A L K A N T A R A AL K ANTAR A FESTIVAL
Halory Goerger & Antoine Defoort Anne Teresa De Keersmaeker & Boris Charmatz & Amandine Beyer
Tiago Rodrigues Tim Etchells Toshiki Okada Ula Sickle Urândia Aragão
BERLIN Cláudia Dias Faustin Linyekula Encyclopédie de la Parole
Lia Rodrigues mala voadora Marlene Monteiro Freitas Sylvain Creuzevault
MUNDOS EM PALCO
13 MAIO — 08 JUNHO’14 13º FESTIVAL INTERNACIONAL DE ARTES PERFORMATIVAS
Cometa Borrelly, 1903
P.04 / P.05 — EDITORIAL
Mundo sem palco P.09 — PARTITA 2
Anne Teresa De Keersmaeker & Boris Charmatz & Amandine Beyer P.10 / P.11 — SUITE Nº 1: «ABC»
Encyclopédie de la Parole / Joris Lacoste P.12 — GERMINAL
Halory Goerger & Antoine Defoort P.13 — PINDORAMA
Lia Rodrigues P.14 — ELECTRIC WORDS / P.15 — LISBON BY SOUND
Tim Etchells P.16 — LE CARGO
Faustin Linyekula / Studios Kabako P.17 — VONTADE DE TER VONTADE
Cláudia Dias
P.18 — KINSHASA ELECTRIC
Ula Sickle
P.19 — DE MARFIM E CARNE – AS ESTÁTUAS TAMBÉM SOFREM
Marlene Monteiro Freitas P.20 — FIO CONDUTOR
Urândia Aragão P.21 — PROTOCOLO
mala voadora P.22 / P.23 — PERHAPS ALL THE DRAGONS. . .
BERLIN
P.24 — SUPER PREMIUM SOFT DOUBLE VANILLA RICH
Toshiki Okada / Chelfitsch P.25 — LE CAPITAL
Sylvain Creuzevault P.26 — BOVARY
Tiago Rodrigues P.30/ P.31
A L K A N T A R A P.2
Calendário P.32
Bilhetes e Assinaturas / Espaços de Apresentação P.34
Equipa / Redes P.3
Em Kinshasa Electric, três jovens bailarinos brilhantes da capital congolesa demonstram como as influências culturais circulam pelo planeta: danças e batidas africanas viajam até ao centro da cultura americana dominante e regressam depois às suas origens, reapropriadas e investidas com novos significados. Sempre houve misturas e trocas entre culturas, mas nunca a esta escala. A profecia da aldeia global está-se a cumprir. Não era disto que andávamos à procura, de um mundo sem fronteiras? Um festival como o Alkantara, com artistas dos quatro cantos do mundo, é a prova dos seus benefícios. Mas esta realidade global e multipolar é difícil de perceber e estabilizar. Processos decisórios importantes escapam ao nosso controlo (democrático), as nossas ferramentas conceptuais e modelos ideológicos não conseguem ajudar-nos a formular respostas para este mundo confuso e brutal. As coisas não andam mais famosas desde que Thomas Bernhard escreveu estas palavras, há quase 30 anos. Pelo contrário. Os artistas do Alkantara Festival 2014 oferecem-nos modos de assimilarmos esta complexidade e de nos posicionarmos neste novo contexto. Não porque simplifiquem a realidade, mas porque enfrentam a confusão, tomando o pulso ao estado de coisas à sua volta. Alguns fazem-no explorando diferentes métodos de classificar a realidade: Halory Goerger e Antoine Defoort recorrem a listas ontológicas improváveis de modo a reinventar a humanidade. A Encyclopédie de la Parole propõe modos inéditos de categorizar o discurso, revelando camadas escondidas na forma como comunicamos verbalmente. Outros, implicitamente, apelam à acção: BERLIN dá voz a trinta indivíduos que, em momentos-chave das suas vidas, se superaram a si próprios e venceram um destino ameaçador. Marlene Monteiro Freitas liberta as estátuas na sua própria batalha contra a petrificação. Tiago Rodrigues põe em cena o confronto entre arte e ordem social em Bovary, entrelaçando o romance de Flaubert com o tumulto que se seguiu à sua publicação. Outros ainda, procuram respostas nos códigos e práticas do passado: Faustin Linyekula leva-nos numa viagem pelas danças da aldeia da sua infância, enquanto a mala voadora se debruça sobre os protocolos da diplomacia — e do teatro — de modo a averiguar a sua relevância no século XXI. Sylvain Creuzevault retoma O Capital de Marx, não como bíblia mas como comédia shakespeariana. Vários espectáculos têm como pano de fundo o complexo tecido urbano das relações humanas. Tim Etchells justapõe a intimidade de uma conversa privada com letreiros de néon gigantes espalhados pela cidade. Urândia Aragão mapeia as relações físicas e afectivas no quotidiano urbano. E Toshiki Okada usa a loja de conveniência como metáfora para a vida tensa na megapolis de Tóquio. Mais de 20 anos depois dos dias pioneiros enquanto Danças na Cidade, plataforma de dança, o Alkantara está a pagar um preço elevado pela sua visão marcadamente contemporânea, internacional e transdisciplinar, firmemente ancorada na cultura urbana de Lisboa. No actual clima de restauração, viu o seu financiamento público ser reduzido a um mínimo impraticável. É um milagre que, nestas circunstâncias e com uma equipa diminuta, ainda consigamos apresentar um programa à altura das nossas exigências sempre elevadas. É aos nossos parceiros na cidade que temos de agradecer em primeiro lugar; o seu apoio sublinha a urgência de promover um evento de artes performativas com relevância internacional em Lisboa. Se o festival preservou o eixo central do seu programa, foi forçado a abandonar espectáculos mais dispendiosos em espaços alternativos e temporários. Esta perda de palcos para artistas emergentes, fora do circuito oficial, hipoteca as futuras edições, coloca em perigo a cultura contemporânea de artes performativas em Portugal, excepcionalmente rica, e priva o festival de uma das suas funções essenciais. No final do ano, o Alkantara conta voltar a candidatar-se a um subsídio estatal. Sem um sinal claro da vontade política de manter um festival internacional contemporâneo de artes performativas em Lisboa, não repetiremos o tour de force desta edição 2014. Celebremos este Alkantara Festival como se fosse o nosso último.
Mundo sem
palco
In Kinshasa Electric, three brilliant young dancers from the capital of the Democratic Republic of Congo demonstrate how cultural influences float around the globe: dances and beats from Africa travel to the center of mainstream American culture and return home only to be reclaimed and invested with new meanings. Cultures have always mingled, though never on this scale. The prophesy of the global village is fulfilling itself. Isn’t this what we were after, a world without borders? A festival like Alkantara, with artists from the four corners of the planet, is proof of its blessings. But this global, multipolar reality is hard to understand and stabilize. Major decision-making processes escape our (democratic) control, existing conceptual tools and ideological models fail to help us to formulate answers to this confused, brutal world. Things haven’t become much brighter since Thomas Bernhard wrote these words almost 30 years ago. On the contrary. The artists of Alkantara Festival 2014 offer us ways to grasp this complexity and position ourselves in this new context. Not by simplifying matters, but by facing the confusion and putting their fingers on the erratic pulse of things around them. Some do this by exploring different methods of classifying reality: Halory Goerger and Antoine Defoort draw up unlikely ontological lists in order to reinvent humanity. Encyclopédie de la Parole categorizes speech according to criteria that reveal hidden layers in the way we communicate. Others launch, implicitly, a call for action: BERLIN gives voice to thirty individuals, who, at key moments of their lives, rise above themselves to overcome a threatening destiny. Marlene Monteiro Freitas frees statues in her battle against petrification. Tiago Rodrigues stages the confrontation between art and the establishment in Bovary, intertwining Flaubert’s novel with the upheaval that followed its publication. Still others look for answers in codes and practices of the past: Faustin Linyekula takes us on a journey to the dances of his childhood village, while mala voadora holds the protocols of diplomacy – and theater – to the light, to check their relevance in the twenty-first century. Sylvain Creuzevault returns to Marx’s Capital, not as a bible but as a Shakespearean comedy. Many of these performances take place against the backdrop of the complex urban tissue of human relations. Tim Etchells juxtaposes the intimacy of a private conversation with billboard-sized neon signs in the city. Urândia Aragão maps physical and affective relationships in the urban everyday. Toshiki Okada uses a convenience store as a metaphor for the uneasy life in the megapolis of Tokyo. More than 20 years after its pioneering days as the dance platform Danças na Cidade, Alkantara is paying a high price for its markedly contemporary, international and transdisciplinary vision, firmly rooted in the urban culture of Lisbon. In the current climate of Restoration, it has seen its public funding cut to tatters. It is a miracle that we can still present a program conforming to our high standards, under these circumstances and with a team reduced to an absolute minimum. We have our partners in the city to thank, first and foremost, whose support underlines the urgency of promoting a performing arts event of international relevance in Lisbon. While the festival has preserved the central axis of its program, it has been forced to drop the more cost-intensive performances in alternative, temporary spaces. This loss of stages for emerging artists outside the official circuit puts a mortgage on future editions, endangers the exceptionally rich contemporary performing arts culture in Portugal, and strips the festival of one of its essential functions. At the end of the year Alkantara will re-apply for public funding. Without a strong signal of the political will to maintain an international contemporary performing arts festival in Lisbon, we will not repeat the tour-de-force of this 2014 edition. Let us celebrate this Alkantara Festival as if it were our last. Thomas Walgrave and the Alkantara Festival team
Thomas Walgrave e a equipa do Alkantara Festival
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Tanto que nós pensamos e que falamos e julgamos que somos competentes e na verdade não somos, essa é a comédia,...
© Herman Sorgeloos
“Para mim, Bach é estrutura, mas a sua dimensão transcendente está inscrita na carne.”
