A Cidade e O Espaço Coletivo: Centro de Jundiaí

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A Cidade e O Espaço Coletivo: Centro de Jundiaí

Aline Zaqué Jampietro



UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI ESCOLA DE ARTES, ARQUITETURA, DESIGN E MODA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

A CIDADE E O ESPAÇO COLETIVO: CENTRO DE JUNDIAÍ

ALINE ZAQUÉ JAMPIETRO

SÃO PAULO 2016 I


UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI ESCOLA DE ARTES, ARQUITETURA, DESIGN E MODA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

A CIDADE E O ESPAÇO COLETIVO: CENTRO DE JUNDIAÍ

ALINE ZAQUÉ JAMPIETRO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Anhembi Morumbi, sob orientação da professora Dra. Melissa Ramos da Silva Oliveira.

SÃO PAULO 2016 II


A cidade não é feita de pedras, é feita de homens. O essencial não é a dimensão da função, mas a dimensão da existência. (Roberto Segre)

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Dedico esse trabalho aos meus pais e irmĂŁ que sempre estiveram presentes e com certeza me apoiaram em todos os momentos da minha vida. TambĂŠm dedico esse trabalho a mim, pelo meu empenho em todos meus anos de estudos.

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AGRADECIMENTOS Agradeço a minha família, principalmente meus avós: Dalva, Edenir, Maria Aparecida e Endelson, e bisavós: Iolanda e David, que me ama muito e que se orgulha de minhas vitórias. Agradeço todos meus amigos, que me ajudaram direta ou indiretamente nesse trabalho. Através de ajuda com pesquisas e ideias ou com abraços e sorrisos. Essas pessoas que aguentaram meus dramas e estiveram comigo nos tempos de paz e de lutas. Que fizeram o possível e o impossível para me ver bem e tentaram de toda forma me ajudar. Agradeço a todas as pessoas que responderam minhas pesquisas, ajudaram muito na leitura da área. Agradeço a Universidade Anhembi Morumbi pela experiência acadêmica e por ter concedido bolsas pelas iniciações cientificas e pelo intercâmbio para um workshop de design de interiores. Enfim, agradeço a todas as pessoas que me fizeram me sentir bem, por um bom dia, um sorriso, oferecendo ajuda, por confiarem na minha capacidade, por me aceitarem como sou ou por simplesmente existirem.

Agradeço primeiramente a Deus, ao Seu Filho Jesus Cristo, a Mãe Rainha Maria e todos os Santos e Santas, por terem me dado todo dia mais um dia de vida, com muita paz, saúde, felicidade e acima de tudo fé, para continuar minha caminhada nesse mundo maravilhoso. Agradeço aos meus amados, mãe Edilaine e pai Clayton, que vivem para me fazer feliz, sempre tiveram preocupação comigo e nunca deixaram de expressar o quão imenso é o amor deles por mim. Com certeza meus pais são meus maiores exemplos. Agradeço a minha amada irmã Karine, por me ajudar a ser uma pessoa melhor e por dividir suas alegrias comigo. Agradeço todos meus professores, desde o Jardim II, que me mostraram a beleza do conhecimento, especialmente o professor Rubens do curso técnico de Artes Visuais no Colégio Divino Salvador. Agradeço aos professores: Fabiola, Fernanda, José Geraldo, Leonardo, Maria Angela, Maria Regina, Sarkis, Stamatia e Virgínia. Agradeço, em especial, a minha professora e orientadora Melissa, que foi paciente nos quatro anos que estivemos juntas, que me transmitiu muita sabedoria e que sem saber me influenciou na decisão de seguir na área de patrimônio.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 5 – Estudos de Caso

01

41 5.1 Projeto 1 – Arts Cluster 42 5.2 Projeto 2 – La Cité des Loisirs 46 5.3 Projeto 3 – Mercado Central Abu Dhabi 50

CAPÍTULO 1 – Desdobramentos da Cidade 1.1 Centro Histórico 1.2 Relações Sociais 1.3 Espaço Público e Espaço Privado

03 04 06 08

CAPÍTULO 6 – Projetos de Referência

53 6.1 Projeto 1 – Teatro Cervantes 54 6.2 Projeto 2 – Porta de Valletta 56 6.3 Projeto 3 – Museu de Arte da Universidade Davis 57

CAPÍTULO 2 – Jundiaí, Terra Querida

11 2.1 Jundiaí, Nossa História 12 2.2 Praça da Bandeira 14 2.3 Relação do Jundiaiense com o Centro 19 2.4 Plano Diretor, Cultura e Lazer na Cidade 21

CAPÍTULO 3 – Bela Vista 3.1 Acessos 3.2 Tombamentos 3.3 Usos 3.4 Gabarito 3.5 Estado de Conservação 3.6 Cheios e Vazios

CAPÍTULO 4 – Área de Intervenção 4.1 Entorno Imediato 4.2 Acessos 4.3 Topografia, Ventilação e Iluminação

CAPÍTULO 7 - Projeto 7.1 Programa de Necessidades 7.2 Processo de Projeto 7.3 Partido 7.4 Estrutura 7.5 Projeto

23 25

26 27 28 29 30

59 60 64 78 79 85

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXO 01 - Modelo das Entrevistas

33 35 38 39

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ÍNDICE DE FIGURAS Figura Figura Figura Figura Figura

1.1 – Antigo Hotel Central 1.2 – Grécia Antiga 1.3 – Comércio em Praça Medieval 1.4 – Piazza Navona 1.5 – Ramblas

05 06 07 08 09

Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura

2.1 – Mapa do Centro de Jundiaí, 1893 2.2 – Mapa do Centro de Jundiaí, 1950 2.3 – Mapa do Centro de Jundiaí, 1989 2.4 – Ilustrações do Centro de Jundiaí 2.5 - Antigo Largo de Santa Cruz, século XIX 2.6 - Praça da Bandeira, 1999 2.7 - Parque Infantil na Praça da Bandeira 2.8 – Praça da Bandeira, anos 50 / 60 2.9 – Vista parcial da cidade de Jundiaí 2.10 – Praça da Bandeira, 1930 2.11 – Praça da Bandeira, 2016 2.12 – Chafariz e a Igreja de Santa Cruz 2.13 – Igreja do Rosário e São Benedito 2.14 – Ponte Torta 2.15 – Sexta no Centro

12 12 13 13 14 14 15 15 16 16 17 18 18 21 21

Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura

3.1 – Mapa de Jundiaí 3.2 – Mapa de Acessos 3.3 – Mapa de Bens Tombados 3.4 – Mapa de Uso do Solo 3.5 – Mapa de Gabarito 3.6 – Mapa de Estado de Conservação 3.7 – Mapa de Áreas Edificadas e Não Edificadas

24 25 26 27 28 29 30

Figura 4.1 – Mapa do Entorno Imediato 35 Figura 4.2 – Área de Intervenção 36 Figura 4.3 – Área de Intervenção 36 Figura 4.4 – Terminal Central de ônibus e Praça da Bandeira 36 Figura 4.5 – Terminal Central de ônibus 37 Figura 4.6 – Edifícios em frente a área de intervenção 37 Figura 4.7 – Comércio no entorno da área de intervenção 37 Figura 4.8 – Mapa de Acessos 38 Figura 4.9 – Modelo Volumétrico – Topografia, Iluminação e Ventilação 39 Figura 4.10 – Maquete do Terreno 40 Figura 5.1 – Arts Cluster – Modelo 3D Externo 42 Figura 5.2 – Arts Cluster – Modelo 3D Interno 42 Figura 5.3 – Arts Cluster – Modelo 3D Interno 42 Figura 5.4 – Arts Cluster – Modelo 3D Externo 43 Figura 5.5 – Arts Cluster – Análise de Cheios e Vazios 43 Figura 5.6 – Arts Cluster – Análise de Setorização 44 Figura 5.7 – Arts Cluster – Análise de Fluxos 45 Figura 5.8 – La Cité des Loisirs – Fachada 46 Figura 5.9 – La Cité des Loisirs – Fachada 46 Figura 5.10 – La Cité des Loisirs – Área Interna 46 Figura 5.11 – La Cité des Loisirs – Corte Longitudinal Tridimensional 47 Figura 5.12 – La Cité des Loisirs – Análise de Cheios e Vazios 47

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ÍNDICE DE FIGURAS Figura 5.13 – La Cité des Loisirs – Análise de Setorização 48 Figura 5.14 – La Cité des Loisirs – Área Multiuso 49 Figura 5.15 – La Cité des Loisirs – Análise de Fluxos 49 Figura 5.16 – Mercado Central Abu Dhabi – Pátio Interno 50 Figura 5.17 – Mercado Central Abu Dhabi – Pátio Interno 50 Figura 5.18 – Mercado Central Abu Dhabi – Análise de Cheios e Vazios 51 Figura 5.19 – Mercado Central Abu Dhabi – Análise de Setorização 51 Figura 5.20 – Mercado Central Abu Dhabi – Análise de Fluxos 52 Figura 6.1 – Teatro Cervantes – Modelo 3D Figura 6.2 – Teatro Cervantes – Corte Longitudinal Figura 6.3 – Teatro Cervantes – Corte Transversal Figura 6.4 – Porta de Valletta – Parlamento Figura 6.5 – Porta de Valletta – Teatro ao ar livre Figura 6.6 – Museu de Arte da Universidade Davis Modelo 3D Externo Figura 6.7 – Museu de Arte da Universidade Davis Modelo 3D Externo Figura 6.8 – Museu de Arte da Universidade Davis Modelo 3D Interno

Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura

54 55 55 56 56 57 57 57

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7.1 – Croquis – Estudos de Corte 64 7.2 – Croquis – Estudos de Corte 64 7.3 – Maquetes – Estudos Volumétricos 65 7.4 – Maquetes – Volumetria Final 65 7.5 – Croquis – Estudos de Plantas e Elevações 66 7.6 – Estudo de Setorização 67 7.7 – Estudos de Volumetria e Fachadas 68 7.8 – Estudos de Circulação Vertical e Setorização 69 7.9 – Estudos de Circulação Vertical 69 7.10 – Estudos de Layout 70 7.11 – Corte Esquemático 71 7.12 – Corte Esquemático 71 7.13 – Estudos Estruturais 72 7.14 – Corte BB 73 7.15 – Plantas 5º e 4º Subsolos 74 7.16 – Plantas 3º e 2º Subsolos 75 7.17 – Plantas Térreo e 1º Pavimento 76 7.18 – Plantas 2º e 3º Pavimentos 77 7.19 – Detalhe Grelhas 79 7.20 – Planta de Forma 6º Subsolo 79 7.21 – Plantas de Forma 5º e 4º Subsolos 80 7.22 – Plantas de Forma 3º e 2º Subsolos 81 7.23 – Modelos 3D - Estrutura 82 7.24 – Plantas de Forma 1º Subsolo e Térreo 83


ÍNDICE DE FIGURAS Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura

7.25 – Plantas de Forma 1º e 2º Pavimentos 84 7.26 – Implantação e Análise de Cheios e Vazios 85 7.27 – Térreo e Análise de Setorização e Fluxos 86 7.28 – 1º Pavimento e Análise de Setorização e Fluxos 87 7.29 – 2º Pavimento e Análise de Setorização e Fluxos 88 7.30 – 3º Pavimento e Análise de Setorização e Fluxos 89 7.31 – Corte AA 90 7.32 – Corte BB 91 7.33 – 6º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos 92 7.34 – 5º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos 93 7.35 – Corte CC 94 7.36 – Corte DD 95 7.37 – 4º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos 96 7.38 – 3º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos 97 7.39 – 2º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos 98 7.40 – 1º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos 99 7.41 – Elevação Rua Baronesa do Japi 100 7.42 – Elevação Rua Zacarias de Góes 100 7.43 – Elevação Rua Coronel Leme da Fonseca 101 7.44 – Perspectiva - Giz Pastel Seco 102 7.45 – Perspectiva - Lápis Aquarela 102 7.46 – Implantação Perspectivada - Lápis Aquarela 102 7.47 – Perspectiva - Giz Pastel Seco 103 7.48 – Perspectiva - Giz Pastel Seco 103 7.49 – Perspectiva - Lápis Aquarela 103

Figura Figura Figura Figura Figura

7.50 – Corte Perspectivado 7.51 – Cinema Aberto 7.52 – Perspectiva Noturna 7.53 – Projeto com Entorno Atual 7.54 – Projeto com Entorno Atual

104 105 106 107 108

ÍNDICE DE GRÁFICOS Grafico 2.1 – Motivo de Utilização do Centro da Cidade Gráfico 2.2 – Frequência de Utilização do Centro da Cidade Gráfico 7.1 – Programa de Necessidades – Porcentagem por Função

20 20 63

ÍNDICE DE TABELAS Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela

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4.1 – Diretrizes de Ocupação 34 7.1 – Programa de Necessidades – Administração 60 7.2 – Programa de Necessidades - Educação 61 7.3 – Programa de Necessidades - Estacionamento 61 7.4 – Programa de Necessidades - Lazer 62 7.5 – Áreas 63 7.6 – Cálculo Estrutural 82


UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI ESCOLA DE ARTES, ARQUITETURA, DESIGN E MODA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO RESUMO

A CIDADE E O ESPAÇO COLETIVO: CENTRO DE JUNDIAÍ ALINE ZAQUÉ JAMPIETRO Este trabalho tem como objetivo a elaboração de um projeto arquitetônico com diretrizes culturais e sociais para atender a população da cidade de Jundiaí. Nesse sentido, busca contribuir, juntamente com os incentivos governamentais, à requalificação e reapropriação da área central da cidade. A partir de pesquisas documentais, analisando a história das cidades e seus processos de descentralização e formas de revitalização dos centros urbanos, assim como análises cartográficas na região, procurou-se a implementação das referências textuais e projetuais no projeto para o centro de Jundiaí. Palavras chave: rescentralização; reapropriação; espaço coletivo; Jundiaí.

