possível. Isso é um pouco diferente dos outros modelos de empresa, onde cada pequeno prejuízo incide diretamente sobre os donos, os quais querem ser pró-ativos e querem buscar prontas soluções. Nós estamos vendo que não só a Unimed Taubaté está em dificuldade, mas muitas outras. Tenham como exemplo a Unimed Paulistana, que até fechou. Aqui no Vale do Paraíba, quase todas as unidades estão em situação difícil, vivenciando um processo de recuperação. Será que o sistema Unimed não tem que ser repensado? Dr. Adilson: Sim, ele tem que ser repensado em vários aspectos. Não existe futuro otimista para o sistema, se ele permanecer segmentado como está. Eu não consigo enxergar um futuro para o sistema havendo oito sedes da Unimed no Vale do Paraíba. A ANS regula cada vez mais, os custos sobem cada vez, os trabalhos acontecem numa margem de lucro menor, o usuário paga caro, o aumento dos preços tem limite. Para mim, tem que haver uma unificação da cooperativa, uma reorganização do sistema, seja numa esfera regional, estadual, ou o que quer que

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seja, senão ela não sobrevive por muito tempo. Dra. Maria Tereza: Não existe uma Unimed federal? Dr. Adilson: Não. O sistema é dividido assim: existe uma Unimed do Brasil, que é simplesmente uma confederação que coordena as unidades, mas não vende planos de saúde. O “Plano nacional” pode ser vendido tanto pela Central Nacional Unimed, quanto, por exemplo, pela Unimed Taubaté. A sede Taubaté tem a possibilidade de registrar na ANS um “Plano nacional”, mas isso pode ser considerado um suicídio administrativo, pois quanto menos abrangência o plano tem, mais os custos são regulados.

A única saída é remunerar bem o ato médico; só que, para que isso aconteça, é preciso que o médico se entenda como dono, colabore, participe do processo de recuperação.”

Dra. Maria Tereza: Existe aquela velha história de que as cooperativas têm que ser pobres e os cooperados, ricos. Vale à pena manter, financeiramente, alguns recursos próprios, como o Hospital?

Dr. Adilson: Antes de eu estar envolvido com tudo isso, eu defendia a ideia de que não se deveria ter nada. Sempre utilizava o exemplo da Unimed Campinas, que é uma das melhores sedes do Estado de São Paulo, e que não tem recurso próprio, é tudo contratado. Hoje, eu afirmo que ninguém sobrevive se não tiver recursos próprios, principalmente se for pequeno, porque eles funcionam para diminuir custos e assegurar o atendimento nos momentos difíceis. No caso de Taubaté, sempre existem as opiniões de que se deve vender o Hospital São Lucas. Eu concordo que alguma coisa tem que ser vendida para que se possa sair desta crise, mas esta venda tem que acontecer dentro de uma situação favorável. Para mim, o São Lucas não é a âncora da Unimed, ele é a bóia da cooperativa. Hoje, eu trabalho numa cidade onde o único hospital privado, de verdade, é o São Lucas. Ele está mal-cuidado, mal-tratado, com um monte de problemas, mas é o único hospital privado de Taubaté com uma característica mais terciária. Se ele for gerido de uma forma melhor, ele tem todas as condições de ser o hospital privado de melhor referência do município. É uma questão de gestão. Dr. Camillo: Eu penso muito sobre isso, mas não tenho, exatamente, um posicionamento igual ao seu. Creio que os recursos próprios eram poucos, mas não correspondiam à maneira como as coisas deveriam ser eram feitas. Por exemplo, dizia-se “vamos fazer um Cardiocentro”, “vamos fazer um São Lucas”, ou seja, começava-se a “fazer”, mas faltava-se dinheiro. Em uma empresa, qualquer

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coisa é construída fazendo-se a distribuição do lucro, e o que sobra é destinado “ao fazer”, “ao acontecer”. Não é certo tirar o dinheiro daqueles que estão sustentando a empresa para se gerar um ganho num prazo de cinco ou dez anos. No meu pensar, esta foi uma das causas que propiciou a crise da nossa Unimed, pois, se fosse mantido o nível de lucratividade que o cooperado tinha, assim como o das empresas que prestavam serviços a ela, se sobrasse dinheiro e, a partir deste, se fizesse as coisas, a Unimed teria, hoje, outra história.

Dr. Adilson: Eu concordo com você integralmente, não discordo de nada! Nós estamos passando por um momento em que temos que nos organizar melhor para trabalhar a valorização do ato médico. Dr. Camillo: Isso é importantíssimo!