PARTITA 2
ESTREIA NACIONAL / PRÉ-ABERTUR A
Anne Teresa De Keersmaeker & Boris Charmatz & Amandine Beyer
Fundação Calouste Gulbenkian
Os corpos de dois bailarinos e uma violinista encerrados num espaço desenhado pelo artista visual Michel François. Em cena, Amandine Beyer toca a Partita nº 2 de Bach para violino solo. Anne Teresa De Keersmaeker e Boris Charmatz procuram reinventar a sua dança no instante: por entre as linhas labirínticas da arquitectura viva da música. “Para mim, Bach é estrutura, mas a sua dimensão transcendente está inscrita na carne”, diz De Keersmaeker. Os acordes ressoam no interior dos corpos, o contraponto vibra e ganha vida, a corrente flui e a jiga começa a rodopiar. Uma partitura secreta parece deslizar-lhes debaixo dos pés, sublinham tudo o que vibra entre as notas – as acentuações perdidas e os baixos nebulosos. Misturando camadas significativas e linhas abstractas, a dança nasce com a música e ao lado dela – sempre no limiar do ritmo, rasando a orla do silêncio. Este jogo com a estrutura, brincando com ela ou torcendo-a, revela uma solidão habitada. Dois anos depois da sua fortíssima presença como Artista na Cidade, Anne Teresa De Keersmaeker regressa a Lisboa, desta vez na excepcional companhia de Charmatz, Beyer, François e Bach \ Two dancers’ bodies and a violinist enclosed in a space designed by the visual artist Michel François. Amandine Beyer plays Bach’s Partita no. 2 for solo violin on the stage. Anne Teresa De Keersmaeker and Boris Charmatz seek to reinvent their dance in the moment: in between the labyrinthine lines of the living architecture of the music. “For me Bach is structure, but his transcending dimension is written in the flesh”, says De Keersmaeker. The chords strike within their bodies, the counterpoint vibrates and comes to life, the current flows and the jig begins to whirl. Seemingly slipping a secret score under their feet, they outline everything that vibrates between the notes – the missed beats and the shadowy basses. Mixing meaningful layers and abstract lines, the dance is born with and alongside the music – always on the brink of the rhythm, skimming the edge of silence. This playing with the structure, toying with it or bending it, uncovers an inhabited solitude.
P.09
TER 13 e QUA 14 MAIO 21h / duração 75min M6 / 15 € a 22 €
Coreografia Anne Teresa De Keersmaeker Dança Boris Charmatz, Anne Teresa De Keersmaeker Música Partita No. 2, Johann Sebastian Bach Violino Amandine Beyer Criação Amandine Beyer, George Alexander van Dam Cenografia Michel François Figurinos Anne-Catherine Kunz Assistente artístico e direcção de ensaios Femke Gyselinck Coordenação artística Anne Van Aerschot Coordenação técnica Joris Erven Som Alban Moraud Técnicos Michael Smets, Bert Veris Produção Rosas Apoios Musée de la danse – Centre choregraphique national de Rennes et de Bretagne Co-produção La Monnaie/De Munt, Kunstenfestivaldesarts (Bruxelas), Festival d’Avignon, Les Théâtres de la Ville de Luxembourg, ImPulsTanz (Viena), La Bâtie – Festival de Genève, Berliner Festspiele/Foreign Affairs, Théâtre de la Ville avec le Festival d’Automne à Paris, Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Künstlerhaus Mousonturm (Frankfurt)
SUITE Nº 1 «ABC»
Encyclopédie de la Parole Joris Lacoste O sermão de um tele-evangelista, o palrar de dois bebés, o discurso de defesa de um advogado, um anúncio de champô, o momento de testar o microfone numa manifestação do Occupy Wall Street e a tagarelice do público antes de um espectáculo: o que é que têm em comum? Desde de 2007, um grupo de artistas, académicos e curadores tem vindo a coleccionar, sob o nome Encyclopédie de la Parole, todo o tipo de gravações orais em todas as línguas possíveis, estruturando-as de acordo com características como cadência, melodia, natureza coral ou tónica. A partir desta colecção, destilam uma série de projectos artísticos muito diversos, que vão de exposições a jogos, passando por palestras e espectáculos.
© Ctibor Bachratý
Em Suite nº 1 «ABC», concebido pelo dramaturgo e encenador Joris Lacoste, um coro internacional de onze intérpretes e onze convidados locais, conduzidos por um maestro, executa uma selecção das gravações da “Encyclopédie”. Os fragmentos de som são tratados como partituras: fielmente reproduzidos de modo a fazer total justiça à sua riqueza de entoações, ritmo, habilidade e hesitações. Para além da inesperada beleza musical desta abordagem, põe a descoberto métodos e estratégias (de discutir, de ouvir, de cativar...) que até então estavam ocultos pela necessidade de sentido. Ao serem tratadas como partituras muito exactas, as palavras mais vulgares e triviais ganham, de repente, uma estranheza que nos faz ouvi-las de maneira diferente. Suite nº 1 “«ABC» é, na sua essência, uma ode poética, política e musical ao poder das palavras. \
Suite nº 1 «ABC» é, na sua essência, uma ode poética, política e musical
ao poder das palavras.
P.10
B
São Luiz Teatro Municipal Sala Principal QUA 21 e QUI 22 MAIO 21h / duração 85min M12 / 13€ Legendado em português Conceito Encyclopédie de la Parole Composição e direcção Joris Lacoste Maestro Nicolas Rollet Intérpretes Ese Brume, Hans Bryssinck, Geoffrey Carey, Frédéric Danos, Delphine Hecquet, Vladimir Kudryavtsev, Emmanuelle Lafon, Nuno Lucas, Barbara Matijevic, Olivier Normand, Marine Sylf e um grupo 11 convidados locais Coleccionadores de documentos Frédéric Danos, Joris Lacoste, Emmanuelle Lafon, Nicolas Rollet e Elise Simonet Coleccionadores de documentos convidados Constantin Alexandrakis, Grégory Castéra, Annie Dorsen, Myriam Van Imschoot, Valérie Louys, Loreto Troncoso Martinez, Barbara Matijevic, Olivier Normand, Sabine Macher, Berno Odo Polzer, Tomoko Miyata, Seyma Aouij Assistente de encenação Elise Simonet Consultor Grégory Castéra Figurinos Nathalie Lermytte Iluminação Koen De Saeger e Florian Leduc Director de cena Florian Leduc Produção Frédérique Payn e Marc Pérennès Produção e Administração Marc Pérennès Difusão Judith Martin Produção À l’échelle 1 : 1 / l’Encyclopédie de la Parole Co-produção Kunstenfestivaldesarts, Bruxelas – TU, Nantes – Festival d’Automne à Paris – Centre Georges Pompidou – Les Spectacles Vivants, La Villette, Paris – Théâtre National Bordeaux – Studio Théâtre et MAC/VAL, Vitry-sur-Seine – Nouveau Théâtre de Montreuil – centre dramatique national com a participação artística de Jeune Théâtre National e com o apoio do l’Institut Français Com o apoio do Institut français no âmbito do programa TransARTE, do Institut français du Portugal e da Embaixada de França em Portugal
Suite nº 1 «ABC» é co-produzido por NXTSTP com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
Site Encyclopédie de la Parole: http://www.encyclopediedelaparole.org © Patrícia Almeida
© Hervé Véronèse
A
The sermon of a TV evangelist, the babbling of two toddlers, an ad for shampoo, the microphone check at an Occupy Wall Street protest, the chitter chatter of an audience before a performance: what do they have in common? Encyclopédie de la Parole is a group of artists, academics, and curators. Since 2007 they have been collecting all sorts of oral recordings in all possible languages and structuring them according to cadence, melody, choral nature, and stress. From this collection, they distill a series of very diverse artistic projects, ranging from exhibitions to performances. In Suite nº 1 «ABC», an international choir of 22 performers presents a selection from this collection of recordings. Treated as very exact scores, even the most ordinary, most trivial words assume a strangeness that makes us hear them differently. Suite n°1 «ABC» is, in its essence, a poetic, political and musical ode to the power of words.
ESTREIA NACIONAL / ABERTUR A
C
P.11
Que rituais, que sacrifícios e que pactos são necessários para dar forma a um corpo colectivo, mesmo que
E se pudéssemos começar do zero num rectângulo de cem metros quadrados? © Bea Borgers
© Sammi Landweer
só dure um instante?
