Arte Fotográfica Mag #89

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Marina Lopes POR T U G A L

Paulo Santos POR T U G A L

André Fromont B é lg i c a

Miguel Margarido POR T U G A L

José Diogo POR T U G A L




N m a s

u n c a , n u n c a d e s i s t i r

Porque a vida não nos pertence, foi-nos dada para que a vivamos o melhor que sabemos e podemos. Essa é a nossa obrigação porque é nossa obrigação honrá-la, quanto mais não seja em memória de todos os que vivem e morrem em circunstâncias tenebrosas às mãos de outros (supostos) seres humanos.

a tão almejada felicidade, essa utópica ideia de uma vida gozada ao máximo, sempre em alta, em permanente alegria e boa disposição.

Os maus momentos podem e devem ser assimilados como lições e como a inquebrantável vontade divina de nos manter lúcidos e activos perante a realidade daquilo que efectivamente somos: filhos de Deus, tal como todos os outros seres. Nem mais, nem menos.

A própria sociedade ou seja, nós próprios, criamos os mais loucos enredos para nos mantermos em permanente engano, em completo trajecto de colisão com o que de mais sagrado e essencial existe no ser humano.

Os bons momentos, de tão raros que se vão tornando ao longo dos anos, têm de ser gozados e, acima de tudo, recordados nos nossos corações pois são esses que contam e que connosco levaremos. Experiências servem para nos distrair e afastar da realidade mas não nos trazem

Tudo à nossa volta começa a estar profundamente errado e, apesar de o sabermos, continuamos a alinhar e a apostar no que nos parece fazer sentido, porque, acima de tudo, queremos ter fortuna, queremos ter fama, queremos ter felicidade permanente, enfim, queremos “ter” e esquecemos que o importante é mesmo “ser”. E, apesar de o sabermos (ou devermos saber) não queremos um mundo simples, feito de coisas simples, composto pelo essencial, pelo frugal e necessário, pelo verdadeiro e não acessório, pelo não fútil. Há muito que optámos pelas máscaras que nos escondem de quem verdadeiramente somos, ou devíamos ser. A hipocrisia reina, a arrogância e cinismo fazem-lhe companhia e as pessoas livres são consideradas ofensivas para todos os que vivem às regras e aparências. Para onde vamos? Para onde caminhamos? Para onde o dinheiro nos manda. É ele que indica o caminho. Mas há que resistir e dizer como o poeta: “não sei por onde vou. só sei que não vou por aí”. _

© Jorge Pinto Guedes

Jorge Pinto Guedes D i r e c t o r jorgepintoguedes@almalusa.org

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Poetry Rose

Arte Fotográfica I n t e r n a c i o n al

por

Marina Lopes

ano XIX número 89 julho 2017 ................................................................................................................... € 20,00 _ União Europeia € 25,00 _ Resto do Mundo ................................................................................................................... S o c i e d a d e G e s t o ra R e v i s t a Mindaffair, lda NI F : 509 462 928

Jorge Pinto Guedes

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M o ra d a Avª de Itália, nº 375-A-1º 2765- 419 Monte Estoril • Portugal

José Loureiro Photography

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Tlf / F ax : + 351 216 095 542 E - ma i l : blueray.jg@gmail.com

e d i t o r i a l

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p o r t f ó l i o s Marina Lopes Paulo Santos André Fromont Miguel Margarido José Diogo a r t i g o / Paulo Roberto imagem com palavras

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12 26 54 70 88 100 102

D i r e c ç ã o G e ral Maria Rosa Pinto Guedes mrosa.br@gmail.com +351 969 990 442 Director Jorge Pinto Guedes jpg@mindaffair.eu +351 936 728 449 Skype jorgepintoguedes Arte & Design Marc Vaz marc@marcvaz.com +351 927744527 ................................................................................................................... P e r i o d i c i d a d e : Mensal R e g i s t o E R C n º 125381 D e p ó s i t o L e g al n º 273786/08 ................................................................................................................... É proibida a reprodução total ou parcial de imagens ou textos inerentes a esta edição, sem a autorização expressa do Editor. As opiniões expressas nesta revista são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não têm que reflectir a opinião do editor.

