revista Arte Fotográfica#76

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Os Portef贸lios

M a g d a l e n a

R u s o c k a

_ Pol贸nia _

E k i n

K u k u c

_ Turquia _

Gabriel Salvador [Biel] _ Portugal _

F e s t i v a l

i N s t a n t e s

_ Portugal _




© Jorge Pinto Guedes

escrever

Fotografia

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Ao longo destes mais de dez anos que vivo a fotografia profissionalmente – não como fotógrafo, como muitos julgam – mas tão só como editor e promotor, já muito vi e tenho a sensação que, se Deus me der essa oportunidade, muito mais irei testemunhar. E, porque ao nascer num certo dia e hora e na Casa 12 (?) parece que me foi conferido um destino um pouco estranho, que reza assim: “É possível que a pequena popularidade que você pode ter nesta vida advenha de círculos secretos muito fechados, onde seus méritos são reconhecidos. Você provavelmente terá sucesso em atividades que exijam solidão ou envolvam locais distantes. “ Portanto, popular ou famoso nunca serei – o que me parece muito bem- e assim criei esta minha actividade, de facto, para poder estar sozinho já que locais distantes é coisa que, para já, não me atrai lá muito. É claro que com o advento da Web estou nas minhas “sete quintas” pois consigo estar, em simultâneo, perto e longe do mundo, na medida exacta em que pretenda interagir com ele ou não. Mas posso ver e sentir sem ser visto e sentido, ao melhor estilo “voyeur” ou não fosse essa a principal característica do nosso incontornável Facebook. Daqui vejo pequenos deuses caseiros, vejo príncipes, vejo sereias e vedetas, vejo carneiros e mais carneiros, vejo palermas e mais palermas, vejo mentirosos e políticos, em suma, assisto a uma enorme palhaçada de gananciosos! Mas também vejo gente séria, honesta e que tenta viver com dignidade. Os primeiros deixo-os andar e sempre que posso afasto-me deles, virando-lhes ostensivamente as costas (a maior parte das vezes são eles mesmo que o fazem!), os últimos estimoos de verdade e faço por eles o pouco que posso. Não sou perfeito, longe disso, e por isso sei que eles – os “bons, os melhores, os de sucesso” – se riem de mim porque sou diferente. O que eles não imaginam é o que eu me rio deles por serem todos iguais!

Oh Deus, como eu abomino a ganância, a falta de consideração, a arrogância, a ingratidão, a falácia, a maldade! O “ter” em vez do “Ser” tomou conta desta era e a única forma de contrariar esta tendência é, para mim, a solidão e o contacto com o que me emociona sem me desapontar. Escondo-me por trás da fotografia porque é honesta, é verdadeira e não desaponta. Tal como os animais, ou se gosta ou se não gosta mas a fotografia é o que é. Para mim é simplesmente emoção. E porque, se alguém – de propósito ou não – me fez começar a viver a fotografia, a minha madrinha (sei que detestaria se aqui a identificasse pelo nome) faz hoje sessenta e oito anos, aqui fica a minha mais sentida homenagem e, especialmente o meu mais profundo agradecimento por nunca ter deixado de ser minha amiga. Um beijo, Tia, a minha gratidão será eterna. ............................................... Jorge Pinto Guedes D i r e c t o r jpg@mindaffair.net

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Distância Focal: 18mm · Exposição: F/5.6 1/125 sec · ISO400 · © Thomas Kettner

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Uma só objetiva que traz ao seu alcance todos os pormenores preciosos da vida. Uma só objetiva que traz ao seu alcance todos os pormenores preciosos da vida. Uma só objetiva que traz ao seu alcance todos os pormenores preciosos da vida.

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Arte Fotográfica Internacional Ano 7 Número 76 Setembro 2015

capa Pereira Lopes título sem titulo

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editorial Jorge Pinto Guedes

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Notas_Breves iNstantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes Tamron - Novas gamas de objetivas SP de alta qualidade

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Morada Avª de Itália, nº 375-A-1º 2765- 419 Monte Estoril • Portugal Tlf/Fax: + 351 216 095 542 E-mail: blueray.jg@gmail.com .............................................................