Dr. Adilson: Aqui em Taubaté, o São Lucas nunca foi exclusivo da Unimed. Ele atende, também, a SulAmérica e está negociando para atender o Bradesco. Ele é uma unidade de negócio e, para que isso seja proveitoso, é preciso ser vantajoso, ser lucrativo. A cooperativa tem que buscar meios para aprimorar a sua capacidade de crescimento, e não estar à custa do fechamento do mercado. Isso pode até ser usado, em determinados momentos, como uma estratégia passageira, mas não como uma política de manter a sua presença. Dra. Maria Tereza: É uma estratégia obsoleta. Dr. Adilson: Por isso, Camillo, eu concordo com você, pois, se aquela unidade de negócio se tornasse cada vez mais eficaz e contribuinte para as receitas do grupo, ocasionaria a valorização do ato médico e, com isso, o profissional seria melhor remunerado. Dr. Camillo: Nós nunca vimos isso acontecer. Dr. Adilson: Nunca! O Hospital São Lucas carrega, ao longo de toda a história da Unimed, um processo de prejuízo crônico. A lógica da tabela era assim: tinha que ser uma tabela defasada para que não onerasse a cooperativa. Então, nós tínhamos uma situação em que a cooperativa tinha um resultado positivo e o São Lucas, negativo. Neste momento, o Hospital São Lucas é uma unidade de


negócios superavitária, ou seja, dá lucros. Isso me anima muito! Hoje, 80% do faturamento dele provém da Unimed. Mas, destes 80%, 50% é de intercâmbio, o que, para nós, funciona como dinheiro de fora, também.

mos, e por isso estamos em um processo de direção fiscal que acompanha esta superação. O que se pode fazer? Ou se vende um ativo grande, e com isso se recompõe uma série de atributos financeiros e balanços, ou começa-se a trabalhar em um processo de lucratividade cada Dra. Maria Tereza: Então, 60% da receita vêm de fora. vez maior dentro de um período de recuperação. A dívida financeira da Unimed, hoje, é na faixa dos 70 milhões de Dr. Adilson: A tendência é que ele se torne, a cada vez reais, sendo que 75% desta dívida estão totalmente nemais, superavitário, ainda mais com a abertura da Onco- gociados. Os outros 25% ainda não estão. Quase metade logia e o lançamento da Hemodinâmica, que é um servi- disso é dívida tributária, e uma grande parte deste valor ço que agrega muito valor e entrou no refiz da Copa, que que deve ser oferecido, propermitiu com que ele fosse A dívida financeira da Unimed, vavelmente, até o final do parcelado e pago em vários ano. Será uma unidade de anos. Dizem que, por conta hoje, é na faixa dos 70 milhões de negócios competindo com as da crise, o Governo vai lançar reais, sendo que 75% desta dívida outras do mercado, trazendo um novo refiz, e nós esperaclientela e remunerando memos que o restante da dívida estão totalmente negociados. Os lhor os médicos. Hoje, o métributária também seja inoutros 25%, ainda não estão. dico que faz um procedimencluído nesta estratégia. Hoje, to cirúrgico no Hospital São é possível “fechar o mês” e, Lucas ganha mais do que ele se não houvesse este vagão receberia em qualquer hospide dívidas antigas, as dívidas tal de Taubaté. Por exemplo, atuais seriam pagas. Carrese o Flávio, que é cirurgião, gamos o peso de uma série opera no Hospital pela SulÁde exigências que a ANS fez merica, a cooperativa paga a sobre o balanço. Em nossa tabela para ele e o São Lucas última assembleia, a projeção complementa com 50%, refeera de que o São Lucas desse rente à tabela, daquilo que ele lucro em agosto. Para a nosrecebeu. Esta é a valorização sa surpresa, no mês anterior, do ato médico que nós podejulho, já tivemos um resultamos oferecer hoje. O ganho do positivo, que continuou de qualquer hospital, hoje, é sendo registrado em agosto. com o movimento cirúrgico, e Ou seja, estas melhorias fanão com o paciente clínico. Em relação ao paciente clínico, zem com que as pessoas comecem a ganhar confiança na quanto mais desospitalizarmos, melhor! cooperativa. Dra. Maria Tereza: Abriram os planos individuais? Dr. Adilson: Abriram. A Unimed Paulistana, por exemplo, tem problemas com os planos “Pessoa Física”; já em Taubaté, são os planos que dão mais lucro. Lançamos planos diferenciados, que reduzem o custo. Dr. Camillo: Em notícias extraoficiais, ou até por assembleias, soubemos que a dívida total era de 70 milhões de reais, e que ela teria que ser forçosamente equilibrada através da venda do Hospital São Lucas, do Cardiocentro, e de outros fatores. Como foi equacionada esta dívida, e como ela está hoje? Dr. Adilson: Uma coisa é a dívida financeira, que se refere a fornecedores, impostos e bancos, outra coisa é a dívida contábil, que é o balanço. A ANS não olha para a dívida financeira, ela observa se o balanço está equilibrado. A Unimed tem a apuração de um resultado contábil negativo de 40 e poucos milhões, e este dinheiro foi rateado como prejuízo entre os cooperados, como manda a lei. A ANS pediu um plano de recuperação, nós apresenta-

Dr. Camillo: Esta crise nacional influenciou muito no resultado da cooperativa? Dr. Adilson: Ainda não, mas eu tenho receio de que possa influenciar. Eu tenho escutado de algumas pessoas que o movimento dos consultórios caiu, e se isso está sendo registrado é porque o desemprego está começando a afetar a procura de médicos. Dr. Paulo Pereira: Adilson, o que eu gostaria de questioná-lo é o seguinte: a Unimed contratou médicos não-cooperados para atenderem no Centro Médico, que é o Cardiocentro, cumprindo uma exigência da ANS de manter o abastecimento. Esta iniciativa partiu de uma necessidade, e está sendo proveitosa para todo mundo. Mas, independentemente disso, a Unimed tem um intercâmbio negativo no momento. O que poderia ser feito para reverter esta situação? Dr. Adilson: Há, sim, a possibilidade de se reverter isso. Deve haver uma melhor remuneração do médico, para que ele tenha uma maior confiança e passe a atender.

