Sabor do dia versão web

Page 1


02 | Teresina, Quinta-feira, 07 de novembro de 2013. Por dentro das panelas Natacha Maranhão Editora

Na pressão! Super aliada de quem tem pouco tempo, a panela de pressão ajuda a cozinhar rapidamente alimentos duros como o feijão, e este é o seu uso mais comum. Mas é possível usar a panela de pressão para o preparo de vários pratos, como carnes e até massas, como essa receita abaixo.

Macarrão sob pressão

Frigideira para bife, panela de pressão para o feijão, caçarola para o cozido. Escolher a panela certa para cada alimento facilita o preparo, poupa tempo e evita erros que podem resultar em comida ruim. Não é necessário ter dezenas de panelas em casa, mas alguns modelos são essenciais para quem cozinha no dia a dia. Além do tamanho, o material da panela também deve ser levado em consideração na hora da compra. As de inox são consideradas se-

guras por não liberarem materiais pesados durante o cozimento, mas tem como ponto negativo o fato de não serem boas condutoras de calor. Escolha as de fundo triplo, que têm camadas de alumínio e/ou cobre, isso resolve o problema. As panelas de alumínio ainda são as mais usadas, por serem mais baratas. O “defeito” é que soltam alumínio nos alimentos, especialmente no caso de molhos ácidos, como o de tomate. Evite arear a panela por dentro, pois isso aumenta a liberação de materiais durante

Cada um na sua Caçarola Use para preparar pratos com caldo, como cozidos e ensopados. Também para arroz

Cuide das suas panelas Frigideira funda Use para frituras por imersão, como batata frita.

Frigideira rasa Para o preparo de omeletes, farofa, ovo frito, ovo mexido

Espagueteira Além de cozinhar o macarrão, pode cozinhar legumes e verduras

o cozimento. Em tempos de boicote à gordura, as panelas antiaderentes são grandes aliadas, mas exigem cuidado extra na hora da limpeza e mesmo no preparo dos alimentos. Quando o revestimento é danificado, é preciso trocar a panela. Menos comuns, mas ainda usadas principalmente por quem preza a tradição, as panelas de cobre e ferro são ótimas condutoras de calor, e as de barro são excelentes para o preparo de pratos como moqueca e peixada.

Panela com cabo Use para preparar molhos e cremes

Não jogue água fria na panela muito quente, isso pode deformar a superfície Em panelas e frigideiras com antiaderente use utensílios de plástico, silicone ou madeira Evite usar esponja de aço na parte interna das panelas de alumínio Se a comida grudou na panela, coloque água e espere amolecer, não raspe o fundo

Ingredientes: 500 g de carne moída 3 colheres (sopa) de óleo para refogar 2 dentes de alho amassados 1 cebola média picada 1 lata de molho de tomate 1 lata de creme de leite 500 ml de água fervente 500 g de macarrão parafuso (ou outra massa curta, como penne) Sal a gosto Queijo ralado Modo de preparo: Refogue a carne na panela de pressão com o alho e a cebola. Quando estiver sequinha acrescente o macarrão cru e misture bem. Coloque o molho de tomate, o creme de leite e a água e tampe a panela. Quando começar a chiar, conte três minutos e apague o fogo. Sirva com queijo ralado.


Teresina, Quinta-feira, 07 de novembro de 2013. l

Festival da Uva

De 14 a 16 de novembro, o município de São João do Piauí sedia a quarta edição do Festival da Uva, promovido pela prefeitura municipal em parceria com a Secretaria Estadual do Turismo. O evento acontece no período da colheita da uva e além dos produtos feitos com a fruta, também é uma oportunidade para conhecer a gastronomia e o artesanato da região. São João do Piauí fica a 460km de Teresina e tem um grande potencial para fruticultura irrigada.

Fispal Food Service Nordeste A 11ª edição da Feira de Produtos e Serviços para a Alimentação Fora do Lar no Nordeste acontece de 5 a 8 de novembro, em Recife, no Centro de Convenções de Pernambuco. Mais de 150 expositores vão participar do evento, que tem expectativa de público de 18 mil pessoas, a maioria proprietários ou responsáveis pelas compras de restaurantes, bares, hotéis, buffets e similares.