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LISTA DE SIGLAS CA

Coeficiente de Aproveitamento

CIAM

Congresso Internacional de Arquitetura Moderna

COMPAC

Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Jundiaí

CONDEPHAAT

Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico

CPTM

Companhia Paulista de Trens Metropolitanos

IPHAN

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

IPPAC

Inventário de Proteção do Patrimônio Artístico e Cultural de Jundiaí

TO

Taxa de Ocupação

TP

Taxa de Permeabilidade

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INTRODUÇÃO Através do entendimento de como as cidades e seus centros funcionam, assim como a população se comporta diante dessas questões é possível fazer com que a região central de Jundiaí seja revalorizada, estimulando sua requalificação e reapropriação, por meio de incentivos de utilização dos espaços coletivos e estímulos culturais e sociais. Assim, com base nas pesquisas realizadas, será desenvolvido um projeto arquitetônico para o centro de Jundiaí, sendo o terreno localizado em frente ao Terminal Central de Ônibus e a Praça da Bandeira. O projeto contemplará salas de cinema, lojas, restaurantes, espaços educacionais, culturais e de convívio, buscando a reapropriação do centro através de seu uso diversificado, estimulando a interação social em diferentes e variados horários, como no período noturno e finais de semana.

A maneira como as cidades e suas centralidades são tratadas estão, atualmente, sendo alvo de debates entre arquitetos e urbanistas. Os profissionais da área estimulam a melhor qualidade de vida, assim como a utilização dos espaços da cidade e a interação entre a população. O governo, através de incentivos e criação de projetos, estimula a revalorização das centralidades. O problema de desvalorização de áreas centrais acontece na maioria dos municípios que se desenvolveu rapidamente como consequência dos grandes avanços tecnológicos, assim como dos processos culturais e econômicos. A descentralização tem como características principais a desocupação de edifícios e a falta de uso dos espaços da região central. O centro de São Paulo, por exemplo, recebe todos os dias milhares de trabalhadores, porém fora o horário comercial a região fica desértica, assim como muitos edifícios da região, que estão desocupados e deteriorados. Jundiaí, uma cidade que se desenvolveu juntamente com São Paulo e que ainda está em desenvolvimento, também sofre com o processo de descentralização. Por conta da falta de ocupação e utilização do centro, a região se encontra em um processo de desvalorização.

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CAPÍTULO 1

DESDOBRAMENTOS DA CIDADE Para o entendimento da cidade contemporânea devem ser analisados o desenvolvimento histórico, a forma como o centro histórico teve influência ou foi influenciado pela cidade, a forma como a população vê, trata e utiliza os espaços, assim como a forma que a cidade estimula a vida em sociedade. O capítulo visa o entendimento das relações entre os diversos fatores que fazem uma cidade e sua população estarem em conexão, de maneira que a arquitetura e o urbanismo possam colaborar para essas relações.

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1.1 Centro Histórico O centro histórico está presente em todas as cidades, pois é a partir dele que a cidade se desenvolve. Nesse centro está presente as marcas da evolução de um povo, no qual acontecem eventos civis e religiosos que são muito importantes para a cidade. De acordo com a Carta de Petrópolis (1987), o centro histórico é entendido como um local que reúne testemunhos da cultura da cidade, produzida no passado e presente. O Ministério das Cidades (2008) traduz exatamente a ideia de centro:

população que frequenta o centro fora dos horários comerciais não se apropria das áreas públicas, como por exemplo ir ao clube exercer atividades esportivas e/ou de lazer ou ir à igreja. Esse tipo de ocupação ocorre no interior das edificações, não alterando a realidade externa da desertificação dos espaços públicos. (FRÚGOLI, 1995; JACOBS, 2014; MORALES, 2001; VILLAÇA, 2001). A chegada dos automóveis e a facilidade de locomoção, a ampliação das cidades aconteceu de forma muita rápida, causando a criação de novas centralidades e rompendo as relações com o centro tradicional. Reflexo do que estava acontecendo com as cidades americanas¹ em meados do século XX, nas quais os urbanistas, a partir das influências modernistas, planejaram as cidades que estavam crescendo em ritmo acelerado. Outro fator que influenciou a descentralização foi o aumento do custo de vida no centro aliado a propaganda de melhor qualidade de vida nos subúrbios das cidades. Na década de 50, os arquitetos e urbanistas modernistas realizaram o VIII CIAM, que teve como objetivo solucionar o problema da desintegração da vida nas cidades. Montaner (2013) descreve que a solução seria feita pelo renascimento dos “corações” em determinada área, eles deveriam privilegiar o pedestre, criar espaços arquitetonicamente agradáveis e criar locais que promoveriam relações sociais, como restaurantes, eventos, entre outros.

O centro é a expressão de uma infinidade de funções de uma cidade e cada cidade tem um tipo de centro, expressando práticas, maneiras de fazer, histórias e formas próprias daquele local, daquela cultura e daquele conjunto de pessoas. (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2008, p.5).

Desde as origens das primeiras cidades, houve a necessidade, por parte do homem de criar um núcleo para sua sociedade. Nesse núcleo sempre existiram equipamentos para o uso da população, como templos e áreas para comércio. A partir desse núcleo a cidade se desenvolveu e, muitas vezes, ocorreu a criação de outros núcleos quando a expansão era muito grande. O desenvolvimento das cidades sempre deixou marcas no centro histórico, seja pela configuração das vias, edificações ou até costumes da população. Atualmente, muitas cidades estão sofrendo o problema do esvaziamento do centro histórico. A região central é muito frequentada durante os horários comerciais, porém em outros horários há a desertificação dos espaços urbanos. A

¹ Para aprofundar sobre a cidade americana ler Morte e Vida de Grandes Cidades de Jane Jacobs.

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O esvaziamento do centro também deixou suas marcas nas edificações, que ficam vazias e abandonadas, além de perderem sua função social. Muitas vezes essas edificações se transformam em estacionamentos ou são invadidas por pessoas que pertencem a grupos que lutam por moradia.

Apesar do processo de esvaziamento do centro e consequentemente sua degradação, essa área ainda é um polo atrativo, por conta do comércio, história e importantes edifícios, como igrejas, secretarias municipais, entre outros. A presença de comércio e serviços nos centros históricos tem um impacto muito grande sobre a cidade, gera empregos, mantém as áreas ocupadas e estimulam o convívio da população. Além do comércio e serviço, é importante que o centro histórico abrigue conjuntos habitacionais, assim como espaços que promovam o turismo e lazer, tanto de turistas quanto dos habitantes da cidade.

Figura 1.1: Antigo Hotel Central, Avenida São João, São Paulo – Edifício tombado e invadido pelo movimento Frente de Luta por Moradia por falta de utilização. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2014.

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1.2 Relações Sociais Com o avanço da tecnologia e a continua segregação social, a sociedade vem se distanciando cada vez mais dos costumes e culturas que valorizam a interação entre as pessoas e entre a população e a cidade. Atualmente, a população não utiliza os espaços públicos, e sim vive presa em determinados lugares, como condomínios e shoppings. Como afirma Jane Jacobs (2014), um espaço que é estimulado por diversos tipos de uso atrai mais pessoas para ele. Um exemplo dado por ela esclarece a questão:

As relações sociais sempre foram importantes. Antigamente os gregos e romanos se reuniam em suas praças para trocas de mercadorias e conhecimentos. Conforme a evolução da história, ainda que os espaços e a forma de viver se alteraram, a questão das relações sociais permaneceu. Novos espaços apareceram, como salões de bailes, feiras, parques, etc.

.... No bairro onde moro, há a Rua Oito, principal rua de comércio do Greenwich Village. Há trinta anos, era uma rua apagada. Então, um dos maiores proprietários de imóveis da rua, Charles Abrams (que, aliás, é também um especialista muito esclarecido em planejamento urbano e programas habitacionais), construiu uma pequena boate e uma sala de cinema incomum para a época (a plateia estreita para proporcionar boa visão da tela, o salão de café e o clima acolhedor foram bastante copiados). Esses dois empreendimentos tiveram sucesso. Atraíram mais gente para a rua no horário noturno e nos fins de semana, complementando o movimento diurno de pessoas, e ajudaram a estimular a disseminação de estabelecimentos especializados e de produtos de uso diário. Estes, por sua vez, começaram a atrair mais gente, de dia e de noite. Como mencionei anteriormente, uma rua de dois turnos como essa é um lugar economicamente ideal para restaurantes. A história da Rua Oito é a comprovação disso. Restaurantes variados espalharam-se por ela. (JACOBS, 2014, p.270).

Figura 1.2: Grécia Antiga – Vida em sociedade. Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/ historia/descoberta-de-450-bebes-em-umpoco-de-atenas-evidencia-concepcao-dainfancia-na-grecia-antiga-16503923, 2016.

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Frúgoli (1995) transcreve um texto do urbanista austríaco Camillo Sitte fazendo referência às praças no século XIX, que começaram a ser desconsideradas espaços vivenciais por conta da industrialização:

No Brasil, até meados do século XX as pessoas frequentavam as praças centrais como forma de se relacionarem socialmente. Depois, com a modernização, essa realidade foi alterada. As pessoas tiveram acesso a outros meios de comunicação, primeiramente rádio e TV, mais tarde telefone e internet. Também a procura por novas formas de lazer, como shoppings, casas noturnas, afastaram as pessoas dos centros históricos. Morales (2001) afirma que a atuação pública no centro histórico foi de certa forma errônea, pois deram maior importância para a implementação de novas moradias, praças e estacionamentos que não contribuíram para a valorização da Cidade Velha. Ele ainda afirma que se houvesse um refinamento dos programas existiriam mais espaços que articulassem com os espaços públicos e valorizassem a vida central e coletiva, como pensões, bares e clubes.

Na vida pública da Idade Média e da Renascença houve uma valorização intensa e prática das praças da cidade e uma harmonização entre elas e os edifícios públicos, e n q u a n to h o j e a s p ra ça s se destinam, quand o m u i to , a s e rv i r, co m o estacionamento para os automóveis, quase não mais se discutindo a relação artística entre praças e edifícios. (FRÚGOLI, 1995, p. 13).

Figura 1.3: Comércio em Praça Medieval. Fonte: http://www.historiadigital.org/ curiosidades/10-curiosidades-sobre-ascidades-medievais/, 2016.

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1.3 Espaço Público e Espaço Privado Jacobs (2014) ressalta que existem dois tipos de espaços na cidade: um compreende o que chamamos de espaço público, cujo é utilizado para a circulação pública geral de pedestre. Esse espaço pode ser identificado por ruas, parques menores e saguões de prédios, no qual as pessoas circulam livremente. O outro é denominado espaço especial ou espaço privado, no qual as pessoas andam em torno dele, ou ao longo dele, mas não através dele. Sendo assim, esses espaços especiais se tornam uma interferência no uso do espaço público:

Ainda de acordo com Jacobs (2014), esses lugares especiais se tornam lugares mortos e como consequência provocam a diminuição da circulação na área, as vezes provocando alterações nos espaços que estão no seu entorno, como a falta de vigias locais e consequentemente a insegurança. Jacobs (2014) também afirma que para haver vigias e seguranças nos espaços públicos devem haver estabelecimentos, públicos e/ou privados, que funcionem em diversos horários e induzam a utilização desses espaços, ou seja, um espaço se torna seguro quando há utilização do mesmo. A não utilização dos espaços públicos centrais se deve a diversos fatores, como a existência de outros polos de entretenimento na cidade, a cultura capitalista da sociedade atual, a falta de equipamentos urbanos que possibilitem a interação da população com a cidade, a falta de moradores nessa região e a consequente e crescente falta de segurança nos horários não comerciais dessa região. A relação do espaço público e privado tem como principal fator a questão do quão segura a pessoa se sente ao sair de um espaço privado e entrar em um espaço público, a conexão entre esses dois espaços depende da utilização de ambos. Porém com a falta de utilização dos espaços públicos eles se tornam mais inseguros, fazendo com que as pessoas utilizem somente os espaços privados e não haja essa conexão.

Então, ambos os tipos de espaço contribuem para a circulação. Mas há sempre alguma tensão nessa inter-relação. Há sempre uma ação e uma reação entre os dois papéis principais do espaço especial: por um lado, o de contribuir para o uso do espaço público e, por outro, o de interferir nesse uso. (JACOBS, 2014, p. 291).

Figura 1.4: Piazza Navona, Roma – Exemplo de espaço público. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2011.

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O espaço público é de extrema importância para uma cidade e sua população, sendo definido como:

Ainda de acordo com Morales (2001), há a definição de difusão do espaço público com o privado e a apropriação das pessoas por esses espaços:

A importância do espaço público não está, certamente, em ser mais ou menos extenso, quantitativamente dominante ou protagonista simbólico, senão referir entre si os espaços privados fazendo também deles patrimônio coletivo. Dar caráter urbano, público, aos edifícios e lugares que sem isso seriam somente privados, esta é a função dos espaços públicos – urbanizar o privado, que dizer, convertê-lo em parte do público. (MORALES, 2001, p. 103 e 104).

O espaço coletivo é muito mais e muito menos que o espaço público, se caracterizarmos este apenas como propriedade administrativa. A riqueza civil e arquitetônica, urbanística e morfológica de uma cidade, são seus espaços coletivos, todos os lugares onde a vida coletiva se desenvolve, representa e recorda. Talvez estes sejam, cada dia mais, os espaços que não são nem públicos nem privados, se não ambos ao mesmo tempo. Espaços públicos absorvidos por usos particulares, ou espaços privados que adquirem uma utilização coletiva. As grandes lojas na Plaza Catalunya são um lugar privado na sua exploração econômica, mas não no uso e no significado para a cidadania. Não por acaso levou-se cinco anos discutindo sua fachada. E Santa Maria del Mar é pública ou privada? E o campo de Barça ou o Pavilhão de Juventude? As categorias do privado e do público se diluem hoje, servem menos. Também certos lugares públicos por excelência, como a praça Sant Jaume ou as Ramblas, públicos plenamente por sua significação e domínio, se convertem em coletivos pela apropriação que delas fazem livremente. (MORALES, 2001, p. 104 e 105). Figura 1.5: Ramblas, Barcelona – Exemplo de difusão entre espaço público e privado. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-112377/ patrimonio-espaco-publico-e-sustentabilidadeurbana, 2016.