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Eu tenho a convicção de que como um novo profissional que Hoje, temos especialidades que estão completamente desabasestá chegando à casa. nós vamos passar por um longo tecidas e, por isso, tivemos que período de dificuldades, (...), mas, melhorar os atendimentos por Dr. Paulo Pereira: Mas, ao “abrir meio da implantação deste Cen- mantendo-se o ritmo em que estamos, esta porta”, corre-se o risco de tro Médico, construído na gestão que muita gente deixe de ser pode ser possível que, em 2016, a anterior. Este local atende as escooperado e, mesmo assim, presconsulta chegue a uma remuneração pecialidades que a Unimed não te atendimento no Cardiocentro, detém. Nas especialidades em compatível com a dos outros planos. sem estar sujeito ao rateio. que temos os nossos médicos atuando, podemos notar que, em algumas, os atendi- Dr. Adilson: Isso é fato. Tem que se controlar isso de uma mentos não são feitos como antes, por conta do “clima” maneira muito criteriosa. ocasionado pela crise. Se o médico passasse a atender mais, seria possível diminuir o intercâmbio. Quando um Dr. Camillo: Qual seria a nota, numa escala de zero a dez, procedimento é feito por fora, o valor pago a ele é mais avaliando o futuro da Unimed Taubaté? Qual é a esperanalto do que se nós o promovêssemos. A consulta do in- ça de que ela saia desta crise? tercâmbio tem um valor diferente, além dos acréscimos, como os exames, e tudo isso é pago em tabela de inter- Dr. Adilson: Dez. A minha esperança é total! Eu tenho a câmbio. Para controle, fizemos um mapeamento de tudo convicção de que nós vamos passar por um longo período o que era destinado para fora. Vimos que o intercâmbio de dificuldades, tanto de gestão, quanto financeira, já que estava sendo positivo, mas, de 2012 para cá, está absur- não é possível recuperar a estabilidade econômica da Unidamente negativo, principalmente em Pinda, São José med em poucos anos. Mas, mantendo-se o ritmo de trae Guaratinguetá. No caso da Cardiologia, em que havia balho em que estamos, pode ser possível que, em 2016, muitos atendimentos promovidos por fora, devido ao a consulta chegue a uma remuneração compatível com a desabastecimento, foi feita a recuperação e feito o inves- dos outros planos. A única alternativa é remunerar bem timento no Cardiocentro. O pagamento dos médicos do o ato médico; só que, para que isso aconteça, é preciso Cardiocentro foi regularizado, novos médicos foram e es- que o médico se entenda com dono, colabore, participe do tão sendo contratados e, com isso, o faturamento está au- processo de recuperação. mentando. Queremos trazer para o Cardiocentro o atendimento de todos os pacientes de cardiologia de Taubaté. Dr. Camillo: Para encerrar, nós gostaríamos de agradecer a sua presença nesta noite, Dr. Adilson. Foi uma honra Dra. Maria Tereza: Por exemplo, eu sou cooperada em termos esta conversa com você. Esta entrevista será muiCardiologia; é possível que eu realize os exames ou eu te- to esclarecedora para os médicos de Taubaté. nho que drená-los para lá? Dr. Adilson: Hoje, você seria obrigada a drená-los para lá, porque, se há este Centro, comprado pelo valor que foi empregado, ele tem que ser utilizado a todo vapor. Dra. Maria Tereza: Mas esta situação desestimula o médico a permanecer como cooperado, pois é recebido um valor de consulta que “está lá embaixo”. Dr. Adilson: Isso merece outra reflexão. Todos nós, e não somente os médicos, passamos a nos contentar em ganhar pouco com as consultas, mas lucrar com os fatores que vinham agregados a elas. Isso foi um erro, pois, agora, chegou-se a uma situação insustentável, em que se paga mal uma consulta e se retiram os procedimentos. Dr. Flávio: Ex-associado pode trabalhar no Centro Médico? Dr. Adilson: Pode; não há absolutamente nenhum problema. Há médicos ex-cooperados que trabalham no Centro Médico. Um médico tem diversos motivos, até mesmo pessoais, para querer se desvincular da cooperativa. Mas, para que ele estabeleça um retorno, é preciso cumprir o que o estatuto propõe e passar pela aprovação de uma assembleia. Não é possível que ele seja admitido

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Dr. Adilson: Este encontro que nós estamos promovendo é extremamente produtivo, pois eu não tenho dificuldade nenhuma em falar dos erros e dos acertos; não há nada o que esconder de ninguém. Uma conversa franca e aberta gera credibilidade em quem quer que ela seja gerada. Se nós, juntamente com todos os envolvidos, tivermos a competência de promover a materialização de resultados palpáveis, não há dúvidas de que esta situação se reverta o quanto antes. Hoje, se hover um hospital que caminhe no sentido de uma lucratividade grande a curto prazo, é possível que haja recuperação em pouco tempo.