Galeria Liquidimages.eu Imagem do Mês Fotos do Mês

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The Portfolios _ Os Portfólios Magdalena Rusocka Ekin Kukuc Gabriel Salvador [aka Biel] Festival iNstantes

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Opinião de Celestino Santos O que se passa coma fotografia?

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Opinião de Paulo Roberto Pode a realidade ser alterada?

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Imagem com Palavras

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Direcção Geral Maria Rosa Pinto Guedes mrosa.br@gmail.com +351 969 990 442 Director Jorge Pinto Guedes jpg@mindaffair.net +351 936 728 449 Skype: jorgepintoguedes Arte & Design Marcelo Vaz marcelo.vaz.p@gmail.com Translations Pedro Sampaio psv@mindaffair.net ............................................................. Periodicidade: Mensal Registo ERC nº 125381 Depósito Legal n.º 273786/08 ............................................................. É proibida a reprodução total ou parcial de imagens ou textos inerentes a esta edição, sem a autorização expressa do Editor. As opiniões expressas nesta revista são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não têm que reflectir a opinião do editor.

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iNstantes

Festival Internacional de Fotografia de Avintes O iNstantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes voltou em força, em 2015. Com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Junta de Freguesia de Avintes e Parque Biológico de Vila Nova de Gaia.

São 17 exposições de 16 fotógrafos, oriundos de Portugal, Brasil, Espanha, Honduras, Equador e Colômbia. Os trabalhos estarão distribuídos por 13 locais (na rua, bibliotecas, juntas de freguesia, galerias, cafés, restaurantes, associações culturais, centros de dia e antigas escolas primárias) e 4 pólos: Afurada, Avintes, Mafamude e Castelo de Paiva. Avintes é o centro do iNstantes. De 2 a 31 de Outubro, além de 13 exposições, vai acolher a cerimónia de abertura (onde estará presente um dos directores do festival de fotografia galego Outono Fotográfico, com quem o iNstantes tem um protocolo de intercâmbio), o lançamento de livros, tertúlias fotográficas, sessão sobre photobooks, sessão sobre a fotografia na 1ª Grande Guerra, passagem de filme, teatro, poesia e uma rota das exposições. Em Castelo de Paiva, irá decorrer excepcionalmente, uma exposição. Trata-se de “... 20 anos depois” do fotógrafo português Pereira Lopes, que retrata antigos funcionários das minas do Pejão que, encerraram em Dezembro de 1994. Este projecto deu origem a um livro homónimo, editado pelo Grupo de Dinamização

e Cultura de Pedorido e que vai ser lançado no dia 3 de Outubro. O iN2015, teve uma pré-abertura no passado dia 30 de Agosto, nas ruas da povoação piscatória da Afurada. Mais concretamente na rua 27 de Fevereiro, com a exposição “Berros no roncar das ondas” do fotógrafo hondurenho Xacobe Meléndrez Fassbender. Fotografias inspiradas nos versos de Bernardino Graña, o poeta galego do mar. A pré-abertura constou de uma visita guiada ao CIPA – Centro Interpretativo do Património da Afurada, seguida de uma visita à exposição e por fim um Porto de Honra, servido na galeria daquele Centro. Estiveram presentes algumas dezenas de pessoas, entre os quais o Dr. Manuel Paulo de Jesus Lopes (Presidente da União de Freguesias de Santa Marinha e Afurada), Pereira Lopes e Dr. Cipriano Manuel Castro (Presidente da Junta de Freguesia de Avintes) e o Arq. Francisco Saraiva (CIPA). No dia 6 de Setembro, Xacobe Meléndrez Fassbender visitou a exposição acompanhado da sua mulher, a artista plástica Inma Doval.

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Tamron

lança nova gama de objetivas SP de alta qualidade para câmaras DSLR A Tamron Co., Ltd., um dos principais fabricantes mundiais de produtos óticos de precisão, anunciou hoje na IFA 2015, em Berlim, o lançamento de uma nova linha de objetivas SP, especialmente desenvolvidas para oferecerem a mais alta qualidade graças à utilização de tecnologias inovadoras na área da fotografia digital. Os dois primeiros modelos desta nova gama, SP 35mm F/1.8 Di VC USD (Modelo F012) e SP 45mm F/1.8 Di VC USD (Modelo F013) são compatíveis com câmaras DSLR de formato completo e APS-C.

