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ATLAS Flávio Nuno Joaquim
Atlas, by Flávio Nuno Joaquim, arose from an exhaustive picking of photographic proof, abandoned or forgotten in Photography Labs. In these labs, where the images are produced, the attempt/mistake is a constant. Then new methods, close or apart, are acknowledged, they are the result of a fluctuation of an individual approach. The author reunited an enormous set of images, appropriating them. These images are considered photographic mistakes, do overs; they are behind the construction of an image of what isn’t visible at first sight, or what usually isn’t shown. Sometimes considered garbage, these photographic evidence are research for the one that retrieved them, they become a collection, and the body of Atlas. In the beginning of 2010, this recall has resulted in a selection of more than a thousand images, containing a variety of photographic processes and groundwork. The act of collecting evidence followed by an archivist character, created a process of registration, organization and classification of these files. Flávio submerged in this wilderness of images; he constructed, deconstructed and reconstructed possible connections between them. This core of images originated the creation of 52 panels. Atlas is a project in which it is allowed the dwelling of these archives; it has a strict bond with memory, the organizational character, the methodology, the procedure, the revelation of Photography. It contextualizes and features a generation of photographers and future photographers and still points to the foundation of Photography as a subject.
Nádia Rodrigues Ribeiro
ATLAS Flávio Nuno Joaquim
Atlas, de Flávio Nuno Joaquim, parte duma recolha exaustiva de provas fotográficas abandonadas ou esquecidas em espaços laboratoriais de Fotografia. Nesses espaços, onde se produzem imagens, o lugar de tentativa/ erro é constante. Aí dão-se a conhecer metodologias, próximas ou afastadas, que são o resultado duma variação de abordagens individuais. O autor reuniu um enorme conjunto de imagens, apropriando-se delas. São testes, erros, repetições, os bastidores da construção de uma imagem que tornam visível aquilo que à partida não o é, ou que não costuma ser mostrado. Muitas vezes lixo para quem os produziu e documento para quem recolheu, tornam-se em colecção, são o corpo de um arquivo, o corpo deste Atlas. Com início em 2010, essa recolha resultou numa selecção de mais de um milhar de imagens, contendo uma grande variedade de suportes e processos fotográficos. Este acto recolector ensimesmado por um carácter arquivista gerou um processo de registo, organização e classificação. Flávio mergulhou nessa vastidão de imagens; construiu, desconstruiu e reconstruiu possíveis conexões entre elas. Este núcleo de imagens deu origem à construção de 52 painéis. Atlas é um projecto que permite habitar este arquivo, tem uma estreita relação com a memória, com o carácter organizacional, metodológico, processual e (re)velador da Fotografia. Contextualiza e caracteriza uma determinada geração de fotógrafos e futuros fotógrafos e aponta ainda para as bases comuns da Fotografia enquanto disciplina.
Nádia Rodrigues Ribeiro
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52 Pranchas Impressão fotográfica 70x45cm (cada)
Na origem das 52 pranchas foi feita uma recolha de mais de 1300 provas fotográficas, das quais foram seleccionadas 1234. As restantes provas foram incineradas. As provas recolhidas apresentam uma grande diversidade de processos fotográficos desde: provas em prata, provas cromogéneas, provas em prata com aplicação de efeito sabatier, impressão em prata através de película infravermelha, impressão em papel salgado, albuminas, impressão em papel de carvão, platinotipias, impressão em papel com emulsão de escurecimento directo, cianotipias, impressão em papel com o processo Van Dyck Brow e Van Dyck Blue, gomas bicromatadas, impressões digitais, entre outros. Quanto aos suportes há também alguma diversidade: papel fotográfico (prata e cromogéneo); papel de desenho, tecido, madeira e vidro sensibilizados através de diferentes processos; películas: negativo (pb e cor), diapositivo – 35mm, 6x7 e 9x12, e negativos digitais impressos em acetato (A5 e A4); e papel fotográfico para impressão a jacto de tinta.