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REGIONAL LORENA

Unimed inaugura setor de UTI em Hospital de Lorena

Fotos: Unimed Lorena

Um novo empreendimento da área médica chega a Lorena. Em três anos de obra e com um investimento de R$ 2 milhões, oriundos de recursos próprios, a Unimed inaugurou na noite do dia 15 de outubro uma ala de Unidade de Terapia Intensiva na sede do hospital lorenense. O local é destinado ao atendimento de pacientes conveniados que se encontram em situação de alta complexidade, e disponibiliza de dez leitos, sendo um deles atribuído a casos em que é necessário o isolamento. O centro é equipado por aparelhos de última geração, necessários para monitoramento, ventilação mecânica e, até mesmo, hemodiálise.

Da esquerda para a direita – No evento: Dr. Marco Ude (Diretor superintendente), Dra. Maria Aparecida Marcondes (Diretora presidente), Dr. Reinaldo Antônio Barbosa (Diretor financeiro Unimed FESP), Dr. Luis Antônio Baptista (Diretor vice-presidente)

Os trabalhos serão desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar, a qual é composta de médicos, enfermeiros e técnicos em Enfermagem, fisioterapeutas, nutricionista, auxiliar administrativo e funcionários de limpeza. O município contava, até então, com dez leitos de UTI na Santa Casa de Misericórdia, os quais atendiam a demanda do SUS, de convênios e internações particulares tanto da cidade, quanto da região. Esta condição propiciava o surgimento de fila de espera e o agravamento de casos. Agora, com o lançamento destes novos leitos, os conveniados da Unimed têm maior possibilidade de pronto atendimento, e as vagas da Santa Casa, para tratamentos de urgência, serão liberadas. “O aumento do número de leitos e a modernização dos equipa-

mentos vão propiciar um melhor atendimento aos beneficiários e promover maior agilidade na gestão dos casos graves do município”, esclarece Marcelo Antunes, coordenador de Mercado e Marketing da Unimed Lorena. O Hospital Unimed Lorena é atualmente dirigido pela Dra. Maria Aparecida Marcondes de Andrade Nogueira (presidente) e pelos doutores Luis Antônio Reis Pereira Baptista (vice-residente) e Marco Sarquis Ude (diretor superintendente), e se localiza na Rua Dona Lulu Meyer, 345, Bairro da Cruz.

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REGIONAL SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Dr. Antonio Celso Escada nasceu em 18 de janeiro de 1932, em Lorena.

Foto: Arquivo pessoal

Após 50 anos de exercício da Medicina, anestesiologista se dedica à carreira de escritor

Estudou no Rio de Janeiro, onde se formou em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas no ano de 1957. Suas primeiras atividades profissionais aconteceram em Lucélia, no interior de São Paulo, no período de 1959 a 1962. Depois, passou por São Sebastião, no litoral Norte do Estado, onde atuou por 10 anos. A partir de 1972, mudou-se para São José dos Campos, onde vive atualmente. Especializado em Anestesia, trabalhou em hospitais filantrópicos (Santas Casas) das cidades pelas quais passou. Pós-graduado em Saúde Pública pela USP (Universidade de São Paulo), prestou serviços para o Ministério da Saúde e aposentou-se após 30 anos de carreira médica. Defensor do SUS, enquanto professor de Medicina Social, participou de eventos que resultaram na criação do órgão. Em São José, foi vereador e secretário municipal de Saúde, atividades políticas estas que, juntamente com o trabalho dos agentes de saúde, resultaram no início da queda da mortalidade infantil do município, importante indicador social. Começou a escrever seus contos e poemas aos 80 anos de idade.

livro do “Perigoso” avô. Além de contador de histórias e criar poemas, fui professor universitário por mais de 30 anos; lecionei Medicina Social na Univap e Unitau. Fui vereador, presidente da Câmara de São José dos Campos e secretário Municipal de Saúde. Para me despedir, convido-os para a leitura do poema “Despedida”. Escada

Aos 80 anos, aposentado em “tempo integral”, ficou um vazio a preencher. Contador de muitas histórias para os filhos, netos e amigos, comecei a escrever as histórias de convivência com pessoas das cidades por onde passei. Fui incentivado pelos filhos e netos, que participaram na construção da edição deste livro. Tiago, neto mais velho, desenhou a capa; o prefácio foi de minha filha Izabel, pesquisadora do INPE. Um amigo e cirurgião, Zaire Rezende, fez a apresentação; trabalhamos em Lucélia e São Sebastião por mais de 15 anos. Por dois mandatos, foi eleito vereador em São Sebastião, foi prefeito de Uberlândia por duas vezes, e eleito duas vezes como deputado federal (sem aposentadoria pela Câmara). A revisão dos textos ficou a cargo de minha esposa, Anna Maria Sobral Escada e de Antônio Miguel, genro pesquisador do INPE. Adam, quarto neto e jornalista, escreveu o pósfacio do

Despedida Partirás. Por hora, não mais estarás conosco. Fica a lembrança do teu sorriso, de tua alegria. Levas a lembrança de nosso carinho, de nossa ternura. Volte, quando quiser, traga de volta teu sorriso e alegria.