Tamron SP 35mm F/1.8 Di VC USD (Modelo F012) A objetiva SP 35mm F/1.8 Di VC USD (Modelo F012) da Tamron utiliza 10 elementos óticos em 9 grupos e inclui lentes asféricas híbridas de vidro fundido, para além de outras com baixa dispersão (LD) e ultrabaixa dispersão (XLD). Deste modo, são corrigidos os problemas a nível de cor e também as eventuais distorções geométricas para que se obtenha imagens com elevada qualidade. O mais recente modelo SP 35mm F/1.8 Di VC USD da Tamron permite fotografar até uma distância mínima de 0,2 m e com uma taxa máxima de ampliação 1:2.5, o que permite a captura de imagens muito perto do objeto, semelhante a uma macro. As propriedades antirreflexo são asseguradas pelos revestimentos eBAND e BBAR que reduzem os re-

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flexos indesejados que costumam alcançar o sensor, especialmente na captura de imagens em ultra grande angular. Além disso, a objetiva possui um para-sol integrado que garante a proteção eficaz da lente frontal ao longo de todas as distâncias focais, para reduzir reflexos e brilhos indesejados. A objetiva SP 35mm F/1.8 Di VC USD (Modelo F012) assegura uma focagem automática silenciosa, graças ao anel USD que integra um motor ultrassónico de alto

desempenho. Deste modo, todos os ajustes são efetuados com a maior rapidez, existindo ainda a possibilidade de se efetuar alterações manuais. A Tamron incluiu com esta objetiva o programa SILKYPIX Developer Studio 4.0, um software que possibilita o processamento de imagens de alta qualidade em formato RAW ajustando, entre outros parâmetros, o equilíbrio de brancos, a temperatura de cor, a nitidez e as curvas registadas pelas câmaras digitais.

Tamron SP 45mm F/1.8 Di VC USD (Model F013) A objetiva SP 45mm F/1.8 Di VC USD (Modelo F013) disponibiliza 10 elementos óticos em 8 grupos e integra lentes asféricas híbridas de vidro fundido e ainda uma lente de baixa-dispersão (LD). Esta lente compensa as aberrações cromáticas que podem surgir quando existe demasiada luminosidade. Para assegurar a melhor qualidade de imagem em todas as condições, oferece uma distância focal de 45mm, uma abertura máxima de F/1.8 e integra tecnologia de compensação de vibração (VC). Muito eficaz em todas as condições, esta objetiva otimiza e equilibra o nível de iluminação em todo o campo de visão, mesmo quando se fotografa com a máxima abertura.

sensor, especialmente na captura de imagens em ultra grande angular. A SP 45mm F/1.8 Di VC USD (Modelo F013) garante uma focagem automática silenciosa, graças ao anel USD que integra um motor ultrassónico de alto desempenho. Deste modo, todos os ajustes são efetuados com a maior rapidez, existindo ainda a possibilidade de se efetuar alterações manuais. À semelhança do outro modelo desta gama, utiliza um elemento frontal revestido com flúor, o que permite repelir água e poeiras e facilita a limpeza de manchas.

O modelo SP 45mm F/1.8 Di VC USD (Modelo F013) da Tamron permite fotografar até uma distância mínima de 0,29 m e com uma taxa máxima de ampliação 1:3.4, o que permite a captura de imagens muito perto do objeto, semelhante a uma macro.

Esta objetiva incluiu também o programa SILKYPIX Developer Studio 4.0, um software que possibilita o processamento de imagens de alta qualidade em formato RAW ajustando, entre outros parâmetros, o equilíbrio de brancos, a temperatura de cor, a nitidez e as curvas registadas pelas câmaras digitais.

Esta objetiva possui propriedades antirreflexo asseguradas pelos revestimentos eBAND e BBAR que reduzem os reflexos indesejados que costumam alcançar o

As novas objetivas da Tamron estarão disponíveis em Portugal, através do seu distribuidor oficial, a Robisa, a partir de Outubro.