GERMINAL
E S T R E I A N AC I O N A L
SEX 23 e SAB 24 MAIO / 21h30 DOM 25 MAIO / 19h duração aprox. 80min M12 / 14€ Em francês legendado em português Conceito Halory Goerger e Antoine Defoort Interpretação Arnaud Boulogne, Ondine Cloez, Antoine Defoort, Sébastien Vial e a Voz de Mathilde Maillard Direcção técnica Maël Teillant Direcção de Cena Maël Teillant, Colin Plancher Luz, Vídeo Sébastien Bausseron, Alice Dussart Som Robin Mignot, Régis Estreich Produção L’amicale de production Produção e olhar exterior Julien Fournet Assessoria de produção Mathilde Maillard Co-produção Alkantara (Lisboa), Biennale de la Danse( Lyon), Théâtre de la Manufacture (Nancy, Kunstenfestivaldesarts (Bruxelas), le Phénix (Valenciennes), Buda (Courtrai), Vooruit (Gand), le Vivat (Armentières), le Manège (Mons)/ CECN/technocITé, TnBA (Bordeaux), Baltoscandal (Rakvere), Noorderzon (Groningen),Rotterdamse Schouwburg Apoios Conseil Régional Nord-Pas- de-Calais, Ministère de la Culture et de la Communication (DRAC Nord-Pas-de-Calais), e la Ville de Lille. Antoine Defoort e Halory Goerger são artistas associados ao Phénix, ao Beursschouwburg (Bruxelas), ao CENTQUATRE (Paris) e ao APAP/ Performing Europe. Com o apoio do Institut français no âmbito do programa TransARTE, do Institut français du Portugal e da Embaixada de França em Portugal
Germinal é co-produzido por NXTSTP com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
PINDOR AMA
ESTREIA NACIONAL
Halory Goerger & Antoine Defoort
Lia Rodrigues
E se pudéssemos começar do zero num rectângulo de cem metros quadrados? Germinal coloca quatro indivíduos num espaço virgem. A partir deste espaço eles produzem um sistema. Poder-se-ia dizer um mundo. No tempo que dura um espectáculo de teatro, testemunhamos o nascimento de uma nova civilização, cujo território é o palco e cujos habitantes são os actores. Seguimos a construção de uma nova história, da linguagem, do conhecimento e da comunidade. Os quatro protagonistas fazem experiências com a ciência, a tecnologia e as estruturas societais. Tentam perceber se a estabilidade quântica vale mesmo a pena. Descobrir se há um mínimo ontológico legal. Organizam o mundo de acordo com novas categorias. Tudo se classifica. Tudo se parte. Com um sorriso. Paralelamente, Germinal também conta a história do teatro, desde os arcaísmos do mimo ao espectáculo multimédia contemporâneo. Antoine Defoort e Halory Goerger são dois dos nomes mais refrescantes do teatro francês. Dotados de uma energia transbordante, os seus espectáculos são sempre brincalhões e muitas vezes completamente loucos, absurdos e subversivos, além de tecnicamente brilhantes. Depois do irresistível &&&&&& & &&& em 2010 e de Cheval, de Defoort & Fournet, em 2012, regressam ao Alkantara Festival com Germinal, considerado por muitos o melhor espectáculo do ano passado em França. Mais do que nunca, o humor revela-se uma arma mortífera para minar os status quo deste mundo.
Por que vias explorar, uma vez mais, as formas possíveis de estarmos juntos? A união dos indivíduos quase até à fusão? A afirmação dos seus limites e singularidades? Que rituais, que sacrifícios e que pactos são necessários para dar forma a um corpo colectivo, mesmo que só dure um instante? E que paisagens criar para esta nova peça, Pindorama, o nome original das terras do Brasil antes da chegada dos europeus? Este é o território que explora a terceira parte de um tríptico de Lia Rodrigues, depois de Pororoca e Piracema (ambas apresentadas em Lisboa na Culturgest). Lia Rodrigues é um dos nomes essenciais da dança contemporânea no Brasil. Na favela da Maré, no Rio de Janeiro, fundou o Centro de Artes da Maré, onde dá aulas e combina a criação artística com o trabalho artístico e social junto dos habitantes locais. “Em Pindorama, a arte e a natureza selam um pacto firme. Daí surge um território comum em que os materiais mais básicos e também os mais artificiais dão a ver paisagem como que em sobreimpressão. As ondas de uma manga de plástico transbordam e transformam-se em vagas oceânicas indomáveis. Ao baterem no chão, transfiguram-se em sons de tempestade. Estas visões sobrepõem-se às situações encenadas sem uma medida de escala comum, mas emocionalmente em perfeito ajustamento. Enquanto os corpos nus de vários bailarinos acabam embrulhados como destroços em vácuo, deslizam-nos diante dos olhos imagens de ciclones. Cataclismo imaginário bem real que o espectáculo exalta de um modo mágico. Do mínimo, Lia Rodrigues extrai o máximo.”
Maria Matos Teatro Municipal Sala Principal com bancada
\
Culturgest Palco do Grande Auditório
(Rosita Boisseau, Le Monde, 23 Novembro 2013)
What if you could start from scratch within 100 square meters? In Germinal, we witness the birth of a new civilization, whose territory is the theater stage, inhabited by four actors. In the time frame of a performance, we follow the construction of a new history; of language, knowledge and community. In parallel, Germinal also tells the history of theater, from the archaisms of mime to the contemporary multimedia show. Antoine Defoort and Halory Goerger are two of the most refreshing names of French theater. Driven by an unbridled energy, their performances are always playful and often completely crazy, absurd, subversive and technically brilliant. After their irresistible &&&&&& & &&& in 2010 and Defoort & Fournet’s Cheval in 2012, they return to the Alkantara Festival with Germinal, considered by many to be the performance of last year in France. More than ever, humor proves to be an effective weapon in undermining the status quos of this world.
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\ How can we take another critical look at possible ways of living together? How? By joining individuals almost until they become one? Or by affirming boundaries and identities? Which rituals, sacrifices and pacts are needed to shape a collective body, even during a short moment? And what landscapes can we create for this new performance, Pindorama, the original name of Brazil before the arrival of the Europeans? These are questions that run through Pindorama, the third part of Lia Rodrigues’ triptych (the other two parts, Pororoca and Piracema, were presented in Lisbon by Culturgest). Lia Rodrigues is one of the essential names of contemporary dance in Brazil. In the Maré favela, in Rio de Janeiro, she founded the Centro de Artes da Maré, a cultural house where she teaches and combines artistic creation with artistic and social work with the local residents.
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QUA 28 — SEX 30 MAIO 21h30 / duração 80min M16 / 14€
Criação Lia Rodrigues Criado em colaboração com Amália Lima, Leonardo Nunes, Gabriele Nascimento, Francisco Thiago Cavalcanti, Clara Castro, Clara Cavalcante, Felipe Vian, Dora Selva, Glaciel Farias, Luana Bezerra, Thiago de Souza Com a participação na criação de Gabriela Cordovez Dramaturgia Silvia Soter Colaboração artística Guillaume Bernardi Desenho de luz Nicolas Boudier Direcção de cena Magali Foubert Fotografia Sammi Landweer Assistente da coreógrafa Amália Lima Difusão internacional Thérèse Barbanel, Les Artscéniques Coordenação de produção Colette de Turville Residência de criação no Théâtre Jean Vilar de Vitry-sur-Seine, onde a peça foi estreada a 15 de Novembro de 2013 Co-produção Festival d’Automne à Paris, Théâtre National de Chaillot, La Briqueterie / CDC du Val-de-Marne, King’s Fountain, Kunstenfestivaldesarts em Co-apresentação com o Kaaitheater (Bruxelas), HELLERAU-European Center for the Arts Dresden (Alemanha) A Lia Rodrigues Companhia de Danças é apoiada pela Petrobrás e pelo Ministério da Cultura do Brasil no âmbito do programa Petrobrás Cultural – apoio à companhia e ao processo de criação 2012/2013 – em associação com Redes da Maré.
LISBON BY SOUND
ESTREIA MUNDIAL
Tim Etchells
Ponto de Encontro Alkantara Lançamento SAB 24 MAIO / 23h30
Em Lisbon by Sound (Pelo Som de Lisboa), Tim Etchells convida quatro artistas lisboetas para um projecto áudio online sobre a sua cidade. Cada um deles – o duo de dança e performance Sofia Dias e Vítor Roriz, a coreógrafa Vera Mantero, a escritora e performer Patrícia Portela e Rui ‘Riot’ Pité (dos Buraka Som Sistema) – cria um trabalho de som de 5 a 10 minutos relacionado com um local específico à sua escolha, em Lisboa. Estas obras respondem à cidade e fazem perguntas sobre o modo como os espaços online e os espaços do mundo real podem interagir. As peças podem ser descarregadas e ouvidas in situ em cada localização específica.
Tim Etchells cria estranhos momentos de intimidade e encontro em ambientes públicos. © Tim Etchells
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Tim Etchells
24 MAIO /21h
Exposição
Maria Matos Teatro Municipal
Culturgest
Infiltrando-se em esquinas, telhados de teatros e outros lugares de Lisboa com os seus letreiros, o artista inglês Tim Etchells soletra expressões simples-mas-intrigantes, mensagens e instruções em néon. Uma série de intervenções que, muitas vezes, exploram aspectos contraditórios da linguagem: a velocidade, clareza e vividez com que comunica uma narrativa, imagens ou ideias, e, ao mesmo tempo, a sua espantosa propensão para gerar confusão e incerteza. Parecendo dirigir-se directamente ao observador, Etchells cria estranhos momentos de intimidade e encontro em ambientes públicos. Cada obra implica o observador numa pergunta, narrativa ou instrução incompletas – puxando-nos para uma história que não podemos recusar e que, ao mesmo tempo, não chegamos bem a compreender, uma terra-de-ninguém contraditória entre ficção e realidade. Palavras que claramente se adequam mais à comunicação privada transformam-se aqui em berrantes declarações públicas, criando uma multiplicidade de confusões e amplificações do seu estatuto e importância. Electric Words confirma o carácter multifacetado de Tim Etchells, o Artista na Cidade 2014 em Lisboa. Etchells desenvolve a sua obra entre as artes performativas (como líder dos Forced Entertainment), o vídeo, a fotografia, projectos de texto, instalação e literatura, numa ampla variedade de contextos e colaborações. Electric Words mistura néons já existentes, criados nos últimos anos, e novas criações especialmente encomendadas no âmbito do Alkantara Festival.
In Lisbon by Sound Tim Etchells invites four Lisbon artists to create an online audio project about their city. Dance and performance duo Sofia Dias and Vítor Roriz, choreographer Vera Mantero, writer and performance maker Patrícia Portela, and Rui ‘Riot’ Pité (of Buraka Som Sistema) each create a 5 – 10 minutes sound work relating to a specific location of their choosing, somewhere in Lisbon. These works respond to the city and ask questions about how online and real world spaces can interact. The pieces will be available to download and listened to in situ at each particular location.