Petisca Sampa

Até o dia 15 de novembro, São Paulo sedia o Petisca, festival gastronômico que visa descobrir os melhores happy hours da cidade e já é sucesso em Curitiba e Porto Alegre. Funciona assim: os estabelecimen-

tos cadastrados – em SP são 35 – criam combos gourmet, com um petisco e uma bebida, para servir no happy hour, com valor fixo de R$ 21. Eles serão avaliados pelos clientes e por uma equipe técnica, formada por especialistas, que deverão escolher a melhor apresentação do combo, sabor do petisco, harmonização com a bebida, melhor atendimento e ambiente do estabelecimento. Tem também um concurso para escolher as fotos mais criativas durante o happy hour e compartilhadas no Instagram e Twitter, com prêmios para o público.

CIH&G no Sul Porto Alegre sedia nos dias 19 e 20 de novembro o 2° Congresso Internacional de Hospedagem & Gastronomia (CIH&G), no Pavilhão do Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre. O evento é organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Hoteis do Rio Grande do Sul (ABIH-RS) e terá palestrantes nacionais e internacionais. No mesmo período e local também vai acontecer a Expo Hotel Sul, feira do setor hoteleiro da região.

03


04 | Teresina, Quinta-feira, 07 de novembro de 2013. DNA Natural muda conceito de fast food Quem disse que comida saudável não pode ser rápida? Há oito anos a DNA Natural derrubou esse mito e espalhou pelo Brasil a comprovação de que alimentação saudável não é modismo e pode ser muito gostosa. A maior franquia de fast food saudável do Brasil tem mais de 70 lojas. O clima de Teresina é a grande aposta da rede, que tem sede em Santa Catarina. “Nesse caso o clima ajuda a fazer o diferencial, porque nosso cardápio tem tudo a ver com o calor da cidade”, afirma Andrea Medina, consultora da franquia. Desde o início, a DNA Natural

acreditou que um cardápio de opções saudáveis, que podem ser consumidos desde a primeira refeição do dia, combinado ao clima sempre quente de Teresina, seria um sucesso. Os wraps, pressatas, saladas, grelhados e smoothies são as opções mais procuradas pelos clientes do bistrô Dna Natural Teresina, que podem ter o prazer de montar a própria salada, combinando os ingredientes preferidos entre grelhados, acompanhamentos especiais e molhos. parte, especialmente para as mulheres. Além Os sucos terapêuticos são uma atração à do sabor, ajudam a levantar o astral do dia com ingredientes que curam ressaca, fazem detox e drenagem e garantem mais energia. As frutas também são destaque no bistrô, que oferece sobremesas saudáveis para agradar a todos os paladares. “Muito bom. Faltava um lugar com essa qualidade na comida. As sobremesas são ótimas! Adorei!”, elogia a cliente Naiara Adad. A franquia chegou ao Piauí há apenas 4 meses e já tem clientela cativa. A DNA Natural

foi eleita pela Revista Veja como a melhor do segmento em 2009/2010/2011e 2012 , por ter índice de satisfação do cliente de 98%. No Nordeste, está presente em Recife, Maceió,Campina Grande, Fortaleza, João Pessoa e Salvador. Na região Meio do país a primeira capital a ter uma franquia DNA Natural foi Teresina. O bistrô DNA Natural Teresina fica na avenida Dom Severino, 1055, bairro Fátima. Funciona das 11 horas às 23 horas todos os dias. https://www.facebook.com/dnateresina.


Teresina, Quinta-feira, 07 de novembro de 2013. l

Estilos de cerveja O estilo de uma cerveja é definido pelo tipo de fermentação através do qual ela é produzida. Existem centenas de tipos, e estas que citamos estão disponíveis com relativa facilidade no mercado local. Comece olhando atentamente o rótulo, eles indicam o tipo de cerveja – é nessa hora que você vai saber se está com uma stout, uma weissbier ou uma lager nas mãos. Vamos começar com os dois tipos mais comuns: Lager e Ale.