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Esta polivalente objectiva, destinada primordialmente a ser utilizada com câmaras de sensor “Full frame” (também compatível com câmaras de sensor DX equivalendo, neste caso, a uma zoom 36-105mm ou aprox. 38-112mm, consoante se trate de montagem em Nikon ou Canon, respetivamente) era uma das objectivas, para sensores “Full frame” que a marca ainda não tinha atualizado para a nova gama da série SP. O “anterior” modelo da SP 24-70mm (A007) era uma objectiva com bastante sucesso entre os fotógrafos profissionais e avançados por ser equilibrada, robusta, rápida e permitir boas prestações. Todavia, apesar de achar que não se deverão contar com grandes diferenças de qualidade (porque é sempre mais difícil melhorar o que já é bom...) penso que ainda existia um ou outro pormenor que a marca não deverá ter deixado de ter aproveitado para melhorar neste novo modelo. À semelhança do que tem acontecido nas outras objectivas da marca, cujos modelos tem sido atualizados para a “nova era” da gama SP, a par da renovação estética ao nível do Design tem, também, sempre havido alguma melhoria global quanto aos sistemas de estabilização, focagem e revestimentos ópticos. Para já, apenas posso deixar aos leitores as primeiras imagens e as características fornecidas pela marca no “Press release” que recebi e que, infra, transcrevo: 8_


Tamron apresenta objetiva zoom de alta velocidade de nova geração 24-70mm F/2.8 com funções avançadas A Tamron, empresa distribuída em Portugal pela Robisa, apresenta a nova objetiva zoom de alta velocidade SP 24-70mm F/2.8 Di VC USD G2 (Modelo A032) para câmaras DSLR full-frame. O Modelo A032 é um zoom F/2.8 veloz que permite uma qualidade de imagem de topo, versatilidade e elevado desempenho até em cenários retroiluminados. Para a nova objetiva, a Tamron acrescentou duas unidades de microprocessamento, ou Dual MPU, para focagem automática mais célere e precisa. Adicionalmente, a marca incluiu poderosos componentes de compensação de vibração para o melhor desempenho em qualquer objetiva na classe deste equipamento. Destinada a uma variedade de cenários, desde paisagens até retratos, a SP 24-70mm F/2.8 Di VC USD G2 (Modelo A032) integra o revestimento exclusivo eBAND da Tamron, que reduz substancialmente os efeitos fantasma e flare que podem ocorrer em fotografia retroiluminada. Este modelo oferece uma conveniência acrescida graças ao revestimento

em fluorite, construção resistente à humidade e cobertura de objetiva com fecho seguro. Compatível com o acessório opcional TAMRON-TAP-in Console™ para ligação por USB a computador e atualização de firmware, este objetiva zoom inclui versões com baioneta compatível para câmaras Canon e Nikon.

SP 24-70mm F/2.8 Di VC USD G2 (Modelo A032) Para Canon e Nikon Modelo: A032 Distância Focal: 24-70mm Abertura Máxima: F/2.8 Ângulo de Visualização: 84°04’-34°21’ (para formato full-frame); 60°20’ -22°33’ (para formato APS-C) Construção Ótica: 17 elementos em 12 grupos Diâmetro Máximo: φ88,4mm Comprimento: 111mm para Canon, 108.5mm para Nikon Peso: 905g para Canon, 900g para Nikon Acessórios: Cobertura, Tampas, Bolsa Compatibilidade: Canon, Nikon

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bio Marina Lopes nasceu em Lisboa, Portugal. Actividades principais Web Developer, Ilustradora. Marina Lopes nasceu em Lisboa e tem como actividades principais o “Web Developping” e a Ilustração. Para ela toda a expressão artística é a procura de conexão. Fotografar, desenhar, criar, são expressões de um mesmo processo contínuo de ver o mundo ou a vã tentativa de captar um pouco do todo que o compõe. A preferência pela fotografia macro ou pelo que, sendo diminuto, é de grande riqueza e beleza advém da busca de entender o que é quase invisível para os olhos; a gota que é oceano, a pétala que é flor, a semente que é nova vida... Marina Lopes afirma não ter a pretensão da perfeição técnica no que fotografa ou o registo preciso e fiel do que vê ou do que a máquina capta, pelo que quer (tenta) a essência das coisas, a sua expressão subtil e poética ou o que elas podem fazer sentir para lá do que são. A ligação que tem à fotografia é mais emocional, empírica e menos racionalizada. Em tudo sempre aprendiz e a fotografia não é excepção. Enquanto o sentimento de espanto e maravilha a acompanharem continuará a fotografar e evoluir. “A poem should be a speaking picture, a picture a silent poem.”