© Thomas Walgrave
ELECTRIC WORDS
Museu da Electricidade Inauguração
Criação Tim Etchells Produção Alkantara, Fundação EDP Em colaboração com British Council, Maria Matos Teatro Municipal, São Luiz Teatro Municipal, Culturgest, Teatro Nacional D. Maria II
Curadoria Tim Etchells e Alkantara Com projectos de Sofia Dias e Vítor Roriz, Vera Mantero, Patrícia Portela e Rui ‘Riot’ Pité Design website Ana Teresa Ascensão Encomenda British Council
Paralelamente à encomenda destas peças sonoras, serão realizados e publicados online quatro vídeos, cada um deles um diálogo entre o respectivo artista e Tim Etchells, uma espécie de continuação ou extensão da peça sonora através da reflexão e da discussão.
ESTREIA MUNDIAL
SAB 24 MAIO — 09 NOV Entrada livre
lisbonbysound.alkantarafestival.pt
Alongside the commissioned sound works, four short films will be published online. Each film is a dialogue between the artist and Tim Etchells, a continuation or extension of the sound piece through reflection and discussion.
Tim Etchells
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Teatro Nacional D. MariaII
Museu da Electricidade
São Luiz Teatro Municipal
Infiltrating street corners, theater rooftops and other locations in Lisbon with his sign-works, Tim Etchells spells out simple-but-intriguing phrases, messages and instructions in neon. A series of interventions which often explore contradictory aspects of language: the speed, clarity and vividness with which it communicates narrative, image and ideas, and, at the same time, its amazing propensity to create confusion and uncertainty. Appearing to address the viewer directly, Etchells creates awkward moments of intimacy and encounter in a public setting. Each work implicates the viewer in an incomplete question, narrative or instruction – drawing us into a story we can’t refuse and which, at the same time, we can’t quite understand, a contradictory no-man’s land between fiction and reality. Words evidently more appropriate for private communications here become garish public declarations, creating a host of confusions and amplifications to their status and significance.
P.14
convida quatro artistas lisboetas para um projecto áudio online sobre a sua cidade. © Tim Etchells
British Council
P.15
O palco torna-se um território. Um país. Portugal.
© Margarida Ribeiro
© Agathe Poupeney
E atravessar o palco é embarcar num caminho em que as dimensões individual e colectiva, pessoal e histórica se juntam no mesmo trajecto.
LE CARGO
E S T R E I A N AC I O N A L
QUI 29 e SEX 30 MAIO 21h / duração 55min M12 / 13€ Em francês legendado em português Coreografia e performance Faustin Linyekula Música Flamme Kapaya, Obilo drummers Produção Studios Kabako, Virginie Dupray Co-produção Centre national de la danse — Pantin Studios Kabako são apoiados por DRAC Ile-de-France e Ministério francês da Cultura e Comunicação
Uma pessoa tem de ser muito doida para acreditar (...) na celebração da beleza.
VONTADE DE TER VONTADE
Faustin Linyekula Studios Kabako
São Luiz Teatro Municipal Sala Principal
REPOSIÇÃO
Cláudia Dias
São Luiz Teatro Municipal Jardim de Inverno
Congo: República Democrática do Congo, anteriormente Zaire, anteriormente Congo Belga. Ao longo dos últimos dez anos, Faustin Linyekula tem contado as histórias do país, de corpos e destinos perturbados, contorcidos, irreversivelmente marcados pela grande História, numa série impressionante de espectáculos em Kisangani, Avignon, Nova Iorque e Lisboa: The Dialogue series III. Dinozord foi apresentado no Alkantara Festival 2008 e more more more… future no Maria Matos Teatro Municipal, em 2009. No solo cru e íntimo Le Cargo, Faustin Linyekula olha para a sua história pessoal à luz da rica e tumultuosa história do seu Congo natal. Num diálogo entre a música potente de Flamme Kapaya e a sua própria narrativa, Faustin Linyekula investiga a sua relação com a dança, a linguagem física através da qual conta, há uma década, as histórias do seu país, e procura no seu corpo vestígios dessa história brutal. “Uma pessoa tem de ser muito doida para acreditar teimosamente – apesar das convulsões da história, das guerras, das revoluções, dos regimes – na celebração da beleza. Para esperar que a mera arte possa fazer frente à enorme fealdade da vida. Para se atrever a sonhar que o pensamento independente, o livre arbítrio e a iniciativa pessoal possam afastar esta pilha de ruínas que herdámos.”, diz Linyekula. Le Cargo é um manifesto de uma das vozes mais eloquentes e francas da África contemporânea.
“Se eu ficar aqui, sempre no sítio, as coisas irão passar por mim em vez de ser eu a passar pelas coisas. O tempo irá passar lento, rotineiro, disciplinado e eu com ele à deriva… Como se não houvesse gravidade que me conectasse a um chão, a um território. Aterritorial e apátrida na minha própria terra. Como se o país fosse um lugar distante, ao qual não pertencesse, do qual não fizesse parte. Como se não tivesse nada a dizer.” Em Vontade de Ter Vontade o palco torna-se um território. Um país. Portugal. E atravessar o palco é embarcar num caminho em que as dimensões individual e colectiva, pessoal e histórica se juntam no mesmo trajecto. Uma viagem através do espaço e do tempo, para possíveis destinos e futuros potenciais. E no fim de contas a única resposta vem do retorno de um aqui-e-agora obstinado, neste palco, nesta noite, com este público, a partir do qual Cláudia Dias traça linhas em direcção ao continente e ao mundo, apagando as relações entre Norte e Sul, entre colonizador e colonizado, entre o que é central e o que é periférico. Vontade de Ter Vontade amplia o trabalho de Cláudia Dias sobre identidade e território, já presente em One Woman Show (2003), Visita Guiada (2005) e Das Coisas Nascem Coisas (2008), espectáculos que lhe granjearam reconhecimento internacional como uma das artistas portuguesas mais singulares, incisivas e articuladas no nosso tempo.
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In this raw and intimate solo, Faustin Linyekula holds his personal story against the light of his native Congo’s rich and tumultuous history. In dialogue with the potent music of Flamme Kapaya, Linyekula investigates his relationship with dance, the physical language through which he has told his country’s stories for a decade, and searches for traces of this brutal history on his body. ‘You have to be pretty crazy to believe stubbornly – in spite of the twistings of history, the wars, the revolutions, the regimes – in the celebration of beauty. To hope that mere art could stand up against the enormous ugliness of life. To dare to dream that independent thinking, free will, and personal initiative could push aside this pile of ruins that we’ve inherited.’, says Linyekula. Le Cargo is the manifesto of one of the most eloquent and outspoken voices of contemporary Africa.
“If I stay here, if I stay in the same place, I will let things pass me by rather than go through with them. Time will pass slowly, routinely, steadily, and I shall be drifting… as if there were no gravity connecting me to the ground, linking me to a territory. As if I were stateless in my own land. As if this country were a distant place, to which I do not belong, which I am not part of. As if I had nothing to say.” In Vontade de Ter Vontade the stage becomes a territory. A country. Portugal. A path is cut across the stage, and individual and collective, personal and historic dimensions are brought together for the journey. A voyage through space and time, to possible destinies and potential futures. And in the end the only answer is an obstinate return to the here-and-now, from where Cláudia Dias draws lines towards the continent and the world, striking out the relationships between North and South, between colonizer and colonized, between what is central and what is peripheral.
QUA 28 e QUI 29 MAIO 23h / duração 45min M12 / 11€ With english Subtitles Direcção artística, coreografia e interpretação Cláudia Dias Assistência Cátia Leitão Texto Cláudia Dias e Cátia Leitão Espaço cénico Cláudia Dias Desenho de luz Carlos Gonçalves Direcção técnica e operação de luz Nuno Borda de Água Música América do Norte, Seu Jorge Professores de samba Carmen Queiroz e Pedro Pernambuco Tradutores Dominique Bussillet, Jorge Sedas Nunes, Egdar Sedas Nunes e Karas Produção e difusão SUMO Co-produção deSingel Internationale Kunstcampus e Culturgest Apoio Residências Dance Ireland, Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, Espacio AZALA, El Graner/Mercat De Les Flors/Modul Dance Cláudia Dias é uma artista apoiada pela Modul-dance http://www.moduldance.com/
Nos arredores da aldeia global com Cláudia Dias, Lia Rodrigues e António Pinto Ribeiro SEX 30 MAIO / 19h
Ponto de Encontro Alkantara E N T R A DA L I V R E * Consulte o programa completo do Ponto de Encontro Alkantara no destacável.
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DE MARFIM E CARNE – AS ESTÁTUAS TAMBÉM SOFREM
Marlene Monteiro Freitas
Em vez de se concentrar na distância entre Kinshasa e Lisboa (...) Kinshasa Electric explora as numerosas ligações e trocas que têm lugar num contexto globalizado.
De marfim e carne – as estátuas também sofrem é um baile em que participam os petrificados, os rígidos, os invisíveis, os duplos, os reflexos e os infiltrados. Os participantes sonham e, portanto, ruminam, perseguem… afastam-se, esquecem, transformam, desejam. Sobre o baile paira a sombra de Orfeu e de Pigmalião. A música anima, adormece e ressuscita este baile de sono e de vigília, de vida e de morte.
© Ula Sickle
Marlene Monteiro Freitas nasceu em Cabo Verde e teve formação como bailarina em Portugal e Bruxelas. Trabalha a partir de Lisboa, como membro do colectivo Bomba Suicida. De marfim e carne é o passo seguinte no seu percurso singular, depois de espectáculos notáveis como Guintche (2010), Paraíso (2012) ou (M)imosa (em conjunto com Trajal Harell, François Chaignaud e Cecilia Bengolea, apresentado no Alkantara Festival 2012). Freitas desenvolve uma linguagem radical e intransigente, na qual a liberdade transbordante e a riqueza de imaginação se combinam com uma execução muito rigorosa e precisa, intensa e sofisticada, exuberante e destemida.