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Hå sempre uma primeira vez Š Vitor Gomes


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No Mundo dos Girass贸is 漏 Ana Mendes do Carmo

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Açores © Sandro Porto _15


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Charca D’el Rei © Ricardo Costa _17


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Magic Tones Š Tempo Cativo [ aka AndrÊ Borges ] _19


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sem titulo © Rodrigo AVlis _21


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Solitude Š Jo Cruz _23


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Gift © José Alpedrinha

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M agdalena

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Magdalena Russocka tem 52 anos e é de origem polaca embora actualmente viva na Irlanda. Magdalena é especialista em limpezas e a fotografia é o seu hobby e grande paixão. Tornou-se fotógrafa amadora há mais de 2 anos quando recebeu a sua primeira câmera digital como presente dos seus 50 anos. O seu estilo é emocional e narrativo pois busca sempre transmitir emoções e contar histórias através das imagens que produz. O que mais gosta na fotografia é a forma como pode mostrar emoções, nostalgia, felicidade ou mesmo tristeza. O que faz é uma mistura de vários estilos, como retrato, fine art e contos de fadas. O conto de fadas fotográfico, para Magdalena, completa a minha necessidade de sedução e admiração. Por isso nutre os espectadores de sentimentos ambíguos, instáveis, curiosos e mesmo de medo. Para Magdalena Russocka a fotografia é o meio de mostrar o que na realidade não existe, é uma viagem ilimitada ao mundo da sua imaginação, à sua terra dos sonhos. Os contos de fadas são a grande inspiração para a fotografia que faz: - “Adorava histórias de fadas quando era criança, e ainda gosto, apesar de já ser uma mulher de meiaidade”, afirma. Também a floresta representa uma grande parte da sua inspiração pois adora o nevoeiro, as neblinas, as montanhas e lugares selvagens onde o ser humano se torna pequeno e sem poderes. Também a influência da pintura da Renascença e do Barroco influenciam o s. trabalho.

https://500px.com/magdaruss



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E kin

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Ekin Kukuc é um fotógrafo turco, nascido em Istambul do qual pouco ou quase nada se sabe, a não ser que faz as compõem e regista a s suas imagens com um Smart Phone e que a sua zona preferida para fotografar é a península de Galipoli, na sua Turquia natal. A sua textura agregada a uma muito peculair estética de imagem fazem da fotogarfia de Kukuc algo de maravilhoso e fora do vulgar.

www.facebook.com/ekinkucuk7 www.ekinkucuk.net



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Gabriel Salvador Meneses da Silva, também conhecido por Biel, nasceu a 18 de Junho de 1960 na localidade de Silvalde, Espinho, é casado e tem um filho. A sua profissão é a de desenhador de Tapeçarias e actualmente reside em Vila Nova de Gaia. Autodidata em fotografia, faz da mesma um hobby ao qual se dedica intensamente, particularmente a partir do momento em que adquiriu a sua primeira reflex, no ano de 2007 e assim iniciou a captura e partilha de fotos em sites e revistas da especialidade. A qualidade aliada à sensibilidade de “Biel” fazem das suas imagens algo que anda entre o real e muitas vezes o onírico, transportando-nos para ambientes que parecem irreais mas que, contudo, existem e ele capta-os para nos provar que viver vale bem a pena quando o mundo – ou partes dele – nos é dado a ver assim. O portefólio aqui apresentado é um pequeníssimo apanhado de imagens publicadas recentemente no seu livro “Diálogos do Silêncio”, publicado pela Almalusa.org, e que vale bem a pena adquirir.

Título: “Diálogos do Silêncio” Dimensões: 22X22 cm Nº de Páginas: 100 Editora: Almalusa Preço: €25,00

Encomendas ao autor: mtb.contract@gmail.com Preview do livro: http://issuu.com/almalusa.org/docs/issuu_biel



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Festival Internacional de Fotografia de Avintes: O Portefólio

Para esta edição de 2015 são 17 exposições de 16 fotógrafos, oriundos de Portugal, Brasil, Espanha, Honduras, Equador e Colômbia. Os trabalhos estarão distribuídos por 13 locais (na rua, bibliotecas, juntas de freguesia, galerias, cafés, restaurantes, associações culturais, centros de dia e antigas escolas primárias) e 4 pólos: Afurada, Avintes, Mafamude e Castelo de Paiva. Mais informação na página 07 desta edição.