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No texto de Morales (2001), há a noção de que os lugares intermediários, que não são nem públicos nem privados, como restaurantes, discotecas, espaços turísticos são os locais que estimulam o tecido urbano e a sua utilização. “A cidade é onde o público e o privado se mesclam” (MORALES, 2001, p. 113). A forma de tornar os espaços públicos mais seguros é fazer a relação dos espaços públicos e privados sem que haja claras distinções entre os dois, assim como a conexão entre as vias existentes, além de promover a utilização desses espaços por tempo integral, com a criação de usos diversos, como comércio, restaurantes e áreas de convívio que sejam ocupadas por trabalhadores e/ou moradores que estão fazendo a vigilância do lugar de forma informal. Jacobs (2014), mostra que devem ser seguidas 4 metas para que o planejamento físico de um determinado bairro seja eficiente:

A apropriação dos espaços da cidade é de extrema importância para um urbanismo eficiente. Assim como as relações entre a população e a forma como ela vive em sociedade interfere no urbanismo, podendo contribuir para melhor qualidade de vida da cidade. O projeto de requalificação na área central de Jundiaí busca a conexão entre cidade e população, de forma que a pessoas se reapropriem dos espaços destinados ao convívio social.

Primeira, fomentar ruas vivas e atraentes. Segunda, fazer com que o tecido dessas ruas forme uma malha o mais contínua possível por todo um distrito que possua o tamanho e o poder necessário para constituir uma subcidade em potencial. Terceira, fazer com que parques, praças e edifícios públicos integrem esse tecido de ruas; utilizá-los para intensificar e alinhavar a complexidade e a multiplicidade de usos desse tecido. Eles não devem ser usados para isolar usos diferentes ou isolar subdistritos. Quarta, enfatizar a identidade funcional de áreas suficientemente extensas para funcionar como distritos. (JACOBS, 2014, p. 141).

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CAPÍTULO 2

JUNDIAÍ, TERRA QUERIDA Jundiaí, é uma cidade de importância histórica, econômica e industrial. Seu desenvolvimento foi paralelo ao desenvolvimento de São Paulo, sendo assim, marcado pelo ciclo cafeeiro, ferrovias e influências europeias. O capítulo visa o conhecimento da história de Jundiaí e da região central, assim como o entendimento da vida jundiaiense e das relações sociais da população.

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2.1 Jundiaí, Nossa História Antes dos colonizadores chegarem, a região de Jundiaí era habitada por povos indígenas, que foram afugentados pelo movimento bandeirante. Em 1615 foi fundada a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro, elevada à distrito denominado Jundiahy, em 1651, “com a construção da Capela Nossa Senhora do Desterro” (FANELLI, 2014, p. 61) e em 1655 à categoria de Vila.

Entre os séculos XVII, XVIII e início do XIX, a vila era mantida por pequenas lavouras que abasteciam os moradores tropeiros e bandeirantes. Em 1865, Jundiahy passou a ser considerada uma cidade.

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Figura 2.2: Mapa do Centro de Jundiaí expandido, em 1950, com entorno da Praça da Bandeira em destaque. Fonte: Centro de Memória Jundiaiense, 2016. 150 0

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Figura 2.1: Mapa do Centro de Jundiaí, em 1893, com entorno da Praça da Bandeira em destaque. Fonte: Centro de Memória Jundiaiense, 2016.

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Com a chegada da ferrovia Santos-Jundiaí em 1867, das industrias e dos imigrantes, principalmente italianos, a partir da metade do século XIX, as lavouras de café foram adquirindo espaço na região. A intensificação da produção cafeeira promoveu o crescimento da cidade. A cidade acompanhou o ritmo industrial de São Paulo, assim como a influência do embelezamento das fachadas na Belle Époque e os costumes da sociedade burguesa. O contínuo desenvolvimento da cidade provocou o aumento da expansão urbana e o investimento em avenidas e transporte.

Jundiaí sofreu muitas mudanças em poucas décadas, bairros de periferia se tornaram polos de centralidade, mais avenidas foram criadas, distritos industriais foram implementados, a rodoviária foi transferida para um espaço maior e de melhor acesso, além da criação do projeto do Plano Diretor para a cidade.

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Figura 2.3: Mapa do Centro de Jundiaí expandido e polos de centralidade na periferia, em 1989, com entorno da Praça da Bandeira em destaque. Fonte: Centro de Memória Jundiaiense, 2016.

Figura 2.4: Ilustrações do Centro de Jundiaí, com as construções mais significativas da região. Fonte: JUNDIAÍ, 2003, p. 15.

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2.2 Praça da Bandeira Atualmente, a Praça da Bandeira abriga o Terminal Central de Ônibus, assim como é um espaço de conexão entre a Igreja do Rosário e São Benedito e os comércios e serviços existentes nessa região. A praça também tem relação direta com a área de intervenção, no qual será proposto um projeto de requalificação e reapropriação da cidade. Assim, estimulando seu uso, conservação e preservação. De acordo com a Prefeitura Municipal de Jundiaí (2003), o antigo Largo do Rocio, mais tarde Largo de Santa Cruz e, finalmente, Praça da Bandeira, teve diferentes ocupações ao longo da história da cidade. Nos séculos XVII e XVIII, ainda em seu primeiro nome, era ponto de parada para abastecimento de tropeiros e bandeirantes que partiam em direção ao interior e para o litoral. Foi no século XIX, com a construção da primeira Igreja de Santa Cruz, em taipa de pilão, que a região mudou de nome para Praça da Bandeira, como mostra a Figura 2.5.

Nos anos 30, esta região passou por um intenso processo de mudança. Além da demolição da antiga igreja, em 1935, outras reformas foram feitas. O jardim, ainda hoje existente, foi implantado na década de 50, (Figuras 2.6 e 2.7) dentro do programa de reformas urbanas planejados pelo arquiteto Vasco Antônio Venchiarutti, então prefeito do município. Atualmente, onde antes funcionava um parque infantil, a área é ocupada pelo terminal central de ônibus.

Figura 2.6: Vista da Praça da Bandeira, 1999. Fonte: JUNDIAÍ, 2003, p. 19. Figura 2.5: Antigo Largo de Santa Cruz, século XIX. Desenho de Geraldo Tomanik, 1965. Fonte: JUNDIAÍ, 2003, p. 19.

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Figura 2.7: Detalhe do Parque Infantil na Praça da Bandeira, anos 50/60. Fonte: JUNDIAÍ, 2003, p. 20.

Figura 2.8: Vista geral da Praça da Bandeira, provavelmente entre os anos 50 e 60. Ao centro, obelisco comemorativo do Centenário da Independência. Fonte: JUNDIAÍ, 2003, p. 20.

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A partir da década de 1970 (Figura 2.9), um novo processo de reformas alterou o cenário da Praça da Bandeira e seu entorno, com a construção da Avenida Nove de Julho. Ainda que muito alterada, conservaram na praça as figueiras centenárias.

A figura 2.10 apresenta uma foto do início dos anos 30, em que se vê a centenária figueira da Praça da Bandeira, antigo Largo do Rocio, rebatizado com o nome de Santa Cruz, em 1834, quando ali foi construída a igreja com esse nome. A igreja foi demolida em 1935 e a figueira deixou de existir em 1975. (TOMANIK, 2005).

Figura 2.9: Vista parcial da cidade de Jundiaí. Ao centro, a Praça da Bandeira, década de 1970. Fonte: JUNDIAÍ, 2003, p. 21.

Figura 2.10: Praça da Bandeira, 1930. Fonte: TOMANIK, 2005, p. 52.

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Tomanik (2005) apresenta uma descrição sobre o centro de Jundiaí, ilustrado na Figura 2.12: Uma vista do antigo Largo de Santa Cruz, em desenho a bico-de-pena, vendo-se em primeiro plano, à esquerda, o chafariz que fora reinaugurado em 1922, pelo Tenente-Coronel Francisco de Queiroz Telles, por ocasião das festividades do centenário da Independência. Ao lado desse chafariz existia um bebedouro para os animais. No século XVII esse logradouro era conhecido como Largo do Rocio, e servia como ponto de parada de tropas que demandavam Itu e Sorocaba – cidade famosa por sua feira de muares, da qual Jundiaí foi grande compradora durante todo o Ciclo do Tropeirismo. Em 1834 foi construída a Igreja de Santa Cruz (à direita) que foi mantida pelas irmandades do Rosário e São Benedito, toda ela no sistema de taipa de pilão. Em março de 1935, por conta das reformas no largo, em seu centenário, a mesma foi demolida, dando lugar à nova Igreja do Rosário e São Benedito, existente até os dias atuais. (TOMANIK, 2005, p. 67).

Figura 2.11: Praça da Bandeira. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

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Figura 2.12: Jundiaí – O Chafariz e a Igreja de Santa Cruz, século XIX. Fonte: TOMANIK, 2005, p. 67.

Figura 2.13: Igreja do Rosário e São Benedito. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

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2.3 Relação do Jundiaiense com o Centro Fanelli (2014), faz um relato da atual situação da área central de Jundiaí:

A cidade sempre teve muita influência italiana, com suas vinícolas, restaurantes e festas, principalmente a da Uva e a Italiana. A população pode usufruir de espaços públicos como parques e praças, assim como restaurantes, shoppings e espaços culturais. Porém, com o avanço da tecnologia e a continua segregação social a sociedade está se distanciando cada vez mais dos costumes e culturas que valorizam a interação entre as pessoas e entre a população e a cidade. Os jundiaienses, cada vez mais deixam de utilizar os espaços públicos e ficam presos em determinados lugares, como condomínios e shoppings. Atualmente, o centro possui edificações habitacionais, comerciais, de serviços, de saúde, educacionais e de lazer, espaços com relevância cultural para a cidade. Esses espaços são atrativos para a população, porém em determinados horários, como a noite e finais de semana, a área central fica vazia. Isso se deve ao fato de que o centro não possui equipamentos urbanos que possibilitem a interação da população com a cidade, e assim como citado anteriormente, a existência de outros polos de entretenimento na cidade. De acordo com Fanelli (2014) o início do processo de descentralização ocorreu por conta do desenvolvimento automobilístico, que possibilitou maior facilidade de locomoção entre o centro e periferia da cidade. Ela também destaca a influência da oferta de terrenos na periferia, para os quais eram oferecidos incentivos fiscais, assim como infraestrutura dos novos bairros.

No caso de Jundiaí, de segunda a sexta-feira, no período comercial, o centro tradicional atrai as classes mais populares devido ao tipo de comércio oferecido. No centro encontram-se muitas lojas com artigos diversificados e exclusivos dessa região, oferecendo produtos à preços mais acessíveis que em qualquer outro ponto da cidade. Durante a noite, nesses mesmos dias, a frequência da população no centro tradicional diminui e a prostituição e os usuários e traficantes de drogas apropriam-se do local. Nos fins de semana, o teatro Polytheama, situado no centro, atrai classes culturalmente diferenciadas, ricos e pobres e envolvidos com a cultura em geral. Na região onde se localiza, o teatro expulsa a prostituição e atrai o movimento de pessoas no período noturno. (FANELLI, 2014, p. 89)

Apesar da falta de utilização do centro por parte dos jundiaienses, com bases em seus relatos, coletados por entrevistas², há a percepção que consideram o centro uma parte muito importante da cidade. Entre as respostas dos entrevistados destacam-se: “Jundiaí é a melhor cidade do Brasil” (Meire); “Uma cidade com tradição e desenvolvimento” (Giovanna); “O centro é um local de diversidade, áreas ²Para ler as perguntas realizadas nas entrevistas entre Janeiro e Fevereiro de 2016 ver Anexo 1, p. 113.

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públicas e movimento de pessoas” (Edivanli); “O centro é As 39 entrevistas compõem os Gráficos 2.1 e 2.2, sendo coração de Jundiaí” (Clayton). Alguns entrevistados ainda parte delas realizada no centro de Jundiaí via oral e complementaram dizendo que frequentar a região central posteriormente via internet, entre Janeiro e Fevereiro de Por qual era motivo você utiliza pois o centro da cidade? Contagem de Nome, profissão. mostram a relação entre as pessoas antigamente obrigatório, mercado, cinema e espaços 2016. idade, Os gráficos Compras 20 de lazer como lanchonetes e praças existiam somente nessa entrevistadas e o motivo e a frequência de utilização do Compras, missa 1 região.Compras, Trabalho centro de Jundiaí. 2 Contagem de Nome, idade, profissão. Lazer Lazer, Compras Lazer, Compras, Trabalho Lazer, Estudo, Compras, Trabalho Não utilizo Não utilizo Trabalho Trabalho, moradia

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Gráfico 2.2: Frequência de Utilização do Centro da Cidade. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

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2.4 Plano Diretor, Cultura e Lazer na Cidade Em Jundiaí, está acontecendo o processo participativo para o Novo Plano Diretor da cidade, os jundiaienses já podem ter acesso a muitos projetos, assim como vários deles já foram consolidados, como a revitalização da Porte Torta, que também abrigará um largo no local.

Figura 2.15: Sexta no Centro. Fonte: http://cultura.jundiai.sp.gov.br/tag/sexta-no-centro/, 2016.

A cidade também está recebendo parklets em algumas áreas significativas. O governo também mantém um projeto chamado Estação Juventude, que visa o lazer e educação da população jovem de Jundiaí, através de oficinas, debates, atividades físicas, etc. No Plano Diretor Vigente, há a preocupação com a não utilização de áreas públicas:

Figura 2.14: Ponte Torta. Fonte: http://pontetorta.jundiai.sp.gov.br/, 2016.

Atualmente, por iniciativa governamental e de empresas privadas está acontecendo o estímulo de programas que valorizam as relações sociais, como na Praça Governador Pedro de Toledo, na qual ocorre o programa Sexta no Centro, que reúne arte, gastronomia e cultura. A prefeitura também fez a revitalização da Porte Torta e do Escadão da cidade, mostrando a importância do patrimônio na cidade. O SESC promove atividades culturais e há também uma feira gastronômica que ocorre na cidade uma vez por mês denominada Le Chef a Pé.