KINSHASA ELECTRIC
E S T R E I A N AC I O N A L
Ula Sickle
São Luiz Teatro Municipal Jardim de Inverno
Conceito e coreografia Ula Sickle Co-criação e interpretação Popol Amisi Popaul, Daniela Bershan, Jeannot Kumbonyeki Deba, Joel Makabi Tenda e um convidado local Música Baba Electronica (Daniela Bershan) Dramaturgia Sébastien Hendrickx Produção executiva Caravan Production Co-produção Kunstenfestivaldesarts – Bruxelles, KVS – Bruxelles, Noorderzon Performing Arts Festival – Groningen, Spring Performing Arts Festival – Utrecht Apoio Flemish Authorities – International Projects Agradecimentos Mohamed Bourouissa, Paul Kerstens
© Ula Sickle
Kinshasa Electric é co-produzido por NXTSTP e Départs com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
Kinshasa, megacidade nas margens do rio Congo, é sem dúvida um dos lugares mais vibrantes do planeta. Apesar da ausência de infraestruturas, a cidade é um viveiro de artistas e um dos mais importantes eixos culturais em África. Em Kinshasa Electric, a coreógrafa canadiana Ula Sickle faz equipa com três bailarinos da capital congolesa. Juntos, exploram as danças mais populares do momento, partindo de palcos de concertos locais ou pistas de discotecas, onde se inventam e reinventam danças. Com a DJ Baba Electronica, ao vivo, cria uma nova banda sonora que mistura ritmos internacionais e as batidas locais. Em cada cidade, convidam um artista local para uma participação especial. Em vez de se concentrar na distância entre Kinshasa e Lisboa, ou entre África e o resto do mundo, Kinshasa Electric explora as numerosas ligações e trocas que têm lugar num contexto globalizado. Ao longo dos últimos anos, Ula Sickle tem desenvolvido uma série de colaborações com intérpretes que desafiam o cânone da dança contemporânea e dão corpo a outras histórias do movimento – com intérpretes congoleses em Solid Gold (2010) e Jolie (2011), ou no seu trabalho com uma bailarina autodidacta já perto dos 60 anos (Extreme Tension, 2012). Isto resulta em espectáculos notáveis nos quais as codificações culturais e a força política da dança popular têm um papel de destaque, e em que a musicalidade e a materialidade do próprio corpo são o centro das atenções.
\ In the ballroom of De marfim e carne – as estátuas também sofrem gather the petrified, the rigid, the invisible, the doubles, the mirrored, and the infiltrated. The participants dream, therefore they ponder, pursue... take distance, forget, transform, desire. Over this ball hangs the shadow of Orfeus and Pygmalion. The music animates, lulls asleep and revives this ball of sleep and vigil, of life and death.
SEX 30 MAIO — DOM 01 JUNHO 21h30 / duração aprox. 90min M12 / 12€
Coreografia Marlene Monteiro Freitas Intérpretes Andreas Merk, Betty Tchomanga, Luís Guerra, Marlene Monteiro Freitas Direcção musical / músico permanente Cookie Desenho de luz Yannick Fouassier Produção e difusão BOMBA SUICIDA Co-produção CCN Rillieux-la-pape, direction Yuval Pick , Rilleux-la-pape, Musée de la danse Rennes, Rennes, Centre Pompidou, Paris, Festival Montpellier Danse 2014, Montpellier, WP Zimmer, Antuérpia, Maria Matos Teatro Municipal, Lisboa, Bomba Suicida, Lisboa, ARCADI, Paris, le CDC — centre de développement chorégraphique de Toulouse/MidiPyrénées, Toulouse, Alkantara Festival, Lisboa, Kunstenfestivaldesarts, Bruxelas, Théâtre National de Bordeaux en Aquitaine, Bordéus Apoios ACCCA – Companhia Clara Andermatt, Agradecimentos Staresgrime De marfim e carne – as estátuas também sofrem é co-produzido por NXTSTP com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
Marlene Monteiro Freitas was born in Cape Verde and trained as a dancer in Portugal and Brussels. She operates from Lisbon, as a member of the Bomba Suicida collective. De marfim e carne is the next step in her unique parcours, after remarkable performances like Guintche (2010), Paraíso (2012), or (M)imosa (with Trajal Harell, François Chaignaud, and Cecilia Bengolea, presented at the Alkantara Festival in 2012). Freitas develops a radical, uncompromising language combining unbridled liberty and rich imagination with very rigorous and precise execution, intense and multi-layered, exuberant and fearless.
\ In Kinshasa Electric, Canadian choreographer Ula Sickle teams up with three dancers from Kinshasa to explore the popular dances of the moment, from local concert stages and nightclub dance floors. With live DJ Baba Electronica, they create a new sound track mixing international rhythms with local beats. Rather than focusing on the distance between Africa and the rest of the world, Kinshasa Electric pinpoints the many connections and exchanges taking place within a globalized context. In recent years, Ula Sickle has engaged in collaborations with performers who challenge the cannon of contemporary dance and embody other movement histories – with Congolese dancers in Solid Gold and Jolie, or with a self-taught dancer in her late 50s (Extreme Tension). The results are remarkable performances where the culture coding and political power of popular dancing has a prominent role and where the musicality and materiality of the body itself take center stage.
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... um baile em que participam
os petrificados, os rígidos, os invisíveis, os duplos, os reflexos e os infiltrados.
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© José Luis Neto
SEX 30 MAIO 23h / duração 60min M12 / 11€
O subtítulo do espectáculo, as estátuas também sofrem, é uma referência ao famoso documentário de Alain Resnais e Chris Marker, de 1953. Ambos faleceram nos últimos meses. As estátuas também morrem.
ESTREIA MUNDIAL
Maria Matos Teatro Municipal Sala Principal com bancada
O protocolo constrói um território de intermediação cultural e de civilidade absoluta. © António MV
© Urândia Aragão
É uma viagem (…) por lugares onde mundo e imaginação se fundem…lá, onde cães trocam cartas e as janelas assobiam.
FIO CONDUTOR
ESTREIA MUNDIAL
QUI 29 MAIO — DOM 01 JUNHO 19h / duração a definir M12 / 8€
Conceito e direcção artística Urândia Aragão Apoio artístico Carlos Manuel Oliveira Apoio dramatúrgico Rui Catalão Aconselhamento luz Thomas Walgrave Sonoplastia David Leitão Residências artísticas Espaço Alkantara e RE.AL Co-produção Alkantara Apoio casaBranca Agradecimentos Laura Lopes e Rui Aguiar Fio Condutor é co-produzido por Départs com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
PROTOCOLO
Urândia Aragão
Espaço Alkantara
Imagina o mundo ( ) melhor ainda, imagina o mundo como um imenso mapa de imagens que se ramifica por inúmeros lugares. Ao imaginares, esse mapa és tu. Tu enquanto mundo que se faz e se desfaz a cada encontro, a cada imagem, a cada sensação. Fio Condutor explora a cidade, espaço e quotidiano como matéria plástica, a relação entre imagens habitadas por corpos e corpos habitados por imagens. É uma viagem, tão virtual quanto física, por lugares onde mundo e imaginação se fundem... lá, onde cães trocam cartas e as janelas assobiam. Urândia Aragão é uma artista portuguesa interdisciplinar que se formou em design gráfico e interfaces multimédia antes de iniciar a sua formação em dança no Forum Dança, eira33 e RE.AL. Na sua pesquisa explora disciplinas como o desenho, a fotografia, o vídeo e a escrita na relação com o corpo. O seu trabalho acontece no interface entre a vida e a arte. Fio Condutor é a consequência de um ciclo de três residências artísticas ao longo de 2013 no Espaço Alkantara.
\ Imagine the world ( ) better yet, imagine it as an immense atlas spreading its images throughout a myriad different sites. Imagining, you are this world. A world made and unmade with each encounter, each image and each sensation. Fio Condutor explores the plasticity of city-space and its everyday life. It dwells on the relation between bodies that inhabit images and images that inhabit bodies. It is a journey, both virtual and physical, through spaces where the world and imagination merge… places where dogs exchange letters and windows whistle. Urândia Aragão is a Portuguese interdisciplinary artist. She studied graphic and multimedia interface design before starting her dance practice at Forum Dança, eira33 and RE.AL. Her research confronts modes of inscription (drawing, writing, photography and video) with work based on the body, in the interface between art and life. Fio Condutor is the outcome of a cycle of three artistic residencies at Espaço Alkantara that took place in 2013.
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ESTREIA MUNDIAL
mala voadora
Teatro Nacional D. Maria II Sala Estúdio
“Um grupo de pessoas reúne-se. Chegam ao local com um pouco de antecedência, sozinhas ou em pequenos grupos. Algumas fumam um cigarro. Algumas regozijam-se por se encontrarem, mesmo que a situação não seja propícia a grandes convívios. Trocam palavras de circunstância, por cordialidade. Quando chega a hora, entram. As portas fecham-se e as pessoas ficam lá dentro, protegidas do exterior. Procura-se que, nestas circunstâncias, se sintam confortáveis. Ocupam cadeiras dispostas em fila, todas voltadas para o mesmo lado – as de trás numa posição ligeiramente mais alta do que as da frente.” (mala voadora, 2010) O teatro. A mala voadora sobrepõe a este protocolo incerto um outro, mais rigoroso e mais instituído: o diplomático. Os protocolos diplomáticos têm um papel muito particular. Não dizem respeito apenas a uma determinada cultura, são antes interfaces entre culturas diferentes e às vezes antagónicas. O protocolo constrói um território de intermediação cultural e de civilidade absoluta. A mala voadora parte das regras que permitem essa suspensão total da incivilidade: como se procede, como se dirigem as pessoas umas às outras, quem se senta ao lado de quem, quem fala depois de quem, os critérios com que se estabelecem hierarquias, os gestos, as comidas, as indumentárias, etc... Regras que acabam por construir, de certo modo, uma ficção – a ficção de um possível mundo super-civilizado. Como é estabelecida toda esta perfeição? Quem define o protocolo? Que nível de improviso se admite?
