Olhares na cidade Colecção /
p a i x ã o
p e l o
p r e t o
/ de
Ezequiel &
b r a n c o
#pag54 _ O s Editora
Mindaffair Lda Coordenação Editorial
Litó Godinho Editor
Jorge Pinto Guedes De s i g n / P r o d u ç ã o
Mindaffair Lda
Olhares na cidade / de
Ezequiel
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P r e t o
D ata d e P u b l i c aç ão
Outubro 2016 www.issuu.com/almalusa.org © Copyright. Todos os Direitos Reservados
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p r e f á ci o
Olhares na cidade Lisboa torna-se ainda mais bela e única, quando retratada pelas lentes de Ezequiel. Com rara sensibilidade, ele caminha de rostos a ruas, de arquiteturas à alma dos seres que por elas se encontram, como que a exaltar a beleza da engenharia primorosa, misturada com os sentimentos dos transeuntes. Algumas fotos, levam-nos a viajar por uma Lisboa futurística, com tecnologia de ponta. Outras, remetem-nos ao passado distante, num mergulho na história tão memorável do povo lusitano, que, talvez pela alma coletiva, parece também contar a nossa própria história, pois detemo-nos nelas e um infinito de sensações inexplicáveis se nos afloram, num misto de admiração e saudade. Quando vejo Lisboa pelas lentes de Ezequiel, é comum perguntar-me: – mas o que é isso que sinto? Teria eu já vivido nesta seara alguma vez ou muitas vezes? Coisas que sinto e nunca sei explicar… Também surpreendo-me com o jogo de luzes e sombras formando desenhos filigranados, uma das especialidades de Ezequiel e detenho-me por longo tempo na apreciação destes incríveis arabescos feitos de ilusão de ótica, a partir da visão do artista. Os rostos quase sempre são tristes e vagos, com raras exceções. Os felinos são sempre de rua, na sua orfandade. E então lembro-me de forma inelutável, do Ezequiel poeta, pois também seus poemas intensos e sensíveis retratam em palavras, aquilo que suas lentes têm captado nas suas caminhadas pela sua amada Lisboa.
Fátima Irene Pinto Poetisa brasileira
|5|
A teia | Alegoria da caverna
|8|
Da luz e das sombras | Quentes e boas
| 18 |
G o i n g d o w n | W h o’s m y m o t h e r
| 28 |
| 56 | Gente na cidade
Orient shadows (I)
| 57 |
The big eye | Rostos na cidade
| 64 |
Quando ela passa | A zebra
| 68 |
| 76 |
Cada vida é um quadro
| 77 |
Rostos na cidade | All we need is love
| 88 |
Fernando Barnabé, nasce em Alvor, Portugal, em Janeiro de 1958. Ingressa na Câmara de Lisboa em 1985 como escriturário, mas, a necessidade de descobrir os meandros do psiquismo humano, leva-o a percorrer os caminhos da Psicologia Clínica, concluindo os seus estudos no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (2001) sendo atualmente técnico superior de Psicologia no Regimento de Sapadores Bombeiros da Câmara Municipal de Lisboa. A fotografia, surge como uma extensão da sua atitude questionadora perante a vida, perante o ser e as suas circunstâncias, o que o leva a calcorrear preferencialmente a cidade de Lisboa, onde procura rostos e momentos, que são no fundo, a projeção da sua interioridade. Olhares na Cidade, é pois, um diálogo entre o seu próprio olhar e os vários olhares que se insinuam a cada passo na grande urbe lisboeta. Alguém que espreita pela janela, um rosto e um olhar diluídos no vazio, ou tão só alguém que passa subindo a calçada. É esta dimensão humana que o autor procura narrar; porque as pessoas e as suas vivências, são-lhe caras e serão sempre a sua primordial fonte de inspiração.