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Cardíacos Luís Fernando Verissimo Livro: Novas Comédias da Vida Privada Editora: L&PM

Conversa de safenado é uma subdivisão de conversa de cardíaco. Conversa de cardíaco tem várias subdivisões, cada uma com seu código próprio. - Você já...? - Ainda não. As reticências da pergunta substituem a palavra “enfartou”. Há cardíacos que já tiveram enfarte (ou o enfarte, ou o enfartozinho, no caso de ter sido um enfarte pequeno ou do enfartado ter desenvolvido um certo carinho pelo que lhe aconteceu) e cardíacos que ainda não. Os que ainda não olham os que já com o respeito que todo amador dedica aos profissionais de seu ramo. Os que já olham os que ainda não com um misto de pena e desafio: eu já tive o meu e ainda estou aqui, velho. Quero ver você. (Há uma certa agressividade entre cardíacos. É a sua forma de serem solidários. De desviarem, uns para os outros, seu ressentimento com esse algoz comum, o coração e suas artérias próximas). Outra subdivisão da conversa de cardíaco é a comparação de hemogramas. - O meu bom está alto e o meu ruim está baixo. - Parabéns!

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O “parabéns” pode esconder a inveja. Exames de sangue são como exames de escola, há os que passam e há os que rodam, às vezes literalmente. Com a desvantagem que não adianta você colar do hemograma do vizinho. O “bom” refere-se ao colesterol bom, de que todos precisamos, o “ruim” ao seu oposto, o colesterol mai, o que nos mata. E há aquela parte da conversa que sempre acaba em lamento e recriminações. A questão do exercício. - Tens caminhado? - Não. Cadê o tempo? - Faz como eu, compra uma bicicleta ergométrica. É muito mais prático, pode-se usar com qualquer clima, é mais seguro... - Você faz bicicleta ergométrica quantas vezes por semana? - Nenhuma. Cadê o tempo? É nas conversas de safenados que o espírito de competição aparece com muito mais força entre os cardíacos. A hora de cada um dizer quantas pontes fez é um pouco como a hora de mostrar o jogo, no pôquer. A sensação é a mesma. - Tenho duas safenas e uma mamária. - Ganhei! Tenho três safenas e uma mamária.

(Três safenas e uma mamária equivaleria a um “full hand” no pôquer. Pode ser abatido, mas não facilmente.) Para os sãos e os leigos não se sentirem diminuídos, explico que pontes de safena são feitas com as veias safenas que nós temos nas pernas. Como elas não fazem muita falta nas pernas, pode-se especular que foram postas ali já prevendo a sua eventual utilização como sobressalentes, por alguma Força Superior com um senso de humor discutível. As mamárias são mais confiáveis do que as safenas. Isto, talvez, se deva ao fato das safenas emigrarem da perna para o peito, onde precisam se ambientar, conhecer os novos vizinhos, etc., enquanto as mamárias já são da zona. Sei lá. Tenho três safenas e uma mamária. Algo como uma trinca, mas de ases. Não faço feio em nenhuma roda de safenados e já humilhei alguns. Mas sempre aparece alguém para dizer: - As tuas três safenas na primeira operação, mais três safenas e uma mamária na segunda. Sempre tem um mais exibido.

Foto: Divulgação

LITERATURA


CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA

Médicos com 50 anos de carreira são homenageados pelo Cremesp

Fotos: Lúcia da Silva

O Dia do Médico é comemorado em 18 de outubro. Para celebrar a data, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo prestou homenagens aos colegas, do interior e da capital, que completaram 50 anos de exercício ético e competente da profissão. Em Taubaté, a cerimônia aconteceu na sede na APM, no dia 21 de outubro, e contou com a presença de homenageados, familiares, amigos e autoridades.

O Cremesp e a APM expressam o seu reconhecimento aos médicos do Estado de São Paulo, que lutam incansavelmente pela saúde da população.

Parabéns, doutores!

Homenageados Antonio Jose Elias Andraus Antonio Maury Lancia Aurelino Ferreira Junior Benedicto Kalil Francis Carlos Enrique Quiroz Caso Edit Fraga Da Silva Fabio Gilson Cavalca Pinto Heitor Vieira De Resende Joao Saad Gibran Joaquim Mendes Castilho Netto

José Arthur Lessa José Miramar Junqueira De Souza José Wilson Cursino Luiz Roberto Da Silva Lacaz Maria Aparecida Distefano Pinto Marly Benini Mirtes Fantezia Andraus Orlando Pereira Fraga Samuel Barboza Da Costa Salomao Theodoro Da Silva

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DIRETÓRIO ACADÊMICO BENEDICTO MONTENEGRO D.A.B.M.

Faculdade de Medicina distribui medicamentos gratuitos à população

Com registro de 50 atendimentos diários, a “Farmacinha” disponibiliza de uma rica variedade de remédios. A maior procura é registrada para medicamentos de hipertensão, dislipidemia e diabetes, os quais são entregues aos pacientes mediante a apresentação de receita médica. Um livro de registro controla o fluxo de saída e a disponibilidade de produtos no estoque, estratégia administrativa que determina a proporção dos serviços prestados e as possíveis necessidades de abastecimento. Os remédios distribuídos são oriundos de doações recebidas, principalmente, de familiares de acadêmicos,

Os próprios alunos do curso de Medicina auxiliam nos trabalhos locais

já que muitos desses atuam na área médica. Quem tiver o interesse de colaborar com o projeto, deve entrar em contato com as responsáveis Teresa Meirelles (12) 98830-5160 ou Isabella Melo (62) 9648-1331, e seguir alguns critérios: atentar-se à data limite do uso do medicamento e fornecer a embalagem sem violação. Não são aceitos remédios psicotrópicos (tarja preta). A Farmácia Comunitária se localiza no Campus do Bom Conselho, situado na

Avenida Tiradentes, nº 500. O funcionamento acontece nas segundas e quintas-feiras, das 18h30 às 20h30. O atendimento fica por conta do Sr. Cláudio Torino, voluntário atuante desde a inauguração da “Farmacinha”, e da aluna de Medicina e farmacêutica Nayara Dias.

