O Meu Majestoso Douro / de
F e r n a n do P e n e i r a s
Colecção Olhar Português s é r i e II / V o l . X V I
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Prefácio O título da obra de Fernando Peneiras, começa logo por colocar o leitor perante 3 graus ou perspectivas de abordagem. O primeiro, anuncia uma quase posse, um vínculo e um compromisso, assente no “eu”, o segundo qualifica o objeto de representação e marca a distância que o território cultural do Douro impõe, através da sua imponência majestática. Por fim, o título, manifesta o modo como se estabelecem os vínculos, as parcerias e as cumplicidades, da “circunstância duriense” e do seu “terroir”, com um dos seus filhos. Passando do título para a obra, esta evidência, antes de mais, o contagiante amor do autor pela sua terra e que se transmite de uma forma sem equívocos, contenções ou rodeios. O Fernando entrega-se com o mesmo amor, paixão e entusiasmo ao seu (e nosso Douro), como às suas convicções de natureza política ou desportiva. Esta autenticidade, é uma das características que lhe são mais peculiares, afirmando um modo de exercer uma exemplar cidadania. As fotografias que o autor tem vindo a apresentar ao longo de anos, evidenciam um compromisso temático declaradamente assumido com a terra e as suas gentes e que se manifesta pelos conceitos de raridade, autenticidade, expressão pessoal e virtuosismo técnico. Além disso, as imagens, que procuram de forma insistente retratar os modos de vida, as gentes e a plasticidade duriense, emanam mais da liberdade e dos impulsos do seu criador do que de escolas, modas, elaboradas técnicas ou modelos pictóricos afirmados. Elas são, na feliz expressão de Phillipe Dubois (1990), uma “aspiração rumo à arte”. A fotografia pode ser encarada como espelho do real, como transformação do real ou, finalmente, como traço da realidade. No caso em apreço, as fotos são um pouco de tudo isto, mas evidenciam-se como um símbolo e como um modo de produzir o real ou de encurtar as distâncias entre a imagem e o Douro, objeto de representação. Os trabalhos do Fernando Peneiras têm vindo a granjear adesão e simpatia e são já hoje testemunhos da nossa terra noutros países, ajudando à sua internacionalização, quer através de uma exposição que percorre cidades de Castilla y León, quer integrada numa outra que percorre espaços culturais das metrópoles do Estado de São Paulo. Alberto Tapada Vila Real, 9 de Fevereiro de 2017 /5
“Uma porta sempre aberta para o Douro…” 6/
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“Fotografo para mostrar que o mundo em que gostaria de viver existe” Robert Doisneau
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“Você não tira uma foto, você cria uma foto” Ansel Adams
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Foz do Rio Sabor – Torre de Moncorvo / 25
Barco Hotel de Turismo no Douro 32 /
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As simetrias das vinhas do Douro PinhĂŁo 56 /
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Os socalcos do Douro / 57
“A beleza pode ser vista em todas as coisas, ver e compor a beleza ĂŠ o que separa a simples imagem da fotografiaâ€? Matt Hardy 66 /
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Comboio Histórico do Douro - Régua / 67
“Duas linhas paralelas se cruzam no infinito”
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Estação do C. F. do Tua - Tua
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Peso da Régua 90 /
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“A máquina fotográfica é um espelho dotado de memória, porém incapaz de pensar.” Arnold Newmann
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Peso da Régua - Douro 102 /
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Palácio Mateus – Vila Real / 103
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“Trago no olhar visões extraordinárias, de coisas que abracei de olhos fechados” Florbela Espanca
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“hoje você me acende, amanhã eu te apago.” / 109
Pausa para comer o caldo da vindima‌ 118 /
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Carregadores de cestos vindimos – Uma vindima no Douro / 119
126 /
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Cozinha regional Duriense / 127