© Pereira Lopes



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© Rubén Villanova


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Š Luis Mendonça

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El espíritu del agua Š Margarita Mejia


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Š Carlos Lopes Franco

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Š Fernanda Altenfelder


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Š Halo


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Š Henrique Zorzan


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© Ivan Garcàz

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© Jorge Poças


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© José Rocha


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Š Juliana Lopes


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© Luís Ascenso


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Š Marco Araújo

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Š Miguel Vasconcelos


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Š Xacobe MelÊndrez Fassbender


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Š Margarita Mejia


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O que se passa com a fotografia? Continuo a admirar a firmeza deste projecto e a tenacidade firme do seu pioneiro e responsável, o Jorge Pinto Guedes. Desde o seu início, sempre neste espaço, tenho livremente exposto a minha opinião, focalizada na Imagem e suas ramificações.

Há dias, tocou e atendi o telefone, e do outro lado surgiu a voz de um meu grande Amigo; Era o Luís Soares, há mais de cinquenta anos implantado na avenida da republica, grande e notório fotógrafo, figura destacada da fotografia em Lisboa e no País, com quem dei os meus primeiros passos na fotografia profissional e recebi também os valores e as formas éticas, que poderia seguir, se quisesse afirmar-me com algum relevo. Era o tempo do analógico, e ainda a fotografia a preto e branco, na transição para a cor, que posteriormente daria espaço ao digital. Decorreu muito tempo e, muito nele aconteceu, principalmente aos profissionais dessa época, formados nas câmaras escuras e “agarrados” às técnicas que cada um a seu modo ia moldando, dando lugar aos referenciados pela forma como com tão pouco conseguiam obras de pura Arte. Hoje...tudo uniformizado através dos vários programas e quase todos “filhos do photoshop”…Desse tempo muitos já não existem, outros foram na “enxurrada incompatibilizados!”, com o digital e outros fatalmente por ter expirado o seu limite terreno. “Então pá, que se passa com a fotografia”?! Foi a primeira pergunta, do Luís soares hoje às voltas com os oitenta… sempre procurado por muita gente famosa da sociedade alta e por esta mesma razão, não foi atacado pelo digital, não alimentou as multinacionais, pouco acompanhou a “revolução tecnológica, pagando-se muito caro e deixando as guerras fúteis para a onda “paraquedista que se instalou neste sector” e nele continuam cada vez em maior força, muito convencidos que sabem muito, mas apenas dominados pelas novas máquinas, procurando, sobreviver, à custa das mais caricatas aventuras… Eu sei, que se esses lerem estas palavras, acham que sou atrasado e porventura um dos que também não quis acompanhar… Enganam-se! Porque hoje estou como tantos no top da carreira, com muita riqueza de conhecimentos, muitos portefólios nas casas dos clientes, mas a riqueza financeira, essa foi gasta no acompanhamento enquanto profissional… Hoje, as referências profissionais, existem na imaginação de uns tantos, porque os profissionais são feitos da ocasião e forma habilidosa… como dão a volta a muita gente enganada. Sempre aqui denunciei este oportunismo, mas atravessamos um período por demais propício e oportunista a que todos sejam “fotógrafos”!... mas sem mais qualificativos!... Os Alves Pinto de Lisboa, os Mário Pinto de Queluz, esses ficaram solidamente assinados nas diferentes fotografias, que souberam criativamente fazer únicas e deixar como referencias. Quando iniciei este escrito, era meu propósito escrever pouco e evidenciar apenas o Luís Soares, por resistir, pela força do seu diferente trabalho nesta fase que todos conhecemos. Entretanto recebi luz verde para chatear mais um bocadinho e assim, estico afirmando: Esta gente, soube ser diferente e mostrar que o era… Era deste tipo de “fornadas”… que hoje fazem falta à nossa classe de Profissionais. Porém, agora surgem todos “doutorados” sem irem à universidade, parecem os políticos de fim de semana!... sem leis, sem regras e sem conhecimentos… mas vivem