Cervejas Lager Lager é um tipo de cerveja fermentada com uma levedura que trabalha melhor em temperaturas mais baixas. Essa levedura é chamada de levedura de baixa fermentação. A lager padrão é uma cerveja clara e possui um sabor levemente amargo, mas bastante simples em

comparação com as Ales, que são mais frutadas e complexas. Aqui no Brasil, a maioria das cervejas “comerciais” são vendidas como “pilsen” mas na verdade são um tipo de lager, a American Lager, muito leves, refrescantes e que devem ser servidas geladas. As lagers também podem ser escuras, como as malzbiers, estas de sabor mais adocicado. Temos ainda neste estilo as bocks, com teor alcoólico mais elevado e de cor avermelhada.

Cervejas Ale Ale é um tipo de cerveja mais complexa, produzida a partir de cevada maltada usando uma levedura que trabalha melhor em temperaturas mais elevadas. Esta levedura é conhecida como levedura de alta fermentação e fermenta a cer-

veja rapidamente, proporcionando um sabor frutado e com mais corpo que as lagers. Neste estilo de cerveja enquadram-se dezenas de tipos diferentes. No nosso mercado, podemos encontrar com relativa facilidade as pale ales, claras como as lager mas com teor alcólico um pouco mais elevado; as english pale ales ou bitters, famosas nos pubs ingleses, com sabor mais amargo; as brown ales, mais maltadas e de cor mais escura; as belgian ales, também classificadas como dubbel, tripel ou quadrupel (significando o dobro, triplo ou quádruplo da quantidade de malte na receita); as weissbier, de cor clara, aspecto opaco, refrescantes e frutadas, produzidas à base de trigo; e as stout, cervejas negras opacas, dotadas de forte sabor amargo, variando entre o chocolate, café e malte torrado, que apresentam alto teor alcóolico.

05


06 | Teresina, Quinta-feira, 07 de novembro de 2013.


Teresina, Quinta-feira, 07 de novembro de 2013. l

07


08 | Teresina, Quinta-feira, 07 de novembro de 2013. É massa! Natacha Maranhão Editora Comer uma massa preparada em casa é prazer para poucos. Não que seja complicado ou extremamente trabalhoso, o que ocorre é que a maioria das pessoas acha que não é capaz de produzir seu próprio macarrão. O especialista em massas finas Robson Roberto afirma que qualquer pessoa pode fazer massa em casa, conhecendo as técnicas certas e alguns segredinhos que fazem diferença. Há três anos ele viaja pelo Brasil ensinando a chefs de cozinha, donos de restaurante, donas de casa e outros interessados os segredos de uma boa massa caseira. Mais de 1.300 pessoas já fizeram o curso e boa parte delas já usa os conhecimentos profissionalmente, em seus próprios pastifícios. Robson revela que não é necessário ter “intimidade” com a cozinha para fazer o curso de massas. “É muito didático e simples, e quando as pessoas me perguntam se

é preciso saber cozinhar para fazer uma boa massa, eu sempre cito o caso de uma aluna de São Paulo, que me procurou dizendo que não sabia fritar um ovo, mas precisava achar um jeito de trabalhar em casa, pois tem um filho especial e não pode trabalhar fora. Ela fez o curso, aprendeu tudo e hoje tem uma empresa que fornece quase uma tonelada de massa por mês para restaurantes. É tudo uma questão de querer fazer, de estar focado”, diz o especialista. Usar ingredientes de qualidade é o primeiro passo para preparar qualquer comida. Com as massas caseiras não é diferente. Robson Roberto explica que conhecer os ingredientes é a chave para um bom trabalho, assim como a dedicação. “A nossa proposta é que os alunos saiam do curso prontos para abrir seus pastifícios, para produzir em larga escala, mas muita gente vem apenas aprender para fazer uma refeição especial para a