Artigo 87: evitar o esvaziamento populacional, melhoria da qualidade dos espaços públicos e do meio ambiente, estímulo às atividades de comércio e serviços, preservação e reabilitação do patrimônio arquitetônico nas áreas subaproveitadas de urbanização consolidada. (PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ, 2012, p. 37).

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Essa preocupação ainda está presente no Plano Diretor Participativo, cujo está sendo elaborado pela prefeitura:

A prefeitura do município de Jundiaí disponibilizou um mapa de Projetos Urbanos, sendo que alguns já estão em andamento. Os projetos são: Projeto Centro; Requalificação do Escadão; Projeto Parque Guapeva; Belvedere da Ponte Torta; Redesenho do Largo da Ponte Torta e Praça Francisco Pessolano e Linha de Alta Tensão. A cidade de Jundiaí, com sua importância no crescimento e desenvolvimento do estado, além de guardar a cultura expressa através de construções, festas, arquivos e histórias também é uma cidade que necessita de incentivos para uma melhor qualidade de vida. A ocupação e utilização da área central, estimulados por espaços como o do projeto proposto neste trabalho, que visa a integração social, traz consequências positivas para toda a população.

Art. 21.Os objetivos específicos da Zona de Reabilitação Central são: I – Fortalecimento do caráter de centralidade municipal, respeitando o patrimônio histórico e cultural, otimizando a oferta de infraestrutura existente, renovando os padrões de uso e ocupação e fortalecendo a base econômica local; II – Valorização das áreas de patrimônio cultural com a proteção e recuperação de imóveis e locais de referência da população da cidade, estimulando usos e atividades compatíveis com a preservação e sua inserção na área central; III – Incentivo ao desenvolvimento de atividade turística, visando a valorização do patrimônio, bem como sua preservação; ... X – Ampliação, integração e valorização dos espaços livres de uso público. (PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ, 2015, p. 21)

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CAPÍTULO 3

BELA VISTA A área de intervenção está localizada na área central de Jundiaí, no bairro Bela Vista, na qual há equipamentos urbanos para uso da população, principalmente comércio e serviço e havendo carência de áreas de lazer. Essa área está localizada na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana de Jundiaí, que por sua vez está inserida na Zona de Reabilitação Central. O capítulo visa o melhor entendimento da área através de levantamentos cartográficos.

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Figura 3.1: Mapa de Jundiaí com ampliação do entorno da área de intervenção e localização da cidade tendo como referência a cidade de São Paulo. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

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3.1 Acessos Há na cidade a Rodovia Anhanguera, que atravessa a parte urbana de Jundiaí, por conta disso a população utiliza a rodovia para se locomover com maior facilidade e rapidez. A área de intervenção também pode ser acessada por algumas das principais avenidas da cidade, assim como pelas vias locais. No mapa os acessos primários (ruas) são os mais próximos à área de intervenção, localizados na área central. Os acessos secundários (avenidas) são as vias que fazem a conexão entre as vias locais. E os acessos terciários (rodovia) são a rodovia e as marginais, que se conectam com os acessos secundários.

s Primários s Secundários s Terciários

A área de intervenção pode ser acessada de carro, ônibus ou trem, cuja antigamente era denominada Estada de Ferro Santos-Jundiaí e atualmente é a Linha Rubi – 7 da CPTM. Tanto a população jundiaiense quanto a população de outras cidades, que chega à Jundiaí principalmente de trem, tem à disposição ônibus e terminais espalhados pela cidade. A população que chega de trem pode pegar um ônibus no Terminal Vila Arens, que fica em frente à estação e ir até o Terminal Central, que fica na Praça da Bandeira, em frente a área de intervenção.

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Figura 3.2: Mapa de Acessos do entorno da Área de Intervenção – Centro de Jundiaí e Entorno Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Acessos Primários Acessos Secundários Acessos Terciários Área de Intervenção Terminal Central de Ônibus Terminal Vila Arens de Ônibus Estação Ferroviária

Área de Intervenção Terminal Central de Ônibus Terminal Vila Arens de Ônibus Estação Ferroviária

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3.2 Tombamentos Jundiaí, uma cidade que se desenvolveu paralelamente com São Paulo, passou por diversos períodos, como colonial, cafeeiro e moderno. Esses períodos deixaram suas marcas tanto na história quanto na arquitetura jundiaiense. A cidade ainda conserva muitos exemplares dos diversos períodos, sendo que vários exemplares possuem proteção por algum órgão, como identificado na Figura 3.3.

Alguns desses bens abrigam museus, bibliotecas, órgãos públicos, áreas de lazer e esporte, assim como recebem a devida importância cultural, tendo principalmente suas fachadas sempre conservadas, através dos programas e incentivos que a prefeitura de Jundiaí realiza na cidade.

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IPHAN CONDEPHAAT COMPAC

Figura 3.3: Mapa de Bens Tombados – Centro de Jundiaí e Entorno Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016. 0

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3.3 Usos O entorno da área de intervenção, localizada no centro da cidade e em frente ao Terminal Central de Ônibus, é uma

região muito diversificada, porém há predominância em comércios e serviços. RA

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A região central possui poucos edifícios com mais de dez pavimentos, sendo a maioria edifícios com até quatro pavimentos, como mostra a Figura 3.5.

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Figura 3.5: Mapa de Gabarito das Edificações – Área de Intervenção e Entorno Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

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3.4 Gabarito

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3.5 Estado de Conservação A região está em bom estado de conservação, por conta de incentivos da prefeitura do município e recentes

intervenções urbanas para a revitalização da área. Ainda há edificações em estado precário, porém é a minoria. RA

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Figura 3.6: Mapa de Estado de Conservação das Edificações – Área de Intervenção e Entorno Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

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3.6 Cheios e Vazios Devido a ocupação da região central ter começado no período colonial do Brasil é evidente que a maioria das edificações não tenha recuos e pátios ou quintais. Alguns edifícios, que foram construídos recentemente, possuem maiores recuos e vazios no terreno.

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Figura 3.7: Mapa de Áreas Edificadas e Não Edificadas – Área de Intervenção e Entorno Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

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IRE

UE

FIG

RUA

O

DIN

AR

RN

BE

IO

ÍL AB

10 0

A RU

30

B.

40 20

80m


A leitura da área através de mapas juntamente com as pesquisas documentais e de campo geram um melhor entendimento da situação da cidade e sua população. A região central de Jundiaí é um polo atrativo para a população em busca de comércio e serviços, o centro possui infraestrutura necessária para atender a população, com centros de saúde, escolas e igrejas, assim como ainda há, mesmo que

em escala pequena, a população que mora na área. Ainda que o centro da cidade possua seus atrativos, são poucos os que conseguem manter a cidade viva em diversos horários, justamente essa é a proposta do projeto de requalificação e reapropriação do centro, como discutido anteriormente visa as relações sociais e a utilização do centro de Jundiaí.

31


32


CAPÍTULO 4

ÁREA DE INTERVENÇÃO A área de intervenção está dentro da Zona de Reabilitação Central de Jundiaí, e recebe muitos incentivos por parte da prefeitura, como o Novo Plano Diretor, para a ocupação e melhor qualidade urbana da área. O capítulo aprofunda o entendimento da área através de levantamentos cartográficos, assim como a realização de análises específicas na área de intervenção.

33


De acordo com o Quadro 2 – Anexo II do Plano Diretor Participativo devem ser seguidas as seguintes diretrizes de ocupação:

CA

Mínimo – 0,1

Máximo – 3,5

Máximo – 0,7

TO Permeabilidade

Básico – 1 Mínimo – 15%

(largura mínima – 1m / preferência recuo frontal) Máxima – 17,5 m

Altura Recuos (mínimo)

Frontal

Lateral

Fundo

Térreo – até 3,5 m

2*

0

0

Pavimentos Superiores

2 (para altura maior que 10 m)

0

2 (para altura maior que 12 m utiliza h/6)

*Caso o recuo frontal seja incorporado à calçada e com fruição pública, a edificação poderá aumentar sua área construída em 20% acima do CA máximo.

34

Tabela 4.1: Diretrizes de Ocupação Resumo do Quadro 2 – Anexo II. Fonte: JUNDIAÍ, Plano Diretor Participativo de Jundiaí – Anteprojeto de Lei, 2015.


4.1 Entorno Imediato Atualmente na área de intervenção há um galpão, o qual abrigava uma loja de móveis e atualmente há um estacionamento na área não edificada do lote. Uma das

diretrizes para a área de intervenção é a demolição desse galpão, visto que ele não tem valor cultural na cidade, assim como é um imóvel ocioso e subutilizado.

A

EC

NS

DA

FO

E

A

RU

M

LE

EL

AS

RI

CA

ZA

ON

R CO

DE

A

RU

A

SA

NE

RO

BA

ES

RU

DO

JA PI

Figura 4.1: Mapa do Entorno Imediato. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

O

NF

IU

TR

DO O

BA A

RU

10 0

Área de Intervenção

Terminal Central de Ônibus

35

40 20

80m

Praça da Bandeira


Figura 4.2: Área de Intervenção – atualmente o imóvel, que antes funcionava uma loja de móveis, está parte sem uso e parte sendo utilizado como estacionamento.

Figura 4.3: Área de Intervenção.

Figura 4.4: Terminal Central de ônibus e Praça da Bandeira. R. S

RIA

CA

ZA DE GO

L.

CE

ES

4.3

A

RU A

EC

NS

FO

DA

E

M

A

LE

RU

4.4 L.

CE

A

4.2

RIA CA ZA

RU

S

A

RU O

NF

IU

TR

DO

ÃO

R BA

A

RU

Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

36


Figura 4.5: Terminal Central de ônibus.

Figura 4.6: Edifício residencial (esquerda) e edifício educacional (direita) em frente a área de intervenção.

R.

Figura 4.7: Comércio no entorno da área de intervenção.

S

RIA

CA

ZA DE GO

L.

ES

CE A

RU A

EC

NS

FO

DA

A

RU

E

M

LE

L.

CE

A

4.6 RIA CA ZA

RU

S

A

RU

4.7

O

NF

IU

TR

4.5 DO

ÃO

R BA

A

RU

Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

37


4.2 Acessos Com base no fluxo de pessoas que chegam e saem do terminal, assim como as que estão transitando pelo centro,

os acessos principais para a área de intervenção são ilustrados na Figura 4.8.

A

EC

NS

FO

DA

E

A

L

AS

RI

CA

ZA

NE

RO

CO

RU

M

LE

DE

A

RU

A

SA

NE

RO

BA

ES

RU

DO P JA

O

I

NF

IU

TR

DO O

BA

Figura 4.8: Mapa de Acesos à área de intervenção. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

A

RU

10 0

Acessos

Área de Intervenção

38

40 20

80m


4.3 Topografia, Ventilação e Iluminação O Centro de Jundiaí está em uma região alta da cidade e não possui muitos edifícios com grande número de pavimentos, possibilitando a passagem do vento sem interrupções em seu caminho. A área de intervenção está localizada em um terreno com pouco desnível topográfico.

Estudos de iluminação através da trajetória do Sol e de ventilação através dos caminhos dos ventos foram realizados na área de intervenção. (Figura 4.9).

Inverno

Verão

Área de Intervenção Caminho dos Ventos 40

10 0

39

20

80m

Figura 4.9: Modelo Volumétrico da Área de Intervenção e Entorno Imediato com análise de topografia, iluminação e ventilação. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


O terreno, localizado em frente ao Terminal Central de Ônibus e a Praça da Bandeira, possui três curvas de nível e tem 2050 m². A Figura 4.10 mostra a maquete realizada para os estudos de volumetria.

Através das análises da área de intervenção e de seu entorno imediato, a partir de mapas, fotos e ilustração volumétrica, unidas ao contexto histórico e cultural da região central de Jundiaí, é possível haver um melhor e mais claro entendimento da área, possibilitando um melhor desenvolvimento no projeto para a área.

Figura 4.10: Maquete do Terreno e Entorno Imediato. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

40


CAPÍTULO 5

ESTUDOS DE CASO Para melhor solução projetual e partido arquitetônico para o projeto para o centro de Jundiaí foram escolhidos três projetos de espaços coletivos, que estimulam a relação da cidade com a população. O capítulo visa, através das análises, a melhor compreensão dos projetos escolhidos.

41


5.1 Projeto 01 – Arts Cluster O Arts Cluster é uma praça das artes em Arhem, Países Baixos, projetada pelo escritório Kengo Kuma & Associates. Foi desenvolvida para o concurso que visa a reconexão entre a cidade e o Rio Reno. O projeto contém salas de cinema, espaços para exposição, descanso, restaurante, café, lojas e salas para oficinas e workshops. A importância do Arts Cluster para o projeto no centro

de Jundiaí é principalmente a questão da reconexão da cidade, além de ter o programa e soluções projetuais muito significativos. A Figura 5.2 mostra a conexão entre o edifício e a via, além de como o desnível cria espaços de convívio entre a população. A Figura 5.3 mostra as lojas e o café, que tem parte no terraço.

Figuras 5.1, 5.2 e 5.3: Arts Cluster – Modelo 3D Externo. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-179867/kengo-kuma-entre-os-finalistas-para-projetar-o-arta-arts-cluster-em-arnhem, 2016.

42


Figuras 5.4: Arts Cluster – Modelo 3D Externo. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-179867/kengo-kuma-entre-os-finalistas-para-projetar-o-arta-arts-cluster-em-arnhem, 2016.