\ “A group of people meets. They arrive a bit early, alone or in small groups. Some smoke cigarettes. Seem happy to see each other. They make small talk. When it’s time, they enter. The doors close and they stay in that place, protected from the outside. They try to make themselves comfortable. They sit on chairs set side by side, all facing the same direction, the back rows a bit higher than the front rows. “ (mala voadora 2010) Theater. On top of this protocol, mala voadora poses another one, more rigorous, more institutionalized: diplomacy. Diplomatic protocols have a very particular function. They do not belong to one specific culture, rather they are interfaces between different, sometimes antagonistic cultures. How to proceed, talk to one another, who sits next to who, who speaks after who – and what about hierarchies, gestures, food, dress codes, etc... Protocol constructs a territory of cultural mediation and absolute civility. A fiction of a super-civilized world.
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TER 03, QUI 05, SEX 06 e SAB 07 JUNHO / 21h15 QUA 04 JUNHO / 19h15 DOM 08 JUNHO / 16h15 duração a definir / M12 / 12€ Direcção Jorge Andrade Colaboração Victor Hugo Pontes Pesquisa e apoio dramatúrgico David Cabecinha com Anabela Almeida e Jorge Andrade Cenografia José Capela Luz João d’Almeida Banda sonora Rui Lima e Sérgio Martins Produção Manuel Poças e Joana Costa Santos Assessoria gestão/programação Vânia Rodrigues Co-produção mala voadora, Alkantara e Teatro Nacional D. Maria II
PERHAPS ALL THE DR AGONS. . .
E S T R E I A N AC I O N A L
BERLIN
São Luiz Teatro Municipal Jardim de Inverno
Legendado em português Conceito BERLIN [Bart Baele and Yves Degryse] Banda sonora e mistura Peter Van Laerhoven Texto Kirsten Roosendaal, Yves Degryse, Bart Baele Câmara Geert De Vleesschauwer Edição Bart Baele, Geert De Vleesschauwer, Yves Degryse Cenografia BERLIN, Manu Siebens Direcção técnica Robrecht Ghesquière Produção e comunicação Laura Fierens Pesquisa e dramaturgia Natalie Schrauwen Estágio pesquisa Heleen De Boever Construção cenário Manu Siebens, Robrecht Ghesquière, Bregt Janssens, Koen Ghesquière Gestão Kurt Lannoye Difusão Kathleen Treier Website Stijn Bonjean Adereços Jessica Ridderhof, Natalie Schrauwen Catering Charlotte Willems, Ophelia kookt! Make-up Sigrid Volders Com Derek Blyth, Sergey Glushkov, Francois Pierron, Juan Albeiro Serrato Torres, Rinat Shaham, Shizuka Hariu, Shlomi Kirchely, Jonas Jonsson, Nirman Arora, Suneet Chhabra, Luci Comincioli, Roger Christmann, Regina Vilaça, Pat Butler, Walter Müller, Adela Efendieva, Andrew Mugisha, Ramesh Parekh, Nico Mäkel, Wim Mäkel, Tamas Sandor, Philippe Cappelle, Romik Rai, Brecht Ghijselinck, Vladimir Bondarev, Andrei Tarasov, Matsumoto Kazushi, Bob Turner, Geert-Jan Jansen, Kurt Lannoye, Robrecht Ghesquière, Laura Fierens, Patryk Wezowski, Hilde Verhelst, Christina Davidsen. Produção BERLIN Co-produção Deutsches Schauspielhaus Hamburg, KunstenfestivaldesArts [Bruxelas], le CENTQUATRE [Paris], Dublin Theatre Festival [Dublin], Centrale Fies [Dro], Noorderzon Performing Arts Festival [Groningen], La Bâtie – Festival de Genève [Genève], ONDA (Office national de diffusion artistique) BERLIN is associated artist to CENTQUATRE – Paris Apoio Governo flamengo
Um pianista famoso apercebe-se em palco que estudou o concerto errado; um neurocirurgião troca as cabeças e corpos de dois macacos e ambos sobrevivem; no Japão, 700.000 pessoas vivem como hikikomori, retiradas nos seus quartos e isoladas de qualquer vida social durante pelo menos um ano; a teoria Seis Graus de Separação defende que qualquer pessoa no planeta está a seis ou menos ligações de distância de qualquer outra pessoa. Trinta histórias, grandes e pequenas, filosóficas, científicas ou puramente anedóticas que à primeira vista pouco ou nada têm em comum. BERLIN foi falar com as pessoas por trás destas histórias e reuniu-as em torno de uma enorme mesa-redonda, sob a forma de monólogos filmados. O público é convidado para um tête-à-tête com estes protagonistas. Fundada há dez anos por Bart Baele e Yves Degryse, entre outros, BERLIN tem construído uma obra impressionante com instalações e espectáculos em que todos os meios técnicos são permitidos, numa zona de conflito permanente entre documentário e ficção. Tendo marcado presença nos principais palcos europeus, também conquistaram uma reputação forte em Lisboa, com espectáculos como Bonanza (2008) e Moscow (2010), ambos apresentados no Alkantara Festival.
\ A famous piano player realizes on stage that she studied the wrong concerto; a neurosurgeon swaps the heads and bodies of two monkeys and both survive; in Japan, 700.000 people live like hikikomori, withdrawn in their bedrooms and cut off from any social life for at least one year; the theory of Six Degrees of Separation claims that any living person on the planet is connected to anyone else through six or fewer links.
© Marc Domage
TER 03 — QUI 05 JUNHO 20h / 21h30 / 23h duração: 60min M12 / 11€
Thirty stories – great and small, philosophical, scientific or purely anecdotal, that at first sight have little or nothing in common. BERLIN went to talk to the people behind these stories and brings them together for a huge round table, in the form of filmed monologues. The audience is invited for a tête-à-tête with these protagonists.
Projecto co-produzido por NXTSTP com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
“Perhaps
all the Dragons...
BERLIN — FEEST! SAB 31 MAIO / 23h
in our lives are princesses who are only waiting to see us act, just once, with beauty and courage.”
MASTERCLASS BERLIN SEG 02 JUNHO / 19h Ponto de Encontro Alkantara
Rainer Maria Rilke
E N T R A DA L I V R E * Consulte o programa completo do Ponto de Encontro Alkantara no destacável.
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LE CAPITAL
ESTREIA NACIONAL
S U P E R PREMIUM SOFT DOUBLE VANILLA RICH
E S T R E I A N AC I O N A L
Toshiki Okada / Chelfitsch
Maria Matos Teatro Municipal Sala Principal com bancada QUI 05 e SEX 06 JUNHO 21h30 / duração a definir M12 / 14€ Em japonês legendado em português Texto e encenação Toshiki Okada Intérpretes Makoto Yazawa, Tomomitsu Adachi, Azusa Kamimura, Hideaki Washio, Shuhei Fuchino, Shingo Ota, Mariko Kawasaki Cenografia Takuya Aoki Figurino Sae Onodera (Tokyo Isho) Direcção de cena Koro Suzuki Direcção de som Norimasa Ushikawa Direcção de luz Naoko Ito Compositor Takaki Sudo Produção Akane Nakamura, Tamiko Ouki Gestão Nana Koetting Produção chelfitsch Produção associada precog Comissariado por Theater der Welt 2014 Co-produção Theater der Welt 2014 (Mannheim), KAAT (Kanagawa Arts Theater), LIFT – London International Festival of Theatre, Maria Matos Teatro Municipal, CULTURESCAPES (Basileia), Kaserne Basel, A HOUSE on FIRE com o apoio da União Europeia. Agradecimentos Steep Slope Studio Apoiado por Arts Council Tokyo
“Smile Factory” é uma das principais cadeias de lojas de conveniência. À agradável temperatura ambiente deste paraíso brilhante e limpo, lançam-se produtos novos todas as Segundas e Terças-feiras. O sabor da semana é o gelado XXL Super Premium Soft Double Vanilla Rich. No período de um ano, 70% dos produtos da “Smile Factory” serão substituídos por outros. Os produtos “mortos”, de escoamento lento, serão abandonados e outras mercadorias tomarão o seu lugar. Nesta loja, os empregados em part-time, o gerente de loja e os clientes insuportáveis dão mostras de cansaço, raiva e desespero crescentes, no seio de uma sociedade cujo futuro parece cada vez mais sombrio. Na tonalidade de uma banda-sonora improvável por J.S. Bach, os actores da Chelfitsch povoam esta “Smile Factory”. Com um discurso gaguejante e restrito, com gestos presos em círculos repetitivos, parecem aprisionados entre a realidade e a música, de um modo ainda mais radical do que em Hot Pepper, Air-Conditioner, and the Farewell Speech (apresentado no Alkantara Festival 2010). Toshiki Okada, dramaturgo e director da companhia Chelfitsch (uma versão infantil da palavra “selfish”, egoísta), é sem dúvida um dos fenómenos mais entusiasmantes da cena artística japonesa de hoje. Com os seus espectáculos híbridos, que confrontam textos de aparência coloquial e banal com movimentos radicalmente desconectados, Okada oscila constantemente entre o humor e a pungência, cristalizando as vidas quotidianas de uma geração perdida.