Colaboração: Alan EidiHanda Ex-diretor de Comunicação D.A.B.M.

Doações: Interessou-se pelos serviços prestados? Colabore! Contatos: Teresa Meirelles (12) 98830-5160 Isabella Melo (62) 9648-1331

24Fotos: D.A.B.M.

No atendimento, a aluna Nayara Dias e o voluntário Sr. Cláudio Torino

Fotos: D.A.B.M

No ano de 1967, por iniciativa de Antônio Carlos da Silva, aluno da primeira turma de Medicina da Faculdade de Taubaté, foi fundada a Farmácia Comunitária. Em funcionamento há 48 anos, o projeto é gerido pelo Diretório Acadêmico Benedicto Montenegro, e atende gratuitamente a comunidade de Taubaté e região, além dos próprios acadêmicos do curso.


Nova gestão assume Diretório Acadêmico até 2016 O Diretório Acadêmico Benedicto Montenegro, da Faculdade de Medicina de Taubaté, está sob nova gestão. A posse foi tomada no dia 30 de setembro, na sede do Diretório, e contou com a participação de membros do conselho e alunos. O mandato tem duração de um ano e, neste período, os gestores se propõem a estimular a realização de projetos científicos na Universidade e no Hospital Universitário, ampliar as políticas externas do Diretório, implantar um sistema de cadastro na “Farmacinha” junto ao Conselho Regional de Farmácia, e incentivar

a construção do novo prédio da Faculdade.

CONFIRA OS MEMBROS DA GESTÃO 2015 - 2016

Segundo Maria Julia Presidente: Maria Julia Lumi Watanabe Watanabe, nova presiVice- presidente interno: Presidente dente do Diretório AcaIsabella de Oliveira Melo dêmico, os trabalhos serão Vice-presidente externo: dedicados à luta pelos direitos e Ediane de Pinho Nishimoto interesses dos estudantes. “Espero 1º secretario: Tamie Magalhães que a nossa gestão traga melhorias 2º secretario: Amanda Soares efetivas para a faculdade, e que to1º Tesoureiro: Luiz Eduardo Crozariol dos os alunos se sintam represen2º Tesoureiro: Walquíria Sayuri Kuramoto tados”, esclarece. Patrimônio: Luiz Eduardo Crozariol FIES: Tamiê Magalhães Os trabalhos desta diretoria se enComunicação: Teresa Meirelles cerrarão em setembro do ano que Relações Externas: Marina Ianelli vem, quando uma nova equipe for Relações Sociais: Juliana Anselmo eleita. Relações Públicas: Walquiria Sayuri Kuramoto Farmacinha: Teresa Meirelles

Membros da gestão 2015 – 2016 do D.A.B.M.

Fotos: D.A.B.M

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CLUBE DE CAMPO APM

Conforto, descanso e lazer a sua di Localizado na Serra da Cantareira, a 26 quilômetros do centro da capital, o Clube de Campo da Associação Paulista de Medicina (APM) é uma excelente opção de lazer para a classe médica de todo o Estado. Lá, o associado encontra o espaço ideal para a prática esportiva, para a diversão, e também para o relaxamento físico e emocional, em meio à tranquilidade e ao incrível visual da Mata Atlântica intocada. O Clube de Campo da APM oferece 12 chalés que abrigam de cinco a sete pessoas, e 12 suítes para até seis pessoas. As hospedagens contam com televisão, móveis, utensílios de cozinha, eletrodomésticos e serviço de café da manhã. O Clube dispõe também de um espaço reservado para camping com área para trailers e barracas. Na baixa temporada (entre maio e setem-

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bro), há desconto de 30% nas reservas, que podem ser feitas com antecedência de até 60 dias. A Associação Paulista de Medicina valoriza muito a prática esportiva de seus associados. Por isso, o Clube de Campo dispõe de quadra poliesportiva para jo-

gos de handebol, basquete, vôlei e futebol de salão. Há também campo de futebol e quadras de tênis em perfeito estado. O grande lago do Clube está disponível para os apreciadores da pesca esportiva. A sede campestre possui, ainda,


Fotos: Divulgação Flikr APM Estadual

isposição uma área com playground e salão de jogos, onde as crianças e adolescentes podem se divertir com segurança.

Informações e reservas: Telefones: (11) 4899-3535 / 3518 / 3519 / 4499-3536

Outro grande atrativo do local é o parque aquático, formado por três piscinas climatizadas (tama-

E-mail: sedecampestre@apm.org.br nhos infantil, adulto e semiolímpica) e tobo-água.