Fluxos

Área Edificada

Área Não Edificada

Figura 5.5: Arts Cluster – Análise de Cheios e Vazios - Implantação. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Áreas Educacionais

Salas de aula, espaços de exposição

43

Áreas Come

Café, restau

Áreas Técnicas

Áreas Livr

Depósitos, salas de som e aúdio

Foyer, espaç

Salas de Cinema

Áreas de C

Circulação

Sanitários


Subsolo 1

Subsolo 2

Térreo

Fluxos

Primeiro Pavimento

Fluxos

Segundo Pavimento Área Edificada Área Edificada

Terceiro Pavimento Área Não Área Edificada Não Edificada

Quarto Pavimento Áreas Educacionais Áreas Educacionais

Salas de aula, Salas espaços de aula, de espaços exposiçãode exposição

Corte Longitudinal Áreas Comerciais Áreas Comerciais

Café, restaurante, Café, restaurante, lojas lojas

Áreas Técnicas Áreas Técnicas

Áreas Livres Áreas Livres

Depósitos, salas Depósitos, de som salas e aúdio de som e aúdio

Foyer, espaços Foyer, de espaços exposiçãodee exposição apresentação e apresentação

Salas de Cinema Salas de Cinema

Áreas de Conexão Áreas de Conexão

Circulação Circulação

Sanitários Sanitários

44

Figura 5.6: Arts Cluster – Análise de Setorização. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Subsolo 1

Subsolo 2

Térreo

Primeiro Pavimento

Segundo Pavimento

Terceiro Pavimento

Quarto Pavimento

Implantação Figura 5.7: Arts Cluster – Análise de Fluxos. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Fluxos

45 Área Edificada

Área Não Edificada


5.2 Projeto 02 – La Cité des Loisirs A La Cité des Loisirs é um centro de lazer, cujo é um dos edifícios de um complexo cultural em Courbevoie, na França. O centro de lazer foi projetado pelo escritório 2/3/4/ com ênfase em convidar a cidade para as festividades. O projeto contém salas para oficinas e workshops, teatro, lanchonete, espaços para exposição, e uma área multiuso, que funciona como teatro para apresentações, espaço para eventos e shows.

A importância da La Cité des Loisirs para o projeto para o centro de Jundiaí é relação do programa com a área construída, assim como a área multiuso, que deixa o projeto com mais flexibilidade para atender toda a população jundiaiense.

Figuras 5.8, 5.9 e 5.10: La Cité des Loisirs – Fachadas e Área Interna. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/762027/la-cite-des-loisirs-2-3-4, 2016.

46


Figura 5.11: La Cité des Loisirs – Corte Longitudinal Tridimensional. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/762027/la-cite-des-loisirs-2-3-4, 2016.

Fluxos

Área Edificada

Área Não Edificada

Figura 5.12: La Cité des Loisirs – Análise de Cheios e Vazios – Térreo. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Áreas Educacionais

Salas de aula, espaços de exposição

47

Área Comercia Lanchonete

Áreas Técnicas

Áreas Livres

Depósitos, salas de som e aúdio

Foyer, espaços

Teatro

Áreas de Con

Circulação

Sanitários


Segundo Pavimento

Térreo

Fluxos

Fluxos

Área Edificada Área Edificada

Área Não Área Edificada Não Edificada

Subsolo 2

Corte Longitudinal

Áreas Educacionais Áreas Educacionais

Salas de aula, Salas espaços de aula, de espaços exposiçãode exposição

Área Comercial Área Comercial Lanchonete Lanchonete

Áreas Técnicas Áreas Técnicas

Áreas Livres Áreas Livres

Depósitos, salas Depósitos, de som salas e aúdio de som e aúdio

Foyer, espaços Foyer, de espaços exposiçãode exposição

Teatro

Áreas de Áreas Conexão de Conexão

Teatro

Circulação Circulação

SanitáriosSanitários

Estacionamento Estacionamento

Área Multiuso Área Multiuso

48

Figura 5.13: La Cité des Loisirs – Análise de Setorização. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Área Multiuso - Layout Eventos

Área Multiuso - Layout Apresentações

Área Multiuso - Layout Shows

Figura 5.14: La Cité des Loisirs – Área Multiuso. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/762027/la-cite-des-loisirs-2-3-4, 2016.

Segundo Pavimento Fluxos Figura 5.15: La Cité des Loisirs – Análise de Fluxos. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Térreo

49

Área Edificada

Áre


5.3 Projeto 03 – Mercado Central Abu Dhabi O Mercado Central Abu Dhabi, um dos mais antigos da cidade, foi reinventado pelo escritório Foster + Partners, com o objetivo de fazer uma reconexão entre a população e a cidade, localizada nos Emirados Árabes Unidos. O novo edifício abriga um shopping nos pavimentos acima do nível da rua e manteve o antigo mercado nos dois pavimentos abaixo do nível da rua. Dessa forma o uso tradicional foi preservado, contribuindo para a contínua utilização do espaço.

A importância do Mercado Central Abu Dhabi para o projeto para o centro de Jundiaí é a preservação das tradições da cidade, assim como a relação dos espaços comerciais e sociais. Além de organização espacial através das circulações horizontais e verticais.

Figuras 5.16 e 5.17: Mercado Central Abu Dhabi – Pátio Interno. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/756227/mercado-central-abu-dhabi-foster-plus-partners, 2016.

50


Fluxos

Térreo Área Edificada

Área Não Edificada Fluxos

Figura 5.18: Mercado Central Abu Dhabi – Análise de Cheios e Vazios – Térreo. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Áreas Comerciais

Áreas Técnicas

Áreas Livres

Circulação

Sanitários

Estacionamento

Lanchonete, restaurante, café, loja Foyer, espaços de exposição

Área Edificada

Área Não Edificada

Corte Transversal Áreas Comerciais

Áreas Técnicas

Áreas Livres

Circulação

Sanitários

Estacionamento

Lanchonete, restaurante, café, loja Foyer, espaços de exposição

Figura 5.19: Mercado Central Abu Dhabi – Análise de Setorização. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

51


Através das análises dos projetos, é possível haver um melhor entendimento de como projetar um edifício coletivo que faz relação da cidade com a população.

Fluxos

Área Edificada

Área Não Edificada

Figura 5.20: Mercado Central Abu Dhabi – Análise de Fluxos – Térreo. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Áreas Comerciais

Áreas Técnicas

Áreas Livres

Circulação

Sanitários

Estacionamento

Lanchonete, restaurante, café, loja

52

Foyer, espaços de exposição


CAPÍTULO 6

PROJETOS DE REFERÊNCIA Como maneira de aperfeiçoar os conhecimentos em projeto arquitetônico foram escolhidos três projetos que possuem algum elemento interessante para a concepção do projeto para o centro de Jundiaí.

53


6.1 Projeto 01 – Teatro Cervantes O Teatro Cervantes, projetado pelo escritório Ensamble Studio, funciona como uma praça que se estende até 5 pavimentos abaixo do nível térreo. O teatro, que fica no centro da Cidade do México, estimula a população a utilizar espaços coletivos, assim como cria através de sua cobertura uma praça sobre o teatro e suas instalações.

A importância do Teatro Cervantes para o projeto para o centro de Jundiaí é principalmente a questão da altura máxima permitida para a construção de novos edifícios, com parte do programa projetado em pavimentos abaixo do nível térreo é possível atingir o CA máximo sem ultrapassar a altura máxima.

Figura 6.1: Teatro Cervantes – Modelo 3D. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-169281/ teatro-cervantes-slash-ensamble-studio, 2016.

54


As Figuras 6.2 e 6.3 mostram a relação do térreo com os pavimentos inferiores, sendo destinado para o pavimento

mais alto os serviços, como cafeteria e sanitários e os pavimentos mais baixos destinados ao teatro. Figura 6.2: Teatro Cervantes – Corte Longitudinal. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-169281/ teatro-cervantes-slash-ensamble-studio, 2016.

Figura 6.3: Teatro Cervantes – Corte Transversal. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-169281/ teatro-cervantes-slash-ensamble-studio, 2016.

55


6.2 Projeto 02 – Porta de Valletta O projeto para a nova Porta ou Portal de Valletta, em Malta, é uma forma de readequar os monumentos e ruínas históricas presentes na cidade. O escritório Renzo Piano Building Workshop dividiu o projeto em quatro partes: Porta de

Valletta; Teatro ao ar livre dentro das ruínas da Antiga Ópera Real; Parlamento e paisagismo do Antigo Fosso. Esse projeto é interessante pela monumentalidade e destaque do edifício do Parlamento e pelo teatro ao ar livre.

Figura 6.5: Porta de Valletta – Teatro ao ar livre. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/767835/portal-de-valletta-renzo-piano-building-workshop, 2016.

Figura 6.4: Porta de Valletta – Parlamento. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/767835/portal-de-valletta-renzo-piano-building-workshop, 2016.

56


6.3 Projeto 03 – Museu de Arte da Universidade Davis A Universidade Davis, na Califórnia, promoveu um concurso para seu novo Museu de Arte, entre os competidores está o escritório WORKac, que apresentou um projeto como marco e que pretende criar a conexão entre o edifício e seu entorno. Esse projeto é interessante pela maneira como a

formalidade arquitetônica se conecta com o entorno, assim como os desníveis se transformam em espaços sociais e de exposição. Através da exposição das referências projetuais é possível relacionar ideias para o projeto para o centro de Jundiaí.

Figuras 6.6, 6.7 e 6.8: Museu de Arte da Universidade Davis – Modelo 3D Externo. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-116674/ proposta-para-uc-davis-art-museum-slash-workac, 2016.

57


58


CAPÍTULO 7

PROJETO Diante da atual situação do centro de Jundiaí, apresentada nos capítulos anteriores, será desenvolvido um projeto arquitetônico com caráter coletivo, possuindo espaços de lazer, educacionais e comerciais. O capítulo visa a exposição dos usos, processos de projeto através de estudos bidimensionais e volumétricos, assim como a adequação das áreas nas diretrizes de ocupação que constam no Plano Diretor Participativo de Jundiaí.

59


7.1 Programa de Necessidades

Item Setor

1.1

Ambiente

Secretaria

Detalhe

sala financeira e administrativa e depósito

Função Quantidade de Usuários por Ambiente Prédimensionamento por Quantidade de Ambientes Pré dimensionamento Área Total Observações

1.2 1.3 Administrativo Sala Técnica Sala No de Break Informática

1.4

1.5

1.6

1.7

Social Sala de Segurança

Copa

1.8 Íntimo

Refeitório

Sanitário

Vestiário

vaso e pia

chuveiro e trocador

Administração 4

2

2

2

60

60

60

60

65 m²

22 m²

22 m²

22 m?

10 m²

65 m²

2,8 m²

4 m²

1

1

1

1

1

1

6

10

65 m²

22 m²

22 m²

22 m²

10 m²

65 m²

17 m²

40 m²

informações e inscrições nas atividades

área do ambiente definida considerando a não utilização simultânea de todos usuários

Tabela 7.1: Programa de Necessidades – Administração Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

60


Item

2.1

2.2 Educacional

Setor Ambiente

Sala de aula

Detalhe

workshops, oficinas, palestras

Função Quantidade de Usuários por Ambiente Pré-dimensionamento por Ambiente Quantidade de Ambientes Pré dimensionamento Área Total

Observações

Espaço para Exposição

2.3

2.4

2.5

Lazer

Íntimo

Administrativo

Jardim

Sanitário

Almoxarifado

vaso e pia Educação

12

70

20

130

1

30 m²

340 m²

75 m²

3,2 m²

15 m²

5

1

1

10

1

150 m²

340 m²

75 m²

32 m²

15 m²

música, dança, gravura, cerâmica, fotografia, desenho, pintura

área do ambiente definida considerando a não utilização simultânea de todos

Tabela 7.2: Programa de Necessidades – Educação Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

61

Item Estacionamento Pré-dimensionamento por Vaga Quantidade de Vagas Pré dimensionamento Área Total

3.1 Carro

3.2 Moto

12 m²

2 m²

76

14

912 m²

28 m²

Tabela 7.3: Programa de Necessidades - Estacionamento Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Item Setor Ambiente

4.1

4.2

Praça Seca

Sala de Cinema

Espaço Multiuso

bilheteria e bombonière

camarim, copa e depósito

Detalhe Função Quantidade de 200 Usuários por Ambiente Pré-dimensionamento 1400 m² por Ambiente Quantidade de 1 Ambientes Pré 1400 m² dimensionamento Área Total

Observações

4.3 Cultural

4.4

4.5

Cinema Aberto Área de e Espaço para Eventos Apresentação camarim

4.6

Loja

4.7

4.8 Comercial

4.9

4.10

Horta Restaurante Lanchonete Cafeteria / Pomar

cozinha

4.11 Esportivo

4.12 Íntimo

Módulo Bicicletário

Sanitário

guarda volumes e estacionamento

vaso e pia

Lazer 105

300

280

100

2

20

64

20

40

40

1200

145 m²

570 m²

330 m²

270 m²

12 m²

160 m²

170 m²

70 m²

150 m²

45 m²

3,2 m²

2

1

1

1

5

1

1

1

1

1

60

290 m²

570 m²

330 m²

270 m²

170 m²

70 m²

150 m²

45 m²

192 m²

60 m² 160 m²

área do ambiente definida considerando a não utilização simultânea de todos usuários

possui estrutura para abrigar feiras e eventos

Tabela 7.4: Programa de Necessidades – Lazer. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

62


Programa de Necessidades Administração - 263 m² 6% 13%

Educação - 612 m²

81%

Lazer - 3707 m²

Gráfico Administração 7.1: Programa de Necessidades Educação– Porcentagem Lazer por Função. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

TABELA DE ÁREAS

Tabela 7.5: Áreas Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Aréa do Terreno

2050 m²

Área de Projeção da Edificação Área Construída Área Permeável

1120 m² - T.O. 55% 6500 m² - C.A. 3,2 380 m² - T.P. 19%

63


7.2 Processo de Projeto

Figuras 7.1 e 7.2: Croquis – Estudos de Cortes. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

64


Figura 7.4: Maquetes – Volumetria Final. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Figura 7.3: Maquetes - Estudos Volumétricos. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Os primeiros estudos, desenvolvidos através de cortes e maquetes, buscam a setorização dos espaços de maneira que haja melhor conexão entre os usos presentes no projeto. Os estudos volumétricos, desenvolvidos com diferentes soluções formais, buscam a melhor relação do edifício com o entorno. Após os estudos, a solução que mais se agradou em questões formais, de acesso e circulação foi escolhida para ser base do desenvolvimento do projeto.