bem, porque o euro é forte… e todos estão imunes. Como referi, o apontamento de hoje foi principalmente para introduzir o nome sonante da Fotografia, chamado Luís Soares. Mas antes de concluir quero evocar o nome do meu especial Amigo, que nos deixou muito prematuramente, grande Fotógrafo e forte defensor associativo, Félix Iglésias, a quem a “nossa DP” dedicou palavras de merecido destaque imortalizando assim um HOMEM GRANDE em todo o sentido da palavra. Vivemos um tempo de declínio na vida dos profissionais da Imagem. A regulamentação desta actividade nunca esteve tão perto, mas creio que as leis do mercado continuam a permitir uma total anarquia e permissão sem sentido, que cada vez conduz mais há mais que provável extinção desta dignificante área profissional e conjuntamente Artística. Concluo que apesar de tudo o declínio mais marcante é o desaparecimento dos Homens e Mulheres que faziam, “MARCAS”... e deixavam rastos na sociedade dita da Fotografia com Arte. Finalizo mesmo com uma pergunta; Que se passa com a fotografia?! Sobrevirá enquanto profissão!?

Celestino N. F. Santos Setembro 2015 _99


Pode a realidade ser alterada? Quando há 5 anos escrevi neste espaço que, por causa da crise, todos nós (fotógrafos) teríamos que ser multifacetados nunca pensei que, hoje, essa fosse ainda - e até ver - a única alternativa. Mas essa perspetiva implica precisamente recuar naquilo que possa estar (porventura) desacertado..

Nesse texto referia (entre outros temas) que os fotógrafos de casamentos seriam porventura os mais felizes. Independentemente do grau de felicidade de cada disciplina desta profissão – acredito que em todas existe um não-sei-quê de adrenalina quando criamos uma imagem que nos toca – a fotografia social actual sofre de tendências um pouco “perversas” por assim dizer. Já não aceitamos que, por exemplo, os noivos “sejam eles próprios”, mas sim actores da sua própria realidade ficcionada. Hoje os fotógrafos (e cada vez mais, as fotógrafas) planeiam com os noivos – através de um verdadeiro guião – uma encenação digna de muitas novelas. Desde os acessórios mais inocentes, até aos objectos de circunstância - que ninguém na realidade usaria (malas de viagem antigas mapas de estrada, binóculos do tempo do Sherlock Holmes, etc.), passando por redecorações de salas e jardins - tudo serve para “criar” uma ficção visual para aquele dia.

Confesso que tenho alguma nostalgia das fotorreportagens dos anos 50. A espontaneidade poderia não ser muito estética mas retratava o momento. Sabemos como tinha sido, porque o fotógrafo não “mentia”, apenas reportava. As expressões de alegria, nervosismo ou euforia, estavam lá. A qualidade do trabalho do fotógrafo provinha dos enquadramentos, técnicas de exposição e sentido de oportunidade. Esta era a fotografia no mais puro dos sentidos sem ensaios ou performances. Captava o momento, ponto. Eu próprio tenho sentido esta “vertigem” do fashion wedding. Transformar a boda nupcial numa sessão de moda é algo que – para um fotógrafo que passou parte da sua carreira a fotografar catálogos – foi apenas natural e óbvio. Mas pergunto-me se tudo isto faz muito sentido. Depois de passada a “onda” fashion, iremos certamente voltar ao autêntico. As pessoas fartam-se do artificial, como nos fartámos das croissanteries quando deixaram de ser novidade. Podemos fazer uma reportagem de casamento muito gira com muitos acessórios de fachada, decoração para a fotografia, grinaldas das Brumas de Avalon, carros antigos e tudo o mais que a nossa imaginação cinematográfica quiser. Mas pode a realidade ser alterada? Paulo Roberto

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Pesquisa e Coordenação & Fotografia Jorge Pinto Guedes

O Melhor Motivo para Criar Arte No artista criador, qualquer produção deve estar marcada com o cunho da necessidade, caso contrário, é desviada no sentido exacto do termo. Naquele que cria por imitação e se prende em todo o caso ao efeito do instante, esse elemento de necessidade interior pode ser também substituído por um outro: a rotina, a ambição, o desejo de causar efeito. Arthur Schnitzler, in ‘Observação do Homem’ 102_



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