Site: www.apm.org.br/clube-de-campo.aspx

Além disso, o auditório para 70 pessoas e a churrasqueira para até 100 convidados são ideais para que o associado realize o seu evento.

Horário de atendimento: 9h às 18h

O Clube de Campo é um lugar propício para a contemplação da natureza, com seus 145 hectares de Mata Atlântica, riachos, lagos, brejos, bosques e jardins.

Endereço: Estrada de Santa Inês, Km 10, Caieiras/SP Busca pelo Google: Estrada Santa Inês nº 9335 Busca pelo GPS: Estrada Santa Inês nº 8335

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REGIONAL GUARATINGUETÁ Foto: Arquivo Pessoal

Falando de vinho... Qual e onde comprar? Como comprar? Por: Dr. Antonio Diniz Torres Cardiologista Quando encontro com colegas médicos, que sabem do meu interesse e gosto pelos vinhos, “o que, como e onde comprar” são perguntas que, com freqüência, fazem parte das conversas informais que permeiam o corre-corre dos dias atarefados com a Medicina. O vinho, bebida milenar, ainda não é a primeira escolha do brasileiro, mas a cada dia vem conquistando novos apreciadores, inclusive por se tratar de uma bebida socializadora, que gosta de reunir pessoas, estimular a convivência alegre e descontraída, remeter a um acompanhamento gastronômico e incentivar longas conversas ao seu redor. É bom sabermos que a grande maioria dos vinhos, quando são engarrafados, já se encontram prontos para serem consumidos, e que seu envelhecimento pode acrescentar muito pouco, ou quase nada, a sua qualidade. O axioma “vinho quanto mais velho, melhor” deve ser considerado com muita cautela. Não são todos os vinhos que melhoram com o envelhecimento na garrafa, ao contrário, é uma pequena parte da produção mundial que se presta para guarda. Os vinhos de guarda são elaborados para esta finalidade, são bem estruturados, têm alto teor alcoólico, são ricos em extratos vegetais, condições que vão permitir que ele evolua durante anos até que esteja “redondo” para ser degustado. Vinho é para se bebido, não para ser guardado. Recomendo que no ato de escolha que precede a compra, haja atenção as condições de apresentação do vinho, à conservação em local refrigerado e sem iluminação direta, ao não vazamento pela rolha, à integridade dos rótulos - fator que demonstra o manuseio adequado, e à distância dos produtos com odores fortes - os quais podem ser absorvidos pelo vinho. Também aconselho que se dê preferência aos vinhos jovens, com no máximo três anos de fabricação. Diante destas precauções, temos que saber qual deles desejamos. Existem muitas técnicas para harmonização dos vinhos, mas de forma simples, vale o básico: vinho branco é indicado para peixes, vinho tinto acompanha bem as carnes, vinho rose combina com pratos compostos por aves e carnes magras. O espumante, devido a sua excelente acidez, adéqua-se com peixes, canapés, e não pode faltar nas festas e comemorações. Não podemos nos esquecer dos vinhos fortificados e doces, que são acompanhantes clássicos de alguns tipos de queijos e sobremesas.

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De olho neste segmento de consumo, as grandes redes de supermercados, os maiores varejistas de bebidas e alimentos do país, têm investido em atraentes espaços, compondo adegas com prateleiras repletas de variados vinhos procedentes de todos os continentes, oferecendo acessórios elegantes, criando um visual irresistível aos olhares de todos, aguçando a atenção dos já enófilos e despertando o interesse de novos apreciadores. Em nossa região, temos bons pontos de venda de vinhos nos supermercados. Não havendo conflito de interesses, podemos citar: Pão de Açúcar, Carrefour, Villarreal, Spani e outros. Em relação ao consumo diário, aquele sem sofisticação e que cumpre a missão de complementar uma refeição ou melhorar o fim do dia, estes supermercados atendem os anseios e até surpreendem com ofertas de bons produtos a preços honestos. Dispomos, também, de lojas especializadas, empórios e importadoras, principalmente em São José dos Campos e Taubaté. Se levarmos em consideração o e-commerce, é possível atender aos gostos mais exigentes, pois a entrega em domicílio rompe a barreira da distância e permite aos mais apaixonados a aquisição de, praticamente, todos os vinhos que existem. “Qual comprar?” é outra conversa, pois existem vinhos para todos os gostos e todos os momentos, para acompanhar uma refeição frugal ou uma mais elaborada, e com preços para todos os bolsos. Para finalizar, esclareço que as lojas especializadas e alguns supermercados oferecem assessoria de profissionais, os sommeliers, para auxiliar seus clientes nas escolhas. Um abraço aos amigos e, já que “in vino veritas”, se beber, não dirija, pois “in aqua sanitas”.

Conserve bem o seu Vinho! - Mantenha-o em local refrigerado e sem iluminação direta - Não permita vazamentos pela rolha - Preserve a integridade dos rótulos - Mantenha-o à distância de produtos com odores fortes


Boas festas! Antecipadamente, A APM Taubaté deseja a todos um próspero 2016, repleto de saúde, felicidades e grandes conquistas. Nossa próxima edição será divulgada em janeiro do próximo ano, repleta de notícias e destaques regionais.