Culturgest Grande Auditório com bancada SEX 06 — DOM 08 JUNHO 21h30 / duração aprox.180min M12 / 14€
Sylvain Creuzevault e os seus camaradas regressam a Lisboa depois de Notre terreur (apresentado na Culturgest e considerado pelo jornal Público um dos melhores espectáculos de 2010). À Revolução Francesa seguem-se as estruturas secretas do modo de produção capitalista que orquestram os cantos harmoniosos e desarmónicos da nossa vida social, tendo por intermediário o mui shakespeariano Karl Marx e a sua ópera de crítica e inteligência, O Capital. Será Inferno, será Paraíso? Garantiram-nos que será uma Difícil Comédia. Quem não sonhou com O Capital? Quem não teve com ele pesadelos? Texto dolorosamente elaborado e inacabado, fruto de um trabalho extraordinário, editado em 1867, canto inaugural das consciências proletárias e dos combates socialistas revolucionários – manual de método crítico desenfreado para uns, para outros bom para os caixotes do lixo da História; na verdade muito pouco conhecido pela maior parte das novas gerações. Aqui, O Capital é um nó a desfazer. Desvios da imaginação, escrita difícil, colocação em situação de categorias teóricas, transformação da crítica em teatro, exigência da paixão, mas também exercício de humor negro. Diz Creuzevault: “Não se tratará de sonhos, nem de utopia; e quanto ao teatro político é como a relação sexual, também não vai haver! Vai ser uma comédia, pura, dura.” E isto com as monstruosidades inconcebíveis de que é capaz o vampiro mundial na sua força histórica. Vamos reencontrá-los, a sua palavra é franca, têm bom humor e as suas mulheres são muito belas.
Em francês com legendas em português
Le Capital de Karl Marx Encenação Sylvain Creuzevault Com Vincent Arot, Benoit Carré, Antoine Cegarra, Pierre Devérines, Lionel Dray, Arthur Igual, Clémence Jeanguillaume, Lucette Lacaille, Léo-Antonin Lutinier, Frédéric Noaille, Amandine Pudlo, Sylvain Sounier, Julien Villa, Noémie Zurletti Luz Vyara Stefanova Cenografia Julia Kravtsova Figurinos Pauline Kieffer, Camille Pénager Máscaras Loïc Nébréda Produção e difusão Élodie Régibier Co-produção Nouveau Théâtre d’Angers, La Colline(Paris), Festival d’Automne à Paris, Comédie de Valence, La Criée (Marseille), Le Parvis (Tarbes), Printemps des comédiens, MC2 (Grenoble), La Filature (Mulhouse), L’Archipel (Perpignan), Théâtre National de Bruxelles, Le Cratère (Alès), Scènes croisées de Lozère, GREC 2014 (Barcelona), TnBA (Bordeaux) e com a participação do Théâtre Garonne e Teatro Nacional de Toulouse Apoios Apoios Direction Générale de la Création Artistique du Ministère de la Culture et de la Communication
\ Sylvain Creuzevault and his comrades return to Lisbon following Notre terreur (presented at Culturgest and selected by the newspaper Público as one of the best shows of 2010). They now turn their attention to capitalism’s secret structures, that orchestrate the harmonious or inharmonious song of our social lives, through the very Shakespearean Karl Marx and his opera of criticism and intelligence, Capital. Is it hell, or is it heaven? Either way, it will be a Difficult Comedy. Digressions of the imagination, difficult writing, contextualization of theoretical categories, transformation of criticism into theater, but also an exercise in black humor.
Com o apoio do Institut français, do Institut français du Portugal e da Embaixada de França em Portugal Le Capital é co-produzido por NXTSTP com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
\ “Smile Factory” is one of the major convenience store chains. New products are launched every Monday and Tuesday. The flavor of this week is the supersized ice cream Super Premium Soft Double Vanilla Rich. Over a year, 70 percent of the products at “Smile Factory” will be replaced by others. The “dead” products, shelf warmers, will be abandoned, and new commodities will take their place. To the tone of an unlikely soundtrack by J.S. Bach, the actors of Chelfitsch embody the parttime workers, shop manager, and clients of this artificial paradise. With their stuttering speech and gestures caught in repetitive loops, they appear trapped between the music and reality. Playwright and director Toshiki Okada is undoubtedly one of the most exciting phenomena of the Japanese art scene. With his hybrid performances that confront colloquial, seemingly banal text with radically disconnected movement, Okada constantly balances between wit and poignancy, crystallizing the daily lives of a lost generation.
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Paul Strand, Wall Street (1915)
No período de um ano, 70% dos produtos da“Smile Factory” serão substituídos por outros. Os produtos “mortos” (...) serão abandonados e outras mercadorias tomarão o seu lugar.
© Toshiki Okada
Sylvain Creuzevault
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“À primeira vista, uma mercadoria parece uma coisa trivial e que se compreende por si mesma. Constata-se ao analisá-la que é uma coisa extremamente complicada, cheia de subtilezas metafísicas e de caprichos teológicos(...)” Karl Marx, O Capital, Livro I, capítulo 1
© Magda Bizarro
perfume e escândalo
BOVARY
ESTREIA MUNDIAL
Tiago Rodrigues
São Luiz Teatro Municipal Sala Principal SAB 07 e DOM 08 JUNHO 21h / duração aprox. 90min M12 / 13€ With english Subtitles
Texto e encenação Tiago Rodrigues a partir de Gustave Flaubert Intérpretes Carla Maciel, Gonçalo Waddington, Isabel Abreu, Pedro Gil e Tiago Rodrigues Cenografia e figurinos Magda Bizarro e Tiago Rodrigues Desenho de luz Rui Horta Música Alexandre Talhinhas Direcção de produção e fotografia de cena Magda Bizarro Produção executiva Rita Mendes Uma produção Mundo Perfeito Co-produção São Luiz Teatro Municipal, Teatro Nacional São João Apoio Teatro Bed & Breakfast O Mundo Perfeito é uma estrutura financiada pela Presidência de Conselho de Ministros/ Secretaria de Estado da Cultura/DGArtes, residente no Alkantara e associada a O Espaço do Tempo. Este espectáculo continua em cena no âmbito da programação regular do São Luiz Teatro Municipal até 15 de Junho
Dizemos “Bovary” em voz alta e sentimos imediatamente o cheiro a perfume e escândalo. Retrato da vida de uma mulher que, buscando fugir ao tédio de uma vida banal, embarca em relações adúlteras e vive muito acima das suas possibilidades, Madame Bovary é hoje considerada a obra seminal do realismo e um dos marcos da literatura mundial. Publicado pela primeira vez em fascículos em La Revue de Paris, em 1856, o romance de Gustave Flaubert foi acolhido por uma parte da sociedade francesa como um atentado à boa moral cristã. Em Janeiro de 1857 começa o julgamento que senta o autor no banco dos réus, acusado de obscenidade pelo Ministério Público. Tal como em Três dedos abaixo do joelho, a multipremiada colagem teatral de relatórios dos censores do teatro durante a ditadura em Portugal (espectáculo que estreou no Alkantara Festival 2012), Tiago Rodrigues visita o território do confronto entre arte e lei, entre artistas e Estado. Em Bovary, o julgamento de Gustave Flaubert por atentado à moral serve como ponto de partida para uma adaptação da sua obra prima. Desde 2003, Tiago Rodrigues (e a sua estrutura Mundo Perfeito) tem gerado trabalho muito diverso, mas sempre inovador, que concilia o contemporâneo com o acessível, a densidade com o humor. O seu repertório espantoso, guiado pela urgência de desencadear o debate em torno de uma série de questões prementes, rendeu-lhe o reconhecimento internacional enquanto um dos principais artistas de teatro da sua geração.
\ When we say the name “Bovary” out loud, we immediately smell perfume and scandal. A portrait of a woman who sets out on a series of adulterous affairs and lives much above her station in order to escape a tedious and banal life, Madame Bovary is today considered a seminal work of Realism and a landmark of world literature. When it first was published in La Revue de Paris in 1856, Gustave Flaubert’s novel was received by part of French society as an assault on good Christian Morals. In January 1857, the author was brought to trial on charges of obscenity. Just like in Three fingers below the knee, the award-winning theatrical collage of theater censorship reports from the time of the Portuguese dictatorship (premiered during Alkantara Festival 2012), Tiago Rodrigues dives into the confrontation between art and law, between artists and state. In Bovary, the trial of Gustave Flaubert serves as a starting point for the adaptation of his masterpiece.
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...e quando perguntamos, como é que vai ser agora? é a tragédia. Thomas Bernhard, Antigos Mestres, Assírio & Alvim
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Programa 2014 PARTITA 2 De Keersmaeker & Charmatz & Beyer Fundação Calouste Gulbenkian — P.09
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21h PROGRAMA CENTRAL
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SUITE Nº 1 «ABC» Encyclopédie de la Parole / Joris Lacoste São Luiz Teatro Municipal — P.10 / P.11
PONTO DE ENCONTRO ALKANTARA
21h 21h30
GERMINAL Halory Goerger & Antoine Defoort Maria Matos Teatro Municipal — P.12
21h30
19h
21h
ELECTRIC WORDS Tim Etchells Museu da Electricidade — P.14
23h30
LISBON BY SOUND Tim Etchells Ponto de Encontro Alkantara — P.15 PINDORAMA Lia Rodrigues Culturgest — P.13 VONTADE DE TER VONTADE Cláudia Dias São Luiz Teatro Municipal — P.17
21h30
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23h
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FIO CONDUTOR Urândia Aragão Espaço Alkantara — P.20 LE CARGO Faustin Linyekula São Luiz Teatro Municipal — P.16
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19h
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21h30
DE MARFIM E CARNE (...) Marlene Monteiro Freitas Maria Matos Teatro Municipal — P.19
19h
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23h
KINSHASA ELECTRIC Ula Sickle São Luiz Teatro Municipal — P.18
sessões às 20h / 21h30 / 23h
PERHAPS ALL THE DRAGONS... BERLIN São Luiz Teatro Municipal — P.22 / P.23
21h15
PROTOCOLO mala voadora Teatro Nacional D. Maria II — P.21
19h15
SUPER PREMIUM SOFT DOUBLE VANILLA RICH Toshiki Okada Maria Matos Teatro Municipal — P.24
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LE CAPITAL Sylvain Creuzevault Culturgest — P.25 BOVARY Tiago Rodrigues São Luiz Teatro Municipal — P.26
Ponto de Encontro Alkantara
21h15
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21h
Todos os dias 18h — 2h
BONJOUR CONCERT Halory Goerger CINCO MINUTOS, DUAS IDEIAS Baldio
21h
Nos arredores da aldeia global
19h
FEEST! BERLIN
23h
Masterclass BERLIN
19h
Questionar o Festival
19h
Festa Encerramento
23h
* Consulte o programa completo do Ponto de Encontro Alkantara no destacável.
