"Aurora", por José Morais

Page 1

Aurora A Vida são Momentos e são pessoas; Nunca serão coisas. José Morais

Colecção Olhar Português Vol. XXI



T í t u l o

Aurora A u t o r

José Morais E d i t o r a

D i r e ç ã o

e

Mindaffair Lda C o o r d e n a ç ã o

E d i t o r i a l

Jorge Pinto Guedes De s i g n / P r o d u ç ã o

Mindaffair Lda

Data

d e

P u b l i ca ç ã o

Janeiro 2017

w w w . i s s u u . c o m / a l m a l u s a . o r g ©

C o p y r i g h t .

T o d o s

o s

D i r e i t o s

Re s e r v a d o s


Dedicatória - Para aquele miúdo de rua, rebelde, mas sempre com um sorriso de esperança plantado no rosto, que hoje no fundo ainda me sinto. Para os meus amigos e amigas, e em especial para: Miguel Caeiro, Ana Cristina Pires(Tina), Isabel, Carla Grácio, Fátima, Castelo, Nuno Guerreiro, Cátia Preguiça. Para a minha família. Para Mendes e Eduarda. Para Leonor Rúbio, a minha Professora de Ballet Adultos, e para as minhas colegas de classe, na Escola Almadança. Para Carla Reis, minha colega, que aceitou fazer o prefácio do meu primeiro Livro.


Prefácio: A Vida é para se ir vivendo; Há quem caminhe nela sempre a olhar em frente, com pressa de chegar a algum lado, e há quem caminhe por ela, percebendo que afinal não é preciso pressa, mas sim fazendo e absorvendo tudo o que ela nos oferece, porque no fundo na Vida, é a caminhada que realmente conta e não a chegada a algum lado. Este testemunho reflecte:

- Outra forma de caminhar pela Vida ,em que os olhos não estão só abertos à espera de receber informação, na qual os olhos observam e analisam, dando uma tonalidade própria às suas cores. - Outra forma de caminhar e ver, em que o pensamento vai mais longe, analisando reflectindo e contestando a informação que nos e transmitida. Atreva-se a caminhar por este testemunho.

Carla Reis

Técnica Superior, na Divisão de Desporto da Camara Municipal de Almada.


8


9


18

Depois de morrer a esperança, a solidão cobriu-o de um fino manto que não o protegia de coisa alguma.Vista através desse manto, a vida perdeu a cor, e o Ceu surgia permanentemente coberto de nuvens escuras, pressagiando a tempestade.Mas o Homem virou o rosto para o Ceu que o ameaçava, e cerrou os punhos na sua direcção, jurando que não se deixaria levar no turbilhão da tormenta. E viveu.


Todas as Cidades têm roteiros, têm guias, têm agendas e disponibilizam sobre ela, mapas detalhados. O que as Cidades não têm, são as histórias dos seus habitantes, contadas pelos seus mais diretos intervenientes. As vitórias no jogo da bola, sobre a “malta” da outra rua, ou a forma como foram corridos à pedrada depois. A localização pormenorizada, e secreta das melhores figueiras e nespereiras nas antigas quintas e baldios. Os melhores locais da pesca da Tainha, do robalo e do sargo, debaixo da ponte. Todas ou quase todas as histórias sobre a cidade, não escrevem sobre os “Pinas”, os Caras de Bolacha”, Os “Piruças”, que se de gladiavam num dia, e eram amigos no outro. Para este novo Roteiro da Cidade, será necessário falar com os mais velhos, uns já vergados ao peso da idade, mas não no orgulho, e que recordam e contam com satisfação de as ter vivido, todas estas histórias que fazem de facto, a memória da Cidade. Fazer um roteiro, de pátios, de esquinas, de vielas. O sítio onde o Joaquim, dominava no “jogo do berlinde”, O “Alberto”, ganhava quase sempre aos toques da bola e o prédio desabitado (hoje habitado),onde toda a rua, se defrontava em intermináveis jogos de índios e cowboys. Um roteiro, onde se juntam as histórias do passado deixando um espaço, onde o utilizador, o caminhante descobrindo a Cidade, possa escrever também escrever a sua. Se eu fechar os olhos, consigo percorrer todas as Ruas, todas as Avenidas, todos os Pátios da minha Cidade. Tu consegues?

19


20


21


38


39


Na vida, há linhas invisiveis que nunca deverão ser atravessadas.Se matas alguém és um assassino. Se violas alguém és um violador. Se roubas, és um ladrão. E és, para toda a tua vida. Não podes voltar atras.

40


Se n達o se sentiu,n達o se recorda e se n達o se recorda, n達o se vive.

41


66

Florbela, num fatídico momento, esqueceste-te da alegria e do bem-estar que por vezes sentiste como o agradável toque da água fresca na pele, num dia de Verão.Esqueceste-te do sentido de humor, que suporta quase tudo.Deverias ter rido,ou pelo menos sorrido, muito mais vezes do que sorriste.


O melhor condutor do mundo é o que não bebe, respeita a estrada e não acelera irresponsavelmente por aí. Uma coisa é ir sozinho e morrer sozinho, e outra é levar mais alguém para uma viagem sem retorno.

67


68


69


78

As vezes ao ler, abandonamos por momentos este lugar tão triste, tão monótono, tão sem graça, tão igual a si mesmo, em que viver é apenas sobreviver e pouco mais. Em mil e uma histórias a que a nossa imaginação dá cor e forma, fazemo-nos “ transportar” ao cenário da ação onde, tudo o que existe já não é sonho, mas real! Nunca é tarde para sonhar porque um dia, quem sabe?


81


Biografia Nasceu em 2 de Fevereiro de 1962 , na Ilha de Santo Antão, no Arquipélago de Cabo Verde. Aos 4 anos de idade, imigrou com a família para Portugal; Na Cidade de Lisboa, encontrou um Mundo de aventuras sem fim, calcorreando quase diariamente com os amigos a beira rio, do Bairro da Ajuda a Belém, de Belém a Alcântara e de Alcantara aos Montes Claros.Em 1969 a família mudou-se para Almada, onde concluiu a Escola Primária, prosseguindo os estudos até ao Nono ano de Escolaridade nas Escolas da zona. Aí em Almada, se manteve até ao ano de 1983, quando em nova mudança foi para a localidade da Quinta do Rouxinol , Miratejo, onde ainda hoje se mantem, nunca perdendo as raízes que o ligaram à Cidade do lado Sul do Rio Tejo, onde cresceu e que é, e será sempre a sua Cidade. Em 2012, conseguiu como adulto maior de 25 anos, entrar para Universidade Aberta no curso de História, a sua grande paixão a par da fotografia e da escrita. O seu primeiro livro, “Aurora”, é tão somente um apanhado de textos soltos, escritos e fotografias feitas por aqui e por ali ,em momentos mais ou menos inspirados. Trabalha atualmente como Assistente Técnico Administrativo, na Divisão de Desporto da Camara Municipal de Almada.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.