família e os amigos. O primeiro passo é saber o que está usando, para depois começar a misturar e criar as próprias combinações”, comenta. As massas coloridas são a grande vedete do curso, assim como as massas aromatizadas com limão siciliano, chocolate, canela. Ingredientes como tomate, espinafre, pimenta calabresa, cenoura e salsa enriquecem raviólis, capelettis e gnocchis. “Nosso trabalho vai do mais básico, que é a preparação da massa e dos molhos mais simples, ao congelamento e armazenamento das massas. Também vejo como uma forma de inclusão social, porque as pessoas saem prontas para abrir um negócio. Isso é uma coisa que me deixa muito feliz”, finaliza Robson Roberto, que vai ministrar o curso em Teresina, em data a ser definida, através de parceria com o IFPI.


Teresina, Quinta-feira, 07 de novembro de 2013. l

09

Camarão do Elias, paixão de Teresina Natacha Maranhão Editora Uma história escrita a milhares de mãos. De 1980 até hoje, são mais de cinco mil fotos, bilhetes e cartas de clientes que viram amigos. São milhares de almoços e jantares que terminam com sorrisos largos e a certeza de voltar mais uma vez para encontrar a figura querida do Elias do Camarão, patrimônio da gastronomia piauiense. Um dos restaurantes mais tradicionais de Teresina, o Camarão do Elias mantém inalterados a qualidade da comida e o atendimento atencioso, mas ganha ares de modernidade com perfil no Instagram – para deixar todo mundo com água na boca a cada foto postada - e a partir deste mês uma cara nova, mais bonita, mais colorida e igualmente aconchegante. A empresária Sayô Holanda, que há 23 anos acompanha o pai na administração do res-

taurante e agora assume a linha de frente, emociona-se ao contar as novidades da casa. “O Camarão do Elias tem uma história que me encanta. Cada cliente tem uma passagem para contar, todas com referências muito carinhosas sobre o meu pai e sobre o restaurante. Gente que vinha com os pais, ainda criança, e dormia nas cadeiras, hoje traz os filhos para cá. Não tem como não se emocionar com isso”, diz, com os mesmos olhos vivos do Elias. Dar continuidade à tradição criada por ele é uma responsabilidade enorme, encarada por Sayô como um desafio. “Meu pai é a cara do Camarão do Elias e aprendi com ele a lidar com as pessoas, a receber com carinho. Tê-lo ao meu lado nessa nova fase do restaurante é uma alegria que não tem como descrever. Cada detalhe da mudança foi feito pensando

nele, para manter vivo nele o prazer de estar aqui, porque isso é o que ele mais gosta de fazer. E o restaurante é a minha paixão também”, comenta ela. O novo visual do Camarão do Elias tem a assinatura do designer Marcos Pê, frequentador assíduo da casa e conhecedor da história da família. “Fiz questão de manter características que são marcas registradas do restaurante, como as fotos na decoração.

Agora, em vez de um biombo, temos uma parede de fotos, que é a nossa forma de agradecer por todo o carinho que continuamos recebendo até hoje. Cada pessoa e cada família que frequenta o restaurante sabe que tem um pedaço de si aqui, é o que nos fortalece e é a nossa marca. Nossos clientes são nossos amigos, desde sempre é assim”, conta Sayô Holanda. www.instagram.com/camaraodoelias


10 | Teresina, Quinta-feira, 07 de novembro de 2013. Adoradores de Carangas Natacha Maranhão Editora

