V I AG E M Paulo Rodrigues
VIAGEM DE
Paulo Rodrigues
ED I TO R A
Paralelo_39 G E R ENTE
Matilde Pinto Guedes C H A NC EL A
Paralelo_39 (P-39) ED I TO R
Jorge Pinto Guedes D E S I G N E PAGINAÇ ÃO
vlgraphicdesign.com DATA D E P U B L I C AÇ ÃO
2019
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N. E. - O Paralelo 39 N é o paralelo no 39° grau a norte do plano equatorial terrestre. Atravessa Portugal de Lisboa a Portalegre. É também um projecto em que o “P” significa parceria entre autor e editora e o “39” significa que, ao trigésimo nono título, a chancela extingue-se.
Prefácio Atente-se nesta viagem porque ela fala-nos do céu, de gente, de texturas, da terra e de beleza, tudo contido numa estética muito própria e bem conseguida por Paulo Rodrigues. A sua postura, de observar sem intervir, coloca-o numa posição priveligiada e de total liberdade face ao que capta, tornando deste modo todas as imagens em mensagens reais e indeléveis. Aqui o que parece, é. Por outro lado nesta obra deixa transparecer a utilização de conceitos e estilos fotográficos diferentes, provenientes de diversas escolas e épocas, deixando bem clara a sua facilidade de adaptação e nível de conhecimentos, aliados a um “saber olhar” como só os verdadeiros Quantas identidades carregamos em nós?
fotógrafos sabem fazer.
O que eu vejo, vês tu? Ao longo desta jornada fotográfica- que em
Olha e sente-me
si própria contém várias jornadas – somos
Na vaga de um impulso
levados a propostas e realidades diferentes
Na doce tristeza de uma ausência
ou
Se eu disser o que vi, em teu olhar
mesmo
opostas
mas
sempre
com
a
preocupação de ligar o elemento humano
me verás nu?
aos ambientes que o rodeiam. Sem qualquer pretensiosismo mas de forma pujante Paulo
Somos milhares
Rodrigues confere-nos o bilhete para uma
Em cada pedra
viagem com várias paragens e visitas, qual
Em cada céu
delas a mais interessante.
Em cada outro Vem comigo, viajar. Jorge Pinto Guedes Editor
Sara B.
CÉUS
VOO
5
MAU
6
AMARELO
7
12
CAPACETE
13
AFIFE
26
ROCHAS
28
29
36
37
PERDIDO
48
PESSOAS
62
CHARUTO
63
74
SIMETRIA
75
SERENA
90
AMIGOS
91
À TARDE
106
107
BORGHESE
110
R UA
LIMITE
118
JUNTOS
119
MAQUETES
140
MAXXI
141
Paulo Rodrigues
Tudo começou quando tinha onze anos e a máquina
Quando voltei de Paris comecei a viajar e depressa
fotográfica que o meu pai tinha encomendado para
a ideia de publicar uns artigos se tornou realidade. O
a minha viagem a Israel não chegou a tempo da
prazer de viajar e a necessidade de pagar as viagens
partida.
fez com que a fotografia fosse o perfeito alibi para
Lembro-me de admirar a Yashica dele que andava
tornar tudo realidade. Foi na revista Volta ao Mundo.
lá por casa. É linda e está agora em casa do meu
Nessa altura apercebi-me do quanto me dava
irmão que ainda a chegou a levar para algumas
prazer tirar retratos. De facto foram sempre as
viagens. Reconheço que a minha relação com a
pessoas que mais me despertaram a atenção quando
fotografia está directamente ligada às viagens.
viajava.
Comprei a minha primeira máquina fotográfica
Hoje em dia, adaptado à era digital, publico as
enquanto estava a estudar arquitectura em Paris.
minha fotografias online, em vários sites dedicados
Um colega meu ensinou-me as bases e outro, que
e no meu blog pessoal. Para os mais curiosos aqui
acabou por se tornar grande amigo meu, abriu-me
fica: lxeyes.wordpress.com.
os horizontes daquilo que era a fotografia. Acabei
Esta é a minha viagem.
por montar um estúdio no quarto onde vivia, e
Este livro é dedicado às minhas filhas, a mais
passei muito tempo a revelar rolos e de volta do
fantástica das viagens!
ampliador. Não esqueço todas as noites que não Para a Madalena e a Bárbara.
dormi, a aprender.
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