"Pontuação", Henrique Frazão

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Título pontuação Autor Henrique Frazão www.henriquefrazao.com Apoio Vo’Arte Editora Mindaffair Lda Direção e Coordenação Editorial Jorge Pinto Guedes Design/Produção Mindaffair Lda Portugal Impressão França Encadernação Itália Data de Publicação Novembro 2016 ISBN 978-989-8654-76-2 www.issuu.com/almalusa.org © Copyright. Todos os Direitos Reservados


prefácio Uma inscrição, um rasgo, uma inquietação, é desta forma que Henrique Frazão humaniza melodicamente os sinais gráficos e de pontuação usados na nossa língua escrita. É num fluxo interpretativo, e numa crescente vontade de repetir o irrepetível, que o fotógrafo arquitecta o seu olhar. Especificamente, interfere, agita, enquadra e reflecte sobre o estatuto da imagem, deslocando-o para a descoberta da personagem. As suas propostas, inusitadas, primam pelo estudo que faz do espaço e pela indução que faz do tempo. Através do roubo assumido que faz dos lugares, acrescenta um elemento (des)concertante, e é nesse ponto, em que tudo se revela mais valioso, que percebemos melhor a sua atitude política. São composições que desvelam uma coerência textual de um corpo e de um objecto que declaram uma ubiquidade milimetricamente elaborada. A paisagem do conjunto das suas imagens toma a realidade como referente e devolve-lhe um tempo de suspensão e (desas)sossego. O resultado é um corpo de imagens que se aclara num subtil movimento de matizes rítmicas que tão bem caracterizam a língua falada.

Pedro Sena Nunes abril 2016


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sinopse …o acto de pontuar, marcar com pontos. Os sinais de pontuação, tal como outros sinais gráficos, são elementos pontuais de um documento, de um texto, de uma história. São eles que influenciam e determinam o sentido de muitas expressões, palavras, sequências de palavras e frases. Destinam a forma como interpretamos a história…e o que está para lá deles.

biografia Henrique Frazão é fotógrafo e arquitecto de Lisboa. O medo da amnésia levou-o, desde cedo, a querer registar e guardar muito daquilo que via, aprendia, pensava e sentia. Nesse sentido a fotografia foi tendo um papel cada vez mais importante, sendo encarada como um meio para imortalizar conceitos. Mais que registar coisas, interessa-lhe explorar os seus pensamentos pessoais, sentimentos, dúvidas, questões, … A componente conceptual vem sendo um dos elementos mais importantes das suas obras. Não são meras composições estéticas, já que a interpretação do conceito é fundamental para o completo entendimento das obras. Mais do que causar espanto, elas deverão desencadear pensamentos. www.henriquefrazao.com

A história que envolve estas pontuações de paisagens é a história que cada um (re)cria de si e para si, com estas fotografias. A história está na forma como cada um interpreta a metáfora do chapéu. Na forma como cada um explica a interacção desse chapéu com os diferentes contextos, com as distintas situações com as quais é confrontado. Na forma como cada um entende o papel de cada sinal gráfico e o seu paralelismo com a fotografia e com a vida. A história está aqui, só faltam as palavras.


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degree



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quotation marks



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at



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