Sábado à tarde, horário tradicionalmente dedicado à preguiça, ainda mais nesse calor senegalesco da nossa querida Teresina. Mas não para eles, os Adoradores de Carangas! Para quem não dispensa uma, duas, cinco, dez cordas de caranguejo sempre há disposição e pique para chegar ao bar ou restaurante e passar horas quebrando patinhas e saboreando a carne tenra e deliciosa tão bem escondida naquela carcaça dura. Os Adoradores de Carangas são uma tribo grande em Teresina. Como bem definiu o jornalista Zan Viana, comer caranguejo aqui parece ser uma forma de trazer o mar para mais perto da nossa capital. Já que não é tão fácil ir até o litoral a cada vez que dá vontade de comer, a solução é encontrar um lugar por aqui mesmo. A empresária Cristiane Cunha se define como uma “alucinada” por caranguejo desde a infância. Na casa de praia da família, em Luís Correia, era ela quem, ainda menina, preparava os caldeirões de caranguejada que reuniam irmãos, primos e amigos. A paixão é tanta que ela hoje trabalha com isso e mesmo assim não enjoa de comer. Cristiane conta que o caranguejo não precisa de mais do que água, sal, cebola e

cheiro verde para ficar delicioso. “Não tem segredo, o que faz a diferença é o cuidado que a gente tem. Nosso caranguejo é sempre fresquíssimo, recebemos o produto de terça a domingo, direto de Parnaíba. Eles chegam vivos e só começamos a matar para iniciar o preparo quando chegam os primeiros clientes, no fim da tarde, isso garante uma carne mais saborosa”, explica, acrescentando que investiu em uma máquina para ajudar na higienização dos bichinhos antes de levalos à panela. O período do defeso, que é quando os caranguejos estão se reproduzindo , é o único do ano em que o produto servido é resfriado. “Existe um controle rigoroso com relação a isso e nós fazemos questão de respeitar, porque é o que garante que sempre vamos ter caranguejo fresco nos outros meses do ano”, conta Naldo, marido e sócio de Cristiane. Eles comemoram o fato de estarem no mercado há menos de dois anos e já serem um dos estabelecimentos mais procurados pelos Adoradores de Carangas. Clientes cativos chegam a ir ao bar até três vezes por semana, apenas para comer caranguejo e tomar uma cerveja super gelada.

“Eu adoro, eu me amarro” A jornalista Tyciane Vaz mora em São Paulo e quando a chega a Teresina faz questão de comer caranguejo, porque o do Piauí é diferente dos que conseguiu encontrar mais perto de casa. “Eu sou louca por caranguejo desde criança. Contava os dias para entrar de férias para viajar a Luís Correia e comer os bichinhos. Depois surgiram vários restaurantes em Teresina que passaram a vender e logo virou o programa predileto nos fins de semana. Depois que vim morar em São Paulo, surgiu o grande problema. Onde en-

contrar meus caranguinhas? Foram muitas pesquisas do Google. Em uma das minhas idas ao litoral paulista, vi um moço na rodovia vendendo os carangas vivos. Foi muita emoção, mas meu marido me convenceu que não dava pra levar aquelas criaturinhas para casa. Não tinha como fazer no apartamento, imagina a confusão que seria? Bom, pelo menos fiquei sabendo que existe caranguejo para essas bandas de cá. As pesquisas continuaram e eu descobri um restaurante que vende caranguejos prontinhos e com as patas bem grandes na cidade de São Vicente, na


Teresina, Quinta-feira, 07 de novembro de 2013. l

Baixada Santista, a 70 km de São Paulo. Eis a minha salvação, sempre que posso mato minha vontade de comer minha comida preferida. A diferença é que aqui não servem com farofa e vinagrete. Faz muita falta. O que também faço para matar minha vontade é trazer a carne ou as patinhas congeladas e fazer por aqui sempre que a saudade bate”, conta Tyciane, que sempre é lembrada pelas amigas de Teresina nas mesas de caranguejo. Para a radialista Marie Mendes, ficar sem comer caranguejo dá aflição. Ela chega a comer duas ou três vezes por semana e não consegue recusar um convite. “Se eu vir uma foto nas redes sociais

tenho que ir comer. Se estiver ‘lisa’, dou um jeito, mas vou! É o meu fruto do mar preferido, um vício mesmo. Não posso passar muito tempo sem comer que me dá até crise de abstinência”, brinca. Marie diz que não consegue encontrar uma explicação para a paixão do teresinense por caranguejo, e não explica nem mesmo a sua. “Essas coisas a gente não explica. Gosta e pronto”, comenta, acrescentando que gosta de ir comer seus carangas com amigos de longa data, e que são “viciados” também. “Detesto ir comer caranguejo com gente fresca que fica se limpando o tempo todo e fazendo cara de nojinho. Saio logo de perto e sou capaz de largar a pessoa sozinha na mesa. Se é pra comer, vamos comer direito”.