65


Corte Transversal

Corte Longitudinal

Figura 7.5: Croquis – Estudos de Plantas e Elevações. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

66


Setorização 3º pavimento 2º pavimento 1º pavimento Térreo 1º subsolo 2º subsolo 3º subsolo

4º subsolo 5º subsolo 6º subsolo

-

Área Livre e de Eventos Cinema Aberto ou Espaço para Apresentação / Lanchonete Restaurante / Cafeteria / Lojas Praça Seca / Módulo Bicicletário / Horta - Pomar

- Estacionamento - Salas de Aula / Espaço para Exposição / Administração - Espaço Multiuso / Cinema

Figura 7.6: Estudo de Setorização. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Após a escolha da volumetria foram realizados estudos de malha estrutural, acessos e gabarito. Para melhor definição dos pavimentos foi realizado um estudo de setorização por pavimento, visando a valorização da conexão entre os usos.

A forma inicial (Figura 7.7) do edifício foi definida através da junção do estudo volumétrico e da setorização por pavimento.

67


Figura 7.7: Estudos de Volumetria e Fachadas. Fonte: Aline ZaquĂŠ Jampietro, 2016.

68


Figura 7.9: Estudos de Circulação Vertical Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016. Figura 7.8: Estudos de Circulação Vertical e Setorização Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Os estudos de circulação vertical e setorização contribuíram para melhor desenvolvimento do projeto e definição das áreas e malha estrutural.

69


Figura 7.10: Estudos de Layout. Fonte: Aline ZaquĂŠ Jampietro, 2016.

70


Figura 7.12: Corte Esquemático Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016. Figura 7.11: Corte Esquemático Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Os estudos de layout possibilitaram o desenvolvimento de cortes que contribuíram para melhor definição dos pavimentos através da relação das alturas e circulações.

71


Os estudos para malha estrutural foram realizados a partir da volumetria dos pavimentos superiores. Dessa maneira houve a definição dos pavimentos inferiores.

Para definição dos tipos de lajes e vigas foram considerados a utilização de grandes vãos para melhor aproveitamento dos ambientes

724,1

Figura 7.13: Estudos Estruturais Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016. 719,8

72


O corte e as plantas das figuras 7.14 a 7.18 são parte do processo do projeto, no qual há a preocupação em adequar o programa da melhor forma para que os ambientes se integrem entre si e com os usuários. Inicialmente o projeto propõe a utilização de quatro pavimentos no subsolo, sendo utilizados com pé direito duplo para comportar duas salas de cinema e um espaço multiuso, cujo é um espaço que possui mobiliário e divisórias removíveis

e pode ser utilizado para diversos fins. O restante da área desses pavimentos é destinada ao uso comercial e educacional. O primeiro subsolo abriga o estacionamento para atender os usuários que além de utilizarem os ambientes dos subsolos também utilizam a praça seca no térreo, cuja possui estrutura para abrigar feiras, eventos, exposições e apresentações, assim como restaurante, lojas, espaço comunicação, cinema aberto, cafeteria e área de eventos nos pavimentos superiores.

757,2

749,9

745,6

741,3

737,0

732,7

Corte BB 1:300

728,4

724,1

719,8

715,5

Figura 7.14: Corte BB Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

73


Vestiário Copa Refeitório

719,8

715,5

Lojas

715,5

Depósito B

B

715,5

Cozinha

719,8

Extensão Espaço Multiuso 8,33%

Restaurante

Palco e Camarim Espaço Multiuso

5º Subsolo 1:300

B

74

4º Subsolo 1:300 Figura 7.15: Plantas 5º e 4º Subsolos. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

B


724,1

Lojas

719,8

Almoxarifado

715,5

715,5

B

B

Espaço para Exposição

724,1

728,4

Espaço para Exposição

Bilheteria

Sala No Break

7,62%

B

724,1

SecretariaCafeteria

Cafeteria

Secr

Espaço para Sala de Exposição Segurança Sala Técnica Bilheteria de Informática

S B

7,62%

724,6

724,6

7,62%

7,62%

725,1

725,1

Cinemas

Cinemas B

724,1

Lojas

719,8

B

728,4

Salas de Aula

3º Subsolo 1:300

B

75

2º Subsolo 1:300 Figura 7.16: Plantas 3º e 2º Subsolos. Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

B


738,0 732,7

738,0 732,7

728,4

728,4

724,1 20%

724,1

Restaurante

719,8

20%

719,8

715,5

B

Módulo Bicicletário

Lojas

B Espaço para Exposição e/ou Apresentação 3%

Térreo 1:300 736,0

741,3

737,0 737,0

Espaço Comunicação

1º Pavimento 1:300

Horta Pomar B

76

B

736,0

Figura 7.17: Plantas Térreo e 1º Pavimento Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


738,0

738,0 732,7

732,7

728,4

728,4 719,8

719,8 724,1

724,1

20%

20%

Cinema Aberto / Espaço para Apresentação

745,6

B

B

Depósito Cozinha

745,6

737,0

737,0

Cafeteria

Área Livre e de Eventos 749,9

741,3

741,3

2º Pavimento 1:300 736,0

3º Pavimento 1:300

B

77

B

736,0

Figura 7.18: Plantas 2º e 3º Pavimentos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


7.3 Partido O centro de Jundiaí possui características únicas, que devem ser valorizadas e preservadas no contexto histórico e cultural da cidade. Com o projeto de requalificação e reapropriação do centro da cidade a valorização e preservação será intensificada. O projeto deve ser visto como um elemento de integração entre o espaço público e o espaço privado, criando um espaço coletivo e estabelecendo relações sociais entre os indivíduos.

Os diversos usos presentes no projeto contribuem para que seu funcionamento em horários comerciais e não comerciais, como nos finais de semana e a noite, seja garantido. Um dos principais atrativos, ou marco do projeto, é o regaste do cinema no centro, especialmente o cinema ao ar livre. A formalidade do projeto contribui para a fruição pública e para a integração da sociedade.

78


7.4 Estrutura

cm )

Planta de Forma 6º Subsolo 1:300 0x

40

O projeto de estrutura busca o melhor aproveitamento dos ambientes de acordo com a volumetria definida. As lajes são em grelha em concreto armado e as vigas e pilares em concreto protendido. A caixa estrutural de escada, elevador e sanitários possui lajes maciças em concreto armado e alvenaria estrutural.

P6

P2

40x100cm

V9 01 (2

08

40x40cm

P5

40x89cm

L903 em

grelha h=40cm / e=5cm

P1

V9

40x40cm

(16

05

P4

40x81cm

L902 em

70

grelha h=40cm / e=5cm

.09 .09 .70 .70

x4

0c

m)

P11

P3

grelha h=40cm / e=5cm

L905 em grelha h=40cm / e=5cm

P10

.09 .09 .70 .70

L906 em

40x140cm

40x50cm 40x164cm

L901 em grelha h=40cm / e=5cm

(9

06

V9

L904 em grelha h=40cm / e=5cm

x4

0c

m)

Grelhas

0 x4

11

(8 03

Maciça h=10cm

02

(18

40

V9 V9

76

0x

V9

0 V9

cm

m 0c x4 60

(17

09

)

cm

72 0

)

P17

40x45cm

04 V9 P16

(2

40

0x

x4 0

76

V9

40x70cm

)

P13

40

cm )

8(1

40x44cm

40x60cm

L908

L907 em grelha P14 07(1 h=40cm / e=5cm

P8

O pé direito dos pavimentos totaliza 38,7 metros, sendo 17,2 acima do nível da rua e 21,5 metros abaixo. Nos pavimentos abaixo do nível da rua existem rasgos nas lajes para a circulação vertical e para entrada de iluminação.

)

cm

40x84cm

Figura 7.19: Detalhe Grelhas Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

m)

P9

40x93cm

0c

P7

40x53cm

x4

75

Detalhe Grelha

P12

40x100cm

P15

79

40x40cm

Figura 7.20: Planta de Forma 6º Subsolo Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


P6

40x100cm

1

m)

40 c 0x

V7

) cm 0x

40

P10

(3 40 )

cm

32

m)

x4

40

80

(9

grelha h=40cm / e=5cm

x4 0c

L716 em grelha h=40cm / e=5cm (2

72

P13

V7 10

40x58cm

P16

40x47cm

0c x4

m)

P15

40x40cm

m)

0c x4

60

60

(17

(17

10

V8

L715 em grelha h=40cm / e=5cm

V8

05

(2

40x40cm

P16

P17

40x40cm

72 0

40x40cm

40x40cm

L710 em

05

)

0c m

0x 4

P8

P17

)

grelha h=40cm / e=5cm

L815 em grelha h=40cm / e=5cm

40x68cm

m 0c

L816 em

L717 em grelha h=40cm / e=5cm

P14

x4 60

40x84cm

P13

40x48cm

L711 em grelha h=40cm / e=5cm

L718

Maciça h=10cm

m)

L705 em grelha h=40cm / e=5cm

0 V7

V7

0x 73

(2

4

Maciça h=10cm

6 (2

grelha h=40cm / e=5cm

) cm

40 0x

40x40cm

L810 em

h=40

L712 em grelha h=40cm / e=5cm

L818

L817 em grelha h=40cm / e=5cm

P14

L70

0c

cm

)

40x40cm

09

grelha h=40cm / e=5cm

66

P8

V

L811 em

grelha h=40cm / e=5cm

P9

40x75cm

V7

grelha h=40cm / e=5cm

L713 em

0x

52

grelha h=40cm / e=5cm

(2 09 V8

L805 em

L714 em grelha h=40cm / e=5cm

40x123cm

P7

L812 em

4 80

P11

40x99cm

(4

) cm 40 0x 32

(4

03

)

V8

Grelhas

cm

grelha h=40cm / e=5cm

40

L707 em

L706 em grelha h=40cm / e=5cm

)

cm

40

P7

40x42cm

P4

08

40x144cm

0x

52

(3

P10

P9

40x93cm

P3

40x40cm

V7

08

grelha h=40cm / e=5cm

)

grelha h=40cm / e=5cm

0x

grelha h=40cm / e=5cm

grelha h=40cm / e=5cm

cm

17

L701 em

L813 em

40

L708 em

40x66cm

grelha h=40cm / e=5cm

0x

(3

)

cm

40

L807 em

grelha h=40cm / e=5cm

P11

04

07

0x

17 Grelhas

(3

P12

40x100cm

V7

(3

V8 L806 em

grelha h=40cm / e=5cm

L814 em

07

40x50cm

L702 em

40x120cm

grelha h=40cm / e=5cm

V8

P3

L801 em grelha h=40cm / e=5cm

06

02 )

cm

P4

V7

(2

(2

02 V8

40

L808 em

40x81cm

m grelha / e=5cm

40x40cm

40x100cm

L709 em grelha h=40cm / e=5cm

L703 em grelha h=40cm / e=5cm

0x

grelha h=40cm / e=5cm

P1

P12

88

)

cm

40 0x

L809 em grelha h=40cm / e=5cm V8 06

P5

40x72cm

04

L802 em

(2

(3

88

0 08

V7 0

0x

L803 em grelha h=40cm / e=5cm

L704 em grelha h=40cm / e=5cm

m 0c

x4

P5

40x89cm

P6

40x100cm

03

40

cm )

L804 em grelha h=40cm / e=5cm

08

V8 01 (2

P1

40x40cm

Planta de Forma 4º Subsolo P2 40x40cm 1:300 )

V7

Planta de Forma 5º Subsolo P2 40x40cm 1:300

80

P15

40x40cm

Figura 7.21: Plantas de Forma 5º e 4º Subsolos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

4


Planta de Forma 2º Subsolo P2 P2 40x40cm 40x40cm 1:300 ) 0 4 0 80x cm 40 cm )

cm )

40

0x

0x

)

cm

40

0x

32

(4

x4

30

4(

V5 0

0c x4

)

m)

cm 40 0x 76

60

)

cm

0 x4

60

P15

40x40cm

)

0c m

20 x4

m)

x4 0c

P17

40x40cm

(2 7

72 0

V5

05

(2

05

L513 em grelha h=40cm P16 / e=5cm 40x40cm

(1 10

(17

(17

81

L514 P17em/ grelha h=40cm e=5cm 40x40cm

V6

72 0

(2

) cm

V5

40x40cm L613 em grelha h=40cm / e=5cm

10

40x40cm

L614 em grelha L508 em grelha h=40cmh=40cm / e=5cm/ e=5cm P13

P13

40x40cm

V P16

0 x4

h=40cm / e=5cm 40x40cm

5 60

0 66

40x40cm

L608 emP8 grelha

P8

40x40cm

)

P17

27

73

(2

9(2

40x68cm

m 0c

cm )

m)

)

cm

40 0x

L616 L516 Maciça 4 Maciça 0 h=10cm 6 h=10cm P14 L503 emL609 grelha em grelha VL509 em grelha h=40cm h=40cm / e=5cm / e=5cm L615 em grelha40x53cm L515 em grelha h=40cm / e=5cm h=40cm / e=5cm h=40cm / e=5cm P14 4 0x 66

x4 0

L510 em grelha h=40cm / e=5cm

0c

) cm 40 0x 32 (4

03

V6 04

V6

h=40cm / e=5cm

0 V5

L603 em grelha h=40cm / e=5cm

P15

40x40cm

)

Maciça h=10cm

V6

10

V6

L613 em grelha h=40cm / e=5cm

cm

L616

grelha h=40cm / e=5cm

L614 em grelha h=40cm / e=5cm

P13

)

)

)

cm

cm

cm

40x40cm

(2 09 V6

P14

40

40

40

grelha h=40cm / e=5cm

0x

0x

52

52

40

40x40cm

L615 em

40x68cm

40x82cm

(3

(3

0x

L608 em

40x40cm

08

08

)