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TICKETS AND SUBSCRIPTIONS
Bilhetes e Assinaturas 9 Espectáculos / performances 54€ 6 Espectáculos / performances 36€ 3 Espectáculos / performances 18€ Exclusivamente à venda na Bilheteira Alkantara de 15 de Abril a 15 de Maio. Available only at the Alkantara ticket office from April 15 to May 15. Calçada Marquês de Abrantes, 99 Informações (+351) 21 397 83 04 / bilheteira@alkantara.pt ALK A N TA R A F E S T I VA L . P T
Não há multibanco. Cash only.
SUPPORT & PARTNERS
VENUES
Apoios & Parcerias
Espaços de Apresentação Espaço Alkantara
Iniciativa
Financiamento
Apoio
Calçada Marquês de Abrantes, 99 – Lisboa www.alkantara.pt
British Council Rua Luís Fernandes, 1-3 / Lisboa Informações +351 21 045 62 16 www.britishcouncil.pt
Co-produção
Culturgest Edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos Rua Arco do Cego, 50 – Lisboa Informações +351 21 790 51 55 www.culturgest.pt
Fundação Calouste Gulbenkian Avenida de Berna, 45 – Lisboa Informações +351 217 823 700 www.gubenkian.pt
Apoio à Apresentação
Maria Matos Teatro Municipal Av. Frei Contreiras, 52 – Lisboa informações +351 21 843 88 00 www.teatromariamatos.pt
Horários Opening hours [Seg a Sáb Monday to Saturday]
Museu da Electricidade
13h — 20h Bilhetes avulso para cada espectáculo deverão ser adquiridos directamente nas bilheteiras dos respectivos teatros. Individual tickets are available only through the ticket office of the respective venue. DISCOUNTS
Descontos Os descontos habituais de cada teatro são aplicados aos valores anunciados no programa. The usual discounts and reductions valid in each of the venues remain applicable to the prices listed. Os restaurantes parceiros do Alkantara Festival oferecem descontos especiais ao nosso público mediante a apresentação de bilhete válido para um espectáculo do próprio dia. Consulte a lista completa em www.alkantarafestival.pt Several restaurants, partners of Alkantara Festival, offer special discounts to our audience on presentation of a ticket for one of the evening’s performances. Find the full list at www.alkantarafestival.pt
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Avenida Brasília, Central Tejo – Lisboa
Parceiro Media
informações +351 21 002 81 30 www.fundacaoedp.pt
São Luiz Teatro Municipal Rua António Maria Cardoso, 38 – Lisboa Informações +351 21 325 76 50 www.teatrosaoluiz.pt
Teatro Nacional D. Maria II
Apoios e Parcerias
Praça D. Pedro IV, Lisboa Informações +351 800 213 250 www.teatro-dmaria.pt
PortugalWays com
MEETING POINT ALK ANTAR A
Ponto de Encontro Alkantara Teatro-Estúdio Mário Viegas Largo do Picadeiro, Lisboa 20 MAIO — 08 JUNHO 18h — 02h * Consulte o programa completo do Ponto de Encontro Alkantara no destacável.
Short Stay Rentals
Apoio à Divulgação
Parceria
Mecenato
TEAM
Equipa
REDES / NETWORKS A participação activa e regular em diversas plataformas e redes internacionais permite ao Alkantara desenvolver contactos fundamentais para a promoção do trabalho de criadores portugueses no circuito internacional. Duas parcerias internacionais particularmente importantes na co-produção e apoio à criação são os projectos europeus NXTSTP e Départs.
DIRECÇÃO ARTÍSTICA
Thomas Walgrave DIRECÇÃO GERAL E ASSESSORIA ARTÍSTICA
Sofia Campos
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Regular and active participation in various platforms and international networks allows Alkantara to develop the relationships necessary for the promotion of Portuguese artists in international circuits. Two international partnerships that are particularly significant in co-production and support for new work are NXTSTP and Départs.
Ana Riscado e José Madeira ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO
Sara Marques GESTÃO FINANCEIRA
NXTSTP
Elisabete Oliveira
NXTSTP é uma rede composta por 8 festivais internacionais com o objectivo de co-produzir e apresentar novas criações de artistas europeus. Para além do Alkantara Festival, co-fundador da rede, os parceiros são:
DIRECÇÃO DE COMUNICAÇÃO
Teresa Sequeira ASSESSORIA DE IMPRENSA
Bruno Malveira
NXTSTP is a network of 8 international festivals aiming at co-producing and presenting new work from European artists in several European cities. Besides Alkantara Festival, one of the founding members of the network, the partners are:
GESTÃO DE DIVULGAÇÃO E REDES SOCIAIS
Sofia Baptista
Kunstenfestivaldesarts (BE), Baltoscandal Festival (EE), Dublin Theatre Festival (IE), Göteborgs Dans & Teater Festival (SE), Noorderzon (NL), steirischer herbst festival (AT), Théâtre National de Bordeaux en Aquitaine (FR)
TRADUÇÕES
Joana Frazão IMAGEM, DESIGN GRÁFICO E WEB
Ana Teresa Ascensão
WWW.NXTSTP.EU
DÉPARTS
DESENVOLVIMENTO WEB
Nuno Bengalito BILHETEIRA E COORDENAÇÃO DE VOLUNTÁRIOS
Inês Lampreia
ACOLHIMENTO E COORDENAÇÃO DE PONTO DE ENCON T R O
Francisca Rodrigues MANUTENÇÃO E LIMPEZA
Sidneia Tavares O Alkantara Festival agradece ainda a colaboração fundamental de todos os voluntários e profissionais aqui não identificados. The Alkantara Festival also thanks the fundamental collaboration of all volunteers and professional not mentioned.
Membros da Associação Anlid Costa, Catarina Saraiva, Carlos Pombo Rodrigues, Isabel Worm, João Paulo Xavier, Maria Amélia Leitão Fernandes, Maria de Assis Swinnerton, Mark Deputter e Sofia Mântua
Alkantara é, desde 2001, um dos membros fundadores da Départs, uma rede de estruturas europeias que partilham o objectivo comum de promoção do trabalho de jovens coreógrafos, através do investimento em residências, co-produções e apresentações de novos trabalhos. A actual geração da Départs termina esta primavera. A rede prevê continuar, agora com um novo nome - DNA (Departures and Arrivals) – e contará, para além do Alkantara, com os seguintes parceiros: Alkantara is since 2001 one of the founding members of Départs, a network of European organizations with a common objective of promoting the work of young choreographers through residencies, co-productions and presentations. The actual generation of Départs ends this spring. The network is planned to continue under a new name, DNA (Departures and Arrivals with, besides Alkantara, the following partners: P.A.R.T.S (BE), Hellenic Festival (GR) , CDC Toulouse (FR), Hebbel am Ufer (DE), Vooruit (BE), New Theatre Institute of Latvia (LV), PACT Zollverein (DE), Spring Utrecht (NL), Station Service for Contemporary Dance (SR), MDT (SE), Trafó (HU), Zodiak (FI) WWW.DEPARTS.EU
FONT AZO SANS by Rui Abreu PAPEL Renovaprinte TIRAGEM 20 000 Exemplares IMPRESSÃO FINEPAPER
ISSN 2183-2250 P.34
A imagem gráfica do Alkantara Festival 2014 é da autoria da designer Ana Teresa Ascensão. Nela exibe, como elemento mais particular, a imagem do cometa Borrelly, trabalhada a partir de uma gravura de 1903, registada no observatório de Bourges pelo astrónomo francês Abbé Moreux. “Tem ao nível plástico uma forma especial, com uma dupla cauda, e ao invés do habitual movimento gravitacional, está em queda acentuada, quase como um meteorito. Cai num gesto agitado e tem uma representação mais evanescente e, por isso, radical”, diz a designer. O cometa representa energia mas também uma certa esperança, uma projecção no futuro. Num primeiro olhar, remete-nos para a imagem de um fósforo, quando na verdade, é a água o elemento vital ao seu espectáculo – captado numa gravura centenária com contínua relevância futurista. A energia, a esperança, o que se esconde por detrás da aparência e o passado como elemento contemporâneo são quatro das principais linhas que ligam as 16 propostas dos artistas da 13ª edição do Alkantara Festival. Ana Teresa Ascensão is the designer behind the visual identity of Alkantara Festival 2014. It features an image of Borrelly´s Comet, as captured by French astronomer Abbé Moreaux at the Bourges Observatory in 1903. “On a visual level, it has a special shape with a double tail and, contrary to habitual gravitational movement, is falling steeply, almost like a meteorite. It falls in an agitated gesture, represented in a more fleeting, and therefore radical, manner,” explains the designer. The comet represents energy but also hope, a certain projection into the future. At first sight the image calls to mind a match, though the vital element of this spectacle is actually water – captured in a century-old engraving with continued futurist relevance. Energy, hope, what hides behind appearances, the past as a contemporary element: these are four of the main lines connecting the 16 artistic proposals of 13th edition of the Alkantara Festival.
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A L K A N T A R A C Ç . M A R Q UÊS DE ABR ANTES 99, SA N TO S - O -VELHO 1 2 0 0 -7 1 8 L ISBOA PORTUGAL GERAL ( + 3 5 1 ) 2 1 3 152 267 A L K A N TA R A@ALK ANTAR A.PT
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