11

Você sabe comer caranguejo?

• Segure o caranguejo pela cabeça e retire as patinhas, basta puxar que elas soltam facilmente. • Quebre as patinhas nas articulações pra comer a carne que está por dentro, é só sugar que normalmente ela sai. Se não sair, bata de leve com o martelinho para quebrar e morda com cuidado. • Chegou na desejada pata grande, é hora do toc toc com o martelo ou bastão. Bata firme mas sem usar muita força, o ideal é não despedaçar toda a casca, e sim retirar a carne inteira de dentro. Bem ao seu lado deve ter uma tigelinha com vinagrete, outra com farofa. Mergulhe a carne em uma, depois na

outra, coma e pense em como o mundo é bom! • A cabeça, ou cefalotórax, é coisa para iniciados, mas quem experimenta nunca mais desperdiça. Primeiro separe o tórax da cabeça, e é preciso cuidado para não cortar a língua ao morder as laterais, de onde saem as patinhas. Finda esta etapa, pegue a farofinha que está aí na mesa, coloque dentro da cabeça do caranguejo, coloque vinagrete por cima, misture com o caldinho e delicie-se. • Seja esperto, coma as patas primeiro e vá deixando as cabeças para comer juntas só no final. Quem come logo as cabeças demora mais e come menos.


12 | Teresina, Quinta-feira, 07 de novembro de 2013. Nos laços do vinho Você é um enófilo inveterado? Está para casar? Que tal uma lista de vinhos ao invés da tradicional lista de presentes de casamento? Normalmente, quando você vai a um casamento, uma das primeiras coisas com o que se preocupar é o presente para os noivos. Escolha difícil que sempre divide opiniões e causa muita dor de cabeça aos convidados. O que comprar? O que será mais útil aos recém-casados? Qual o preço ideal do presente? No meio de tantas indecisões, um casal de noivos decidiu por uma lista de presentes incomum. A noiva cresceu em Bento Gonçalves e sempre viu seus pais apreciando o vinho junto com amigos, nas reuniões que aconteciam

em sua casa. Já o noivo não tinha muita intimidade com a bebida até começar a namorar, quando foi apresentado oficialmente aos mistérios do vinho. Ele se encantou e os dois passaram a partilhar o interesse pelo vinho e pelas suas curiosidades. Tanto que, segundo a noiva, praticamente começaram a namorar nas degustações que frequentavam juntos. Como o casal já possuía tudo que é necessário em uma casa, resolveu arriscar e inovar na lista de presentes para o casamento. Juntamente com uma sommelier, montaram uma lista com tudo o que um bom apreciador de vinhos precisa ter em uma adega particular, desde vinhos até acessórios específicos para degustar. “Tem tudo a ver com a gente”, afirmou a noiva. Segundo eles os convidados ficaram admirados com a escolha, mas gostaram e entraram no clima. Para montar a adega é preciso conhecer o es-

tilo de vida do casal, e é essencial a ajuda de um sommelier, pesquisando sobre os hábitos alimentares dos noivos, o perfil e o ritmo de vida que levam.A premissa para se montar uma adega é a paixão pela vida e a curiosidade para experimentar novos tipos de comida e bebida. O indicado é, se for possível, possuir pelo menos duas garrafas de cada país, pode-se transformar uma degustação em uma grande festa, cabe ao casal com conhecimento ou não uma nova descoberta em cada vinho presenteado.Uma excelente dica pra quem está fazendo planos do matrimônio e já compartilham ou não do mesmo gosto. Transformando o dia a dia em uma deliciosa abertura de presentes. Fica a dica!!!!


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.