09

40x40cm

V5

V6

cm

V6

(2

L609 em grelha h=40cm / e=5cm

66

P8

L610 em grelha h=40cm / e=5cm m) 0c x4 0 73 (2

0x

)

cm

40

0x

40x40cm

P10

P10

40x102cm

P9 P9 L604 em grelha 40x75cm L504 em grelha 40x56cm P7 h=40cm / e=5cm P7 h=40cm / e=5cm L610 em grelha

P9

40x75cm

25

40

52

L604 em grelha P7 h=40cm / e=5cm

L603 em grelha h=40cm / e=5cm

)

0x

P10

cm

17

L601 em grelha grelha h=40cm / e=5cm h=40cm / e=5cm L611 em

P12

40x100cm

L502 em grelha L506 em grelha L606 em grelha h=40cm P11 P11 h=40cm / e=5cm / e=5cm 40x79cm h=40cm / e=5cm 40x59cm P4 P4 V6 V5 40x51cm Grelhas L612 07 40x40cm Grelhas 07 L512 em grelha ) h=40cm / e=5cm (3 ( h=40cm / e=5cm m 3 c 17 1470 0x 0 0x x4 P3em grelha L501 P3 40 32 L6110cmem grelha L511 em grelha 40x40cm/ e=5cm 40x40cm cm) 4 h=40cm 3( h=40cm) / e=5cm03 h=40cm / e=5cm L605 em grelha L505 em 0grelha h=40cm / e=5cm h=40cmV/6 e=5cm V5

40x102cm

(3

08

V6

L605 em grelha h=40cm / e=5cm

L612 em grelha h=40cm / e=5cm

40

(3

P3

40x40cm

40x40cm

0x

07

V6

L601 em grelha h=40cm / e=5cm

P5

25

m)

P4

L602 em grelha h=40cm / e=5cm

c 40

grelha P11 40x79cm h=40cm / e=5cm Grelhas

40x51cm

V5

(2

0x

L606 em

02

(2

40x52cm

V6

88 (2

P5

25

L602 em grelha h=40cm / e=5cm

L507 em grelha h=40cm P12 / e=5cm 40x100cm

06

02

L607 em grelha h=40cm / e=5cm

06

(2

V6

40x40cm

06

40x52cm

P1

40x40cm

P6

40x100cm

V5

40x100cm

P6

40x100cm

V6

P5

V6

40x40cm

P12

P1

02 V5 0 (2 88 1(2

40

L607 em grelha h=40cm / e=5cm

0x

P1

V6 01 (2

cm )

V6 01 (2

08

08

0x

0x

40

40

cm )

cm )

40x100cm

88

P6

(2

Planta de Forma 3º Subsolo P2 40x40cm 1:300

P16

40x40cm

P15

40x40cm

Figura 7.22: Plantas de Forma 3º e 2º Subsolos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Pilares em Concreto Protendido

Lajes em Grelha em Concreto Armado Laje em Grelha n° Lajes 2º pavimento Lajes 1º pavimento, 1º e 2º subsolo Lajes Térreo, 3º, 4º e 5º subsolo

Uso da Laje (função) Cozinha Caixa D'água Cinema Cafeteria Restaurante Sala de aula Loja Restaurante Cinema

Largura da Altura "h" nervura "b" (cm) (cm)

Distância adotada entre as nervuras (cm)

Altura do Carga Total capeamento por m² "e" (cm)

40 cm

9 cm

70 cm

5 cm

1180 Kgf/m²

40 cm

9 cm

70 cm

5 cm

780 Kgf/m²

Vigas 2º pavimento Vigas demais pavimentos

FÓRMULA

P1

P2 40 cm

9 cm

70 cm

5 cm

Vigas com Seção I em Concreto Protendido Viga I n°

Pilar

Altura "h" (cm)

Largura da viga "b" (cm)

Largura da alma da viga "d" (cm)

Peso por metro de viga (Kgf/m)

54 cm

40 cm

17 cm

310,5 Kgf/m

73 cm

40 cm

17 cm

420 Kgf/m

880 Kgf/m²

Pavimento

Térreo 1º subsolo 2º subsolo 3º subsolo 4º subsolo Térreo 1º subsolo 2º subsolo 3º subsolo 4º subsolo

Área de pk Carga no influência (Kgf/m²) pilar (Kgf) (m²) N=Ai.pk 52800 44 105600 44 148800 1200 36 201600 44 244800 36 61200 51 122400 51 172800 1200 42 234000 51 284400 42

Tabela 7.6: Cálculo Estrutural Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Figura 7.23: Modelos 3D - Estrutura Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

82

(exemplo P1 e P2) Menor lado do pilar (cm) b 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Primeiro ajuste do h h≥b 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0


P6

40x100cm

0c

m)

) cm 40 0x 32

)

cm

40

0x 06 (2 m)

P17

04

(2

40x40cm

V3

(2

05 V4

P16

04 0x

72 0x

40 c

m)

(3

)

cm

40

0x

) cm

40 0x 73 (2

04 V4

40 c

02

(2

x4

) cm

L311 em grelha h=40cm / e=5cm

L310 em grelha h=40cm / e=5cm

40x40cm

60

L312 em grelha h=40cm / e=5cm

40 0x

10 V4 (17

em grelha h=40cm / e=5cm

L313

Maciça h=10cm

20 (2

L415

08

V3

40x40cm

m)

L305 em grelha h=40cm / e=5cm

P17

P14

40x40cm

c 40

P13

40x40cm

L308 em grelha h=40cm / e=5cm

P10

L306 em grelha h=40cm / e=5cm

0x 63

L416 em grelha h=40cm / e=5cm

V3

88

0x

40

cm )

V4 01

(4

)

V4

cm

03

40

grelha h=40cm / e=5cm

9(1

grelha h=40cm / e=5cm

) cm

0 x4

0 66

L410 em

)

0x

Maciça h=10cm

0 V3

9(2

40x53cm

grelha h=40cm / e=5cm

40x61cm

L418

L417 em

P14

cm

37

)

cm

L411 em grelha h=40cm / e=5cm

L309 em

P9 L307 em grelha 40x40cm h=40cm / e=5cm Grelhas L301 em grelha h=40cm / e=5cm

40

0 V4

L405 em grelha h=40cm / e=5cm

40

(2

32

0x

24

07

0x

52

L412 em grelha h=40cm / e=5cm

grelha h=40cm / e=5cm

L302 em grelha h=40cm / e=5cm

(3

P9

40x56cm

P11

40x40cm

L303 em

V3

P3

40x40cm

40x82cm

08

P7

40x40cm

40x40cm

P4

40x40cm

)

V4

P10

L406 em grelha h=40cm / e=5cm

P8

(2

cm

L408 em grelha P11 h=40cm / e=5cm 40x59cm P4 V4 Grelhas 40x40cm L414 em grelha 07 (3 h=40cm / e=5cm 17 0x 40 P3 cm L413 em grelha 40x40cm ) h=40cm / e=5cm L407 em grelha h=40cm / e=5cm

P12

40x100cm

06

40

grelha h=40cm / e=5cm

V3

0x

L401 em

2 1(2

0

V3

39

V4

L402 em grelha h=40cm / e=5cm

x 00

(2

40x40cm

P5 L304 em grelha 40x40cm h=40cm / e=5cm

) cm

40

40x100cm

06

02

P5

V4

L403 em grelha h=40cm / e=5cm

40x40cm

P12

) cm

L409 em grelha h=40cm / e=5cm

40

P1

0x

4

40x100cm

V3 03

4 0x

P6

24

L404 em grelha h=40cm / e=5cm

0c

(14

Planta de Forma Térreo 1:300

(1 05 V3

Planta de Forma P2 1º Subsolo 40x40cm 1:300 m)

P16

40x40cm

P15

40x40cm

83

Figura 7.24: Plantas de Forma 1º Subsolo e Térreo Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Planta de Forma 1º Pavimento 1:300

Planta de Forma 2º Pavimento 1:300 P5

40x40cm

L206 em

grelha h=40cm / e=5cm

)

P11

P11

40x40cm

cm

)

grelha h=40cm / e=5cm

40

02

01

L102 em

V1

grelha h=40cm / e=5cm

)

V2

cm

40

(2

0x

00

57

0x

(2

L209 em grelha h=40cm / e=5cm

P10

40x40cm

04

V1

40x40cm

m)

m)

0c

x4

grelha h=40cm / e=5cm Grelhas

(9

V1

m 0c

)

L104 em grelha h=40cm / e=5cm

02

30

Maciça h=10cm

L109

Maciça h=10cm L108 em grelha h=40cm / e=5cm

60

(10

x4

05

0c

V1

L212

L211 em

L210 em grelha h=40cm / e=5cm

L105 em

60

)

P9

40x40cm L101 em grelha h=40cm / e=5cm

x4

P9 L208 em grelha 40x40cm h=40cm / e=5cm Grelhas ) cm 0 x4 60 0 3(1 L207 em grelha 0 2 h=40cm / e=5cm V P14 40x40cm cm

L204 em grelha h=40cm / e=5cm

(19

40

0x

20

(3

P10

L107 em grelha (8 h=40cm / e=5cm 88 L106 em grelha x40c h=40cm / e=5cm m)

03

L103 em

V1

05

P3 L205 em grelha V2 h=40cm / e=5cm 06

40x40cm

cm

40x40cm

V2

L201 em grelha h=40cm / e=5cm

40

)

0x

cm

grelha h=40cm / e=5cm

40

40

40x40cm

L202 em

(2

0x

P4

04

19

0 V2

V2

(2

grelha cm) h=40cm / e=5cm x40 0 00 (1 2

L203 em

P14

40x40cm

grelha h=40cm / e=5cm

84

Figura 7.25: Plantas de Forma 1º e 2º Pavimentos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


7.5 Projeto

Implantação 1:500 10m

2,5 0

5

Figura 7.26: Implantação e Análise de Cheios e Vazios Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

85


Circulação Estacionamento Bicicleta

Áreas Livres

Espaço para exposição, apresentação, evento

Áreas de Conexão Sanitários Fluxos

86

O térreo livre, que possui uma leve inclinação, busca a inserção dos usuários Área Edificada Área Não Edificada no edifício através da praça, que pode ser utilizada para realização de feiras, eventos, exposições e apresentações. O módulo bicicletário funciona como suporte para os ciclistas, contendo estacionamento e armários. Áreas Educacionais A horta e pomar caráterde exposição Salas de tem aula, espaços comercial, no qual Áreas os usuários Técnicas podem participar da plantação e colheita ou e aúdio Depósitos, salas de som somente da compra dos produtos. Teatro

Lanchonete

Áreas Livres

Foyer, espaços de exposição

Áreas de Conexão

Circulação

Sanitários

Estacionamento

Área Multiuso

Térreo 1:300 1,5

0

Área Comercial

6m

3

Figura 7.27: Térreo e Análise de Setorização e Fluxos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Circulação Áreas Comerciais

Restaurante, cafeteria, lojas

Áreas Livres

Espaço para interação social e descanso

Áreas de Conexão Sanitários Fluxos

O primeiro pavimento possui um caráter comercial, com um restaurante no segmento Área Edificada Área Não E de hamburgueria para atender os usuários do centro que procuram um local de comida rápida. O restaurante é aberto com vista para as ruas centrais e funciona em conjunto com 87 a cafeteria que fica na parte coberta do Áreas Educacionais pavimento, fazendo conexão com as lojas e Salas de aula, espaços de exposição o terraço aberto com vista para a Praça da Áreas Bandeira como um espaço de Técnicas descanso e Depósitos, salas de som e aúdio interação social. Teatro Circulação Estacionamento

1º Pavimento 1:300 1,5

0

6m

3 Figura 7.28: 1º Pavimento e Análise de Setorização e Fluxos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Sala de Cinema

Cinema aberto e espaço para apresentação

Circulação Área Comercial Lanchonete

Áreas Livres

Espaço para interação social e descanso

Áreas de Conexão Sanitários Fluxos

88

O segundo pavimento possui um caráter cultural e de lazer, no qual há um cinema Área Edificada aberto que também pode ser utilizado comoÁrea Não Edificada espaço para apresentações. Como suporte para esse espaço há uma lanchonete. A arquibancada do cinema possui espaços maiores que os degraus usuais, nos quais os usuários podem deitar para assistir aos Áreas filmes ou em horários semEducacionais programação podem Salas de espaços de exposição aproveitar o sol ou fazer aula, piquenique. Áreas Técnicas

Área Comercial Lanchonete

Áreas Livres

Depósitos, salas de som e aúdio

Foyer, espaços de exposição

Teatro

Áreas de Conexão

Circulação

Sanitários

Estacionamento

Área Multiuso

2º Pavimento 1:300 1,5

0

6m

3

Figura 7.29: 2º Pavimento e Análise de Setorização e Fluxos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Área de Apoio Copa

Circulação Área Livre

Espaço para eventos

Áreas de Conexão Sanitários Fluxos

Áreatambém Edificada O terceiro pavimento possui um caráter cultural e de lazer, no qual há um espaço para eventos na cobertura do edifício com vista para toda área central. Também há 2/5 do reservatório destinado a todo consumo de água do edifício. Áreas Educacionais

Área Não E

89

Salas de aula, espaços de exposição

Áreas Técnicas

Depósitos, salas de som e aúdio

Teatro Circulação

3º Pavimento 1:300 1,5

0

Estacionamento 6m

3

Figura 7.30: 3º Pavimento e Análise de Setorização e Fluxos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Corte AA 1:300 1,5

0

6m

3

Figura 7.31: Corte AA Fonte: Aline ZaquĂŠ Jampietro, 2016.

90


1,5 0

Corte BB 1:300 6m

3

Figura 7.32: Corte BB Fonte: Aline ZaquĂŠ Jampietro, 2016.