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Pr0j3ct URBEX Paulo Santos é um fotógrafo com um especial interesse pela corrente mundial denominada Exploração Urbana (Urban Exploration) e que consiste no levantamento, identificação e captação fotográfica para efeitos documentais e artísticos de espaços votados ao abandono ou melhor ainda, traduzindo livremente uma máxima utilizada na página do Pr0j3ct URBEX: “Salta uma vedação e abre uma porta, assim entrarás no mundo da Exploração Urbana. Estes são lugares que a maioria das pessoas nunca se aventurará”. O Pr0j3ct URBEX está em fase de pré-edição na Almalusa editora e a demora prende-se com a dificuldade e especificidade das imagens a serem utilizadas, já que a forma clandestina como as mesmas são captadas exige cuidados muito particulares para que alguns dos sítios não possam ser identificados. Das imagens já editadas e entregues por Paulo Santos à editora seleccionámos algumas que entendemos serem valiosas não só porque são inéditas mas também pelo fascínio que causam. Para ver mais sobre o Pr0j3ct URBEX: www.facebook.com/pr0j3cturbex/



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A s é r i e « i mp e n S abl e s » A série « impenSbles » (impenSáveis) esteve exposta na Joelharia Criativa de Bernard Biernaux, em Namur, Bélgica, nesta última primavera. Em cada imagem existem, pelo menos, duas realidades misturadas por forma a surpreender-nos : uma diz respeito ao passado e outra, naturalmente, ao presente, representando a fauna, a flora a paisagem e também o ser humano, o consciente e o inconsciente, a cor, o preto e o branco, o vazio e o pleno… sem qualquer tendência onírica, sem o mínimo surrealismo. A ideia subjacente é a de tornar a realidade mais real e convidar à meditação muito para além dos nossos preconceitos mentais. André Fromont trabalha em Charleroi, Bélgica. Nasceu em 1949 e é autodidacta.



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bio Miguel Pires Margarido, nasceu em Lisboa em 1972, com as suas origens em Vila Nova de Foz Côa. Licenciado em Engenharia Mecânica pelo ISEL em 1996, mais tarde terminou o Mestrado em Gestão Estratégia Empresarial no ISEG em 2005. A sua profissão abriu-lhe caminhos para uma verdadeira aventura da vida real - a possibilidade de viajar pelo Mundo onde desde muito cedo começou a documentar e passar para a fotografia todas as emoções vividas e abraçar com paixão o registo das suas memórias. A fotografia surgiu como uma necessidade de libertar a alma e imortalizar momentos das imagens observadas pelo mundo. O livro foi um desafio aceite sem hesitar, no turbilhão do dia a dia em que o tempo parece escassear. “Um Olhar pelo Mundo”, não poderá passar despercebido para que se possa eternizar momentos únicos. Diz-se que todo o homem, antes de morrer (corpo fisico), deve “plantar uma árvore, ter um filho(a) e escrever um livro”... faltava o livro.

www.miguelmargarido.com miguelmargarido@me.com



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“ A v e s Ib é r i c as ” “Aves Ibéricas” será o primeiro dos volumes da mais recente colecção de livros de fotografia da editora Almalusa, denominada “O Mundo das Aves”. Esta colecção terá na sua primeira série 30 volumes e terá, também, a particularidade de introduzir o novo formato de livro, com 20X30cm e a possibilidade de capa rígida. José Paulo Xavier Diogo nasceu em Coimbra a 25 de Abril de 1958. Aí viveu até terminar a licenciatura em Medicina pela Universidade de Coimbra. Vive desde então na Foz do Arelho e trabalha no C. S. de Caldas da Rainha. Voluntário humanitário desde 1991 fez 8 missões pela AMI na Guiné Bissau, Moçambique, Angola, Zaire, Ruanda, Honduras e Jordânia. Desde há cinco anos iniciou outra paixão: fotografia de aves, pela mão dos amigos João Edgar e Victor Maia. Este tipo de fotografia é realmente extraordinária quer pela beleza das aves quer pela natural evolução da técnica fotográfica. Conhecer as aves os seus habitats, comportamentos, todo um trabalho de paciência e dedicação.