ASSOCIE-SE Interessou-se pela revista? Gostaria recebê-la no consultório ou diretamente em casa? Então, cadastre-se na Associação Paulista de Medicina – Regional Taubaté. É simples, rápido e seguro! Se já for associado, mantenha seus dados atualizados – telefone, e-mail, endereço para correspondência. (12) 3632.3818 taubate@apm.org.br 29


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s e t n a i r a s r e Aniv A APM Taubaté saúda a todos os amigos e associados pelas comemorações natalícias. ANIVERSARIANTES DE OUTUBRO 02/10 MARCOS ROBERTO MARTINS 04/10 JOSE PAULO PEREIRA HENRIQUE RIBEIRO SOUBHIA 05/10 MARIANA PILAN CAPELLA 06/10 REBECA HARA NAHIME 07/10 GABRIELA ALVES ROSA GABRIELA ULIAM HOMEM 09/10 ALEXANDRE MORENO MACRI 12/10 GUILHERME RICARDO NUNES SILVA 17/10 CLAYTON APARECIDO DE PAULA 18/10 VANDA PEREIRA LEITÃO 21/10 OTAVIO SCHMIDT DE AZEVEDO 22/10 THIAGO PASQUALIN 27/10 EDINEIDE VIEIRA CEDENO IGOR TADEU DA COSTA 28/10 ALEXANDRA CARMELA SPERANZA 29/10 ELISA MARIA D RIBEIRO DE SOUZA GILZELIA FERNANDES BATISTA 31/10 LUIZ FERNANDO ALBANO DE PAULA OSMAR ANTONIO VILLELA SANTOS JUNIOR ANIVERSARIANTES DE NOVEMBRO 01/11 NATALIA TEIXEIRA SOUZA 04/11 FABIO RODRIGO BERTINI COUTINHO 06/11 AURELIO TEIXEIRA SOUZA 07/11 RENATA NUNES CORREA 09/11 ANTONIO CARLOS BARTOLOMUCCI ERICA SERRANO SKAMARAKAS MARIANA TELLES DE CASTRO 10/11 ANARELLA CENSONI DE AVILA E LIMA ELTON CONSTANTINO 12/11 LUIZ CARLOS RICCIARELLI 13/11 PATRICIA VILELA CARDOSO 14/11 DEBORA LEIKO KOIDE FUKUOCA 16/11 ROBERTO REZENDE MACHADO 18/11 BRUNO VIERNO DE ARAUJO 19/11 RICARDO AUGUSTO DE PAULA PINTO 20/11 AURO FABIO BORNIA ORTEGA 23/11 ALYOSHA FABIANA RODRIGUES 26/11 SORAYA SABA 27/11 MARRIELI DE MORAES 30/11 MARIA REGINA G F BARTOLOMUCCI

ANIVERSARIANTES DE DEZEMBRO 01/12 CLAUDIA ROGÉRIO DOMMARCO SABBAG 03/12 CAMILA DE OLIVEIRA CAMILLO LEANDRO DE OLIVEIRA SOUZA MARIANA DE MEDEIROS I B P GONÇALVES 04/12 LUIZ CELSO SILVEIRA PICCINI 04 RAFFAELA NICODEMO LEMOS 05/12 ANTONIO HENRIQUE SANTOS ROCHA FILHO LUCIANO VILELA DE OLIVEIRA 06/12 ANTONIO VITOR MARTINS PRIANTE VALÉRIA GANDOLFI GERALDO 07/12 DANILO GARCIA DE ARAUJO ISA MARIA DE FÁTIMA OLIVEIRA RODRIGUEZ 08/12 MARIELA ANNICHINO GUIDA XENOFONTE PAULO R MAZZINI 09/12 OMA MARTINEZ MOMPELLER 10/12 JAYME FONTOURA SOUSA 11/12 TATIANA PALUDETTO L VERDELLE 13/12 MARIANA HOOL BAJERL 14/12 ANDREA NAOMI OKUYAMA CLAUDIA TONET GERALDO JOSÉ TUFFI RODRIGO LUIZ DE LIMA 16/12 ALEXANDRE MINORU TOME HORIUCHI KENDI YOKOMIZO MARIA RITA NATAL GONÇALVES 17/12 FERNANDA VIEIRA FERREIRA LUCIANA GOBBO DA FONSECA MARIO PEREIRA IEMINI RAFAEL JOSÉ ZANITH GADIOLI 18/12 CARLOS ALBERTO STRACHEUSKI 19/12 MARCELO ABDULKLECH SANTOS 20/12 RENATO MORETTI MARQUES RUI FERNANDO FARIAS DE ASSIS 22/12 ELISANGELA CALHEIRO DOS SANTOS 24/12 TIAGO TADASHI DIAS MONMA 26/12 EDUARDO CESAR FREIRE GUARACY DOMINGUES PEREIRA 27/12 ANA PAULA CARELLI DE OLIVEIRA 28/12 MARIANNE DOS SANTOS FOGAÇA 29/12 MARIA CECÍLIA VIANA DE ALVARENGA RAFAEL FERREIRA LUFTI 30/12 MARCOS LINDENBERG NETO 31/12 JOSÉ DOMINGOS ABREU DE ANDRADE RUI NORONHA SACRAMENTO SABRINA CABRAL

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