91


Salas de Cinema Áreas de Apoio Copa e camarim

Circulação Área Comercial

Bilheteria e bombonière

Áreas Livres Foyer e jardim

Áreas de Conexão Sanitários Área Multiuso

Espaço para shows, apresentações, eventos

Fluxos

92

No sexto subsolo há o espaço multiuso, cujo possui divisórias e mobiliário removíveis para atender os variados usos, como shows, Área Edificada apresentações e eventos. Como suporte paraÁrea Não Edificada o espaço há o foyer, copa, camarim e jardim. Também há duas salas de cinema com uma bombonière de suporte para os usuários. Quase todo pavimento possui pé direito duplo para melhor experiência dos usuários. Há 3/5 do reservatório destinado a todo Áreas Educacionais Salas de aula, consumo de água do edifício. espaços de exposição Áreas Técnicas

Área Comercial Lanchonete

Áreas Livres

Depósitos, salas de som e aúdio

Foyer, espaços de exposição

Teatro

Áreas de Conexão

Circulação

Sanitários

Estacionamento

Área Multiuso

6º Subsolo 1:300 1,5

0

6m

3

Figura 7.33: 6º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Área de Apoio Depósito

Circulação Área Livre Mezzanino

Áreas de Conexão Sanitários Fluxos

O quinto subsolo funciona como suporte Edificada para Área Não E do sexto subsolo, contendoÁrea um depósito o mobiliário e divisórias do espaço multiuso e um mezzanino. Nesse pavimento, assim como em todos 93 os subsolos, há uma grande abertura na fachada Leste e vazios na laje que começam Áreas Educacionais no térreo e melhoram a iluminação e ventilação Salas de aula, espaços de exposição naturais. Áreas Técnicas Depósitos, salas de som e aúdio

Teatro Circulação Estacionamento

5º Subsolo 1:300 1,5

0

6m

3 Figura 7.34: 5º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


11hrs 10hrs 9hrs 8hrs

Corte CC 1:300 1,5

0

6m

3

Figura 7.35: Corte CC e Análise de Iluminação Natural Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

94


1,5 0

Corte DD 1:300 6m

3

Figura 7.36: Corte DD Fonte: Aline ZaquĂŠ Jampietro, 2016.

95


Áreas Educacionais

Salas de aula e espaço para exposição

Áreas de Apoio

Administração, salas técnicas, refeitório, vestiários

Circulação Áreas Livres Jardim

Áreas de Conexão Sanitários Fluxos

96

O quarto subsolo é destinado a educação, contemplando 5 salas destinadas ao segmento de artes, como gravura; cerâmica; fotografia; marcenaria; pintura; desenho; escultura; aulas teóricas de artes Área Edificada Área Não Edificada e debates, e um espaço para exposição dos trabalhos produzidos pelos alunos. Para participar das oficinas é necessário a inscrição na área administrativa, cuja acontece em conjunto com as salas técnicas e a área de suporte aos funcionários. Áreas Educacionais No pavimento Salas há umdejardim que fazdeparte do aula, espaços exposição grande vazio que traz iluminação e ventilação para Áreas Técnicas os pavimentos inferiores, nele há deuma Depósitos, salas sompassarela e aúdio que percorre todo perímetro do jardim. É um Teatro espaço para descanso e interação social. Circulação Estacionamento

4º Subsolo 1:300 1,5

Área Comercial Lanchonete

Áreas Livres

Foyer, espaços de exposição

Áreas de Conexão Sanitários Área Multiuso

6m

0 3 Figura 7.37: 4º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Circulação Estacionamento Carro e moto

Sanitários Fluxos

Área Edificada No terceiro subsolo há o estacionamento com 26 vagas para carros e 8 vagas para motos.

Área Não Ed

97

Áreas Educacionais

Salas de aula, espaços de exposição

Áreas Técnicas

Depósitos, salas de som e aúdio

Teatro Circulação

3º Subsolo 1:300 1,5

0

Estacionamento 6m

3

Figura 7.38: 3º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Circulação Estacionamento Carro e moto

Sanitários Fluxos

Área Edificada

98

Área Não Edificada

No segundo subsolo há o estacionamento com 25 vagas para carros e 3 vagas para motos. Áreas Educacionais

Salas de aula, espaços de exposição

Lanchonete

Áreas Técnicas

Áreas Livres

Depósitos, salas de som e aúdio

Foyer, espaços de exposição

Teatro

Áreas de Conexão

Circulação

Sanitários

Estacionamento

Área Multiuso

2º Subsolo 1:300 1,5

0

Área Comercial

6m

3

Figura 7.39: 2º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Circulação Estacionamento Carro e moto

Sanitários Fluxos

Área Edificada

No primeiro subsolo há o estacionamento com 25 vagas para carros e 3 vagas para motos.

Área Não Ed

99

Áreas Educacionais

Salas de aula, espaços de exposição

Áreas Técnicas

Depósitos, salas de som e aúdio

Teatro Circulação Estacionamento

1º Subsolo 1:300 1,5

0

6m

3

Figura 7.40: 1º Subsolo e Análise de Setorização e Fluxos Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


RUA CORONEL LEME DA FONSECA

RUA ZACARIAS DE GÓE S

RUA BARONESA DO JAP I

Elevação Rua Baronesa do Japi 6m 1,5 1:300 0

3

Figura 7.41: Elevação Rua Baronesa do Japi Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

RUA CORONEL LEME DA FONSECA

RUA ZACARIAS DE GÓE S

RUA BARONESA DO JAP I

Elevação Rua Zacarias de Góes 6m 1,5 1:300 0 3 Figura 7.42: Elevação Rua Zacarias de Góes Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

100


RUA CORONEL LEME DA FONSECA

RUA ZACARIAS DE GÓE S

Elevação Rua Coronel Leme da Fonseca 6m 1,5 1:300 0

3

Figura 7.43: Elevação Rua Coronel Leme da Fonseca Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

RUA BARONESA DO JAP I

101


Figura 7.44: Perspectiva - Giz Pastel Seco Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Figura 7.45: Perspectiva - Lápis Aquarela Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

102

Figura 7.46: Implantação Perspectivada - Lápis Aquarela Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Figura 7.47: Perspectiva - Giz Pastel Seco Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

Figura 7.48: Perspectiva - Giz Pastel Seco Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.

As figuras 7.44 a 7.49, expostas através de perspectivas possibilitam o melhor entendimento formal do projeto, da relação com o entorno e com os usuários. Os prismas que fazem o fechamento das fachadas são metálicos, assim como a caixa de escada que atende os pavimentos superiores. Os brises verticais nas faces Norte e Oeste foram necessários para melhor conforto térmico dos ambientes.

103

Figura 7.49: Perspectiva - Lápis Aquarela Fonte: Aline Zaqué Jampietro, 2016.


Figura 7.50: Corte Perspectivado Fonte: Aline ZaquĂŠ Jampietro, 2016.

104


105

Figura 7.51: Cinema Aberto Fonte: Aline ZaquĂŠ Jampietro, 2016.


Figura 7.52: Perspectiva Noturna Fonte: Aline ZaquĂŠ Jampietro, 2016.

106


107

Figura 7.53: Projeto com Entorno Atual Fonte: Aline ZaquĂŠ Jampietro, 2016.


Figura 7.54: Projeto com Entorno Atual Fonte: Aline ZaquĂŠ Jampietro, 2016.

108


CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir das pesquisas, estudos e análises realizados até o momento, há noção da importância de espaços coletivos na cidade que possam atrair a população para que haja o melhor desenvolvimento das relações sociais no processo de requalificação da área central, da qual em caráter histórico expressam os valores da tradição da cidade. As pesquisas e análises históricas, levantamentos geográficos e as relações sociais presentes, assim como as entrevistas realizadas na cidade de Jundiaí contribuíram para o processo de desenvolvimento do projeto de reapropriação do centro. Há percepção de que os jundiaienses adoram a cidade e, assim como os governantes, querem que ela melhore. Também houve a necessidade de referências projetuais para a melhor e mais eficiente elaboração para um projeto de um espaço coletivo.

Baseando-se nas pesquisas, análises históricas e cartográficas, assim como nos projetos escolhidos como estudos de caso, o projeto para o centro de Jundiaí irá contribuir para a requalificação e reapropriação da área através de seus usos diferenciados, que contemplam espaços culturais, educacionais e comerciais. O projeto possui um caráter de coletividade e o complexo pode ser utilizado em horários diferenciados além do horário comercial, como no período noturno e finais de semana. Um dos pontos principais do projeto é área comercial, que mantém a tradição central, e também o cinema, que durante as entrevistas foi muito mencionado, principalmente pelas pessoas que vivenciaram o cinema no centro, pois constitui a memória daqueles que participaram da história da cidade.

109


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHOAY, Françoise. A Alegoria do Patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade, 2001. FRÚGOLI Jr, Heitor. São Paulo: Espaços Públicos e Interação Social. São Paulo: Marco Zero, 1995. JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014. LYNCH, Kevin. A Imagem da Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2006. MONTANER, Josep Maria. Depois do Movimento Moderno – Arquitetura da Segunda Metade do Século XX. São Paulo: Editora Gili, 2013. MORALES, Manuel de Solà. Ações Estratégicas de Reforço do Centro. In, HUET, Bernard; et al. O Centro das Metrópoles – Reflexões e Propostas para a Cidade Democrática do Século XXI. São Paulo: Editora Terceiro Nome – Viva o Centro – Imprensa Oficial do Estado, 2001. MORALES, Manuel de Solà. Espaços Públicos e Espaços Coletivos. In, HUET, Bernard; et al. O Centro das Metrópoles – Reflexões e Propostas para a Cidade Democrática do Século XXI. São Paulo: Editora Terceiro Nome / Viva o Centro / Imprensa Oficial do Estado, 2001. VASCONCELLOS, Lélia Mendes de; Mello, Maria Cristina Fernandes de. Re: Atrás de, Depois de... In, Vargas, Heliana Comin; Castilho, Ana Luisa Howard de. Intervenções Em Centros Urbanos. Manole, 2015. TOMANIK, Geraldo B. As Fotos, Os Traços e A História. Jundiaí, SP: Editora Literarte, 2005. VILLAÇA, Flávio. Espaço Intra-Urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel, 2001. BARBOSA, Mayara Oliveira. Requalificação dos Centros Urbanos: Espaço Público Como Possibilidade Qualitativa de Vida. Trabalho Final de Graduação (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2014. FANELLI, Adriana Fornari Del Monte. A Aglomeração Urbana e a Expansão Recente da Área Central de Jundiaí. Dissertação (Mestrado em Urbanismo) – Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2014. FERREIRA, Lucas Principe. A Articulação Entre o Espaço Público e o Espaço Privado no Centro de São Paulo. Monografia (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2013. FONSECA, Maria de Lourdes Pereira. Padrões Sociais e Uso do Espaço Público. Tese (Doutorado em Urbanismo) – Universidade Politécnica de Cataluña. MATOS, Fátima Loureiro de. Espaço Públicos e a Qualidade de Vida nas Cidades – O Caso da Cidade Porto. Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 2010.

110


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MAYUMI, Lia. A Cidade Antiga nos CIAM, 1950-59. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo. SCHWENK, Lunalva Moura; CRUZ, Carla Bernadete Madureira. Processos Espaciais: Descentralização da Área Central e da Cidade e a Segregação da Favela e da Cidade. Programa de Pós-Graduação (Pós-Graduação em Geografia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005. TERZA, Carolina La. O Espaço Público Como Local a Ser Ocupado. Trabalho Final de Graduação (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. ZANON, Karina Galindo. Patrimônio Histórico Como Turismo Territorial – Santana de Parnaíba. Trabalho Final de Graduação (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2015. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. BRASIL. Ministério das Cidades. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Implementação de Ações em Áreas Urbanas Centrais e Cidades Históricas. Brasília, DF: IPHAN, Ministério das Cidades, 2011. BRASIL. Ministério das Cidades / Agência Espanhola de Cooperação Internacional - AECI. Manual de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais. Brasília, DF: Ministério das Cidades / Agência Espanhola de Cooperação Internacional – AECI, 2008. INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Carta de Petrópolis. Brasília, DF: IPHAN, Ministério da Cultura, 1995. JUNDIAÍ. Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente. Série Memórias – Volume 2: Lugares. Jundiaí, Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente, 2003. PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ. Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente. Plano Diretor Estratégico - Lei nº 7.857/2012. Jundiaí, 2012. PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ. Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente. Plano Diretor Participativo de Jundiaí – Anteprojeto de Lei. Jundiaí, 2015.

111


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARCHDAILY http://www.archdaily.com.br/. Acesso em 04 fev. 2016. CULTURA JUNDIAÍ http://cultura.jundiai.sp.gov.br/. Acesso em 15 dez. 2015. ENCONTRA JUNDIAÍ http://www.encontrajundiai.com.br/. Acesso em 15 dez. 2015. HISTÓRIA DIGITAL http://www.historiadigital.org/ Acesso em 07 mar. 2016. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://www.ibge.gov.br Acesso em 12 abr. 2016. JUNDIAÍ NA HISTÓRIA http://www.jundiainahistoria.com.br/. Acesso em 15 dez. 2015. O GLOBO http://oglobo.globo.com/. Acesso em 07 mar. 2016. PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ http://www.jundiai.sp.gov.br/. Acesso em 15 dez. 2015. TURISMO JUNDIAÍ http://turismo.jundiai.sp.gov.br/. Acesso em 15 dez. 2015.

112


ANEXO 1 Modelo das entrevistas realizadas no Centro de Jundiaí e via internet entre Janeiro e Fevereiro de 2016. Nome, idade, profissão. Qual sua relação com a cidade de Jundiaí? ( ) Mora ( ) Estuda ( ) Trabalha ( ) Outros O que a cidade de Jundiaí significa para você? Por qual motivo você utiliza o centro da cidade? ( ) Lazer ( ) Estudo ( ) Compras ( ) Trabalho ( ) Outros Com qual frequência você vai ao centro da cidade? ( ) Diariamente ( ) Semanalmente ( ) Mensalmente ( ) Máximo 3 vezes ao ano ( ) Nunca vou Quais elementos do centro você considera mais importantes? Qual a importância de um espaço público na cidade? Para você o que significa lazer? De que forma ele está presente em Jundiaí? Quais lugares frequenta? O que você acha que falta na cidade de Jundiaí?

113



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