A b elh a r u c o s , E u rope a n b ee - e a ter , Merop s a p i a s ter



à g u i a - de - b o n ell i , Bo n ell i ’ s e a gle

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Ă g u i a - pe s q u e i r a , O s pre y

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B i c o - de - l a c re , Co m m o n w a x b i ll

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Borrelho - de - c ole i r a - i n terro m p i d a , Ke n t i s h plo v er

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Cor u j a - do - n a b a l , Short - e a red o w l

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G a r รง a - b r a n c a - pe q u e n a , L i ttle egret

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G a r ç a - re a l , G re y hero n

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G u a rd a - r i o s , Co m m o n k i n gf i s her

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Merg u lh ĂŁ o - de - c r i s t a , G re a t Cre s ted G re b e , P od i c ep s c r i s

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Quem visita o Paris Photo – talvez a maior manifestação mundial de fotografia de autor – sabe que a inovação criativa é global e, mesmo que por vezes desconcertante, transporta-nos para patamares novos e desafiantes. Os velhos conceitos co-existem com os novos e o digital veio trazer um novo prazer à experimentação fotográfica. Eu e os meus alunos fazemos autênticos saltos para o escuro à Indiana Jones no que toca à descoberta visual. Criamos imagens com sentido e outras sem o mesmo. Tudo é possível, por assim dizer. A criatividade do fotógrafo é tanto mais consistente e “forte” quanto mais é suportada pelas bases técnicas, experiência e conhecimento. Um escritor, um compositor, um pintor, só atinge a maturidade com o tempo. O que muitas vezes acontece é a substituição dessa criatividade matura pela explosão de ideias soltas. Claro que nem sempre é” pacífico” aceitarmos certas “incursões” pela fotografia, vindas de áreas não fotográficas. Mas se virmos o que se está a passar à nossa volta (os novos artistas na China, Japão, Europa de Leste, EUA), vemos que algo de novo e de qualidade está a acontecer. Até porque a fotografia atravessa um grande momento. _ Paulo Roberto

F otogr a f i a , q u e m o m e n to ? A criatividade visual global está em alta. A fotográfica ainda mais. Os novos dão o mote, os veteranos oferecem a experiência e o saber. A fotografia atravessa um grande momento? Em Outubro de 2010 assisti em Nova Iorque a uma palestra do veterano e famosíssimo fotógrafo escocês Albert Watson. Sempre me impressionaram as imagens deste grande artista, principalmente os seus retratos. Watson na casa dos 70’s, mostrava uma energia espantosa, conduzindo a palestra com imenso sentido de humor e graça. Na realidade, dir-se-ia estarmos perante um jovem cheio de projectos para o futuro, e não perante alguém com uma vasta carreira de várias décadas. Num recente artigo Holly Hughes mencionava essa energia criadora que a fotografia actual mostra – através dos seus criadores – e a capacidade desse “movimento” criativo estar a gerar novos conceitos visuais. Na publicidade, na moda, no fotojornalismo. 100_


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“Salve Regina” Salve Regina Infunde em nós um pouco de mansidão Socorro dos aflitos Amor, consolação Aqui sobre os braços d’azinheira Derrama em nós do teu manto A humildade Que a humanidade Precisa tanto! Deixa-nos uma fotocópia, uns rabiscos Dos teus diálogos mansos com Jesus Que expirou naquela cruz, dialogando!.. Amando foste a escrava do Senhor Amando foste a esposa e foste a mãe E amando sempre foste também A moça mais bonita De Jerusalém! Em ti nós todos Em ti somos Em ti seremos E por ti iremos Ao céu um dia Avé Maria! _ (Poema escrito por António Martins, inspirado na imagem anexa publicada no livro “100 anos de Fátima”, de Graça Marques.)

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